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Material Teórico
Processamento de dados
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
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Processamento de dados
Orientações de Estudo
Para que os objetivos da unidade sejam alcançados, é fundamental que você leia cuidadosamente
todo o material e realize com atenção todas as atividades propostas.
Nesta unidade é importante que, durante as leituras e realização dos exercícios, você conheça
os conceitos elementares referente ao assunto Processamento de Dados.
Sugiro que você acesse e leia cuidadosamente o material teórico.
Acompanhe também a Apresentação Narrada, pois ela lhe ajudará a compreender melhor os
principais assuntos da Unidade.
Outro recurso fundamental é a atividade de sistematização, já que com ela você poderá
perceber o quanto aprendeu sobre o tema.
Realize a atividade de aprofundamento, que associa os assuntos que estudamos à atividade
profissional por meio de reflexão e produção de sua própria autoria.
Além disso tudo, você contará com textos e/ou vídeos indicados no material complementar.
Dessa maneira, desejo a você bons estudos!
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Unidade: Processamento de dados
Contextualização
Imagine que você pretende comprar um computador e decide ir até uma loja que vende
equipamentos eletrônicos para comprar um. É evidente que lá você irá encontrar uma
infinidade de máquinas que lhe chamarão à atenção, considerando seu estilo, funcionalidades,
inovações, cores, etc.
Ficando na dúvida entre dois modelos, por exemplo, você pede ao vendedor que permita
interagir com os computadores com a finalidade de identificar aquele que melhor responde às
suas solicitações, e ao ser permitido, os equipamentos começam a ser testados. O editor de textos
é aberto, assim como os navegadores de Internet, jogos, dentre outros, tudo de uma vez só.
Não é preciso dizer que todas as pessoas (ou a maioria delas) buscam velocidade dentre
as mais variadas características destas máquinas. Quantos já não se zangaram por ter que
aguardar o computador executar, por alguns segundos a mais, alguma operação.
A questão de velocidade de um computador está diretamente relacionada (não somente a
isso, mas fundamentalmente) ao conceito dos processadores. Estes dispositivos, conhecidos
também por CPUs, são os elementos em um sistema computacional responsáveis por identificar
as solicitações dos usuários e tentar resolvê-las, apresentando uma resposta.
Ao longo dos anos os processadores foram evoluindo no modo como realiza as operações
ou tarefas e isso contribuiu significativamente para que os computadores se tornassem mais
velozes sob o ponto de vista de cada um dos usuários.
Nesta unidade você irá conhecer os aspectos fundamentais relacionados ao tema processador,
bem como sua estrutura básica e também como se deu a evolução destes dispositivos que são
considerados analogamente por muitos como o “cérebro dos computadores”.
Bons estudos!
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Introdução
Sabemos que um computador possui diversos componentes que realizam funções específicas
para que, unidos uns aos outros, possam desempenhar uma tarefa que atenda aos objetivos dos
usuários. Alguns são responsáveis pelo armazenamento de dados, outros por executar tarefas.
Há também aqueles que servem para possibilitar a solicitação de um processamento e ainda
aqueles que permitem a visualização dos resultados. A figura 1 apresenta os componentes
básicos de um computador:
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Unidade: Processamento de dados
Dialogando
Todo processador é construído de modo a ser capaz de realizar algumas operações, denominadas
primitivas, tais como:
··somar, subtrair, multiplicar ou dividir números (operações aritméticas);
··mover um dado de um local de armazenamento para outro (operação de movimento
de dados);
··transferir um valor (dado) para um dispositivo de saída (operação de entrada ou
saída (E/S), e assim por diante). (MONTEIRO, 2007, p. 155)
O processador trabalha em conjunto com a memória principal quando tarefas precisam ser
executadas. Quando um programa é solicitado por um usuário, instruções dele são carregadas
na memória e é nela que o processador vai buscar os dados a serem processados.
O processador é formado por três partes, o que acontece na maioria das arquiteturas: a 1ª
é unidade lógica e aritmética (ULA), a 2ª, a unidade de controle e a 3ª, os registradores. A
figura 2 apresenta os elementos que caracterizam um processador:
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Unidade Lógica e Aritmética (ULA)
A ULA é o componente do processador encarregado de executar as tarefas relacionadas às
operações matemáticas (lógicas e aritméticas) das quais se espera obter algum resultado. São
exemplos destas operações:
··Aritméticas – soma, subtração, multiplicação, divisão;
··De deslocamento – à direita, à esquerda;
··Lógicas – NOT, AND, OR, XOR.
Um bit pode assumir um de dois possíveis valores, sendo 0 ou 1. Para o desenvolvimento dos
circuitos lógicos que serão necessários para a manipulação dos bits, o sistema computacional
costuma utilizar os princípios da álgebra booleana, que pertence à área que, na matemática,
é denominada lógica.
Observe, como exemplo, quatro operações com circuitos lógicos:
··NOT: aceita uma entrada (x) apenas. Se o bit x (entrada) for 0, a saída (z) é 1. Se o bit
x for 1, a saída é 0.
··AND: duas entradas (x e y) são necessárias. O bit de saída (z) é 1 somente se os dois bits
de entrada (x e y) forem 1. Caso contrário, o bit de saída é 0.
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Unidade: Processamento de dados
··OR: duas entradas (x e y) são necessárias. O bit de saída (z) é 0 somente se os dois bits
de entrada (x e y) forem 0. Caso contrário, o bit de saída é 1.
··XOR: duas entradas (x e y) são necessárias. O bit de saída (z) é 0 se os bits de entrada
(x e y) forem iguais. Se os bits de entrada forem diferentes, a saída é 1.
A Unidade Lógica e Aritmética possui duas entradas de dados e uma saída, justamente para
que estas operações possam ser realizadas. A figura 3 apresenta um esquema básico da ULA:
A ULA é capaz de processar operações lógicas com números e também com letras. Foi
uma proposta de John Von Neumann, na década de 1945.
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Unidade de Controle
A unidade de controle do processador é responsável por realizar a movimentação dos dados
ou de instruções que chegam a este dispositivo ou que saem dele.
Você Sabia?
Instruções, ou instruções de máquina, podem ser definidas como um conjunto de bits que servem
para determinar uma tarefa a ser realizada no momento em que estiverem sendo executadas pelo
processador (CPU).
A unidade de controle fica conectada à Unidade Lógica e Aritmética (ULA), aos Registradores
e também ao barramento externo, chamado de barramento de controle. Ela precisa “entender”
o que está sendo solicitado e indicar “o que” ou “quem” irá realizar a tarefa.
Registradores
Os registradores são circuitos digitais do processador que servem para armazenar
temporariamente e de maneira rápida, os dados a serem processados. A UCP conta sempre
com inúmeros registradores para auxílio nas tarefas que precisa desempenhar. Eles possuem
uma conexão com a memória principal, já que sempre que um programa precisa ser executado,
os dados que estão na memória são alocados (uma cópia deles) nos registradores para serem
processados. Assim que o processador termina de executar as instruções dos programas, estes
dados são devolvidos para a memória principal, liberando espaço nos registradores para que
haja a possibilidade de carregamento de novas instruções.
Vejamos agora as características dos registradores:
··Têm memória volátil, ou seja, precisam de energia elétrica para que os dados estejam
armazenados (ainda que de maneira rápida);
··Armazenam uma quantidade muito pequena de bits (8 a 64, dependendo do processador);
··São muito caros, uma vez que estão localizados no próprio chip do processador.
Você Sabia?
Um chip, ou chipset, é um agrupamento de circuitos integrados que desempenham tarefas em
conjunto e que são vendidos como um único elemento.
Agora que você conhece a estrutura básica de um processador e também sua função,
mostraremos de maneira sucinta as gerações dos processadores.
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Unidade: Processamento de dados
Gerações de Processadores
Atenção
Cada processador possui seu próprio programa para funcionar, ou seja, suas próprias instruções.
De acordo com Torres (2001, p. 21), as instruções de um determinado processador não são
compreendidas por um processador diferente. É por este motivo que um Macintosh não consegue
executar diretamente um programa de PC e vice-versa.
1ª geração
Esta é a geração dos processadores 8086 e 8088. O processador 8088 foi o primeiro a ser
utilizado em um computador pessoal, por ser menos caro que o 8086, tendo uma estrutura
muito semelhante. A figura 5 apresenta este processador.
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sentido, se um número tivesse o valor igual a 70.000, o processador dividia a tarefa de
manipulação em duas partes. O acesso deste processador à sua memória era de 8 bits por vez,
ou seja, a transferência de dados era de apenas 8 bits por vez.
2ª geração
Esta é a geração dos processadores 80286. Assim como o 8088, este era um processador
de 16 bits internamente, porém seu acesso à memória era de 16 bits por vez, ao contrário do
anterior que era de 8 bits. Este fato tornava o desempenho do 80286 duas vezes maior, pelo
menos.
3ª geração
Nesta geração surgiram os processadores 80386 que possuíam a capacidade de manipulação
de dados de 32 bits. Por este motivo eram muito mais rápidos que os processadores 80286.
Acessavam até 4GB (quatro Gigabytes) de memória, porém 32 bits por vez. Vale ressaltar que
a empresa AMD também fabricou processadores 80386 com estas mesmas características.
Nesta época surgiu, também, o conceito de memória cache localizada na placa mãe.
Você Sabia?
Memória cache é uma memória de acesso bem mais rápido que a memória principal, porém com
capacidade de armazenamento muito menor. Serve para melhorar o desempenho do processador,
armazenando dados que poderão ser utilizados por ele, sem que tenha que “esperar” até que um
programa seja carregado na memória principal.
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Unidade: Processamento de dados
4ª geração
Geração dos processadores 80486. Possui as mesmas características do 80386, porém
com a adição de novos recursos, como por exemplo, uma pequena memória cache dentro
dele.
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5ª geração
Geração dos processadores Pentium. Possuem as mesmas características do 80386 e do
80486, sendo processadores de 32 bits e com acesso a 64 GB de memória, porém, agora,
podem transportar dois dados de 32 bits de uma única vez, o que os tornam ainda mais
rápido. Possuem também um cache de memória interna, porém o cache se divide em dois,
um para armazenar dados e outro para manipular instruções.
6ª geração
Esta é a geração dos processadores Pentium II, Pentium III e Celeron. Embora tenham
uma nomenclatura similar às anteriores – Pentium – suas estruturas internas são totalmente
diferentes. Estes processadores são capazes de executar instruções fora de ordem, ou seja,
podem executar a instrução 5 antes da instrução 2, por exemplo. Passaram a ter dois caches
de memória, um chamado L1 (nível 1) e outro chamado L2 (nível 2).
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Unidade: Processamento de dados
7ª geração
Nesta geração, surgiram os processadores Pentium 4. São processadores com características
muito semelhantes aos processadores da geração anterior, porém ficaram ainda mais velozes.
Possuem 128 registradores internos, diferentemente dos anteriores (6ª geração) que possuíam
apenas 40.
8ª geração
Geração dos processadores Itanium ou Intel IA-64. Possuem dois caches de memória dentro
deles (L1 e L2) e um terceiro que se encontra no cartucho onde o processador está localizado.
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Processadores Modernos
No ano de 2005, surgiram os processadores AMD Athlon 64x, com 64 bits. Foram os
primeiros processadores dual core, ou seja, possuíam dois núcleos ou “dois cérebros” utilizados
para a divisão das tarefas.
Em 2006, a Intel lança o Intel Core 2 Duo, tecnologia similar ao da AMD Athlon 64x.
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Unidade: Processamento de dados
Em 2010, a Intel lançou o Intel Core i3, o Intel Core i5 e o Intel i7, cada um visando um
público diferente. O i3 possui dois núcleos, enquanto que o i5 pode conter dois ou quatro
núcleos e o i7 quatro ou seis núcleos.
Intel Corporation
Chegamos ao final da nossa unidade. É importante esclarecer que utilizamos aqui, como
exemplo, os processadores fabricados pela empresa Intel. Enfatizamos, no entanto, que
diversos outros modelos com fabricantes diferentes também evoluíram ao longo da história.
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Material Complementar
Se você quiser aprofundar seus estudos sobre o que vimos na Unidade III, siga os links abaixo:
Bons estudos!
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Unidade: Processamento de dados
Referências
TORRES, Gabriel. Hardware: Curso Completo. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2001.
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Anotações
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