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Manual

SISTEMA® TECCO
Data: 12.01.2017
Edição: 116-N-FO / 17
Estabilização de taludes
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notice.

© Geobrugg AG
CH-8590 Romanshorn
Objetivo e Organização do Manual

O sistema TECCO® de estabilização de taludes é um sistema de mitigação, constituído por uma tela de
aço com arames de alta resistência. O sistema é usado em conjunto com barras metálicas (grampos)
tanto em solo quanto rocha, para estabilizar as camadas superficiais com potencial de instabilização em
taludes, com diferentes condições de inclinação.

Este manual do sistema é a base para o planejamento adequado e a instalação do sistema TECCO®
em um talude, descrevendo todos os elementos de construção, conexões e dispositivos e métodos de
fixação e garante que

O campo de aplicação seja definido;


O Sistema é produzido livre de defeitos e de acordo com as mais recentes técnicas;
Existe uma documentação técnica para o planejamento,
Planejamento esteja em conformidade com todas exigências relevantes
As condições de contorno foram devidamente consideradas
As verificações de segurança estejam adequadas
A instalação seja efetuada profissionalmente e controlada corretamente.

Este manual está dividido nas seguintes seções

Declaração de conformidade /prova de qualidade


Planejamento básico
Instruções de instalação
Folhetos para instalação
Certificado ISO 9001

Este documento descreve situações de instalação padrão, não levando em conta especifidades eventuais
que possam existir no local da obra. A Geobrugg não pode ser responsabilizada por qualquer custo
adicional em função de condições especiais. No caso de dúvidas, por favor contate a fabricante. As
condições gerais de venda da Geobrugg AG são aplicáveis.

Responsável pelo conteúdo:

Geobrugg AG
Aachstrasse 11
CH-8590 Romanshorn, Switzerland

e-mail info@geobrugg.com

Romanshorn, Janeiro, 2017 (stamp / authorized signatures )


Manual do Produto TECCO
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1. Campo de aplicação

O Sistema TECCO® é aplicável para estabilizar o material com potencial de instabilização tanto em taludes em solo
quanto em rocha, impedindo que ocorra a movimentações de qualquer massa instabilizada.

A superfície a ser estabilizada deve primeiramente ser limpa, removendo vegetação e massas soltas antes da
aplicação da tela metálica TECCO®. A malha é fixada ao terreno por meio dos grampos, tanto para rocha quanto para
solo, sendo pré-tensionada contra a face por meio das placas de fixação SPIKE PLATES.

Como reação, a tela metálica pressionada a superfície do talude, limitando as deformações e as movimentações das
massas instáveis. O pré-tensionamento externo tem um importante papel no desempenho do sistema e aumenta
segurança e a eficiência da solução.

Os grampos do TECCO® devem ser distribuídos em um padrão definido. Eles também desempenham o papel de
estabilizar superfícies de rupturas profundas. Portanto é indicado que além do dimensionamento e verificações do
sistema de faceamento análises de estabilidade global sejam realizadas para garantir que as superfícies de ruptura
profundas estão estáveis, e com um fator de segurança mínimo, que atenda as boas práticas de engenharia e as
normas técnicas vigentes.

A configuração aberta da malha da tela metálica do sistema TECCO® permite que a revegetação ocorra de
maneira natural, sendo também propícia para o plantio de diferentes espécies vegetais. Em casos especiais o sistema
permite também que pequenas árvores sejam plantadas.

É recomendado que o perímetro externo da solução seja reforçado com cabo de aço de contorno. Os cabos são
fixados e tensionados junto as ancoragens de cabo de aço espiral previamente instaladas nas extremidades. Caso a
superfície seja muito irregular ao longo das extremidades, é possível que sejam necessários grampos curtos, para
melhorar a condição de contato da tela contra a face do talude, garantindo a condição

2. Qualidade dos elementos individuais do sistema

A divisão GEOBRUGG da FATZER AG é certificada de 22 de Agosto de 1995 com o Certificado de Qualidade de


acordo com a ISO 9001 (Rev. 2001), sob o número de registro CH-34372. O instituto de auditoria é a SQS (Swiss
Association for Quality and Management Systems/Associação Suíça para Sistemas de Qualidade e Gestão), que é um
membro da IQNet. O manual de qualidade especifica os ensaios a serem realizados nos componentes do sistema, com
o objetivo de excluir as falhas de qualidade. Os certificados relevantes estão apresetnados nos apêndices.

3. Adequação a aplicação

O funcionamento do sistema se baseia nas verificações de estabilidade os elementos individualmente, incluindo


análises de estabilidade de modelos estáticos de solo e rocha. Também é necessário definir a resistência ao
arrancamento dos grampos, tanto para solo quanto para rocha, para garantir que as cargas sejam transmitidas ao
subsolo.

A avaliação das soluções exige que sejam conhecidas as condicionantes geotécnicas dos materiais que constituem os
taludes, bem como as características geométricas da face.

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4. Planejamento e fundamentos básicos

Os capítulos 1 ao 6 descrevem as tarefas para o planejamento e o conhecimento básico que são requeridos

5. Instalação do sistema

Os capítulos 7 ao 18 descrevem passo a passo como a instalação apropriada do sistema TECCO® deve ser realizada,
indicando os principais pontos a serem observados durante a instalação.

6. Cláusula de Responsabilidade.

Quedas de rochas, deslizamentos de terra, corridas de fluxos de massas de detritos ou avalanches são esporádicos e
imprevisíveis. Causas podem ser ações humana (construções, etc…) ou ambientais (clima, terremotos,etc...). Devido à
multiplicidade de fatores afetando tais eventos, não é e nem pode ser uma ciência exata que garanta a proteção de
indivíduos e propriedades.

Entretanto, pela aplicação de princípios de engenharia de sondagem à uma gama previsível de parâmetros e pela
implementação de medidas de proteção corretamente projetadas em áreas de risco identificadas, a exposição à danos
e perdas de propriedade pode ser reduzida substancialmente.

A inspeção e a manutenção de tais sistemas são requerimento absoluto para assegurar o nível de proteção desejado.
O sistema de proteção pode também ser prejudicado por eventos como desastres naturais, parâmetros de
dimensionamento inadequados ou por falha no uso dos componentes, sistemas e partes originais padrão prescritos;
assim como também por corrosão (causada por poluição do meio ambiente ou outros fatores causados pelo homem ou
por influência externa).

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Conteúdo Página
1. Introdução .......................................................................................................................................... 7

2. Sequência de Planejamento............................................................................................................. 8

3. Fundamentos para o planejamento................................................................................................. 8


3.1. O Sistema TECCO de estabilização de taludes ................................................................................. 9
3.2. Variáveis do TECCO® ....................................................................................................................... 10
3.3. Condições de análise ........................................................................................................................ 10
3.4. Características especiais .................................................................................................................. 11
3.5. Especificações especiais .................................................................................................................. 12
3.6. Investigação de campo ..................................................................................................................... 12

4. Dimensionamento ......................................................................................................................... 12

5. Detalhes de projeto ......................................................................................................................... 14


5.1. Geral ................................................................................................................................................. 14
5.2. Aspectos Especiais ........................................................................................................................... 14
5.3. Licitação para execução ................................................................................................................... 15

6. Elementos do sistema e equipamentos auxiliares ...................................................................... 15


6.1. Elementos do sistema ....................................................................................................................... 15
6.2. Elementos de conexão ...................................................................................................................... 20
6.3. Equipamentos e ferramentas auxiliares ....................................................................................... 20

7. Preparação do terreno ................................................................................................................. 21

8. Marcação da obra ............................................................................................................................ 21

9. Opções de instalação.................................................................................................................. 22
9.1. Opção A: Instalação da tela metálica após a execução dos grampos .......................................... 22
9.2. Opção B: Instalar a tela antes de executar os grampos ................................................................... 23
9.3. Apontamento sobre a estabilidade do talude .................................................................................... 24
9.4. Dispositvo de perfuração TECCO® G65 .......................................................................................... 24

10. Instalação dos grampos ............................................................................................................. 25


10.1. Perfuração ......................................................................................................................................... 25
10.2. Instalação das barras e injeção ........................................................................................................ 28
10.3. Coveamento da cabeça dos grampos .............................................................................................. 28
10.4. Ensaio dos grampos ......................................................................................................................... 29
10.5. Aspectos particulares ..................................................................................................................... 29

11. Instalação da tela ............................................................................................................................ 29


11.1. Cortando a tela TECCO® ................................................................................................................. 29
11.2. Desenrolando a malha TECCO® .................................................................................................. 30
11.3. Conexão vertical................................................................................................................................ 30
11.4. Conexão horizontal ......................................................................................................................... 31
11.5. Posicionamento das placas SPIKE PLATE ............................................................................... 32
11.6. Posicionamento das placas em pontos de vazios .................................................................... 33
11.7. Carga de pré-tensionamento dos grampos ................................................................................. 33
11.8. Extremidades da tela ........................................................................................................................ 34
11.9. Conexão dos cabos de contorno com as ancoragens de cabo espiral. ........................................... 36

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12. Agua e drenagem ............................................................................................................................ 37

13. Controle de erosão.......................................................................................................................... 37

14. Revegetação e Plantio .................................................................................................................. 38


14.1. Avaliação geral da necessidade de revegetação ............................................................................. 38
14.2. Face vegetada................................................................................................................................... 38
14.3. Revegetaçao com a manta de controle de erosão: TECMAT® ....................................................... 39
14.4. Revegetação integrada com a manta de controle de erosão TECMAT e TECCO G65/3 GREEN .. 41
14.5. Plantio ............................................................................................................................................... 41
14.6. Manutenção....................................................................................................................................... 43

15. Coveamento ..................................................................................................................................... 44


15.1. Covas e reentrâncias de aprox. 0.5 m ............................................................................................ 44
15.2. Covas e reentrâncias maiores de 0.5 m ........................................................................................... 44
15.3. Preenchimento com função de suporte ............................................................................................ 44

16. Utilizando a tela TECCO® G65/3 para a interceptação ........................................................... 46

17. Critérios de aceitação ..................................................................................................................... 48


17.1. Inspeção final .................................................................................................................................... 48
17.2. Protocolo de aceitação ...................................................................................................................... 49

18. Manutenção e inspeções periódicas ............................................................................................ 49


18.1. Manutenção do sistema .................................................................................................................... 49
18.2. Inspeções periódicas ........................................................................................................................ 49

Anexos

Folhetos técnicos para a instalação


Certificados (ISO 9001)

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1. Introdução

TECCO é um sistema de estabilização de taludes


desenvolvido para ser conter massas de rocha e solo
instáveis, impedindo que estas sejam mobilizadas da
face do talude.

Juntamente com os grampos, na qual a tela metálica é


fixa e pré-tensinada, o sistema TECCO® deve atender
as condições de equilíbrio estático para os materiais.

TECCO® é constituído por uma tela metálica


composta por arames de aço de alta resistência,
associada as placas de fixação SPIKE plates. Os
grampos podem ser as barras comercialmente
disponíveis,(e.g. GEWI, TITAN, etc.). O tipo de
ancoragem, diâmetro, comprimento deve ser
especificada de acordo com as características do
projeto.

A proteção contra corrosão do aço utilizada deve


atender as especificações do projeto. Portanto,
soluções em ambientes muito agressivos, que levem
a um aumento no risco da corrosão devem ser
levados em conta.

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2. Sequência de Planejamento
O planejamento adequado do sistema TECCO® deve seguir o passo a passo abaixo indicado. A sequência deve incluir
as medidas a serem tomadas e os detalhes das soluções, tais como drenagem, para garantir uma solução
adequada ao problema local.

Passos de Planejamento

1. Problema Definir o problema


2. Sistema de estabilização Possíveis aplicações
TECCO®

3. Função Estabilidade de talude


Estabilização da camada superficial
Proteção contra queda de rochas
Proteção contra erosão

4. Dados para projeto de TECCO® Informações gerais do projeto


Topografia
Perfis do terreno
Geologia Geral
Condições do subsolo
Estratigrafia
Camadas de superfície
Parâmetros de resistência
Superfícies de Rupturas Profundas
Água
Aspectos Especiais

5. Dimensionamento com o RUVOLUM® Verificações do sistema


Medidas que garantam a adequação da
Solução ao talude

A partir do que é apresentado acima:


Máximo espaçamento de grampos
Tipo e comprimento de grampos
Carga de pré-tensão
Medidas especpificas

6. Projeto Dimensões da intervenção


Planejamento dos grampos
Preparação do terreno
Escopo e materiais
Solicitação de medidas especiais
Proteção contra erosão
Drenagem
Revegetação
Licitação

3. Fundamentos para o planejamento

Para possibilitar o correto planejamento e dimensionamento do sistema de estabilização de taludes TECCO® é


necessário que as principais condicionantes do talude sejam conhecidas e muito bem definidas.

É recomendado que o checklist acima apresentado seja totalmente preenchido, tendo definido todas a informações
definidas antes de que o dimensionamento do sistema TECCO® seja desenvolvido.

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Devem ser definidas as informações do local, tais como a geologia, propriedades geotécnicas do material a ser
estabilizado e características do local de execução da obra. É importante que a fonte de tais informações esteja
apresentada, atribuindo a responsabilidade pelos dados disponibilizados. Por exemplo, um geólogo ou engenheiro
geotécnico apresenta as propriedades e parâmetros de resistência dos materiais a serem tratados, logo este
profissional também é responsável pelo dimensionamento da solução e pelas verificações do sistema. Os fornecedores
de materiais não podem ser culpados por eventuais danos que sejam causados no caso de considerações de cálculo
equivocadas ou aplicação incorreta da metodologia de dimensionamento. A menos que sejam atribuídas ao fornecedor
de materiais as atividades de investigação geotécnica e dimensionamento das soluções, a sua responsabilidade é
limitada a defeitos de fabricação no material.

3.1. O Sistema TECCO de estabilização de taludes

O sistema TECCO® atua na estabilização de taludes compostos por solo e rocha. Para tanto a superfície que irá
receber a tela metálica deve ser limpa, removendo vegetação e todos os blocos e massas que estejam soltas sobre a
face. Após a limpeza a tela é lançada sobre a face, instalando as placas de fixação nos grampos, ajustando a tela
metálica a superfície. A porca é então torqueada, garantindo assim a pré-tensão do sistema e o melhor contato
possível da tela com o talude.

Os grampos são distribuídos na face sob uma malha


em “pé-de-galinha”, ou seja, linhas consecutivas são
defasadas em meio espaçamento horizontal

Os 3 elementos mais importantes do sistema TECCO® são:

Tela TECCO®
A placa SPIKE plate TECCO®
O grampo

É importante destacar que o sistema TECCO® é composto pela combinação da tela metálica de alta resistência e da placa
de fixação SPIKE Plate. Toda a análise de estabilidade do faceamento é baseada na resistência existente no contato tela
placa, sendo importante especificar ambos elementos, pois para cada combinação entre os modelos existentes de
TECCO e da placa SPIKE são realizados ensaios para a definição da máxima carga do sistema.

O perímetro externo da solução de faceamento é reforçada com cabos de aço de contorno, que são tensionados e
fixados às ancoragens de cabo de aço espiral. Quando só o cabo de aço não é suficiente, é necessário que grampos
curtos adicionais sejam executados, para melhor ajustar a tela à face. (Capítulo 11).

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3.2. Variáveis do TECCO®

As variáveis são as seguintes:

Espaçamento entre os grampos a = distância horizontal entre os grampos


Espaçamento entre os grampos b = distância vertical entre os grampos
Tipo de grampo (diâmetro, tensão de escoamento)
Comprimento do grampo
Inclinação do grampo

Estas variáveis são obtidas através do dimensionamento do sistema

3.3. Condições de análise

Condições de campo que devem ser definidas para a análise de estabilidade da solução

Condições gerais do talude

1. Perfil do terreno Altura do talude (vertical) H


Comprimento da face (inclinada) L
Largura (horizontal) B
Vão livre inferior Ru > H/2
Vão livre superior Ro > H
Inclinação média da face

2. Caracterização do subsolo Descrição do subsolo


(Classificação do material)
Estratigrafia do perfil A, B, C, ...

3. Camada superficial Espessura da camada a ser estabilizada


Inclinação do plano deslizante
Para cada uma das camadas definias
A, B, C, ... tA, tB, tC, ...

4. Parâmetros de resistência Caracterização individual das camadas do


perfil estratigráfico do local
Camadas A, B, C, ...
Peso específico A,B,C, ...
A,B,C, ...
Ângulo de atrito
c A,B,C, ...
Intercepto coesivo

Material da camada superficial A, B, C ...


de espessura tA, tB, tC, ... At,Bt,Ct, ...
Peso específico At,Bt,Ct, ...

Ângulo de atrito c At,Bt,Ct, ...


Intercepto coesivo

5. Estabilidade global Uma análise de estabilidade global deve ser realizada


para garantir que eventuais cunhas profundas de
ruptura em solo ou em rocha estejam estáveis, sendo
uma análise complementar do sistema TECCO® .

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3.4. Características especiais

Nascentes de água ou pontos com surgência ao longo da face


Interferências ( casas, árvores, dutos, fundações, etc..)
Características climáticas para a revegetação ( chuvas, temperaturas, umidade, etc..)
Proteção adicional contra erosão
Proteção complementar em casos de específicos de queda de rochas

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3.5. Especificações especiais

Tipo de grampos
Comprimento dos grampos para garantir a estabilidade global
Processo executivo da perfuração
3.6. Investigação de campo

Nas fases preliminares de projeto, simples medições de campo são suficientes para coleta de dados básicos, porém
casos dados topográficos estejam disponíveis a sua utilização é mais indicada, em função da precisão.

Na fase executiva, um levantamento de informações mais detalhado é indicado, caso contrário o lançamento das telas
metálicas será baseado em dados simplificados, sendo indicado o uso de:

• Levantamento topográfico com os equipamentos especializados que estejam disponíveis;

• Quanto mais detalhes forem apresentados na topografia, tais como ravinas, negativos, pontos de cumieiras,
mais detalhado será o projeto, prevendo com maior precisão grampos extras, sobreposição de tela e
elementos e cuidados adicionais na fase executiva;

• Tendo definido estas informações, e o dimensionamento da solução já realizado, é possível lançar na


topografia os panos de tela e grampos. Este procedimento representa uma grande facilidade executiva pois
apresenta ao executor todas as medidas necessárias para a locação da obra, o que garante o tratamento
real da área projetada

4. Dimensionamento

O conceito de dimensionamento RUVOLUM® permite que os efeitos da pré-tensionamento do sistema sejam


considerados no cálculo. Isto permite uma melhor aproximação nas verificações de estabilidade do sistema.

Dimensionar do sistema flexível TECCO® de acordo com o conceito RUVOLUM® verifica dois tipos de imodelos de
ruptura (verificar a documentação técnica do TECCO®, em particular os fundamentos da metodologia)

Investigação da superfície de ruptura paralela a face do talude


A camada de solo que pode ser instabilizada deve ser retida pelos grampos. Cada grampo deve ser capaz de reter
o corpo instável com a largura a ,comprimento b e espessura t, levando em conta um dado fator de segurança.

Investigação da instabilidades entre os grampos


A investigação deve avaliar se instabilidades locais, entre os grampos, podem ou não ocorrer. Estes possíveis
corpos instáveis devem ser retidos, levando em conta fatores de segurança, pelo sistema de faceamento, as
telas metálicas, ou seja, o sistema TECCO®
.

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Instabilidades superficiais paralelas a face do talude Instabilidades locais entre os grampos

Para possibilitar a avaliação da estabilidade do sistema é necessário conhecer os seguintes parâmetros de


resistência:

a) a carga de resistência no contato tela placa ao esforço de puncionamento e ao esforço de tração paralelo a
superfície do talude b) a capacidade de carga do grampo frente aos esforços combinados de tração e cisalhamento.

Enquanto que a capacidade de carga dos grampos pode ser determinada através do cálculo em função da resistência
do aço e da bitola da barra, as resistências aos puncionamento e ao esforço de tração paralelo a face do talude do
sistema de faceamento devem ser determinados através de ensaios de laboratório específicos. A capacidade do
sistema e o método de dimensionamento foram verificados e validados com base em ensaios de escala real, sob
condições realísticas, ver fotografia da capa do manual.
A capacidade de carga para o sistema de estabilização TECCO® não é aplicável a outros materiais, ou sistemas. Para
a comparação adequada, é necessário que os mesmos ensaios utilizados para a TECCO sejam outros sistemas,
sendo só assim uma comparação equivalente com produtos similares.

Verificação da estabilidade global do talude (superfície de ruptura profunda)

Dependendo das condições geológicas e geotécnicas do local, o dimensionamento da solução de estabilização de


taludes com o sistema TECCO® necessita de investigações complementares a investigação superficial, sendo necessário
avaliar a ocorrência de superfícies de rupturas profundas no talude. Sendo assim, aqui são consideradas as superfícies
de ruptura, e na grande maioria dos caos os grampos incluem um efeito estabilizante, e por vezes atuam como elementos
resistentes aos esforços cisalhantes.

Superfícies circulares Superfícies em bloco deslizante

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5. Detalhes de projeto
5.1. Geral

Para o detalhamento do projeto são necessárias as informações topográficas, geometria do talude, perfis e o
dimensionamento da solução, que inclui modelo de tela, tipos e espaçamento dos grampos bem como o comprimento
dos mesmos e carga de pré tensão a ser aplicada.

Na definição de qual área deve receber o tratamento é importante estender a área tratada suficientemente (geralmente
dois metros) além de rupturas ou zonas de potenciais rupturas, para garantir uma estabilização satisfatória.

As especificações das condições de contorno, com/sem cabo devem estar especificadas no projeto.

Projetos de conformação geométrica devem estar especificados em locais onde for necessário.

Um plano de limpeza e remoção vegetal deve ser apresentado em locais densamente vegetadas, principalmente nos
taludes onde são encontradas espécies vegetais nativas e protegidas por lei.

5.2. Aspectos Especiais

As circunstâncias apresentadas abaixo devem ser consideradas no projeto, sendo necessário que sejam detalhadas e
descritas no projeto no caso de ocorrência dos mesmos;
Pontos de inclinação negativa
Blocos isolados de grandes dimensões que devem ser tratados com soluções específicas
Vegetação que não pode ser removida
Nascentes de água ou pontos de surgência
Medidas de proteção especial, tais como revestimento em concreto projetado
Estruturas a serem desviadas
Necessidade de proteção contra erosão
Revegetação

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5.3. Licitação para execução

No processo de licitação para a execução da instalação do sistema TECCO® devem estar especificados os materiais a
serem fornecidos bem como os serviços a serem executados. É necessário apresentar a especificação do modelo de
tela metálica, barras de aço e demais elementos.

Especificações da tela
Dimensões da abertura da tela metálica
Resistência mínima ao puncionamento da tela contra a placa PR
Resistência mínima ao esforço de tração paralelo na placa ZR
Resistência mínima a tração e máxima deformação correspondente
Resistência mínima dos conectores dos panos de tela

Especificações dos grampos


Diâmetro do grampo
Resistência mínima à tração do grampo, com corrosão e sem corrosão
Requisitos mínimos de proteção de corrosão
Diâmetro mínimo de perfuração
Comprimento dos grampos
Método de perfuração: seco (limpeza pneumática), se apropriado limpeza com grout no caso de grampos auto-
perfurantes
Quantidade e tipo de grampos de ensaio (se necessário realizar ensaios de arrancamento preliminares para
determinar a tensão de aderência no furo o Qs)
Quantidade de ensaios de arrancamento (grampos aleatórios do sistema)

6. Elementos do sistema e equipamentos auxiliares


6.1. Elementos do sistema

O sistema TECCO® consiste nos seguintes elementos

Material Superficial
TECCO® G45/2, G65/3 e G65/4
TECCO® clipes de conexão T3

Grampos
Grampo principal, incluindo a porca
TECCO® Spike Plates P25, P33 e P66

Contorno
Grampos curtos
Grampos Guia
Cabos de contorno
Ancoragens de cabo de aço espiral

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Tela de TECCO® arames de alta resistência

Dados técnicos TECCO® G45/2 TECCO® G65/3 TECCO® G65/4

Diâmetro do arame 2 mm 3 mm 4 mm

Tensão de escoamento ≥ 1‘770 N/mm2 ≥ 1‘770 N/mm2 ≥ 1‘770 N/mm2

Resistência a tração longitudinal ≥ 85 kN/m ≥ 150 kN/m ≥ 250 kN/m

Diagonal 62 x 95 mm 83 x 143 mm 83 x 138 mm

Abertura interna 48 mm 65 mm 63 mm
Nº de malhas na transversal 16.1 pcs./m 12 pcs./m 12 pcs./m
Nº de malhas na longitudinal 10.5 pcs./m 7 pcs./m 7.2 pcs./m

Peso por m2 1.15 kg/m2 1.65 kg/m2 3.3 kg/m2

Proteção contra corrosão GEOBRUGG SUPERCOATING®

Composto contra corrosão 95% Zn / 5% Al

Revestimento ≥ 115 g/m2 ≥ 150 g/m2 ≥ 150 g/m2

Resistências Spike plate Spike plate Spike plate


P25 / P33 P33 / P66 P33 / P66
Resistência ao puncionamento
80 / 110 kN 180 / 240 kN 280 / 370 kN
no contato placa tela DR
Resistência ao puncionamento da
causada pela massa mobilizada 40 / 55 kN 90 / 120 kN 140 / 185 kN
PR
Resistência ao cisalhamento no
contato tela placa em função do 10 / 10 kN 30 / 45 kN 50 / 75 kN
esforço paralelo a face ZR

Tela TECCO® fabricada com aço de alta resistência e arames com extremidades em nós.

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TECCO® spike plates tipo P25, P33 e P66

Dados técnicos Spike plate P25/34 N Spike plate P33/40 N and Spike Plate P66/50 N
P33/50 N

Tamanho 250 x 155 mm 330 x 205 mm 667 x 300 mm

Espessura 5 mm 7 mm 7 mm
Diâmetro do orifício 34 mm 40 and 50 mm 50 mm
Comprimento da garra min. 16 mm min. 20 mm min. 30 mm
Peso 0.9 kg 2.2 kg 6.7 kg
Geometria losango losango losango
Tipo de aço S355J S355J S355J
Momento resistente
longitudinal ≥ 1.25 kNm ≥ 2.5 kNm ≥ 8.0 kNm

Proteção contra corrosão Galvanizado a quente EN ISO 1461, camada de espessura média 55 µm

Spike plate tipo P25, P33 e P66

Grampos (grampos para solo e rocha)

Dados técnicos

Tipos comuns de grampos e.g. GEWI D = 25, 28, 32 ou 40 mm ou auto perfurantes do tipo TITAN 30/11 ou 40/16
como IBO R32 S/N ou similar.
Outros tipos de grampos podem ser usados, desde que atendam as especificações.
Espaçamentos
a = 2.0 - 4.0 metros (na direção horizontal)
Padrão de grampos
b = 2.0 - 4.0 metros (medida inclinada)
ou para atender a necessidade local.
Comprimento De acordo com o projeto, mas geralmente L ≥ 2.0 m

Proteção contra corrosão Normalmente sem revestimento *).


É comum a consideração de uma espessura de sacrifício de 4 mm, que é descontada
da seção resistente no cálculo da resistência da barra.
Em casos especiais, grampos parcialmente galvanizados ou ainda grampos com dupla
proteção contra corrosão podem ser utilizados. Dependendo do projeto é possível
utilizar a pintura da barra com tinta de zinco, após a realização dos cortes
necessários.

Porcas É recomendado o uso de porcas hexagonais com faces arrendadas. Se grampos com
diâmetro menor do 28 mm foram instalados é indicado que as arruelas correspondentes
sejam utilizadas.

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TECCO® - Garras de Pressão e Clipes de conexão

Dado técnico Clipes de conexão T3 Garras de pressão tipo 2

Aplicação Conexão vertical e horizontal entre Conexão entre a tela TECCO®


os panos de tela e os cabos de contorno

Execução Abertura para instalação manual Abertura deve ser pressionada


após instalação

Material ø 4 mm com aço de tensão de Aço S235 JRG, espessura ø 6 mm


escoamento ≥ 1’770 N/mm2

Proteção contra corrosão GEOBRUGG ULTRACOATING® Galvanizado a quente, espessura 55 µm

Clipe de conexão T3 Garra de pressão 2

Grampos auxiliares

Dados técnicos

Grampos padrão e.g., GEWI D = 20 ou 25 mm


A utilização de grampos auxiliares é função das necessidades específicas do projeto.

Aplicação Em pontos adicionais na extremidade e em pontos de inclinação


negativa. Geralmente são D = 20, 25 mm, ajustados ao projeto.

Comprimento Usualmente: L = 1.5 m

Proteção contra corrosão Normalmente são instalados sem proteção.


Em ocasiões especiais grampos galvanizados a quente.
É razoável que sejam realizadas pinturas nos pontos de corte.

Grampos guia, opcionais

Dados técnicos

Aplicação Para fixação intermediária e fixação dos cabos


de contorno

Execução e.g. barra D = 16 mm com uma


garra soldada no topo
L = 0.6 metros ou 1.0 metro
Proteção contra corrosão Galvanizado a quente, com espessura 85 µm

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Grampo Guia

Cabos de contorno

Dados técnicos

Aplicação Para o fechamento da solução, aplicado no perímetro externo

Tipo leve Cabo de aço D = 10 mm


Carga mínima de ruptura 63 kN

Tipo pesado Cabo de aço D = 12 mm


Carga mínima de ruptura 91 kN
Proteção contra corrosão Revestimento com zinco DIN EN 10244-2

Cabos de contorno
Clipes para cabo de aço

Dados técnicos

Aplicação O número e o tipo de clipes a ser aplicado deve ser verificado para o tipo de cabo,
bem como o torque necessário. Caso existe o risco de furtos é necessário o
travamento da rosca, com solda ou cola quimíca.

Tipo Para cabos de aço D = 10 mm 3/8“ (NG10) clipes de cabo de aço respectivos
D = 12 mm 7/16“ (NG12) devem ser utilizados de acordo com FF-C-450 Tipo 1
Classe 1 (similar ao EN 13411-5 Tipo 2).

Número Para cabos com D = 10 and 12 mm no mínimo 3 clipes de cabo de aço devem ser
utilizados.

Proteção contra corrosão Galvanizado em mergulho quente

Clipe de cabo de aço

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Ancoragem de cabo de aço espiral

Dados Técnicos

Aplicação Os cabos de contorno devem ser fixados lateralmente nas ancoragens de cabo espiral.
Para garantir uma boa condição de tensionamento dos cabos de aço de contorno as
ancoragens devem estar espaçadas entre si em 25-30 metros.

Especificação Cabo espiral, 2-stranded, com dois tubos galvanizados a quente no “loop”

Proteção de corrosão do Galvanização pesada de acordo DIN EN 10244-2 (DIN 2078),


cabo espessura mínima de 230 g/m2 (D 10.5 mm), 255 g/m2 (D 14.5 mm)

Proteção de corrosão dos Galvanizado a quente EN 10240, espessura


tubos mínima da camada de 55 µm

Cabo leve D = 10.5 mm, carga de trabalho 100 kN, comprimento dependente do material L=2-3 m

Cabo pesado D = 14.5 mm, carga de trabalho 195 kN, comprimento dependente do material L=2-4 m

Ancoragem de cabo de aço espiral e instalação

Ancoragem de extremidade flexível

Opcional para substituir a A cabeça flexível substitui a ancoragem de cabo de aço espiral. Ela é fixada ao
ancoragem de cabo de grampo rosqueando na cabeça, tendo os mesmos dados técnicos do cabo comum.
aço espiral

Cabeça Flexível

6.2. Elementos de conexão


Em raros casos é possível utilizar elementos de conexão específicos do projeto, como por exemplo a utilização de luxas
de conexão (EN13411-3) ou clipes de cabo de aço (FF-C-450 Tipo 1 Classe 1, similar ou EN 13411-5 tipo 2) como
elementos de conexão (ver também 11.4.1).

6.3. Equipamentos e ferramentas auxiliares


Equipamento de perfuração (montadas em plataforma ou manuais), com diâmetro mínimo de 1.5 vezes o diâmetro da
barra, ou dependendo do projeto diâmetro do grampo + 2 x 20 mm a espessura de cobrimento.
Bomba de injeção com com estabilização dos grampos e.g. SIG-Jet 2000, (Lumesa SA), MAI - Mungg (GD-Anker
AG) ou dispositivo Morath GmbH
Dispositivos de corte para cabos de no mínimo ø 12 mm (e.g. type Felco)
Chaves para parafusos M10 - M32
Torquimetro com capacidade entre 0.3 - 0.6 kNm dependendo do grampo (cf. capítulo 11.7)
Alicates para fechar as garras de pressão T2
Alicates para fechar as garras de pressão para garras de alumínio (se utilizadas, item 6.2)
Um tifor leve para tensionamento dos cabos de contorno (e.g. LUGAL)

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7. Preparação do terreno

O terreno deve estar preparado para receber o sistema TECCO®:

Limpeza da face do talude


Nivelamento do terreno
Cortes na face (caso necessários para ajustar geometricamente)
Drenagem (se necessário)

Pontos importantes na preparação do terreno


Zonas de fraturas são comumente classificadas como verticais ou como inclinações negativas. O ajuste geométrico do
terreno é necessário. Este trabalho consiste no corte do terreno, na remoção de blocos soltos ou preenchimento de
zonas de vazios.
Também fazem parte destes trabalhos, a remoção de árvores não protegidas por lei e que possam ser removidas. É
necessário realizar o destocamento do terreno, para garantir que a tela metálica fique de fato em contato com o
terreno. Caso não seja possível realizar a remoção de árvores, é possível deixa-las no talude, realizando ajustes na
tela.

Preparação da limpeza Após a limpeza

8. Marcação da obra

Uma boa marcação dos limites da obra e os demais pontos de interesse permitem uma grande facilidade na execução
das operações, evitando que áreas adicionais sejam executadas ou que áreas necessárias sejam suprimidas do
tratamento.

A marcação da obra deve levar em conta o que é apresentado no projeto e pode ser realizada com o auxílio de estacas
de madeira, tinta, cordas, gabaritos ou qualquer outro elemento que esteja disponível, sendo necessário marcar os
seguintes pontos:

Limites externos da obra


Pontos de mudança de direção
Delimitação dos panos de tela
Marcação de grampos com a sua devida identificação
Ancoragens de cabo de aço espiral.

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Durante a marcação, é necessário garantir que os espaçamentos entre os grampos se mantenham de acordo com o
que é indicado no projeto, levando em conta pequenas tolerâncias. Os espaçamentos são definidos em função das
verificações do sistema, e das características do material do talude, e devem levar em conta a distância horizontal e a
distância da face inclinada.

Geralmente para a marcação de grampos a tolerância na variação do espaçamento é da ordem de +/- 10% do que é
indicado, sendo esta variação aceita individualmente. Uma redução no espaçamento dos grampos ou a utilização
grampos extras, para sempre é admissível, porém leva a uma elevação de custos.

Pequenos ajustes são comuns e necessários, para melhor adequar o projeto ao talude a ser tratado, em função das
características locais. Porém caso grandes variações sejam necessárias ou as condições do local sejam muito
divergentes do que é apresentado no projeto, os projetistas responsáveis devem ser contatados imediatamente.

9. Opções de instalação

Existem dois métodos executivos para o sistema


TECCO®:

Opção A) Instalar a tela metálica após a execução dos grampos


Opção B) Instalação da tela antes da execução dos grampos (para TECCO® G65)

A decisão sobre qual método será utilizado é função das características da face do talude e do método de perfuração a
ser utilizado na obra

9.1. Opção A: Instalação da tela metálica após a execução dos grampos

Esta opção é indicada quando os diâmetros de perfuração excedem 65 mm de diâmetros, abertura interna da tela, em
função de

Resistência ao arrancamento do subsolo é baixa, exigindo diâmetros elevados para garantir uma carga de arrancamento
maior para os grampos;

Tubos de revestimento, em situações onde o terreno apresenta uma baixa capacidade de suporte reduzida, e o
fechamento dos furos é constante. Logo um sistema de estabilização do furo, tais como revestimento precisa ser utilizado,
exigindo diâmetros maiores de perfuração;

Situações onde estão disponíveis apenas das coroas de perfuração com diâmetro maior do que 65 mm ( > 90 mm)

Procedimento executivo da Opção A:

A posição dos grampos é estaqueda em campo, com base no espaçamento de projeto, já levando em conta grampos
extras nos pontos de inclinações negativas;

Execução das covas na cabeça dos grampos para a pré-tensão posterior do sistema;

Perfuração dos grampos e dos pontos onde serão executadas as ancoragens de cabo espiral. Caso as barras não
sejam instaladas imediatamente, é necessário proteger o furo contra a entrada de detritos, tapando o furo. Caso
necessário utilizar elementos estabilizadores, para garantir que este não feche;

Instalação dos grampos e das ancoragens nos furos, seguida pela injeção de nata de cimento

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Instalação da tela metálica


Conexão dos panos de tela com as garras T3
Instalação dos cabos de contorno e fixação com garras de pressão
Instalação das placas de fixação (SPIKE PLATE) e pré tensionamento, com o toque especificado

Vantagens do método de instalação A:


Sem limitações em relação ao diâmetro de perfuração
Injeção da nata é realizada antes da instalação da tela, evitando a contaminação da tela com concreto
Complementação da injeção ou ajustes na cabeça do grampo são possíveis, antes da instalação da tela;
A perfuração não tem obstáculos, sendo um processo mais simples de ser executado
Permite que intervenções adicionais sejam realizadas, sendo possível que alterações sejam realizadas
antes da instalação da tela

Desvantagens do método de instalação A:

Grampos com comprimento exposto muito grande podem ser um obstáculo para a instalação da tela, sendo
necessário que o corte seja realizado, reduzindo o comprimento adicional;
Posicionamento ótimo dos grampos para o tensionamento da tela contra o terreno pode ser de difícil
visualização, diferente da opção B;
Os trabalhadores ficam expostos ao risco de serem atingidos por blocos instabilizados, durante a perfuração e
instalação, exigindo que medidas adicionais de proteção sejam tomadas, casos específicos.

9.2. Opção B: Instalar a tela antes de executar os grampos

Esta variação da instalação é possível para diâmetros de perfuração inferiores a 65 mm, (respectivamente inferiores aos
90 mm de diâmetro do dispositivo de perfuração) são admissíveis se:

O substrato tem capacidade de resistir aos esforços de arrancamento para os diâmetros pequenos;
O furo tem capacidade de sustentação, e não exige a utilização de elementos de revestimento
O talude é uniforme, ou seja, não são necessários pontos com diâmetros maiores ou pontos com necessidade
de estabilização de furo

A opção de instalação B pode ser considerada quanto for:

O material a ser perfurado não exige que estabilização do furo seja realizada
Rocha apresenta uma boa integridade, ou seja, as perdas de injeção são pequenas, dispensando o uso de
medidas de controle de consumo de nata de cimento;
Taludes que não exigem a execução de sistemas de drenagem

Instalação da Opção B

Marcação, perfuração e injeção dos grampos da crista do talude;


Marcação de todos os pontos onde serão executados os grampos, de acordo com o projeto
Escavação das covas na cabeça dos grampos
Fixação da tela metálica junto aos grampos de crista
Desenrolar os rolos de tela sobre a face do talude;

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Conexão dos panos de tela com as garras T3


Otimização do posicionamento dos grampos, respeitando as tolerâncias e medidas de projeto, em função de
negativos no talude.
Perfurar os grampos através da tela, com o auxílio do dispositivo de perfuração TECCO®
Instalar as barras e injetar
Instalar as placas de fixação e aplicar os torques de acordo com a especificação.

Vantagens da Opção B

Instalação da tela é facilitada, pois não existem grampos como obstáculos


Identificação de pontos onde existe a necessidade de grampos extra é facilitada
A tela garante uma proteção aos trabalhadores e estruturas contra a queda de rochas
O deslocamento sobre a face do talude é facilitado, permitindo o uso da tela como ponto de apoio para cintos;

Desvantagens da Opção B:

O diâmetro de perfuração é limitado a 90 mm, com o uso do dispositivo de perfuração


Trabalhos adicionais na região da cabeça dos grampos não são possíveis, como complementação da injeção.
Contaminação da tela pela nata de cimento
Depois de instalada a tela, medidas de drenagem sobre o talude não são mais possíveis.

9.3. Apontamento sobre a estabilidade do talude

Onde novos cortes no talude são previstos, os nichos de talude para execução da solução dependem da estabilidade
destes pontos.
A estabilidade do subsolo é definida principalmente em função da presença de água, da coesão aparente e da coesão
real existente. A água que nterfere na estabilidade do talude pode ser em função da chuvas, de fissuras ou ainda
percolando no talude.

9.4. Dispositvo de perfuração TECCO® G65

O diâmetro do círculo inscrito na tela TECCO® G65 é de 65 mm. O dispositivo de perfuração TECCO® é destinado para
perfurações com diâmetro máximo de 90 mm, sem que danos na tela ou na proteção contra corrosão sejam causados.
O dispositivo é instalado sobre a tela, na posição a ser perfurada. O anel alargador é instalado completamente dentro
da tela metálica. O grampo de fixação é instalado para evitar deslocamentos do dispositivo de perfuração. O anel
alargador é então aberto, com uma chave, até o máximo de 90 mm de diâmetro.

Dados técnicos:
Peso: aprox. 5 kg
Material: aço galvanizado
Chave de abertura: chave para (22 mm)
Tamanho: 480 x 220 mm
Grampo de fixação: Comprimento 160 mm
Anel alargador abertura máxima de 90 mm

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grampo
fixação

perfuração

480 mm
mecanismo
de abertura

90 mm
Ante deslizante

10. Instalação dos grampos

10.1. Perfuração

A perfuração e execução dos grampos deve ser coordenada com serviços de terraplenagem
A marcação dos pontos para perfuração deve atender as especificações de projeto ( mantendo os espaçamentos
especificados).
São aceitas tolerâncias de +/- 10% no incremento do espaçamento, sendo que a redução no espaçamento sempre é
aceita. O uso de grampos extras para melhorar a conformação da tela com o terreno também é admissível.
Os grampos devem ser instalados, sempre que possível, nos pontos em depressões do talude.
Os dispositivos de perfuração a serem utilizados podem ser equipamentos manuais ou equipamentos montados sobre
plataformas ou equipamentos de elevação, desde que atendam as especificações de diâmetros.
Geralmente, os serviços de perfuração iniciam no topo do talude, em direção a base.
O método de perfuração pode variar dependendo das condições do terreno, sendo necessário utilizar a metodologia
que gere o melhor processo executivo para as condições locais.

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Em função das cargas, os grampos devem ser instalados com inclinações de 15º graus em relação a perpendicular
com a face do talude.

A Perfuração a seco com limpeza pneumática é recomendada. Perfuração hidráulica ou com injeção simultânea deve
ser verificada junto ao projetista,

É fundamental garantir que a resistência ao arrancamento considerada seja verificada, por meio de ensaios.

A resistência ao arrancamento deve ser determinada na interface nata de cimento e solo. O atrito neste contato é quem
define a resistência. A máxima tensão de aderência define o diâmetro do furo.

Furos de grandes diâmetros, (mais de 65 mm) resultam em um cobrimento maior, portanto uma proteção contra
corrosão mais robusta. Em furos instáveis, diâmetros de perfuração permitem a utilização de camisas ou outras medidas
para reduzir a perda de nata de cimento nas juntas e fraturas ou através do material solto.

Geralmente o Dmin de perfuração para os grampos é expresso para os materiais da seguinte maneira:
Material granular fino Dmin = 90 mm
Material de baixa estabilidade Dmin = 90 mm
Material de alta estabilidade Dmin = 65 mm
Em rochas com fraturas Dmin = 65 mm
Em rochas de baixo fraturamento Dmin = 50 mm

Um diâmetro de perfuração de Dmin = 50 mm geralmente é suficiente para grampos secundários e para grampos de
contorno, com um comprimento máximo de 1.5 m.

Furos em material de boa qualidade podem ser executados sem revestimento. Em materiais instáveis é necessário a
adaptação do método de perfuração, com o uso de revestimento, grampos auto-perfurantes, ou qualquer outra medida
disponível.

Como uma alternativa, um tubo perfurado pode ser injetado no furo, impedindo o colapso até que a barra e a injeção
sejam executadas.
Tubos de estabilização devem ser instalados de modo que fiquem pelo menos 0,20 m abaixo da superfície do terreno,
para permitir o torque nas placas de fixação.

Perfuração com perfuratriz de esteiras Perfuração com perfuratriz em elevador.

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10.2. Instalação das barras e injeção

Para manter o grampo centralizado no furo é indicado que dispositivos centralizadores sejam utilizados.
Caso fissuras sejam previstas no furo, causando a perda de nata de cimento, os grampos devem ser revestidos com um
geotêxtil adequado.

Para a nata de cimento é necessário que sejam realizados testes de resistência, retração e fluidez.

A nata de cimento deve ser preparada com um misturador adequado. Para o correto preenchimento do furo, um tudo de
injeção deve ser utilizado, sendo este inserido junto com a barra até o final do furo. A nata é então injetada,
preenchendo o furo da base até o topo, enquanto que o tubo de injeção vai sendo removido a medida em que o furo
é preenchido.

Para os grampos principais: Injeção da base para o topo com mangueira de injeção

Para grampos secundários Pré-injeção é aceitável

Consumo médio de cimento ( para estimativas)

Diâmetro do furo D = 50 mm aprox. 8 kg / m’


D = 65 mm aprox. 12 kg / m’
D = 90 mm aprox. 20 kg / m’

Os valores acima representam apenas estimativas básicas para levantamento de quantidades. O consumo real pode
variar dependendo das condições de permeabilidade do subsolo e do grau de fraturamento de rocha.

10.3. Coveamento da cabeça dos grampos

Em taludes de solo, o solo na região da cabeça dos grampos devem ser coveado, com (aprox. 20 - 30 cm). A barra
roscada do grampo exposta deve estar livre de nata de cimento e sujeira, para permitir a instalação da porca. Ao
torquear a porca contra a placa de fixação, por meio de equipamento hidráulico ou torquímetro, é possível pressionar a
placa contra o solo, tensionando a tela contra a face. O objetivo deste procedimento é teniosar da melhor maneira
possível a tela contra a face, contribuindo para a estabilidade do sistema. Nos grampos de contorno, o coveamento
não é necessário, para permitir a instalação dos cabos de contorno.

Seção na cabeça do grampo:


Coveamento para permitir a pre tensão da placa
contra a tela.
Não é necessário em taludes rochosos.

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10.4. Ensaio dos grampos

Nos ensaios dos grampos são diferenciados os ensaios de arrancamento destrutivos dos não destrutivos:

A) Ensaio Destrutivo: Grampos ensaiados são grampos teste, preliminarmente executados


para calcular a solução;
Grampos são carregados até serem arrancados

Regra geral: Na ausência de informações confiáveis, são


necessários pelo menos 3 ensaios para cada tipo de solo,
preferencialmente em áreas diferentes do talude.

B) Ensaio não destrutivo: Grampos ensaiados são grampos do sistema. A carga máxima pré-definida

A carga de ensaio é a carrega de dimensionamento dos grampos foram

O número de grampos a ser ensaiado depende do tamanho da


obra e da homogeneidade do subsolo

0 – 100 grampos: 3 grampos mímino


100 – 200 grampos: 5 grampos
Mais de 200 grampos: 2.5% do total

10.5. Aspectos particulares

Os grampos do TECCO® devem ser instalados de modo que um comprimento livre suficiente acima do terreno esteja
disponível para que a placa e a porca sejam instaladas, para a aplicação do torque necessário.

Dependendo do método de instalação, as ancoragens dos cabos são instaladas e injetadas antes da instalação da tela
metálica.

Antes de instalar o sistema TECCO® , o comprimento dos grampos deve ser ajustado, para possibilitar a instalação
da tela sem obstáculos e para a instalação da placa com o torqueamento. O coveamento dos grampos deve ser
realizado para melhor instalação, de acordo com 10.3.

No caso da instalação da tela ter sido realizada sem a aplicação da tensão adequada contra o solo, deformações
adicionais no subsolo podem ser observadas. Este comportamento pode levar a falhas isoladas no sistema ou o
comprometimento total da solução.

11. Instalação da tela


11.1. Cortando a tela TECCO®

O rolo padrão da tela TECCO® G45/2 e G65/3 3.90 x 30 m e para a G65/4 3.5 x 20 m. O peso do rolo é d e 135 kg
para G45/2, 193 kg para G65/3 e 231 kg para G65/4.

Para cortar os panos de tela de acordo com as dimensões necessárias, é preciso cortar os nós das extremidades
laterais. Após o corte basta remover o arame com as extremidades cortadas, separando o pano de tela.

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Tendo em vista que geralmente as condições de acesso e transporte em taludes são de considerável dificuldade, é
indicado que o corte dos panos seja realizado antes do posicionamento da tela, para evitar o transporte desnecessário
de material, economizando tempo e custos.

11.2. Desenrolando a malha TECCO®

A instalação da tela é geralmente realizada da crista para o pé do talude, sendo necessário fixar a tela na crista antes
de lançar o pano de tela na face. Também é possível realizar a instalação do pé para a crista.

Desenrolando a tela para a Opção de instalação A


Na opção A (capítulo 9) a tela é instalada depois de executar os grampos.

A instalação deve ser realizada de maneira cuidadora, para garantir que após a instalação da placa e torque, a tela
fique o mais tensionada contra o solo possível. É possível utilizar os grampos de crista como pontos de fixação para o
rolo.

Não é aceitável cortar a TECCO®, como por exemplo na região da cabeça, para permitir um tensionamento
melhor.
No geral, com a exceção de cortes para o plantio de árvores, desvio de árvores existentes ou o desvio de
estruturas existentes, o corte da tela metálica não é permitido.

Desenrolando a tela para a Opção de instalação B

Na opção de instalação B, a tela é instalada antes dos grampos. Esta opção permite que a posição dos
grampos seja definida da melhor maneira para o ajuste com o terreno. Para aberturas menores do que G45/2
mm, esta opção não é aceitável.

Os rolos de tela são fixados nos grampos de crista, para permitir que a tela seja desenrolada. Os grampos de crista
podem ser tanto os grampos do sistema ou grampos auxiliares. A tela deve ser instalada de modo que fique totalmente
em contato com a face.

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A instalação dos grampos é realizada após a instalação da tela, perfurando sobre a tela. O procedimento executivo da
perfuração é apresentado no capítulo 10, sendo limitado ao diâmetro máximo de 65 mm, em função da abertura
interna da tela metálica.

11.3. Conexão vertical

A tela metálica pode ser posicionada sem a execução de transpasse.

Os panos de tela devem ser conectados longitudinalmente com os clipes T3.

TECCO® G45/2 e TECCO® G65/3:


Cada um dos nós de contato entre os dois panos deve ser conectado com um clipe T3.Para a tela G65/3 são
necessários 7 clipes por metro, e 10,5 clipes por metro para a tela G45/2.

Deste modo, a conexão lateral dos panos garante a transmissão da mesma resistência a tração transversal do
sistema, além de garantir uma deformação limitada quando carregada.

Sem transpasse Transpasse de dois diamantes

Transpasse de mais de dois


diamantes

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TECCO® G65/4:
Para este modelo, são necessários 14 clipes T3 por metro de conexão.

Sem transpasse Com transpasse

11.4. Conexão horizontal

A princípio são possíveis dois métodos de conexão


Standard case: connection by turning-in of a wire spiral
Alternative: connection by means of connection clips or shackles

Conexão com cabo espiral.


O comprimento padrão do rolo de tela TECCO® é 30 m para G45/2 e para G65/3, e de 20 m para G65/4. Com o
planejamento adequado do lançamento dos panos de tela é possível evitar as conexexões horizontais.

Dois panos de tela são conectados horizontalmente inserindo um arame espiral entre eles, sendo que na extremidade
é necessário instalar um arame de alumínio EN 13411-3. Este arrame deve ser ajustado com o uso de alicate, para
garantir uma conexão adequada. Como alternativa é possível a utilização de clipes de cabo de aço, desde que estejam
de acordo com as normativas FF-C-450 Tipo 1 Classe 1, similar EN 13411-5 Tipo 2.

Conexão utilizando cabo espiral Arrame de alumínio Clipe de cabo de


aço

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Conexão com os clipes T3 G45/2 e G65/3


A conexão entre os panos TECCO® G45/2 e G65/3 pode ser realizada utilizando os clipes T3, sendo necessário que
em cada ponto de conexão seja instalado um clipe.

Conexão com 16 (T3) por metroTECCO® G45/2 e 12 clips/m para G65/3

Conexão horizontal para a tela G65/4


Para esta tela é possível conectar utilizando o cabo espiral, ou um manilha de 3/8” em cada ponto de
conto.

11.5. Posicionamento das placas SPIKE PLATE

Ao instalar as placas de fixação é necessário garantir que a instalação garanta que a placa está em contato com a face
do talude, garantindo assim a correta transmissão de cargas entre o sistema. Este cuidado deve ser especial nos
pontos onde existe o contato entre dois panos conectados, para garantir o contato da placa com ambos panos.

Logo os panos vizinhos de tela devem ser conectados corretamente antes de que as placas sejam instaladas e o troque
seja aplicado no sistema. Caso a injeção de nata de cimento na cabeça do grampo impeça ou dificulte a instalação da
placa é necessário que esta seja removida.

Ao realizar o torque é possível que arames fiquem presos entre a barra roscada e a porca. Nestes casos, a porca deve ser
removida, retirando o arame da tela do local.

A instalação da placa é fundamental, para o correto funcionamento do sistema. A placa deve ser instalada
horizontalmente, para garantir a maior área de contato de arames, de acordo com a foto abaixo, para a P33.

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11.6. Posicionamento das placas em pontos de vazios

Se a placa de fixação for instalada em uma área onde existe uma zona de vazios, é necessário cuidado para que a
placa tenha uma boa condição de contato com a tela.
Se devido a topografia local, como mostrado abaixo, a tela não fique em contato direto com a face, os grampos e a
placa devem ser instalados de modo que a placa fique na condição mais paralela possível a face do terreno, evitando
que ocorram deformações laterais.

Nesta situação a máxima carga de torque é de 30 kN.

11.7. Carga de pré-tensionamento dos grampos

Ao torquear a porca contra a placa, ocorre o tensionamento do sistema, de modo que a tela passa a ficar pressionada
contra a face do talude. A tabela de carga abaixo é indicada abaixo, onde são apresentadas os torques necessários
para diferentes modelos de grampos. Para grampos do tipo GEWI GEWI a máxima carga de pré-tensão para
aplicações em solo é de V = 30 kN V= 50 kN em rocha. Para TECCO® G45/2 a máxima carga deve ser de 20 kN.

Tabela de cargas (1 kNm = 224.81 lbs · 3.281 ft = 737.6 ft-lbs)


Tipo de grampo Carga de tensionamento Torque necessário
V
GEWI D = 25 mm and 20 kN 0.20 kNm 148 ft-lbs
TITAN 30/11 30 kN 0.30 kNm 221 ft-lbs
50 kN 0.50 kNm 369 ft-lbs
GEWI D = 28 mm 20 kN 0.25 kNm 184 ft-lbs
30 kN 0.35 kNm 258 ft-lbs
50 kN 0.55 kNm 406 ft-lbs
GEWI D = 32 mm and 20 kN 0.30 kNm 221 ft-lbs
TITAN 40/16 30 kN 0.40 kNm 295 ft-lbs
50 kN 0.60 kNm 443 ft-lbs
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Torqueamento com a utilização de um torque

11.8. Extremidades da tela

As extremidades da tela metálica devem ser reforçadas com cabos de aço de contorno. Os cabos de contorno devem
ser fixados junto das ancoragens de cabo de aço espiral.

No caso de case de terrenos muito irregulares, grampos extra ou grampos guia podem ser necessários. Os cabos de
contorno têm por objetivo melhorar a condição do contorno, garantindo o melhor tensionamento possível.

O esquema de montagem acima indica a configuração do cabo de contorno superior, inferior e dos cabos laterais,
incluindo as ancoragens de cabo de aço espiral. Assim, são indicadas as distâncias mínimas dos grampos para os
cabos de contorno.

Geralmente o cabo de contorno na base deve ser instalado alterando a posição do cabo, entre a parte superior e a base
dos grampos. Deste modo o cabo fica preso, impedindo que ocorra o deslizamento para fora da placa, situação que é
agravada em condições onde os grampos da base não estão perfeitamente alinhados.

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Extremidade Superior
Com Cabo de contorno
A tela é fixada ao cabo de contorno é fixada por meio das garras de pressão T2 ( ver capítulo 6.1.4), e tensionado
contra as ancoragens de cabo de aço espiral. O cabo deve ficar instalado na porção superior das placas do grampo
de crista, ficando retidos pelas placas de fixação.

O cabo deve estar afastando o suficiente da área crítica para realizar o fechamento da solução, sendo fixado a tela
com garras T2 a cada 3 aberturas tanto na horizontal quanto na vertical.

O cabo deve estar conectado com os grampos principais ou os grampos auxiliares, e não deve ser utilizado como
suporte inferior para impedir queda de blocos de rocha..

É recomendado que o cabo de contorno tenha no máximo 30 metros de comprimento, sendo necessário a utilização
de ancoragens adicionais caso o comprimento horizontal do talude supere os 30 metros.

Opção

Se for possível, o cabo de contorno superior deve ser


executado de uma maneira que fique coberto com solo,
em uma espessura de 0,30 m.

Cabo de ancoragem lateral


Cabo de contorno lateral

O cabo de contorno lateral também é fixo com as garras


de pressão T2, com a fixação a cada duas aberturas.

Os cabos de contorno são fixados nas placas dos grampos


Ou com grampos auxiliares.

Se for possível, enterrar o cabo lateral a uma


pequena profundidade.

A posição do cabo de contorno deve ser definida de modo


que a placa de fixação fique inteiramente em contato com
a placa.

A fotografia à direita mostra uma situação extrema: Se o


grampo for posicionado em um local onde a placa de
fixação do sistema tenha uma porção fora da tela. Esta
considção deve ser evitada a todo custo.

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Cabo de contorno Inferior


O cabo horizontal da base deve ser instalado intercalando as posições, entre a base e topo dos grampos. O cabo deve
ser conectado com o uso de garras T2, sendo necessário instalar uma garra a cada 3 aberturas de malha.

Em faces rochosas irregulares nas quais o cabo não fique em contato direto com a face do talude, mais garras de
pressão devem ser utilizadas, para melhorar a condição de contato.

11.9. Conexão dos cabos de contorno com as ancoragens de cabo espiral.


As instruções abaixo se aplicam a todos os tipos de clipe de cabo de aço FF-C-450 tipo 1 classe 1 (similar EN 13411-5
tipo 2) entregue pela Geobrugg AG.
A distância entre os clipes deve ser de no mínimo uma 1 x t, mas não deve exceder 2 x t, onde t é a largura do clipe.
A extremidade final do cabo deve ter um comprimento mínimo de 3 x e, onde e é o espaçamento entre os clipes.
A GEBROUGG recomenda que o comprimento livre final seja enrolado, fixando o cabo imediatamente atrás do último
clipe de cabo de aço.
Se uma sapatilha foi utilizada no olhal do cabo, o primeiro clipe de cabo de aço deve ser instalado imediatamente na
posição final da sapatilha.
Quando o olhal do cabo de aço não for executado com sapatilha, a comprimento h, a mínima distância entre o ponto de
aplicação de carga e o primeiro clipe de cabo de aço deve ser de no mínimo 15 vezes o diâmetro do cabo de aço.
Na situação de descarregamento, o comprimento h, não deve ser menor do que a altura do loop (h/2).
Os clipes devem ser sempre instalados com a cela do clipe em contato direto com o cabo tensionado, e com a braçadeira
U sempre no cabo livre. (“nunca encilhar um cavalo morto”).

Os torques necessários com lubrificação se aplicam nas situações onde as porcas ou a rosca foi lubrificada com Panolin
CL 60, spray lubrificante multiuso, ou um equivalente.
O torque deve ser aplicado intercaladamente entre as porcas, até que o torque final seja atingido.
Diâmetro do Tamanho Número de Torque com Torque sem Tamanho
clipe nominal do clipe clipes lubrificação lubrificação da chave
[mm] [Nm] [Nm] [mm]
8 (1) 5/16“ 3 20 50 18
9 - 10 3/8“ 3 30 75 19
11 - 12 7/16“ 3 40 110 22
(1) Só
utilizado para aberturas de vegetação. Ver item 14.5.1.

Após realizar o torqueamento dos clipes é recomendado que uma verificação geral dos mesmos seja realizada, e ajustes
de torque serem aplicados. É indicado um intervalo de poucos dias entre a aplicação e a verificação do torque.
Uma pequena deformação no cabo, no ponto de contato, indica positivamente que os clipes de cabo de aço receberam
o torque indicado.

Os clipes de cabo de aço devem obrigatoriamente ser instalados com o torque indicado. Não é aceita a
reutilização de clipes após a remoção do mesmo de um cabo de aço.
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12. Água e drenagem

Fluxo de água deve ser interceptado e conduzido para fora da face do talude, ou para o pé da encosta.

Dependendo da pressão da água e dos volumes a serem drenados pode ser necessário que sejam instalados sistemas
de drenagem com drenos profundos, geotêxteis, tubos corrugados ou dispositivos similares. Em pontos onde existem
feições erosivas já instauradas, preenchimento de concreto pode ser utilizado, para controlar o avanço destes
processos.

Em ambientes agressivos, onde existem elevados índices de acidez ou elementos corrosivos presentes no fluxo de
água, a drenagem se faz mais necessária ainda. Nestes casos é possível considerar a utilização de soluções especiais,
tais como a TECCO Inoxidável ou TECCO PET.

Exemplo: Mangueira de drenagem Exemplo: Enchimento do concreto

13. Controle de erosão

No caso de taludes com solos finos e com fortes tendências erosivas, é instalada em conjunto uma manta de controle
de erosão, sob a tela metálica, controlando a ocorrência de processos erosivos. A manta é indicada pelo fato de que a
vegetação leva um tempo até o seu crescimento, não sendo econômico a execução do tratamento em estágios.

Medidas de controle de erosão são necessárias para evitar em solos finos e erodíveis, sem uma coesão suficiente. A
proteção pode ter um caráter temporário, até o crescimento da vegetação, ou permanente, onde a vegetação não
cresce.

Avaliação básica para instalação ou não da manta de controle de erosão

Obrigatória em casos de solos finos e não coesivos como siltes e areias.


Normalmente aplicada em locais com rocha alterada ou com elevada probabilidade de erosão
Recomendado para casos de solos finos onde a drenagem natural ou existente direciona o fluxo para o talude
Em faces rochosas, geralmente a proteção contra erosão não é necessária

Para controle de erosão, uma manta estruturada deve ser instalada sob a tela metálica, sendo comum a necessidade
de vegetação neste tipo de talude. As mantas utilizadas devem ter a capacidade de sustentar a vegetação, além de
apresentar uma resistência as condições climáticas (UV-estabilizada, PP,PE ou PET). Baseado em nossos testes

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mantas com potencial elevado de decomposição das mantas ( fibra de coco, sisal e juta), apresentam problemas para a
revegetação. A manta de controle de erosão TECMAT®, constituída de uma fibra tridimensional de polipropileno
especialmente desenvolvido para trabalhar com a tela TECCO® (ver capítulo 14.3). As mantas devem ser cortadas
somente na região dos grampos, para possibilitar a sua passagem. Nas bordas de extremidade deve ser executado um
tranpasse de aproximadamente 0.1 - 0.2 m, não sendo recomendado transpasses maiores. A manta de controle de
erosão deve ser instalada antes da tela metálica, e pode ser fixa com o uso de grampos curtos.

Alternativamente é apresentado no capítulo 14.4 TECCO® G65/3 GREEN, que consiste na tela metálica mesclada com
a manta TECMAT, em um rolo único.

14. Revegetação e Plantio

A revegetação pode ser desejável, obrigatória ou recomendada, dependendo das condições da face a ser estabilizada
com TECCO®.

A revergetação sempre é obrigatória quando o substrato tem tendências de erosão ou de formação de ravinas de
erosão, em função do fluxo de água ou derretimento de geleiras. Em ocasiões especiais, a revegetação faz parte da
solução de estabilização.

14.1. Avaliação geral da necessidade de revegetação

Mesmos critérios para a avaliação da necessidade de proteção contra erosão.

Em solos finos com elevado risco a erosão, a manta de controle de erosão deve ser instalada para controlar a erosão
entre a instalação do sistema de estabilização e o crescimento da vegetação.

As mantas de controle de erosão não necessárias caso a estabilidade da face seja garantida pelo simples plantio de
vegetação, levando em conta o tempo necessário para vegetação se desenvolver.

O plantio e revegetação também pode ter um aspecto estético/ambiental que deve ser levado em conta.

Ponto Importante:

Técnicas modernas de revegetação, que utilizam camadas de vegetação especiais permitem que o plantio seja
executado em substratos menos favoráveis ou em condições climáticas adversas. Este tipo de plantas geralmente tem
um custo mais elevado.
Normalmente a vegetação é limitada a taludes com inclinações mais suaves, de até 60º. Para taludes mais inclinados
muito fatores interferem no processo, sendo necessário a presença de um profissional especialista para definir quais as
variáveis para garantir a vegetação em faces íngremes.

14.2. Face vegetada

A vegetação de faces íngremes TECCO® é indicada que seja realizada com o auxílio de especialistas com experiência.
É fundamental que as condições locais do talude sejam definidas (clima, vegetação nativa, subsolo, etc.) para que a
espécie de planta adequada seja utilizada.

Como pré-requesito básico é indicado que um plantio prévio seja realizado, por hidro-semeadura, sendo aplicada em
toda a face, em contato direto com o solo. A camada de vegetação deve ser capaz de resistir aos processos erosivos
após as primeiras horas de sua aplicação, para não ser carreada em caso de fortes chuvas.

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Se a manta de proteção contra eroão está sendo aplicada no talude, o método de aplicação da vegetação deve ser compatível
para permitir que as sementes penetrem na estrutura tridimensional da manta utilizada.

Densas mantas de fibras naturais que já contem as sementes, geralmente não são adequadas, em função da
necessidade de uma face bem regularizada, para permitir o contato direto com o solo.

A manta TECMAT® e a TECCO® G65/3 GREEN são testadas em detalhados estudos de permeabilidade com o uso de
hidro semeadura, sendo estas soluções ideiais para serem aplicadas em taludes muito irregulares. TECMAT® or
TECCO® G65/3 GREEN is the ideal solution for irregular slopes.

14.3. Revegetaçao com a manta de controle de erosão: TECMAT®

Taludes com materiais erodíveis ficam estáveis a após a instalação de TECMAT® .

TECMAT®

TECMAT® Manta de controle de erosão

Fibras Monofilamentos extrudados

Material Polipropileno (PP)

Estrutura Estrutura irregular fechada

Espessura 18 mm

Peso aprox. 600 g/m2

Índice de vazios > 95%

Cor Verde caqui

TECMAT®

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Instalação
O rolo padrão de TECMAT® tem 40 m de comprimento e 2,00 metros de largura.

A manta de controle de erosão deverá ser instalada sobre a camada de solo erodível, antes de a instalação do
TECCO®. Para superfícies irregulares o uso de grampos auxiliares é fundamental, principalmente nos pontos onde
existirem covas no terreno natural. Nas demais faces, é indicado que grampos curtos de simples fixação sejam
instalados, com o comprimento dependente do subsolo. Baseado na experiência com obras anteriores, é indicado
que grampos sejam instalados em uma taxa de 1 grampo para cada 3 a 6 m² de área de face. O máximo transpasse é
de 0,1 a 0,2 metros.

Grampos guia

local dells

Após a instalação da TECMAT instalar a tela TECCO® , de acordo com o capítulo 9.


Para a instalação seguindo a opção B, instalar a tela antes de executar os grampos, é necessário que na região dos
grampos a manta TECMAT seja cortada com tesoura, para evitar danos severos durante a perfuração.

Equipamentos auxiliares

Tesouras longas para cortar os painéis de TECMAT.


Marretas para fixar os grampos.

Processo de semadura
A TECMAT® foi desenvolvida especialmente para ser utilizada com o processo de hidro-semeadura ou
semadura a seco.

Os componentes da hidro-semeadura são:

Sementes adaptadas ao local,


Cobertura de mulch biodegradável ( comprimento máximo de fibra 3 mm),
Ligante orgânico,
Água limpa,
Se necessário fertilizante mineral.

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Os materiais devem ser misturados em um tanque próprio, para garantir a mistura homogênea entre os materiais. Após a
mistura, o material deve ser pulverizado, em uma textura líquida, sobre a superfície. Para taludes com condição de
acesso difícil ou áreas pequenas, existe a possibilidade de utilizar a semeadura a seco, também conhecida como a
mochila de semeadura.Os componentes da mistura devem ser adaptados para as condições locais.

Exemplo de hidro-semeadura Mochila para vegetação a seco

Para ambas as situações é indicado que um profissional especializado seja consultado para a revegetação
14.4. Revegetação integrada com a manta de controle de erosão TECMAT e TECCO G65/3
GREEN

Alternativamente à TECMAT® é possível utilizar a TECCO® G65/3 GREEN que alia a tela metálica à manta de
controle de erosão.

TECCO® G65/3 GREEN

Fibras Monofilamentos extrudaddos

Material Polipropileno (PP)

Estrutura Estrutura fechada

Espessura 14 mm

Peso aprox. 400 g/m2

Índice de vazios > 90%

Cor Verde caqui

Dimensõesl 3.9 x 25 m

Peso do rolo 200 kg

14.5. Plantio

De maneira geral, o plantio de vegetação e arbustos é possível, com exceção de árvores. Este procedimento é
possível, e deve ser planejado com cuidado, levando em conta as características do local. Existem diversas espécies
de vegetação que podem ser aplicadas, que possibilitam o crescimento de raízes.

Abertura para as árvores


É possível integrar as árvores e outras plantas de grande porte junto ao sistema de estabilização. Um corte no sistema
de tela ao redor da tela é possível. O corte é realizado após a instalação da tela, sendo indicado que as árvores
estejam entre dois panos, para conectar as telas de acordo o capítulo 11.3.

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É necessário costurar o cabo de contorno de 8mm, com um afastamento de dois domos a partir da extremidade do
corte.. O cabo de aço é conectado com 3 clipes de cabo de aço. 5/16” (NG 8).

Cabo de contorno 8 mm

Corte

Clipes com
clupes
5/16“ (NG )

distância entre o corte clipes sobreposição


e o cabo de aço 5/16“ (NG 8) capítulo 11.

Cabo de contorno
8 mm

Clipes conexão T3

painel 1 painel 2

Abertura para plantio


O plantio de árvores com grandes raízes pode ser realizado desde que adaptações na tela sejam realizadas. É
recomendado que um especialista em vegetação seja consultado. Os cortes na tela para o plantio de grandes árvores
deve ser realizado após a instalação final do sistema, sendo necessário que o corte seja realizado conforme indicado
acima, no capítulo 14.4.1.

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14.6. Manutenção

As soluções verdes que utilizam o plantio e a revegetação exigem uma manutenção mínima. Usualmente, a
manutenção dos taludes é mais intensa nos dois anos iniciais após a finalização da obra, sendo reduzida a medida em
que a vegetação se consolida na face.

Primeira Poda
É indispensável para o crescimento saudável da vegetação que uma poda seja realizada após o crescimento. A poda
deve ser realizada cuidadosamente, removendo os resíduos secos, impedindo que estes cubram a face impedindo o
novo crescimento. O material seco também pode servir como base para o crescimento de musgo ao longo da face.

A primeira poda deve ser realizada quando a vegetação atinge cerca de 20-30 cm, sendo indicado manter apenas 10 cm
da vegetação. Cortes mais curtos tendem a secar a vegetação em tempos de estiagem.

Em períodos muito quentes e de estiagem, a poda pode levar a morte da vegetação. A estação ideal para o corte é o
outono.

Manutenção de rotina.

Nos dois primeiros anos após a finalização da obra, geralmente a manutenção necessária consiste apenas na
poda.

Após os dois primeiros anos, é indicado a utilização de fertilizantes ao longo da face do talude, caso as condições de
crescimento sejam reduzidas, para melhor adaptar a vegetação ao local. Caso a altura da vegetação seja estável, a
poda pode ser dispensa. Cortes são exigidos apenas nos pontos onde a vegetação afeta a área protegida.

Taludes com aburtos

Nos taludes onde foram plantados arbustos a manutenção nos dois anos é igual para os taludes tratados com
grama.

Dependendo das espécies, a poda deve ser realizada em entre 3-5 anos, junto com inspeções. Nestes casos a poda
também tem por objetivo evitar que os arbustos gerem sombra na grama da face, impedindo que a vegetação rasteira
do local desapareça por completo ao longo dos anos.

Aspectos e comentários gerais de manutenção

Uma manutenção frequente nos primeiros anos após o plantio colabora para o crescimento saudável, e reduz a necessidade
de complementação da vegetação já executada.

É razoável incluir as atividades de manutenção e monitoramento da vegetação do talude durante os anos iniciais,
principalmente nos dois primeiros, após a finalização da obra.

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15. Coveamento
15.1. Covas e reentrâncias de aprox. 0.5 m

Sempre que for possível, os grampos devem ser posicionados em pontos de depressões, para melhorar a
condição de contato da tela com a face. Grandes covas devem ser evitadas durante o plantio, para evitar o
acúmulo de matéria na cova.. Caso o espaçamento entre os grampos seja tal que nos pontos de covas não
existam grampos, é necessária a execução de grampos adicionais.

Posicionamento dos grampos em pontos de covas

15.2. Covas e reentrâncias maiores de 0.5 m

Caso as depressões sejam muito profundas, um enchimento com uma mistura de concreto é necessária para nivelar
com o restante da face, antes da revegeteção. Neste caso, a tela não precisa ser tensionada contra solo na cova.

O preenchimento da cova deve ser realizado de modo que a tela a montante fique em uma condição de inclinação
maior de 75º, impedindo o crescimento da vegetação.

15.3. Preenchimento com função de suporte

No caso de inclinações negativas, blocos projetados para fora do talude que necessitem de estabilização estática, é
possível projetar concreto, com o grampos adicionais e telas eletrosoldadas.

Se o talude for em solo, e revegetação estiver prevista, é indicado que a a tela seja afastada da face de concreto,
permitindo que uma pequena camada de solo seja depositada, permitindo o crescimento de vegetação.

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Detalhes do preenchimento

Concreto projetado

Legenda:

1 Grampo principal
2 Tela de reforço
3
Drenagem
4 Gram p o c u rto
ad iciona l
5 Área a ser
preenchida

A fotografia acima incida claramente como deve ser realizado o preenchimento com concreto projetado. Nesta
indicação o grampo principal está dentro da área a ser preenchida.
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16. Utilizando a tela TECCO® G65/3 para a interceptação

Conforme será apresentado a abaixo, uma solução contra queda de blocos de rocha pode ser executada, sendo uma
alternativa econômica, e dependente das consições locais. Esta alternativa é capaz de reter blocos com diâmetros de
até 30 cm, e que se movam a no máximo 20-25 m/s.

A tela TECCO® serve principalmente como proteção para a rodovia abaixo. Entretanto ao invés de apenas lançar a tela
sobre a face do talude, com o auxílio de cabos de contorno, a tela pode ser instalada no formato de uma barreira
contra impactos. Em combinação com um sistema de ativo de estabilização do talude, a transição entre o sistema
convencional e a barreira exige que um cabo de contorno seja instalado e tensionado de maneira adequada O cabo de
suporte inferior deve ser posicionado o mais próximo da base possível, impedindo que blocos de rocha transpassem a
barreira. Caso a tela a jusante seja instalada como um sistema Drape ( cortina) é possível dimensionar a barreira sem o
cabo de suporte inferior, coletando os blocos até a cortina, que por sua vez irá conduzí-los até a base. Os postes da
barreira podem ser compostos pelos próprios grampos do sistema.

As condições abaixo devem ser verificadas para a instalação da barreia

A área a montante da barreira deve estar estável, ou seja, não podem ser observadas superfícies de rupturas
profundas ou camadas instáveis;
A área a jusante da barreira deve ser estabilizada com o sistema TECCO® associado aos grampos ou,
protegido com o sistema TECCO® drape.
A área onde a barreira está instalada deve ser estável, evitando qualquer probabilidade de ocorrência de
instabilidades;
O sistema tem capacidade para blocos soltos com no máximo 30 cm de diâmetro;
A altura máxima da estrutura, da trajetória dos blocos deve ser de no máximo 1.5 – 1.8 m.
A barreira exige que inspeções regulares e manutenção adequada seja conferida ao sistema sempre que
necessário;
Onde o carregamento de neve não é retido por esta barreira, sendo necessária uma intervenção compatível com
estas cargas;
Se existe qualquer fluxo de água ou represamento na área de interceptação dos blocos, um sistema de
drenagem deve ser previsto. É comum uma canaleta de crista, ao longo de todo o comprimento do talude,
evitando que esta água infiltre no talude, aumentado as poropressões e reduzindo o fator de segurança da face
do talude.

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A instalação desta solução só é válida no caso de os blocos tenham no máximo 30 cm de diâmetro, e no caso de a face
acima esteja estável nas camadas profundas e superficiais. Somente após um estudo detalhado das condições do talude,
é possível dimensionar e aplicar uma solução contra queda de rochas utilizando o sistema TECCO®.

Para instalar o cabo de suporte superior e os cabos de retenção, é indicado que uma porca com um olhal de aço seja
instalada na barra do poste. A fixação da tela no cabo de suporte pode ser executada dobrando a tela pelo cabo e
fixando a tela com clipes T3, ou com um cabo de costura de D = 6 mm.

O cabo de suporte inferior deve ser posicionado junto a base, e de maneira tensionada. Placas SPIKE que estejam
instaladas próximas podem ser utilizadas para fixar o cabo de aço de suporte. A fixação da tela no cabo deve ser
realizada de maneira similar ao cabo do topo.

As especificações de proteção contra corrosão dos postes é de responsabilidade de projetista.

Abaixo são apresentadas alguns pontos a serem observados no caso de aplicar a solução de interceptação
Altura máxima dos postes: 2.0 m
Distância máxima dos postes: 2.5 – 3.0 m
Barra recomendada para o poste: TITAN 30/11 or 40/16; GEWI D = 28 or 32 mm
Cabo de suporte superior: D = 12 mm (fixado na ancoragem de cabo espiral Ø 10.5 mm)
Cabo de suporte inferior D = 12 mm (fixado na ancoragem de cabo espiral Ø 10.5 mm)
Cabos de renteção: D = 12 mm, onde cada um deve estar fixado em uma
ancoragem de cabo espiral Ø 10.5 mm

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17. Critérios de aceitação

17.1. Inspeção final

Uma inspeção de aceitação deve ser realizada após; a finalização completa da obra, e antes de que a vegetação seja
executada, sendo indicado abaixo os principais itens

Componentes construtivos a serem verificados


Instalação e injeção dos grampos
Posição dos grampos está adaptada a topografia loca da melhor maneira possível, respeitando as tolerâncias
para os espaçamentos indicados no projeto.
Grampos posicionados nos pontos de depressões
Grampos auxiliares posicionados para melhor tensionar a tela contra o talude
Grampo está sobressaindo no máximo 25 cm para fora do terreno.
As placas SPIKE estão instaladas horizontalmente, na maneira correta.
As placas do sistema foram torqueadas contra a face do terreno, respeitando os torques
A tela está tensionada da melhor maneira possível contra o terreno
Os diferentes panos de tela estão conectados corretamente, com os clipes T3
Os cortes na tela foram reforçados da maneira correta
As extremidades da tela estão fixas corretamente aos cabos de contorno, clipes T2
Os cabos de contorno estão instalados e tensionados da melhor maneira possível nas ancoragens de cabo de aço.
Não existem sinais claros de danos no sistema

Condições gerais do talude


O sistema foi instalado abrangendo adequadamente toda a área instável do talude
Os dispositivos de drenagem do talude e dos arredores estão executados corretamente
Existem pontos de surgência de água na face, caso positivo medidas adicionais devem ser tomadas.
Se qualquer sinal de erosão seja visível deve ser registrado
Existe mobilização significativa de material entre os grampos, registro caso positivo
Qualquer ruptura acima da área tratada deve ser registrada

Aviso:
Se qualquer estrutura sensível a
deformação (casas) estiverem localizadas
a montante do talude estabilizado, é
recomendo que medidas para enrijecer a
face sejam adotadas, tais como viga
atirantada, complementando a solução de
faceamento. Caso estas medidas não
sejam executadas, é indicado que um
registro da estrutura seja realizado
antes da estrutura, para garantir que
danos reportados sejam realmente
causados pela execução da obra ou se
era pré-existentes.

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17.2. Protocolo de aceitação

As inconformidades detectadas durante a inspeção devem ser eliminadas pelo empreiteiro responsável, e um relatório
final deve ser emitido, aprovando a solução. Este documento deve ser assinado por todos os envolvidos, proprietário,
executor, projetista e fiscalização.

Qualquer área de risco potencial que não tenha sido tratada deve ser registrada, por meio de fotografias, medidas,
descrições e indicando as justificativas para não executar o tratamento. Este documento é base para análises futuras.

Após a aprovação final o processo de revegetação pode ser executado. A liberação desta etapa só é viável após o
término da inspeção pelo fato de que a vegetação de rápido crescimento pode esconder o sistema, impedindo uma
avaliação adequada.

18. Manutenção e inspeções periódicas


18.1. Manutenção do sistema

Na condição correta de execução da obra (instalação, proteção contra erosão e sistemas de drenagem) o sistema
dispensa manutenção, para condições normais de utilização.

Os elementos do sistema TECCO® geralmente não exigem manutenção, devido a elevada proteção contra corrosão
que é aplicada no sistema.

Condições específicas de intemperismo e mobilização do material estabilizado são possíveis, e como o sistema está
exposto as condições climáticas de precipitação e variações térmicas, instabilidades entre os grampos podem se
manifestar, tendo zonas de acúmulo a base do talude. Este material mais superficial, caso não tenha sido previsto o
controle de erosão não é contido pelo sistema TECCO, sendo necessário removê-lo da base.

A manutenção do sistema TECCO é necessária quando nas inspeções regulares são observados danos mecânicos no
sistema ou defeitos externos, devido a furtos ou quaisquer outras razões..

Caso a tela metálica tenha perdido a sua tensão, é comum que o simples tensionamento garanta a solução do
problema. Em casos extremos é necessário que grampos extras sejam executados.

Em situações de chuvas extremas é possível que rupturas entre os grampos se manifestem ou que caminhos e
pequenas ravinas sejam criadas, e com isso criando novas zonas de depressões. Neste caso é necessário remover a
tela e corrigir estas depressões e ravinas, com o uso de concreto. Após estas intervenções é necessário que o sistema
seja reinstalado, seguindo as indicações do manual.

18.2. Inspeções periódicas

As inspeções periódicas devem fazer parte de um cronograma específico de manutenção, que deve ser seguido.

Nos dois primeiros anos após a instalação é necessária uma inspeção a cada ano. No caso de que nestas duas
inspeções nenhuma alteração significativa no talude ou condição crítica tenha sido observada, as inspeções podem ter
um intervalo maior, respeitando um limite máximo de 2 anos entre cada verificação da solução.

Inspeções adicionais do sistema são necessárias, e devem ser realizados após a ocorrência de eventos extremos, tais
como chuvas intensas e longas, registro de instabilidades na área tratada, carregamentos adicionais, etc. Esta tem por
objetivo garantir que o sistema está integre após estes eventos.

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As inspeções periódicas devem contemplar os itens:


Condição geral da solução
Condição de áreas com problemas registrados no relatório de aceitação
Danos no sistema ( componentes construtivos)
Danos devido a erosão e mobilização da camada instável
Condição da vegetação
Registro das áreas com problemas e mudanças em relação a inspeção anterior.

Os resultados da inspeção devem ser detalhadamente documentos em um relatório, com fotografias descrições,
desenhos e demais informações necessárias, confrontando com as condições observadas nas inspeções anteriores e no
relatório de aceitação.

A observação de intemperismo e processos erosivos é importante em taludes sem vegetação ou proteção contra
erosão. Nestes casos a mobilização de material e a erosão devem ser observadas para verificar se estas podem
avançar ou não ao longo dos anos, sendo necessário preenchimento das mesmas com o concreto projetado e ajustes
na pretensão do sistema.

Nos taludes com vegetação, é necessário avaliar se a vegetação está crescendo regularmente no talude, se existem
pontos onde a vegetação morreu e se existe a necessidade de reparos..

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