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AS CARTAS DE AMORAMON

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PREFÁCIO GERAL
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As cartas de Amoramon tiveram origem há uns vinte anos. Elas se foram acumulando gradativamente à
medida que inúmeras pessoas lhe manifestaram suas posições espirituais, as quais, de alguma forma ou
outra, contrariavam os princípios e as revelações de Deus aos povos modernos por meio do profeta,
vidente e revelador Joseph Smith, o primeiro presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias.
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Naquela época, duas décadas atrás, este autor ainda não havia assumido o pseudônimo Amoramon, mas
ao publicar este trabalho agora em 1995, fez com que o mesmo viajasse no tempo, para os idos 1975 e
assinasse aquelas primeiras cartas.
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Elas foram dirigidas tanto a pessoas reais quanto imaginárias; algumas delas leram as missivas, outras
jamais as lerão. Mas considerando que todos nós temos um pouco do pensamento dos outros, as cartas são
dirigidas a todos os homens e mulheres que possam pensar como aqueles que motivaram Amoramon
a lhes escrever.
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O objetivo do autor ao publicar este trabalho é abrir sua boca e declarar a Restauração do evangelho de
Jesus Cristo - o evangelho do reino, para diferençar do evangelho segundo o mundo.
O primeiro é o do reino porque completo e incorruptível; o segundo é do mundo porque incompleto e
corrompido entre miríades de denominações.
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Amoramon, nos seus já muitos anos de vida, aprendeu a não ter mais ilusões com os homens, nem com os
crédulos nem com os incrédulos; convenceu-se da grande verdade contida nas palavras de um profeta
moderno :
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"O maior milagre de Deus não é mover rios e montanhas; é mudar o coração dos homens".
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Quão grande é esse milagre, Amoramon pode dar testemunho pessoal, pela mudança que Deus processou
no seu coração.
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Os crédulos aprendem a crer naquilo que querem acreditar em vez de naquilo que Deus gostaria que
acreditassem - eles não tomam conhecimento de que existe uma fé que agrada a Deus e que, em
decorrência, há outras fés que não agradam.
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Pois a fé é a firme esperança nas coisas que não podemos ver e que são verdadeiras. Isso revela que
podemos ter fé em coisas que não são verdadeiras.
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Mas, se a escritura afirma que a fé é um dom de Deus, perguntamos: Como Ele nos daria o dom de ter fé
naquilo que não é verdadeiro?
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Os crédulos simplisticamente dirão: Se tenho fé nisso ou naquilo é porque recebi de Deus o dom de crer
nisso ou naquilo.
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Ledo engano ! Deus apenas nos dá o dom de crer, o poder de crer ou de descrer nas coisas do espírito. O
alvo para onde direcionaremos nosso poder de fé é, porém, coisa bem mais complexa e arriscada, pois é
parte inerente de nossa provação mortal; é algo que implica em sério esforço espiritual, busca, estudo e
oração; é algo que está muito além da comodidade espiritual transmitida pelas tradições recebidas de
nossos genitores e progenitores; é algo muito mais sério do que a leviandade espiritual humana imagina.
A verdade de Deus não pode ser encontrada no comodismo das tradições seculares; ninguém pode
encontrá-la com um coração leviano. Sem revelação pessoal, nenhum homem pode saber que aquilo que
crê é do agrado de Deus.
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Deus sabe disso, o demônio também o sabe; só o homem não consegue aprender.
É por isso que o profeta moderno disse aquela verdade trágica - pois o coração humano permanece
escravo das tradições erradas, ele ama aquilo que o escraviza; luta contra Deus inconscientemente e
impede que Ele mude o seu coração ... para poder exercer a fé que agrada a Deus.
Não fosse este exatamente o drama espiritual humano, e então não haveria razão para uma restauração de
todas as coisas (Atos 3: 19-23).
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“Eis que ponho diante de ti o bem e o mal, a vida e a morte; escolhe pois o bem, para que vivas, tu e a tua
descendência". (Deut 30:19).
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“Não acredites numa coisa simplesmente por ouvires dizer; não acredites debaixo da fé em tradições, pois
elas são veneradas há numerosas gerações. Não acredites em nada através da autoridade dos teus mestres
e sacerdotes unicamente. Crê naquilo que tu mesmo experimentares, provares e reconheceres como
verdadeiro, que esteja de acordo com o teu bem e o dos outros, e então conforma tua conduta a isso".
(Buda, 500 a. C.).
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Dessa forma, AS CARTAS DE AMORAMON têm por objetivo ajudar aos que buscam a verdadeira fé, o
caminho verdadeiro para o encontro com Deus.
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FIM DO PREFÁCIO
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ÍNDICE TEMÁTICO
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Prefácio Geral...................................................................................................................................0

O evangelho não é algo subjetivo; é tão concreto quanto o corpo ressurreto de Cristo; a religião
verdadeira é encontrada por revelação............................................................................................objetivo

Um prefácio à carta 2............................................................................................................................Ivan

O livre arbítrio é um dom de Deus ao homem, autêntico e eficaz........................................................arbítrio

O urim e tumim, a maçonaria, Joseph Smith foi maçom?.........................................................urim e tumim

As palavras a serem usadas na ordenança do batismo da água................................................ordenança

A verdade sobre a reencarnação; a consulta aos espíritos................................................contaminação


A castidade científica da gnose; o satanismo da doutrina...............................................................gnose

O poder dos preconceitos sobre nós; as tradições religiosas dos nossos pais;
o Livro de Mórmon; a Bíblia é necessária mas não é suficiente..............................................preconceito

A veracidade do relato de Joseph............................................................................................testemunho

A Igreja de Jesus Cristo não pode agir como as outras igrejas..............................................rígidos

Um padre católico faz declarações que desacreditam sua igreja.... o padre ....o pressuposto ......a questão
...finalização

A fragilidade da posição assumida por um amigo da fé católica...............................................igrejas


intelecto.........................bater................a razão........imaturo..................................despedida

A Igreja de Jesus Cristo tem um programa revelado para estabelecer a Sião de Deus na terra; ele não é
apenas um sistema de assistência social.........visita ...... perplexidade..........caridade .................... nação santa

Convidando um ateu a refletir.....................................................................................................................o ateu

Os "sábios" de Oxford corrigem a Bíblia.............................................................................................a loucura

Perguntas e respostas capitais sobre o Plano de Deus.........perguntas.............respostas........ .mais respostas

Como seria o mundo sem Jesus Cristo?...........................................................................................o significado

É possível crer em anjos operando neste século científico?......................................................................anjos?

Carta a um anticristo moderno.............................................................................................................. anticristo

A Primeira Epístola de Pedro, vs. 18-20.........................................................................................a epístola

O que Cristo e toda humanidade vieram fazer na terra?.......................................................por que viemos?

O grande ministério do erro e da iniqüidade, revestido de santidade.................................................abertura


a sucessão ......... abominável ........ resumo ...... 350 papas .. apostasia celibato .... paganismo .. tirania .... a
papisa .... cadeira furada ..... Gregorio II

O Vale da Decisão.................. sabatismo ..................... o demônio ......................... escrituras ............... tolice

Na ressurreição, os filhos deste mundo não se casam nem elas se dão em casamento. Há erros nas
traduções de nossas Bíblias?............................................................................. saduceus casamento eterno

Os Códigos da Bíblia...................................................................................................................................códigos

Posfácio

CARTA 1
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Prezado amigo Nelson
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Li com atenção o seu trabalho, como poderá constatar no comentário que aqui faço.
Suas palavras: "...Não falo em nome de nenhuma religião e sim de minha consciência, sem qualquer
sectarismo, que abomino."
"A união ( com Deus) é um fato objetivo, mas a consciência dessa união é uma sapiência subjetiva (pessoal)
de cada um."
"... ao terceiro dia, sua matéria se desintegrou e Ele apareceu ressurreto aos discípulos, em corpo fluídico."
"A única distinção entre Jesus e nós outros é que ele era plenamente consciente de sua realeza Divina divina
..."
Caro amigo, peço que meça com bastante atenção as palavras que lhe estou enviando:
Jesus não creu nem fez tudo o que fez subjetivamente; tanto sua fé quanto suas obras foram e continuam
a ser objetivas. Tão constatáveis quanto a tangibilidade do seu corpo ressurreto -
"Vêde minhas mãos e pés, sou eu mesmo; apalpai e vêde; um espírito não tem carne e ossos como vêdes
que eu tenho"... "Tendes aqui alguma coisa para comer?"; "Ele tomou (um pedaço de peixe assado e um
favo de mel) e comeu à vista deles" (os apóstolos). Lucas 24: 39-43.
"Chega aqui com teu dedo, e vê as minhas mãos. Vem com a tua mão e mete-a no meu lado"
(testemunho de toque dado a Tomé). João 20:27.

O corpo de Jesus, depositado no túmulo, não se desintegrou ou desfez. Foi mudado para o estato
ressurreto por infusão do Espírito. A carne e os ossos passaram a ser vivificados pelo Espírito, e não mais
por sangue e água como os corpos mortais que temos.
Jesus ensinou e fez todas essas coisas, como você diz de si mesmo, pelo concurso de Sua consciência (a qual
era a consciência do Pai, pois eles são como um).
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Para que a nossa consciência esteja em unidade com a consciência Deles, é preciso que digamos as mesmas
coisas que Jesus disse usando a Sua .
Ou isso ou não estaremos juntando com ele e sim espalhando o seu rebanho potencial.
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Se Jeová ensina por Isaias que o Servo seria enviado para ensinar aos homens a verdadeira religião, a
verdadeira aliança (ver o capítulo 42 de Isaias), então, é preciso que aprendamos a falar no nome de Jesus
e propagar a religião verdadeira que ele veio ensinar por mandato recebido do Pai.
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Se essa religião, se a aliança nela ensinada, fosse apenas aquilo que vai na nossa consciência individual,
então, ela seria a coisa mais subjetiva existente no mundo. Ela seria equivalente àquele mesmo "bom
senso" da frase irônica de Descartes:
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"Nada há melhor distribuído na humanidade do que o bom senso, todos estão satisfeitos com o que têm."
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Poderíamos parodiá-la assim: Nada há melhor distribuído pela humanidade do que a "Religião
verdadeira" ensinada por Jesus, todos estão satisfeitos com a idéia que formam dela.
Que enorme caos seria a verdade de Deus! Uma verdade para cada consciência ! Cristo teria vindo em vão
para ensinar a verdadeira religião !
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Caro amigo, as nossas intuições estarão sempre associadas com as escolas da vida que nos tenham
influenciado e imperceptivelmente tenham moldado a nossa consciência.
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Melhores escolas, resultarão em novos dados de conhecimento ... novos enfoques ...novas perspectivas ...
novos posicionamentos ... novas reconsiderações, releituras ... arrependimento ... maior progresso no
entendimento do Cristo.
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A religião verdadeira, foi, é e sempre será uma religião revelada objetivamente ao indivíduo, desde uma
única fonte e por um mesmo Espírito. Ela não foi planejada por Deus para apenas ser intuída
subjetivamente pelo espírito humano, mas sim comunicada com poder do Alto ao coração e mente do
homem.
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Se não fosse dessa maneira, Deus não passaria de algo subjetivo, indefinido, sem existência concreta no
Espírito Santo. Ele seria tão variável quanto às consciências individuais.
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Realmente é como você diz: O Espírito de Deus está em nós, mas a maioria da humanidade jamais chega a
entender o que é estar em unidade com Ele... Porque estão todos satisfeitos com seu bom senso e a idéia
particular que formam de Deus...
"Não procuram ao Senhor para estabelecer a Sua justiça, mas cada um segue o seu próprio caminho;
segundo a imagem do seu próprio deus, cuja substância é a de um ídolo que envelhece e perecerá na
Babilônia, na grande Babilônia que cairá...."
(palavras de Jesus Cristo no prefácio de um dos nossos livros canônicos)
Maio de 1995
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PREFÁCIO DA CARTA AO IVAN
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Esta carta visou demonstrar ao Ivan os erros constantes no livro "Crescendo em Graça", o qual, ele pediu
que eu lesse e comentasse.
Os erros são de tal modo grosseiros que o título deveria ser mudado para "Crescendo em Desgraça".
Está ali declarada uma doutrina diametralmente oposta à da Bíblia em muitas passagens fundamentais.
Por exemplo:
É ensinado que Adão perdeu o livre-arbítrio ao pecar enquanto estava no Jardim do Éden; em
conseqüência todos nós também perdemos esse poder de escolha e ficamos subjugados pela força do
destino, estamos submetidos à fatalidade.
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Diz que nosso destino já está traçado desde o nascimento; até mesmo desde antes do nascimento. Pois
quem não teve na pré-mortalidade seu nome escrito no Livro da Vida, jamais conseguirá escrevê-lo agora,
pelas obras realizadas na vida mortal.
Diz que nossas "escolhas" não são realmente livres; que elas são conduzidas; que não podemos mudar
nosso destino e que ele já está definido desde o nascimento.
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É verdade que alguns dos filhos de Deus se anteciparam na grande honra de terem seus nomes escritos no
Livro da Vida desde antes da fundação do mundo; pela grande fé e boas obras realizadas antes mesmo de
nascerem. Eles vêm à terra, tanto para confirmarem sua eleição e ganhar acréscimo de glória, quanto para
ajudar os menores a obterem melhoria de estado na provação deste mundo.
Essa é a razão do evangelho ser pregado à toda criatura "Quem crer e for batizado será salvo; quem não
crer será condenado".
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Evidentemente, quem não crer não será batizado. Quem apenas crer e não consentir em ser batizado,
estará tão condenado quanto aquele que se deixa batizar sem crer.
Os dois requisitos são complementarmente inseparáveis, ou seja , um não tem valor sem o outro. E isso é
dito dessa forma, em trocados, para deixar sem desculpas os tolos que dizem que a exigência do batismo
era somente para os judeus; que para os cristãos o crer é o suficiente.
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Há insensatos que conheço, os quais, declaram que o batismo de João ( o da água) era apenas para os
judeus; que para os cristãos não é necessário o batismo de João e que o batismo de fogo e do Espírito
Santo é o necessário e suficiente.
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Como alguém poderia ser salvo, como Cristo declarou, sem ter, a partir da provação deste mundo, seu
nome escrito no Livro da Vida?
De que serviria ensinar o evangelho à toda criatura, se a grande maioria delas não teve seu nome escrito
no Livro da Vida desde antes da fundação do mundo?
Se somente os poucos que tiveram seus nomes escritos desde lá, fossem capazes de crer no evangelho,
quando pregado do lado de cá do véu; de que serviria Jesus ter ensinado aos apóstolos que o evangelho
deveria ser pregado à toda criatura?
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Quanto erro com ares de sabedoria é pregado neste mundo!
Quantos filhos de Deus se deixam engabelar pelos falsos pastores!
Venham aprender a teologia que Jesus Cristo ensina aos membros de Sua Igreja e vençam o poder que
Lúcifer tem sobre as mentes, porque ...
O Filho de Deus foi mandado ao mundo para destruir as obras do diabo.
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NOTA DO PREFÁCIO DESTA CARTA AO IVAN
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Estas palavras agora escritas foram aqui colocadas no momento em que fizemos a última revisão deste
livro.
Elas são inteiramente dirigidas às pessoas que eventualmente possam ter o comportamento mental e
espiritual que teve o Ivan; e que causou o seu afastamento da Igreja logo depois de ter recebido o
sacerdócio de Melquisedeque.
Por que afinal isso aconteceu, se ele era tão bem relacionado com a maioria dos irmãos?
A minha conclusão pessoal foi a seguinte:
Ele não freqüentou as aulas do sacerdócio, não procurou entender a doutrina da Igreja nem as grandes
razões de Deus para restaurá-la à terra.
Em vez de escudar o seu espírito com a armadura do poderoso e maravilhoso conhecimento verdadeiro do
evangelho restaurado, começou a ouvir as pregações segundo os pastores do mundo. A conseqüência
direta disso é que se deixou superar.
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Para mim foi muito triste ouvir de sua boca a declaração de que deixara nossa Igreja e batizara-se na
Igreja Metodista porque o que verdadeiramente queria era louvar a Deus!!!
Ele, inconseqüentemente abandonou a Igreja que o Senhor Jesus Cristo restaurou, para que o homem
pudesse em verdade e justiça louvar a Deus; pela obediência estrita ao Seu Plano de Salvação e portando a
honra inavaliável do Seu Sacerdócio.
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O Ivan decidiu jogar fora, como se de nada valesse, toda essa oportunidade maravilhosa que o Senhor lhe
deu... para ir "louvar" a Deus numa congregação falsa e alheia ao poder e autoridade do sacerdócio de
Melquisedeque.
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O que ele entende por louvar a Deus? Será por acaso elevar as mãos para o alto durante as reuniões e
dizer em voz alta ALELUIA! ALELUIA! , incentivado pelos falsos pregadores das igrejas do mundo?
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Será que o Ivan ainda recuperará a razão; antes que se abata sobre ele a noite tenebrosa em que nada
mais poderá fazer por sua alma?
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É Jesus Cristo quem nos adverte:
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-"Aquele que quebra este convênio (do sacerdócio) depois de o ter recebido, e inteiramente se desvia dele,
não receberá remissão dos pecados nem neste mundo nem no mundo vindouro" D&C 84: 41
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A carta que segue foi a que escrevemos ao Ivan quando ainda não imaginávamos que ele iria nos
abandonar em breve. O abandono da Igreja foi produto dos seus contatos com os falsos pregadores e do
seu despreparo para superar as falsidades doutrinárias... ele insistiu em freqüentar outras igrejas e acabou
trocando ouro por barro.
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CARTA 2
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Prezado Ivan
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Há um erro fundamental no livro "Crescendo em Graça". Esse erro leva o autor a interpretar as
escrituras que ele mesmo cita, de forma deturpada. Não compensaria discutir uma por uma suas
afirmações e interpretações.
Basta demonstrar esse erro básico e tudo o mais virá abaixo.
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O LIVRE-ARBÍTRIO - Vou começar citando Deuteronômio 30:14 e 19:
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"Mas esta palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração: e tu a podes cumprir... ponho diante de ti
a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe pois a vida, para que vivas com a tua posteridade,
amando ao Senhor teu Deus, obedecendo à sua voz e permanecendo unido a ele ..."
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Quando no versículo 15, o Senhor associa a vida com o bem e a morte com o mal, está pondo diante do
homem a possibilidade de escolher entre os dois, de fato e de direito; e não apenas "fazendo de conta" que
o homem esteja escolhendo por si mesmo.
Mas Deus nos aconselha a escolher o bem. O homem não pode é ser livrado das conseqüências da escolha.
Se escolher o mal, não será atraído pelo Pai e conduzido a Cristo ... e se não for através de Cristo não
poderá chegar ao Pai. Porque o único caminho para Ele é através de Cristo. Portanto, ao atrair o homem
para Cristo, o Pai o está conduzindo a Si mesmo. Isso é autêntico, justo e verdadeiro.
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A vontade expressa por Deus é a de que escolhamos o bem e a vida, mas a história do homem, é uma prova
de que, a grande maioria escolhe o mal ...
"mas o homem amou a Satanás mais do que a Deus".
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Se ele não faz a má escolha por responsabilidade própria, quem é o responsável por ela? Se o homem
recebe maldição quando vai pelo caminho do erro, onde estaria a justiça e a verdade, caso ele fosse
inimputável, irresponsabilizavel diante de Deus e de Sua lei revelada?
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Se a iniciativa de conduzir ao bem fosse só e exclusivamente de Deus, sem nenhuma participação autêntica
da vontade individual do homem, então, a palavra em Deut 30 que acima consideramos, seria nula; pior
do que isso, seria falsa ... e Deus deixaria de ser Deus; teria nos enganado, passaria a ser um demônio, ou
um agente do demônio, encarregado de nos confundir e levar ao inferno.
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Nessas condições inaceitáveis, o autor do plano, estaria fazendo maldições caírem sobre a cabeça de
inocentes, de seres inimputáveis, por não saberem o que fazem.
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Acontece que Cristo pediu ao Pai que perdoasse àqueles que lhe faziam tão grande mal sem saberem o
que faziam, e não aos que tinham por dever de conhecimento a obrigação de saber. Portanto, se maldições,
indiscutivelmente têm caído sobre nós, é porque nossas escolhas são autênticas, quer para o bem quer para
o mal.
E Deus continua a ser Deus.
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O grande fato é que o Pai não atrairá para si (através de Cristo), a nenhum homem que deixe de escolher o
bem para seguir as sendas do mal.
O que Deus faz , sem anular o poder de escolha que nos deu, é nos mostrar que seguimos pelo caminho do
erro, quando e da forma que julgar apropriados.
Podemos citar muitos exemplos, como o caso de Saulo de Tarso, os filhos de Mosíah, os profetas Jonas e
Balaão etc. As maldições que têm caído sobre os judeus ao longo dos relatos do Velho e Novo Testamentos,
a história dos nefitas e lamanitas, e muitas mais.
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Sem dúvida, essas ajudas de Deus não quebram nosso poder de continuar escolhendo o mal, se assim o
quisermos. A história está aí e contra fatos não há argumentos.
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O fato do Espírito de Cristo lutar para conquistar-nos por suave, medida e justa influência, significa que
ele jamais subjugará a vontade do homem à Sua vontade; jamais tirará dele a responsabilidade da escolha
que fizer.
Se assim não fosse, Deus é quem seria responsável por todo o mal que o homem causa. Cristo disse: "Os
escândalos são inevitáveis, mas ai de quem os causa".
Ai do homem, portanto ! Que absurdo seria se fosse Ai de Deus!
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Ao negar que o homem tenha o livre arbítrio, neste sentido bíblico que acabamos de considerar, o autor
que analiso, entra por um terreno de autoconfusão espantoso.
A escritura fica toda invertida, de cabeça para baixo. Tiro meu chapéu para Satanás ... pelo que ele
consegue fazer com a cabeça de um homem que se diz ministro de ministros de Cristo, e que consegue
deturpar ainda mais o que os seus evangélicos já ensinam errado !
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O autor outorga a si mesmo as palavras de Cristo dirigidas especificamente aos apóstolos e setentas que
comissionou e deu autoridade e poder para irem por todo o mundo conhecido pregar o evangelho.
Em conseqüência direta e blasfema desse erro, ele se auto-constitui sacerdote.
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Os que cumpriram toda a lei do evangelho no meridiano dos tempos e foram reconhecidos por Cristo, são
nivelados aos pastores auto-proclamados, que jamais cumpriram os requisitos da justiça revelada!
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Nessas condições, como poderão ensinar ao povo o Plano de Deus?
Isso é impossível! Só podem mesmo é ensinar o plano do diabo!
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Naturalmente, o diabo sabe usar muito bem o nome de Cristo, ele é insuperável pelos que não são guiados
pelo Espírito do Sacerdócio de Melquisedeque
( O Sacerdócio Segundo a Ordem do Filho de Deus).
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A interpretação do autor na p.6, no referente a Apo 17:8, é desastrosa.
Em verdade, essa escritura nos ensina que houve alguns que tiveram seus nomes inscritos no Livro da
Vida,
desde antes da fundação do mundo.
Portanto, houve aqueles muitos que não tiveram essa bênção inscrita desde lá.
Mas que vieram à terra mortal lutar por ela. É exatamente por isso que o evangelho é pregado aqui na
terra,
é por isso que está escrito daquela forma em Deut 30.
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Dessa forma, os que não conseguiram essa grande bênção lá, ainda poderão conseguir aqui. É isso ou o
evangelho terá sido pregado em vão.
É pelo fato de Saulo de Tarso ter tido o seu nome inscrito no Livro da Vida desde lá, que ele foi chamado
com poder; para que se pudesse livrar das correntes do erro e cumprisse a missão para a qual fôra
preordenado
antes de existir o mundo.
O seu erro não era o zelo que tinha por Deus, mas sim um zelo sem discernimento.
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Na p.8, em razão daquele mesmo erro fundamental, ao falar sobre Adão, o autor cria outra terrível
confusão mental nos homens simples. Chega ao ponto de afirmar que Adão perdeu o livre arbítrio depois
que pecou e morreu espiritualmente!
Ora, a escritura diz que Adão passou a conhecer o bem e o mal depois que cometeu a transgressão do fruto
proibido, e que nessa nova situação de conhecimento passou a ser como Deus.
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Deus providenciou para que ele não vivesse para sempre em seus pecados, impedindo com poder o acesso
à árvore da vida. Portanto, Deus considerou que haveria a possibilidade de Adão servir-se da árvore por
vontade própria, contra a vontade de Deus de que ele deveria morrer fisicamente; ou não teria usado
ostensivamente poder para impedir que isso acontecesse.
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Adão nunca deixou ou deixará de ter livre arbítrio, apenas não pôde desfrutar dessa capacidade durante o
tempo em que foi posto na terra sem que a lei de obediência lhe fosse revelada (período de vida em que ele
era inimputável ou incapaz de decidir-se por uma ou outra coisa).
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O poder da escolha é uma faculdade eterna da inteligência; mesmo em potencial, ele reside nela e ela no
espírito do homem. Mas o exercício dessa faculdade só começa quando nossa inteligência é colocada diante
de oposições, que fazem nascer as opções. Não há opções enquanto uma lei criadora de opções,
determinante de bem e mal, certo e errado, não for comunicada por poder mais alto de Quem conheça por
Si mesmo a lei, as opções e as conseqüências das escolhas.
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Deus não poderia fazer-nos como Ele é sem nos revelar a lei do evangelho.
Ele não poderia ser bom e justo, se não nos ensinasse o caminho para obter as Suas melhores bênçãos, se
não mostrasse as conseqüências de não seguirmos esse caminho mais excelente.
Portanto, o único caminho que Ele nos ensina é o do Reino Celestial. É por isso que não há um evangelho
para o Reino Terrestrial nem outro para o Reino Telestial.
O caminho para esses reinos inferiores é produto de conseqüências das más escolhas. É o que Deus pode
fazer de melhor por aqueles que se negam a obter o que Ele tem de mais excelente.
-
Deus não poderia desejar para nós menos do que o Reino Celestial. Sua vontade é que todos nos
habilitemos a ir para lá. Se a grande maioria da humanidade vai para onde Deus gostaria que não fosse, é
porque o faz por vontade própria, é porque tem poder autêntico para escolher o que quer, o que não quer
ou o que não faz questão
de ter, devido ao preço exigido em sacrifício de ilusões temporais.
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Acontece que se Deus não influenciasse comedidamente o homem para que ele se dispusesse a obter o que
de melhor tem para ele, seria um Deus indiferente quanto ao estado final e eterno dos seus filhos.
Ao mesmo tempo, se essa influência por ação do seu Espírito, passasse de certos limites críticos, ele seria
tornada em compulsão, coisa incompatível com a verdade e a justiça divina e a dignidade do espírito
humano.
O plano passaria a ser o de Satanás (levar os homens ao reino Celestial por compulsão), caso em que a
livre escolha não existiria, o homem jamais seria como Deus é. Não passaria de um títere, "uma vaquinha
de presépio" por toda a eternidade.
-
Por tudo o que dissemos até agora, podemos concluir: Ou o homem é livre autenticamente para escolher,
ou esse Deus que o criou não passa de um demônio mentiroso e injusto.
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Quem prega que o homem não tem verdadeiramente esse poder de escolha (sabiamente dado por Deus),
prega o plano de Satanás.
Sabendo ou não do mal que faz, esse é o fato: promove injustiça, deturpa o evangelho, confunde os filhos
de Deus, atribui a Deus a doutrina do diabo, ensina blasfêmias aos homens simples, puxa para baixo, para
o nível rasteiro do seu entendimento os grandiosos caminhos, razões e entendimento de Deus.
Tal homem seguirá seguramente para sua estação no inferno, e conduzirá para o mesmo buraco todos os
que ouvirem a verdade mas escolherem crer no grande mal dos seus ensinamentos.
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Enfim, caro Ivan, se o fundamento é cego, falso e blasfemo, toda a interpretação particular que e o autor
faz das escrituras, leva a essas terríveis conseqüências. Deus deleita-se com a clareza do que ensinamos, o
demônio deleita-se com quem difunde a confusão da Palavra. Você tem a radiante doutrina do
Sacerdócio Segundo a Ordem do Filho de Deus.
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Você foi chamado para aprendê-la e ensiná-la aos homens, e não para se deixar confundir pelos falsos
pastores. É uma guerra de inteligência, ela tem muitas batalhas. Vençamos mais esta.
Até breve.
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CARTA 3
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Prezado irmão Antônio da distante João Pessoa
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Finalmente hoje entreguei minha declaração do I.R. com quem vinha lutando já desde a semana passada.
Eram 16:00 horas quando me sentei com os dois primeiros volumes da Comprehensive History of The
Church, de B.H. Roberts; Mormon Doctrine de Bruce R. McConkie e o Espírito de Deus, para escrever
alguma coisa sobre as perguntas que me fez sobre Urim e Tumim e sobre a condição de Joseph e Hirum
Smith como maçons.
Como você pode notar pelo cabeçalho e a numeração de página, ao responder, já estou acrescendo mais
páginas ao meu livro das cartas.
As questões que levantou são bastante importantes para justificar mais esta "epístola de Amoramon".
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O URIM E TUMIM
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De Mormon Doctrine recolhi o seguinte: São pedras especiais que os anjos entregam a profetas escolhidos,
com o propósito de receberem revelações especiais e fazer interpretação de registros antigos escritos em
línguas desconhecidas. Com a permissão expressa de Deus, esses intérpretes podem ser passados a outros
profetas sussessores; são também chamadas pedras de vidente. As palavras urim e tumim são hebraicas e
estão no plural, significam: luzes e perfeições. Provavelmente uma delas é especificamente chamada as
luzes e a outra as perfeições. Antigamente (originalmente) elas eram carregadas num peitoral e junto ao
coração
(Exo 28:30; Lev 8:8).
Dado ao seu caráter sagrado essas pedras foram vistas por pouquíssimos mortais. Sem nenhuma dúvida
elas eram usadas desde antes do dilúvio 9 Exo 28: 30;
Num 27:21; Deut 33:8; 1 Sam 28:6; Ezra 2:63; Nee 7:65.
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O urim e tumim recebido por Joseph S. era o mesmo que foi portado pelo irmão de Jared 2.700 anos antes
de Cristo. Ele foi expressamente formado por Deus para a interpretação dos registros jareditas e nefitas
(d.C 10:1; 17:1; Éter 3: 27-28).
-
Depois da organização da Igreja, Joseph Smith não dispôs mais do urim e tumim, apenas da pedra oval de
vidente que encontrou quando fazia escavações sob contrato (ver O Evangelho Escondido, p. 166; 172-
174).
Esta última é que esteve sobre o altar do Templo de Manti ao ser dedicado, e não o urim e tumim como
alguns chegaram a pensar. A pedra de vidente está em posse da Igreja, o urim e tumim foram levados pôr
Moroni de volta ao esconderijo; provavelmente até que Deus decida revelar os dois terços selados do Livro
de Mormon. (Ver Doctrine of Salvation, Vol 3, p.225; J.S. 2:35; Mosía 8:13 e 28: 13-16; D&C 130: 6-11).
-
De Comprehensive History of The Church recolhemos:
O termo urim e tumim constitui-se também do peitoral, é o conjunto que toma esse nome; porém as
pedras são destacáveis (Vol 1, p.87).
-
A QUESTÃO DA MAÇONARIA
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O último apelo de Joseph Smith diante da morte iminente foi erguer os dois braços para o céu e dizer: "Ó
Senhor meu Deus". Para alguns, foi um grito maçon de desastre iminente, interrompido pela velocidade
dos acontecimentos, quando ele foi projetado para fora da janela da prisão por um balaço vindo da porta e
caiu no terreno da prisão. Para o historiador B.H. Roberts aquelas palavras foram um apelo ao seu Deus
e não à misericórdia humana dos eventuais maçons que fizessem parte da turba.(Hist. Church, Vol. 2.
p.287, nota.)
-
A despeito de que ambos os irmãos Smith fossem maçons, consta que Hirum tinha um grau maior na
Ordem. Esse era um fato, tanto quanto o de que entre os da turba de 100 a 150 agressores, havia alguns
que eram maçons e outros eram apóstatas da Igreja.
Eis o que pensa Amoramon de tudo o que se passou naquele momento crítico:

Se os dois irmãos, Joseph e Hirum, sabiam disso; se o grito de Joseph foi dirigido aos maçons que
eventualmente estivessem entre os da turba, isso só deporia contra a maçonaria. Seria melhor que, mais
coerentemente e "convenientemente", os maçons de hoje acreditassem que o apelo de Joseph foi feito a
Deus e não aos seus irmãos maçons que ajudaram no assassínio.
O apelo teria sido o seu último testemunho contra aquela ação nefasta, daqueles que julgavam estar
representando a maçonaria (mas, evidentemente não estavam) ou o seu último apelo nesta vida teria sido a
Deus?
-
Toda a força da lógica sã clama que Joseph dirigiu-se a Deus naquele cruciante momento, e não a uma
misericórdia que sabia não existir no coração dos seus assassinos.
-
Ao juntar-se à maçonaria, Joseph e Hirum visaram fazer parte de uma comunidade seleta de pessoas, de
propósitos elevados e que tivessem potencial para conhecer e aderir ao evangelho verdadeiro.
Não foi para ser iluminado com os conhecimentos teológicos da maçonaria que Joseph tornou-se maçon;
seu desejo mais profundo era ensinar o evangelho a alguns deles que se dispusessem a recebê-lo; além de
usar do prestígio que os maçons gozavam na sociedade, e ter uma melhor aceitação entre as pessoas mais
cultas.
-
Muitas pessoas superficiais na Igreja e que tendem a concluir as coisas apressadamente; só por exame
rápido das questões propostas pela oposição, acabam por deixar as dúvidas destrutivas da fé abalarem
suas convicções.
Os inimigos da Igreja estão em busca dos tais.
Algum tempo atrás fui convidado a assistir um vídeo-cassete produzido nos USA por uma organização
Batista assessorada por vários mórmons apóstatas que haviam passado pelos nossos Templos, o nome era:
"Os Mórmons e a Maçonaria", ou coisa parecida.
O início do filme era tão bem feito que parecia ser uma promoção do mormonismo.
-
Gradualmente as coisas foram mudando e feita uma associação fabricada entre os símbolos e cerimônias
maçônicas e os símbolos, sinais e a representação das penalidades que aprendíamos nas seções do Templo.
(as penalidades estão suspensas atualmente das nossas seções de endowments, por motivos que eu
particularmente imagino e exporei adiante).
-
Ao final, identifiquei umas oito inverdades flagrantes, mesmo tendo visto apenas uma vez o videocassete.
As ordenanças do Templo foram reveladas modernamente a Joseph Smith por Deus, aquelas mesmas que
os patriarcas conheceram e praticaram na perdida antigüidade.
O que restou daquelas ordenanças alcançou os nossos dias, embora muito deturpado pelos séculos de
modificações desautorizadas, erros humanos e supressão da revelação contínua de Deus aos seus profetas,
pela iniqüidade do homem.
-
Essas deturpações podem ser identificadas hoje por quem haja passado por nossos templos e conhece
algumas práticas de outras organizações religiosas humanas; que tenham algum objetivo de culto, e a
antigüidade necessária para ter alguma ligação com a longínqua verdade do passado.
Assim se dá com a maçonaria, o catolicismo e algumas religiões afro-brasileiras nos seus rituais e símbolos.
Todas Elas dão o testemunho de que algo no distante passado originou o que hoje elas praticam
deturpadamente.
Procurando bem, entre todas elas haverá algumas coisas, mesmo que sejam poucas, mas que são
decididamente comuns.
-
Por essas claras razões algumas de suas práticas têm uma longínqua aparência com as nossas. Acontece
que as nossas são as verdadeiras, porque Deus as restaurou.
É preciso que tenhamos consciência disso ou seremos confundidos pelo adversário.
Essas eventuais semelhanças distantes, só nos devem servir para dar o testemunho de uma verdade que
existiu mas que se perdeu pelos séculos.
-
Os tolos dirão que Joseph Smith copiou algumas ordenanças da maçonaria e as modificou um pouco aqui
e muito ali para dar aparência de autenticidade... Coitados deles quando estiverem de pé diante de Deus,
se lá chegarem antes de se arrependerem desses pensamentos!
-
No caso da maçonaria, talvez a maior semelhança conosco e que chegou até aos nossos dias, foi a questão
dos sinais referentes às penalidades que serão aplicadas por Deus aos que violam os convênios feitos no
Templo, que não respeitam a sacralidade deles e escarnecem da confiança que Deus neles depositou ao
revelá-los e ordenar que fossem mantidos sagrados.
-
Para mim este é o motivo pelo qual essa parte das ordenanças foi suprimido - para não desestabilizar os de
menor conhecimento e que possam ser confundidos com o trabalho do inimigo, como a matéria deletéria
contida no videocassete acima citado.
Para quem tem o conhecimento verdadeiro das coisas, assisti-lo é bom para conhecer as artimanhas do
diabo. Mas para quem não tem esse conhecimento o resultado pode ser uma queda fragosa.
-
É bom ser maçon?
Sim, é bom ... mas até certo ponto! E esse ponto é até que não comecemos a confundir as coisas; é bom até
aquele ponto em que saibamos exatamente onde estamos e para onde devemos caminhar.
Enfim, é bom sermos maçons desde que nossos motivos sejam os de Joseph e Hirum quando fizeram parte
da maçonaria.
-
Prezado irmão Antônio, espero que você como maçon que é, não se tenha ofendido com nenhuma palavra
que escrevi nesta carta. E que o Espírito Santo lhe dê o testemunho de que esta é a verdade sobre todos os
assuntos que me inquiriu. Agora estou inteiramente aliviado do dever de consciência que me impus, o de
responder às suas perguntas o mais rápido possível ... depois de me livrar do imposto à César

Rio de Janeiro, 26 de abril de 1996


-
CARTA 4
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Prezado Pedro

Você escreveu coisas curiosas sobre a conversa mantida com um motorista de taxi em São Paulo. Foi
interessante o como o diálogo entre vocês teve início.
Creio que a Bíblia velha e surrada que o motorista mantém à vista do passageiro, é exatamente para
induzi-lo à curiosidade e abrir espaço para entregar o recado do evangelho segundo ele conhece.
-
Mais curioso ainda no seu relato foram as palavras do motorista ao passarem em frente a uma capela
mórmon. Quando ele lhe disse ter pertencido àquela Igreja quando jovem, e que mais tarde afastou-se
dela, ao descobrir ser uma igreja falsa; pois batizavam as pessoas de forma errada: - "Os mórmons
batizam em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; enquanto a escritura em Atos dos Apóstolos
manda batizar em nome de Jesus Cristo".
-
Você disse na carta ter ficado surpreendido com aquela afirmação do dissidente,
e mais ainda com o desafio que lhe fez de mostrar nos Atos dos Apóstolos uma única vez sequer em que
um batismo tenha sido feito, que não haja sido no nome do Senhor Jesus; em vez de "No nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo".
-
Quando então você usou Mateus 28: 18-19 para mostrar a ele as palavras do Senhor ressuscitado:
"Ide pois, ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo", ele mais
uma vez fez o desafio acima, e declarou serem as escrituras contidas em Atos dos Apóstolos posteriores e
mais elucidadoras do que aquela passagem de Mateus.
Mostrou então a fotografia do "profeta" de sua nova igreja; em que ele aparece com uma luminosidade
sobre a cabeça enquanto prega à congregação!
-
Deu então ele a explicação "iluminada" do novo profeta para aquela aparente discrepância entre o que o
Senhor ressuscitado disse aos apóstolos anteriormente e o fato apontado em Atos dos Apóstolos, quanto às
palavras "corretas" a serem usadas no batismo. E disse mais, para compreender essa explicação do
"profeta" é preciso estar iluminado pelo Espírito Santo.
-
Dessa forma, o "iluminado" convence aos seus seguidores estarem na única igreja verdadeira na face da
terra; pois é ela a única que conduz o homem pelo reto e correto caminho do batismo; ela é a única que
batiza os seus membros no nome do Senhor Jesus!
-
Eis a luz adicional que mais este falso profeta alcançou, diz ele:
-
"Deus é um só em três manifestações diferentes, mas que no seu fundamento resultam no nome de uma só
pessoa. À essa divindade trina deve ser atribuído um nome pessoal; ela deve ser conhecida por um nome
próprio para que as coisas de Deus sejam feitas no nome dessa pessoa, e esse nome é Jesus Cristo!
A expressão o Pai, e o Filho, e o Espírito Santo não constituem um nome pessoal.
É por isso que o batismo verdadeiro passou a ser feito mais apropriada e corretamente como está em Atos
dos Apóstolos e não como em Mateus acima citado.
Uma era a forma usada antes de Jesus subir aos céus, mas outra é a forma depois disso, quando ele passou
de novo à trindade; mas agora com um nome próprio, pessoal e indestrutível.
-
O nome Jesus Cristo é o nome real de uma pessoa da trindade que se manifestou para unificar em si o Pai,
e o Filho , e o Espírito Santo. É por isso que os apóstolos ensinaram o batismo daquela forma".
Pedro, caro amigo e irmão de fé, não me admirei quando você escreveu ter sido apanhado de surpresa e se
ter sentido despreparado naquele momento para responder de imediato a essa avalancha de "luz negra".
-
Amoramon lhe agradece por ter apresentado mais este demônio que ainda não conhecia ... Amoramon vai
apresentar-se a ele envolto no manto do Espírito do Sacerdócio de Melquisedeque:
-
Vem então a sua pergunta: "O que eu diria se estivesse no seu lugar?"
-
-Confesso que nunca havia observado esse fato - de que em todo o texto contido em Atos dos Apóstolos,
não há alusão às palavras contidas em Mateus 28:18-19.
Isso também foi surpresa para mim. Mas não que me viesse a parecer qualquer contradição. Pois,
enquanto Mateus declarava as palavras definidas por Jesus para serem usadas no ato da ordenança,
portanto imutáveis, o autor de Atos ensinava outro ponto da doutrina:
-
Que a ordenança do batismo deveria ser feita em nome de Jesus. Para todos saberem que não poderia ser
feita em nome de João Batista, de Pedro, de Paulo, de Apolo ou outro qualquer nome dado debaixo do céu
a não ser o do Senhor Jesus Cristo.
-
O "iluminado profeta" de mais essa falsa igreja, ao estudar as escrituras, deve ter ficado como nós
ficamos, surpreendido com o mesmo fato.
Apenas nossas conclusões são guiadas pelo conhecimento que temos da doutrina do sacerdócio de
Melquisedeque e do testemunho do Espírito Santo e do conhecimento verdadeiro sobre a doutrina da
Trindade.
Eles nos levam ao entendimento de que não há nem contradição nem necessidade de explicações
misteriosas, como as dadas pelo falso profeta.
-
Sua dificuldade começa pelo fundamento - Ele não sabe nada sobre a verdadeira doutrina da Trindade.
Por isso, parte de uma referência errada para um erro ainda maior: Anular as palavras imutáveis da
ordenança do batismo ensinada pelo Senhor a quem ele diz amar (servir) mas nem sequer conhece.
Com isso ele torna nulo já o primeiro convênio do evangelho, para ele e para os incautos que o seguem.
-
Ao extrair as palavras : "Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" , as quais dão testemunho da
unidade de ação e de propósitos desses três personagens distintos e inseparáveis da Trindade, o
"iluminado" incorre em todas as maldições que Deus declara serão derramadas sobre a cabeça daqueles
que mudam seus estatutos, quebram a aliança eterna; que acrescentam ou retiram palavras das revelações
e convênios estabelecidos nos céus desde antes da fundação do mundo.
-
Pedro, se você um dia encontrar esse motorista (Que lástima! Ele disse ter sido membro de nossa Igreja
quando jovem), diga todas estas palavras.
Eu posso lhe garantir que ele preparou-se muito bem para dizer a você tudo aquilo.
-
Agora você também está preparado para oferecer-lhe a oportunidade de alcançar um melhor
entendimento ... Quem sabe voltará a ser um dos nossos como querem O Pai, e o Filho, e o Espírito Santo.
-
Escreva sempre que surjam dúvidas. Como você já me autorizou a incluir esta carta no meu próximo
livro, credito a você parte deste esforço que faço para esclarecer nosso povo. Com isso talvez evitemos que
muitas pessoas menos preparadas do que nós, caiam nos muitos engodos deste mundo.
O Senhor Jesus Cristo vem! E não demora!
Setembro 1995
-
CARTA 5
-
Prezado amigo Daniel
Quem melhor pode compreender o pensamento dos jovens senão aqueles que já foram jovens?
Podem eles inverter o processo, pretendendo compreender o pensamento adulto;
se a marcha da vida é começar jovem e terminar sempre mais e mais velho do
que se começou?
O mais Adulto de todos (Deus), nos compreende integralmente; conhece nossos pensamentos, todos os
perigos, desafios e perplexidades por que passamos neste mundo. Porque, antes de nós, já os viveu por Si
mesmo.
-
Quando e como um jovem passa a compreender um adulto?
- Somente quando deixa as coisas de jovem e começa a reconhecer-se separado do grupo etário dos que
agem como jovens; quando ele começa a pensar diferente e a se sentir deslocado, desenturmado, um
estranho no ninho.
Exatamente pelo mesmo processo que experimentou ao deixar de ser criança para tornar-se um jovem.
-
É verdade que essas transições não acontecem abruptamente, mas quando começam a insinuar-se na
mente, o fazem de forma inexorável.
Por mais que um adulto tente fazer uma criança ou mesmo um jovem pensar como ele pensa, a ver as
coisas na sua perspectiva, ele não consegue.
Porque o processo da vivência é gradual; embora dinâmico, só pode advir passo a passo.
Deus nos vê a todos, dos mais jovens e inexperientes aos mais velhos e experimentados nas coisas desta
vida, como simples criancinhas espirituais.
Isso, a despeito de nossas ferrenhas convicções e orgulho intelectual.
-
Contudo, pelos conselhos que nos dá, Ele nos vai levando em direção do obter a meta que nos designou:

"Até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o
estado de homens feitos, a estatura da maturidade de Cristo ... Assim já não seremos crianças atiradas de um
para outro lado e como joguetes de todo vento de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus
artifícios enganadores".(Efésios 4: 13-14)
"Vós perscrutais as escrituras julgando ter nelas a vida eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão
testemunho de mim. E vós não quereis vir a mim para que tenhais vida ... Como podereis crer, vós que
recebeis glória uns dos outros, e não buscais a glória que é só de Deus? Pois, se crêsseis em Moisés,
certamente creríeis também em mim, porque ele escreveu a meu respeito.
Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis nas minhas palavras?". (João 5:39-44)
-
As escrituras bíblicas nos trazem muitos conselhos de Deus, para que possamos ir passando do estado de
crianças espirituais, a um estado de maturidade, conforme o grau de comunhão que conseguirmos com a
mente de Cristo.
-
Prezado Daniel, Jesus Cristo ensinou aos apóstolos e eles a nós, o fato de termos um inimigo espiritual real
e operante, astucioso, ardiloso e sobretudo mentiroso.
Ele é um espírito que comanda legiões de espíritos, os quais agem em toda a terra cumprindo sua sina
maligna.
-
Para dar o testemunho extremo de Cristo e suas palavras, dos apóstolos antigos, entre 44 e 81 d.C.,
quinze foram mortos violentamente.
Deus permitiu que eles deixassem diante de nós esses poderosos testemunhos de sangue, para que os
pesássemos contra a variedade de falsas doutrinas maquinadas pela vaidade e orgulho dos homens e a
inspiração que vem das trevas.
-
Esse testemunho de sacrifício sangrento dos apóstolos é uma dádiva inavaliável de força e direção que
Deus nos concedeu; mas, ao mesmo tempo será um moto assustador de autocondenação diante do tribunal
de Cristo ...
Se nós entregarmos nossa confiança aos falsos mestres deste mundo e do além, que ensinam e agem contra
o testemunho dos apóstolos e profetas, os quais selaram com o próprio sangue as palavras que Deus os
mandou declarar ao mundo.
-
Quando Deus disse a Moisés que ensinasse aos israelitas que não deveriam consultar os espíritos dos
mortos, nem os adivinhos e pitonisas; para não se contaminarem com eles (contaminar com as doutrinas
que vêm da região dos mortos), é porque Ele sabe da profundidade da contaminação espiritual que essas
doutrinas trazem às nossas mentes, tornando-as inimigas inconscientes do verdadeiro Plano de Salvação.
-
A mensagem bíblica é inteiramente deturpada na interpretação particular de quem está contaminado
pela doutrina dos espíritos. Pois ela não tem qualquer semelhança com a doutrina do Espírito Santo,
quando ensina pelos patriarcas, profetas e apóstolos de Jesus Cristo, os princípios, a fé, as ordenanças e os
convênios estabelecidos por Deus com os homens. Sem o cumprimento dos quais, é impossível alcançar o
direito de usufruir de todas as bênçãos concedidas através da Expiação de Jesus Cristo.
-
A doutrina dos espíritos é uma cortina de fumaça que encobre as mentes; que distrai e aliena os homens
do entendimento de todas essas coisas essenciais, ensinadas por Deus desde a fundação do mundo por Seus
porta-vozes autorizados, os profetas.
-
Essa advertência de Deus é clara, direta, objetiva e insofismável. Ela deixará sem qualquer desculpa todo
homem que for advertido disso e, ainda assim, se deixar levar por essa via de doutrinas surgidas de
fundamento condenado tão formalmente por Deus - A consulta aos espíritos dos mortos e suas respostas
contaminadas e contaminadoras.
-
"Vosso pacto com a morte será quebrado, vosso entendimento com a morada dos mortos não subsistirá;
quando a onda transbordante passar, sereis por ela esmagados". (Isa 28:18)

Amoramon, 1995
-
CARTA 6
Prezada Sônia
De acordo com o seu pedido, aqui vai minha apreciação sobre o livro "Orientação Conjugal",
de Efrain Villegas de Andrade:
-
O livro usa de técnica muito boa para conquistar a adesão das pessoas sequiosas
de ver a justiça estabelecida neste planeta desvairado. Podemos dizer que até ao capítulo VII aplaudimos o
conteúdo de maneira geral.
-
A partir do capítulo VIII começamos a encontrar um ponto decisivamente irreconciliável com as
escrituras bíblicas, especialmente com a ministração do profeta Moisés, o qual (pasmemos) é reconhecido
por Efrain V. de Andrade
como um homem de Deus!
-
Sem sombra de dúvida, a força em que estão fundamentados os conhecimentos e a
fé dos adeptos da gnose, está na revelação dos seus "Mestres"... enquanto a força de Moisés está nas
revelações de Jeová, as quais condenam o conhecimento que vem pelos meios adotados pela gnose.
-
Ensinou Jeová a Moisés: "Não se ache no meio de ti ... quem se dê à adivinhação, à astrologia, ... ou à
evocação dos mortos, porque o Senhor Deus abomina aqueles que se dão a essas práticas ... etc.
-
A situação fica crítica para Efrain, quando ele tenta harmonizar o texto das escrituras com os dogmas
preferidos da gnose. Quem examina com cuidado os textos bíblicos citados por ele, vê a completa
impossibilidade de unir uma coisa a outra.
-
A começar pelo termo "fornicação". A idéia bïblica da palavra é a mesma contida nos dicionários:
Intercurso sexual voluntário entre mulher solteira e um homem, em especial homem solteiro - é
geralmente considerado um ato ilegal diante de Deus e dos homens.
-
No livro em causa o significado da palavra "fornicação"é usado de maneira exótica, para concordar com o
dogma da gnose de "castidade científica".
Nessa linha de raciocínio, a gnose afirma que Jesus, os apóstolos, Moisés e outros "iniciados" praticaram
a "castidade científica" (p.149).
Em seguida, ensina a treva de que essa prática dá aos seus participantes o poder da ressurreição e da
imortalidade, p.142,149(2) e 164.
-
O antagonismo é total. O ensinamento é inconsistente e ridículo.
-
As escrituras ensinam que Jesus foi as primícias da ressurreição; que todos aqueles que alcançaram e
alcançarão a imortalidade o farão pelos méritos da expiação de Jesus; ensinam as escrituras que ninguém
jamais conseguiria a ressurreição pelos méritos de suas próprias obras.
-
Jesus é Deus e anterior a todos os homens em espírito, é blasfêmia citá-lo em paralelo com Sanat Kumará,
São Germano, Zoroastro e etc. Todos esses últimos foram simplesmente homens, jamais poderiam
fabricar sua própria ressurreição por terem praticado tal esquisitice da gnose - a técnica da união sexual
sem movimentos físicos e sem ejaculação extra corpórea (pasmem todos - eles ensinam que ela se deve dar
para dentro do próprio corpo maculino).
-
É exatamente por isso que Jeovä disse a Moisés que aqueles que consultam aos mortos, ficam
contaminados pelas doutrinas diabólicas que vêm da região dos espíritos.
-
Outras terríveis violências contra as escrituras estão contidas nas p. 76,122,123,131,142,154,162 e 164.
-
É bárbara a afirmação da gnose de que o Filho do Homem se levantará pelo sexo praticado por um
homem iniciado!!!
-
Ora, as escrituras dizem que o Filho do Homem é Jesus Cristo - Unigênito na carne, vindo pela sssemente
do Homem de Santidade (Deus Pai)e o concurso do Espírito Santo agindo sobre a virgem Maria.
-
Para que nos fosse enviado o Filho do Homem de Santidade, foi preciso que o sexo de Deus interviesse e
quebrasse a cadeia da morte, herdada da queda de Adão.
-
O sexo mortal simplesmente gera os filhos de Adão neste mundo. Estes se podem vir a constituir nos filhos
da luz, por plena adesão à causa de Cristo.
Não é como a gnose ensina e contamina as almas, dizendo que os filhos da luz serão gerados pela prática
da "castidade científica" entre seus pais.
Sônia, você já livrou-se de muitas heresias ... livre-se de mais essa !
Do seu amigo de sempre.
P.S. Há muito mais a comentar, mas o acima é treva suficiente ... Chega!!!
-
CARTA 7
-
Prezado Moisés
Esta carta é para registrar aquela conversa notável que tivemos na semana passada. Você está lembrado
que começamos falando na tremenda capacidade que têm as crianças de colocar-nos contra o muro com
sua seqüência de por quês ?
Nós respondemos aos iniciais, mas chega a um ponto que não conseguimos mais respondê-los a elas nem a
nós mesmos, pois nosso conhecimento não é enciclopédico. Mudamos de conversa, desistimos ou apelamos
para a
"mãe dos burros".
-
Então, lembra-se como passamos a considerar que todos nós somos como as criancinhas, quando nos
colocamos diante de Deus?
Apenas há agora uma diferença - Ele é a enciclopédia infinita, por Seu Espírito.
Pode responder a qualquer pergunta justa e pertinente que lhe façamos.
Porque, como as crianças nos fazem, podemos também fazer perguntas que Deus
não ache próprio responder.
O limite, portanto, estará em nó - no sabermos fazer as perguntas certas, adequadas e pertinentes. Não
será como aquela nossa posição diante dos "por quê?" infantis; quando sempre acabamos perdendo o
jogo; pois a capacidade que eles têm de continuar perguntando é maior do que aquela que temos para
responder.
-
Você lembra de termos concluído que Deus sempre poderia responder às nossas questões, mas nós é que
não estamos seriamente interessados em fazer perguntas sérias, inteligentes e que tenham real significação
para nossa vida espiritual ?
-
Não aprendemos a desenvolver aquela atitude séria de busca, tão necessária para obtermos as respostas
que nos indicarão a porta apertada e o caminho estreito que Cristo nos incentiva a buscar, a encontrar e a
seguir perseverantemente até o fim.
-
Há alguns que embora procurem conhecer as coisas espirituais, satisfazem-se com um questionamento
apenas superficial; logo ficam cansados e não aprofundam sua busca.
Outros há que ao irem mais fundo, acabam por ficar temerosos do comprometimento que sentem ter de
assumir diante do conhecimento gradual que vão obtendo.
E se negam a continuar questionando as coisas nas quais temem acreditar.
-
Nesse ponto do diálogo eu considerei a limitação que os preconceitos impõem à nossa capacidade de
questionar. Quando estamos submetidos a determinadas tradições religiosas desde a infância, tememos
questionar sobre assuntos que possam pôr em perigo a fé que hajamos depositado nelas. Tememos estar
pecando contra elas ou tememos ter que refazer nossa vida espiritual, com todas as muitas implicações
decorrentes.
-
O que é exatamente um preconceito? Diz o dicionário: São idéias de coisas que não conhecemos
perfeitamente; são idéias que nos impedem de examinar mais detidamente as coisas que, a priori, nos
parecem sem a importância devida para que lhes demos nossa atenção.
Os preconceitos são formados por tradições herdadas, conformismo, adaptação, falta de questionamento,
desinformação, conspiração, propaganda viciosa, mentiras e meias-verdades.
Em geral, uma pessoa preconceituosa tem a mente fechada para a pesquisa, sofre de imobilidade mental e
de acomodação alienante.
Decorre que ao pararmos nossa busca de entendimento das coisas de Deus, estaremos nos condenando a
morrer espiritualmente por estagnação do espírito.
-
Os judeus pararam nas revelações dadas a Moisés; aí estagnaram e não buscaram mais nada além da lei,
viveram pela tora e se deixaram morrer espiritualmente por ela. Sua tradição preconceituosa os deteve na
lei de Moisés.
-
Os cristãos do Meridiano dos Tempos foram mais além, pois venceram os preconceitos judaicos e viveram
pela fé no evangelho de Jesus Cristo. Enquanto foi possível viver a pureza dos ensinamentos; realizar as
corretas ordenanças, ministradas por quem tinha o poder e a autoridade do Cristo e seus apóstolos, eles
viveram espiritualmente, habilitaram-se para a vida eterna.
-
Mas aquela época gloriosa foi curta, durou apenas até o fim do primeiro século.
Com a morte e desaparecimento dos apóstolos, veio a apostasia da Igreja.
A corrupção dominou e tomou conta de toda a cristandade. Formaram-se as falsas tradições e o erro
grassou por todos os países e regiões da terra onde se instalou a Igreja Católica e suas filhas rebeldes.
Exatamente esse é o cristianismo tradicional que vive hoje em todas as nações da terra.
O arqui-inimigo de Deus conhece o poder das tradições religiosas erradas.
A avalancha de falsidades que ele conseguiu difundir pelo mundo todo, século após século, milênio após
milênio, tem enorme poder espiritual. Essas tradições falsas quando bem enraizadas, são a mais poderosa
arma com que o demônio conta para cegar os homens e lutar contra o Plano de Deus.
Quando passamos os séculos aprendendo mentiras, nossas mentes têm grande dificuldade de ceder à
verdade quando ela nos é comunicada pelos verdadeiros mensageiros de Cristo.
Sua mensagem torna-se tão estranha diante das tradições dos séculos, que a grande maioria as olha como
esquisitice - Assim é cumprida a escritura: As coisas de Deus aos homens parecem loucura ... e o apóstolo
Paulo ironiza: Mas a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria dos homens.
-
Assim, a cristandade estava e ainda continua submetida a esse poder por quase 2.000 anos, quando Deus
em 1820, devido à proximidade da segunda vinda de Cristo e à necessidade de que as escrituras sejam
cumpridas, e para que fosse dado início à restauração de todas as coisas, anunciada pelos profetas desde o
princípio do mundo (Atos 3: 19-23), chamou um profeta moderno para dar prosseguimento a Seu Plano.
Para poder dar cumprimento às promessas que fez aos patriarcas, as quais, até hoje não tiveram seu
cumprimento; já que nenhum deles recebeu sua herança territorial na terra.
Também porque Deus não poderia agir contra a Sua própria palavra, pois em Amós 3: 6-7 Ele diz: ... Virá
a calamidade sobre uma cidade (no caso, sobre toda a terra) sem que o Senhor a tenha determinado ?
Porque o Senhor Jeová nada fará sem antes revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.
-
Se não mais havia profeta sobre a terra, de que forma Deus cumpriria Sua palavra e daria prosseguimento
às preparações para a volta de Jesus Cristo sem antes chamar um profeta e dar-lhe mandamentos?
-
Meu caro Moisés, Ele fez exatamente isso e chamou Joseph Smith. Caso Ele houvesse chamado a você ou
eu, todas as mentiras e injustiças que os pastores do mundo têm lançado contra ele, seriam dirigidas
contra nós.
Joseph Smith seria um desconhecido para eles como hoje somos nós.
-
Comentei naquela ocasião que se houvesse um mínimo de sabedoria e conhecimento de Deus num homem,
ele seria muito cauteloso em aceitar as "Vossas eminências" segundo os louvores gerais do mundo. Pois os
verdadeiros profetas de Deus só puderam e podem hoje ser reconhecidos por poucas pessoas, muito
poucas.
E se assim não fosse, Cristo estaria errado ao afirmar que estreita é a porta ; e apertado o caminho que
leva à salvação e poucos vão por ela ... Mas larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição,
e muitos vão por ele.
-
De maneira quase geral os homens de hoje, para não fugir à regra, não estão aproveitando essa última
oportunidade que Deus dá a seus filhos para sairem das trevas espirituais que se abateram sobre as mentes
nestes últimos séculos precedentes à segunda vinda de Jesus Cristo.
A mensagem da restauração tem sido aceita , em média , por uma em cada mil pessoas que a ouvem dos
missionários. E a razão é exatamente aquela que exaustivamente acabamos de discutir acima.
-
Isso também para que se cumpram as palavras de Deus por Isaías quando fala da condição espiritual do
povo que habitaria a terra nestes nossos últimos dias:
"Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de adormecimento, fechou vossos olhos e cobriu vossas
cabeças ... Este povo vem a mim apenas com palavras e me honra só com a boca, enquanto seu coração está
longe de mim e o temor que me testemunha é convencional e rotineiro, por isso continuarei a tratar este povo
de modo tão estranho (para ele) que a sabedoria dos espertalhões se perderá e a inteligência dos malignos
desaparecerá".
-
Moisés, você mesmo comentou quão estranha e inusitada lhe pareceu a história de Joseph Smith, de suas
visões e do modo pelo qual obteve o livro de Mórmon!!!
Que melhor cumprimento se daria para essas palavras de Isaias em 29:10 - 14 em face dos pensamentos
do mundo? Não é este seu, o mesmo pensamento que têm as pessoas que "aprenderam" as coisas de Deus
segundo o mundo?
-
Como deve estar lembrado, caro Moisés, nossa conversa chegou a esse ponto quando os missionários
bateram à porta para visitar-me.
Foi quando você deu continuidade à conversa fazendo aquelas perguntas que vou descrever abaixo:
-
1. Nessa restauração, qual a necessidade do Livro de Mórmon; por que Deus não usou a Bíblia e realizou
a obra?
-
- O grande fato verdadeiramente é que sem a Bíblia Ele não poderia dar início à restauração pelo
chamado do profeta, pois Joseph Smith foi atraído ao bosque onde receberia a visão do Pai e do Filho, pelo
poder do Espírito que está na Bíblia.
Até então, nada se sabia do Livro de Mórmon.
Foi lendo, orando e acreditando na Bíblia que ele conseguiu abrir novamente os céus e tornar-se um
profeta moderno, pela vontade e presciência de Deus.
Foi pela Bíblia que os pastores daquelas muitas congregações criaram a efervescência religiosa naquela
pequena localidade do estado de Nova York onde vivia a família do futuro profeta.
Foi pela Bíblia que eles desenvolveram aquele estado de espírito nas pessoas, e acabaram por influir o
jovem Joseph Smith a meditar profundamente sobre todas aquelas querelas religiosas e desenvolver uma
intensa vontade de reconhecer a verdade no meio de toda aquela confusão de doutrinas.
E tudo isso aconteceu pela presciência de Deus. Seu Espírito suplantando os atos dos homens e os
conduzindo a criar a atmosfera adequada para Suas preordenadas revelações àquele que escolhera desde
a eternidade para enviar à terra nos últimos dias. Para chamá-lo com poder, como já fizera a todos os
santos profetas da antigüidade. Cada um no seu próprio tempo e ordem.
Novamente é preciso dizer que até esse ponto, ainda nada se sabia do Livro de Mórmon. Tudo aconteceu
pelo poder do Espírito e a palavra da Bíblia, sem ela, nada disso teria sido possível.
-
A partir de 1823, quando o anjo Moroni veio a Joseph Smith e anunciou a existência do Livro de Mórmon,
começou o dever de interesse pelo livro, da parte do profeta e de todos a quem ele anunciou a palavra de
Moroni.
Mais tarde, quando o livro foi publicado ao mundo, esse dever de interesse passou a pesar sobre os ombros
de toda criatura que dele ouvir falar; pois é óbvio ser grave falta ignorar qualquer parte da palavra
revelada por Deus, esteja ela onde estiver, venha a nós por que meio for.
-
Se esta é uma coisa grave por evidência, pela mesma evidência, o diabo tem que lançar toda sua força
contra o Livro de Mórmon - para que os homens o ignorem ou combatamm contra o profeta e o livro e,
assim, sejam condenados no último dia.
-
Esta é a gravidade da questão, tão grave que o Senhor nos adverte : Não há olho que não verá nem ouvido
que não ouvirá nem coração que não será penetrado. E os rebeldes serão tomados de muita tristeza, pois
suas iniqüidades serão proclamadas de cima dos telhados, e revelados os seus atos secretos (D&C 1: 2 - 3).
-
Com esta resposta inicial à sua primeira pergunta Moisés, lembro-me de que se declarou satisfeito em
saber que nós os mórmons, reconhecemos e damos tal crédito à importância da Bíblia nos fundamentos do
trabalho de restauração que declaramos ter sucedido a partir das revelações recebidas por Joseph Smith.
-
Você então comentou sobre a injustiça do pastor batista que lhe disse terem os mórmons desprezado a
Bíblia para seguir um livro esquisito e estranho à palavra de Deus. Foi tão importante e elucidador aquele
nosso encontro, que resolvi não deixar que se perdesse; tanto para mim quanto para você.
Foi por isso que decidi preservá-lo através desta carta.
-
Agora, ditas todas essas coisas, posso começar a responder o porquê da vinda do Livro de Mórmon :
-A primeira de todas as razões é que a Bíblia, embora necessária, imprescindível mesmo, não é porém
suficiente para o trabalho da restauração.
Exatamente porque essa restauração é declarada por Deus, ser uma restauração de todas as coisas; isso
inclui também em restaurar o correto conhecimento da Bíblia, além de revelações para restaurar partes
claras e preciosas que foram dela retiradas por manipulação de homens corruptos; e para terminar com
as muitas contendas entre os cristãos sobre a doutrina de Cristo.
-
Para isso, o Livro de Mórmon é a providência que Deus preordenou:
Naquele tempo (o tempo da restauração) os surdos ouvirão as palavras do livro; e livres da obscuridade e
das trevas (dos séculos de trevas e apostasia em que os céus permaneceriam fechados - sem revelação de
Deus aos homens), os olhos dos cegos (espirituais) verão (Isaías 29: 18).
Essas palavras do Livro de Mórmon são as declaradas por Isaías, de que falarão baixinho desde debaixo
da terra, com uma voz sussurrante vinda da poeira; e que sairá da terra como a voz de um espectro ...
(Isaías 29 : 4 - logo depois dessa escritura está anunciada a visitação do Senhor nos últimos dias).
-
Esta é uma impressionante declaração de Isaías e que de fato acontece com quem lê as palavras do Livro
de Mórmon com a apropriada influência do Espírito.
Pois ele passa a ouvir essa voz vinda do pó, como um sussurro da voz dos profetas que escreveram aquelas
palavras pelo dom do Espírito Santo!
A pessoa então passa a saber pelo coração que elas são verdadeiras!
-
Da mesma forma que a Bíblia, o Livro de Mórmon é imprescindível. Mas não poderia agir isolado dela,
um livro é razão do outro; eles se dão suporte mútuo pelos testemunhos recíprocos. Cada um porém, tem
a sua própria oportunidade e finalidade; tanto no tempo quanto no espaço geográfico dentro do Grande
Plano
de Salvação.
-
Chegou o momento da reunião do povo santo nos últimos dias; e isso está acontecendo pelo chamado
contido no Livro de Mórmon.
-
A restauração do conhecimento verdadeiro da Bíblia, ensinou ao profeta Joseph Smith o até então
misterioso significado e a correlação existente entre toda aquela parte do livro citado por Isaías e as
palavras que temos em Ezequiel 37 : 15 - 21.
No versículo 19 o Senhor declara que tomará a vara de José (os livros sagrados eram escritos em
pergaminhos enrolados em varas), que está nas mãos de Efraim, bem como as tribos de Israel que estão
com ele, para juntar à vara de Judá (o livro de Judá - a Bíblia), de modo que unidos na mmão, não sejam
senão um ... Vou recolher os israelitas de entre as nações onde se acham dispersos; vou congregá-los de
toda
a parte e trazê-los para o seu país.
-
Ficou então absolutamente claro a Joseph Smith e a todos os que o receberem como um autêntico profeta
de Deus, que a reunião do povo de Deus nos últimos dias será feita através da união desses dois livros - A
Bíblia e o Livro de Mórmon
(A vara de José e a vara de Judá).
-
Depois de termos chegado a esse interessantíssimo e importante ponto caro Moisés, foi quando você fez
uma pergunta muito interessante, lembra-se ?
Sua segunda pergunta: Mas não é verdade que a Bíblia já reuniu os inúmeros povos cristãos, nas suas
várias denominações, para receberem a Cristo; não é verdade que todas essas denominações cristãs vivem
pela Bíblia?
-
- Essa pergunta tem sua resposta nas próprias palavras de sua formulação:
Porque o correto entendimento da Bíblia, faria com que todo o povo fosse reunido numa única
denominação - Porque Deus não é autor de confusão, mas de paz ... e porque uma casa dividida contra si
mesma não pode subsistir ( não pode subsistir para sempre diante de Deus); e porque se o Senhor Jeová
não edificar a casa, em vão trabalham os que a constróem.
-
Tendo-se estabelecido essa situação confusa e caótica entre os cristãos em toda a terra, carregando nas
suas mãos a Bíblia; como alguém de sã consciência poderia esperar que ela fosse o instrumento absoluto e
único para reunir o povo numa mesma fé, num mesmo batismo e num mesmo conhecimento de Cristo ?
-
É óbvio que Deus não o fará exclusivamente usando a Bíblia, Ele é muito mais inteligente do que todos nós
reunidos e somados. Ele o fará, porém, como declarou aos seus profetas que faria. Doa a quem doer caro
Moisés ... e nunca esqueça que Ele disse: Aquele que receber um profeta (Seu) na qualidade de profeta,
receberá uma recompensa de profeta. Essa recompensa é a vida eterna.
-
O precário entendimento da Bíblia entre os homens, quando não têm profetas para guiá-los, é que faz
reunir vários grupos, cada um sob sua própria denominação
e dogmas particulares. É incrível que os homens da cristandade moderna se julguem em cada uma das
suas centenas de congregações diversificadas, como sendo o povo de Deus ... quando a palavra é: "Se não
sois um, não sois meus"!!!
-
O Livro de Mórmon é a chave mestra que Deus preparou para cada indivíduo que quiser abrir a porta do
seu cárcere espiritual e fugir do carcereiro - o demônio.
Para que venhamos para a luz; fazer parte do povo santo que O Senhor está preparando para ser elevado
a receber Cristo nos ares, na coluna de fogo do Espírito, quando de sua em breve chegada ao Monte das
Oliveiras para dar abertura ao Milênio da Paz.
Moisés guarde esta carta por favor, e a releia quando as dúvidas sobre essas questões vierem à sua mente.
Ao seu dispor
-
CARTA 8
-
Prezada Ruth
-
Foi muito interessante a pergunta que me fez. Ela foi de fato um desafio e uma oportunidade excelente
para defender a causa que abracei já desde os idos 1970, quando aceitei o batismo n’A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
-
Alguém de outra denominação religiosa disse a você que a mentira de Joseph Smith poderia ser facilmente
desmascarada, a começar pelo relato do transporte das placas que ele declarou ter feito.
Como ele sozinho poderia ter transportado um volume pesando cento e cinqüenta quilos do monte
Cumorah até sua residência ou até um esconderijo próximo?
-
Você me disse ter perguntado a essa pessoa (da Igreja Presbiteriana) como ela sabia que as placas
pesavam tudo isso; ao que ela respondeu ter ouvido do seu pastor, o qual declarou que estudiosos do
assunto calcularam o peso baseando-se no número de páginas do Livro de Mórmon que está em nossas
mãos, cerca de quinhentas e vinte e duas na versão em língua inglesa. Considerando que essas quinhentas
e vinte e duas páginas são um terço dos escritos que estavam nas placas, o total de páginas chegaria a mil
quinhentas e sessenta e seis.
Disse então jocosamente o pastor presbiteriano que Joseph teria que ser um elefante para transportar esse
peso em qualquer que fosse a liga de metais empregada na confecção das placas.
-
Ruth, ainda estou lembrado do receio com que me fez essa pergunta. Talvez você achasse que ela seria
incomodamente embaraçosa; que pudesse causar mesmo um abalo no relato do profeta e na minha fé
nesta obra. Mas o fato é que você lançou-me numa pesquisa para encontrar a explicação.
Ao realizá-la, acabei concluindo que se os referidos estudiosos do assunto houvessem feito a mesma
pesquisa que fiz, jamais teriam concluído tão grande peso para o conjunto de placas do Livro de Mórmon.
Teriam evitado que os cristãos desavisados se lançassem contra a verdade declarada por Joseph Smith , e
mais, que dessem tetemunho da sua tolice com um argumento ridículo como esse.
-
Veja Ruth, eis a luminosa explicação:
Foram escritas experimentalmente em hebraico quinze páginas da edição inglesa do Livro de Mórmon.
Esse texto em hebraico ocupou uma área de 15,5 cm por 16,5 cm. A área útil das placas do Livro de
Mórmon era de 14 cm por 18 cm, portanto era aproximadamente a mesma: 255,75 cm2 (hebraico) para
252 cm2 das placas
do Livro de Mórmon.
-
Acontece que a escrita usada no Livro de Mórmon (o egípcio reformado) era mais compacta ainda do que
a escrita em hebraico. Calculamos que se usássemos o mesmo tipo de letras (o mesmo tamanho) teríamos
uma placa em hebraico para sete páginas do Livro de Mórmon em inglês.
Podemos com justiça admitir que essa relação passasse para 1 por 10 usando o egípcio reformado. Isso
significará que 522 páginas escritas em inglês no Livro de Mórmon, corresponderiam a 52,2 placas em
egípcio reformado.
-
Como isso representava um terço das placas, concluímos que o livro inteiro teria 156,6 espaços de placas
escritas. Ocorre que as placas estavam escritas dos dois lados, portanto o livro em placas continha apenas
78,3 placas.
Como a espessura total do livro em placas era de seis polegadas (15 cm), as placas individuais deveriam ter
2 mm de espessura.
Em ferro, isso pesaria cerca de 38,250 Kg - relativamente fácil para um homem de 90 Kg na força física
dos seus vinte e um anos de idade transportar.
O livro de Mórmon foi escrito por gravação em placas de uma liga que tinha a aparência do ouro; por isso
é impossível precisar o seu peso. Mas, seguramente era menor do que os 38,250 Kg que encontramos para
o ferro.
-
A verdade histórica com referência a essas questões, está contida no capítulo VIII de A História da Igreja,
por B.H. Roberts, volume I.
-
Não foram os presbiterianos que começaram a difundir essas falsidades. Isso começou já desde o início da
história dos mórmons. Como exemplo citamos o contido nas páginas 93, nota 10. do volume I:
-
Um certo Sr. John Hyde divulgou que baseando-se nas medidas das placas, concluiu que seu peso deveria
ser da ordem de 91 kg. Além disso, disse ele que Joseph Smith teria realizado a façanha impossível de
carregar mais o peso do peitoral de metal, mais a espada de Labão, mais o dispositivo que o profeta Lehi
teria usado para orientar-se no deserto e mais o Urim e Tumim (as pedras de vidente).
Diz Hyde ironicamente então, que Joseph Smith com essa carga de cavalo, teria corrido uma distância de
três Km e pouco, mais rápido do que dois homens que tentaram assaltá-lo e que estavam de mãos vazias.
-
Na verdade, o profeta escondera todas essas coisas, logo depois que o anjo Moroni as entregou em
setembro de 1827; ele ocultou-as preventivamente num esconderijo situado a cerca de quatro quilômetros
de sua residência. Quando voltou lá pela segunda vez, foi para transportar primeiramente as placas; mais
tarde levou o resto das coisas para sua residência.
-
As ações reptícias de incontáveis pessoas tentando subtrair de Joseph aqueles objetos, são uma prova de
que sabiam por certo que ele os possuía.
Prova também de que não acreditavam ser sua origem a declarada pelo profeta.
O que pretendiam era tirar vantagem pecuniária usando o ouro que pensavam estar contido nas placas.
No final das contas, tudo acontecido e engendrado pela oposição, só serviu mesmo foi para tornar ainda
mais verídico o testemunho de Joseph Smith.
No julgamento de Deus é de tal modo importante que os homens creiam no Livro de Mórmon, no profeta e
na restauração, que Ele preordenou o derramamento de seu sangue e de seu irmão Hyrum como
testemunhos extremos de apóstolos de Jesus Cristo, selando com a morte a veracidade deste trabalho de
Deus nos últimos dias.
O mesmo testemunho de sangue dado pelos apóstolos de Jesus Cristo
no Meridiano dos Tempos.
-
Prezada Ruth, ainda não foi por aí que conseguiram derrubar o testemunho de Joseph Smith. O mundo
vai continuar tentando ... até que Jesus Cristo, tendo à sua direita o profeta da restauração, pise o Monte
das Oliveiras e derrube o mundo.
-
Quando tiver mais perguntas entre em contato comigo.
-
CARTA 9
-
Esta carta tem o objeto de marcar para a eternidade o encontro de nossas mentes em agosto passado.
Achei que nossas palavras não se deveriam perder no vento. Tenho a convicção de que elas serão úteis
para outras pessoas.
Como você sabe, decidi que meus encontros espirituais seriam publicados como cartas abertas, para o bem
de todos os que desejarem deles aproveitar
alguma coisa.
-
Nossa conversa começou com aquela sua observação seguida de pergunta:
-
"Acho que vocês, os mórmons são rígidos demais nas suas posições, tanto no comportamento social quanto
no religioso. Talvez seja essa a razão porque as igrejas evangélicas cresçam muito mais rapidamente do
que a de vocês.
Por que a liderança mórmon não muda um pouco essa rigidez de princípios e torna a igreja mais acessível
ao comum das pessoas ?
Afinal qual é o benefício a mais de ser mórmon em vez de ser messiânico ou membro da Igreja Universal
do Reino de Deus?
Vejo que essas igrejas prometem mais bênçãos e assistem o povão com métodos muito mais rápidos,
eficientes e objetivos do que vocês estão prometendo ao povo e fazendo por ele.
Por que a liderança mórmon não imita os seus métodos?".
-
Caro Macedo, você realmente colocou muito boas perguntas, e fez afirmações importantes. Isso dá-me
oportunidades ímpares para esclarecer muitas coisas.
Você disse uma grande verdade ao afirmar que as igrejas acima prometem aos que se decidirem a seguir a
palavra dos seus pastores, muito mais bênçãos temporais e espirituais maravilhosas do que nós
prometemos.
-
Quem promete grandes bênçãos temporais, ou pensa que pode prometer ou sabe que não pode mas,
mesmo assim, promete para alcançar seus objetivos.
E admito até que muitas coisas boas aconteçam a algumas pessoas em casos individuais. Mas, observe
bem Macedo, as promessas feitas por essas igrejas são de caráter geral, portanto coletivas; enquanto seu
cumprimento comprovado é de caráter excepcional e particularizado.
São chamados a prestar o testemunho delas, essas pouquíssimas exceções quando comparadas à multidão
de fiéis desafortunados.
Não vêm prestar o testemunho os milhares e milhares de pessoas iludidas por promessas falsas que não se
cumpriram e jamais se cumprirão; simplesmente porque este mundo não vive ainda o Milênio da Paz,
aquele tempo e espaço em que as grandes promessas se cumprirão.
Mas a impressão causada pelos testemunhos declarados por aqueles poucos que se consideram
abençoados, é suficiente para manter a chama de esperança no coração das multidões iludidas com a
busca de bênçãos temporais.
-
Exatamente é assim que acontece com o baú da felicidade do Sr. S. Santos.
Que tremendo efeito causa a alegria dos premiados e dá motivação aos incontáveis milhares que pagam os
carnês do baú "da felicidade do citado apresentador"! Quão falsas são as promessas de felicidade para a
multidão! A despeito disso, todos continuam a aumentar a riqueza do dono do baú !
-
Dizem os matemáticos que a chance de uma pessoa ganhar o primeiro prêmio numa loteria nacional é da
ordem de 1 para 12.000.000 ! Mas todos continuam a comprar os bilhetes porque sabem que um pode
ganhar. Esperam que esse um seja ele. Pelo menos, aí ninguém está prometendo a felicidade coletivamente,
como as falsas igrejas fazem.
Sim Macedo, é como você diz. Nós não fazemos esse tipo de promessa para conquistar a adesão do povo,
porque sabemos serem falsas. A palavra verdadeira de Deus dada ao homem, no tipo de mundo em que
vivemos, está longe de ter essas promessas de livrar-nos das provações e dos sofrimentos; eles são
inexoravelmente causados por resultado das ações daqueles que nos cercam e não estão dispostos a
obedecer as leis eternas. Nós estamos com eles no mesmo barco, singrando as mesmas calmarias e
borrascas.
-
SPor isso, só podemos prometer aquilo que Deus prometeu:
Paz neste mundo turbulento e vida eterna no mundo vindouro; fé e esperança mesmo dentro das
tribulações inarredáveis da vida telestial deste mudo; força para não fazer caso das tentações;
perseverança para resistir em justiça até o fim de nossa provação... e o fortalecimento e conforto do
Espírito Santo.
-
Quando Jesus Cristo declarou que os escândalos são inevitáveis neste mundo, mas ai de quem os causa,
deixou subentendido que esses escândalos (causados pela ignorância da verdade e a maldade dos homens)
sujeitarão a humanidade em geral a muitos sofrimentos também inevitáveis.
Eles cairão sobre culpados e inocentes, da mesma forma que o sol brilha e a chuva cai sobre bons e maus.
-
Sim Macedo, é "só isso" o que estamos autorizados por Deus a prometer. Quem promete mais ou menos
do que isso para os que vivem neste mundo não o faz da parte de Deus. Quem confia em promessas
diferentes dessas que fazemos, não as está recebendo de Deus, mas sim recebe aquelas que vêm do
Mentiroso
e dos falsos pastores que o servem inconscientemente.
-
A palavra de Deus diz aos ricos que consintam em ser diminuídos naquilo que os pobres sejam acrescidos
( o governo de Deus é de autoconsentimento e não de compulsão). Ou seja, que as doações voluntárias dos
ricos venham se acrescer na mão dos pobres; a palavra diz que pobres ou ricos não sejam ociosos; diz aos
ricos que não sejam egoístas nem os pobres cobiçosos; diz para nos servirmos uns aos outros como o
Senhor nos serviu a todos; diz que carreguemos as cargas uns dos outros. A palavra de Deus jamais disse
ao pobre que se despoje de sua penúria para dá-la à congregação da igreja que freqüente.
(como muitos têm sido induzidos pela falsa pregação desses pastores desautorizados).
Mas a um homem de muitas posses disse certa vez que se quisesse ganhar o reino dos céus deveria vender
tudo o que possuía, dar aos pobres, e então segui-Lo.
Para esse homem, apegado que era àquelas muitas posses, o remédio era o indicado por Jesus; porque as
riquezas temporais o impediam de amar mais a Deus do que a Mamon. E ele deu prova de que aquele era
mesmo o remédio apropriado para sua alma, ao afastar-se do Senhor para conservar seus bens materiais.
-
Não caro Macedo, nós não podemos imitá-los, são eles é que devem nos imitar; porque somos nós que
imitamos o Senhor Jesus Cristo; pois procuramos fazer as coisas da maneira Dele; do modo que Ele
revelou ao profeta Joseph Smith para o Seu povo fazer.
-
O reino de Deus não é um reino de assistência social. Mas é um reino onde os súditos aprendem
autovalorização no Espírito Santo; aprendem a dignidade que existe na independência econômica, no
crescimento espiritual e controle emocional. Aprendem a necessidade de crescer em todos os sentidos, para
poderem dar de si pela edificação do reino de Deus na terra. Deus não nos chamou à sua assembléia para
sermos eternos dependentes dos nossos irmãos. Ele nos induz a alcançar a condição de poder dar em vez
de permanecer sempre na condição de precisar receber - "Porque mais bem-aventurado é o que dá do que
o que recebe".
-
O governo de Deus funciona a longo prazo, não há imediatismo no cumprimento das Suas promessas. Elas
vêm tão lentamente quanto nós somos lentos em nos colocarmos em condições espirituais para
merecermos recebê-las.
-
No governo de Deus, as diversas congregações devem colocar sob a gestão de seus bispos, o poder
econômico para poder ajudar momentaneamente os necessitados temporais dessas congregações.
Da mesma forma que o patriarca de uma família deve ajudar momentaneamente um membro da clã, e
erguê-lo à condição digna de se auto-suprir.
Esta é a assistência individual e familiar que somos chamados a prestar ... até que a terra inteira esteja
cheia por essas congregações, e que o reino de Deus siga em frente "a todo o vapor", e todos sejam ricos e
participantes do Espírito de Deus.
-
Esta é a ordem que recebemos de Deus pelo profeta para fazer essas coisas. Elas podem ser mais
demoradas, mas são as únicas que podem resolver os problemas do mundo de forma completa e
permanente.
Valeu a pena nossa conversa.
-
CARTA 10
-
Prezada Multidão
-
Eram 24:00 horas de um dia 11 de maio quando mudei o canal da TV, o programa era "A 25a. Hora".
Imediatamente me perguntei:
- Qual será a intenção da direção da programação de uma emissora administrada por evangélicos, ao
convidar um padre católico para debater em mesa redonda sobre um tema tão terrível - A Inquisição ?
Onde o padre foi buscar motivação para aceitar esse desafio, tão inaceitável
quanto a própria Inquisição ?
-
A não ser que o padre estivesse motivado para ajoelhar-se ali e, em nome do Papa, pedisse perdão a Deus e
ao mundo; não poderia haver outra razão compreensível e compatível com a inteligência humana.
Seria absurdo tentar apresentar quaisquer razões, quaisquer explicações, fazer qualquer tentativa para
justificar a posição tomada pela Igreja Católica naquele cruel episódio. Assim, eu não via nenhuma razão
para o padre estar ali.
-
Mas lá estava o padre ! Isso despertou-me do sono que já me dominava. Fiquei curioso para ouvir o que
ele iria dizer, cercado como estava, física e espiritualmente, por protestantes evangélicos.
-
Para dar ao público uma impressão de imparcialidade, a direção do programa providenciou a presença de
um professor, filósofo, teólogo e doutor em ciências sociais, declaradamente católico praticante e
conhecido nacionalmente.
Mas, o que poderia ele dizer em favor da posição do padre mesmo com toda aquela sua bagagem
intelectual ? Pois no caso, aplicava-se à pleno a força do dito popular: "Contra fatos não há argumentos".
-
Minha estupefação foi grande quando percebi que o padre estava fazendo tentativas para explicar a
posição da liderança católica naqueles séculos da Inquisição.
Estava tentando uma explicação que preservasse sua crença e a de todo bom católico, de que a Igreja em si
sempre foi e continuaria a ser a Igreja de Jesus Cristo, inspirada pelo Espírito Santo, a despeito de todo
mal que tenham feito seus dirigentes à humanidade!
-
Pensei ironicamente com os meus botões :
É! Realmente, contra fatos não há argumentos, e apliquei aquele dito popular em outra direção :
"Contra o fato da força que têm as tradições erradas sobre o espírito humano, não há argumento
verdadeiro que prevaleça, quando o homem se auto-determina a crer nelas".
-
Sim! Cumprindo a sabedoria deste meu dito parodiado, ali estava o padre para defender o catolicismo
diante do racionalismo do século XX !
-
Disse ele: O pensamento da Igreja era o da Idade Média no seu zelo fanático pela doutrina, envolvido e
mesclado com os interesses políticos, econômicos e territoriais do jogo de poder entre as nações, nas
figuras de seus reis, rainhas, imperadores, príncipes e princesas medievais. Essa era a consciência
medieval da Igreja, que permitia que a sua direção manifestasse o zelo daquela forma.
Injustificável para nós hoje, mas perfeitamente justa para eles na Idade Média!
-
Ou isso foi uma confissão direta da apostasia da Igreja ou teremos de admitir que o Espírito Santo esteve
fanatizado naquela época e submetido ao pensamento medieval, e que Ele é o verdadeiro mentor da
Inquisição!
-
Ocorre que para aceitar isso, teremos antes de confessar que nosso Deus é o Demônio! Mas como tal opção
será uma terrível blasfêmia, teremos que aceitar a outra :
- O deus medieval da Igreja Católica era o próprio Satanás. Resta saber quando o Senhor Deus passou
novamente a ser o Deus Vivo e atuante na Igreja terrena; porque daquela igreja Ele já se havia afastado
havia muitos séculos!
-
Um clamor de Amoramon:
-
Ó maldita tradição satânica que impedis a humanidade de ver as vossas obras!
Ó luz de Cristo! Ó luz do Espírito Santo! Quão radiosas brilhais nas trevas e as trevas não vos
compreendem!
-
O Filho de Deus é enviado ao mundo para destruir as obras do Demônio. Mas os homens amam mais a
Satanás do que a Deus, crêem piedosamente no que é falso e desprezam a justiça e a verdade!
-
Jesus e os apóstolos, muitos séculos antes da Inquisição, ensinaram a doutrina do evangelho num mundo
pagão e idólatra. Deixaram-se imolar pela verdade de Deus; enquanto a liderança católica, em atitude
diametralmente oposta, fez imolar muitos milhares de criaturas pelo poder da Igreja que se fez uma
rainha Romana!
-
Depois das coisas chegarem a esse ponto, em que o padre inconscientemente estava debatendo com os
meus pensamentos, um evangélico forçou a barra, perguntando como um católico pode continuar a sê-lo
diante desses fatos.
Esta foi a resposta do padre:
-
"Para que uma pessoa aceite o catolicismo é preciso que exerça uma opção, depois de aceitar o
pressuposto de que a Igreja católica representa o Reino de Deus na terra. Isso, a despeito da Inquisição; a
despeito de toda história secular e eclesiástica; a despeito de todas as variações doutrinárias, contradições
entre bulas papais, encíclicas e tudo o demais negativo que possa macular a Imagem da Igreja. Este é o
substrato de toda a questão, a aceitação por opção de consciência, que a Igreja Católica é o Reino de Deus
na terra".
-
Com esta definição de posição, fiquei ainda mais estupefato, e pensei:
-
E por que não dizer também - A despeito do sermão da montanha, da caridade definida por Paulo; a
despeito de todo o Novo Testamento; a despeito de todo o mal que a Igreja Católica fez contra o evangelho,
a humanidade e contra o Espírito Santo. Ainda assim, um homem para fazer sua opção pelo catolicismo
deve ignorar tudo isso, para poder partir do pressuposto de que a Igreja é o Reino de Deus estabelecido
na terra !
-
Estava ali, de maneira insofismável, demonstrada a violência que um homem faz contra a própria
consciência quando força sua opção pelo catolicismo, depois de saber essas coisas. Ele faz apagar em si a
luz que Deus lhe oferece pelo conhecimento da verdade; para poder adotar um pressuposto absurdo de
que as trevas foram, continuaram e continuam a ser o Reino de Deus !
-
Quão grande será a dor dessas pessoas diante de Deus se morrerem culpadas dessa ofensa contra Ele!
Quanto doerá o seu arrependimento tardio, até que sejam perdoadas! Quão melhor seria para elas saírem
desta vida livres desta condenação!
-
Eu então me perguntei : - Será que o grande público se deu conta disso ?
- Certamente que não ! O grande público ou estaria dormindo ou assistindo algum dos muitos enlatados
alienantes que a nossa TV é farta em apresentar.
E os que assistiram ao programa, em geral não estariam preparados para analisar
o profundo dessas implicações.
-
O padre estava emaranhado nessa teia nada escriturística de incoerências, substratos, pressupostos e
opções. Então, os evangélicos sentiram-se preparados e inteiramente à vontade para fazer o seu discurso.
Falaram com veemência do seu valente zelo pela Bíblia; da inspiração do Espírito Santo, que os leva ao
entendimento inspirado das escrituras ...
-
Essa noite, os meus botões não me deixaram descansar. Ao ouvir isso do discurso dos evangélicos, pensei
ironicamente:
-
É! Esse é mesmo "entendimento inspirado" que leva as testemunhas de Jeová às suas interpretações
particulares dos textos bíblicos; o mesmo que conduz os mestres do espiritismo a escreverem o Evangelho
Segundo o Espiritismo; o mesmo que leva os católicos a ensinarem suas doutrinas tradicionais
multicentenárias como sendo a palavra de Deus. Enfim, é o mesmo espírito que nós os mórmons
declaramos estar lutando para conduzir nosso povo a ter o entendimento insólito que temos das escrituras
bíblicas e a associá-las com novas escrituras reveladas pela instrumentalidade do profeta Joseph Smith.
-
ONDE ESTÁ A VERDADE EM TAMANHA CONFUSÃO DE POSIÇÕES ?
-
Por que todos se julgam inspirados pelo Espírito Santo, se as escrituras são interpretadas de tão variadas
formas, se as doutrinas que ensinam são tão variadas e antagônicas ? O que passa pela mente de todos esse
crentes quando se defrontam com as escrituras abaixo ?
-
"Esforçai-vos por conservar a unidade do Espírito ... Não há mais que um só Senhor, uma só fé, um só
batismo"... "Todo o ramo que não der fruto em mim, ele (o Pai) o cortará, ... o ramo não pode dar fruto
por si mesmo, se não permanecer na videira ... Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora,
como o ramo, Ele secará" ... "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constróem"...
"Bem-aventurado és Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou, mas meu
Pai que está nos céus ... e sobre esta rocha (a revelação do Pai) edificarei a minha Igreja, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela".
-
Está ai o próprio Salvador ensinando que a Igreja verdadeira de Jesus Cristo será edificada sobre a rocha
da revelação do Pai a cada um de nós por seu Espírito Santo; para que as portas do inferno não
prevaleçam sobre nós ao nos manter enganados sob o poder das muitas igrejas falsas inspiradas pelo
farsante e imitador
dos dons do Espírito.
-
"Antes de tudo sabei que nenhuma profecia da escritura é de interpretação particular. Porque jamais uma
profecia foi proferida por produção de vontade humana, Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram
da parte de Deus"
-
Qual de todas essas igrejas que se dizem cristãs, podem continuar a dizê-lo se os indivíduos que as
constituem não têm o testemunho de fogo do Espírito Santo; se seu profeta fundador não recebeu a
visitação pessoal de Deus; se não viu e declarou que viu Deus face a face (como Jesus, Moisés, Jacó, Isaque,
Abraão, Noé, Enoque e Adão) ; se não recebeu ministração dos anjos; se não tem sua organização na terra
como Jesus a instituiu no Meridiano dos Tempos?
-
Saber qual é a Igreja verdadeira de Jesus Cristo no tumulto religioso desnorteante em que o diabo lançou
os homens nos últimos dias, é o maior desafio da cristandade moderna. Tanto Jesus quanto Pedro
deixaram a chave para os homens vencerem essa prova:
-
Compreenderem que só pela revelação do Pai pelo Espírito Santo é possível ao homem identificar a Igreja
verdadeira.
Isso era verdade no Meridiano dos Tempos, em todas as épocas da antiguidade e continua a sê-lo hoje;
porque Deus é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.
(ver Mateus 16:17-18 e IIPed 1: 20-21).
-
A GRANDE QUESTÃO QUE SUBJUGA A CRISTANDADE
-
O que é um testemunho do evangelho, o que é uma opinião humana?
-
A opinião é um ponto de vista particular, uma perspectiva pessoal, um posicionamento particular no
exame das coisas observadas; ela desenvolve seu poder em decorrência de fatores, culturais, emocionais,
físicos, mentais e espirituais; por tudo isso, ela é extremamente variável; por ela é impossível chegar à
unidade de parecer, de fé e muito menos de propósitos.
-
Por isso, Deus jamais adotaria o caminho das opiniões humanas (da carne e do sangue) para edificar a Sua
almejada unidade de fé e do conhecimento do Filho de Deus; para edificar nos homens a maturidade de
Cristo.
-
O poder que está no exercício das opiniões só pode mesmo é originar facções, divisões e subdivisões,
partidos, seitas e variedade de interpretações.
A cristandade moderna revela claramente ser constituída de igrejas pseudo-cristãs.
-
Todas elas menos uma, são formadas contra o princípio cristão de formação da Igreja verdadeira. Elas são
edificadas a partir da iniciativa particular de um fundador humano, de forma absolutamente ilegal diante
de Deus. Para que houvesse legalidade nelas seria preciso que toda escritura sagrada estivesse errada.
-
É por isso que Deus usa o poder do Seu testemunho espiritual para arregimentar
os homens e acolhê-los na Igreja de Jesus Cristo; não pode haver outro modo de fazê-lo. O testemunho do
Espírito sobrepuja nossas opiniões, alinha, organiza, uniformiza e unifica; transforma a variedade em
unidade ao operar e manifestar no homem o dom do arrependimento, que o leva a aceitar o batismo na
Igreja verdadeira e ao dom do Espírito Santo, o único poder empregado por Deus como edificador da
Igreja de Jesus Cristo.
-
ENQUANTO O HOMEM NÃO RECONHECER ESSA SUA FRAQUEZA E IMPOSSIBILIDADE DE
ENCONTRAR O REINO DE DEUS NA TERRA NA BASE DA OPINIÃO PARTICULAR,
CONTINUARÁ ENGANADO NAS IGREJAS DO MUNDO.
-
Não poderá ser de outra forma, porque estará agindo fora do método estabelecido por Deus para formar o
corpo de Sua Igreja. Ele se terá colocado na dependência de si próprio num assunto em que jamais poderá
agir independente da ordem arranjada nos céus.
Se não fosse provido por Deus um meio de comunicar-Se com o homem, no sentido de provar a
autenticidade de Suas manifestações; diferençando-as definitivamente e de modo inconfundível do
sentimento humano das simples opiniões pessoais, então, seriam vãs as palavras contidas em IIPed 1:20-21
e Mateus 16:17.
-
Uma opinião racionalista se tem simplesmente, opera-se apenas na mente; já um testemunho manifestado
por Deus é sentido espiritualmente no coração, antes de poder ser percebido, processado e compreendido
na mente.
Ele é manifestado quando Deus quer que o seja e não quando o homem força as coisas para que aconteça;
quando ele se deixa influir pelos cânticos e refrões ritmados de grupos inconseqüentes e que não se dão
conta que o zelo, a honra e a dignidade em que Deus tem o Seu Espírito, não permite que ele esteja ao
comando e bel-prazer das vontades humanas em busca de sinais do alto.
As manifestações do Espírito Santo são coisa muito mais séria, muito mais acima, muito mais restritas no
julgamento de Deus, do que as pretensas manifestações que o povo pensa que acontecem da parte de Deus,
e que se tornaram um lugar comum na falsa idéia dos tolos, batendo palmas e cantando refrões e se
autocondicionando para receber manifestações.
Sim, elas vêm ! Mas vos asseguro que não é do alto, e sim de um poder espiritual que visa condenar o
homem pela indignidade de pensar tal blasfêmias sobre o Espírito Santo.
-
Ó Satanás, como tem sido fácil para ti enganar as multidões ! Porque a única saída que Deus lhes dá é o
ouvir a palavra do Seu Sacerdócio pelos profetas de Israel do passado e do presente. Mas eles não ouvem
com os ouvidos espirituais a voz sussurrada do Espírito de Deus; preferem ouvir com seus ouvidos físicos
as vozes berrantes que enchem os ares de sons, e de almas o inferno.
-
Enfim, ó multidão, Amoramon deseja terminar esta carta apenas dizendo mais uma coisa:
-
As opiniões são fundamentadas só em raciocínio intelectual, o espírito do homem tem comando sobre o
como e o quando quer formá-las; enquanto os testemunhos do alto estão ao inteiro comando de Deus pelo
Seu Espírito; são alicerçados primeiramente num sentimento espiritual que se manifesta no coração, para
só depois subirem ao intelecto. Isso é o que torna impossível o diálogo entre os que têm a experiência dos
testemunhos da parte de Deus e os que têm falsos testemunhos, fabricados em baixo.
-
Quem poderá receber esse testemunho do alto se não se apresentar diante de Deus com um coração
humilde e despojado de toda sua pretensa cultura bíblica ou secular ou o que seja ? Quem tentar indicar o
caminho para si mesmo, seguramente irá em direção errada, porque nenhum homem pode encontrar o
caminho da salvação
por si só. Ela é um dom que Deus só dá a quem segue Suas regras.
Maio 1994
-
CARTA 11
-
Prezado Alain
Desejo que esta nossa troca de correspondência fique para a eternidade. Vou registrá-la nesta carta. Vou
transcrever algumas partes dos pensamentos que expressou e respondê-los em seguida.
Peço que considere os meus pensamentos com o mesmo interesse que usei para analisar os seus.
-
Prezado amigo, você começou dizendo:
-
"Todas as igrejas se dizem as únicas verdadeiras ... Mesmo que a maioria delas falasse isso por convicção, em
vez de ficar contente com essa unanimidade, fico é muito desconfiado. Se entre cem igrejas uma fosse
verdadeira e noventa e nove delas fossem erradas e enganadoras do povo, a probabilidade de encontrar a
certa seria muito pequena. Para mim, a minha Igreja tem uma vantagem decisiva sobre as outras: Foi
fundada por Jesus Cristo, sob a liderança de Pedro".
-
Peço então agora que considere suas próprias palavras iniciais. Veja Alain, se esta sua última afirmação
fosse verdadeira, não seria nada difícil encontrar a resposta: A Igreja Católica seria a única verdadeira,
existissem outras denominações quantas existissem; não seria absolutamente difícil concluir isso. Já que a
Igreja Católica é a única entre todas que declara ter mantido a linhagem do sacerdócio de Melquisedeque;
o qual Jesus Cristo recebeu do Pai Eterno (confirme isso na carta de Paulo aos Hebreus) e passou-o aos
apóstolos Pedro, Tiago e João, quando os constituiu e enviou para pregar o evangelho em todo o mundo
conhecido.
-
Se nenhuma outra igreja que se denomina cristã reivindica estar alicerçada sobre esse tão sólido
fundamento do sacerdócio e dos apóstolos, seria muito fácil concluir que a Igreja Católica é a única certa,
e portanto verdadeira.
-
Embora, eu diga que seria fácil às pessoas de mediana inteligência e algum conhecimento de causa chegar
a essa conclusão, através de pequeno esforço intelectual; também admito que não seria fácil para a
maioria das pessoas deste mundo, não por falta de inteligência e sim, mais por falta de interesse em
pesquisar essas coisas.
-
Só com esse pequeno esforço de nosso intelecto, seria possível eliminar todas as outras e dizer:
A Igreja Católica é a única verdadeira.
Pronto! Teríamos encontrado o caminho da salvação, o Reino de Deus na terra, somente por meio do
nosso intelecto! Daí em diante era só aprender o catecismo e pedir o batismo ou simplesmente seguir
fielmente as instruções e as doutrinas do catolicismo... se já houvéssemos sido batizados como bebês.
-
De que serviria o testemunho do Espírito Santo que alinhou Pedro com a verdadeira causa de Cristo ?
Mas para Pedro não lhe bastou a conclusão da "carne e do sangue" (o seu intelecto). A ele Jesus chamou
de bem-aventurado, porque sabia pelo Espírito Santo.
-
E quanto a nós outros cristãos; não deseja também o Senhor que sejamos bem-aventurados? E como o
seremos se também não o soubermos pelo Espírito Santo? Será que Ele queria para Pedro o testemunho
do Espírito e para nós o do intelecto? Mandaria Ele a um vestir-se de seda e aos outros de trapos?
-
Alain, o intelecto é um instrumento de grande valor para o homem dominar as coisas que estão aqui por
baixo, mas as que estão acima só são sondáveis pelo Espírito de Deus. Ou Ele se revela ou nossas
conclusões serão grandemente duvidosas.
-
Ouvindo os leigos aqueles argumentos racionalistas em favor do catolicismo, da parte dos sacerdotes
católicos, que aprenderam intelectualmente a doutrina, história e ordenanças nos seminários, segundo as
tradições católicas; que foram constituídos de autoridade eclesiástica, sem nunca terem experimentado o
testemunho de fogo do Espírito Santo, para saber diretamente de Deus se Ele aprovou suas ações, sua fé,
suas ordenanças, doutrina e teologia; perguntamos:
Em que são transformados esses leigos que aceitam a pregação do intelecto religioso tradicional católico?
- Certamente que não poderão ser chamados de bem-aventurados, como Cristo chamou a Pedro e também
gostaria de chamá-los. Eles não passarão de cristãos intelectuais tradicionais.
-
"Que têm uma aparência de religiosidade, mas negam o Meu Poder" (negam a necessidade da
manifestação viva do poder de Deus para iluminar sua decisão no caso crucial de encontrar o Reino de
Deus na terra)
-
Com toda segurança Alain, Deus os vê como desventurados, porque lhes falta o testemunho de fogo do
Espírito Santo, para julgarem as coisas de Deus segundo Deus e não segundo o intelecto humano.
A fé que nos vem pelo intelecto não é bastante para garantir que seguimos o caminho mais elevado, o mais
excelente, e que levará nossos espíritos à presença do Deus Pai.
-
Alain, você é uma dessas pessoas, mas só continuará a ser se quiser. A revelação de Deus existe para
ajudar o homem naquilo que não pode fazer por si mesmo.
E encontrar o Reino é uma dessas coisas, só o Espírito de Deus pode mostrar ao homem onde encontrá-lo.
-
Você teorizou cem igrejas, uma verdadeira e noventa e nove falsas, para concluir que seria muito difícil
encontrar a verdadeira. O fato é que não são apenas cem, são vários milhares!
Mas qual a dificuldade que terá o Espírito de Deus para encontrá-la para você ?
Só será muito difícil, mesmo impossível, se você não aprender a confiar no Espírito e nas palavras de
Cristo:
-
"Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á"; "Quem procura acha, a quem bate ser-lhe-há aberto".
-
Alain, é preciso portanto que nos seja aberto depois de batermos, você fala como a esmagadora maioria
dos católicos que conheço; como eles, você não conhece as escrituras em profundidade. Se conhecesse,
nunca diria ser difícil encontrar o Reino; pois saberia que Quem o encontra para o homem é o Espírito de
Deus; basta que ele esteja profundamente interessado. Mas qual o profundo interesse que pode ter uma
pessoa que pensa já ter encontrado sem nunca ter procurado avidamente... como um semi-afogado anseia
pelo ar.
-
Alain vou dizer-lhe uma coisa muito dura que só os verdadeiros amigos e que realmente se importam têm
coragem de dizer:
-
As coisas falsas que vêm ao nosso espírito por processo intelectual, por vias racionalistas, podem ser
derrubadas por nosso próprio intelecto, por concurso da luz de Cristo, que se manifesta na nossa
consciência e nos ensina a julgar as coisas, ver claramente o bom, o justo, o certo e o errado, a verdade e a
mentira.
-
Pela luz de Cristo e as palavras de Deus no Velho e no Novo Testamentos (sem falar aqui no Livro de
Mórmon, em que você não crê) podemos ver claramente as falsidades intelectuais tradicionais pregadas
pelas religiões do mundo; tanto em palavras quanto em atos.
A desvirtuação da doutrina e da religião verdadeira que o Filho de Deus ensinou é tão flagrante nas vias
do catolicismo, que é um escândalo ver tantas pessoas submetidas a ele; só explicável por auto-alienação,
doentia acomodação espiritual sob o poder das falsas tradições e desinteresse na busca do Reino.
-
Você então me fez uma pergunta muito comum; já a ouvi muitas vezes:
-
"Por que Jesus Cristo teria fundado uma Igreja destinada a tornar-se errada por mil e oitocentos anos?".
-
A Igreja, com a primeira vinda de Cristo, tinha que ser implantada na terra, para dar oportunidade aos
homens das várias gerações receberem as bênçãos da ressurreição e da vida eterna. Cristo realizou essa
meta do Plano de Deus em plenitude.
Os justos de todas as eras anteriores e posteriores passaram então a poder aproveitar essa oportunidade
maravilhosa.
A Igreja da terra caiu pela iniqüidade dos líderes, mas ela continuou a existir nos céus com aqueles
mesmos santos do Velho e do Novo Testamentos; para, no devido tempo e de acordo com as escrituras, ser
trazida de volta à terra, precedendo a segunda vinda de Cristo para julgar o mundo.
A Igreja verdadeira jamais tornou-se errada ou deixou de existir. Os homens é que deixaram de merecer
ter a Igreja no seu meio. Os objetivos do estabelecimento da Igreja na terra foram inteira e totalmente
cumpridos.
Deus não preordenou a Igreja para cair em apostasia e sim para dar oportunidade de salvação aos vivos e
aos mortos que aceitarem os termos do Plano de Salvação. Sem ela isso seria impossível.
-
Alain, nos mesmos termos eu poderia perguntar a você:
-
Por que Deus chamaria o povo israelita à reunião na terra de sua herança, se sabia ter que dispersá-lo por
mais de dois mil e seiscentos anos?
Não foi também a iniqüidade do povo eleito a causa da dispersão? E Deus não a usou para abençoar todas
as famílias da terra com o sacerdócio e as promessas feitas a Abraão?
Para que Deus mandaria Salomão construir o templo de Jerusalém, se sabia que o abandonaria à
destruição mais tarde? Por que fez o mesmo com o templo de Zorobabel e mais tarde com o de Herodes,
destruído pelos romanos?
-
Que resposta você me daria? Certamente diria, de acordo com a própria resposta do catolicismo - Deus fez
todas essas coisas para poder abençoar de forma geral os povos da terra, e quando o povo israelita
mostrou-se indigno do Espírito de Deus e das bênçãos dos templos, eles lhe foram retirados.
-
Ora, se confessamos que Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre; temos de admitir que Ele também
retirou da terra a Igreja fundada por Cristo, de acordo com as escrituras. E que a restauraria agora
novamente, antes da segunda vinda de Cristo ... de acordo com as escrituras.
(Atos 3: 19-24; IITess 2: 3-4 e 8-12; I Tim 4: 1-3).
-
Isso é o que o catolicismo responderia se pudesse ser coerente com a sua resposta na questão da dispersão
dos judeus e da destruição dos templos; dos quais, Deus afastou-se. Mas como poderia ser coerente, se
para sê-lo, estaria confessando a apostasia e se autocondenando à destruição?
-
Assim, os líderes católicos percorrem o mundo nas suas vestes sacerdotais (o que Cristo ou os apóstolos
jamais usaram); levam nas mãos ídolos cegos e mudos (o que Cristo ou os apóstolos jamais fizeram);
beijam imagens de santos e santas feitas de pau ou de pedra (o que Cristo e os apóstolos jamais fizeram).
Seria interminável a série de escandalosas ilegalidades, violações e blasfêmias que eles cometem diante de
Deus.
-
E mesmo fazendo tudo isso, são recebidos com honra pelos poderosos dos Estados Nacionais por onde
passam (recebem honrarias que nenhum poderoso da terra jamais prestou a Cristo ou aos apóstolos
verdadeiros).
Porque a Igreja fundada por Jesus Cristo, na sua pureza, jamais poderia ter o respaldo do mundo, como a
Igreja romana sempre teve, desde que surgiu até hoje.
-
Certamente Cristo deveria estar "erradíssimo" quando disse que poucos encontram a porta estreita e
seguem o caminho apertado . Mais "errado" ainda estaria quando acrescentou que muitos vão pela porta
larga e o caminho espaçoso que levam à perdição.
-
Alain, ou as multidões estão certas e Cristo está errado ... ou elas estão em erro e Cristo está certo, não
pode haver meio termo para julgar essas coisas com justiça. Suas palavras não podem ser tornadas vãs
para justificar as crenças falsas das multidões, que são levadas por guias cegos a cair no mesmo buraco.
-
Deus colocou essas coisas diante de nós de uma forma tão clara, que é impossível escapar da condenação se
não as discernirmos. Só não vê a verdade de tudo isso quem não quer ver. Essa atitude jamais poderá
justificar o homem diante de Deus, seguramente ele se autocondenará no último dia.
-
Alain, compreendo perfeitamente que a liderança católica não pode optar por ser coerente e fazer essa
destemida confissão. Mas você pode!
Por que se autocondenaria à mesma destruição a que eles se condenam?
Você é muito mais descompromissado com o erro do eles são. Você não fez os votos feitos por eles, não
assinou convênios com Cristo que Cristo jamais propôs.
Alguns desses convênios e votos são tão antagônicos com a verdade ensinada por Ele e seus apóstolos, que
eu não hesitaria nem um pouco em dizer que foram inspirados pelo demônio.
Você pode libertar-se pelo testemunho do Espírito Santo ... bastará que busque a verdade com intensidade,
fé e desassombro. Faça o mesmo que o jovem Joseph fez
e Deus o conduzirá para vencer o ministério do erro.
Perdoe-me pela dureza de minhas palavras, mas elas passarão a ser doces no seu coração se você ceder ao
Espírito que elas comunicam.
-
Continuo a considerar as palavras de sua carta:
-
"Por que Pedro e os demais apóstolos não tiveram possibilidade de transmitir os poderes que receberam
de Cristo? Eles eram menores do que Joseph Smith?"
-
- As escrituras nos provam que eles fizeram exatamente isso, pois o livro do Apocalipse fala de sete ramos
da Igreja espalhados por diversos lugares,
os quais, ainda existiam no decurso do segundo século pelo menos. Mas, como denuncia Paulo, a Igreja já
desde o seu tempo, estava trilhando o caminho da apostasia predita.
-
E agora Alain, considero o que segue, o argumento mais espiritualmente imaturo que apresentou, ao qual
definiu como indiscutível; quando em verdade é um dos mais duvidosos e discutíveis de todos, em função
das escrituras:
-
"Recebi minha fé dos meus pais, junto com a mamadeira - na minha opinião, a revelação de Jesus Cristo
assim dada (através dos pais terrenos) é a única que vale".
-
Ó céus, ó paraíso, ó infernos! Que terrível mal fez o catolicismo a uma pessoa tão boa como você Alain;
para fazê-lo dizer tal blasfêmia sem perceber!
-
Sem dúvida é belo o amor que demonstra ter por seus pais. Mas se todos os filhos neste mundo, aplicassem
esse seu mesmo critério para definir a revelação do Espírito Santo, teríamos antes de admitir que a
palavra de cada um dos pais terrenos valeria tanto quanto a sagrada manifestação de fogo do o Espírito
Santo ao
coração do homem.
Teríamos que jogar fora o testemunho de Pedro, porque ele não o recebeu de seus pais, como você Alain,
disse ter recebido dos seus!
-
"Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim"
(Mat 10: 37)
-
Onde iria parar a verdade que só Deus tem no Seu Espírito?
-
Tanto pais quanto filhos, dependem inteira e individualmente do testemunho pessoal desse Espírito, para
conhecerem a verdade e se tornarem livres das opiniões carnais, próprias ou alheias. A lei imutável é:
Revelação pessoal ou morte espiritual.
-
O testemunho do Espírito leva o homem à exclusividade e à unidade; as opiniões individuais levam ao
panteísmo, idolatria, blasfêmia, paganismo ...ecumenismo.
Isso tudo é a conseqüência do critério que você advogou e segue.
-
É por isso exatamente que o cristianismo do mundo é um caos de falsidade e de treva. É por isso que o
demônio é o príncipe deste mundo; ele é o príncipe de tudo o que é mentira e falsidade. Ele reina sobre o
cristianismo falso na terra mortal e no mundo dos espíritos, onde também estão os "mestres" que Cristo
não constituiu no seu sacerdócio.
-
E você termina sua carta com um comentário que revela sua posição diante dessa grande guerra de
opiniões em que o demônio lançou a cristandade da terra:
-
"Esse confronto de opiniões e interpretações entre pessoas que "sabem" estar a verdade do seu lado, e que
as outras pessoas estão erradas, só pode levar a brigas e guerras".
(Creio com isso Alain que você acha não valer a pena lutar no proselitismo).
-
Os discípulos de Jesus sabiam que estavam com a verdade - ela era a própria presença do Filho de Deus
entre eles. Por isso, sua pregação sempre esteve em confronto com as falsas idéias do mundo sobre Deus e
o seu Pano de Salvação.
-
A verdade de Deus não se pode calar diante da mentira. Ou não seria verdade que o Filho de Deus foi
enviado para trazer ao mundo a verdadeira religião e, com isso destruir as obras do diabo. Também não
seria verdade o que Cristo disse:
-
" Não julgueis que vim trazer a paz sobre a terra ... não a paz, mas a espada. Eu vim fazer a divisão entre o
filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua
própria casa"...(Mat 10: 34-36).
-
Prezado Alain, sei que você ama a seus pais. Mas o melhor bem que poderá lhes fazer está muito além de
simplesmente ser fiel aos ensinamentos que recebeu deles. De que lhes valerá ou a você a pureza de
intenções se os ensinamentos não forem os que Deus ensinou para o maior bem deles e de você?
-
E se eles foram enganados e passaram o engano para você?
Amar-los-ia menos se saísse você do engano e depois os ajudasse a sair?
(quer estando vivos ou mortos).
O que não daria você para fazer-lhes tão importante serviço? Você recebeu de Deus a oportunidade de
conhecer muito mais do que eles conheceram na terra sobre todas essas coisas do Plano de Deus.
É-lhe oferecida oportunidade e poder para agir além do véu da mortalidade e alcançá-los lá no mundo dos
espíritos, seja onde estiverem, e abençoá-los de imediato com o paraíso de Deus e com a breve futura
ressurreição para a
vida eterna.
-
Enfim, pela aceitação e fidelidade ao Evangelho do Reino que foi revelado a nós nos últimos dias, você
poderá fazer tudo isso por eles. Enquanto pela fidelidade aos ensinamentos que eles lhe deram, não fará
nenhum bem a eles ... e por isso, muito menos a você.
-
Alain, já o conheço há muitos anos. Sei de suas grandes qualidades como pessoa humana. Conheço
também quão obstinado é você de caráter. Digo isso no bom sentido. Tenho consciência de que empreguei
todo meu poder , mente e força espiritual nesta carta, e que fui absolutamente claro em tudo o que escrevi.
-
MINHA DESPEDIDA DO ALAIN
-
Alain partiu para a França numa travessia solitária do Atlântico. Foi a segunda vez que enfrentou uma
navegação solitária num barco à vela de sete metros. Desta vez foi de sua própria construção; fez todos as
plantas, fez todos s cálculos, encomendou e administrou a construção do veleiro. A viagem durou dois
meses,
mas ele chegou bem na França.
Alain é uma pessoa de poucas amizades, é retraído. Ele era excepcionalmente dedicado à sua esposa; ela
perdera a visão havia uns vinte anos antes de morrer.
No ano seguinte, 1995, Alain partiu no seu veleiro curtindo a sua dor. Talvez nunca mais nos vejamos
nesta vida.
-
Eu era a única pessoa com quem ele se abria e conversava sobre religião; até mesmo trocamos algumas
cartas sobre esses assuntos.
-
Mas Alain estava irremediavelmente contaminado pelos dogmas do catolicismo para poder considerar os
eventos da restauração com a liberdade e a disposição de espírito capazes de produzir um testemunho do
evangelho restaurado.
-
Ainda ocorria o percalço de sua extrema fidelidade aos pais ... Que pena! Ele seria um grande membro da
Igreja se alcançasse o entendimento espiritual. Infelizmente o que ele tem de sobra de inteligência
mundana lhe falta em discernimento espiritual.
Amoramon espera que não. Mas talvez ele seja uma daquelas pessoas de quem o Livro de Mórmon diz em
certa passagem: "Haverá alguns que não acreditarão, por mais que o homem faça por declarar".
-
PREFÁCIO DA CARTA AO ANTÔNIO
-
A resposta dada nesta carta, precisa ser analisada com muito cuidado e discernimento espiritual.
-
O fato de sabermos que a Igreja tem ajudado, tanto com milhares de toneladas de gêneros alimentícios
quanto com assistência técnica, a muitas populações carentes da terra, em catástrofes e emergências
nacionais sempre ocorrendo (isso conforme os relatórios semi anuais publicados na revista Liahona); não
significa ser esse o sistema de Deus para estabelecer Sua Sião na terra.
O modo do Senhor para cumprir essa meta está descrito na resposta que daremos às questões levantadas
pelo Antônio. Nem por isso estamos condenando ou criticando os que fazem a caridade no seu próprio
modo de fazer as coisas, pois sabemos que o homem não alcança os pensamentos e as razões de Deus; para
poder agir por si mesmo como Ele o fará no Seu devido tempo.
-
Para agir em unidade com Deus, o homem precisará ter o dom do Seu Espírito e usá-lo num grau superior
da harmonia com Ele. O mesmo é verdade para nós como membros da Sua Igreja. Podemos fazer a
caridade que quisermos em benefício das pessoas alheias à nossa congregação; podemos nos associar às
campanhas comunitárias que houverem. Mas o que não devemos perder é o entendimento de que não será
simplesmente por essas ações de assistência social praticadas pela piedade do mundo, que a Sião de Deus
será estabelecida na terra.
-
Não nos devemos descuidar de cuidar primeiro dos necessitados dentro de nossas congregações; e em
primeiro lugar dos mais fiéis entre eles e que estejam em dificuldades. Para isso, não nos devemos furtar
das ofertas de jejum, das ofertas alçadas e das visitas aos seus lares; para viver as suas aflições e ajudá-los
com tudo o que pudermos através do juiz comum da ala, o bispo.
Depois, se houver condições cuidaremos dos necessitados de fora.
-
Cuidando dos nossos do modo que o Senhor ensinou, estaremos edificando Sua Sião; mesmo que nada
possamos fazer pelos que estão de fora do Reino ... porque não aceitam o convite e não querem participar
do Serviço.
-
Certa vez o Senhor disse a um de seus discípulos que estava preocupado em enterrar um morto primeiro e
só depois seguí-lo:
"Deixa que os mortos enterrem seus mortos; vem tu e segue-me!"
-
Parodiando: Deixa que o mundo socorra os que são do mundo; vem tu e socorre primeiro os que, como tu,
não são mais dele.
Se alguém disser que estas palavras são injustas, que dirá ele daquelas ditas pelo Senhor ao parente do
morto?
-
CARTA 12
-
Prezado irmão Antônio
Na última visita que fiz como seu mestre familiar você me abriu seu coração ao falar com grande
franqueza do como se tem sentido ultimamente na Igreja.
Isso foi muito bom. Voltei para casa pensando no que dizer a você sobre todos aqueles sentimentos que
expressou, e conclui ser necessária uma resposta muito mais cuidadosa, elaborada e, sobretudo,
fundamentada em todas as coisas que estes vinte e cinco anos de minha militância na Igreja adicionaram
ao meu entendimento. Talvez com esta carta você venha a necessitar muito menos tempo do que levei para
alcançar a compreensão que agora expresso.
-
Suas palavras:
-
"Tenho freqüentado com regularidade as reuniões dominicais, tenho lido o Livro de Mórmon quase
diariamente, tenho lido as Liahonas. Mesmo assim, sinto uma certa apatia e uma sensação de que faço as
coisas por um dever de obediência rotineira ao convênio que fiz no batismo, mas sinto falta de um verdadeiro
conhecimento de causa que me mantenha motivado; sinto falta de enxergar metas mais objetivas sobre o que
estou fazendo na Igreja. Sobretudo de enxergar o que faz a nossa Igreja neste mundo, melhor do que fazem
muitas igrejas sérias que conheço.
-
Muitas vezes fico perplexo ao ver muito mais ações de assistência social e outros benefícios temporais em prol
dos necessitados, da parte de outras igrejas, do que observo da nossa parte. Fico triste ao constatar que nada
fazemos pelas comunidades, pelos miseráveis sem lar que vivem ao relento, por baixo de pontes e elevados;
enquanto as igrejas evangélicas proeminentes não cessam de fazer e mostrar suas obras assistenciais.
-
Vejo também que eles fazem esses trabalhos de amor sem verem a quem estão fazendo, tenham eles a crença
que tiverem. Fico mudo ao ouvir de algumas pessoas que conheço a acusação de que nós os mórmons só nos
importamos com os pertencentes às nossas pequenas congregações e deixamos de lado os outros,
que estão muitas vezes em situação pior do que os nossos necessitados".
-
Antônio, o quão importantes foram as questões que levantou, você só poderá saber após ler na íntegra as
palavras desta carta. Foram valiosíssimos os sentimentos que deixou falar do mais profundo do seu
coração quanto ao modo pelo qual vê atualmente a nossa Igreja e as outras.
-
São tantas as coisas que devo dizer que mal sei por onde começar!
-
O Espírito me diz que devo partir da palavra PERSPECTIVA!
-
Nossa Igreja é guiada pela perspectiva de Deus; as outras têm por guia a perspectiva do homem. Isso,
basicamente, é o que determina a enorme diferença.
-
"Meus caminhos não são os vossos caminhos; e meus pensamentos são mais altos do que os vossos", é a
palavra que Deus nos deixou para considerar.
-
A perspectiva do Alto nos guia a ações que resultarão em benefícios permanentes a longo prazo; a
perspectiva de baixo guia os homens a ações que resultarão em benefícios imediatos, mas incompletos e
transitórios.
-
Enquanto Deus vê o fim desde o princípio, o homem só vê o que está imediatamente debaixo do sol, o hoje;
ele não consegue ver o princípio e muito menos o fim.
-
A perspectiva de Deus é estabelecer as células de Sua Sião na terra, para que o reino de Sião governe a
terra no Milênio
("de Sião sairá a lei e de Jerusalém a palavra do Senhor").
-
A perspectiva do homem não vai além do remendar os odres velhos ou as roupagens esfarrapadas dos
intermináveis miseráveis da terra. Isso porque, o poder de injustiça do sistema mundial para gerar
miseráveis, é astronomicamente maior do que as ações acanhadas da perspectiva de justiça dos poucos que
tentam fazer algo
por eles.
Este mundo é uma fábrica de párias físicos, mentais e espirituais em altíssima e acelerada produção; pelo
poder que o homem permite ao diabo exercer e reinar na terra, através de ignorar ou ser indiferente e
rebelde diante da lei revelada por Deus.
Nosso Deus não entra nessa de transformar Sua Igreja num empreendimento de Assistência Social
segundo as perspectivas humanas e seus sistemas assistenciais, no seio de uma multidão miserável em
caráter permanente, crescente e interminável.
-
Seu reino não é o deste mundo. Seu sistema tem o poder para consertar tudo isso, mas pelos métodos e
perspectivas do Alto; nada daqui de baixo Lhe serve. São os homens que devem adotar o sistema de Deus,
não Ele os dos homens.
-
Ditas essas primeiras coisas Antônio, talvez você já possa começar a perceber alguma diferença e ter
respondidos alguns dos por quês? de sua mente.
Mas ocorreu-me neste ponto que alguns anos atrás outro irmão de fé manifestou questões parecidas e
enviei-lhe uma carta, a qual transcrevo em parte:
-
A CARIDADE DO HOMEM E A CARIDADE DE DEUS
-
A caridade acanhada do homem preenche temporariamente o vazio de um estômago, mas não o do
espírito; nem do que dá nem do que recebe.
A caridade do homem abriga e aquece por fora, mas não o faz suficientemente por dentro da criatura
assistida ou daquele que a assiste. Porque o frio de um recôndido e angustiante sentimento de tristeza,
permanece em ambos os corações.
É aquele nosso sentimento da preexistência, que veladamente se insinua nas consciências e transmite um
frio às almas sensíveis ao contemplarem as injustiças da terra - Todos filhos de um mesmo Pai, uns na
opulência e outros na indigência.
-
A caridade imperfeita do homem, exalta o rico e humilha o pobre; enquanto a caridade perfeita do sistema
de Deus, dignificará o pobre e tornará grande o rico, pela humildade diante da lei de Deus. Porque o
sistema do homem não desenvolve o poder para mudar as posições relativas de uns para com os outros;
mantém as castas do mundo, uns escravos outros mestres.
-
Já o sistema de Deus, levará os pobres àquelas justas oportunidades temporais e espirituais, que os farão,
de direito divino e inalienável, participantes dos bens da terra no tempo e na eternidade. Isso se dará pela
ação humilde e dignificante daqueles que detiverem nas mãos as riquezas da terra, em bens e talentos; os
quais se tendo convertido ao evangelho do reino, ao chamado de Deus pela voz do profeta presidente da
Igreja, ampliarão suas almas ao infinito:
-
- Ao depositarem nos Celeiros do Senhor (nas mãos do gestor de bens de cada ala geográfica, os bispos)
todas as suas posses temporais, dons e poderes; para a edificação da Sião de Deus na terra.
Ou isso será feito ou jamais a Sião de Deus será estabelecida na terra.
-
O grande profeta Enoque despendeu trezentos e cinqüenta anos para conseguir isso do povo da Igreja no
seu tempo; todos eles foram transladados para um habitat superior. Hoje, já se passaram cento e sessenta
e cinco anos desde que a Igreja foi restaurada à terra.
Mas, Alguém muito mais poderoso do que Enoque, veio cuidar e continuará a tratar pessoalmente deste
assunto. Seguramente o Senhor Jesus Cristo despenderá muito menos tempo para implantar Sua Sião na
terra.
-
Antônio, quando você for ao Templo, será requerido que faça este convênio com Deus - O da Consagração.
Então , terá consciência de que se estará auto-obrigando a cumpri-lo quando Deus o chamar a fazê-lo.
Não é para já, mas está próximo. Não importa se você estará vivo ou morto temporalmente, porque este
convênio é para o tempo e a eternidade. Pois quando Cristo voltar, esta será a lei fundamental para Deus
poder levar adiante a Sua Ordem Econômica na terra, como ela é administrada nos céus:
A Ordem Unida, para administração dos bens da terra; em benefício de todos os que se puserem em
conforme com Ele.
-
"Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como (ela é feita) nos céus".
-
Antônio, é isso o que os cristãos pedem quase todos os dias nas suas orações, sem saberem exatamente o
que estão pedindo, e muito menos as implicações e condições que lhes serão requeridas para que tão
grandiosa bênção se cumpra sobre a humanidade que restar dos julgamentos de Deus.
-
Ainda lhe direi mais alguma coisa sobre o mesmo tema:
-
A caridade do homem faz bem à sua alma, mas ela é pequena, circunscrita, acanhada, não tem longo
alcance nem se irradia como um bem permanente. É dependente da vontade, dedicaçào, determinação e
presença de indivíduos de vida efêmera, de perspectivas e poderes limitados, e inteligência relativa.
-
Já a caridade de Deus, embora sendo exercida através do homem, fará ainda um melhor bem à sua alma.
Porque ela será ampla, sem fronteiras, poderosa e de alcance infinito; será irradiada como um bem
permanente. Porque não dependerá apenas do valor e presença de indivíduos que não contam com o
poder, o conhecimento, a presença franca e a unidade que o Espírito Santo tem com o Pai e o Filho na
execução do Plano de Salvação da humanidade.
-
A caridade de Deus não é aplicada por indivíduos agindo sozinhos, dentro do círculo de suas limitadas
visões. Ela é para ser aplicada a partir de uma inteira nação - a Israel de Deus (não a Israel esttado
mundial atual, na desordem espiritual em que está), mas sim a partir da Israel de Deus, una em propósito
e vontade; poderosa e eficaz no cumprimento da Vontade Suprema, no Seu modo próprio de fazer a
caridade.
-
Antônio, estas são as razões superiores pelas quais os profetas anunciaram e ansiaram pelo dia do
estabelecimento de Sião sobre a terra. A nação santa anunciada por Deus para estabelecer Sua justiça e
irradiar Seu amor e verdade sobre todos os homens.
-
Estas coisas são astronomicamente maiores do que os esforços desorganizados de todas as entidades de
assistência social do mundo somados e multiplicados.
Elas só valem pela intenção; mas jamais resolverão um décimo da carência mundial sempre crescente. O
céu não é pavimentado com lajotas de boas intenções humanas e sim com aquelas que levam impresso o
selo da obediência aos mandamentos de Deus.
-
Não é possível estabelecer uma nação sem congregar seus cidadãos; para transmitir-lhes o espírito
nacional e a unidade de ideais. Isso não poderá ser feito sem o poder da palavra (pregação autorizada).
Nos verdadeiros trabalhos de Deus, isso exige o chamado de um profeta, organização do sacerdócio,
estabelecimento da Igreja , envio de missionários; trabalho, dedicação e sacrifício do povo congregado e ...
sobretudo obediência, paciência e perseverança, porque o resultado final de tudo isso só virá a longo
prazo.
-
Finalmente Antônio, devo dizer que nada do que fizermos em benefício deste trabalho de Deus será por
Ele ignorado. Lembre-se de que este é o único trabalho que extrapola o tempo e garante os direitos do
homem na eternidade e o faz participante de tudo o que Deus possui.
-
É importante entender que não desmereço os esforços caridosos de quaisquer pessoas ou igrejas. Todos
eles terão seus méritos relativos reconhecidos por Deus. Mas a única Organização da terra que pode
acabar com a indigência e a pobreza, de forma global, é o governo do Reino de Deus, o qual tem princípio
na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Ele começa pelo estabelecimento da justiça de Deus na célula mater - a família. Depois no conjunto de
famílias numa ala; depois numa estaca (conjunto de alas); depois numa região (conjunto de estacas);
depois numa área (conjunto de regiões) ... Até levedar toda a terra com o sistema de governo dos céus.
-
Espero ter conseguido responder satisfatoriamente a todas as suas dúvidas. Caso haja mais, espero que
seja tão franco quanto foi na minha última visita. Tudo isso resultou em bem para mim e para todos os
que lerem esta carta. Sei que não me negará a permissão de publicá-la num livro que estou escrevendo :
-
AS CARTAS DE AMORAMON.
-
Um até breve do seu irmão em Cristo
-
CARTA 13
-
Prezado Wilson
Nossos encontros têm sido muito interessantes, eu com a minha fé religiosa e você com sua fé científica. É
engraçado quando sou desafiado a convencê-lo das coisas espirituais em que creio e você não.
Como poderei tentar tal empreendimento se você obstinar-se defensivamente na fortaleza de suas próprias
razões? Por onde começar?
Vamos tentar as coisas pela palavra PERSPECTIVA; ela tem sido meu carro-chefe para iniciar esses
diálogos difíceis.
-
Numa perspectiva bem mais alta do que a comum; poderia haver uma fé religiosa que não fosse científica
ou uma fé científica que não viesse a se tornar religiosa?
-
Posso garantir que a resposta científica a essas duas questões é um redondo NÃO!
A história das ciências está farta de exemplos em que ela seguiu atrás de suposições diametralmente
opostas às verdadeiras causas para compreender e explicar os fenômenos observados. A ciência admite
que as suposições trazem graus de incerteza e possibilidades de explicações alternativas.
-
A história da ciência coleciona um oceano dessas falsas suposições. Ela só obteve o verdadeiro, mas ainda
relativo conhecimento de causa, depois de ter mudado o seu curso inicial.
A suposição de que os seres vivos, da simples ameba, subindo na escala até o homem, surgiram por mera
obra do acaso a partir de uns dois bilhões de anos atrás
é na verdade cômica ... Já que eles nada sabem com certeza nem do que se passou com seus próprios
familiares há dois mil anos.
-
Amigo Wilson, onde se encontra a última fronteira do conhecimento científico do homem? Qual o limite
do progresso no conhecimento científico e na sua aplicação prática para o desenvolvimento das coisas e
dos seres? Qual o cientista imprudente que ousaria estabelecer esse limite?
-
A única conclusão coerente, cientificamente pensando, é que o progresso só pode ser infinito. Isso leva
nossa inteligência a concluir cientificamente que o homem caminha para ser um Deus. Essa nossa
conclusão científica lança-nos para bem perto da Bíblia, quando ela diz:
-
"Eu disse: Sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo. Contudo morrereis como simples homens ..."
(Salmos 81:6-7)
-
A ciência, quando é coerente consigo mesma, deve concluir que o homem caminha para ser como um
Deus; já que ele terá à sua disposição um tempo infinito para chegar lá. Tanto tempo ele terá, quanto teve
nosso Pai para tornar-se Deus, pois o tempo é apenas uma ilusão cercada de infinito por todos os lados ...
É, portanto anticientífico pensar em limites para o progresso do homem.
-
Se a morte física fosse um limite, ela seria anticientífica. Neste caso, o estado de Deus só poderia ser
alcançado pela futura geração científica que chegasse a obter o poder da imortalidade (a ciência da
imortalidade); anticientifica seria nossa posição se admitíssemos que todos os mortos anteriormente
estariam perdidos para sempre, já que com isso estaríamos estabelecendo limites finais para o seu
progresso...que, científicamente, também deveria ser infinito.
-
Ocorre que se esses futuros Deuses não conseguissem ressuscitar cientificamente os das gerações passadas,
estariam limitados cientificamente nos seus poderes.
Sua ciência não seria infinita, ainda não seriam Deuses; embora fosse cientificamente impossível deixarem
de chegar a sê-lo no porvir; porque o progresso da ciência não tem por onde deixar de ser imortal ...
infinito. Ou isso ou ela não é ciência. Essa é a Ciência que está denominada de Sabedoria no livro de
Salomão do mesmo nome, terceira parte.
-
Portanto, caro Wilson, a ressurreição é um fato científico absoluto e coerente com o progresso infinito do
homem. Fato esse que, fora de qualquer dúvida, tem de ser reconhecido como inapelável - Ou a ciência
terá que negarr a si mesma.
-
Quem não tem fé no poder infinito da ciência , nesta nossa perspectiva mais alta, não tem fé em Deus.
Quem, nesta mesma perspectiva superior, nega a Deus, estará negando o progresso infinito da ciência.
É incoerente aceitar uma coisa e negar a outra, pois a mútua dependência dessas duas verdades torna
inapelável a nossa conclusão porque ambas fazem parte do edifício da Verdade.
-
Ocorreu-me agora o texto de uma escritura que há algum tempo havia selecionado para enviar a um
amigo que se dizia agnóstico. Ele tomara essa posição por se ter revoltado contra tanta discórdia entre as
muitas religiões que conhecera e que quiseram arregimentá-lo para suas fileiras.
-
Esse meu amigo continua a admirar a grandiosidade das coisas universais, mas continua a não ser capaz
de crer ou descrer na existência de Deus.
Ele hoje apenas tem certeza de uma coisa:
Que passara a abominar todas as religiões organizadas.
Uma vez eu lhe disse: Se você abomina as organizadas, que dirá das desorganizadas! E ele respondeu:
-
- Não! Não abomino as desorganizadas, porque elas representam para mim um esforço individual
autêntico, desinteressado e independente de uma pessoa para prestar honras a algum poder superior
inteligente, se é que ele existe.
Eu sou uma dessas pessoas.
-
Ele é o protótipo perfeito do agnóstico.
Sem dúvida esse meu amigo está bem adiante espiritualmente dos que se declaram taxativamente ateus,
mas da mesma forma, está estagnado no seu progresso, não
sabe para onde vai, nem o que faz na terra, nem de onde veio nem para que veio.
-
Prezado Wilson, não sei bem como classificar você nesse jardim zoológico espiritual. Talvez nem mesmo
você o saiba. Por isso, fui buscar no último parágrafo de um excelente livro que tenho - Evidence in
Science and in Religion, de Arthur Wallace, editado em 1966, o inteligente texto abaixo:
-
"Se uma pessoa não tem conhecimento das escrituras ou se ela recusa-se a obtê-lo, essa pessoa terá alguma
justificação para adotar um ponto de vista agnóstico.
Isso significa que ela não estará convencida que Deus exista ou não.
-
Se , contudo, alguém clama ser ateu, está sendo dogmático quanto à certeza de suas suposições. Certas
pessoas pensam que suas atitudes são científicas quando assumem o não acreditar em nada que não
possam ver, sentir, ouvir ou medir.
-
Porém, elas ficam bastante surpresas quando aprendem que tal atitude não é absolutamente científica. Já
desde longo tempo a ciência teve de abandonar os sentidos físicos e o senso comum, para que pudesse
chegar a um melhor entendimento do mundo físico.
Um verdadeiro cientista vive hoje pela fé, fé nos seus conceitos, nas suas fórmulas matemáticas, em seus
instrumentos".
(Armin J. Hill, Modern Science and your Religious Faith)
-
Agora a escritura:
-
"São insensatos por natureza todos os que desconhecem a Deus, e que, através dos bens visíveis, não querem
reconhecer Aquele que é; nem reconhecer o Artista, considerando suas obras; pelo contrário, tomam o fogo, o
vento ou o ar agitado, a esfera estrelada, a água impetuosa ou os astros dos céus, por deuses governadores do
mundo".....
(Como os que atribuem aos mecanismos automáticos da natureza o governo final das coisas do mundo).
...."Se é por estarem encantados com sua beleza que tomam essas coisa por deuses, saibam então quanto seu
Senhor prevalece sobre elas. Se o que os impressiona é a sua força e o seu poder, que compreendam por meio
delas, que seu criador é mais forte; pois, a partir da grandeza e da beleza das criaturas é que, por analogia,
se reconhece o seu Autor.
Contudo, estes só incorrem numa ligeira censura, porque, talvez eles caem nesse erro procurando a Deus e
querendo encontrá-lo: Vivendo entre Suas obras, eles as observam com cuidado, e porque eles as consideram
belas, deixam-se seduzir por seu aspecto.
Mesmo assim, eles não são inteiramente desculpáveis, porque, se possuem luz suficiente para poder perscrutar
a ordem do mundo, como então não encontraram mais facilmente Aquele que é seu Senhor?"
(O Livro da Sabedoria 13: 1-9)
-
E com esta maravilhosa escritura, caro Wilson, encerro minha fala por agora.
-
Um abraço daquele que você chama de "meu pastor", mas que de fato sempre declarou que só há um
Pastor - Jesus Cristo, que ao me conceder a inspiração do Seu Espírito, permitiu que eu colocasse estas
palavras.
-
CARTA 14
-
Caro irmão de fé Dirceu
Acabo de receber o recorte do artigo publicado no Jornal do Brasil de 8 de setembro do corrente ano.
Você me pediu que o analisasse e dissesse alguma coisa sobre o assunto.
Embora já tenhamos rido bastante pelo telefone, ao trocar nossas primeiras impressões sobre a
tragicômica loucura, insensatez e ignorância espiritual suprema desta produção de uma nova linguagem
bíblica.
Para tornar mais aceitáveis os textos da Bíblia que ferem a suscetibilidade de segmentos dentro das
sociedades dos povos modernos, e à sua visão do mundo; mesmo assim, decidi registrar nesta carta tudo o
que dissemos e muito mais.
-
OS SÁBIOS DE OXFORD E O TEXTO DA BÍBLIA
A autor do louco empreendimento é alguém impessoal: A Editora da Universidade de Oxford! A
motivação é a oportunidade criada pela histeria de revisionismo lingüístico acontecendo na América, o que
abre as portas do mercado para mais esta mirabolante e oportunista versão da Bíblia!
-
Mas, de acordo com o artigo, há um grupo de seis professores americanos que fez a "purificação" final do
texto!
-
Dirceu, o recorte apresenta a título de exemplo alguns poucos dos incontáveis textos modificados.
Imediatamente me veio à mente a pergunta:
O que terão feito esses "sábios" de Oxford com aquelas duas escrituras tão nossas conhecidas, uma escrita
por Moisés e outra no final do livro do Apocalipse?
-
"Não ajuntareis nada a tudo o que vos prescrevo, nem tirareis nada daí, mas guardareis os mandamentos do
Senhor, vosso Deus, exatamente como vos prescrevi" (Deut 4: 2)
"Eu declaro a todos aqueles que ouvirem as palavras da profecia deste livro:
Se alguém lhes juntar alguma coisa, Deus ajuntará sobre ele as pragas descritas neste livro; e se alguém dele
tirar qualquer coisa, Deus lhe tirará a sua parte da Árvore da vida e da cidade santa ..." (Apoc 22: 18-19)
-
Essas coisas nos levam a muitos outros pensamentos analíticos. Pois se Deus disse isso nessas duas
escrituras, é porque sabia desde o princípio que os homens iriam violar a Sua palavra. Então , Ele
declarou as maldições conseqüentes, quando do julgamento desses violadores.
-
É importante compreender o que Deus não disse, para poder entender melhor o que preferiu dizer. Ele
não disse que impediria com o Seu poder que os homens violassem a Sua palavra, num julgamento
imediato e preservador daquilo que mandou escrever pelos profetas.
-
A conclusão imediata é que há violações nos textos da Bíblia, lacunas, cancelamentos, erros de tradução;
tanto não intencionais como intencionais, tendenciosos e os vindos de conspiração sacerdotal para manter
vivos dogmas sectários preferidos.
-
Agora que provamos essa verdade por raciocínio claro, vamos usar o próprio fato que hoje acontece
diante dos nossos olhos para comprovar :
- A Bíblia Segundo a Editora de Oxford, inundando o mundo com milhares e milhares de exemplares para
confundir ainda mais a mente dos infelizes cristãos, atoleimados com tantas violações da palavra
verdadeira que Deus deu aos profetas.
Antes dos de Oxford, os "inspirados" líderes das Testemunhas de Jeová, já contribuíram com sua parte na
violação universal.
-
Deus então é incapaz de preservar sua palavra verdadeira, esclarecendo, completando, restaurando os
textos violados da Bíblia, e pondo em ordem as mentes dos cristãos? Qual outra maneira que lhe restá
para fazê-lo se não for a de sempre?
-
A esta pergunta prefiro responder pelo avesso para criar suspense, como você sabe que gosto de fazer ...
chocar primeiro, e depois explicar.
-
A resposta é um enfático sim! Deus é incapaz de resolver ... para a quase generalidade dos homens esse
trágico desfecho. Mas não por incapacidade Sua.
É o homem mesmo que, usando o poder de escolha que divinamente recebeu, tem poder para anular os
trabalhos de Deus em seu benefício.
-
Basta que ele não creia no ministério dos anjos, no chamado de profetas, na vinda de mais palavras do
Alto enviadas nos seus dias (modernamente), para seu esclarecimento e libertação. Bastará que ele
acredite no ministério do erro em vez de no ministério dos anjos, e que só admita essas coisas para os dias
da antigüidade.
-
Pronto! Para esses (e são a esmagadora maioria) Deus é incapaz de resolver o problema. Porque eles
negam o Seu poder; não buscam o testemunho do Espírito Santo para resolver seus problemas espirituais.
-
É agora o momento para comentar algumas das bárbaras modificações introduzidas pelos "sábios" de
Oxford.
Eles vão substituir a expressão "o filho do homem", empregada em toda a escritura com o intento de
chamar a atenção dos homens para a enorme preeminência de Deus sobre ele, e da humildade em que se
devem manter diante de Deus Pai e daquele designado nas escrituras como o Filho do Homem ou o Filho
de Deus; repetimos, vão substituir pela expressão - pessoa humana; a qual não tem nenhuma conotação de
reverente humildade como é a intenção da escritura transmitir. E quanto a expressão - O Filho do
Homem? Em que tremennnda blasfêmia ela vai ser transformada!!!
-
"A Pessoa Humana" para designar o Filho de Deus!!! Jeová, o Deus , o Filho do Deus Pai, passa a não ser
mais do que uma proeminente pessoa humana; diferençada das demais, por duas letras maiúsculas!
-
Em Mateus 11: 27 está escrito: "Todas as coisas me foram dadas por meu Pai e ninguém conhece o Filho,
senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo".
( Porque ambos se conhecem no poder e pelo poder do Espírito Santo - o que o homem só pode conhecer
see o Filho quiser revelá-lo).
-
A escritura dos "sábios" fica assim: "Todas as coisas me foram dadas por meu pai
e minha mãe e ninguém conhece a criança , a não ser o pai e a mãe". Para evitar suscetibilizar as
mulheres! Lá se foi a divindade da escritura, para ser transformada numa simples relação familiar da
mortalidade!
-
Ó Satanás! Como és hábil no teu trabalho!
Ó infernos! Escancarai vossas portas; os "sábios" de Oxford já estão a caminho!
Ó céus, Ó anjos , arcanjos e querubins!
-
Foi lendo a Bíblia que o rei Tiago mandou produzir, que eles concluíram essas barbaridades, e
confirmaram em gênero, número e grau a palavra das escrituras:
"A letra mata, mas o Espírito vivifica".
"Deus conhece o pensamento dos sábios e sabe que eles são vãos", disse o apóstolo Paulo.
-
Eles suprimiram todas as referências - à mão direita de Deus - para não ofender aos canhotos. Qualquer
passagem que possa sugerir anti-semitismo, como - os judeus que mataram Jesus Cristo, está substituída
por - aqueles que mataram Jesus Cristo !!!
-
A abertura da oração modelo ensinada por Jesus aos seus discípulos, também foi "melhorada" pelos
"sábios" - Pai e Mãe nossos que estttais nos céus ... para ser menos injusto para com as mulheres.
-
A palavra - Senhor - também foi riscada; na opinião de um dos editores, hoje em dia não temos mais
senhores.
-
Com esta, fizeram ainda pior do que as testemunhas de Jeová!
Eliminaram a Senhoridade de Jesus Cristo sobre todos os espíritos filhos de Eloim! "Porque nem Deus
pode ser Senhor de ninguém hoje em dia"!!!
-
Ó Satanás! Exulta com os teus cativos, enquanto ainda te resta tempo!
-
A justificativa para o nascimento desta nova Bíblia politicamente correta, foi apresentada por Burton
Throckmorton, professor de Novo Testamento, no Maine, EUA, um dos revisores do Conselho Editorial:
-
Uma tentativa de reescrever a Bíblia numa linguagem contemporânea para melhorar as relações entre as
pessoas, removendo conotações injuriosas ou de servilismo.!!!
-
Dirceu, para se aproximarem melhor das pessoas eles optaram por se afastar ainda mais de Deus ! Como
tragicomédia eles fizeram um bom trabalho!
Optaram pelo politicamente correto segundo o pensamento de baixo, e abandonaram o teologicamente
certo segundo o pensamento do Alto.
Para eles o baixo está no Alto e o Alto em baixo! O certo é o errado e o errado é o certo!
Foi bom eu ter lido esse artigo; pois, se não o fizesse, não poderia escrever estas palavras. Que venha pois a
oposição, para que a verdade brilhe mais intensamente.
Setembro 1995
-
CARTA 15
-
Prezado Epaminondas
Você de fato me fez perguntas de grande importância, vou enumerá-las e respondê-las um pouco fora da
ordem em que estão na sua carta. Faço isso a bem da clareza que pretendo dar às respostas. Elas serão
dadas de acordo com a teologia da Igreja. Espero que ao final você esteja disposto a ler seriamente o Livro
deMórmon.
-
Por sinal, este ano de 1995 foi marcado pelo lançamento de nova edição revisada, em português! Estamos
sendo incentivados a ler novamente o livro, pois há coisas importantes a considerar nessa revisão. De
minha parte já o fiz, ao ler o livro em espanhol contendo essa revisão.
Ocasião em que produzi o meu livro "Uma Análise Dinâmica do Livro de Mórmon". Um trabalho árduo
em que dediquei-me intensamente por quatro meses a fio. É pena que só poucos irmãos têm conhecimento
dele.
-
Mas, vamos às suas brilhantes perguntas (elas merecem brilhantes respostas):
DE ONDE VIEMOS?
- Todos viemos de uma vida preexistente na presença de Deus, no globo onde Ele habita.
O QUE FAZÍAMOS LÁ?
- Aprendemos princípios e leis divinas de relacionamento familiar na condição, de filhos do nosso Pai
Celeste e como irmãos por descendência paterna comum.
O QUE FAZEMOS AGORA NESTE MUNDO?
- Ganhamos um corpo de carne e ossos vivificado à sangue e formado pelos elementos desta terra
temporal; para podermos morrer e ressuscitar imortais. Estamos sendo provados e observados por Deus,
para eventualmente herdarmos a Vida Eterna.
PARA ONDE IREMOS DEPOIS DA RESSURREIÇÃO?
- Alguns herdarão esta mesma terra glorificada e exaltada para suportar a presença do Deus Pai; outros
menos capazes irão para outros mundos inferiores em glória e poder; de acordo com as diversas
capacidades individuais de aceitação das leis que governarão cada um desses mundos.
O QUE FAREMOS NESSES MUNDOS?
- Progrediremos ininterruptamente em cada um deles, mas dentro das limitações do poder e das leis de
cada um; em busca de realizações grandiosas e inimagináveis hoje para nós. Em cada um desses mundos
haverá limites e condições.
Mas a plenitude do poder e das realizações só serão conhecidos e partilhados pelos que alcançarem o
direito de viver na presença do Pai, e usufruirem do Seu modo de viver.
Todos seremos governados por Deus, para levar as Suas realizações aos páramos do Universo, seja como
Deuses seja como anjos, arcanjos ou querubins. Mesmo os que forem banidos como filhos-da-perdição ou
demônios, serão usados para governar outros demônios em forma de espíritos, e fazer com que ajam nos
mundos temporais, como seres opositores ... a fim de permitir que outros mortais sejam provados para a
Vida Eterna. As obras de Deus são como um círculo eterno, nunca terão fim.
COMO PODEMOS TER CERTEZA DESSAS COISAS?
- Estudando as escrituras, obedecendo ao evangelho e buscando obter o testemunho do Espírito Santo
sobre todas elas.
VOCÊ PODERIA DIZER MAIS SOBRE AS QUESTÕES QUE LEVANTEI?
-
- Antes da organização desta terra para habitação e provação dos filhos de Deus que nela entrariam
através da semente de Adão, houve vários concílios. Neles foram detalhados gradualmente, todos os itens
de um grandioso plano de progresso espiritual e corporal para esses filhos de Deus, ainda em estado
corpóreo de espíritos simplesmente.
Os termos em que se daria a queda do primeiro homem desta nossa raça, Adão; a queda; a morte
espiritual; o véu do esquecimento e a morte física; o livre-arbítrio; os termos do grandioso plano de
salvação, pela vinda, expiação, morte, ressurreição e glorificação do Messias; o princípio do livre
consentimento e etc.; o direito à liberdade; a paternidade; a família; a pregação do evangelho; os engodos
diabólicos; os riscos do empreendimento; as perdas e ganhos; o testemunho do Espírito.
-
Enfim, os temas constantes desses concílios foram incontáveis para o homem.
Mas para Deus eles foram contados, necessários e suficientes; para que todos pudéssemos ser devidamente
provados e julgados diante do Filho de Deus
no último dia.
-
Na preexistência os filhos de Deus (nós, os que desceriam à carne através de Adão) estavam organizados
de acordo com os vários graus de inteligência, no sentido da fé, sabedoria, espiritualidade e índole
espiritual demonstrados naquele primeiro estado de vida.
Esses espíritos estavam classificados dentro de três categorias principais :
Os que eram grandes e nobres, os medianos, e os menores. Mas havia muitas gradações dentre os
medianos, muito mais entre os menores.
Entre os nobres e grandes também havia gradações, embora muito menos do que nas outras duas
categorias. O reflexo dessas gradações têm sua manifestação agora também na nossa passagem temporal,
aqui na terra (inclusive no mundo dos espíritos pós-mortal).
Próximo ao momento planejado por Deus para dar início à nossa provação, neste novo estado que agora
experimentamos, houve um grande e último concílio para obter o autoconsentimento de todos os que
desceriam à carne mortal.
-
A maioria entre os grandes aderiu ao Plano sem relutância, ficando imediatamente em conforme com
todos os seus estatutos. Mas houve aqueles que fizeram inicialmente algumas restrições e não apoiaram
imediatamente todos os termos.
-
O segundo entre os grandes depois de Jeová, opôs-se frontalmente contra o Plano do Deus Pai, Elohim. Ele
foi contra o termo que daria a verdadeira dignidade aos seus irmãos menores - O Livre-arbítrio.
Com tal amputação dessa dignidade dada pelo Pai aos seus filhos, ele pretendia levar de volta à sua
presença (depois do estágio nesta provação) todos os homens sem exceção, sem pecado e sem dor; sem
necessidade de uma expiação pelos pecados.
Se ele fosse o escolhido, não precisaria sofrer as aflições do Getsêmani e as dores da cruz. Com tal plano
diametralmente oposto ao do Pai, se aprovado pela maioria dos espíritos naquele último concílio, a glória
de sua realização não mais seria do Pai e do Filho que Ele escolhesse para levá-lo a cabo.
A glória seria, portanto, não daquele que aquiescesse com o pensamento do Pai em todas as coisas, mas
daquele que se O opusesse! Isso eqüivaleria a pedir que a honra do Pai lhe fosse dada ... e foi o que ele
pediu de fato com sua oposição!
-
Houve guerra entre os espíritos, e ele foi banido da glória e dos céus.
Lúcifer era seu nome. Ele conseguiu a adesão de um terço dos espíritos e levou-os consigo para a perdição
já desde lá.
Tendo sido expulso dos céus para esta terra, veio, tanto para prover os meios opositores com que seremos
provados, quanto para dar continuidade ao seu próprio plano nefasto - destruindo a liberdade do homem
na terra, sob governos corruptos e antidemocráticos e por desconhecimento do verdadeiro evangelho ( o
evangelho do Reino ); subjugando-o entre as paredes dos seus "falsos evangelhos", segundo as opiniões
humanas e mandamentos demoníacos; e levando a quantos possa para um estágio passageiro no inferno
do mundo dos espíritos (depois de provarem um modelo dele, já aqui mesmo na terra), o que, para alguns,
ele conseguirá que seja definitivo, depois da ressurreição para a perdição.
-
Ele combate os santos na terra, e procura tornar os homens tão miseráveis quanto ele se tornou ao perder
todas as glórias que Deus preordenou para seus filhos, da maior à menor... que herdaremos depois que se
passar este nosso período de provação e for inaugurado um novo estado de vida para os nossos espíritos na
carne gloriosa da ressurreição.
-
A obra de Deus visa proporcionar a seus filhos honra, glória, poder e domínio universais; com
imortalidade e vida eterna, para trabalhar magnificando Sua obra criadora para todo o sempre.
-
Devido ao apoio inicial ao Plano apresentado por Deus não ter sido perfeito por parte dos espíritos logo de
imediato, desde aquele princípio; os líderes que lá fizeram algumas restrições, arrebanharam multidões de
simpatizantes.
Surgiu com isso uma guerra de opiniões entre inúmeras facções. Embora todas elas apoiassem o Plano de
forma geral, não o faziam de forma plena por não terem o correto e completo entendimento de todas as
suas profundas e eternas implicações.
-
Vemos isso acontecer hoje na terra entre aquelas multidões que, como ponto pacífico apoiam o Senhor
Jesus Cristo como sendo verdadeiramente o Filho de Deus, mas não estão em concordância entre si com
muitas partes de Sua doutrina; porque, sendo conduzidos por aqueles que elegem na terra como seus
pastores e líderes espirituais, deixam-se levar por suas pregações e interpretações particulares da lei de
Deus.
Essa lei traz os verdadeiros termos daquele concílio celestial, cujos ditames não foram alcançados com
perfeição por alguns, desde lá na preexistência - Porque havia gradações (de espiritualidade) entre as
inteligências, tanto lá quanto as há aqui.
-
Caro Epaminondas, você perguntou se eu poderia dizer mais sobre as questões que levantou! O quanto
mais posso dizer é tanto que mal sei por onde começar; e depois de começar, até onde ir, onde parar?
Isso porque suas perguntas foram por demais abrangentes e puxam as coisas desde a eternidade por trás
do tempo e continuam a puxar para além dele ... muito além.
As respostas que dei até agora e darei para a frente, são pautadas nas escrituras que o mundo cristão
conhece e as que indevidamente não reconhece e, por isso desconhece.
-
Quando os filhos de Deus lançam o anátema sobre um profeta verdadeiro, enterram para si mesmos todas
as palavras que Ele lhes quer comunicar por meio dele.
Eu não sou desses tais; espero que você também não seja.
As respostas aqui constantes são as do profeta Joseph Smith e daqueles que aprenderam por meio das
revelações modernas que Deus nos concedeu através dele.
-
Aquelas inteligências grandes e nobres que aderiram integralmente ao Plano, desde aquele princípio
foram organizadas e enviadas entre os demais para promover o entendimento e união gerais. Após grande
labuta, conseguiram que muitos reconhecessem seus erros de enfoque, pontos de vista e perspectiva.
-
Alguns porém, só terão cedido já ao término daquela experiência preexistente. Mesmo assim, multidões só
foram integradas parcialmente, considerando aqui a não aceitação integral da plenitude das
responsabilidades que adviriam da adesão ao evangelho do Filho de Deus, e os deveres do Sacerdócio.
-
Ao final daquela experiência ou provação preexistente dos espíritos houve um julgamento - Quando então,
todos se viram autocompelidos a reconhecer que as restrições a lhes serem impostas futuramente no novo
estado que experimentariam, foram produto de suas próprias escolhas e atitudes; por isso perfeitamente
justas.
E aceitaram jubilosa e esperançosamente os termos propostos.
Pois a meta de cada um seria melhorar seu estado através da provação na terra.
-
Mas o véu do esquecimento ocultaria deles a lembrança dessas coisas; ou não poderiam ser provados em
fé.
Ao chegarmos a este nosso estado, as restrições foram estabelecidas de muitas e variadas formas; mas,
principalmente por meio da linhagem corporal, pelas sementes genéticas formadoras dos diversos povos
da terra.
Havia porém a garantia de que os mortos ainda na primeira infância, antes da idade do discernimento do
bem e do mal, do certo e errado (estabelecido por Deus em oito anos de idade), seriam redimidos da queda
física de Adão pela ressurreição e, além disso, salvos da morte espiritual; lhes sendo assegurada a salvação
celestial pelos méritos da expiação do Filho de Deus.
-
Foi estabelecido que o Filho de Deus viria ao mundo no meridiano dos tempos para dar oportunidade de
salvação para todo o gênero humano; e que voltaria no final dos tempos para julgar.
-
Neste nosso estado presente, todos teríamos as plenas oportunidades de recuperar-nos das eventuais
perdas e restrições preexistentes. Para isso o evangelho deveria chegar ao conhecimento de todos, quer na
mortalidade quer no mundo dos espíritos pós-mortal.
O Plano estabelece que ninguém será salvo em ignorância do evangelho integral; portanto, também
ninguém será condenado em ignorância.
Quem o for será por escolha própria, seja para o bem ou para o mal.
-
Devido a todas aquelas diferenças de espiritualidade entre as inteligências, em entendimento, em obras e fé
manifestadas na preexistência, houve uma ordem estabelecida desde lá quanto ao chamamento aqui na
terra, de acordo com as linhagens.
Aquele mesmo Plano apresentado a nós quando estávamos na presença de Deus, nos seria apresentado
novamente na mortalidade, sob o véu do esquecimento da vida preexistente. Esse Plano é o evangelho de
Jesus Cristo na sua plenitude.
Esse chamado ao evangelho, obedeceria à ordem de prioridades acima descrita.
-
A partir de Noé, as coisas aconteceram da forma abaixo:
-
No meridiano dos tempos, os filhos de Sem (os semitas), filho de Noé, por meio dos judeus, chamariam
primeiro os judeus, para determinar os que seriam escolhidos; a seguir esses judeus chamariam os gentios
(os quais estariam entre as linhagens dos dois outros filhos proeminentes de Noé - Jafé e Cam).
-
Já nos últimos dias (os nossos dias) os da linhagem de Sem, vivendo agora entre os gentios (semitas
vivendo como gentios por estarem entre eles) e sendo descendentes de Sem pela semente de Efraim, filho
de José do Egito, seriam chamados desde os céus e, com poder e autoridade dados por Deus, percorreriam
o mundo todo para chamar primeiro os gentios e determinar os escolhidos entre eles.
Por último então, esses gentios passariam a chamar os judeus. O Plano preordenou os judeus para serem
chamados primeiro no meridiano dos tempos, depois os gentios. Já nos últimos dias o Plano preordenou os
gentios para serem chamados primeiro; por último serão chamados os judeus.
-
Não foi exatamente isso o que Cristo fez no meridiano dos tempos?
-
Os gentios só começaram a ser chamados depois, no ministério do apóstolo Paulo.
-
"Os primeiros serão os últimos; e os últimos serão os primeiros"
(a serem chamados). Este é o verdadeiro significado dessas palavras de Cristo.
-
A mesma guerra de opiniões acontecida na preexistência foi transplantada para o temporal, e de forma
muito mais acirrada e cruel. Porque aqui podemos fazer maiores males aos nossos desafetos do que
podíamos fazer lá.
Aqui, derramamos sangue e podemos matar o corpo físico; lá não podíamos matar os corpos de espírito,
não havia sangue para ser derramado.
A morte que lá conhecíamos era a espiritual (o banimento da presença de Deus).
-
Trouxemos portanto conosco nossa índole preexistente, aqui revividas e ampliadas sob o véu do
esquecimento e a força do demônio e suas hostes; que nos rodeiam de todos os lados para lançar-nos na
miséria e na dor, tanto físicas quanto espirituais.
-
O evangelho e o sacerdócio nos é ofertado por Deus para vencermos o inimigo de nossas almas. Mas ,
desde antes do dilúvio a humanidade inclinou-se a amar mais a Satanás do que a Deus; até ao ponto de
desejar o mal todo o tempo ... e Deus teve que destruí-los naquela ocasião ... exatamente como acontece
agora - Ele prepara-se para vir destruir os maus em toda a terra.
-
Esta é a explicação para a multidão de seitas que polulam de todos os lados sob os muitos engodos do
diabo. Essas seitas e facções são o testemunho físico e espiritual daquelas questões preexistentes, elas fazem
parte de nossa provação temporal.
-
Mas no final deste nosso estado atual, da mesma forma que aconteceu no anterior, todos seremos
conscientemente induzidos a dobrar os joelhos diante do Filho de Deus e reconhecer que os seus
julgamentos são justos; que as restrições que nos serão impostas no nosso estado final de salvação são
todas justas.
-
Os gentios são principalmente filhos de Jafé, grandemente multiplicados e vivendo nas terras da herança
prometida a Israel (Jacó e seus doze filhos). Como seja: as terras das Américas, da Europa, e no Oriente -
Ásia, Polinésia, Austrália.
-
O trabalho missionário nos últimos dias para reunir os que serão escolhidos para a salvação celestial,
começou entre os gentios em 1836 - Inglaterra, França, Itália Norte (1850); Grécia, Itália Sul; a Rússia
será a última entre os gentios.
Em 1986 os missionários começaram a ser preparados para entrar na China. Os judeus serão os últimos
de Israel a serem chamados.
-
O trabalho missionário é para reunir os herdeiros da glória celestial somente. Não há trabalhos que
conheçamos que estejam sendo feitos para os herdeiros das salvações menores (terrestrial e telestial).
Primeiramente estão sendo preparados os que serão governantes, os que serão levantados na manhã da
primeira ressurreição para se encontrarem com Cristo nos ares e descerem com Ele no Monte das
Oliveiras.
As multidões que não forem dignas desta honra, ressurgirão depois, no decorrer do Milênio e no seu final,
cada um na devida ordem, de acordo com as obras realizadas na provação.
-
Os povos pagãos terão sua oportunidade no início do Milênio. Eles estão hoje na África e Oceania
principalmente.
-
Vou encerrar esta carta anotando algumas referências que usei para dar estas respostas; embora aqui não
estejam todas elas:
=
Apocalípse 12:10; Capítulo 3 do Livro de Abraão; Mórmon Doctrine p. 163; "God Man and the Universe"
ps. 273, 276, 281 e 285; um discurso do Elder Alvin R. Dyer, feito aos missionários que presidiu em Oslo,
Noruega em 1961.
-
Caro Epaminondas, você realmente fez grandes perguntas, espero ter alimentado seu interesse com
correspondentemente grandes respostas.
-
Devo ainda dizer a você, caro Epaminondas, que as questões levantadas foram de grande importância
para este meu livro. Elas levaram aos seus eventuais leitores a oportunidade impar de meditar sobre
assuntos espirituais da maior relevância; os quais passariam desapercebidos, não fosse o concurso de uma
mente perscrutadora como a que você tem, e as pertinentes e desafiadoras perguntas que fez.
-
Tenho certeza que você meditará profundamente nas respostas que dei; sei também que se der
oportunidade ao Espírito de Deus, Ele testificará ao seu coração que elas são verdadeiras; que a teologia
que elas levam não saiu da interpretação particular de nenhuma mente humana, e sim da mente de Deus.
-
Gostaria que você lesse os últimos livros que escrevi para fazer brilhar ainda mais a grande causa que
abracei desde meu batismo em 28 de fevereiro de 1970. A saber: A Verdade ao Alcance do Homem, 2
volumes, Uma Análise Dinâmica do Livro de Mórmon, O Livro da Miscelânea; Finalmente a Um Passo do
Milênio; As Cartas de Amoramon; Contactos e O Evangelho Escondido.
-
Esses livros não estão em livrarias, e os interessados devem procurar diretamente comigo por carta ou
pelo telefone (021)3322-4154 e 422-0183.
Meu endereço: Avenida Aquarela do Brasil 333, bloco 3, apartamento 1804,
CEP 22 610-010, Rio de Janeiro, RJ.
Um grande abraço do sempre amigo
-
CARTA 16
-
Caro amigo Tertuliano
Você fez uma afirmação um pouco chocante naquele jantar da última sexta feira. Sei perfeitamente que
sua intenção não foi atacar meus irmãos de fé. Mas de qualquer forma, ela revela que você conhece muito
mal a nossa condição de cristãos.
Vou relembrá-lo de suas palavras:
-
"Sempre ouvi dizer que os mórmons não são verdadeiramente cristãos; que eles são muito apegados ao Velho
Testamento, a ponto de se aproximarem mais das idéias dos antigos judeus do que fazem os próprios judeus
modernos. Afinal, se vocês são de fato cristãos, o que Jesus Cristo significa para vocês?".
=
Tertuliano, você me conhece a tantos anos ! Como ainda não entendeu minha posição nesse aspecto?
Naquele jantar eu não encontrei atmosfera para responder à sua pergunta ... O espírito do vinho reinante
entre a maioria presente, não induziu-me a fazê-lo.
-
Resolvi enviar minha resposta nesta carta.
-
Ninguém pode avaliar corretamente o Novo Testamento se não tiver um sólido entendimento do Velho
Testamento. O Novo não substituiu o Velho, mas sim deu continuidade a ele, desenrolou o cenário para o
cumprimento de todas as profecias anunciadas pelos antigos profetas.
Os eventos relatados no Velho Testamento estão cristalinamente gravados na mente de Deus; as promessas
feitas por Ele aos patriarcas, cujos cumprimentos estão preordenados para os últimos dias, têm de ser
cumpridas, pela honra em que nosso Deus tem o Seu nome, e ela está na Sua palavra.
-
É por isso que damos tanta importância ao estudo do Velho Testamento. E se com isso o mundo nos acha
parecidos aos judeus antigos, posso garantir que não é com aqueles que rejeitaram a primeira vinda do
Messias que nos identificamos.
-
Digo isso, porque há muitos hoje em dia no mundo que dizem amar o Novo Testamento, porém mais se
parecem com aqueles judeus do meridiano dos tempos; os quais, diziam amar as escrituras e esperavam o
Messias, mas rejeitaram-no quando veio; rejeitaram a Ele e àqueles por Ele constituídos para levarem o
evangelho a todo o mundo então conhecido.
-
Sim Tertuliano, nós parecemos com os judeus, mas com aqueles que se uniram ao Cristo na Sua primeira
vinda ... Porque hoje, somos os únicos na terra que estamos aceitando o Seu trabalho de restauração e
precursor do grande final; quando as promessas anunciadas pelos profetas, desde Adão até o último que
falará da parte de Deus, serão todas cumpridas.
-
Vou responder a você, o que Cristo significa para nós. Mas usarei uma maneira diferente de dizer:
-
COMO SERIA O MUNDO SE ELE NÃO HOUVESSE VINDO
-
- As escrituras não se teriam cumprido, em conseqüência:
- As profecias seriam desacreditadas, em conseqüência:
- O Velho testamento perderia sua força influenciadora sobre a civilização;
- O Novo Testamento não existiria, em conseqüência:
- Deus seria apenas uma idéia vaga em nossa mente;
- Nossas esperanças ficariam circunscritas às coisa desta vida;
- A morte seria algo terrível, esmagador e irremediável;
- A idéia de ressurreição não existiria, muito menos a esperança e a fé;
- Nosso relacionamento familiar e social, não passaria de um mero acidente sem quaisquer outras
conseqüências além da breve experiência mortal;
- Sem a palavra viva de Deus, não teríamos nenhum entendimento justo de nossa origem, da finalidade de
aqui estarmos, e do nosso porvir;
- Acabaríamos por ter de admitir termos surgido pelo capricho de circunstâncias num universo movido
pelo poder do acaso; sem propósito em vir à vida e muito menos no sair dela;
- Talvez nos classificássemos como "bestas promovidas", como hoje se consideram alguns daqueles para
quem Cristo não existe, nem Deus, nem nada mais além do homem e do mundo visível;
- Não haveria julgamento, prêmio ou condenação. Quem fizesse o mal e conseguisse burlar a justiça
humana, nada mais teria temer; quem fizesse o bem sem nunca obter o retorno desse bem nesta vida e que
só conhecesse o sofrimento, nada poderia esperar de restituição do bem no porvir;
- Realmente, seríamos os mais miseráveis entre todos os viventes; por nossa capacidade superior de
raciocínio como "bestas promovidas", e diante de tamanha desesperança.
-
Está aí Tertuliano, nessas breves palavras ditas de um modo propositalmente estranho, tudo o que
pensamos sobre o significado de Cristo ter vindo no meridiano dos tempos e de Sua próxima vinda.
-
Para nós, Ele é o centro de tudo o que existe no universo e no homem, ele é o Deus de Israel, o Filho de
Deus, nosso mais digno irmão em espírito; que criou o mundo e tudo o que nele há por delegação recebida
do Pai; que expiou por nossos pecados e nos salvou da morte física e espiritual; que ressuscitou e
ressuscitará a todos nós, sem exceção, para sermos julgados e, de acordo com as nossas obras, recebermos
tudo aquilo que fizermos por merecer.
-
Julgue agora depois disso se nós somos ou não cristãos! E diga isso a todos os tolos que disserem ao
contrário do que vai declarado nesta carta.
-
Pode ficar certo de que continuo o seu amigo de sempre. Foi muito bom ter acontecido tudo isso, pois
considerei uma boa oportunidade para dar este testemunho a você e a todas as pessoas que vierem a ler
esta carta, a qual incluirei num livro que estou elaborando. Sei que não se importará que eu o faça, pois,
em todas as cartas tomei o cuidado de não usar sobrenomes, vão apenas de concreto os fatos, não as
pessoas.
Setembro de 1995
-
CARTA 17
-
Caro Eládio esta é a segunda carta que lhe envio, e provavelmente será a última.
Considerando o seu pedido para que não mais lhe escrevesse, depois da minha carta anterior, quando
rebati seus argumentos de uma forma que lhe desagradou.
-
Gosto quando alguém me escreve com a franqueza que você usou na sua última carta. Foi bom você se ter
sentido à vontade para dizer aquelas palavras; elas ficaram fortemente gravadas no meu espírito. Não as
considerei uma ofensa pessoal, pois entendi sua perplexidade pelo fato de ver-me acreditar em coisas tão
"fantásticas, fora do consenso natural e da era científica em que vivemos".
-
Você pergunta: "Afinal, como você, um homem de cultura, pode acreditar nessas tolices de anjos, visões
celestiais, livros em placas de ouro, bússolas que funcionam por princípios espirituais, e etc. Em pleno final
do século XX"?
-
Realmente, devo admitir que são coisas muito difíceis de acreditar usando o senso comum do homem
natural. Mas de que maneira essas coisas deixarão de parecer loucuras ao homo sapiens deste século ou de
outro qualquer, se ele não se deixar influenciar pelo Espírito que fala ao homem interior ou espiritual?
De que forma não lhe parecerão loucuras, se nos dizem as escrituras:
"as coisas de Deus aos homens parecem loucuras" porque "o homem natural é inimigo de Deus, e o será
para sempre, a menos que ouça a Sua voz"?
-
Foi bom ter-me guardado de responder sua carta de imediato. Porque surgiu um fato muito interessante
na semana deste mês de setembro iniciada no domingo dia 17.
O acontecido avivou minha lembrança sobre algo correlato acontecido nos Estados Unidos da América do
Norte, se não estou errado, na década de 50.
-
Mas vamos primeiramente ao caso brasileiro:
-
Foi publicado nos jornais do Rio de Janeiro que a prefeitura decidiu remover a estátua de bronze do
Barão do Rio Branco, da Avenida Princesa Isabel para outro local. Ao seus funcionários escavarem a base
do monumento para fazer a remoção, encontraram uma caixa de cobre fechada. Ao ser aberta, foram
descobertas várias moedas de cobre e prata, além de exemplares do Jornal do Brasil do ano de 1901!
-
Sem dúvida, um achado muito interessante e que nos trouxe informações concretas sobre coisas de quase
um século atrás.
Se a idéia de remoção desse monumento só chegasse à mente de algum prefeito de 3.307 A.D., o achado
levaria aos habitantes do Rio de Janeiro daquele ano futuro, informações de 1406 anos atrás.
Teoricamente, seria uma coisa perfeitamente possível e aceitável ao bom senso de qualquer homo sapiens;
a menos que os quatorze séculos destruíssem os jornais ... mas não destruiriam o cobre ou a prata das
moedas, ou as suas gravações.
-
Naturalmente, se o autor daquela façanha do ano 1901, tivesse em sua mente alguma intenção
multissecular, não iria colocar jornais simplesmente, e sim algum material disponível na época, que
pudesse atravessar incólume os séculos.
-
No ano 421 A.D., 1406 anos antes que o profeta Joseph Smith obtivesse o livro em placas de ouro e os
objetos que você citou, além de outros mais; e 1480 anos antes do ocultamento da nossa caixa de cobre, um
homem de nome Moroni, ocultou anais em placas de ouro numa colina onde hoje está o estado de Nova
York, com intenção que os escritos atravessassem séculos e milênios.
Ele o fez porém por revelação de Deus.
-
Certamente que o homem da caixa de cobre teve uma intenção boa e louvável ao assumir aquela iniciativa,
ele foi inspirado a fazê-lo. A caixa é real, o homem era real, o testemunho nos foi dado; muitas pessoas
manusearam-na. A multidão que leu os jornais tomou conhecimento, acreditou no relato escrito e não teve
necessidade de ir até onde ela está para tocá-la e ao seu conteúdo. Porque não há nenhuma razão para
desacreditar no fato e no relato ou para procurar desacreditá-lo.
-
Não surgiu nenhum motivo para tal; o conteúdo da caixa não denuncia ninguém intocável do passado,
não desmascara nenhuma grande organização, não mexe com nenhum poderoso do mundo; não é uma
ameaça para o stablishment em nenhum país. Mas se o fosse, certamente os poderes atingidos por-se-iam
em pé de guerra.
-
Aí então, a saga da caixa de cobre seria muito semelhante à saga do Livro de Mórmon; porque ele
denuncia poderosamente toda a farsa religiosa da terra. Vira o mundo inteiro de cabeça para baixo.
Melhor dizendo, vira de cabeça para cima, porque Deus denuncia as obras do mundo e as declara todas
más; o mundo inteiro, espiritualmente falando, está de cabeça para baixo; está em erro, e Deus o chama ao
arrependimento, ou Sua ira descerá sem medida sobre os habitantes da terra.
-
E quanto às placas do Livro de Mórmon? Eram elas reais como o conteúdo da caixa de cobre? Pessoas
credenciadas viram-nas? Homens corruptos tentaram subtraí-las do profeta? Houve, na época,
testemunhos registrados por escrito em cartório sobre a veracidade daqueles objetos?
-
A resposta para cada uma dessas questões é um enfático sim! Os fatos provam-se por si mesmos. A grande
questão, então, volta-se para a doutrina declarada nos registros. É aí onde reside o pomo da questão.
Ele é da parte de Deus ou é mais uma conspiração humana?
-
Se a obra é de Deus, Ele não deixará o julgamento final da questão submetido às oscilações das opiniões
humanas. Usará o Seu próprio método - O testemunho do Espírito Santo... SSe a obra é produto de
conspiração humana ou inspirada pelo demônio, as coisas ficarão mesmo por conta das opiniões carnais;
estabelecida que estará a confusão das mentes. De uma forma ou outra, será da conveniência do inimigo
número um de Deus.
-
Se a obra é divina, foi apresentada para o benefício humano; a conclusão imediata é que ela será viável de
ser recebida como tal, ou Deus seria inconseqüente, inconsistente e incompetente em apresentá-la ao
homem sem que ele pudesse recebê-la por revelação do Seu Espírito.
-
Eládio, não foi com uma análise simplista ou raciocínio pobre que apresentei a você a situação acima.
Quando você sentencia por sua frágil opinião carnal que tudo aquilo foi tolice; tudo foi coisa inaceitável
diante da erudição científica do século XX ... que tudo não passou de conspiração, é porque usou de
raciocínio muito pobre e imprudente para analisar aqueles fatos.
-
Você diz só crer em Deus e nada mais! Que risco enorme você está correndo por não examinar essas
coisas com a envergadura mental e espiritual necessárias para lidar com as obras que eventualmente
possam ser mesmo de Deus!
As obras que se nos apresentam como sendo dos céus não devem ser avaliadas levianamente; pelo risco
que corremos de rejeitar aquilo que vem de Deus ou abraçar as obras do demônio ou de homens
corruptos.
O risco que o homem corre de cair nas teias do mal é tão grande que Deus nos dá a garantia das
manifestações do Seu Espírito, para podermos discernir a verdade em todas as coisas que nos vêm das
regiões dos espíritos e do universo espiritual.
-
Por não julgar-me capaz de exercer um julgamento justo sem o concurso do Espírito, fui muito mais
fundo do que você na busca da verdade sobre tudo isso ... e encontrei o testemunho dos céus assegurando a
verdade do profeta e do Livro de Mórmon.
-
Sou menos tolo do que você imagina. E você é menos esperto do que pensa ser.
-
Aprendi antes de você que "Quem não procura não acha" e "A quem não bate, não ser-lhe-á aberto".
Digo dessa forma, para parodiar as palavras do Senhor, enunciando-as na forma negativa; para estarem
de acordo com a atitude negativa que você escolheu assumir diante das revelações modernas de Deus. No
qual você diz crer (em teoria), porque na prática, não conseguiu ainda aprender a crer no que Ele está
fazendo agora
nos seus dias.
-
Para encerrar, quero lembrar que nos U.S.A. foi colocada uma caixa de aço em algum lugar que não me
vem à memória, contendo informações importantes sobre o conhecimento da humanidade neste século. Ela
destina-se à humanidade futura.
Se o homem toma tais iniciativas, porque não considera que Deus as tome,
e até melhores?
Não me queira mal, escrevi visando o seu bem.
Setembro de 1995
-
CARTA 18
-
Mário
Nesta carta não vou escrever "prezado Mário", porque seria hipocrisia.
-
A despeito disso, quero que saibas não te desejar mal. A prova disso é o esforço que farei para mostrar a
ti, um moderno anticristo inconsciente que és, quão incoerente, injusto e cego estás sendo, ao abrires tua
boca para escrever e dizer as barbaridades que me fizeste chegar às mãos.
-
Já te conheço há vinte e cinco anos precisamente. Nosso primeiro encontro foi na capela do Jardim
Botânico no ano de 1970, quando juntos freqüentamos as primeiras palestras sobre o mormonismo.
Desde então, tenho visto tua atuação de anticristo isolado, pelas ruas e praças ; procurando destruir a fé
de inúmeras pessoas de conhecimento simples.
Tu não destróis para construir ou restaurar; destróis sem nada teres a oferecer; a não ser tua própria
sofismaria sem qualquer alvo espiritual digno.
-
Passas o tempo lendo e relendo as escrituras bíblicas, procurando encontrar e levantando questões para
confundir os crentes com tua pretensa erudição à base do entendimento da carne e do sangue.
Que enorme diferença há entre o teu procedimento e o daqueles que levam consigo a legalidade espiritual
e a chancela de Deus para pregar Seu evangelho!
-
Esses vão no Seu Espírito, não para destruir a fé, mas para acrescer; promover a fé das pessoas;
mostrando claramente a meta do homem e o verdadeiro trabalho de Deus: "Proporcionar a imortalidade e
a vida eterna ao homem".
-
Grande poder permites inconscientemente que o demônio tenha sobre ti!
Ao observar tua atuação por tantos anos, admiro-me da enorme paciência e longanimidade de Deus para
contigo; esperando que te arrependas de todas as blasfêmias que tens perpetrado diante Dele!
-
São inacreditáveis as heresias que declaras no folheto que mandaste produzir e me entregaste na rua!
Escrevo estas coisas, mais com a esperança de que os leitores deste meu trabalho se beneficiem, do que tu
mesmo.
Assim, eles conhecerão melhor o demônio que age em ti, da mesma forma que
o conheço e abomino.
-
O panfleto do teu demônio:
-
"Pregar dízimo na dispensação da graça é estelionato ... Na pregação
(do evangelho), a lei (de Moisés) desaparece e a graça nos é oferecida. Não vivemos debaixo da lei (Rom
6:14). Na associação (não sei a qual delas te referes) a lei volta impiedosamente, sem considerar se o membro
vive numa teocracia ou ditadura secular; se o sacerdócio é levítico ou eterno; e mostra Deus de olho no que
não dá nem para o sustento do arrochado ... Eu não pertenço àquela aliança velha que havia entre Deus e o
povo de Malaquias; mas aceito a nova, onde Jesus é o sacerdote que só me requer a fé e a mudança de mente!
Qualquer cristão esclarecido, lúcido e sincero, assinará esta declaração".
-
Mário, não foi atoa que te apelidei de fariseu moderno! Anticristo moderno também cabe-te muito bem!
Tua treva é tão grande, que mal sei por onde começar! Mas como é de bom alvitre sempre começarmos a
resolver nossas diferenças pelos pontos concordantes, vou procurar algum que milagrosamente possa
existir ... Pronto! Encontrei um!
-
Vou começar concordando contigo em um e único ponto: Cobrar dízimo de uma congregação em nome de
Deus quando ela não foi por Ele edificada, quando é obra do homem, é estelionato e blasfêmia. Há
pastores que, inconscientemente, são culpados desse erro; outros há que o são conscientemente, porque
sabem não ter autoridade divina alguma para cobrar dízimo ou outra oferta qualquer em nome de Deus, a
não ser no deles mesmos.
-
O dízimo cobrado nessas circunstâncias, só tem poder para fazer crescer a divulgação do erro ; não pode
agradar a Deus nem reverter no proveito espiritual do povo enganado; serve é para o bolso dos que fazem
do evangelho causa de ganho. Quanto mais crescem suas congregações mais aumentam suas contas
bancárias.
O convênio do dízimo que Deus faz, é com o povo de Sua Igreja. Não com outro qualquer que não tenha
aceito os Seus termos, o modo d’ Ele próprio
administrar Seus negócios.
-
Quando vemos em Marcos 12:41-44; Lucas 21:1-4; 2 Cor 8:12, Jesus aprovando e enaltecendo a dádiva da
viúva pobre, e lemos a tua pregação de anticristo moderno, temos forçosamente de concluir que, mesmo
sem perceberes, estás acusando Jesus de estar de olho naquele pouco, que sequer daria para o sustento da
viúva por um simples dia. E isso é um relato do Novo testamento, tu sabes muito bem que Malaquias é do
Velho.
-
Foi pena o relato dos evangelistas ter parado aí. Pois Deus é fiel às suas promessas. Aquela viúva, por sua
fé e justiça, terá sido abençoada fartamente pela palavra da escritura em Malaquias:
"... Eu abrirei as janelas do céu e derramarei sobre vós bênçãos muito além do necessário".
Eu mesmo conheci uma viúva pobre e que com grande dificuldade criava suas duas filhas. De acordo com
a tua doutrina ela foi explorada pela Igreja, ao ser induzida a pagar o dízimo. O fato real, e que supera
todos os teus argumentos satanizados, é que ela foi fiel ao princípio, fez a sua parte de sacrifício; provando
a si mesma diante do Senhor que, de fato, tinha fé na Sua palavra.
Passados poucos anos, e as janelas do céu lhe foram abertas. Vindo não se sabe de onde e nem como,
surgiu na sua vida um homem procurando estabelecer-se numa boa família. Ele desposou-a, e ela hoje
trocou um quarto úmido e escuro por um apartamento de três quartos claro e confortável, com tudo o que
lhe era necessário e não tinha, e ainda continua recebendo mais do que precisa. Vi com meus próprios
olhos a bênção cumprir-se integralmente!
-
Na perspectiva de Deus e do homem que confia em Sua palavra, o pagamento do dízimo na Igreja do
reino, e em nenhuma outra mais, de acordo com os convênios do evangelho do reino, é o melhor
investimento que o homem pode fazer nesta vida; abaixo do convênio maior e mais poderoso da
consagração de tudo o que possui pela causa de Deus. Mas este último, da mesma forma que o dízimo, só é
instituído por revelação expressa, e não ao bel-prazer do homem.
-
-Na Igreja verdadeira, "Os pobres são acrescidos naquilo que os ricos são diminuídos" e não: "Os
pastores são acrescidos naquilo que os membros da congregação são diminuídos" (quer sejam ricos quer
pobres).
Nas falsas igrejas, o seu "sacerdócio" privado, é assalariado pelo dinheiro arrecadado das congregações.
Na Igreja verdadeira, não há sacerdócio privado, todos os membros masculinos são chamados ao
sacerdócio e ao trabalho na missão da Igreja, e por ele não recebem um $Real sequer; os ricos,
remediados e pobres, fazem o sacrifício voluntário do dízimo, o qual segue intocável para o fundo mundial
do dízimo; para, sob a supervisão da Primeira Presidência da Igreja, ser empregado no programa do
estabelecimento de Sião sobre a terra:
-A reunião do povo de Cristo nos últimos dias.
-A proclamação do evangelho em todas as nações.
-A manutenção dos que trabalham em tempo integral nos assuntos
administrativos da Igreja.
-A construção de templos e casas de reunião, e sua manutenção.
-A assistência aos necessitados.
-
Portanto, o dízimo é essencial. Tanto para fazer crescer a Igreja verdadeira quanto as falsas. Sob a lei
econômica do mundo, nada pode crescer sem a sua mola mestra, o dinheiro.; seja para o bem ou para o
mal. Ou contamos com ele ou nada poderemos fazer no sentido de estabelecer e dar crescimento a
qualquer obra.
-
O dinheiro honestamente ganho é a imagem do próprio homem, refletida no espelho de sua dedicação ao
trabalho diário, mensal, anual ou mesmo ... de toda uma vida !
-
Por tudo isso, o dízimo é um dos testes mais definitivos para estabelecer o grau de justiça e entendimento
pessoal dos membros da Igreja.
"Por esse teste e princípio, se saberá quem é a favor ou quem é contra o Reino de Deus". (Joseph F.
Smith).
-
"...e na verdade este é um dia de sacrifício; e um dia para o dízimo do meu povo; pois aquele que paga o
seu dízimo, não será queimado na ocasião de Sua vinda ... todos os soberbos e os que praticam a
iniqüidade, serão como o restolho; e Eu os queimarei ... não pouparei a nenhum que permanecer em
Babilônia." (D&C 64:23-25).
-
Ó tolo Mário! E tu que te julgas herdeiro da Salvação sem entenderes o óbvio e ululante do Espírito! Quão
impossível para ti será entenderes o princípio maior da consagração! Se o do dízimo é para ti um
escândalo, a ponto de pregares as barbaridades que pregas; quão mais escandaloso será para ti aquele
glorioso princípio econômico celestial, o único que poderá verdadeiramente levar o homem à presença de
Deus , o Pai, para viver como Ele vive!
Sim! Porque na glória em que Ele vive, e vivem os que estão com Ele, a consagração é o princípio sine qua
non!
-
Ó tolo Mário! E todos os infelizes que possam pensar como tu! Se não entendeis o princípio primário do
dízimo; como entendereis o princípio maior? Como podeis pretender ser herdeiros da salvação celestial, se
lutais contra Deus, mesmo inconscientemente?
-
Passo agora para outro erro que cometes:
-
Em Hebreus 7:12 Paulo faz uma de suas muitas analogias - "Mudada a lei, necessário se torna mudar o
sacerdócio." O que isso significa?
-
Para ti a primeira lei não foi substituída por outra lei. Julgas que a Nova Aliança não tem uma lei de
obediência; que basta dizer que crês e estás salvo, sem nada mais teres que fazer além disso!
-
Paulo precisaria aprender de ti o evangelho, porque ele , no teu obscuro entendimento, teria ensinado tudo
errado:
-
- Uma lei menor seria mudada para outra lei maior; da mesma forma que um sacerdócio menor seria
mudado para um maior. Uma lei menor, administrada por um sacerdócio menor, seria mudada por uma
lei maior, administrada por um sacerdócio maior, com poder de salvação que o sacerdócio menor não
tinha.
O sacerdócio Aarônico ou Levítico, passa o comando ao sacerdócio de Melquisedeque; a lei dos
mandamentos carnais dada a Moisés, passa o comando à lei da graça, a dos mandamentos espirituais
ensinada por Jesus Cristo - uma lei superior, cheia de sacrifícios espirituais individuais:
-
Não mais a lei dos símbolos rituais do sacrifício de animais, realizados por sacerdotes mortais
prefigurando o grande sacrifício futuro (físico e espiritual) do Filho de Deus, o primeiro sacerdote segundo
a ordem de Melquisedeque naquela dispensação especial do evangelho à terra. Ele veio nos ensinar o
sacrifício simbólico individual do sacramento; sacrifício pela fé, em que oferecemos a Deus um coração
quebrantado e um espírito contrito, ao comermos o pão e bebermos do cálice sacramentais.
-
Não há lei que não traga consigo regras a serem obedecidas; não há obediência sem atos de obediência;
não há atos de obediência sem obras de obediência. Sem estas últimas a fé é morta, não tem poder de
salvação; mas sim de condenação, porque aquele que se nega a cumprir o mandamento, desobedece a lei
de justiça estabelecida pelo Alto.
Jesus ensinou e deu exemplo pessoal de que é preciso cumprir toda a justiça; aceitando o batismo da água
mesmo sem ter pecado, testemunhou a condenação de quem tentar furtar-se à essa ou qualquer outra
ordenança revelada.
-
Ó anticristo Mário! De outra feita ouvi-te pregar que o batismo da água não é necessário para o cristão,
mas sim somente para o judeu!
-
Se a circuncisão passou a não mais ser necessária para o judeu, então, que obra de obediência sobrou para
o cristão nesse teu evangelho?
-
Apenas confessar de boca que crês, não é sacrifício, não é esforço, não é obediência, não é obra de fé. Crer
é apenas o primeiro passo entre os muitos necessários para obtermos de Deus a graça da Salvação. Mas o
teu modo de crer não leva a qualquer outro lugar que não seja o inferno.
-
No final da tua declaração, dizes que qualquer cristão esclarecido assinaria em baixo dela! De que forma
um cristão faria isso?
-
Algumas pessoas me têm perguntado qual o proveito que há em altercar com pessoas como tu. Mas
respondo que o proveito é para mim e para outros que entendam minhas palavras. Porque através desse
tipo satânico de oposição é que posso fazer brilhar ainda mais a luz da verdade e regozijar-me nela.
-
Escrevi todas estas coisas para dar oportunidade aos que ainda possam se arrepender; para que
considerem e reconsiderem todas estas coisas com maior maturidade espiritual - o que significa maior
humildade diante de Deus; com melhor reconhecimento da nulidade dos seus pensamentos e
interpretações carnais das escrituras; para convidar a todos os que têm ânsia da verdade, a vir ao
encontro dela n’ A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
-
E encerro meu escrito a ti Mário. E o que escrevi está escrito e não me escuso. Que estas palavras sirvam
para medir a minha e a tua justiça diante de Jesus Cristo no último dia de nossas vidas na provação.
-
Meu desejo sincero é que te arrependas a tempo, e venhas a ser um dos nossos ... antes que caia sobre ti a
noite tenebrosa, em que nada mais poderás fazer pela tua libertação daquele que hoje te possui
acorrentado e quer deleitar-se contigo no seu reino.
Setembro de 1995.
-
CARTA 19
-
Querida Ruth
-
Não poderia deixar de registrar aqui nossa última conversa, tuas palavras:
-
"Numa reunião que tivemos esta semana, um encontro de casais promovido pela paróquia onde resido,
não ficou claro ao meu entendimento, nem no de algumas pessoas presentes, o tema estudado. Falávamos
da primeira epístola de Pedro
3- versículos 18 ao 20. Nossa dúvida foi a seguinte:
Como é possível que todas aquelas pessoas que cometeram tantos pecados na sua vida na carne, possam
ser ao final salvas junto a Deus da mesma forma que os bons, aqueles que nunca cometeram os pecados
graves dos condenados enquanto estavam na carne?"
-
Ruth, é essencial transcrever a escritura a que você se refere, para depois analisá-la devidamente, vamos
dividir em parágrafos e numerá-los para facilitar o comentário:
-

1 - "Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados - o Justo pelos injustos - para nos conduzir
a Deus.
2 - Morreu segundo a carne, mas foi vivificado quanto ao espírito.
3 - Nesse mesmo espírito é que Ele foi pregar aos espíritos que estavam detidos no cárcere, aqueles que
outrora, nos dias de Noé, haviam sido rebeldes, quando Deus aguardava com paciência, enquanto se
edificava a arca, na qual ... apenas oito pessoas se salvaram das águas".
-
No parágrafo número 1, vemos Pedro dizer que Cristo morreu pelos injustos, entre os quais inclui a si
mesmo e a todos os cristãos. Pois não há sobre a terra homem algum inteiramente justo e que nunca
cometa pecados.
Mas, devemos considerar que entre eles há os grandemente injustos também.
Acontece que Pedro está escrevendo especificamente aos membros da Igreja:
-
Aos eleitos que são estrangeiros e estão espalhados pelo mundo então conhecido (ver a introdução desta
carta de Pedro). Portanto, a promessa de conduzir a Deus é para eles e não para os iníquos que escolherem
permanecer vivendo nos desregramentos do mundo, depois de serem clara e devidamente convidados a
exercerem fé na vinda do Filho de Deus, ao arrependimento, batismo e ao dom do Espírito Santo - os
primeiros princípios do evangelho para ingressar no Reino de Deus (na terra é a Sua Igreja).
-
Aqui, o significado de conduzir a Deus é no sentido de levar os eleitos para viverem com Ele o Seu estilo de
vida - A Vida Eterna, ou a Vida que vive o Eterno.
-
Mas, a vinda de Cristo e a sua ressurreição, também conduz todos os homens a Deus para serem julgados
e separados de acordo com as obras realizadas na sua humanidade de carne (na mortalidade). Portanto,
no que se refere aos iníquos, que tiverem as plenas oportunidades de aderir à causa de Cristo, mas
houverem escolhido permanecer imundos nos seus pecados, não tendo usado a graça oferecida pela
expiação; para esses, o significado do serem levados a Deus, será para serem julgados, e não para viver a
Seu lado.
-
No parágrafo 2, vemos Pedro fazendo questão de frisar que Cristo foi em espírito aos que, depois de sua
humanidade de carne, voltaram àquela condição de espíritos sem o corpo físico. "O pó volta ao pó; e o
espírito volta a Deus, que o deu" (Jó).
-
Talvez Pedro quisesse dar testemunho contra as doutrinas falsas, já desde então reinantes, que negavam a
existência dos espíritos individuais dos homens.
-
No parágrafo 3 temos a parte mais importante a considerar: Aí está dito que os espíritos foram rebeldes e
que estavam detidos. Sobre eles, portanto, caiu um julgamento preliminar. Se foram rebeldes é porque
tiveram sua oportunidade de conhecer a lei e a rejeitaram conscientemente; pecaram contra a luz que
receberam de Deus por parte do pregador da justiça a eles designado, Noé.
Está dito que Deus deu-lhes o tempo necessário para que se arrependessem e se salvassem das águas. Esse
tempo dado foi o requerido para a construção da arca.
-
Consta que Noé pregou durante cento e vinte anos, possivelmente deve ter sido esse o tempo de duração da
construção da arca.
Uma vez que aquela multidão teve sua plena oportunidade e não quis fazer uso dela, foi para o cárcere
pagar por seus próprios pecados. Cristo foi libertá-los milêniosdepois, mas só após haver cada um deles
pago até o último ceitil da dívida individual.
Ao serem libertados, foram julgados segundo as obras realizadas na carne, as quais, embora já tendo sido
pagas por eles próprios, não o foram com a "moeda forte"da expiação do Messias. Por isso, jamais
obterão a vida eterna que os justos obtiveram desde a sua humanidade de carne - porque a sua redenção
foi perfeita, infinita e eterna - Eles usaram a plenitude da graça dda expiação do Filho de Deus.
-
Ruth a primeira vinda de Cristo selou os julgamentos que deveriam vir sobre as multidões de espíritos
enviados à terra entre a queda de Adão e a ressurreição de Jesus.
Nós agora somos aqueles das multidões designadas para a segunda etapa, ela chega ao começo do fim com
a segunda vinda de Cristo, a qual está às nossas portas.
Ainda haverá uma terceira etapa, para as multidões que nascerão no sétimo milênio ... só depois de tudo
isso é que virá o fim.
-
É para que você tome conhecimento disso tudo, que tenho dado a você alguns livros de minha autoria,
acompanhando o Livro de Mórmon. Em "Uma Análise Dinâmica do Livro de Mórmon" , todas essas
coisas estão explicadas e até muito mais.
-
Ruth, este é o caminho de nossa salvação. Não há outro! A salvação é individual! Não morra ...
"Pois quem ama mais a seu pai e sua mãe do que a Mim; não é digno de Mim".
-
Quem ama serve. É impossível amar ao verdadeiro Deus sem servi-lo. Venha servi-lo e salve-se! Não
temos tempo para deixar essas coisas para depois, uma vez que elas nos tenham sido declaradas com toda
a clareza e autoridade pelos portadores do sacerdócio do Filho de Deus.
-
Vou terminar esta última carta da série com duas escrituras solenes do Livro de Mórmon:
-
"... hoje é o tempo e o dia de vossa salvação; portanto, se vos arrependerdes e não endurecerdes os vossos
corações, imediatamente será realizado para vós o grande plano de redenção" (Alma 34:31)
"...Não deixeis o dia do vosso arrependimento para o fim; porque depois do dia desta vida, que nos é dado
para prepararmo-nos para a eternidade, se não melhorarmos nosso estado durante esta vida, então virá a
noite tenebrosa, na qual não se pode fazer obra alguma" (Alma 34:33)
Aguardo ansiosamente por tua decisão: É Viver ou morrer!
-
Setembro de 1995
-
CARTA 20
-
Prezado Afonso
Esta carta é para cumprir a promessa que fiz de enviar a você a matéria que usei na minha última
palestra. Devo lembrar que o tema dessa palestra, foi escolhido em função de algumas questões que foram
levantadas anteriormente em conversa informal mantida por alguns membros da nossa Igreja e pessoas
curiosas sobre a nossa posição diante da missão de Jesus Cristo e seus apóstolos; bem como de toda a
cristandade. Aquelas pessoas queriam ter uma idéia mais clara e ampla sobre a razão dessas coisas. Em
decorrência, preparamos a palestra e os convidamos; foi quando lembrei-me de enviar um convite a você.
-
A questão principal: O QUE CRISTO, OS PROFETAS, APÓSTOLOS E TODA HUMANIDADE
VIERAM FAZER NESTA TERRA?
-
No evangelho de João 17: 1-6, as palavras de Cristo respondem toda essa questão no concernente a ele
próprio e à sua missão na terra:
"Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer" (v. 4).
Que obra foi essa?
-
"Pois lhe deste poder sobre toda a criatura, para que ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe deste" (v. 2).
E em que consiste a vida eterna?
-
"Ora, a vida eterna consiste em que te conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem
enviaste"
(v. 3).
-
Com esta obra e palavras, Cristo declara ao seu Pai e ao mundo que O glorificou (deu a glória ao nome do
Pai), e pede:
-
"Agora , pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti, antes que o mundo
fosse criado" (v. 5).
-
-No que diz respeito ao versículo 3 acima, é preciso esclarecer melhor o seu significado. Pois, para
podermos de fato conhecer a Deus, o Pai, e a Jesus Cristo, como diz a escritura, será preciso chegarmos às
suas presenças e os vermos como somos vistos por Eles (compreendermos ao Pai e ao Filho da mesma
forma que somos compreendidos por Eles).
A escritura diz conhecer, esse conhecer significa conhecer pessoalmente; e não apenas reconhecer, aceitar
daqui de baixo na terra mortal, que haja um só Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, o seu enviado.
Por enquanto, nesta mortalidade, muito poucos alcançarão a grande bênção que alguns grandes profetas
e apóstolos receberam: Vivificados pelo poder do Espírito Santo, viram com os olhos do espírito ao Pai e
ao Filho em sua glória.
Dessa forma, eles obtiveram um conhecimento perfeito Deles. Conhecimento esse que todos os herdeiros
da vida eterna terão de fato na eternidade, pois é a promessa da escritura e a finalidade declarada da
missão de Jesus Cristo por suas próprias palavras.
-
As palavras finais de Jesus neste capítulo 17 do evangelho de João, fecham com chave de ouro a sua
declaração da missão recebida do Pai para ser feita por ele na terra:
-
" ... que onde estou, estejam comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória que me concedeste,
porque me amaste antes da criação do mundo ..." (v. 24).
-
Insofismavelmente, Jesus veio para levar a Deus todos aqueles que lhe foram dados no mundo; mas que
antes do mundo ser formado eram do Pai (éramos eleitos na preexistência e guiados diretamente pelo Pai).
Na terra porém eles passaram a ser guiados diretamente por Jesus:
-
"Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e guardaram a tua
palavra ..." (v. 6).
-
Portanto, todos eles existiam antes do mundo ter sido formado, eram filhos de Deus em estado de espírito.
Se eles existiam como espíritos, todos nós também existíamos pois a escritura nos diz;
"Eu disse: Sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo. Contudo, morrereis como simples homens". (Salmos
81: 67)
-
Ditas essas coisas e apresentadas as escrituras pertinentes, podemos desenvolver mais o assunto. Vamos
continuar citando mais algumas palavras de Paulo que confirmam tudo o que dissemos anteriormente:
"Combate o bom combate da fé. Conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e fizeste aquela nobre
profissão de fé diante de muitas testemunhas" (o convênio feito com Deus na ocasião do batismo). ( II Tim
6: 12)
Palavras que demonstram a finalidade desta nossa existência:
A conquista da vida eterna.
-
"Convinha que Aquele (Deus o Pai) ... cuja intenção era a de levar um grande número de Seus filhos à glória,
elevasse à perfeição pelo sofrimento o autor da salvação deles (Jesus Cristo). Porque santificador e
santificados formam um só todo (significando que têm a mesma origem e mesma preordenação, isto é, a
conquista da vida eterna). Por isso Jesus não hesita em chamá-los seus irmãos ... Como os filhos de Deus
participam da carne e do sangue (significando participar da vida mortal) também ele (Jesus) participou das
mesmas coisas, a fim de destruir pela sua morte (sobrepujada pela ressurreição e a expiação) aquele que
tinha o império da morte"
( o demônio). ( Heb 2: 10-14).
-
De fato, o demônio tinha a chave tanto da morte física quanto da morte espiritual. Jesus veio para destruir
a ambas; a primeira ele destruiu pela ressurreição, a segunda por sua expiação e pela comunicação da
religião verdadeira, cuja prática é o meio único do homem conseguir usufruir da misericórdia de Deus na
obtenção da vitória sobre a morte espiritual e voltar à sua presença para viver com Ele a vida eterna. A
ressurreição nos dá a redenção física; a expiação nos dá a redenção espiritual, a qual, é uma graça muito
maior.
-
Nós nada podemos fazer para colaborar com o Plano de Deus no sentido da ressurreição em si, ela é um
fato consumado desde as decisões tomadas por Deus na preexistência. Mas podemos colaborar com Ele no
sentido de adicionar glória à Sua glória - Conquistando para nós uma ressuuurrreição gloriosa e
trabalhando para que outros também consigam. Quanto mais corpos gloriosos se unirem ao nosso Deus,
mais magnificada será a sua glória.
-
Nesse aspecto, nossa missão, nas devidas proporções, é a mesma que a do nosso irmão maior Jesus Cristo e
que a dos profetas e apóstolos.
Porque da mesma forma que Cristo, todos nós viemos para lutar contra o demônio; para vencer sua força
por intermédio de Cristo e para conquistar a Gória Eterna.
Para isso, devemos buscar, encontrar e aderir de corpo e alma à causa de Deus. Aceitando a Cristo como
nosso único mestre e salvador, e como seus representantes legais, os profetas e apóstolos por ele enviados.
Se desobedecermos a esse princípio capital, estaremos nas teias do erro sob o poder do demônio. Por
melhores que nos julguemos aos nossos próprios olhos, estaremos fora da verdadeira senda
de Cristo para a vida eterna.
-
Há muitas outras referências das escrituras que comprovam tudo isso que dissemos: 2 Nefi 9: 6-54 ; 1 Ped
5:8 ; Colos 2: 14-15 ; Efe 6: 11-12 ; 1 Cor 15: 40-41 ;
Luc 11: 34-36.
-
É impossível ao homem sobrepujar as mentiras do demônio sem contar com o dom do Espírito Santo e
cultivá-lo sempre. É por isso que estão declarados na escritura os primeiros princípios do Evangelho da
forma que estão : Fé em Jesus Cristo; arrependimento; batismo por imersão por quem tenha autoridade
delegada por Deus; e recebimento do dom do Espírito Santo.
Vemos que os três primeiros foram estabelecidos para a conquista do quarto, o qual é a meta. Pois, sem
este instrumento, o homem natural não consegue pensar ou fazer as coisas que o homem espiritual pode e
tem que fazer para conquistar a vida eterna.
-
"O homem natural não percebe as coisas do Espírito de Deus; pois para ele são loucuras. E não as pode
entender, porque é o Espírito que as julga. Já o homem espiritual julga (melhor) todas as coisas (que refiram-
se ao evangelho e ao Plano de Salvação), e seu julgamento não é superado por ninguém (que pense como
homem natural). Pois quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? ( que possa instruir o
homem espiritual sobre as coisas do evangelho). Nós, porém, temos a mente de Cristo" (conhecemos o
pensamento de Cristo pelo Espírito Santo ... ; " porque o Espírito sonda tudo, também as coisas profundas de
Deus" ( 1 Cor 2; 10).
-
Espero que tenha ficado satisfeito com as respostas,
-
A seu dispor Afonso
-
CARTA 21
-
Prezado Henrique
-
No último encontro que mantivemos, você estava tão entusiasmado com as suas razões, que não me deixou
espaço para falar das minhas. Há tempo descobri que uma carta é a medida melhor indicada para
dizermos tudo o que precisamos dizer sem sermos interrompidos.
-
Recordando suas palavras:
-
"Há muito tempo que me decidi pela Igreja Católica e pretendo jamais deixá-la. Tenho muito fortes razões
pela opção que fiz pelo catolicismo, a principal e decisiva é esta: A religião e Igreja que mais próximas estão
dos apóstolos de Jesus Cristo no tempo e no espaço, é sem dúvida a católica.
Os protestantes surgiram quinze séculos depois; vocês, os mórmons, três séculos ainda mais tarde. Portanto,
está bem caracterizado o fato de que todos, excetuando a Igreja Católica, não passam de seitas religiosas com
suas diversas características próprias, mas nenhuma com a sucessão apostólica como nós declaramos ter."
-
Realmente Henrique, dentro da perspectiva que escolheu assumir, não pode haver dúvida de que a Igreja
Católica é o Reino de Deus na terra.
-
Acontece que há três enormes pedras de tropeço na frente dessa "Dona Perspectiva" por quem se
apaixonou - Uma pedra é a Escritura, as outras são a História Secular e a História Eclesiástica.
-
Pela sua perspectiva, a Igreja Católica é a única que pode ser levada a sério, na sua reivindicação de ter a
sucessão do sacerdócio apostólico. Mas pela perspectiva levantada pelo testemunho triplo - das escrituras,
dos princípios e convênios do evangelho e da História, ela é inaceitável. Pois foi ela exatamente que tornou-
se a primeira e principal entre todas as seitas, e a mãe de todas elas ...
de acordo com as escrituras!
-
Eu, como você, também nasci no catolicismo, mas a minha consciência não pode ignorar essa perspectiva
maior, para poder fazer opção pela Igreja Católica. Isso, para mim, seria tentar tapar o sol com uma
peneira.
-
Se uma religião qualquer não puder provar pelas escrituras às pessoas esclarecidas, que ela não é uma
seita, então, não deverá ser levada a sério. Se ela não passar neste teste mais fácil, também não passará no
mais perfeito e incorruptível, o do testemunho do Espírito Santo. Ela poderá enganar até mesmo ao mais
esclarecido dos homens, mas jamais ao Espírito de Deus.
-
Ora Henrique, se a Igreja de sua opção não pode provar ser a verdadeira Igreja que Cristo fundou; qual
outra poderá? Qual outra poderá dizer que tem a sucessão apostólica, se for dissidente do catolicismo?
-
Acontece porém que, pelas escrituras, qualquer Igreja (inclusive a Católica) que declarasse hoje em dia
ser a sucessão ininterrupta do apostolado; não deveria ser levada a sério. Pois as escrituras dizem com
clareza meridiana que a sucessão apostólica seria interrompida pela apostasia!
E que haveria uma restauração de todas as coisas!
-
Em conseqüência dessas escrituras, hoje, a Igreja que fosse verdadeira deveria declarar ser a restauração
daquele sacerdócio apostólico, o qual, é o Sacerdócio de Melquisedeque. Só há uma Igreja que pode
declarar isso!!!
-
Lembro-me bem de haver começado a dizer essas coisas, mas você não permitiu que continuasse; dizendo
que eu estava interpretando de modo particular essas escrituras - em especial, as que falam da apostasia e
da restauração. Quanto ao fundamento histórico que citei, você disse ser muito vago e sem referências
palpáveis, para que merecesse ser levado em consideração.
-
Realmente Henrique, você não pode fazer idéia do interesse com que tenho procurado entender todas
essas coisas. Nem poderia, pois até hoje não tive oportunidade de conversar seriamente com você sobre as
fontes das quais colhi o conhecimento que hoje tenho. Isso, só para falar das fontes seculares, sem citar
coisas maiores comunicadas pelo Espírito.
-
Um caso publicado hoje nos jornais da cidade do Rio de Janeiro, 14 de outubro de 1995, além de
amplamente divulgado ontem pelas emissoras de rádio e televisão, dão conta do procedimento condenável
assumido por um bispo da Igreja Universal, ao ridicularizar a imagem de Nossa Senhora de Aparecida,
considerada pela Igreja Católica como a padroeira da cidade, e alvo da fé de muitos milhões de católicos.
-
A locutora do Jornal da TV Manchete, classificou o procedimento do bispo confrade de Edir Macedo
como abominável. Isso, imediatamente trouxe à minha lembrança o contido numa obra em cinco volumes
e cerca de duas mil páginas que li há três anos: - "A História dos Papas, mistérios e iniqüidade da corte de
Roma, Crimes dos Reis, Rainhas e Imperadores Através dos Séculos". Autor: Maurício Lachatre -
tradução de Augusto José Vieira. Obra editada um século atrás pela Empresa Editora do Mestre Popular,
Rua Victor Cordon, 36/1o. - Lisboa.
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O conteúdo dessa coleção em cinco volumes, relata a história da Igreja Católica na figura de mais do que
trezentos e cinqüenta Papas. Ao ler todas essas milhares de páginas, e mais as incontáveis citações de
outros historiadores eclesiásticos por diversos autores estudiosos do assunto, posso afirmar conhecer mais
sobre a história de tua tão amada Igreja do que qualquer católico que conheças, sejam eles prelados ou
leigos.
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Que bom seria se todos os católicos se interessassem em conhecer a História d’A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias em seis volumes, por B.H. Roberts, como eu me interessei em conhecer a
História da Igreja Católica!
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Seguramente, todos nós nos conheceríamos muito melhor, teríamos muito mais luz e, em conseqüência,
estaríamos mais perto de entender a justiça de Deus.
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Fiz um super-resumo da obra de Lachatre, evitando as descrições mais escabrosas, e guardei numa gaveta
sem saber bem para quê. Hoje, porém, sei perfeitamente que era para entregá-lo a você e a todas as
pessoas que lerem estas minhas cartas abertas aos meus amigos sem sobrenomes.
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O SUPER RESUMO:
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Da introdução do primeiro volume:
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Maomé apareceu no sétimo século. Ele é apresentado pelo historiador como sendo um hábil impostor que
fundou uma nova religião e o maior império do mundo de sua época.
Os persas faziam uma guerra terrível contra o Império do Oriente. No século nono os gregos separaram-se
dos latinos - sobrevieram quinze séculos de assassinatos, atrocidades e lutas sangrentas. No Ocidente, vinte
e nove cismas mancharam a cadeira de Roma, todos eles foram sangrentos.
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Árabes e turcos escravizaram as igrejas de Roma e da África, e lá fundaram a religião maometana sobre
as ruínas do cristianismo. O Papa Inocêncio III concebeu as cruzadas contra esses infiéis, e criou o
monstruoso tribunal da inquisição.
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O papa Martinho IV, associou-se ao tirano Carlos Danjou, o usurpador da Sicília, e comandou a terrível
matança que veio a ser conhecida como As Vesperais Sicilianas; quando dez mil franceses foram mortos.
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O papa Pio IV, para tentar sustar a decadência da Santa Sé, excitou o fanatismo de Carlos IX da França e
de Felipe II da Espanha, reunindo os meios para exterminar calvinistas e luteranos. Mas isso só veio a ser
realizado mais tarde, no pontificado de Gregório XIII, no grande massacre imposto aos protestantes, na
bárbara noite de São Bartolomeu.
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No período de oito séculos abarcados por esse primeiro volume da obra de Lachatre, apenas meia dúzia de
papas, entre eles, Clemente IX, Benedito XIV e Clemente XIV, pode ser vista como iluminada ... porém
dentro das limitações insuperáveis que a Igreja já incorporara em matéria de corrupção na religião,
doutrina e teologia.
-
Só para citar uma entre as centenas de barbaridades que ocorreram nas cortes do papado nesse período
trágico: O cardeal Baltazar Cossa, mandou aplicar um clister envenenado ao papa Alexandre V; reuniu o
conclave e, apoderando-se do manto pontifical, exclamou: "Sou papa!"; tomou o nome de Martinho V,
mandou queimar vivos dois excelentes homens - João Huss e Jerônimo de PPPraga - os quais, pregavam
contra os crimes nefandos dos padres e a ambição desmesurada dos pontífices.
-
OS PAPAS DOS PRIMEIROS SÉCULOS
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"... Tu és Pedro, e sobre esta pedra, edificarei a minha Igreja ..." e "Contra ela, as pedras do inferno não
prevalecerão ..."
Esses dois retalhos, quando retirados do contexto completo da escritura que lhes dá vida no Espírito
Santo, não comunicam verdade alguma. Mas foram usados pela esperteza dos papas para criar duas
doutrinas abomináveis e que têm subjugado os católicos através dos séculos:
-
Do primeiro retalho, saiu a doutrina de que Pedro foi o primeiro papa e que Cristo edificou a sua Igreja
sobre a pessoa de Pedro ( quando toda escritura declara que Cristo é o fundamento, e os apóstolos as
colunas); do segundo retalho os papas criaram a doutrina da infalibilidade papal (quando a escritura diz
que todos pecam, sem exceção, a não ser Jesus Cristo).
-
É incontestável que Pedro haja estabelecido uma espécie de residência em Antióquia, onde foi considerado
como sendo o primeiro bispo local. A primeira assembléia cristã de caráter geral, foi para resolver a
aparentemente difícil questão da necessidade da circuncisão na Igreja de Jesus Cristo.
-
Nessa ocasião, tanto os apóstolos quanto todos os membros tiveram o direito de voto; era o costume
instituído na Igreja primitiva como padrão. Pedro não inventaria esse procedimento, com toda a certeza
ele foi instituído por Cristo - "Faz exatamente o que te digo; não acrescenta nem tira nada". Este é outro
padrão imutável contido nas escrituras.
-
O apóstolo Paulo cita os nicolaitas, discípulos dos primeiros sete diáconos de Jerusalém. Eles desprezavam
o casamento, mas entregavam-se a monstruosos atos de sodomia.
-
Linus foi o primeiro bispo da Igreja de Roma, morreu em 67 d.C. e consta que o seu bispado durou onze
anos, oito meses e cinco dias.
Os bispos de Roma falsificaram o texto das escrituras, para apagar a evidência deixada nos escritos de
Lucas de que ele era casado. Ele foi o autor de um dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos.
-
Barnabé era um apóstolo de segunda ordem (entendo significar que ele foi ordenado apóstolo por um dos
que foram ordenados diretamente por Cristo; não que ele fosse um apóstolo de nível inferior - isso seria
uma incoerência).
Ele viveu no pontificado de Clemente (os primeiros bispos de Roma foram Linus, Cletus e Clemente)
ensinava que os seis dias da criação, representavam seis períodos de mil anos cada, e que no sétimo
período, representado pelo sábado, Cristo viria para julgar os vivos e os mortos. Dizia que a aurora do
oitavo dia
(o primeiro dia de uma nova semana segundo o tempo de Deus) seria o começo de uma nova criação. Ele
profetizou a apostasia da Igreja:
-
"Ela há de entrar no caminho oblíquo, na senda da morte eterna e dos suplícios; hão de aparecer os males
que perdem as almas. A idolatria, a audácia, o orgulho, a hipocrisia, a falsidade, o adultério, a apostasia, o
incesto, o roubo, a magia, a avareza e o assassinato serão crimes habituais de todos os seus ministros, que hão
de ser os corruptores da obra de Deus, cortesãos dos reis, adoradores dos ricos e opressores dos pobres".
-
Henrique, quão terrível é essa profecia! Por que ela não consta no cânone? É evidente que foi cancelada
por inspiração do demônio! Mas ele não pôde cancelar o registro histórico, que prova a correção dela.
-
O apóstolo Paulo profetizou também a apostasia da Igreja em muitas escrituras.
O papa Alexandre I inventou a água benta, fundamentando-se na doutrina pagã
da água lustral.
-
Extratos da página 68 do primeiro volume:
-
No concílio de Trullo, em aproximadamente 692, inúmeras questões que dividiam as igrejas, oriental e
ocidental, foram focalizadas - Um ilustre prelado tomou a palavra:
-
"... É de absoluta necessidade que esta assembléia se exprima de modo positivo sobre uma questão que divide
as igrejas orientais e ocidentais, e que desenvolvamos as razões que nos levaram a publicar uma resolução
contrária às opiniões da Santa Sé".
-
Evidente está que esse ilustre prelado representava as igrejas orientais, pelo que segue do seu discurso.
Note-se também que a Santa Sé em Roma, desde então já era considerada pautar-se por opiniões humanas
em vez de revelação direta de Deus. Tanto está que as igrejas orientais achavam-se no direito de também
guiar-se por suas opiniões (e não revelações posteriores às recebidas de Cristo) e publicar resoluções
contrárias à Santa Sé.
-
"Antes de consagrar um eclesiástico, o clero latino obriga-o a prometer que interromperá todas as relações
íntimas com sua mulher; nós, ao contrário, seguiremos o antigo canon apostólico, mantendo o casamento dos
que têm ordens sacras, e não os privando de suas companheiras ... não se deve excluir os laços legítimos que
tenham contraído; não serão forçados ao celibato, pois isso seria condenar o casamento instituído pelo
próprio Deus".
-
Como você pode constatar, Henrique, eram os próprios católicos orientais que defendiam o direito e a
justiça dos prelados serem casados; contra a injustiça já instalada na mente dos pontífices ocidentais,
liderados por Roma! Ainda havia uma parcela do Espírito entre os orientais.
-
"... os padres nunca receberão salário pela santa comunhão; os fiéis não receberão a eucaristia em vasos de
ouro ou de qualquer outra matéria preciosa, mas nas mãos cruzadas uma sobre a outra, porque não há no
mundo nada mais precioso do que o corpo humano, que é o verdadeiro templo de Jesus Cristo".
-
O Imperador Justiniano aprovou todos os cânones deste concílio; os patriarcas de Alexandria,
Constantinópola, Antióquia, os bispos, e (pasmemos) até mesmo os legados da cúria romana! Todos
subscreveram essas decisões, que foram remetidas ao santo padre, o qual, não as quis aprovar,
declarando-as atentatórias à dignidade pontifícia. Esse papa foi Sérgio I, o octogésimo sexto papa, falecido
em 701 d. C.
Satã estava consolidado em Roma; nada que fosse justo prevaleceria!
-
Eleutério foi o décimo quarto papa, era grego, governou a Igreja por quinze anos e morreu no ano 194. É
importante considerar que os eventos agora registrados, passaram-se cerca de cento e sessenta anos após a
morte de Jesus e aproximadamente um século depois do desaparecimento do grupo de apóstolos seus
contemporâneos.
Durante o pontificado deste papa, Clemente de Alexandria escreveu os "Tratados de Filosofia Cristã",
onde, sobre o casamento está escrito:
-
"Demócrito e Epicuro viam o casamento como a principal origem de todos os males; ... Mas nenhum desses
filósofos tinha autoridade para julgar ... porque todos eles se davam à prática infame da sodomia. Na religião
cristã, o casamento é uma instituição moral ... E ademais, não será ele a maior perfeição de que o homem é
dotado - a de gerar seres que lhe sucederão ...?"
"O casamento é o gérmen da família, a pedra fundamental do edifício social; e os padres cristãos devem ser
os primeiros a darem o exemplo, contraindo uniões sagradas."
"Os nicolaitas, os discípulos de Corpocrates ... pregaram a comunidade de mulheres, e cometeram um grande
crime perante Deus; ... Igualmente culpados são os que pretendem que as relações sexuais nos desviam das
orações ..."
"Todos esses hereges têm condenado os que com razão sustentam que o homem deve usar, segundo o livre-
arbítrio, da faculdade que Deus lhe concedeu de escolher uma mulher para si ..."
"Esses insensatos pretendem imitar a Cristo, ... Jesus não era um homem comum ... e se recusam
obstinadamente a seguirem o exemplo de S. Pedro e S. Paulo, que eram casados, coabitavam com suas
mulheres e tinham numerosos filhos."
-
Vejamos o que foi gradualmente acontecendo, até que esse conceito de virtude e justiça, compreendido e
defendido por Clemente de Alexandria, fosse virado de cabeça para baixo; passando o que era heresia
para virtude e a virtude para heresia:
-
Silvestre, o trigésimo quarto papa, romano de nascimento, eleito em 314 e morto em 335, logo ao iniciar
seu pontificado, convocou um concílio, cujo décimo cânone era:
-
-"Se os diáconos, ao serem ordenados, declararem que pretendiam casar-se,
ficarão no ministério com permissão do bispo ..."
-
Já uns meses depois, foi chamado um novo concílio em Neosesarea, quando foi estabelecida a interdição
formal do casamento para o clero; neste sínodo, venceu o falso argumento de que o casamento obrigava o
homem a ocupar-se de coisas terrenas e a desviar-se das obrigações do sacerdócio.
-
Veio depois, em 325, o concílio de Nicéia, determinado por Constantino; quando quiseram proibir os
padres que já eram casados, de coabitar com as suas antigas esposas. Mas o bispo de Tebaida, de nome
Paphúncio, declarou:
-
"... não se deve impor um jugo tão pesado ... o casamento é honroso; ... uma demasiada severidade seria
prejudicial à Igreja; ... já é muito que proibais o casamento ... não queirais agora também, impor aos já
casados, o abandono
de suas esposas."
-
Em 406 apareceram as obras de um padre de grande erudição chamado Vigilâncio. Ele condenava os
abusos introduzidos no cristianismo - o celibato, o culto das relíquias e a queima de círios em honra dos
santos.
Mas deste século em diante, cada vez mais, as vozes que proclamavam justiça e verdade eram menos
ouvidas. A mentira e a malignidade passaram a triunfar aceleradamente em direção à Idade Negra.
( A profecia do apóstolo Barnabé, começava seu cumprimento inexorável).
-
Celestino I foi o quadragésimo quinto papa, governou a Igreja de 424 a 432. Numa carta notável,
condenou os bispos que usavam um cinto e um manto sobre seus trajes seculares, a fim de se distinguirem
dos demais fiéis ( e de todos os demais homens)
-
"porque os padres só se deviam distinguir do povo pela doutrina e pureza de costumes, e não pelo hábito."
-
Henrique, não preciso dizer o que prevaleceu, pois nada que fosse justo poderia vingar dai em diante ... e
até hoje a prova está diante dos nossos olhos. Um simples manto e um cinto, que já eram condenáveis,
foram transformados na parafernália com que você vê os cardeais e sumo-pontífices atrelados ... Para
receberem o reconhecimento e a honra dos homens, cometem essa abominação diante de Deus!
-
Só quem não conhece as escrituras e a História, pode aplaudir essas blasfêmias.
Diante dessas coisas, a indignação e revolta dos mais espiritualizados e esclarecidos, começou a multiplicar
os "hereges", pois, os verdadeiros hereges passaram
a ser os justos !!!
.
Henrique, os católicos justos foram sufocados pelos católicos injustos, os quais, consolidaram sua posição,
e levaram a Igreja Católica para o abismo, de acordo com as profecias. Todas as injustiças que
prevaleceram estão hoje em vigor
(pelo menos a maioria delas).
-
A aparência de religiosidade impressiona aos incautos, por seus aparatos. Mas ela está reprovada por
Deus em gênero, número e grau. A justiça e dignidade de Deus não se coadunam com uma Igreja, cuja
injustiça prevaleceu sobre os justos que nela estavam; que os mandou para a tortura e para a fogueira, aos
milhares, às centenas de milhares. Nossa memória é muito vaga e curta, mas diante de Deus tudo isso está
permanentemente presente - Ele anuncia que grande será a qqqueda de todas as Igrejas que mataram os
santos e se embebedaram com o seu sangue.
-
Saia dela Henrique ... enquanto Deus ainda nos dá tempo!
-
O papa Leão I foi o quadragésimo sétimo. Governou de 440 a 461, foi quem inaugurou a tortura e
violência para corrigir os hereges. Glorificava-se de ter ordenado o suplício pavoroso de Prisciliano, por
ele advogar uma crença parecida à dos agnósticos. Pediu a Máximo autorização para matar os hereges em
todas as províncias do império.
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O século VI deu início à tirania do clero, pelo apoio que conseguiu de tiranos seculares, reis, príncipes e
imperadores, com os quais jogava com ardis, adulações e traições. Assim, os papas conseguiram manter
os reinos lutando uns contra os outros para tirarem proveito da miséria dos seus povos.
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O século VIII foi marcado por incontáveis lutas e derramamento de sangue, torturas pavorosas pela
questão da adoração de imagens. Nessa terrível confusão, entraram reis, imperadores, príncipes e todo o
clero. O rei Carlos Magno era contra a adoração de imagens. Mas, o destino da justiça já estava selado
para a morte.
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Acabou vencendo a sofismaria, a mentira, o erro, a idolatria (mascarada de não ser, na falácia dos adeptos
das imagens) ... e a vitória do mal chegou aos nossos dias ao preço do suplício e morte ignominiosa de
milhares de pessoas boas do próprio catolicismo. Elas morreram para que o cristianismo não fosse
vitimado por aqueles males ... e hoje os católicos se comovem diante de imagens, praticando os erros que
eles combateram até a morte, para evitar que manchassem o cristianismo!
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A PAPISA JOANA
O século IX foi marcado por um fato incrível. Uma mulher enganou a todos e foi consagrada papa. Seu
reinado durou uns dois anos, de 853 a 855. Seu sexo só foi descoberto porque ela ficou grávida de um
amante secreto (provavelmente um dos seus camareiros) e teve a infelicidade de sentir as dores do parto
quando se encaminhava à cavalo para a catedral de São João de Latrão.
Ela caiu do cavalo e a verdade foi percebida de imediato pelos cardeais, os quais a cercaram para não ser
vista pelo povo. Ali mesmo ela morreu e a criança foi morta pelos clérigos.
-
Esses são fatos históricos que alguns católicos tentam negar desde então. Dizem eles que Deus não poderia
permitir que uma mulher impudica ocupasse o trono de São Pedro. No entanto, a história demonstra que
ela como "papa", foi infinitamente mais justa e sábia do que a esmagadora maioria dos papas celerados
que ocuparam o trono (que jamais foi de São Pedro - Ele preferiu ser crucificado de cabeça para baixo do
que sentar-se num trono à imitação dos reis seculares).
-
É absolutamente necessário negar a história da papisa Joana. Porque ela destrói por completo a doutrina
da infalibilidade dos papas e da pretensa inspiração do Espírito Santo aos componentes do conclave de
cardeais que elegem o papa.
A saga de Joana papisa é mais uma evidência histórica entre as centenas de demonstrações de que a
Igreja fundada por Cristo seria retirada da terra.
-
A CADEIRA FURADA
Acontece que, quando mais tarde os cardeais e os papas tentaram pôr em descrédito a realidade da papisa
Joana, colidiram com uma decisão tomada por eles mesmos, imediatamente conseqüente daquele
tremendo engodo que a Igreja sofrera.
Para evitar que fato semelhante viesse novamente ocorrer, a cúria romana estabeleceu uma prova que veio
a ser conhecida como a da "cadeira furada":
- Todos os papas eleitos nos conclaves deveriam passar por essa prova final antes de serem proclamados
papas. Eles deveriam sentar na cadeira furada de modo a que a genitália ficasse ao alcance, por baixo, da
mão de um clérigo designado para dar testemunho da prova de virilidade do novo papa!
-
Se isso não era uma admissão clara de que o Espírito Santo nada tinha a ver com as eleições dos papas, e
que os membros do conclave confiavam mais na cadeira furada para salvá-los daquele engano, então, a
heresia é de Lachatre e de Amoramon -
-
Nesse caso esses dois é que deveriam ser mandados ao inferno.
Essa prova da cadeira furada só foi descontinuada depois que sucedeu outro fato também desconsertante.
Um clérigo designado para fazer a prova de toque na genitália do último candidato a papa que sentou
numa dessas cadeiras, antes de fazer o toque, olhou no que iria tocar. Aquilo que viu apavorou-o de tal
modo que fugiu correndo para não ter que tocar as úlceras purulentas - o testemunho dos desregramentos
sexuais daquele homem que iria dirigir os destinos da Igreja!!!
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Aquele que havia sido escolhido no conclave por inspiração - não do Espírito Santo, mmmmas do espírito
do diabo.
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As guerras por causa da adoração de imagens cobriram todo o oitavo século, e marcaram a passagem de
nove papas - de Gregório II, o nonagésimo primeiro, até Adriano I, o nonagésimo nono.
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Num concílio, os adoradores de imagens eram anatematizados, no outro o culto idólatra era restabelecido.
Alguns reis e potentados apoiavam hora um hora outro concílio; os infelizes súditos passavam de fiéis a
hereges e vice versa, ao sabor das oscilações das vagas do "Espírito Santo" e da infalibilidade papal, que
levam os povos a se aniquilarem mutuamente "Em nome de Cristo" !!!
-
Como exemplo, eis um extrato dos bárbaros argumentos usados pelo papa
Gregório II em favor do culto às imagens:
Carta por ele enviada ao Imperador Leão III:
-
"Até os últimos anos do pontificado de Gregório II, nada fizestes contra o culto das imagens, e agora ...
chamais idólatras aos que as adoram! Mandais quebrar as estátuas dos santos e atirá-las para fora da casa
de Deus, e não receais o justo castigo de vossa conduta! ... Por que persistis no erro, recusando seguir as
santas tradições dos padres dos seis concílios? ...Que escuteis humildemente os discursos cheios de bom
senso que dirigimos ao vosso espírito simples e grosseiro".
"Não vedes pois, que toda a vossa guerra contra as imagens não passa de presunção, ignorância e
barbarie? Só vós tendes a culpa das desordens, sedições, assassinatos e guerras civis que têm desolado a
Itália".
"Não desvieis os simples da veneração que têm pelas representações das histórias santas ... a credulidade
dos povos é a vossa força, como também a nossa."
-
-Vê você Henrique, onde estava e está a força da Igreja Católica? Pode você imaginar o que acontecerá
quando a consciência dos simples for despertada para essas grandes verdades? - A Igreja cairá, e grande
ser&aacuute; a sua queda, diz o Senhor Jesus Cristo em revelações modernas.
Quanto a você, poderá derrubá-la hoje mesmo no seu coração, e então só haverá um lugar onde encontrar
abrigo e proteção do castigo que está prestes a ser
derramado sobre toda a terra.
-
Devo admitir que esta foi uma carta longa. Mas que não leva a você mais do que um centésimo de tudo o
que tenho lido e meditado sobre todas essas coisas.
Considero que fiz por você um enorme esforço espiritual, mesmo assumindo o risco de que venha a me
odiar por isso.
Talvez você não venha a compreender que não luto contra nenhuma pessoa humana; em vez disso eu luto
por elas contra quem as escraviza pela mentira ... as potestades, os príncipes do mundo tenebroso que se
manifestam das regiões dos espíritos para dominar a mente dos homens.
-
Como você deve entender bem, não estou advogando como certo o procedimento do bispo Von Helder da
Igreja Universal. Embora tudo o que ele tenha dito seja verdade.
O procedimento correto é divulgar a palavra, sem gestos teatrais ou de impacto emocional. A verdade
deve entrar no coração humano com suavidade... para que ele a absorva prazerosamente até o seu total,
sem o risco de destruir o vaso.
-
Continuo pronto a esclarecer qualquer ponto que tenha ficado obscuro.
Outubro 1995, seu amigo de sempre
-
CARTA 22
-
Prezado Nilson
Foi muito bom e instrutivo para mim você ter-me apresentado a mais esse demônio - O demônio que
domina os sabatistas; para que o Espírito que está em mim dê-lhe combate.
Sua poderosa sofismaria está contida no livro que me deu para analisar, "Valley of Decision", de Leola
Woodruff. Sendo a autora uma descendente do Presidente Willford Woodruff, é notável o fato dela ter
sido convertida ao sabatismo depois de ter sido nascida e criada na religião dos Santos dos Últimos Dias.
-
De acordo com o texto, Leola e seu jovem marido Carl, também mórmon, foram convertidos pela
pregação da sogra "Mamãe Woodruff", também criada no mormonismo e convertida ao sabatismo havia
dezenove anos. Os mestres visitantes e parentes não conseguiram demover Leola de sua nova fé, e
acabaram perdendo a batalha para o demônio que já havia dominado irremediavelmente as mentes
daqueles ex-mórmons.
-
Desde 1993 o livro escrito por Leola foi traduzido para o português e editados 5.000 exemplares na
primeira edição - Casa Publicadora Brasileira, Rodovia SP 127 - Km 106 CEP 18270-000 - Tatuí SP.
-
É um demônio poderoso, senti a sua pressão! Ele só pode ser vencido pelo testemunho do Espírito Santo e
o conhecimento abrangente das escrituras. Tão abrangente quanto o conhecimento que ele tem; caso
contrário, ele pode derrubar nossa fé, como está demonstrado pelo livro.
Até ouso conjeturar que se trate de um demônio feminino; nesse livro sua ação é mais conhecida sobre as
mulheres. A começar pela própria fundadora do sabatismo, a "profetisa" Hellen Gould White, cujo nome
contém o número da besta do Apocalipse, razão porque, talvez ela preferisse assinar o nome de forma
reduzida - Hellen G. White.
O cálculo do número é apresentado no livro de Sana-Kahn, "...Até 1954 e Depois ...", edição de 1934:
ELLEN GOVLD W H I T E (W= VV)
50+50+ 5+50+ 500+ 5+5+1 = 666
-
É uma curiosidade que decidi incluir como abertura desta carta a você caro Nilson.
-
O fato é que o livro de Leola é uma excelente demonstração de que as tradições religiosas comunicadas por
nossos pais, mesmo que elas sejam as mais corretas de todas, não são o bastante para evitar que sejamos
eventualmente superados pelo poder da sofismaria satânica, na sua grande capacidade de manipular as
escrituras.
-
A lei é: Conquiste o seu testemunho individual do Espírito Santo e permaneça ligado a ele, ou o perigo de
morte espiritual sempre o estará ameaçando de perto.
-
Aqueles mórmons que foram superados e passaram a adventistas do sétimo dia, nunca desenvolveram esse
testemunho do Espírito. Viveram de suas próprias racionalizações, até que encontraram pela frente uma
doutrina de maior racionalismo ... e se deixaram superar.
-
Quem fundamentar sua vida espiritual em racionalismo apenas, correrá o grande risco de vacilar nas suas
convicções e cair. O Plano de Deus não é fundamentar nossa fé de outra maneira que não seja no
testemunho do Espírito Santo.
Quem começa a duvidar, no seu racionalismo, do chamado de um autêntico profeta,
é porque jamais o conheceu pelo testemunho do Alto, e sua fé na obra não passa de crença nas tradições
recebidas.
-
Quando um membro é envolvido por esse tipo de erro, os mestres familiares não se devem deixar envolver
pela tentação de entrar no terreno da racionalização.
Usem o seu testemunho e apelem à pessoa para que obtenha o seu. A menos que tenham conhecimento das
escrituras ao ponto de citá-las sem deixar terreno para serem superados. Se não conseguirem contribuir
com isso para que o oponente entre em reflexão, pelo menos saiam sabendo que não foram superados pelo
inimigo comum, deles e nosso.
-
De acordo com o texto de Leola, os mestres visitantes foram levados à irritação por várias vezes, e
perderam a batalha para a nova "luz" que ela recebera de sua sogra ... que a recebeu de Ellen G.
White...que a recebeu do inimigo em última instância.
-
Leola citou muitas e muitas escrituras bíblicas para provar aos mestres visitantes que o Livro de Mórmon,
Doutrina & Convênios e Pérola de Grande Valor estavam, em muitas escrituras, em completo desacordo
entre si e também com a Bíblia; que era impossível aceitá-los conjuntamente - Era ficar com a Bíblia e
rejeitar os outros ou ficar com eles e rejeitar a Bíblia. Ela optou pela Bíblia, como sua sogra já fizera
dezenove anos antes.
Curioso porém é que as escrituras mais evidentes que demonstram os erros do sabatismo, não foram
sequer tocadas, nem por Leola nem sua sogra ou mesmo pelos mestres familiares! Ou será que eles as
usaram, mas a autora do livro não as citou propositadamente?
-
Em Êxodo 12:16, lemos: "No primeiro dia, assim como no sétimo, tereis uma santa assembléia. Durante
estes dias não se fará trabalho algum..."
-
Por que no primeiro e no sétimo? Por que não só no sétimo? Não era só no sétimo dia que seria
estabelecido o Sabat dos judeus? O que tem o primeiro dia da semana a ver com o sétimo para que Deus
haja recomendado uma santa assembléia e que não se fizesse trabalho algum, no primeiro dia como no
sétimo?
-
Em Oséias 2:13, lemos a resposta do porque dessa observância mosaica do primeiro e do sétimo dias na
festa dos pães ázimos:
-
"Porei fim a todos os seus divertimentos, suas festividades, suas luas novas, seus sábados, e todas as suas
solenidades"
-
Se o Senhor do Sábado disse que poria fim aos sábados dos judeus e todas as suas solenidades, mas se
também disse que o sábado seria um dia para ser observado perpetuamente, o que daí se conclui?
-
- É evidente que o sábado a ser observado perpetuamente significa algo diverso da palavra sábado ou o
sétimo dia; o qual (sabat), seria mudado para um outro dia da semana; ou isso ou o Senhor estaria em
contradição consigo mesmo!
-
E qual seria o dia mais apropriado para mudar, senão para o primeiro dia, o domingo, o dia em que o
Senhor libertou toda a humanidade da sepultura por sua ressurreição?
Isso também nos trouxe ao entendimento a razão porque, em Êxodo 12:16, o Senhor mandou os israelitas
terem uma santa assembléia solene no primeiro dia, assim como no sétimo, durante os quais não se faria
nenhum trabalho.
-
Na Bíblia grega original, Novo Testamento, após a ressurreição, o primeiro dia da semana é chamado de
Sábado oito vezes. Definitivamente significando o Sabat e não o sábado ou sétimo dia. Se a tradução
houvesse sido perfeita, essa impropriedade não apareceria. E o demônio sabático teria que se concentrar
em outros engodos.
Os santos reuniam-se para participar do sacramento no primeiro dia da semana, depois da ressurreição de
Jesus.
( Ver Uma Obra Maravilhosa e um Assombro, Cap. 22)
-
O esperto demônio do sabatismo, conseguiu incutir na mente dos sabatistas que a perpetuidade do
mandamento de adoração era para ser no sétimo dia, no sábado, de forma imutável. Enquanto para quem
tem o entendimento no Espírito, a perpetuidade era aplicada ao Sabat, o Dia do Senhor ou o Dia de
Adoração, fosse qual fosse o dia da semana que o Senhor designasse.
Assim, os sabatistas estão infelicitados, pois, foram colocados contra Cristo e seus apóstolos, ao manterem
o dia de adoração dos judeus que rejeitaram o Messias e sua ressurreição.
-
Esses argumentos não aparecem nenhuma vez no livro de Leola. Eles eliminariam de vez os argumentos
do demônio sabático; por isso, essas questões foram evitadas. Custo a acreditar que este livro não tenha
sido adaptado pelos sabatistas para não perderem seus salários.
-
Como vê Nilson, seria muito improvável que os mestres visitantes não houvessem apresentado esses
argumentos e escrituras desde o início dos debates, caso o relato do livro fosse completo e verdadeiro.
Ocasião em que a questão estaria encerrada com a vitória da verdade. Não haveria razão para o livro de
Leola.
-
Se o livro foi escrito dessa forma, é porque foi adaptado de modo a não tocar nessas questões eliminatórias
contra o sabatismo.
Se os sabatistas foram dominados diante de uma questão tão simples quanto esta, quão mais dominados
estarão diante das questões muito mais profundas do evangelho tocadas pelo Profeta Joseph Smith e seus
associados?
-
Aí mesmo é que o demônio sabático torceu suas mentes ao ponto de colocarem as escrituras bíblicas em
completa oposição às revelações recebidas pelo Profeta e os pronunciamentos de líderes da Igreja.
-
Realmente Nilson, a letra da Bíblia mata para a Vida Eterna, se não for entendida segundo o Espírito, o
Único que pode amarrar os demônios especializados para enganar os adeptos de cada uma das falsas
religiões do mundo.
-
Eu poderia rebater facilmente todos os falsos argumentos que superaram a fé daquelas mulheres, mas
depois do que acabei de demonstrar, creio não valer a pena; o demônio sabático já está amarrado para
todos os que lerem estas coisas e tiverem um mínimo de inteligência voltada para a Luz.
-
O livro de Leola prova ser possível interpretar a Bíblia de modo completamente oposto à verdade. Se uma
pessoa se esforçar para fazê-la concordar com o Livro de Mórmon, conseguirá; se quiser fazê-la discordar,
também conseguirá...porque tanto o Espírito quanto o demônio ajudarão no seu propósito.
-
Leola , Mamãe Woodruff e Hellen G. White tiveram muito sucesso nessa infeliz na empreitad a que se
entregaram.
Será sempre uma questão de associar-se ao Espírito da Verdade ou a cair nas mãos de um demônio
qualquer que ande pelo mundo realizando seu trabalho.
Isso, obrigatoriamente, exige revelação de Deus.
-
Agora Nilson, vou usar um pouco de racionalização no Espírito Santo. Vou começar perguntando aos
sabatistas duas perguntas opcionais, para as quais, só há uma resposta coerente:
Qual das duas foi a maior realização de Deus?
- A libertação de alguns milhares de israelitas da servidão no Egito?
- A libertação de toda a humanidade da morte física pela ressurreição de Jesus?
- Foi a segunda! Não há outra resposta possível!
-
Ora, o Senhor mandou guardar o sétimo dia para manter na memória do povo israelita a libertação do
jugo sob os egípcios.
Quando Jesus ressuscitou, no primeiro dia, que dia deveria ser consagrado para os cristãos manterem na
memória? O sétimo ou o primeiro?
-
Se o dia simbólico memorial da primeira libertação já estava ocupado pelo sétimo; que dia o Senhor
designaria para manter na memória dos cristãos aquele ato libertador muito maior do que o primeiro?
-
O sétimo diriam os tolos sabatistas!?
-
Seria uma grande "tolice" de Deus, manter o sétimo dia para memória da ressurreição. Não haveria para
isso outro dia mais apropriado do que o primeiro dia ... e Deus só faz coisas apropriadas e inteligentes.
-
O dia simbólico a ser designado para manter na memória do povo os grandes atos de Deus, tem que ter
coerência com os fatos a que se refere.
Assim, o dia da libertação dos israelitas é uma coisa; o dia da libertação da morte é algo diverso e de muito
maior significado para toda a humanidade. Ele se superimpõe sobre aquele ato menor. A comemoração e
memória do cristão, passa a ser direcionada ao ato maior; o menor fica apenas guardado em nossa
lembrança,
sem mais necessidade de comemoração.
-
Não mais nos referimos ao Senhor como Aquele que tirou Israel do Egito, mas Aquele que livrou Israel
(todo o Seu povo) da morte.
-
Assim, Nilson, tanto pelas escrituras quanto pela razão, os cristãos que ainda insistem em guardar o
sétimo dia em vez do primeiro, estão nas garras do desconhecimento e da incoerência espirituais.
-
Tão incoerentes são eles, quanto seriam os judeus que decidissem guardar o primeiro dia para comemorar
a libertação do jugo egípcio.
-
Quando Leola chega a reconhecer que os apóstolos observavam o primeiro dia da semana, em vez do
sétimo, diz que o faziam por tradição!
-
Mas que tradição poderia ser essa se eles eram judeus e haviam observado o sétimo dia sob a lei de
Moisés? Uma modificação tão radical da noite para o dia, não poderia jamais ser classificada como
tradição.
-
Cristo veio, tanto para cumprir a lei de Moisés quanto para dar-lhe por cumprida, após sua ressurreição
inaugurando a Nova Aliança.
-
Os mórmons jamais ensinaram que Cristo ao dar cumprimento à lei de Moisés, revogou os Dez
Mandamentos. Os Dez Mandamentos são da lei espiritual e não da lei dos mandamentos carnais dados a
Moisés.
-
Nilson, não quero ceder à tentação de ir a fundo em todas as incoerências escritas nesse livro de Leola
(Será que é dela mesma?). Hoje é o Dia do Senhor e eu não mereço esse castigo.
-
Por enquanto vou limitar esta carta a estas palavras, como já disse, não compensa perder mais tempo com
isso.
Outubro de 1995
-
CARTA 23
-
Querida Ruth
Mais uma vez escrevo a você. E desta vez quero agradecer, muito mesmo, pela excelente questão que
levantou; e mais ainda pela franqueza de dizer que não estava satisfeita com a maneira pela qual a
respondi.
-
Isso fez-me ir muito mais a fundo na mente e na pesquisa, para organizar melhor uma resposta mais
convincente. Como já disse antes à você, O Espírito de Deus fala com mais poder à nossa mente, quando
pensamos nas coisas de Deus nas horas de vigília; a mim, especialmente pela madrugada.
Hoje Ele tirou-me da cama às 3:20, mas já lutava comigo desde às 3:00 da matina. Sabendo que não mais
me deixaria dormir, antes que registrasse Sua fala ao meu coração, levantei-me para fazê-lo.
-
A dificuldade que existe em entregar luz adicional a quem tenta apreendê-la por aceitação unicamente dos
textos da Bíblia, reside nos trechos lacunares e muitas vezes nas traduções menos fiéis aos textos hebraicos
e depois gregos.
Isso concorda plenamente com as palavras contidas no Eclesiástico (Prólogo), livro canônico para os
católicos, (embora considerado apócrifo pelos protestantes), quando dizem que as escrituras se tornam
muito diferentes e perdem sua força quando traduzidas do hebraico para outras línguas.
-
Se os protestantes teimam em não aceitar essa verdade, os católicos têm o dever de aceitar, pois ela é
declarada no próprio cânone reconhecido por eles.
Mas mesmo que alguns católicos relutem em aceitar esse fato, o Espírito vai demonstrá-lo agora:
-
Veja Ruth, você me trouxe o texto em Lucas 20: 27 - 36, em que alguns saduceus, que não criam na
ressurreição, e que viviam sob a lei de Moisés, apresentaram um caso hipotético e estudado, com a
intenção de confundir Jesus. A prova de que consideravam o caso sob a lei de Moisés e não sob a lei do
evangelho; ou seja,
sob a lei do sacerdócio Aarônico e não sob a do sacerdócio de Melquisedeque, foi que começaram suas
palavras dizendo: "Mestre, Moisés prescreveu-nos ... etc ...etc ... (ver o texto na Bíblia que você usa
comumente).
-
Ora , ao consultar nas várias versões da Bíblia que tenho ao meu alcance, li no rodapé da versão católica
dos Montes Beneditinos de Maredsous, Bélgica, o comentário sobre o exemplo engendrado pelos saduceus:
* 20: 33 - Situação paradoxal: poder-se-ia concluir dai que a ressurreição é impossível.
Isso demonstra o entendimento católico de que a pergunta dos saduceus e a resposta de Jesus nessas
escrituras, referem-se à ressurreição e não aos casamentos na situação paradoxal criada.
-
Mas, tive a felicidade de encontrar outras versões modernas da Bíblia, como a tradução da versão inglesa
de 1961, mediante consulta ao texto antigo hebraico, aramaico e grego, editada em português em 1967; e A
Bíblia de Jerusalém, em que eruditos seculares, conhecedores profundos desses idiomas, examinaram e
concordaram com os textos traduzidos do hebraico e do grego por seus pares católicos.
-
Examinando primeiro a nossa tradução da versão inglesa de 1961:
-
Lá está escrito, no correspondente ao versículo 34 nas Bíblias comuns:
"Os filhos desse sistema de coisas, casam-se e são dados em casamento, mas os que têm sido contados
dignos de ganhar aquele sistema de coisas...
( e na letra da nota e, no rodapé da Bíblia de Jerusalém, referindo-se a esse mesmo versículo 34, é inferido
que essa expressão é um semitismo - um modo dos semitas expressarem sua idéia)
...e a ressurreição dentre os mortos, nem se casam nem são dados em casamento.
-
..." E na Bíblia de Jerusalém: "... Eles jamais poderão morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de
Deus, por serem filhos da ressurreição.
(da primeira ressurreição).
-
Agora Ruth, vou mostrar a você o ponto crucial do erro dos tradutores que não conhecem em
profundidade o Plano de Salvação. Para se livrarem do "semitismo" eles construíram sua tradução na
forma das línguas modernas. Com isso confirmaram em gênero, número e grau as palavras contidas no
prólogo do Livro do Eclesiástico. Palavras que também nos demonstram uma das fortes razões pelas quais
os protestantes, em especial os evangélicos, não podem aceitar esse livro como inspirado por Deus.
Se o fizessem, como poderiam manter o seu zelo sem discernimento pelo texto bíblico; como reconhecer
que embora não haja erros nos textos hebraicos, os há nos textos traduzidos, que chegaram a nós?
Lembre-se que os textos do evangelho de Jesus, foram inicialmente escritos em aramaico, um idioma
próximo ao hebraico e que foi usado por Jesus na sua pregação.
-
Os eruditos seculares e religiosos, ao passarem os textos considerados para suas línguas, concordaram
entre si e retiraram aquele "semitismo"( "os filhos desse sistema de coisas" e substituiram por "os filhos
deste mundo") com isso, transformaram e transtornaram nosso entendimento do que Jesus disse aos
incrédulos da ressurreição.
A nova e errada construção, no latinismo ou no anglicanismo, nos trouxe a idéia de que Jesus, naquela
ocasião, referiu-se a todos os homens , em todos os tempos, tanto os que vivessem sob a lei de Moisés
quanto os que viessem a viver sob as leis do evangelho; tanto os que vivessem sob a égide do sacerdócio
Aarônico, quanto os que vivessem sob o sacerdócio Maior ou de Melquisedeque.
-
Ora Ruth, os textos combinados dessas duas versões da Bíblia, demonstram a você e a todos os homens
que Jesus referiu-se exclusivamente às pessoas ali especificadas e que viviam "aquele sistema de coisas".
-
Ensinei à você a verdadeira palavra proferida por Jesus aos saduceus:
-
Para aqueles que estavam sob a lei de Moisés, que tinham passado pelo batismo dos judeus, mas não ainda
pelo batismo de João; embora eles pudessem ser tidos como justos, dentro daquele sistema de coisas ( o
sistema limitado pelo poder da lei de Moisés), não poderiam ter seu casamento reconhecido por Deus na
eternidade; nem aqueles sete, especificamente, nem a mulher; portanto, eles seriam feitos como os anjos de
Deus.
Por que você pensa que os judeus referiam-se ao batismo de João discriminativamente?
Era porque eles mesmos já praticavam um batismo sob a lei de Moisés. Mas o de João era o de abertura
para uma lei maior e melhor. Se o batismo dos judeus podia abrir-lhes as portas para se tornarem anjos
de Deus, de que serviria à humanidade uma lei superior, se não fosse para levar os homens a uma posição
ainda
mais excelente?
-
Como vês Ruth, foi muito bom teres trazido a mim essa questão; com isso, tive a oportunidade de
encontrar com muito mais poder e clareza, a explicação do que há muito já sei pelas revelações do nosso
Doutrina & Convênios e Pérola de Grande Valor. Eles dizem de maneira direta, clara e pura, aquilo que
não mais podemos apreender diretamente da Bíblia, devido à todas as circunstâncias acima expostas.
-
A culpa dessa dificuldade não é da Bíblia em si na língua mãe, o hebraico, mas das inúmeras versões e
traduções nas outras línguas da terra; as quais, têm ao longo dos séculos corrompido o poder e a clareza
das suas idéias expressas em hebraico.
-
O conhecimento puro do Plano de Salvação foi gradualmente sendo perdido pela humanidade; os seus
eruditos tornaram-se incapazes de captar o Espírito das expressões semitas, e nos deram como herança
uma Bíblia com lacunas
(admitidos em notas dela própria), cancelamentos, traduções inacuradas e textos que nos levam a receber
algumas de suas mensagens, até mesmo de forma oposta à mensagem dada na língua mãe.
-
Com essa oportunidade você me deu o ensejo de demonstrar a necessidade da restauração de todas as
coisas, antes da volta de Jesus Cristo (ver atos 3: 19-23);
a necessidade do chamado de um novo profeta e, em conseqüência, do envio de anjos da restauração; da
premência do envio das escrituras na sua pureza original, quer em espécie (o Livro de Mórmon e o Livro
de Abraão) quer por inspiração aos profetas dos nossos dias. E que como foi no passado, está sendo no
presente, nos demonstrando a grande verdade de que Deus é sempre o mesmo; que está vivo e que não
emudeceu para nós, como os tolos ensinam.
-
Quando Ele uniu o primeiro casal, o fez ainda na imortalidade e vida semelhante à vida eterna, pois ambos
estavam nos seus corpos e na Sua presença. Com isso, demonstrou ser Sua intenção perpetuar para
sempre os laços entre o marido e a esposa, não somente até que a morte os separe; não para que eles
ressuscitem e permaneçam separados e solteiros por toda a eternidade, como serão aqueles que somente
obtiverem as condições para serem anjos na Glória Celestial.
-
Pela lei de Moisés, no máximo seria obtida a condição dos anjos; mas pela lei do evangelho, é possível ao
homem obter a condição do Pai e do Filho, pela Expiação de Cristo e a plenitude do poder e glória do
Espírito Santo.
-
Todas essas coisas foram necessárias, para que o homem volte a ter o verdadeiro entendimento de Deus e
de Seu Plano de Salvação; para poder habilitar-se às suas melhores bênçãos, no tempo e na eternidade.
-
Ruth, Deus levantou o profeta Joseph Smith e trouxe o Livro de Mórmon, para chamar os tradutores e a
todos nós, suas vítimas, ao conhecimento puro, ao arrependimento e à salvação esplêndida na presença de
Deus.
-
São agora 5:30 da madrugada. Você me deu muito trabalho no Espírito e eu mereço dormir mais um
pouco.
-
18 de novembro de 1995. Até breve.
-
CARTA 24
-
Prezado Beto
Vamos direto ao assunto. Você me fez perguntas claras e diretas no último encontro que tivemos. Quero
que saibas não ter sido a primeira vez que elas me são dirigidas; muitas vezes não são feitas exatamente
como as formulaste, mas no escopo final conduzem às mesmas respostas que tenho comumente dado a
muitos amigos e conhecidos. Para não ter que repetir muitas vezes as mesmas coisas, resolvi encaminhar
em anexo a carta escrita à minha amiga Ruth.
-
Peço que a leias cuidadosamente, pois isso vai ajudar muito na compreensão das minhas respostas a ti.
Para começar, vou dar uma organização às perguntas que me fizeste, enumerando-as:
-
1- Como vocês mórmons podem sustentar a doutrina dos casamentos para a eternidade, diante das
escrituras em Lucas: 20: 34 - 36?
2- Fundamentando-se nessas escrituras e mais em 1 Coríntios 7: 32 -33, o papa João Paulo II demonstrou
que a virgindade e o celibato são espiritualmente melhores e mais dignos diante de Deus do que o
casamento.
Seus argumentos são muito fortes. Como os mórmons se podem suster diante disso e, ainda mais, quando
afirmam que o casamento é para ser eterno e a multiplicidade de esposas é uma lei celestial?
-
3- Como vocês se podem declarar cristãos com essa doutrina tão estranha às escrituras, tão discordante do
entendimento das demais igrejas cristãs em pontos como esses, isto é, quando todas elas concordam, pelas
escrituras, que o casamento termina com a morte e que os homens justos serão anjos de Deus, separados e
solteiros para toda a eternidade?
-
Ao terminares de ler a carta que enviei à Ruth, poderás concluir quem está certo ou errado no sentido
absoluto da questão. Digo absoluto, porque, no sentido relativo, o papa parece estar certo quando declara
seu entendimento dessas coisas da maneira com que se expressou na página 13 de O Globo, de 25 de junho
de 1982 :
-
"... os sexos permanecerão caracterizados no outro mundo, mas não haverá procriação; os sexos
encontrarão suas realizações superiores de uma outra maneira desconhecida para o homem".
-
Acontece, caro Beto, que provamos insofismavelmente, usando a própria literatura editada pelas
organizações de cunho católico, como as edições Paulinas ( A Bíblia de Jerusalém), que os dois versículos
da escritura em Lucas 20: 34 - 36 foram adulterados na tradução.
-
Em conseqüência, todas as igrejas devem reformular seu entendimento deles; devem compreender que o
estado angélico não é o limite do homem; que o estado do seu Deus é que deve ser o novo "limite" no
entendimento do cristão que cumpre toda a justiça do evangelho. E Deus tem Sua esposa, nossos espíritos
não nasceram de uma proveta, mas sim de um Pai e de uma Mãe divinos.
"Sois deuses; sois todos filhos do Altíssimo..."
-
Beto, se o papa está errado em doutrina tão séria e importante, quanto mais errado estará em tantas
outras coisas!
-
Não importa que ele possa estar certo em alguns pontos teológicos do evangelho; o que verdadeiramente
conta, considerando sua condição de chefe espiritual de uma Igreja que se diz a continuação da Igreja
fundada por Jesus Cristo, é que não poderia pregar falsas doutrinas.
Quer por não ter uma correta compreensão das escrituras quer por falta de revelação contínua de Deus,
para iluminar o seu entendimento.
De fato é verdade que os mórmons ensinam a eternidade do relacionamento conjugal dos casais que serão
feitos como Deus é na eternidade.
Foi desde a eternidade que Deus disse e está registrado na Gênesis : "Façamos o homem à nossa imagem,
como nossa semelhança, e que eles dominem ... Deus criou o homem à Sua imagem, à imagem de Deus ele
o criou, homem e mulher ele os criou". (Gen 1: 26-27).
E o apóstolo Paulo também ensinou:
-
"O homem não é (completo) sem a mulher; nem a mulher é completa sem o homem diante de Deus".
-
Beto, todas essas escrituras devem concordar entre si, uma não é independente da outra; para haver
coerência entre elas, é necessário que a doutrina extraída do conjunto seja verdadeira. Ou isso ou a
desarmonia entre elas e a interpretação doutrinária será tornada patente.
-
Quando Deus declarou que faria o homem à sua imagem e semelhança, e quando esclareceu que os faria
homem e mulher; quando o apóstolo Paulo declarou a doutrina de que o homem não é completo sem a
mulher, é porque Deus também não seria completo sem a Mulher.
-
Sem essa coerência na doutrina, não há semelhança entre Deus e o homem; sem que a imagem de Adão e
Eva tenham sido como a imagem de Deus (Deus Homem e sua Mulher) não há verdade na palavra
revelada, sem verdade não há Deus.
-
Quando Pedro foi investido do poder de ligar e de desligar na terra, e a promessa de Deus de que esses
atos seriam reconhecidos nos céus, é porque Ele tinha a intenção de estabelecer laços aqui que
perdurassem na eternidade.
Tanto quanto tinha a intenção de cortar esses laços aqui mesmo, quando a iniqüidade prevalecesse. Não
haveria coerência em Deus ter dado esse poder a Pedro
(As chaves do Reino) se essas ordenanças não tivessem o correspondente valor e reconhecimento pelas leis
celestiais.
-
Além de todo o exposto, ainda vou convidar você a meditar sobre as palavras da escritura em Isaías 4: 1-
3:
"E naquele dia, sete mulheres se achegarão a um homem e lhe dirão: Comeremos do nosso pão e nos
vestiremos às nossas custas, contanto que nos seja permitido usar o teu nome. Livra-nos de nossa
humilhação"... "Então, o resto de Sião e o remanescente de Jerusalém serão chamados santos, a saber o que
está inscrito para a vida em Jerusalém".
-
Ao ser inaugurado esse período, já no Milênio da Paz; quando a morte não mais separará os casais, quer
física quer espiritualmente, devido ao poder selador aplicado às uniões e ao fato de não mais haver a morte
física, é evidente que os santos estarão selados às suas esposas, quantas elas forem ...
Tem mais um pouco caro Beto:
Se aqueles versículos aos quais você se referiu em Lucas 20:34 -36 houvessem sido traduzidos
corretamente, então eles nos teriam trazido ao entendimento o que segue:
-
Vou usar a combinação dos textos contidos na tradução da versão inglesa de 1961,
o texto correspondente na Bíblia de Jerusalém e os textos comumente encontrados nas traduções de
Ferreira de Almeida, para transmitir a idéia correta das palavras de Jesus aos saduceus.
-
"Os filhos deste mundo que pertencem a este sistema de coisas (concernentes à lei dada a Moisés), casam-
se (eles) e (elas) dão-se em casamento; mas os que (entre eles) têm sido contados dignos de ganharem,
(naquele sistema de coisas da lei dada a Moisés), a (primeira) ressurreição dentre os mortos, nem eles se
casam, nem elas se dão em casamento; pois não mais podem morrer : são (feitos) semelhantes aos anjos e
são (tornados) filhos de Deus, sendo filhos da (primeira) ressurreição".
-
Beto, os tolos dirão que Amoramon está incorrendo no pecado de modificar o texto das escrituras para
fazê-las harmonizar com os seus dogmas preferidos. No seu zelo sem discernimento pela Bíblia, eles nem
imaginam estar zelando, não por ela, mas sim, tanto por tudo quanto nela é justo e verdadeiro quanto
pelos erros que os "doutos" sem o Espírito nela introduziram.
-
Pelas revelações modernas de Deus ao profeta Joseph Smith, é que Amoramon pautou seu entendimento,
para poder restaurar essas duas escrituras à sua pureza original. Deus é o meu juiz, Ele sabe que ensinei
corretamente e com o mäximo da clareza que me concedeu.
Por agora vou terminando.
_______________

CARTA 25
Rio de Janeiro. 7 de maio de 1999

Prezado amigo Vahia

Levei quinze dias para passar em revista o livro que me pediu lesse e desse um parecer sobre
ele. Sem dúvida é obra de altíssimo nível no que diz respeito às ciências envolvidas nesta
assombrosa pesquisa descrita pelo Dr. Jeffrey Satinover no seu livro "A Verdade por trás dos
Códigos da Bíblia".
O autor, confessa sua posição favorável na aceitação dos Códigos como verdadeiros, mas só
quando a pesquisa e as descobertas são feitas por processos científicos reconhecidamente
acurados e por cientistas de renome, os quais cita nominalmente e em profusão no texto.
PRIMEIRA PARTE
Para iniciar, devo partir do pressuposto de que, nas condições acima, os Códigos são
verdadeiros, ou seja, que a Torah judaica não contém apenas um texto linear comum, mas
também possui um código embutido no seu texto. Um código tanto linear quanto em
profundidade e que pode ser discernido pelo emprego de estatística matemática. Caso
contrário, não haveria razão para eu escrever tudo o que segue.
Mas, antes de iniciar o meu texto propriamente dito, devo ainda esclarecer que não tenho a
tola pretensão de poder julgar os trabalhos e os métodos científicos de alta matemática que
esses luminares do assunto empregaram e continuam a desenvolver para pesquisar os Códigos.
Minha análise aqui, é quanto ao significado do fenômeno e das conseqüências das descobertas
para o homem do final deste século, sejam os Códigos verdadeiros ou um simples delírio de
imaginação dos homens de ciência modernos; delírio amplificado geometricamente pelo poder
crescente dos computadores.
Vou começar com uma pergunta capital:
- O que é mais importante para nós, homens comuns; sabermos; que os Códigos ocultos na
Bíblia são verdadeiros ou saber que Deus chamou modernamente um profeta e lhe revelou em
linguagem literal e claramente a Sua vontade em relação a nós?
- Saber que os Códigos são verdadeiros, cria em nós um assombro e perplexidade. Mas não
nos indica claramente uma direção a seguir.
Os Códigos acendem no homem um desejo de buscar a explicação para o assombroso
fenômeno, mas nada há neles que o oriente para o encontro com Deus.
Saber que Deus enviou uma mensagem específica e orientadora ao homem; para que possa
sair do caos em que vive, na loucura da sociedade moderna, e preparando-o para ir ao Seu
encontro, é sem dúvida muito mais importante.
A veracidade dos Códigos pode vir a ser provada cientificamente por concurso das mentes
proeminentes deste século, e elas acabem por conduzir, por sua influência, os homens simples a
acreditar neles (nos Códigos) por respeito à sua mundialmente reconhecida autoridade.
Mas esses mesmos cientistas, não serão capazes de indicar um caminho seguro e infalível para
o homem chegar ao Autor dos Códigos. Eles são capazes de nos entregar um estupendo
conhecimento, mas nada podem dizer sobre o que fazer com ele.
O conhecimento sobre o profeta moderno, é impossível de ser verificado por lógica científica
ou estatística matemática, como a ciência pretende demonstrar a veracidade dos Códigos. Mas
os homens simples podem obter esse conhecimento seguro e muito mais importante, pelo poder
do Espírito de Deus.

Se os Códigos pudessem demonstrar ao povo judeu que Jesus é o Messias, de que isso lhes
serviria, se não lhes dissessem também o que fazer com esse conhecimento?
.
Mesmo que houvesse nesses Códigos provas da existência de Deus que pudessem mudar a
mente dos ateus; de que lhes serviria esse conhecimento, essa mudança de mentes ... se eles
continuassem no escuro sem saber para onde ir?
No entanto as revelações modernas dizem exatamente o que todos nós, gentios e judeus,
deveremos fazer.

Sem que o homem tenha a compreensão de que há necessidade de estabelecer uma


comunicação individual e efetiva com Deus, para alcançar o conhecimento verdadeiro das
coisas do alto, de nada lhe valerá vir a saber "cientificamente" que Deus existe e que produziu
Ele mesmo os Códigos da Bíblia. Esse conhecimento, por si só, não lhe trará ou fará o bem
necessário. Será um conhecimento verdadeiro mas inconseqüente, incompleto, vazio, sem
poder de transformação ou de religação com Deus.
A IDÉIA DE FÉ DESAPARECERÁ?
Tal conhecimento não será o fim da linha, nem eliminará a necessidade de continuar a exercer
fé. A fé continuará a ser o instrumento de poder espiritual fundamental para obter os
conhecimentos seguintes na saga do homem para o encontro com Deus - isso é para responder
aos que perrgguntam : - O que será da fé se a ciência provar através dos Códigos que Deus
existe?
Em prosseguimento, de nada valerá o homem dizer saber pela fé que Deus existe; pois isso,
embora seja necessário, não é o suficiente para trazer-lhe o conhecimento de Seu Plano e
Vontade em relação à ele e à geração na qual foi mandado viver os seus dias temporais.
Se comparada ao que pode trazer o Espírito de Deus ao homem que cultiva a fé que agrada a
Deus, a confirmação científica da veracidade dos Códigos, muito pouco trará à humanidade
dos nossos dias - tanto aos judeus, cristãos, quanto muçulmanos e etc. Pois não os fará mudar
de atitude entre eles mesmos; embora possa produzir algumas mudanças dentro das suas
denominações particulares - como veremos logo a seguir.
O poder do conhecimento eventualmente trazido pelos Códigos, jamais levará a humanidade à
fé naquele único caminho que pode levar a Deus. Pelo contrário, continuará a alimentar a
desunião e a guerra; porque a ciência, por si só, jamais teve poder para trazer paz ao mundo
... nem terá.

A paz é um atributo do Espírito de Deus, que só pode ser desfrutada em harmonia com um
povo que domine as ciências da terra, mas também que aceite Suas operações (do Espírito) -
por intermédio do ministério de anjos, profetas, e um sacerdócio legalmente constituído,
chamado e exercido na terra em retidão. Deus está preparando um povo que cumpra essas
qualificações para o trabalho gigantesco de recuperação deste planeta tão estragado pela
loucura destas últimas gerações.
O que fará a comprovação da veracidade dos Códigos, especificamente para os judeus? - Por
acaso os mudará em cristãos?
O que fará aos cristãos? - Por acaso os mudará em judeus ortodoxos?

Até mesmo o conhecimento pela fé que têm os cristãos, de que Deus existe e que Jesus é o
Cristo, ficará nisso limitado; se eles não derem dinamismo à fé, em busca do acréscimo de
entendimento da Vontade de Deus em relação a cada um deles.
Mesmo sendo uma conquista da fé, um conhecimento limitado, não será capaz de levar-nos
além dos seus próprios limites. Em outras palavras, a busca de Deus deve ser um processo
dinâmico, contínuo e vivo. Se pararmos não chegaremos lá.
De que servirá ao cristão dizer que têm fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo, se ao ver-se de
frente com as Suas revelações modernas, (entregues para livrá-lo de muitos erros acumulados
nas gerações); ele as rejeitar, julgando-as como esquisitices, estranhas e fora do seu contexto
religioso?
Nessas circunstâncias, até mesmo o conhecimento da fé se pode colocar na mesma vacuidade
do conhecimento dos Códigos, que por si sós não nos levam à meta estabelecida por Deus para
os homens - Desfrutar de Sua Presença na Eternidade.

O conhecimento de que esses Códigos são reais não passará de um conhecimento morto,
inócuo, sem alcance espiritual além de um horizonte muito curto e limitado; se comparado
com tudo o mais que o homem tem que aprender e que praticar na sua saga para o encontro
com Deus. Aprendizado esse que só é possível pela fé dinâmica, conjugada à revelação
contínua de Deus ... as quais, levarão o homem passo a passo, preceito sobre preceito ... até à
claridade perfeita.

Caro amigo Vahia, por essas palavras parece até que estou contra os Códigos, mas não estou!
Apenas desejo colocar sua importância nas devidas proporções; nas perspectivas de uma
pessoa que passou pelas experiências espirituais que tenho passado nesta vida.
Enfim, o verdadeiramente importante é o que faremos depois de saber qual a vontade de Deus
em relação à cada um de nós.

SEGUNDA PARTE
Então, admitindo que os Códigos sejam verdadeiros; para que servirão? Que propósito Deus
teve ao incluí-los na Torah? Porque influenciou os cientistas (principalmente judeus) desta
geração e multiplicou o interesse deles pelo estudo da Torah?
Essas sim são as questões proeminentes que Amoramon se sente capaz de analisar e responder
a você caro amigo Vahia. Por sinal, quero desde já pedir sua permissão para incluir mais esta
carta no meu livro que está em suas mãos "As Cartas de Amoramon".

Conforme analisamos exaustivamente na PRIMEIRA PARTE, os códigos, dependendo da


perspectiva em que forem colocados, se podem transformar num instrumento distrativo, numa
cortina de fumaça que pode encobrir o caminho da Vida, que o Filho de Deus foi designado a
trazer aos homens.
Se a fé cultivada pela cristandade houvesse sido a autêntica, não teria levado a humanidade
aos horrores da Idade Média, nem às duas Grandes Guerras, nem estaria hoje conduzindo os
povos para uma terceira Guerra Mundial. Se a fé cultivada pela cristandade houvesse sido a
verdadeira, não teria acontecido a enorme proliferação de Igrejas.
.
Deus pode ter estabelecido o Seu sistema de Códigos na Torah como uma trombeta para soar e
reconquistar o interesse dos judeus cientistas dos nossos dias. Judeus esses que se afastaram
das sinagogas e do estudo da Torah. Por se terem enebriado com os conhecimentos científicos
do século, eles se poderão estar afastando da reunião profetizada para os judeus nos últimos
dias do sexto milênio e princípio do sétimo. O assombro das descobertas dos Códigos os
congregará novamente em torno da Torah e na Palestina, para que as profecias da reunião
sejam cumpridas.
Assim, Amoramon vê o desenvolvimento da pesquisa e das descobertas "criptográficas" dos
Códigos, como um estratagema de Deus para fazer com que Suas profecias sejam cumpridas.
O fato disso estar acontecendo agora entre os cientistas judeus e por esse exato motivo, levam
Amoramon a entender o propósito dos Códigos desta forma.
Mas não seria apenas este o propósito dos Códigos. No desenrolar dos textos do livro do Dr.
Satinover, vemos o enorme esforço intelectual que foi exigido dos cientistas nas ciências da
matemática estatistica, da criptologia, das probabilidades estatísticas e da mecânica quântica,
os quais os levaram ao entendimento de que há um mistério profundo na natureza
fundamental da estatística em mecânica quântica : "... temos uma vontade (através do poder
do cérebro) que é capaz de determinar a ação dos átomos, o resto do corpo age como seu
amplificador." p.129
"A aparente não-predestinação da física é quase uma combinação de acasos" p.129.
DESTINO OU PREORDENAÇÃO?
O holocausto estava nos Códigos, portanto, ele teria que acontecer. Independente disso não se
tratou de destino, mas sim da presciência de Deus. Não de Sua Vontade, mas sim do
conhecimento que tem da natureza do homem, do poder do Adversário e das circunstâncias da
vida num mundo como a terra.
Hoje é sabido que as forças aliadas na Segunda Guerra Mundial, decifraram o código
criptográfico dos nazistas e sabiam desde muito antes sobre o trajeto ferroviário que seguiriam
os vagões da morte, para a terrível solução final arquitetada pelos nazistas. Mas esse trajeto
não conduzia a nenhum alvo de interesse estratégico. Portanto, se eles destruíssem a linha
férrea estariam declarando ter decifrado o Enigma dos nazistas. Na matemática de perdas e
ganhos eles concluíram ser melhor deixar morrer os judeus do que eventualmente perder a
guerra ou atrazar de muito a vitória final. Quando a exterminação daqueles milhões de judeus
estava codificada na Torah, estava dizendo que esta seria a decisão dos homens e não a de
Deus.
Hoje no mundo há uma estrada de ferro espiritual, que semelhantemente está conduzindo
incontáveis milhões de pessoas para a morte espiritual. Mas, em nome da mesma sagrada
liberdade de escolha em que Deus fundamentou o Seu Plano de Progresso Eterno, e que O
conteve de intervir antes do Seu próprio e devido tempo para impedir o sacrifício dos judeus;
da mesma forma, Ele Se está contendo agora, para deixar que escolhamos a Vida ou a morte
do espírito.
E o que vier a acontecer conosco, individualmente, não se tatará de destino, mas porque
assim escolhemos ... o desejo de Deus é que todos nós escolhamos "o bem e a vida".

Dizem os pesquisadores que a criptografia encontrada na Torah, não contém mensagem


alguma. Uma vez que esses códigos não se traduzem em mensagens, quer de superfície ou mais
profundamente codificadas, o que eles significam então?
Só se pode pesquisar os códigos a partir de datas ou nomes conhecidos, isso torna impossível
desvendar o futuro através deles. Embora muitos nomes e datas do futuro estejam inseridos
nos Códigos, pela própria natureza de sua preparação, eles só podem ser comprovados como
verdadeiros, depois que acontecem. Não é como a profecia, que nos diz literalmente ou por
símbolos interpretáveis, o que com toda certeza acontecerá no futuro. Com isso, os Códigos se
caracterizam como um testemunho de um poder superior que os introduziu na Torah, eles são
um testemunho do passado, como a profecia é um testemunho do futuro.
Dessa forma, Deus emprega Seu método de dar validade à Sua palavra: "Através de duas ou
três testemunhas toda a verdade será estabelecida".
Deus, dessa forma terá deixado esses dois testemunhos, os Códigos e as Profecias; e cercou a
veracidade de Sua Palavra da frente para trás e de trás para a frente, pois Seu caminho é
como um círculo eterno.

Assim, Amoramon entende que os códigos estão clamando ao mundo e principalmente aos
eruditos judeus afastados da Torah, que as escrituras são verdadeiras e fundamentais para a
vida de todo homem que pretender alcançar a meta suprema preordenada para sua vinda e
caminhada neste mundo.
Como já dissemos, encontrar nos Códigos os futuros eventos é impossível; nem seria preciso,
pois eles já estão literalmente descritos nas profecias.
Mas Deus guarda em Si mesmo o dia e a hora e nos dá apenas a indicação dos tempos e seus
sinais, num desafio para que nos esforcemos para entender o desenrolar do Seu Plano.
Deus guarda em Si mesmo a decisão de quando será o dia e a hora para suceder os grandes
acontecimentos concernentes aos Seus julgamentos das humanidades, neste e em outros
mundos. Isso porque Ele pode abreviar ou retardar o dia e a hora, em função do
comportamento coletivo dos homens. Dessa forma, não há um destino fixo para as coisas deste
mundo nem de nenhum outro mundo. O que há é a presciência de Deus e a preordenação dos
espíritos que exercerão grandes influências no comportamento das multidões. É dessa forma
que Deus conduz Seu Plano e vai gradualmente sobrepujando os atos das nações; para as
coisas sucederem de acordo com Sua vontade ... mesmo que seja a longo prazo no nosso
julgamento, não no Dele, que nos administra da Eternidade onde não existem curtos e longos
prazos. Dessa forma, não será o arbítrio humano que conduzirá as coisas de Deus para seu
decurso final. Se assim fosse, Deus seria o conduzido e nós Seus condutores. Não é a obra de
Deus que se frustra, mas a dos homens para eles próprios.
Continuando a admitir que Deus tenha colocado os Códigos na Bíblia:
Qual dificuldade para Ele seria inscrever usando Sua "criptografia" os nomes e datas de
nascimento e morte dos Seus filhos proeminentes que seriam enviados para moldar o
comportamento dos povos?
A Jesus Ele predeterminou o nome. O mesmo para João Batista, o qual colocou na
mortalidade seis meses antes de Jesus; mudou o nome de Abrão para Abraão, de Isac para
Isaac e de Jacó para Israel. Não vemos nenhum problema para acreditar que Deus tenha
colocado nos Códigos as datas e os nomes que quis.

AS LEIS DA MECÂNICA QUÂNTICA


Agora vamos considerar o texto que se inicia na página 252:
Este é o entendimento que formamos: As leis da mecânica quântica determinam um limite
fronteiriço em sua relação com a nossa mecânica clássica. Onde as leis dessa última começam a
perder a rigidez física e passam a dar a vez para as manifestações mais livres dos "acasos" no
entrelaçamento com as leis universais que conhecemos.
A ciência começa a vislumbrar que deve haver algo muito maior além das leis que conhecemos
e que influencia o comportamento das leis no universo físico. Isso, já é fato comprovado;
anuncia haver uma aparência de indeterminação no absolutismo das leis da física, que leva a
ciência ao reconhecimento da existência do que aparenta ser uma hipoteticamente especificada
e plausível manifestação de combinação de acasos.
A mecânica quântica tem levado os mais destacados cientistas no gênero, a concluir que, para
haver coerência nas observações, experimentos e conclusões da estatística matemática, na
medição dos fenômenos observados em mecânica quântica, tem que haver algo acima das leis
clássicas da mecânica comum ou física - tem que haver um outro universo de leis extra-
físicas... pois onde há outras leis, forçosamente haverá outro universo de manifestações.
Amoramon assegura que esse novo universo que nos interpenetra e envolve de todos os lados, é
o mundo dos espíritos.
Já é compreendido pela ciência que as ondas ultra-micro-curtas cerebrais em determinadas
circunstâncias, têm poder para agir em interação com essas leis exteriores e influenciar nossas
leis comuns, ao ponto de inverter sua atuação - provocando os fenômenos da levittttação,
transportes e outros mais.
Dessa forma, seria "quânticamente" possível a comunicação entre as mentes temporais; e, da
mesma forma, em situações especiais, a comunicação da mente humana com a Mente de Deus,
a qual, se irradia por todo o universo a partir do Seu ponto de irradiação universal, o Espírito
de Deus.
Sem nada conhecer de mecânica quântica, os estudiosos judeus da Cabala, há milênios fazem
incursões nesse terreno extra físico, e obtêm resultados que estão acima das nossas leis
clássicas. Essas leis superiores podem ser empregadas por quem tenha recebido poder para
agir por meio delas, por julgamento e concessão de Quem as domina. O que ele fizer nessas
condições, parecerá um milagre aos espectadores. E efetivamente será um milagre para quem
não imagina nem de perto o processo pelo qual essas "violações" das leis comuns acontecem.

SERIA ISSO A MORTE DA FÉ?


Pelo contrário, porque o conhecimento prático e o poder para realizar essas coisas, será o
produto da comunhão com Aquele que domina e que criteriosamente concede o dom para o
homem realizar gradualmente esses prodígios, dom que ninguém obtém a não ser pelo poder
da fé e a obediência estrita às leis superiores.

Para quem gosta de falar e pensar pretensiosa e pomposamente, essa seria a explicação
quântica do dom do Espírito Santo.

Se Amoramon estivesse fazendo esses paralelos e escrevendo essas coisas simplesmente


baseando-se em teorias da mecânica quântica; a qual, está ainda muito longe de ser uma
assunto dominado pela ciência humana, nenhum poder elas (as teorias) teriam para convencer
da verdade das metáforas. Embora Amoramon não conheça de forma absoluta os paralelos
quânticos daqui de baixo, ele sabe quando fala dos paralelos de cima; pois os conhece por si
mesmo. Só veio conhecê-los pelo poder da fé ... e só pode mantê-los pelo poder da fé.
Quando nós obtivermos poder sobre essas coisas, diremos que será a morte da fé?
Não! Caro amigo Vahia, a fé não morre com o conhecimento verdadeiro, mas ela é transferida
para horizontes mais distantes.

Por falta da fé autêntica os judeus não reconheceram a Jesus Cristo como um Libertador
ainda maior do que Moisés. Os gentios os acusam disso. No entanto, eles mesmos, os gentios
modernos, juntamente com os judeus de hoje, não reconhecem ao profeta desta última
dispensação do evangelho, tão grande quanto Moisés; que lhes foi enviado para restaurar à
terra a verdade perdida.
Moisés foi chamado por Jeová. Joseph Smith foi chamado com duplo testemunho dos Céus -
por Deus, o Pai, e por Seu Filho Jesus Cristo, o qual não é outro senão o próprio Jeová, que
chamou Moisés.
Se os antigos judeus erraram, os gentios que hoje os acusam, estão errando duplamente.
A fé é um poder dinâmico e não estático. Portanto, ela deve ser desenvolvida continuamente,
por trabalho do evangelho, estudo, oração e jejum quando requerido.
Os judeus permitiram aquela sua grande conquista - a fé em Moisés - tornar----se estática; e
criaram nela um limite que não os permitiu desenvolver poder para crer no Messias que lhes
foi enviado.
Essa fé estática os mantém esperando por Quem já deu início à Sua Vinda dupla - primeiro
para salvar espiritualmente a humanidade inteira; em seguida para julgar o mundo e salvar
aqueles que o esperam.

CONCLUSÃO

Ao chegarmos a este ponto dos comentários, caro Vahia, vamos considerar outros fatores
envolvidos, os quais julgamos importantes de analisar:
Mesmo que esses Códigos não sejam verdadeiros, eles terão contribuído para conduzir as
mentes proeminentes da ciência moderna à incursões que levaram a estatística matemática e a
mecânica quântica à todas essas novas conclusões acima descritas; conquistando muitas
consciências que já se haviam afastado da busca de Deus, empanturradas que estavam em sua
indigestão científica.

Mesmo que sejam falsos, os Códigos tiveram poder para impulsionar a ciência ao progresso no
entendimento de mais alguns passos dos mistérios do universo e de suas leis - físicas e
extrafísicas.
A suspeita da possível veracidade desses Códigos, impulsionou a ciência em sua busca;
portanto eles foram úteis para a humanidade, de uma maneira ou de outra.
Se o impulso para o erro foi produzido por inspiração do Grande Adversário de Deus para
distrair os homens de seu verdadeiro objetivo, Deus fez com que a força do engano fosse
dobrada a Seu favor, levando os pesquisadores a conclusões importantíssimas que já
comentamos anteriormente.

UMA CURIOSIDADE FINAL


A análise da disposição dos números primos de 1 a 160.000, (mantidos os espaços que seriam
ocupados pelos números pares) na espiral de Ulam; quando visualizados na tela de um
computador com os olhos semicerrados, permite divisar figuras geométricas que se
apresentam como que surgidas daquele caos de pontos correspondentes às posições de cada
um dos números primos na dita espiral.
A razão do surgimento desses padrões geométricos dentro do caos de pontos, ninguém até hoje
conseguiu explicar.
É como que, semelhantemente, o caos primordial não fosse um caos absoluto; e que
entrelaçado com ele e agindo diretamente sobre suas partículas em estado caótico, o Espírito
de Deus lá estivesse, dando o testemunho de Sua presença.
Como se fôra um sinete do Espírito, uma marca d’água, um sinal de Deus no caos primordial,
para dizer à ciência humana:

EU SOU!

Um grande abraço do seu amigo Amoramon

P.S. - Resolvi abreviar a análise do livro e parar por aqui.

FIM DAS CARTAS DE AMORAMON


PRIMEIRA SÉRIE

POSFÁCIO

Esperamos que você tenha feito e continue a fazer bom proveito deste livro. Se não para convencer às
outras pessoas da veracidade de nossa doutrina, a d’ A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
que sirva pelo menos para você se convencer de quão forte é a nossa posição como membros da única
Igreja verdadeira em toda a terra, diante das mentiras com que o adversário de Deus acorrenta a mente
dos homens.
Que nos apeguemos à liberdade que o Senhor nos oferece ... a única que nos fará verdadeiramente livres e
vitoriosos sobre todos os engodos satânicos, tanto os deste mundo quanto do mundo dos espíritos.

AMORAMON
Revisão de 1999

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