Você está na página 1de 8

IDEC – PROGRAMA DE SAÚDE OFICINA DE REVISÃO DA ESTRATÉGIA DO PROGRAMA - MAIO / 2018

Formulação e consolidação das estratégias dos programas


temáticos e definição dos instrumentos de monitoramento

Programa de Saúde
Versão 3.0 - 29/junho/2018

Oficinas

PARTICIPANTES 1ª Oficina (03 e 04/maio/2018)


 Teresa Liporace, Georgia Carpatekov, Carlota Costa, Ana Carolina Navarrete,, Marilena Lazarini, Mário
M Scheffer, Silvia
Vignola, Nathalia Miziara (USP),, Leandro Valarelli (facilitador)

PARTICIPANTES 2ª Oficina (22/maio/2018)


 Teresa Liporace, Georgia Carpatekov, Carlota Costa, Ana Carolina Navarrete,, Leandro Valarelli (facilitador)

2. Desafios do Contexto
POLÍTICAS PÚBLICAS
 Cenário mais geral é de encolhimento das políticas públicas e de desregulação do marco legal e das regulamenta-
regulament
ções existentes. Direitos historicamente e constitucionalme
constitucionalmente
nte consagrados estão ameaçados;
 Ameaça de privatização do público e forte conflito de interesses entre o público e o privado nas políticas de saúde
saúde;
 Há um forte processo de concentração de poder, financeirização e verticalização de serviços por parte do setor pri-
vado no setor da saúde,, com forte presença de conglomerados internacionais
internacionais. Portanto,
rtanto, amplia-se
amplia o protagonismo
do setor privado na saúde, sendo ele cada vez mais ativo e formulador/propositor em vários campos
campos;
 Há esforços e narrativa de desmoraliz
desmoralização
ação do SUS, abrindo espaço para a legitimação das ofertas privadas de planos
e serviços de saúde;
 Em relação às demandas por medicamentos junto ao SUS e aos planos de saúde, as ouvidorias fazem ouvidos mo mou-
cos às demandas por via administrativa, o que leva à ampliação da judicialização por parte dos usuários, por um la-l
do, e ao discurso que critica a judicialização por parte das empresas e gestores públicos
públicos;
 Alguns enxergam riscos de desestruturação e sucateamento do DATASUS, na perspectiva de sua privatizaçprivatização e con-
sequente acesso privado aos dados dos usuários (afirmação controversa)
controversa);
 O ressarcimento do SUS pelo atendimento de usuários de planos de saúde teve um avanço com a decisão favorável
do STF. No entanto, o ressarcimento de procedimentos de alto custo não está sendo realizado, além da defasagem
dos valores que constam da tabela, o que acaba transformando o ressarcimento tal como está num bom negócio
para ass operadoras de planos de saúde;
 Nos conselhos de políticas de Saúde não existe representação dos consumidores;

REGULAÇÃO DA SAÚDE SUPLEMENTAR


 ANS não faz regulação propriamente dita, apenas a consolidação do status quo;
 Crescente tensão entre Min. da Saúde e a ANS em função da captura desta pel pelos
os interesses do setor privado;
 O pacote proposto pelos atores da saúde suplementar aponta para a redução das redes de atendimento (visando
redução de custos) e para a oferta de planos "acessíveis" baseados em franquias e coparticipação com limites eleva-
díssimos. Tais limites não estão baseadas em estudos nem rrecentes
ecentes nem consistentes para a sua determinação;
de
 As maiores reclamações de usuários em relação à saúde suplementar são principalmente:
principalmente i) Reajustes anuais dos
planos coletivos, que não dispõem de regulação; ii) Reajuste por mudança de faixa etária; iii) Negativa de cobertura;
iv) descredenciamentos pelas operadoras e direito à informação
informação;; v) Fornecimento de medicamento pelo SUS; vi)
Planos de autogestão (para os quais, segundo o STJ, o CDC não se aplica)
aplica). O grau de judicialização é elevado. No en-
tanto, está
tá em deliberação no STJ (checar informação) a ideia de que os reajustes dos planos individuais de Saúde
suplementar feitos dentro dos ditames da ANS não são passíveis de revi
revisão jurídica;

NOVAS MODALIDADES DE SERVIÇOS

1
IDEC – PROGRAMA DE SAÚDE OFICINA DE REVISÃO DA ESTRATÉGIA DO PROGRAMA - MAIO / 2018

 Crescimento acelerado de novas modalidades de negócios para a saúde privada, na direção da massificação, com
riscos relacionados à continuidade destes negócios tais como aplicativos, serviços pré-pagos e clínicas familiares. Os
riscos aos cidadãos estão, entre vários outros, relacionados à inexistência de garantia de continuidade na prestação
de serviços, a serviços de baixa qualidade e complexidade sem garantia de encaminhamentos adequados e tempes-
tivos e a apropriação privada, não transparente e de alto valor de mercado de dados pessoais;

MEDICAMENTOS: PREÇO E QUALIDADE


 Os preços praticados não são os preços regulados, proporcionando margens de lucro abusivas e discrepâncias e-
normes nos preços praticados no varejo;
 Cerca de 35% dos preços dos medicamentos são tributos;
 Não há políticas de inovação e desenvolvimento de produtos e insumos no Brasil. As empresas públicas e privadas
aqui atuam no final da cadeia produtiva, onde mesmo o licenciamento de medicamentos implica na sua importação.
 A qualidade dos medicamentos genéricos e similares é deficiente, realizada apenas no registro em lote selecionado
pela própria empresa. Não há sistema ou metodologia de fiscalização da qualidade destes tipos de medicamentos,
nem há recursos humanos, materiais e orçamentários para isto. A menor qualidade é experimentada pelos médicos
do SUS que passam a prescrever a medicação em doses e prazos maiores;

SOCIEDADE CIVIL
 Redes da sociedade civil estão fragmentadas e fragilizadas após o período dos governos Lula/Dilma. As antigas es-
truturas estão debilitadas e não contam mais com recursos;
 Entretanto, existem articulações voltadas para doenças específicas e coletivas que emergem em torno de causas
bastante concretas;
 Existe uma abertura da mídia tradicional, com profissionais mais qualificados e receptivos a debater o tema, mas
que não têm o poder de viralizar.

2. Visão (redação a ser construída)

Acesso a serviços de Saúde e medicamentos de qualidade e uma regulação


transparente, participativa e efetiva, orientada pelo interesse
público e pela valorização do SUS

3. Estratégia / Teorias de Mudança

3.1. Mudanças desejadas em 5 anos – pontos de partida para a construção de Teorias de Mudança
 Na direção de nossa visão e considerando o contexto, que mudanças desejaríamos ver num horizonte de 5 anos?

Inicialmente, foram identificadas quatro grandes mudanças desejadas como ponto de partida:

Medicamentos Regulação/ANS Planos de Saúde Consciência cidadã


Existem políticas públicas ANS com gestão transparen- Planos de Saúde e as novas Cidadãos conhecem seus
que garantem o acesso a te voltada ao bem estar da modalidades de serviços direitos, valorizam o SUS
medicamentos de baixo população, exercendo poder privados estão regulados como política prioritária para
custo e de qualidade coercitivo/regulatório em com transparência e regras a garantia da Saúde e reivin-
relação às operadoras e claras dicam acesso a serviços de
atores relacionados qualidade

Posteriormente, durante o processo de explicitação da Teoria de Mudança, percebeu-se que os temas Regulação/ANS e
Planos de Saúde deveriam ser trabalhados e conjunto e articuladas a mudanças no setor empresarial, e a mudnaças nas
práticas de mercado, antes não mencionadas. Entendeu-se que a própria regulação pela ANS deveria visar a melhoria das
práticas de mercado, sendo esta a referência maior.

2
IDEC – PROGRAMA DE SAÚDE OFICINA DE REVISÃO DA ESTRATÉGIA DO PROGRAMA - MAIO / 2018

Empresas adotam novas práticas de mer-


cado e condutas mais transparentes, éticas
e que respeitam o CDC

Planos de saúde e as novas modalidades Usuários de planos de saúde têm acesso tempes-
de serviços privados estão regulados tivo aos serviços de alto custo e/ou complexida-
com transparência e regras claras de necessários aos seus associados

Foram efetivamente trabalhados os temas MEDICAMENTOS e PLANOS DE SAÚDE/REGULAÇÃO. O tema CONSCIÊNCIA CIDA-
DÃ não pode ser trabalhado no âmbito da oficina.

Os quadros de mapas de mudança podem ser vistos a seguir.

3
IDEC – PROGRAMA DE SAÚDE OFICINA DE REVISÃO DA ESTRATÉGIA DO PROGRAMA - MAIO / 2018

3.2. Mapas de Teoria de Mudança


MEDICAMENTOS
Existem políticas públicas que garantem o acesso a medicamentos de baixo custo e de qualidade

Preços são mais acessíveis Existem processos transparentes, públicos e efeti- Está garantida
vos de controle de qualidade dos medicamentos oferta adequada
de medicamentos

Existe uma CMED altera Políticas anti- Redução da de- Ocorrem auditorias Sistemas de Existem espaços efeti-
política fiscal Influência
metodologia trust estão em pendência de regulares e transparen- alerta de reações vos de acompanha/o de
das em-
que reduz para teto de vigor importação e de tes s/ a qualidade dos adversa opera c/ representação de usuá- Mercado
presas
preços preços custos de produção medicamentos qualidade (supo- rios/OSC s/ o funcio- brasileiro
sição) na/o do sist de qualida- oferece
de de medicamentos relação
Política de Sociedade Preços nos Diminuição do Existem novas Mais medi- Anvisa e Visas Existem Comitê Uso
custo-
preços de civil dialoga e postos de ven- peso das gran- realizam audi- meios ($, Racional de
empresas e/ou camentos e benefício
estrutura, Medica/os
medicamen- pressiona a da são monito- des distribui- investi/o em insumos são torias frequen- favorável
tos é am- CMED p/ rados e inte- doras na esti- tecnologia de produzidos tes nos med. pessoal) às indús-
Criado um OSC consi- OSC capaci-
plamente adotar nova grados ao cál- pulação de medicamentos no Brasil genéricos e para as trias
espaço deram o tadas e arti-
debatida metodologia culo da CMED preços e insumos similares auditorias
institucio- Sistema de culadas para
Não há
nalizado de qualidade monitorar e
desabas-
Formadores de Existe capaci- Existe uma pol Aprimoramen- Existe uma Existe uma Gestores públicos pressio- participa- um tema incidir sobre
opinião e mídia tecimento
dade técnica da púb que promove to da avaliação pol pub que pol industri- nados e comprometidos e ção da soc relevante o setor
por pro-
abrem espaço p/ sociedade civil incentiva a al favorável engajados com pol pub p/ civil
a inovação em da inovação em blemas
discussão s/ preço para dialogar produção à empresas ampliar qualidade
saúde, com ênfa- medica/os regulató-
de medicamentos com CMED local de e produção
se DNDI Existem rios (su-
princípios nacional de Mídia Soc civil Soc. Civil Círculos informações posição)
ativos medica/os e reper- pressiona propõe médicos qualitativas
Gerar Monitorar Pesquisa s/ Pesquisa s/ Lei criada p/ estimular
conteúdos tempo p/ preço e gastos preços INPI => Anvisa
insumos cute e gestores e alternati- engajados disponíveis
inovação em saúde debate no debate e
p/ forma- registro na c/ medicamen- praticados MCTI, MDIC, Assoc Anvisa p/ vas viá- p/ as OSC
dores de Anvisa tos de medi- empresariais, quali- aprimora/o veis e na denún-
opinião s/ ca/os c/ Congresso sensibilizado Fiocruz, Universi- dade do sistema eficazes cia de pro-
preço de voluntários e debatendo dades, GTPI, INESC Articulação dos de qualida- de fiscali- blemas de
medica/os junto ao MS e medi- de/ audito- zação de quali//e
MDIC s/ a LEGENDA
Existem processos de diálogo Soc. Civil, academia e ca/os rias quali//e dos med/os
necessidade
com laboratórios públicos e mídias pressionam de uma pol Mudanças
Buscar financia/o
p/ atuar na área
empresas sobre desafios da Congresso industrial Casos c/ problemas Conflitos de inte- desejadas
inovação de quali//e são am- resse são conheci- Requisitos
plamente denuncia- dos e considerados
dos e conhecidos no debate Atores
Acionar MP Mapeamento Endosso às ações Formulação e Capacitação e Mapea-
em caso de pesquisas do GTPI que divulgação de apropriação mento de Ações Idec
descum- existentes e envolvam confli- crítica às mudan- do tema de parceiros Mapeamento e denúncia confli- Objetivos
primento sistematização tos de interesse e ças incrementais inovação em que sabem tos interesses entre indústria,
do CAP de evidências preços como inovação saúde s/ o tema médicos, governo e ANS

4
IDEC – PROGRAMA DE SAÚDE OFICINA DE REVISÃO DA ESTRATÉGIA DO PROGRAMA - MAIO / 2018

REGULAÇÃO / PLANOS DE SAÚDE


Empresas adotam práticas de mercado e condutas mais transparentes, éticas e que respeitam o CDC

Planos de saúde individuais e coletivos e as novas modalidades de Usuários de planos de saúde têm acesso tempestivo aos servi- LEGENDA
serviços privados estão regulados com transparência e regras claras ços de alto custo e/ou complexidade necessários
Mudanças
Papel do IDEC: desejadas
Oposição quialifi- MP realiza Práticas são 2º Opinião/narrativa
ANS com gestão transparente e voltada ao bem 1º
cada à ANS TACs junto sistematicamen- cciclo pública fortemente Requisitos
estar da população exercendo poder coerciti- cciclo
vo/regulatório em relação às operadoras às opera- te investigadas e mobilizada pela Atores
doras punidas pelo mudança de práti-
TCU / MP/ JUD cas das operadoras Ações Idec
Espaços de Soc Civ capaci- Processos decisó- TCU e MP inter- Planos cole- Objetivos
controle social tada p/ parti- rios ANS são pelam ANS quan- tivos são
aprimorados cipar dos transparentes e to a problemas regulados
espaços insti- submetidos a na sua ação pela ANS Órgãos de Soc. Civil Soc. Civil Mídias ex- Classe médica inte- Influenciadores de
tucionalzados accountability regulatória controle desenvolve desenvolve põem práti- ressada e engajada mídias digitais reper-
instauram ações de ações de cas abusivas no debate de mu- cutem críticas e
Soc. Civil Soc. Civil inquéritos litigância Shaming dos planos dança das práticas demandas de mu-
questiona questiona sistematica- de saúde das operadoras dança de práticas
legitimidade consultas e Conflitos de inte- mente
da CAMSS audiências ACP
resses mapeados
públicas e expostos na
mídia (Shaming) Problemas p/ Relação médico- Existem pro-
médicos e paciente resga- cessos de
Lobby junto
OSC realizam prestadores tada como diálogo entre
Existem evidên- ao Legislativo
denúncias sobre são visíveis e parâmetro e OSC, médicos
cias de proble- Denunciar Mapeamento
práticas abusivas debatidos pontos de inte- e prest. servi-
mas no Procon conflitos de dos conflitos
interesse no de interesse resse mútuo ços
(suposição) Pesquisas nível
Senado / Co- A: critérios de Cremesp
missão de Ética Randolfe
decisões judici- Soc. Civil, MP e Defensoria articulados e AMD
Martha
ais e lacunas de Conselhos prof
Lobby junto Suplicy atuando em problemas específicos c/
informação
ao Legislativo estratégias conjuntas
sobre reajustes,
sinistralidade
Levantar evidên- Pesquisa de Ranking das Avaliar proposta do Desregulamentação, Fran-
quias e coparticipação Descredenciamento Reajustes
cias de más práti- qualidade agências PL das Agencias
cas regulatórias da regulatória Estratégia/Ações de Parcerias com univer- Mobilização de opinião pública e Shaming sobre os
classe médica Pesquisa tipo C sobre ACP
ANS comunicação sidades – bolsas de reajustes coletivos
Cremesp pesquisa ou outros critérios e freq de
CFM Levantamento de informações sobre alteração de redes Lobby junto Advocacy junto
*** AMB práticas abusivas e denúncias junto a ao Legislativo ao MP e ao TCU
Atualização de manual Levantamento de
Idec deve tomar decisão órgãos de controle e PFDC
dos usuários dos planos recursos humanos p/
s/ participação na ANS! de saúde realizar pesquisas PL 7419/2006 – Articulação
Estratégia/Ações de Incidência na defesa e construção de
comunicação uma nova metodologia de reajuste
para revisão do marco legal

Pesquisa e análise comparativa de boas práticas


5
IDEC – PROGRAMA DE SAÚDE OFICINA DE REVISÃO DA ESTRATÉGIA DO PROGRAMA - MAIO / 2018

3.3. Direcionamentos estratégicos


Foram destacados os seguintes pontos ao longo das discussões sobre a orientação estratégica da atuação nos
temas:
Qualidade regulatória/papel da ANS
1. O investimento histórico do Idec tem sido o de lidar com a questão da regulação estatal e tal abordagem
tem um papel relevante, mas também apresenta dois limites: a) a eficácia zero da atuação por dentro da
ANS; b) não abordar interpelar mais diretamente o papel das empresas em relação aos serviços;
2. A atuação no sistema regulatório deverá ser prioritariamente “meta” – atuação por fora, tentando influ-
enciar atores para questionar e incidir sobre os processos de regulação, ou “in” – atuando por dentro do
sistema buscando influenciar as normativas ou ele geradas. A participação “in”, por dentro da ANS em
especial participando na Câmara de Saúde Suplementar – CAMSS se mostrou totalmente ineficaz. Avalia-
se que o Idec deverá tomar no curtíssimo prazo uma decisão sobre a continuidade ou não desta partici-
pação, sem prejuízo de que se continue acompanhando as comissões técnicas para monitoramento de in-
formações;
3. A participação nas comissões técnicas é vista como um meio para acesso a informações e parte de uma
estratégia de ação “meta”: acompanhar as pautas e recolher informações que possam alimentar a ação
do IDEC junto aos atores que possam influenciar o sistema regulatório;
4. Ainda deve ter continuidade o trabalho em torno da regulação nos próximos anos (1º Ciclo), mas que
gradualmente, em aproximadamente 2 anos (2º Ciclo) deverá ter seu foco prioritário deslocado para o
trabalho em torno das práticas empresariais.
Novas práticas de mercado
5. A atuação na perspectiva de regular e aprimorar as novas práticas de mercado novas práticas de mercado
devem estar focada nos seguintes temas:
 Reajuste dos planos de saúde
 Descredenciamento e coberturas
 Desregulamentação e “incêndios/ emergências”
Medicamentos
6. Quanto ao trabalho com Medicamentos, a atuação e a definição de objetivos do Idec no tema depende-
rão da obtenção de recursos tanto para desenhar e implementar a médio prazo uma estratégia de inter-
venção quanto para a criação de capacidades e competências internas para atuação no tema;

Em termos gerais, as linhas/estratégias de ação no âmbito do programa consistem em:


 Informação ao usuário
 Mobilização e campanhas
 Litigância
 Pesquisas
 Lobby junto ao poder legislativo, MP e órgãos de controle

3.4. Objetivos 5 anos

Objetivo Geral: Empresas adotam novas práticas de mercado e condutas mais transparentes, éticas e que respei-
tam o CDC
Objetivos específicos do Programa de Saúde do IDEC para 5 anos:
Tema Objetivo Estratégicos
ANS com gestão transparente e voltada ao bem estar da população exercendo poder coerciti-
Qualidade Regulatória
vo/regulatório em relação às operadoras
Práticas lesivas aos direitos dos consumidores são sistematicamente investigadas e punidas
Novas práticas de merca-
pelo TCU / MP/ JUD
do
Opinião pública está fortemente mobilizada pela mudança de práticas das operadoras
Irá depender da construção de capacidades e de obtenção de apoio/financiamento para uma
Medicamentos
atuação significativa na área

6
IDEC – PROGRAMA DE SAÚDE OFICINA DE REVISÃO DA ESTRATÉGIA DO PROGRAMA - MAIO / 2018

3.5. Quadro Síntese da Estratégia

Tema Objetivos Subtemas Estratégias/ Linhas de Ação


Qualidade ANS com gestão Qualidade  Fim da atuação “in” – Saída da CAMSS e manutenção da participação nas comissões técnicas.
Regulatória transparente e regulató-  Avaliação do PL das agências
/ ANS voltada ao bem ria/ANS  Lobby junto ao Legislativo
estar da população  Pesquisa – ranking agências
exercendo poder  Ação Civil Pública
coercitivo/ regula- Regulamenta-  Atua “meta” – Atuar de fora da ANS para tentar influenciar sobre como se concebe e se pratica a regulação da ANS
tório em relação às ção dos pla-  Pesquisas nível A: critérios de decisões judiciais e lacunas de informação sobre reajustes, sinistralidade, etc.
operadoras nos coletivos  Atuação junto ao legislativo – lobby para a existência de regulação dos planos coletivos
 Campanhas e ações de comunicação
 Ação Civil Pública
Novas prá- Práticas são siste- Reajuste dos  Incidência na defesa e construção de uma nova metodologia de reajuste (por fora e dentro da ANS)
ticas de maticamente inves- planos de  Ação Civil Pública
mercado tigadas e punidas saúde  Lobby junto ao Legislativo
pelo TCU / MP/ JUD  Advocacy junto ao MP e ao TCU
 Campanhas e ações de comunicação
 Shaming sobre os reajustes dos planos coletivos
Opinião pública
fortemente mobili- Descredenci-  Tema e Estratégia emergente – Pesquisa tipo C: levantamento (junto à ANS e ao mercado) e difusão de informações
zada pela mudança amento e úteis ao consumidor sobre alterações de redes (freqüência de solicitação de alterações, critérios e sentido das mudan-
coberturas ças) – construção de índice de alteração de rede das 10 maiores operadores
de práticas das
operadoras Desregula-  Atuação junto ao Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Saúde em torno do tema franquias e coparticipação
mentação,  Pesquisa e análise comparativa de boas práticas em franquia e coparticipação
Franquias e  Levantamento de informações sobre práticas abusivas e denúncias junto a órgãos de controle e PFDC
coparticipa-  Mobilização de opinião pública e classe médica
ção e “incên-  PL 7419/2006 – Articulação para revisão do marco legal
dios”  Manual de usuário dos planos de saúde
SUS Informação  Manual e orientação sobre como utilizar o SUS e reclamar
ao usuário
Orçamento  Engajamento em redes e coalizões pela revogação do Teto de Gastos
 Comunicação institucional ampla sobre os impactos para os cidadãos do Teto de Gastos
 Apoio como amicus curiae a ações judiciais contra o teto de gastos
 Ação junto ao MP para TAC para pagamento de ressarcimento ao SUS por parte dos planos privados
Medica-
Irá depender da construção de capacidades e de obtenção de apoio/ financiamento para uma atuação significativa na área
mentos

7
IDEC – PROGRAMA DE SAÚDE OFICINA DE REVISÃO DA ESTRATÉGIA DO PROGRAMA - MAIO / 2018

4. Monitoramento e Avaliação (a desenvolver)

Tema Objetivo / Pergunta Indicadores Observações


Acato de recomendações formuladas pela sociedade
civil
Qualidade
Qualidade da participação da sociedade civil nos
regulatória
colegiados da ANS
/ANS
Divulgação de informações sensíveis, acessíveis e
sistemáticas sobre medicamentos e reajustes
Regulamenta- Existência de uma regulação para os planos coletivos
ção planos
coletivos
Incidência na construção Existência de uma nova metodologia ligada à infla-
Reajuste de uma nova metodologia ção
(fora e dentro da ANS)
Desregulação/ Adoção de posição anti desegulamentação por parte
franquia e dos candidatos presidenciais e deputados
coparticipação Mudanças no marco legal
Descredencia- Existência de debate sobre a qualidade assistencial
mento e cober- na sociedade civil
turas

Você também pode gostar