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PO-IAT.

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PROCEDIMENTO DE Revisão: 08
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Título:
SOLDA DE TOPO DE TUBULAÇÕES EM PRFV

Análise Crítica / Aprovação: Data:


Henrique César de Melo 10/01/2020

 REVISÕES:
Rev. Emissão / Alterações Elaboração
06 Acrescido item 4 Aditivos antichama ou resistentes ao fogo Anderson Fábio Viana
07 Revisão Geral do Sistema Henrique César de Melo
08 Revisão geral nos Itens 2.10 e 3.2 Henrique César de Melo

1. OBJETIVO
Este procedimento tem como finalidade estabelecer as atividades básicas para execução de
emendas ponta/ponta, rígidas e do tipo solda de topo, em tubulações fabricadas em
materiais compósitos de Plástico Reforçado com Fibras de Vidro – PRFV

2. EQUIP AMENTOS E MATERI AIS NECESS ÁRIOS


2.1 Serra circular portátil ou disco de corte;
2.2 Pincel ou trincha;
2.3 Lixadeira com disco abrasivo;
2.4 Rolete de ferro ranhurado;
2.5 Vasilhame para mistura / preparo da resina;
2.6 Cálice de plástico graduado, para referência de volume do catalisador e do acelerador;
2.7 Espátula;
2.8 Balança eletrônica com capacidade mínima de 15kg e resolução mínima de 5g;
2.9 Batedor de resina ou outro equipamento que agite e homogeinize as misturas resina-
catalisador e resina-acelerador.
2.10 Kit de solda completo (Conforme especificado pela Engenharia da NOV), adequado ao
diâmetro da tubulação e dimensionado para a aplicação em questão,
2.11 Fio Roving contínuo de fibras de vidro;
2.12 Estopa ou trapo têxtil;
2.13 Solvente para limpeza de ferramentas.
2.14 Adesivo estrutural ou massa em resina e aerosil
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2.15 EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual:
2.16 Uniforme de proteção e avental;
2.17 Botina;
2.18 Protetor Auricular;
2.19 Capacete (somente para obras no campo);
2.20 Óculos;
2.21 Luva de Látex;
2.22 Respirador Descartável (Ref.: Série 8713 da 3M ou similar).
2.23 EPC´s _ Equipamentos de Proteção Coletiva:
2.24 Placas e Cones de Segurança/Proteção;
2.25 Faixas zebradas ou telas para isolamento de áreas.

3. PROCEDIMENTO
Responsável (eis):
Laminador: Cumprir o estabelecido neste procedimento
Gerente e Engenheiro Assistência Técnica: Fazer cumprir este procedimento.

3.1 PRECAUÇÕES DE SEGURANÇ A


3.1.1 Não fumar nem provocar chama durante a execução da solda. Todos os produtos
químicos manuseados durante a laminação são inflamáveis.

3.1.2 Durante o corte e o lixamento da camada externa, o operador da serra e da lixadeira


deverão utilizar os EPI’s pertinentes, bem como proteção adequada para o
equipamento de corte/lixamento.

3.1.3 A resina, o catalisador e o acelerador devem ser guardados em recipientes diferentes,


distantes um do outro, em locais cobertos, frescos e arejados.

3.1.4 Aceleradores e catalisadores não podem ser misturados diretamente, devido ao perigo
de explosão e fogo.
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3.1.5 Todos acessórios de laminação utilizados deverão ser lavados com solvente, após seu
contato com a resina.

Nota: O excesso de resina já catalisada, porventura não utilizada, deverá ser descartada
conforme as exigências dos orgãos ambientais;

3.2 PREP ARAÇÃO DAS EXTREMIDADES P ARA SOLDA


3.2.1 As extremidades a serem soldadas devem estar muito bem cortadas e esquadrejadas,
num plano perpendicular ao eixo do tubo, sem imperfeições ou falhas.

3.2.2 Antes de unir as partes, utilizando o esquadro, verificar o alinhamento do corte e, se


necessário, lixar as bordas dos tubos retirando toda contaminação, deixando – as
limpas, isentas de qualquer sujeira.

3.2.3 A laminação da solda deve ser executada por profissional devidamente treinado.

3.2.4 O critério básico para preparo da superfície do PRFV (Fiberglass) consiste de


lixamento abrasivo (lixa grossa GR 24 ou 16) para retirada de todo o brilho e/ou
remoção de contaminantes superficiais. O perfil de ancoragem com alta rugosidade é
obrigatório.

3.2.5 Lixam-se as pontas dos tubos, inclusive as bordas, prevendo-se uma área de “2Z” mm
a mais do que a largura final do kit de solda (“Z” mm de cada lado);
 ¾” a 2” :Z = 30 mm . 3” a 10” :Z = 50 m
 12” a 20” :Z = 80 mm . 24” a 36” :Z = 100 mm

3.2.3 A superfície deve ser limpa, imediatamente, com ar comprimido isento de óleo e seco
ou escova limpa, trincha ou vassoura de pêlo.
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3.2.4 Em caso de uso de ar comprimido, a linha de suprimento deverá ser equipada com
filtro separador de água e óleo.

3.2.5 Antecipadamente à execução das soldas, deve-se verificar se a superfície está


convenientemente preparada, examinando visualmente se está isenta de brilho,
poeira, óleo e outras substâncias contaminantes, além de impurezas ou corpos
estranhos que impeçam a boa aderência da solda.

3.2.6 Aplica-se através de espátula, uma camada de adesivo estrutural em ambas as


bordas dos tubos e imediatamente, antes mesmo que se inicie o processo de cura,
unir as extremidades dos tubos e/ou conexões a serem soldados. O tempo de
secagem do adesivo é de 15 (quinze) minutos.

3.2.7 Verificar o alinhamento das partes a unir, cuidando para garantir o esquadrejamento e
a perfeita aplicação de adesivo estrutural nas extremidades, além de manter o
conjunto fixado durante a cura.

3.2.8 Limpar o excesso de adesivo na junção entre as partes a serem soldadas.

3.2.9 Lixar e limpar a região da junção para remover excessos de adesivo, aplicar primer
(resina) na área preparada para inicio da solda.

3.2.10 As camadas de reforço deverão ser distribuídas uniformemente e simetricamente em


relação ao centro da junta.

3.2.11 Deve-se utilizar um rolete, cuja superfície seja ranhurada, para a eliminação de bolhas
do laminado.

3.2.12 Todas as camadas deverão ser bem roletadas para a eliminação de bolhas de ar no
laminado.
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3.2.13 As bolhas de ar em um laminado prejudicam as propriedades mecânicas e podem


afetar seriamente as propriedades de resistência à corrosão. Bolhas de ar na barreira
de corrosão são potencialmente mais prejudiciais que aquelas localizadas nas
camadas estruturais do laminado. As bolhas de ar podem ser minimizadas das
seguintes maneiras:

3.2.13.1 Evitar uma mistura excessiva do sistema de catalização. No entanto, deve-se


certificar de que uma boa mistura foi realizada;

3.2.13.2 Direcionar o rolete da área central para as extremidades laterais da solda,


aplicando uma pressão manual moderada. Um excesso de pressão poderá
subdividir as bolhas de ar e torná-las ainda mais difíceis de serem removidas.

3.2.13.3 Eliminar as bolhas de ar de uma camada antes de prosseguir para a próxima.

3.2.13.4 Limpar com solvente e secar o rolete entre aplicações de camadas.

3.2.14 Para que o laminado da solda seja rico em resina, após a roletagem de uma camada e
antes da aplicação da seguinte, aplica-se uma demão de resina.

3.2.15 Não podem ser aplicadas todas as camadas de uma só vez, devido ao pico
exotérmico no processo de cura da resina. Devem ser respeitadas as etapas ou
“step’s” (Passos na sequência de laminação) conforme definido na composição do Kit
de solda.

3.2.16 Para minimizar o efeito da sobreposição em um ponto localizado, os Steps deverão


ser aplicados de forma defasada ao longo de 360º na região da solda, essa
defasagem facilita a aplicação, em grandes diâmetros é permitido distribuir os steps
na parte superior do tubo (80º a 90º) para facilitar a aplicação do Kit.
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Notas:
a) Lixar a superfície da solda em cada STEP.

b) Em temperaturas ambientes mais elevadas (>35ºC), somente o catalisador BPO é


suficiente para promover o início da polimerização da resina. Assim sendo, mesmo as
misturas parciais (resina + catalisador ou resina + acelerador) não devem ser
preparadas em grandes quantidades estocadas por período superior a 24 horas.

c) Em temperaturas ambientes mais baixas (<15ºC) é possível a aplicação de maior


quantidade de camadas, obtendo-se espessuras maiores por step. A determinação
dos valores limites será feita através de teste prático no local da aplicação.

3.3 PRE-ACELERAÇÃO DE RESINAS


3.3.1 Catalisação BPO (Peróxido de Benzoíla) / DMA (Dimetil Anilina)
3.3.1.1 Processo de mistura:
3.3.1.1.1 Utilizando-se duas canecas, pesar separadamente as quantidades iguais de
resina.

3.3.1.1.2 Calcular e pesar o BPO para a soma das resinas dos dois recipientes, e
misturar/homogeneizar em apenas um deles.
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3.3.1.1.3 Calcular e pesar o DMA para a soma das resinas dos dois recipientes, e
misturar/homogeneizar no outro recipente que está sem o BPO.

3.3.1.1.4 No momento da aplicação da resina, juntar partes iguais das resinas dos dois
recipientes (uma parte com resina homogeneizada com BPO e outra parte
com a resina homogeneizada com DMA), misturar /homogeneizar.

Nota: Nunca PRE ACELERAR quantidade de resina para mais de um turno diário de
trabalho. Evite, assim, preparar grandes quantidades de resina. Evite, também, a demora na
aplicação da resina preparada, pois, estando parada no recipiente ela poderá gelificar mais
rapidamente dentro do próprio recipiente.

3.3.2 CUIDADOS ESPECIAIS


3.3.1.2 Identificar os vasilhames de resina com etiquetas indicativas do tipo “RESINA
COM BPO” e “RESINA COM DMA”.

3.3.1.3 Nunca utilizar a mesma haste para preparar Resina com BPO e Resina com
DMA, ou seja, tenha sempre as hastes próprias e devidamente identificadas
para cada mistura.

3.3.1.4 Igualmente, tenha sempre conchas ou medidores distintos para cada Resina no
momento da preparação das misturas.

3.3.1.5 Antes da utilização da resina, prepare uma pequena quantidade para verificar o
tempo de gel.

3.3.1.6 Para aplicações sob baixas temperaturas ambiente (<15ºC) é recomendável a


submissâo da solda a processo de pós-cura, o que deve ocorrer no prazo
máximo de 10 dias e nas condições estabelecidas nos manuais de pós cura.
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3.3.1.7 Aplicar uma demão de pintura em resina sobre a última camada.

Nota: Para as tubulações instaladas em ambientes externos e sujeitas a insolação, deve-se


aplicar resina aditivada com absorvedor de raios ultravioleta, sobre a última camada do KIT.

3.3.1.8 O absorvedor de raios UV deve ser misturado em separado, em pequena


quantidade de Resina já preparada, destinada somente à camada protetora
conforme descrito acima.

3.3.3 TEMPO DE GEL


3.3.1.9 Refere-se ao tempo que a resina leva para iniciar a cura, após misturada com
catalisadores e aceleradores.

3.3.1.10 Ajustes apropriados das formulações, para catalização das resinas, devem ser
feitos ao longo do dia, para compensar a variação das condições ambientais, ou
seja:
3.3.1.10.1 Temperaturas elevadas diminuirão o tempo de manuseio da resina;
3.3.1.11 Grandes quantidades de resina catalisada tendem a ter um tempo de utilização
mais curto.

3.3.1.12 A aceleração e catalisação da resina são ajustados em função da temperatura


ambiente no momento da execução da solda.

3.3.1.13 Em dias chuvosos as soldas podem ser efetuadas, desde que a região esteja
coberta (protegida do contato com a água).

3.3.1.14 Laminados espessos diminuirão o tempo de gel devido à exotermia e a


temperatura residual na superfície da solda.
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3.3.1.15 A incidência direta de raios solares irá diminuir o tempo de manuseio ou tempo
de gel.

3.3.4 CATALISAÇÃO MEKP / COBALTO / DMA E/OU MEKP / COBALTO


3.3.4.1 Processo de mistura:
3.3.4.1.1 O sistema de catalisação/aceleração de resinas com MEKP/ COBALTO/DMA
exige os seguintes cuidados especiais:
3.3.4.1.1.1 Pesar a quantidade total de resina prevista para aplicação no dia;

3.3.4.1.1.2 Calcular e pesar os aceleradores (Cobalto e DMA), conforme indicados


nas tabelas dos fabricantes das resinas.

3.3.4.1.2 Adicionar os componentes acima indicados (Cobalto e DMA) a resina,


homogeinizando bem a mistura.

3.3.4.1.3 No momento da aplicação da resina, medir e adicionar o catalisador (MEKP)


as quantidades necessárias a laminação por kit de solda observando-se a
etapas de laminação.

Nota: Nunca PRE ACELERAR quantidade de resina para mais de um turno diário de
trabalho. Evite, assim, preparar grandes quantidades de resina. Evite, também, a demora na
aplicação da resina preparada, pois, estando parada no recipiente ela poderá gelificar mais
rapidamente dentro do próprio recipiente.

3.3.5 CUIDADOS ESPECIAIS


3.3.1.15.1 Antes da utilização da resina, prepare uma pequena quantidade para
verificar o tempo de gel.

3.3.1.15.2 Aplicar uma demão de pintura em resina sobre a última camada.


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Nota: Para as tubulações instaladas em ambientes externos e sujeitas a insolação, deve-se


aplicar resina aditivada com absorvedor de raios ultravioleta, sobre a última camada do KIT.

3.3.1.15.3 O absorvedor de raios UV deve ser misturado em separado, em pequena


quantidade de Resina já preparada, destinada somente à camada
protetora conforme descrito acima.

3.4 ADITIVO ANTI CHAMA


A adição de produtos na resina para torna-la resistente às chamas ou ao fogo requer por
parte do executante, cuidados adicionais no manuseio da resina. Em primeiro lugar a
resina deve ser acelerada ou que ela já esteja pré – acelerada; vide aceleração acima
item 3.3.4.

A adição dos componentes que a tornam resistente a chamas ou ao fogo deve obedecer
às quantidades informadas pelo fabricante. A resina deverá ser agitada de forma
continua: antes, durante e após a adição dos componentes antichama, a adição deve ser
lenta e aos poucos até a sua homogeneização. Se parar de agitar a resina, parte do
componente antichama decanta por ser sólido.

Para aplicação da resina utiliza – se pequena quantidade da resina em agitação, coloca-


se o catalisador, mistura bem até homogeinização e inicia – se a aplicação da resina
e/ou laminação.

Indicamos o processo de aceleração/catalisação MEKP/COBALTO como o melhor para


esta aplicação.

Prever balança e medidores para pesar e medir os componentes a serem misturados.

As formulações antichama deverão ser consultadas.

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