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Introdução – Princípios das técnicas verticais

1. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA:
- Não por em risco a própria vida, para salvar a de outrem : - Poderemos
ter duas vítimas!
- Trabalhos verticais exigem a presença de técnicos profissionais; não
devemos sob hipótese alguma, adotarmos improvisações (de material,
de formação e de pessoas).

2. PRINCÍPIO DO RISCO:
- O risco é um elemento intrínseco às nossas atividades. Os equipamentos de
altura estão catalogados como “risco para a vida”, segundo as normas
internacionais. Este conceito não é absoluto, porque em um extremo, temos o
risco mínimo, e em outro extremo o risco máximo; neste último,
encontramos a “zona crítica”, que, para um técnico, será menor, e para um
inexperiente, maior. A resposta para um problema em altura deverá estar longe
da zona crítica, porque ao atuarmos em ambientes verticais, voluntariamente,
estamos assumindo o risco.

3. PRINCÍPIO DO SOBREDIMENSIONAMENTO:
- Utilizar equipamentos com fatores de segurança maior para ampliar a margem
de segurança no trabalho.

4. PRINCÍPIO DA REVISÃO:
- Consiste em inspecionar os sistemas, depois de prontos(nós, travas de
mosquetões, ancoragens), em fases pré-determinadas.
- Um técnico em trabalhos verticais deve estar atento à detalhes: o sentido da
trava do mosquetão; a passagem da corda no freio; etc.
- O acesso às ancoragens deve ser restrito; quando não houver a possibilidade
de isolar o local, deve ser alocado um “segurança” no local.

5. PRINCÍPIO DA SIMPLIFICAÇÃO:
- Os sistemas, ancoragens, nós e técnicas, devem ser os mais simples
possíveis, facilitando assim, a memorização, a instalação, a observação e a
tomada de ação corretiva; devem ser montados no seu local de
trabalho(confecção do nó; conexão do mosquetão de ancoragem com o nó;
acondicionamento da corda na sacola tática; inspeção nos equipamentos), e
nunca no local da ocorrência.
Ferramentas
ARTIGO I - FERRAGENS

PUNHO ASCENSOR
APLICAÇÃO
- para subidas em cordas fixas;
CARACTERISTICAS
- fabricado nas versões esquerdo e direito;
- confeccionado em duralumínio;
- peso 196g;
DADOS TÉCNICOS
- dimensionado para cordas de 8 a 13mm;
- evitar cargas acima de 400kg;
- uso individual.

DESCENSOR AUTOBLOCANTE
APLICAÇÃO
- subida ou descida em cordas fixas com recurso de
autoblocagem;
CARACTERISTICAS
- confeccionado em duralumínio com polias em aço
inoxidável;
DADOS TÉCNICOS
- dimensionado para cordas de 9 a 12 mm;
- o ajuste de velocidade é feito pelo operador;

MOSQUETÃO DE USO GERAL


APLICAÇÃO
- ancoragem principal da corda;
CARACTERISTICAS
- confeccionado em aço inoxidável;
- peso 349g;
DADOS TÉCNICOS
- carga de ruptura 46 kN;
- possui rosca;

MOSQUETÃO DE USO INDIVIDUAL


APLICAÇÃO
- conexão do cinto com o freio oito;
CARACTERISTICAS
- confeccionado em duralumínio;
- peso 75g;
DADOS TÉCNICOS
- carga de ruptura 36 kN;
- possui rosca para travamento;

PLACA DE ANCORAGEM
APLICAÇÃO
- sistema multiplicador de ancoragem;
CARACTERISTICAS
- confeccionada em duralumínio;
- peso 638g;
DADOS TÉCNICOS
- carga de ruptura 45 kN;
FREIO OITO
APLICAÇÃO
- freio de descida;
CARACTERISTICAS
- confeccionado em duralumínio;
- peso 184g;
DADOS TÉCNICOS
- possui orelhas para a confecção da trava de oito;
- carga de ruptura 30 kN;

MALHA RÁPIDA
APLICAÇÃO
- conexão auxiliar em ancoragem;
- conexão do cinto peitoral com o cinto abdominal;
-
CARACTERISTICAS
- confeccionada em aço inoxidável;
- peso 60g;
DADOS TÉCNICOS
- carga de ruptura 25 kN;
DESCENSOR AUTOBLOCANTE
APLICAÇÃO
- descida ou subida em cordas fixas com recurso
de
autoblocagem;
CARACTERISTICAS
- confeccionado em duralumínio, com polias em
aço
inoxidável;
DADOS TÉCNICOS
- dimensionado para cordas de 9 a 12 mm;
- o ajuste de velocidade é feito no punho pelo
operador;
- adapta-se à corda sem a necessidade de retirá-lo
do cinto;

ARTIGO II - MACIOS
CINTO ABDOMINAL
APLICAÇÃO
- resgate e técnicas verticais;
CARACTERISTICAS
- classificado na CLASSE II;
- confeccionado em poliéster, com anéis em aço;
- peso 740/800g;
DADOS TÉCNICOS
- cinto ajustável;
- pode ser conectado a um cinto peitoral, formando
um conjunto CLASSE III(resgate).

CINTO PEITORAL
APLICAÇÃO
- resgate e técnicas verticais;
- técnicas de inversão;

CARACTERISTICAS
- confeccionado em poliéster;
- peso 220g;
DADOS TÉCNICOS
- pode ser conectado a um cinto abdominal,
formando
um conjunto CLASSE III;

FITA DE ANCORAGEM
APLICAÇÃO
- ancoragem;
- auto segurança;
- resgate;
CARACTERISTICAS
- confeccionada em poliéster;
- dimensões: 1, 1,5 e 2 metros;
- peso: 335-387-438g;
DADOS TÉCNICOS
- possui anéis em aço forjado;
- carga de ruptura 35 kN;
LUVA TÁTICA
APLICAÇÃO
- descidas através de corda e resgate;

CARACTERISTICAS
- confeccionada em couro, com reforços na palma
da mão;
- peso 281 g;
DADOS TÉCNICOS
- formato anatômico, facilitando os trabalhos com
cordas, equipamentos e armamento;
CORDA DE USO EM RESGATE
APLICAÇÃO
- resgate;
CARACTERISTICAS
- corda semi-estática; diâmetro de 12,5 mm;
- alongamento 2,9%; peso por metro: 101g;
- confeccionada em poliéster ou poliamida;
DADOS TÉCNICOS
- carga de ruptura: 3.800 Kg

CORDA DE USO TÁTICO


APLICAÇÃO
- táticas verticais;
CARACTERÍSTICAS
- corda semi-estática; diâmetro de 11.5 mm;
- alongamento: 2.6%; peso por metro: 78 g;
- confeccionada em poliéster ou poliamida;
DADOS TÉCNICOS
- carga de ruptura: 3.200 Kg;

Técnicas verticais
ARTIGO I - NÓS

1. GENERALIDADES:
a.Todo nó implica em perda de resistência estática da corda, portanto devem ser
atados corretamente.
b.Tanto para as ações táticas verticais como para o resgate, devemos utilizar nós
que não necessitem de arremates, e cujo “desenho” seja de fácil visualização.
c.Utilizar somente nós que, quando submetidos à tensão da carga, não possam
ser desfeitos acidentalmente.
2. NOMENCLATURA:

OITO DUPLO (nº 01)


APLICAÇÃO
- Ancoragem;
PERDA DE RESISTENCIA
- 20 A 30%;
DADOS TÉCNICOS

-A ponta deve ter no mínimo 40cm;

OITO ENFIADO (nº 02)


APLICAÇÃO
- Junção de cordeletes do mesmo
diâmetro;
- Junção de cordas do mesmo
diâmetro;
PERDA DE RESISTENCIA
- 20 a 30%
DADOS TÉCNICOS
- As pontas devem ter no mínimo 40
cm de sobra;
- Pode ser arrematado com dois cotes
(fig. 3);
NÓ DE FITA (nº 03)
APLICAÇÃO
- Junção de fitas tubulares;

PERDA DE RESISTENCIA
- 36%

DADOS TÉCNICOS
- As pontas devem ter no mínimo
40 cm de sobra;
VOLTA COMPLETA (nº 04)
APLICAÇÃO
- Ancoragem;
PERDA DE RESISTENCIA

- Sem perda de resistência;


DADOS TÉCNICOS
-Deve ser arrematado com nó de oito duplo;
-Deve ser conectado a um mosquetão de uso geral;

NÓ DIREITO (nº 05)


APLICAÇÃO
- Confecção do assento improvisado;
- Junção de cordas do mesmo diâmetro;
PERDA DE RESISTENCIA
- 20%;
DADOS TÉCNICOS
- Não se deve passar o mosquetão pelo interior
do nó;
MARCHARD (nº 06)
APLICAÇÃO
- Autoblocagem;
- Subida na corda;
- Segurança para descida na corda,ou
resgates;

PERDA DE RESISTENCIA
- 0% ou 50%
(conforme confecção)

DADOS TÉCNICOS
- Quando confeccionado com uma alça:
figuras “a” e “b”, perde 50%;
- Quando confeccionado com duas alças:
figuras amarelas, não há perda de
resistência;
MEIA VOLTA FIEL (nº 07)
APLICAÇÃO
- segurança;

PERDA DE RESISTENCIA
- 45 a 60%;

DADOS TÉCNICOS
- desliza com cargas acima de 400kg;
- deve ser blocado com alça e contra alça;
- preferencialmente deve-se utilizar
mosquetões HMS;

ANCORAGENS
1. PONTO DE ANCORAGEM
a. Deve ser capaz de suportar grandes cargas (Fator de Queda);
b. Vigas e Colunas oferecem maior segurança;
c. Revisar sempre a ancoragem;
d. Sempre que possível eqüalizar a ancoragem;
Obs: A definição de um ponto de ancoragem, depende muito da experiência do
Técnico em trabalhos verticais, adquirida através da prática, porém, deve
observar as regras acima.
2. FUNDAMENTOS
a. Eqüalizar com no máximo dois pontos de ancoragens (facilita a retirada).
b.Para a NFPA, uma pessoa pesa 135 kg, e o peso de resgate é 270 kg;
c.O fator de segurança estático para uma pessoa é de 10:1, e para duas pessoas
15:1.
3. TABELA DE ÂNGULOS E CARGAS (PADRÃO NFPA)
(PARA DOIS PONTOS DE ANCORAGEM)

Peso de uma Ângulo de Distribuição da Distribuição da Peso Final de


Grau de Pessoa Abertura Carga nos Carga em uma Pessoa
Risco NFPA Pontos de Quilogramas Ancorada
Ancoragem
135 Kg 0° 50% 67,5 Kg 135 Kg
135 Kg 30° 52% 70,2 Kg 140,4 Kg
Baixo 135 Kg 45° 54% 72,9 Kg 145,8 Kg
135 Kg 60° 58% 78,3 Kg 156,6 Kg
Médio 135 Kg 90° 71% 95,8 Kg 191,6 Kg
Crítico 135 Kg 120° 100% 135 Kg 135 Kg
135 Kg 150° 193% 202,5 Kg 405 Kg
Alto 135 Kg 160° 290% 216 Kg 432 Kg
Altíssimo 135 Kg 180° Infinito 243 Kg 486 Kg

4. QUADRO DEMONSTRATIVO DE ÂNGULOS:

ARTIGO III – EQUIPAMENTO BÁSICO


TÉCNICAS IMPROVISADAS DE RESGATE
Ações Táticas Verticais
ARTIGO I – GRUPO TÁTICO VERTICAL
1. COMPOSIÇÃO DA CÉLULA TÁTICA:
- a célula mínima será composta por três homens, assim denominados:
PONTA – LÍDER - PONTA
- após a invasão tática, no interior do ambiente, a célula passa a ser denominada,
conforme a padronização do Grupo Tático:
PONTA – APOIO - LÍDER
2. ARMAMENTO:
- o armamento principal da célula por ocasião da descida, é a pistola semi-
automática;
- após a invasão tática, a arma principal passa a ser a submetralhadora;
- utilizando equipamento auto-blocante, ou realizando tomada de ângulo com o
freio oito travado, o armamento passa a ser a submetralhadora;
ARTIGO II – ANCORAGEM TÁTICA
1. ANCORAGEM TÉCNICA: deverá ser executada com o nó sem tensão, sempre
que possível;
2. ANCORAGEM IMPROVISADA: deverá ser executada com o cordelete de
kevlar;
obs: deverá ser executada dois andares acima do andar a ser invadido, para
que a célula possa obter o fator velocidade;
atenção: quanto mais alto o ponto de ancoragem, mais lenta será a invasão.
3. CHECK VISUAL/MANUAL:
- após a conexão da célula nas cordas ancoradas, a célula deverá executar os
seguintes procedimentos de segurança:

(a) o líder confere a equipagem do ponta da sua direita e vice-versa;


(b) o líder confere a equipagem do ponta da sua esquerda e vice-versa;
(c) deverão ser conferidos: ancoragem, conexão com o freio oito,
conexão com o mosquetão, conexão ao assento, ajuste do assento,
luvas, sacola tática e armamento;

SACOLA TÁTICA(sugestão)
ARTIGO III – POSICIONAMENTO DA EQUIPE/FASE PRÉ-ASSALTO
1. PF – POSIÇÃO DE FORMAÇÃO:
- após a conferência, o Líder reporta ao Cmt do Grupo Tático que está em pf
– posição de formação, e aguarda o comando para deslocar a célula até pa
– posição de assalto;

2. SAÍDA TÁTICA SILENCIOSA:


- os pontas executam a segurança e o líder efetua a saída em silencio;
- quando a ação for conjugada com atiradores de precisão, a célula efetua a
saída em conjunto;
3. SAÍDA TÁTICA DINÂMICA:
- deverá ter sempre o apoio dos atiradores de precisão;

4. PA – POSIÇÃO DE ASSALTO:
- após a realização da saída tática( silenciosa ou dinâmica), a célula tática
desloca-se para o andar imediatamente inferior ao da ancoragem, e o líder
reporta ao cmt do Grupo Tático, que a célula tática está em pa – posição de
assalto;

ARTIGO IV – TÉCNICAS DE INFILTRAÇÕES POR MEIO ELEVADO

1. ENTRADA SILENCIOSA COM INVERSÃO:


- o líder executa a técnica da inversão, observa o cômodo, e na ausência de
perigo iminente, sinaliza aos pontas e estes executam a invasão silenciosa;
após dominarem o cômodo, através de comandos por gestos, sinalizam ao
líder para que proceda a invasão;
2. ENTRADA SILENCIOSA COM TOMADA DE ÂNGULO:
- os pontas descem até as laterais da janela ou porta a ser invadida, realizam a
trava no oito, executam a tomada de ângulo, varrem os cantos, sinalizam para o
líder, e juntos procedem a invasão silenciosa;

obs: para esta técnica, o armamento dos pontas será a submetralhadora;

ATENÇÃO: PONTOS PROIBIDOS DE ANCORAGEM


3. ENTRADA DINÂMICA:
- deverá ser realizada sempre com apoio de atiradores de precisão ou
arrombadores; neste caso a célula realiza a invasão tática em conjunto;

4. ENTRADA TÁTICA CONJUGADA COM O GRUPO TÁTICO:


- o líder da célula tática de altura, reporta ao cmt do grupo tático que está em
pa – posição de assalto; ao comando verbal do líder do grupo tático de
pronto-pronto-vai! a célula inicia o assalto;

5. ENTRADA TÁTICA INICIADA POR ARROMBADORES:


- os arrombadores executam a descida através de cordas utilizando aparelhos
de descida autoblocantes, posicionam-se, preparam a carga: o assalto será
iniciado pela detonação da carga explosiva; após a execução da sua missão, os
arrombadores procedem a invasão, com a finalidade de compor a célula tática de
altura que já se encontra no interior do ambiente;

KIT TÁTICO COLETIVO (sugestão)


6. ENTRADA TÁTICA INICIADA POR ATIRADORES DE PRECISÃO:
- quando houver a presença de um “sentinela” armado, ou até mesmo de marginais
de posse de reféns; e a invasão do cômodo somente possa ser executada através de
meio elevado, o assalto será iniciado pelo tiro do sniper;

7. ENTRADA TÁTICA COM APOIO DE HELICÓPTERO:


- quando o acesso ao local da crise somente possa ser feito por meio elevado, a
célula tática poderá ser desembarcada no topo do edifício, ou executar a
infiltração através das seguintes técnicas: fast hope ou rappel;
- a aeronave poderá também auxiliar o processo de exfiltração, através da
técnica do mac guire;
8. PROCESSO DE DESCONEXÃO PÓS-INVASÃO:
A célula adotará os seguintes procedimentos:
- se entrar em combate, no mínimo dos integrantes responderão ao fogo,
dependendo da direção, e o terceiro se possível tentará a desconexão;
- se não entrar em combate, e a ameaça possa vir do centro, o líder executa a
cobertura e os pontas desconectam;
- se a ameaça possa vir da direita ou esquerda, o ponta respectivo realiza a
cobertura e o líder e outro ponta desconectam;
obs: a desconexão deverá ser executada obedecendo a seguinte ordem: abre-se
o mosquetão, inverte-se o freio oito, retira-se a corda, solta-se a sacola tática da
perna; no caso da progressão passar a ser silenciosa, o freio oito deverá ser
acondicionado no bolso, para evitar ruídos provenientes do seu atrito como
mosquetão;

KIT TÁTICO INDIVIDUAL (sugestão)


Anexo 1 - Normas técnicas

1. ANSI – American National Standards Institute, (EUA);


(a) ANSI a 10.14 – 1991: Normaliza Assentos;
2. CE – Comunidade Européia, (EUROPA);
- Divide os EPI(equipamentos de proteção individual), em três categorias:
(a) Categoria 1 – Riscos Menores (Pequenas lesões, radiações solares);
(b) Categoria 2 – Riscos sérios
(c) Categoria 3 – Riscos maiores ou mortais
Obs: Quase todos os equipamentos de resgate estão classificados na categoria três.
(a) EM 1891: Normaliza Cordas
(b) EM 1492: Normaliza Fitas e Cintas
OBS: A união européia determina em sua diretiva 89/1686/CEE, concernente a
EPI (Equipamentos de proteção individual), que estes devem ser certificados com
o símbolo “CE”.

3. NORMAS TÉCNICAS PARA FABRICAÇÃO DE FITAS


DE ANCORAGENS:
CAPACIDADE COR PARA CAP NOMINAL CAPACIDADE CAPACIDADE
(toneladas) (reconheciment (vertical) DUPLA(basket) 90°
o)
1 Violeta 1.000 kg 2.000 kg 1.400 kg
2 Verde 2.000 kg 4.000 kg 2.800 kg
3 Amarelo 3.000 kg 6.000 kg 4.200 kg
4 Cinza 4.000 kg 8.000 kg 5.600 kg
5 Vermelho 5.000 kg 10.000 kg 7.000 kg

4. ISO – Internacional Standard Oganization , (EUROPA);

(a)ISO 9001 – Exige que o fabricante organize e faça funcionar um sistema que
assegure a QUALIDADE para todas as fases do equipamento: Concepção,
desenvolvimento, produção, comercialização, controle e serviço pós – venda.

5. MT-Ministério do Trabalho/ABNT-Associação Brasileira de


Normas Técnicas, (BRASIL);
(a) É Obrigatório uso do cinturão pára-quedista para todo trabalho em altura
superior a 2 metros e que haja risco de queda. Para detenção de queda só é
permitido usar a argola dorsal (costas) ou frontal (peito).
(b)O cinturão e seus componentes devem ser conectados (ancorados) em pontos
que resistam a, no mínimo, 1.500 quilos.
(c)As argolas da cintura só devem ser usadas para posicionar ou limitar a
movimentação do trabalhador (NR-6 e NBR 11370).
(d)Nas movimentações em escadas fixas ou móveis, com altura superior a 2
metros, é obrigatório uso de trava - quedas (NR-6).
(e)É obrigatório uso de trava - quedas em andaimes e cadeiras suspensas. A
sustentação do andaime ou cadeira suspensa deve ser por cabo de aço. O cabo do
trava - quedas pode ser de aço ou material sintético, com resistência superior a 1.500
quilos (NR-6 e NR 18.15).
(f)O ponto de ancoragem deve estar sempre acima do trabalhador. Em extrema
necessidade é permitido usar ponto de ancoragem abaixo do trabalhador
(ancoragem crítica; sendo obrigatório uso de absorvedor de energia e ter
distância livre da queda de no mínimo 7 metros).
(g) Serviços sobre caminhões e vagões devem ser feitos com trava - queda com
cabo retrátil, de comprimento suficiente para uso a partir do solo (NR-6).
(h) Serviços em áreas confinadas devem ser feitos com equipamentos que
garantam conforto e segurança ao trabalhador nas três operações fundamentais
(NR 18.20):
(i) Fácil movimentação de subida/descida;
(j) Proteção contra eventual queda;
(k) Rápido resgate por um só vigia.
(l) É obrigatório uso de trava-quedas nos serviços em telhados, ligado a cabo-guia
ou trilho de aço instalado em local mais alto da estrutura (NR 18.18).

6. NFPA – National Fire Protection Association , (EUA);


(a)NFPA 1983 – edição 2001: Normaliza Ferragens
(b)Norma NFPA 1983 - a carga de uma pessoa é 135 kg e a carga de duas
pessoas 270 kg, portanto deve-se aplicar um fator de segurança estático de 15:1
em cordas e 10:1 em ferragens.

7. OSHA - Ocupational Safety and Health Administration , (EUA);


(a) é um sistema público(secretaria), especializada, e dividida em três setores:
ambiental, de segurança e de saúde ocupacional;

8.UIAA – (União Internacional das Associações de Alpinistas ),


(EUROPA);
(a) sistema independente, possui seu próprio selo; certifica equipamentos de
alpinismo e resgate técnico
Anexo 2 – Da certificação
1. UL(Underwrites Laboratories), EUA;
2. SEI(Safety Equipament Institute), EUA;
3. CA(Certificado de Aprovação) e CRF(Certificado de Registro do
Fabricante), Brasil;
4. INMETRO(Instituto Nacional de Metrologia ), Brasil;
5. FUNDACENTRO;
6. TECPAR(Instituto Tecnológico do Paraná ), Brasil;
7. TÜV(Zertifizierungsgemeinschaft E.V.), Europa;
(a) Generalidades:
Os laboratórios acima testam os equipamentos para determinar a resistência. É
aplicado um fator de segurança estático (FSE), que varia conforme a aplicação
dos equipamentos.
Anexo 3 - Manutenção
1. DA UTILIZAÇÃO
(a)Uso intensivo com velocidade, queima a capa da corda (responsável por 1/3 da
CRE) e limita a vida útil entre 3 meses a 1 ano; uso médio 2 a 3 anos e uso
ocasional, 4 a 5 anos.
Para as ferragens,também deve ser respeitado o prazo máximo de 5 anos de uso.
(b) Cordas de resgate e cordas de emprego operacional, devem ser diferenciadas
por cores, visando a sua identificação imediata.
(c) Ferragens de duralumínio não devem ser utilizadas em conjunto com ferragens
de aço.
2. DA MANUTENÇÃO
(a) Histórico:
Cordas e ferragens devem ter uma ficha, onde depois de cada atividade serão
anotados a data e o tipo de exercício executado.
(b) Inspeção periódica:
Deve ser estabelecido um cronograma de inspeção.
c. Lavagem:
As cordas devem ser lavadas à temperatura de no máximo 40º C, e expostas à
sombra, para o processo de secagem.
3. MODELO DE FICHA DE HISTÓRICO DE CORDAS:
Corda número: Marca:
Côr:
Diâmetro: Modelo:
Data de fabricação: ____/____/____
Data de compra: ____/____/____
Data de estréia: ____/____/____
Data Histórico Obs.
Anexo 4 – Padrões de desempenho
1. CRITÉRIOS SELETIVOS
a) Do policial:
- Ter comprovado treinamento tático policial em organização militar, policial,
ou escolas de treinamento tático de idoneidade conhecida;
- Excelente preparo físico;
- Não ter acrofobia (medo de altura).
b) Da Formação dos Técnicos
- Curso de Operações Especiais ou equivalente;
- Curso de Suporte Básico de Vida ou equivalente.
c) Da Especialização
- Curso de Técnicas em Ambiente Vertical;
- Curso de Auto – Resgate;
- Curso de Resgate em Ambiente Vertical.
2. PADRONIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS:
a. aumento do grau de segurança;
b. facilidade de correção mútua;
c. Quadro de Trabalho(para os técnicos e o grupo);
d. Estudo de Técnicas e Normas;
e. Teste de Equipamentos

Anexo 5 – Instalação de um cabo aéreo


1. DEFINIÇÃO: Cordas ancoradas na horizontal ou inclinadas, com o objetivo de
transpor obstáculos, cuja finalidade é transportar cargas ou pessoas.
2. GENERALIDADES:
a. Devem ser executados por Técnicos Verticais;
b. Demanda tempo para serem preparados;
c. Sobrecarregam todo o sistema, principalmente as ancoragens;
d. Deve-se utilizar polias, no lugar de mosquetões, para evitar atrito
desgastante com a corda.
e. Deve-se utilizar corda estática, com diâmetro de 12,5 mm;
f. Os equipamentos (polias, blocantes, autoblocantes) devem estar
dimensionados para serem utilizados na corda principal;
g. Utilizar somente mosquetões de uso geral, com capacidade mínima de
4000 quilos.

3. DOS PRINCÍPIOS DE INSTALAÇÃO:


a. Nunca se deve tencionar a corda do cabo aéreo, empregando mais força
que duas pessoas(ex: tracionar com viaturas ou veículos);
b. Sempre que possível, instale corda dupla, para aumentar a segurança;
c. O sistema deve ser simples, de fácil visualização, facilitando assim a
tomada de ação corretiva, caso se faça necessário;
d. Realizar se possível, testes com cargas, antes de lançar pessoas
4. TENSÃO NA CORDA

5. RELAÇÃO ENTRE TENSÃO E CARGA:


Grau de Abertura em Graus do Tensão “T” para um Relação Geral
Risco Ângulo “A” Peso F1=F2=90 Kg
Baixo 15° a 75° 45 Kg 1:0,5
90° 67,5 Kg 1:0,75
Médio
120° 90 Kg 1:1
150° 180 g 1:2
Alto
175° 1.080 Kg 1:12
Anexo 6 – Sistemas de redução de carga

1 - SISTEMA DE POLIAS

LAVADOR DE CORDAS
Glossário de termos técnicos
01. Acrofobia - medo de altura;
02. Ambiente vertical – Local do emprego das técnicas, tanto acima, quanto
abaixo da linha da terra (ambientes confinados);
03. Ancoragem - Sistema composto por: Ponto de ancoragem, fitas, mosquetões
e cordeletes de apoio, cujo objetivo é suportar acorda, operador equipado e
vítimas eventuais.
04. Ascensão - Técnicas utilizadas para subidas através da corda;
05. Assento – Os assentos dividem-se em três classes distintas:
- Classe I – São projetados para suportar a carga de uma pessoa;
- Classe II – São projetadas para suportarem cargas de resgate e podem ser
acoplados a um cinto peitoral para formar um cinto da Classe III;
- Classe III – São projetados em uma única pega (cinto peitoral e assento) para
atender à norma NFPA sobre a técnica de inversão.
06. Auto-blocante – Equipamento utilizado em cordas para bloquear movimentos
e multiplicar a força.
07. Auto-resgate – Ação realizada pelo próprio operador, cujo objetivo é livrar-se
de um imprevisto. Reúne-se técnica adequada e equipamento específico.
08. Cabo solteiro – Corda com cinco metros de comprimento, com 12,5 mm de
diâmetro, confeccionada em poliamida; utilizada exclusivamente para a confecção
de assentos improvisados.
09. Certificação – Um equipamento pode atender ou ser certificado de acordo
com uma norma específica. A certificação é feita por um laboratório de testes
independente.
10. Corda dinâmica – Possue alma com fibra trançada e alonga até 60%, quando
atinge a carga de ruptura mínima. Aplicação: escalada.
11. Corda estática – É construída com fibras contínuas e alonga até 20%, quando
atinge a carga de ruptura mínima e 2% para carga nominal. Aplicação: resgate.
12. Corda semi-estática – Alonga até 3% com carga nominal. Aplicação: Rappel.
13. Descenso – Toda técnica que for utilizada para descidas, através de cordas.
14. Duralumínio – Liga metálica constituída de alumínio e magnésio.
15. EPC – Equipamento de proteção coletiva – Todo equipamento destinado ao
uso da equipe de ações táticas em altura.
16. EPI – Equipamento de Proteção Individual – Todo equipamento destinado à
proteção de um componente da equipe.
17. FSE – Fator de Segurança Estático: É a relação existente entre carga de
trabalho (nominal) e carga mínima de ruptura; de acordo com a norma NFPA, o
FSE de cordas é 15:1, o
que significa que a carga mínima de ruptura na posição vertical é 15 vezes maior
que a carga de trabalho; no padrão europeu(CE), o FSE é 10:1.
18. Ferragens – Todo equipamento metálico utilizado nas técnicas verticais.
19. Ferramentas - Engloba os equipamentos macios (cordas, fitas, cordeletes), e
as ferragens (mosquetões, polias, blocantes);
20. Inversão – Técnica do resgate, onde a posição normal do operador é
invertida. Os assentos para essas operações devem ser de Classe II (conjugados
com um cinto peitoral) ou Classe III (completo).
21. Kilo-Newton
a.LEI DE NEWTON:
(1)F (Força) – Todo agente capaz de modificar o estado de movimento de um
corpo. Sua unidade é N - Newton;
(2)M (massa) - Quantidade de matéria existente em um corpo. Sua unidade é o kg
(quilograma);
(3)A (aceleração) – promovida pela gravidade, relativamente constante, é de 9,8
m/s/s ou m/sdois, com uma margem de erro de 2%.
b.NEWTON: É a força necessária para acelerar um corpo de massa 1 kg em
1m/s/s (ou m/s2).
c.FÓRMULA: um Newton equivale à força exercida pela gravidade, em um corpo
de: F:M x A F= 1N.A = 10m/s2/m = 100 gramas.
d.MÚLTIPLO DO NEWTON:
(1) Newton é uma unidade muito pequena, por isso, utilizamos seus múltiplos:
DAN (decanewton) ou KN (quilonewton);
(2) um KN é a força exercida pela gravidade em uma massa de 100 kg,
(exatamente 98 kg);
(3) outra unidade de medida utilizada nos equipamentos é a libra (lb), como
unidade de força.
- 1 libra
- 1000 lbsf (libras força) = 4,4 Kn
22. Macios – Todo equipamento relacionado a cordas fitas, assentos e cordeletes.
23. Normas – Especificações técnicas que objetivam estabelecer padrões de
desempenho para os equipamentos.
24. Poliamida – Fibra sintética desenvolvida pela DU PONT (EUA). Existem dois
tipos: A poliamida 6, e a poliamida 6.6, que possui uma temperatura de fusão 40º c
superior a 6. O ponto de fusão da poliamida 6.6 é de 250º c, perde cerca de 10 a
15% da resistência, quando molhada.
25. Poliéster – Fibra sintética, com alta resistência mesmo quando molhada, boa
resistência à abrasão; ponto de fusão de 250º c; boa resistência a ácidos e outros
produtos químicos, porém não suporta cargas de choque, como a poliamida.
26. Ponto de ancoragem – É o local onde será realizada a ancoragem. A escolha
do local deve ser eleita por um técnico. Exemplos: Vigas estruturais de concreto;
Bases de equipamentos pesados; poços de elevadores, árvores vivas de grande
porte, veículos com (deve-se utilizar eixos ou transmissão; guinchos ou reboques
devem ser evitados, pois podem ter sofrido tensões não registradas.
27. Resgate – Abordagem e retirada de pessoas que estejam incapacitadas de
atingir local seguro por meios próprios.
28. Resgate técnico – Abordagem e retirada de pessoas nas condições acima
(resgate); em locais de difícil acesso ou espaços confinados.
29. Salvamento – Abordagem efetuada por especialista ou não, com objetivo de
prestar atendimento médico; suporte básico ou avançado de vida, a pessoas que
estejam em situações de risco, impedidas de realizarem por meios próprios, os
Primeiro Socorros.
30. Suspensão inerte – O acidente que impede a mobilidade da vítima. Após um
tempo que pode variar de 10 a 15 minutos, a vítima poderá ser acometida de
choque ortostático, ocasionado por má circulação sangüínea.

Referências

1. BIBLIOGRÁFICAS:

A. Apostilas dos cursos Técnicas em Ambiente Vertical e Auto-Segurança em


Escalada, Marumby Montanhismo, Curitiba – PR;
B. Catálogo PETZL de trabalho e resgate profissional, edição 2001, França.
C. Catálogo Beal, normas CE 0120 (EM 1891), (cordas),Edição 1996, França.
D. Catálogo Gunnebo do Brasil, Cintas e Laços, Santo Amaro – SP.

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