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Manual de Instruções Transformador de Corrente

Tipo IMB

1ZBR 4761 – 101 Rev. 0

Equipamentos de Alta Tensão

1
MANUAL DE INSTRUÇÕES PARA INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO

TRANSFORMADOR DE CORRENTE - TIPO IMB

ÍNDICE

CAPÍTULO TÍTULO PÁGINA

I Descrição do equipamento 03

II Instruções para transporte, manuseio, recebimento


e armazenamento 04

III Instruções para montagem 05

IV Instruções para operação e manutenção 08

V Aspectos ambientais 10

VI Tabela Técnica 10

Anexo 1 - Desenho do conjunto com os principais componentes.


Anexo 2 - Transporte, desembalagem, levantamento e montagem
de TC tipo IMBD/E 245.
Anexo 3 - Colagem de gaxetas.

Anexo 4 – Lista de Documentos, Placa de Identificação, Desenho


dimensional, Caixa de Terminais Secundários, Dados Técnicos Garantidos, Plano
de Inspeção e Teste, Relatório de ensaios.

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CAPÍTULO I : DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO

Os transformadores de corrente tipo IMBD/E são equipamentos que


transformam altas correntes nos sistemas de 69, 138 e 230 kV, em valores de
corrente padronizados.
Estes transformadores utilizam como meio isolante uma mistura de óleo
isolante e pó de quartzo e são hermeticamente selados. A finalidade do pó de
quartzo é reduzir o volume do óleo isolante, sustentar mecanicamente a parte ativa
e reduzir a altura do centro de gravidade do equipamento. O tanque de expansão
situa-se na parte superior sendo parcialmente preenchido com nitrogênio.
Os transformadores são praticamente livres de manutenção desde que
manuseados e utilizados de acordo com as instruções.

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CAPÍTULO II : INSTRUÇÕES PARA TRANSPORTE, MANUSEIO, RECEBIMENTO
E ARMAZENAMENTO

Os transformadores de corrente de 72 e 145 kV são fabricados para


transporte e armazenamento na posição vertical, podendo também ser fabricados
para o transporte e armazenamento na posição horizontal, desde que o cliente
assim solicite. Neste caso, é colocado um flange entre o isolador e o tanque de
expansão, isolando o óleo do nitrogênio, para evitar a entrada de gases na parte
ativa do transformador. O transformador de corrente de 245 kV é projetado para
transporte e armazenamento na posição horizontal. A velocidade máxima
permissível para transporte em estradas de rodagem é de 60 km/h, em vias
pavimentadas, e 20km/h, em vias sem pavimento.
A embalagem dos transformadores é confeccionada em madeira de boa
qualidade para esta aplicação, sendo projetada para o transporte vertical. No
entanto, os transformadores podem ser fornecidos em embalagens especiais caso
haja solicitação do cliente, para transporte marítimo , com reforços adicionais, ou
para o transporte horizontal, onde há a aplicação de uma embalagem diferenciada,
adequada para tal.
Os transformadores podem ser armazenados na embalagem ao tempo por
períodos não muito longos (3 meses no máximo). No caso de longos períodos de
armazenamento, recomenda-se que o mesmo seja feito em área coberta, porém,
caso não seja possível, deve-se retirar o TC da embalagem pois a mesma não é
prevista para resistir a longos períodos de exposição ao tempo.
O manuseio dos transformadores de corrente de 72 e 145 kV projetados para
transporte vertical deve ser feito com uma inclinação máxima de 60º em relação à
vertical.
No ato do recebimento dos transformadores, deve ser feita uma inspeção da
carga (embalagem e equipamento) a fim de se detectar possíveis danos e avarias
ocorridos durante o transporte.

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CAPÍTULO III : INSTRUÇÕES PARA MONTAGEM

1. IÇAMENTO

Para o transformador de corrente tipo IMBD/E 245 o levantamento deve ser


realizado de acordo com a informação BR 4768 1001-F (vide anexo 2).
O içamento dos demais transformadores de corrente deve ser feito através de
ponte, utilizando-se 4 cabos trançados dois a dois e fixados nos olhais localizados
na parte inferior do tanque principal.
A parte superior do TC é fixada junto aos cabos através de amarração por
cordas a fim de evitar o seu tombamento.
Os TC devem ser montados na vertical, tomando-se o cuidado de não deformar a
base de assentamento. Antes de iniciar o aperto final da fixação, deve se certificar
de que o TC está perfeitamente apoiado na base.

2. VISOR DE NÍVEL DE ÓLEO

Os transformadores de corrente são providos de visores de nível de óleo tipo


prismático, localizados no tanque de expansão. Para a verificação do nível de óleo
do equipamento, deve-se observar o visor inferior e compará-lo ao superior (este
último é cego, e serve como referência na visualização do óleo) e, como ambos
apresentam aspecto semelhante, constata-se um subnível de óleo.
Inspeções periódicas devem ser realizadas a fim de se verificar o correto
nível de óleo do transformador. Caso o nível de óleo se apresente abaixo do visor, o
transformador deve ser retirado de serviço e a causa da descida do óleo
investigada.
Se o visor estiver quebrado e vazar pequenas quantidades de óleo, a
substituição do visor e restabelecimento do nível de óleo são suficientes. Após a
substituição do visor, abrir a tampa de enchimento do óleo localizada no tanque de
expansão e encher com óleo isolante novo (desgaseificado) até o nível normal.
Purgar o espaço acima do nível de óleo com nitrogênio, se disponível, ou apenas
vedar a tampa colando com uma gaxeta nova. Para a colagem consultar a
informação BR 2152 0006-AD (vide anexo 2).
Na ocorrência de vazamento excessivo de óleo, pode ocorrer exposição do
isolamento do condutor primário ao ar, ou penetração de umidade excessiva no
transformador. Neste caso recomenda-se entrar em contato com a ABB ou seu
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representante, para se realizar um novo processo de secagem da parte ativa do
equipamento.
Para maiores esclarecimentos, a ABB oferece suporte técnico através do
endereço constante na placa de identificação do equipamento.

3. PARTES METÁLICAS

Inspeções periódicas devem ser realizadas a fim de se detectar eventuais


pontos de corrosão nas partes metálicas do equipamento (tanques de expansão e
inferior, ferragens de fixação do isolador de porcelana e do tanque inferior à base).
Estas inspeções são particularmente importante em locais de atmosfera
muito poluída (tipo industrial) ou marinha, embora as partes metálicas sejam
galvanizadas a quente, proporcionando superior proteção nesses ambientes.
Na constatação de pontos de oxidação, estes devem ser removidos ou a
peça substituída. Para pequenos pontos de oxidação pode-se utilizar a galvanização
a frio (uma vez removida toda a oxidação), pela aplicação de tinta de zinco pura
aplicada em demãos até se atingir a espessura mínima de 50 microns. Se a
oxidação tiver grandes proporções, deve-se substituir a peça, pois neste caso a
mesma deve ser galvanizada a quente.

4. ISOLADOR DE PORCELANA

O esmalte sobre os isoladores serve para dar uma boa aparência à


superfície, mantendo-a lisa e de fácil limpeza. Além disto, o esmalte também
aumenta a resistência mecânica do isolador.
O esmaltamento não visa impedir a penetração de umidade no isolador pois,
a porcelana por si não é porosa após a queima.
Devido às técnicas industriais de manufatura, os defeitos no esmaltamento
nem sempre podem ser evitados, sendo permitidos pequenos defeitos dentro de
certos limites de acordo com as normas IEC 168 e IEC 233. As regras de aceitação
da ABB são, entretanto, mais rigorosas no que se refere ao lado superior das saias
e, em especial, à saia superior.
Manchas não esmaltadas e pequenas áreas lascadas não prejudicam a
função ou a vida do isolador, uma vez que o corpo da porcelana é completamente
não poroso. Em geral, falhas que possam afetar a função do isolador não devem ser
reparadas. A aceitação do reparo deve ser limitada pela aparência visual.
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Na eventual ocorrência de danos no isolador de porcelana, tais como
pequenas quebras ou lascamentos, sugere-se contatar a ABB para se verificar a
possibilidade do reparo da falha, bem como para receber instruções específicas.
No campo, a periodicidade de limpeza dos isoladores depende de diversos
fatores inerentes ao meio ambiente, e o intervalo entre operações pode oscilar entre
um a sete anos.

5. CONEXÃO

A seguir, uma descrição característica das conexões do equipamento :


- terminais de alta tensão : o terminal de linha é do tipo quatro furos, padrão
NEMA, em liga de cobre estanhado e sua representação física é encontrada no
desenho dimensional do equipamento;
- conector de aterramento : é constituído por bronze estanhado e seu arranjo
físico consta no desenho supra-referido;
- conexão secundária e centelhadores : os detalhes relevantes à ligação dos
secundários são mostrados no desenho de caixa secundária.

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CAPÍTULO IV : INSTRUÇÕES PARA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

1. ENERGIZAÇÃO

Antes da energização do transformador de corrente, os secundários (inclusive


as derivações) que não forem utilizados devem ser curto-circuitados. Caso o
transformador possua terminal capacitivo, o mesmo deverá ser aterrado quando não
estiver em uso.
Os transformadores de corrente com ligação primária tipo série-paralela saem
da fábrica ligados em paralelo e com os enrolamentos secundários curto-circuitados.
Observar a placa de identificação para a ligação correta das relações.
Recomenda-se que os ensaios de campo a seguir sejam realizados em um
período de 2 em 2 anos.

Antes da energização

- Relação
- Resistência do isolamento com c.c.
- Fator de potência de isolamento
- Polaridade
- Resistência ôhmica dos enrolamentos

Após a energização

- Resistência do isolamento com c.c.


- Fator de potência do isolamento

A ABB sugere que antes da colocação do equipamento em serviço, e nas


manutenções periódicas em períodos determinados por V.Sas., sejam feitos os
ensaios normais de comissionamento que são :

- Resistência do enrolamento secundário


- Polaridade
- Relação de transformação

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Os valores lidos devem ser comparados com os valores constantes no
Relatório de Ensaios do equipamento e/ou com os últimos ensaios realizados para
efeito de comparação dos resultados.

2. MANUTENÇÃO

Verificações :

- Limpeza geral do equipamento.


- Verificação do estado de conservação dos cabos, blocos terminais e fiação
secundária.
- Retoque da pintura se necessário.
- Nível de óleo.
- Existência de pontos de melejamento ou vazamento de óleo.
- Análise com termovisor para detecção de pontos quentes ; A primeira
análise com termovisor deve ser feita 3 (três) horas após a energização com carga.
Recomenda-se que está análise seja feita anualmente.

NOTA : ÓLEO ISOLANTE

Em princípio, devido aos transformadores de corrente serem do tipo selado,


não se recomenda a prática de retirada de amostras de óleo para análise. No
entanto, caso seja necessário, isto deve ser realizado através do flange de
enchimento do óleo localizado no tanque de expansão do transformador. Pode ser
utilizado um tubo de plástico com um sifão para se encher uma garrafa de vidro com
óleo. Todos os aparelhos devem estar limpos e secos. Deve-se vedar
completamente a garrafa, de modo a evitar o contato do óleo com o ar.
Após a retirada, completar o nível do óleo do transformador conforme descrito
anteriormente no capítulo III item 2.

Caso haja algum indicativo citado acima, que possa acarretar algum
problema no transformador de corrente, contatar a Assistência Técnica da ABB.

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CAPÍTULO V : ASPECTOS AMBIENTAIS

1. GERAL

Esse capítulo especifica os materiais utilizados nos transformadores de


corrente, bem como cuidados com os aspectos ambientais e disposições pós vida
útil.

2. ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

2.1. TIPO

Ver anexo 1.

3. CUIDADOS COM OS ASPECTOS AMBIENTAIS

3.1. DURANTE MANUTENÇÕES

É recomendado que resíduos gerados durante as atividades de


manutenções, tais como panos e estopas com óleo e graxa, sejam identificados e
segregados em compartimentos especiais, como por exemplo, em tambores de aço,
e mantidos em locais adequados para posterior destinação.
Para peças substituídas, proceder conforme item no 4.
NOTA : Recomendamos que as manutenções sejam feitas por pessoas
treinadas e, se desejável, contatar a ABB.

3.2. EM CASO DE ACIDENTES

Para os resíduos gerados por óleo, graxas, etc., como a brita/solo, estopas,
etc., é recomendado que sejam mitigados, de forma a minimizar os impactos
ambientais, tais como : contaminação do solo, lençol freático, rios e lagos.
As partes contaminadas devem ser recolhidas e segregadas em
compartimentos especiais, como por exemplo, em tambores de aço e mantidos em
locais adequados para posterior destinação.
Para peças danificadas, proceder conforme item no 4.

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4. DISPOSIÇÃO PÓS VIDA ÚTIL

Após vida útil dos equipamentos, os componentes devem ser tratados


conforme disposições abaixo :

COBRE, ALUMÍNIO, AÇO – Materiais recicláveis.

PORCELANA – Material não reciclável, porém reutilizável. Opção para destinação :


pode ser utilizado como duto de águas pluviais, esgotos, vasos, etc. Quando em
cacos enviar para aterro sanitário.

MADEIRA, PRESPAM, PAPEL ISOLANTE, PÓ DE QUARTZO, CORTIÇA E


BORRACHA SINTÉTICA IMPREGNADOS COM ÓLEO ISOLANTE – Material
contaminante. Devem ser recolhidos e segregados em compartimentos especiais,
como por exemplo, em tambores de aço e mantidos em locais adequados para
posterior destinação, devendo ser incinerados ou encaminhados para aterro
sanitário conforme Norma NBR 10.004.

FENOLITE – Material contaminante, não deve ser jogado no solo. Deve ser
reutilizado, incinerado ou destinado para aterro sanitário.

MADEIRA (EMBALAGEM) – Material reciclável.

ÓLEO ISOLANTE – Material contaminante, porém reciclável. Não deve ser jogado
no solo, esgoto ou aterro sanitário. Opção para destinação : pode ser transformado
em produtos como óleo de corte e graxa.

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ANEXO 1

DESENHO DO CONJUNTO COM OS COMPONENTES PRINCIPAIS DE UM TC


TIPO IMBD

12
LEGENDA

NÚMERO DESCRIÇÃO MATERIAL

01 Isolador Porcelana
02 Tanque Aço galvanizado
03 Terminal primário Cobre estanhado
04 Enrolamento primário Cobre
05 Núcleo com enrolamento secundário Aço silício e cobre
06 Suporte Madeira
07 Caixa de terminais secundários Aço galvanizado
08 Tap capacitivo (opcional) Porcelana
09 Flange de drenagem de óleo Aço galvanizado
10 Terminal de aterramento Aço galvanizado
11 Tanque de expansão Aço galvanizado
12 Visor de nível de óleo Vidro

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ANEXO 2

BR 4768 1001-F

TRANSPORTE, DESEMBALAGEM, LEVANTAMENTO E MONTAGEM


DE TC TIPO IMBD/E 245 OU MAIOR

1. TRANSPORTE

O transporte deve ser sempre feito com o transformador na posição


horizontal e com o lado na qual a caixa de terminais secundário é montada, para
cima.
A razão é que o tanque de expansão é projetado de tal maneira que o gás
(nitrogênio) não penetra dentro do transformador.
O máximo desvio permissível na posição horizontal para transporte é de 15
graus (inclinação com relação ao eixo longitudinal do transformador).
Do contrário o gás do tanque de expansão pode penetrar dentro da porcelana
causando danos à isolação de alta tensão.
No transporte para o campo, o transformador é embalado em um engradado
de madeira reforçada e colocado segundo esta instrução. O engradado deve
também ter marcações claras e instruções de transporte. O engradado com o
transformador deve, naturalmente, ser manuseado com bastante cuidado e não
sofrer quedas ou batidas sob nenhuma circunstância.

2. LEVANTAMENTO E MONTAGEM

A - Na desembalagem, a tampa e os calços de madeira sobre o


transformador são removidos.
B - As cordas de içamento são fixadas em volta do topo da porcelana do
transformador e na base do tanque respectivamente, e o transformador deve ser
erguido cautelosamente para fora da embalagem. Observar atentamente se o
transformador está equilibrado. Não se deve usar correntes nesta operação, pois
poderá causar danos na superfície do isolador. Quando o transformador estiver
suspenso, utilizar uma corda com capacidade mínima de 3 toneladas e fazer uma

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laçada em torno do isolador, acima dos terminais do primário e abaixo do tanque de
expansão, de forma que resulte em dois olhais que não corram durante o
levantamento do TC para a posição vertical.
C - O transformador deve ser conduzido vagarosamente para cima de um
suporte de madeira que impeça o contato dos terminais primários com o piso, para
não danificá-los, como mostra a figura 1.

D - Após uma verificação cuidadosa de que o transformador está bem


assentado, as cordas de içamento são removidas e as cordas para levantamento do
transformador são passadas através dos olhais da laçada e fixadas nos olhais de
suspensão dos pés do TC. As cordas devem ser do tipo que possam deslizar
através dos olhais sem qualquer atrito. Não deslizar as cordas ao redor dos
terminais primários pois isto pode causar vazamentos entre os terminais e a
porcelana.

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E - Após ter verificado cuidadosamente se as cordas de levantamento estão
fixadas conforme o item acima, o levantamento do transformador pode ser iniciado
com cautela. Verificar sempre se as cordas estão deslizando facilmente através dos
olhais da laçada e não estão tocando nenhum lugar, por exemplo nos terminais
primários. Após certo tempo, o transformador estará na posição da figura 2
chegando na posição vertical.

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F - Após verificar se o transformador não foi danificado durante o transporte,
se não ocorreu vazamento de óleo e se o nível de óleo está correto, o mesmo está
pronto para ser montado e conectado ao sistema elétrico.
G - Na montagem deve-se verificar se a fundação está plana para que o
transformador não seja parafusado obliquamente, pois isto pode causar vazamento
de óleo pelas tensões mecânicas que podem aparecer. Se o transformador, apesar
de todas as precauções, precisar ser aberto, recomendamos que entrem em contato
com a ABB para uma discussão detalhada sobre o procedimento correto a ser
seguido.

3. CUIDADOS

Com relação ao transporte, montagem e manuseio, é absolutamente


essencial que o transformador seja manuseado com o máximo de cuidado a fim de
evitar qualquer espécie de choques ou outros danos graves.

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ANEXO 3

BR 2152 0006 - AD

COLAGEM DE GAXETAS DE CORTIÇA-BORRACHA NITRÍLICA EM


TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS

1 - Limpeza das superfícies a serem unidas

Para assegurar uma vedação adequada das gaxetas coladas, as flanges e


tampas devem ser planas e a preparação das superfícies a serem unidas deve ser
feita com cuidado.
As superfícies a serem unidas das flanges e das tampas, assim como as
gaxetas, devem ser isentas de óleo, graxas e sujeiras. As superfícies devem ser
limpas com pano de algodão mergulhado em solvente. Superfícies oleosas devem
ser limpas com tricloretileno. A limpeza deve ser repetida e somente devem ser
usados panos limpos.

2 - Colagem

O adesivo 3M-EC 1099, deve ser aplicado nas flanges e nas gaxetas até
formar uma camada lisa de cobertura total e deve ser deixado secar no ar à
temperatura ambiente durante ao menos 5 minutos e no máximo 8 horas antes da
montagem do transformador e aperto final.

3 - Aperto

Ao apertar as gaxetas é recomendado aplicar uma pressão de 30 Kg/cm2


(450 libras/polegada quadrada) nas superfícies das gaxetas. O aperto deve ser o
mais uniforme possível para evitar uma compressão desigual e deformação das
gaxetas.

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4 - Controle do aperto das gaxetas

Um segundo aperto das gaxetas deve sempre ser realizado se as gaxetas


foram tratadas pelo calor ou apenas foram conservadas à temperatura ambiente
(por exemplo, a gaxeta para a tampa do recipiente de expansão).
Esse aperto não deve ser feito antes de 48 horas depois da montagem.

5 - Esquema de colagem

Observar que todas as superfícies de contato, assim como as superfícies das


flanges e ambos os lados da gaxeta, devem ser limpas e cobertas com adesivo.

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ANEXO 4

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ABB
PLANO DE INSPEÇÃO E TESTES - PIT no. XBR 320 410-FX
Produto : Transformador de Corrente tipo IMB

Condições Gerais de Inspeção

Este Plano de Inspeção e Testes estabelece o Programa para o


Controle de Qualidade do Produto aqui especificado e as inspeções
nele mencionadas são executadas como rotina pela ABB.
Dependendo das características dos componentes ou produtos
envolvidos em encomendas específicas, este Plano de Inspeção e
Testes poderá ser completado pela ABB tendo em vista a adequação
aos documentos técnicos e comerciais emitidos para aquela
encomenda.
O Plano de Inspeção e Testes após aprovado pelo cliente reflete o
acordo entre este e a ABB e estabelece os eventos sujeitos a
inspeção pelo cliente ou seus representantes.

Símbolos utilizados :
Aprovação do Cliente
1. Local da inspeção :
S - no fornecedor
A - na ABB
2. Presença na inspeção :
S - CQ do fornecedor
A - CQ da ABB
C - CQ do fornecedor ou da ABB na presença de
inspetor do cliente.
3. Distribuição da Documentação :
A - Documento arquivado na ABB
* - Documento a ser enviado ao cliente

Histórico de Revisões
1 30/04/2003 Alt. Conforme comentários CEMIG PTHVP
Rev. no. Data Descrição Depto. Aprov.

Aprovado por : Paulo Saravali Emitido por : PTHVP Pág. 1


Verificado por : Jaelson Lima Ano/sem : 2003/18 Cont. 2
Feito por : Glauber Sena
ABB Ltda

PLANO DE INSPEÇÃO E TESTES - PIT


Produto : Transformador de Corrente

ÍNDICE :
.
Item no. Denominação / Atividade de Inspeção

1 Matéria prima
1.1 Chapa de aço silício pág. 3
1.2 Condutor pág. 3
1.3 Papel isolante crepe pág. 3
1.4 Papel isolante kraft pág. 3
1.5 Óleo isolante pág. 3
1.6 Pó de quartzo pág. 4
1.7 Isolador de porcelana pág. 4

2 Fabricação
2.1 Tanque/tampa/tanque de expansão pág. 5
2.2 Enrolamento secundário pág. 5

3 Ensaios finais
3.1 Ensaios de rotina pág. 6

4 Embalagem / expedição
4.1 Embalagem pág. 7
4.2 Expedição pág. 7

Observações : Pág. 2

Cont. 3
ABB Ltda

PLANO DE INSPEÇÃO E TESTES - PIT


Produto : Transformador de Corrente

Item Denominação / Documento / Legendas Obs.

no. Atividade de Inspeção Norma 1 2 3

1.1 CHAPA DE AÇO SILÍCIO

1.1.1 Espessura ABNT NBR 5161 A A A 1.)

1.1.2 Perdas ABNT NBR 5161 A A A 1.)

1.2 CONDUTOR

1.2.1 Visual - A A A 1.)

1.2.2 Dimensional Des. de Compra A A A 1.)

1.3 PAPEL ISOLANTE CREPE (se aplicável)

1.3.1 Espessura IEC 554-2 A A A 1.)

1.3.2 Gramagem IEC 554-2 A A A 1.)

1.3.3 Condutividade do extrato aquoso IEC 554-2 A A A 1.)

1.4 PAPEL ISOLANTE KRAFT (se aplicável)

1.4.1 Espessura IEC 554-2 A A A 1.)

1.4.2 Gramagem IEC 554-2 A A A 1.)

1.4.3 Condutividade do extrato aquoso IEC 554-2 A A A 1.)

1.5 ÓLEO ISOLANTE

1.5.1 Rigidez dielétrica IEC 156 A A A 1.)

1.5.2 Fator de dissipação IEC 247 A A A 1.)

1.5.3 Tensão interfacial ABNT MB 320 A A A 1.)

Observações : Pág. 3
1.) Inspeção de recebimento de material de estoque.
Cont. 4
ABB Ltda

PLANO DE INSPEÇÃO E TESTES - PIT


Produto : Transformador de Corrente

Item Denominação / Documento / Legendas Obs.

no. Atividade de Inspeção Norma 1 2 3

1.6 PÓ DE QUARTZO

1.6.1 Tangente delta BR 1133 9001-L A A A 1.)

1.6.2 Tensão interfacial BR 1133 9001-L A A A 1.)

1.6.3 Teor de ferro BR 1133 9001-L A A A 1.)

1.7 ISOLADOR DE PORCELANA -

1.7.1 Certificado do fornecedor Des. de Compra S S A 1.)

Observações : Pág. 4
1.) Inspeção de recebimento de material de estoque.
Cont. 5
ABB Ltda

PLANO DE INSPEÇÃO E TESTES - PIT


Produto : Transformador de Corrente

Item Denominação / Documento / Legendas Obs.

no. Atividade de Inspeção Norma 1 2 3

2.1 TANQUE/TAMPA/TANQUE DE

EXPANSÃO

2.1.1 Controle visual - S S A

2.1.2 Controle dimensional Des. de fabricação S S A

2.1.3 Verificação da galvanização :

- Espessura ABNT NBR 7398 S S A

- Aderência ABNT NBR 7399 S S A 1.)

- Preece ABNT NBR 7400 S S A 1.)

2.1.4 Verificação da pintura (se aplicável)

- Visual - S S A

- Espessura ABNT MB 1333 S S A

- Aderência ABNT MB 985 S S A 1.)

2.2 ENROLAMENTO SECUNDÁRIO

2.2.1 Exatidão ABNT NBR 6821 A A A

2.2.2 Curva de saturação ABNT NBR 6821 A A A

2.2.3 Resistência ôhmica ABNT NBR 6821 A A A

2.2.4 Relação de transformação ABNT NBR 6821 A A A

Observações : Pág. 5
1.) Ensaios realizados em corpos de prova.
Cont. 6
ABB Ltda

PLANO DE INSPEÇÃO E TESTES - PIT


Produto : Transformador de Corrente

Item Denominação / Documento / Legendas Obs.

no. Atividade de Inspeção Norma 1 2 3

3.1 ENSAIOS DE ROTINA

3.1.1 Dimensional e acabamento Desenho aprovado A C *

3.1.2 Tensão induzida NBR 6856/6821 A C *

3.1.3 Tensão suportável à frequência industrial a seco NBR 6856/6821 A C *

3.1.4 Descargas parciais NBR 6856/6821 A C *

3.1.5 Polaridade NBR 6856/6821 A C *

3.1.6 Exatidão NBR 6856/6821 A C *

3.1.7 Fator de perdas dielétricas do isolamento NBR 6856/6821 A C *

3.1.8 Estanqueidade a frio NBR 6856/6821 A C A 1.)

3.1.9 Resistência ôhmica dos enrolamentos NBR 6856/6821 A C *

3.1.10 Levantamento da curva de saturação NBR 6856/6821 A C A 1.)

3.1.11 Resistência de Isolamento NBR 6856/6821 A C *

3.2 ENSAIOS DE TIPO

3.2.1 Impulso Atmosférico NBR 6856/6821 A C *

3.2.2 Elevação de Temperatura NBR 6856/6821 A C *

3.2.3 Estanqueidade a Quente NBR 6856/6821 A C *

3.2.4 Tensão de Rádio Interferência NBR 6856/6821 S C *

Observações : Pág. 6
1.) Realizado pela ABB durante o processo de produção
A realização dos ENSAIOS DE TIPO da norma NBR 6856 depende de Cont. 7
acordo técnico e comercial entre o cliente e a ABB.
ABB Ltda

PLANO DE INSPEÇÃO E TESTES - PIT


Produto : Transformador de Corrente

Item Denominação / Documento / Legendas Obs.

no. Atividade de Inspeção Norma 1 2 3

4.1 EMBALAGEM

4.1.1 Controle visual das identificações Lista de embalagem A A -

4.2 EXPEDIÇÃO

4.2.1 Controle visual das proteções - A A -

4.2.2 Controle visual das fixações - A A -

Observações : Pág. 7

Cont. -

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