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IT-IAT.

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INSTRUÇÃO DE TRABALHO Revisão: 00
Pág.: 1/9
Título:
SOLDA DE TOPO DE TUBULAÇÕES EM PRFV

Análise Crítica / Aprovação: Data:


Fabio Rocco 30/07/2021

 REVISÕES:
Rev. Emissão / Alterações Elaboração
00 Revisão inicial Henrique César de Melo

1. OBJETIVO
Este documento tem como finalidade estabelecer as atividades básicas para execução de
emendas ponta/ponta, rígidas e do tipo solda de topo, em tubulações fabricadas em
materiais compósitos de Plástico Reforçado com Fibras de Vidro – PRFV

2. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS NECESSÁRIOS


Serra circular portátil ou disco de corte;
Pincel ou trincha;
Lixadeira com disco abrasivo;
Rolete de ferro ranhurado;
Vasilhame para mistura / preparo da resina;
Cálice de plástico graduado, para referência de volume do catalisador e do acelerador;
Espátula;
Balança eletrônica com capacidade mínima de 15kg e resolução mínima de 5g;
Batedor de resina ou outro equipamento que agite e homogeinize as misturas resina-
catalisador e resina-acelerador.
Kit de solda completo (Conforme especificado pela Engenharia da NOV), adequado ao
diâmetro da tubulação e dimensionado para a aplicação em questão,
Fio Roving contínuo de fibras de vidro;
Estopa ou trapo têxtil;
Solvente para limpeza de ferramentas.
Adesivo estrutural ou massa em resina e aerosil
EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual:
Uniforme de proteção e avental;
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Botina;
Protetor Auricular;
Capacete (somente para obras no campo);
Óculos;
Luva de Látex;
Respirador Descartável (Ref.: Série 8713 da 3M ou similar).
EPC´s _ Equipamentos de Proteção Coletiva:
Placas e Cones de Segurança/Proteção;
Faixas zebradas ou telas para isolamento de áreas

3. PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA

Não fumar nem provocar chama durante a execução da solda. Todos os produtos químicos
manuseados durante a laminação são inflamáveis.
Durante o corte e o lixamento da camada externa, o operador da serra e da lixadeira
deverão utilizar os EPI’s pertinentes, bem como proteção adequada para o equipamento de
corte/lixamento.
A resina, o catalisador e o acelerador devem ser guardados em recipientes diferentes,
distantes um do outro, em locais cobertos, frescos e arejados.
Aceleradores e catalisadores não podem ser misturados diretamente, devido ao perigo de
explosão e fogo.
Todos acessórios de laminação utilizados deverão ser lavados com solvente, após seu
contato com a resina.

Nota: O excesso de resina já catalisada, porventura não utilizada, deverá ser descartada
conforme as exigências dos orgãos ambientais;
4. PROCEDIMENTO
Responsável (eis):
Laminador: Cumprir o estabelecido neste procedimento
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Gerente e Engenheiro Assistência Técnica: Fazer cumprir este procedimento.

PREPARAÇÃO DAS EXTREMIDADES PARA SOLDA


As extremidades a serem soldadas devem estar muito bem cortadas e esquadrejadas, num
plano perpendicular ao eixo do tubo, sem imperfeições ou falhas.
Antes de unir as partes, utilizando o esquadro, verificar o alinhamento do corte e, se
necessário, lixar as bordas dos tubos retirando toda contaminação, deixando – as limpas,
isentas de qualquer sujeira.
A laminação da solda deve ser executada por profissional devidamente treinado.
O critério básico para preparo da superfície do PRFV (Fiberglass) consiste de lixamento
abrasivo (lixa grossa GR 24 ou 16) para retirada de todo o brilho e/ou remoção de
contaminantes superficiais. O perfil de ancoragem com alta rugosidade é obrigatório.

Lixam-se as pontas dos tubos, inclusive as bordas, prevendo-se uma área de “2Z” mm a
mais do que a largura final do kit de solda (“Z” mm de cada lado);
 ¾” a 2” :Z = 30 mm . 3” a 10” :Z = 50 m
 12” a 20” :Z = 80 mm . 24” a 36” :Z = 100 mm

A superfície deve ser limpa, imediatamente, com ar comprimido isento de óleo e seco ou
escova limpa, trincha ou vassoura de pêlo.
Em caso de uso de ar comprimido, a linha de suprimento deverá ser equipada com filtro
separador de água e óleo.
Antecipadamente à execução das soldas, deve-se verificar se a superfície está
convenientemente preparada, examinando visualmente se está isenta de brilho, poeira, óleo
e outras substâncias contaminantes, além de impurezas ou corpos estranhos que impeçam a
boa aderência da solda.

Aplica-se através de espátula, uma camada de Mastic Polyplaster em ambas as bordas dos
tubos e imediatamente, antes mesmo que se inicie o processo de cura, unir as extremidades
dos tubos e/ou conexões a serem soldados. O tempo de secagem do Mastic, depende da
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catalisação efetuada, uma vez que ele é a base de resina. Sugerimos um tempo de
aproximadamente 10 a 15 minutos para dar tempo ao montador ou laminador fazer a
montagem dos tubos e conexões.
Verificar o alinhamento das partes a unir, cuidando para garantir o esquadrejamento e a
perfeita aplicação do Mastic nas extremidades, além de manter o conjunto fixado durante a
cura.
Limpar o excesso do Mastic na junção entre as partes a serem soldadas.
Lixar e limpar a região da junção para remover excessos do Mastic, aplicar primer (resina) na
área preparada para início da solda.
As camadas de reforço deverão ser distribuídas uniformemente e simetricamente em relação
ao centro da junta.
Deve-se utilizar um rolete, cuja superfície seja ranhurada, para a eliminação de bolhas do
laminado.
Todas as camadas deverão ser bem roletadas para a eliminação de bolhas de ar no
laminado.
As bolhas de ar em um laminado prejudicam as propriedades mecânicas e podem afetar
seriamente as propriedades de resistência à corrosão. Bolhas de ar na barreira de corrosão
são potencialmente mais prejudiciais que aquelas localizadas nas camadas estruturais do
laminado. As bolhas de ar podem ser minimizadas das seguintes maneiras:
Evitar uma mistura excessiva do sistema de catalisação. No entanto, deve-se certificar de
que uma boa mistura foi realizada;
Direcionar o rolete da área central para as extremidades laterais da solda, aplicando uma
pressão manual moderada. Um excesso de pressão poderá subdividir as bolhas de ar e
torná-las ainda mais difíceis de serem removidas.
Eliminar as bolhas de ar de uma camada antes de prosseguir para a próxima.
Limpar com solvente e secar o rolete entre aplicações de camadas.

Para que o laminado da solda seja rico em resina, após a roletagem de uma camada e antes
da aplicação da seguinte, aplica-se uma demão de resina.
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Não podem ser aplicadas todas as camadas de uma só vez, devido ao pico exotérmico no
processo de cura da resina. Devem ser respeitadas as etapas ou “steps” (Passos na
sequência de laminação) conforme definido na composição do Kit de solda.
Para minimizar o efeito da sobreposição das camadas em um ponto localizado, os Steps
deverão ser aplicados de forma defasada ao longo de 360º na região da solda.
Entre cada steps, deve-se lixar a superfície da solda.

Tipos de catálise-aceleração
Existem usualmente dois tipos do binóbio catálise-aceleração de resinas: DMA-BPO ou
MEKP-COBALTO. Essa última inclusive pode ser MEKP-COBALTO-DMA.

PRÉ-ACELERAÇÃO e CATALISAÇÃO DE RESINAS

Catalisação BPO (Peróxido de Benzoíla) / DMA (Dimetil Anilina)


Processo de mistura:
Utilizando-se duas canecas, pesar separadamente as quantidades iguais de resina.
Calcular e pesar o BPO para a soma das resinas dos dois recipientes, e
misturar/homogeneizar em apenas um deles.
Calcular e pesar o DMA para a soma das resinas dos dois recipientes, e
misturar/homogeneizar no outro recipente que está sem o BPO.
No momento da aplicação da resina, juntar partes iguais das resinas dos dois recipientes
(uma parte com resina homogeneizada com BPO e outra parte com a resina homogeneizada
com DMA), misturar /homogeneizar.

Nota: Nunca PRE-ACELERAR quantidade de resina para mais de um turno diário de


trabalho. Evite, assim, preparar grandes quantidades de resina. Evite, também, a demora na
aplicação da resina preparada, pois, estando parada no recipiente ela poderá gelificar mais
rapidamente dentro do próprio recipiente.

CUIDADOS ESPECIAIS
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Identificar os vasilhames de resina com etiquetas indicativas do tipo “RESINA COM BPO” e
“RESINA COM DMA”.
Nunca utilizar a mesma haste para preparar resina com BPO e resina com DMA, ou seja,
tenha sempre as hastes próprias e devidamente identificadas para cada mistura.
Igualmente, tenha sempre conchas ou medidores distintos para cada resina no momento da
preparação das misturas.
Antes da utilização da resina, prepare uma pequena quantidade para verificar o tempo de
gel.
Para aplicações sob baixas temperaturas ambiente (<15ºC) é recomendável a submissâo da
solda a processo de pós-cura, o que deve ocorrer no prazo máximo de 10 dias e nas
condições estabelecidas nos manuais de pós cura. Se a pós cura for efetuada após esses
dez dias, não se obtém o resultado esperado. Isso vale para o binômio BPO-DMA.

Linhas aéreas instaladas ao tempo


Para as tubulações instaladas em ambientes externos e sujeitas ás intempéries, deve-se
aplicar uma demão de resina parafinada e aditivada com absorvedor de raios ultravioleta,
sobre a última camada do KIT.
O absorvedor de raios UV deve ser misturado em separado, em pequena quantidade de
resina já preparada, destinada somente à camada protetora conforme descrito acima. Nesta
mesma resina também deve ser adicionada a solução parafinada. Antes de aplicar essa
resina, a mesma deve ser muito bem misturada (agitada). Isso porque a parafina sempre
aflora na resina quando esta estiver parada em algum recipiente.

TEMPO DE GEL
Refere-se ao tempo que a resina leva para iniciar a cura, após misturada com catalisadores e
aceleradores.
Ajustes apropriados das formulações, para catalisação das resinas, devem ser feitos ao
longo do dia, para compensar a variação das condições ambientais, ou seja:
Temperaturas elevadas diminuirão o tempo de manuseio da resina.
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Grandes quantidades de resina catalisada tendem a ter um tempo de utilização mais curto. A
aceleração e catalisação da resina são ajustados em função da temperatura ambiente no
momento da execução da solda.
Em dias chuvosos as soldas podem ser efetuadas, desde que a região esteja coberta
(protegida do contato com a água).
Laminados espessos diminuirão o tempo de gel devido à exotermia e a temperatura residual
na superfície da solda.
A incidência direta de raios solares (calor) irá diminuir o tempo de manuseio ou tempo de gel.

Catalisação Mekp-Cobalto ou Mekp-Cobalto-DMA

Processo de mistura
O sistema de catalisação/aceleração de resinas com MEKP/COBALTO/DMA exige os
seguintes cuidados especiais:
Pesar a quantidade total de resina prevista para aplicação no dia;
Calcular e pesar os aceleradores (Cobalto e DMA), conforme indicados nas tabelas dos
fabricantes das resinas.
Adicionar os componentes acima indicados (Cobalto e DMA) á resina, homogeneizando bem
a mistura.
No momento da aplicação da resina, medir e adicionar o catalisador (MEKP) em função das
quantidades necessárias á laminação por kit de solda, observando-se as etapas de
laminação.

Nota: Nunca PRÉ ACELERAR quantidade de resina para mais de um turno diário de
trabalho. Evite, assim, preparar grandes quantidades de resina. Evite, também, a demora na
aplicação da resina preparada, pois, estando parada no recipiente ela poderá gelificar mais
rapidamente dentro do próprio recipiente.

CUIDADOS ESPECIAIS
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Antes da utilização da resina, prepare uma pequena quantidade para verificar o tempo de
gel. Ajuste essa preparação.
Para as tubulações instaladas em ambientes externos e sujeitas ás intempéries, deve-se
aplicar uma demão de resina parafinada e aditivada com absorvedor de raios ultravioleta,
sobre a última camada do KIT.

Resinas com aditivos ANTI-CHAMA


A adição de produtos na resina para torna-la resistente às chamas ou ao fogo requer por
parte do executante, cuidados adicionais no manuseio da resina. Em primeiro lugar a resina
deve ser acelerada. Com cobalto ou então com cobalto + DMA.
A adição dos componentes que a tornam resistente a chamas ou ao fogo deve obedecer às
quantidades informadas pelo fabricante. A resina deverá ser agitada de forma contínua,
antes, durante e após a adição dos componentes antichama. A adição deve ser lenta e aos
poucos até a sua homogeneização. Se parar de agitar a resina, parte do componente
antichama decanta por ser sólido.
Para aplicação da resina utiliza – se pequena quantidade da resina em agitação, coloca-se o
catalisador, mistura bem até homogeinização e inicia – se a aplicação da resina e/ou
laminação no kit de solda.

O lixamento dos tubos e conexões fabricados com formulação de auto-extinção devem


sempre ser efetuado com uma lixa de granulometria mais grossa, ou seja grana #16.

Indicamos o processo de aceleração/catalisação MEKP/COBALTO como a melhor opção


para esta aplicação; resinas auto-extinguíveis
Prever balança e medidores para pesar e medir os componentes a serem misturados.
As formulações antichama deverão ser consultadas.
Com relação á pintura final de acabamento, pelo fato dessas linhas serem montadas quase
sempre em áreas classificadas, deve ser utilizado uma pintura condutiva para evitar-se a
concentração de cargas eletrostáticas. Deverão ser aplicadas 2 demãos de camada base
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condutiva e mais duas demãos de tinta condutiva. Consultar a NOV para formulação e
procedimento de pintura.

Betim 30/07/2021

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