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Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Programa de Pós-Graduacão em Administração


Teoria Organizacional e Regionalidade
Dra. Raquel da Silva Pereira
Dr. Sergio Crispim
Dr. Milton Carlos Farina

NEGÓCIOS SOCIAIS

André Luiz da Silva

SP 09/10/2018
NEGÓCIOS SOCIAIS
Artigo 1: Bricolagem e empreendedorismo social
para abordar as necessidades sociais
emergentes: Uma perspectiva “desconstrucionista”

Artigo 2: Desembalando o empreendedorismo


social: explorando o caos da definição e suas
consequências na Inglaterra

Artigo 3: Iniciativas sociais no consumo e


distribuição de alimentos como parte do consumo
sustentável e economia compartilhada
NEGÓCIOS SOCIAIS
O empreendedorismo social, como campo de pesquisa, tem
despertado enorme interesse de acadêmicos de gestão e
empreendedorismo há quase 30 anos.
Como fenômeno, não é novo, embora o termo SE tenha sido cunhado
apenas recentemente (Banks, 1972; Drucker, 1979).

Por muito mais de dois séculos grandes indivíduos e grupos tentaram


enfrentar os desafios sociais, usando meios econômicos, como os
Pioneiros de Rochdale que inspiraram ideais cooperativos, e Florence
Nightingale - enfermeira inglesa e ativista social, que mudou o
panorama do atendimento ao paciente ( Nicholls, 2006).

Muitos dos empreendimentos e ações de iniciativas sociais podem ser


rastreados até os tempos antigos, medievais ou até antigos.

SE tornou-se popular como uma resposta às incapacidades de


governos e empresas para resolver problemas sociais prementes,
incluindo pobreza, exclusão social e questões ambientais.
NEGÓCIOS SOCIAIS
Não há dúvidas sobre a falta de estudos e bancos de dados sobre empresas sociais e
empreendedores sociais em grande escala (Dacin et al., 2011).

A infraestrutura de pesquisa no SE é fraca (Lee, Battilana & Wang, 2014).

Faltam métodos de pesquisa coerentes, claros e universais que englobem o fenômeno SE.

Os estudos sobre personalidade empreendedora ou traços específicos de empreendedorismo social


são limitados (Stephan & Drencheva, 2017).

Há também um trabalho limitado sobre valores, motivos, identidade ou habilidades destes.

Portanto, a heterogeneidade da ES é onipresente, e é impossível abordar o “zoológico da empresa


social” (Young & Brewer, 2016) como uma população homogênea de organizações.

A visão geral da infraestrutura de pesquisa fornecida por Lee e autores (2014) mostra que a maioria
dos textos-chave na literatura acadêmica é focada em um nível organizacional (76%), enquanto
apenas 16% empregam um nível individual.

Sugere-se que o campo de ES incorpore teorias relacionadas à rede, teoria institucional e teoria de
estruturação (Mair & Marti, 2006; Dacin et al., 2011; Short, Moss & Lumpkin, 2009).
NEGÓCIOS SOCIAIS
A importância de construir relacionamentos e contar com uma rede social de
empreendedores é essencial para alavancar recursos e construir legitimidade
em diferentes setores e diferentes lógicas.

Também é visível que a comunidade da ES está sendo fortalecida por muitas


fundações globais.

As abordagens de capital institucional e social, fornecem argumentos para um


maior engajamento da comunidade acadêmica para empregar lentes mais
interpretativas, através de abordagens construcionistas sociais, que requerem
uma coleta e análise de dados mais aprofundada e mais longitudinal, com
abordagens mais qualitativas, para estudar o complexo e fenômeno contextual
de SE (Starnawska, 2016b, 2018).

Há uma pressão crescente para torná-lo um campo de investigação distinto e


legítimo.

Outros pesquisadores parecem não seguir esse modo de pensar e não


consideram o campo SE como um domínio próprio, com suas próprias teorias
(Dacin, Dacin & Tracey, 2011).
NEGÓCIOS SOCIAIS
A maior parte da atual pesquisa do SE tem se concentrado até agora
no debate de definições (Dacin, Dacin & Matear, 2010), especialmente
em termos de escopo e propósito como tema de atividade
(Nicolopoulou, 2014).

Como Dacin e outros (2010) resumem, a questão comum em todas as


definições SE é o objetivo social, mas ainda é discutível qual é o
elemento “social” no conceito de SE (Nicholls, 2006), e ainda há
algumas discussões sobre o que significa o elemento
“empreendedorismo”.

A justaposição do “social” e do “empreendedorismo” gera alguns


debates essencialistas entre o homo politicus relevante e o homo
economicus (Nyborg, 2000).

Alguns estudiosos afirmam que a literatura precisa vincular a lacuna


entre "social" e "empreendedorismo" (Chell, 2007), enquanto outros
consideram SE como uma versão do empreendedorismo (Martin &
Osberg, 2007; Nicolopoulou, 2014).
NEGÓCIOS SOCIAIS
Bricolage and Social Entrepreneurship to Address Emergent Social Needs: A
“Deconstructionist” Perspective

Bricolagem e Empreendedorismo Social para abordar as necessidades sociais


emergentes: Uma perspectiva “desconstrucionista”

Lamberto Zollo, Riccardo Rialti, Cristiano Ciappei, Andrea Boccardi


https://doi.org/10.7341/20181422
Este primeiro artigo de autoria de Lamberto Zollo, Ricardo Rialti, Cristiano Ciappei e
Andrea Boccardi (2018)

Emprega a abordagem desconstrucionista de Derrida (1976, 1988) para fornecer insights


sobre a bricolagem em um contexto SE.

bricolagem
substantivo feminino
1. montagem ou instalação (de qualquer coisa), feita por pessoa não especializada.
2. execução de trabalhos ou reparos caseiros fáceis (p.ex., de carpintaria), por alguém não
especializado em tal coisa.
O termo bricolagem tem origem que vem do francês bricolage, é usado nas atividades em que você
mesmo realiza para seu próprio uso ou consumo, evitando deste modo, o emprego de um serviço
profissional (trabalho de amador)
http://edtl.fcsh.unl.pt/encyclopedia/desconstrucao/
https://www.cartacapital.com.br/blogs/brasil-debate/a-desconstrucao-para-alem-do-que-vem-sendo-
desconstruido
NEGÓCIOS SOCIAIS
Os pesquisadores empregam um estudo de caso retrospectivo
longitudinal de uma organização italiana SE, que é uma das
organizações sem fins lucrativos mais antigas do mundo, mas ainda
tem impacto sobre a paisagem social e de saúde na Itália -
Misericórdia.

Esta organização exemplifica como as emergências cotidianas são


tratadas, o que a torna um ambiente adequado para o estudo de
soluções empreendedoras sociais e da bricolagem social como forma
de resposta.

Esta análise de caso exploratória é feita através do uso de dados


históricos e atuais de fontes arquivadas, literatura atual incluindo
revistas, relatórios, ferramentas de comunicação e transcrições de
entrevistas semi-estruturadas realizadas com pessoas da Misericórdia.

Os autores fornecem uma tipologia conceitual da bricolagem social


como uma solução empreendedora para as necessidades sociais.
NEGÓCIOS SOCIAIS
Figura 1. Um quadro teórico de bricolage social
Soluções estruturais são eficientes e estratégicas, e duram a longo prazo graças a
processos de rotina, consolidação organizacional e desenvolvimento equilibrado,
resultando em crescimento qualitativo
Necessidades sociais contingenciais são inesperadas e improvisadas, e exigem
soluções imediatas. Para responder às necessidades sociais contingentes, a
redundância de recursos é mais importante que a eficiência.
NEGÓCIOS SOCIAIS
Contingencial: um exemplo que pode ser representado
pela intervenção da Misericórdia na inundação dramática
que atingiu a cidade de Florença em 4 de novembro. 1966

Estrutural: 1991, após a Copa do Mundo de 1990 sediada


na Itália, surgiu a necessidade de centralizar todos os
serviços de emergência sanitária sob um único guarda-
chuva, a fim de evitar sobreposição e desperdício de
recursos durante emergências

Como exemplo, nossa pesquisa fornece, em primeiro


lugar, uma estrutura para avaliar que tipo de solução (mais
orientada para o bricoleur ou mais estruturada) é mais
apropriada para atender às necessidades sociais
emergentes.
NEGÓCIOS SOCIAIS
A presente pesquisa está entre as primeiras a usar o desconstrutivismo
(Derrida, 1966; 1796) como uma lente para entender melhor como uma reação
de bricoleur pode ser implementada por um empreendimento social
empreendedor. Em particular, destacou como seguir uma abordagem
desconstrucionista permite que um empreendimento social empreendedor
recuse a “promulgação”, que é frequentemente relacionada com emergências
inesperadas, e como aproveitar, em tal complexidade contingente,
oportunidades de “fazer” exploram funções incomuns de recursos “ na mão
”(Lévi-Strauss, 1966).

Assim, o estudo de caso da Misericórdia de Florença confirma que a


bricolagem social é uma solução adequada quando a adaptabilidade, a
improvisação e a resiliência são mais importantes do que a eficiência estrutural
(Baker et al., 2003; Di Domenico et al., 2010).

Com efeito, na bricolagem social, a redundância de recursos é mais


significativa que especificidade e eficiência. Como conseqüência, como
principal implicação gerencial, podemos argumentar que a bricolagem social é
uma oportunidade empreendedora para atender às necessidades sociais
emergentes.
NEGÓCIOS SOCIAIS
Unpacking Social Entrepreneurship: Exploring the Definition Chaos and Its
Consequences in England
Desembalando o empreendedorismo social: explorando o caos da definição e
suas consequências na Inglaterra
Tanja Collavo
https://doi.org/10.7341/20181423

O segundo artigo de Tanja Collavo (2018) - “Desembalando o


empreendedorismo social: explorando o caos da definição e suas
consequências na Inglaterra” enfoca os fatores do nível organizacional que
determinam a confusão de definições no SE e no empreendimento social.

Explora quais são as consequências desse estado da arte para


empreendedores sociais, investidores sociais, empresas sociais e
formuladores de políticas.

O cenário do estudo é a Inglaterra, onde o setor de SE tem uma longa tradição


e tem sido sujeito a influências de diferentes atores e organizações nos EUA e
na UE.
NEGÓCIOS SOCIAIS
O autor faz esforços para descobrir empiricamente quais são os efeitos de
longo prazo dessa diversidade de definições em vários stakeholders.

O artigo usa uma abordagem de estudo de caso exploratório, em que a


Inglaterra é tratada como um caso.

Para tanto, o autor analisa dados secundários históricos, do período 1995-


2016, incluindo dados de arquivo, como jornais, revistas, trabalhos
acadêmicos, relatórios produzidos pelo governo e por think-tanks nacionais
(fábricas de ideias, círculo de reflexão ou laboratório de ideias), para traçar o
desenvolvimento do setor na Inglaterra.

Essa abordagem histórica é ainda empregada em uma análise complementar


de arquivos e conteúdo de 69 entrevistas arquivadas realizadas com diferentes
partes interessadas do setor, como funcionários de intermediários do setor,
representantes de instituições de caridade, empreendedores sociais,
acadêmicos e representantes de empresas.

As descobertas ajudaram o autor a delinear três escolas dominantes de


pensamento no discurso do praticante: uma escola sobre empresas sociais
como empresas, outra sobre empreendedores sociais como inovadores e a
última como um fenômeno relacionado à comunidade.
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Para alguns, esse debate traz oportunidades, pois gera
inclusão e interesse em empreendimentos sociais.

Para outros, trata-se de um fenômeno negativo, pois gera


divergências no setor, dificulta o acesso ao financiamento
e cria confusão na formulação de políticas públicas.

O estudo mostra que o debate de definições na Inglaterra


levanta discussões na prática e mostra que a pesquisa e a
prática enfrentam desafios semelhantes.
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Durante a segunda fase de análise, uma primeira triagem foi empregada para selecionar,
dentro dos dados disponíveis, as partes onde a informação relevante para este projeto
estava contida, e dividir seu conteúdo de acordo com os quatro principais tópicos nos
quais as entrevistas foram focadas.

Após essa triagem, o material restante foi analisado usando uma abordagem indutiva
(Corley & Gioia, 2004; Glaser & Strauss, 1967), o que nos permite descrever um
fenômeno de acordo com as palavras dos participantes e explorar conceitos não
cobertos pela literatura existente. (Bryman, 2004).

Todos os dados disponíveis foram examinados com o apoio do NVivo Software ™,


buscando temas que surgiram “como sendo importantes para a descrição do fenômeno”
(Fereday & Muir-Cochrane, 2006, p. 3) por várias iterações.
O NVivo é um pacote de software para computador de análise de dados qualitativos
produzido pela QSR International.

Na primeira rodada de codificação, os dados foram divididos em frases ou parágrafos


discutindo um tópico específico.

Nas iterações seguintes, os padrões foram pesquisados dentro e através de diferentes


tópicos, de acordo com o método de Gioia (Corley & Gioia, 2004), a fim de criar e refinar
temas gerais contendo todas as informações relevantes para o objeto de estudo
(definições de empreendedorismo social e suas conseqüências).
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Algumas das considerações sobre as conseqüências negativas da falta
de uma definição clara, como a oportunidade de qualquer organização
se rotular como uma empresa social, sustentaram as descobertas de
Dey e Teasdale (2016) sobre organizações às vezes apenas fingindo
ser empresas sociais, a fim de obter recursos.

No entanto, também existem diferenças entre o debate acadêmico


sobre empreendedorismo social e o que acontece no setor na
Inglaterra. Por um lado, o discurso acadêmico raramente foca
explicitamente o empreendedorismo social como uma atividade
relacionada à comunidade. Isso pode sugerir que tal definição é
provavelmente típica do setor na Inglaterra e pode não estar
suficientemente representada em outros contextos. Por outro lado, a
concepção de “empreendedorismo social como engajamento de
organizações sem fins lucrativos em atividades regeneradoras”,
frequentemente citada pela literatura (Bacq & Janssen, 2011; Defourny
& Nyssens, 2010; Hoogendoorn et al., 2010; Mair & Martí , 2006), não
foi realmente rastreável nos dados.
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O artigo se propôs a indagar quais são as conseqüências de uma falta de definição de
empreendedorismo social para os membros do setor e partes interessadas. Para isso,
analisou dados do setor de empreendedorismo social na Inglaterra, onde a presença de
um debate de definição é bem conhecida. Os resultados mostram que os significados
atribuídos pelos membros do setor aos conceitos de “empreendedores sociais” e
“empreendimentos sociais” - pelo menos na Inglaterra - são ligeiramente diferentes
daqueles apresentados pela literatura acadêmica. Isso pode sugerir que a prática de
atividades empreendedoras sociais e o envolvimento no setor de múltiplos atores na
construção de paradigmas estão mudando o foco desse setor emergente ao longo do
tempo.

Os resultados também mostram que a falta de uma única concepção de


empreendedorismo social tem consequências negativas, não só para o estudo desta
disciplina, como extensivamente discutido pela literatura, mas porque também pode
causar problemas para os profissionais. No entanto, isso pode não ser necessariamente
o caso.

Alguns membros do setor, de fato, consideram o debate de definições como uma força
do setor, e não apenas como um passivo. A aceitação de múltiplas visões torna o setor
inclusivo, aberto à inovação e apoia uma ampla variedade de projetos que visam
beneficiar a sociedade em geral. O fato de o setor continuar crescendo na Inglaterra nos
últimos 20 anos pode significar que esses benefícios realmente superam, ou pelo menos
combinam, as conseqüências negativas do debate de definição.
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O estudo apresenta algumas limitações. Em primeiro lugar, baseia-se em um único
estudo de caso; consequentemente, seus achados não podem ser generalizados e
podem ser específicos para o setor analisado. Em segundo lugar, depende de
entrevistas e arquivos, que correm o risco de oferecer apenas uma visão parcial do que
acontece no setor e que têm vieses intrínsecos, por exemplo, sua produção baseada em
um objetivo ou insumo específico. Por fim, o número relativamente limitado de
entrevistas dificulta a definição de quão difundidas e prejudiciais são as questões e os
benefícios do debate de definições que emergem das constatações.

No entanto, a presença dessas limitações, juntamente com a novidade de alguns dos


achados, também abre vários caminhos para futuras pesquisas. O único alinhamento
parcial entre as escolas de pensamento sobre empreendedorismo social descrito na
literatura acadêmica e aquelas que emergiram dos dados sobre o setor de
empreendedorismo social inglês, exige mais estudos empíricos sobre como os termos
empreendedorismo social, empreendimentos sociais e “empreendedores sociais” são
usados na prática. Além disso, exige uma revisão e atualização do discurso acadêmico
sobre empreendedorismo social.

Além disso, seria essencial explorar ainda mais o estado do setor na Inglaterra com um
estudo quantitativo, verificando os resultados deste trabalho com uma amostra maior de
interessados. Finalmente, seria interessante analisar com maior profundidade, talvez
com o uso de um estudo comparativo, a natureza das condições institucionais e
estratégias organizacionais que dão origem e persistência ao debate de definições em
torno do empreendedorismo social.
NEGÓCIOS SOCIAIS
Social Initiatives in Food Consumption and Distribution as Part of
Sustainable Consumption and Sharing Economy
Iniciativas sociais no consumo e distribuição de alimentos como parte do
consumo sustentável e economia compartilhada
Katarzyna Bachnik, Justyna Szumniak-Samolej
https://doi.org/10.7341/20181425

O último artigo de Katarzyna Bachnik e Justyna Szumniak-Samolej (2018)


“Iniciativas sociais no consumo e distribuição de alimentos como parte do
consumo sustentável e economia compartilhada” tem como objetivo descrever
e caracterizar iniciativas sociais no consumo e distribuição de alimentos na
Polônia.

Economia do compartilhamento, ou economia compartilhada, são expressões


genéricas que abrangem vários significados, sendo frequentemente usadas
para descrever atividades humanas voltadas à produção de valores de uso
comum e que são baseadas em novas formas de organização do trabalho
(mais horizontais que verticais), na mutualização dos bens, espaços e
instrumentos (com ênfase no uso e não na posse), na organização dos
cidadãos em redes ou comunidades, e que geralmente são intermediadas por
plataformas Internet.
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Eles apresentam seu estudo sobre a amostra intencional de iniciativas sociais
no consumo de alimentos e na área de distribuição.

Em particular, é feita referência a metas, modelos operacionais (“maneiras de


agir”) e suas ligações com o consumo sustentável e economia compartilhada.

Quatro mini-casos de iniciativas sociais nessa área, estabelecidos entre 2013


e 2016 e localizados em duas cidades principais da Polônia: Cracóvia e
Varsóvia, são propositadamente escolhidas como objeto do estudo.

Essas iniciativas são escolhidas de acordo com critérios de sustentabilidade e


de economia compartilhada, apresentadas no documento.

Os autores usam dados secundários existentes em conjunto com mídias


sociais relacionadas e material de conteúdo do site para a análise de casos.

As principais conclusões deste artigo mostram uma variedade em suas formas


organizacionais e legais, variando de uma iniciativa realizada por voluntários,
um projeto realizado por estudantes, para um grupo informal que criou uma
organização sem fins lucrativos.
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Além disso, as evidências mostram diversos elos entre o consumo
sustentável e a economia compartilhada.

Estes estão envolvidos na compra de alimentos saudáveis, promoção


do consumo responsável de alimentos, sensibilidade às questões de
desperdício de alimentos, motivações para cuidar do bem maior, para
a natureza e para os outros.

A dimensão da economia compartilhada é visível não só através da


partilha de alimentos com outras pessoas, mas também da partilha ao
nível da construção da confiança e da comunidade.

Os autores planejam realizar um estudo de comportamentos


organizacionais e individuais em pesquisas quantitativas adicionais,
seguidas por entrevistas em profundidade com representantes de
iniciativas de consumo sustentável e economia de compartilhamento,
para fornecer conclusões mais generalizáveis.
NEGÓCIOS SOCIAIS
Portanto, não é surpresa alguma por que algumas
pesquisas sobre empreendimentos sociais ainda são
anedóticas e as organizações e empreendimentos de SE
estão lentamente ocupando o cenário de SE na Polônia,
ou seja, caminhando para uma variedade de iniciativas
relacionadas à sustentabilidade e responsabilidade, além
de um foco de bem-estar.

Evidência anedótica, ou evidência anedotal refere-se a


uma evidência informal na forma de anedota (conto,
episódio, derivado do grego anékdota, significando 'coisas
não publicadas'), ou de "ouvir falar".
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Em seu trabalho, Zollo, Rialti, Ciappei e Boccardi (2018)
propõem um arcabouço teórico que engloba a tipologia da
bricolagem social, dependendo das necessidades sociais e
das instituições que os empreendedores enfrentam e
dependem de soluções empreendedoras e institucionais
para essas necessidades sociais.

Essa estrutura é estudada na análise exploratória


longitudinal de casos.

Este estudo tem relevância para os pesquisadores do SE,


pois fornece uma visão geral sistemática das abordagens
de bricolagem social às necessidades sociais emergentes.
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Para muitos países, os modelos de empreendimento social foram
reconhecidos (Defourny & Nyssens, 2013), mas Covallo (2018) dá um
passo paralelo para analisar os discursos dos profissionais e de outras
partes interessadas sobre o que é empreendimento social.

Como os autores afirmam, o consumo responsável e a economia de


compartilhamento tornaram-se muito populares na comunidade digital,
e as atitudes do consumidor têm um impacto significativo sobre a
sustentabilidade de tais iniciativas.

Com a crescente legitimidade do SE em um ambiente educacional


(Starnawska, 2018), existe um grande potencial na avaliação de
atitudes sociais empreendedoras entre estudantes e graduados e
outras populações, como diferentes profissões.
NEGÓCIOS SOCIAIS
Referências

JEMI ([e] ISSN 2299-7326, [p] ISSN 2299-7075) é interdisciplinar, enfatizando artigos teóricos e empíricos sobre
empreendedorismo, gestão e inovação.

JEMI é indexado pelo Web of Science Core Collection (Clarivate Analytics)

A JEMI é classificada pela NSD no Registro Norueguês para Revistas Científicas, Séries e Editoras, sendo uma parte
da Lista Nórdica como o nível científico 1.

O JEMI recebeu 14 pontos (na escala 1-15) com base na última avaliação do Ministério da Ciência e Ensino Superior
Polaco de 23 de dezembro de 2015 (Lista B, item n.º 756).

1 Bricolage and Social Entrepreneurship to Address Emergent Social Needs: A “Deconstructionist” Perspective
Bricolagem e Empreendedorismo Social para abordar as necessidades sociais emergentes: Uma perspectiva
“desconstrucionista”
Lamberto Zollo, Riccardo Rialti, Cristiano Ciappei, Andrea Boccardi
https://doi.org/10.7341/20181422

2 Unpacking Social Entrepreneurship: Exploring the Definition Chaos and Its Consequences in England
Desembalando o empreendedorismo social: explorando o caos da definição e suas consequências na Inglaterra
Tanja Collavo
https://doi.org/10.7341/20181423

3 Social Initiatives in Food Consumption and Distribution as Part of Sustainable Consumption and Sharing Economy
Iniciativas sociais no consumo e distribuição de alimentos como parte do consumo sustentável e economia
compartilhada
Katarzyna Bachnik, Justyna Szumniak-Samolej
https://doi.org/10.7341/20181425

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