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1. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA:
- Não por em risco a própria vida, para salvar a de outrem : - Poderemos
ter duas vítimas!
- Trabalhos verticais exigem a presença de técnicos profissionais; não
devemos sob hipótese alguma, adotarmos improvisações (de material,
de formação e de pessoas).
2. PRINCÍPIO DO RISCO:
- O risco é um elemento intrínseco às nossas atividades. Os equipamentos de
altura estão catalogados como “risco para a vida”, segundo as normas
internacionais. Este conceito não é absoluto, porque em um extremo, temos o
risco mínimo, e em outro extremo o risco máximo; neste último,
encontramos a “zona crítica”, que, para um técnico, será menor, e para um
inexperiente, maior. A resposta para um problema em altura deverá estar longe
da zona crítica, porque ao atuarmos em ambientes verticais, voluntariamente,
estamos assumindo o risco.
3. PRINCÍPIO DO SOBREDIMENSIONAMENTO:
- Utilizar equipamentos com fatores de segurança maior para ampliar a margem
de segurança no trabalho.
4. PRINCÍPIO DA REVISÃO:
- Consiste em inspecionar os sistemas, depois de prontos(nós, travas de
mosquetões, ancoragens), em fases pré-determinadas.
- Um técnico em trabalhos verticais deve estar atento à detalhes: o sentido da
trava do mosquetão; a passagem da corda no freio; etc.
- O acesso às ancoragens deve ser restrito; quando não houver a possibilidade
de isolar o local, deve ser alocado um “segurança” no local.
5. PRINCÍPIO DA SIMPLIFICAÇÃO:
- Os sistemas, ancoragens, nós e técnicas, devem ser os mais simples
possíveis, facilitando assim, a memorização, a instalação, a observação e a
tomada de ação corretiva; devem ser montados no seu local de
trabalho(confecção do nó; conexão do mosquetão de ancoragem com o nó;
acondicionamento da corda na sacola tática; inspeção nos equipamentos), e
nunca no local da ocorrência.
Ferramentas
ARTIGO I - FERRAGENS
PUNHO ASCENSOR
APLICAÇÃO
- para subidas em cordas fixas;
CARACTERISTICAS
- fabricado nas versões esquerdo e direito;
- confeccionado em duralumínio;
- peso 196g;
DADOS TÉCNICOS
- dimensionado para cordas de 8 a 13mm;
- evitar cargas acima de 400kg;
- uso individual.
DESCENSOR AUTOBLOCANTE
APLICAÇÃO
- subida ou descida em cordas fixas com recurso de
autoblocagem;
CARACTERISTICAS
- confeccionado em duralumínio com polias em aço
inoxidável;
DADOS TÉCNICOS
- dimensionado para cordas de 9 a 12 mm;
- o ajuste de velocidade é feito pelo operador;
PLACA DE ANCORAGEM
APLICAÇÃO
- sistema multiplicador de ancoragem;
CARACTERISTICAS
- confeccionada em duralumínio;
- peso 638g;
DADOS TÉCNICOS
- carga de ruptura 45 kN;
FREIO OITO
APLICAÇÃO
- freio de descida;
CARACTERISTICAS
- confeccionado em duralumínio;
- peso 184g;
DADOS TÉCNICOS
- possui orelhas para a confecção da trava de oito;
- carga de ruptura 30 kN;
MALHA RÁPIDA
APLICAÇÃO
- conexão auxiliar em ancoragem;
- conexão do cinto peitoral com o cinto abdominal;
-
CARACTERISTICAS
- confeccionada em aço inoxidável;
- peso 60g;
DADOS TÉCNICOS
- carga de ruptura 25 kN;
DESCENSOR AUTOBLOCANTE
APLICAÇÃO
- descida ou subida em cordas fixas com recurso
de
autoblocagem;
CARACTERISTICAS
- confeccionado em duralumínio, com polias em
aço
inoxidável;
DADOS TÉCNICOS
- dimensionado para cordas de 9 a 12 mm;
- o ajuste de velocidade é feito no punho pelo
operador;
- adapta-se à corda sem a necessidade de retirá-lo
do cinto;
ARTIGO II - MACIOS
CINTO ABDOMINAL
APLICAÇÃO
- resgate e técnicas verticais;
CARACTERISTICAS
- classificado na CLASSE II;
- confeccionado em poliéster, com anéis em aço;
- peso 740/800g;
DADOS TÉCNICOS
- cinto ajustável;
- pode ser conectado a um cinto peitoral, formando
um conjunto CLASSE III(resgate).
CINTO PEITORAL
APLICAÇÃO
- resgate e técnicas verticais;
- técnicas de inversão;
CARACTERISTICAS
- confeccionado em poliéster;
- peso 220g;
DADOS TÉCNICOS
- pode ser conectado a um cinto abdominal,
formando
um conjunto CLASSE III;
FITA DE ANCORAGEM
APLICAÇÃO
- ancoragem;
- auto segurança;
- resgate;
CARACTERISTICAS
- confeccionada em poliéster;
- dimensões: 1, 1,5 e 2 metros;
- peso: 335-387-438g;
DADOS TÉCNICOS
- possui anéis em aço forjado;
- carga de ruptura 35 kN;
LUVA TÁTICA
APLICAÇÃO
- descidas através de corda e resgate;
CARACTERISTICAS
- confeccionada em couro, com reforços na palma
da mão;
- peso 281 g;
DADOS TÉCNICOS
- formato anatômico, facilitando os trabalhos com
cordas, equipamentos e armamento;
CORDA DE USO EM RESGATE
APLICAÇÃO
- resgate;
CARACTERISTICAS
- corda semi-estática; diâmetro de 12,5 mm;
- alongamento 2,9%; peso por metro: 101g;
- confeccionada em poliéster ou poliamida;
DADOS TÉCNICOS
- carga de ruptura: 3.800 Kg
Técnicas verticais
ARTIGO I - NÓS
1. GENERALIDADES:
a.Todo nó implica em perda de resistência estática da corda, portanto devem ser
atados corretamente.
b.Tanto para as ações táticas verticais como para o resgate, devemos utilizar nós
que não necessitem de arremates, e cujo “desenho” seja de fácil visualização.
c.Utilizar somente nós que, quando submetidos à tensão da carga, não possam
ser desfeitos acidentalmente.
2. NOMENCLATURA:
PERDA DE RESISTENCIA
- 36%
DADOS TÉCNICOS
- As pontas devem ter no mínimo
40 cm de sobra;
VOLTA COMPLETA (nº 04)
APLICAÇÃO
- Ancoragem;
PERDA DE RESISTENCIA
PERDA DE RESISTENCIA
- 0% ou 50%
(conforme confecção)
DADOS TÉCNICOS
- Quando confeccionado com uma alça:
figuras “a” e “b”, perde 50%;
- Quando confeccionado com duas alças:
figuras amarelas, não há perda de
resistência;
MEIA VOLTA FIEL (nº 07)
APLICAÇÃO
- segurança;
PERDA DE RESISTENCIA
- 45 a 60%;
DADOS TÉCNICOS
- desliza com cargas acima de 400kg;
- deve ser blocado com alça e contra alça;
- preferencialmente deve-se utilizar
mosquetões HMS;
ANCORAGENS
1. PONTO DE ANCORAGEM
a. Deve ser capaz de suportar grandes cargas (Fator de Queda);
b. Vigas e Colunas oferecem maior segurança;
c. Revisar sempre a ancoragem;
d. Sempre que possível eqüalizar a ancoragem;
Obs: A definição de um ponto de ancoragem, depende muito da experiência do
Técnico em trabalhos verticais, adquirida através da prática, porém, deve
observar as regras acima.
2. FUNDAMENTOS
a. Eqüalizar com no máximo dois pontos de ancoragens (facilita a retirada).
b.Para a NFPA, uma pessoa pesa 135 kg, e o peso de resgate é 270 kg;
c.O fator de segurança estático para uma pessoa é de 10:1, e para duas pessoas
15:1.
3. TABELA DE ÂNGULOS E CARGAS (PADRÃO NFPA)
(PARA DOIS PONTOS DE ANCORAGEM)
SACOLA TÁTICA(sugestão)
ARTIGO III – POSICIONAMENTO DA EQUIPE/FASE PRÉ-ASSALTO
1. PF – POSIÇÃO DE FORMAÇÃO:
- após a conferência, o Líder reporta ao Cmt do Grupo Tático que está em pf
– posição de formação, e aguarda o comando para deslocar a célula até pa
– posição de assalto;
4. PA – POSIÇÃO DE ASSALTO:
- após a realização da saída tática( silenciosa ou dinâmica), a célula tática
desloca-se para o andar imediatamente inferior ao da ancoragem, e o líder
reporta ao cmt do Grupo Tático, que a célula tática está em pa – posição de
assalto;
(a)ISO 9001 – Exige que o fabricante organize e faça funcionar um sistema que
assegure a QUALIDADE para todas as fases do equipamento: Concepção,
desenvolvimento, produção, comercialização, controle e serviço pós – venda.
1 - SISTEMA DE POLIAS
LAVADOR DE CORDAS
Glossário de termos técnicos
01. Acrofobia - medo de altura;
02. Ambiente vertical – Local do emprego das técnicas, tanto acima, quanto
abaixo da linha da terra (ambientes confinados);
03. Ancoragem - Sistema composto por: Ponto de ancoragem, fitas, mosquetões
e cordeletes de apoio, cujo objetivo é suportar acorda, operador equipado e
vítimas eventuais.
04. Ascensão - Técnicas utilizadas para subidas através da corda;
05. Assento – Os assentos dividem-se em três classes distintas:
- Classe I – São projetados para suportar a carga de uma pessoa;
- Classe II – São projetadas para suportarem cargas de resgate e podem ser
acoplados a um cinto peitoral para formar um cinto da Classe III;
- Classe III – São projetados em uma única pega (cinto peitoral e assento) para
atender à norma NFPA sobre a técnica de inversão.
06. Auto-blocante – Equipamento utilizado em cordas para bloquear movimentos
e multiplicar a força.
07. Auto-resgate – Ação realizada pelo próprio operador, cujo objetivo é livrar-se
de um imprevisto. Reúne-se técnica adequada e equipamento específico.
08. Cabo solteiro – Corda com cinco metros de comprimento, com 12,5 mm de
diâmetro, confeccionada em poliamida; utilizada exclusivamente para a confecção
de assentos improvisados.
09. Certificação – Um equipamento pode atender ou ser certificado de acordo
com uma norma específica. A certificação é feita por um laboratório de testes
independente.
10. Corda dinâmica – Possue alma com fibra trançada e alonga até 60%, quando
atinge a carga de ruptura mínima. Aplicação: escalada.
11. Corda estática – É construída com fibras contínuas e alonga até 20%, quando
atinge a carga de ruptura mínima e 2% para carga nominal. Aplicação: resgate.
12. Corda semi-estática – Alonga até 3% com carga nominal. Aplicação: Rappel.
13. Descenso – Toda técnica que for utilizada para descidas, através de cordas.
14. Duralumínio – Liga metálica constituída de alumínio e magnésio.
15. EPC – Equipamento de proteção coletiva – Todo equipamento destinado ao
uso da equipe de ações táticas em altura.
16. EPI – Equipamento de Proteção Individual – Todo equipamento destinado à
proteção de um componente da equipe.
17. FSE – Fator de Segurança Estático: É a relação existente entre carga de
trabalho (nominal) e carga mínima de ruptura; de acordo com a norma NFPA, o
FSE de cordas é 15:1, o
que significa que a carga mínima de ruptura na posição vertical é 15 vezes maior
que a carga de trabalho; no padrão europeu(CE), o FSE é 10:1.
18. Ferragens – Todo equipamento metálico utilizado nas técnicas verticais.
19. Ferramentas - Engloba os equipamentos macios (cordas, fitas, cordeletes), e
as ferragens (mosquetões, polias, blocantes);
20. Inversão – Técnica do resgate, onde a posição normal do operador é
invertida. Os assentos para essas operações devem ser de Classe II (conjugados
com um cinto peitoral) ou Classe III (completo).
21. Kilo-Newton
a.LEI DE NEWTON:
(1)F (Força) – Todo agente capaz de modificar o estado de movimento de um
corpo. Sua unidade é N - Newton;
(2)M (massa) - Quantidade de matéria existente em um corpo. Sua unidade é o kg
(quilograma);
(3)A (aceleração) – promovida pela gravidade, relativamente constante, é de 9,8
m/s/s ou m/sdois, com uma margem de erro de 2%.
b.NEWTON: É a força necessária para acelerar um corpo de massa 1 kg em
1m/s/s (ou m/s2).
c.FÓRMULA: um Newton equivale à força exercida pela gravidade, em um corpo
de: F:M x A F= 1N.A = 10m/s2/m = 100 gramas.
d.MÚLTIPLO DO NEWTON:
(1) Newton é uma unidade muito pequena, por isso, utilizamos seus múltiplos:
DAN (decanewton) ou KN (quilonewton);
(2) um KN é a força exercida pela gravidade em uma massa de 100 kg,
(exatamente 98 kg);
(3) outra unidade de medida utilizada nos equipamentos é a libra (lb), como
unidade de força.
- 1 libra
- 1000 lbsf (libras força) = 4,4 Kn
22. Macios – Todo equipamento relacionado a cordas fitas, assentos e cordeletes.
23. Normas – Especificações técnicas que objetivam estabelecer padrões de
desempenho para os equipamentos.
24. Poliamida – Fibra sintética desenvolvida pela DU PONT (EUA). Existem dois
tipos: A poliamida 6, e a poliamida 6.6, que possui uma temperatura de fusão 40º c
superior a 6. O ponto de fusão da poliamida 6.6 é de 250º c, perde cerca de 10 a
15% da resistência, quando molhada.
25. Poliéster – Fibra sintética, com alta resistência mesmo quando molhada, boa
resistência à abrasão; ponto de fusão de 250º c; boa resistência a ácidos e outros
produtos químicos, porém não suporta cargas de choque, como a poliamida.
26. Ponto de ancoragem – É o local onde será realizada a ancoragem. A escolha
do local deve ser eleita por um técnico. Exemplos: Vigas estruturais de concreto;
Bases de equipamentos pesados; poços de elevadores, árvores vivas de grande
porte, veículos com (deve-se utilizar eixos ou transmissão; guinchos ou reboques
devem ser evitados, pois podem ter sofrido tensões não registradas.
27. Resgate – Abordagem e retirada de pessoas que estejam incapacitadas de
atingir local seguro por meios próprios.
28. Resgate técnico – Abordagem e retirada de pessoas nas condições acima
(resgate); em locais de difícil acesso ou espaços confinados.
29. Salvamento – Abordagem efetuada por especialista ou não, com objetivo de
prestar atendimento médico; suporte básico ou avançado de vida, a pessoas que
estejam em situações de risco, impedidas de realizarem por meios próprios, os
Primeiro Socorros.
30. Suspensão inerte – O acidente que impede a mobilidade da vítima. Após um
tempo que pode variar de 10 a 15 minutos, a vítima poderá ser acometida de
choque ortostático, ocasionado por má circulação sangüínea.
Referências
1. BIBLIOGRÁFICAS: