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As Vitaminas PDF
As Vitaminas PDF
Vitamina A, também chamada "a vitamina da vista". Foi descoberta pelos gregos,
há mais de 2000 anos, apesar de não identificá-las e nem mesmo dar um nome. “Os
antigos gregos observaram que, comendo certos alimentos ricos em gorduras e vitamina
A, tais como fígado de frango e óleos, curavam uma deficiência da visão ao escurecer
(cegueira noturna)". Também, os gregos foram os primeiros a perceberem os efeitos
colaterais decorrentes de dosagens muito elevadas dessa vitamina, "o efeito tóxico
poderia aparecer, tanto em crianças como em adultos . A hiper-vitaminose A, revelou-se a
causa da irritabilidade, ossos entumescidos e inflamados, perda de peso, pele seca e
coceiras. E, adultos os sintomas podem incluir náuseas, dore s de cabeça, sonolência,
perda de cálcio dos ossos".
Todas as vitaminas são produzidas nas folhas verdes e raízes das plantas pelo
processo de fotossíntese. Participam dessa síntese das vitaminas a energia solar com o
dióxido de carbono, água e minerais do solo. Na verdade não existe a vitamina A
propriamente dita, o que acontece é que as plantas produzem o caroteno, uma
provitamina, cujos pigmentos amarelos e alaranjados dão cor aos vegetais e frutas
(cenouras, melão, pêssego etc.); podem ser encontrados nos vegetais de cor verde. O
caroteno e transformado em vitamina A nas par edes dos intestinos e no fígado.
Vitamina D
Essa vitamina faz parte de um grupo de vitaminas (D1, D2, D3), todas são vitais
para manutenção e controle do cálcio e do fósforo no organ ismo. Essa vitamina pode ser
produzida na pele, devido à ação dos raios ultravioleta do sol, onde se acha uma
provitamina D, o ergocalciferol ou vitamina B2; também existe o colecalciferol ou
vitamina B3. As duas formas da vitamina D podem ser obtidas na a limentação, apesar de
não se encontrar em grande quantidade. No entanto, "não há necessidade absoluta de
ingerir nauseantes óleos de peixe para obter a vitamina D. A fim de consegui -la, basta
expor às radiações ultravioletas naturais ou artificiais".
A deficiência dessa vitamina no organismo provoca o raquitismo, caracterizada
por mineralização defeituosa dos ossos, geralmente ocorre em crianças na fase de
crescimento. Nesse caso o leite pode ser uma das fontes principais para se obter a
vitamina D, que é fundamental no metabolismo do cálcio.
Outros benefícios da vitamina D foram divulgados recentemente, tais como
prevenção e tratamento dos cânceres de cólon, reto e de mama, na proteção contra
doenças infecciosas e seu tratamento e contra o envelhe cimento.
Vitamina E
É conhecido no grupo das vitaminas E, três tipos: alfa, beta e gama tocoferóis. Sua
função específica é garantir a normalidade da esterilidade e do metabolismo muscular.
Sua deficiência causa a esterilidade. No macho, verifica-se a degeneração do
epitélio germinativo testicular (azoospermia). Na fêmea, o embrião desenvolve -se por
alguns dias, depois se atrofia, morre e é reabsorvido com a própria placenta.
Apesar dos estudos realizados, pouco se sabe sobre o mecanismo bioquímico da
vitamina E. Existem hipóteses a respeito de sua função, tais como: interfere nos
fenômenos de oxidação e como transportador de hidrogênio. No entanto, nada pode ser
afirmado sobre os sintomas decorrentes da carência dessa vitamina, apesar de sua
importância na reprodução de algumas espécies animais, a partir do qual, a substância
recebeu o nome de tocoferol. Porém, o fato observado, não nos permite recomendar
qualquer dose profilática ou terapêutica à espécie humana.
Todavia, uma parte dos especialistas recomenda variadas dosagens de vitamina E.
Os benefícios são vários: Protege contra distúrbios neurológicos, estimula o sistema
imunológico, protege contra doenças cardiovasculares , etc.
Vitamina K
A vitamina K é caracterizada por um grupo de vita minas (K1, K2 e K3). Sua função
específica é assegurar a coagulação do sangue. O símbolo K vem da palavra alemã
"Koagulatio", graças à sua ação hemorrágica. Além dessa função biológica, a vitamina K
participa no processo de mineralização óssea, facilitando a c icatrização normal de ossos e
fraturas.
Vitamina B1
A vitamina B1 é indispensável à saúde do sistema nervoso, e como fator do
crescimento normal, da regularidade e a manutenção do apetite. É antiberibérica e
antineurítica. A absorção dessa substânc ia dá-se pelos intestinos delgado e grosso, para
logo em seguida passar pelo fígado e coração (órgãos mais ricos em tiamina ), mas
também pêlos, cérebro, glândulas supra -renais, baço, pulmão e para os músculos, onde
se encontra metade da tiamina do organis mo.
Vitamina B2
A vitamina B2 é um componente termoestável do complexo B, indispensável à
normalidade das funções orgânicas. Como preventiva (pelagra), intervém nos fenômenos
metabólicos, tem função de coenzima intervindo na oxidação das cé lulas, participa no
processo de crescimento, atua na regeneração sangüínea, no fígado, no trabalho
cardíaco e no aparelho ocular.
A carência dessa substância (riboflavina) acarreta perda de apetite até distúrbios
mais graves. Nos seres humanos cau sam perturbações digestivas, afecções da pele,
inflamação da córnea, do olho e catarata.
Em matéria publicada na revista Superinteressante, sobre os valores nutricionais
da alimentação do brasileiro, foi confirmado que no nosso dia -a-dia as refeições são
desvitaminadas, por exemplo, o trigo que seria a maior fonte de vitaminas B1 e B2, no
Brasil esses índices estão abaixo das tabelas nutricionais, isso porque as pessoas
preferem o trigo branco, que é puro amido. Devido a este fato, a MacDolnald’s, maio r
rede de fast-food do mundo, passou a exigir da Interbakers, empresa que fornecia os
pães para hamburgueres, que se inclui o complexo B no trigo. Visto que os sanduíches da
MacDolnad’s possuía a mesma qualidade em qualquer ponto do mundo. Hoje, afirma
Regina Helena Braga, ligada a empresa Interbekrs, o pão de um Bic Mac fornece mais de
60% das necessidades diárias de nutrientes.
Vitamina B5
A vitamina B5 (tiacina), que também é chamada de ácido nicotínico , é uma
vitamina antipelagrosa. Essa vitamina participa nos mecanismos de oxidação celular,
intervém no aproveitamento normal dos prótides pelo organismo; influencia o
metabolismo do enxofre; ativa o mecanismo dos glúcides.
A carência dessa substância provoca o aparecimento da pelagra, uma avitam inose
caracterizada por eritema das partes descobertas, perturbações digestivas, nervosas e
mentais.
A vitamina B6 chama-se também piridoxina e adermina. É solúvel em água,
estável aos álcalis e aos ácidos, resistente ao calor, mas decompõe -se rapidamente à luz
ultravioleta. Encontra-se, na natureza, livre ou combinada com substâncias protéicas
(lêvedo de cerveja, cereais integrais, os legumes, os vegetais verdes, o leite). Sua
deficiência produz pelagra. No ano de 1934, cientistas demonstraram que os pacientes
de anemia careciam de ma substância que mais tarde ficou conhecida como vitamina
B12, é a única vitamina que contém um metal (cobalto ), que lhe dá uma coloração
avermelhada, sendo também a maior das moléculas vitamínicas. Suas principais funções
são: participa como coenzima na conversão da tiamina em timidina, antianêmico, age
favoravelmente sobre as degenerações nervosas decorrentes da anemia perniciosa, atua
no crescimento, auxilia o organismo na utilização do aminoácidos na construção de
proteínas, nas afecções cutâneas etc.
As vitaminas B12 encontram-se no lêvedo de cerveja, nos cereais integrais, no
ovo e no leite.
Vitamina C
A vitamina C é também conhecida sob o nome de ácido ascórbico. É uma vitamina
hidrossolúvel, termolábil. Prev ine o escorbuto, facilita a circulação sangüínea, favorece a
boa dentição. Outras funções da vitamina C, está na defesa contra infecções, protege o
sistema vascular, colabora com o ferro na formação da hemoglobina, auxilia a função
glandular (supra-renal), no desenvolvimentos dos ossos, no tecido conjuntivo, nas
cicatrizações das feridas.
A vitamina C faz parte de um trio de vitaminas indispensáveis para combater um
mal que persegue as pessoas os radicais livres. Numa matéria da revista
Superinteressante, especialistas em medicina ortomolecular, comprovam que de 2% a 5%
do oxigênio que nos respiramos se transforma em radicais livres. Esses elementos
reagem com tudo que encontram no organismo, roubando um elétron, que também se
transforma em um radical livre. Os radicais livres participam de reações que levam o
colesterol a se acumular nas artérias. E as únicas vitaminas capazes de combater essa
cadeia destruidora são: a vitamina E, a vitamina C e o beta - caroteno, a matéria- prima da
vitamina A.
Os Sais Minerais
Conceito: São compostos de um grupo de 22 elementos metálicos, onde cada um
deles é vital para o funcionamento adequado da célula. São parte de enzimas, hormônios
e vitaminas. Também são encontrados nos músculos, tecidos conjunti vos e nos vários
líquidos do organismo.
Os sais minerais encontram -se livremente na natureza, nas águas dos rios, lagos e
oceanos, e entre as camadas superficiais da terra. Pequenas quantidades de minerais são
absorvidas pelos sistemas de raízes das pl antas e árvores, e onde, eles se incorporam aos
alimentos naturais, aos carboidratos, gorduras e proteínas. Portanto, os sais minerais
fazem parte da estrutura do organismo dos animais, e assim como o ser humano devem
suprir a necessidade de minerais atrav és da água e dos alimentos.
A ação dos sais minerais no organismo tem como funções: participar na
constituição dos ossos e dentes, de certos tecidos moles do organismo (músculo), age
como co-fatores de certas enzimas, atuam no processo de contração va scular, controlam
os movimentos dos fluídos do corpo etc. Cada órgão, tecido, célula de nosso corpo
necessita de minerais.
Vários são os sais minerais, mas conheceremos apenas alguns como: o cálcio, o
flúor, o germânio, o iodo, o magnésio, o potássio, o selênio e o zinco.
Cálcio
O cálcio é o mais importante dos sais minerais participa de quase todos os processos
vitais do organismo, e indispensável par a coagulação sangüínea depois de um ferimento
e para a ação rítmica do coração.
O cálcio existe em abundância na superfície terrestre, é componente essencial na
composição dos tecidos animais e vegetais.
Flúor
O flúor além de evitar a cárie dentária pode ser usada na prevenção da osteoporose,
como foi revelado em pesquisas recentes.
As fontes em que se encontra esse mineral são as regiões ricas em fosfato,
alumínio e cinzas vulcânicas, e, conseqüentemente nas águas que atravessam esse
depósito. Também os vegetais contêm só que em menor quantidade. A dose muito
elevada desse mineral é p rejudicial aos dentes, podendo provocar: flurose dental
endêmica, florose crônica, inibição das fostases etc.
Outras pesquisas revelaram maior incidência de cáries dentárias nas regiões
servidas por água desfluorizada ou pobre em flúor.
A carência desse mineral no organismo são os seguintes: apetite insaciável,
câimbra nas pernas, cálculos, dentes cariados, esterilidade, língua obscura e viscosa,
propensão a infecções, tendência a surdez etc.
O flúor existe em abundância nos seguintes alimentos: Agrião, couve, couve-flor,
feijão, gema de ovo, maça, trigo.
Iodo
O iodo é um elemento que entra numa proporção assaz reduzida (20 a 50 mg), no
organismo humano, onde se acha assim distribuído: músculo 50%, tiróide 20%, pele 10%,
esqueleto 6%, e o restante em diversos órgãos do corpo.
O iodo é ingerido com os alimentos e absorvido pelo intestino como iodeto, que
na tireóide é utilizado para formar a iodotireoglobulina, assim armazenado na glândula, é
requisitado posteriormente para a secreção do hormônio tireóideo. Também é
absorvido.
A importância do metabolismo do iodo na glândula tireóide está no controle que
exerce na nutrição de muitos tecidos. A sua ação abrange: O estimulo no crescimento,
excita o sistema nervoso veg etativo, melhora o nível de inteligência, aumenta a oxidação
dos alimentos, regula a produção de calor orgânico, influencia a absorção intestinal.
Germânio
O germânio passou a ser conhecido pelo público a partir de 1987 quando um jornal
americano divulgou as qualidades curativas desse mineral, entre os benefícios
considerados estão: o câncer, distúrbios imunológicos, doenças v irais, artrite,
hipertensão, alergias etc. Segundo alguns médicos, o germânio é a substância com
maiores poderes de cura do planeta e o marco de desenvolvimento no campo da
medicina nutricional.
O germânio é relativamente abundante na crosta terrestre e figura na tabela
periódica dos elementos químicos como sendo um elemento biologicamente ativo, no
entanto, o único papel biológico conhecido é sua ação retardadora dos sinais decorrentes
da deficiência de boro.
O que acontece é que alguns estudos rec entes sugerem que os componentes
orgânicos do germânio, podem ter algumas qualidades estimulantes da imunidade,
anticancerígena e antivirais.
Magnésio
O magnésio é um elemento que entra na constituição da clorofila, uma substância
existente nas células das plantas e que dá a estas a cor verde.
Pelas secreções gástrica e intestinal, o magnésio é libertado da clorofila e
absorvido no intestino.
As funções do magnésio são as seguintes: desempenha o papel de co -enzima, no
metabolismo do fósforo, ativa o metabolismo dos glicídios e exerce ação controladora da
excitabilidade neuromuscular.
Na ausência desse mineral aprecem alguns sintomas como: acidez, debilidade nos
músculos abdominais, desejo de tomar bebidas azedas, desmaios, dor no pescoço e nos
ombros, expectoração amarelada, gases in testinais, prisão de ventre. Os alimentos ricos
em magnésio são: ameixa, azeitona, aveia, arroz integral, castanha, couve, trigo etc.
Potássio
O potássio existe em maior quantidade nas células ao contrário do sódio que se encontra
em maior proporção nos líquidos biológicos.
Dentre suas principais funções podemos citar: concorre para manter o equilíbrio
ácido-básico, regula o equilíbrio híbrido do corpo, aumenta a excitabilidade da célula
quando em baixa concentração e inibe-a em alta concentração.
A carência desse mineral provoca angústia no estômago, atrofia dos músculos,
câimbras, chagas que não cicatrizam, hemorragias nasais, hidropisia, insônia, mau
funcionamento do fígado, olhos fundos, tornozelos in chados etc.
Fósforo
O fósforo é um elemento que se encontra na natureza. Todas as células e líquidos
orgânicos e nos alimentos naturais, e no corpo humano está presente sob as formas
orgânica (ésteres) e inorgânica (fosfato).
A função de certas glândulas tem relação com o metabolismo do fósforo. Quando
há hiperpoparatireoidismo ocorre ao mesmo tempo alta fosforemia e, quando se verifica
hiperparatireoidismo a fosforemia é baixa. O paratormônio, que é o agente regulador do
metabolismo do fósforo, aumenta o cálcio sangüíneo, porém, diminui o fósforo.
O metabolismo do fósforo, assim como o do cálcio, está subordinado também a
ação reguladora da vitamina D.
As funções do fósforo são as seguintes: combinado com o cálcio, o fósforo atua na
formação dos dentes e ossos, regula o equilíbrio ácido -básico do organismo, influi sobre
a reprodução e lactação.
A carência desse mineral apresenta alguns sintomas, como: acentuada
extenuação nos braços e pernas, adormecimentos, deficiente desenvolvimentos dos
ossos, dores de próstatas, fadiga mental, impotência, neurastenia . As fontes de fósforo
são: abóbora, aveia, caju, castanha -do-pará, coco, feijão preto, milho etc.
Vitamina D.
As funções do fósforo são as seguintes: combinado com o cálcio, o fósforo atua na
formação dos dentes e ossos, regula o equilíbrio ácido -básico do organismo, influi sobre
a reprodução e lactação. A carência desse mineral apresenta alguns sintomas, como:
acentuada extenuação nos braços e pernas, adormecimentos, deficiente
desenvolvimentos dos ossos, dores de próstatas, fadiga mental, impotência, neurastenia .
As fontes de fósforo são: abóbora, aveia, caju, castanha -do-pará, coco, feijão preto,
milho etc.
Verduras cozidas
Por serem solúveis em água, a vitamina C e as do complexo B sempre escapam da
comida durante o cozimento. Resultad o: verduras cozidas têm 40% menos vitaminas B e
70% menos vitamina C do que verduras cruas. Uma dica é usar o mínimo de água possível
para prepará-las.
Carne ensopada
Quanto mais molho tem a carne, mais nutrientes podem fugir. Motivo: algumas
vitaminas se dissolvem rapidamente na água usada como ingrediente para o caldo. Sem
contar que parte da gordura da carne também acaba no molho — e nela estão outras
tantas vitaminas. Nos ensopados, as perdas costumam ficar entre 40% e 50%. A diferença
é pior em relação à vitamina B1 ou tiamina, imprescindível para o cérebro e para os
músculos: ela diminui 60%.
Feijão cozido
Os cereais deveriam ser grandes fornecedores de vitaminas B, mas elas saem dos
grãos e vão para a água. Depois, durante o cozimento, parte d a água sai da panela em
forma de vapor, levando as moléculas de vitaminas junto. Como os cereais demoram até
ficar prontos, muito vapor e muita vitamina vão para o espaço. O feijão chega a perder
metade de uma de suas maiores riquezas: a vitamina B9 ou áci do fólico [foto 131}, cuja
falta causa anemia.
Peixe frito
Quanto mais quente, pior — o calor "arranca" vitaminas da comida ou, então,
estraga as suas moléculas.
A temperatura do óleo para a fritura faz com que os pescados percam cerca de
20% da vitamina B3 ou niacina, que ajuda o corpo a extrair energia dos alimentos. Eles
também ficam com 10% menos vitamina B12 [foto 130], responsável pelo bom
funcionamento das células do corpo.
Ovo frito
Por causa do calor da fritura, 20% da vitamina B6 — essencial para o corpo
fabricar suas proteínas — acabam indo embora. A mesma proporção de vitaminas A, D, E
e K também some porque, em temperatura alta, suas moléculas se dissolvem no óleo da
panela.
Batatas cozidas
Mais uma vez, a água é a vilã na cozin ha: por ela, escapam 40% das moléculas de
vitamina C presentes na batata e até metade de todas as vitaminas B. Quando a batata é
assada, por não ficar mergulhada na água, as perdas são menores — acontecem apenas
pelo vapor.
"A vitamina C leva seis horas até ser eliminada", explica, o médico americano
Stephen Lawson, diretor do Instituto Linus Pauling de Pesquisas. "Durante esse período,
ela fica ativa, circulando pelo sangue. E, depois, na medida em que vai embora, o
indivíduo já estaria tomando uma segunda dose, mantendo o pico da substâ ncia no
organismo.”
Muitos cientistas dizem que, apesar da vitamina C, Pauling morreu de câncer de próstata,
no ano passado. Mas morreu lúcido e trabalhou em seu instituto até as últimas semanas
de sua longa vida. Ele tinha 93 anos.
Na esteira das idéias de Pauling, surgiram teorias, apontando benefícios de
megadoses de outras vitaminas. É possível tomar tranqüilamente quantidades até cem
vezes maiores do que as dosagens diárias recomendadas pelos nutricionistas de vitamina
B e C. Com as vitaminas A, D, E e K, a história é diferente, porque se acumulam no corpo
e isso pode ter efeitos tóxicos. Mesmo nesse caso, pode -se consumir até dez vezes mais
do que a dose diária recomendada, sem correr riscos. Até o momento, sabe -se que
megadoses são válidas pa ra certos casos. Mas também não há provas de que não
funcionem em outras situações.
As causas do problema
A anemia não tem a ver diretamente com a falta de uma vitamina e, sim, com a
ausência de um mineral — no caso, o ferro. "Uma das causas do aumento da incidência
pode ser o desmame precoce", conta Fizberg. "Ao contrário do leite materno, o da vaca é
uma fraca fonte de ferro." Outra suposta causa seria a dieta mal equilibrada — e esta
pode ocasionar a falta de vitamina C.
O que seria do feijão sem a laranja, sem vitamina C, visto que a quantidade de
ferro fornecida pelos vegetais é irr isória.
Qualquer análise de laboratório mostra que o feijão, por exemplo, é rico em ferro.
No corpo humano, porém, a sua contribuição é pequena: o intestino consegue absorver
apenas cerca de 10% desse mineral contido no cereal.
Se, no entanto, o feijão for acompanhado de uns bons goles de suco de laranja ou
qualquer fruta cítrica, a história será diferente. "As moléculas de vitamina C do suco dão
uma espécie de empurrão para o ferro de origem vegetal entrar no organismo", explica
Fizberg. "Assim, sua absorção pode chegar a 40%."
Para os médicos ortomoleculares, como Wagner Fiori, gotas de sangue são como
um prato cheio (ou vazio) de vitaminas. Tiradas de uma espetadela no delo, elas acusam
a ação dos radicais livres e das vitaminas capazes de bloqueá -los. Primeiro, Fiori analisa o
"sangue vivo" no microscópio .
Os alcoólatras
O alcoolismo é a maior causa de deficiência vitamínica no país. Doze milhões de
brasileiros são viciados em bebidas alcoólicas. No seu organismo, as dosagens de
complexo B são ridículas. Fica quase impossível extrair esse tipo de vitamina da comida,
porque o álcool forma uma barreira no intestino. E as vitaminas B estocadas no corpo
serão consumidas para degradar a bebida no fígado. Por isso, alcoólatras devem apelar
para megadoses desse complexo.
Os fumantes
A molécula de vitamina C termina aniquilada pela de nicotina do cigarro, quando
as duas se esbarram na corrente sangüínea. De u m terço a 100% de toda a vitamina
ingerida pode terminar inutilizada desse jeito.
Por esse motivo, o fumante tem necessidades muito maiores desse nutriente do
que os não-fumantes. No mínimo, ele precisa consumir o dobro, para manter o
funcionamento normal de seu corpo. Infelizmente, essa compensação não diminui o risco
de câncer no pulmão, como demonstram as estatísticas da doença.
Ainda assim, a vitamina C está sendo ligada à prevenção de outros tumores.
Muitos cientistas suspeitam que a sua queda no organismo dos fumantes é uma boa
explicação para o fato de esses indivíduos serem mais sujeitos a tipos diferentes de
câncer, como o de bexiga.
Os atletas
Ao suar a camisa, o esportista está perdendo muitas moléculas como a da
vitamina B2. Na verdade, ele perde todas as do complexo B e a C, que se dissolvem na
água do suor. "E, por ironia, elas estão entre as coisas que mais se precisa para manter a
performance física", diz o nutricionista Sérgio Miguel Zucas, professor da Escola da
Educação Física da Universidade de São Paulo. As vitaminas do complexo B e a C são
importantíssimas para os músculos. "As necessidades impostas pelos treinamentos são
maiores do que o normal", explica o especialista. "Por isso, o certo é os esportistas
apelarem para doses dez vezes maiores dessas substâncias em relação à recomendação
para não-atletas."
Os idosos
Em comparação com os adultos mais jovens, as pessoas acima de sessenta anos
devem consumir um terço a mais de vitamina B6 — com o passar do tempo, o sistema
nervoso passa a necessitar de doses maiores desse nutriente para continuar saudável. O
reforço ajuda a manter a rapidez de raciocínio e a memória.
As grávidas
Desde 1992, o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos passou a recomendar
cápsulas de B1 (o ácido fólico) para suplementar a dieta de mulheres grávidas ou que
planejam ter filhos. A medida reduz pela metade o risco de se gerar crianças com
defeitos congênitos. Isso porque ajuda a regular o desenvolvimento das células do
embrião.
Sobre minerais.
Entrevista feita pela revista Superinteressante com o nutricionista americano
Dennis Gordon, na ocasião de sua visita ao Brasil para participar de um simpósio sobre
alimentação.
SUPER — Como especialista em nutrição, por que o senhor se interessa tanto pelos
minerais?
GORDON— Eu acho que os minerais são intrigantes para qualquer pesquisador da minha
área. Para começo de conversa, porque são diferentes dos outros nutrientes, já que não
têm origem orgânica. Ou seja, como substâncias inorgânicas, eles jamais se t ransformam
em energia para o organismo, embora possam ser importantes para o seu
funcionamento. Os cientistas até conseguiam, dessa maneira, medir o consumo de
minerais de uma pessoa: bastava comparar a ingestão dessas substâncias com a
quantidade jogada fora, pelas fezes, pela urina e pelo suor. Mas essa era apenas parte da
resposta, porque como essa quantidade consumida não se traduz em energia, eles
ficavam sem saber como cada mineral estava sendo aproveitado dentro do corpo. Além
disso, apesar de todas as pessoas, hoje em dia, falarem em minerais a torto e a direito,
muitas vezes engolindo suplementos indiscriminadamente, o fato é que nós cientistas
ainda nem sequer sabemos como a maioria dessas substâncias é absorvida pelo
intestino.
SUPER—Com isso o senhor quer dizer que são os próprios minerais que atrapalham a
chamada nutrição mineral?
GORDON—Isso mesmo. Os alimentos ricos em fibras costumam ser igualmente ricos em
determinados minerais, daí o mal -entendido dos cientistas. Os cereais integrais, por
exemplo, contém muito zinco, o que talvez prejudique a produção da hemoglobina. Já os
legumes proporcionam muito cobre: o feijão e o espinafre, por sua vez, são ricos em
ferro. Quando uma pessoa está acostumada a ingerir uma única fonte de fibras, em vez
de manter um cardápio variado, o desequilíbrio entre esses três minerais é inevitável.
Existem, óbvio, competições semelhantes entre outros grupos d e minerais.
Particularmente, sou a favor de que as pessoas até dobrem o consumo diário de fibras,
hoje em torno de 25 gramas por dia nos Estados Unidos. Desde que, claro, não troquem
um cardápio variado por um único prato de fibras.
SUPER — Quais outros fatores podem influenciar o aproveitamento dos minerais pelo
organismo?
GORDON — Eu diria que existem diversos fatores. pois essas substâncias são tão
sensíveis que sua disponibilidade dependerá até mesmo de seus acompanhantes —por
exemplo, as proteínas prese ntes em determinada refeição. A idade da pessoa também
influencia. Isso fica evidente em relação ao cálcio, por exemplo: todos sabem que os
ossos de pessoas idosas tendem à descalcificação, porque seu organismo tem dificuldade
em absorver esse mineral.
SUPER—E o sexo, também faz diferença?
GORDON- Sem dúvida. As mulheres, por exemplo, perdem muito ferro pelo sangue.
durante o período menstrual —daí que seu organismo possui menores quantidades
desse mineral do que o masculino. No entanto, se você oferecer um a mesma refeição,
rica em ferro, para um homem e uma mulher, notará que o organismo desta absorve
muito mais ferro, numa tentativa de recuperar aquela perda. Ou seja. a absorção de um
mineral também é regulada pelo que costumo chamar status da substância n o
organismo.
SUPER — Mas essa competição não continua existindo, mesmo sem os famosos
suplementos?
GORDON — É claro que sim. Mas se as pessoas comem porções moderadas de cada
prato e se habituam a um cardápio variado, todos os m inerais no organismo ficam dentro
de uma espécie de faixa de sem que as perdas são calculadas. O grande problema, na
minha opinião, é que no mundo atual as pessoas ou passam fome ou comem demais,
exagerando naquilo que pensam Ihes fazer bem. A mania de in gerir um grupo limitado de
alimentos, considerados saudáveis, viola o princípio básico de uma boa alimentação, que
é justamente sua variedade.