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MATERIAL TEÓRICO
UNIDADE 2
Formas de
Transmissão
de Dados
Autoria:
Prof. Esp. Antonio Eduardo Marques da Silva
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na
sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas:
Não se esqueça
de se alimentar
Aproveite as e de se manter
indicações hidratado.
de Material
Complementar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com Determine
as redes sociais. um horário fixo
para estudar.
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer
parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um
dia e horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros,
vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso,
você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que
ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca
de ideias e de aprendizagem.
Unidade 2
Formas de Transmissão de Dados
Caracteres e Tabelas
de Codificação
Em comunicação de dados, um caractere que
entendemos é representando por uma sequência de
números binários – bits – que podem ter o valor 1 –
ligado – e 0 – desligado. O número de bits enviados é
representado dependendo do número de símbolos do
código a ser representado, ou seja, em uma escrita,
por exemplo, existem 26 símbolos – A, B, C... Z –
para representar as letras maiúsculas, 26 símbolos –
a, b, c... z – para representar as letras minúsculas, 10
símbolos – 0, 1, 2... 9 – para representar caracteres
numéricos e vários outros símbolos ou caracteres –
., ?, :... ! – para representar a pontuação, além de
símbolos especiais como, por exemplo, o espaço,
recuo e tab, que são usados para o alinhamento e a
formatação de textos.
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codificação de caracteres de 1 byte (8 bits) que descreve diretamente o código
BCD com 6 bits e foi criada pela IBM no início da década de 1960 como um
padrão para os seus computadores da ocasião como, por exemplo, o IBM
System/360. Essa forma de codificação representa uma alternativa de nor-
matização em paralelo com a Ascii, utilizada pelo governo dos Estados Uni-
dos. A tabela EBCDIC, como se esperava, foi muito utilizada em mainframes
– computadores de grande porte – da IBM. Lembre-se que naquela época a
IBM era a grande empresa de computadores do mundo – senão a maior – e
por esse motivo tal codificação foi empregada maciçamente pelo mercado;
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Formas de Transmissão de Dados
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8
em uma matriz de pixels – menor unidade de uma imagem –, onde cada
pixel representa um pequeno ponto na tela. O tamanho desse pixel depende
muito da propriedade do elemento gráfico, condição denominada resolução
de tela. Por exemplo, uma imagem pode ser dividida em 1.000 ou 10.000
pixels. No segundo caso, tal imagem possui uma representação melhor,
mais definida ou de maior resolução. O preço que se paga por uma resolução
melhor é um aumento significativo na quantidade de memória necessária
ao armazenamento da figura e processamento da imagem. Após a divisão
em pixels, cada pixel é atribuído a um padrão de bits. Assim, para uma
imagem formada de pontos em preto e branco, o padrão de um único bit
(1-bit) é suficiente para representar um pixel; já para a representação de
imagens coloridas, cada pixel colorido é decomposto em três cores primárias
(básicas), ou seja, vermelho (Red), verde (Green) e azul (Blue), conhecidas
também pela sigla RGB. A intensidade de cada cor é medida e um padrão
de bits (usualmente 1 byte) lhe é atribuída. Com essas cores primárias e a
variação de intensidade da luz é possível, então, representar qualquer cor
em tela. É claro que quanto maior a resolução da tela, melhor a definição de
cores a serem apresentadas;
Transmissão de Dados
Os dados a serem transmitidos ao longo de uma rede são emitidos sob a for-
ma de sinais elétricos, os quais apresentam uma propriedade inerente, que é a
tensão elétrica.
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Tempo
Figura 2 − Transmissão analógica
Tempo
Figura 3 − Transmissão digital
Codificação e Encriptação
Para darmos sequência ao conteúdo desta Disciplina, torna-se muito impor-
tante saber as diferenças entre codificação e encriptação, vejamos:
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• A encriptação, ou também conhecida por criptografia é uma forma de codifica-
ção especial de uma mensagem a fim de garantir que não seja lida corretamente
por qualquer pessoa que não conheça as chaves de encriptação. Tais chaves são
as que permitem a codificação e descodificação da mensagem enviada entre
uma origem e um destino. A encriptação é melhor estudada nas disciplinas de
segurança da informação e criptografia – ou cifragem – de dados.
Modulação
A modulação é o processo de variação de amplitude, intensidade, frequência,
comprimento e da fase em uma onda, e refere-se ao processo de conversão entre
bits, podendo criar sinais digitais para representarem os bits nesse formato.
Existem alguns esquemas que convertem de forma direta os bits em sinais,
resultando em transmissão de banda base: o sinal ocupa frequências de zero até
um número máximo que depende da taxa de sinalização como, por exemplo, RZ,
NRZ, Manchester, AMI e 4B/5B.
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• Modulação por Fase (PM) – a fase da onda portadora varia de acordo com
o sinal modulante. Nessa técnica, a detecção da fase de cada símbolo requer
sincronização de fase entre receptor e transmissor, complicando o projeto
de sincronismo do receptor. A escolha do tipo de modulação de acordo com
os requisitos e as necessidades do projeto é uma decisão fundamental para
garantir em grande parte o êxito de um sistema de comunicação.
0.5
-0.5
-1
Demodulação
Demodulação é o processo de recuperação da informação – extração do
sinal modulante – de uma onda portadora, sendo necessário que o processo de
modulação seja reversível.
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Figura 8 − Modem ligando a rede telefônica e um AP
Uma das vantagens de se usar um modem digital é que, pelo fato de apenas
realizar a codificação do sinal, é mais simples em nível de circuitos, tornando
o seu preço mais acessível do que os modems analógicos. As diversas técnicas
de codificação do sinal digital procuram gerar o sinal codificado com muitas
transições, a fim de facilitar a recuperação do sincronismo no modem receptor.
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MODEM
ANALÓGICO
10101011
MODEM
DIGITAL
Figura 9 − Modem analógico e digital
Normalização de Modems
do CCITT
Com a finalidade de padronizar e normatizar as formas de comunicação em
todo o mundo, foram criados alguns órgãos internacionais ou nacionais com a
função de criação e desenvolvimento de padrões comuns aos serviços de telefonia,
entre os quais o Comité Consultatif International Telegraphique et Telephonique
(CCITT), que é um órgão formado pelas instituições de tecnologia mais atuantes
nesse segmento de transmissão de dados. É responsável pelas recomendações
das séries V que são adotadas pela maioria dos fabricantes de modems. A seguir
estão relacionadas, resumidamente, as formas de recomendações que constam
no Livro amarelo, ou Yellow book, do CCITT.
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Transmissão Serial e Paralela
Como os sistemas da informação entendem a linguagem binária – binary digit
–, ou seja, valores 0 – desligado – e 1 – ligado – e é necessário fazer uma
correspondência entre esses valores de códigos binários, os protocolos de rede
são, em geral, definidos por normas internacionais como, por exemplo, a norma
que define o padrão serial RS 232 e outros, estabelecendo a relação entre os bits
e os níveis de tensão elétrica para caracterizar os formatos dos dados a serem
transmitidos por unidade de tempo.
Relógio do Sistema
Dados a serem
transmitidos 1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 0 0
Conforme a Figura 10, bits são representados por impulsos retangulares, sendo
que o valor 1 corresponde a certo nível de tensão elétrica, e o valor 0 a outro nível.
Geralmente, o valor 1 representa a presença de tensão elétrica, enquanto o valor
0, a ausência de tensão elétrica.
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detectar a alteração de um único bit, de modo que, caso dois bits retornassem
alterados, o circuito de paridade não notaria tal alteração nos dados; felizmente,
a possibilidade da alteração de dois ou mais bits ao mesmo tempo é remota.
Transmissor Receptor
10110101
Transmissor Receptor
1
D7 D7
0
D6 D6
1
D5 D5
1
D4 D4
0
D3 D3
1
D2 D2
0
D1 D1
D0 1 D0
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Por esses motivos podemos afirmar que a comunicação:
• Paralela era mais rápida do que a serial à época, porém, menos segura, pois
não garante como os bits serão enviados e recebidos pelos transmissores e
receptores; além de ter a necessidade de um canal de comunicação mais
complexo como, por exemplo, o uso de grossos cabos de cobre. Quanto mais
distante a ligação paralela, pior será a degradação do sinal elétrico para os
hosts mais distantes;
Comunicações Síncrona
e Assíncrona
Como vimos, na comunicação serial foi transferido um único caractere, porém,
podem ser transmitidos mais caracteres, com a finalidade de identificação do
início e fim de cada caractere; neste caso, o receptor precisará ser informado
quando uma unidade completa de dados for transmitida. As duas técnicas de
comunicação resolvem estas situações, afinal:
Enviando Recebido
Figura 13 − Comunicação assíncrona
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para a troca de dados no meio, assim, os nós de envio e recepção ficam sincro-
nizados, de modo que o nó receptor sempre sabe quando um novo caractere
é enviado; para isso, os dados são transmitidos em blocos que contêm várias
sequências de bits, esses blocos são chamados de quadros ou frames.
Servidor
Enviando Recebido
Figura 14 − Comunicação síncrona
IMAGEM
Conector V.35 macho: https://goo.gl/ZFzm8u
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Apesar de ser comumente usado para suportar velocidades variando entre 48
a 64 kbps, taxas muito mais altas são possíveis. Por exemplo, a distância máxima
do cabo V.35 pode, teoricamente, chegar a 1.200 m em velocidades de até 100
Mbps – a distância dependerá, de fato, de seu equipamento e cabo.
Figura 15 − Simplex
Figura 16 − Half-duplex
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Figura 17 − Full-duplex
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Comunicação de Dados em Redes de Computadores
FOROUZAN, B. Comunicação de dados em redes de computadores. 4. ed. Porto Alegre, RS:
AMGH, 2010.
Vídeos
Modulação Digital
https://youtu.be/kHHvSO6Gn4M
Tipos de Modulação
https://youtu.be/AaVt8i-tMiA
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Formas de Transmissão de Dados
Referências
FOROUZAN, B. Comunicação de dados em redes de computadores. 4. ed. Porto
Alegre, RS: AMGH, 2010.
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São Paulo
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