Você está na página 1de 3

A DIFERENÇA ENTRE TEOFANIA E A EPIFANIA

“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações,


intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens…” (1Tm 2,1).

“…já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2,20).

“Elohim o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o
nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra
e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor,
para glória de Deus Pai” ! (Fp 2,9ss).

“Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai,para que, segundo as
riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo
seu Espírito no homem interior, a fim der que possais compreender, e
conhecer o amor de Mashiach, que excede todo o entendimento, para que
sejais cheios até a inteira plenitude de Elohim...”(Ef 3,14-20)

“E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma
coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve
quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que
lhe temos feito” (1Jo 5,14s).

“Aquele que busca conhecimento, com o propósito de se exibir para as


pessoas, torna-se sinônimo de vaidade. Aquele que busca conhecimento,
com o intuito de ensinar outras pessoas, , torna-se sinônimo de amor. Mas
aquele que busca conhecimento, visando aplicar o conhecimento adquirido
em sua própria vida, torna-se sinônimo de sabedoria”(Richard Baxter).

Teofania é um conceito de cunho teológico que significa a manifestação de


Deus em algum lugar, coisa ou pessoa. Tem sua etimologia enraizada na
língua grega: "theopháneia" ou "theophanía". Teofania é uma palavra que
origina do grego theofania, theós (“Deus’) e phanein (“aparecer”).
Representa, assim, qualquer aparição ou manifestação de Deus. A maioria
dos teólogos entende que a palavra represente unicamente as aparições e
não a essência de Deus, baseados em Jo 1,18: “Ninguém jamais viu a Deus.
O Deus (Filho) unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou”. A
Enciclopédia de Religião assim a define: “Teofania, manifestação íntima de
Deus a um ser humano em um momento e local definido; muitas vezes
físico, como na Ilíada e no livro de Gênesis, mas mais espiritual na forma
clássica posterior como para Moisés no arbusto em chamas, Moisés no
Sinai, Elias em Horebe, e Jesus, em sua transfiguração. A teofania é mais
espetacular e pessoal do que a mera revelação”.

A doutrina teísta da teofania ensina que o Criador não abandonou a


criação, mas está presente para intervir nas atividades humanas,
recompensando e punindo, orientando e cuidando. Ela contrasta com a
doutrina deísta, que ensina que o Criador, ou Força Criativa, abandonou a
criação aos cuidados da lei natural.

Geralmente se explica a teofania como um antropomorfismo, ou seja, vêem


o ser divino em forma humana. Desta forma, o “anjo do Senhor” torna-se a
forma mais comum de teofania, Ex 23.20-23; 32.34; 33.14ss.; Is 63.9. Em
Gn 48,15s, é paralelo a ver Deus, embora não a sua essência, quando várias
vezes Jacó fala sobre o “anjo” que o visitou e que o livrou. O texto de Gn 18,
como veremos na questão a seguir, mostra Abraão recebendo visitantes
angélicos. Dois deles foram para Sodoma, porém um ficou e aceitou a
intercessão de Abraão. Diz o v.33: “E foi-se o Senhor, quando acabou de
falar a Abraão...”Na mentalidade judaica, ver o anjo do Senhor
correspondia a ver o Senhor que o enviou, como em Jz 6.22: “... vi o Anjo do
Senhor face a face”. Jacó assim se expressou: “... vi a Deus face a face e a
minha vida foi salva”, Gn 32.30, depois de ter lutado com “um homem”,
v.24, onde os estudiosos da Bíblia entendem que seria um anjo. Os pais de
Sansão também receberam a visita do anjo e temeram a morte, Jz 13.

Jesus Cristo, tido como a teofania suprema, quando de Sua encarnação, o


1.1; 14.9, depois de assunto ao céu, apareceu a Paulo, At 9,3ss, e a Estevão,
At 7.55,56.

Um termo utilizado nos Targuns e no Talmude, é Shekinah, palavra que


representa “moradia” ou “presença” ou “aquilo que vive”. Empregada
muitas vezes como “glória de Deus”, manifestações divinas especiais no
tabernáculo, no templo, na nuvem que acompanhou Israel pelo deserto, na
arca da aliança e várias outras aparições pessoais, tanto no Velho como no
Novo Testamentos. É uma revelação ou manifestação sensível da glória de
Deus, ou através de um anjo, ou através de fenômenos impressionantes da
natureza. Uma das mais importantes teofanias foi a manifestação do
Senhor a Moisés, quando o exortou a liderar a fuga do povo hebreu do
Egito, conforme relatado em Êxodo 3: Moisés apascentava o rebanho de
Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Um dia em que conduzira o rebanho
para além do deserto, chegou até a montanha de Deus, Horeb. O anjo do
Senhor apareceu-lhe numa chama (que saía) do meio a uma sarça. Moisés
olhava: a sarça ardia, mas não se consumia. “Vou me aproximar, disse ele
consigo, para contemplar esse extraordinário espetáculo, e saber porque a
sarça não se consome.” Vendo o Senhor que ele se aproximou para ver,
chamou-o do meio da sarça: “Moisés, Moisés!” “Eis-me aqui!” respondeu
ele. E Deus: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés,
porque o lugar em que te encontras é uma terra santa. Eu sou, ajuntou ele,
o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”.
Moisés escondeu o rosto, e não ousava olhar para Deus. O Senhor disse:
“Eu vi, eu vi a aflição de meu povo que está no Egito, e ouvi os seus
clamores por causa de seus opressores. Sim, eu conheço seus sofrimentos.
E desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir do Egito para
uma terra fértil e espaçosa, uma terra que mana leite e mel, lá onde
habitam os cananeus, os hiteus, os amorreus, os ferezeus, os heveus e os
jebuseus. Agora, eis que os clamores dos israelitas chegaram até mim, e vi
a opressão que lhes fazem os egípcios. Vai, eu te envio ao faraó para tirar
do Egito os israelitas, meu povo”. Moisés disse a Deus: “Quem sou eu para
ir ter com o faraó e tirar do Egito os israelitas?” “Eu estarei contigo,
respondeu Deus; e eis aqui um sinal de que sou eu que te envio: quando
tiveres tirado o povo do Egito, servireis a Deus sobre esta montanha”.
Moisés disse a Deus: “Quando eu for para junto dos israelitas e lhes disser
que o Deus de seus pais me enviou a eles, que lhes responderei se me
perguntarem qual é o seu nome?” Deus respondeu a Moisés: “EU SOU
AQUELE QUE SOU” (YAWEH). E ajuntou: “Eis como responderás aos
israelitas: (Aquele que se chama) EU SOU envia-me junto de vós.” Deus
disse ainda a Moisés: “Assim falarás aos israelitas: O SENHOR, o Deus de
vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, quem me
envia junto de vós. Este é o meu nome para sempre, e é assim que me
chamarão de geração em geração”. “Vai, reúne os anciãos de Israel e dize-
lhes: o Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó
apareceu-me. E disse-me: eu vos visitei, e vi o que se vos faz no Egito, e
disse: tirar-vos-ei do Egito onde sois oprimidos, para fazer-vos subir para a
terra dos cananeus, dos hiteus, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e
dos jebuseus, terra que mana leite e mel. Eles ouvirão a tua voz. Irás então
com os anciãos de Israel à presença do rei do Egito e lhe direis: o Senhor, o
Deus dos hebreus, nos apareceu. Deixa-nos, pois, ir para o deserto, a três
dias de caminho, para oferecer sacrifícios ao Senhor, nosso Deus.

Epifania(do grego: Ἐπιφάνεια, : "a aparição; um fenômeno miraculoso") é


uma súbita sensação de realização ou compreensão da essência ou do
significado de algo. O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para
indicar que alguém "encontrou a última peça do quebra-cabeças e agora
consegue ver a imagem completa" do problema. O termo é aplicado quando
um pensamento inspirado e iluminante acontece, que parece ser divino em
natureza (este é o uso em língua inglesa, principalmente, como na
expressão I just had an epiphany, o que indica que ocorreu um pensamento,
naquele instante, que foi considerado único e inspirador, de uma natureza
quase sobrenatural). Epifania também possui o significado de manifestação
ou aparição divina. A Epifania do Senhor é uma festa religiosa cristã que
celebrava-se no dia 6 de janeiro, ou seja, doze dias após o Natal, porém, a
partir da reforma do calendário litúrgico em 1969 passou a ser
comemorada 2 domingos após o Natal. A Epifania representa a
manifestação de Jesus Cristo como o enviado de Deus Pai, quando o filho do
Criador dá-se a conhecer ao Mundo. Na narração bíblica Jesus deu-se a
conhecer a diferentes pessoas e em diferentes momentos, porém o mundo
cristão celebra como epifanias três eventos: a Epifania propriamente dita
perante os magos do oriente (como está relatado em Mateus 2, 1-12) e que
é celebrada no dia 6 de Janeiro; a Epifania a João Batista no rio Jordão; e a
Epifania a seus discípulos e início de sua vida pública com o milagre de
Caná quando começa o seu ministério. No sentido literário, a "epifania" é
um momento privilegiado de revelação, quando acontece um evento ou
incidente que "ilumina" a vida da personagem.

A maior diferença entre teofania ea pifania esta no fato de que, enquanto


teofania se refere a uma manifestação local temporária ( uma aparição
visível) de Deus aos homens. Teofania, (do grego theos = Deus, e phaínos =
aparecer = theophánia) pode ser aparições de Deus ou de seres angélicos ,
quase sempre as Teofanias apresentam a cena com riqueza de detalhes,
pondo-la no alto de um monte ou destacando-la numa nuvem, como a
Aparição de Deus a Moisés. Com isto querem dizer que Deus está ao
mesmo tempo presente e oculto. Sim destaco uma das teofanias mais
famosas, a da anunciação (Lc 1, 26-38), não consta nenhum evento
semelhante ao da mensagem trazida pelo anjo à Virgem Maria. A Epifania
(por etimologia do grego: επιφάνεια é a: "manifestação; um fenômeno
milagroso): refere-se à manifestação permanente de Elohim( na encarnação
de Mashiach).

Você também pode gostar