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Memorial Descritivo Projeto El+®trico - Exemplo 01 PDF
Memorial Descritivo Projeto El+®trico - Exemplo 01 PDF
São Carlos
2010
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
São Carlos
2010
Sumário
Abreviaturas i
1 Introdução 1
2 Disposições 1
3 Memorial Descritivo 2
3.1 Iluminação e Tomadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
3.1.1 Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
3.1.2 Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
3.1.3 Tomadas de Uso Geral - TUG’s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
3.1.4 Tomadas de Uso Especı́fico - TUE’s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3.1.5 Divisão das Instalações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3.2 Dimensionamento de Condutores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2.1 Condutores Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2.2 Seção Mı́nima dos Condutores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2.3 Critério da capacidade de corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.3 Dimensionamento dos Eletrodutos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.4 Dimensionamento do Alimentador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.5 Proteção dos Circuitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.5.1 Disjuntores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4 Memorial de Cálculo 6
4.1 Iluminação e tomadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.1.1 Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.1.2 Tomadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.1.3 Divisão das Instalações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.2 Fator de Demanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.3 Dimensionamento dos Condutores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.4 Dimensionamento dos Eletrodutos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4.5 Dimensionamento do Alimentador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4.6 Proteção dos circuitos e dos usuários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Abreviaturas
QE Quadro de Entrada
i
1 Introdução
A eletricidade está presente em quase todos os locais, hoje em dia já não vivemos sem ela, pois
tudo o que usamos necessita da eletricidade. A eletricidade pode ser produzida de várias maneiras,
entre elas, as principais são: através de usinas hidrelétricas, usinas termelétricas e usinas nucleares. A
Em cada unidade residencial, para que os habitantes possam usufruir da eletricidade fornecida pela
concessionária (Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), no caso da cidade de São Carlos), faz se
Um projeto de instalações elétricas compreende diversas etapas, tais como: escolha dos pontos de
utilização, cálculo da demanda de energia elétrica, divisão dos circuitos e dimensionamento dos cabos
de forma que nenhum fique sobrecarregado e que eventuais reparos não interrompam o fornecimento
completo de energia na residência, dimensionamento dos eletrodutos, escolha dos disjuntores, além
destes cálculos, devem ser apresentadas plantas de fácil entendimento para facilitar a execução do
projeto, o diagrama unifilar e o padrão de entrada também deve ser mostrado em planta. O orçamento
também deveria ser realizado, mas este item não foi contemplado no presente projeto, todos os demais,
sim.
2 Disposições
A residência se localiza na cidade de São Carlos, cidade com uma temperatura média de 32o C.
Os serviços de instalações serão executados de acordo com as Normas da ABNT. A tubulação será
ligada à terra. O eletrodo de terra será executado de acordo com o disposto na NB-3/ABNT.
Todos os condutores deverão ser instalados de maneira que, quando completada a instalação, o
Todos os condutos correrão embutidos nas paredes, subterrâneo ou lajes em intervalos de lajes e
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3 Memorial Descritivo
3.1.1 Generalidades
A carga a considerar para um equipamento de utilização é a sua potencia nominal absorvida, dada
pelo fabricante ou calculada a partir da tensão nominal, da corrente nominal e do fator de potência.
3.1.2 Iluminação
Em cada cômodo ou dependência de unidades residenciais deve ser previsto um ponto de luz
no teto, com potência mı́nima de 100 VA, comandada por interruptor na parede. Em cômodos ou
dependências com área igual ou inferior a 6 m2 deve ser prevista pelo menos uma carga de 100 VA
e com área superior a 6 m2 deve ser prevista uma carga mı́nima de 100 VA para os primeiros 6 m2 ,
Nas unidades residenciais, o número de tomadas de uso geral deve ser fixado de acordo com o
seguinte critério:
• Em cozinhas, áreas de serviço e locais análogos, no mı́nimo uma tomada para cada 3,5 m, ou
fração de perı́metro, sendo que, acima de cada bancada com largura igual ou superior 0,30 m,
• Em varandas e garagens, pelo menos uma tomada. Para circuitos de tomadas de uso geral que
atendam a esses locais, deve ser atribuı́da uma potência de no mı́nimo 1000 VA;
• Nos demais cômodos ou dependências, se a área for inferior a 6 m2 , pelo menos uma tomada;
se a área for maior que 6 m2 , pelo menos uma tomada para cada 5 m, ou fração de perı́metro,
Nas unidades residenciais, às tomadas de uso geral devem ser atribuı́das as seguintes potências:
2
• Em banheiros, cozinhas, áreas de serviços e locais análogos, no mı́nimo 600 VA por tomada, até
três tomadas, e 100 VA por tomada, para as excedentes, considerando cada um desses ambientes
separadamente.
Às tomadas de uso especı́fico deve ser atribuı́da uma potência igual à potência nominal do equi-
pamento a ser alimentado. Quando não for conhecida a potência do equipamento a ser alimentado,
deve se atribuir à tomada uma potência igual à potência nominal do equipamento mais potente com
Tomadas de uso especı́fico devem ser instaladas no máximo a 1,5 m do local previsto para o
• Limitar as conseqüências de uma falta, a qual provocará apenas seccionamento do circuito de-
feituoso;
• Evitar os perigos que possam resultar da falha de um único circuito, como, por exemplo, no caso
da iluminação.
Nos sistemas polifásicos, os circuitos devem ser distribuı́dos de modo a assegurar o melhor equilı́brio
Os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de tomadas. Em unidades residenciais
são permitidos pontos de iluminação e tomadas em um mesmo circuito, exceto nas cozinhas e áreas
3
• Circuitos independentes devem ser previstos para os aparelhos de potência igual ou superior a
só circuito.
haver uma proteção para o alimentador geral e uma proteção junto a cada aparelho, caso este
Cada circuito deve ter seu próprio condutor neutro. Para residências, os circuitos de distribuição
Os condutores utilizados nas instalações residenciais de baixa tensão poderão ser de cobre ou de
alumı́nio, com isolamento de Cloreto de Polivinil (PVC) ou de outros materiais previstos por normas,
A NBR 5410 prescreve a seção mı́nima do condutor conforme o tipo de instalação, o material
4
3.2.3 Critério da capacidade de corrente
P
I= (1)
K.U.F atordeP otncia
Sendo:
• I = Corrente em Àmperes;
• P = Potência em Watts
Observação:
Uma vez que a capacidade de condução nominal dos condutores segundo a norma NBR-6418 - 70o
1. Adota-se a seção de todos os condutores como sendo igual a seção do condutor de maior bitola.
O alimentador, assim como os demais condutos, deve ser dimensionado pelo critério da capacidade
5
3.5 Proteção dos Circuitos
A NBR 5410 estabelece as seguintes prescrições fundamentais destinadas a garantir a segurança das
pessoas, de animais domésticos e de bens, contra os perigos e danos que possam resultar da utilização
3.5.1 Disjuntores
Numa instalação elétrica residencial, deve-se garantir o bom funcionamento do sistema de quais-
essas exigências da norma NBR 5361, através de um disparador térmico, bimetálico de sobrecargas ou
de um disparador magnético de alta precisão. Pode ser instalado em quadros de distribuição através
de garras ou trilhos.
4 Memorial de Cálculo
Inicialmente, será apresentada a planta baixa da residência, a mesma será mostrada em escala
conforme Figura 1.
A seguir será apresentada a Tabela 2 com a área e o perı́metro de cada dependência da residência.
4.1.1 Iluminação
• Sala
• Copa
6
Figura 1: Planta Baixa da Residência.
Dimensões
Dependência Área(m2 ) Perı́metro(m)
Sala 16,49 16,50
Copa 10,20 12,80
Cozinha 15,40 15,70
Dormitório 1 11,05 13,30
Dormitório 2 14,46 15,40
Dormitório 3 14,03 15,10
Banheiro Comum 5,55 9,70
Banheiro Suı́te 4,19 8,50
corredor 4,60 11,20
Área de Serviço 6,00 10,00
Jardim de Inverno 4,93 9,70
Área Churrasqueira 24,50 21,00
Banheiro Fundos 3,38 7,70
Despensa 6,48 10,70
Quarto Fundos 9,80 12,60
• Cozinha
• Dormitório 1
• Dormitório 2
• Dormitório 3
7
• Banheiro Comum
• Banheiro Suı́te
• Corredor
• Área de Serviço
• Jardim de Inverno
• Área Churrasqueira
60 VA (4m2 ) = 340 VA
• Banheiro Fundos
• Despensa
• Quarto Fundos
4.1.2 Tomadas
• Sala
• Copa
• Cozinha
Quantidade adotada de tomadas de uso geral: uma tomada de 600W e duas tomadas de 100 W.
• Dormitório 1
8
Quantidade adotada de tomadas de uso geral: quatro tomadas de 100 W.
• Dormitório 2
• Dormitório 3
• Banheiro Comum
• Banheiro Suı́te
• Corredor
• Área de Serviço
• Jardim de Inverno
• Área Churrasqueira
Quantidade adotada de tomadas de uso geral: três tomadas de 600 W e duas tomadas de 100W.
• Banheiro Fundos
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• Despensa
• Quarto Fundos
Desta maneira têm-se a Tabela 7 com a divisão dos circuitos, procurando realizar o melhor balan-
Uma vez que os circuito foram divididos procurando manter potência aproximadas entre cada
circuito, agora se faz necessário realizar o balanceamentos dos carregamentos dos circuitos monofásicos
Para o cálculo da demanda de potência total da instalação elétrica faz-se necessário utilizar alguns
cálculos de fator de demanda. O fator de demanda faz uma simplificação da utilização de potência
instalada uma vez que vários equipamentos podem ou não estarem ligados simultaneamente.
Uso Geral (TUG’s). Este valor foi adotado considerando que a soma da potência ativa destes circuitos
Para os circuitos destinados às Tomadas de Uso Especı́fico (TUE’s) foi adotado um fator de de-
manda de 0,76. Este valor foi adotado considerando que esta instalação possui quatro (4) TUE’s,
conforme Tabela 5.
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Tabela 4: Circuitos de Iluminação e TUG’s
TUE’s
Circuito Potência(W) Tensão(V)
10 5600 220
11 6800 220
12 5600 220
13 5600 220
Total 23600 W
Utilizando os fatores obtidos acima e as potências totais dos circuitos pode-se calcular a potência
segundo a tabela 6.
Ligação Potência
Monofásico Até 12kW
Bifásico 12kW a 25kW
Trifásico Acima de 25kW
Neste momento será exposto o método para obtenção das bitolas dos condutores. Inicialmente
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Tabela 7: Distribuição dos Circuitos
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com o condutor em questão assim pode-se calcular a capacidade de condução de corrente do condutor
8.
dutores encontrados dentros de um mesmo eletroduto de forma a calcular a corrente máxima naquele
ramo da instalação.
O dimensionamento dos eletrodutos também pode ser feito levando em conta o número de conduto-
res carregados que passa por ele e a bitola dos mesmos. De uma maneira mais abrangente, utilizando a
pior situação de carregamento da instalação da residência, encontramos nove (9) condutores carregados
dentro de um mesmo eletroduto. Destes, parte tem bitola de 1,5mm2 o restante 2,5mm2 .
Sendo assim, utilizando o eletrodudo de 25mm, que se adequa para a condução de 9 condutores
com seção de 2,5mm2 tem-se ainda o dimensionamento com relativa folga para o pior caso considerado
na instalação. Com essa folga, é possı́vel a inserção de mais fios em caso da instalação de novos pontos
de força na residência.
Para calcular a bitola dos fios que saem do Quadro de Entrada (QE) e vão até ao Quadro de Dis-
tribuição Central (QDC) e ao Quadro de Distribuilção dos Fundos (QDF) , foi considerada a potência
total ativa da instalação depois de aplicado o fator de demanda. Considerando todos os circuitos da
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instalação, com sua respectiva corrente nominal e o fator de demanda de cada circuito, é possı́vel se
obter a corrente corrigida pelo fator de demanda. Com essa corrente corrigida, e considerando os
fios de cada fase e do neutro que são conectados a cada circuito, é possı́vel definir a bitola de cada
fio condutor que vai do QE até o QDC e ao QDF. As Tabelas 9 e 10 retratam o que foi descrito
anteriormente.
Tabela 9: Valores utilizados para o cálculo da bitola dos fios alimentadores.
Apesar de a corrente que passa pelo neutro ser pequena, adota-se uma bitola igual aos condutores
de fase é adotada. Com as bitolas dos fios definidas na Tabela 10, torna-se necessária a utilização
de um eletroduto de 32mm que vai do QE até o QDC e ao QDF. Também é utilizado um disjuntor
Para a proteção dos fios condutores dos circuitos, são utilizados Disjuntores Termomagnéticos
(DTM). Já para a proteção dos usuários, foram utilizados Interruptores Diferencial Residual (IDR).
Os dispositivos IDR, entretanto, foram utilizados apenas nos circuitos em que estão instalados os
chuveiros e a banheira da residência, já que estão inseridos em áreas consideradas molhadas.
A tabela 11 apresenta o dimensionamento dos disjuntores utilizados. Para a escolha dos disjuntores,
foi considerada a corrente máxima admissı́vel no fio condutor de cada circuito. Procurou-se escolher um
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disjuntor que proteja o circuito, sem contudo desarmar em situações em que todos os pontos de força
para os circuitos monofásicos e bipolares para os circuitos bifásicos. Nos circuitos em que os chuveiros
e a banheira estão conectados, foi utilizado IDR para a proteção dos usuários, já que estão siturados