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SARGENTO FUZILEIRO NAVAL


Preparatório para o Processo Seletivo aos Cursos de Sargentos 2021
CF-SG FN 2025

MATERIAL INTERNO EXCLUSIVO DOS ALUNOS DO PREPARATÓRIO AO PROCESSO SELETIVO.


Proibida a reprodução total ou parcial.

ESTAMOS JUNTOS!

*De acordo com a Portaria nº 904/2020, do CpesFN.

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Apresentação

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O presente trabalho é mais uma realização do Curso


ADSUMUS que tem por finalidade levar aos candidatos do ao
Curso de Habilitação a Sargento Fuzileiro Naval/2021/2025, um
material compacto e completo, contendo todo o conteúdo
bibliográfico estabelecido pela Portaria nº 904/2020, do
CpesFN para o referido processo seletivo.
Alertamos aos nosso alunos que a prova de 2021 conterá um
total de 50 questões, abrangendo todo o conteúdo sugerido,
portanto o candidato não deve se ater em um ou outro item do
programa.
Pelo exposto, consideramos de fundamental importância que
candidato estude com afinco a presente Apostila e participe
ativamente dos simulados que além de oferecer uma grande
quantidade de questões, estará, também, preparando o
candidato psicologicamente para o momento mais importante: a
prova.
Bons estudos e boa prova.

Ailson Carlos Almeida


Curso ADSUMUS

LEMBREM-SE:
"AQUELES QUE ALIMENTAM MUITOS DESEJOS SÃO,
GERALMENTE, DOTADOS DE POUCA FORÇA DE VONTADE.
AQUELES QUE TÊM FORÇA DE VONTADE NÃO SÃO DISPERSIVOS.
PARA CONCENTRAR OS ESFORÇOS NUM DETERMINADO
OBJETIVO FAZ-SE NECESSÁRIO RENUNCIAR A MUITAS OUTRAS
COISAS."

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BIBLIOGRAFIA E PROGRAMA DOS ASSUNTOS DA PROVA DO

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C-Esp-HabSG/2025

1. LEGISLAÇÃO
a) Cerimonial da Marinha (Referência “j”) - Páginas 17 à 41.
I) Considerações Gerais (Título I: Cap. 1 ao Cap. 3); IV) Datas Festivas (Título VII: Cap. 1 e Cap. 2); e
II) Bandeiras (Título II: Cap. 1 ao Cap. 4); V) Honras fúnebres (Título IX: Cap. 1 ao Cap. 3).
III) Honras aos Oficiais de Marinha (Título V: Cap. 1);
b) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (referência “k”) - Página 42.
I) Das Forças Armadas (Título V: Cap. II).
c) Decreto nº 3.897/2001 (Referência “n”) - Páginas 43 à 44.
I) Diretrizes para o Emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem (Art. 1º ao Art. 6º).
d) Decreto nº 6.806/2009 (Referência “o”) - Páginas 45 à 46.
I) Continências (Art. 1º, Art 2º e Art. 3º, Incisos I e II); e
II) Honras Militares (Art. 3º, Inciso III).
e) Estatuto dos Militares (Referência “s”) - Páginas 47 à 63.
I) Disposições Preliminares (Título I: Cap. I); V) Dos Deveres Militares (Título II: Cap. II);
II) Da Hierarquia Militar e da Disciplina (Título I: Cap. III); VI) Da Violação das Obrigações e dos Deveres Militares (Título II: Cap. III);
III) Do Cargo e da Função Militares (Título I: Cap. IV); VII) Dos Direitos (Título III: Cap. I); e
IV) Das Obrigações Militares (Título II: Cap. I); VIII) Das Prerrogativas (Título III: Cap. II).
f) Lei Complementar nº 97/1999 incluindo as alterações pelas Leis - Páginas 64 à 69.
Complementares nº 117/2004 e nº 136/2010 (Referências “p”, “q” e “r”)
I) Disposições Preliminares (Cap. I - alterou para completo); (era somente Art. 1º e Art. 2º)
II) Da Organização (Cap. II - alterou para completo); (era somente Art. 3º ao Art. 11-A)
III) Do Preparo (Cap IV - alterou para completo); (era somente Art. 13 e Art. 14);
IV) Do Emprego (Cap. V - alterou para completo); (era somente Art. 15); e
V) Das Disposições Complementares (Cap. VI, Art. 16 e Art. 17)

g) Ordenança Geral para o Serviço da Armada (Referência “l”) - Páginas 70 à 78.


I) Conceituação das Forças (Título I: Cap. 1);
II) Disposições Gerais (Título II: Cap. 1);
III) Embarque e Distribuição de Praças (Título III: Cap. 3);
IV) Disposições Gerais (Título IV: Cap. 1);
V) Deveres das Praças (Título IV: Cap. 4); e
VI) Serviços de Praças (Título VIII: Cap. 1 ao Cap. 3).
h) Regulamento Disciplinar para a Marinha (Referência “m”) - Páginas 79 à 90.
I) Generalidades (Título I: Cap. I ao Cap. III); IV) Da Parte, Prisão Imediata e Recursos (Título IV: Cap. I ao Cap. II); e
II) Das Contravenções Disciplinares (Título II: Cap. I ao Cap. II); V) Disposições Gerais (Título V).
III) Das Penas Disciplinares (Título III: Cap. I ao Cap. VII);

2. MANUAL DO FUZILEIRO NAVAL – (Referência “e”) - Páginas 93 à 168.

a) Histórico dos Fuzileiros Navais (Cap. 1)


I) Antecedentes (Art. 1.1); III) Segunda Fase (Art. 1.3); e
II) Primeira Fase (Art. 1.2); IV) Terceira Fase (Art. 1.4).

b) Tradições Navais (Cap. 2)


I) Generalidade (Art. 2.1); VII) Dar o Pronto da Execução de Ordem Recebida (Inciso 2.5.4);
II) A Gente de Bordo (Art. 2.2); VIII) Uniformes a bordo (Inciso 2.5.5);
III) Procedimentos Rotineiros (Art. 2.5); IX) A Linguagem do Mar (Art. 2.9); e
IV) Saudação entre Militares (Inciso 2.5.1); X) O Navio e as Posições Relativas a Bordo (Inciso 2.9.1); e
V) Saudar o Oficial de Serviço (Inciso 2.5.2); XI) Expressões do Cotidiano (Inciso 2.9.2).
VI) Saudar o Pavilhão Nacional (Inciso 2.5.3);

c) Hierarquia, Disciplina e Cortesia (Cap. 3)


I) Hierarquia e Disciplina (Art. 3.1); - incluiu III) Procedimento do Fuzileiro Naval em Diversas Situações
II) Cortesia Militar (Art. 3.2); e - incluiu (Art. 3.3). - incluiu.

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d) Direito da Guerra (Cap. 6)

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I) Normas Fundamentais (Art. 6.2); IX) Respeitar e Proteger os Civis (Inciso 6.2.8);
II) Responsabilidade pela Observância (Inciso 6.2.1); X) Respeitar o Pessoal, os Veículos e as Instalações do
III) Evitar Sofrimentos Inúteis (Inciso 6.2.2); Serviço de Saúde Militar ou Civil e da Cruz Vermelha
IV) Limitar os Danos e Destruições (Inciso 6.2.3); (Inciso 6.2.9);
V) Atacar Somente Objetivos Militares (Inciso 6.2.4); XI) Regras de Comportamento (Inciso 6.3);
VI) Lutar só Contra Combatentes (Inciso 6.2.5); XII) Em Relação aos Combatentes Inimigos (Inciso 6.3.1);
VII) Respeitar os Combatentes Inimigos que se Renderem XIII) Com Relação aos Civis (Inciso 6.3.2);
(Inciso 6.2.6); XIV) Outras Normas (Inciso 6.3.3); e
VIII) Proteger os Combatentes Inimigo Feridos, Doentes ou XV) Sinais Convencionais (Art. 6.4).
Fora de Ação (Inciso 6.2.7);

e) Organização (Cap. 8)
I) Organização do Comando da Marinha (Art. 8.3); V) Divisão Anfíbia (Art. 8.7);
II) Comando de Operações Navais (Art. 8.4); VI) Tropa de Reforço (Art. 8.8);
III) Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (Art. 8.5); VII) Fuzileiros Navais nos Distritos Navais (Art. 8.9); e
IV) Força de Fuzileiros da Esquadra (Art. 8.6); VIII) OM de Instrução e Adestramento do CFN (Art. 8.11).

f) Condicionamento Físico (Cap. 11)


I) Generalidade (Art.11.1); e II) Orientações (Art. 11.2).

g) Equipagens Individuais (Cap. 13)


I) Generalidade (Art.13.1); V) Equipagem Individual para Fuzil (EIF) (Inciso 13.3.3);
II) Construções das equipagens (Art. 13.3); VI) Equipagem Individual para Pistola 9mm (EIP) (Inciso 13.3.4); e
III) Equipagem Individual Básica de Combate (EIBC) (Inciso 13.3.1); VII) Cuidados com a Equipagem (Art. 13.6).
IV) Equipagem Suplementar de Combate (ESC) (Inciso 13.3.2);

h) Higiene e Profilaxia das Doenças Infecto-Contagiosas (Cap. 14)


I) Higiene em Campanha (Art. 14.3).

i) Primeiros socorros (Cap. 15)


I) Generalidades (Art. 15.1); XII) Reanimação Cardiopulmonar – RCP (Inciso 15.3.2);
II) Emergência (Inciso 15.1.1); XIII) Proteção de Ferimentos (Inciso 15.3.3);
III) Urgência (Inciso 15.1.2); XIV) Animais e Plantas Venenosas (Art. 15.5);
IV) Princípios Gerais (Inciso 15.2); XV) Picadas de Cobra (Inciso 15.5.1);
V) Vias Aéreas com Controle da Vertebral (Porção Cervical) XVI) Plantas Venenosas (Inciso 15.5.2);
(Inciso 15.2.1); XVII) Caravelas ou águas vivas (Inciso 15.5.3);
VI) Respiração e Ventilação (Inciso 15.2.2); XVIII) Picadas de Insetos (Inciso 15.5.4);
VII) Circulação com Controle da Hemorragia (Inciso 15.2.3); XIX) Picadas de Aranhas e Escorpiões (Inciso 15.5.5);
VIII) Incapacidade (Avaliação Neurológica) (Inciso 15.2.4); XX) Acidentes por Agentes Físicos (Art. 15.6);
IX) Exposição e Exame (Inciso 15.2.5); XXI) Choque Elétrico (Inciso 15.6.5);
X) Regras Básicas (Art. 15.3); XXII) Envenenamento por Monóxido de Carbono (Inciso 15.6.6); e
XI) Parar a Hemorragia (Inciso 15.3.1); XXIII) Afogamento (Inciso 15.6.7).

j) Navegação terrestre (Cap. 16)


I) Generalidades (Art. 16.1); XII) Contra-Azimutes (Inciso 16.8.3);
II) Cartas (Art. 16.2); XIII) Bússola (Art. 16.9);
III) Convenções Cartográficas (Art. 16.4); XIV) Medida de um Azimute (Inciso 16.9.4);
IV) Representação do Relevo (Art. 16.5); XV) Medida de um Contra-Azimute (Inciso 16.9.5);
V) Escala da Carta (Art. 16.6); XVI) Marcha Segundo um Azimute (Inciso 16.9.6);
VI) Escala Numérica (Inciso 16.6.1); XVII) Orientação da Carta (Art. 16.10);
VII) Escala Gráfica (Inciso 16.6.2); XVIII) Como Trabalhar com a Carta e a Bússola (Art. 16.11);
VIII) Designação de Pontos na Carta (Art. 16.7); XIX) Determinação do Azimute dos Elementos Representados na
IX) Determinação das Direções (Art. 16.8); Carta (Inciso 16.11.1);
X) Direções-base (Inciso 16.8.1); XX) Determinação do Ponto Estação (Inciso 16.11.2); e
XI) Azimutes (Inciso 16.8.2); XXI) Giro do Horizonte (Art. 16.13).

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k) Armamento do CFN (Cap. 17)

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I) Definições Básicas (Art. 17.1); XXIV) Características (Inciso 17.6.1);


II) Arma ou Lançador (Inciso 17.1.1); XXV) Metralhadora 7,62mm, Mod B 60-20, MAG (Art.
III) Munição (Inciso 17.1.2); 17.7);
IV) Armamento (Inciso 17.1.3); XXVI) Características (Inciso 17.7.1);
V) Raias (Inciso 17.1.4); XXVII) Pistola 9mm PT92-BERETTA (Art. 17.8);
VI) Cheio (Inciso 17.1.5); XXVIII) Características (Inciso 17.8.1);
VII) Calibre (Inciso 17.1.6); XXIX) Submetralhadora 9mm TAURUS (Art. 17.9);
VIII) Velocidade Teórica de Tiro (Inciso 17.1.7); XXX) Características (Inciso 17.9.1);
IX) Velocidade Prática de Tiro (Inciso 17.1.8); XXXI) Metralhadora 12,7mm (.50) HB M2 QCB BROWNING
X) Alcance Máximo (Inciso 17.1.9); (Art.17.10);
XI) Alcance Útil (Inciso 17.1.10); XXXII) Características (Inciso 17.10.1);
XII) Cadência de Tiro (Inciso 17.1.11); XXXIII) Espingarda 18,6mm (CAL 12) MOSSBERG (Art. 17.11);
XIII) Ciclo de Funcionamento de uma Arma (Inciso 17.1.12); XXXIV)Características (Inciso 17.11.1);
XIV) Generalidades Sobre as Armas Leves (Art. 17.2); XXXV) Lança-Granada 40mm M203 (Art. 17.12);
XV) Armas Leves (Inciso 17.2.1); XXXVI)Características (Inciso 17.12.1);
XVI) Classificação (Inciso 17.2.2); XXXVII)AT-4 (Art. 17.13);
XVII) Fuzil de Assalto 5,56mm M16A2, Mod 705 (Art. 17.3); XXXVIII)Características (Inciso 17.13.1);
XVIII) Características (Inciso 17.3.1); XXXIX)Generalidades Sobre as Armas Pesadas (Art.17.16);
XIX) Fuzil Automático 7,62mm M964 FAL (Art. 17.4); XL) Generalidades (Inciso 17.16.1);
XX) Características (Inciso 17.4.1); XLI) Características dos Morteiros, Canhões e Obuseiros
XXI) Fuzil Metralhadora 7,62mm M964 FAP (Art. 17.5); (Inciso 17.16.2); e
XXII) Características (Inceiso 17.5.1); XLII) Classificação do Armamento Pesado (Inciso 17.16.3).
XXIII) Metralhadora 5,56mm, MINIMI (Art. 17.6);

l) Medidas de Proteção (Cap. 18)


I) Generalidades (Art. 18.1); VI) Obstáculos (Inciso 18.2.4);
II) Fortificações de Campanha (Art. 18.2); VII) Camuflagem (Art. 18.3);
III) Limpeza dos Campos de Tiro (Inciso 18.2.1); VIII) Processos de Camuflagem (Inciso 18.3.1); e
IV) Espaldões (Inciso 18.2.2); IX) Exigências Fundamentais da Camuflagem (Inciso 18.3.2).
V) Abrigos (Inciso 18.2.3);

m) Introdução às Operações Anfíbias (Cap. 19)


I) Meios Empregados (Art. 19.4); IV) Atividades a Bordo (Inciso 19.5.1);
II) Movimento Navio-para-Terra (Inciso 19.4.1); V) Pelotão do Navio (Inciso 19.5.2); e
III) Vida a Bordo (Art. 19.5); VI) Conduta a Bordo (Inciso 19.5.3).

3. MANUAL BÁSICO DO COMBATENTE ANFÍBIO – (Referência “f”)- Páginas 171 à 253.

a) Características de uma Área de Operações (Cap. 2) XII) Clima (Inciso 2.3.1);


I) Aspectos Militares do Terreno (Art. 2.2); XIII) Condições Meteorológicas (Inciso 2.3.2);
II) Conceituação dos Aspectos Táticos (Inciso 2.2.1); XIV) Aspecto Astronômicos (Inciso 2.3.3);
III) Formas Básicas do Terreno (Inciso 2.2.2); XV) Influência do Terreno e nas Condições Climáticas e
IV) Classificação do Terreno (Inciso 2.2.3); Meteorológicas nas Operações Militares (Art. 2.4);
V) Compartimentação do Terreno (Inciso 2.2.5); XVI) Trafegabilidade (Inciso 2.4.1);
VI) Natureza do Solo (Inciso 2.2.6); XVII)Visibilidade (Inciso 2.4.2);
VII) Cursos d’água (Inciso 2.2.7); XVIII)Desempenho Operacional do Pessoal e Material (Inciso
VIII) Vegetação (Inciso 2.2.8); 2.4.3);
IX) Construções e instalações (Inciso 2.2.9); e XIX) Emprego de Fumígenos (Inciso 2.4.4); e
X) Vias de Transporte (Inciso 2.2.10); XX) Lançamento de Pára-quedistas (Inciso 2.4.5);
XI) Condições Climáticas, Meteorológicas e Aspectos
Astronômicos (Art. 2.3);

b) Operações Anfíbias (Cap. 4)


I) Generalidades (Art. 4.1); VI) Retirada Anfíbia (Inciso 4.2.4);
II) Modalidades de Operações Anfíbias (Art. 4.2); VII) Propósito das Operações Anfíbias (Art. 4.3);
III) Assalto Anfíbio (AssAnf) (Inciso 4.2.1); VIII) AssAnf (Inciso 4.3.1);
IV) Incursão Anfíbia (IncAnf) (Inciso 4.2.2); IX) IncAnf (Inciso 4.3.2);
V) Demonstração Anfíbia (Inciso 4.2.3); X) Demonstração Anfíbia (Inciso 4.3.3);

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XI) Retirada Anfíbia (Inciso 4.3.4); XXII) Categorias de Desembarque (Inciso 4.5.4);

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XII) Fases das Operações Anfíbias (Art. 4.4); XXIII) Desembarque dos Elementos de Assalto (Art. 4.6);
XIII) Planejamento (Inciso 4.4.1); XXIV) Tarefas Iniciais dos Elementos de Assalto (Inciso 4.6.1);
XIV) Embarque (Inciso 4.4.2); XXV) Conquista dos Objetivos Iniciais (Inciso 4.6.2);
XV) Ensaio (Inciso 4.4.3); XXVI) Prosseguimento das Ações (Inciso 4.6.3);
XVI) Travessia (Inciso 4.4.4); XXVII) Ações em Terra (Art. 4.7);
XVII) Assalto (Inciso 4.4.5); XXVIII) Grupo de Combate e Esquadra de Tiro na Fase do
XVIII) MNT por Superfície e por Helicópteros (Art. 4.5); Assalto (Art. 4.10);
XIX) Períodos (Inciso 4.5.1); XXIX) Equipe de Embarcação de Desembarque ( Inciso 4.10.1);
XX) Organização (Inciso 4.5.2); XXX) Equipe de Embarcação de VtrAnf (Inciso 4.10.7); e
XXI) Números-Série (Inciso 4.5.3); XXXI) Heliequipe (Inciso 4.10.8).

c) Operações Terrestres (Cap. 5)


I) Generalidades (Art. 5.1); XI) Classificação das Operações Defensivas (Inciso 5.5.1);
II) Operações Ofensivas (Art. 5.2); XII) Fundamentos da Defensiva (Inciso 5.5.2);
III) Fases da Ofensiva (Inciso 5.2.1); XIII) Organização de uma Área de Defesa (Inciso 5.5.3);
IV) Tipos de Operações Ofensivas (Inciso 5.2.2); XIV) Formas de Manobra Tática Defensiva (Inciso 5.5.4);
V) Formas de Manobra Táticas Ofensivas (Inciso 5.2.3); XV) Outras Operações (Art. 5.6);
VI) Operações Ofensivas em Condições Especiais (Art. 5.4); XVI) Operação de Junção (Inciso 5.6.1);
VII) Ataque a uma Área Edificada (Inciso 5.4.1); XVII) Operações de Substituição (Inciso 5.6.2);
VIII) Ataque a uma Área Fortificada (Inciso 5.4.2); XVIII) Segurança da Área de Retaguarda (SEGAR) (Inciso 5.6.3); e
IX) Transposição de Cursos de Água (Inciso 5.4.3); XIX) Despistamento (Inciso 5.6.4);
X) Operações Defensivas (Art. 5.5);

d) O Grupo de Combate e a Esquadra de Tiro (Cap. 6)


I) Finalidade e Organização (Art. 6.2); XI) Fogos dos Fuzis de Assalto e das Armas Automáticas e
II) Tarefas Individuais (Inciso 6.2.1); seus Efeitos (Inciso 6.5.2);
III) Armamento (Art. 6.3); XII) Lançador de granadas 40mm M 203 (Art. 6.6);
IV) Apoio de Fogo para o GC (Art. 6.4); XIII) Emprego (Inciso 6.6.1);
V) Apoio do PelFuzNav (Inciso 6.4.1); XIV) Formações de Combate (Art. 6.9);
VI) Apoio da Companhia de Fuzileiros Navais (CiaFuzNav) (Inciso 6.4.2); XV) Formações Básicas da ET (Alínea a do inciso 6.9.1);
VII) Apoio do Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais XVI) Sinais (Art. 6.10);
(BtlInfFuzNav) (Inciso 6.4.3); XVII) Apito (Inciso 6.10.1);
VIII) Outros Apoios (Inciso 6.4.4); XVIII) Sinais Especiais (Inciso 6.10.2); e
IX) Técnica de Tiro (Art. 6.5); XIX) Gestos (Inciso 6.10.3)
X) Determinação de Distâncias (Inciso 6.5.1);

e) Operações Sob Condições de Visibilidade Reduzida (Cap. 7)


I) Tipos de Ataque Noturno (Art. 7.4); XII) Linha Provável de Desenvolvimento (LPD) (Inciso 7.6.6);
II) Ataques Iluminados (Inciso 7.4.1); XIII) Objetivo (Obj) (Inciso 7.6.7);
III) Ataques Nao Iluminados (Inciso 7.4.2); XIV) Linha Limite de Progressão (LLP) (Inciso 7.6.8);
IV) Ataques Apoiados (Inciso 7.4.3); XV) Direção de Ataque (Inciso 7.6.9);
V) Ataques Nao Apoiados (Inciso 7.4.4); XVI) Preparação para o Ataque Noturno (Art. 7.7);
VI) Características do Ataque Noturno (Art. 7.5); XVII) Execução do Ataque Noturno (Art. 7.8);
VII) Medidas de Coordenação e Controle (Art. 7.6); XVIII) Progressao até o PLibGC (Inciso 7.8.1);
VIII) Hora do Ataque (Inciso 7.6.1); XIX) Progressao do PLibGC até a LPD (Inciso 7.8.2);
IX) Posição de Ataque (PAtq) (Inciso 7.6.2); XX) Assalto (Inciso 7.8.3); e
X) Linha de Partida (LP) (Inciso 7.6.4); XXI) Consolidaçao e reorganizaçao (Inciso 7.8.4).
XI) Pontos de Liberação (PLib) (Inciso 7.6.5);

f) Patrulhas (Cap. 8)
I) Generalidades (Art. 8.1); X) Recebimento da Missão (Inciso 8.4.1);
II) Definição (Inciso 8.1.1); XI) Normas de Comando (Inciso 8.4.2);
III) Classificação das Patrulhas (Inciso 8.1.2); XII) Execução da Patrulha (Art. 8.5);
IV) Organização (Art. 8.2); XIII) Formações da Patrulha (Inciso 8.5.1);
V) Funções Individuais em uma Patrulha (Art. 8.3); XIV) Técnicas de Movimento (Inciso 8.5.2);
VI) Funções Básicas (Inciso 8.3.1); XV) Medidas de Controle de Movimento (Inciso 8.5.3);
VII) Outras Funções (Inciso 8.3.2); XVI) Saída das Linhas Amigas (Inciso 8.5.4);
VIII) Tarefas e Responsabilidades Comuns a todos os XVII) Medidas de Controle da Patrulha (Inciso 8.5.5);
Componentes da Patrulha (Inciso 8.3.3); XVIII) Navegação (Inciso 8.5.6);
IX) Preparativos (Art. 8.4); XIX) Segurança (Inciso 8.5.7);
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XX) Regiões Perigosas (Inciso 8.5.8); XXVII) Generalidades (Inciso 8.8.1);

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XXI) Ações Imediatas em Contato com o Inimigo (Inciso 8.5.9); XXVIII) Seleção dos Meios de Transmissão dos
XXII) Patrulhas de Reconhecimento (Art. 8.6); Conhecimentos (Inciso 8.8.2);
XXIII) Generalidades (Inciso 8.6.1); XXIX) Documentos Capturados (Inciso 8.8.3);
XXIV) Patrulhas de Combate (Art. 8.7); XXX) Relatório da Patrulha (Inciso 8.8.4); e
XXV) Generalidades (Inciso 8.7.1); XXXI) Crítica (Art. 8.9).
XXVI) Informações e Relatórios (Art. 8.8);

g) Marchas e Estacionamentos (Cap. 9)


I) Generalidades (Art. 9.1); IX) Recomendações Gerais (Inciso 9.2.10);
II) Marchas a pé (Art. 9.2); X) Marcha Autorizada (Art. 9.3);
III) Tipos de Marchas a pé (Inciso 9.2.1); XI) Organização da Coluna Motorizada (Inciso 9.3.1);
IV Velocidade de Marcha (Inciso 9.2.3); XII) Formação na Coluna Motorizada (Inciso 9.3.4);
V) Altos nas Marchas a pé (Inciso 9.2.6); XIII) Altos nas Marchas Motorizados (Inciso 9.3.5);
VI) Duração das Marchas (Inciso 9.2.7); XIV) Estacionamentos (Art. 9.4);
VII) Disciplina de Marcha (Inciso 9.2.8); XV) Tipos de Estacionamento (Inciso 9.4.1); e
VIII) O pé e sua proteção (Inciso 9.2.9); XVI) Procedimento em um Estacionamento (Inciso 9.4.2).

h) Apoio de Fogo (Cap. 10)


I) Generalidades (Art. 10.1); IV) Apoio Aéreo Ofensivo (Inciso 10.2.2);
II) Armas de Apoio (Art. 10.2); V) Apoio de Artilharia (Inciso 10.2.3); e
III) Apoio de Fogo Naval (AFN) (Inciso 10.2.1); VI) Centro de Coordenação de Apoio de Fogo (CCAF) (Art. 10.4).

i) Defesa Contra Agentes Químicos (Cap. 14)


I) Generalidades (Art. 14.1); VI) Classificação Quanto ao Emprego Tático (Inciso 14.4.3);
II) Agentes Químicos (Art. 14.2); VII) Classificação Fisiológica (Inciso 14.4.4);
III) Classificação dos Agentes Químicos (Art. 14.4); VIII) Outros Agentes (Inciso 14.4.5);
IV) Classificação Quanto ao Estado Físico (Inciso 14.4.1); IX) Descontaminação (Art. 14.6); e
V) Classificação Básica (Inciso 14.4.2); X) Agentes Descontaminação Naturais (Inciso 14.6.1).

j) Comunicações (Cap. 15)


I) Meios de Comunicações (Art. 15.2); VI) Procedimentos Fonia (Inciso 15.7); - incluiu
II) Meio Ótico (Inciso 15.2.1); VII)Alfabeto fonético naval (Inciso 15.7.1); - incluiu
III) Meio Acústico (Inciso 15.2.2); VIII) Algarismos (Inciso 15.7.2); e - incluiu
IV) Meio Elétrico (Inciso 15.2.3);e IX) Expressões do procedimento fonia (Inciso 15.7.3). incluiu
V) Meio Postal (Inciso 15.2.4);

k) Apoio Logístico (Cap. 16)


I) Generalidades (Art. 16.1); VII) Apoio de Abastecimento (Art. 16.6);
II) Conceitos (Art. 16.2); VIII) Suprimentos (Inciso 16.6.1);
III) Apoio de Serviço ao Combate (ApSvCmb ) (Inciso 16.2.2); IX) Desembarque de Suprimentos (Inciso 16.6.2);
IV) Apoio Logístico nas OpAnf (Art. 16.5); X) Processos de Distribuição de Suprimentos (Inciso 16.6.3); e
V) Estrutura de ApSvCmb da ForDbq (Inciso 16.5.1); XI) Apoio de Saúde no Assalto Anfíbio (Art. 16.7).
VI) O Apoio Logístico durante as Fases de uma OpAnf (Inciso 16.5.2);

4. MANUAL DO PELOTÃO DE INFANTARIA DE FUZILEIROS NAVAIS – (Referência “h”) - Páginas 257 à 299.

a) Organização do Pelotão de Fuzileiros Navais (Cap. 1)


I) O Pelotão de Fuzileiros Navais (Item 0101); III) A Esquadra de Tiro (ET) (Item 0103).
II) O Grupo de Combate (GC) (Item 0102); e
b) Formações de Combate e seus Empregos (Cap. 2)
I) Generalidades (Item 0201); III) Formações do Grupo de Combate (Item 0203); e
II) Formações do Pelotão de Fuzileiros Navais (Item 0202); IV) Formações da Esquadra de Tiro (Item 0204).

c) Atividades de Inteligência no PelFuzNav (Cap. 4);


I) Generalidades (Item 0401); III) Contra-Inteligência (Item 0403).
II) Busca de Dados (Item 0402); e

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d) Marcha para o Combate (Cap. 6);

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I) Generalidades (Item 0601); V) Postos Avançados durante os Altos (Item 0605);


II) Vanguarda (Item 0602); VI) O Pelotão na Vanguarda Desdobrada (Item 0606); e
III) Flancoguarda (Item 0603); VII) Medidas de Coordenação e Controle (Item 0607).
IV) Retaguarda (Item 0604);
e) Ataque Coordenado (Cap. 7);
I) Fases do Ataque (Item 0701); IV) Fases da Continuação (Item 0704);
II) Fases da Preparação (Item 0702); V) Reserva (Item 0705); e
III) Fases da Execução (Item 0703); VI) Medidas de Coordenação e Controle (Item 0706);

f) Operações Sob Condições de Visibilidade Reduzida (Cap. 8);


I) O Pelotão de Fuzileiros Navais no Ataque Noturno (Item 0801); e II) Medidas de Coordenação e Controle (Item 0802).

g) O PelFuzNav no Assalto Anfíbio (Cap. 9)


I) O Pelotão de Fuzileiros Navais na Fase do Planejamento (Item 0901); IV) O Pelotão de Fuzileiros Navais na Fase do Travessia (Item 0904); e
II) O Pelotão de Fuzileiros Navais na Fase do Embarque (Item 0902); V) O Pelotão de Fuzileiros Navais na Fase do Assalto (Item 0905).
III) O Pelotão de Fuzileiros Navais na Fase do Ensaio (Item 0903);

h) Defesa de Área (Cap. 10);


I) O Pelotão de Fuzileiros Navais em 1º Escalão (Item 1001); IV) Postos Avançados de Combate (Item 1005); e
II) O Pelotão de Fuzileiros Navais na Reserva (Item 1002); V) Conduta na Defesa (Item 1006).
III) Medidas de Coordenação e Controle (Item 1003);

5. MANUAL BÁSICO DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS –


(Referência “a”) - Páginas 303 à 319.

a) Guerra, Conflito, Poder e Funções de Combate (Cap. 1)


I) Estilos de Condução dos Conflitos (Art. 1.3); IV) A Guerra de Manobra ( Inciso 1.3.3); e
II) Considerações Iniciais (Inciso 1.3.1); V) Poder de Combate (Art. 1.4).
III) A Guerra de Atrito ( Inciso 1.3.2);

b) Os Fuzileiros Navais (Cap. 2)


I) Corpo de Fuzileiros Navais (Art. 2.1); VI) Atividades de Fuzileiros Navais (Art. 2.14);
II) Caráter Naval e Anfíbio (Art. 2.2); VII) Atividades de Combate (Cmb) ( Inciso 2.14.1);
III) Eixos Estruturantes (Art. 2.3); VIII) Atividades de Apoio ao Combate (ApCmb) ( Inciso 2.14.2); e
IV) Conjugado Anfíbio (Art. 2.4); IX) Atividades de ApSvCmb ( Inciso 2.14.3);
V) Caráter Expedicionário (Art. 2.5);

c) Guerra de Manobra (Cap. 3)


I) Generalidades (Art. 3.1); VII) Atribuição de Tarefa pelo Efeito Desejado (Art. 3.7);
II) O Ciclo OODA (Art. 3.2); VIII) Ação Ditada pelo Reconhecimento (Art. 3.8);
III) Centro de Gravidade (Art. 3.3); IX) Armas Combinadas (Art. 3.9);
IV) Vulnerabilidade Crítica (Art. 3.4); X) Intenção do Comandante (Art. 3.10); e
V) Superfícies e Brechas (Art. 3.5); XI) A Execução da Guerra de Manobra (Art. 3.11).
VI) Foco de Esforço, Ponto Focal de Esforço e Esforço Principal (Art. 3.6);

d) Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (Cap.4).


I) Generalidades (Art. 4.1); IX) Apoios Externos ao GptOpFuzNav ( Inciso 4.2.7);
II) Estrutura Básica dos GptOpFuzNav (Art. 4.2); X) Preponderância de Esforços entre os Componentes ( Inciso 4.2.8);
III) Componente de Comando (CCmdo) ( Inciso 4.2.1); XI) Tipos de GptOpFuzNav (Art. 4.3);
IV) Componente de Combate Terrestre (CCT) ( Inciso 4.2.2); XII) Brigada Anfíbia (BAnf) ( Inciso 4.3.1);
V) Componente de Combate Aéreo (CCA) ( Inciso 4.2.3); XIII) Unidade Anfíbia (UAnf) ( Inciso 4.3.2);
VI) Componente de Apoio de Serviços ao Combate (CASC) ( Inciso 4.2.4); XIV) Elemento Anfíbio (ElmAnf) ( Inciso 4.3.3); e
VII) Acúmulo de Funções de Comando de Componente ( Inciso 4.2.5); XV) Os GptOpFuzNav e a Guerra de Manobra (Art. 4.8).
VIII) Outros Elementos ( Inciso 4.2.6);

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6. MANUAL DE OPERAÇÕES MILITARES EM AMBIENTE URBANO DOS

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FUZILEIROS NAVAIS – (Referência “d”) - Páginas 323 à 332.


a) Generalidades (Cap. 1)
I) Introdução (Art. 1.1).

b) Ações em Áreas Urbanas (Cap. 5)


I) Ações ofensivas em Áreas Urbanas (Art. 5.5); IV) Características do Combate em Área Urbana ( Inciso
II) Fases ( Inciso 5.5.1); 5.6.1); e
III) Ações defensivas em Áreas Urbanas (Art. 5.6); V) Técnicas e Procedimentos Especiais (Art. 5.7)

c) Outras Considerações (Cap. 8)


I) Ensinamentos Adquiridos (Art. 8.1); e III) Orientações para o Emprego das REC ( Inciso 8.2.1).
II) Regras de Comportamento e Engajamento (Art. 8.2); e

7. MANUAL DE OPERAÇÕES DE PAZ DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE


FUZILEIROS NAVAIS – (Referência “b”) - Páginas 335 à 342.

a) As Operações de Paz, sua Estrutura e Tipificação (Cap. 2)


I) Conceito (Art. 2.1); VIII) Manutenção da Paz (Art. 2.4);
II) Denominação e Estrutura de uma Operação de Paz (Art. 2.2); IX) Imposição da Paz (Art. 2.5);
III) Denominação ( Inciso 2.2.1); X) Diferenças Básicas entre Imposição e Manutenção da Paz (Art. 2.6);
IV) Composição ( Inciso 2.2.2); XI) Consentimento ( Inciso 2.6.1);
V) Instrumentos Utilizados pela ONU (Art. 2.3); XII) Emprego da Força ( Inciso 2.6.2); e
VI) Instrumentos Principais ( Inciso 2.3.1); XIII) Imparcialidade ( Inciso 2.6.3).
VII) Outros Instrumentos (Inciso 2.3.2);

b) O Batalhão de Proteção e outros GptOpFuzNav nas Operações de Paz (Cap. 8)


I) Generalidades (Art. 8.1); III) Outros GptOpFuzNav em Operações de Paz (Art. 8.4).
II) O Batalhão de Proteção (Art. 8.2); e

8. MANUAL DE OPERAÇÕES DE EVACUAÇÃO DE NÃO-COMBATENTES DE


FUZILEIROS NAVAIS – (Referência “c”) - Páginas 345 à 346.
a) Considerações Iniciais (Cap.1)
I) Generalidades (Art. 1.1); IV) Tipos de Ambiente Operacional (Art. 1.4);
II) Enquadramento e Especificidades das Operações de V) Permissivo (Inciso 1.4.1); e
Evacuação de Não-Combatentes (Art. 1.2); VI) Hostil (Inciso 1.4.2).
III) Diferença entre ENC e Incursão Anfíbia (Art. 1.3);

9. MANUAL DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS DE FUZILEIROS NAVAIS – (Referência “g”)- Páginas 349 à 358
a) Distúrbios (Cap.1)
I) Generalidades (Art. 1.1); IX) Força Mínima (Inciso 1.2.7);
II) Conceitos Básicos (Art. 1.2); X) Manifestação (Inciso 1.2.8);
III) Agente de Pertubação da Ordem Pública (Inciso 1.2.1); XI) Aglomeração (Inciso 1.2.9);
IV) Ato Ameaçador (Inciso 1.2.2); XII) Multidão (Inciso 1.2.10);
V) Legítima Defesa (Inciso 1.2.3); XIII) Tumulto (Inciso 1.2.11);
VI) Autodefesa (Inciso 1.2.4); XIV) Pertubação da Ordem Pública (Inciso 1.2.12); e
VII) Reação Mínima (Inciso 1.2.5); XV) Turba (Inciso 1.2.13);
VIII) Proporcionalidade (Inciso 1.2.6);

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b) A Companhia de Controle de Distúrbios (Cap.4)

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I) Generalidades (Art. 4.1); III) Composição da Companhia de Controle de Distúrbios (Art. 4.3); e
II) Organização Básica da Companhia de Controle de IV) PelCD (Inciso 4.3.2).
Distúrbios (Art. 4.2);
c) Formações e Comandos (Cap.5)
I) Formações do Pelotão de Controle de Distúrbios (Art. 5.3); V) Apoio Lateral (Inciso 5.3.4);
II) Em Linha (Inciso 5.3.1); VI) Circular (Inciso 5.3.5);
III) Em Cunha (Inciso 5.3.2); VII) Comandos (Art. 5.4); e
IV) Escalonado à esquerda/direita (Inciso 5.3.3); VIII) Comando para as Formações (Inciso 5.4.1).

d) Ações de Controle de Distúrbios (Cap.6)


I) Emprego da Tropa de Controle de Distúrbios (Art. 6.2); V) Segurança no Movimento através das Ruas (Inciso 6.4.3);
II) Segurança da tropa (Art. 6.4); VI) Segurança dos Flancos e da Retaguarda (Inciso 6.4.4); e
III) Segurança Durante o Movimento Motorizado (Inciso 6.4.1); VII) Segurança no Emprego das Viaturas (Inciso 6.4.5).
IV) Segurança nas Marchas a pé (Inciso 6.4.2);

10. DOUTRINA DE LIDERANÇA DA MARINHA – (Referência “i”) - Páginas 361 à 375.

a) Elementos conceituais de Liderança (Cap. 1)


I) Chefia e Liderança (Art. 1.2); XIII) Liderança orientada para relacionamento ( Inciso 1.4.7);
II) Aspectos fundamentais da Liderança (Art. 1.3); XIV) Seleção de estilos de liderança ( Art. 1.5);
III) Aspectos filosóficos ( Inciso 1.3.1); XV) Fatores de liderança ( Art. 1.6);
IV) Aspectos psicológicos (Inciso 1.3.2); XVI) O líder ( Inciso 1.6.1);
V) Aspectos sociológicos (Inciso 1.3.3); XVII) Os liderados ( Inciso 1.6.2);
VI) Estilos de liderança (Art. 1.4); XVIII) A situação (Inciso 1.6.3);
VII) Liderança autocrática ( Inciso 1.4.1); XIX) A comunicação (Inciso 1.6.4);
VIII) Liderança participativa ou democrática ( Inciso 1.4.2); XX) Atributos de um líder ( Art. 1.7);
IX) Liderança delegativa (Inciso 1.4.3); XXI) Níveis de liderança ( Art. 1.8);
X) Liderança transformacional ( Inciso 1.4.4); XXII) Liderança direta ( Inciso 1.8.1);
XI) Liderança transacional (Inciso 1.4.5); XXIII) Liderança Organizacional ( Inciso 1.8.2);
XII) Liderança orientada para tarefa ( Inciso 1.4.6); XXIV) Liderança estratégica ( ( Inciso 1.8.3);

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
a) BRASIL. Marinha do Brasil. Comando-Geral do Corpo de f) CGCFN-31.10. Manual Básico do Combatente Anfíbio.
Fuzileiros Navais. CGCFN-0-1. Manual Básico dos Grupamentos 1.ed. Rio de Janeiro, 2020.
Operativos de Fuzileiros Navais. 1.rev. Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN-
Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN-0- 31.10.pdf>.
1.pdf>.
g) CGCFN-309. Manual de Controle de Distúrbios de
b) CGCFN-1.8. Manual de Operações de Paz dos Grupamentos Fuzileiros Navais. 1.rev. Rio de Janeiro, 2020.
Operativos de Fuzileiros Navais. 1.rev. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:<http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN-
Disponível em: <http://cgcfn.mb/ sites/default/files/CGCFN-1- 309.pdf>.
8%20-%20Opera es%20de%20Paz_Rev.1.pdf>.
h) CGCFN-31-3. Manual do Pelotão de Infantaria de
c) CGCFN-2-3. Manual de Operações de Evacuação de Não- Fuzileiros Navais. 1.ed. Rio de Janeiro, 2020.
Combatentes de Fuzileiros Navais. 1.ed. Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN-
Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN-2- 31.3_0.pdf>.
3.pdf>.
i) Estado-Maior da Armada. EMA-137. Doutrina de
d) CGCFN-401. Manual de Operações Militares em Ambiente Liderança da Marinha. 1.rev. Brasília, 2013.
Urbano dos Fuzileiros Navais. 1.ed. Rio de Janeiro, Disponível em: <http://www.ema.mb/publicacoes>.
2020.
Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN- j) Portaria nº 368/MB, de 30 de novembro de 2016, do
401.pdf>. Comandante da Marinha. Aprova o Cerimonial da Marinha
do Brasil. Brasília, 2016. Última alteração: 2017.
e) CGCFN-201. Manual do Fuzileiro Naval. 1.ed. Rio de Janeiro, Disponível em:
2020. <http://gcm.mb/sites/default/files/arquivos/cmb_1.pdf>.
Disponível em: <http://cgcfn.mb/sites/default/files/CGCFN-
201.pdf>.

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k) Presidência da República. Constituição da República p) Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999. Dispõe

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Federativa do Brasil de 1988. Título Brasília,1988. Última sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o
alteração: 2019. emprego das Forças Armadas. Brasília, 1999.
Disponível em: Última alteração: 2010.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/consti Disponível em:
tuicao.htm>. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp97.htm>

l) Decreto nº 95.480, de 13 de dezembro de 1987. q) Lei Complementar nº 117 de 2 de setembro de 2004.


Ordenança Geral para o Serviço da Armada (OGSA). Altera a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999,
Brasília,1987. que dispõe sobre as normas gerais para a organização, o
Disponível em: preparo e o emprego das Forças Armadas, para estabelecer
<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1980- novas atribuições subsidiárias. Brasília, 2010.
1987/decreto-95480-13-dezembro-1987- 446244- Disponível em:
publicacaooriginal-1-pe.html>. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp117.ht
m>
m) Decreto nº 88.545, de 26 de julho de 1983. Regulamento
Disciplina para a Marinha (RDM). Edição Revisada. Rio de r) Lei Complementar nº 136 de 25 de agosto de 2010. Altera
Janeiro, 2009. a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, que
Disponível em: dispõe sobre as normas gerais para a organização, o
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Atos/decretos/198 preparo e o emprego das Forças Armadas, para Criar o
3/D88545.html> Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e disciplinar as
atribuições do Ministro de Estado da Defesa. Brasília, 2010.
n) Decreto nº 3.897, de 24 de agosto de 2001. Fixa as Disponível em:
diretrizes para o emprego das Forças Armadas na Garantia <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp136.htm>
da Lei e da Ordem e dá outras Providências. Brasília, 2001.
Disponível em: s) Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980. Dispõe sobre o
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d389 Estatuto dos Militares. Última alteração:2012.
7.htm> Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6880.htm>.
o) Decreto nº 6.806, de 25 de março de 2009. Delega
competência ao Ministo de Estado de Defesa para aprovar
o Regulamento de Continências, Honras e Sinais de Rio de Janeiro, RJ, em 15 de dezembro de 2020.
Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas. Brasília,
2009. . Última alteração:2013. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2009/Decreto/D6806.htm>. Acesso em: 14 dez. 2020.

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1 - LEGISLAÇÃO
a) Cerimonial da Marinha (Referência “j”)
b) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (referência “k”)
c) Decreto nº 3.897/2001 (Referência “n”)
Diretrizes para o Emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem
d) Decreto nº 6.806/2009 (Referência “o”)
Regulamento de Continências (RCont)
e) Estatuto dos Militares (Referência “s”)
f) Lei Complementar nº 97/1999, incluindo as alterações pelas Leis Complementares nº 117/2004
e nº 136/2010 (Referências “p”, “q” e “r”)
Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas
g) Ordenança Geral para o Serviço da Armada (OGSA) (Referência “l”)
h) Regulamento Disciplinar para a Marinha (RDM) (Referência “m”)

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CERIMONIAL DA MARINHA

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(Portaria nº 368/MB, de 30 de novembro de 2016 - Última alteração: 2017)


TÍTULO I - CONSIDERAÇÕES GERAIS
CAPÍTULO 1 - PROPÓSITO E CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Art. 1-1-1 Propósito - Estabelecer os procedimentos relativos ao cerimonial naval, a serem observados pela Marinha do
Brasil (MB).
Art. 1-1-2 Responsabilidade pelo cumprimento - É dever de todo o militar da Marinha que estiver investido de
autoridade fazer cumprir este Cerimonial e exercer fiscalização quanto ao modo pelo qual seus subordinados o cumprem.
Art. 1-1-3 Não observância do Cerimonial - As prescrições deste Cerimonial somente podem ser modificadas nas
seguintes circunstâncias:
I - quando o Ministro da Defesa, o Comandante da Marinha (CM) ou o Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA),
assim o determinar;
II - quando aquele a quem forem devidas honras dispensá-las em atendimento às conveniências do serviço; e
III - quando, no estrangeiro, o Comandante de Força ou de navio determinar sua alteração, de acordo com os
costumes locais, e desde que não haja grave prejuízo ao serviço.
Art. 1-1-4 Cadeia de comando - Cadeia de comando é a sucessão de comandos vinculados a um comando superior, por
subordinação militar, em ordem imediata e direta.
Art. 1-1-5 Almirante - Neste Cerimonial, a denominação Almirante refere-se ao círculo de oficiais-generais em tempo de
paz, compreendendo os postos de Almirante-de-Esquadra, Vice-Almirante e Contra-Almirante, a menos que
especificamente aplicado ao posto de Almirante.
Art. 1-1-6 Comandante - Neste Cerimonial, a denominação Comandante significa o oficial de Marinha investido no cargo
de comando.
Art. 1-1-7 Não são prestadas honras - Não são prestadas honras pela Organização Militar (OM) ou por militar, nas
seguintes circunstâncias:
I - em faina geral, de emergência ou de evolução decorrente de manobra ou exercício;
II - durante qualquer atividade cuja paralisação, mesmo que momentânea, possa afetar a segurança de pessoal ou
material; e
III - durante o Cerimonial à Bandeira.
Art. 1-1-8 Não são prestados toques, continências e salvas - Não são prestados toques, continência de guarda e salvas:
I - a qualquer autoridade, na presença de outra a quem caibam honras superiores, exceto durante transmissão de
Comando;
II - no período compreendido entre o arriar e o hastear da Bandeira Nacional; e
III - durante funeral ou em dias de luto oficial, por motivos que não os previstos como honras fúnebres, a menos que
especificamente autorizado pelos Comandantes de Distrito Naval.
RESUMO DAS PROIBIÇÕES
Art.1-1-7 NÃO SÃO PRESTADAS HONRAS PELA OM Art.1-1-8 NÃO SÃO PRESTADOS TOQUES
OU POR MILITAR; CONTINÊNCIA DE GUARDA E SALVAS;
I - Em faina geral, de emergência ou de evolução I – a qualquer autoridade, na presença de outra a
decorrente de manobra ou exercício; quem caibam honras superiores, exceto durante
transmissão de Comando;
II - durante qualquer atividade cuja paralisação, II – durante funeral ou em dias de luto oficial, por
mesmo que momentânea, possa afetar a segurança de motivos que não os previstos como honras fúnebres, a
pessoal ou material; e menos que especificamente autorizado pelos ComDN;
e
III – durante o Cerimonial à Bandeira. III – no período compreendido entre o
arriar e o hastear da Bandeira Nacional.

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Art. 1-1-9 Toques de corneta - Os toques de corneta são os previstos no “Manual de Toques, Marchas e Hinos das

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Forças Armadas”.
Art. 1-1-10 Ausência de corneteiro ou bandas - Nas OM em que não existir ou não estiver disponível corneteiro ou
banda, são cancelados os toques, exórdios e hinos previstos ao longo deste Cerimonial, para serem por eles
executados, mantidos os toques de apito.
Art. 1-1-11 Justificativa por honras não prestadas - Quando, por qualquer circunstância, deixarem de ser prestadas
a qualquer autoridade honras a que tenha direito, deve ser-lhe apresentada, antecipadamente ou sem demora
após o evento, a devida justificativa.
Art. 1-1-12 Amarra - Neste Cerimonial, denomina-se amarra à unidade de distância cujo valor é de duzentas jardas.
Art. 1-1-13 Horário - O horário citado neste Cerimonial refere-se à hora local.
Art. 1-1-14 Correspondência oficial - A correspondência oficial da MB emprega a terminologia usada neste
Cerimonial.
Art. 1-1-15 Aplicação às unidades aéreas de fuzileiros navais e Forças - As disposições deste Cerimonial referentes
às OM de terra aplicam-se às unidades aéreas e de fuzileiros navais, aos respectivos Comandos de Força e às
instalações terrestres da Esquadra e Forças Navais, exceto quando determinado em contrário.
Art. 1-1-16 Navios-museu - As disposições deste Cerimonial aplicam-se aos navios-museu, no que for praticável e
quando as circunstâncias o indicarem, como se estes fossem navios incorporados à Armada.
Art. 1-1-17 Comandante da Marinha - As honras e o pavilhão previstos para o CM são estabelecidos em decorrência
de exercer o comando, a direção e a gestão da Marinha.
Art. 1-1-18 Honras de posto acima - É privativo do Presidente da República conceder, em casos excepcionais, como
reconhecimento a relevantes serviços prestados à Marinha e ao País, honras de posto acima, a militares da reserva
ou reformados.
Art. 1-1-19 Guarda de Honra - Guarda de Honra é a tropa armada postada para prestar homenagem às autoridades
militares e civis que a ela tenham direito. Para as Guardas de Honra serão cumpridas as disposições do Regulamento
de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial das Forças Armadas.

CAPÍTULO 2 - NORMAS DE CORTESIA E RESPEITO


Art. 1-2-1 Comandante em partida ou regresso de comissão - O Comandante de OM, ao partir ou regressar de
comissão, apresenta-se à autoridade a quem estiver diretamente subordinado e à autoridade de quem tiver
recebido instruções especiais, exceto se dispensado de fazê-lo.
Art. 1-2-2 Apresentação após a posse - Na primeira oportunidade após a posse, o Titular de OM apresentar-se-á à
autoridade a quem estiver diretamente subordinado, caso não tenha sido essa a lhe investir no cargo.
Art. 1-2-3 Auxílio à manobra do navio - O navio atracado próximo do local onde for atracar ou desatracar outro
navio fornece pessoal para auxiliá-lo nessa manobra.
Art. 1-2-4 Embarcação à disposição de Almirante - A embarcação da MB colocada à disposição de Almirante lhe é
apresentada por oficial designado para tal.
Art. 1-2-5 Permissão para largar - O militar mais antigo a bordo de embarcação miúda ou viatura, qualquer que
seja seu nível hierárquico, pede licença para largar a quem lhe tiver prestado as honras de despedida, por meio da
expressão “Com licença”, recebendo em troca a resposta “Está quem manda”.
Art. 1-2-6 Embarque e desembarque de embarcação - Em embarcação miúda ou viatura, o mais antigo embarca
por último e desembarca em primeiro lugar, observados, na embarcação, os seguintes procedimentos:
I - no caso de Almirante ou do Titular da OM a que pertença à embarcação, o patrão e a respectiva guarnição
levantam-se e fazem a continência individual, seguindo idêntico procedimento as demais pessoas nela presentes;
II - no caso dos demais oficiais, apenas o patrão faz a continência; e
III - em circunstâncias especiais, no desembarque, o mais antigo pode determinar que mais modernos
desembarquem na sua frente utilizando-se da expressão “Salta quem pode”.

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Art. 1-2-7 Dispensa de continência individual - A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado,

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quando uniformizado, com ou sem cobertura, deve aos símbolos, à tropa formada e às autoridades, não podendo
por estas ser dispensada, salvo quando um ou outro encontrar-se:
I - em faina ou serviço que não possa ser interrompido;
II - em postos de combate;
III - praticando esportes;
IV - sentado, à mesa de rancho; e
V - remando ou dirigindo viatura.
Art. 1-2-8 Quando a continência individual não é executada - A continência individual não é executada pelo militar
que estiver:
I - de sentinela, armado de fuzil ou outra arma que lhe impossibilite o movimento da mão direita;
II - fazendo parte de tropa armada;
III - em postos de continência ou de Parada;
IV - impossibilitado de movimentar a mão direita; e
V - integrando formatura comandada, exceto se:
a) em honra à Bandeira Nacional;
b) em honra ao Hino Nacional, quando este não for cantado; e
c) quando determinado por quem o comandar.

QUADRO RESUMO DE CONTINÊNCIA


A continência PODE SER DISPENSADA quando um ou A continência NÃO PODE SER EXECUTADA pelo militar
outros militares estiverem: que estiver:
I – Em faina ou serviço que não possa ser interrompido; I – De sentinela, armado de fuzil ou outra arma que lhe
impossibilite o movimento da mão direita;
II – Em postos de combate; II – Fazendo parte da tropa armada;
III – Praticando esportes; III – Em postos de continência ou de parada;
IV – Sentado à mesa de rancho; e IV – Impossibilitado de movimentar a mão direita; e
V – Remando ou dirigindo viatura; V – Integrando formatura comandada.
Exceto se:
a) Em honra à Bandeira Nacional;
b) Em honra ao Hino Nacional, quando este não for
cantado; e
c) Quando determinado por quem o comandar.

Art. 1-2-9 Continência por oficiais - Os oficiais, mesmo armados ou em formatura, fazem a continência individual
durante as honras de portaló ou em outras circunstâncias em que a continência com a espada não for regulamentar.
Art. 1-2-10 Posição “firme” - Nos navios, em face das condições do mar, a posição de sentido pode ser substituída
por uma posição “firme”, que indique respeito.
Art. 1-2-11 Caminhando em corredores e escadas - Em corredores estreitos ou escadas, em que não seja possível
militares caminharem lado a lado, a dianteira do grupo é tomada pelo mais antigo, salvo no caso de visitas, quando
o anfitrião segue à frente.

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CAPÍTULO 3 - HONRAS DE PORTALÓ

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Art. 1-3-1 Honras de portaló - São denominadas honras de portaló a continência da guarda, “boys” e toques de
corneta e apito, devidas na recepção ou despedida à autoridade.
Art. 1-3-2 Local das honras - As honras de portaló são prestadas junto à escada do portaló ou prancha do navio ou
no local para tal designado nas OM de terra.

Art. 1-3-3 Portaló de honra - Nos navios, é considerado portaló de honra o portaló de boreste que for destinado
ao uso dos oficiais.
Art. 1-3-4 Prancha - Considera-se extremidade superior da prancha a que fica apoiada no navio.

Art. 1-3-5 Procedimentos para as honras de portaló na recepção - As honras de portaló, na recepção, obedecem
aos seguintes procedimentos:
I - ao chegar a autoridade próximo ao patim inferior da escada de portaló, extremidade inferior da prancha ou
local designado para recepção nas OM de terra, o oficial a quem caiba receber proclama, a viva voz, o vocativo a
que tem direito a autoridade e comanda “Toque de presença”, sendo então executado, por corneta e apito, o toque
de presença; e
II - quando a autoridade atingir o patim superior da escada do portaló, a extremidade superior da prancha, ou o
local da recepção em OM de terra, a autoridade que recebe comanda “Abre o toque”, sendo então iniciados, por
apito e corneta, os toques correspondentes, ocasião em que os oficiais presentes prestam a continência individual
e a guarda, as seguintes continências:
a) apresenta armas para Almirantes ou autoridades de mesma ou maior precedência;
b) faz “Ombro arma” para oficiais superiores ou autoridades de mesma precedência; e

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c) para oficiais intermediários e subalternos ou autoridades de mesma precedência não é prestada

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continência da guarda.
Art. 1-3-6 Procedimentos para as honras de portaló na despedida - As honras de portaló, na despedida, obedecem
aos seguintes procedimentos:
I - atingindo a autoridade o patim superior da escada do portaló, extremidade superior da prancha, ou local de
despedida nas OM de terra, o oficial a quem caiba despedir proclama, a viva voz, o vocativo a que tem direito a
autoridade e comanda “Abre o toque”, sendo então executado por corneta e apito o toque de presença e iniciados,
independentemente de outro comando, os toques correspondentes; nesta ocasião, os oficiais presentes prestam
a continência individual e a guarda, as continências devidas; e
II - terminados os toques e continências, o oficial a quem caiba despedir dirige-se para o patim superior do
portaló, ali permanecendo até a autoridade afastar-se.

Art. 1-3-7 Honras entre o toque de silêncio e o hasteamento da Bandeira Nacional - As autoridades de qualquer
precedência, que entrarem ou saírem de OM da MB no período entre o toque de silêncio e o hasteamento da
Bandeira Nacional no dia seguinte, são recebidas ou despedidas pelo oficial de serviço ou por quem o estiver
substituindo, conforme dispuser a organização da OM.
Art. 1-3-8 Chegada ou saída de bordo por meios aéreos - As honras às autoridades que entrarem ou saírem de
bordo por meios aéreos sofrem as seguintes modificações:
I - em OM de terra ou navio-aeródromo, um oficial designado acompanha a autoridade entre a aeronave e o
local onde são prestadas as honras; e
II - nos demais navios, as honras são prestadas de forma e em local que não afetem a segurança de aviação,
podendo a autoridade anfitriã, dependendo da situação, dispensar das honras a salva, a guarda e a banda,
mantendo sempre os “boys” e o toque de apito.
Art. 1-3-9 A quem cabe prestar - Cabe ao Titular da OM, ou quem lhe seguir em antiguidade na cadeia de comando,
se houver impedimento para sua presença, prestar as honras de portaló às autoridades de maior ou igual posto.
Art. 1-3-10 Ausência de quem de direito - Quando, por circunstâncias inevitáveis, a autoridade não for recebida
por quem de direito, quem dirigir as honras de portaló apresenta escusas pelo sucedido e a acompanha à presença
do Comandante ou Imediato da OM.
Art. 1-3-11 Ausência da autoridade visitada - Dirigindo-se para bordo autoridade visitante de maior ou igual posto
do que a autoridade visitada, e esta encontrar-se ausente, o oficial de serviço desce até o patim inferior da escada
de portaló ou extremidade inferior da prancha, a fim de participar ao visitante a referida ausência; mantida a
intenção da visita, a autoridade visitante aguarda que o oficial de serviço suba a prancha e retome seu lugar nas
honras de portaló.
Art. 1-3-12 Honras no capitânia - Nos navios capitânias:
I - no curso ordinário do serviço, os cerimoniais de recepção e despedida relativos à Força são conduzidos por
oficiais do Estado-Maior para tal designados; e
II - ao Capitão-de-Bandeira não cabe prestar honras às autoridades em visita à Força.

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Art. 1-3-13 Execução dos toques de apito - Cabe ao Mestre do navio a execução dos toques de apito referentes às

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honras de portaló devidas ao Comandante do navio ou autoridade superior, e ao Contramestre de Serviço nos
demais casos.
Art. 1-3-14 Posição do oficial de serviço - Nas honras de portaló, o oficial de serviço ocupa uma das seguintes
posições:
I - na presença do Comandante, Diretor ou oficial a quem caiba prestar as honras:
a) à sua direita, afastado de um passo, quando o portaló for à boreste, ou nas OM de terra, e à mesma distância,
porém à esquerda, se o portaló for a bombordo; e
b) as presentes disposições referem-se aos portalós cujas escadas sejam voltadas para ré; se voltadas para
vante, as posições são invertidas; e
II - quando couber a si prestar as honras, fica voltado para o portaló tendo os “boys” e o contramestre formados
entre a sua posição e o portaló.

TÍTULO II – BANDEIRAS
CAPÍTULO 1 – GENERALIDADES

Art. 2-1-1 Hastear a bandeira - Hastear a bandeira significa içá-la e mantê-la desfraldada no tope do mastro, no
tope do pau da bandeira ou no penol da carangueja.

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Art. 2-1-2 Hastear a meia adriça - Hastear a bandeira à meia adriça significa içá-la completamente e, só então,

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trazê-la a uma posição que corresponda aproximadamente à metade da altura do penol da carangueja, do mastro
ou do pau da bandeira.

Art. 2-1-3 Mastro principal - É considerado mastro principal, quando houver mais de um:
I - o mastro de ré, ou o mastro de maior guinda, conforme a classe do navio; e
II - aquele em que é hasteada a Bandeira Nacional, nas OM de terra.

Art. 2-1-4 - Colocação de bandeiras - Para fim de colocação de bandeiras, considera-se lado direito:
I - nos mastros dotados de penol de carangueja - aquele que seria o bordo de boreste, se o mastro estivesse em
um navio; e
II - nos demais mastros - aquele que está à direita de um observador posicionado ao pé do mastro de costas
para a formatura ou plateia.
Art. 2-1-5 Localização dos signos - A fim de identificar a localização de seus signos, as bandeiras são imaginadas
divididas por dois segmentos de retas perpendiculares entre si, resultando quadriláteros ou triângulos superiores
e inferiores, direitos e esquerdos, com a tralha indicando o lado esquerdo das bandeiras.
Art. 2-1-6 Pano de bandeira - Denomina-se pano à unidade com que se mede o tamanho de uma bandeira, tendo
a bandeira de um pano 0,45 X 0,60m, a de dois panos 0,90 X 1,20m e assim sucessivamente.
Art. 2-1-7 Alcance visual - Alcance visual de bandeiras é a distância máxima em que as bandeiras podem ser
distinguidas.

CAPÍTULO 2 - BANDEIRA NACIONAL


Art. 2-2-1 Hasteamento - A Bandeira Nacional é hasteada diariamente, às 08:00h, mediante cerimonial específico.
Art. 2-2-2 Arriamento - A Bandeira Nacional é arriada diariamente:
I - ao pôr do Sol, mediante cerimonial específico, em todas as OM que mantenham serviço ininterrupto; e

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II - cinco minutos antes de encerrar-se o expediente, sem cerimonial, nas demais OM.

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Art. 2-2-3 Local de hasteamento - Salvo quando este Cerimonial dispuser em contrário, o local de hasteamento é:
I - o pau da bandeira, disposto à popa, nos navios no dique, fundeados, atracados ou amarrados;
II - o mastro de combate ou o penol da carangueja do mastro principal, nos navios em movimento; e
III - o mastro da fachada principal do edifício ou penol da carangueja do mastro para esse fim destinado, nas OM
de terra.
Art. 2-2-4 Cerimonial à Bandeira - O Cerimonial à Bandeira consiste dos seguintes procedimentos:
I - às 07:55h, por ocasião do hasteamento, ou cinco minutos antes do pôr do Sol, no arriamento, é içado o
galhardete “Prep” na adriça de bombordo ou da esquerda e anunciado, por voz, o “Sinal para Bandeira”, sendo
então dado por corneta o toque de Bandeira;
II - ao sinal, formam nas proximidades do mastro, com a frente voltada para a Bandeira, a guarda e, quando
determinado, as bandas de música e marcial e a tripulação, obedecendo, sempre que possível, à seguinte
disposição, a partir do mastro:
a) em OM de terra, uma praça guarnecendo a adriça do “Prep”; b) uma praça, sem chapéu, guarnecendo a
adriça da Bandeira Nacional;
c) a guarda, tendo à sua frente, se no arriamento, três sargentos;
d) o oficial de serviço, ou o militar designado para conduzir o cerimonial, acompanhado do corneteiro e
contramestre;
e) à retaguarda do oficial de serviço, ou, se não houver espaço suficiente, ao seu lado direito ou esquerdo, este
preferencialmente, a banda de música e, em seguida, a banda marcial; e
f) a tripulação agrupada ou fragmentada, conforme as normas internas da OM, ocupando posição destacada
a oficialidade, formada por antiguidade, tendo à frente de todos aquele que preside a cerimônia;
III - decorridos três minutos do sinal para a Bandeira, é tocado por corneta o “Primeiro Sinal”, ocasião em que
todo o dispositivo já deve estar formado, na posição de descansar, todos com a frente voltada para a Bandeira;
IV - um minuto após, é tocado por corneta o “Segundo Sinal”, quando então o oficial de serviço comanda sentido
ao dispositivo, e solicita, da autoridade que preside a cerimônia, permissão para prosseguir com o cerimonial;
V - às 08:00h, ou quando do pôr do Sol, o galhardete “Prep” é arriado e anunciado, por voz, “Arriou”, sendo
então tocado, por corneta, o “Terceiro Sinal”;
VI - imediatamente, o oficial de serviço comanda “Em continência”, ocasião em que o corneteiro toca apresentar
armas, e em seguida, “Iça” ou “Arria”, seguindo-se, só então, o ponto do toque de “Apresentar arma”;
VII - nessa ocasião, simultaneamente:
a) é iniciado o hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional;
b) todos os presentes prestam a continência individual; e
c) é iniciado o toque de apito pelo contramestre e a execução do Hino Nacional ou marcha batida e, na ausência
de banda de música ou marcial, os correspondentes toques de corneta;
VIII - o movimento de hasteamento ou arriamento da Bandeira é contínuo e regulado de modo que o seu
término coincida com o término do Hino ou toque;
IX - também prestam continência aqueles que se encontrarem em recintos ou conveses abertos e no passadiço;
os que estiverem cobertas abaixo ou em recintos fechados, e que ouvirem os toques, assumem a posição de
sentido, exceto aqueles que estiverem no rancho, que continuam, normalmente e em silêncio, fazendo suas
refeições;
X - a critério da autoridade que preside o cerimonial, o Hino Nacional pode ou não ser cantado; se cantado, o é
por todos e, nesse caso, não é feita a continência individual;
XI - ao final do Hino, ou dos toques de corneta e apito, a continência é desfeita e, se houver guarda armada, o
oficial de serviço ordena ao corneteiro tocar “Ombro arma”;

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XII - terminado o arriamento, os três sargentos, sem se descobrirem, dobram a Bandeira, cuidando para que ela

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não toque o piso; cabe ao mais antigo desenvergá-la daadriça, ao sargento da esquerda da formatura segurar o lais
da Bandeira e ao da direita, o lado da tralha; ao final, os sargentos voltam à formatura, o mais antigo comanda meia
volta e dá o pronto ao oficial de serviço por meio de continência;
os militares que guarneciam o galhardete “Prep” e a Bandeira, já com chapéu, acompanham os movimentos;
XIII - terminado o hasteamento, aquele que içou coloca seu chapéu e volta-se para o oficial de serviço junto com
o praça que guarneceu o galhardete “Prep”, dando o pronto da faina por meio de continência;
XIV - o oficial de serviço, então, dá o pronto à autoridade que preside o cerimonial, fazendo-lhe continência e
dizendo em voz alta “Cerimonial encerrado”, no hasteamento, ou “Boa noite”, no arriamento;
XV - a autoridade que preside volta-se para os presentes e dá “Boa noite”, sendo este cumprimento respondido
pelos oficiais; e
XVI - a formatura é desfeita.
Art. 2-2-5 Não participam do Cerimonial à Bandeira - O oficial de serviço no passadiço, timoneiro, sotatimoneiro,
vigias e pessoal envolvido em fainas e manobras, cuja interrupção possa afetar a segurança, não participam do
Cerimonial à Bandeira, estando dispensados de prestar a continência durante o arriar e hastear.
Art. 2-2-6 Procedimentos em embarcações miúdas - A bordo de embarcação miúda em movimento, próxima ao
local do hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional:
I - de acordo com o meio de propulsão da embarcação, são executadas as manobras de levar remos ao alto;
arriar as velas; ou parar a máquina; e
II - dependendo do estado do mar, todos se levantam e, se uniformizados, prestam continência à Bandeira,
exceto o patrão, que permanece atento à segurança da embarcação e do pessoal embarcado.
Art. 2-2-7 Procedimentos em veículos - Os ocupantes de veículos transitando dentro de OM, próximos ao local do
hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional, desembarcam e, se uniformizados, prestam continência à
Bandeira, mantendo-se em sentido se em trajes civis.
Art. 2-2-8 OM de terra designada para cerimonial - Nas áreas onde houver concentração de OM de terra, o
Comandante Mais Antigo Presente (COMAP) pode designar uma OM, à qual cabe realizar diariamente o
hasteamento e arriamento da Bandeira Nacional.
Art. 2-2-9 Concentração de navios no mar - Os navios no mar, situados dentro do alcance visual de bandeiras,
hasteiam e arriam a Bandeira Nacional em obediência aos sinais oriundos do navio onde se encontrar embarcado
o COMAPEM.
Art. 2-2-10 Concentração de navios no porto - Os navios docados ou atracados, situados dentro do alcance visual
de bandeiras, hasteiam e arriam a Bandeira Nacional em obediência aos sinais oriundos:
I - do navio onde se encontrar embarcado o COMAPEM, se este for mais antigo que o COMAP; ou
II - da OM designada.
Art. 2-2-11 Quando os navios mantém hasteada - Os navios mantêm hasteada a Bandeira Nacional, entre o pôr do
Sol e 08:00h, nas seguintes situações especiais:
I - quando avistado o Estandarte Presidencial;
II - quando a bordo Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro;
III - quando a bordo o Ministro da Defesa;
IV - quando a bordo o Comandante da Marinha;
V - quando a bordo o Governador da Unidade da Federação a que pertencer o porto em que se encontrar o navio;
VI - no porto, durante a entrada ou saída de navio da MB ou de Marinha de Guerra estrangeira, ou se esses
hastearem suas bandeiras;
VII - quando navegando próximo de terra;
VIII - durante a entrada e saída de qualquer porto;

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IX - durante o cruzamento, no mar, com outro navio, ou na passagem próxima de farol ou estação semafórica

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com guarnição;
X - quando sobrevoado por alguma aeronave;
XI - durante postos de combate;
XII - à meia adriça, até as 23:59h do último dia estabelecido, nos casos de luto nacional, no Dia dos Mortos
(Finados) e, nos navios abrangidos pelo ato administrativo, nos dias de luto municipal e estadual.
XIII - quando fotografados ou filmados.
Art. 2-2-12 Navios em mar aberto - Os navios em mar aberto podem prescindir da exibição da Bandeira Nacional,
salvo nas seguintes situações:
I - durante o cruzamento, no mar, com outro navio, ou na passagem próxima de farol ou estação semafórica com guarnição;
II - quando sobrevoado por alguma aeronave;
III - durante postos de combate; e
IV - quando fotografados ou filmados.
Art. 2-2-13 Quando as OM de terra mantêm hasteada - As OM de terra mantêm hasteada a Bandeira Nacional,
entre o pôr do Sol e 08:00 h, nas seguintes situações:
I - quando avistado o Estandarte Presidencial;
II - quando a bordo Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro;
III - quando a bordo o Ministro da Defesa;
IV - quando a bordo o Comandante da Marinha;
V - quando a bordo o Governador da Unidade da Federação onde se localiza a OM; e
VI - à meia adriça, até as 23:59h do último dia estabelecido, nos casos de luto nacional, no Dia dos Mortos
(Finados) e, nas OM abrangidas pelo ato administrativo, nos dias de luto municipal e estadual.
Art. 2-2-14 Quando as embarcações miúdas mantêm hasteada - As embarcações miúdas mantêm a Bandeira
Nacional hasteada enquanto:
I - os navios mantiverem o embandeiramento içado, nos dias de gala;
II - conduzir o Presidente da República; Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro; membros do Congresso
Nacional, do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal Militar; Ministro de Estado; Comandante da
Marinha; Comandante do Exército; Comandante da Aeronáutica; Governador da Unidade da Federação onde
estiver a embarcação; e o Almirantado;
III - em águas estrangeiras ou limítrofes internacionais, de dia ou de noite;
IV - dirigir-se a navio estrangeiro ou nele permanecer atracada;
V - para os casos previstos para hasteamento à meia adriça, seguirá os procedimentos adotados pelo navio-mãe; e
VI - for assim determinado pela autoridade competente.
Art. 2-2-15 Iluminação - Depois do pôr e antes do nascer do Sol a Bandeira Nacional, se hasteada, é mantida
iluminada.
Art. 2-2-16 Modo de dobrar - A Bandeira Nacional, no arriamento, após ser desenvergada, é dobrada da seguinte forma:
I - segura pela tralha e pelo lais, é dobrada ao meio em seu sentido longitudinal, ficando para baixo a parte em que
aparecem a estrela isolada Espiga e a parte do dístico “ORDEM E PROGRESSO”;
II - ainda segura pela tralha e pelo lais, é, pela segunda vez, dobrada ao meio, novamente no seu sentido
longitudinal, ficando voltada para cima a parte em que aparece a ponta de um dos ângulos obtusos do losango
amarelo; a face em que aparece o dístico deve estar voltada para a frente da formatura;
III - a seguir é dobrada no seu sentido transversal, em três partes, indo a tralha e o lais tocarem o pano, pela parte de
baixo, aproximadamente na posição correspondente às extremidades do círculo azul que são opostas; permanece
voltada para cima e para a frente a parte em que aparecem a estrela isolada e o dístico;
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IV - ao final da dobragem, a Bandeira Nacional apresenta a maior parte do dístico para cima e é passada para o braço

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flexionado do mais antigo, sendo essa a posição para transporte; e


V - para a guarda, pode ser feita mais uma dobra no sentido longitudinal, permanecendo o campo azul voltado para
cima.

Art. 2-2-17 Guarda da Bandeira - Quando em tropa armada, a Bandeira Nacional é exibida de forma destacada, por
uma guarda armada denominada Guarda da Bandeira, sendo conduzida pelo Porta-bandeira da seguinte forma:
I - em posição de “Ombro arma”, o Porta-bandeira a conduz apoiada em seu ombro direito, inclinada, com o
conto mais abaixo, mantendo, com a mão direita, o pano seguro na altura do peito e naturalmente caído ao lado
recobrindo seu braço;
II - desfilando em continência, o Porta-bandeira desfralda-a e posiciona-a verticalmente, colocando o conto no
talabardão e, com a mão direita, cotovelo lançado para fora, auxiliada pela outra, segura a haste na altura do
ombro;
III - ocupa o centro da testa, ou a sua direita, se esta contar com número par de componentes;
IV - não é abatida em continência;
V - não é acompanhada, por mais de dois estandartes, exceto em cerimônias conjuntas com as demais Forças,
quando este número pode ser maior; e
VI - os estandartes são abatidos quando em continência.

Art. 2-2-18 Modo de dispor - A Bandeira Nacional é exibida e conduzida na seguinte forma:
I - quando hasteada em janela, porta, sacada ou balcão, fica ao centro, se isolada ou se acompanhada de número par
de outras bandeiras ou estandartes civis ou militares; em posição que mais se aproxime do centro, ou à direita deste, se
acompanhada de número ímpar de outras bandeiras ou estandartes;
II - quando em préstito ou procissão, não é conduzida na horizontal e vai ao centro da testa da coluna, se isolada; à
direita desta, se houver outra bandeira; e à frente do centro da testa da coluna, a dois metros de distância, se houver
outras duas ou mais bandeiras;
III - quando distendida e sem mastro, em rua ou praça, entre edifícios, ou em portas, é colocada de modo que o lado
maior do retângulo fique na horizontal e a estrela isolada voltada para cima;
IV - quando disposta em sala ou salão, por motivo de reuniões, conferências ou solenidades, fica distendida por detrás
da cadeira de quem as preside, ou do local da tribuna, sempre acima da cabeça de quem a ocupa e disposta como no
inciso III;
V - quando em florão, sobre escudo ou qualquer outra peça que agrupe diversas bandeiras, ocupa o centro, não
podendo ser menor do que as outras nem colocada abaixo delas;
VI - nos mastros ou adriças, se figurar junto com bandeira de outra nação ou bandeira-insígnia, é colocada à mesma
altura; se acompanhada de estandartes de corporações militares ou bandeiras representativas de instituições ou
associações civis, fica acima;
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VII - quando em recinto privativo de autoridade, fica ao lado direito de sua mesa de trabalho ou em outro local em

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que fique realçada; e


VIII - quando distendida sobre ataúde, durante enterro, tem a tralha voltada para o lado da cabeceira do ataúde; é
amarrada à urna para evitar que esvoace nos deslocamentos do cortejo, sendo retirada por ocasião do sepultamento.
Art. 2-2-19 Disposição de outras bandeiras e estandartes - A disposição de outras bandeiras e estandartes exibidos em
conjunto com a Bandeira Nacional obedece às seguintes regras:
I - em posições mais próximas à Bandeira Nacional são dispostas as bandeiras de outras nações, seguindo-se os
estandartes militares, cabendo aos estandartes civis as posições mais afastadas;
II - a precedência entre as bandeiras e estandartes civis obedece ao critério da ordem alfabética das nações e
instituições que representam, na língua portuguesa; entre os estandartes militares, ao critério de antiguidade dos
Titulares das OM que representam, considerando-se o estandarte da Marinha como o de maior precedência; e
III - inicia-se a disposição com a de maior precedência à direita da Bandeira Nacional, a que se segue à esquerda e
assim sucessivamente.

Art. 2-2-20 Hasteamento Simultâneo - Ocorrendo o hasteamento junto com bandeira de outra nação ou
estandarte, a Bandeira Nacional é hasteada em primeiro lugar e arriada por último.
Art. 2-2-21 Cerimonial no estrangeiro - O navio da MB, quando em porto estrangeiro, hasteia e arria a Bandeira Nacional
de acordo com o horário do cerimonial do país a que pertencer o porto.
Art. 2-2-22 Entrada e saída de bordo - Durante o Cerimonial à Bandeira é vedada a entrada ou saída de pessoas e
veículos na OM que o realiza, salvo se localizada próxima à via pública, quando a interrupção do trânsito deve
ocorrer, com o mínimo de prejuízo possível ao tráfego de pessoas e veículos, entre o “Segundo Sinal” e o término
do Cerimonial.
Art. 2-2-23 Saudação diária - Aquele que pela primeira vez no dia chegar à OM, ou dela retirar-se pela última vez no dia,
saúda a Bandeira Nacional, se hasteada, para ela voltado, assim que:
I - a bordo de navio, atingir o patim superior do portaló ou a extremidade superior da prancha; e
II - em OM de terra, transitando a pé, defrontar-se com o mastro onde estiver hasteada.
Art. 2-2-24 Saudação à passagem - Todos saúdam a Bandeira Nacional quando diante de si passar conduzida em desfile
militar, fazendo alto aquele que estiver em marcha.
Art. 2-2-25 Arriamento seguido de hasteamento - No pôr do Sol, se a Bandeira tiver que permanecer içada, é cumprido
o cerimonial para arriamento e, ao término, ela volta a ser hasteada.
Art. 2-2-26 Hasteamento e arriamento sem cerimonial - A Bandeira Nacional é hasteada ou arriada sem cerimonial:
I - em manobra de troca de mastro;
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II - quando tiver que ser hasteada após a hora do arriamento; e

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III - ao ser arriada no início do cerimonial de hasteamento, às 07:55h ou no Dia da Bandeira às 11:55h,
se, por motivo previsto neste Cerimonial, já estiver içada na ocasião; e
IV - ao ser arriada nas situações estabelecidas nos incisos XII do art. 2-2-11, VI do art. 2-2-13, II do art. 9-1-12 e I do art.
9-1-15.
Art. 2-2-27 Proibições - É vedado:
I - fazer saudação com a Bandeira Nacional, salvo em retribuição à saudação idêntica feita por outro navio ou
estabelecimento;
II - usar Bandeira Nacional que não se encontre em bom estado de conservação;
III - usar Bandeira Nacional como reposteiro ou pano de boca, guarnição de mesa, revestimento de tribuna, cobertura
de placas, retratos, painéis ou monumentos a serem inaugurados;
IV - usar Bandeira Nacional para prestação de honras de caráter particular por parte de qualquer pessoa natural ou
entidade coletiva;
V - colocar quaisquer indicações ou emblemas sobre a Bandeira Nacional; e
VI - abater a Bandeira Nacional em continência.

CAPÍTULO 3
BANDEIRAS-DISTINTIVOS
Art. 2-3-1 Bandeiras-Distintivos - São denominadas bandeiras-distintivos as bandeiras constantes do Apêndice a
este Cerimonial e destinadas a caracterizar estabelecimentos, forças, unidades de tropa e os navios incorporados à
MB, bem como as condições em face de comissões que forem cometidas, a saber:
I - Bandeira do Cruzeiro;
II - Flâmula de Fim de Comissão;
III - Bandeira da Cruz Vermelha;
IV - Estandartes; e
V - Símbolos.

Art. 2 -3-2 Bandeira do Cruzeiro - A Bandeira do Cruzeiro é usada nas seguintes condições:
I - hasteada e arriada diariamente, no “pau do jeque”, simultaneamente com a Bandeira Nacional, em todos os navios
incorporados à MB, quando estes estiverem no dique, fundeados, amarrados ou atracados; e
II - hasteada à meia adriça quando assim o for a Bandeira Nacional, por motivo de luto ou funeral.
Art. 2-3-3 Flâmula de Fim de Comissão - A Flâmula de Fim de Comissão é hasteada no tope do mastro principal nos
navios incorporados à MB, substituindo a Flâmula de Comando, ao término de comissão igual ou superior a seis meses,
quando o navio iniciar a aterragem ao porto final da comissão, sendo arriada no pôr do Sol que se seguir.
Art. 2-3-4 Bandeira da Cruz Vermelha - A Bandeira da Cruz Vermelha é mantida hasteada permanentemente, em tempo
de guerra:
I - nos navios-hospital, nos acampamentos e nos estabelecimentos hospitalares, em mastro ou adriça diferente de
onde estiver içada a Bandeira Nacional; e
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II - na proa das embarcações miúdas empregadas em serviços de saúde e das embarcações-hospital de forças de

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desembarque.
Art. 2-3-5 Estandartes - O uso e guarda dos estandartes da Marinha, do Corpo de Fuzileiros Navais e das OM autorizadas
a possuir estandarte próprio se dá de acordo com as seguintes regras:
I - o estandarte da Marinha é ostentado por tropa armada da MB, sempre acompanhando a Bandeira Nacional;
II - o estandarte do Corpo de Fuzileiros Navais pode ser usado por todas as unidades de Fuzileiros Navais de escalão
igual ou superior a uma companhia, sempre acompanhando a Bandeira Nacional;
III - os demais estandartes são conduzidos ou exibidos exclusivamente por sua tropa, sempre acompanhando a
Bandeira Nacional; e
IV - os estandartes devem ser guardados no gabinete do Comandante ou em outro lugar de destaque da OM.
Art. 2-3-6 Símbolos - Os símbolos são bandeiras-distintivos que identificam as forças, unidades e subunidades de tropa,
armada ou não, em desfiles e formaturas, sendo envergados:
I - em hastes adaptáveis à boca do cano do fuzil;
II - ao paralama dianteiro direito da viatura do comandante da tropa; ou
III - em mastro próprio, quando então denominam-se “guião”.

CAPÍTULO 4 - BANDEIRAS-INSÍGNIAS

Art. 2-4-1 Bandeiras-insígnias - São denominadas bandeiras-insígnias as bandeiras constantes do Apêndice a este
Cerimonial destinadas a assinalar a presença de determinada autoridade em OM da MB, bem como distinguir os
cargos de autoridades militares ou civis, a saber:
I - Estandarte Presidencial;
II - Pavilhões de Oficiais de Marinha:
a) Patrono da Marinha;
b) Comandante da Marinha;
c) Almirantado;
d) Chefe do Estado-Maior da Armada;
e) Comandante de Operações Navais;
f) Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais;
g) Chefe do Estado-Maior de Defesa;
h) Almirante;
i) Almirante-de-Esquadra;

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j) Vice-Almirante;

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k) Contra-Almirante;
l) Comandante-em-Chefe da Esquadra (ComemCh);
m) Almirante Comandante de Força;
n) CMG Comandante de Força;
o) CF ou CC Comandante de Força;
p) COMAPEM; e
q) Capitão dos Portos;
III - Bandeiras-insígnias de autoridades civis:
a) Vice-Presidente da República;
b) Ministro de Estado da Defesa;
c) Ministro de Estado;
d) Embaixador;
e) Encarregado de Negócios; e
f) Cônsul-Geral; e

IV - Flâmulas:
a) de Comando; e
b) de Oficial Superior.
Art. 2-4-2 Flâmula de Comando - A Flâmula de Comando é a insígnia privativa dos oficiais de Marinha quando no
exercício do cargo de comando, vedado seu uso em navio não incorporado à Armada.
Art. 2-4-3 Flâmula de Oficial Superior - A Flâmula de Oficial Superior é hasteada nas embarcações miúdas que
conduzam oficial superior uniformizado, sendo arriada tão logo o oficial desembarque.
Art. 2-4-4 Local de hasteamento - As bandeiras-insígnias são hasteadas:
I - no tope do mastro principal dos navios e OM de terra ou no lais da verga de boreste, como determinado neste
Cerimonial;
II - no lais da maior verga, no penol da carangueja ou no topo do mastro das embarcações e navios a vela, desde
que não seja onde se encontre içada a Bandeira Nacional; e
III - em haste apropriada, denominada pau da flâmula, na proa das embarcações miúdas.
Art. 2-4-5 Quando são hasteadas - Quando são hasteadas As bandeiras-insígnias são mantidas asteadas:
I - em caráter permanente, no respectivo navio, unidade ou estabelecimento, quando referente à autoridade
exercendo o cargo de comando;
II - em caráter transitório, na respectiva OM de terra, quando referente à autoridade exercendo o cargo de direção,
enquanto esta permanecer a bordo;
III - em caráter permanente, nos navios capitânias, quando referente ao Comandante de Força embarcado;
IV - em caráter transitório, na OM visitada, quando referente à autoridade superior pertencente à cadeia de comando,
substituindo a bandeira-insígnia da autoridade exercendo o cargo de comando ou direção; e
V - em caráter eventual, na OM visitada, como determinado neste Cerimonial, em honra a autoridade visitante não
pertencente à cadeia de comando.
Art. 2-4-6 Concentração de OM de terra - Nos locais onde haja concentração de OM de terra, com a Bandeira Nacional
hasteada em um único mastro, apenas o mais antigo presente das OM da área mantém o pavilhão hasteado.
Art. 2-4-7 Quando podem ser substituídas - A bandeira-insígnia de autoridade no exercício de cargo de comando, salvo
por ocasião da transmissão do cargo, quando obedece a regras próprias, somente é substituída:
I - pelo Estandarte Presidencial;

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II - pelo pavilhão da autoridade a que esteja subordinada na cadeia de comando;

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III - pela Flâmula de Fim de Comissão; e


IV - pelo pavilhão do Patrono da Marinha, no dia 13 de dezembro, no caso de OM onde haja cerimônia de entrega
da Medalha do Mérito Tamandaré.
Art. 2-4-8 Estandarte Presidencial - Estando içado o Estandarte Presidencial, nenhuma bandeira representativa de
qualquer outra autoridade, com exceção do pavilhão do Patrono da Marinha, pode permanecer içada.
Art. 2-4-9 Hasteamento do pavilhão do Almirantado - Quando o Almirantado estiver a bordo de OM, seu pavilhão
permanecerá hasteado simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de
comando e, se for o caso, da bandeira-insígnia de autoridade não pertencente à cadeia de comando com maior
precedência.
Art. 2-4-10 Hasteamento do pavilhão do CEMA - Quando o CEMA estiver a bordo de OM que não lhe seja subordinada,
seu pavilhão:
I - permanece içado simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de
comando e, se for o caso, da bandeira-insígnia de autoridade não pertencente à cadeia de comando com maior
precedência; e
II - somente é substituído pelo pavilhão do Comandante da Marinha ou do Almirantado.
Art. 2-4-11 Demais autoridades visitantes - A bandeira-insígnia das demais autoridades não pertencentes à cadeia de
comando somente é hasteada, na forma prevista neste Cerimonial, quando a autoridade for a de maior precedência
presente na OM.
Art. 2-4-12 Hasteamento durante salva - Quando, na forma prevista neste Cerimonial, a bandeira-insígnia de autoridade
visitante for içada durante a salva de partida, ela será hasteada imediatamente antes do primeiro tiro e arriada após o
último tiro.
Art. 2-4-13 Hasteamento Simultâneo - A disposição das bandeiras-insígnias içadas simultaneamente no tope do mastro
principal, salvo por ocasião da transmissão de comando, que obedece a regras próprias, é a seguinte:
I - a bandeira-insígnia da autoridade de maior precedência, não pertencente à cadeia de comando, ocupa a adriça de
boreste ou da direita;
II - a bandeira-insígnia da autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de comando ocupa a adriça central ou de
bombordo; e
III - quando o Almirantado ou o CEMA estiverem a bordo juntamente com outra autoridade visitante de maior
precedência, a bandeira-insígnia desta é içada na adriça de boreste, exceto para o Estandarte Presidencial que obedece
a regras próprias, e o pavilhão do Almirantado ou CEMA, na adriça central ou de bombordo.
Art. 2-4-14 Hasteamento no Capitânia - O pavilhão de Comandante de Força é mantido hasteado permanentemente no
navio capitânia, salvo se essa autoridade estiver em outro navio sob seu comando, quando então:
I - o navio capitânia arria o pavilhão e mantém içada a Flâmula de Comando; e
II - o navio visitado arria a Flâmula de Comando e mantém içado o pavilhão.
Art. 2-4-15 Comandante de Distrito Naval ou Comandante Naval - O pavilhão de Comandante de Força relativo a
Comandante de Distrito Naval ou Comandante Naval é mantido hasteado no navio subordinado apenas enquanto aquela
autoridade permanecer a bordo.
Art. 2-4-16 Concentração de Forças ou navios - Quando Forças ou navios estiverem próximos entre si, dentro do alcance
visual de bandeiras, somente o navio onde se encontrar o oficial mais antigo hasteia o pavilhão do COMAPEM.
Art. 2-4-17 Força-tarefa comandada por comandante de navio - O Oficial Superior Comandante de navio ao se fazer ao
mar comandando organização por tarefa arvora o pavilhão de Comandante de Força correspondente ao seu posto.
Art. 2-4-18 Quando podem ser arriadas - As bandeiras-insígnias podem ser arriadas durante combate ou operações de
guerra, se assim julgarem conveniente os oficiais que a elas tiverem direito.
Art. 2-4-19 Uso nas embarcações Miúdas - Nas embarcações miúdas, as bandeiras-insígnias somente são usadas durante
o período entre o nascer e o pôr do Sol e enquanto conduzirem oficial ou autoridade civil a que se refira, da seguinte
forma:
I - somente é hasteada a bandeira-insígnia da autoridade de maior precedência ou mais antiga presente;

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II - quando forem conduzidas simultaneamente autoridade sem direito à bandeira-insígnia e outra menos preeminente

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ou mais moderna, mas com tal direito, nenhuma bandeira-insígnia é hasteada; e


III - em traje civil, têm direito ao uso de sua bandeira-insígnia apenas os Almirantes e os Titulares da OM a que pertencer
a embarcação miúda.
Art. 2-4-20 Uso em viatura - O oficial de marinha com direito a pavilhão pode, por ocasião de solenidade oficial e quando
uniformizado, usar miniatura do respectivo pavilhão na viatura que o transportar, disposta em haste apropriada fixada
no paralama direito dianteiro.
Art. 2-4-21 Presença do Ministro da Defesa - Quando o Ministro da Defesa estiver a bordo de OM da MB, a bandeira-
insígnia de Ministro de Estado permanece hasteada simultaneamente com o pavilhão da autoridade presente de maior
antiguidade da cadeia de comando.
Art. 2-4-22 Hasteamento do pavilhão do Comandante da Marinha - Quando o Comandante da Marinha estiver a bordo
de OM da MB, seu pavilhão:
I - permanece hasteado, sendo somente substituído pelo Estandarte Presidencial; e
II - permanece içado no mastro do pátio do Comando da Marinha, do Distrito Naval ou do COMAP enquanto o
Comandante da Marinha estiver presente na Capital Federal, na sede do Distrito Naval ou em outra localidade em que
haja OM de Marinha, respectivamente.

TÍTULO V
CAPÍTULO 1 - HONRAS AOS OFICIAIS DE MARINHA
REGRAS GERAIS
Art. 5-1-1Direito às honras de portaló
Todos os oficiais, ao entrarem ou saírem de OM da MB, têm direito às honras de portaló.
Art. 5-1-2 As honras aos oficiais de marinha, quando o Presidente da República estiver no mar, dentro da distância
máxima de salva, restringem-se às honras de portaló.
Art. 5-1-3 As honras aos oficiais de marinha, quando se encontrar na OM visitada autoridade de maior
precedência, restringem-se às honras de portaló; caso a autoridade de maior precedência se encontre nas
proximidades do local das honras, essas limitar-se-ão às continências de guarda e "boys", não sendo dados toques.
Art. 5-1-4 Toques de apito - Há toques de apito e corneta específicos para cada círculo hierárquico de oficiais e
para as seguintes autoridades:
I - Ministro da Marinha;
II - Chefe do Estado-Maior da Armada;
III - Comandante de Operações Navais;
IV - Comandante Geral do Corpo de Fuzileiros Navais
V- Comandante-em-Chefe da Esquadra;
VI - Almirante Comandante de Força;
VII - Almirante Comandante;
VIII - Almirante;
IX - Oficial Superior Comandante de Força;
X - Oficial Superior Comandante; e
XI - Oficiais Intermediários Comandantes.
Art. 5-1-5 O oficial no exercício do Comando só tem direito ao toque de Comandante no navio, unidade ou
estabelecimento em que exerce tal cargo; os Comandantes de Força podem receber toques de Comandante de
Força em OM não-subordinadas.
Art. 5-1-6 Há exórdios de marcha de continência específicos para as seguintes autoridades:
I - Patrono da Marinha;

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II - Ministro da Marinha;

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III - demais membros do Almirantado.


Exórdios
Há exórdios de marcha de continência específicos para as seguintes autoridades:
I - Patrono da Marinha;
II - Ministro da Marinha;
III - demais membros do Almirantado.
Art. 5-1-7 Vocativos
Os seguintes vocativos são utilizados:
I - o Ministro da Marinha, o Chefe do Estado-Maior da Armada, o Comandante de Operações Navais, o
Comandante Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, o Comandante-em-Chefe da Esquadra são anunciados pelos
cargos que exercem;
II - os demais Almirantes são anunciados pelo posto, seguido, quando for o caso, da expressão "Comandante de
Força" ou "Comandante";
III - os oficiais superiores, intermediários ou subalternos são anunciados pelo respectivo círculo hierárquico,
seguido da expressão "Comandante de Força" ou "Comandante", quando for o caso.
Art. 5-1-8 Na recepção e despedida das autoridades abaixo mencionadas o número de "boys" é o seguinte:
I - oito "boys": Almirante, Almirante-de-Esquadra e Vice-Almirante;
II - seis "boys": Contra-Almirante;
III - quatro "boys": oficial superior;
IV - dois "boys": demais oficiais.
Art. 5-1-9 Caso as dimensões do convés não permitam acomodar os boys no número requerido, ou as
circunstâncias assim indicarem, a autoridade a quem caiba receber ou despedir pode autorizar:
I - posicionar dois "boys" junto ao patim inferior da escada de portaló ou extremidade inferior da prancha;
II - reduzir a quantidade de "boys", mantendo-a em número par.
Art. 5-1-10 O uniforme determinado para as honras de portaló, quando diferente do uniforme do dia, é de uso
obrigatório apenas para aqueles que nelas tomarem parte, exceto se for devida à autoridade visitante a honraria
de postos, quando o uniforme determinado para as honras é geral para toda a tripulação visitada.
Art. 5-1-11 As honras de passagem ao Ministro da Marinha e Almirantado são prestadas com a tripulação formada
em postos de Parada

TÍTULO VII - DATAS FESTIVAS

CAPÍTULO 1 - CONCEITUAÇÃO
Art. 7-1-1 Datas festivas - São denominadas datas festivas os dias em que, pela significação de suas datas, se
realizam cerimônias cívico-militares.
Art. 7-1-2 Dias de grande gala - Os dias de grande gala são as datas festivas em que se comemora o aniversário da
Independência (7 de setembro) e da Proclamação da República (15 de novembro).
Art. 7-1-3 Dias de pequena gala - Os dias de pequena gala são as datas festivas em que se comemora o Dia da
Confraternização Universal (1º de Janeiro), o Dia de Tiradentes (21 de abril), o Dia do Trabalho (1º de maio), o
Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha (11 de junho), o Dia da Bandeira (19 de
novembro), o Dia do Marinheiro (13 de dezembro) e o Natal (25 de dezembro).

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CAPÍTULO 2 - HONRAS NAS DATAS FESTIVAS
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Art. 7-2-1 Honras nos dias de grande gala - Nos dias de grande gala, é observado o seguinte cerimonial:
I - embandeiramento em arco nos navios, das 08:00h até o pôr do Sol;
II - após o cerimonial de hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional, e depois de executar o Hino Nacional,
a banda de música toca o Hino da Independência ou o da Proclamação da República, conforme a data, cantado por
todos; e
III - execução de salva de vinte e um tiros, às 12:00h, por estação para tal designada, nas cidades sedes de Distrito
Naval e Comando Naval.
Art. 7-2-2 Honras no dia Onze de Junho - No Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha
-, é observado o seguinte cerimonial:
I - o uniforme do dia é do grupo alexandrino;
II - os navios embandeiram nos topes das 08:00 h até o pôr do Sol;
III - às 08:00 h, logo após o Cerimonial à Bandeira, os navios dos COMAPEM e as OM de terra hasteiam os Sinais de
Barroso, exceto onde ocorrer a cerimônia de entrega de condecorações da “Ordem do Mérito Naval”, sendo o sinal
“O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever” içado na adriça de boreste ou da direita e o sinal “Sustentar o
fogo que a vitória é nossa” na adriça de bombordo ou da esquerda;
IV - as OM que realizarem as cerimônias de entrega de condecorações da “Ordem do Mérito Naval”, quando do seu
início, executam, em sequência, o hasteamento dos Sinais de Barroso, o Toque da Vitória, o Toque de Comandante-
em-Chefe e salva de dezessete tiros, por estação para tal fim designada;
V - quando houver a participação de convidados civis ou militares de outras Forças, inclusive estrangeiros, os Sinais
de Barroso são hasteados sequencialmente e precedidos
de anúncio explicativo;
VI - os Sinais de Barroso são arriados cinco minutos antes do pôr do Sol, imediatamente antes de ser tocado o “Sinal
para a Bandeira”; e
VII - as OM que realizarem as cerimônias de entrega de condecorações da “Ordem do Mérito Naval” em outras
datas podem, quando autorizadas pelo Comandante do Distrito Naval, cumprir o cerimonial previsto para o Dia
Onze de Junho.
Art. 7-2-3 Honras no Dia da Bandeira - No Dia da Bandeira, é observado o seguinte cerimonial:
I - às 08:00 h é executado normalmente o Cerimonial à Bandeira Nacional;
II - às 11:55 h é anunciado por voz “Sinal para a Bandeira”, sendo içado o galhardete “Prep”, arriada a Bandeira
Nacional e dado por corneta o toque de Bandeira, prosseguindo-se normalmente o cerimonial para o hasteamento
da Bandeira Nacional;
III - às 12:00 h os navios embandeiram nos topes; e
IV - após o hasteamento da Bandeira, são cremadas as Bandeiras Nacionais substituídas durante o ano e executada
salva de vinte e um tiros, por estação para tal fim designada e, em seguida, cantado o Hino à Bandeira por todos os
presentes, acompanhados ou não por banda de música.
Art. 7-2-4 Honras no dia Treze de Dezembro - No Dia do Marinheiro, é observado o seguinte cerimonial:
I - navios da MB - embandeiram nos topes das 08:00 h até o pôr do Sol;
II - OM onde se realizam cerimônias de entrega de condecorações da “Medalha Mérito Tamandaré”:
a) ao início da cerimônia, executam, em sequência, o hasteamento do pavilhão do Patrono da Marinha, o “Exórdio do
Patrono da Marinha”, salva de dezenove tiros por estação para tal fim designada e, em seguida, o arriamento do pavilhão
do Patrono da Marinha; e
b) durante o período em que o pavilhão do Patrono da Marinha permanecer içado, só podem permanecer hasteadas no
mastro principal, e com precedência sobre o mesmo, as seguinte bandeiras:

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1. a Bandeira Nacional, hasteada em OM de terra ou no penol da carangueja de navios no mar;

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2. o estandarte do Presidente da República, se presente à cerimônia;


3. o pavilhão do Vice-Presidente da República, se presente à cerimônia e ausente o Presidente da República; e
4. a Bandeira Nacional, hasteada por motivo de embandeiramento nos topes ou da presença a bordo do Presidente do
Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, Senado Federal ou Câmara dos Deputados; e
III - as OM que realizarem as cerimônias de entrega de condecorações da “Medalha Mérito Tamandaré” em outras datas
podem, quando autorizadas pelo Comandante do Distrito Naval, cumprir o cerimonial previsto para o Dia do Marinheiro.
Art. 7-2-5 Demais dias de pequena gala - Nas datas de pequena gala de 1o de janeiro, 21 de abril, 1o de maio e 25
de dezembro, os navios da MB embandeiram nos topes das 08:00 h ao pôr do Sol.
Art. 7-2-6 Datas festivas de Unidades da Federação - Os navios participam das comemorações referentes às datas
festivas de Unidades da Federação onde estiverem atracados, cumprindo embandeiramento em arco.
Art. 7-2-7 Presença de navios estrangeiros - O COMAPEM, no porto brasileiro onde se encontrarem navios de
guerra estrangeiros e nacionais, ou o Comandante do Distrito, na sua sede, deve:
I - às vésperas da data festiva, com antecedência de, pelo menos, vinte e quatro horas, mandar um oficial participar
ao COMAPEM estrangeiro o motivo, natureza e horário do cerimonial que é executado, convidando-o para que
seus navios também participem das honras; e
II - no dia seguinte ao da realização do cerimonial, mandar um oficial agradecer a participação estrangeira.
Art. 7-2-8 Participação de tropas estrangeiras - As Forças estrangeiras que participem, em território brasileiro, de
paradas em comemoração a data festiva, nacional
ou estrangeira, têm posição de destaque na vanguarda das forças em parada, devendo ser observado o seguinte:
I - pequeno destacamento de forças brasileiras precede, se possível, as forças estrangeiras, como guarda de honra;
II - a precedência entre as forças estrangeiras obedece a critérios de:
a) antiguidade entre os comandantes das forças;
b) antiguidade entre os comandantes de destacamentos em parada; e
c) ordem alfabética das nações representadas, na língua portuguesa; e
III - se o desfile for em comemoração a data festiva de nação estrangeira, o destacamento da nação festejada tem
precedência sobre os demais.
Art. 7-2-9 Comemorações em portos estrangeiros - Os navios, em porto estrangeiro, comemoram os dias de grande
e pequena gala, devendo o COMAPEM ou Comandante:
I - dar ciência à autoridade naval estrangeira anfitriã, com antecedência adequada, do motivo, natureza e horário
das honras; e
II - formular convite para participação de representações das Marinhas estrangeiras presentes no porto.

TÍTULO IX - HONRAS FÚNEBRES


CAPÍTULO 1 - REGRAS GERAIS
Art. 9-1-1 Conceituação - Honras fúnebres são homenagens póstumas prestadas aos despojos mortais de militar
ou de autoridade civil, de acordo com a posição hierárquica que ocupava.
Art. 9-1-2 Autoridade que determina - As honras fúnebres são determinadas:
I - pelo Presidente da República, Ministro de Estado da Defesa, Comandante da Marinha, Comandante de Distrito
Naval ou Titular da OM à qual pertencia o militar falecido;
II - pelo Presidente da República, Ministro de Estado da Defesa e Comandante da Marinha, em caráter excepcional,
aos despojos mortais de Chefe de Missão Diplomática
estrangeira falecido no Brasil ou de insigne personalidade, inclusive quanto ao transporte em viatura especial e
acompanhamento por tropa;

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III - excepcionalmente, o Presidente da República, o Ministro de Estado da Defesa e o Comandante da Marinha podem

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determinar que sejam prestadas Honras Fúnebres aos despojos mortais de Presidente do Congresso Nacional, Presidente
da Câmara dos Deputados, Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro de Estado ou Secretário Especial da
Presidência da República equiparado a Ministro de Estado, assim como o seu transporte, em viatura especial,
acompanhada por tropa; e
IV - as Honras Fúnebres prestadas a Chefes de Missão Diplomática estrangeira ou às autoridades mencionadas no
inciso III do presente artigo seguem as mesmas prescrições estabelecidas para o Comandante da Marinha.
Art. 9-1-3 Luto oficial - A par das honras fúnebres que venham a ser prestadas, podem os Governos nos âmbitos Federal,
Estadual ou Municipal determinar que seja observado luto oficial por determinado período de dias.
Art. 9-1-4 Guarda fúnebre - Guarda fúnebre é a tropa armada postada para render honras aos despojos mortais de
militares e autoridades civis que a elas tenham direito.
Art. 9-1-5 Escolta fúnebre - Escolta fúnebre é a tropa destinada ao acompanhamento dos despojos mortais de
autoridades civis e de militares falecidos quando em serviço ativo.
Art. 9-1-6 Cobertura do Féretro - Até o ato de inumação, o féretro de militar ativo ou inativo da MB é coberto com a
Bandeira Nacional.
Art. 9-1-7 Sinal de luto - O sinal de luto, em fita de crepe na cor preta, a ser usado somente quando determinado por
autoridade competente, consiste:
I - na Bandeira Nacional e nos estandartes, de laço atado junto à esfera armilar ou lança;
II - nos uniformes dos oficiais e praças, de braçal na manga esquerda, a quinze centímetros do ombro;
III - nos tambores, de faixa envolta no fuste; e
IV - nas cornetas, de pequeno laço atado ao cordão.
Art. 9-1-8 Sepultamento no mar - Quando as circunstâncias obrigarem ao sepultamento no mar, as honras fúnebres,
caso as condições permitam, limitam-se ao seguinte, observando-se a função, posto ou graduação que o falecido tinha
em vida:
I - o navio responsável pelo sepultamento paira sob máquinas, assim como os que o acompanham;
II - são executadas as honras de portaló, seguidas de três descargas de fuzilaria, antes de ser lançado ao mar o féretro;
III - logo após, inicia a salva final, quando devida, ocasião em que a bandeira-insígnia a que tinha direito o morto é
atopetada, sendo arriada ao término da salva; e
IV - os despojos mortais vão, se possível, em caixão fechado, broqueado, e suficientemente lastrado para garantir a
submersão.
Art. 9-1-9 Honras na saída de bordo do féretro - Quando na saída de féretro de bordo, as honras fúnebres prestadas a
militar ou autoridade civil consistem das continências inerentes às honras de portaló devidas em vida ou aquelas que,
por ocasião de seu falecimento, tenha o Governo resolvido conceder, da seguinte forma:
I - são hasteadas à meia adriça a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro;
II - com a guarnição, descoberta, concentrada nas proximidades, são prestadas as honras de portaló;
III - seguem-se três descargas de fuzilaria e, se devido, a salva;
IV - a banda de música, se presente, toca acordes de marcha fúnebre, antes de cada descarga de fuzilaria; e
V - após a saída do féretro, a Bandeira Nacional e de Cruzeiro são atopetadas.
Art. 9-1-10 Cortejo no mar - O cortejo no mar, para acompanhamento do féretro, é organizado da seguinte forma:
I - constituição, tendo em vista o grau hierárquico ou função exercida pelo falecido:
a) Comandante de Força - cada navio da respectiva Força faz-se representar, pelo menos, com uma
embarcação levando oficial, suboficial e praças;
b) Comandante de navio ou oficial embarcado - participam as embarcações disponíveis do navio, levando, cada
uma, oficial, suboficial e praças;
c) Suboficial - participam, pelo menos, duas embarcações conduzindo um oficial, suboficiais e destacamento
de praças; e

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d) Praça - participa, pelo menos, uma embarcação conduzindo um oficial, um suboficial e seis outras praças;

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II - a embarcação que transportar féretro hasteia à meia adriça a Bandeira Nacional e a bandeira-insígnia que
competia ao falecido quando em vida;
III - as demais embarcações do cortejo hasteiam somente a Bandeira Nacional à meia adriça; e
IV - os navios da MB hasteiam à meia adriça a Bandeira
Nacional sempre que passar próximo o cortejo fúnebre oficial ou navio de guerra com bandeira em funeral.
Art. 9-1-11 Honras em terra - Quando em terra, as honras fúnebres prestadas a militar da MB, com a participação
de tropa da MB, obedecem ao seguinte:
I - iniciam com o toque de presença, correspondente ao devido em vida, quando o féretro alcançar a direita da
guarda fúnebre, seguindo-se o de continência;
II - o féretro para ao chegar em frente ao Comandante da guarda fúnebre, ocasião em que são dadas três
descargas de fuzilaria, tocando a banda de música, se presente, acordes de marcha fúnebre, antes de cada
descarga;
III - caso o efetivo da guarda fúnebre seja maior do que uma companhia:
a) durante as descargas, o restante da tropa permanece em “Ombro arma”, sendo os acordes da marcha
fúnebre iniciados logo após a voz de “Preparar” dada pelo oficial que comandar o funeral; e
b) após as descargas, o comandante da guarda fúnebre dá voz de “Apresentar arma” e “Olhar à direita”, quando
então o féretro desfila diante da tropa em continência, tocando a banda de música, se presente, marcha fúnebre; e
IV - a salva e o “Toque de silêncio”, se devidos, são executados ao baixar o corpo à sepultura.
Art. 9-1-12 Prescrições especiais para os dias de funeral e luto oficial - Nos dias de funeral e de luto oficial:
I - não são executados toques de continência nem dadas salvas por outros motivos que não sejam os previstos
neste Título, a menos que especificamente autorizado pelos Comandantes de Distrito Naval;
II - a Bandeira Nacional é hasteada à meia adriça, sendo observado o cerimonial completo, com todas as honras
e toques de continência; durante postos de combate ou por ocasião de fotografias ou filmagem é atopetada;
quando conduzida por tropa, ostenta o sinal de luto. Enquanto perdurar o luto oficial, permanecerá à meia
adriça, também, após o pôr do Sol e até as 23:59h do último dia estabelecido;
III - não é executado o Hino Nacional, exceto por ocasião do Cerimonial à Bandeira Nacional;
IV - a Bandeira do Cruzeiro é hasteada à meia adriça acompanhando a Bandeira Nacional;
V - nas OM onde se realizem honras fúnebres, as guardas e sentinelas têm as armas em funeral;
VI - para os procedimentos não previstos neste Cerimonial referentes às honras fúnebres, são cumpridas as
disposições do Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas; e
VII - mediante autorização do Comandante do Distrito Naval da área, as cerimônias militares, tais como
formaturas e graduações, cujas datas de realização, por serem especiais, não devem ser alteradas, podem ser
realizadas por completo, observado o inciso I deste artigo.
Art. 9-1-13 Quando não são prestadas as honras - As honras fúnebres não são prestadas, mas transferidas, se
possível, para outra ocasião:
I - nos dias de festa nacional; e
II - nos dias de grande gala do país estrangeiro, em cujo porto se encontrar navio da MB.
Art. 9-1-14 Quando podem ser dispensadas - As honras fúnebres podem ser dispensadas, a critério da autoridade
competente:
I - quando o falecido as houver dispensado em vida;
II - quando solicitação nesse sentido partir da própria família;
III - quando a comunicação do falecimento chegar tardiamente;
IV - no caso de perturbação da ordem pública; e
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V - em condições adversas de tempo.

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Art. 9-1-15 No Dia dos Mortos - No dia 2 de novembro, data consagrada ao culto aos mortos:
I - os navios e OM embandeiram à meia adriça de 08:00 h até as 23:59h; eII - durante o embandeiramento à
meia adriça, as embarcações miúdas mantêm nessa posição a Bandeira Nacional.
Art. 9-1-16 Presente em porto nacional navio de guerra estrangeiro - guerra estrangeiros, o COMAPEM:
I - manda, com a possível antecedência, oficial participar aos COMAPEM estrangeiros o motivo e a natureza das
honras fúnebres que são prestadas pelos navios da MB; e
II - terminadas as honras fúnebres, manda oficial agradecer aos COMAPEM dos navios estrangeiros que nelas
houverem tomado parte.
Art. 9-1-17 Em países Estrangeiros - Não obstante o disposto neste Cerimonial, as honras fúnebres em países
estrangeiros devem pautar-se ao que for neles de uso.
Art. 9-1-18 Guarda fúnebre em porto estrangeiro - Quando em porto estrangeiro ocorrer, a bordo de navio da MB,
o falecimento de militar ou civil com direito a honras fúnebres, compete ao COMAPEM solicitar à autoridade local
competente, por intermédio do agente diplomático ou consular brasileiro, permissão para desembarcar a guarda
fúnebre, que junto ou não com a escolta fúnebre tiver de prestar as devidas honras.

CAPÍTULO 2 - FALECIMENTO DE AUTORIDADES


Art. 9-2-1 Presidente da República - Quando ocorrer o falecimento do Presidente da República, os navios da MB prestam
as seguintes honras fúnebres:
I - navios surtos no porto onde forem conduzidas as honras:
a) na hora determinada para o início das honras fúnebres, içam o embandeiramento à meia adriça;
b) a estação de salva ou o navio designado salva com vinte e um tiros; quinze minutos após, inicia nova salva de
vinte e um tiros, com o intervalo entre os tiros convenientemente ajustado para que o último ocorra quinze minutos
antes do término das honras fúnebres; ao término das honras é dada outra salva de vinte e um tiros;
c) logo após a execução do último tiro, os navios arriam o embandeiramento à meia adriça e hasteiam à meia adriça
a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro; e
d) se o enterro se der em data posterior ao dia do início das honras, os vinte e um tiros periódicos são iniciados ao
nascer do sol do dia do enterro.
II - navios surtos em outros portos, no dia designado por autoridade competente, prestam honras idênticas às
descritas no inciso I, de conformidade com os entendimentos junto ao Governador ou primeira autoridade local, quando
nos portos nacionais, ou agentes diplomáticos ou consulares brasileiros, quando nos portos estrangeiros.
Art. 9-2-2 Chefe de nação Estrangeira - Quando em porto nacional forem determinadas honras fúnebres por motivo de
falecimento de Chefe de Nação estrangeira, os navios da MB prestam as honras previstas para o Presidente da República,
com as seguintes alterações:
I - a Bandeira Nacional hasteada à meia adriça no mastro principal é substituída pela bandeira da nação enlutada;
II - não são dados os tiros periódicos; e
III - caso estejam presentes navios de guerra da nação enlutada, são observados os horários de início e término das
honras fúnebres realizadas pelos visitantes.
Art. 9-2-3 Ministro da Defesa e Comandante da Marinha - Quando ocorrer o falecimento do Ministro da Defesa ou do
Comandante da Marinha, as OM da MB prestam as seguintes honras fúnebres:
I - OM de terra sediadas e navios surtos no porto onde forem conduzidas as honras:
a) na hora determinada para o início das honras fúnebres, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e, os navios,
também a do Cruzeiro;
b) simultaneamente, a estação de salva ou o navio designado inicia salva de dezenove tiros, com o intervalo entre
os tiros convenientemente ajustado para que o último ocorra quinze minutos antes do término das honras fúnebres; ao
término das honras é dada nova salva com dezenove tiros;
c) logo após a execução do último tiro, são atopetadas a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro; e

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d) se o enterro se der em data posterior ao dia do início das honras, os dezenove tiros periódicos são iniciados ao

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nascer do sol do dia do enterro.


II - em outras localidades, inclusive estrangeiras, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro, desde
o início até o término das honras fúnebres.
Art. 9-2-4 Governador de Estado - Por ocasião de falecimento de Governador de Unidade da Federação, os navios da
MB que se encontrarem em porto da respectiva Unidade prestam as honras fúnebres idênticas às previstas para o
Ministro da Defesa.
Art. 9-2-5 Almirantado - Quando ocorrer o falecimento de um dos membros do Almirantado, as OM da MB prestam as
honras fúnebres idênticas às previstas para o Ministro da Defesa, sem tiros periódicos e com a salva, ao término das
honras fúnebres,de dezessete tiros.
Art. 9-2-6 Demais Almirantes - Quando ocorrer o falecimento de Almirante que não seja membro do Almirantado, são
prestadas as seguintes honras fúnebres:
I - na hora determinada para início das honras, os navios e unidades subordinadas, surtos ou localizadas no porto
onde serão conduzidas as honras, hasteiam à meia adriça a Bandeira Nacional e, os navios, também a do Cruzeiro;
II - caso a autoridade falecida exercesse cargo de Comando ou Direção, seu pavilhão é hasteado à meia adriça no
capitânia ou OM onde servia, conforme o caso;
III - ao término das honras, a estação de salva, o navio, ou unidade designada dá salva correspondente à autoridade
falecida; e
IV - logo após o último tiro, a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro são atopetadas e arriado o pavilhão.
Art. 9-2-7 Oficial superior Comandante de Força - Por ocasião de falecimento de Oficial Superior Comandante de Força,
são prestadas, pelos navios e unidades subordinados, no que couber, as honras fúnebres estabelecidas para Almirantes.
Art. 9-2-8 Comandante de navio - Ao Comandante de navio da MB que falecer, qualquer que seja o seu posto, são
prestadas as seguintes honras fúnebres:
I - quando ocorrer a bordo, até a saída do corpo, o navio que comandava hasteia à meia adriça a Bandeira Nacional,
do Cruzeiro e a Flâmula de Comando; se o navio for Capitânia, a Flâmula de Comando é hasteada à meia adriça, sem
prejuízo do pavilhão de Comandante de Força que se encontra hasteado; logo após a saída, são atopetadas a Bandeira
Nacional e a do Cruzeiro e arriada a Flâmula de Comando; e
II - quando ocorrer em terra, as honras fúnebres são as previstas para serem prestadas a militar da MB falecido em
terra, com a participação de guarda fúnebre.
Art. 9-2-9 Servidor público - No navio da MB onde ocorrer o falecimento de servidor público brasileiro, por ocasião da
saída do corpo de bordo é hasteada à meia adriça a Bandeira Nacional.
Art. 9-2-10 Agente Diplomático - Quando ocorrer o falecimento de agente diplomático brasileiro no país em que for
acreditado, os navios da MB que se encontrarem em porto do mesmo país prestam as seguintes honras fúnebres:
I - para Embaixador:
a) no dia do funeral, mantêm hasteadas à meia adriça a Bandeira Nacional e a bandeira-insígnia de Embaixador,
ambas no mastro principal, e a do Cruzeiro, desde às 08:00 h até o pôr do Sol, ou até a hora do sepultamento, caso ocorra
antes;
b) no pôr do Sol ou no momento do sepultamento, caso ocorra antes, o navio do COMAPEM atopeta o pavilhão de
Embaixador e dá uma salva de dezenove tiros; e
c) logo após a execução do último tiro, são atopetadas a Bandeira Nacional e a do Cruzeiro e arriada a bandeira-
insígnia, quando terminam as honras fúnebres; e
II - para Chefes de Missão, as devidas a Embaixador, devendo a bandeira-insígnia correspondente ser hasteada, à
meia adriça, apenas no navio do COMAPEM e o número de tiros da salva, o que competia à autoridade quando viva.
Art. 9-2-11 Agente Consular - Quando ocorrer o falecimento de agente consular brasileiro em país estrangeiro, os navios
da MB que se encontrarem em porto sob a jurisdição do respectivo distrito consular prestam as honras fúnebres devidas
a agente diplomático Chefe de Missão, devendo a bandeira-insígnia correspondente ser hasteada, à meia adriça, apenas
por ocasião da salva, sendo arriada ao término.

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CAPÍTULO 3 - FALECIMENTO DE MILITARES DA MB INATIVOS

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Art. 9-3-1 Quando são prestadas - Mediante solicitação expressa da família de militar falecido na situação de
inatividade, os Comandantes de Distrito Naval podem autorizar que sejam prestadas honras fúnebres, como
previsto neste Cerimonial.
Art. 9-3-2 Ex-Ministros da Marinha e ex-Comandantes da Marinha - Aos ex-Ministros da Marinha e ex-
Comandantes da Marinha cabem as seguintes honras:
I - guarda fúnebre, com o efetivo de uma companhia, formada em alas no interior da necrópole, e grupo de
combate nas proximidades da sepultura, o qual realiza as descargas de fuzilaria;
II - comissão de representação designada e chefiada pelo COMAP na área de jurisdição do Distrito Naval onde
se situa a necrópole; e
III - honras de portaló ao alcançar o féretro a guarda fúnebre.
Art. 9-3-3 Almirantes - Aos Almirantes cabem as seguintes honras:
I - guarda fúnebre com o efetivo de um pelotão, formado em alas no interior da necrópole, e grupo de combate
nas proximidades da sepultura, o qual realiza as descargas de fuzilaria;
II - comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja área de jurisdição se situa
a necrópole, chefiada por Contra-Almirante; e
III - honras de portaló ao alcançar o féretro a guarda fúnebre.
Art. 9-3-4 Oficiais Superiores - Aos oficiais superiores cabem as seguintes honras:
I - guarda fúnebre, com o efetivo de um grupo de combate, nas proximidades da sepultura, o qual realiza as
descargas de fuzilaria; e
II - comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja área de jurisdição se situa
a necrópole, chefiada por oficial superior.
Art. 9-3-5 Oficiais Intermediários e Subalternos - Aos oficiais intermediários e subalternos cabem a seguinte honra:
Comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja área de jurisdição se situa a
necrópole, chefiada por oficial intermediário.
Art. 9-3-6 Praças - Às praças cabem as seguintes honras:
I - suboficiais e sargentos: Comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval, em cuja
área de jurisdição se situa a necrópole, chefiada por oficial subalterno;
II - cabos, marinheiros e soldados: Comissão de representação designada pelo Comandante de Distrito Naval,
em cuja área de jurisdição se situa a necrópole, chefiada por suboficial ou primeiro-sargento.
Art. 9-3-7 Reduções das honras devidas - A critério do COMAP, no caso de ex-Ministros da Marinha, ou do
Comandante de Distrito Naval, nos demais casos, as honras fúnebres previstas para militares inativos podem ser
reduzidas, tendo em vista a disponibilidade de meios, os efetivos de pessoal e a localização da necrópole.

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

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FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988


(Última alteração: 2019)

TÍTULO V
Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas
CAPÍTULO II
Das Forças Armadas
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente
da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes,
da lei e da ordem.
§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego
das Forças Armadas.
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser
fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela EC n. 18/1998)
I – as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da
República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e
postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela EC n.
18/1998)
II – o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a
hipótese prevista no art. 37, XVI, c, será transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela EC n. 77/2014)
III – o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil
temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, XVI, c, ficará
agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade,
contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois
anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela EC n. 77/2014)
IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela EC n. 18/1998)
V – o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;(Incluído pela EC n. 18/1998)
VI – o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por
decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;
(Incluído pela EC n. 18/1998)
VII – o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por
sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; (Incluído pela EC n. 18/1998)
VIII – aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, XI, XIII, XIV e XV,
bem como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, XVI, c; (Redação dada pela EC n. 77/2014)
IX – (Revogado pela EC n. 41/2003)
X – a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de
transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações
especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de
compromissos internacionais e de guerra. (Incluído pela EC n. 18/1998)
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após
alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção
filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a
outros encargos que a lei lhes atribuir.

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DECRETO nº 3.897/2001

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(24 de agosto de 2001)


DIRETRIZES PARA O EMPREGO DAS FORÇAS ARMADAS
NA GARANTIA DA LEI E DA ORDEM, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS
Art. 1º As diretrizes estabelecidas neste Decreto têm por finalidade orientar o planejamento, a coordenação e a
execução das ações das Forças Armadas, e de órgãos governamentais federais, na garantia da lei e da ordem.

Art. 2º É de competência exclusiva do Presidente da República a decisão de emprego das Forças Armadas na
garantia da lei e da ordem.
§ 1º A decisão presidencial poderá ocorrer por sua própria iniciativa, ou dos outros poderes constitucionais,
representados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, pelo Presidente do Senado Federal ou pelo
Presidente da Câmara dos Deputados.
§ 2º O Presidente da República, à vista de solicitação de Governador de Estado ou do Distrito Federal, poderá,
por iniciativa própria, determinar o emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem.
Art. 3º Na hipótese de emprego das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem, objetivando a preservação
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, porque esgotados os instrumentos a isso
previstos no art. 144 da Constituição, lhes incumbirá, sempre que se faça necessário, desenvolver as ações de
polícia ostensiva, como as demais, de natureza preventiva ou repressiva, que se incluem na competência,
constitucional e legal, das Polícias Militares, observados os termos e limites impostos, a estas últimas, pelo
ordenamento jurídico.
Parágrafo único. Consideram-se esgotados os meios previstos no art. 144 da Constituição, inclusive no que
concerne às Polícias Militares, quando, em determinado momento, indisponíveis, inexistentes, ou insuficientes ao
desempenho regular de sua missão constitucional.

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Art. 4º Na situação de emprego das Forças Armadas objeto do art. 3o, caso estejam disponíveis meios, conquanto
insuficientes, da respectiva Polícia Militar, esta, com a anuência do Governador do Estado, atuará, parcial ou
totalmente, sob o controle operacional do comando militar responsável pelas operações, sempre que assim o
exijam, ou recomendem, as situações a serem enfrentadas.
§ 1º Tem-se como controle operacional a autoridade que é conferida, a um comandante ou chefe militar, para
atribuir e coordenar missões ou tarefas específicas a serem desempenhadas por efetivos policiais que se encontrem
sob esse grau de controle, em tal autoridade não se incluindo, em princípio, assuntos disciplinares e logísticos.
§ 2º Aplica-se às Forças Armadas, na atuação de que trata este artigo, o disposto no caput do art. 3o anterior
quanto ao exercício da competência, constitucional e legal, das Polícias Militares.
Art. 5º O emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, que deverá ser:
• Episódico,
• Em área previamente definida e
• Ter a menor duração possível,
Abrange, ademais da hipótese objeto dos arts. 3º e 4º, outras em que se presuma ser possível a perturbação da
ordem, tais como as relativas a eventos oficiais ou públicos, particularmente os que contem com a participação de
Chefe de Estado, ou de Governo, estrangeiro, e à realização de pleitos eleitorais, nesse caso quando solicitado.
Parágrafo único. Nas situações de que trata este artigo, as Forças Armadas atuarão em articulação com as
autoridades locais, adotando-se, inclusive, o procedimento previsto no art. 4º.
Art. 6º A decisão presidencial de emprego das Forças Armadas será comunicada ao Ministro de Estado da Defesa
por meio de documento oficial que indicará a missão, os demais órgãos envolvidos e outras informações
necessárias.

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DECRETO Nº 6.806, DE 25 DE MARÇO DE 2009.

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(Última alteração: 2019)


REGULAMENTO DE CONTINÊNCIA
Art. 1o É delegada competência ao Ministro de Estado da Defesa, vedada a subdelegação, para aprovar o
Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas.
Art. 2o O Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas,
cujas prescrições serão aplicáveis às situações diárias da vida castrense, estando o militar de serviço ou não, em
área militar ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de natureza militar ou cívica, terá por finalidade:
I - estabelecer as honras, as continências e os sinais de respeito que os militares prestam a determinados
símbolos nacionais e às autoridades civis e militares;
II - regular as normas de apresentação e de procedimento dos militares, bem como as formas de tratamento e
a precedência; e
III - fixar as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum às Forças Armadas.
Art. 3o O Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas
observará os seguintes preceitos:
I - terão continências:
a) a Bandeira Nacional:
1. ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica;
2. Por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporação nas formaturas;
3. Quando conduzida por tropa ou por contingente de Organização Militar;
4. Quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organização civil em
cerimônia cívica; e
5. Quando, no período compreendido entre oito horas e o pôr-do-sol, um militar entra a bordo de navio de
guerra ou dele sai ou quando, na situação de “embarcado”, avista-a ao entrar a bordo pela primeira vez ou ao
sair pela última vez;
b) o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica;
c) o Presidente da República;
d) o Vice-Presidente da República;
e) os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal;
f) o Ministro de Estado da Defesa;
g) os demais Ministros de Estado quando em visita de caráter oficial;
h) os Governadores de Estado, de Territórios Federais e do Distrito Federal nos respectivos territórios ou,
quando reconhecidos ou identificados, em qualquer parte do País em visita de caráter oficial;
i) os Ministros do Superior Tribunal Militar quando reconhecidos ou identificados;
j) os militares da ativa das Forças Armadas, mesmo em traje civil; nesse último caso, quando for obrigatório o
seu reconhecimento em função do cargo que exerce ou, para os demais militares, quando reconhecidos ou
identificados;
l) os militares da reserva ou reformados quando reconhecidos ou identificados;
m) a tropa quando formada;
n) as Bandeiras e os Hinos das Nações Estrangeiras, nos casos das alíneas “a” e “b” deste inciso;
o) as autoridades civis estrangeiras correspondentes às constantes das alíneas “c” a “h” deste inciso quando
em visita de caráter oficial;

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p) os militares das Forças Armadas estrangeiras quando uniformizados e, se em trajes civis, quando

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reconhecidos ou identificados; e
q) os integrantes das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, corporações consideradas forças
auxiliares e reserva do Exército;
II - terão continência da tropa os símbolos e as autoridades relacionadas nas alíneas “a” a “j”, “m” a “o” e “q”
do inciso I deste artigo e, ainda:
a) os militares da reserva ou reformados quando uniformizados; e
b) os militares das Forças Armadas estrangeiras quando uniformizados;
III - terão direito a honras militares:
a) o Presidente da República;
b) o Vice-Presidente da República;
c) o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal quando incorporados;
d) o Ministro de Estado da Defesa;
e) os demais Ministros de Estado quando em visita de caráter oficial a organização militar;
f) os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas; (Redação dada pelo Decreto nº 7.960, de 2013);
g) o Superior Tribunal Militar quando incorporado;
h) os militares das Forças Armadas;
i) os Governadores dos Estados, dos Territórios Federais e do Distrito Federal quando em visita de caráter
oficial a organização militar;
j) os Chefes de Missão Diplomática;
l) os Ministros Plenipotenciários de Nações Estrangeiras e os Enviados Especiais; e
m) outras autoridades, desde que expressa e excepcionalmente determinado pelo Presidente da República,
pelo Ministro de Estado da Defesa ou pelo Comandante da Força Singular que prestará a homenagem.

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ESTATUTO DOS MILITARES

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(Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980 –Edição Revisada 2009 - Última alteração: 2019)
TÍTULO I - Generalidades
CAPÍTULO 1- Disposições Preliminares
Art. 1º - O presente Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos membros das
Forças Armadas.
Art. 2° - As Forças Armadas, essenciais à execução da política de segurança nacional, são constituídas pela Marinha,
pelo Exército e pela Aeronáutica, e destinam-se a defender a Pátria e a garantir os poderes constituídos, a lei e a
ordem. São Instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Presidente da República e dentro dos limites da lei.
Art. 3° - Os membros das Forças Armadas, em razão de sua destinação constitucional, formam uma categoria
especial de servidores da Pátria e são denominados militares.
§ 1º - Os militares encontram-se em uma das seguintes situações:
a) na ativa:
I - os de carreira;
II - os temporários, incorporados às Forças Armadas para prestação de serviço militar, obrigatório ou
voluntário, durante os prazos previstos na legislação que trata do serviço militar ou durante as prorrogações desses
prazos; (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
III - os componentes da reserva das Forças Armadas quando convocados, reincluídos, designados ou
mobilizados;
IV - os alunos de órgão de formação de militares da ativa e da reserva; e
V - em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço ativo nas Forças Armadas.
b) na inatividade:
I - os da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Armadas e percebam remuneração da
União, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação ou mobilização;
II - os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores estejam dispensados,
definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuem a perceber remuneração da União; e
III - os da reserva remunerada e, excepcionalmente, os reformados, que estejam executando tarefa por tempo
certo, segundo regulamentação para cada Força Armada. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 2º - Os militares de carreira são aqueles da ativa que, no desempenho voluntário e permanente do serviço
militar, tenham vitaliciedade, assegurada ou presumida, ou estabilidade adquirida nos termos da alínea “a” do
inciso IV do caput do art. 50 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 3º Os militares temporários não adquirem estabilidade e passam a compor a reserva não remunerada das
Forças Armadas após serem desligados do serviço ativo. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
Art. 4° - São considerados reserva das Forças Armadas:
I - individualmente:
a) os militares da reserva remunerada; e
b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para a ativa.
II - no seu conjunto:
a) as Polícias Militares; e
b) os Corpos de Bombeiros Militares.
§ 1o - A Marinha Mercante, a Aviação Civil e as empresas declaradas diretamente devotadas às finalidades
precípuas das Forças Armadas, denominada atividade efeitos de mobilização e de emprego, reserva das Forças
Armadas.

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§ 2o - O pessoal componente da Marinha Mercante, da Aviação Civil e das empresas declaradas diretamente

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relacionadas com a segurança nacional, bem como os demais cidadãos em condições de convocação ou mobilização
para a ativa, só serão considerados militares quando convocados ou mobilizados para o serviço nas Forças
Armadas.

Art. 5° - A carreira militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada às finalidades precípuas
das Forças Armadas, denominada atividade militar.
§ 1o - A carreira militar é privativa do pessoal da ativa, inicia-se com o ingresso nas Forças Armadas e obedece
às diversas sequências de graus hierárquicos.
§ 2o - São privativas de brasileiro nato as carreiras de oficial da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Art. 6° - São equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço na ativa”, “em serviço”, “em
atividade” ou “em atividade militar”, conferidas aos militares no desempenho de cargo, comissão, encargo, incumbência ou
missão, serviço ou atividade militar ou considerada de natureza militar, nas organizações militares das Forças Armadas, bem
como na Presidência da República, na Vice-Presidência da República, no Ministério da Defesa e nos demais órgãos quando
previsto em lei, ou quando incorporados às Forças Armadas. (Redação dada pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de
agosto de 2001)
Art. 7° - A condição jurídica dos militares é definida pelos dispositivos da Constituição que lhes sejam aplicáveis,
por este Estatuto e pela Legislação, que lhes outorgam direitos e prerrogativas e lhes impõem deveres e obrigações.
Art. 8o - O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber:
I - aos militares da reserva remunerada e reformados;
II - aos alunos de órgão de formação da reserva;
III - aos membros do Magistério Militar; e
IV - aos Capelães Militares.
Art. 9o - Os oficiais-generais nomeados Ministros do Superior Tribunal Militar, os membros do Magistério Militar e
os Capelães Militares são regidos por legislação específica.

CAPÍTULO 3
Da Hierarquia Militar e da Disciplina
Art. 14 - A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a responsabilidade
crescem com o grau hierárquico.
§ 1o - A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças
Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela
antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à
sequência de autoridade.

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§ 2o - Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições

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que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
§ 3o - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida entre militares
da ativa, da reserva remunerada e reformados.
Art. 15 - Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os militares da mesma categoria e têm a finalidade
de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
Art. 16 - Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas Forças Armadas, bem como a correspondência entre os
postos e as graduações da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são fixados nos parágrafos seguintes e no Quadro
em anexo.

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§ 1o - Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da República ou do Ministro de

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Força Singular e confirmado em Carta Patente.


§ 2o - Os postos de Almirante, Marechal e Marechal-do-Ar somente serão providos em tempo de guerra.
§ 3o - Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar competente.
§ 4o - Os Guardas-Marinha, os Aspirantes-a-Oficial e os alunos de órgãos específicos de formação de militares
são denominados praças especiais.
§ 5o - Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Corpos, Quadros, Armas, Serviços, Especialidades ou
Subespecialidades são fixados, separadamente, para cada caso, na Marinha, no Exército e na Aeronáutica.
§ 6o - Os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, cujos graus hierárquicos tenham denominação
comum, acrescentarão aos mesmos, quando julgado necessário, a indicação do respectivo Corpo, Quadro, Arma
ou Serviço e, se ainda necessário, a Força Armada a que pertencerem, conforme os regulamentos ou normas em
vigor.
§ 7o - Sempre que o militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá fazê-
lo com as abreviaturas respectivas de sua situação.
Art. 17 - A precedência entre militares da ativa do mesmo grau hierárquico, ou correspondente, é assegurada pela
antiguidade no posto ou graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida em lei.
§ 1o - A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da assinatura do ato da respectiva
promoção, nomeação, declaração ou incorporação, salvo quando estiver taxativamente fixada outra data.
§ 2o - No caso do parágrafo anterior, havendo empate, a antiguidade será estabelecida:
a) entre militares do mesmo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, pela posição nas respectivas escalas numéricas ou
registros existentes em cada força;
b) nos demais casos, pela antiguidade no posto ou graduação anterior; se, ainda assim, subsistir a igualdade,
recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicos anteriores, à data de praça e à data de nascimento para definir a
precedência, e, neste último caso, o de mais idade será considerado o mais antigo;
c) na existência de mais de uma data de praça, inclusive de outra Força Singular, prevalece a antiguidade do militar
que tiver maior tempo de efetivo serviço na praça anterior ou nas praças anteriores; e
d) entre os alunos de um mesmo órgão de formação de militares, de acordo com o regulamento do respectivo
órgão, se não estiverem especificamente enquadrados nas letras a, b e c.
§ 3o - Em igualdade de posto ou de graduação, os militares da ativa têm precedência sobre os da inatividade.
§ 4o - Em igualdade de posto ou de graduação, a precedência entre os militares de carreira na ativa e os da reserva
remunerada ou não, que estejam convocados, é definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou graduação.
Art. 18 - Em legislação especial, regular-se-á:
I - a precedência entre militares e civis, em missões diplomáticas, ou em comissão no País ou no estrangeiro; e
II - a precedência nas solenidades oficiais.
Art. 19 - A precedência entre as praças especiais e as demais praças é assim regulada:
I - os Guardas-Marinha e os Aspirantes-a-Oficial são hierarquicamente superiores às demais praças;
II - os Aspirantes da Escola Naval, os Cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras e da Academia da Força Aérea
e os alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, do Instituto Militar de Engenharia e das demais instituições de
graduação de oficiais da Marinha e do Exército são hierarquicamente superiores aos Suboficiais e aos
Subtenentes; (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
III - os alunos de Escola Preparatória de Cadetes e do Colégio Naval têm precedência sobre os Terceiros-Sargentos,
aos quais são equiparados;
IV - os alunos dos órgãos de formação de oficiais da reserva, quando fardados, têm precedência sobre os Cabos, aos
quais são equiparados; e
V - os Cabos têm precedência sobre os alunos das escolas ou dos centros de formação de sargentos, que a eles são
equiparados, respeitada, no caso de militares, a antiguidade relativa.

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TÍTULO I

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Capítulo 4 - Do Cargo e da Função Militares


Art. 20 – Cargo militar é um conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades cometidos a um militar em
serviço ativo.
§ 1o – O cargo militar, a que se refere este artigo, é o que se encontra especificado nos Quadros de Efetivo
ou Tabelas de Lotação das Forças Armadas ou previsto, caracterizado ou definido como tal em outras
disposições legais.
§ 2o – As obrigações inerentes ao cargo militar devem ser compatíveis com o correspondente grau
hierárquico e definidas em legislação ou regulamentação específica.
Art. 21 – Os cargos militares são providos com pessoal que satisfaça aos requisitos de grau hierárquico e de
qualificação exigidos para o seu desempenho.
Parágrafo único – O provimento de cargo militar far-se-á por ato de nomeação ou determinação expressa da
autoridade competente.
Art. 22 – O cargo militar é considerado vago a partir de sua criação e até que um militar nele tome posse, ou
desde o momento em que o militar exonerado, ou que tenha recebido determinação expressa da autoridade
competente, o deixe e até que outro militar nele tome posse de acordo com as normas de provimento previstas
no parágrafo único do artigo anterior.
Parágrafo único – Consideram-se também vagos os cargos militares cujos ocupantes tenham:
a) falecido;
b) sido considerados extraviados;
c) sido feitos prisioneiros; e
d) sido considerados desertores.
Art. 23 – Função militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo militar.
Art. 24 – Dentro de uma mesma organização militar, a sequência de substituições para assumir cargo ou
responder por funções, bem como as normas, atribuições e responsabilidades relativas, são as estabelecidas
na legislação ou regulamentação específica, respeitadas a precedência e a qualificação exigidaspara o cargo ou
o exercício da função.
Art. 25. O militar ocupante de cargo da estrutura das Forças Armadas, provido em caráter efetivo ou interino,
observado o disposto no parágrafo único do art. 21 desta Lei, faz jus aos direitos correspondentes ao cargo,
conforme previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
Parágrafo único. A remuneração do militar será calculada com base no soldo inerente ao seu posto ou à sua
graduação, independentemente do cargo que ocupar. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
Art. 26 – As obrigações que, pela generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não são catalogadas
como posições tituladas em "Quadro de Efetivo", "Quadro de Organização", "Tabela de Lotação" ou dispositivo
legal, são cumpridas como encargo, incumbência, comissão, serviço ou atividade, militar ou de natureza
militar.
Parágrafo único – Aplica-se, no que couber, a encargo, incumbência, comissão, serviço ou atividade, militar ou
de natureza militar, o disposto neste Capítulo para cargo militar.

TÍTULO II Das Obrigações e dos Deveres Militares


CAPÍTULO 1 - Das Obrigações Militares
SEÇÃO I - Do Valor Militar
Art. 27 - São manifestações essenciais do valor militar:
I - o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever militar e pelo solene juramento de
fidelidade à Pátria até com o sacrifício da própria vida;
II - o civismo e o culto das tradições históricas;
III - a fé na missão elevada das Forças Armadas;

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IV - o espírito de corpo, orgulho do militar pela organização onde serve;

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V - o amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercida; e


VI - o aprimoramento técnico-profissional.
SEÇÃO II Da Ética Militar
Art. 28 - O sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes das
Forças Armadas, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com a observância dos seguintes preceitos da ética
militar:
I - amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal;
II - exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo;
III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes;
V - ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o
cumprimento da missão comum;
VII - empregar todas as suas energias em benefício do serviço;
VIII - praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação;
IX - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
X - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza;
XI - acatar as autoridades civis;
XII - cumprir seus deveres de cidadão;
XIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;
XIV - observar as normas da boa educação;
XV - garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar;
XVI - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os
princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar;
XVII - abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou
para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII - abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas;
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou militares,
excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e
e) no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja na Administração Pública.
XIX - zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um de seus integrantes, obedecendo e fazendo
obedecer os preceitos da ética militar.
Art. 29 - Ao militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela
ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de
responsabilidade limitada.
§ 1o - Os integrantes da reserva, quando convocados, ficam proibidos de tratar, nas organizações militares e nas
repartições públicas civis, de interesse de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.

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§ 2o - Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o

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disposto no presente artigo.


§ 3o - No intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido aos oficiais titulares dos Quadros ou Serviços
de Saúde e de Veterinária o exercício de atividade técnico-profissional no meio civil, desde que tal prática não
prejudique o serviço e não infrinja o disposto neste artigo.
Art. 30 – Os Ministros das Forças Singulares poderão determinar aos militares da ativa da respectiva Força que,
no interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a origem e natureza dos seus bens, sempre
que houver razões que recomendem tal medida.

Capítulo 2 - Dos Deveres Militares


SEÇÃO I Conceituação
Art. 31 - Os deveres militares emanam de um conjunto de vínculos racionais, bem como morais, que ligam o
militar à Pátria e ao seu serviço, e compreendem, essencialmente:
I - a dedicação e a fidelidade à Pátria, cuja honra, integridade e instituições devem ser defendidas mesmo
com o sacrifício da própria vida;
II - o culto aos Símbolos Nacionais;
III - a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
IV - a disciplina e o respeito à hierarquia;
V - o rigoroso cumprimento das obrigações e das ordens; e
VI - a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.

SEÇÃO II
Do Compromisso Militar
Art. 32 - Todo cidadão, após ingressar em uma das Forças Armadas mediante incorporação, matrícula ou nomeação,
prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres militares
e manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los.
Art. 33 - O compromisso do incorporado, do matriculado e do nomeado, a que se refere o artigo anterior, terá
caráter solene e será sempre prestado sob a forma de juramento à Bandeira na presença de tropa ou guarnição
formada, conforme os dizeres estabelecidos nos regulamentos específicos das Forças Armadas, e tão logo o militar
tenha adquirido um grau de instrução compatível com o perfeito entendimento de seus deveres como integrante
das Forças Armadas.
§ 1o - O compromisso de Guarda-Marinha ou Aspirante-a-Oficial é prestado nos estabelecimentos de formação,
obedecendo o cerimonial ao fixado nos respectivos regulamentos.
§ 2o - O compromisso como oficial, quando houver, será regulado em cada Força Armada.

SEÇÃO III
Do Comando e da Subordinação
Art. 34 - Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o militar é investido legalmente
quando conduz homens ou dirige uma organização militar. O comando é vinculado ao grau hierárquico e constitui
uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o militar se define e se caracteriza como chefe.
Parágrafo único - Aplica-se à direção e à chefia de organização militar, no que couber, o estabelecido para comando.
Art. 35 - A subordinação não afeta, de modo algum, a dignidade pessoal do militar e decorre, exclusivamente, da
estrutura hierarquizada das Forças Armadas.
Art. 36 - O oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exercício de funções de comando, de chefia e de direção.
Art. 37 - Os graduados auxiliam ou complementam as atividades dos oficiais, quer no adestramento e no emprego
de meios, quer na instrução e na administração.
Parágrafo único - No exercício das atividades mencionadas neste artigo e no comando de elementos subordinados,
os suboficiais, os subtenentes e os sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade
profissional e técnica, incumbindo-lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do
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serviço e das normas operativas pelas praças que lhes estiverem diretamente subordinadas e a manutenção da

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coesão e do moral das mesmas praças em todas as circunstâncias.


Art. 38 - Os Cabos, Taifeiros Mores, Soldados de Primeira Classe, Taifeiros de Primeira Classe, Marinheiros,
Soldados, Soldados de Segunda Classe e Taifeiros de Segunda Classe são, essencialmente, elementos de execução.
Art. 39 - Os Marinheiros Recrutas, Recrutas, Soldados Recrutas e Soldados de Segunda Classe constituem os
elementos incorporados às Forças Armadas para a prestação do serviço militar inicial.
Art. 40 - Às praças especiais cabe a rigorosa observância das prescrições dos regulamentos que lhes são pertinentes,
exigindo-se-lhes inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-profissional.
Parágrafo único - Às praças especiais também se assegura a prestação do serviço militar inicial.
Art. 41 - Cabe ao militar a responsabilidade integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos
que praticar.

CAPÍTULO 3 - Da Violação das Obrigações e dos Deveres Militares

SEÇÃO I
Conceituação
Art. 42 – A violação das obrigações ou dos deveres militares constituirá crime, contravenção ou transgressão
disciplinar, conforme dispuser a legislação ou regulamentação específica.
§ 1o – A violação dos preceitos da ética militar será tão mais grave quanto mais elevado for o grau hierárquico
de quem a cometer.
§ 2o – No concurso de crime militar e de contravenção ou transgressão disciplinar, quando forem da mesma
natureza, será aplicada somente a pena relativa ao crime.
Art. 43 – A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos, ou a falta de exação no cumprimento
dos mesmos, acarreta para o militar responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, consoante a
legislação específica.
Parágrafo único – A apuração da responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal poderá concluir pela
incompatibilidade do militar com o cargo, ou pela incapacidade para o exercício das funções militares a ele
inerentes.
Art. 44 – O militar que, por sua atuação, se tornar incompatível com o cargo, ou demonstrar incapacidade no
exercício de funções militares a ele inerentes, será afastado do cargo.
§ 1o – São competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o impedimento do exercício da
função:
a) o Presidente da República;
b) os titulares das respectivas pastas militares e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; e
c) os comandantes, os chefes e os diretores, na conformidade da legislação ou regulamentação específica de
cada Força Armada.
§ 2o – O militar afastado do cargo, nas condições mencionadas neste artigo, ficará privado do exercício de
qualquer função militar até a solução do processo ou das providências legais cabíveis.
Art. 45 – São proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter
reivindicatório ou político.

SEÇÃO II
Dos Crimes Militares

Art. 46 – O Código Penal Militar relaciona e classifica os crimes militares, em tempo de paz e em tempo de guerra,
e dispõe sobre a aplicação aos militares das penas correspondentes aos crimes por eles cometidos.

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SEÇÃO III

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Das Contravenções ou Transgressões Disciplinares


Art. 47 – Os regulamentos disciplinares das Forças Armadas especificarão e classificarão as contravenções ou
transgressões disciplinares e estabelecerão as normas relativas à amplitude e aplicação das penas disciplinares, à
classificação do comportamento militar e à interposição de recursos contra as penas disciplinares.
§ 1o – As penas disciplinares de impedimento, detenção ou prisão não podem ultrapassar 30 (trinta) dias.
§ 2o – À praça especial aplicam-se, também, as disposições disciplinares previstas no regulamento do
estabelecimento de ensino onde estiver matriculada.

SEÇÃO IV
Dos Conselhos de Justificação e de Disciplina

Art. 48 – O oficial presumivelmente incapaz de permanecer como militar da ativa será, na forma da legislação
específica, submetido a Conselho de Justificação.
§ 1o – O oficial, ao ser submetido a Conselho de Justificação, poderá ser afastado do exercício de suas funções,
a critério do respectivo Ministro, conforme estabelecido em legislação específica.
§ 2o – Compete ao Superior Tribunal Militar, em tempo de paz, ou a Tribunal Especial, em tempo de guerra,
julgar, em instância única, os processos oriundos dos Conselhos de Justificação, nos casos previstos em lei
específica.
§ 3o – A Conselho de Justificação poderá, também, ser submetido o oficial da reserva remunerada ou reformado
presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade em que se encontra.
Art. 49 – O Guarda-Marinha, o Aspirante-a-Oficial e as praças com estabilidade assegurada, presumivelmente
incapazes de permanecerem como militares da ativa serão submetidos a Conselho de Disciplina e afastados das
atividades que estiverem exercendo, na forma de regulamentação específica.
§ 1o – O Conselho de Disciplina obedecerá a normas comuns às trêsForças Armadas.
§ 2o – Compete aos Ministros das Forças Singulares julgar, em última instancia, os processos oriundos dos
Conselhos de Disciplina convocados no âmbito das respectivas Forças Armadas.
§ 3o – A Conselho de Disciplina poderá, também, ser submetida a praça na reserva remunerada ou reformada,
presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade em que se encontra.

TÍTULO III Dos Direitos e das Prerrogativas dos Militares


CAPÍTULO I Dos Direitos
SEÇÃO I
Enumeração
Art. 50 - São direitos dos militares:
I - a garantia da patente em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e deveres a ela inerentes,
quando oficial, nos termos da Constituição;
I-A. - a proteção social, nos termos do art. 50-A desta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
II - o provento calculado com base no soldo integral do posto ou da graduação que possuía por ocasião da
transferência para a inatividade remunerada: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
a) por contar mais de 35 (trinta e cinco) anos de serviço; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
b) por atingir a idade-limite de permanência em atividade no posto ou na graduação; (Incluído pela Lei
nº 13.954, de 2019)
c) por estar enquadrado em uma das hipóteses previstas nos incisos VIII ou IX do caput do art. 98 desta Lei;
ou (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

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d) por ter sido incluído em quota compulsória unicamente em razão do disposto na alínea “c” do inciso III

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do caput do art. 101 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
III - o provento calculado com base em tantas quotas de soldo do posto ou da graduação quantos forem os anos
de serviço, até o limite de 35 (trinta e cinco) anos, quando tiver sido abrangido pela quota compulsória, ressalvado
o disposto na alínea “d” do inciso II do caput deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
IV - nas condições ou nas limitações impostas por legislação e regulamentação específicas, os
seguintes: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
a) a estabilidade, somente se praça de carreira com 10 (dez) anos ou mais de tempo de efetivo
serviço; (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
b) o uso das designações hierárquicas;
c) a ocupação de cargo correspondente ao posto ou à graduação;
d) a percepção de remuneração;
e) a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim entendida como o conjunto de atividades
relacionadas com a prevenção, conservação ou recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionais médicos,
farmacêuticos e odontológicos, bem como o fornecimento, a aplicação de meios e os cuidados e demais atos
médicos e paramédicos necessários;
f) o funeral para si e seus dependentes, constituindo-se no conjunto de medidas tomadas pelo Estado, quando
solicitado, desde o óbito até o sepultamento condigno;
g) a alimentação, assim entendida como as refeições fornecidas aos militares em atividade;
h) o fardamento, constituindo-se no conjunto de uniformes, roupa branca e roupa de cama, fornecido ao
militar na ativa de graduação inferior a Terceiro-Sargento e, em casos especiais, a outros militares;
i) a moradia para o militar em atividade, compreendendo;
1) alojamento em organização militar, quando aquartelado ou embarcado; e
2) habitação para si e seus dependentes: em imóvel sob a responsabilidade da União, de acordo com a
disponibilidade existente;
j)(Revogada pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001)
l) a constituição de pensão militar;
m) a promoção;
n) a transferência a pedido para a reserva remunerada;
o) as férias, os afastamentos temporários do serviço e as licenças;
p) a demissão e o licenciamento voluntários;
q) o porte de arma quando oficial em serviço ativo ou em inatividade, salvo caso de inatividade por alienação
mental ou condenação por crimes contra a segurança do Estado ou por atividades que desaconselhem aquele porte;
r) o porte de arma, pelas praças, com as restrições impostas pela respectiva Força Armada; e
s) outros direitos previstos em leis específicas.
§ 1o - (Revogada pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001)
a) o oficial que contar mais de 30 (trinta) anos de serviço, após o ingresso na inatividade, terá seus
proventos calculados sobre o soldo correspondente ao posto imediato, se em sua Força existir, em tempo de paz,
posto superior ao seu, mesmo que de outro Corpo, Quadro, Arma ou Serviço; se ocupante do último posto da
hierarquia militar de sua Força, em tempo de paz, o oficial terá os proventos calculados tomando-se por base o
soldo de seu próprio posto, acrescido de percentual fixado em legislação específica;
b) os subtenentes e suboficiais, quando transferidos para a inatividade, terão os proventos calculados sobre
o soldo correspondente ao posto de segundo-tenente, desde que contém mais de 30 (trinta) anos de serviço; e
c) as demais praças que contém mais de 30 (trinta) anos de serviço, ao serem transferidas para a
inatividade, terão os proventos calculados sobre o soldo correspondente à graduação imediatamente superior.
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§ 2º São considerados dependentes do militar, desde que assim declarados por ele na organização militar

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competente: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

I - o cônjuge ou o companheiro com quem viva em união estável, na constância do vínculo; (Redação
dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

II - o filho ou o enteado: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

a) menor de 21 (vinte e um) anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

b) inválido; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

V - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

VI - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

VII - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

VIII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

§ 3º Podem, ainda, ser considerados dependentes do militar, desde que não recebam rendimentos e sejam
declarados por ele na organização militar competente: (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

d) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

e) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

f) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

g) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

h) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

i) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

j) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

I - o filho ou o enteado estudante menor de 24 (vinte e quatro) anos de idade; (Incluído pela Lei nº
13.954, de 2019)

II - o pai e a mãe; (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

III - o tutelado ou o curatelado inválido ou menor de 18 (dezoito) anos de idade que viva sob a sua guarda
por decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

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§ 5º Após o falecimento do militar, manterão os direitos previstos nas alíneas “e”, “f” e “s” do inciso IV do caput deste

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artigo, enquanto conservarem os requisitos de dependência, mediante participação nos custos e no pagamento das
contribuições devidas, conforme estabelecidos em regulamento: (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
I - o viúvo, enquanto não contrair matrimônio ou constituir união estável; (Incluído pela Lei nº 13.954, de
2019)
II - o filho ou o enteado menor de 21 (vinte e um) anos de idade ou inválido; (Incluído pela Lei nº
13.954, de 2019)
III - o filho ou o enteado estudante menor de 24 (vinte e quatro) anos de idade; (Incluído pela Lei nº
13.954, de 2019)
IV - os dependentes a que se refere o § 3º deste artigo, por ocasião do óbito do militar. (Incluído pela
Lei nº 13.954, de 2019)

Art. 50-A. O Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas é o conjunto integrado de direitos,
serviços e ações, permanentes e interativas, de remuneração, pensão, saúde e assistência, nos termos desta Lei e
das regulamentações específicas. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

Art. 51 - O militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar de superior
hierárquico poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ou representação, segundo
regulamentação específica de cada Força Armada.
§ 1o - O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:
a) em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial, quando o ato que decorra
de inclusão em quota compulsória ou de composição de Quadro de Acesso; e
b) em 45 (quarenta e cinco) dias, nas demais hipóteses. (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 2o - O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem ser feitos coletivamente.
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

Art. 52 - Os militares são alistáveis, como eleitores, desde que oficiais, guardas-marinha ou aspirantes-a-oficial,
suboficiais ou subtenentes, sargentos ou alunos das escolas militares de nível superior para formação de oficiais.
Parágrafo único - Os militares alistáveis são elegíveis, atendidas as seguintes condições:
a) se contar menos de 5 (cinco) anos de serviço, será, ao se candidatar a cargo eletivo, excluído do serviço ativo
mediante demissão ou licenciamento ex officio; e
b) se em atividade, com 5 (cinco) ou mais anos de serviço, será, ao se candidatar a cargo eletivo, afastado,
temporariamente, do serviço ativo e agregado, considerado em licença para tratar de interesse particular. Se eleito,
será, no ato da diplomação, transferido para a reserva remunerada, percebendo a remuneração a que fizer jus em
função do seu tempo de serviço.

SEÇÃO II
Da Remuneração
Art. 53. A remuneração dos militares será estabelecida em legislação específica, comum às Forças
Armadas. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001)
I - na ativa; (Redação dada pela Lei nº 8.237, de 1991)
a) soldo, gratificações e indenizações regulares; (Redação dada pela Lei nº 8.237, de 1991)
II - na inatividade: (Redação dada pela Lei nº 8.237, de 1991)
a) proventos, constituídos de soldo os quotas de soldo e gratificações incorporáveis; (Redação dada pela Lei nº 8.237, de 1991)
b) adicionais. (Redação dada pela Lei nº 8.237, de 1991)
Art. 53-A. A remuneração dos militares ativos e inativos é encargo financeiro do Tesouro Nacional. (Incluído
pela Lei nº 13.954, de 2019)
Art. 54 - O soldo é irredutível e não está sujeito a penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos previstos em lei.

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Art. 55 - O valor do soldo é igual para o militar da ativa, da reserva remunerada ou reformado, de um mesmo grau

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hierárquico, ressalvado o disposto no item II do caput do art 50.

Art. 56. Por ocasião de sua passagem para a inatividade, o militar terá direito a tantas quotas de soldo quantos
forem os anos de serviço computáveis para a inatividade, até o máximo de 35 (trinta e cinco) anos, ressalvado o
disposto nas alíneas “b”, “c” e “d” do inciso II do caput do art. 50 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.954,
de 2019)

Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)

Art. 57 - Nos termos do § 9o, do artigo 93 da Constituição, a proibição de acumular proventos de inatividade não
se aplica a militares da reserva remunerada e aos reformados quanto ao exercício de mandato eletivo, quanto ao
de função de magistério ou de cargo em comissão ou quanto ao contrato para prestação de serviços técnicos ou
especializados.
Art. 58 - Os proventos de inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo da
moeda, se modificarem os vencimentos dos militares em serviço ativo.
Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos em lei, os proventos da inatividade não poderão exceder a
remuneração percebida pelo militar da ativa no posto ou graduação correspondente aos dos seus proventos.

SEÇÃO III
Da Promoção

Art. 59 - O acesso da hierarquia militar, fundamentado principalmente no valor moral e profissional, é seletivo,
gradual e sucessivo e será feito mediante promoções, de conformidade com a legislação e regulamentação de
promoções de oficiais e de praças, de modo a obter-se um fluxo regular e equilibrado de carreira para os militares.
Parágrafo único - O planejamento da carreira dos oficiais e das praças é atribuição de cada um dos Ministérios das
Forças Singulares.
Art. 60 - As promoções serão efetuadas pelos critérios de antiguidade, merecimento ou escolha, ou, ainda, por
bravura e post mortem.
§ 1o - Em casos extraordinários e independentes de vagas, poderá haver promoção em ressarcimento de
preterição.
§ 2o - A promoção de militar feita em ressarcimento de preterição será efetuada segundo os critérios de
antiguidade ou merecimento, recebendo ele o número que lhe competir na escala hierárquica, como se houvesse
sido promovido, na época devida, pelo critério em que hora é feita sua promoção.
Art. 61 - A fim de manter a renovação, o equilíbrio e a regularidade de acesso nos diferentes Corpos, Quadros,
Armas ou Serviços, haverá anual e obrigatoriamente um número fixado de vagas à promoção, nas proporções
abaixo indicadas:
I - Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos
Corpos ou Quadros;
II - Vice-Almirantes, Generais-de-Divisão e Majores-Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos Corpos ou
Quadros;
III - Contra-Almirantes, Generais-de-Brigada e Brigadeiros - 1/4 (um quarto) dos respectivos Corpos ou Quadros;
IV - Capitães-de-Mar-e-Guerra e Coronéis - no mínimo 1/8 (um oitavo) dos respectivos Corpos, Quadros, Armas
ou Serviços;
V - Capitães-de-Fragata e Tenentes-Coronéis - no mínimo 1/15 (um quinze avos) dos respectivos Corpos,
Quadros, Armas ou Serviços;
VI - Capitães-de-Corveta e Majores - no mínimo 1/20 (um vinte avos) dos respectivos Corpos, Quadros, Armas
ou Serviços; e

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VII - Oficiais dos 3 (três) últimos postos dos Quadros de que trata a alínea b, do inciso I do artigo 98, 1/4 para o

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último posto, no mínimo 1/10 para o penúltimo posto, e no mínimo 1/15 para o antepenúltimo posto, dos
respectivos Quadros, exceto quando o último e o penúltimo postos forem Capitão-Tenente ou Capitão e 1o
Tenente, caso em que as proporções serão no mínimo 1/10 e 1/20 respectivamente. (Redação dada pela Lei no
7.666, de 1988)
§ 1o - O número de vagas para promoção obrigatória em cada ano-base para os postos relativos aos itens IV, V,
VI e VII deste artigo será fixado, para cada Força, em decretos separados, até o dia 15 (quinze) de janeiro do ano seguinte.
§ 2o - As frações que resultarem da aplicação das proporções estabelecidas neste artigo serão adicionadas,
cumulativamente, aos cálculos correspondentes dos anos seguintes, até completar-se pelo menos 1 (um) inteiro
que, então, será computado para obtenção de uma vaga para promoção obrigatória.
§ 3o - As vagas serão consideradas abertas:
a) na data da assinatura do ato que promover, passar para a inatividade, transferir de Corpo ou Quadro, demitir
ou agregar o militar;
b) na data fixada na Lei de Promoções de Oficiais da Ativa das Forças Armadas ou seus regulamentos, em casos
neles indicados; e
c) na data oficial do óbito do militar.
Art. 62 - Não haverá promoção de militar por ocasião de sua transferência para a reserva remunerada ou reforma.

SEÇÃO IV
Das Férias e de Outros Afastamentos Temporários do Serviço
TEMPO DE SERVIÇO
AFASTAMENTO É REMUNERADO? CONTA COMO TEMPO SERVIÇO
EXIGIDO
1. FÉRIAS: 30 DIAS; SIM QUALQUER TEMPO SIM
2. NÚPCIAS : 8 DIAS; SIM QUALQUER TEMPO SIM
3 . LUTO : 8 DIAS SIM QUALQUER TEMPO SIM
4. INSTALAÇÃO : ATÉ 10 DIAS SIM QUALQUER TEMPO SIM
5. TRANSITO : ATÉ 30 DIAS SIM QUALQUER TEMPO SIM
6. LTSP : ATÉ 2 ANOS SIM QUALQUER TEMPO SIM
7. LTSPF : ATÉ 2 ANOS SIM QUALQUER TEMPO SIM
8. LESM : 6 MESES SIM 10 ANOS SIM
9. LTIP: ATÉ 2 ANOS NÃO 10 ANOS NÃO
10 . LAC : ATÉ 3 ANOS NÃO 10 ANOS NÃO

Art. 63 - Férias são afastamentos totais do serviço, anual e obrigatoriamente concedidos aos militares para
descanso, a partir do último mês do ano a que se referem e durante todo o ano seguinte:
§ 1o - O Poder Executivo fixará a duração das férias, inclusive para os militares servindo em localidades especiais.
§ 2o - Compete aos Comandantes Militares regulamentar a concessão de férias.
§ 3o - A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licença para tratamento de saúde, nem por
punição anterior decorrente de contravenção ou transgressão disciplinar, ou pelo estado de guerra, ou para que sejam
cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito àquela licença. (Redação dada pela Medida Provisória no 2.215-
10, de 31 de agosto de 2001)
§ 4o - Somente em casos de interesse da segurança nacional, de manutenção da ordem, de extrema necessidade do
serviço, de transferência para a inatividade, ou para cumprimento de punição decorrente de contravenção ou de
transgressão disciplinar de natureza grave e em caso de baixa a hospital, os militares terão interrompido ou deixarão de
gozar na época prevista o período de férias a que tiverem direito, registrando-se o fato em seus assentamentos.
§ 5o (Revogado pela Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)

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Art. 64 - Os militares têm direito ainda aos seguintes períodos de afastamento total do serviço, obedecidas as

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disposições legais e regulamentares, por motivo de:


I - núpcias: 8 (oito) dias;
II - luto: 8 (oito) dias;
III - instalação: até 10 (dez) dias; e
IV - trânsito: até 30 (trinta) dias.
Art. 65 - As férias e os afastamentos mencionados no artigo anterior são concedidos com a remuneração prevista
na legislação específica e computados como tempo de efetivo serviço para todos os efeitos legais.
Art. 66 - As férias, instalação e trânsito dos militares que se encontram a serviço no estrangeiro devem ter
regulamentação idêntica para as três Forças Armadas.

SEÇÃO V
Das Licenças
Art. 67 - Licença é a autorização para afastamento total do serviço, em caráter temporário, concedida ao militar,
obedecidas às disposições legais e regulamentares.
§ 1o - A licença pode ser:
a) (Revogada pela Medida Provisória no 2.215-10)
b) para tratar de interesse particular;
c) para tratamento de saúde de pessoa da família;
d) para tratamento de saúde própria; e
e) para acompanhar cônjuge ou companheiro; (Redação dada pela Lei nº 13.954, de 2019)
f) para maternidade, paternidade ou adoção. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 2o - A remuneração do militar licenciado será regulada em legislação específica.
§ 3o - A concessão da licença é regulada pelo Comandante da Força. (Redação dada pela Medida Provisória no
2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
Art. 68 (Revogado Medida Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
§ 1o A licença especial tem a duração de 6 (seis) meses, a ser gozada de uma só vez; quando solicitado pelo
interessado e julgado conveniente pela autoridade competente, poderá ser parcelada em 2 (dois) ou 3 (três) meses.
§ 2o O período de licença especial não interrompe a contagem de tempo de efetivo serviço.
§ 3o Os períodos de licença especial não gozados pelo militar são computados em dobro para fins exclusivos de
contagem de tempo para a passagem à inatividade e, nesta situação, para todos os efeitos legais.
§ 4o A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior de qualquer licença para tratamento de saúde e para que
sejam cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito àquelas licenças.
§ 5o Uma vez concedida a licença especial, o militar será exonerado do cargo ou dispensado do exercício das funções
que exercer e ficará à disposição do órgão de pessoal da respectiva Força Armada, adido à Organização Militar onde
servir.
Art. 69. Licença para tratar de interesse particular é a autorização para o afastamento total do serviço, concedida
ao militar, com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço, que a requeira com aquela finalidade.
Parágrafo único. A licença de que trata este artigo será sempre concedida com prejuízo da remuneração e da
contagem de tempo de efetivo serviço, exceto, quanto a este último, para fins de indicação para a quota
compulsória.
Art. 69-A. Licença para acompanhar cônjuge ou companheiro (a) é a autorização para o afastamento total do serviço,
concedida a militar com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço que a requeira para acompanhar cônjuge ou
companheiro (a) que, sendo servidor público da União ou militar das Forças Armadas, for, de ofício, exercer atividade
em órgão público federal situado em outro ponto do território nacional ou no exterior, diverso da localização da
organização militar do requerente. (Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
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§ 1o A licença será concedida sempre com prejuízo da remuneração e da contagem de tempo de efetivo serviço,

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exceto, quanto a este último, para fins de indicação para a quota compulsória. (Incluído pela Lei no 11.447, de
2007).
§ 2o O prazo limite para a licença será de 36 (trinta e seis) meses, podendo ser concedido de forma contínua ou
fracionada. (Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
§ 3o Para a concessão da licença para acompanhar companheiro(a), há necessidade de que seja reconhecida a
união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, de acordo com a legislação específica. (Incluído
pela Lei no 11.447, de 2007)
§ 4o Não será concedida a licença de que trata este artigo quando o militar acompanhante puder ser passado à
disposição ou à situação de adido ou ser classificado/lotado em organização militar das Forças Armadas para o
desempenho de funções compatíveis com o seu nível hierárquico. (Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
§ 5o A passagem à disposição ou à situação de adido ou a classificação/ lotação em organização militar, de que
trata o § 4o deste artigo, será efetivada sem ônus para a União e sempre com a aquiescência das Forças Armadas
envolvidas. (Incluído pela Lei no 11.447, de 2007)
Art. 70. As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas condições estabelecidas neste artigo.
§ 1o - A interrupção da licença especial, da licença para tratar de interesse particular e da licença para acompanhar
cônjuge ou companheiro(a) poderá ocorrer: (Redação dada pela Lei no 11.447, de 2007)
a) em caso de mobilização e estado de guerra;
b) em caso de decretação de estado de emergência ou de estado de sítio;
c) para cumprimento de sentença que importe em restrição da liberdade individual;
d) para cumprimento de punição disciplinar, conforme regulamentação de cada Força. (Redação dada pela Medida
Provisória no 2.215-10, de 31 de agosto de 2001)
e) em caso de denúncia ou de pronúncia em processo criminal ou indiciação em inquérito militar, a juízo da
autoridade que efetivou a denúncia, a pronúncia ou a indiciação.
§ 2o - A interrupção da licença para tratar de interesse particular e da licença para acompanhar cônjuge ou
companheiro(a) será definitiva quando o militar for reformado ou transferido, de ofício, para a reserva remunerada.
(Redação dada pela Lei nº 11.447, de 2007)
§ 3o - A interrupção da licença para tratamento de saúde de pessoa da família, para cumprimento de pena disciplinar
que importe em restrição da liberdade individual, será regulada em cada Força.

SEÇÃO VI
Da Pensão Militar
Art. 71 - A pensão militar destina-se a amparar os beneficiários do militar falecido ou extraviado e será paga conforme o
disposto em legislação específica.
§ 1o - Para fins de aplicação da legislação específica, será considerado como posto ou graduação do militar o
correspondente ao soldo sobre o qual forem calculadas as suas contribuições.
§ 2o - Todos os militares são contribuintes obrigatórios da pensão militar correspondente ao seu posto ou graduação,
com as exceções previstas em legislação específica.
§ 2º-A. As pensões militares são custeadas com recursos provenientes da contribuição dos militares das
Forças Armadas, de seus pensionistas e do Tesouro Nacional. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 3o - Todo militar é obrigado a fazer sua declaração de beneficiários que, salvo prova em contrário, prevalecerá para a
habilitação dos mesmos à pensão militar.
Art. 72 - A pensão militar defere-se nas prioridades e condições estabelecidas em legislação específica.

TÍTULO III
CAPÍTULO II - Das Prerrogativas
SEÇÃO I- Constituição e Enumeração
Art. 73 - As prerrogativas dos militares são constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas aos graus
hierárquicos e cargos.
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Parágrafo único - São prerrogativas dos militares:

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a) uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas militares das Forças Armadas, correspondentes
ao posto ou graduação, Corpo, Quadro, Arma, Serviço ou Cargo;
b) honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em leis e regulamentos;
c) cumprimento de pena de prisão ou detenção somente em organização militar da respectiva Força cujo
comandante, chefe ou diretor tenha precedência hierárquica sobre o preso ou, na impossibilidade de cumprir esta
disposição, em organização militar de outra Força cujo comandante, chefe ou diretor tenha a necessária
precedência; e
d) julgamento em foro especial nos crimes militares.
Art. 74 - Somente em caso de flagrante delito o militar poderá ser preso por autoridade policial, ficando esta
obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade militar mais próxima, só podendo retê-lo na delegacia ou posto
policial durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.
§ 1o - Cabe à autoridade militar competente a iniciativa de responsabilizar a autoridade policial pelo não
cumprimento do disposto neste artigo e ainda que maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer preso
militar ou não lhe der tratamento devido ao seu posto ou graduação.
§ 2o - Se durante o processo e julgamento no foro civil houver perigo de vida para qualquer preso militar, a
autoridade militar competente, mediante requisição da autoridade judiciária, mandará guardar os pretórios ou
tribunais por força federal.
Art. 75 - Os militares da ativa, no exercício de funções militares, são dispensados do serviço na instituição do Júri e
do serviço na Justiça Eleitoral.

SEÇÃO II Do Uso dos Uniformes


Art. 76 - Os uniformes das Forças Armadas, com seus distintivos, insígnias e emblemas, são privativos dos militares
e simbolizam a autoridade militar, com as prerrogativas que lhe são inerentes.
Parágrafo único - Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito aos uniformes, distintivos,
insígnias e emblemas militares, bem como seu uso por quem a eles não tiver direito.
Art. 77 - O uso dos uniformes com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como os modelos, descrição,
composição, peças acessórias e outras disposições, são os estabelecidos na regulamentação específica de cada
Força Armada.
§ 1o - É proibido ao militar o uso dos uniformes:
a) em manifestação de caráter político-partidária;
b) em atividade não-militar no estrangeiro, salvo quando expressamente determinado ou autorizado; e
c) na inatividade, salvo para comparecer a solenidades militares, a cerimônias cívicas comemorativas de datas
nacionais ou a atos sociais solenes de caráter particular, desde que autorizado.
§ 2o - O oficial na inatividade, quando no cargo de Ministro de Estado da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica,
poderá usar os mesmos uniformes dos militares na ativa.
§ 3o - Os militares na inatividade cuja conduta possa ser considerada como ofensiva à dignidade da classe
poderão ser definitivamente proibidos de usar uniformes por decisão do Ministro da respectiva Força Singular.
Art. 78 - O militar fardado tem as obrigações correspondentes ao uniforme que use e aos distintivos, emblemas ou
às insígnias que ostente.
Art. 79 - É vedado às Forças Auxiliares e a qualquer elemento civil ou organizações civis usar uniformes ou ostentar
distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados nas Forças Armadas.
Parágrafo único - São responsáveis pela infração das disposições deste artigo, além dos indivíduos que as tenham
cometido, os comandantes das Forças Auxiliares, diretores ou chefes de repartições, organizações de qualquer
natureza, firmas ou empregadores, empresas, institutos ou departamentos que tenham adotado ou consentido
sejam usados uniformes ou ostentado distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os
adotados nas Forças Armadas.

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LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO de 1999

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(Última alteração: 2010)


Lei Complementar nº 97/1999, incluindo as alterações pelas Leis
Complementares nº 117/2004 e nº 136/2010
Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO I- DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I - Da Destinação e Atribuições
Art. 1o As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do
Presidente da República e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa
de qualquer destes, da lei e da ordem.
Parágrafo único. Sem comprometimento de sua destinação constitucional, cabe também às Forças Armadas o
cumprimento das atribuições subsidiárias explicitadas nesta Lei Complementar.
Seção II - Do Assessoramento ao Comandante Supremo.
Art. 2o O Presidente da República, na condição de Comandante Supremo das Forças Armadas, é assessorado
I - no que concerne ao emprego de meios militares, pelo Conselho Militar de Defesa; e
II - no que concerne aos demais assuntos pertinentes à área militar, pelo Ministro de Estado da Defesa.
§ 1o O Conselho Militar de Defesa é composto pelos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
e pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 136, de 2010).
§ 2o Na situação prevista no inciso I deste artigo, o Ministro de Estado da Defesa integrará o Conselho Militar
de Defesa na condição de seu Presidente.

CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO
Seção I - Das Forças Armadas
Art. 3o As Forças Armadas são subordinadas ao Ministro de Estado da Defesa, dispondo de estruturas próprias.

Art. 3o-A. O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, órgão de assessoramento permanente do Ministro de
Estado da Defesa, tem como chefe um oficial-general do último posto, da ativa ou da reserva, indicado pelo
Ministro de Estado da Defesa e nomeado pelo Presidente da República, e disporá de um comitê, integrado pelos
chefes de Estados-Maiores das 3 (três) Forças, sob a coordenação do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas.
§ 1o Se o oficial-general indicado para o cargo de Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas estiver
na ativa, será transferido para a reserva remunerada quando empossado no cargo.
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§ 2o É assegurado ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas o mesmo grau de precedência

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hierárquica dos Comandantes e precedência hierárquica sobre os demais oficiais-generais das 3 (três) Forças
Armadas.
§ 3o É assegurado ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas todas as prerrogativas, direitos e
deveres do Serviço Ativo, inclusive com a contagem de tempo de serviço, enquanto estiver em exercício.

CEMB, CMEB e CEMFAB

Art. 4o A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem, singularmente, de 1 (um) Comandante, indicado pelo
Ministro de Estado da Defesa e nomeado pelo Presidente da República, o qual, no âmbito de suas atribuições,
exercerá a direção e a gestão da respectiva Força.
Art. 5o Os cargos de Comandante da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são privativos de oficiais-generais do
último posto da respectiva Força.
§ 1o É assegurada aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica precedência hierárquica sobre
os demais oficiais-generais das três Forças Armadas.
§ 2o Se o oficial-general indicado para o cargo de Comandante da sua respectiva Força estiver na ativa, será
transferido para a reserva remunerada, quando empossado no cargo.
§ 3o São asseguradas aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica todas as prerrogativas, direitos
e deveres do Serviço Ativo, inclusive com a contagem de tempo de serviço, enquanto estiverem em exercício.
Art. 6o O Poder Executivo definirá a competência dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
para a criação, a denominação, a localização e a definição das atribuições das organizações integrantes das
estruturas das Forças Armadas.
Art. 7o Compete aos Comandantes das Forças apresentar ao Ministro de Estado da Defesa a Lista de Escolha,
elaborada na forma da lei, para a promoção aos postos de oficiais-generais e propor-lhe os oficiais-generais para
a nomeação aos cargos que lhes são privativos.
Parágrafo único. O Ministro de Estado da Defesa, acompanhado do Comandante de cada Força, apresentará os
nomes ao Presidente da República, a quem compete promover os oficiais-generais e nomeá-los para os cargos
que lhes são privativos.
Art. 8o A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem de efetivos de pessoal militar e civil, fixados em lei, e dos
meios orgânicos necessários ao cumprimento de sua destinação constitucional e atribuições subsidiárias.
Parágrafo único. Constituem reserva das Forças Armadas o pessoal sujeito a incorporação, mediante mobilização
ou convocação, pelo Ministério da Defesa, por intermédio da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, bem como as
organizações assim definidas em lei.

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Seção II Da Direção Superior das Forças Armadas


Art. 9o O Ministro de Estado da Defesa exerce a direção superior das Forças Armadas, assessorado pelo Conselho
Militar de Defesa, órgão permanente de assessoramento, pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e pelos
demais órgãos, conforme definido em lei.
§ 1o Ao Ministro de Estado da Defesa compete a implantação do Livro Branco de Defesa Nacional, documento
de caráter público, por meio do qual se permitirá o acesso ao amplo contexto da Estratégia de Defesa Nacional, em
perspectiva de médio e longo prazos, que viabilize o acompanhamento do orçamento e do planejamento plurianual
relativos ao setor.
§ 2o O Livro Branco de Defesa Nacional deverá conter dados estratégicos, orçamentários, institucionais e
materiais detalhados sobre as Forças Armadas, abordando os seguintes tópicos:
I - cenário estratégico para o século XXI;
II - política nacional de defesa;
III - estratégia nacional de defesa;
IV - modernização das Forças Armadas;
V - racionalização e adaptação das estruturas de defesa;
VI - suporte econômico da defesa nacional;
VII - as Forças Armadas: Marinha, Exército e Aeronáutica;
VIII - operações de paz e ajuda humanitária.
§ 3o O Poder Executivo encaminhará à apreciação do Congresso Nacional, na primeira metade da sessão
legislativa ordinária, de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, a partir do ano de 2012, com as devidas atualizações:
I - a Política de Defesa Nacional;
II - a Estratégia Nacional de Defesa;
III - o Livro Branco de Defesa Nacional.
Art. 11. Compete ao Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas elaborar o planejamento do emprego conjunto
das Forças Armadas e assessorar o Ministro de Estado da Defesa na condução dos exercícios conjuntos e quanto à
atuação de forças brasileiras em operações de paz, além de outras atribuições que lhe forem estabelecidas pelo
Ministro de Estado da Defesa.
Art. 11-A. Compete ao Ministério da Defesa, além das demais competências previstas em lei, formular a política
e as diretrizes referentes aos produtos de defesa empregados nas atividades operacionais, inclusive armamentos,
munições, meios de transporte e de comunicações, fardamentos e materiais de uso individual e coletivo, admitido
delegações às Forças.
Art. 12. O orçamento do Ministério da Defesa contemplará as prioridades definidas pela Estratégia Nacional de
Defesa, explicitadas na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1o O orçamento do Ministério da Defesa identificará as dotações próprias da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica.
§ 2o A proposta orçamentária das Forças será elaborada em conjunto com o Ministério da Defesa, que a
consolidará, obedecendo às prioridades estabelecidas na Estratégia Nacional de Defesa, explicitadas na lei de
diretrizes orçamentárias.
§ 3o A Marinha, o Exército e a Aeronáutica farão a gestão, de forma individualizada, dos recursos orçamentários
que lhes forem destinados no orçamento do Ministério da Defesa.

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CAPÍTULO IV - DO PREPARO
Art. 13. Para o cumprimento da destinação constitucional das Forças Armadas, cabe aos Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica o preparo de seus órgãos operativos e de apoio, obedecidas as políticas estabelecidas
pelo Ministro da Defesa.
§ 1o O preparo compreende, entre outras, as atividades permanentes de planejamento, organização e
articulação, instrução e adestramento, desenvolvimento de doutrina e pesquisas específicas, inteligência e
estruturação das Forças Armadas, de sua logística e mobilização.
§ 2o No preparo das Forças Armadas para o cumprimento de sua destinação constitucional, poderão ser
planejados e executados exercícios operacionais em áreas públicas, adequadas à natureza das operações, ou em
áreas privadas cedidas para esse fim.
§ 3o O planejamento e a execução dos exercícios operacionais poderão ser realizados com a cooperação dos
órgãos de segurança pública e de órgãos públicos com interesses afins.
Art. 14. O preparo das Forças Armadas é orientado pelos seguintes parâmetros básicos
I - permanente eficiência operacional singular e nas diferentes modalidades de emprego interdependentes;
II - procura da autonomia nacional crescente, mediante contínua nacionalização de seus meios, nela incluídas
pesquisa e desenvolvimento e o fortalecimento da indústria nacional;
III - correta utilização do potencial nacional, mediante mobilização criteriosamente planejada.

CAPÍTULO V - DO EMPREGO
Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e
da ordem, e na participação em operações de paz, é de responsabilidade do Presidente da República, que
determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de
subordinação:
I - ao Comandante Supremo, por intermédio do Ministro de Estado da Defesa, no caso de Comandos
conjuntos, compostos por meios adjudicados pelas Forças Armadas e, quando necessário, por outros órgãos;
II - diretamente ao Ministro de Estado da Defesa, para fim de adestramento, em operações conjuntas, ou por
ocasião da participação brasileira em operações de paz;
III - diretamente ao respectivo Comandante da Força, respeitada a direção superior do Ministro de Estado da
Defesa, no caso de emprego isolado de meios de uma única Força.

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§ 1o Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas, por iniciativa própria ou
em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por intermédio dos Presidentes
do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados.
§ 2o A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes
constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República, após esgotados
os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
relacionados no art. 144 da Constituição Federal.
§ 3o Consideram-se esgotados os instrumentos relacionados no art. 144 da Constituição Federal quando, em
determinado momento, forem eles formalmente reconhecidos pelo respectivo Chefe do Poder Executivo Federal
ou Estadual como indisponíveis, inexistentes ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão
constitucional.
§ 4o Na hipótese de emprego nas condições previstas no § 3o deste artigo, após mensagem do Presidente da
República, serão ativados os órgãos operacionais das Forças Armadas, que desenvolverão, de forma episódica, em
área previamente estabelecida e por tempo limitado, as ações de caráter preventivo e repressivo necessárias para
assegurar o resultado das operações na garantia da lei e da ordem.
§ 5o Determinado o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, caberá à autoridade
competente, mediante ato formal, transferir o controle operacional dos órgãos de segurança pública necessários
ao desenvolvimento das ações para a autoridade encarregada das operações, a qual deverá constituir um centro
de coordenação de operações, composto por representantes dos órgãos públicos sob seu controle operacional ou
com interesses afins.
§ 6o Considera-se controle operacional, para fins de aplicação desta Lei Complementar, o poder conferido à
autoridade encarregada das operações, para atribuir e coordenar missões ou tarefas específicas a serem
desempenhadas por efetivos dos órgãos de segurança pública, obedecidas as suas competências constitucionais
ou legais.
§ 7o A atuação do militar nos casos previstos nos arts. 13, 14, 15, 16-A, nos incisos IV e V do art. 17, no inciso III
do art. 17-A, nos incisos VI e VII do art. 18, nas atividades de defesa civil a que se refere o art. 16 desta Lei
Complementar e no inciso XIV do art. 23 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), é considerada
atividade militar para os fins do art. 124 da Constituição Federal.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES
Art. 16. Cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desenvolvimento nacional e
a defesa civil, na forma determinada pelo Presidente da República.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, integra as referidas ações de caráter geral a participação em
campanhas institucionais de utilidade pública ou de interesse social.
Art. 16-A. Cabe às Forças Armadas, além de outras ações pertinentes, também como atribuições subsidiárias,
preservadas as competências exclusivas das polícias judiciárias, atuar, por meio de ações preventivas e repressivas,
na faixa de fronteira terrestre, no mar e nas águas interiores, independentemente da posse, da propriedade, da
finalidade ou de qualquer gravame que sobre ela recaia, contra delitos transfronteiriços e ambientais, isoladamente
ou em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, executando, dentre outras, as ações de:
I - patrulhamento;
II - revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves; e
III - prisões em flagrante delito
Parágrafo único. As Forças Armadas, ao zelar pela segurança pessoal das autoridades nacionais e estrangeiras em
missões oficiais, isoladamente ou em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, poderão exercer as
ações previstas nos incisos II e III deste artigo.

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Art. 17. Cabe à Marinha, como atribuições subsidiárias particulares:


I - orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que interessa à defesa nacional;
II - prover a segurança da navegação aquaviária;
III - contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao mar;
IV - implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas interiores, em
coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, federal ou estadual, quando se fizer necessária, em razão de
competências específicas.
V – cooperar com os órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de repercussão
nacional ou internacional, quanto ao uso do mar, águas interiores e de áreas portuárias, na forma de apoio logístico,
de inteligência, de comunicações e de instrução.
Parágrafo único. Pela especificidade dessas atribuições, é da competência do Comandante da Marinha o trato dos
assuntos dispostos neste artigo, ficando designado como "Autoridade Marítima", para esse fim.

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ORDENANÇA GERAL PARA O SERVIÇO DA ARMADA

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(Decreto nº 95.480, de 13 de dezembro de 1987 – Edição Revisada 2009)


TÍTILO – I - FORÇAS E NAVIOS
CAPÍTULO 1 – Conceituação de Forças
Art. 1-1-1 Armada é a totalidade de navios, meios aéreos e de fuzileiros, destinados ao serviço naval, pertencentes
ao Estado e incorporados à Marinha do Brasil.
Art. 1-1-2 Força é uma parcela da Armada, posta sob Comando único e constituída para fins operativos ou
administrativos.
Art. 1-1-3 Esquadra é o conjunto de Forças e navios soltos, posto sob Comando único, para fins administrativos.
Parágrafo único - O Comandante de Esquadra terá todas as prerrogativas de Comandante de Força e o título de
Comandante-em-Chefe.
Art. 1-1-4 Força Naval é a Força constituída por navios, para fins administrativos.
Parágrafo único - As Forças Navais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Flotilhas, Divisões, Esquadrões
ou Grupamentos.
Art. 1-1-5 Força Aeronaval é a Força constituída por unidades aéreas ou por navios e unidades aéreas, para fins
administrativos
§ 1º - As Forças Aeronavais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Grupos.
§ 2º - Constituem-se em unidades aéreas os esquadrões de aeronaves.
Art. 1-1-6 Força de Fuzileiros Navais é a Força constituída por unidades de fuzileiros navais, para fins
administrativos.
§ 1º - As Forças de Fuzileiros Navais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Divisões e Tropas.
§ 2º - Constituem-se em unidades de fuzileiros navais os batalhões, os grupos, os grupamentos e as companhias
independentes.

MARINHA DO BRASIL

ARMADA - Totalidade de meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais


pertencentes ao estado e incorporados à MB

ESQUADRA
Conjunto de Forças e navios soltos, posto sob Comando único, para fins administrativos.

FORÇA FORÇA NAVAL


Parcela da Armada Constituída por navios
Para fins
Posta sob comando
Único com fins ADMINISTRATIVOS

ADMINISTRATIVO OU
OPERATIVO

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ORGANIZAÇOES DENOMINAÇÃO OU CONSTITUEM-SE EM UNIDADES...


SUBDIVISÃO
Forças Navais (Navios) Flotilhas, Divisões, Esquadrões Navais os navios.
ou Grupamentos.
Forças Aeronavais (navios e Grupos Aéreas os esquadrões de aeronaves
unidades aéreas)
Forças de FN (unidades de Divisões e Tropas De Fuzileiros Navais os Batalhões, os
fuzileiros navais) Grupos, os Grupamentos e as
Companhias independentes

Art. 1-1- 7 Força-Tarefa é uma Força constituída para a condução de operações navais em cumprimento a
determinada missão.
Parágrafo único - As Forças-Tarefa terão a denominação que lhes for dada pela autoridade que ordenar
suas constituições e se subdividirão em Grupos-Tarefa, Unidades-Tarefa e Elementos-Tarefa.

FT GT UT ET FT=GUE
GT UT ET

Art. 1-1-8 Qualquer fração de Força-Tarefa que dela se separar temporariamente para cumprir uma tarefa será
denominada Força Destacada, se não tiver denominação própria.

TÍTULO II - ORGANIZAÇÃO
CAPÍTULO 1 - Disposições Gerais
ORGANIZAÇÕES REGIDOS POR: ELABORADO DE COMPETENCIA
ACORDO COM PARA
NORMAS BAIXADAS APROVAÇÃO
Navios, Unidades ORGANIZAÇÃO DE Pelo EMA CM ou RCB
Aéreas e Unidades COMBATE e Pelo EMA Delegação CM ou
de FN ORGANIZAÇÃO RCB Delegação
ADMINISTRATIVA
OM de Terra Ato de Criação -------- ------------
Regulamento Pelo EMA CM ou RCB
Regimento Interno Delegação
Pelo EMA CM ou RCB
Delegação

Art. 2-1-1 A preparação dos navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais para combate e sua conduta
durante o mesmo serão regidas por uma Organização de Combate.
Art. 2-1-2 As atividades administrativas das forças, navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais serão
regidas por uma Organização Administrativa.
Parágrafo único - A Organização Administrativa dos navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais serão
elaboradas com base nas respectivas Organizações de Combate e deverá atender, na distribuição do pessoal, tanto
quanto possível, a que trabalhem juntos, nas diferentes fainas e tarefas, os que irão trabalhar juntos em combate.
Art. 2-1-3 A Organização Administrativa deverá abordar, entre outros, os seguintes pontos:
a) Distribuição das tarefas por setor da OM e fixação das atribuições dos respectivos encarregados;
b) Distribuição do pessoal por setor da OM;
c) Fixação das incumbências e atribuições das Praças;
d) Distribuição do material;
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e) Distribuição do pessoal pelos diversos serviços e postos (Detalhes de Serviços e Tabelas Mestras);

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f) Fainas comuns e de emergências, e sua execução; e


g) Rotinas das tarefas normais diárias, semanais e mensais, e sua execução.
Art. 2-1-4 A elaboração das organizações das forças, navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros navais será
pautada em normas baixadas pelo Estado-Maior da Armada.
Art. 2-1-5 É da competência do Ministro da Marinha, ou das autoridades que tenham recebido expressa delegação
de competência para tal, a aprovação das Organizações de forças, navios, unidades aéreas e unidades de fuzileiros
navais.
Art. 2-1-6 As Organizações Militares (OM) de terra são estruturadas com base em três documentos fundamentais:
Ato de Criação, Regulamento e Regimento Interno.
§ 1o – Ato de Criação é o documento que especifica propósito, a subordinação, a sede, o posto do Comandante
e a constituição de um núcleo de implantação, quando necessário.
§ 2o – Regulamento é o ato administrativo que complementa o Ato de Criação permitindo que, em âmbito geral,
possam ser conhecidas a sua missão, organização, estrutura e outros dados de interesse.
§ 3o – Regimento Interno é o ato administrativo que complementa o Regulamento, ordenando seu
detalhamento e permitindo que, em âmbito interno, sejam disciplinadas todas as atividades rotineiras da OM.
Art. 2-1-7 A elaboração dos Regulamentos e Regimentos Internos das OM de terra será pautada em normas
baixadas pelo Estado-Maior da Armada.
Art. 2-1-8 É da competência do Ministro (Comandante) da Marinha ou das Autoridades que tenham recebido
expressa delegação de competência para tal a aprovação dos Regulamentos e Regimentos Internos das OM de
terra.
Art. 2-1-9 O número e a qualificação do pessoal necessário para exercer os diversos cargos nas OM serão fixados
em Tabelas de Lotação aprovadas pelo (Comandante) Ministro da Marinha, ou por autoridade que tenha recebido
expressa delegação de competência para tal.
Parágrafo único - Nos casos em que uma Tabela de Lotação não mais satisfizer às novas exigências do serviço, será
proposta pelo Comandante a alteração da existente.
Art. 2-1-10 As autoridades competentes proverão as OM com pessoal necessário para atender às respectivas
lotações.
Art. 2-1-11 Os Oficiais, exceto o Comandante, que servem numa OM constituem a sua Oficialidade.
Parágrafo único - Os Guardas-Marinha também farão parte da Oficialidade, porém com as restrições inerentes à
sua situação de Praças Especiais.
Art. 2-1-12 As Praças que servem numa OM constituem a sua Guarnição.
Art. 2-1-13 A Oficialidade e a Guarnição de uma OM constituem a sua Tripulação.

TÍTULO III - Normas sobre Pessoal


CAPÍTULO 3 - Embarque e distribuição de Praças
Art. 3-3-1 Todas as Praças, ao embarcarem em qualquer OM, serão apresentadas pelo Sargenteante-Geral ao
Imediato, a quem cabe distribuí-las internamente.
Art. 3-3-2 Os Suboficiais e o Mestre, ao embarcarem, serão também apresentados ao Comandante da OM e
posteriormente, em parada, ao setor da OM em que forem servir, pelos respectivos encarregados.
Parágrafo único – O Suboficial mais antigo será apresentado aos outros Suboficiais por Oficial indicado pelo
Imediato.
Art. 3-3-3 As Praças serão distribuídas pelas incumbências, por seus respectivos encarregados, de acordo com as
respectivas Tabelas Mestras.

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TÍTULO IV - DEVERES DO PESSOAL

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CAPÍTULO 1 - Disposições Gerais


Art. 4-1-1 Todos os Oficiais e Praças, quer a bordo, quer em terra, em serviço ou não, devem:
a) proceder de acordo com as normas de boa educação civil e militar e com os bons costumes, de modo a
honrar e preservar as tradições da Marinha;
b) respeitar a legislação em vigor, obedecer aos superiores e conhecer e cumprir as normas e instruções da
Marinha;
c) empenhar-se em dirigir ou executar as tarefas de que forem incumbidos com o máximo de zelo e dedicação; e
d) empregar os maiores esforços em prol da glória das armas brasileiras e sustentação da honra nacional,
mesmo nas circunstâncias mais difíceis e quaisquer que sejam os perigos a que se possam achar expostos.
Art. 4-1-2 A autoridade de cada um promana do ato de designação para o cargo que tiver que desempenhar; ou da
ordem superior que tiver recebido; começa a ser exercida com a posse nesse cargo ou com o início da execução da
ordem; a autoridade corresponde inteira responsabilidade pelo bom desempenho no cargo ou pela perfeita
execução da ordem.
Parágrafo único - Aplica-se, da mesma forma, o disposto nesse artigo a encargo, incumbência, comissão, serviço ou
atividade militar.
Art. 4-1-3 Todos são individualmente responsáveis, dentro de sua esfera de ação:
a) por negligência, imprevidência, fraqueza ou falta de energia no cumprimento de deveres e no desempenho
de suas atribuições;
b) por imperícia na direção ou execução de fainas, ou no desempenho de atribuições para as quais estejam
legalmente qualificados;
c) por infração à legislação em vigor, às disposições desta Ordenança e às normas e instruções da Marinha;
d) por abuso ou exercício indevido de autoridade; e
e) por prejuízos causados à Fazenda Nacional.
Parágrafo único - Em substituição, por deficiência de pessoal ou inexistência de pessoal legalmente habilitado,
ninguém da Marinha pode negar-se a assumir cargos, mesmo que inerentes a posto ou graduação superior; a
responsabilidade do substituto fica limitada pela habilitação que legalmente tiver.
Art. 4-1-4 Sempre que Oficiais, Praças ou quaisquer militares a serviço da Marinha, ainda que subordinados a
diferentes Comandos, concorrerem acidentalmente a uma mesma faina que exija a cooperação de todos – quer
seja por terem recebido ordem para isso, quer por se acharem reunidos por circunstâncias – o mais antigo,
respeitados os casos especiais estabelecidos nesta Ordenança, assumirá o comando ou a direção da faina que
tiverem que executar.
Art. 4-1-5 Cumpre ao superior:
a) manter, em todas as circunstâncias, na plenitude e sua autoridade a disciplina, a boa ordem nas fainas e
serviços e a estrita execução da legislação em vigor, da presente Ordenança e das normas e instruções da
Marinha;
b) exigir o respeito e a obediência que lhe são devidos por seus subordinados; e
c) conduzir seus subordinados, estimulando-os, reconhecendo-lhes os méritos, instruindo-os, admoestando-os
e punindo-os ou promovendo sua punição de conformidade com a lei.
Parágrafo único - O superior evitará sempre utilizar-se de palavra ou ato que possa desconceituar seus
subordinados, enfraquecer a consideração que lhes é devida e melindrar seu pundonor militar ou dignidade
pessoal.
Art. 4-1-6 O superior é responsável:
a) pelo acerto, oportunidade e conseqüências das ordens que der; e
b) pelas conseqüências da omissão de ordens, nos casos em que for de seu dever providenciar.
Parágrafo único - As ordens devem ser emitidas de forma clara, concisa e precisa.

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Art. 4-1-7 Cumpre ao subordinado:

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a) respeitar seus superiores e ter para com eles a consideração devida, quer estejam ou não presentes; e
b) obedecer às ordens dos superiores.
Parágrafo único – As ordens verbais dadas pelo superior, ou em seu nome, obrigam tanto como se fossem por
escrito. Se tais ordens, por sua importância, puderem envolver grave responsabilidade para o executor, este poderá
pedir que lhe sejam dadas por escrito, o que não poderá ser recusado.
Art. 4-1-8 subordinado é responsável:
a) pela execução das ordens que receber; e
b) pelas conseqüências da omissão em participar ao superior, em tempo hábil, qualquer ocorrência que
reclame providência, ou que o impeça de cumprir a ordem recebida.
Parágrafo único - O subordinado deixa de ser responsável pelo não cumprimento de uma ordem recebida de
superior quando outro superior lhe der outra ordem que prejudique o cumprimento da primeira e nela insistir,
apesar de cientificado pelo subordinado da existência da ordem anterior. Deve, porém, participar a ocorrência ao
primeiro, logo que possível.
Art. 4-1-9 Os superiores e subordinados não devem limitar-se apenas ao cumprimento das tarefas que lhes tiverem
sido cometidas, procurando ajudar-se mutuamente na execução das mesmas.
Art. 4-1-10 O subordinado dará o pronto a seu superior da execução das ordens que dele tiver recebido. Quando
circunstâncias insuperáveis impossibilitarem sua execução, ou ocorrência não prevista aconselhar a conveniência
de retardar, de modificar ou de não cumprir as ordens recebidas, dará conhecimento imediato do fato ao seu
superior, ou logo que possível, para que este providencie como julgar conveniente.
Parágrafo único - Caso, porém, não haja tempo de fazer essa participação, nem de esperar novas ordens,
subordinado resolverá, sob sua responsabilidade, como lhe parecer mais conveniente ao serviço.
Art. 4-1-11 Qualquer subordinado que receber uma ordem e entender que de sua execução possa resultar prejuízo
ao serviço deverá ponderar respeitosamente, expondo as razões em que se fundamenta, por assim o entender;
mas, se o superior insistir na execução da referida ordem, obedecerlhe-á de pronto e lealmente, podendo, depois
de a cumprir, representar a este respeito ao Comandante ou à autoridade imediatamente superior à que lhe tiver
dado a ordem, de acordo com o prescrito no artigo 4-1-27 desta Ordenança.
Art. 4-1-12 Todos devem respeitar a religião, as instituições, os costumes e os usos do país em que se acharem.
Art. 4-1-13 Todos devem tratar-se mutuamente com respeito e polidez, e com atenção e justiça os subordinados.
Parágrafo único - No exercício de suas atribuições, é vedado ao pessoal qualquer intimidade.
Art. 4-1-14 Todo superior deve fazer cessar prontamente as contendas que presenciar a bordo entre mais
modernos e, em caso de insulto, injúria, ameaça ou vias de fato, prender os transgressores e endereçar parte de
ocorrência aos respectivos Comandantes.
Art. 4-1-15 O militar que presenciar qualquer irregularidade em que se envolva pessoal da Marinha, ou verificar
desvio de objetos pertencentes à Fazenda Nacional e atos comprometedores da segurança das Organizações
Militares (OM) da Marinha deve, conforme as circunstâncias, reprimir de pronto esses atos, ou dar parte deles com
a maior brevidade a seu Comandante ou à autoridade competente
Art. 4-1-16 Todo militar que tiver conhecimento de notícia, ainda que vaga, de algum fato que, direta ou
indiretamente, possa comprometer as tarefas da sua ou de outras OM, ou que tenha relação com os interesses
nacionais, tem rigorosa obrigação de o participar de pronto –verbalmente ou por escrito, com conveniente reserva
– ao seu Comandante, pelos canais competentes ou em caso de urgência, diretamente.
Art. 4-1-17 Todo Oficial ou Praça pode, sempre que for conveniente à ordem, à disciplina ou à normalidade do
serviço, prender à sua ordem ou à de autoridade competente, quem tiver antigüidade inferior à sua.
§ 1º - Pode, também, em flagrante de crime inafiançável, prender à ordem de autoridade superior qualquer
Oficial ou Praça de antigüidade superior à sua.
§ 2 -Em qualquer caso, quem efetuar a prisão dará logo parte circunstanciada, por escrito e por intermédio do
próprio Comandante, à autoridade a que o preso estiver diretamente subordinado.

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Art. 4-1-18 Os militares presos na forma prevista no “caput” do artigo anterior só poderão ser postos em liberdade

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por determinação da autoridade a cuja ordem tiver sido efetuada a prisão, ou de autoridade superior.
Art. 4-1-19 Se pessoa estranha à Marinha cometer crime a bordo, será presa e autuada em flagrante delito, em
seguida, será apresentada à autoridade competente.
Art. 4-1-20 A continência individual é a saudação devida pelo militar de menor antigüidade, quando uniformizado,
a bordo ou em terra, aos mais antigos da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e dos países estrangeiros, ainda que
em traje civil; neste último caso, desde que os conheça.
§ 1º - Em trajes civis, o mais moderno assumirá postura respeitosa, e cumprimentará formalmente o mais
antigo, utilizando-se das expressões usadas no meio civil.
§ 2º - Os mais antigos devem responder tanto à saudação quanto à continência individual dos mais modernos.
Art. 4-1-21 Oficial ou a Praça, ao dirigir-se a superior, tomará a posição de sentido e prestar-lhe-á continência.
Art. 4-1-22 É obrigatório possuir todos os uniformes previstos na legislação em vigor, em quantidade suficiente. O
pessoal embarcado deve manter a bordo os uniformes para serviço, licença e representação em condições de
pronto uso.
Art. 4-1-23 O uniforme do dia é obrigatório, a bordo, para todos os Oficiais e Praças.
Art. 4-1-24 Aos Oficiais, Suboficiais e Primeiros-Sargentos é permitido entrar e sair à paisana das OM em que
servem. (TODOS PODEM)
§ 1º - O Ministro da Marinha e os Comandantes de Força, ou de navio escoteiro no exterior, considerando
circunstâncias especiais, poderão ampliar ou restringir estatuído neste artigo.
§ 2º - O traje civil permitido será estabelecido pelo Ministro da Marinha.
Art. 4-1-25 Nas Estações de Comando no mar, na Tolda e na Sala de Estado, ou locais equivalentes, só deverão
permanecer aqueles que estiverem em efetivo serviço.
§ 1º - É vedado ao pessoal, a não ser em ato de serviço, permanecer no passadiço no bordo em que estiver um
Almirante, o Comandante da Força ou do navio.
§ 2º - Salvo exigência do serviço, só transitarão pelas escotilhas e passagens da câmara e camarotes de
Almirante, Comandante e Oficiais os que neles respectivamente se alojarem, ou que a estes forem assemelhados
ou superiores.
Art. 4-1-26 Em qualquer compartimento ou local das OM, à passagem de qualquer Oficial, todos os subordinados
devem tomar a posição de sentido, desde que não resulte prejuízo para as fainas em andamento ou interrupção de
rancho.
Parágrafo único - Sempre que possível, nos locais e horários de recreação, o Oficial dispensará essa formalidade.
Art. 4-1-27 O subordinado que se julgar com fundamento para ponderar sobre qualquer ato de superior que lhe
pareça ilegal ou ofensivo tem direito de dirigir-lhe, verbalmente ou por escrito, representação respeitosa. Se o
superior deixar de atendê-la, ou não a resolver do modo que lhe pareça justo, poderá representar ao Comandante
da OM em que servir o superior, pedida a devida permissão, que não lhe poderá ser negada.
Parágrafo único - Se o ato tiver sido praticado pelo próprio Comandante, ou se a decisão deste não for considerada
satisfatória, o subordinado poderá, da mesma forma, representar contra este ou recorrer de sua decisão à
autoridade imediatamente superior.
Art. 4-1-28 As ponderações, representações e manifestações coletivas sobre atos dos superiores são proibidas.
Art. 4-1-29 O subordinado, em suas relações verbais ou escritas com o superior, usará sempre de expressões
respeitosas.
Art. 4-1-30 O superior, conquanto deva dirigir-se ao subordinado em termos corteses, dará sempre suas ordens em
linguagem e tom imperativos.
Art. 4-1-31 Na correspondência, quer do subordinado para o superior, quer deste para aquele, são proibidas
expressões que envolvam, direta ou indiretamente, ofensa, insulto ou injúria a alguém.

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Art. 4-1-32 Todas as representações, partes ou requerimentos que militares da Marinha dirigirem a autoridades
superiores devem ser encaminhados por intermédio do seu respectivo Comandante, o qual os transmitirá a quem
de direito, dando sua própria informação a respeito, antes de decorrido prazo de oito dias desde o seu recebimento.
Art. 4-1-33 Se a representação, parte ou requerimento estiver escrito de modo contrário ao que é preceituado
nos artigos anteriores, o Comandante o reterá em seu poder, fazendo ciente ao respectivo autor para que o
substitua, modificando sua linguagem. Se o autor, dentro de prazo nunca maior de oito dias, não atender ao
Comandante, este fará pelos canais competentes a remessa à autoridade a quem for dirigido o documento, desde
que o mesmo não contenha insulto, ofensa ou injúria, anexando sua informação e justificando a demora.
Art. 4-1-34 Se a representação, parte ou requerimento, ao ser apresentado, contiver insulto, ofensa ou injúria, o
Comandante não o encaminhará e punirá seu autor; aquele documento somente servirá para o processo que
deverá ser instaurado posteriormente.
Art. 4-1-35 Só o Comandante, ou subordinado por ele autorizado, poderá fazer comunicação verbal ou escrita
para fora de sua unidade, sobre assuntos operativos ou administrativos de sua OM.
Art. 4-1-36 Nenhum militar poderá, a não ser que devidamente autorizado, discutir ou divulgar por qualquer meio
assunto de caráter oficial, exceto os de caráter técnico não sigiloso e que não se refiram à Defesa ou à Segurança
Nacional.
§ 1º – É vedado ao militar manifestar-se publicamente a respeito de assuntos políticos ou tomar parte fardado
em manifestações de caráter político partidário.
§ 2º – Em visitas a portos nacionais ou estrangeiros caberá exclusivamente ao Comandante Mais Antigo Presente
Embarcado (COMAPEM) o estabelecimento dos contatos externos para fins do disposto neste artigo.
Art. 4-1-37 Todas as pessoas, pertencentes ou não à Marinha, que se acharem, ainda que ocasionalmente, a bordo
de uma unidade, independente de seu posto, graduação ou categoria, ficarão sujeitas às normas em vigor nessa
unidade.
Art. 4-1-38 Todas as pessoas estranhas à Marinha que se acharem a bordo por qualquer motivo, por ocasião de
combate ou fainas de emergência, serão obrigadas a ocupar o posto ou local que lhes designar o Comandante do
navio, salvo se forem de antigüidade superior à do Comandante, caso em que só voluntariamente poderão
cooperar.
Art. 4-1-39 É vedado aos militares o uso de barba, cavanhaque, costeletas e do corte de cabelo que não sejam os
definidos pelas normas em vigor.
§ 1º – O uso de bigode é permitido aos Oficiais, Suboficiais e Sargentos.
§ 2º – O militar que necessitar encobrir lesão fisionômica poderá usar barba, bigode, cavanhaque ou cabelo fora
das normas em vigor, desde que esteja autorizado pelo seu respectivo Comandante.
§ 3º – O militar que tiver sua fisionomia modificada deverá ser novamente identificado.

TÍTULO IV - CAPÍTULO 4 - Deveres das Praças


Art. 4-4-1 Atribuição principal - A atribuição principal das Praças é a execução das tarefas necessárias à manutenção
e operação dos equipamentos e à conservação de compartimentos de suas OM.
Art. 4-4-2 - Deveres gerais - Além do disposto no Capítulo 1 deste Título, são deveres específicos de todas as Praças
da Marinha:
a) cumprir as instruções que tiverem para o serviço, executando-as e fazendo com que sejam bem executadas
por seus subordinados;
b) desempenhar em serviço, no porto ou em viagem, as tarefas que lhes forem determinadas;
c) tomar parte nas mostras, fainas e exercícios, ocupando para isto o posto que lhes for designado; e
d) participar dos exercícios de cultura física e desportos.

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Art. 4-4-3 - Deveres de acordo com as graduações - Os deveres das Praças, conforme suas graduações, serão, de
modo geral, os seguintes:
a) os Suboficiais serão auxiliares diretos dos Oficiais em todos os atos de serviços e na execução das fainas que
aqueles dirigirem;
b) os Sargentos serão auxiliares diretos dos Suboficiais, ou dos Oficiais, conforme a OM em que servirem, em
todos os atos de serviço e na execução das fainas que aqueles auxiliarem ou dirigirem; e
c) os Cabos e Marinheiros executarão qualquer serviço que contribua para o cumprimento de tarefa atribuída à
OM a que pertencerem, com responsabilidade pela parte que lhes couber.
Art. 4-4-4 Distribuição por incumbências - As Praças serão distribuídas por incumbências, de acordo com as
habilitações correspondentes às suas graduações e às especialidades, observado o grau de competência que exijam
do executor, para que este seja responsável pela execução da tarefa de que for incumbido.
Art. 4-4-5 Os deveres das Praças relativos às suas incumbências serão fixados nos Regimentos Internos ou nas
Organizações Administrativas e de Combate.

TÍTULO VIII - SERVIÇOS DE PRAÇAS


CAPÍTULO 1 - Suboficiais e Sargentos
Art. 8-1-1 No porto, os Suboficiais e Sargentos serão distribuídos por Divisões de Serviço que, sempre que
possível, serão em número igual ao das Divisões de Oficiais, obedecendo-se aos mesmos critérios já estabelecidos
anteriormente.
Art. 8-1-2 Em viagem, os Suboficiais e Sargentos serão distribuídos por Quartos de Serviço, cujo número deverá
ser igual ao das Divisões de Oficiais.
Art. 8-1-3 A critério do Comandante, o Mestre, o Fiel, o Mestre d’Armas e os Supervisores poderão ser
dispensados de concorrer à Escala de Serviço.
Art. 8-1-4 O Mestre acompanhará o pernoite do Comandante; a critério deste, o Fiel, o Mestre-d’Armas e os
Supervisores acompanharão o pernoite dos demais Oficiais.

CAPÍTULO 2 - Cabos e Marinheiros


Art. 8-2-1 No porto, os Cabos e Marinheiros serão distribuídos por três Quartos de Serviço, permanecendo a bordo após o
licenciamento apenas aqueles efetivamente constantes do detalhe de serviço.
Art. 8-2-2 Em viagem, os Cabos e Marinheiros serão distribuídos por três Quartos, os quais se sucederão continuadamente no
serviço.
Parágrafo único – Para os serviços que exijam maior esforço físico ou continuada atenção e concentração, poderão ser
escaladas mais de uma Praça por Quarto, que se revezarão em intervalos de tempo menores.
Art. 8-2-3 A critério do Comandante, Cabos e Marinheiros, em função das incumbências que exercem a bordo, poderão ser
dispensados de concorrer à Escala de Serviço.

CAPÍTULO 3 - Guardas e Sentinelas


Art. 8-3-1 Nas OM cuja organização preveja, ou em que as circunstâncias exijam, haverá uma Guarda, cujo efetivo
será proporcional aos serviços que lhes forem atribuídos.
Art. 8-3-2 À Guarda compete:
a) executar o serviço de sentinelas;
b) participar de cerimonial; e
c) desempenhar qualquer outra atividade necessária à manutenção da ordem e segurança da OM.

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Art. 8-3-3 O Corpo da Guarda será localizado normalmente nas proximidades do posto do Oficial de Serviço.

Art. 8-3-4 O Comandante da Guarda ficará diretamente subordinado ao Oficial de Serviço, cabendo-lhe:
a) fiscalizar o serviço das sentinelas;
b) manter as praças da Guarda prontas para reforçar o posto de qualquer sentinela, ou ocupar o que lhe for
designado;
c) participar ao Oficial de Serviço todos os fatos relativos ao serviço da Guarda; e
d) organizar o detalhe de serviço das praças da Guarda.
Parágrafo único – No caso de não haver Comandante da Guarda, suas atribuições serão exercidas pelo Cabo da
Guarda.

Art. 8-3-5 Ao Cabo da Guarda compete:


a) distribuir as sentinelas pelos postos e transmitirlhes as ordens que tenham que cumprir e assistir à sua
substituição;
b) acudir, prontamente, ao chamado de qualquer das sentinelas e transmitir ao Oficial de Serviço as
comunicações que estas lhe fizerem; e
c) fazer a ronda dos postos das sentinelas, especialmente à noite.

Art. 8-3-6 A sentinela é responsável e inviolável, segundo as prerrogativas que a Lei lhe confere, sendo punido
com severidade quem atentar contra sua autoridade e integridade.

Art. 8-3-7 No exercício de seu serviço, deve a sentinela portar-se com zelo, serenidade e energia compatível
com a autoridade que lhe é atribuída.

Art. 8-3-8 Os deveres, o número de sentinelas e seus respectivos postos serão regulados pelo Regimento Interno
ou Organização Administrativa da OM.

Art. 8-3-9 As sentinelas não podem abandonar seus postos sem terem sido rendidas na presença do Cabo da
Guarda.

Art. 8-3-10 O serviço de Guarda será de vinte e quatro horas; o de sentinela será de duas horas, ficando
reduzido de uma hora se a temperatura ou condições de tempo forem severas, não devendo uma mesma praça
fazer mais de oito horas de serviço dentro das vinte e quatro horas.

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REGULAMENTO DISCIPLINAR PARA A MARINHA

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(Decreto nº 88.545, de 26 de julho de 1983)


TÍTULO I - GENERALIDADES
CAPÍTULO 1- Do Propósito
Art. 1º O RDM tem por propósito a especificação e a classificação das contravenções disciplinares e o
estabelecimento das normas relativas à amplitude e à aplicação das penas disciplinares, à classificação do
comportamento militar e à interposição de recursos contra as penas disciplinares.

CAPÍTULO 2 - Da Disciplina e da Hierarquia Militar


Art. 2º Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições
que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
Parágrafo único – A disciplina militar manifesta-se basicamente pela:
a) Correção de atitudes
b) Utilização total das energias em prol do serviço;
c) Cooperação espontânea em benefício da disciplina coletiva e da eficiência da instituição; e
d) Obediência pronta às ordens do superior.
Art. 3º Hierarquia Militar é a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura militar. A
ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou graduação, se faz pela antigüidade
no posto ou na graduação.
Parágrafo único – O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à seqüência de
autoridade.
Art. 4º - A boa educação militar não prescinde da cortesia. É dever de todos, em serviço ou não, tratarem-se
mutuamente com urbanidade, e aos subordinados com atenção e justiça.

CAPÍTULO 3 – Da Esfera de Ação Disciplinar


Art. 5º - As prescrições do RDM aplicam-se aos militares da Marinha da ativa, da reserva remunerada e aos
reformados.
TÍTULO II - Das contravenções disciplinares (Art. 6º ao Art. 12º); e
CAPÍTULO 1- Definição e Especificação
Art. 6º - Contravenção Disciplinar é toda ação ou omissão contrária às obrigações ou aos deveres militares
estatuídos nas leis, nos regulamentos, nas normas e nas disposições em vigor que fundamentam o Organização
Militar, desde de que não incidindo no que é capitulado pelo Código Penal Militar como crime.
Art. 7º - São contravenções disciplinares:
1. dirigir-se ou referir-se a superior de modo desrespeitoso;
2. censurar atos de superior;
3. responder de maneira desatenciosa ao superior;
4. dirigir-se ao superior para tratar de assunto de serviço ou de caráter particular em inobservância à via
hierárquica
5. deixar o subalterno, quer uniformizado quer trajando à paisana, de cumprimentar o superior quando
uniformizado, ou em traje civil, desde que o conheça; ou deixar de prestar-lhe as homenagens e sinais de
consideração e respeito previstos nos regulamentos militares;
6. deixar deliberadamente de responder ao cumprimento do subalterno;
7. deixar de cumprir ordem recebida da autoridade competente;
8. retardar, sem justo motivo, o cumprimento de ordem recebida da autoridade competente;

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9. aconselhar ou concorrer para o não cumprimento de qualquer ordem de autoridade competente ou para o

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retardamento da sua execução;


10. induzir ou concorrer intencionalmente para que outrem incida em contravenção;
11. deixar de comunicar ao superior a execução de ordem dele recebida;
12. retirar-se da presença de superior sem a sua devida licença ou ordem para fazê-lo;
13. deixar o oficial presente a solenidade interna ou externa onde se encontrem superiores hierárquicos de
apresentar-se ao mais antigo e saudar os demais;
14. deixar, quando estiver sentado, de oferecer seu lugar ao superior, ressalvadas as exceções regulamentares previstas;
15. representar contra o superior:
a) sem prévia autorização deste;
b) em inobservância à via hierárquica;
c) em termos desrespeitosos; e
d) empregando argumentos falsos ou envolvendo má fé.
16. deixar de se apresentar, finda a licença ou cumprimento de pena, aos seus superiores ou a quem deva fazê-
lo, de acordo com as normas de serviço de Organização Militar;
17. permutar serviço sem autorização do superior competente;
18. autorizar, promover, tomar parte ou assinar representação ou manifestação coletiva de qualquer caráter contra
superior;
19. recusar pagamento, fardamento, equipamento ou artigo de recebimento obrigatório;
20. recusar-se ao cumprimento de castigo imposto;
21. tratar subalterno com injustiça
22. dirigir-se ou referir-se a subalterno em termos incompatíveis com a disciplina militar
23. tratar com excessivo rigor preso sob sua guarda;
24. negar licença a subalterno para representar contra ato seu;
25. protelar licença, sem motivo justificável, a subalterno para representar contra ato seu;
26. negar licença, sem motivo justificável, a subalterno para se dirigir a autoridade superior, a fim de tratar dos seus
interesses;
27. deixar de punir o subalterno que cometer contravenção, ou de promover sua punição pela autoridade competente;
28. deixar de cumprir ou fazer cumprir, quando isso lhe competir, qualquer prescrição ou ordem regulamentar;
29. ofender física ou moralmente qualquer pessoa, procurar desacreditá-la ou concorrer para isso, desde que
não seja tal atitude enquadrada como crime;
30. desrespeitar medidas gerais de ordem policial, embaraçar sua execução ou concorrer para isso;
31. desrespeitar ou desconsiderar autoridade civil;
32. desrespeitar, por palavras ou atos, a religião, as instituições ou os costumes de país estrangeiro em que se achar;
33. faltar à verdade ou omitir informações que possam conduzir à sua apuração;
34. portar-se sem compostura em lugar público;
35. apresentar-se em Organização Militar em estado de embriaguez ou embriagar-se e comportar-se de modo
inconveniente ou incompatível com a disciplina militar em Organização Militar;
36. contrair dívidas ou assumir compromissos superiores às suas possibilidades, comprometendo o bom nome da classe;
37. esquivar-se a satisfazer compromissos assumidos de ordem moral ou pecuniária;
38. não atender a advertência de superior para satisfazer débito já reclamado;

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39. participar em Organização Militar de jogos proibidos, ou jogar a dinheiro os permitidos;

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40. fazer qualquer transação de caráter comercial em Organização militar


41. estar fora do uniforme determinado ou tê-lo em desalinho;
42. ser descuidado no asseio do corpo e do uniforme;
43. ter a barba, bigode, as costeletas, o cavanhaque ou o cabelo fora das normas regulamentares;
44. dar, vender, empenhar ou trocar peças de uniformes fornecidas pela União;
45. simular doença;
46. executar intencionalmente mal qualquer serviço ou exercício;
47. ser negligente no desempenho da incumbência ou serviço que lhe for confiado;
48. extraviar ou concorrer para que se extraviem ou se estraguem quaisquer objetos da Fazenda Nacional ou documentos
oficiais, que estejam sob sua responsabilidade direta;
49. deixar de comparecer ou atender imediatamente à chamada para qualquer exercício, faina, manobra ou formatura;
50. deixar de se apresentar, sem motivo justificado, nos prazos regulamentares, à OM para que tenha sido transferido e, às
autoridades competentes, nos casos de comissões ou serviços extraordinários para que tenha sido nomeado ou
designado;
51. deixar de participar em tempo à autoridade a que estiver diretamente subordinado a impossibilidade de comparecer à
Organização Militar ou a qualquer ato de serviço a que esteja obrigado a participar ou a que tenha que assistir;
52. faltar ou chegar atrasado, sem justo motivo, a qualquer ato ou serviço de que deva participar ou a que deva assistir;
53. ausentar-se sem a devida autorização da OM onde serve ou do local onde deva permanecer;
54. ausentar-se sem a devida autorização da sede da OM onde serve;
55. deixar de regressar à hora determinada à OM onde serve;
56. exceder licença;
57. deixar de comunicar à OM onde serve mudança de endereço domiciliar;
58. contrair matrimônio em desacordo com a legislação em vigor;
59. deixar de se identificar quando solicitado por quem de direito;
60. transitar sem Ter em seu poder documento atualizado comprobatório de identidade;
61. trajar à paisana em condições que não as permitidas pelas disposições em vigor;
62. permanecer em OM em traje civil, contrariando instruções em vigor;
63. conversar com sentinela, vigia, plantão ou, quando não autorizado, com preso;
64. conversar, sentar-se ou fumar, estando de serviço e quando não for permitido pelas normas e disposições da OM
65. fumar em lugar onde seja proibido fazê-lo, em ocasião não permitida, ou em presença de superior que não seja do seu
círculo, exceto quando dele tenha obtido licença;
66. penetrar nos aposentos de superior, em paióis e outros lugares reservados, sem a devida permissão ou ordem
para fazê-lo;
67. entra ou sair da OM por acesso que não o determinado;
68. introduzir clandestinamente bebidas alcoólicas em OM;
69. introduzir clandestinamente matérias inflamáveis, explosivas, tóxicas ou outras em OM, pondo em risco a segurança, e
desde que não seja tal atitude enquadrada como crime;
70. introduzir ou estar de posse em OM de publicações prejudiciais à moral e à disciplina;
71. introduzir ou estar de posse em OM de armas ou instrumentos proibidos;
72. portar arma sem autorização legal ou ordem escrita de autoridade competente;
73. dar toques, fazer sinais, içar ou arriar a Bandeira Nacional ou insígnias, disparar qualquer arma se ordem;
74. conversar ou fazer ruído desnecessário por ocasião da faina, manobra, exercício ou reunião para qualquer serviço;

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75. deixar de comunicar em tempo hábil ao seu superior imediato ou a quem de direito o conhecimento que tiver de

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qualquer fato que possa comprometer a disciplina ou a segurança da OM, ou afetar os interesses da Segurança Nacional;
76. ser discreto em relação a assuntos de caráter oficial, cuja divulgação possa ser prejudicial à disciplina ou à boa ordem do
serviço;
77. discutir pela imprensa ou por qualquer outro meio de publicidade, sem autorização competente, assunto militar, exceto
de caráter técnico não sigiloso e que não se refira à Defesa ou à Segurança Nacional;
78. manifestar-se publicamente a respeito de assuntos políticos ou tomar parte fardado em manifestações de caráter
político-partidário;
79. provocar ou tomar parte em OM em discussão a respeito de política ou religião;
80. faltar com o respeito devido, por ação ou omissão, a qualquer dos símbolos nacionais, desde que em situação não
considerada como crime;
81. fazer uso indevido de viaturas, embarcações ou aeronaves pertencentes à Marinha, desde que o ato não constitua crime;
82. disparar arma em OM por imprudência ou negligência;
83. concorrer para a discórdia ou desarmonia ou cultivar inimizades entre os militares ou seus familiares; e
84. disseminar boatos ou notícias tendenciosas.
Parágrafo único – são também consideradas contravenções disciplinares todas as omissões do dever militar não especificadas
no presente artigo, desde de que não qualificadas como crime nas leis penais militares, cometidas contra preceitos da
subordinação e regras de serviço estabelecidos nos diversos regulamentos militares e determinações das autoridades
superiores competentes.

CAPÍTULO 2 - Da Natureza das Contravenções e suas Circunstâncias


Art. 8º – As contravenções disciplinares são Classificadas em graves e leves – conforme o dano – grave ou leve –
que causarem à disciplina ou ao serviço, em virtude da sua natureza intrínseca, ou das conseqüências que delas
advierem, ou puderem advir, pelas circunstâncias em que forem cometidas.
Art. 9º - No concurso de crime militar e de contravenção disciplinar, ambos de idêntica natureza, será aplicada
somente a penalidade relativa ao crime.
Parágrafo Único – No caso de descaracterização de crime para contravenção disciplinar, esta deverá ser julgada
pela autoridade a que o contraventor estiver subordinado.

a) Acúmulo de contravenções simultâneas e correlatas;


b) Reincidência;
c) Conluio de duas ou mais pessoas;
Art.10–São
d) Premeditação
circunstâncias
e) Ter sido praticada com ofensa à honra e ao pundonor militar;
agravantes das
f) Ter sido praticada durante o serviço ordinário ou com prejuízo do serviço;
contravenções
g) Ter sido cometida estando em risco a segurança da OM;
disciplinares:
h) Maus antecedentes militares;
i) Ter o contraventor abusado da sua autoridade ou funcional; e
j) Ter cometido a falta em presença de subordinado.
a) Bons antecedentes militares;
Art. 11 – São
b) Idade menor 18 anos;
circunstâncias
c) Tempo de serviço militar menor de seis meses;
atenuantes da
d) Prestação anterior de serviços relevantes já reconhecidos;
contravenção
e) Tratamento em serviço ordinário com rigor não autorizado pelos
Disciplinar:
regulamentos militares; e
f) Provocação.
Art.12 – São a) ignorância plenamente comprovada da ordem transgredida;
circunstâncias b) força maior ou caso fortuito plenamente comprovado;
justificativas ou c) evitar mal maior ou dano ao serviço ou a ordem pública;
dirimentes da d) ordem de superior hierárquico;
contravenção e) legítima defesa, própria ou de outrem.
disciplinar:

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TÍTULO III - Das Penas Disciplinares (Art.13º ao Art. 33º)

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CAPÍTULO 1 - Da Classificação e Extensão


Art.13- As contravenções definidas e classificadas no Título anterior serão punidas com penas disciplinares.
Art.14- As penas disciplinares são as seguintes:
b) para Oficiais da reserva que exerçam funções de atividade:
a) para Oficiais da ativa:
1.repreensão;
1. repreensão;
2.prisão simples, até 10 dias;
2. prisão simples, até 10 dias; e
3.prisão rigorosa, até 10 dias; e
3. prisão rigorosa, até 10 dias.
4.dispensa das funções de atividade.
c) para os Oficiais da reserva remunerada não
d) para Suboficiais:
compreendidos na alínea anterior e os
1. repreensão
reformados:
2. prisão simples, até 10 dias;
1. repreensão;
3. prisão rigorosa, até 10 dias; e
2. prisão simples, até 10 dias; e
4. exclusão do serviço ativo, a bem da disciplina.
3. prisão rigorosa, até 10 dias.
e) para Sargentos: f) para Cabos Marinheiros e Soldados:
1. repreensão; 1. repreensão;
2. impedimento, até 30 dias; 2. impedimento, até 30 dias;
3. prisão simples, até 10 dias 3. serviço extraordinário, até 10 dias;
4. prisão rigorosa, até 10 dias; e 4. prisão simples, até 10 dias;
5. licenciamento ou exclusão do serviço 5. prisão rigorosa, até 10 dias; e
ativo, a bem da disciplina. 6. licenciamento ou exclusão do serviço ativo, a bem da
disciplina.

PENAS PREVISTAS NO RDM


PENAS DE ACORDO COM OS POSTOS E
PENAS PREVISTAS NO GRADUAÇÕES
RDM OF RR OF
EM OF SO SG CB SD/MN
ATIVIDADE RM1
Afastamento das Funções
SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
de Atividades
Repreensão SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Prisão Rigorosa até 10 dias SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Prisão Simples até 10 dias SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM
Exclusão do SAM a Bem
NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM
da Disciplina
Licenciamento do SAM a
NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM
Bem da Disciplina
Impedimento até 30 dias NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM

Serviço extra até 10 dias NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM

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Parágrafo Único – Às praças da reserva ou reformadas aplicam-se as mesmas penas estabelecidas neste artigo, de

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acordo com a respectiva graduação.


Art. 15 – Não será considerada como pena a admoestação que o superior fizer ao subalterno, mostrando-lhe
irregularidade praticada no serviço ou chamando sua atenção para fato que possa trazer como conseqüência
uma contravenção.
Art. 16 – Não será considerado como pena o recolhimento em compartimento fechado, com ou sem sentinela,
bem como a aplicação de camisa de força, algemas ou outro meio de coerção física de quem for atacado de
loucura ou excitação violenta.
Art. 17 – Por uma única contravenção não pode ser aplicada mais de uma punição.
Art. 18 – A punição disciplinar não exime o punido da responsabilidade civil que lhe couber.

CAPÍTULO 2 - Da Competência e Jurisdição para Imposição


Art. 19 – Têm competência para impor penas disciplinares as seguintes autoridades:
a) a todos os militares da Marinha:
- O Presidente da República e o Comandante da Marinha.
b) aos seus comandados ou aos que servem sobre sua direção ou ordem:

O chefe, vice-chefe e subchefes do EMA; Os Presidentes e Encarregados de OM;


O Comte, Chefe do Estado-Maior e o Subchefes do CON; Os Diretores dos Órgãos do Setor de Apoio;
O SGM; O Comandante de Apoio do CFN;
Os Diretores Gerais; Os Comandantes de Navios e Unidades de Tropa;
O CGCFN; Os Diretores de estabelecimentos de Apoio ou Ensino;
Os Comandantes dos DN e Comandos Navais; Os Chefes de Gabinete; e
Os Comtes das Forças Navais, Aeronavais e de FuzNav; Os Capitães de Portos e seus Delegados.

c) nos casos em que a Direção ou Chefia de Estabelecimento ou Repartição for exercida por servidor civil :
- o oficial mais antigo da ativa da OM
§ 1º - Os Almirantes poderão delegar esta competência, no todo ou em parte, a Oficiais subordinados.
§ 2º - Os Comandantes de Força observarão a Competência preconizada na OGSA.
§ 3º - A pena de licenciamento e exclusão do Serviço Ativo da Marinha, será imposta pelo MM ou por
autoridade que dele tenha recebido delegação de Competência.
§4º - a pena de Licenciamento do SAM “ex-officio”, a bem da disciplina, será aplicada às Praças prestando
serviço militar inicial pelo Comandante de DN ou de Comando Naval onde ocorreu a incorporação, de acordo com
o Regulamento da Lei do Serviço Militar.
§5º - A pena de dispensa das funções de atividade será imposta privativamente pelo CM.
§6º - Os Comandantes dos DN ou Comando Naval têm competência, ainda, para aplicar punição aos
militares da reserva remunerada ou reformados que residem ou exerce atividade na área de jurisdição do
respectivo comando, respeitada a precedência hierárquica.
Art. 20 – Quando duas autoridades, ambas com jurisdição disciplinar sobre o contraventor, tiverem
conhecimento da falta caberá o julgamento à autoridade mais antiga ou à mais moderna, se o seu superior assim
o determinar.
Parágrafo Único – A autoridade mais moderna deverá manter o mais antigo informado a respeito da falta, dos
esclarecimentos que se fizerem necessários, bem como, quando julgar a falta, participar a pena imposta e os
motivos que orientaram sua disposição.

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CAPÍTULO 3 - Do Cumprimento

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COMO CUMPRIR AS PENAS DISCIPLINARES


PUNIÇAO RESUMO DE CUMPRIMENTO DAS PENAS
DISCIPLINARES
Presença do contraventor seu
VERBAL
círculo e círculos superiores
PÚBLICA Em documento que será dado
ESCRITA conhecimento aos círculos
acima.
Presença única do
VERBAL
REPREENSÃO contraventor.
PARTICULAR
Ofício reservado ao
ESCRITA
contraventor.
NÃO LANÇA NO LIVRO REGISTRO
VERBAL
DE CONTRAVENÇÕES ou O.S.
NÃO LANÇA NOS ASSENTAMENTOS
PARTICULAR
DO CONTRAVENTOR.
Permanecer na Organização Militar, sem prejuízo de qualquer
IMPEDIMENTO
serviço que lhe competir
Desempenho de qualquer serviço interno, inclusive faina, em
dias e horas em que
SERVIÇO EXTRA
não lhe competir esse serviço.
Art. 24 – A pena de prisão simples consiste no recolhimento:
- Oficial, Suboficial ou Sargento na OM, sem prejuízo do
serviço interno que lhe couber;
- Demais Praça, à sua coberta na OM, sem prejuízo dos
PRISÃO SIMPLES
serviços internos que lhe couberem, salvo os de
responsabilidade e confiança.

- Oficial, Suboficial ou Sargento nos recintos que na OM


PRISÃO
forem destinados ao uso de seu círculo.
RIGOROSA
- Demais Praça, Prisão fechada.
Art. 21 – A repreensão consistirá na declaração formal de que o contraventor é assim punido por haver cometido
determinada contravenção, podendo ser aplicada em particular ou não.
§ 1º - Quando em particular, ser aplicada diretamente pelo superior que a impuser; verbalmente, na presença
única do contraventor; por escrito, em ofício reservado a ele dirigido.
§ 2º - Quando pública, será aplicada pelo superior, ou por sua delegação:
a) verbalmente:
1. Ao Oficial - na presença de Oficiais do mesmo posto ou superiores;
2. Ao SO – nos círculos de Oficiais e SO;
3. Ao SG – nos círculos de Oficiais, SO e SG; e
4. Às Praças de graduação inferior a SG – em formatura da guarnição, ou parte dela, a que pertencer o
contraventor.
b) por escrito em documento do qual será dado conhecimento aos mesmos círculos acima indicados.

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Art. 22 – A pena de impedimento obriga o contraventor a permanecer na OM, sem prejuízo de qualquer serviço

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que lhe competir.


Art. 23 – A pena de serviço extraordinário consistira no desempenho pelo contraventor de qualquer serviço
interno, inclusive faina em dias e horas em que não lhe competir este serviço.
Art. 24 – A pena de prisão simples consiste no recolhimento:
a) do Oficial, SO ou SG na OM ou outro local determinado, sem prejuízo do serviço interno que lhe couber; e
b) da Praça à sua coberta na OM ou outro local determinado sem prejuízo dos serviços internos que lhe
couberem, salvo os de responsabilidades e confiança.
Art. 25 – A pena de prisão rigorosa consiste no recolhimento:
a) do Oficial, SO ou SG aos recintos que OM forem destinados ao uso de seu círculo; e
b) da Praça, à prisão fechada.
§ 1º - Quando na OM não houver lugar ou recinto apropriado ao cumprimento da prisão rigorosa com a
necessária segurança ou em boas condições de higiene, o Comandante ou autoridade equivalente solicitará que
esse cumprimento seja feito em outra OM em que isso seja possível.
§ 2º - A critério da autoridade que as impôs, as penas de prisão simples e prisão rigorosa poderão ser
cumpridas pelas praças como determina o art. 22 ( impedimento), computando-se 2 dias de impedimento para
cada dia de prisão simples e 3 dias de impedimento para cada dia de prisão rigorosa.
§ 3º - Não será considerada agravação da pena deste artigo a reclusão do Oficial SO ou SG a camarote com
ou sem sentinela quando sua liberdade puder causar dano à ordem ou à disciplina.

CAPÍTULO 4 - Das Normas para Imposição


Art. 26 – Nenhuma pena será imposta sem ser ouvido o contraventor e serem devidamente apurados os fatos.
§ 1º - Normalmente a pena deverá ser imposta dentro do prazo de 48 horas, contadas do momento em que a
contravenção chegou ao conhecimento da autoridade que tiver que impô-la.
§ 2º- O Oficial que lançou a Contravenção disciplinar em Livro de Registro de Contravenção deverá dar
conhecimento dos seus termos à referida Praça, antes do julgamento da mesma.
§ 3º - Quando houver necessidade de maiores esclarecimentos sobre a contravenção, a autoridade mandará
proceder a sindicância ou, se houver indício de crime, a inquérito, de acordo com as normas e prazos legais.
§ 4º - Durante o período de sindicância de que trata o parágrafo anterior, o contraventor poderá ficar detido
na OM ou em qualquer outro local que seja determinado.
§ 5º - Os militares detidos para averiguação de contravenções disciplinares não devem comparecer a
exercícios e fainas, nem executar serviço algum.
§ 6º - A prisão ou detenção de qualquer militar e o local onde se encontra deverão ser comunicados
imediatamente à sua família ou a pessoa por ele indicada, de acordo com a Constituição Federal.
§ 7º - Nenhum contraventor será interrogado se desprovido da plena capacidade de entender o caráter
contravencional de sua ação ou omissão, devendo, nessa situação, ser recolhido a prisão, em benefício da
manutenção da ordem ou de sua própria segurança.
Art. 27 – A autoridade julgará com imparcialidade e isenção de ânimo a gravidade da contravenção, sem
condescendência ou rigor excessivo, levando em conta as circunstâncias justificativas ou atenuantes, em face das
disposições deste regulamento e tendo sempre em vista os acontecimentos e a situação pessoal do contraventor.
Art. 28 - Toda pena disciplinar, exceto repreensão verbal, será imposta na forma abaixo:
a) para Oficiais e Suboficiais, mediante Ordem de Serviço que contenha resumo do histórico da falta, seu
enquadramento neste regulamento, as circunstâncias atenuantes ou agravantes e a pena imposta; e

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b) para Sargentos e demais Praças: mediante lançamento nos respectivos livros de Registro de Contravenções,

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onde constará o histórico da falta, seu enquadramento neste Regulamento, as circunstâncias atenuantes ou
agravantes e a pena imposta.
Art. 29- Quando o contraventor houver cometido contravenções simultâneas mas não correlatas, ser-lhe-ão
impostas penas separadamente.
Parágrafo único- se essas penas consistirem em prisão rigorosa e seu total exceder o máximo fixado no art. 14,
serão cumpridas em parcelas não maiores do que esse prazo, com intervalos de cinco dias.
Art. 30- A pena de licenciamento ex-officio”do Serviço Ativo da Marinha, a bem da disciplina, será imposta ás Praças
com estabilidade assegurada, como disposto no Estado dos Militares e nos Regulamentos do Corpo de Praças da
Armada e do Corpo de Praças do Corpo de Fuzileiros Navais.
Art. 31- A pena de exclusão da Marinha será imposta:
a) a bem da disciplina ou por conveniência do serviço;
b) por incapacidade moral
§ 1º- A bem da disciplina ou por conveniência do serviço , a pena será imposta sempre que a Praça, de
graduação inferior a Suboficial, houver sido punida no espaço de um ano com trinta dias de prisão rigorosa ou
quando for julgado merecê-la por um Conselho de Disciplina, por má conduta habitual ou inaptidão profissional.
§ 2º- Por incapacidade moral, será imposta quando houver cometido ato julgado aviltante ou infamante por
um Conselho de Disciplina.
Art.32- A pena de exclusão do Serviço Ativo da Marinha, a bem da disciplina, será aplicada “ex-officio” ás Praças
com estabilidade assegurada, como disposto no Estatuto dos Militares.
Art.33- O licenciamento “ex-officio” e a exclusão do Serviço Ativo da Marinha, a bem da disciplina, inabilita o
militar para exercer cargo, função ou emprego na Marinha.
Parágrafo único- A sua situação posterior relativa á reserva será determinada pela Lei do Serviço Militar e pelo
Estatuto dos Militares.

CAPÍTULO 5 - Da Contagem do Tempo de Punição


Art. 34 - O tempo que durar o impedimento de que trata o artigo 26, § 3o, será levado em conta:
a) integralmente para o cumprimento de penas de impedimento;
b) na razão de 1/2 para as de prisão simples; e
c) na razão de 1/3 para as de prisão rigorosa.
Art. 35 - O tempo passado em hospitais (doentes hospitalizados) não será computado para cumprimento de pena
disciplinar.

CAPÍTULO 6 - Do Registro e da Transcrição


Art. 36 - Para o registro das contravenções cometidas e penas impostas, haverá nas Organizações Militares dois
livros numerados e rubricados pelo Comandante ou por quem dele haja recebido delegação, sendo um para os
Sargentos e outro para as demais Praças.
Art. 37 - Todas as penas impostas, exceto repreensões em particular, serão transcritas nos assentamentos do
contraventor, logo após o seu cumprimento ou a solução de recursos interpostos.
§ 1o - Para Sargentos e demais Praças, esta transcrição será feita na Caderneta Registro, independente de ordem
superior.
§ 2o - Para Oficiais e Suboficiais, cópia da Ordem de Serviço que publicou a punição será remetida à DPMM ou
CApCFN, conforme o caso, a fim de ser anexada aos documentos de informação referentes ao Oficial ou Suboficial
punido.
(Alterado pelo Decreto no 94.387, de 29 de maio de 1987)
§ 3o - A transcrição conterá o resumo do histórico da falta cometida e a pena imposta.

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CAPÍTULO 7

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Da Anulação, Atenuação, Agravamento, Relevamento e Cancelamento

(Alterado pelo Decreto no 94.387, de 29 de maio de 1987)


Art. 38 - O disposto no artigo 19 não inibe a autoridade superior na Cadeia de Comando de tomar conhecimento
ex officio de qualquer contravenção e julgá-la de acordo com as normas deste Regulamento, ou reformar o
julgamento de autoridade inferior, anulando, atenuando ou agravando a pena imposta, ou ainda relevando o seu
cumprimento.
§ 1o - A revisão do julgamento poderá ocorrer até 120 (cento e vinte) dias após a data da sua imposição. Fora
desse prazo só poderá ser feita, privativamente, pelo Ministro da Marinha.
§ 2o - Quando já tiver havido transcrição da pena nos assentamentos, será dado conhecimento à DPMM ou ao
CGCFN, conforme o caso, para efeito de cancelamento ou alteração.
§ 3o - A competência para relevar o cumprimento da pena é atribuição das mesmas autoridades citadas nas
alíneas a) e b) do artigo 19, cada uma quanto às punições que houver imposto, ou quanto às aplicadas pelos seus
subordinados.
Parágrafo único- Esse relevamento poderá ser aplicado:
a) por motivo de serviços relevantes prestados à Nação pelo contraventor, privativamente, pelo Presidente da
República e pelo Ministro da Marinha; e
b) por motivo de gala nacional ou passagem de Chefia, Comando ou Direção, quando o contraventor já houver
cumprido pelo menos metade da pena.
Art. 39 - Poderá ser concedido ao militar o cancelamento de punições disciplinares que lhe houverem sido
impostas ex officio ou mediante requerimento do interessado, desde que satisfaça as seguintes condições
simultaneamente:
a) não ter sido a falta cometida atentatória à honra pessoal, ao pundonor militar ou ao decoro da classe;
b) haver decorrido o prazo de cinco anos de efetivo serviço, sem qualquer punição, a contar da data do
cumprimento da última pena. (Alterado pelo Decreto no 1.011, de 22 de dezembro de 1993)
c) ter bons serviços prestados no período acima, mediante análise de suas folhas de alterações; e
d) ter parecer favorável de seu Chefe, Comandante ou Diretor.
§ 1o - O militar, cujas punições disciplinares tenham sido canceladas, poderá concorrer, a partir da data do ato
de cancelamento, em igualdade de condições com seus pares em qualquer situação da carreira.
§ 2o - Além das autoridades mencionadas na letra a) do artigo 19, a competência para autorizar o
cancelamento de punições cabe aos Oficiais-Generais em cargo de Chefia, Comando ou Direção, obedecendo-se à
Cadeia de Comando do interessado, não podendo ser delegada.
§ 3o - A autoridade que conceder o cancelamento da punição deverá comunicar tal fato à DPMM ou CApCFN,
conforme o caso.
§ 4o - O cancelamento concedido não produzirá efeitos retroativos, para quaisquer fins de carreira.

TÍTULO IV - DA PARTE, PRISÃO IMEDIATA E RECURSOS


CAPÍTULO 1 - Da Parte e da Prisão Imediata

Art. 40 - Todo superior que tiver conhecimento, direto ou indireto, de contravenção cometida por qualquer
subalterno, deverá dar parte escrita do fato à autoridade sob cujas ordens estiver, a fim de que esta puna ou remeta
a parte à autoridade sob cujas ordens estiver o contraventor, para o mesmo fim.
Parágrafo único - Servindo superior e subalterno na mesma Organização Militar e sendo o subalterno Praça de
graduação inferior a Suboficial, será efetuado o lançamento da parte no Livro de Registro de Contravenções
Disciplinares.

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Art. 41 - O superior deverá também dar voz de prisão imediata ao contraventor e fazê-lo recolher-se à sua

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Organização Militar quando a contravenção ou suas circunstâncias assim o exigirem, a bem da ordem pública, da
disciplina ou da regularidade do serviço.
Parágrafo único - Essa voz de prisão será dada em nome da autoridade a que o contraventor estiver diretamente
subordinado, ou, quando esta for menos graduada ou antiga do que quem dá a voz, em nome da que se lhe seguir
em escala ascendente. Caso o contraventor se recuse a declarar a Organização Militar em que serve, a voz de prisão
será dada em nome do Comandante do Distrito Naval ou do Comando Naval em cuja jurisdição ocorrer a prisão.
Art. 42 - O superior que houver agido de acordo com os artigos 40 e 41 terá cumprido seu dever e resguardada sua
responsabilidade. A solução que for dada à sua parte pela autoridade superior é de inteira e exclusiva
responsabilidade desta, devendo ser adotada dentro dos prazos previstos neste Regulamento e comunicada ao
autor da parte.
Parágrafo único - A quem deu parte assiste o direito de pedir à respectiva autoridade, dentro de oito dias úteis,
pelos meios legais, a reconsideração da solução, se julgar que esta deprime sua pessoa ou a dignidade de seu posto,
não podendo o pedido ficar sem despacho. Para tanto, a autoridade que aplicar a pena disciplinar deverá comunicar
ao autor da parte a punição efetivamente imposta e o enquadramento neste Regulamento, com as circunstâncias
atenuantes ou agravantes que envolveram o ato do contraventor.
Art. 43 - O subalterno preso nas condições do artigo 41 só poderá ser solto por determinação da autoridade a cuja
ordem foi feita a prisão, ou de autoridade superior a ela.
Art. 44 - Esta prisão, de caráter preventivo, será cumprida como determina o artigo 24.

CAPÍTULO 2 - Dos Recursos

Art. 45 - Àquele a quem for imposta pena disciplinar será facultado solicitar reconsideração da punição à
autoridade que a aplicou, devendo esta apreciar e decidir sobre a mesma dentro de oito dias úteis, contados do
recebimento do pedido.
Art. 46 - Aquele a quem for imposta pena disciplinar poderá, verbalmente ou por escrito, por via hierárquica e em
termos respeitosos, recorrer à autoridade superior à que a impôs, pedindo sua anulação ou modificação, com prévia
licença da mesma autoridade.
§ 1o - O recurso deve ser interposto após o cumprimento da pena e dentro do prazo de oito dias úteis.
§ 2o - Da solução de um recurso só cabe a interposição de novos recursos às autoridades superiores, até o
Ministro da Marinha.
§ 3o - Contra decisão do Ministro da Marinha, o único recurso admissível é o pedido de reconsideração a essa
mesma autoridade.
§ 4o - Quando a punição disciplinar tiver sido imposta pelo Ministro da Marinha, caberá interposição de recurso
ao Presidente da República, nos termos definidos no presente artigo.
Art. 47 - O recurso deve ser remetido à autoridade a quem dirigido, dentro do prazo de oito dias úteis, devidamente
informado pela autoridade que tiver imposto a pena.
Art. 48 - A autoridade a quem for dirigido o recurso deve conhecer do mesmo sem demora, procedendo ou
mandando proceder às averiguações necessárias para resolver a questão com justiça.
Parágrafo único - No caso de delegação, para proceder a estas averiguações será nomeado um Oficial de posto
superior ao do recorrente.
Art. 49 - Se o recurso for julgado inteiramente procedente, a punição será anulada e cancelado tudo quanto a ela
se referir; se apenas em parte, será modificada a pena.
Parágrafo único - Se o recurso fizer referência somente aos termos em que foi aplicada a punição e parecer à
autoridade que os mesmos devem ser modificados, ordenará que isso se faça, indicando a nova forma a ser usada.

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TÍTULO V - DISPOSIÇÕES GERAIS

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Art. 50 Aos Guardas-Marinha, Aspirantes, Alunos do Colégio Naval e Aprendizes-Marinheiros serão aplicados,
quando na Escola Naval, Colégio Naval ou nas Escolas de Aprendizes, as penas estabelecidas nos respectivos
regulamentos, e mais as escolares previstas para faltas de aproveitamento; quando embarcados, as que este
Regulamento determina para Oficiais e Praças, conforme o caso.
Art. 51 O militar sob prisão rigorosa fica inibido de ordenar serviços aos seus subalternos ou subordinados, mas
não perde o direito de precedência às honras e prerrogativas inerentes ao seu posto ou graduação.
Art. 52 Os Comandantes de Organizações Militares farão com que seus respectivos médicos ou requisitados para
tal visitem com freqüência os locais destinados a prisão fechada, a fim de proporem, por escrito, medidas que
resguardem a saúde dos presos e higiene dos mesmos locais.
Art. 53 Os artigos deste Regulamento que definem as contravenções e estabelecem as penas disciplinares devem
ser periodicamente lidos e explicados à guarnição.
Art. 54 A Jurisdição disciplinar, quando erroneamente aplicada, não impede nem restringe a ação judicial militar.

PRAZOS PREVISTOS NO RDM


PRAZOS FINALIDADE CONTADO A PARTIR DE QUANDO
Do momento em que a autoridade toma conhecimento
48 H Impor a pena
da contravenção.
Para a autoridade- do recebimento de pedido.Para o
Recursos
Conraventor – do cumprimento da pena.
8 DIAS
Para a autoridade que deu parte – se julgar que a pena
ÚTEIS Reconsideração da
imposta deprime sua pessoa ou a dignidade de seu
pena
posto.
120 DIAS Revisão de julgamento Da data da sua imposição.
5 ANOS Cancelamento Da data do cumprimento da última pena.

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CGCFN-201
(1ª Edição – 12 de maio de 2020 – referência “e”)
2 . MANUAL DO
FUZILEIRO NAVAL

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MANUAL DO FUZILEIRO NAVAL

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CAPÍTULO 1 - HISTÓRICO DOS FUZILEIROS NAVAIS


1.1 - ANTECEDENTES
A Brigada Real da Marinha foi criada em Lisboa a 28 de agosto de 1797 por alvará de D. Maria I, e suas raízes
remontam a 1618, data de criação do Terço da Armada da Coroa de Portugal, primeiro corpo militar constituído
em caráter permanente naquele país.
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) originou-se dessa brigada, cujos componentes aportaram no Rio de
Janeiro a 7 de março de 1808, guarnecendo as naus utilizadas pela Família Real e a Corte Portuguesa, para
transmigrar para o Brasil em decorrência das Guerras Napoleônicas.
No Brasil, a Brigada Real da Marinha ocupou a Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, em 21 de março de
1809, por determinação do Ministro da Marinha D. João Rodrigues de Sá e Menezes - Conde de Anadia.
Ao longo de sua existência, o CFN recebeu várias denominações, podendo sua história ser dividida em três
fases principais, de acordo com as características básicas de sua atuação:
- de 1808 a 1847, atuando como Artilharia da Marinha;
- de 1847 a 1932, atuando como Infantaria da Marinha; e
- a partir de 1932, sendo empregado como uma combinação de tropas de variadas características.
Em todas essas fases, o exercício de atividades de guarda e segurança de instalações navais ou de interesse
da Marinha tem sido constante. Na fase recente, a capacitação para a realização de desembarques nas Operações
Anfíbias (OpAnf), de acordo com o conceito atual, tem definido a atuação do CFN.

Fig 1.1 - Estandarte da Brigada Real da Marinha

1.2 - PRIMEIRA FASE


Na primeira fase, houve ênfase no emprego dos Fuzileiros Navais (FN) para guarnecerem a artilharia das naus
e embarcações armadas. Os artilheiros-marinheiros constituíam-se nos únicos militares profissionais de carreira
existentes nas guarnições dos navios. Em virtude de sua formação militar, tinham acesso ao armamento portátil e
contavam com a confiança dos comandos que, por meio deles, se impunham à marinhagem sempre que era
necessário o emprego da força. Por estas mesmas razões, adquiriram condições de a abordagem, defender seus
navios contra esse tipo de ação e, desembarcando, combater em terra.
Neste período, participaram ativamente de todas as operações navais nas quais a Marinha se envolveu,
sendo dignas de realce a expedição contra Caiena, as lutas pela consolidação da Independência, a pacificação das
Províncias dissidentes e a Guerra da Cisplatina.
O CFN recebeu as seguintes denominações nesta etapa de sua existência:
- 1821 - Batalhão da Brigada Real da Marinha destacado no Rio de Janeiro;
- 1822 - Batalhão de Artilharia da Marinha do Rio de Janeiro;
- 1826 - Imperial Brigada de Artilharia da Marinha; e
- 1831 - Corpo de Artilharia de Marinha.

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Fig1.2 - Almirante Rodrigo Pinto Guedes, Barão do Rio da Prata,


primeiro Comandante da Brigada Real da Marinha no Brasil

1.3 - SEGUNDA FASE


Esta fase iniciou com a criação do Corpo de Imperiais Marinheiros a quem cabia guarnecer a artilharia dos
navios e embarcações, passando os FN a serem empregados como infantaria na realização de abordagens, na
defesa das naus e na realização de desembarques. Entretanto, em decorrência de seu melhor preparo, mantiveram,
durante algum tempo, várias tarefas referentes à Artilharia da Marinha.
A artilharia dos FN evoluiu de artilharia naval para artilharia de posição e artilharia de desembarque,
culminando no Grupo de Artilharia de Campanha do Regimento Naval.
Nesta fase, os soldados-marinheiros participaram de guerras externas, como as campanhas contra Oribe e
Rosas, contra Aguirre, e a Guerra do Paraguai.
As denominações a seguir foram as que o CFN recebeu nesta importante fase:
- 1847 - Corpo de Fuzileiros Navais;
- 1852 - Batalhão Naval;
- 1895 - Corpo de Infantaria da Marinha;
- 1908 - Batalhão Naval; e
- 1924 - Regimento Naval.

Fig 1.3 - Tomada do “Forte Sebastopol” (1864) Campanha contra Aguirre

Vale destacar que, na campanha contra Aguirre, os FN desempenharam papel relevante na tomada da Praça
Forte Paissandu, quando o 2o Sargento Francisco Borges de Souza se destacou por seu heroísmo e destemor. Esse
episódio ficou conhecido entre os combatentes pelo nome de “Tomada do Forte Sebastopol”.
Por sua vez, o Batalhão Naval participou com todo seu efetivo na longa e cruenta Guerra da Tríplice Aliança
(1864). Das 1845 praças que constituíam o efetivo do Batalhão Naval à época, 1428 estavam embarcadas nas
unidades navais em operações no Prata, sendo 585 artilheiros e 843 fuzileiros.

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Fig 1.4 - Batalha Naval do Riachuelo

1.4 - TERCEIRA FASE


A denominação de Corpo de Fuzileiros Navais, em 1932, em substituição à anterior, Regimento Naval,
assinalou o início da terceira fase, que vem se caracterizando por franca expansão e aprimoramento, mas
conservando a tradição de disciplina e confiança, a qual, originária da época da Brigada Real da Marinha, manteve-
se através dos tempos.

Fig 1.5 - Evolução dos uniformes do Corpo de Fuzileiros Navais

Fig 1.6 - Exercício de Artilharia do Corpo de Fuzileiros Navais, nos anos 30

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Deve ser destacada uma série de fatos ocorridos em relativo curto espaço de tempo que permitiram esta

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evolução:
- a formação dos primeiros oficiais FN na Escola Naval;
- o extraordinário desenvolvimento das OpAnf na Segunda Guerra Mundial;
- a expansão da Marinha;
- o aprimoramento técnico-profissional dos oficiais por meio de cursos, estágios e visitas ao exterior;
- a criação do Campo da Ilha do Governador e, nele, o Centro de Instrução (hoje Centro de Instrução Almirante
Sylvio de Camargo) e a Companhia Escola (hoje Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves, localizado
no Campo de Guandu do Sapê, no subúrbio carioca de Campo Grande, RJ); e
- a obtenção de áreas para adestramento e a construção de aquartelamentos.

O progresso material alcançado, ao qual se adicionou o devido embasamento doutrinário, possibilitou o


incremento de exercícios com forças navais de países amigos que culminaram com o adestramento interaliado na
Ilha de Vieques, Porto Rico, juntamente com FN norte-americanos, holandeses e ingleses.

Nesta fase, o CFN, como um todo ou em parte, atuou em acontecimentos relevantes da história do Brasil, a
saber:
- posição legalista nas Revoluções Constitucionalista (1932) e Integralista (1938);
- Segunda Guerra Mundial com destacamentos embarcados, Companhias Regionais nos portos de onde nossas
forças navais participavam do conflito e destacamento na Ilha da Trindade; e
- posição democrática na Revolução de 1964.

Por ocasião do conflito entre a Índia e o Paquistão, em 1965, o Brasil, como membro da Organização das
Nações Unidas (ONU), enviou observadores militares com uma representação do CFN, o mesmo ocorrendo na luta
deflagrada entre Honduras e El Salvador.
Nas operações levadas a efeito pela Organização dos Estados Americanos (OEA) na República Dominicana, o
CFN enviou um Grupamento Operativo (GptOp) integrando o Destacamento Brasileiro da Força Interamericana de
Paz (FAIBRAS), um dos componentes da Força Interamericana de Paz (FIP). De março de 1965 a setembro de 1966,
esse GptOp foi revezado três vezes, cumprindo as tarefas recebidas com exemplar disciplina e eficiência técnico-
profissional.

Fig 1.7 - Contingente do Corpo de Fuzileiros Navais em São Domingos (1965)

Nos últimos anos e em atendimento às solicitações da ONU, o Brasil tem enviado militares de suas forças
armadas (FA) para várias regiões em conflito no mundo. O CFN, como uma tropa de elite, tem participado
ativamente dessas Missões de Paz, com observadores militares ou mesmo tropa. Desta forma, os FN do Brasil já
marcaram presença em El Salvador; em Honduras; na antiga Iugoslávia; em Moçambique; em Ruanda; em Angola;
no Equador; no Peru e no Haiti. O elevado grau de profissionalismo dos seus militares, aliado à disciplina, é fator
fundamental para o êxito nesses tipos de operações e tem contribuído para que o Brasil, cada vez mais, seja um
membro atuante na nova ordem internacional.
Também, no âmbito interno, por diversas vezes o CFN teve atuação destacada no restabelecimento da ordem,
juntamente com a participação das demais forças singulares.

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Fig 1.9 - Contingente de Fuzileiros Navais no Haiti


Fig 1.8 - Contingente de Fuzileiros Navais em Angola - 1995 a 1998

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CAPÍTULO 2

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TRADIÇÕES NAVAIS

2.1 - GENERALIDADES
O presente capítulo aborda as tradições navais e a sua linguagem, sem pretensão de esgotar o assunto, mas
tão-somente disseminar conhecimentos iniciais àqueles que começam, como fuzileiro naval, a vida de bordo, em
qualquer Organização Militar (OM) da Marinha do Brasil (MB). Todos os militares, quer a bordo, quer em terra, em
serviço ou não, devem proceder de acordo as normas de boa educação civil e militar e com os bons costumes, de
modo a honrar e preservar as tradições da Marinha.

2.2 - A GENTE DE BORDO


O Comandante é a autoridade suprema de bordo. O Imediato é o oficial cuja autoridade se segue, em qualquer
caso, à do Comandante. É, portanto, o substituto eventual do Comandante.
A gente de bordo compõe-se do Comandante e da Tripulação. O Imediato e os demais oficiais constituem a
oficialidade. As praças constituem a guarnição. A oficialidade e a guarnição formam a tripulação da OM.
As ordens emanam do Comandante e são feitas executar pelo Imediato, coordenador de todos os trabalhos
de bordo e que exerce a gerência das atividades administrativas.

2.5 - PROCEDIMENTOS ROTINEIROS

2.5.1 - Saudação entre militares


A saudação entre militares é a continência. Ela é uma reminiscência do antigo costume que tinham os
combatentes medievais, metidos em suas armaduras, levarem a mão direita à têmpora para suspender a viseira e
permitir a sua identificação, ao serem inspecionados por um superior.

2.5.2 - Saudar o oficial de serviço


Todos que entram a bordo obrigatoriamente saúdam o oficial de serviço e pedem licença para entrar a bordo.
Da mesma forma, para retirar-se de bordo, qualquer pessoa deve obter permissão do oficial de serviço e dele se
despedir.

2.5.3 - Saudar o pavilhão nacional


É costume, ao entrar-se a bordo pela 1a vez no dia, saudar o pavilhão nacional, bem como ao retirar-se de
bordo..

2.5.4 - Dar o pronto da execução de ordem recebida


O subordinado dará o pronto a seu superior da execução das ordens que dele tiver recebido, bem como o
manterá informado do andamento das tarefas por ele determinadas.

2.5.5 - Uniformes a bordo


É obrigatório possuir a bordo todos os uniformes previstos, em quantidade suficiente e em condições de
pronto uso.

2.9 - A LINGUAGEM DO MAR


Este artigo contém uma pequena mostra de expressões de uso consagrado na Marinha do Brasil, visando a
uma adaptação inicial com a linguagem própria da Força: a linguagem do homem do mar.

2.9.1 - O navio e as posições relativas a bordo


a) Nomenclatura das partes mais importantes

I) Casco
É o corpo do navio sem levar em consideração os mastros, aparelhos e outros acessórios. Não possui uma forma
geométrica única, sendo sua principal característica ter um plano de simetria (plano diametral), que se imagina
passar pelo eixo da quilha, dividindo-o, verticalmente, em duas partes no sentido do comprimento.

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Fig 2.1 - Vista de uma seção do casco de um navio


II) Quilha
É a peça estrutural básica do casco do navio, disposta na parte mais baixa do seu plano diamentral, em quase
todo o seu comprimento. É considerada a "espinha dorsal" do navio.

III) Cavernas
São assim chamadas as peças curvas que se fixam transversalmente à quilha do navio e que servem para dar
forma ao casco e sustentar o chapeamento exterior.
IV) Costado
É a parte do forro exterior do casco situada entre a borda e a linha de flutuação a plena carga.
V) Anteparas
São as separações verticais que subdividem, em compartimentos, o espaço interno do casco, em cada
pavimento.

Fig 2.2 - As partes mais importantes do navio


VI) Proa
É a extremidade dianteira ou anterior do navio.

VII) Popa
É a extremidade posterior do navio.

VIII) Bordos
São as duas partes simétricas em que o casco é dividido pelo plano diametral. Boreste (BE) é a parte à direita, e
bombordo (BB) à esquerda, supondo-se o observador situado no plano diametral e olhando para a proa.
IX) Convés
É a denominação atribuída aos pavimentos com que o navio é dividido no sentido da altura. O primeiro pavimento
contínuo de proa a popa, contando de cima para baixo, que é descoberto em todo ou em parte, tem o nome de convés
principal. Abaixo do convés principal, os conveses são designados da seguinte maneira: segundo convés, terceiro convés,
etc. Eles também podem ser chamados de cobertas. Um convés parcial, acima do principal, é chamado convés da
superestrutura.

X) Convés de vôo ou convôo


É o convés principal dos navios-aeródromos, que se estende de popa a proa, constituindo sua pista de decolagem e
pouso.

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XI) Superestrutura

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É a construção feita sobre o convés principal, estendendo-se ou não de um bordo a outro, e cuja cobertura é,
em geral, ainda, um convés.

XII) Castelo da proa ou simplesmente castelo


É a superestrutura na parte extrema da proa.

XIII) Tombadilho
É a superestrutura na parte extrema da popa.

XIV) Superestrutura central


É a existente a meia-nau. Nela normalmente são encontrados dois importantes conveses: o tijupá, convés
geralmente aberto e mais elevado do navio, onde é instalada a agulha magnética padrão e outros instrumentos que não
devem ficar cobertos; imediatamente abaixo do tijupá, encontra-se o passadiço, pavimento dispondo de uma ponte
(passagem) na direção de BB a BE, de onde o Comandante dirigi a manobra do navio e onde permanece o oficial de
quarto.

XV) Porão
É o espaço entre o convés mais baixo e o fundo do navio. Nos navios transporte, ele é, também, o compartimento
estanque onde se acondiciona a carga.

XVI) Bailéu
É um pavimento parcial abaixo do último pavimento contínuo, isto é, no espaço do porão. Nele fazem-se paióis
ou outros compartimentos semelhantes. É, também, uma expressão naval utilizada para designar a prisão a bordo.
Essa acepção decorre do fato de, na Marinha antiga, tais prisões ficarem situadas no bailéu dos navios.

XVII) Portaló
É a abertura feita na borda ou passagens nas balaustradas, por onde o pessoal entra e sai do navio, ou por
onde passa a carga leve. Há um portaló de BB e um de BE, sendo esse último considerado o portaló de honra dos
navios de guerra.

b) Posições relativas a bordo


I) A vante e a ré
Diz-se que qualquer coisa é de vante ou está a vante (AV) quando está na proa, e que é de ré ou está a ré (AR)
quando está na popa. Se um objeto está mais para a proa que outro, diz-se que está por ante-a-avante (AAV) dele;
se está mais para a popa, diz-se que está por ante-a-ré (AAR).

II) Cobertas abaixo


Diz-se que algo se encontra cobertas abaixo quando está nos conveses cobertos.

III) Cobertas acima


Diz-se de atividade, faina, etc. realizada no convés ou em pavimento a céu aberto.

IV) No convés
Diz-se que algo se encontra no convés quando está em um convés descoberto.

2.9.2 - Expressões do cotidiano


a) Safo
É talvez a palavra mais usual na Marinha. Serve para tudo que está correndo bem ou que faz correr as coisas
bem: “oficial safo”, “marinheiro safo”. “A faina está safa”. “Consegui safar o navio do banco de areia”. “A entrada
é safa, pode demandar: não há obstáculos”.

b) Onça
Também de grande uso. É dificuldade: “onça de dinheiro”, “onça de sobressalente”. Estar na onça é estar em
apuros. “A onça está solta”, quer dizer que tudo está ruim a bordo, tudo de ruim acontece. Vem a expressão de
uma velha história de uma onça de circo solta a bordo.

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c) Safa-onça

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É a combinação das duas expressões anteriores. Significa salvação. “safa-onça” é tudo que soluciona uma
emergência. “Safei a onça agarrando uma táboa que flutuava”. “O meu safa-onça foi um pedaço de queijo, que
ainda restava no barco; do contrário, morreria de fome”. “Este livro é o safa-onça de inglês”.

d) Pegar
É o contrário de estar safo. Significa entravar, não conseguir andar direito. “Tenente, o rancho está pegando,
não chegou a carne”. “Este Mestre D’armas não serve; com ele tudo pega”. “Comandante, não pude chegar a
tempo, a lancha pegou bem no meio da baía”.
Parece que a expressão vem de pegar tempo ou seja pegar mau tempo. “Aquele fuzileiro não conseguiu safar-
se para a parada: pegou tempo para arranjar um gorro de fita novo”.

e) Caverna mestra
Oficial ou praça que, por achar-se há muito tempo no navio e ser dedicado às coisas de bordo, torna-se profundo
conhecedor dos problemas e peculiaridades do mesmo.

f) Bóia de espera, ficar na bóia de espera


Esperar a vez; aguardar promoção.

g) Cochar
Proteger; cuidar com preferência de (alguém); proporcionar as melhores situações. A Cocha é o empenho ou a
recomendação de pessoa importante. É também a pessoa que faz esse empenho ou recomendação. Cochado, por
sua vez, é o protegido, recomendado.

h) Voga
Ritmo ou regime imprimido a uma atividade ou trabalho. Voga picada significa uma voga puxada, com ritmo
acelerado.

i) Arvorar - Desistir de uma empreitada. Suspender a execução de uma atividade determinada anteriormente.

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CAPÍTULO 3

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HIERARQUIA, DISCIPLINA E CORTESIA


3.1 - HIERARQUIA E DISCIPLINA
A hierarquia e a disciplina são a base institucional das forças armadas. A autoridade e a responsabilidade
crescem com o grau hierárquico.
A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das forças armadas.
A ordenação se faz por posto ou graduação; dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela antigüidade no
posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à seqüência de
autoridade.
Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que
fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da vida entre os militares
da ativa, da reserva remunerada e reformados.
Quando se fala de disciplina no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), não se quer referir aos regulamentos, às
punições ou a uma condição de subserviência. O que se quer dizer é a exata execução das ordens, decorrente de
uma obediência inteligente e voluntária, e não de uma disciplina baseada somente no temor.
A punição de militares por quebra da disciplina é as vezes necessária, mas apenas para corrigir os rumos
daqueles que ainda não foram capazes de fazer parte de uma equipe.
A disciplina é necessária a fim de assegurar a correta execução das ações ordenadas, as quais serão de grande
importância, principalmente nas situações de combate. O fuzileiro naval (FN) precisa ser capaz de reconhecer e
enfrentar o medo por ser este o inimigo da disciplina em determinadas situações. O medo não controlado
transformar-se-á em pânico, e a unidade que entrar em pânico não será mais uma unidade disciplinada e sim uma
turba. Não há pessoa sã que não sinta medo, mas com disciplina e moral elevado, todos podem enfrentar o perigo.
Um FN aprende a ser disciplinado adquirindo um senso de obrigação para com ele próprio, com seus
companheiros, com seu comandante e com o CFN. Ele aprende que é membro de uma equipe organizada, treinada
e equipada com o propósito de engajar e derrotar o inimigo. A meta final da disciplina militar é a eficiência em
combate, a fim de garantir que uma unidade lute corretamente, conquiste seus objetivos, cumpra a missão
recebida e auxilie outras unidades na execução de suas tarefas.
Um Comandante é investido da mais alto grau de autoridade, que se estende, inclusive, aos assuntos que
dizem respeito aos indivíduos que estejam sob suas ordens. Incluem-se nesse caso, a preocupação com a
alimentação, o cuidado e o modo de usar os uniformes, os hábitos de higiene, as condições de saúde e os fatores
morais, todos afetando direta ou indiretamente as vidas de cada um.
É importante que o FN obedeça prontamente às ordens de seu Comandante, o qual é particularmente
interessado no bem-estar dos homens sob seu comando. Desenvolvendo o hábito da pronta obediência a todas as
ordens, o FN alcançará a disciplina individual e da unidade.
Será demasiadamente tarde adquirir disciplina no campo de batalha. É preciso que ela seja conseguida em
tempo de paz nas atividades diárias. Um FN treina com seus companheiros de modo que, como uma equipe,
consigam cumprir tarefas com variados graus de dificuldade e possam se orgulhar de seus atos. O FN deve se
comportar como um representante de uma tradicional e gloriosa instituição e não como um indivíduo isolado.

3.2 - CORTESIA MILITAR


Todo militar deve provas de disciplina e cortesia aos superiores, como tributo natural à autoridade de que se
acham investidos por lei, manifestadas em todas as circunstâncias por atitudes e gestos precisos e rigorosamente
observados.
A espontaneidade e a correção dos sinais de respeito são indícios seguros do grau de disciplina das corporações
militares, bem como da educação e do grau de instrução profissional de seus integrantes.

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3.6 - PROCEDIMENTOS DO FUZILEIRO NAVAL EM DIVERSAS SITUAÇÕES


Quando um FN que está fumando ou conduzindo pequeno embrulho com a mão direita encontra um superior,
passa para a mão esquerda o cigarro ou o embrulho e faz-lhe a continência regulamentar.
Se o FN encontrar um superior numa escada cede-lhe o melhor lugar e saúda-o fazendo alto, com a frente
voltada para ele.
Todo FN deve se levantar sempre que passar uma tropa nas proximidades de onde se encontra; caso esteja
andando, deverá parar, voltando a frente para essa tropa.
No quartel, navio ou outro estabelecimento militar, a praça, diariamente, faz Alto para a continência ao
Comandante na primeira oportunidade que o encontrar. Das outras vezes, gira a cabeça com vigor, encarando-o.
Fora dessas dependências, cumprimenta o superior sempre que encontrá-lo.
Quando um militar entra em um estabelecimento público, percorre com o olhar o recinto para verificar se
há algum superior presente; se houver, o militar, do lugar onde está, faz-lhe a continência.
O FN que entrar em um quartel ou navio deverá prestar continência à Bandeira Nacional, se estiver hasteada,
e apresentar-se imediatamente ao oficial-de-serviço.
Quando dois militares se locomovem juntos, o mais moderno dá a direita ao mais antigo. Numa calçada, o
mais moderno deslocar-se-á deixando o lado interno da calçada para o deslocamento do mais antigo.
Em embarcações ou viaturas, o embarque é feito do mais moderno para o mais antigo. Por ocasião do
desembarque, os militares saem em ordem decrescente de antigüidade.
Os lugares de honra deverão ser reservados aos mais antigos.

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CAPÍTULO 6

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DIREITO DA GUERRA
6.1 - GENERALIDADES
A História registra que a disciplina e o moral contribuíram para inúmeras vitórias militares. Tais virtudes são
desenvolvidas por uma série de atitudes, dentre as quais ressalta a observância das normas que regulam os
conflitos armados, no que concerne ao comportamento individual de cada combatente diante das Leis da Guerra.
As Convenções de Genebra e de Haia estabeleceram essas normas, que passaram, com o peso de lei, a
fundamentar o Direito Internacional Humanitário, no campo dos conflitos armados. De um modo geral, pode-se
dizer que essas leis têm por finalidade proteger os combatentes fora de combate e as pessoas que não participam
das hostilidades, bem como as pessoas encarregadas de prestar auxílio às vítimas, ou seja, integrantes devidamente
autorizados dos serviços de saúde e religiosos, sejam esses militares ou civis, e da Cruz Vermelha.
O Brasil ratificou as convenções e aderiu aos seus protocolos adicionais, o que, em outras palavras, significa
que se comprometeu a respeitar e fazer respeitar, em todas as circunstâncias, as normas estabelecidas.
É dever, pois, de todo o fuzileiro naval (FN), conhecer e obedecer as regras que regem os conflitos armados,
nos seus aspectos fundamentais, que serão apresentados neste capítulo.
6.2 - NORMAS FUNDAMENTAIS
6.2.1 - Responsabilidade pela observância
Respeitar as regras do Direito da Guerra é uma obrigação precípua de todo militar.
Cada combatente é individualmente responsável pela sua observância, mas os Comandantes são os únicos
responsáveis por fazerem com que seus subordinados as respeitem.
Antes de dar a ordem para uma ação militar, o Comandante deve avaliar o risco de cada uma das alternativas
para cumprir a missão recebida e verificar se elas não violam nenhuma das regras do Direito da Guerra.
6.2.2 - Evitar sofrimentos inúteis
O Direito da Guerra também rege a conduta do combate e o uso de certas armas, com o fim de evitar
sofrimentos ou males que sejam excessivos em relação à vantagem militar que possam proporcionar. A necessidade
militar não admite a crueldade, quer dizer infligir um sofrimento sem motivo, ou por vingança.

6.2.3 - Limitar os danos e destruições


O Direito da Guerra estabelece que os danos e as destruições devem se limitar ao necessário para impor a sua
própria vontade ao adversário. Não podem ser excessivos em relação à vantagem militar prevista. Por conseguinte,
só se utilizarão armas, métodos e meios de combate que causem os danos inevitáveis para cumprir a missão
recebida.

6.2.3 - Limitar os danos e destruições


O Direito da Guerra estabelece que os danos e as destruições devem se limitar ao necessário para impor a sua
própria vontade ao adversário. Não podem ser excessivos em relação à vantagem militar prevista. Por conseguinte,
só se utilizarão armas, métodos e meios de combate que causem os danos inevitáveis para cumprir a missão
recebida.

6.2.4 - Atacar somente objetivos militares


Segundo as regras que regem os conflitos armados, são objetivos militares os combatentes e os seus
equipamentos, bem como os estabelecimentos e meios detransporte militares (exceto os estabelecimentos e meios
de transporte que tenham o emblema da Cruz Vermelha ou de uma outra instituição humanitária), as posições das
forças inimigas e os bens que, por sua natureza, localização e finalidade, contribuam para a ação militar.
É considerada deslealdade, por exemplo, fingir a condição de protegido, simular rendição para enganar o
adversário ou ganhar a sua confiança com a intenção de traílo.
Os bens civis (objetos sem finalidade militar e que não servem de apoio à ação militar) não constituem
objetivos militares e merecem proteção.

6.2.5 - Lutar só contra combatentes


Somente combatentes, ou seja, os membros das forças armadas (salvo os pertencentes aos serviços de saúde
e religioso), têm o direito de combater e podem ser atacados. Como membros das forças armadas devem ser
consideradas todas as pessoas que estiverem usando uniformes militares característicos das partes em conflito,
conduzindo armamento, ou participando, de qualquer forma, em operações ou atividades militares.

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Incluem-se como não-combatentes a população civil (todas as pessoas que não pertençam às forças armadas

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e não participam das hostilidades) e, por conseqüência, não deve ser atacada; o mesmo vale para os feridos,
náufragos e doentes que não tomem parte nas hostilidades.
Os ardis de guerra tais como estratagemas, fintas, armadilhas, camuflagem ou simulação de ações são
permitidos. No entanto, ficam proibidos os meios desleais.

6.2.6 - Respeitar os combatentes inimigos que se renderem


Esta regra é derivada do princípio no qual fica estipulado o respeito e a proteção ao inimigo que já não pode
ameaçar ou atacar, ou que esteja fora de combate.
Capturando-o, já se consegue alcançar o propósito de incapacitá-lo para o combate. O inimigo que se rende,
manifesta claramente a sua intenção de não prosseguir combatendo. Em geral, lança suas armas ao chão, levanta
as mãos, retira seu capacete, agita uma bandeira branca ou sinaliza essa intenção com outras atitudes evidentes.
Em um conflito armado entre países, um soldado inimigo capturado é considerado prisioneiro de guerra (PG).
Em outras modalidades de conflito (uma guerra civil por exemplo), o inimigo capturado não tem a condição de PG
e pode ser processado judicialmente, mas tem, no entanto, o direito a um tratamento humano.

6.2.7 - Proteger os combatentes inimigo feridos, doentes ou fora de ação


O combatente ferido ou doente que já não pode lutar, também está fora de combate e, conseqüentemente,
não constitui uma ameaça. Será tratado como prisioneiro, e terá o direito de ser protegido e receber assistência.

6.2.8 - Respeitar e proteger os civis


Os civis não podem participar diretamente das hostilidades, devendo ser respeitados e protegidos contra maus
tratos, as ameaças, humilhações, vingança e ataques indiscriminados que causem danos excessivos às pessoas e
aos seus bens.
Os civis também não podem ser tomados como reféns.
Seus bens e propriedades devem ser respeitados. A pilhagem é crime.

6.2.9 - Respeitar o pessoal, os veículos e as instalações do serviço de saúde militar ou civil e da Cruz Vermelha
O Direito da Guerra protege especialmente os feridos e doentes, tanto amigos como inimigos, assim como os
prisioneiros. Por conseguinte, é lógico prever a proteção ativa de quem está encarregado de recolher e/ou assistir
a essas vítimas, nas zonas de combate ou na retaguarda.
A utilização de veículos e instalações do serviço de saúde com fins militares de disfarce ou escudo de proteção,
ou, ainda, o uso indevido do emblema da Cruz Vermelha ou de outra organização humanitária, são exemplos de
violações graves ao Direito da Guerra.

6.3 - REGRAS DE COMPORTAMENTO


6.3.1 - Em relação aos combatentes inimigos
a) Nunca atacar um militar inimigo que se renda ou que tenha sido capturado, ferido ou se encontre doente.
No trato com os PG, observar os seis procedimentos padronizados: revistá-los, guardá-los, mantê-los em
silêncio, separá-los, protegê-los e evacuá-los para retaguarda, com brevidade. Um PG não pode ser morto,
torturado ou maltratado, pois isto consiste numa grave violação das leis da guerra e a perda de uma fonte vital de
dados sobre o inimigo. Ao se maltratar os PG, estar-se-á desencorajando outros soldados inimigos a se renderem e
motivando a continuidade da resistência. Se, ao contrário, eles forem bem tratados, além de incentivar o inimigo à
rendição, contribuirá para que eles tratem bem os seus prisioneiros (nossos companheiros). Tratamento humano
dos PG é correto, honroso e prescrito nas leis que regem os conflitos armados.

b) O inimigo pode usar diferentes sinais para indicar que está se rendendo, porém essa indicação deve ser
clara e perceptível. É crime atirar num inimigo que tenha deposto sua arma e oferecido rendição.

c) Prover sempre cuidados médicos para os combatentes feridos, sejam eles amigos ou inimigos. De acordo
com o Direito da Guerra, é necessário proporcionar ao inimigo doente ou ferido tratamento médico da mesma
qualidade que o proporcionado ao próprio pessoal.

d) Quando se captura alguém, nem sempre é possível ter certeza se este indivíduo é um inimigo. A
confirmação, em caso de dúvida, só poderá ser obtida por pessoal especialmente adestrado para esse fim em
Postos de Comando de escalões mais elevados. O captor, contudo, pode interrogar seus prisioneiros sobre

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informações militares de valor imediato para o cumprimento de sua missão, porém sem nunca ameaçar, torturar

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ou empregar qualquer outra forma de coerção para obter esses conhecimentos. Por sua vez, o PG, quando
interrogado, só é obrigado a dizer seu nome, posto ou graduação, data de nascimento e número de matrícula. Ou
seja, os dados constantes de sua placa de identificação em campanha.

e) Não se pode tomar de um PG seus bens pessoais, exceto aqueles itens claramente de valor militar ou de
interesse para a produção de informações, tais como: armas, canivetes, equipamentos de sapa, de orientação e de
comunicações, sinalizadores, lanternas, cartas geográficas e documentos militares. Nesse caso, a retirada desses
bens só se fará após o prisioneiro ter sido colocado sob segurança, separado e mantido em silêncio. Nada que não
tenha algum valor militar lhe poderá ser tomado. Somente por ordem de um oficial poderá ser retirado dinheiro
de um prisioneiro. Nesse caso, será fornecido recibo assinado pelo elemento responsável pela custódia, no qual
serão registrados os dados que permitam a perfeita identificação do emitente.
f) Os PG podem realizar vários tipos de trabalhos, desde que estes não estejam relacionados ao esforço de
guerra da parte captora. O trabalho aceitável que pode ser executado pelos PG deve ser limitado, admitindo-se,
entretanto, que cavem tocas de raposa e abrigos coletivos destinados à sua própria proteção.

g) Segundo as leis que regulam os conflitos armados, não é permitido utilizar prisioneiros: como escudo ou
medida de proteção no ataque ou defesa contra o inimigo; na localização, limpeza ou lançamento de minas ou
armadilhas; ou, ainda, para transportar munição ou equipamentos pesados.
h) Não é permitido atacar localidades. Porém, admite-se engajar o inimigo que nelas se encontre, bem como
destruir qualquer equipamento ou suprimento que o mesmo lá possua, quando a sua missão assim exigir. Em
qualquer caso, as destruições devem se limitar ao absolutamente necessário para o cumprimento da missão. Caso
se empregue o apoio de fogo numa área urbana, só os alvos militares devem ser atacados.

i) Os prédios e instalações protegidos não devem ser atacados. Embora uma edificação possa parecer de menor
importância para quem a ataca, na verdade pode apresentar importância relevante para determinado país.
Exemplos de edificações protegidas: prédios dedicados às atividades religiosas, artísticas, científicas ou caritativas;
monumentos históricos; hospitais e lugares onde os doentes e feridos são concentrados e tratados; escolas e
orfanatos. Se o inimigo, no entanto, utilizar esses lugares para seu refúgio ou com propósitos ofensivos, o
Comandante deverá comunicar ao seu superior, que decidirá sobre um ataque a essas posições, após analisar toda
a situação. Em caso afirmativo, a destruição causada à edificação protegida deve ser a menor possível, compatível
com as necessidades ditadas pelo cumprimento da missão.
j) Pára-quedistas isolados (como, por exemplo pilotos ou tripulação de aeronaves abatidas ou em pane) são
considerados desamparados até que alcancem o solo. De acordo com as regras da guerra, não é permitido atirar
neles até que cheguem ao chão. Só então, se eles resistirem com armas ou não se renderem, poderão ser atacados.
Tropas pára-quedistas, por outro lado, são sempre consideradas combatentes e podem ser atingidas enquanto
ainda estiverem no ar.

6.3.2 - Com relação aos civis


a) Não violar os direitos civis nas zonas de guerra. Se cada combatente tiver algum conhecimento sobre a
cultura e as práticas do povo que vive nessas áreas, serão pequenos os problemas de identificação dos seus direitos
civis. Convém lembrar que os civis são protegidos contra atos de violência, ameaças e insultos, quer do inimigo,
quer de nossas forças.

b) Eventualmente pode ser necessário movimentar ou reposicionar civis, em virtude da urgência exigida
pelas atividades militares. Sob nenhuma circunstância pode ser destruída uma propriedade civil sem aprovação do
Comandante do mais alto escalão. Da mesma forma, nada pode ser retirado ou tomado dos civis sem autorização
expressa de autoridade competente. A não observância dessas regras é uma grave violação das leis sobre o Direito
da Guerra.

c) Sob nenhuma circunstância, também, pode-se abrir fogo sobre pessoal médico ou equipamentos
empregados pelos serviços de saúde públicos ou militares do inimigo. A maioria do pessoal e das instalações de
saúde são distinguidos pelo símbolo da Cruz Vermelha. É proibido o uso deste símbolo por qualquer tropa ou
instalação que não as de saúde e de assistência humanitária.

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6.3.3 - Outras normas

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a) Segundo as leis que regem os conflitos armados, não é permitido o uso de veneno ou meios tóxicos.
Entretanto, podem ser empregados meios não tóxicos para destruir os estoques de alimentos e água do inimigo,
de forma a impedir que ele disponha desses recursos em combate.

b) Não é permitido modificar as características das armas com o propósito de causar sofrimento
desnecessário ao inimigo. Também não podem ser utilizadas munições alteradas para infligir a máxima destruição
ao inimigo.

6.4 – Sinais Convencionais


O Direito da Guerra concede uma proteção particular a categorias específicas de pessoas e bens.
Sinais distintivos tornam reconhecíveis as pessoas e bens especificamente protegidos.

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CAPÍTULO 8

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ORGANIZAÇÃO
8.3 - ORGANIZAÇÃO DO COMANDO DA MARINHA

8.4 - COMANDO DE OPERAÇÕES NAVAIS


O Comando de Operações Navais (ComOpNav) tem por finalidade aprestar os meios operativos para a
adequada aplicação do Poder Naval.
O Comandante de Operações Navais (CON) é um Almirante-de-Esquadra do Corpo da Armada (CA), que
exerce as atribuições de Comandante-em-Chefe de todas as Forças Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais.
O CON está subordinado diretamente ao CM.

8.5 - COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS


O Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN) tem o propósito de contribuir para o preparo e
aplicação do Poder Naval no tocante às atividades relacionadas com o pessoal, o material e o detalhamento
doutrinário, específico do CFN.

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O Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (ComGer) é um Almirante-de-Esquadra do Corpo de

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Fuzileiros Navais (CFN), que também está diretamente subordinado ao CM. O ComGer é membro do Almirantado.

8.6 - FORÇA DE FUZILEIROS DA ESQUADRA


A Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), subordinada ao Comando de Operações Navais, está localizada no
município de Duque de Caxias (RJ), sob o comando de um Vice-Almirante do CFN. É uma Força organizada, treinada
e equipada para realizar operações terrestres de caráter naval.

Comando da Força
de Fuzileiros da Esquadra
(ComFFE)

Comando da Comando da Comando da


Divisão Anfíbia Tropa de Desembarque Tropa de Reforço
(ComDivAnf) (CmdoTrpDbq) (ComTrRef)

Ba se de Ba ta lhã o de Opera ções


Fuzileiros Na va is Especiais de Fuzileiros
do Rio Meriti (BFNRM) N avais (BtlOpEspFuzN av)

Fig 8.4 - Organograma da FFE

8.7 - DIVISÃO ANFÍBIA


A Divisão Anfíbia (DivAnf), localizada na Ilha do Governador (RJ), está estruturada para executar Operações
Anfíbias (OpAnf) e Operações Terrestres limitadas, necessárias à realização de uma campanha naval.
O Comandante da DivAnf é um Contra-Almirante do CFN, que está diretamente subordinado ao Comandante
da FFE.
Comando da
Divisão Anfíbia
(ComDivAnf)

Ba se de Fuzileiros Ba ta lhão de
N avais da Ilha do Artilharia de Fuzileiros
Governador (BFNIG) N avais (BtlArtFuzN av)

1º Bata lhão de Ba ta lhão de


Infanta ria de Fuzileiros Blinda dos de Fuzileiros
N avais (1º BtlInfFuzN av) N avais (BtlBldFuzNa v)

2º Bata lhão de Ba ta lhão de Controle


Infanta ria de Fuzileiros Aerotático e Defesa
N avais (2º BtlInfFuzN av) Antia érea (BtlCAetatDAAe)

3º Bata lhão de Ba ta lhão de


Infanta ria de Fuzileiros Comando e Controle
N avais (3º BtlInfFuzN av) (BtlCmdoCt)

Fig 8.5 - Organograma da Divisão Anfíbia

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8.8 - TROPA DE REFORÇO

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A Tropa de Reforço (TrRef), situada na Ilha das Flores em São Gonçalo (RJ), tem por finalidade prover
elementos de apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate, necessários às operações desenvolvidas
pelos Fuzileiros Navais.
O Comandante da TrRef é um Contra-Almirante do CFN, que está diretamente subordinado ao Comandante da FFE.

Comando da
Tropa de Reforço
(ComTrRef)

Ba se de Fuzileiros Ba ta lhão de
N avais da Ilha das Viaturas Anfíbias
Flores (BFN IF) (BtlVtrAnf)

Ba ta lhão de
Companhia de Polícia
Engenha ria de Fuzileiros
(Cia Pol)
N avais (BtlEngFuzN av)

Companhia de Ba ta lhão Logístico


Apoio ao Desembarque de Fuzileiros Na va is
(Cia ApDbq) (BtlLogFuzN av)

Fig 8.6 - Organograma da Tropa de Reforço

8.9 - FUZILEIROS NAVAIS NOS DISTRITOS NAVAIS


Os Grupamento de Fuzileiros Navais e o Batalhão de Operações Ribeirinha, subordinados aos Distritos Navais,
são Unidades operativas destinadas a prover a segurança de instalações navais, bem como conduzir operações
limitadas, compatíveis com seus efetivos. Estão localizados nas cidades sede dos Distritos Navais.

Distritos N avais

Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Na va is do 1ºDN 2ºDN Fuzileiros Na va is de
Rio de Janeiro (GptFNRJ) Sa lva dor (GptFN Sa)

Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Na va is de 3ºDN 4ºDN Fuzileiros Na va is de
N atal (GptFN Na ) Belém (GptFNBe)

Grupamento de Grupamento de
Fuzileiros Na va is do 5ºDN 6ºDN Fuzileiros Na va is de
Rio Gra nde (GptFN RG) La dário (GptFNLa )

Grupamento de Ba ta lhão de
Fuzileiros Na va is de 7ºDN 9ºDN Opera ções Ribeirinha s
Brasília (GptFN B) (BtlOpRib)

Fig 8.7 - Fuzileiros Navais nos Distritos Navais

8.11 - OM DE INSTRUÇÃO E ADESTRAMENTO DO CFN


O CFN possui em sua organização OM que exercem atividades específicas na área de formação,
especialização e aperfeiçoamento de pessoal. Subordinadas ao Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN),
encontra-se o Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), o Centro de Instrução Almirante Milcíades
Portela Alves (CIAMPA) e o Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (CADIM).
Subordinado ao 7ºDN encontra-se o Centro de Instrução e Adestramento de Brasília (CIAB).

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CAPÍTULO 11

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CONDICIONAMENTO FÍSICO
11.1 - GENERALIDADES
A boa forma física é fator fundamental para que o fuzileiro naval (FN) consiga desempenhar suas tarefas,
tanto em combate quanto no adestramento diário.
O estilo de vida sedentário que o homem moderno adotou concorre para o prejuízo de sua própria saúde.
A falta de exercício físico contribui para o aumento da obesidade, excesso de colesterol no sangue e
hipertensão arterial, que são a porta de entrada para o desenvolvimento de sérios problemas cardíacos.
Os exercícios físicos incrementam a massa muscular, proporcionando uma boa postura, o aumento da
densidade óssea, diminuindo a possibilidade de fraturas, e diminuem a ansiedade e o estresse. Ressalte-se que
essas condicionantes podem ser decisivas em situações de combate.

11.2 - ORIENTAÇÕES
O militar é o principal responsável pela manutenção do seu condicionamento físico. O Treinamento
Físico-Militar (TFM) deve fazer parte da rotina de cada FN independentemente da organização militar (OM)
onde sirva e da função que esteja exercendo.
A freqüência ideal de exercícios é de cinco vezes por semana. No entanto, para que haja progresso no
condicionamento físico, considera-se indispensável a prática de atividades físicas por, pelo menos, três vezes
em cada sete dias.
O TFM deve ser realizado nos horários que não interfiram com os períodos de digestão das principais
refeições. Em regiões ou estações com temperaturas muito baixas ou elevadas, o TFM deverá ser executado
quando a temperatura estiver amena.

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CAPÍTULO 13

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EQUIPAGENS INDIVIDUAIS
13.1 - GENERALIDADES
A Equipagem Individual Básica de Combate (EIBC) foi organizada para que o Fuzileiro Naval (FN) tenha à disposição
o mínimo indispensável para um militar em campanha.
A ela devem ser acrescidas outras que complementam a necessidade do combatente. Assim, se ele portar um
fuzil, receberá uma equipagem individual para este armamento; se forem requeridos meios de orientação, deverá
conduzir uma equipagem de orientação.
O uso das equipagens é o método pelo qual o FN se equipa por módulos, utilizando o que é fundamental para o
momento e deixando de carregar os itens desnecessários.
Diversas são as equipagens individuais atualmente em uso no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). A descrição
detalhada de todas foge ao propósito desta publicação. Dessa forma, apenas aquelas julgadas de uso mais freqüente
pelo FN serão tratadas no presente capítulo.
13.3 - CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAGENS
13.3.1 - Equipagem Individual Básica de Combate (EIBC)
É constituída dos seguintes itens: capacete, poncho, edredom, mochila, pá biarticulada, porta pá, marmita, talher
articulado, estojo individual de higiene, colete balístico, suspensório, cinto simples, cantil, porta-cantil, caneco de
alumínio, isolante térmico, saco protetor do isolante térmico, estojo individual de primeirossocorros e saco de
transporte.
13.3.2 - Equipagem Suplementar de Combate (ESC)
É composta de: alicate cortador de arame e seu estojo, apito de metal com fiador, facão de mato e bainha, lanterna
elétrica, luva de amianto, luva para aramado e óculos da guarnição de viatura.
13.3.3 - Equipagem Individual para Fuzil (EIF)
É constituída da bandoleira e do porta-carregador.
13.3.4 - Equipagem Individual para Pistola 9mm (EIP)
É constituída do coldre, fiador, porta-carregador e faca de combate com bainha.
13.6 - CUIDADOS COM A EQUIPAGEM
As equipagens individuais são rústicas mas não são indestrutíveis. Elas devem ser usadas adequadamente e o FN
deve zelar por sua manutenção principalmente em operação, a fim de evitar desgastes prematuros e, por conseqüência,
prejuízos à Nação. O cuidado para evitar danos desnecessários às equipagens individuais inicia-se com o uso adequado
dos itens que o FN está portando, ajustando-os para evitar a fricção e a sobrecarga, e utilizando-os para os fins a que se
destinam. Como exemplo, citam-se os cantis que só devem ser usados para portar água porque outro líquido poderá
corroer o material e provocar mal cheiro. Deve-se ter atenção para a possibilidade de ocorrência de baixas causadas pela
ingestão de detritos que possam se formar no interior dos cantis pela falta de higiene.
Independente de ordem, o FN deve habituar-se a efetuar freqüentes inspeções na sua equipagem individual,
especialmente em campanha. Essa providência deve fazer parte da rotina diária e ser repetida sempre que possível.
Agindo dessa forma, o FN poderá detectar se algum item de sua equipagem não funciona bem, antes mesmo que se
torne inservível. Identificando a falha, o item poderá ser trocado, reparado e recolocado em uso, em perfeito estado,
resultando em economia para o CFN; mas se a situação ou os meios disponíveis não o permitirem, caberá ao próprio FN
executar um pequeno reparo no item de modo a permitir seu uso até ser possível a troca. Em todo caso, nunca se
abandona a equipagem ou parte dela sem que haja ordem expressa para isso, especialmente em campanha.
Para conservar a equipagem individual, é preciso conhecer como mantê-la a bordo e em campanha, observando
o seguinte:
- manter a ajustagem correta para o corpo do utilizador de todos os itens que possuam presilhas e alças
reguláveis;
- ter sempre a equipagem limpa e seca. A marmita, o talher articulado, o caneco de alumínio e os cantis devem
ser mantidos em perfeitas condições de higiene com vista ao uso imediato; e
- dobrar os itens observando os vincos existentes, evitando comprimir e dobrar as partes metálicas e os reforços
de lona.
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CAPÍTULO 14

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HIGIENE E PROFILAXIA DAS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS


14.3 - HIGIENE EM CAMPANHA
Quando em operação, além das anteriores, devem ser observadas as seguintes regras:
a) evitar beber água sem saber a origem ou sem seu consumo estar autorizado pelo serviço de saúde. Caso
necessário, ferver a água antes de beber por, pelo menos, 20 minutos. Se possível, beber água do saco "lister" ou
pipa d’água destinados para esse fim;
b) Fazer uso do purificador de água da ração sempre que não for fornecida água tratada;
c) usar locais apropriados para fazer as necessidades fisiológicas. Em caso de necessidade, cavar um buraco
e cobrir os dejetos com terra. Isto pode evitar a propagação de doenças capazes de causar baixas;
d) os sanitários de campanha (pianos) devem ser utilizados, lançando-se sobre as fezes, após o uso, cal, que
costuma estar ao lado dos sanitários;
e) proteger-se contra insetos. Usar o mosquiteiro e repelente de insetos quando houver necessidade. Uma
pomada antialérgica (fenergam ou similar) atenua os efeitos das picadas de mosquitos, formigas ou de outros
insetos; é conveniente dispor de uma dessas no estojo de primeiros socorros;
f) os alimentos devem ser sempre protegidos da ação do tempo e de insetos;
g) lavar bem os utensílios de comer. A gordura da marmita ou caneco pode ser removida com a água quente
dos aquecedores;
h) não jogar restos de comida ou ração em outros locais que não sejam os destinados;
i) não deixar latas vazias jogadas ao redor do acampamento;
j) não comer restos de ração das latas usadas e caso não haja coletor de lixo, enterrar os restos da ração;
k) as vacinações devem estar em dia e as medidas profiláticas sempre mantidas;
l) em caso de suspeita de algum parasita, mosquito ou qualquer inseto estranho no local do acampamento,
comunicar logo ao serviço de saúde, para que sejam tomadas as providências pertinentes;
m) é conveniente examinar, arejar, limpar a barraca ou local de dormir; e
n) comer o alimento fornecido, pois contém nutrientes para se manter.

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CAPÍTULO 15

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PRIMEIROS SOCORROS
15.1 - GENERALIDADES
Primeiro socorro é o atendimento imediato e provisório prestado a uma vítima de enfermidade ou
ferimento de forma a assegurar a vida enquanto se aguarda ou até se consiga o atendimento médico especializado
necessário. É aplicado em situação de emergência. Porém, algumas vezes, são utilizados também nos casos de
urgências.

15.1.1 - Emergência
É a situação em que o risco de vida é crítico e iminente. Caso não se intervenha imediatamente, esta poderá
evoluir para complicações graves ou ser fatal.

15.1.2 - Urgência
É a situação em que o risco de vida pode até existir porém, a intervenção pode aguardar um tempo, pois o
risco de vida não é iminente.

15.2 - PRINCÍPIOS GERAIS


Sua própria vida ou a de um companheiro pode depender dos conhecimentos que se tem sobre primeiros
socorros. Devem ser executados de forma simples e orientados para aliviar dores e evitar maiores complicações,
até a possibilidade de um atendimento médico apropriado.
Os primeiros socorros só serão eficientes se a pessoa que os aplicar tiver o conhecimento e/ou
adestramento necessários. É preciso permanecer calmo e empregar as medidas corretas e procurar ou aguardar o
auxílio médico. Ao se prestar os primeiros socorros, devem ser observados os seguintes princípios gerais:
1. - a vítima deve ser avaliada de situações de risco, antes da prestação do socorro ser iniciada (ex.: possível
explosões, transito que propicie atropelamento, possibilidade de desabamento, tiroteio etc.);
2. - é necessário examinar a vítima para conhecer a extensão e a localização da enfermidade, e só depois
tomar qualquer iniciativa; e
3. - proceder o exame da vítima para determinar a prioridade e a seqüência lógica do atendimento de
primeiros socorro. (Fig 15.1)

Deve-se inicialmente, procurar estabelecer as funções vitais da vítima. Para isso, deve-se seguir a seguinte
seqüência de cuidados, que podem ser realizadas simultaneamente:
1. - vias aéreas com controle da coluna vertebral;
2. - respiração e ventilação;
3. - circulação com controle de hemorragia;
4. - incapacidade, estado neurológico; e
5. - exposição e controle do ambiente (despir completamente a vítima, mais prevenindo a hipotermia - baixa
temperatura corporal).
Logo após, devemos proceder o exame secundário, que consiste em uma avaliação detalhada da vítima,
abordando lesões que não implique risco imediato de vida.

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15.2.1 - Vias aéreas com controle da vertebral (porção cervical)

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Durante o exame inicial da vítima, as vias aéreas (VA) devem ser avaliadas em primeiro lugar, assegurando
a sua permeabilidade. Deve-se identificar a presença de corpos estranhos, fraturas faciais, mandibulares ou
traqueo-laríngeas que podem resultar em obstruções das VA. (Fig 15.2)

Todos os procedimentos para restabelecer a permeabilidade das VA devem ser feitos protegendo a coluna
cervical, para tanto, é recomendável a elevação ou anteriorização da mandíbula, indicada para vítimas com suspeita
de lesão na coluna cervical e queda da língua. Para tanto, o socorrista deve:
1. - posicionar-se atrás da cabeça da vítima em decúbito dorsal; segurar com as mãos os ângulos da mandíbula,
deslocando-a para frente enquanto faz a abertura da boca; e
2. - estabilizar ao mesmo tempo a coluna cervical da vítima.

No caso da vítima estar inconsciente e com suspeita de lesão na coluna cervical, o socorrista deve executar
a elevação da mandíbula da seguinte forma:
1. - posicionar-se do lado da vítima, e empurrar os ângulos da mandíbula com o polegar, deslocando-a para
cima. (Fig 15.3)

Em ambos os caso, estabilizar ao mesmo tempo a coluna cervical da vítima com as mãos, evitando sua
lateralização.
As causas de obstrução de vias aéreas podem ser divididas em dois grupos: causas tratáveis e não tratáveis
pelo socorrista.
Causas tratáveis – queda da língua, corpos estranhos, vômitos, secreções e sangue. Sendo a queda da
língua sobre a parede posterior da faringe e corpos estranhos as causas mais comuns. O socorrista deve:
1. - usar as mãos para diferenciar o posicionamento da cabeça e do pescoço, pois pode deslocar a língua da
parede posterior da faringe e efetuar a limpeza da cavidade oral;
2. - na inclinação da cabeça e elevação do queixo, o socorrista coloca uma de suas mãos na fronte da vítima
e a utiliza para inclinar a cabeça para trás;
3. - deslocar a mandíbula para frente com os dedos da outra mão colocados no queixo da vítima; e
4. - não usar este procedimento na suspeita de lesão da coluna cervical.

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15.2.2 - Respiração e Ventilação

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A permeabilidade das vias aéreas, por si só, não implica em ventilação adequada. A respiração é necessária
para que haja a oxigenação do organismo e eliminação de gás carbônico. (Fig 15.4)

O tórax da vítima deve estar exposto para avaliar adequadamente a ventilação e outras lesões associadas.
As lesões que podem prejudicar de imediato a respiração são: o pneumotórax, hipertensivo, o tórax instável com
contusão pulmonar e o pneumotórax aberto, as fraturas de costelas.
Os pneumotórax simples e as contusões pulmonares, podem comprometer a ventilação, mas em menor
grau.
15.2.3 - Circulação com Controle da Hemorragia
A hemorragia é uma das principais causas de morte no período pós-traumático, sabendo deste fato, o
socorrista deve agir rapidamente.
A hipotensão em vítimas traumatizadas deve ser considerada como hipovolemia (baixo volume de sangue
circulante). Uma avaliação rápida e apurada do estado hemodinâmico (fluxo sangüíneo) da vítima traumatizada é
essencial. A análise de três elementos nos permite este diagnóstico rapidamente: o nível de consciência da vítima,
a cor da pele e o pulso.
a) Nível de Consciência
Quando o volume de sangue é reduzido, o fluxo sangüíneo cerebral pode estar prejudicado, alterando o
nível de consciência da vítima. Entretanto, esta pode estar consciente mesmo perdendo uma quantidade
significativa de sangue.
b) Cor da Pele
A cor da pele pode ser importante na avaliação de uma vítima hipovolêmica traumatizada. Uma vítima com
pele de coloração rósea, especialmente na face e extremidade, raramente estará criticamente hipovolêmica após
um trauma. Ao contrário, a coloração acinzentada da face e a pele esbranquiçada e extremidades cianóticas (roxas)
são sinais evidentes de hipovolemia, estes últimos sinais usualmente indicam uma perda de volume sangüíneo de
pelo menos 30%.
c) Pulso
O pulsar sangüíneo de fácil acesso (carotídeo) deve ser examinado, bilateralmente para se avaliar sua
quantidade, freqüência e regularidade. Pulsos periféricos cheios, lentos e regulares, são usualmente sinais de
normovolemia (circulação normal). (Fig 15.5)

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d) Sangramentos (Hemorragias)

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Hemorragia externas graves são identificadas com um exame primário, a rápida perda sangüínea externa é
controlada exercendo pressão manual sobre a ferida ou utilizando o torniquete.
Hemorragias torácicas, do abdômen, nos músculos ao redor de fraturas, e como resultado de ferimentos
penetrantes podem ser responsáveis por perdas ocultas consideráveis de sangue.
15.2.4 - Incapacidade (Avaliação Neurológica)
Uma avaliação neurológica rápida é realizada no final do exame primário para estabelecer o nível de consciência
da vítima. Uma maneira simples de avaliar o nível de consciência é pelo método A.V.D.I.
A - ALERTA-ACORDADO - se está alerta é porque está acordado;
V - RESPONDE AOS ESTÍMULOS VERBAIS - verificar se responde a perguntas;
D - SÓ RESPONDE A DOR - provocar estímulo que provoquem dor;
I - INCONSCIENTE, NÍVEL DE CONSCIÊNCIA - verificar se está consciente ou inconsciente.
A alteração do nível de consciência pode significar necessidade imediata de reavaliação da oxigenação, da
respiração e da perfusão. Álcool e outras drogas podem alterar o nível de consciência da vítima. Deve-se lembrar que a
diminuição do nível de consciência pode representar alteração na oxigenação e/ou na perfusão cerebral, ou é resultado
de um trauma direto ao cérebro.
15.2.5 - Exposição e Exame
A vítima deve ser despida, e é usual cortar as roupas para facilitar o acesso adequado as lesões e ao exame
complementar. Quando a vítima estiver exposta em via pública, deve-se ter pudor e evitar constrangimento e outros
problemas.
O exame da vítima deve ser feito da seguinte forma:
1. - verificar, através de exame rápido, se está respirando;
2. - se não estiver, iniciar imediatamente a respiração artificial;
3. - retirar com cuidado, apenas as roupas necessárias. O vestuário sujo pode ocultar ferimentos e aumentar o
perigo de infecção;
4. - é melhor cortar, rasgar ou descoser as roupas do que despir o ferido;
5. - não dar qualquer espécie de bebida alcoólica;
6. - em caso de fraturas, só movimentar a vítima após sua imobilização. O transporte deve ser suave e firme; e
7. - jamais presumir que a vítima esteja morta, até que a real confirmação.

15.3 - REGRAS BÁSICAS


Existem quatro regras básicas para salvar vidas, em caso de acidente ou emergência, que são as seguintes:
15.3.1 - Parar a hemorragia
Hemorragia é quando há perda de sangue circulante, isto é: quando - ocorre saída de sangue do interior de um
vaso sangüíneo (artéria, veia ou capilar) para o espaço extravascular do corpo do indivíduo (tecido ou cavidade) ou para
fora deste.
O sangue é o meio onde é realizado o transporte de oxigênio e nutrientes para as células e de gás carbônico e
outras excretas para os órgãos de eliminação. Possui um componente líquido chamado plasma, que representa cerca de
55% a 60% de seu volume total, sendo composto por água, sal e proteínas.
OS COMPONENTES SÓLIDOS DO SANGUE SÃO:
1. - Glóbulos vermelhos ou hemácias – têm com função o transporte de oxigênio, ligado à hemoglobina;
2. - Glóbulos brancos – são as células de defesa do corpo humano; e
3. - Plaquetas – fazem parte do mecanismo de coagulação, esse mecanismo inicia-se pela aderência das plaquetas,
corpúsculos que fazem parte da porção sólida do sangue, sobre a lesão da parede do vaso. Em seguida ocorre
uma série de reações químicas, que formam o trombo ou coágulo, que bloqueia o escape de sangue pelo orifício
do vaso lesado.
O corpo humano possui normalmente um volume sangüíneo de aproximadamente 70 ml/kg de peso corporal
para adultos e 80ml/kg para crianças, portanto um indivíduo com 70kg possui aproximadamente 4.900ml de sangue.
a) Hemostasia
Significa controle do sangramento. Pode ser efetuada constrição da parede dos vasos sangüíneos que possui
camada muscular, diminuindo o tamanho da abertura por onde o sangue está escapando; ou de forma artificial (ligadura
dos vasos, pinçamento, sutura, torniquete, compressão local). As vítimas com distúrbios no mecanismo de coagulação,
como por exemplo, os hemofílicos, podem ter grandes hemorragias.

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b) Classificação das Hemorragias

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I) Quanto ao Tipo de Vaso Lesionado


ARTERIAL – sangramento em jato (pulsátil) acompanhando a contração cardíaca. Geralmente o sangue é de
coloração vermelho vivo. É mais grave que o sangramento venenoso, pois a pressão no sistema arterial é maior que a
pressão no sistema venenoso, então a perda sangüínea é maior.
VENENOSO – sangramento contínuo, geralmente de coloração vermelho escuro.
CAPILAR – sangramento contínuo, discreto, por se tratar de vaso de pequeno calibre.
II) Quanto a localização
EXTERNA – ocorre o sangramento de estruturas superficiais com exteriorização do sangramento, podem ser
controladas utilizando técnicas básicas de primeiros socorros.
INTERNA – ocorre o sangramento de estruturas profundas, pode ser oculto ou se exteriorizar, por exemplo:
hemorragia do estômago com hematêmese e vômito com sangue. As medidas básicas de socorro não funcionam, a vítima
deve ser levada para o hospital.
Ao prestar socorro a uma vítima, o socorrista deve ter a preocupação com a sua própria saúde, usando, sempre
que possível, luvas. Na impossibilidade, pode-se improvisar com saco ou sacolas plásticas.
c) Reconhecimento de Hemorragias
As hemorragias internas muitas vezes podem ser reconhecidas na inspeção. Vítima com roupas grossas pode
disfarçar a hemorragia, devido a absorção do sangue pelas vestes. O sangue pode também ser absorvido pelo solo e
tapetes, lavado pela chuva, dificultando a ação do socorrista. As vítimas politraumatizadas com sinais de choque e lesão
externa pouco importantes provavelmente apresentam lesão interna.
As hemorragias internas são comuns no tórax e abdômen. Deve-se procurar a presença de lesões perfurantes e
equimoses e contusões na pele sobre estruturas vitais. Os órgãos que mais freqüentemente apresentam graves
sangramento são o fígado, no quadrante superior direito; e o baço, no quadrante superior esquerdo. Algumas fraturas,
como as de bacias e fêmur, podem produzir hemorragias internas graves e estado de choque. Observar extremidade
com deformidade e dolorosas e instabilidade pélvica. A distensão abdominal com dor após traumatismo deve sugerir
hemorragia interna. (Fig 15.6)

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d) Como proceder para conter a hemorragia em ambiente não hospitalar

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1. - desobstruir as vias aéreas e efetuar assistência respiratória se necessário, posicionando a vítima em decúbito
dorsal com as extremidades inferiores elevadas;
2. - vítimas que estiverem vomitando sangue (hematêmese) ou eliminando sangue juntamente com a saliva no ato
de cuspir (hemoptise) devem ser colocadas em decúbito lateral para evitar a aspiração pulmonar;
3. - manipular a vítima com as mãos protegidas;
4. - elevar, se possível, o local do sangramento acima do nível do coração;
5. - colocar um pano limpo sobre o ferimento, fazendo a compressão direta da lesão. Caso a compressa utilizada
fique encharcada de sangue, coloque outra sem retirar a primeira evitando assim tirar os coágulos que estão sendo
formados;
6. - caso persista a hemorragia, iniciar a compressão no ponto arterial que irriga a região. Os principais pontos
arteriais são os braquiais, femurais e temporais superficiais;
7. - fixar a compressa sobre o ferimento com uma bandagem (tira de panos, cadarços etc.); e
8. - caso o sangramento seja importante, não perca tempo tentando aplicar curativo compressivo, faça pressão no
local com a mão protegida.

e) Torniquete
É o último recurso para conter hemorragias graves nas extremidades do corpo.
Atualmente só é utilizado nas amputações traumáticas. Cuidados na utilização do torniquete são:
1. - só utilizar quando esgotados os outros métodos de controle de hemorragia;
2. - aplicar acima do ferimento, isto é entre o ferimento e o coração;
3. - o torniquete deve ser utilizado sempre acima das articulações;
4. - não aplicar sob as vestes, para não correr o risco de ficar escondido;
5. - apertar apenas o suficiente para estancar a hemorragia;
6. - não utilizar arame ou outro material cortante;
7. - não cobrir com atadura ou curativo, evitando assim que fique escondido;
8. - não colocá-lo sobre uma proeminência óssea (ex. joelho, cotovelo etc.);
9. - marcar a hora que foi colocado o torniquete, e afrouxar a cada intervalo de 10/15 minutos, por um período de
1 a 2 minutos, lentamente, de forma que possa controlar o sangramento; e
10. - marcar em local visível (testa) as iniciais T.Q., a hora que foi colocado o torniquete, para poder saber a hora de
afrouxá-lo.
O torniquete quando utilizado de forma errada tem como complicações o esmagamento de vasos sangüíneos,
nervos, músculos e a interrupção do fluxo sangüíneo.

f) Improvisação do torniquete
1. - utilizar panos largos; não usar fios, barbantes, arames ou materiais finos e estreitos, pelo risco de agravar as
lesões cortando a pele e estruturas profundas;
2. - envolver o membro afetado com o pano logo acima do ferimento;
3. - fazer um meio nó, colocar um pedaço de madeira no meio do nó;
4. - dar um nó completo sobre o pedaço de madeira;
5. - torcer moderadamente o pedaço de madeira até parar a hemorragia;
6. - fixar com um nó a madeira; e
7. - marcar em local visível na vítima as iniciais T.Q. e anotar a hora. (Fig 15.7 e Fig 15.8)

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15.3.2 - Reanimação cardiopulmonar - RCP

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É a técnica adotada para retardar uma lesão cerebral até a instituição de medidas mais avançadas. Consiste
na associação das técnicas de abertura de vias aéreas, respiração assistida e compressões torácicas.

a) Parada cardíaca
Interrupção repentina da função de bombeamento cardíaco, que pode ser revertida com intervenção
rápida, mas que pode levar a uma parada respiratória e causar a morte se não for tratada.

b) Sinais de Parada Cardiorespiratória (P.C.R.)


1. - ausência de pulso em grande artéria. No adulto, o pulso carotídeo é o mais sensível;
2. - a ausência de respiração, que pode preceder a parada cardíaca ou ocorrer após o seu estabelecimento;
3. - inconsciência;
4. - dilatação pupilar (midríase); e
5. - aparência de morte (palidez e imobilidade).

c) Conseqüências da P.C.R.
A ausência da circulação sangüínea cessa a oxigenação dos órgãos e, após alguns minutos, as células mais
sensíveis são afetadas. Os órgãos mais sensíveis a falta de oxigênio são o cérebro e o coração. A lesão cerebral é
irreversível após 4 a 6 minutos sem oxigenação.

d) Objetivos básicos da RCP


A RCP tem como objetivo:
1. - oxigenar e fazer circular o sangue até que seja iniciado o tratamento definitivo;
2. - retardar ao máximo a lesão cerebral; e
3. - consequentemente, reverter a parada cardíaca nos casos de P.C.R.
A RCP não é capaz de evitar a lesão cerebral por períodos prolongados, na medida que circulação cerebral
obtida com as compressões vai diminuindo até se tornar ineficaz.

e) Procedimento básico durante a RCP


Durante as manobras de RCP é fundamental que o socorristas (caso haja mais de um) estabeleçam tarefas
bem definidas entre ambos. O de maior experiência assume o controle do procedimento:
1. - examinar o local;
2. - avaliar o nível de inconsciência, solicitando a vítima verbalmente e depois com estímulos de dor;
3. - posicionar a vítima em decúbito dorsal sobre uma superfície plana e rígida;
4. - abrir vias aéreas;
5. - verificar presença de corpo estranho na boca e respiração espontânea;
6. - ventilar a vítima em apnéia (sem respiração), por duas vezes;
7. - verificar a presença de pulso carotídeo, e no caso de ausência, iniciar a compressão torácico, pressionando
o osso externo em torno de quatro centímetros no caso de indivíduo adulto;
8. - alternar ventilações e compressões, de acordo com o número de socorrista;
9. - verificar se houve retorno da atividade cardíaca após um minuto e a cada três minutos subseqüentemente;
10. - só cessar as manobras de RCP por ordem médica, cansaço extremo ou recuperação da vítima.

f) R.C.P. de adulto com apenas um Socorrista


1. - ajoelhar ao lado da vítima, ao nível de seus ombros;
2. - realizar o exame primário determinado, para verificar se a vítima está em parada respiratória;
3. - retirar, caso haja, corpos estranho da boca da vítima e posicionar sua cabeça corretamente;
4. - não descartar a possibilidade de lesões da coluna cervical;
5. - fazer duas ventilações, com duração de 1 a 1,5 segundo, em intervalos de 5 segundos, usando o polegar
e o indicador para fechar bem as narinas da vítima, impedindo que o ar escape;
6. - inspirar o ar profundamente e coloca a boca firmemente sobre a boca da vítima. Em crianças, o socorrista
pode colocar sua boca sobre o nariz e a boca da mesma;
7. - sem deixar que o ar escape, o socorrista sopra para dentro da boca da vítima até notar que houve
distensão do peito (tórax). Em seguida, deve afastar a boca e retirar os dedos das narinas permitindo a
saída do ar dos pulmões (com crianças deve-se encher as bochechas e insuflar o pulmão da vítima);

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8. - no tórax da vítima localizar no peito o osso esterno, na sua porção inferior, que é o ponto de compressão,

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onde irá colocar o “calcanhar” de uma das mãos;


9. - posicionar a outra mão em cima da que já estava sobre o tórax da vítima; e
10. - fazer 15 compressões com a freqüência média de 80bpm por minuto. (Fig 15.9 a Fig 15.13)

g) R.C.P. de adultos com dois ou mais socorristas


1. - o líder efetua o exame primário, um fica responsável pela ventilação e o outro pelas compressões
torácicas;
2. - iniciar com duas ventilações, fazendo em seguida 15 quinze compressões torácicas para cada duas
ventilações . A contagem das compressões será feita em voz alta;
3. - o responsável pela ventilação verifica a eficácia das compressões torácicas por meio da palpação do pulso
carótideo;
4. - Após o primeiro minuto e a cada três minutos de R.C.P., deve-se verificar o retorno da atividade cardíaca; e
5. - no caso do que efetua as compressões torácicas cansar, utiliza-se a seguinte técnica para troca de posições:
6. - no início de um ciclo de compressões a troca é solicitada e é efetuada após a ventilação;
7. - a pausa deve ser aproveitada para verificar o retorno da atividade cardíaca espontânea , pelo socorrista
que vai assumir a ventilação.
8. - Se não houver retorno da atividade cardíaca, reiniciar a R.C.P. com duas ventilações. (Fig 15.14)

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h) Problemas da R.C.P.

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Caso a R.C.P. seja realizada de forma imprópria, as compressões torácicas e a respiração artificial podem
não surtir o efeito desejado.
I) Complicações na Respiração Artificial
O principal problema associado a respiração artificial é a distensão do estômago, que resulta de fluxos
rápidos de ventilação, e pode causar regurgitação e aspiração pulmonar. Um outro efeito é a elevação do
diafragma, que limita a expansibilidade pulmonar.
II) Complicações das Compressões Torácicas
Durante o procedimento, podem ocorrer, especialmente em idosos: fratura de costelas, a separação entre
es costelas e o esterno, fratura de esterno e pneumotórax. O traumatismo de órgãos abdominais também
pode ocorrer com as compressões torácicas sobre o esterno.
III) Erros Comuns na execução da R.C.P.
1. - Posição incorreta das mãos;
2. - Profundidade de compressão inadequada;
3. - Incapacidade de vedação do nariz e da boca durante a ventilação;
4. - Dobrar os cotovelos ou joelhos durante as compressões leva ao cansaço;
5. - Ventilação com muita força e rapidez levam a distensão do estômago;
6. - Incapacidade de manter vias aéreas abertas; e
7. - Não ativar o socorro médico em tempo hábil, para o socorro avançado.
15.3.3 - Proteção de ferimentos
O curativo inicial visa proteger contra a contaminação de micróbios e sujeira. Deve-se lavar o ferimento
com água limpa em abundância ou soro fisiológico. Na falta de um curativo individual, deve-se usar pano limpo e
seco.

15.5 - ANIMAIS E PLANTAS VENENOSAS


15.5.1 - Picadas de cobra
As cobras são ápodes, isto é, não têm patas. O esqueleto destes répteis é formado por grande número de
costelas. Algumas espécies possuem glândulas que produzem veneno. Os dentes das cobras peçonhentas têm um
canal ou sulco que se comunica com as glândulas produtoras de veneno. No momento da picada o veneno escoa
por esse canal e é inoculado no corpo da vítima (Fig 15.38).

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a) Como reconhecer uma cobra peçonhenta

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As cobras venenosas apresentam certas características que as distinguem das demais:


1. - A cascavel, a jararaca e a surucucu têm um par de dentes inoculadores localizados na parte anterior da
boca. Esses dentes são grandes, caniculados e móveis, o que permite sua movimentação para a frente
quando essas cobras dão o bote.
2. - Na coral verdadeira, os dentes inoculadores são pequenos, imóveis e caniculados; localizam-se na parte
anterior da boca.
3. - Ao contrário das cobras peçonhentas, as não peçonhentas em geral possuem todos os dentes do mesmo
tamanho e sem sulcos. É o caso da sucuri, da jibóia, da salamanta e da cobra-cachorro.
4. - Há também cobras não peçonhentas que apresentam um par de dentes posteriores maiores que os
outros. Esses dentes são sulcados e fixos. Como exemplo de cobras não peçonhentas com essas
características, podem ser citadas a cobra-verde e a cobra-espada.
5. - Além dos dentes, as cobras peçonhentas, com exceção da coral, apresentam um orifício entre o olho e a
narina, chamado de fosseta loreal ou lacrimal. A fosseta loreal é um órgão termo-receptor que capta as
variações de temperatura.

b) Como socorrer uma vítima mordida por cobra


Se a cobra não for peçonhenta, tratar o ferimento como um acidente comum. O primeiro procedimento é
verificar se a cobra é venosa ou não, e socorrer imediatamente a pessoa para que o veneno injetado em seu sangue
seja neutralizado o mais rápido possível. Logo depois da mordida devem ser tomadas as seguintes
providências, no caso de dúvida ou se a cobra for realmente peçonhenta:
1. - manter a vítima deitada e calma, mantendo a ferida abaixo da linha do coração;
2. - lavar imediatamente o ferimento com bastante água, sem esfregar;
3. - proteger o ferimento e remover o doente; e
4. - se houver dificuldade respiratória, fazer respiração artificial. Providenciar socorro médico o mais rápido
possível. Não dar nenhuma bebida ao ferido.

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15.5.2 - Plantas venenosas

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Existem plantas que podem causar irritações quando em contato com a pele. Lavar bem a parte atingida
com água fria e sabão; cobrir a parte afetada e procurar atendimento médico, logo que a situação permitir. Não
coçar o local atingido.
15.5.3 - Caravelas ou águas vivas
Lavar o local atingido e não coçar; proteger o ferimento e procurar atendimento médico.
15.5.4 - Picadas de insetos
Em picadas de insetos como abelhas, marimbondos e formigas, procurar, sempre que possível, retirar o
ferrão, cobrindo o local com compressas de álcool com gotas de amônia ou anti-séptico.
15.5.5 - Picadas de aranhas e escorpiões
Poucos são os casos fatais registrados, motivados por picadas de aranha e escorpiões. No Brasil, existem
alguns tipos de aranhas peçonhentas, cuja picada pode pôr em risco a vida de um homem adulto (Fig 15.40).

Todos os escorpiões são peçonhentos, isto é, produzem veneno e são capazes de injetá-lo na vítima. No
Brasil devem ser temidos, pois existem espécies que têm veneno em quantidade suficiente para matar um homem.
O veneno é neurotóxico porque age especialmente sobre o sistema nervoso, causando a morte por asfixia,
devido ao bloqueio do sistema respiratório.
No caso de acidentes com aranhas ou escorpiões, proceder da mesma forma como descrito para o acidente
com cobras, providenciando socorro médico o mais rápido possível.
15.6 - ACIDENTES POR AGENTES FÍSICOS
15.6.5 - Choque elétrico
Antes de atender a vítima, procurar desligar a fonte de energia elétrica que alimenta o sistema onde a pessoa
levou o choque; se não for possível, usar um pau seco, pano seco, cinto de lona ou outro material não condutor de
eletricidade para afastar a vítima do contato com fonte elétrica. Iniciar imediatamente a respiração artificial, caso a
vítima não esteja respirando, e providenciar socorro médico o mais rápido possível.
15.6.6 - Envenenamento por monóxido de carbono
Ocorre geralmente nas proximidades de viaturas, principalmente em locais fechados. Remover a vítima para um
local arejado. Havendo dificuldade respiratória, fazer respiração artificial.
15.6.7 - Afogamento
Remover as secreções das vias respiratórias. Deitar a vítima de bruços sobre seus joelhos e procurar fazê-la
eliminar a água ingerida. Iniciar logo a respiração artificial. Procurar socorro médico imediatamente.
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CAPÍTULO 16

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NAVEGAÇÃO TERRESTRE
16.1 - GENERALIDADES
Em tempo de paz é possível a um estrangeiro se localizar em uma grande cidade por meio de indagações.
Qualquer policial ou morador do lugar pode fornecer-lhe a orientação necessária para encontrar o lugar procurado.
Na guerra, porém, um fuzileiro naval (FN) em país estrangeiro pode não contar com a colaboração da
população local e terá que se orientar com o único meio que em geral lhe estará disponível: a carta. Mesmo que a
população local seja amiga, só poderá prestar informações a quem souber falar a sua língua. Com a carta acontece
a mesma coisa. Só poderá extrair dela as informações necessárias quem souber entendê-la e utilizá-la
corretamente.
O presente capítulo tem por finalidade proporcionar os conhecimentos necessários à orientação no terreno
por meio da utilização da carta e da bússola.

16.2 - CARTAS
Uma carta é um desenho que não tem por finalidade reproduzir de forma fiel os acidentes naturais e
artificiais da porção do terreno que representa, tal qual uma fotografia. Esses acidentes são representados por
símbolos, de forma a facilitar o manuseio das cartas e padronizar sua confecção. Em lugar de se desenhar um rio,
uma casa, um pântano, etc., o que não seria fácil nem prático, adota-se um símbolo particular para cada um desses
acidentes do terreno. Esses símbolos são conhecidos por convenções cartográficas e são previamente padronizados
e utilizados de acordo com a finalidade a que se destinam as cartas.

A classificação das cartas procura agrupá-las de acordo com a finalidade a que as mesmas se destinam e,
portanto, as convenções cartográficas são previamente padronizadas e utilizadas de acordo com essa finalidade.
As cartas náuticas, por exemplo, buscam um maior detalhamento dos acidentes que interessam a navegação, tais
como ilhas, faroletes, profundidade do mar, etc., em detrimento dos acidentes naturais e artificiais de terra. Em
contrapartida, as cartas topográficas procuram detalhar ao máximo esses acidentes do terreno. Um outro exemplo
são as cartas rodoviárias, que contém, detalhadamente, o traçado de rodovias, estradas e vias secundárias, em
detrimento de outros acidentes do terreno que não se relacionam com o fim a que essas cartas se destinam.

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16.4 - CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS


São símbolos empregados nas cartas para representar os acidentes naturais e artificiais existentes no
terreno. Geralmente constituem desenhos simples, semelhantes aos acidentes e construções que representam.

Em certos tipos de carta, as


cores são empregadas para
auxiliar na identificação dos
elementos do terreno,
normalmente de acordo com a
seguinte convenção:
1. - Preto - Para planimetria
em geral;
2. - Azul - Toda a hidrografia:
rios, lagos, mares, traçados de
margens, nascentes, brejos e
terrenos alagados;
3. - Vermelho - Para as
rodovias de revestimento
sólido;
4. - Castanho - Curvas de
nível e respectivas altitudes; e
5. - Verde - Toda a vegetação.

Fig 16.3 - Alguns exemplos de convenções cartográficas

16.5 - REPRESENTAÇÃO DO RELEVO


Para se poder ter uma idéia do relevo e identificar a altitude de qualquer ponto numa carta, foram criados
vários processos de representação do relevo. O mais utilizado é o das curvas de nível, que são linhas que ligam
pontos de igual altura e representam as interseções da superfície do terreno com planos paralelos e eqüidistantes.

Causaria muita confusão na carta se em todas as curvas de nível fossem assinalados os valores de suas
cotas, por essa razão, nem todas são numeradas.
16.6 - ESCALA DA CARTA
As cartas devem ser confeccionadas de modo a guardar proporcionalidade entre as dimensões
representadas nas mesmas e seus correspondentes valores reais no terreno. Além disso, as cartas devem conter a
informação de quantas vezes ela é menor que o terreno representado. Essa informação, contida na margem da
carta, chama-se escala, que pode ser indicada, tanto na forma numérica, quanto na forma gráfica.

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16.6.1 - Escala Numérica

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A escala numérica é representada por uma fração (1/25.000 ou 1:25.000, por exemplo). Em ambos os casos,
indica que uma medida tomada na carta vale 25.000 vezes esse valor no terreno (1 cm na carta, por exemplo,
corresponde a 25.000 cm ou 250 m no terreno).
Vale aplicar essas noções à carta. Para se obter a distância real no terreno entre dois pontos da carta, deve-se,
primeiramente, aplicar uma régua graduada sobre a carta, como mostrado na figura 16.5.

Na figura acima, observa-se que a medida entre os pontos A e B é de 4cm. Nesse caso, a escala da carta é
1/25.000, isto é, 1cm na carta vale 25.000cm no terreno.
Portanto, pode-se concluir que a distância real no terreno será:
4 X 25.000 = 100.000cm.
Como as distâncias são geralmente avaliadas em metros, converte-se o valor encontrado, ou seja:
100 centímetros = 1 metro
100.000cm = 100.000  100 = 1000 metros
Matematicamente isto pode ser representado da seguinte forma:
E= d onde E - escala da carta
D d - grandeza na carta ou dimensão gráfica
D - grandeza no terreno ou dimensão real
16.6.2 - Escala Gráfica
A escala gráfica nada mais é que a representação gráfica da escala numérica. É um segmento de reta
graduado, de modo a indicar diretamente os valores medidos na própria carta. As cartas as trazem normalmente
desenhadas abaixo da indicação da escala numérica.
Observando-se a figura 16.6, verifica-se que o segmento da reta está dividido em duas partes distintas,
separadas pelo índice zero. A parte da direita é chamada escala e a da esquerda talão.
No caso considerado, a escala foi dividida em graduações de 1000 metros e o talão em graduações de 100
metros. O talão é sempre uma graduação da escala dividida em dez partes iguais, numeradas da direita para a
esquerda, enquanto a escala é numerada da esquerda para a direita.

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16.7 - DESIGNAÇÃO DE PONTOS NA CARTA

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Um ponto na carta é designado por suas coordenadas, ou seja pelo cruzamento do paralelo (ordenada) com
o meridiano (abcissa) que por ele passa.
Existem várias formas de indicar as coordenadas de um ponto, as mais comuns são:
- geográficas: onde são indicadas as latitude e longitude do ponto considerado em relação ao paralelo de
Oo (Equador) e ao meridiano base de Grenwich, respectivamente.
Por exemplo: LAT - 15o 30`22`` S
LONG - 45o 17`55`` W
- retangulares ou de grade: onde são indicados o afastamento vertical e horizontal em relação a grade
construída sobre a carta.
As cartas utilizadas nas operações militares, em geral, possuem uma série de linhas retas que se cruzam a
intervalos regulares (grade), formando quadrados chamados de quadrículas (Fig 16.7).

Cada quadrícula, portanto, pode ser facilmente designada pelos números indicativos das retas que se
cruzam no seu canto inferior esquerdo. A designação da quadrícula é feita pela colocação desses números entre
parênteses, separados por um traço. O primeiro número refere-se à reta vertical e o segundo à reta horizontal. Por
exemplo, caso se saiba que um ponto esta localizado na quadrícula (94-82) - como a Capela de Santo Antonio na
figura 16.7 - ao consultar a carta, procurar-se-á na sua margem inferior ou superior a indicação da reta base 94 e
nas margens laterais a reta 82. O encontro das duas retas permitirá identificar a quadrícula desejada no quadrante
superior direito.
A designação de um ponto na carta por meio das coordenadas retangulares é feita escrevendo-se uma letra
designativa do ponto, seguida dos algarismos que definem o afastamento horizontal e vertical das respectivas retas
bases da quadrícula que o contém, os quais são separados por um traço e apresentados entre parênteses: P (94,3
- 82,1), por exemplo, designa as coordenadas da Capela de Santo Antonio na figura 16.7.
De acordo com a precisão desejada, utilizar-se um múltiplo da unidade de distância para a apresentação
dessas coordenadas.
- quilométrica - em quilômetros: P (94,3 - 82,1);
- hectométrica - em hectômetros: P (943 - 821);
- decamétrica - em decâmetros: P (9430 - 8210); e
- métrica - em metros: P (94300 - 82100), maior precisão.

16.8 - DETERMINAÇÃO DAS DIREÇÕES


Para se deslocar de um ponto a outro no terreno é necessário definir a direção que se vai seguir e a distância
a ser percorrida.
Com o auxílio da carta, pode-se localizar o ponto onde se está e o ponto para onde se vai, e obter, por meio da
escala, a distância entre ambos. Para se estabelecer a direção a ser seguida, o método mais apropriado é o de

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determinar o ângulo formado entre uma direção base fixa e a direção a ser seguida. Este ângulo é chamado de

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azimute (Fig 16.8).

16.8.1 - Direções-Base
As direções-base, por convenção, apontam sempre para um Norte e são utilizadas como referência inicial
para a determinação dos azimutes.
a) Norte Verdadeiro ou Geográfico (NV ou NG)
É a direção que passa pelo pólo norte da terra (Fig 16.9).
b) Norte Magnético (NM)
É a direção que passa pelo pólo magnético da terra, ou seja, pelo ponto para o qual são atraídas todas as
agulhas imantadas. Esse ponto fica localizado próximo ao norte geográfico (Fig 16.9).

c) Norte da Quadrícula (NQ)


Nas cartas utilizadas em operações militares, a direção-base tomada como referência para determinação
da direção a seguir é a das retas verticais da grade da carta.

d) Diagrama de orientação
Uma das informações contidas nas inscrições marginais dessas cartas é o que se chama de Diagrama de
Orientação (Fig. 16.10). Tal diagrama contém as três direções-base indicadas, bem como o valor do ângulo formado
entre as mesmas.
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Fig 16.10 - Diagrama de orientação

Esses ângulos possuem denominações e características próprias, a seguir descritas:


I) Declinação Magnética (dm)
Como se viu, o NM e o NV estão ligeiramente afastados. O ângulo formado entre as direções do NV e NM,
medido a partir do NV, é chamado Declinação Magnética.
A declinação pode ser Leste (E) ou Oeste (W), conforme o NM esteja a leste ou a oeste do NV/NG. Além
disso, a declinação é variável de acordo com o lugar e a época. Daí a necessidade de seu registro em cada carta,
incluindo o respectivo ano de edição e a variação relativa.
Considerando os dados contidos no exemplo de diagrama de orientação da figura 16.11 e que se está
calculando a declinação magnética para o ano de 1997, o resultado obtido seria 21o 10’W, pois à declinação de
17o 52’W em 1975 deve ser acrescida a variação anual de 9’ nos 22 anos decorridos, logo:
dm = 17o 52’ + 22 x 9’
dm = 17o 52’ + 198’ = 17o 52’ + 3o 18’
dm = 21o 10'
Será W porque o NM encontra-se a Oeste do NG.

II) Convergência de meridianos


Pela figura 16.12, pode-se observar que a direção do NV é diferente da direção do NQ da carta. Desse modo,
o ângulo formado entre as direções do NV e NQ, contado a partir do NV, é chamado de convergência de meridianos.
Essa será E ou W conforme o NQ esteja à leste ou oeste do NV/NG.

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A convergência se dá em virtude da distorção causada pela projeção da superfície terrestre, que é curva,

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na superfície plana do papel, quando da confecção das cartas. Apesar de sofrer uma variação entre diferentes
pontos de uma mesma carta, pode-se considerá-la constante nas cartas utilizadas, sem perigo de erro, em virtude
dessa variação ser desprezível.

III) Ângulo QM
O ângulo formado entre as direções do NQ e do NM é chamado ângulo QM. O ângulo será W, quando o
norte magnético estiver a Oeste do norte da quadrícula, e E, quando o norte magnético estiver a Leste do norte da
quadrícula. O ângulo QM será calculado somando a dm e a convergência de meridianos quando a direção do NM e
do NQ estiverem em lados opostos a direção do NG/NV, e subtraindo uma da outra quando estiverem do mesmo
lado do NG/NV. Uma vez calculado o ângulo QM, ele deve ser anotado na carta para uso futuro. A variação anual
da declinação magnética acarreta aumento ou diminuição do ângulo QM. Se as direções do NM e do NQ se
aproximam, o ângulo QM diminui; se elas se afastam, o ângulo QM aumenta.

16.8.2 - Azimutes
Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, a partir
de uma direção base.
a) Azimute Magnético (AzM)
AzM é o ângulo horizontal medido a partir do NM até a direção desejada. Na figura 16.13, por exemplo, o
AzM da direção entre a bifurcação de estrada e a capela é de 60o.
b) Azimute Verdadeiro (AzV)
AzV é o ângulo horizontal medido a partir do NG/NV até a direção desejada. Na figura 16.13, por exemplo,
este azimute pode ser de 54o.
c) Azimute da Quadrícula (AzQ) ou Lançamento (L)
Lançamento é o ângulo horizontal medido a partir do NQ até a direção desejada. Na figura 16.13, o
lançamento é de 51o.

16.8.3 - Contra-Azimutes
O contra-azimute de uma direção é o azimute da direção oposta. Caso se esteja voltado para uma
determinada direção, considera-se essa direção como azimute. Ao se voltar para a direção oposta, ter-se-á o contra-
azimute dessa direção. O contra-azimute está sobre o prolongamento, no sentido inverso, da reta que determina
o azimute.
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Sabendo utilizar de forma correta o contra-azimute, o militar estará em condições de retornar ao ponto de

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partida. No cumprimento de uma tarefa em lugar desconhecido e à noite, por exemplo, o contra-azimute poderá
indicar a direção pela qual deve-se retornar.
Para se encontrar o contra-azimute, basta somar 180º ao azimute quando esse for menor que 180º ou
subtrair 180º quando maior que 180º.

16.9 - BÚSSOLA
Bússola é um instrumento destinado à medida de ângulos horizontais e à orientação no terreno.
A bússola é um goniômetro (instrumento com que se medem ângulos) no qual a origem de suas medidas é
determinada por uma agulha imantada que indica uma direção aproximadamente constante que é o NM.
Uma bússola está declinada quando as leituras nela realizadas representam lançamentos, ou seja, ângulos
medidos em relação ao NQ, ao invés de AzM.
Além da variação causada pela dm, uma bússola é afetada pela presença de ferro, magnetos, fios condutores de
eletricidade e aparelhos elétricos.
Certas áreas geográficas possuem depósitos de minério (tal como o ferro) que podem tornar uma bússola
imprecisa quando colocada próxima a eles. Conseqüentemente, todas as massas visíveis de ferro ou campos elétricos
devem ser evitados quando se utiliza uma bússola.

16.9.4 - Medida de um azimute


Para se medir um AzM com a bússola SILVA, procede-se da seguinte maneira:
1. - segura-se a bússola com o espelho aberto e inclinado cerca de 50º em relação a caixa. Visa-se, a seguir, ao
mesmo tempo, o objeto desejado e o espelho (Fig 16.16);
2. - a visada do objeto é feita observando-o pelo entalhe da mira (Fig 16.17);
3. - antes de se determinar o AzM, deve-se nivelar a bússola. Para tal, através do espelho, faz-se com que a
imagem do ponto central fique sobre a linha de centro do espelho;
4. - sem mover a mão e olhando pelo espelho, gira-se a caixa até que a seta da direção N-S (não a agulha) fique
sobre a agulha, coincidindo a ponta vermelha com o N da seta; e
5. - pode-se, então, mover toda a bússola, porque o AzM já estará registrado, facilitando a sua leitura.

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16.9.5 - Medida de um contra-azimute

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A bússola também permite determinar o contra-azimute lendo-se, no limbo, o valor do ângulo que fica na
extremidade oposta à linha de visada.
16.9.6 - Marcha segundo um azimute
Suponha-se que se está num determinado lugar do terreno e que se precisa alcançar um outro afastado daquele
cerca de 1 km. Sabe-se, também, que esse segundo lugar se encontra no AzM 60º. Basta, portanto, que se marche
segundo o azimute de 60o já determinado. Para tanto, deve-se proceder da seguinte maneira:
1. - inserir no limbo graduado da bússola o azimute dado;
2. - sem mover a mão e olhando pelo espelho, girar o corpo até que a agulha coincida com a seta da direção N-S;
3. - através do entalhe da mira, observa-se um ponto do terreno que seja notável para tê-lo como referência do
lugar que se deseja alcançar;
4. - a direção a ser seguida é a desse ponto notável, observado pelo entalhe da mira; e
5. - caso ao se olhar na direção do lugar a ser alcançado, não for possível observá-lo diretamente, segue-se segundo
a direção do azimute até um ponto notável do terreno que será utilizado como referência inicial. Após atingir
este ponto, utilizando o mesmo azimute, tenta-se localizar o lugar desejado. Não sendo possível, repete-se o
processo até que se consiga localizá-lo.
Quando se marcha, segundo um azimute, com a finalidade de atingir determinado ponto específico, caso se
tenha conhecimento da distância que dele se está, deve-se utilizá-la como meio de controle do deslocamento. Isso é
feito por meio da passada individual, geralmente aferida antecipadamente. A aferição consiste na verificação do número
médio de passos que cada individuo executa ao percorrer, em terreno variado, uma distância pré-estabelecida,
normalmente, 100 metros.
Para marchar à noite segundo um azimute, é preciso estar em condições de visar pontos à frente, tal como feito
de dia. Entretanto, em face da visibilidade reduzida, isso se torna mais difícil, impondo que os pontos visados sejam em
maior número e mais próximos uns dos outros.
Se a escuridão for tal que impeça as visadas sobre pontos de referência no terreno, deve-se empregar um
companheiro à frente, à pouca distância, e determinar que ele se desloque para a direita ou para a esquerda até situar-
se no azimute desejado. Essa operação deve ser repetida até que seja possível identificar um ponto de referência no
terreno.
À noite, geralmente, não é possível fazer a visada através do entalhe da mira da bússola como se faz durante o
dia, e nem é necessário. Basta voltar a bússola para a direção a seguir, de modo que fiquem num mesmo alinhamento o
operador, a três marcas luminosas existente na bússola (duas em cada lateral da seta e uma na agulha imantada) e o
ponto de destino.

16.10 - ORIENTAÇÃO DA CARTA


Saber como se orientar em campanha e usar com propriedade uma carta topográfica pode significar, em certas
circunstâncias, ser capaz de sair de situações difíceis, em que a direção certa é fator preponderante para o sucesso.
Antes de utilizar uma carta, ela deve ser colocada em posição tal que suas direções coincidam com as do terreno.
Isto poderá ser feito de duas maneiras: com o auxílio da bússola ou por meio da utilização de pontos notáveis no terreno.
A operação de ajustar a posição da carta ao terreno chama-se orientação da carta, que pode ser feita pela
comparação do terreno com a carta, procurando-se estabelecer as semelhanças entre ambos. Isso é viável quando
existirem no terreno acidentes cujas representações figurem na carta. Nesse caso, é necessário que o observador
identifique primeiro na carta a sua posição aproximada para depois fazer uma observação em torno de si com esta, a fim
de colocar em um mesmo alinhamento o objeto visado e a sua correspondente representação na carta.

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A orientação da carta também poderá ser feita pela bússola. Para tanto, desdobra-se a carta sobre uma

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superfície plana, coloca-se sobre ela a bússola com a declinação já inserida, de modo que um dos lados da caixa da
bússola fique tangenciando a reta base vertical de uma das quadrículas. Depois, girando-se o conjunto carta-bússola e
conservando-se a bússola no mesmo local, procura-se fazer com que a seta da agulha imantada coincida com a marcação
do NV. Quando houver a coincidência, a carta estará orientada.
A orientação da carta poderá, ainda, ser feita por meios expeditos. O sol, por exemplo, ao nascer, define
aproximadamente a direção Leste. Ao se pôr, a direção Oeste. Conhecidas essas direções, basta que para elas se dirija a
margem direita da carta no primeiro caso, ou a esquerda no segundo, para que se tenha a carta mais ou menos orientada.
Ainda com o sol e com auxílio de um relógio devidamente certo, pode-se determinar a direção Norte. Basta que,
conservando-se a graduação das 12 horas na direção do sol, se identifique no terreno a direção da linha bissetriz que
divide ao meio o ângulo formado pela direção do sol (12 horas) e a do ponteiro das horas, contada no sentido do
movimento dos ponteiros. Essa bissetriz define a direção Norte-Sul.

Durante o dia, entre às 09:00 e 15:00 horas, a posição do sol define, em relação ao observador, os planos que
contêm, respectivamente, as direções Nordeste e Noroeste. Um processo prático para se materializar essas direções é o
prolongamento da sombra de um objeto posto na vertical nessa ocasião.
Outro processo é o dos ventos regionais dominantes que normalmente sopram na mesma direção e com isso
possibilitam a orientação. O minuano, vento muito conhecido no Sul do Brasil, sopra de Oeste-Sudoeste para Este-
Nordeste.
A observação de vários fenômenos naturais, quase todos relativos ao movimento do sol, também permite
conhecer, a grosso modo, no hemisfério sul, a direção Norte. Os caules das árvores, as superfícies das pedras, os moirões
das cercas e as paredes das casas são mais úmidos na parte voltada para o Sul, porque só recebem luz e calor do sol na
face voltada para o Norte. Do mesmo modo, os animais, ao construírem seus abrigos, o fazem com a entrada voltada
para o Norte, abrigando-se dos ventos frios do Sul e recebendo diretamente o calor e a luz do sol.
Durante a noite, a orientação sem o auxílio da bússola é feita, principalmente, por meio da lua ou das estrelas.
A lua, em seu movimento aparente, nos dá aproximadamente as mesmas identificações que o sol, principalmente em
sua fase cheia, quando se pode observá-la em sua plenitude. A constelação do Cruzeiro do Sul proporciona uma boa e
fácil orientação. Qualquer que seja a sua posição na esfera celeste, a determinação do pólo Sul se obtém prolongando-
se em quatro vezes e meia a distância entre as estrelas que correspondem à altura da cruz. O pé da perpendicular baixada
pelo ponto fictício que limita esse prolongamento sobre o horizonte nos indica a direção Sul, conforme demonstrado na
figura 16.20.

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16.11 - COMO TRABALHAR COM A CARTA E A BÚSSOLA

16.11.1 - Determinação do azimute dos elementos representados na carta


Anteriormente descreveu-se como determinar o azimute de uma direção no terreno com o auxílio da
bússola. Agora ver-se-á como achar o azimute de uma direção sobre a carta.
A figura 16.21 é um trecho de carta, no qual podem ser observados dois elementos: uma casa, sede da
fazenda Dois Rios, e uma ponte. O AzM da direção casa-ponte pode ser obtido de acordo com a seguinte seqüência:
• - a primeira coisa a fazer é traçar uma reta na carta, ligando a casa (ponto A) e a ponte (ponto B), como
mostrado na figura 16.21;
• - em seguida, orientar a carta;
• - após isso, colocar a bússola aberta sobre a carta, de tal modo que a borda graduada fique sobre a linha
traçada na carta e a tampa voltada para a ponte; e
• - a seguir, gira-se o anel serrilhado até que a seta indicadora do Norte coincida com a agulha. O ângulo
indicado na escala no ponto onde esta intercepta a linha do centro da bússola, no lado da articulação da
tampa, será o AzM (Fig 16.22).

Uma outra situação, envolvendo o uso da carta e da bússola, seria a necessidade de localizar, na mesma
carta, um outro ponto (C) do qual se sabe estar situado no sopé de uma elevação, junto a uma trilha, no AzM 119o
da ponte citada no caso anterior (ponto B). Nesse caso, observam-se os seguintes passos:
1. - orientar a carta;
2. - colocar a bússola sobre a carta orientada, com a lateral da caixa tangenciando a referida ponte;
3. - sem tirar a bússola de sobre a ponte, girá-la até que a agulha marque os 119o graus do azimute dado; e
4. - traçar uma reta sobre a carta, utilizando a lateral da caixa. O ponto que essa reta tocar o sopé da elevação,
após cruzar a trilha, é a exata localização do ponto que se deseja identificar na carta (Fig 16.23).

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No exemplo utilizado, um reservatório d’água.

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16.11.2 - Determinação do Ponto Estação


É de grande importância saber o lugar onde se encontra o observador. Um bom processo para a
determinação exata dessa posição na carta é o conhecido por interseção a ré, que consiste no seguinte:
1. - orientar a carta pela bússola;
2. - procurar dois acidentes do terreno, à frente, que estejam representados na carta com exatidão;
3. - com a bússola, visar o primeiro acidente e obter o azimute;
4. - colocar a bússola sobre a carta orientada, com a lateral da caixa tangenciando a convenção cartográfica
que representa esse acidente. Sem tirar a bússola desse ponto, girá-la até que marque o azimute obtido;
5. - marcar na carta, a lápis, uma reta representando o azimute; e
6. - repetir todo o processo para o segundo acidente.
Assim procedendo, encontrar-se-á o ponto de cruzamento entre as duas retas, que será o ponto estação
do observador.
16.13 - GIRO DO HORIZONTE
Giro do horizonte é a identificação, com o auxílio da carta, dos diversos acidentes do terreno, desde o ponto
estação até a linha do horizonte. Para executá-lo, deve-se ocupar uma posição que tenha dominância de vistas
sobre a região a ser identificada. De início, determina-se o ponto estação por um dos processos anteriormente
indicados e orienta-se a carta. Feito isso, realiza-se uma verificação sumária dos acidentes circunvizinhos mais
notáveis, identificando-os com a carta para se ter a certeza de que a orientação da carta está correta. O trecho a
ser identificado deve ser dividido em setores e dentro deles inicia-se a identificação do mais próximo para o mais
afastado e da esquerda para direita. Obedecendo-se a esse critério, todos os acidentes serão observados e pode-
se-á realizar a completa identificação do terreno com a carta.

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CAPÍTULO 17

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ARMAMENTO DO CFN
17.1 - DEFINIÇÕES BÁSICAS
17.1.1 - Arma ou lançador
É todo equipamento pelo qual é efetuado o lançamento ou o disparo de munição.

17.1.2 - Munição
É o artefato empregado para produzir determinado efeito sobre um alvo, sendo geralmente lançado por
uma arma (munição de canhão, míssil, torpedo, munição de pistola, munição de fuzil, etc.).

17.1.3 - Armamento
É o conjunto formado pela arma e por sua munição, especificado para atender determinados requisitos,
algumas vezes referido apenas pelo lançador ou arma e outras, pela munição.

17.1.4 - Raias
São sulcos helicoidais abertos na parte interna do cano de uma arma (alma), destinados a imprimir ao
projétil movimento de rotação, a fim de mantê-lo estável na sua trajetória.

17.1.5 - Cheio
Parte saliente do raiamento que separa uma raia da outra.

17.1.6 - Calibre
É a medida do diâmetro entre dois cheios e tem a finalidade de caracterizar as armas.

17.1.7 - Velocidade teórica de tiro


É o número de disparos que pode ser feito por uma arma em um minuto, não se levando em conta o tempo
necessário para a alimentação, pontaria, resolução de incidentes, etc.

17.1.8 - Velocidade prática de tiro


É o número de disparos que podem ser feitos por uma arma em um minuto, levando-se em conta o tempo
necessário à pontaria, à alimentação, à resolução de incidentes, etc.

17.1.9 - Alcance máximo


É o maior alcance que um projetil pode atingir com o emprego de uma arma.

17.1.10 - Alcance útil


É aquele até onde a arma pode ser utilizada eficazmente sem que a trajetória sofra variações imprevistas
devido à dispersão.

17.1.11 - Cadência de tiro


É a variação da velocidade prática de tiro que uma arma pode apresentar, expressa pelo número de disparos
que ela pode realizar em um determinado período. Pode ser:
a) Rápida
Normalmente utilizada ao se iniciar o tiro de modo a se obter superioridade de fogos e forçar o inimigo a
se abrigar.
b) Normal
Empregada para neutralizar o inimigo, impedindo reações.
c) Lenta ou sustentada
Usada quando há necessidade de manter os alvos sob fogo por longos períodos.

17.1.12 - Ciclo de funcionamento de uma arma


É a seqüência por meio da qual se pode explicar o funcionamento de uma arma. De maneira simplificada,
as armas seguem o seguinte ciclo de funcionamento: disparo; extração; ejeção; engatilhamento; carregamento; e
novo disparo.

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17.2 - GENERALIDADES SOBRE AS ARMAS LEVES

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17.2.1 - Arma leve


É toda aquela de calibre inferior 0.60" (15,24mm). A espingarda 18,6mm (CAL 12) Mossberg e o lança-
granadas 40mm M-203 são exceções.

17.2.2 - Classificação
a) Quanto ao tipo
I) De porte
Quando, devido ao volume e peso, pode ser conduzida no coldre.
II) Portátil
Quando pode ser conduzida por um só homem, sendo, normalmente, dotada de uma bandoleira para
transporte.
III) Não-portátil
Quando, devido ao volume e peso, somente pode ser deslocada por uma viatura ou dividida em fardos por
vários homens.

b) Quanto ao emprego
I) Individual
Quando destinada à proteção daquele que a conduz.
II) Coletivo
Quando se destina ao emprego em benefício de parte ou da tropa como um todo.

c) Quanto à refrigeração
I) Refrigeração à água
Quando o cano é envolvido por uma camisa d`água.
II) Refrigeração a ar
Quando é o próprio ar atmosférico que produz o resfriamento.
III) Refrigeração a ar e à água
Quando o cano está em contato com o ar atmosférico mas recebe periodicamente jatos d'água para ajudar
o arrefecimento.

d) Quanto ao funcionamento
I) De repetição
É aquela em que se emprega a força muscular do atirador para a execução das diferentes fases de
funcionamento (carregamento, trancamento, ejeção, etc.), decorrendo, assim, a necessidade de se repetir a ação
a cada disparo.
II) Semi-automático
É aquela que realiza automaticamente as fases do ciclo de funcionamento, à exceção do disparo.
III) Automático
É aquela que realiza automaticamente todas as fases do funcionamento enquanto houver munição e o
gatilho permanecer acionado.

e) Quanto ao princípio de funcionamento


- arma que utiliza a força muscular do atirador;
- arma que utiliza a pressão dos gases resultantes da deflagração da carga de projeção:
* ação dos gases sobre o êmbolo;
* ação dos gases sobre o ferrolho; e
* recuo do cano (longo ou curto).
- arma que utiliza a ação muscular do atirador combinada com a oriunda de uma corrente elétrica sobre a
estopilha.

f) Quanto ao sentido de alimentação


- da direita para a esquerda;
- da esquerda para a direita;
- de baixo para cima;
- de cima para baixo; e
- retrocarga.
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g) Quanto ao raiamento

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- alma com raiamento, no sentido:


* da esquerda para a direita (à direita); e
* da direita para a esquerda (à esquerda).
- alma lisa.
h) Quanto à alimentação
- manual; e
- com carregador
* metálico: tipo lâmina e tipo cofre.
* tipo fita: metálica com elos articulados, metálica com elos desintegráveis e de pano (em desuso).
* tipo especial.
17.3 - FUZIL DE ASSALTO 5,56mm M16A2Mod705

17.3.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil de assalto calibre 5,56mm M16A2 modelo 705.

b) Simbologia
FzAss 5,56mm M16A2MOD705.

c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Semi-automático e automático com rajada de três tiros.
IV) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
20 ou 30 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.

e) Raiamento
Número de raias: 6 à direita.

f) Aparelho de pontaria
I) Alça de mira
De regulagem micrométrica, com visor basculante, graduado de 100 em 100 metros no alcance de 300 a
800m e disco de direção com regulagem variável.
II) Massa de mira
Tipo ponto, com protetores laterais e regulagem em altura.
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g) Dados numéricos

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I) Comprimento: 1m.
II) Peso
- com carregador desmuniciado - 3,510kg; e
- com carregador municiado - 3,850kg.
III) Velocidade prática de tiro
- funcionamento semi-automático - 45 tpm; e
- funcionamento automático com rajada de 3 tiros: 90 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 3.600m; e
- útil: para alvos tipo área - 800m e para alvos tipo ponto - 550m.
17.4 - FUZIL AUTOMÁTICO 7,62mm M964 FAL

17.4.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil automático leve calibre 7,62mm modelo 1964 (FAL).

b) Simbologia
Fz 7,62mm M964 (FAL).

c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Automático, semi-automático e repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
20 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.

e) Raiamento
Número de raias: 4 à direita.

f) Aparelho de pontaria
I) Alça de mira
Tipo lâmina, com cursor e visor, graduada de 100 em 100m, no alcance de 200 a 600m.
II) Massa de mira
Tipo ponto, seção circular, regulável em altura, com protetores laterais.
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g) Dados numéricos

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I) Comprimento: 1,10m.
II) Peso
- sem carregador: 4,20kg; e
- do carregador municiado: 0,730kg.
III) Velocidade prática de tiro
- funcionamento automático: 120 tpm; e
- funcionamento semi-automático: 60 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 3.800m; e
- útil: 600m.

17.5 - FUZIL METRALHADOR 7.62mm M964 FAP

17.5.1 - Características
a) Nomenclatura
Fuzil Metralhador calibre 7,62mm modelo 1964 (FAP).

b) Simbologia
FM 7,62mm M964 (FAP).

c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automático, semi-automático e repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.

d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
20 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.

e) Raiamento
Número de raias: 4 à direita.

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f) Aparelho de pontaria:

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I) Alça de mira
Tipo lâmina, com cursor e visor, graduada de 100 em 100 metros no alcance de 200 a 600m.
II) Massa de mira
Tipo ponto, seção circular, regulável em altura, com protetores laterais.

g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,125m.
II) Peso
- sem carregadores e com bipé: 6kg; e
- do cano: 1,60kg.
III) Velocidade prática de tiro
- funcionamento automático: 120 tpm; e
- funcionamento semi-automático: 60 tpm.
IV) Alcance
- máximo - 3.800m; e
- útil - 600m.
17.6 - METRALHADORA 5,56mm MINIMI

Fig 17.4 - Metralhadora 5,56mm MINIMI (Standard)

17.6.1 - Características
a) Nomenclatura
Metralhadora Ligeira calibre 5,56mm x 45mm (NATO).
b) Simbologia
Mtr 5,56mm MINIMI (Standard); e
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos articulados, acondicionados em caixa de alimentação maleável de 100 ou 200
cartuchos e carregador metálico de 30 cartuchos (fuzil M16).
II) Sentido
À direita
e) Raiamento
Número de raias: 6 à direita.

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f) Aparelho de pontaria:

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I) Alça de mira
Tipo lâmina, com botão de regulagem das alças, graduado em 100m com ajuste de 300 a 1000m e em direção
com botão de regulagem em direção graduado em milésimos.
II) Massa de mira
Tipo ponto com proteção circular, regulável em altura.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,04m.
II) Peso
- com bipé: 7,100kg; e
- do cano: 1,800kg.
III) Velocidade teórica de tiro
- Normal: 750 tpm; e
- Máxima: 1000 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 2.700m;
- útil: 1.000m; e
- letal: 1.300m.
17.7 - METRALHADORA 7,62mm Mod B 60-20 MAG

17.7.1 - Características
a) Nomenclatura
Metralhadora a gás 7,62mm Modelo B.
b) Simbologia
MAG 7,62mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil e não portátil (quando utilizando tripé).
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o êmbolo.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos articulados, acondicionados em cofre de 50 ou 250 cartuchos.
II) Sentido
À direita

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e) Raiamento

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Número de raias: 4 à direita.


f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
Tipo lâmina basculante, com cursor e visor, graduada em intervalos de l00m, utilizada em duas posições:
rebatida (graduada de 200 a 800m) e levantada (graduada de 800 a 1.800m).
II) Massa de mira
Seção retangular, regulável em altura e direção, com protetores laterais.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 1,255m.
II) Peso
- com bipé: 10,800kg;
- do cano: 2,800kg; e
- do tripé: 10,450kg.
III) Velocidade de tiro (regulável): 600 a 1.000 tpm.
IV) Alcance
- máximo: 3.800m; e
- útil: 800m sobre bipé e l.800m sobre tripé.
17.8 - PISTOLA 9mm PT92 - BERETTA

17.8.1 - Características
a) Nomenclatura
Pistola calibre 9mm.
b) Simbologia
Pst 9mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
De porte.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Semi-automática.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Curto recuo do cano.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
15 cartuchos.
III) Sentido
De baixo para cima.
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e) Raiamento

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Número de raias: 6 à direita.


f) Aparelho de pontaria
I) Alça de mira
Tipo entalhe retangular.
II) Massa de mira
Seção retangular.
g) Dados numéricos
I) Calibre: 9mm.
II) Comprimento: 21,7cm.
III) Peso
- com carregador desmuniciado: .0,950kg; e
- com carregador municiado: .l,137kg.
IV) Velocidade prática de tiro: variável.
V) Alcance
- máximo - 1.800m; e
- útil - 50m.
17.9 - SUBMETRALHADORA 9mm TAURUS

17.9.1 - Características
a) Nomenclatura
Submetralhadora calibre 9mm.
b) Simbologia
SMtr 9mm.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao funcionamento
Automática e semi-automática.
III) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação dos gases sobre o ferrolho.
IV) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Carregador
Metálico, tipo cofre.
II) Capacidade do carregador
30 ou 40 cartuchos.
III) Sentido de alimentação
De baixo para cima.
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e) Raiamento

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Número de raias: 6 à direita.


f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
Tipo visor, basculante, graduada para 100 e 200m, com proteção lateral e regulável em altura.
II) Massa de mira
Tipo ponto, seção circular, regulável em altura.
g) Dados numéricos
I) Calibre: 9mm.
II) Comprimento
- com coronha aberta: .64,5cm; e
- com coronha rebatida: .41,8cm.
III) Peso
- sem carregador: 3kg aproximadamente;
- com carregador municiado com 30 cartuchos: 3,800kg; e
- com carregador municiado com 40 cartuchos: 3,920kg.
IV) Velocidade teórica de tiro: 500 a 550 tpm.
V) Alcance útil: até 200m.

17.10 - METRALHADORA 12,7mm (.50) HB M2 QCB BROWNING

17.10.1 – Características
a) Nomenclatura
Metralhadora 12,7mm M2.

b) Simbologia
Mtr 12,7mm M2 (ou Mtr.50").

c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Não portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletiva.
III) Quanto ao funcionamento
Automática
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Curto recuo do cano.
V) Quanto à refrigeração
A ar.

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d) Alimentação

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I) Carregador
Tipo fita com elos metálicos.
II) Capacidade
Indeterminada.
III) Sentido
Da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, mediante o reposicionamento de algumas peças
do sistema de alimentação.

e) Raiamento
Número de raias: 8 à direita.

f) Aparelho de pontaria:
I) Alça de mira
Tipo lâmina, com cursor e visor, graduada de 100 a 2600 jardas (aprox 90 a 2.380m).
II) Massa de mira
Seção triangular curva, com protetores laterais.

g) Dados numéricos
I) Calibre: 12,7mm (.50”)
II) Comprimento
- com o cano - 1,643m; e
- do cano - 1,143m.
III) Peso
- sem o cano: 25,424kg; e
- do cano: 12,712kg.
IV) Velocidade teórica
- funcionamento automático: 400 a 600 tpm; e
- funcionamento semi-automático: 75 tpm.
V) Alcance
- máximo: 6.818m; e
- útil: 1.830m.

17.11 - ESPINGARDA 18,6mm (CAL 12) MOSSBERG

Esta arma é empregada a distâncias curtas (próximo de 50m) e em situações nas quais outras armas podem
acarretar riscos desnecessários devido ao excesso de potência (controle de distúrbios civis, guarda de
prisioneiros, retomada de instalações que não devam ser danificadas etc.).
17.11.1 - Características
a) Nomenclatura
Espingarda 18,6mm (CAL 12) Mossberg.
b) Simbologia
EspMil l8,6mm (CAL 12) Mossberg.
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c) Classificação

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I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Individual.
III) Quanto ao funcionamento
Repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Força muscular do atirador.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
I) Depósito tubular de munição conjugado à arma, sob o cano; e
II) Capacidade (com um cartucho na câmara):
- 9 cartuchos de 70mm de comprimento; e
- 8 cartuchos de 76mm de comprimento.
e) Raiamento
Alma lisa.
f) Aparelho de pontaria
Somente conta com a massa de mira. Devido às características de dispersão da munição empregada e das
distâncias curtas no tiro das espingardas, o atirador tem que se preocupar, apenas, com a linha de visada,
enquadrando a massa de mira e o alvo.
g) Dados numéricos
I) Calibre: 18,6mm;
II) Comprimento: 1,016m;
III) Peso: 4kg aproximadamente; e
IV) Alcance útil: variável em função da munição empregada.

17.12 - LANÇA-GRANADAS 40mm M203

17.12.1 - Características
É uma arma especialmente desenvolvida para ser empregada juntamente com o fuzil M16A2.
a) Nomenclatura
Lança-granadas calibre 40mm modelo M203.
b) Simbologia
LGr 40mm M203.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.

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III) Quanto ao funcionamento

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Repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação muscular do atirador.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
d) Alimentação
Manual: uma granada por vez.
e) Raiamento
Números de raias: 6 à direita.
f) Aparelho de pontaria
I) Conjunto de quadrante de mira
Acoplado sobre a armação superior dos fuzis da série M16, graduados de 25 em 25m para seleção de alcance
entre 50 e 400m, com regulagem em altura e direção.
II) Alça de mira
Tipo lâmina basculante, acoplada sobre o guarda-mão, graduada de 50 a 250m, com regulagem em altura e
direção.
g) Dados numéricos
I) Comprimento: 39cm;
II) Peso descarregado: 1,350kg;
III) Peso carregado: 1,580kg; e
IV) Alcance
- máximo: 400m;
- útil - para alvos tipo área: 350m e para alvos tipo ponto: 150m; e
- mínimo de segurança - para treinamento: 80m e em combate: 31m.
17.13 - AT-4
Munição anticarro que se confunde com um armamento, uma vez que sua embalagem individual é também um
lançador descartável após o disparo. Como o lança-rojão, não apresenta recuo e é de transporte individual.
Utilizado primordialmente contra alvos blindados e, secundariamente, contra fortificações e pessoal.

Fig 17.11 - Granada alto explosiva de 84mm AT-4


17.13.1 - Características
a) Nomenclatura
Granada alto explosiva de 84mm AT-4.
b) Simbologia
GAE 84mm AT-4.
c) Classificação
I) Quanto ao tipo
Portátil.
II) Quanto ao emprego
Coletivo.
III) Quanto ao funcionamento
Repetição.
IV) Quanto ao princípio de funcionamento
Ação muscular do atirador combinada com a ação de corrente elétrica sobre a estopilha da granada.
V) Quanto à refrigeração
A ar.
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d) Dados numéricos

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I) Comprimento: 1m.
II) Peso: 6,7Kg.
III) Alcance
- máximo: 2100m; e
- eficaz: 300m.
IV) Penetração em blindagem: 400mm.

17.16 - GENERALIDADES SOBRE AS ARMAS PESADAS


17.16.1 - Generalidades
As armas pesadas incluem as de calibre superior a 0.60" (15,24mm), com asexceções já mencionadas.
Basicamente, as armas pesadas são constituídas pelos morteiros, canhões e obuseiros.

17.16.2 - Características dos morteiros, canhões e obuseiros


a) Morteiros
- tubo curto;
- tiro geralmente indireto;
- trajetórias muito curvas; e
- carregamento pela boca.

b) Canhões
- tubo longo;
- tiro direto e, raramente, indireto;
- trajetória tensa; e
- carregamento pela culatra.

c) Obuseiros
- tubo curto;
- tiro normalmente indireto;
- trajetória curva; e
- carregamento pela culatra.

17.16.3 - Classificação do armamento pesado


a) Quanto ao calibre
- leve até 120mm;
- médio de 121 a 160mm;
- pesado de 161 a 210mm; e
- muito pesado, acima de 210mm.

b) Quanto ao emprego
- de campanha;
- de costa;
- antiaéreo; e
- de emprego especial.

c) Quanto ao deslocamento
I) Transportado
- sobre dorso;
- em viatura automóvel;
- trem; e
- em aeronave (aerotransportado ou helitransportado).
II) Auto-rebocado ou tracionado
III) Auto-propulsado
- sobre rodas; e
- sobre lagartas.

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CAPÍTULO 18

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MEDIDAS DE PROTEÇÃO
18.1 – GENERALIDADES
A proteção, uma das componentes do poder de combate, é a conservação da capacidade de combate de uma
tropa, de modo que possa ser utilizada no local e momento apropriados. Ela inclui, entre outras, a Organização do
Terreno (OT), que consiste em alterar as características de uma área ou órgão por meio de construções ou destruições.
Seja na defensiva (defesa preparada), seja nas situações estáticas da ofensiva (defesa imediata), as tropas devem
procurar reforçar sua proteção por meio de trabalhos de OT.
Reunidos em dois grandes grupos - fortificações de campanha e camuflagem - os trabalhos de OT visam
principalmente a ampliar o poder de combate das forças amigas, bem como a impedir ou dificultar as ações e a
observação do inimigo.

18.2 - FORTIFICAÇÕES DE CAMPANHA


Fortificações de campanha consistem nos trabalhos defensivos realizados quando um ataque inimigo for
iminente ou durante a consolidação de um objetivo conquistado, como prevenção de um contra-ataque.
Normalmente compreendem:
1. Limpeza de campos de tiro;
2. Escavação de espaldões para armas e abrigos para o pessoal;
3. Construção de abrigos para órgãos de comando e para instalações de apoio logístico;
4. Construção de postos de observação; e
5. Construção, lançamento e agravamento de obstáculos.
Obedecendo ao princípio da continuidade dos trabalhos, as fortificações de campanha, normalmente, evoluem
para construções mais elaboradas denominadas fortificações permanentes. Estas, construídas por pessoal especializado
(normalmente elementos de engenharia), quase sempre ficam perpetuadas no terreno, mesmo após os conflitos.
Podem, ainda, ser previamente preparadas em tempo de paz ou na guerra, longe da influência da ação inimiga,
e incluem:
1. obstáculos de madeira, 5. espaldões reforçados;
2. concreto ou aço; 6. fossos anticarro revestidos;
3. extensos campos de minas; 7. redes reforçadas de arame farpado;
4. entrincheiramentos permanentes e 8. postos de comando e
revestidos; 9. abrigos para o pessoal.

Os trabalhos de fortificação permanente são mais apurados, exigindo o concurso de pessoal especializado,
enquanto os trabalhos de fortificação de campanha, por serem mais sumários, podem ser executados por qualquer
combatente.

18.2.1 - Limpeza dos campos de tiro


No preparo de posições defensivas, antes do contato com o inimigo, é realizada, à frente de cada
entrincheiramento ou espaldão, a limpeza apropriada dos campos de tiro. Nesse trabalho devem ser observados os
seguintes princípios:
1. - não denunciar a posição em virtude de limpeza excessiva ou descuidada; (Fig 18.1);

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2. - em setores organizados para a defesa aproximada, efetuar a limpeza até, pelo menos, 100 m à frente da

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posição;
3. - em qualquer caso, deixar uma delgada cortina de vegetação natural para esconder as posições (Fig 18.2);
4. - nas áreas com árvores esparsas, remover os ramos mais baixos. Em alguns casos, é aconselhável remover
certas árvores que possam ser utilizadas como pontos de referência para execução dos fogos inimigos;

5. - nas florestas densas não é aconselhável nem possível a limpeza completa dos campos de tiro. Deve-se
portanto, restringir o trabalho ao desbastamento da vegetação rasteira e à remoção dos ramos mais baixos
das árvores maiores. Além disso, deve-se preparar estreitos corredores de tiro para as armas automáticas
(Fig 18.3);
6. - remover ou desbastar a vegetação densa, pois ela obstrui o campo de tiro e não constitui obstáculo
apreciável;

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7. - ceifar as plantações de cereais e os campos de feno ou queimá-los, se maduros ou secos, caso isto não

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revele a posição. Geralmente, em uma posição organizada, isso é possível antes do contato com inimigo;
8. - remover a vegetação cortada para locais onde não proporcione cobertas para o inimigo nem denuncie a
posição; e
9. - antes de efetuar a limpeza dos campos de tiro, fazer uma cuidadosa avaliação do vulto do trabalho que
pode ser feito dentro do tempo disponível.

Essa estimativa, muitas vezes, determina a natureza e a extensão da limpeza a ser realizada, pois uma limpeza
de campos de tiro que não possa ser completada pode dar ao inimigo melhores abrigos e cobertas que o terreno com
sua feição natural.

18.2.2 - Espaldões
a) Espaldões para metralhadora
Há dois tipos de espaldões para esta arma: o ferradura e o duas tocas. Como posição de tiro, o tipo duas tocas
apresenta menor flexibilidade que o outro; entretanto, devido a sua maior facilidade de construção e maior resistência
à passagem de carros de combate, é geralmente o preferido.
I) Espaldão tipo ferradura
Coloca-se a arma em posição pronta para o tiro. Primeiramente, a guarnição faz uma escavação rasa de 2,20m
x 1,60m x 0,15m, aproximadamente, com o lado maior perpendicular a provável direção de ataque do inimigo. A terra
escavada é depositada em volta, formando um parapeito.
O espaldão é completado pela escavação de uma sapa, em forma de ferradura, com 0,60m de largura,
acompanhando as faces laterais e posterior da escavação inicial, ficando uma massa de terra da altura do peito na
parte central da frente do espaldão, que servirá como plataforma da arma (Fig 18.4). A terra escavada é amontoada
em torno do espaldão, completando o parapeito até pelo menos 0,90m de espessura e suficientemente baixo para
permitir o tiro em todas as direções.
Esse espaldão protege contra o tiro das armas portáteis e contra estilhaços de granada ou bombas. Em terreno
firme, proporciona proteção contra ação de esmagamento dos carros de combate; em terreno frouxo, um
revestimento dos taludes do espaldão, feito com troncos de 0,20m de diâmetro aproximadamente, colocados
longitudinalmente e encaixados no terreno, com sua parte superior ao nível do solo, ajuda a tornar a obra resistente
à passagem de carros de combate.
Quando os carros de combate estiverem a ponto de passar sobre a posição, a guarnição coloca a arma no
fundo da parte central da sapa e agacha-se nos lados.

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II) Espaldão tipo duas tocas

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Esse espaldão (Fig 18.5) consiste em duas tocas para um homem, junto a posição da arma. Para demarcá-lo, é
feito um pequeno traço no terreno, na direção principal de tiro. À direita desse traço é cavada a toca para o atirador;
à esquerda, e a 0,60m à frente da toca do atirador, é cavada outra toca para o municiador. A terra escavada é disposta
em torno da posição, formando um parapeito, o qual não deverá prejudicar o tiro em qualquer direção. Em terreno
firme esse tipo de espaldão protege a guarnição e a arma contra a ação de esmagamento dos carros. Quando os carros
estão a ponto de passar sobre a posição, a arma é retirada do tripé e colocada numa das tocas, enquanto o tripé é
colocado na outra. O atirador e o municiador agacham-se nas respectivas tocas.

b) Espaldão para morteiro 81mm


O espaldão para morteiro 81mm modelo M29A1 deve ser circular com cerca de 2,40m de diâmetro e 0,80 a
0,90m de profundidade, permitindo um declive de 0,10m, para que a água escoe na direção do fosso de drenagem
que deverá ter pelo menos 0,50m de profundidade a partir do fundo do espaldão. Se o fundo do espaldão for muito
duro e com pedregulhos, este deverá ser revolvido para permitir o assentamento da placa-base. Entretanto, se o solo
for muito macio, de areia, lama ou coberto por neve, será necessário colocar sacos de areia sobre um trançado de
galhos de árvores para permitir a perfeita ancoragem da placa-base.
A profundidade do espaldão deverá ser tal que o aparelho de pontaria nunca fique abaixo do nível da superfície
do solo. O depósito para munição de pronto emprego deve conter toda munição prevista para executar os fogos de
proteção final, quando o inimigo estiver atingindo o Limite Anterior da Área de Defesa Avançada (LAADA). O túnel de
conexão deve ter um cotovelo de 45° a 90° para impedir que uma explosão no depósito de munição atinja a guarnição
da peça e deve ser coberto com galhos, terra e vegetação rasteira, sempre que possível. Sua profundidade deve ter
cerca de 90cm (Fig 18.6).

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18.2.3 – Abrigos
a) Tocas
As tocas são os abrigos básicos e individuais dos fuzileiros, que proporcionam a máxima proteção contra o
fogo inimigo de todos os tipos (exceto impactos diretos). Sempre que o tempo e os recursos permitirem, as tocas
devem ser melhoradas pelo acréscimo de tetos, qualquer que seja o tipo de toca, e pela adoção de medidas para
drenar as águas da chuva ou superficiais, como por meio de um poço.
Também é necessário construir um sumidouro de granadas de mão, para que nele sejam rapidamente
empurradas com os pés as granadas lançadas pelo inimigo no interior da toca. Exceto nos terrenos que dificultem o
emprego de carros de combate, a toca deve ser suficientemente profunda para garantir, pelo menos, 0,60m de espaço
entre o soldado agachado e a borda da toca, a fim de protegê-lo contra a ação de esmagamento (Fig 18.7).

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Geralmente, as tocas são cavadas com o lado maior paralelo à frente e distribuídas em torno dos espaldões

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das armas de emprego coletivo para garantir a defesa em todas as direções. Todas as tocas são localizadas de modo a
permitir, principalmente, um bom campo de tiro.
Nas situações defensivas estabilizadas, a toca pode ser aumentada para comportar um espaço para dormir, devendo
ter teto resistente.
I) Toca para um homem
Características
1. - dimensões mínimas de acordo com as especificadas na Fig 18.8

2. - quaisquer outras dimensões utilizadas devem ser as menores possíveis, a fim de proporcionar um alvo
reduzido aos possíveis fogos inimigos;
3. - suficientemente largas para conter os ombros de um homem localizado na banqueta de tiro (largura mínima:
0,60m);
4. - suficientemente compridas para permitir o emprego das ferramentas de sapa (comprimento mínimo: 1,05m); e
5. - pelo menos 1,20m de profundidade até a banqueta de tiro da qual um homem de pé possa atirar.

Poços
No fundo da toca, em toda sua largura, deve ser cavado um poço, de 0,45 x 0,45m, para coletar água e permitir
que o homem sentado coloque os pés.
o
Esse poço deverá ter um declive de 10 na direção do sumidouro de granadas, o qual terá, no mínimo, 0,45m
o
de comprimento, um declive de pelo menos 30 e, no máximo, 0,20m de diâmetro.

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Proteção superior

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- contra esmagamento: na maioria dos tipos de solo, a toca proporciona proteção efetiva contra a ação de
esmagamento dos carros de combate, se o ocupante se agachar pelo menos 0,60m abaixo da superfície do terreno.
Nossolos muito arenosos ou frouxos, pode ser necessário revestir os taludes para evitar seu desmoronamento; e
- contra arrebentamentos aéreos: para proteger os fuzileiros contra os precisos arrebentamentos aéreos das
granadas com espoleta tempo, as tocas devempossuir teto. Em alguns casos podem ser empregados troncos de 0,10m
a 0,15m de diâmetro, cobertos com uma camada de terra; em outras situações, qualquer material disponível pode
servir, se coberto com 0,15m a 0,20m de terra, areia ou neve.

Camuflagem das tocas


Se possível, a terra escavada deve ser removida para um local onde não atraia a atenção do inimigo e a toca
camuflada com uma cobertura improvisada.
Essa cobertura consiste em uma armação, que deve ser guarnecida com capim ou folhagem para assemelhar-
se ao terreno circunvizinho, ou forrada com um pano de barraca ou qualquer outro recurso, de acordo com as
condições locais do terreno (Fig 18.10). Essa técnica é particularmente eficiente contra um ataque de blindados
apoiados por tropa a pé. Os fuzileiros permanecem dissimulados até que os carros tenham ultrapassado a posição,
depois levantam-se e atacam os soldados a pé que acompanham os carros inimigos.
A toca assim camuflada ou suas variantes é, em alguns lugares, chamada toca de aranha.

Parapeito
Parte da terra escavada é amontoada em torno da toca, deixando uma berma bastante larga para permitir
que o soldado apoie os cotovelos durante o tiro. Oparapeito deve ser cerca de 0,90m de largura e 0,15m de altura. Se
foremempregadas leivas (placas de vegetação rasteira) para camuflar o parapeito, elas devem ser retiradas de uma
área quadrada de 3m de lado e colocadas à parte, até que a toca fique pronta. Neve socada também constitui um bom
parapeito.
II) Toca para dois homens
A toca de raposa para dois homens nada mais é do que duas tocas para um homem adjacentes. Oferece
proteção contra os fogos inimigos diretos comparável à toca individual. Entretanto, apresenta menor proteção contra
a ação de esmagamento dos carros de combate, contra os estilhaços de granadas e o bombardeio pela aviação.

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Nas posições defensivas, a toca para dois homens (Fig 18.11) é geralmente preferida à toca para um homem, pelas

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seguintes razões:
- é preparada com maior facilidade. Um homem pode fazer a proteção, enquanto o outro trabalha na toca;
- proporciona revezamento e repouso para os ocupantes, pois um deles descansa enquanto o outro fica alerta. Assim,
as posições ficam guarnecidas eficientemente por períodos de tempo mais longos;
- se um dos soldados é ferido ou morto, a posição continuará ocupada, o que não acarretará uma brecha na linha;
- em situação crítica, o efeito psicológico da camaradagem mantém os homens na posição por mais tempo do que um
homem isolado; e
- proporciona maior conforto, especialmente em tempo frio, quando os ocupantes poderão juntar seus cobertores e
panos de barraca.

b) Posições abrigadas
I) Posições naturais
Essas posições devem ser sempre utilizadas, desde que existam na área de operações, tendo em vista a grande
economia de tempo e de mão-de-obra que proporcionam, e, também, por constituírem os melhores abrigos e
cobertas naturais. Os muros de pedra, as cercas vivas, as dobras naturais do terreno, os diques de terra e os trechos
de aterro das estradas de ferro e das rodovias, constituem excelentes posições naturais. As áreas urbanas apresentam
grande variedade de posições naturais sob a forma de paredes de pedra, de tijolos e de outros tipos de alvenaria, e
mesmo de escombros de edificações. As posições naturais devem, geralmente, ser melhoradas e reforçadas; os
espaldões para as armas e os abrigos para pessoal são cavados e suas partes fracas são reforçadas com sacos de areia,
caixas de munição cheias de terra e outros meios de fortuna.

II) Posições preparadas


Na defensiva, quando não se dispuser de uma linha de defesa pronta e o tempo permitir, constroem-se
posições protegidas contra o esperado ataque inimigo. Muitas vezes, devido às condições do solo ou d`água do
subsolo, que impedem as escavações, as posições são construídas acima da superfície do terreno. Esse tipo é, também,
empregado juntamente com as obras enterradas para economizar maiores escavações. Deve ter, pelo menos, 0,90m
de largura no topo, a fim de proteger contra projetis .30 e estilhaços de granada.
Os taludes devem estar isentos de pedras soltas e pedaços de madeira; caso contenham tais materiais, devem
ser revestidos com sacos de areia.

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A figura 18.12 apresenta vários tipos de taludes preparados.

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c) Crateras melhoradas
O terreno entre duas tropas inimigas geralmente apresenta crateras de vários tamanhos, provocadas por granadas,
bombas, minas e foguetes. Para as tropas que avançam, essas crateras oferecem um refúgio imediato e disponível
para abrigo ou coberta, bem como posições de tiro parcialmente desenfiadas. Caso a situação fique temporariamente
estabilizada, as crateras podem ser facilmente aprofundadas e melhoradas com uma ferramenta de sapa.
Para se melhorar uma cratera, cava-se verticalmente a sua borda, no lado voltado para o inimigo, e prepara-se uma
posição cômoda para um atirador deitado, ajoelhado ou de pé (Fig 18.13).

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18.2.4 - Obstáculos

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Na concepção militar, um obstáculo é qualquer acidente do terreno, condição do solo ou ambiente, existente
ou resultante de fenômeno meteorológico adverso, ou qualquer objeto, obra ou situação criada pelo homem, exceto
o fogo das armas, utilizado para canalizar, retardar ou impedir o movimento do inimigo numa determinada direção.
Embora o obstáculo deva ser denso o bastante para impedir uma fácil penetração na posição defensiva, não
deverá ser tão denso que seja facilmente identificado em fotografias aéreas ou ofereça um bom alvo para a artilharia
inimiga. Os obstáculos deverão ser simples, de modo a poderem ser feitos rapidamente pelas tropas com pouca
experiência, mesmo na escuridão e na presença do inimigo. O primeiro elemento construído deverá oferecer proteção
imediata; o restante deverá ser executado sob a proteção do que já se encontra pronto.
a) Obstáculos de arame farpado
Entre os vários tipos de obstáculos, os de arame farpado são os mais empregados em qualquer tipo de
operação. Normalmente estão disponíveis em grandes quantidades, são facilmente transportáveis e formam uma
barreira eficaz. Oferecem o máximo de interferência por tonelada de material, são facilmente construídos e oferecem
pequena visibilidade e alta resistência aos tiros de artilharia.
Os obstáculos de arame farpado são classificados quanto à missão que desempenham como táticos, de
proteção ou suplementares (Fig 18.14 a 18.17).

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As redes de arame farpado táticas são lançadas ao longo do lado amigo da barreira principal, para quebrar as
formações inimigas e obrigá-las a permanecer em áreas batidas pelos mais intensos fogos da defensiva. As redes
táticas se estendem por toda a frente da posição, porém, não necessitam ser contínuas. As redes de arame farpado
de proteção são lançadas para impedir ataques de surpresa de pontos situados próximos à posição defensiva. Elas
devem se encontrar próximo o bastante da linha de defesa para poderem ser observadas dia e noite e, ao mesmo
tempo, longe o bastante para impedir que o inimigo empregue granadas de mão. Dependendo do terreno, uma
distância entre 35 a 75 metros satisfaz essa exigência. As cercas de arame de proteção são construídas ao redor das
instalações de retaguarda com o mesmo propósito que o das empregadas à frente. Quando construídas ao redor das
áreas de companhia podem ser ligadas de modo a rodearem todo o batalhão.
Quando o tempo permitir, serão adicionadas redes de arame suplementares para dissimular a linha exata das
redes táticas e a direção da barreira principal.
b) Outros obstáculos
Os outros tipos de obstáculos, tais como as crateras, os abatises, os fossos anticarro e o agravamento das
margens de cursos d`água, devido à sua complexidade, não serão apresentados nesta publicação.

18.3 - CAMUFLAGEM
É o conjunto de medidas que visam a iludir ou a ocultar a verdadeira natureza de uma tropa, instalação,
atividade ou equipagem, e que devem ser praticadas intensamente por todos.

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Todo fuzileiro é responsável por sua camuflagem individual, devendo preocupar-se com a equipagem, com o

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armamento, com a posição e com os seus itinerários de progressão. Deve ser devidamente preparado para empregá-
la e motivado no sentido de que, utilizando-a bem, poderá aproximar-se do inimigo sem ser visto.
Por sua vez, cada Comandante é responsável pelo apropriado emprego da camuflagem por sua tropa. Embora
os modernos meios de observação possam detectar materiais artificiais bem como alterações no terreno ou na
vegetação, a observação direta através do olho humano ainda é a mais largamente empregada. Desse modo, a
camuflagem pode ser considerada um fator básico nas operações por sua influência no despistamento e na proteção.
Na ofensiva e na defensiva, a camuflagem auxilia a obtenção da surpresa, além de reduzir o número de baixas.
Nega ao inimigo o conhecimento das posições exatas ocupadas por tropas amiga, difilcultando-lhe o
desencadeamento de fogos. Muitas vezes, a rapidez inerente às operações de combate impede a execução de medidas
de camuflagem elaboradas; nessas situações, o correto aproveitamento do disfarce proporcionado pelo terreno
poderá contribuir eficazmente para a segurança da tropa.

18.3.1 - Processos de camuflagem


Existem três processos de camuflagem: mascaramento, dissimulação e simulação.
a) Mascaramento
Consiste em ocultar completamente o objeto a camuflar por meio de uma cortina ou máscara. Dependendo
da situação, a cortina ou máscara pode não ser facilmente identificada pelo inimigo e assim proporcionar um completo
ocultamento, quer do objeto, quer do despistamento.
b) Dissimulação
Consiste na aplicação ou colocação de material, especializado ou não, sobre, acima ou em volta do objeto a
camuflar, de modo a que pareça fazer parte do meio ambiente. Seu exemplo clássico é o fuzileiro com sua camuflagem
individual.
c) Simulação
Consiste em dar a impressão da existência de equipagens e instalações militares que na verdade inexistem.
Pode ser obtida pelo:
- disfarce, mudando-se a aparência dos objetos, seja para diminuir seu valor tático (como, por exemplo,
fazendo vagões de petróleo parecerem vagões comuns), seja para elevar tal valor (como por exemplo, fazendo viaturas
não especializadas parecerem carros de combate); e
- emprego de simulacros, imitando objetos ou instalações, (como por exemplo, falsas posições de armas,
postos de comando, depósitos, etc.

18.3.2 - Exigências fundamentais da camuflagem


As exigências para o sucesso da camuflagem, relacionadas em ordem de importância, são:
a) Escolha da posição
São observados os seguintes aspectos:
I) Missão
A localização deverá ser tal que as tropas que a ocupam possam cumprir sua missão.
II) Acesso
Facilidade de acesso, sem formação de pistas denunciadoras durante a ocupação, o fornecimento de
alimentos e munição ou substituição de pessoal.
III) Desenfiamento
Prevenção contra a observação terrestre e aérea do inimigo.
IV) Localização das instalações de serviços
Localização apropriada para as instalações de serviços, tais como postos de socorro, depósitos de munição,
áreas de estacionamento de viaturas, etc. Essas instalações deverão ser posicionadas no terreno de modo a ser
facilmente camufladas e acessíveis, embora não tão próximas umas das outras a ponto de denunciarem a posição
como um todo.
b) Disciplina de camuflagem
A disciplina de camuflagem tem dois propósitos:
- evitar qualquer modificação na aparência do terreno, por parte do pessoal que o ocupa; e
- manter ou substituir o material da camuflagem periodicamente, a fim de que se confunda constantemente
com a vegetação natural.

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c) Montagem

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O material da camuflagem deverá ser montado de maneira que oculte a forma, a sombra e o tamanho do
objeto a ser camuflado, não possuir forma regular ou sombra bem definida e esconder as pistas e pegadas
denunciadoras do pessoal que o montou.

d) Escolha do material
Para que a camuflagem seja eficaz, os materiais utilizados para esse fim deverão confundir-se com o tipo de
terreno adjacente no que refere à textura, tonalidade e cor. Os materiais de camuflagem compreendem as seguintes
classes:

I) Material natural
Na guerra, apenas essa classe de material estará disponível em quantidade suficiente para permitir um
trabalho de camuflagem eficiente. Inclui, geralmente, árvores, macegas, glebas, camada superficial do solo e destroços
encontrados nas proximidades. Sua disponibilidade e emprego tornam a reprodução das formas locais, texturas e
cores relativamente fáceis, se utilizados e conservados apropriadamente. Deve ser lembrado que macegas, folhagens
e capim, após serem cortados, murcharão e morrerão, com uma modificação marcante em sua aparência, dentro de
um período de tempo relativamente curto. Novas folhagens e macegas deverão ser cortadas para substituírem as
existentes na camuflagem antes que suas cores apresentem modificações. O material natural possui várias vantagens
sobre o artificial: iguala as cores e as texturas locais mais fielmente; enquanto não murcha, é eficaz contra todos os
tipos de fotografia aérea, particularmente a infravermelha e em cores; e reduz a quantidade de material de
camuflagem a ser fornecido pela retaguarda. Contudo, apresenta algumas desvantagens quando comparado com o
artificial, principalmente quando se leva em conta que o trabalho tem de ser executado no local, o que impede a
preparação antecipada. Além disso, perde rapidamente suas características e tem que ser substituído com freqüência.

II) Material artificial


Redes de camuflagem produzidas com tiras de pano, aniagem e material similar ou qualquer outro item
confeccionado pelo homem poderá ser utilizado.

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CAPÍTULO 19

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INTRODUÇÃO ÀS OPERAÇÕES ANFÍBIAS


19.4 - MEIOS EMPREGADOS
A realização de uma OpAnf, além da mobilização de pessoal, implica na disponibilidade de meios navais, meios
aeronavais e meios de fuzileiros navais. Assim, a Marinha do Brasil vem envidando esforços para acompanhar a
evolução destes meios.
Como meios navais disponíveis, diretamente ligados ao emprego da Tropa, podemos citar os Navios de
Desembarque Doca (NDD), o Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC), Navios Transporte de Tropa
(NTrT), Embarcação de Desembarque de Carga Geral (EDCG) e Embarcação de Desembarque de Viaturas e Material
(EDVM). Meios aeronavais temos o Super Pumar (UH-14) e o Esquilo (UH-12) e meios de fuzileiros navais o Carro
Lagarta Anfíbio (CLAnf), o M-113 e outros variados meios.

19.4.1 - Movimento Navio-para-Terra


É a etapa da fase do assalto que compreende o movimento ordenado de tropas, equipamentos e suprimentos,
a partir dos navios de assalto, para as praias e/ou zonas de desembarque selecionadas na ADbq.
O MNT pode ser por superfície ou por helicópteros (He).
19.5 - VIDA A BORDO
Os Fuzileiros Navais (FN) quando embarcados em navios, especialmente para a realização de uma OpAnf,
devem observar atentamente as rotinas de bordo e estar em condições de “guarnecer” as fainas próprias dos homens
no mar. Os Navios deslocamse em sigilo quando em operações de guerra e os Fuzileiros Navais devem ter um perfeito
entendimento das normas durante a navegação, restringindo as suas necessidades. É o caso da utilização de telefones
celulares, que só poderão ser usados com o conhecimento do Comandante do Navio.
O planejamento, a execução e o controle das atividades da Tropa à bordo são regidos por documentos
expedidos pelo Navio e pelo Comandante das Unidades embarcadas.
19.5.1 - Atividades a bordo Normalmente, os Comandantes de navios estabelecem normas de conduta para a tropa
embarcada.
A participação da Tropa embarcada para uma OpAnf deve limitar-se às atividades que não interfiram com a
operação do navio. Além de reuniões preparatórias e de críticas, todos os comandos envolvidos na operação realizam
um acompanhamento da situação, particularmente em função dos conhecimentos mais recentemente obtidos da área
de operações.
Assim, é elaborado um programa de treinamento para a tropa que prevê, normalmente, as seguintes instruções:
- vida a bordo e fainas de emergência;
- treinamento físico militar;
- exercícios de transbordo;
- manutenção e testes de equipamentos e armamentos; e
- exercícios de postos de combate, postos de abandono, homem ao mar, operações aéreas e transferências
de carga e combustível.
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São também programadas:

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- inspeções do pessoal e do material; e


- aprestamento quanto à missão e ao emprego da tropa, incluindo-se o tiro com armas portáteis.
a) Fainas de emergência
As fainas de emergência são sempre anunciadas pelo soar de um alarme, seguido de aviso pelo fonoclama. O
atendimento deverá ser realizado por todo o pessoal embarcado, no menor tempo possível, obedecendo as regras de
trânsito do navio. Geralmente os navios dispõem dos seguintes sinais de alarme: alarme geral, colisão, ataque químico
e "crash" de aeronave.
Todos os componentes da Tropa deverão estar familiarizados com as ações a serem tomadas nos casos de
emergência. O adestramento para essas fainas, bem como para as de homem ao mar e abandono do navio, deverá
ter início, sempre que possível, assim que a tropa embarcada já estiver alojada.
I) Postos de Combate
Ao soar o alarme geral seguido do aviso, pelo fonoclama, “GUARNECER POSTOS DE COMBATE”, todos os
elementos da tropa deverão guarnecer o colete salva vidas e se dirigir para os locais previamente designados, onde
receberão ordens especiais.
II) Incêndio e alagamento
Ao soar o alarme geral seguido do aviso, pelo fonoclama, do local do incêndio ou do alagamento, de imediato
será tocado “POSTOS DE COMBATE”. Todos os elementos da tropa deverão guarnecer os coletes salva vidas,
concentrar nos locais previamente designados, e aguardar as ordens.
Sempre que qualquer elemento da tropa perceber fumaça, início de incêndio ou entrada de água em
qualquer compartimento do navio, deverá comunicar imediatamente o fato ao Oficial de quarto, que se encontra no
passadiço do navio.
III) Postos de colisão
Ao soar o alarme de colisão, seguido do aviso pelo fonoclama, todos os elementos da tropa deverão
guarnecer os coletes salva vidas e se concentrar nos locais previamente designados, aguardando as instruções.
IV) Homem ao mar
Como regra geral, todo aquele que observar a queda de um elemento ao mar deverá anunciar, rapidamente,
“HOMEM AO MAR POR BORESTE ou POR BOMBORDO ou PELA PROA ou PELA POPA”. Deverá, ainda, lançar bóias e
fazer o acompanhamento visual da vítima. Isto facilitará o resgate e o salvamento.
O brado de “HOMEM AO MAR” deverá ser amplamente disseminado até que seja assegurado que o Oficial
de quarto, no passadiço, tenha conhecimento do ocorrido. Ao ser ouvido o aviso de “HOMEM AO MAR”, seguido de
vários apitos curtos do navio, todos os elementos da tropa devem se dirigir para o local de parada. O mais antigo
deverá verificar a presença do pessoal, encaminhar as faltas ao passadiço e manter o Oficial de quarto informado
sobre todos que estão a bordo.
V) Postos de abandono
A tropa deverá receber instruções quanto aos procedimentos para o abandono do navio. Ao embarcar, já
deverá ter conhecimento das estações de abandono, das balsas salva-vidas e saber localizá-las; inclusive com o navio
às escuras. Ao ser determinado “GUARNECER POSTOS DE ABANDONO”, a tropa deverá:
- guarnecer o colete salva-vidas;
- guarnecer o cantil de água;
- encaminhar-se em acelerado para seu posto de abandono, obedecendo às regras de trânsito a bordo;
- concentrar-se nas estações de abandono, checar material e pessoal;
- efetuar a verificação de presença e encaminhar as faltas ao passadiço; e
- aguardar ordem para abandonar o navio.
Os elementos que se encontrarem baixados nas enfermarias ou nos camarotes deverão ser encaminhados
para as estações de transbordo pelo pessoal do serviço de saúde.
As balsas contêm itens de sobrevivência, tais como: ração, água potável, apito, pirotécnicos, etc.
19.5.2 - Pelotão do Navio
É a organização por tarefas designada para auxiliar o carregamento e descarregamento do navio. Constituído
por parcela dos elementos que fazem parte do Destacamento Precursor de uma tropa que embarca.

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19.5.3 - Conduta a Bordo

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As instruções para a tropa embarcada conterão as normas de conduta a serem observadas a bordo. Essas
normas não podem ser padronizadas, tendo em vista as peculiaridades de cada navio. Assim, como orientação geral,
são listados, a seguir, os assuntos para os quais deve haver o detalhamento necessário nas instruções de cada navio.
Esse rol pode ser acrescido dos aspectos que cada navio julgar conveniente divulgar a tropa.
a) Água potável
A disponibilidade de água doce a bordo é geralmente restrita. Os horários para utilização de água
constarão da rotina divulgada nos quadros de avisos da tropa. O consumo excessivo de água doce poderá acarretar o
racionamento. Os maiores consumos são para banho, lavanderia e serviço de rancho.
b) Alojamento
Os elementos da tropa serão distribuídos pelos diversos camarotes e cobertas, de acordo com o previsto
no Plano de Embarque, estando essa informação registrada em seu Cartão de Embarque. Na entrada de cada coberta
será afixado um diagrama com a localização e o número dos beliches. O pessoal da tropa que desempenhar função
especial a bordo,, tal como de rancho, será alojado em áreas determinadas em cada coberta da tropa ou, se possível,
em uma área separada. Tal medida facilitará a rendição do serviço.
c) Bar e cantina
A tropa poderá utilizar as facilidades de bar e cantina de bordo de acordo com as normas do navio. É
expressamente proibido o embarque de bebidas alcoólicas de qualquer espécie.
d) Barbearia
A tropa deverá embarcar o número de barbeiros que julgar conveniente para atender ao seu pessoal. O
local do navio a ser utilizado como barbearia deverá ser do conhecimento da Tropa.
e) Colete salva-vidas
Cada elemento da tropa, ao embarcar, receberá um colete salva-vidas, o qual ficará junto ao seu beliche
e sob a sua responsabilidade.

Procedimentos inadequados, tais como a utilização sob a forma de travesseiros ou almofadas, prejudicam
as condições de flutuabilidade desse importante item de segurança.

f) Detalhe de serviço
Militares da tropa serão escalados para os diversos serviços a bordo logo após o embarque. Existem
detalhes de serviço para o navio no mar e o navio no porto.
g) Disciplina
O pessoal da tropa, enquanto embarcado, ficará sujeito às disposições regulamentares concernentes ao
serviço e à disciplina do navio. As penas disciplinares ao pessoal da tropa serão impostas, a priori, pelo Comandante
do navio.

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h) Cartão de embarque
Cada FN deverá portar dois cartões de embarque. Um a ser entregue ao embarcar e outro para ficar em seu
poder.

i) Fonoclama
Todas as ordens de caráter geral, destinadas ao pessoal da tropa, serão anunciadas pelo fonoclama,
precedidas da expressão “PARA TROPA” ou “DA TROPA”.
j) Formatura e postos
Os locais para a formatura e guarnecimento dos postos de abandono, colisão e incêndio serão
previamente determinados e constarão do cartão de embarque.
k) Fumo
Não é permitido fumar nas cobertas, banheiros e sanitários durante as fainas de emergência e quando
em postos de vôo e transferências de combustíveis. Só é permitido fazê-lo nos conveses e compartimentos abertos
onde não existem substâncias inflamáveis. Os militares deverão ficar atentos às ordens emitidas pelo fonoclama
quanto às normas para fumantes.
l) Inspeção
O navio possui rotinas de inspeções. Ao toque de INSPEÇÃO os elementos da tropa deverão se dirigir às
cobertas e permanecer ao lado de seus respectivos beliches, a exceção daqueles com incumbências fixas, que deverão
se dirigir para seus locais de trabalho. Os oficiais da tropa inspecionarão os setores sob suas responsabilidades. O
pessoal de serviço no horário deverá permanecer em seu posto.
m) Lavanderia
O serviço de lavanderia deverá ser do conhecimento da tropa. A tropa fornecerá pessoal para esse serviço
enquanto permanecer a bordo.
n) Licenciamento e regresso
Os horários de licenciamento e regresso para bordo serão determinados pelo Comandante do navio. Os
integrantes da tropa só deverão baixar terra com o conhecimento dos horários de regresso.
o) Navegação às escuras
Em certas situações poderá ser determinado ao navio navegar às escuras. Nessas ocasiões é proibido
exibir luzes de qualquer espécie, inclusive as de cigarros acesos, "flash" de câmeras fotográficas, bem como abrir vigias
e portas que não disponham de dispositivos de apagamento automático de luzes.
p) Parada
O Imediato da tropa deverá comparecer à Parada, onde receberá as ordens de interesse da tropa.
q) Plano do dia
Caberá ao Imediato da tropa solicitar a publicação de matérias de interesse da tropa para o Plano do Dia
do Navio.
r) Quadro de avisos
Sempre que possível haverá um quadro de avisos para divulgação de matérias de interesse da tropa.
s) Rancho
A rotina do navio estabelecerá os horários de rancho para a tropa. O tempo de permanência dos militares
na coberta de rancho deve ser o menor possível em função do espaço a bordo.
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t) Recreação

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A rotina do navio prevê horários de recreação e as atividades que podem ser realizadas. É proibido o uso
de baralho e apostas a dinheiro.

u) Secretaria da tropa
Normalmente existe um compartimento que é destinado ao serviço de secretaria da tropa. Os
expedientes referentes à tropa deverão convergir para esse local. Destina-se ao serviço do Oficial de Pessoal, o
Sargenteante Geral da Tropa, escreventes e outros auxiliares.
O Sargenteante Geral da Tropa embarcada executará, dentre outras, as seguintes tarefas na secretaria:
- controle de efetivos;
- confecção do detalhe de serviço;
- expedição de documentos administrativos;
- controle de baixados; e
- controle dos cartões de embarque.
v) Serviço de saúde
O serviço de saúde é exercido na enfermaria do navio. A tropa poderá comparecer às revistas médicas
nos horários de rotina ou em qualquer horário nas situações de emergência. Os médicos e os enfermeiros da tropa
suplementam o pessoal de saúde do navio.
x) Trânsito a bordo
O trânsito a bordo dos navios é regido pelas seguintes normas gerais:
- no sentido da proa à popa, por bombordo (BB); e
- no sentido da popa à proa, por boreste (BE).
As setas indicativas nas anteparas e escadas devem ser obedecidas.
y) Escoteria
É o local destinado à guarda da munição, dos armamentos portáteis e de porte da tropa. Existe o serviço
de escoteria. O material deve ser recolhido logo após o embarque da tropa.
z) Uniformes
Deverão ser levados para bordo todos os uniformes previstos para a viagem. Nas comissões em que está
prevista a estadia do navio em portos, normalmente usa-se uniformes do grupo branco.

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CGCFN-31.10
ANFÍBIO
(1ª Edição – 12 de maio de 2020 – referência “f”)
DO COMBATENTE
3. MANUAL BÁSICO
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MANUAL BÁSICO DO COMBATENTE ANFÍBIO

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CAPÍTULO 2
CARACTERÍSTICAS DE UMA ÁREA DE OPERAÇÕES
2.2 - ASPECTOS MILITARES DO TERRENO
O terreno sempre foi considerado como um dos fatores da decisão na guerra terrestre, não só devido à
influência da natureza do solo e dos acidentes naturais - elevações, depressões, cursos de água, bosques, florestas,
campinas, etc. - como pelos elementos artificiais, tais como vias de transporte, obras de arte, localidades, portos,
aeroportos, etc.
O terreno tem imensa influência na aplicação do poder de combate, uma vez que representa o cenário onde
as operações ocorrerão. Aquele que realizar uma adequada avaliação para sua utilização poderá assegurar para si
substancial vantagem em relação ao seu oponente.
A natureza da missão e o escalão considerado determinarão o enfoque sob o qual o estudo do terreno deverá
ser conduzido. Por exemplo, comandantes de subunidades e frações preocupam-se com matas densas, pequenos
cursos de água e pequenas elevações; enquanto que comandantes de unidades e escalões superiores preocupam-
se, principalmente, com redes de estradas, vales, linhas de crista, compartimentos, etc.
Quer no ataque, quer na defesa, um estudo tático do terreno deve ser executado, não só do ponto de vista
do lado amigo, como do ponto de vista do inimigo. Cada comandante deve procurar entender o terreno como seu
oponente o vê, de modo a antecipar que influência exercerá sobre os planos de ambos.
Além de seus aspectos topográficos - relevo, linhas d’água, vegetação, natureza do solo, vias de transporte,
instalações, etc., o terreno deve ser analisado de acordo com o seu valor militar, segundo seus aspectos táticos:
observação e campos de tiro; cobertas e abrigos; obstáculos; acidentes capitais; e vias de acesso (OCOAV).
2.2.1 - Conceituação dos aspectos táticos
No intuito de facilitar o entendimento deste capítulo, são a seguir apresentados os conceitos pertinentes aos
aspectos táticos do terreno. Assim, quando se falar das características da área de operações, poder-se-á recorrer a
estes aspectos táticos que são, na essência, a motivação de todo o estudo.
a) Observação e campos de tiro
Tanto o atacante como o defensor tentará tirar o máximo proveito do terreno para que possam ter a mais
profunda observação e, ao mesmo tempo, dificultar a do inimigo. A observação diz respeito à influência do terreno
na capacidade de exercer vigilância sobre determinada área ou outra tropa. Em geral, o ponto mais alto determina
uma melhor observação, mas nem sempre isso ocorre, uma vez que o próprio relevo poderá estabelecer ângulos
mortos e áreas desenfiadas. A escolha dos PO será precedida de um estudo baseado em reconhecimentos, nos perfis
topográficos verificados em cartas ou no exame estereográfico de fotografias áreas. A observação é essencial para
a realização de fogo eficaz sobre o inimigo, para o controle da manobra das tropas amigas, bem como para negar
surpresa ao inimigo. Quanto à observação, o terreno mais vantajoso é aquele que permite tanto a observação em
profundidade (das áreas ocupadas pelo inimigo) quanto a aproximada, que visa a perceber a presença de elementos
hostis nas imediações da própria posição. Habitualmente, a observação profunda, ou afastada, é proporcionada por
pontos próximos à crista topográfica e a observação aproximada em posições mais baixas em torno da crista militar.
Estará na faixa da observação aproximada todo o terreno do ponto estação até a distância de 1800 a 2000m (alcance
médio de uma metralhadora leve). A faixa do terreno de 2000 até 4000m está no âmbito da observação afastada
(distância limite para condução de fogos pelo observador de artilharia).
O campo de tiro é uma área em que uma arma ou um grupo de armas pode cobrir, eficazmente, com fogo
desde uma determinada posição. Quando se considera o terreno no tocante aos campos de tiro, o tipo de arma
determinará quais os fatores exercerão maior ou menor influência. Variações serão notadas ao se analisar a execução
do tiro para as armas de tiro com trajetória tensa, a condução dos fogos das armas de tiro com trajetória curva e o
lançamento de mísseis. Embora a observação seja essencial, nem sempre o melhor PO será o melhor local para o
posicionamento das armas. Cabe ressaltar que a análise da observação aproximada está intimamente ligada à
execução dos fogos das armas de tiro tenso, a da observação afastada à condução dos fogos das armas de tiro de
trajetória curva e a da observação direta, sem se vincular necessariamente a um PO, ao lançamento de mísseis.

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b) Cobertas e abrigos
Coberta é a proteção contra a observação e abrigo a proteção quanto aos efeitos dos fogos. O terreno deve
ser utilizado de forma a assegurar a máxima utilização das cobertas e dos abrigos. O terreno sob controle do inimigo
também será estudado para determinar como as cobertas e abrigos a ele proporcionados poderão ser anulados. No
ataque, serão procurados itinerários cobertos e abrigados que conduzam às posições inimigas de forma a reduzir ao
mínimo o número de baixas e obter surpresa. Na defesa, as cobertas e os abrigos serão utilizados não só em benefício
dos abrigos individuais como na ocultação da fisionomia da frente, com vistas a surpreender (novamente) a tropa
atacante. Quando se analisa o terreno do ponto de vista do abrigo que proporcionará, devem ser consideradas as
características de todas as armas do inimigo. Isto inclui seus alcances, tipos de munição e quantidade de peças. A
topografia é o principal fator que influi no abrigo. Os vales e as elevações, de maneira geral, serão massas cobridoras
que proporcionarão abrigo contra as armas de tiro tenso. Pequenos efetivos se valerão de córregos, dobras do
terreno, cortes de estradas, etc. O abrigo contra os fogos das armas de tiro de trajetória curva será normalmente de
difícil obtenção. Os acidentes do terreno que oferecem abrigo proporcionam também coberta contra a observação
terrestre. Quanto mais irregular o terreno, mais cobertas ele irá proporcionar. Pequenos escalões se preocupam com
a cobertura individual e dos veículos, armas e posições. À medida que sobe o escalão, a análise recai sobre a
necessidade de cobertura dos postos de comando (PC), instalações de apoio de serviços ao combate (ApSvCmb) e
grandes movimentos.
c) Obstáculos
Obstáculos (Obt) são acidentes do terreno, naturais ou artificiais, que: impedem, retardam, canalizam ou
dissociam o movimento de tropas em uma AOp. Os Obt impeditivos são aqueles que por suas características
impedem a tropa afetada de cumprir as tarefas impostas no tempo disponível; ou seja, a tropa poderá até transpor
o obstáculo, porém, calculada a cinemática das ações, concluir-se que a mesma não chegará a tempo, no local devido.
Os Obt que retardam, diminuem a velocidade de avanço em maior ou menor grau. O canalizador procura fazer com
que a tropa que com ele se depara escoe na direção desejada pelo inimigo e não na direção que vinha mantendo. O
que ocorre é que há uma tendência natural da tropa “escoar“ numa direção paralela ao Obt até conseguir ultrapassá-
lo. Diz-se que um Obt dissocia a tropa quando esta fica dividida; ou seja, parcela considerável de seu efetivo em um
bordo do obstáculo e o restante no outro bordo. Como já mencionado, os obstáculos podem ser naturais ou
artificiais. Os naturais são todos aqueles que já estavam presentes no terreno antes das operações militares se
iniciarem, aí incluídos os rios, lagos, vegetação, edificações, cortes de estradas, etc. Os artificiais são aqueles que
foram construídos com fins militares; são eles os campos minados, abatises e toda sorte de barreiras. Os Obt devem
estar intrinsicamente ligados ao Plano de Defesa e ao Plano de Apoio de Fogo, pois de nada valerá um Obt se o
mesmo não for batido por fogos.
d) Acidentes capitais
Acidente capital (AcdtCap) é qualquer acidente no terreno cuja posse, conquista, manutenção ou controle,
assegure uma vantagem marcante a qualquer um dos contendores. Contudo, se algo no terreno ofereça vantagem
somente ao inimigo, mesmo assim será assinalado como acidente capital. Convém ressaltar que a todo AcdtCap
marcado deverá corresponder uma ação da tropa que o marque, haja vista que se deve, ao menos, negar ao inimigo
aquela vantagem. Uma vez que vantagem marcante não é um termo preciso, é necessário ter muito critério na
marcação. Nem toda elevação será um AcdtCap, nem só elas serão assinaladas como AcdtCap. A marcação dos
AcdtCap variará de acordo com o escalão que realiza o estudo.
e) Vias de acesso
Via de acesso (VA) é uma faixa no terreno, variável com o escalão considerado, que permite ou favorece o
movimento de determinada tropa em direção a um AcdtCap. As VA serão selecionadas levando-se em consideração
principalmente a natureza da tropa que irá empregá-la e o efetivo que mobiliará aquela faixa do terreno. As VA são
assinaladas e analisadas, em relação às peças de manobra do escalão considerado. Um batalhão de infantaria
selecionará e analisará as VA de valor Companhia, esta, por sua vez, selecionará e analisará as de Pelotão. Da
definição pode-se inferir que estradas, trilhas, caminhos etc. não constituem VA sob o ponto de vista militar,
podendo, ou não, tão-somente valorizar as VA.

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2.2.2 - Formas básicas do terreno.

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A maioria dos acidentes geográficos da superfície terrestre resulta da erosão pela ação dos ventos, desgaste pelo
degelo e drenagem da água dos terrenos altos para os terrenos baixos. Assim, na maior parte das regiões em que o
terreno foi conformado pela ação das águas pluviais, apresenta a forma mais conveniente ao escoamento das
mesmas. A superfície da Terra, geralmente arredondada, pode ser substituída, para fins de interpretação
esquemática, por tantos planos tangentes quantos necessários à conservação aproximada do aspecto côncavo ou
convexo que lhe é próprio. Esses planos denominam-se encostas ou vertentes, pois que, no terreno, as águas
efetivamente vertem ao longo delas. Vertente ou encosta é, portanto, uma superfície inclinada do terreno que forma
um ângulo com o plano horizontal. Este grau de inclinação será chamado de declive ou declividade.

a) Formas simples ou elementares


I) Encostas
São elementos que podem exercer acentuada influência quanto à observação, aos campos de tiro ou mesmo
constituírem obstáculos à progressão. Assim, as encostas que têm sua crista militar numa posição dominante
favorecem a observação; as encostas de declive suave e uniforme apresentam boas condições à rasância das armas
de tiro de trajetória tensa; e, finalmente, as encostas íngremes podem constituir obstáculos aos elementos
mecanizados ou mesmo à progressão de tropas a pé.
Tipos de vertentes ou encostas - são três os tipos: as planas, as côncavas e as convexas.
A encosta plana ou uniforme é aquela que apresenta uma declividade constante. É representada na carta por
curvas de nível igualmente espaçadas. As encostas suaves têm curvas de nível bem espaçadas entre si, as íngremes,
ao contrário, são próximas (Fig 2.1)

A encosta convexa é abaulada. A declividade aumentará à medida que o terreno na elevação perde altura. As
curvas de nível são bem espaçadas na crista e próximas no sopé (Fig 2.2a)
A encosta côncava tem sua curvatura voltada para cima. Ou seja a declividade diminui à medida que se aproxima da
base. Neste caso, as curvas de nível são mais próximas na crista e mais afastadas no sopé (Fig 2.2b).

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As encostas sempre se ligam duas a duas. Se esta ligação é um ângulo convexo, a encosta desse ângulo será

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dominante e divisora de águas, formando uma linha de crista, de festo, linha de cumeada ou divisora de águas; se a
ligação é côncava ou dominada pelas encostas será formada a linha de fundo, linha de reunião de águas ou talvegue.
No caso da linha de crista, há dois conceitos importantes a esclarecer. O segmento mais alto da linha de crista será
chamado de crista topográfica, já a crista militar será o ponto da linha de crista que proporciona comandamento
sobre todo o terreno à frente da elevação, sem a presença de ângulos mortos. Poderá coincidir com a crista
topográfica ou não. Nas encostas planas ou côncavas isto poderá acontecer, já na convexa dificilmente.

As linhas de crista constituem as regiões dominantes do terreno, ao longo das quais se pode ter observação
contínua e profunda. Quando paralelas à direção de movimento tornam-se acessos favoráveis à progressão da tropa,
constituindo a linha seca e definindo uma compartimentação longitudinal no terreno. Quando dispostas em sentido
transversal à progressão de uma tropa, limitam a observação, mas servem, por outro lado, como massa cobridora,
sendo favoráveis à defesa. Nesse segundo caso, as linhas de crista definem uma compartimentação transversal no
terreno (Fig 2.4).

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As linhas de fundo são ravinas ou linhas d’água, formadas pela linha inferior da vertente (encosta). São

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elementos naturalmente desenfiados, razão pela qual podem ser aproveitados militarmente em função da proteção
que oferecem (Fig 2.5).

A ligação de duas vertentes em ângulo convexo pode dar origem a três formas básicas do terreno: o espigão,
a garupa e o esporão. Elas devem ser estudadas em função da elevação a que pertencem. Tanto podem constituir
um acesso favorável ao movimento, como um elemento de dissociação, em face de sua altitude, facilidade de acesso,
configuração, etc.
O espigão é a forma do terreno em que as vertentes são íngremes e uniformes. O ângulo por elas formado é
agudo, levando a uma representação das curvas de nível cuneiforme, pontuda (Fig 2.6).

A garupa é a forma do terreno em que as encostas são convexas. O ângulo entre elas é obtuso, dando origem
a uma linha de crista abaulada, sendo as curvas de nível representadas com formato arredondado (Fig 2.7).

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O esporão é a forma do terreno caracterizada por uma linha de crista com uma inflexão, ou seja, apresentando

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uma elevação de menor porte mais próxima ao sopé (Fig 2.8).

Da reunião das vertentes surgirão ainda os seguintes elementos:


A ravina, que é um sulco ou mordedura na encosta da elevação, provocada pela ligação lateral de duas
vertentes; normalmente servirá como linha de reunião de águas. Às vezes as ravinas correm de alto a baixo da
elevação, fazendo com que a curva de nível mais alta sofra as mesmas inflexões da mais baixa. A essa ravina mais
alongada dá-se também o nome de fundo.
O nó de crista é o elemento resultante da reunião de várias linhas de festo no topo de uma elevação.

b) Formas Isoladas
I) Mamelão
Tipo de elevação em que as vertentes são arredondadas e uniformes.
Pela sua forma, suas encostas permitem, normalmente, ampla observação em qualquer direção (Fig 2.9).

II) Colina
Diferentemente do mamelão, a colina se alonga segundo uma direção definida. A colina tanto se presta à
instalação de armas e órgãos de defesa, como pode valorizar uma via de acesso, se utilizada em função do sentido
de sua maior dimensão, quando esta se confunde com a direção de ataque, embora, algumas vezes, possa ser
elemento dissociador desse ataque. Quando sua maior dimensão é perpendicular à direção do ataque, favorece ao
defensor, à instalação de armas e órgãos de defesa (Fig 2.10).

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Assim, a colina difere do mamelão por ter formato alongado segundo uma direção. Sua linha de crista,
normalmente, tende a abaular-se, formando uma espécie de cela.
As elevações isoladas podem se apresentar, na sua parte superior, em forma de pico, zimbório ou platô.

III) Quanto ao porte, as formas isoladas podem ser assim classificadas:


- Montes - elevações consideráveis, geralmente abruptas, destacando-se do solo circunvizinho. Graficamente
são representados por curvas de nível que se fecham e mantém uma curvatura mais ou menos uniforme;
- Morro - o mais comum, de porte mais modesto, quase sempre com a parte superior arredondada, em forma
de zimbório;
- Outeiro - são ainda de menor porte que as colinas, se assemelhando, entretanto, a elas. Sua principal
característica, porém, é a de se apresentar isolado nas planícies e planaltos; e
- Dobras - são elevações alongadas, cuja altura não atinge a cota da menor curva de nível da carta considerada,
capaz de furtar tropa da observação terrestre inimiga.

c) Formas grupadas
I) Montanha
Termo genérico que exprime um aglomerado de elevações de forma e natureza diferentes, numa extensão
mais ou menos considerável, em que o comprimento excede a largura. A curvas de nível que as representam, embora
também fechadas, têm altura muito variável e ocupam no desenho mais espaço que as representativas dos montes.

II) Cordilheira
É uma série de montanhas que se sucedem numa grande extensão, sempre na mesma direção, dando origem
a grandes linhas de cumeada e donde, em geral, se destacam, no sentido mais ou menos paralelo ao da direção
principal, montanhas alongadas denominadas contrafortes, das quais, por sua vez, se destacam, em grande número,
contrafortes secundários ou espigões.

III) Cadeia de montanhas


São montanhas contíguas, de forma mais ou menos alongada, que ocupam grande superfície.

IV) Serra
Montanha de forma muito alongada, em cuja parte elevada aparecem pontos salientes, culminantes, em
forma de dentes de serra, denominados vértices, cumes ou cimos, em forma de picos ou agulhas.

V) Maciço
É um agrupamento de elevações que se ramificam de diversas maneiras, em qualquer sentido, apresentando
o aspecto de um círculo de elevações em torno de um ponto culminante central.

VI) Planalto
Superfície mais ou menos extensa e regular, situada a grande altura em relação do nível do mar, em geral
ondulada, com declividades suaves e algumas vezes acidentada, porém acessíveis. Quando o planalto é de grande
extensão, é chamado de chapada.

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As montanhas paralelas à direção de progressão de uma tropa podem limitar ou impedir os movimentos

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laterais, porém protegem os flancos. As perpendiculares à essa direção, são obstáculos para o atacante e favorecem
ao defensor.
Quando as operações se desenvolvem em terreno montanhoso, muitas vezes tomam caráter especial,
exigindo tropas e equipamentos especializados.

d) Depressões
As depressões são as formas opostas às elevações e para onde vão ter as águas que se escoam das vertentes que
as cercam e formam. Algumas depressões, embora raramente se apresentem isoladas e sem escoamento para as
águas, têm forma de cume invertido e recebem a denominação de cuba, servindo em geral como fundo dos lagos.

Vales - nome genérico de depressão que serve de leito para escoamento das águas, com a forma de sulcos
alongados e sinuosos, de profundidade e largura variáveis. Desfiladeiro - é uma passagem mais ou menos longa,
entre duas elevações, cujas vertentes se prestam a uma organização do terreno capaz de barrar a progressão inimiga,
por ser uma passagem natural de tropas, ou ainda suscetível de ter essa passagem impedida por uma posição
defensiva localizada em um movimento do terreno que a enfie. As elevações que o formam são de difícil acesso.

Corredor - é caracterizado por uma passagem entre elevações de extensão apreciável, podendo as elevações
que o forma serem ou não acessíveis à tropa. Se prestam excelentemente para defesa dada a canalização do
movimento para o seu interior.
A garganta é uma passagem estreita e curta entre elevações.

e) Planícies
Forma intermediária entre as elevações e depressões, são resultantes muitas vezes do aterramento das
depressões com detritos provenientes da erosão. São vastas extensões de terreno sensivelmente planas, situadas
nas regiões mais baixas da superfície terrestre. Conforme o aspecto que apresentam e a situação em que se
encontram, recebem as seguintes denominações:
- Várzea - quando cultivadas ou a isso se prestarem;
- Charneca - quando além disso falta água e vegetação;
- Descampados - quando muito extensas;
- Brejo ou Charco - quando baixas, sujeitas às invasões das águas pluviais;
- Baixada - quando situada entre as cubas de grandes elevações e o mar; e
- Pampas - são vastas planícies, quase sem relevo, monótonas, cobertas por leivas, revestidas de prados, baixas
e desabrigadas dos ventos.
As planícies, em geral, diferem dos planaltos pela sua situação em relação ao nível do mar, pois os planaltos nada
mais são do que planícies situadas no alto das grandes cadeias de montanhas.

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2.2.3 - Classificação do Terreno

a) Quanto ao relevo
Plano - quando a diferença de nível é quase nula;
Ondulado - quando apresenta dobras não superiores a 20 metros;
Movimentado - quando apresenta elevações e depressões, próximas umas das outras, e de altura entre 20 e 50
metros;
Acidentado - quando as elevações variam entre 50 e 100 metros;
Montuoso - quando apresenta elevações entre 100 e 1000 metros; e
Montanhas - Quando as elevações são superiores a 1000 metros.

b) Quanto ao aspecto tático

I) Quanto às vistas
Coberto - quando a observação terrestre é limitada por obstáculos (matas, bosques, construções);
Descoberto - quando oferece vastos horizontes.
II) Quanto ao movimento de tropa
Livre - quando no terreno não há obstáculo ao movimento de tropa;
Cortado - quando apresenta obstáculos ao movimento, tais como valas, fossos, muros, cercas, cursos d’água.
III) Quanto aos fogos inimigos.
Desenfiado - quando não pode ser batido pelos fogos diretos do inimigo; e
Enfiado - quando está sujeito aos fogos inimigos. Diz-se, também, batido.
IV) Quanto à vegetação.
Limpo - a vegetação existente não prejudica o movimento, a observação ou a ligação visual entre as tropas
amigas; e
Sujo - quando na situação inversa.
V) Quanto à praticabilidade das operações militares.
Praticável - quando o terreno, na sua conformação geral, se presta ao desenvolvimento de uma operação
militar; e
Impraticável - quando não se presta à operação militar em vista.

2.2.5 - Compartimentação do terreno

Um compartimento é uma área enquadrada por acidentes do terreno que limitam a observação terrestre ou os
tiros das armas de trajetória tensa para o seu interior.
Ao se analisar um compartimento deve-se atentar para o seu interior, para os acidentes naturais ou artificiais que
o delimitam e para as linhas limites. Estas são linhas imaginárias traçadas ao longo dos acidentes já mencionados e
a partir das quais a observação terrestre para o interior do compartimento fica comprometida.

Os compartimentos são classificados de acordo com:


- os acidentes que os constituem;
- suas formas; e
- a direção de deslocamento da tropa.

Com relação aos acidentes que os constituem, podem ser:


- formados pelo relevo, em que as linhas limites situam-se, normalmente, ao longo das cristas militares;
- formados por vegetação ou acidentes artificiais, em que as linhas limites incluem parte de suas orlas a uma
profundidade que dependerá da densidade dos mesmos; e
- formados pela combinação dos anteriores.

Com relação à forma, os compartimentos podem ser simples ou complexos, em que um grande compartimento
contém em seu interior compartimentos menores.

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Fig 2.29 - Compartimentos formados pelo relevo, bosque e localidade, e complexo

Quanto à direção prevista para o deslocamento da tropa no seu interior, eles serão denominados longitudinais
ou corredores, quando seu eixo maior coincidir com a direção daquele movimento e transversais quando
perpendiculares ou oblíquos ao referido deslocamento.
Geralmente os compartimentos longitudinais se constituem em vias de acesso favoráveis, facilitando o ataque e
dificultando a defesa. O atacante poderá utilizar um corredor como via de acesso deslocando-se de dois modos: pelo
vale ou pela crista.
Neste tipo de compartimento, as cristas topográficas dividem a observação terrestre e os campos de tiro das
armas de trajetória tensa do defensor, dificultando ou mesmo impedindo-o de coordenar e emassar fogos, bem
como de obter apoio mútuo. As tropas posicionadas defensivamente nas encostas só dispõem de observação para
frente. Além disso, perdendo o controle das cristas, o defensor deixa de dispor de observação para o interior do
compartimento, não podendo, deste modo, coordenar os fogos para o seu interior. Por essas razões, os corredores
são desfavoráveis à defesa.

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Os compartimentos transversais são propícios à defesa e não se constituem em vias de acesso favoráveis.

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O defensor disporá de boa observação e bons campos de tiro, podendo, ainda, realizar a coordenação de fogos e
desenvolver apoio mútuo lateralmente e em profundidade. Com isto será estabelecida uma barragem de fogos
densa, contínua e profunda à frente da posição. Adicionalmente, a posição na encosta facilitará o desencadeamento
dos fogos defensivos e permitirá abrigar as reservas na contra-encosta.

A tropa atacante, por sua vez, poderá dispor, inicialmente, de observação, cobertas, abrigos e campos de tiro.
Contudo, tais condições serão perdidas à medida que o ataque se desenvolve, em virtude das vantagens de que
dispõe o defensor.

2.2.6 - Natureza do solo


O estudo da natureza do solo para fins militares visa, principalmente, determinar as possibilidades de trânsito
através campo, sob condições meteorológicas atuais ou previstas, e assume importância especial para as unidades
de blindados.
À Engenharia cabe a responsabilidade de organizar e distribuir cartas sobre as condições de resistência do solo.
Ao realizar esse estudo devem ser ressaltadas, na zona de ação, as áreas do terreno cujo solo se apresenta firme e
os trechos de pouca consistência.
O terreno arenoso, alagadiço, o brejo, constituem embaraços ao movimento da tropa, podendo, conforme as
circunstâncias, impedi-lo inteiramente. Alguns solos podem ser impraticáveis às viaturas blindadas após chuvas
prolongadas e intensas, como é o caso de certos terrenos argilosos. O solo arenoso pode ser obstáculo em tempo
seco e ter a consistência aumentada após as chuvas. A organização do terreno está também condicionada à natureza
do solo. O solo pedregoso ou extremamente duro dificulta as escavações, enquanto o solo de pouca consistência
facilita esse trabalho, exigindo, porém, trabalhos especiais para evitar o desmoronamento dos taludes.

2.2.7 - Cursos d’água


São extensões de água corrente que podem ser classificadas como:
perenes - as que correm todo o ano;
intermitentes - as que se originam de uma fonte que falha periodicamente; e a
efêmera - que depende totalmente da estação do ano.
Onde os cursos d’água tenham grande velocidade e corram sobre materiais soltos, tais como cascalho, seixos e
material mais duro, os fundos são estreitos e limpos. Quando o rio é lento, o material mais fino, como saibro e argila,
se deposita no fundo tornando-o lodoso. Se o rio corre em terreno firme, suas margens serão mais íngremes que nos
terrenos de menor consistência. A maior velocidade de um rio estará, normalmente, a meio do canal.
É bastante comum se observar lagunas costeiras formadas pelo depósito de saibro e areia na desembocadura de
um rio. Normalmente não serão estreitas o suficiente para permitir serem atravessadas por pontes ou passadeiras,
sendo comumente necessárias viaturas anfíbias e botes.
Os movimentos através de área pantanosa são restritos à tropa a pé e mesmo para estas bastante desgastante.
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Os rios largos e profundos poderão proporcionar boas condições para instalação de uma Área de Defesa

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debruçada sobre eles. Quanto mais importante o rio, mais vantagens oferecerá ao estabelecimento de uma posição
defensiva nele apoiada. Em contrapartida, no ataque, a existência de um curso d’água transversal à sua direção geral
irá com certeza causar-lhe embaraço. Em alguns exigirá um planejamento prévio para travessia, podendo chegar até
a uma operação de transposição de curso d’água, um tipo de operação terrestre com planejamento específico e
complexo. Os rios com mais de 100m de largura são obstáculos importantes.
A ocorrência de lagoas próximas às praias de desembarque, em um assalto anfíbio, irá formar corredores estreitos
que canalizarão o movimento da tropa, limitarão sua manobra e concentrarão seus meios, tornando-a um bom alvo
para a artilharia inimiga. Além de restringir, posteriormente, o estabelecimento da Área de Apoio de Praia (AApP) e
de Apoio de Serviços ao Combate (AApSvCmb). Contudo, caso seja possível o estabelecimento dessas áreas, poderá
vir a favorecer a defesa das mesmas.
Os conhecimentos necessários a seguir mencionados, deverão ser coletados ou buscados de forma a permitir a
análise do curso d’ água e estabelecer para que tipos de meios ele será obstáculo e sua influência sobre a manobra
planejada: identificação e localização; largura; natureza do leito (composição, profundidade e consistência);
velocidade da corrente; e características da margem (composição, estabilidade, altura e rampa). Os mesmos
conhecimentos serão necessários para a análise dos lagos.

2.2.8 - Vegetação
A localização, tipo, dimensões, densidade e diâmetro dos troncos constituem elementos que, analisados,
determinam seu valor militar.
a) Macegas
São formadas por arbustos e gramíneas, podendo existir árvores pequenas e esparsas. A macega é
considerada alta quando encobre o movimento de um cavaleiro e densa quando torna penosa a sua travessia. A
macega rala e baixa carece de importância militar, quer sob o ponto de vista do desenfiamento, quer da
transitabilidade.
b) Matas
São formadas por árvores copadas de médio ou pequeno porte. Considera-se mata rala desde que seja fácil
o trânsito de tropa a pé em qualquer direção.
c) Florestas
São caracterizadas pelo arvoredo copado e denso, de grande porte e formado por árvores normalmente
seculares.
d) Bosques
São formados por árvores copadas, altas e regularmente dispostas. As florestas, as matas e os bosques
podem impor características especiais à operação a ser realizada.
e) Culturas
O terreno cultivado (café, cana, arroz, etc.) pode permitir movimento com cobertura, mas embaraça a
progressão.
f) Vegetação ciliar
É aquela que normalmente borda as margens dos cursos d’água e possui uma tonalidade mais escura.

2.2.9 - Construções e instalações


a) Localidades
São designadas como localidades, quaisquer agrupamentos de edifícios destinados à habitação, comércio ou
indústria, tais como povoações, vilas, cidades e grandes fábricas. As localidades devem ser analisadas quanto à sua
localização, dimensões e tipo de construção das edificações (taipa, tijolo, alvenaria e concreto).
As cidades e os agrupamentos de casas constituem, no terreno, uma zona de difícil progressão para a tropa.
Obrigam a operação a tomar características especiais e favorecem a defesa obstinada, palmo a palmo.
Sempre que possível devem ser evitadas, desbordando-as.
b) Fortificações de campanha
Consistem nos trabalhos defensivos realizados quando um ataque inimigo for iminente ou durante a
consolidação de um objetivo conquistado, como prevenção de um contra-ataque. Busca, geralmente, aumentar o
valor defensivo de um terreno, e inclue a construção de abrigos e obstáculos, bem com os trabalhos de camuflagem.
c) Instalações diversas
Instalações não compreendidas nos itens acima e que possam ter interesse para o estudo a ser desenvolvido,
como por exemplo porto, aeroporto, usina de energia, etc.

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2.2.10 - Vias de transporte

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As estradas de ferro ou de rodagem e os próprios caminhos são elementos importantes do terreno, uma vez que
os suprimentos, de modo geral, e as evacuações de baixas são executados utilizando esses eixos.
A classe da estrada de rodagem, a bitola da estrada de ferro e a própria natureza dos caminhos, são dados
indispensáveis à estimativa da capacidade de transporte da via e são, normalmente, fornecidos por elementos de
Engenharia.

2.3 - CONDIÇÕES CLIMÁTICAS, METEOROLÓGICAS E ASPECTOS ASTRONÔMICOS


As condições climáticas e as meteorológicas exercem um efeito significativo em todos os tipos de operações
militares. Elas afetam a trafegabilidade, o controle, a eficiência do pessoal, o funcionamento do material, o apoio
aéreo, o alcance e o efeito das armas de apoio e o provimento do apoio logístico.
Os dados referentes às condições climáticas e meteorológicas são, normalmente, fornecidos pelo escalão superior
àquele que planeja. Entretanto, em casos nos quais sejam necessários outros dados além dos fornecidos, ou nos
casos em que os dados necessários tenham sido omitidos, caberá ao Oficial de Informações a solicitação desses
conhecimentos necessários ao escalão superior ou ao órgão encarregado de fornecê-las.

2.3.1 - Clima
O clima está relacionado com a variação da estação e os padrões de temperatura, precipitação, umidade do ar,
nebulosidade, ventos e pressão atmosférica. Representa o estado da atmosfera de um determinado local durante
um certo período, geralmente extenso, e normalmente caracteriza uma área geográfica. A força e direção dos ventos,
a quantidade de chuvas e as temperaturas médias que reinarão em uma certa área podem ser estabelecidos em
termos médios, com precisão regular, com base em dados estatísticos. Além dos elementos climáticos, estão
presentes também os fatores climáticos, que atuam indiretamente, modificando esses elementos: altitude,
continentalidade, correntes marítimas, latitude, massas líquidas, vegetação, etc.
Existe vários tipos de climas, cuja classificação é variável. Para o fim desta publicação são de interesse os
seguintes.
- Equatorial: quente, com temperaturas médias acima de 25º, elevada pluviosidade, não possui estação seca.
Céu freqüentemente oculto por nuvens pesadas. Caracterizado por floresta equatorial: úmida, com grande variedade
e quantidade de insetos e aves, bem como peixes e jacarés.
- Tropical: quente, com temperaturas e pluviosidade inferiores as do clima equatorial; duas estações distintas:
verões chuvosos e invernos secos. Apresenta regiões com florestas de menos densidade que a equatorial, havendo
predominância de savanas (cerrados no Brasil). Ocorre a presença de animais de grande porte.
- Semi-árido: clima misto, quente e seco, com chuvas no inverno, apesar da baixa pluviosidade. Na vegetação
predomina a caatinga, caracterizada por sua heterogeneidade: matas fechadas de moitas isoladas, com cactáceas e
arbustos de galhos tortuosos. A fauna apresenta grande variedade de insetos, pássaros carnívoros e alguns répteis.
- Subtropical: temperatura suave, podendo baixar nas áreas mais altas, onde há, também, possibilidade de
neve no inverno. Chuvas bem distribuídas durante o ano. A vegetação é bastante variada, entre espécies tropicais e
temperadas; as formações são de fácil penetração, como, por exemplo, os pinheirais do Paraná.
- Desértico: quente e seco, com baixíssima pluviosidade, ventos fortes, céu límpido. Vegetação praticamente
inexistente, podendo ocorrer oásis com espécies características e capins rasteiros nas orlas dos desertos.
- Mediterrâneo: invernos brandos e úmidos, verões quentes e secos, pluviosidade média. Bosques com
vegetação pouco compacta são predominantes.
- Temperado Oceânico: temperaturas suaves, com forte influência da proximidade do mar, chuvas bem
distribuídas durante o ano, com forte incidência. Florestas temperadas com árvores de grande porte.
- Temperado Continental: invernos rigorosos, porém secos, e verões quentes. Índices pluviométricos baixos,
mas com chuvas em todas as estações e neve no inverno. Predominam as pradarias.
- Subpolar: inverno rigoroso, com verão frio e de curta duração. Baixa pluviosidade e sob a forma de neve.
Prevalecem florestas de coníferas.
- Polar: inverno extremamente rigoroso e longo, baixa pluviosidade, ventos fortes. Na vegetação predomina a
tundra.

2.3.2 - Condições meteorológicas

a) Temperatura do Ar
Temperatura do ar é a quantidade de calor que circula livremente, medida por um termômetro protegido do
sol. Em geral será fornecida à tropa uma média dos dados coletados em anos anteriores no mesmo período da
operação.

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I) Gradiente de temperatura

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A diferença entre a temperatura do solo e a do ar originará a ocorrência de correntes de ar verticais que


terão influência direta no planejamento do uso de fumígenos e agentes químicos na área de operações (AOp). O
gradiente é a diferença entre a temperatura do ar medida à 30cm e 180cm do nível do solo. Três casos são possíveis.
A INVERSÃO ocorre quando o ar mais próximo da terra é mais frio que o ar superior. Quando ocorre a inversão, as
condições atmosféricas e, conseqüentemente, o ar mais baixo permanecem mais estáveis com ventos de pouca
velocidade, influenciando o emprego de meios na medida em que a poeira, a nebulosidade, a fumaça e agentes
químicos tendem a permanecer próximos a terra, reduzindo a visibilidade e a pureza do ar, levando também mais
tempo para se dissipar. Estas condições de inversão favorecerão o uso de fumígenos, cortinas de fumaça, agentes
químicos e bacteriológicos. Desfavorecerão, contudo, a observação, tendo em vista a redução da visibilidade. O
segundo caso é o de NEUTRALIDADE - a temperatura permanece constante - é uma situação intermediária e pouca
ou nenhuma influência tem sobre o estabelecimento de cortinas de fumaça, bem como na observação. E, por fim, a
LAPSE - a temperatura decresce com a altura – na qual ocorrem condições atmosféricas instáveis próximo ao solo,
e, ao contrário da inversão, faz com que o teto aumente (as nuvens sobem), contra-indicando o uso de fumígenos,
cortinas de fumaça, agentes químicos e bacteriológicos, favorecendo a observação.

II) Outros efeitos e considerações


A temperatura produzirá, também, efeitos sobre a eficiência do pessoal, armamento, equipamento e
materiais diversos. Além disso, grandes variações de temperatura causarão modificações na natureza do solo e até
mesmo nas normas de manutenção do material. Em relação aos bivaques na AOp propriamente dita, pode-se dizer
que, geralmente, as superfícies (vertentes) côncavas facilitam a acumulação do ar frio no sopé e as convexas
favorecem a drenagem do ar para o alto. As temperaturas baixas fazem com que os agentes químicos e
bacteriológicos tendam a se concentrar em depressões e lugares baixos e, ainda, que permaneçam no ar por mais
tempo.

b) Pressão atmosférica
É a força exercida sobre uma unidade de área pelo peso da atmosfera. Geralmente, o ar frio que é pesado e
denso ocasiona alta pressão, enquanto o ar quente que é leve e mais rarefeito causa pressões baixas. Os sistemas de
alta pressão são associados ao tempo bom e seco; os sistemas de baixa pressão, por sua vez, associam-se às
condições incertas e nebulosas. A pressão não tem influência direta ou marcante sobre as operações militares, mas
a sua medição e, particularmente, o seu acompanhamento trará indícios importantes na previsão de variações
meteorológicas bruscas.

c) Ventos
É o ar em movimento e resulta das diferenças na pressão atmosférica. É descrito pela sua direção e velocidade.
A direção do vento é a direção da qual ele está soprando (o vento vem). Um vento proveniente de sul é classificado
como um vento SUL. A velocidade é estabelecida em km/h. Em terreno irregular, o vento não se desloca com força
e direção fixa, e sim em uma sucessão de rajadas e calmarias, de velocidade e direções variáveis. Normalmente esta
turbulência é maior ao entardecer. As condições locais de pressão e vento se originam dos vales, montanhas e serra
e podem vir a modificar as características meteorológicas da AOp. Uma vez que as massas terrestres absorvem e
irradiam mais calor que as massas d’água, a terra é mais aquecida que o mar durante o dia, esfriando mais
rapidamente à noite. Em conseqüência, nas áreas costeiras, o ar quente se eleva a alturas maiores e se dirige para o
mar. Para substituir este ar que se eleva, o ar sobre o mar, mais frio, se dirige para a terra. É a brisa do mar. A noite
este movimento se inverte.
A sua velocidade afetará o estabelecimento e a manutenção do mascaramento de uma região, pela
possibilidade ou não do emprego de fumígenos, bem como o uso de agentes químicos e bacteriológicos. Em áreas
de grande ocorrência de turbulências, torna o emprego destes meios altamente perigoso, na medida em que o vento
muda de velocidade rapidamente, tornando difícil um planejamento confiável. Ventos inferiores a 5 km/h dificultam
o estabelecimento e manutenção do mascaramento com fumígenos de uma região. Ventos com velocidades
superiores a 32km/h inviabilizam o uso eficaz da fumaça. No caso de operações anfíbias, é bom lembrar que ventos
fortes vindos do mar tornam a praia extremamente perigosa, com a formação de vagalhões que podem impedir a
aproximação das embarcações de desembarque (ED), bem como o seu retraimento. Os desembarques por pára-
quedas são aceitáveis com ventos de até 24 km/h. Em velocidades maiores, o vento tende a dispersar a tropa no
aterramento, enredar o equipamento e aumentar o número de perdas resultantes de acidentes no desembarque.
Os ventos aumentarão, ainda, o tempo de permanência dos pára-quedistas no ar, aumentando também sua
vulnerabilidade e desfavorecendo o sigilo das operações. Será necessário mais tempo para recuperação do
equipamento e posterior reorganização para o prosseguimento das ações da tropa em terra.
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Quanto à direção, a regra geral é comparar o posicionamento do vento em relação ao movimento da tropa

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que empregará fumígenos. Se na mesma direção ou transversal, a utilização é possível. Se ao contrário, ou seja, em
direção oposta ao movimento da tropa, a utilização é desaconselhada.
d) Umidade
É o termo usado para descrever a quantidade de vapor d’água no ar. A quantidade de vapor d’água que o ar
contém é comparada com a que ele poderia ter a uma dada temperatura e pressão, a isto é chamado Umidade
Relativa. Quando a massa de ar tem a quantidade máxima de vapor relativa àquela temperatura, diz-se que está a
100%.
A maior influência da umidade é sobre o emprego de cortinas de fumaça. Ao empregá-la em uma situação em
que a umidade esteja a 90% o efeito de obscurecimento será duas vezes maior do que a 40%, por exemplo. Ela
também afeta o desempenho do pessoal, a eficiência e conservação de certos itens de material.
e) Nebulosidade
As nuvens são massas de umidade condensada e suspensa no ar em forma de diminutas gotas d’água. As
quantidades de nuvens são apreciadas em torno da fração de céu que elas cobrem. São usados os seguintes termos.
O céu sem nuvens ou com somente 10% encoberto é chamado de Céu Claro. De 10 a 50% chamamos de Céu
Espalhado; de 50 a 90% de Céu Interrompido. E o Céu Carregado é aquele que está coberto acima de 90%.
O nevoeiro é definido como a massa de gotículas d’água suspensa na atmosfera próxima a superfície da terra
e que reduz a visibilidade horizontal. É formado pela condensação do vapor d’água em abundância, a alta umidade
relativa e vento ligeiro de superfície. Um vento ligeiro tende a adensar o nevoeiro. Aumentando o vento, o nevoeiro
subirá e se dissipará. Quanto mais próximo ao mar maior é a incidência de nevoeiros, devido à existência de mais
vapor d’água em suspensão. A maior freqüência de nevoeiros ocorre, normalmente, nas épocas mais frias da AOp e
em regiões baixas ou próximas a grandes serras.
A nebulosidade diurna reduz a quantidade de calor recebido pelo sol, afetando a secagem das estradas e a
transitabilidade através campo. Ela afetará, principalmente, as operações aéreas, limitando a observação vertical e
os reconhecimentos aéreos. Em áreas nubladas, ou com o teto muito baixo, o apoio aéreo aproximado será
grandemente dificultado, ficando restrito às aeronaves equipadas com instrumentos adequados de navegação. A
defesa antiaérea, neste caso, também ficará prejudicada. Os nevoeiros serão importantes na análise de cobertas e
abrigos, já que poderão encobrir os movimentos de uma tropa.
Permitirá, dependendo da densidade e duração, uma série de ações táticas preparatórias para o ataque, tais
como o lançamento de patrulhas para levantamento do dispositivo inimigo que se encontra mais próximo,
desdobramento sobre a Linha de Partida (LP), infiltração de pequenos efetivos entre as linhas inimigas, etc.
f) Precipitação
É a queda sobre a superfície terrestre da água condensada na atmosfera. Quando as gotas em suspensão se
tornam muito pesadas, ocorre a chuva; quando atingem o ponto de congelamento, se precipitam sob a forma de
granizo ou neve. É classificada quanto à intensidade como: Muito Ligeira, que mal chega a molhar a superfície
exposta, a Ligeira, a Moderada e a Pesada.
Os efeitos nas operações militares recaem, em primeiro lugar, sobre o pessoal, principalmente quando ocorrer
por períodos muito longos, podendo afetar o desempenho da tropa, causando-lhe doenças, cansaço e depressão
mental. Afeta, também, o desempenho do material, a eficiência do armamento e das munições. O aspecto tático
influenciado pelas precipitações é o da observação. Na chuva considerada muito ligeira, pouco ou nenhuma
influência ocorre sobre a observação; na ligeira a visibilidade cai para 1km; na moderada para 500m; e na pesada a
visibilidade fica muito prejudicada, com a observação restrita a menos de 500m. É claro que as precipitações na AOp
afetarão grandemente a transitabilidade, devendo os estudos levar em conta a estação da época da operação, já que
em certas áreas ocorrem mudanças drásticas de uma estação para outra. O planejamento logístico poderá ser
grandemente afetado, uma vez que estradas de revestimento solto poderão se tornar intransitáveis para viaturas
pesadas. Medidas de segurança aproximada, como Postos de Escuta, ficam dificultadas devido ao abafamento do
som. A precipitação, quanto mais intensa for, tenderá a neutralizar a eficácia de agentes químicos bacteriológicos,
seja pela dificuldade de propagação seja pela própria diluição na água. Exerce influência, ainda, sobre as
comunicações, reduzindo o nível do sinal.
2.3.3 - Aspecto astronômicos
a) Crepúsculos
É o período de iluminação indireta, por difusão, antes do nascer e após o por do sol. Diariamente, ocorrem
dois crepúsculos: pela manhã o Crepúsculo Matutino (CM) e à tarde o Crepúsculo Vespertino (CV). Os crepúsculos,
matutino e vespertino, são divididos em três categorias, de acordo com a posição do sol em relação à linha do
horizonte: o astronômico (de 0º a 6º), o Náutico (6ºa 12º) e o Civil (de 12º a 18º). O período do crepúsculo

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astronômico proporciona pouca ou nenhuma luz, ou seja, não apresenta luminosidade que influencie as operações

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militares. O período do crepúsculo náutico proporciona iluminação suficiente para movimentos, tanto assim que
permite considerar, para os deslocamentos de tropa, os mesmos dados de planejamento previstos para os
movimentos diurnos. Para se ter uma idéia, somados os períodos matutinos e vespertinos, em geral se dispõe de
mais uma hora de luz para movimentos. Ainda quanto ao náutico, deve-se considerar que a visibilidade ficará
reduzida a não mais de 400m. Portanto, atividades que necessitem observação a distâncias maiores não poderão ser
executadas sem auxílio de meios optrônicos. Além disso, o momento dos crepúsculos fornece, também, um dado
bem definido para fins de coordenação, evitando, por conseguinte, expressões vagas como: clarear do dia, nascer
do sol, alvorecer, entardecer, início da noite. Já o civil proporciona luz suficiente para que quaisquer atividades
militares diurnas sejam executadas, ou seja, o “dia militar” começa antes do sol nascer. Assinala, ainda, o fim e o
início da iluminação natural sobre os alvos terrestres, permitindo a observação de artilharia, bombardeios aéreos e
os reconhecimentos de qualquer tipo com um mínimo de precisão (Fig 2.32).

b) Luminosidade lunar
I) Luminosidade
Durante o planejamento de uma operação militar, no estabelecimento ou análise do “quando” ela deverá
ser ou não desencadeada, o comandante, junto com o estado-maior, deverá considerar os dados referentes aos
crepúsculos, o nascer e o por da Lua, bem como juntar a isso as análises das condições climáticas e meteorológicas
que modificam as condições de visibilidade local.
Desta maneira, pode-se escolher a hora de luminosidade mais apropriada para as operações planejadas,
balanceando as vantagens que se terá em coordenação e controle decorrente da visibilidade favorável com as
proporcionadas pelo sigilo e surpresa da visibilidade reduzida.
II) Luar
É a luminosidade refletida pela lua ao ser iluminada pelo sol. Esta luminosidade só é percebida a noite e varia
com as fases da lua. As fases da lua são, pela ordem: CHEIA - QUARTO MINGUANTE - NOVA - QUARTO CRESCENTE.
A luminosidade na fase da lua cheia é máxima, decrescendo até zero na lua nova. Nos quartos crescente e minguante,
a luminosidade é de 1/3 (um terço) da máxima. A lunação completa se dá em 29 dias, 12 horas e 44 minutos. Mas,
como dado prático em campanha, utiliza-se 28 dias, o que corresponde a 7 dias para cada fase.
Período de luar é aquele de aproximadamente 12 horas em que a lua reflete a luz do sol para a terra. O início
e o término deste período variarão de acordo com a fase. Vai desde o aparecimento até o desaparecimento da lua.
Na lua cheia o período é, em termos práticos, de 1800 até às 0600h do dia seguinte. No quarto minguante de 0000
às 1200h. Na lua nova de 0600 às 1800h. E no quarto crescente de 1200 às 2400h. Ocorre que isto não é válido para
os 7 (sete) dias em que dura a fase. Isto ocorre somente no dia da mudança de fase.
Exemplificando, a partir da lua cheia, dia a dia, a lua vai reduzindo sua luminosidade, até que some
totalmente; nesta noite, exatamente, será o dia da lua nova. A partir deste dia ela ganha tamanho até ficar completa;
nesta noite será o dia da lua cheia. E para se determinar o período de luar em determinado dia que não seja
exatamente o da mudança da fase, leva-se em conta o seguinte: as fases da lua são de sete dias, o dia da mudança
de fase é exatamente o do meio, ou seja o quarto dia. Fica-se, então, com três dias antes e três dias depois, para
completar a fase. Passados estes três dias posteriores, entra-se na próxima fase. E assim vai. A cada dia posterior se
soma uma hora, e a cada anterior se diminui uma hora. Por exemplo: hoje é o dia do quarto crescente. Quando a lua
se pôs ontem? No quarto crescente, a lua se põe às 2400h, diminuindo uma hora em relação ao dia anterior; logo, a
lua se pôs ontem às 2300h. Outro exemplo: depois de amanhã será lua cheia. Quando a lua nasce hoje? Depois de
amanhã a lua nascerá às 1800h, diminuindo uma hora para cada dia; conclui-se que a lua nascerá hoje às 1600h.
Relembra-se que o período de luar continua o mesmo, 12 horas.
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A determinação do início e término com maior precisão, tanto dos crepúsculos como dos períodos de luar,
podem ser obtidos nos almanaques astronômicos. Na MB, utiliza-se uma publicação da Diretoria de Hidrografia e
Navegação chamada Almanaque Náutico, que contém todos os dados necessários a estes cálculos de forma precisa.
A forma prática apresentada neste manual atende às necessidades em campanha.
III) Definições pertinentes
- Duração da Noite: período compreendido entre o Fim do Crepúsculo Vespertino Náutico (FCVN) e o Início
do Crepúsculo Matutino Náutico (ICMN).
- Período de Luz: período entre o ICMN e o FCVN.
- Período de Visibilidade sem Restrições: período entre o Início do Crepúsculo Matutino Civil (ICMC) e o Fim
do Crepúsculo Vespertino Civil (FCVC).
- Noite com Luar: período entre o FCVN e o ICMN em que há luar.
- Visibilidade Nula: período entre o FCVN e o ICMN no qual não há luar.
IV) Efeitos e outras considerações
A visibilidade diurna irá favorecer a observação afastada e aproximada, conseqüentemente favorecerá as
ações de reconhecimento, condução dos fogos, controle dos movimentos das tropas, o apoio aéreo e todos os
trabalhos de organização do terreno. Noites com luar favorecem a observação e o controle aproximado de efetivos
até o escalão pelotão. Se reduzida, em ambos os casos, irá favorecer o sigilo das operações.
2.4 - INFLUÊNCIA DO TERRENO E DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS E METEOROLÓGICAS NAS OPERAÇÕES MILITARES
Nas operações militares essa influência é levantada por meio de um estudo específico. A finalidade desse estudo
é analisar a provável AOp, visando a determinar a influência que a mesma venha a exercer sobre as ações das tropas
amigas e também das inimigas. Essa análise, para ser objetiva, deve ser condicionada por dois fatores: a missão e o
escalão, os quais definirão o grau de detalhamento do estudo.
É evidente que o estudo do terreno com vistas a um ataque, há de ser orientado na determinação de objetivos,
direção geral do ataque (se for o caso), etc. o que não se verificaria se a missão fosse defensiva, quando outros
elementos seriam focalizados. Por outro lado, o escalão condiciona, não só a extensão do terreno a estudar, como
também as minúcias a que se deve atingir nesse estudo. É óbvio que um comandante de batalhão de infantaria não
analisa um trecho do terreno igual ao de um comandante de brigada, da mesma forma que este não se deterá em
estudos dos pormenores que aquele deverá abordar.
As características do terreno onde se realizam as operações militares, como já se viu, podem exercer influência
capital no curso dessas operações.
O estudo e a conveniente utilização do terreno também reduzem a desvantagem de conhecimentos incompletos
sobre o inimigo. As características mais importantes que se devem considerar no estudo do terreno abrangem não
somente os seus acidentes naturais, mas também os elementos artificiais.
Além dessas características, convém sempre lembrar, não se poderá abandonar o estudo das condições climáticas
e meteorológicas, que podem, inclusive, modificá-las, temporariamente ou não.
Assim, o estudo do terreno deve incidir sobre os seus acidentes naturais e artificiais, associados às condições
meteorológicas e climáticas, para se deduzir a influência que possam exercer sobre a operação em tela.
Essa influência deverá ser estudada sob dois aspectos:
- influência sobre as operações do inimigo (possibilidades do inimigo); e
- influência sobre as próprias operações.
O estudo tático do terreno, evidentemente, só pode ser feito dentro de uma situação tática; em outras palavras,
o estudo tático do terreno é objetivo e tem em vista o cumprimento de uma determinada missão.
Entretanto, é possível determinar-se a influência dos acidentes naturais e artificiais sobre o valor militar absoluto
do terreno. Nestas condições, convém analisar os acidentes naturais e artificiais que, mais de perto, possam
interessar ao futuro estudo.
O simples levantamento das condições climáticas e meteorológicas de uma região, visando à execução de uma
operação, não proporciona nenhum dado que possibilite o assessoramento necessário ao comandante. Deve ser
perfeitamente compreendido que o que realmente interessa ao processo de planejamento são as conclusões
resultantes da interação desses dados com o terreno e com a situação das forças que se confrontam.

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O item de maior importância do ESTUDO TÁTICO DO TERRENO E DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS, METEOROLÓGICAS

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E HIDROGRÁFICAS é o último deles - INFLUÊNCIAS SOBRE AS OPERAÇÕES - que abrange as conclusões deduzidas a
partir dos aspectos analisados durante o estudo.
Tendo sempre em mente o enfoque acima apresentado, sintetiza-se a seguir algumas conclusões que se pode
obter nesse estudo.
2.4.1 - Trafegabilidade
Elementos que influenciam: temperatura e precipitações (neve, chuva, etc.).

2.4.2 - Visibilidade Elementos que influenciam: luar, crepúsculos, nebulosidade, precipitações.


Deverão ser sempre buscadas conclusões sobre as condições de visibilidade durante o dia e durante a noite.

2.4.3 - Desempenho operacional do pessoal e material


Elementos que influenciam: temperatura e precipitações

2.4.4 - Emprego de fumígenos


Elementos que influenciam: vento e temperatura

2.4.5 - Lançamento de pára-quedistas


Elemento que influencia: vento

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CAPÍTULO 4

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OPERAÇÕES ANFÍBIAS
4.1 - GENERALIDADES
O desenvolvimento da doutrina, das táticas, das técnicas e dos meios empregados nas operações anfíbias
(OpAnf) iniciou-se há quase 3000 anos, quando os gregos desembarcaram em praias próximas à cidade de Tróia, para
conquistá-la. Desde então, a História registrou muitas outras operações similares. As mais conhecidas ocorreram
durante a 2a Guerra Mundial, como o desembarque na NORMANDIA, que levou os aliados à abertura de uma segunda
frente na Europa, ou o assalto a IWO JIMA, com o propósito de negar o seu uso pelo inimigo e prover uma base aérea
avançada para os ataques ao Japão. Mais recentemente, ocorreu o desembarque britânico nas ILHAS
FALKLANDS/MALVINAS e o assalto à ILHA DE GRANADA pelos norte-americanos.
As OpAnf exigem, para o seu planejamento e execução, um alto nível de preparo técnico-profissional do
pessoal envolvido com a mais complexa das operações militares.
A OpAnf refere-se, normalmente, a um ataque lançado do mar por uma Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf),
sobre litoral hostil ou potencialmente hostil.
A publicação CGCFN-1-1 - Manual de Operações da Força de Desembarque aborda o assunto tratado neste
capítulo com maior profundidade.

4.2-MODALIDADES DE OPERAÇÕES ANFÍBIAS


4.2.1 - Assalto Anfíbio (AssAnf)
Ataque lançado do mar por uma ForTarAnf, para, mediante um desembarque, estabelecer firmemente uma
Força de Desembarque (ForDbq) em terra.

4.2.2 - Incursão Anfíbia (IncAnf)


Operação envolvendo uma rápida penetração ou a ocupação temporária de um objetivo em terra, seguida de
uma retirada planejada.

4.2.3 - Demonstração Anfíbia


Ação diversionária compreendendo a aproximação do território inimigo por forças navais, inclusive com meios
que caracterizam um AssAnf, sem o efetivo desembarque de tropas.

4.2.4 - Retirada Anfíbia


Consiste na evacuação ordenada e coordenada de forças de um litoral hostil.

4.3 - PROPÓSITOS DAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS


4.3.1 - AssAnf
- conquistar área para o posterior lançamento de ofensiva terrestre;
- conquistar área para o estabelecimento de base avançada; e
- negar ao inimigo o uso de áreas ou instalações.

4.3.2 - IncAnf
- destruir ou danificar certos objetivos;
- criar uma diversão;
- obter informações; e
- capturar, evacuar, ou resgatar pessoal e/ou material.

4.3.3 - Demonstração Anfíbia


- confundir o inimigo quanto ao local da operação principal ou induzi-lo a empreender ações que lhes sejam
desfavoráveis.

4.3.4 - Retirada Anfíbia


- permitir que uma força desengaje de inimigo de poder de combate superior; e
- permitir o emprego de uma força em outra região.

4.4 - FASES DAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS


As fases aqui relacionadas se referem ao AssAnf. Entretanto, os conceitos e princípios são aplicáveis, também,
às outras modalidades de OpAnf.
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4.4.1 - Planejamento

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Corresponde ao período decorrido desde a expedição da Diretiva Inicial (DI) para uma OpAnf até o embarque
dos meios. Embora o planejamento da operação não cesse efetivamente ao término dessa fase, é conveniente
distinguí-la, devido às diferenças que ocorrerão nas relações de comando.

4.4.2 - Embarque
Compreende o período durante o qual as forças com seus meios são embarcados nos navios previamente
designavos. Esta fase estará terminada com a partida dos navios.

4.4.3 - Ensaio
É o período durante o qual a operação em perspectiva é ensaiada. O Ensaio, normalmente, ocorre durante a
Travessia.
O Ensaio é realizado para testar a adequação do plano, proporcionando a familiarização com o mesmo. Nele
é feita a tomada de tempo dos eventos de forma a confirmar o quadro-horário elaborado para a operação. Serão
testadas, ainda, a prontificação do pessoal e as comunicações.
Antes do Ensaio, assim como antes do desembarque, deverão ser ministrados “briefings” sobre a operação e
disseminadas as medidas de segurança destinadas a preservar o sigilo da operação.

4.4.4 - Travessia
A Travessia envolve o movimento de uma ForTarAnf desde os pontos de embarque até os postos ou áreas
previstos no interior da Área de Desembarque (ADbq). Deverão ser realizados nesta fase exercícios de guarnecimento
de Postos de Abandono para a tropa, instrução sobre controle de avarias e utilização de equipamentos de respiração,
com auxílio do pessoal do navio.
O tempo disponível nessa fase deverá ser utilizado para disseminar as alterações no planejamento, divulgação
de informações e instruções, bem como a realização dos adestramentos possíveis, conforme necessário.
É importante a realização de treinamento físico militar, exercícios de tiro e de embarque em viaturas anfíbias
e aeronaves, oportunidade na qual poderão ser prontificados os manifestos de embarque. A execução da verificação
diária de pessoal faz-se necessária, para constatar a presença física e o estado de saúde física e mental de todos os
elementos.

4.4.5 - Assalto
Corresponde ao período entre a chegada do Corpo Principal da ForTarAnf à ADbq e o término da OpAnf,
compreendendo o Movimento Navio-para-Terra (MNT) e as ações em terra. É nela que a ForDbq é projetada em terra
para cumprir suas tarefas, de acordo com um Conceito de Operação.
Compreende as seguintes etapas:
1. - preparação final da ADbq;
2. - MNT por superfície e/ou por helicópteros;
3. - desembarque dos elementos de assalto da ForDbq;
4. - ações em terra para a conquista da CP;
5. - desembarque de outros elementos da ForDbq, geralmente de apoio ao combate (ApCmb) e de apoio de
serviços ao combate (ApSvCmb), para a execução de tarefas que possibilitem o prosseguimento das ações
em terra; e
6. - provisão do apoio de fogo naval e aéreo e do apoio logístico.

4.5 - MNT POR SUPERFÍCIE E POR HELICÓPTEROS


É a etapa que compreende o movimento ordenado de tropas, equipamentos e suprimentos dos navios de
assalto para as praias e/ou zonas de desembarque,selecionadas na ADbq, a fim de garantir o desembarque nos
momentos e locais previstos e no dispositivo adequado, atendendo à idéia de manobra em terra.
Pode ser por superfície, empregando embarcações de desembarque (ED) e navios dedesembarque (ND), e
viaturas anfíbias (VtrAnf), por helicópteros ou por uma combinação de ambos.

4.5.1 - Períodos
Para facilitar o controle, o MNT é dividido em dois períodos: Descarga Inicial e Descarga Geral.
a) Descarga inicial
É, principalmente, de caráter tático. Inclui o desembarque das unidades de assalto e dos equipamentos e
suprimentos essenciais à conquista dos objetivos iniciais da ForDbq.

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b) Descarga geral

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É, principalmente, de caráter logístico. Só começa quando a descarga seletiva não é mais necessária e tem por
propósito descarregar, no menor tempo possível, um grande volume de equipamentos e suprimentos.

4.5.2 - Organização
As unidades que integram a organização por tarefas da ForDbq são organizadas para o MNT por superfície em
vagas de ED e VtrAnf, contendo tropas e equipamentos que devam desembarcar simultaneamente. O pessoal e os
equipamentos conduzidos em cada ED ou VtrAnf de determinada vaga constituem uma Equipe de Embarcação
(EE).
Para o MNT por helicópteros, estas unidades se organizam em vagas de helicópteros, contendo pessoal e
equipamentos que são desembarcados aproximadamente ao mesmo tempo. O pessoal e equipamentos conduzidos
em cada He constituem uma heliequipe.

4.5.3 - Números-Série
Série é um número representando tropas, seus equipamentos e suprimentos iniciais de combate embarcados
em um mesmo navio, que desembarcam aproximadamente ao mesmo tempo e na mesma praia ou zona de
desembarque.
Os números-série são empregados como um meio conveniente para identificar elementos da ForDbq e facilitar
sem controle durante o MNT. Todas as unidades da ForDbq, inclusive alguns componentes navais a serem
desembarcados com ela, recebem números-série.

4.5.4 - Categorias de desembarque


No planejamento do MNT, os elementos da ForDbq (tropas, equipamentos e suprimentos) são organizados
em cinco categorias de desembarque. O propósito desta classificação é indicar a prioridade relativa para o
desembarque e facilitar o controle do MNT.

a) Vagas Programadas
Consistem de ED, VtrAnf ou He nos quais são embarcados os elementos de assalto da ForDbq e cuja hora, local
e formação foram previamente determinados e especificados.
Compreendem as primeiras unidades a desembarcar na praia ou zona de desembarque. São compostas,
predominantemente, pelos elementos dos Grupamentos de Desembarque de Batalhão (GDB) de assalto, mas podem
conter outros tipos de unidades. As vagas programadas recebem números-série.

b) Vagas a Pedido
Consistem dos elementos da ForDbq, com seus suprimentos iniciais de combate, cuja necessidade em terra
está prevista para os movimentos iniciais, mas cuja hora e local de desembarque não podem ser exatamente
determinados, não sendo portanto especificados.
São compostas, normalmente, pela reserva do Componente de Combate Terrestre (CCT) da ForDbq, artilharia
em apoio direto, engenharia, carros de combate e Equipes do Destacamento de Praia (EqDP). Como a categoria
anterior, também recebem números-série.

c) Unidades Não Programadas


Consistem dos elementos restantes da ForDbq, com seus suprimentos iniciais de combate, os quais estão
previstos para serem desembarcados antes da Descarga Geral.
São compostas, normalmente, do grosso dos elementos de ApCmb e de ApSvCmb, que não foram incluídos
em vagas programadas ou a pedido. Também recebem números-série.

d) Suprimentos Emergenciais
Compreendem os suprimentos planejados pela ForDbq para fazer face às necessidades adicionais de itens
críticos de suprimentos nos momentos iniciais do assalto. Devem estar disponíveis para entrega imediata às unidades
em terra e se subdividem em Depósitos Flutuantes e Suprimentos Helitransportados.
Muito embora os Depósitos Flutuantes não recebam número-série, os Suprimentos Helitransportados o
receberão para facilitar o controle.

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e) Suprimentos Remanescentes

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Consiste dos suprimentos de assalto e equipamentos que não foram incluídos nas cargas prescritas individuais
de cada combatente, nos depósitos flutuantes nem nos suprimentos helitransportados. Não recebem número-série.

f) Embarcações Livres
Não constituem uma categoria de desembarque. Entretanto, são usadas no transporte para a praia de
elementos de comando e controle. Recebem númerosérie.

g) Helicópteros Livres
São designados para as unidades helitransportadas com os mesmos propósitos determinados para as
embarcações-livres. Recebem número-série.

4.6 - DESEMBARQUE DOS ELEMENTOS DE ASSALTO


4.6.1 - Tarefas iniciais dos elementos de assalto
Quando as unidades de tropa desembarcam, desfaz-se a organização em Equipes de Embarcação ou
Heliequipes, adotando-se a organização tática - PelFuzNav (Ref), CiaFuzNav (Ref), BtlInfFuzNav (Ref).
As tarefas iniciais dos comandantes de todos os escalões de tropa, apesar das dificuldades iniciais de controle,
devem ser as de reorganizar sua tropa e conquistar, no mínimo, o terreno necessário para o desembarque dos apoios
e reserva que lhes são pertinentes.

4.6.2 - Conquista dos objetivos iniciais


O inimigo encontrado nas praias ou zonas de desembarque deve ser destruído para permitir o prosseguimento
do assalto até os objetivos iniciais e possibilitar a conquista de terreno com comandamento sobre locais de
desembarque, e, assim, proporcionar condições favoráveis ao desembarque dos elementos de apoio e das reservas.

4.6.3 - Prosseguimento das ações


Após a consolidação dos objetivos iniciais, os comandantes, em todos os escalões, retomam o controle de suas
tropas, reorganizam-nas e prosseguem em suas ações para o interior.

4.7 - AÇÕES EM TERRA


As operações posteriores ao desembarque são conduzidas para a conquista da Cabeça-de-Praia (CP) com
suficientes espaço e segurança para garantir o desembarque contínuo de tropas e prover espaço para a manobra dos
elementos que conduzirão as operações subseqüentes ao assalto anfíbio, caso sejam previstas.
Durante essa etapa, as reservas dos elementos de assalto desembarcam em vagas programadas, enquanto as
do CCT são mantidas de prontidão, em vagas a pedido ou em unidades não programadas.

4.10 - GRUPO DE COMBATE E ESQUADRA DE TIRO NA FASE DO ASSALTO


Esta fase apresenta, basicamente, três atividades distintas:
- transbordo das tropas dos navios para as ED e/ou VtrAnf;
- MNT, por VtrAnf, ED, ND e helicópteros (He); e
- assalto propriamente dito, que é o desembarque das tropas com seus equipamentos nas Praias (PDbq)
ou Zonas de Desembarque (ZDbq).
Como já mencionado, para o desembarque, a tropa é organizada em EE. Os GC e ET, normalmente, integrarão
uma única EE.
No assalto às PDbq ou ZDbq, o GC e as ET devem estar preparados para atuarem independentemente, até que
o controle das ações destas frações possa ser centralizado pelo CmtPel. O CmtGC deve orientar suas ET sobre as tarefas
a realizar, sempre que possível, usando um modelo do terreno, de forma a lhe permitir detalhar com precisão as ações
iniciais a empreender.
Estas ações devem ser rápidas e agressivas. Algumas posições junto à praia ou local de desembarque de uma
ZDbq podem não ser conquistadas de imediato devido à resistência apresentada; neste caso, o GC deve fixar a posição
inimiga e comunicar ao CmtPel.
Após o desembarque desfaz-se a organização por EE, retornando a tropa à sua organização tática para o
combate terrestre.
A capacidade de liderança dos comandantes de GC e ET será de vital importância nos momentos iniciais do
assalto, uma vez que neste período os meios de comando e controle não conseguem atuar com a necessária eficiência.

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4.10.1 - Equipe de Embarcação de Desembarque

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É assim chamada a tropa, os equipamentos e suprimentos designados para embarcar numa mesma ED para o
MNT, por superfície, numa OpAnf.
Quando da composição das EE, deve-se ter em mente a necessidade de manutenção da integridade tática dos
GC, possibilitando suas ações como um sistema básico de combate logo após o desembarque.

a) Organização
A EE para uma ED é organizada da seguinte forma:
1. - comandante da equipe;
2. - auxiliar do comandante da equipe;
3. - até oito (08) carregadores;
4. - quatro (04) serventes de rede;
5. - carregador da raquete; e
6. - restante do pessoal a ser embarcado na ED, demais equipamentos e suprimentos.
b) Comandante da EE
É o FN mais antigo que dela faz parte. É o responsável pelo (a):
1. - designação do auxiliar da EE, serventes de rede, carregadores e o raquete;
2. - adestramento preliminar da EE;
3. - preparação e inspeção de sua equipe antes do transbordo;
4. - supervisão do deslocamento da EE do ponto de reunião para a estação de transbordo ou VtrAnf
designada;
5. - amarração e descida do equipamento de sua equipe para a ED;
6. - transbordo de sua equipe para a ED;
7. - disciplina na ED; e
8. - desembarque de sua equipe na praia.
c) Auxiliar
É normalmente o que se segue em antigüidade ao comandante da EE. Substituto eventual do Cmt, auxilia-o no
cumprimento de suas tarefas.
d) Carregadores
Oito integrantes da EE são designados como carregadores. Eles descem, guiam e arrumam no interior da ED
todo o equipamento que não puder descer com o pessoal pela rede. Quatro deles são designados para permanecer
no convés do navio e descer os equipamentos e suprimentos, por meio dos cabos de arriar, para a ED. Os outros quatro
carregadores vão para a ED e de lá guiam a descida dos equipamentos junto ao costado do navio, em ambos os lados
da rede, por meio de cabos guia, e os arrumam no interior da ED.
e) Serventes de rede
Normalmente, quatro fuzileiros são designados como serventes de rede, porém serventes adicionais podem ser
designados, dependendo das condições do mar na ADbq. Os serventes são os primeiros a executar o transbordo e, ao
chegar na ED, substituem os integrantes da guarnição da ED na faina de tesar a rede de transbordo.
f) Carregador da Raquete
É o elemento designado para transportar a raquete com o número de identificação da EE. Deve posicionar-se,
com a mesma, na proa, a BE da embarcação, mantendo a raquete visível por sobre a borda da ED. Por ocasião da
abicagem, carrega a raquete para terra e a finca na praia acima da linha de preamar.

4.10.7 - Equipe de Embarcação de VtrAnf


a) Composição
- comandante da equipe;
- auxiliar do comandante da equipe; e
- demais componentes da EE e seus equipamentos.
b) Carregamento do material
Os equipamentos e outros materiais da EE devem ser pré-carregados e convenientemente estivados a bordo
das VtrAnf.
c) Deslocamento do ponto de reunião para a VtrAnf
Quando a EE recebe ordem de embarcar em uma VtrAnf, cada comandante de EE conduz sua equipe desde o
ponto de reunião até sua viatura, em coluna, na ordem inversa do desembarque.
O auxiliar é o último elemento a sair do ponto de reunião e deve certificar-se de que todos os componentes e
equipamentos da equipe chegaram à estação de embarque.

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d) Procedimento a bordo da VtrAnf

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Ao entrar na viatura, o comandante da EE verifica se o pessoal e os equipamentos estão ocupando seus devidos
lugares. A seguir, pede ao comandante da viatura para ser alertado quando esta cruzar a linha de partida e também
quando estiver a 100m da praia. Em seguida, informa quando toda a sua equipe estiver embarcada e pronta.
e) Desembarque da VtrAnf
No momento em que as VtrAnf são lançadas ao mar, todos os componentes da EE devem firmar-se em seus
lugares por causa do choque da viatura com a água. Depois do lançamento, o pessoal da EE pode permanecer
relativamente à vontade, até que a VtrAnf atinja a linha de partida, o que será informado pelo comandante da EE.
Quando as VtrAnf estão a 100m da praia, o comandante da EE alerta a equipe e ordena que as armas sejam
alimentadas e travadas.
f) Desembarque
A menos que haja ordem em contrário, as VtrAnf, ao chegarem em terra, avançam para o interior até a primeira
coberta disponível e então arriam as rampas. A tropa desembarca, mediante ordem, dispersando-se e avançando pelo
menos 30m à frente das viaturas. Os GC devem desembarcar a uma, mantendo a integridade tática dessa fração. Os
coletes salva-vidas poderão ser retirados e deixados dentro da viatura logo após esta ter abicado.
g) Procedimento em caso de emergência
Caso um CLAnf comece a submergir, os componentes da equipe deverão sair da mesma de um dos seguintes
modos:
- se o tempo permitir, um dos elementos da guarnição da viatura abrirá as tampas da escotilha de carga
existentes na parte superior do compartimento da tropa. O pessoal, depois de aliviar os equipamentos, sairá por esta
passagem. O salvavidas só deverá ser inflado quando do lado de fora da viatura.
- caso não haja mais tempo para abrir as tampas da escotilha de carga, ou seja, a viatura já tiver afundado, a
equipe permanecerá dentro da viatura até que a mesma seja alagada o suficiente para igualar a pressão e permitir a
abertura da escotilha de pessoal existente na rampa à retaguarda. Os componentes da equipe retirarão o equipamento
e permanecerão calmos, respirando no bolsão de ar preso na viatura (Fig. 4.7 – Viatura afundada com a tropa), até
que a escotilha de pessoal possa ser aberta. A tropa, então, nada através da passagem aberta até a superfície. Neste
caso, não deve ser tentado abrir as tampas da escotilha de carga, pois o ar retido na viatura irá escapar.
Os salva-vidas só podem ser inflados quando do lado de fora da viatura.

4.10.8 - Heliequipe
Para o desembarque por helicópteros, a tropa é organizada em heliequipes.
a) Composição
Cada heliequipe é composta por:
- comandante;
- auxiliar;
- carregador; e
- demais componentes.

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b) Procedimentos para embarque nas aeronaves

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Inicialmente, as heliequipes são concentradas em pontos de reunião onde é conduzida a inspeção final do
pessoal e do material a ser embarcado, bem como a orientação para o vôo, na qual estão incluídas as medidas de
segurança e os procedimentos em caso de emergência.
É responsabilidade do comandante da heliequipe assegurar-se que sua equipe está pronta para embarcar
quando chamada.
Quando determinado pelo oficial controlador do embarque, a heliequipe deslocase para a estação de
embarque, nas proximidades do He, onde, ao sinal do piloto, a heliequipe desloca-se em direção a aeronave num
ângulo de 45º em relação à sua proa, de forma a ser permanente vista pelos pilotos. Aproximadamente a seis passos
da porta ou rampa de acesso, a direção muda para 90º. O comandante desloca-se à frente e, ao atingir a porta da
aeronave, abaixa-se e confere a seqüência de embarque, embarcando por último.
Os integrantes da heliequipe embarcam carregando seus fuzis na mão esquerda.
Quando chegam à porta do aparelho, seguram no apoio existente e embarcam galgando os degraus
montados abaixo da porta. No caso de rampa de acesso, os combatentes embarcam com fuzis cruzados.

Depois de sentado na posição designada, cada integrante da heliequipe coloca seu fuzil entre os joelhos,
coloca e a justa o seu cinto de segurança e quando pronto levanta sua mão direita, indicando estar em condições de
iniciar o vôo.
Os equipamentos e suprimentos são dispostos, normalmente, sob os assentos ou nos lugares determinados.
Quando o comandante da heliequipe certificar-se que todos estão prontos, dará ciência disso ao
comandante da aeronave por meio de um sinal previamente convencionado.
c) Vôo e desembarque
Durante o vôo até a ZDbq, a tropa permanece sentada com seus cintos de segurança ajustados.
Ao se aproximar da ZDbq, a aeronave receberá informações da Equipe Inicial de Orientação Final (EIOF -
sobre a situação naquele local. Estas informações serão, na medida do possível, repassadas ao comandante da
heliequipe, que, por sua vez, as disseminará à equipe por meio de sinais e gestos, também previamente
convencionados. Por ocasião do pouso, o piloto confirmará a ZDbq (principal ou alternativa) e indicará a direção Norte,
orientações indispensáveis.
Caso possível, indicará a posição do pouso em relação a um ponto conhecido e facilmente identificável.
Alguns helicópteros são equipados com sistema de altofalantes no compartimento destinado à tropa. Neste caso as
informações são divulgadas simultaneamente a todos os integrantes da heliequipe.
Enquanto estiver sobre água, a tropa deverá manter os coletes salva-vidas vestidos, sem contudo inflá-los.
Quando eles não forem mais necessários, o piloto informará esta situação a fim de que os mesmos sejam guardados
em suas bolsas de transporte.
Após o pouso, o piloto dará o sinal para o desembarque. O comandante da heliequipe tirará seu cinto de
segurança e abrirá sua porta. A tropa também retirará o cinto e desembarcará rapidamente, carregando seus fuzis e
equipamentos de forma ordenada.
Os homens que não carregam equipamentos desembarcam primeiro e afastam-se o suficiente da aeronave,
assumindo um dispositivo que permita à heliequipe prover a segurança aproximada e responder ao fogo inimigo que
seja desencadeado das proximidades do local de pouso. Os carregadores desembarcam a seguir e também se afastam
da aeronave carregando os equipamentos e suprimentos a serem desembarcados.
O afastamento do helicóptero é feito em corrida agachada, num ângulo de 45º a 90º. Se esse afastamento
for impraticável por qualquer razão, a equipe desembarcará e permanecerá aferrada próxima a porta até que o
helicóptero decole. O último combatente a desembarcar afasta-se a uma distância de segurança e acena para o piloto
indicando estar livre para decolar.

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d) Precauções de segurança

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- As pás do rotor principal devem girar centenas de vezes por minuto até ficarem invisíveis. Essas pás são
particularmente perigosas em terrenos ondulados, porque podem se aproximar mais do solo do que normalmente se
espera. A noite, nem sempre é possível ver as pás. O equipamento que ultrapasse a cabeça do FN não deve ser
carregado a noite, por ocasião do embarque;
- Os helicópteros modernos possuem seus motores na parte superior da fuselagem (entre a fuselagem e o
rotor principal). Neste caso, o tubo de descarga está situado acima da fuselagem.
Alguns helicópteros antigos, entretanto, possuem o tubo de descarga montado próximo ao solo. Quando
isto ocorrer, a tropa deve evitar esta área para se prevenir do envenenamento pelos gases provenientes da
combustão;
- As portas de emergência dos helicópteros são, normalmente, pintadas de amarelo. Elas são usadas somente
em caso de emergência; e
- É proibido fumar nas proximidades de um helicóptero.
e) Procedimentos de emergência
Como medida de segurança para todos os vôos sobre a água, as portas de saida são removidas ou
permanecem abertas (se as condições de tempo o permitirem) e as tropas usam coletes salva-vidas. Orientações
quanto ao uso adequado destes coletes são ministradas a todo pessoal no adestramento de rotina e nas instruções de
segurança que antecedem cada vôo.
Caso ocorra uma emergência, o piloto avisará a equipe através de sinais précombinados.
f) Abandono do equipamento
Nenhum equipamento será alijado, exceto por ordem do piloto. Quando houver a ordem de alijar material,
todo o equipamento removível será lançado fora do helicóptero.Aqueles equipamentos que não possam ser lançados
fora serão colocados debaixo dos assentos ou peiados de forma a prevenir acidentes.
g) Aterrissagem forçada
Se for necessária uma aterrissagem forçada, um sinal será transmitido à equipe . Os combatentes deverão
assegurar-se que seus cintos de segurança estão bem afivelados; suas pernas deverão estar cruzadas em torno do fuzil
com a coronha no cavado do ombro e, ainda, com a cabeça voltada para baixo e os braços cruzados.
Após a aterrissagem do helicóptero, a equipe desafivela o cinto de segurança e desembarca. A tropa nunca
deverá desafivelar o cinto antes do pouso. Os homens não deverão desembarcar enquanto as pás estiverem girando,
exceto se houver ordem em contrário. O comandante da heliequipe deve assegurar-se de que todos os integrantes de
sua equipe estão fora antes de deixar o helicóptero.
h) Pouso de emergência n’água
Se a amerrisagem for necessária, a equipe será avisada pelo piloto ou co-piloto. Os homens devem
assegurar-se de que seus cintos de segurança estão bem afivelados e tomam a mesma posição como na aterrissagem
forçada. Tão logo o helicóptero tenha contato com a água, o piloto adota procedimento para estabilizar a aeronave e
manter a porta de saída da tropa safa da água. Após o movimento das pás cessar completamente, o pessoal desafivela
o cinto de segurança e desembarca pelas portas de saída. A tropa não deverá desembarcar enquanto as pás estiverem
girando.
O comandante da equipe, antes de sair do aparelho, deve certificar-se de que todo o pessoal desembarcou.
O bote salva-vidas, caso possível, será removido do helicóptero pelo chefe da tripulação, que deverá
manobrá-lo tão logo ele seja lançado à água, a fim de não deixar que ele se perca.

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CAPÍTULO 5

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OPERAÇÕES TERRESTRES
5.1 - GENERALIDADES
No contexto da guerra anfíbia, os Fuzileiros Navais terão que executar operações terrestres com a finalidade
de cumprirem sua missão.
Tais operações poderão ser de caráter ofenssivo (operações ofensivas) ou defensivo (operações defensivas).
O CGCFN- 1-5 - Manual de Operações Terrestres de Caráter Naval, aborda o assunto com detalhes.

5.2 - OPERAÇÕES OFENSIVAS


O sucesso final no campo de batalha somente é obtido pelas operações ofensivas.
Ofensiva significa atacar, explorar as fraquezas do inimigo e manter a iniciativa. São realizadas a fim de
alcançar um ou mais dos seguintes propósitos:
- destruir forças ou material inimigos;
- conquistar áreas ou pontos importantes do terreno;
- obter informações;
- desviar a atenção do inimigo;
- fixar o inimigo em posição;
- privar o inimigo de recursos; e
- desorganizar um ataque.

5.2.1 - Fases da ofensiva


Todas as operações ofensivas tendem a se desenvolver, normalmente, em três fases:
- preparação;
- execução; e
- continuação.

a) Preparação
Esta fase tem início com o recebimento da diretiva, que dará origem à operação, até a ocupação de uma posição
de ataque (PAtq) e subseqüente transposição de uma linha de partida (LP), o que marca efetivamente o inicio da
execução do ataque.
Nesta fase, ocorre a marcha para o combate, na qual a tropa atacante busca estabelecer o contato com o
inimigo. A seguir, deslocando-se a partir de zona (s) de reunião (ZReu) e/ou de PAtq transpõe a LP ou linha de contato
(LC), dependendo da situação, o que marca o início da fase seguinte (Fig 5.1).

b) Execução
Esta fase se inicia com o cruzamento de uma LP ou linha de contato (LC) até a conquista do(s) objetivo(s) (Obj)
decorrentes das tarefas impostas pela missão atribuída na diretiva.
Sob a proteção dos fogos de preparação realizados pelas armas de apoio, as tropas progridem até as Posições
de Assalto (PAss), Linha Final de Coordenação (LFC) ou Linha de Provável Desenvolvimento (LPD), no caso de um
ataque noturno (Fig 5.1). O efeito de obscurecimento e de neutralização proporcionado pelas armas de apoio, em
geral é necessário para apoiar o assalto. Porém, na medida do possível, a surpresa deve ser preservada. Quanto mais
próximo do objetivo o escalão de assalto chegar antes de abrir fogo, melhor. Além do inimigo ser atingido
psicologicamente, ele também terá menos tempo para colocar em ação suas armas mais pesadas.
O assalto ocorre tão logo os fogos das armas de apoio tenham se deslocado para a retaguarda e flancos da
posição inimiga para não por em risco o escalão de assalto, o qual, desencadeando os fogos de assalto com suas armas
orgânicas, se lança, rápida e agressivamente sobre o(s) objetivo(s). Este escalão não se detém na orla anterior do(s)
objetivo(s); pelo contrário, dirige-se com rapidez em um único lanço, ou executando as técnicas de fogo e movimento
quando a resistência inimiga assim exigir, até a orla posterior ou a parte que lhe for designada.
A história ensina que a velocidade no combate é uma arma preciosa. A unidade, os homens ou máquinas que
conseguem, consistentemente, se mover e agir mais rápido que seu inimigo durante o assalto obtêm vantagem
decisiva.
Para garantir velocidade no assalto, cada combatente deve:
- possuir a máxima habilidade com as armas por ele usadas;
- explorar convenientemente os pequenos abrigos e as cobertas proporcionados pelo terreno em sua zona de
ação (ZAç), bem como a qualidade dos campos de tiro dessas posições;
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- atacar sem depender de comandos verbais ou visuais e, sendo um comandante de pequena fração,

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posicionar-se na frente, junto aos elementos mais avançados, de forma a conduzir o assalto com deslocamentos
taticamente seguros e movimentação flexível, evitando confusão na transmissão das ordens e retardos
desnecessários. Convém lembrar que no meio do barulho, vegetação, confusão e fumaça do ambiente de combate,
raramente um comandante de fração conseguirá fazer com que suas ordens transmitidas a viva voz ou por gestos
alcancem todos os seus subordinados, principalmente se ele estiver à retaguarda; e
- unir forças e aliviar o isolamento do combate simplesmente conversando com o combatente ao seu lado.
Isso é importante não apenas para a disseminação lateral das informações e ordens, mas mais importante ainda, para
a coesão moral da fração.
Além disso, a velocidade de progressão das frações será influenciada pela flexibilidade de manobra
proporcionada pela formação adotada. Em geral, uma formação em triângulo (ou em cunha) oferece mais flexibilidade
do que a em linha, que compromete todo o poder de combate em uma direção.

c) Continuação
Com a conquista do (s) objetivo (s), segue-se uma série de ações com vistas a consolidar sua posse, reorganizar
a tropa e adotar um dispositivo que permita a continuação das operações. A partir daí, poderá ter início tipos de
operações ofensivas, como o aproveitamento do êxito ou a perseguição.
Tendo em vista que raramente um ataque consegue destruir de uma só vez e totalmente um inimigo que se
defende, é provável que os seus remanescentes procurem desengajar, retrair o que for possível, reorganizar-se e
estabelecer novas posições. Dependendo do escalão, poderão ser colocadas em ação tropas deslocadas de áreas em
que houver menor atividade ou mesmo empregar suas reservas para destruição dos bolsões de resistência
apresentados pelos remanescentes .
Assim, salvo restrições impostas pelo comando ou pela eventual falta de meios, o ataque deve ser seguido de
um agressivo aproveitamento do êxito obtido com a conquista do(s) objetivo(s), visando manter pressão sobre o
inimigo e destruir sua capacidade de reorganizar-se.
Quando existem indícios de que a resistência do inimigo se desintegra, o ataque ou o aproveitamento do êxito
se transforma em perseguição, destinada à destruição da tropa inimiga (Fig 5.1).

5.2.2 - Tipos de operações ofensivas


Em uma ação ofensiva, há três tarefas a serem realizadas em relação ao inimigo: localizá-lo e fixá-lo em posição,
manobrar de modo a obter uma vantagem tática e, no momento e local oportunos, desencadear um ataque decisivo
para destruí-lo. Visando cumprir estas tarefas, há cinco tipos gerais de operações ofensivas:
- marcha para o combate;
- reconhecimento em força;
- ataque coordenado;
- aproveitamento do êxito; e
- perseguição.

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a) Marcha para o combate

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É uma operação que visa estabelecer, o mais cedo possível, o contato com o inimigo ou restabelecê-lo quando
perdido. Termina com a ocupação de uma região pré-estabelecida ou quando posições de resistência do inimigo
impedem o movimento, forçando o desdobramento da tropa.
A tropa, neste tipo de operação ofensiva, poderá adotar uma das seguintes formações táticas, a depender,
principalmente, do grau de ameaça do inimigo:
- coluna de marcha;
- coluna tática; e
- marcha de aproximação.

I) Coluna de marcha
Utilizada quando o contato com o inimigo for remoto. Prevalecem as medidas que visam facilitar e acelerar o
movimento. O deslocamento é realizado, normalmente, por estradas e motorizado.

II) Coluna tática


Utilizada quando o contato com o inimigo for pouco provável. Neste caso, considerações táticas e
administrativas existem paralelamente. A tropa é organizada para o combate de modo a permitir rápida entrada em
ação em face de qualquer interferência do inimigo.

III) Marcha de aproximação


Empregada quando for iminente a ação do inimigo terrestre (contato iminente). Prevalecem as considerações
táticas e a tropa será desdobrada progressivamente à medida em que se prenuncia o contato, culminando com a
tomada do dispositivo de ataque ou de qualquer outro cuja dispersão lhe permita furtar-se à ação das armas de tiro
de trajetória tensa do inimigo.
Durante a realização de uma marcha para o combate deve ser esperada a ocorrência de um combate de
encontro, o qual consiste na ação que ocorre quando uma tropa em movimento, não desdobrada para o combate,
engaja-se com uma tropa inimiga, parada ou em movimento, sobre a qual não dispõe de informações adequadas.
Tal ação pode ter lugar em condições de combate altamente móveis, com as tropas dispersas lateralmente e
em profundidade, como após os momentos iniciais do assalto anfíbio. Sua ocorrência é mais freqüente nos pequenos
escalões de tropa.
Deve ser evitada, por meio de elementos de segurança à frente, a ocorrência de um combate de encontro, pela
imprevisibilidade de sucesso de ambos os partidos neste tipo de embate.

b) Reconhecimento em força
É uma operação realizada com propósito limitado, visando revelar e testar o dispositivo e o valor do inimigo em
uma determinada posição ou obter outras informações.
O vulto da força a ser empregada neste tipo de operação deverá ser adequado para obrigar o inimigo a reagir
em força e decididamente, sem que se permita um engajamento decisivo, mas que revele seu valor, dispositivo,
reservas, localização das armas de apoio, instalações de comando e logísticas, etc.
Normalmente, desta forma, os conhecimentos desejados são obtidos mais rápido e pormenorizadamente do
que em outros métodos de reconhecimento.

c) Ataque coordenado
O ataque coordenado é o principal tipo de operação ofensiva. Em geral, quando se emprega a palavra ataque,
tem-se em mente um ataque coordenado. Caracteriza-se pelo emprego coordenado da manobra e do apoio de fogo
para cerrar sobre o inimigo, destruí-lo ou neutralizá-lo. É, normalmente, empregado contra posições inimigas
organizadas ou fortificadas e necessita de adequado apoio de fogo.
Pode ser precedido de uma marcha de aproximação e/ou de um reconhecimento em força e deve ser executado
com agressividade.
É planejado e se completa, habitualmente, segundo as três fases já apresentadas para as operações ofensivas
(preparação, execução e continuação).

d) Aproveitamento do êxito
O aproveitamento do êxito é a agressiva continuação de um ataque bem sucedido e tem início, normalmente,
quando for constatado que a tropa inimiga está encontrando dificuldades para manter sua defensiva.

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Sua finalidade é destruir a capacidade do inimigo de resistir ao ataque e reorganizar-se ou realizar um

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movimento retrógrado ordenado.


Quando o inimigo apresenta indícios de desorganização e suas tropas se desintegram sob a pressão do ataque
continuado, o aproveitamento do êxito pode se transformar em perseguição.

e) Perseguição
A perseguição é uma operação destinada a cercar e destruir uma tropa inimiga que está em processo de
desengajamento ou que tenta fugir. Normalmente, segue-se ao aproveitamento do êxito, diferindo deste na sua
finalidade principal que é a de completar a destruição da tropa inimiga. Na perseguição, o inimigo perde sua
capacidade de influenciar a situação e age de acordo com as ações da tropa perseguidora.
A perseguição pode, também, ocorrer em qualquer operação em que o inimigo tenha perdido sua capacidade
de agir eficientemente e tenta desengajar-se do combate.

5.2.3 - Formas de manobra tática ofensiva


Nas operações ofensivas, as tropas atacantes podem empregar cinco formas de manobra tática, ou a combinação
delas, para colocar seu poder de combate em vantagem sobre o inimigo:

a) - penetração;
b) - ataque frontal;
c) - desbordamento;
d) - envolvimento; e
e) - infiltração.

a) Penetração
Na penetração, o ataque principal (AtqPcp) é orientado contra uma faixa estreita da posição defensiva do
inimigo, com a finalidade de romper o seu dispositivo, dividi-lo e derrotá-lo por partes. Esta manobra é adotada em
função da existência de uma ou mais das seguintes condições:
1) - o dispositivo inimigo não apresenta flancos acessíveis e/ou vulneráveis;
2) - não há tempo suficiente para a montagem de outra forma de manobra;
3) - o inimigo está desdobrado em larga frente;
4) - existem pontos fracos na posição defensiva;
5) - o terreno e a observação são favoráveis ao atacante; e
6) - há disponibilidade de forte apoio de fogo.
A penetração, em geral, compreende três etapas (Fig 5.2):
1) - rompimento da posição defensiva avançada do inimigo;
2) - alargamento e manutenção da brecha; e
3) - conquista e manutenção de objetivos que quebrem a continuidade da defesa inimiga e criem
oportunidade para o aproveitamento do êxito.

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b) Ataque frontal

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Nesta forma de manobra, o ataque incide ao longo de toda a frente da posição defensiva inimiga com a mesma
intensidade (Fig 5.3).

Normalmente, o ataque frontal é a forma de manobra menos desejável para ser realizada, porque o inimigo
terá condições de aplicar o seu máximo poder de fogo em toda a frente da tropa atacante.
A menos que haja uma grande superioridade do poder de combate do atacante, raramente o ataque frontal
conduz a resultado decisivos. Por tal razão, o atacante deve procurar criar ou aproveitar vantagens e condições que
lhe permitam evoluir para outra forma de manobra que propicie o êxito esperado.

c) Desbordamento
No desbordamento, o ataque principal ou de desbordamento contorna, por terra ou pelo ar, as principais
posições defensivas do inimigo, visando conquistar um objetivo à retaguarda do seu dispositivo (Fig 5.4).

Esta manobra procura evitar um engajamento decisivo com a parcela principal do sistema defensivo, atingindo-
o onde é mais fraco, desorganizando seus sistemas de comando, de comunicações, de apoio logístico e meios de apoio
de fogo, e cortando seus itinerários de retraimento, impondo-lhe uma destruição em posição.
Um ou mais ataques secundários (AtqScd) fixam o inimigo, forcando-o a combater em duas ou mais direções,
simultaneamente, desviando sua atenção do ataque principal.
É a forma de manobra tática que oferece melhor oportunidade para obtenção do sucesso e tende a diminuir o
número de baixas entre os atacantes. Em condições normais, o desbordamento deve ser adotado preferencialmente
à penetração e ao ataque frontal.
A execução do desbordamento caracteriza- se pelo sigilo nas ações iniciais, rapidez no deslocamento do ataque
principal e proteção dos seus flancos expostos.
Todo o esforço será desenvolvido pelo (s) ataque(s) secundário(s) com vistas a manter o inimigo engajado e
evitar que suas reservas sejam empregadas contra o ataque principal.

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I) Duplo desbordamento

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É uma variante do desbordamento em que o atacante procura contornar, simultaneamente, ambos os flancos
da posição inimiga. É de difícil controle e exige grande superioridade de poder de combate e de mobilidade.

II) Desbordamento como técnica de movimento


É semelhante ao desbordamento como forma de manobra tática ofensiva, na medida em que o atacante, por
meio de uma força secundária, fixa o inimigo, enquanto o grosso contorna suas posições. Entretanto, esta manobra
não tem o propósito de atacá-las e sim manter a impulsão do ataque, evitando a aplicação do poder de combate em
ações que não contribuam para o atendimento de uma tarefa específica.

d) Envolvimento
No envolvimento, o ataque principal contorna, por terra ou pelo ar, as posições defensivas do inimigo, visando
conquistar objetivos profundos em sua retaguarda (Fig 5.5). Esta manobra força o defensor a abandonar sua posição
para fazer face à ameaça envolvente. O inimigo é, então, engajado em local escolhido pelo atacante.

A adoção desta forma de manobra é de grande importância em situações nas quais exista a oportunidade de
conquistar um ponto crítico antes que uma tropa inimiga possa retirar-se ou ser reforçada.
Difere do desbordamento por não ser dirigido para atingir o inimigo em sua própria posição defensiva e por
sujeitar a tropa envolvente a operar independentemente, fora da distância de apoio de qualquer outra tropa terrestre
atacante.
Com a possibilidade do emprego de helicópteros, o envolvimento - envolvimento vertical - passou a ser
empregado largamente nas operações anfíbias.
O duplo envolvimento tem considerações semelhantes às já apresentadas para o duplo desbordamento,
acrescidas da maior profundidade da operação e falta de apoio mútuo.

e) Infiltração
A infiltração possibilita o deslocamento furtivo de uma força, por elementos isolados ou em pequenos grupos,
através, sobre ou ao redor das posições inimigas, ou em seu interior, e o seu posterior desdobramento à retaguarda
dessas posições.
Embora a infiltração possa ser empregada nas operações defensivas, ela é normalmente realizada em
operações ofensivas, apoiando a ação principal e direcionada para:
1) - atacar o inimigo, após a passagem através de suas posições, pelo flanco ou retaguarda, em apoio a uma
operação de maior vulto;
2) - conquistar posições de bloqueio, após a passagem através das posições inimigas, para impedir o seu
retraimento ou que seja reforçada;
3) - atacar posições sumariamente organizadas, após passar através do dispositivo inimigo; e
4) - inserir forças para conduzir operações de inquietação e desgaste na área de retaguarda do inimigo.

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A infiltração pode ser realizada por tropas:

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1) - a pé;
2) - helitransportadas;
3) - usando embarcações; e
4) - lançadas por pára-quedas.
A existência de evidentes brechas no sistema defensivo inimigo, combinada com boa transitabilidade do terreno
e adequadas cobertas, possibilitará aos elementos de infiltração o emprego de viaturas, embora possa haver
comprometimento da surpresa.
O escalão mais apropriado para a realização da infiltração é o Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais ou
menores. Em escalões maiores o Batalhão pode adotar esta forma de manobra em apoio aos demais elementos, que
executam outra forma de manobra.

A adoção desta forma de manobra tem as seguintes vantagens:


1) Possibilitar o emprego de tropa com menor poder de combate contra tropa de maior poder de combate;
2) Diminuir baixas, desde que mantido o sigilo e garantida a surpresa;
3) Conquistar região em profundidade com maior rapidez; e
4) Desorientar e desorganizar o inimigo preparado para o combate linear.

5.4 - OPERAÇÕES OFENSIVAS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS

FASES DO ATAQUE A UMA ÁREA EDIFICADA TIPOS DE TRANSPOSIÇÃO DE CURSOS DÁGUA


1) Isolamento da Localidade 1) De Oportunidade; e
2) Conquista de uma área na periferia 2) A Viva Força:
3) Progressão através da área edificada a) Imediata; e
b) Preparada

5.4.1 - Ataque a uma área edificada


O ataque a uma área edificada desenvolve-se em três fases:
- isolamento da localidade;
- conquista de uma área na periferia; e
- progressão através da área edificada.

a) Isolamento da localidade
Será obtido mediante a conquista dos acidentes capitais que dominam as vias de acesso à localidade. É
planejado sob a forma de um ataque coordenado e visa permitir o apoio às demais fases e , principalmente, impedir
e/ou dificultar a chegada de reforços inimigos.

b) Conquista de uma área na periferia


Visa eliminar ou reduzir a observação terrestre e os tiros diretos do inimigo sobre as vias de acesso que
demandam à região, garantindo uma base de apoio para a tropa que vai investir sobre a área edificada.

c) Progressão através da área edificada


Consiste no avanço pelo interior da localidade visando a destruição do inimigo e conquista dos objetivos. Tal
fase é a que caracteriza a natureza peculiar da operação.

5.4.2 - Ataque a uma área fortificada


Área fortificada é aquela que contém inúmeros trabalhos defensivos, dispostos em largura e profundidade, de
modo a se apoiar mutuamente.
Os trabalhos defensivos constituem-se de fortificações permanentes e de campanha, compreendendo
casamatas, espaldões, abrigos, trincheiras, túneis, cavernas, obstáculos de aço, de concreto e de madeira, campos de
minas, etc. As casamatas, normalmente, dão abrigo ao armamento coletivo ou instalações de comando e
comunicações.

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Sempre que possível, um atacante deve procurar isolar, desbordar e neutralizar uma área fortificada,

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submetendo-a a pesados bombardeios, impedindo o acesso de reforços, suprimentos e, se for o caso, de serviços
públicos essenciais (água, luz, comunicações, etc.).
A penetração é a forma de manobra tática mais adotada para o ataque a essas áreas.
A execução do ataque é extremamente descentralizada, compreendendo uma série de ações isoladas por parte
dos menores escalões da tropa, para o que é mandatório a iniciativa e agressividade por parte de seus comandantes.

5.4.3 - Transposição de cursos de água


A transposição de cursos de água pode ser classificada em dois tipos:
- de oportunidade; e
- a viva força.

a) Transposição de oportunidade
É aquela na qual o curso de água, embora em território hostil, não é defendido. Pode ocorrer, também, nas
áreas de retaguarda. O planejamento é eminentemente técnico de engenharia e depende do controle de trânsito para
a execução.

b) Transposição a viva força


É aquela na qual o curso de água é defendido ou conta com a presença do inimigo.
Pode ser de dois tipos:
- imediata; e
- preparada.

I) Transposição imediata
É aquela conduzida em continuação a uma operação, sem que a tropa perca sua impulsão. É realizada por
forças descentralizadas, empregando meios orgânicos ou previamente colocados à sua disposição, bem como meios
de fortuna. Normalmente, é realizada quando as defesas inimigas são fracas, quando for possível neutralizar pelo fogo
as defesas inimigas e quando o inimigo, embora de efetivo apreciável, esteja desorganizado, mal adestrado ou for
apanhado de surpresa.

II) Transposição preparada


É aquela conduzida após planejamento detalhado e execução de amplos preparativos, visando concentrar
poder de combate para prosseguir no ataque na margem oposta. Normalmente, será empregada quando uma
transposição imediata falhar ou não puder ser desencadeada, ou quando a resistência esperada do inimigo tornar
inexeqüível a transposição imediata. 5

5.5 - OPERAÇÕES DEFENSIVAS


A defensiva consiste no emprego do poder de combate com vistas a manter a posse de uma área ou a
integridade de uma força ou instalação, bem como criar condições mais favoráveis para a ação ofensiva. Embora seja
capaz de impedir o sucesso inimigo, normalmente não assegura a vitória sobre o mesmo, pois resultados decisivos só
são esperados com o combate ofensivo. Contudo, é o espirito ofensivo que constitui a base para o sucesso da defesa,
através do planejamento e execução de ações dinâmicas e da manutenção da iniciativa.
O defensor obtém a iniciativa selecionando e organizando, de acordo com suas conveniências, a área a
defender, induzindo o inimigo a reagir de acordo com os planos defensivos, explorando suas vulnerabilidades e erros
por meio de ações ofensivas e contra-atacando sua forças que tenham obtido sucesso.
O propósito principal de uma operação defensiva é derrotar um ataque inimigo, contendo, repelindo ou
destruindo suas tropas. Os propósitos secundários incluem:

1. - ganhar tempo até a chegada de novos meios;


2. - economizar meios em um setor, de modo a concentrar poder de combate para uma ação decisiva em
outro;
3. criar condições mais favoráveis às operações ofensivas subseqüentes;
4. impedir o acesso do inimigo à determinada área;
5. - reduzir a capacidade do inimigo de combater, desgastando suas tropas; e
6. - controlar pontos críticos e/ou objetivos profundos.

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5.5.1 – Classificação das operações defensivas

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As operações defensivas abrangem todas as ações que representam resistência a uma força atacante. Podem
ser classificadas quanto ao tipo e quanto ao tempo disponível para a preparação da posição.

I) Defesa em uma
ou mais posições; e
a) DEFENSIVA QUANTO AO II) Movimentos Os movimentos retrógrados são classificados como:
TIPO Retrógrados. 1. Ação retardadora (AçRtrd);
2. Retraimento (Ret); e
3. Retirada (Rda).
b) DEFENSIVA QUANTO AO I) Defesa preparada
TEMPO DISPONÍVEL II) Defesa imediata.

a) Classificação quanto ao tipo


As operações defensivas compreendem a defesa em uma ou mais posições e os movimentos retrógrados.

I) Defesa em uma ou mais posições


Nesta defesa, a tropa que defende, procura enfrentar o inimigo em uma área previamente organizada, em
largura e profundidade, procurando dificultar ou deter sua progressão, à frente ou em profundidade, e aproveitando
todas as oportunidades para desorganizá-lo, desgastá-lo ou destruir suas forças, negando-lhe a posse de determinada
área, e criando condições favoráveis para o desencadeamento de uma ação ofensiva.

II) Movimentos retrógrados


Neste movimento, a tropa que defende procura evitar o combate decisivo sob condições desfavoráveis, seja
rompendo o contato com o inimigo, seja retardando-o a fim de trocar espaço por tempo, evitando sempre empenhar-
se em ações que possam comprometer a sua integridade.
Os movimentos retrógrados são ações táticas realizadas por uma força em direção à retaguarda ou para longe do
inimigo, por pressão deste ou em decorrência de uma idéia de manobra. Em qualquer caso, devem ser aprovadas pelo
escalão imediatamente superior.
Os movimentos retrógrados, normalmente, ocorrem sob condições adversas ou em situação em que o
oponente retém a iniciativa das ações. Deste modo, os comandantes de todos os escalões devem ter uma atenção
especial ao moral de suas tropas. O propósito geral de um movimento retrógrado é preservar a integridade de uma
força, de modo a que possa ser empregada, no futuro, em ações ofensivas.
Os movimentos retrógrados são classificados como: ação retardadora (AçRtrd); retraimento (Ret); e retirada
(Rda).
Em decorrência dos dois primeiros tipos, pode ocorrer um acolhimento, no qual uma tropa realizando um
movimento retrógrado passa através das linhas de uma outra.

b) Classificação quanto ao tempo disponível


Quanto ao tempo disponível uma defesa pode ser classificada em defesa preparada ou defesa imediata.

I) Defesa preparada
Ocorre quando uma força não está em contato com o inimigo, nem há iminência de sua ocorrência, havendo,
portanto, condições para planejamento e execução detalhada da defensiva. Normalmente, inclui um bem planejado
sistema de barreiras, trabalhos de fortificações e extensa rede de comunicações. A defensiva será tanto mais eficaz
quanto maior o tempo disponível para sua implementação.

II) Defesa imediata


Ocorre quando houver contato ou iminência de contato com o inimigo, dispondo-se apenas de condições
limitadas para a instalação da posição defensiva. Também é instalada imediatamente após a conquista de um objetivo,
como parte inicial das medidas para a sua consolidação. Caracteriza-se pelo agravamento das condições defensivas do
terreno, lançamento de obstáculos sumários e emprego de abrigos individuais. Na defesa imediata empregam-se os
fundamentos e técnicas de defesa preparada passíveis de serem implementadas em face da situação.

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5.5.2 - Fundamentos da defensiva

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a) Apropriada utilização do terreno


O defensor deve desdobrar suas tropas com base, principalmente, no terreno.
Manterá o controle sobre os acidentes capitais essenciais à observação, comunicações e movimentos da
reserva, e negará ao inimigo o uso do terreno que ameace o sucesso da defesa.A área selecionada deverá fornecer
boas condições de observação, campos de tiro, coberta e abrigos. Os obstáculos deverão canalizar o movimento das
forças inimigas para áreas favoráveis ao desencadeamento de contra-ataques ou de fogos de destruição.

b) Segurança
O defensor deve adotar medidas para não ser surpreendido, uma vez que o inimigo retém a iniciativa das ações
e a liberdade de manobra. Tais medidas incluem: emprego de forças de segurança, busca de conhecimentos sobre a
localização e deslocamentos das forças inimigas, aproveitamento das cobertas e abrigos, camuflagem, uso de radares
de vigilância terrestre, dispositivos de escuta, etc.

c) Surpresa
A surpresa é tão importante na defensiva quanto na ofensiva. Assim, o defensor deve empreender seus esforços
tanto para negá-la ao inimigo pelo uso de elementos de segurança, reconhecimento e vigilância, quanto para obtê-la.
Adotará, então, medidas para não ser surpreendido, tais como emprego de forças de segurança, busca de
informes sobre a localização e deslocamentos de forças inimigas, meios de defesa passiva como aproveitamento de
cobertas e abrigos, uso de camuflagem, radares de vigilância terrestres, dispositivos de escuta, etc.

d) Conhecimento do inimigo
O defensor deve considerar a liberdade de que dispõe o atacante para escolher o momento, o local, a direção
e o valor de suas tropas para realizar o ataque. Deste modo, o conhecimento das possibilidades do inimigo, sua
doutrina operativa, seus principais hábitos e o levantamento das vias de provável acesso do inimigo e os objetivos que
este poderá selecionar são essenciais para o sucesso da defesa. Uma vez obtidos o maior número de dados possível
sobre o inimigo, o defensor poderá antecipar as ações inimigas, estabelecendo mais rapidamente as condições para
reassumir as ações ofensivas. Este fundamento complementa o da defesa.

e) Apoio mútuo
O apoio mútuo pelos fogos, pela observação e pelo emprego de elementos de manobra garante a necessária
coesão à área de defesa e dificulta o engajamento e destruição da tropa por partes. Tal apoio será obtido quando os
núcleos de defesa estiverem dispostos de modo que, ao atacar um deles, o inimigo fique sob fogos diretos de ao
menos um outro. Tal condição é imprescindível entre subunidades de uma mesma unidade, e entre suas frações
subordinadas, bem como no âmbito dessas frações.

f) Defesa a toda volta


A liberdade de manobra do atacante faz com que o defensor esteja preparado para enfrentá-lo vindo de
qualquer direção, inclusive com tropa transportada por meios aéreos.

g) Defesa em profundidade
É necessária com vistas a: reduzir o ímpeto do ataque e evitar o rompimento da posição defensiva; forçar o
inimigo a realizar repetidos ataques; permitir ao defensor avaliar as ações executadas pelo inimigo e contê-las; impedir
o inimigo a empregar suas reservas em local e momento não decisivos; e diminuir os efeitos dos seus fogos.
A profundidade da defesa é conseguida engajando o mais cedo possível o inimigo com elementos aéreos, com
as forças de segurança, empregando as armas de apoio a partir de posições avançadas e em seu máximo alcance de
utilização, empregando núcleos defensivos sucessivos, utilizando obstáculos e barreiras dispostos em profundidade,
e pela manobra e adequado emprego das reservas e fogos de apoio.
A profundidade deve ser equilibrada com a defesa a toda volta.

h) Flexibilidade
Na defensiva, a flexibilidade é conseguida pela seleção e preparo de posições de muda e suplementares, pela
mobilidade dos elementos de combate e da reserva, pelo controle centralizado das armas de apoio, pela preparação
dos planos de contra-ataque e pelo planejamento de retomada das ações ofensivas.

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i) Máximo emprego da ação ofensiva

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Considerando que a ofensiva é a forma decisiva de combate, o defensor deve estar atento às oportunidades
que permitam adotá-la. Ações dinâmicas que levam à retomada da iniciativa incluem: patrulhamento agressivo,
ataques com as forças de segurança antes que o inimigo alcance a posição defensiva (PD), incursões contra suas tropas
que estejam se preparando para o ataque e contra-atacando suas penetrações na PD.

j) Dispersão
Este fundamento deve ser considerado concorrentemente com a necessidade de se obter o máximo apoio
mútuo, a máxima segurança e o mínimo de vulnerabilidade aos fogos inimigos.
A dispersão em profundidade evita que as frentes se tornem muito extensas para o defensor, proporciona mais
meios para a reserva, evita os movimentos laterais quando ocorrer um ataque inimigo apenas numa parte da frente,
facilita a detecção e destruição de elementos de infiltração e proporciona um dispositivo mais apropriado à realização
de contra-ataques.
A dispersão em largura pode conduzir a um isolamento dos elementos avançados, os quais ficariam sujeitos a
serem engajados e batidos por partes na eventualidade de uma penetração inimiga.

k) Integração e coordenação das medidas de defesa


A eficácia da defesa é baseada na integração e coordenação cuidadosas da manobra, do planejamento do apoio
de fogo, do plano de barreiras e do plano de defesa anticarro (DAC).

l) Utilização judiciosa do tempo disponível


O planejamento e organização da posição defensiva serão tanto melhores quanto maior o tempo disponível.
Sua judiciosa utilização deve ser uma preocupação constante antes e durante a operação.

5.5.3 - Organização de uma área de defesa


A área de defesa (AD) é organizada em profundidade segundo três escalões:
- área de segurança (ASeg);
- área de defesa avançada (ADA); e
- área de reserva (ARes).
As duas últimas consubstanciam a PD

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a) Área de segurança

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É a que se estende para frente e para os flancos desde o Limite Anterior da Área de Defesa Avançada (LAADA).
Nesta área, operam as forças de segurança ou escalão de segurança, destinadas a fornecer conhecimentos e alerta
oportuno sobre o inimigo, impedir sua observação terrestre sobre a ADA, iludi-lo quanto à PD e, de acordo com suas
possibilidades, retardá-lo e desorganizá-lo.
b) Área de defesa avançada
É a que se estende para retaguarda desde o LAADA até o limite posterior dos elementos de primeiro escalão.
Nela é que terão lugar as ações decisivas da defensiva.
Nesta área operam as forças de defesa avançada, que serão estruturadas de acordo com a forma de manobra
tática defensiva adotada. Quando esta for baseada na manutenção do terreno, tais forças serão destinadas a impedir
a entrada do atacante na área. Se o planejamento estabelecer uma defesa com base na mobilidade, as forças de defesa
avançada terão a tarefa de canalizar o inimigo para uma região previamente escolhida, que favoreça sua destruição
pelo fogo e pela manobra ofensiva com a reserva.
c) Área de reserva
É a que se estende desde a retaguarda dos elementos de primeiro escalão até o limite posterior do escalão
considerado.
Na defensiva, a reserva é o principal meio de que dispõe o comandante para influenciar no combate e
reconquistar a iniciativa.
5.5.4 - Formas de Manobra Tática Defensiva
Nas operações defensivas, o comandante pode empregar cinco formas de manobra tática. Duas dessas formas
de manobra correspondem à operação de defesa em uma ou mais posições e três aos movimentos retrógrados,
conforme sintetizado no quadro abaixo:

a) Defesa de área
É a forma de manobra defensiva onde é dada particular atenção à manutenção ou controle de uma região
determinada, negando ao atacante o acesso à mesma.
O defensor visa, inicialmente, deter o inimigo à frente do LAADA, empregando grande volume e variedade de
fogos. Por outro lado, utilizará o combate aproximado e contra-ataques para expulsar ou destruir forças que tenham
logrado penetrar na PD.
É adotada nas seguintes circunstâncias:
- exigência da posse de uma determinada região;
- o defensor dispõe de menor mobilidade que o inimigo;
- a frente a defender é relativamente estreita;
- a profundidade da ADA é relativamente limitada;
- o terreno restringe os movimentos do defensor;
- há tempo suficiente para preparar a posição defensiva, inclusive o sistema de barreiras;
- há forças suficientes para prover o adequado poder de combate;
- o defensor não possui liberdade de movimento em face da superioridade aérea do inimigo; e
- não é esperado que o atacante utilize armamento de destruição em massa.
b) Defesa móvel
É o tipo de defesa que tem por finalidade a destruição do inimigo, por meio do fogo e do contra-ataque, após
atraí-lo para regiões a isso favoráveis no interior da PD.
Neste tipo de defesa, a manobra é empregada em conjunto com os fogos e a organização do terreno. Para tal,
o defensor permite ao atacante penetrar em região que o exponha a um contra-ataque de destruição por uma reserva
forte e móvel.
As seguintes circunstâncias indicam a adoção de uma defesa móvel:
- não é necessário manter uma área específica;
- o defensor possui mobilidade igual ou maior que o inimigo;
- a frente a defender excede as possibilidade de se estabelecer uma defesa de área;
- a profundidade da ADA é adequada para admitir uma penetração inimiga e uma manobra contra ele;
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- o terreno permite boa movimentação do defensor;

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- o tempo para o estabelecimento da defensiva é limitado;


- há forças mecanizadas suficientes para possibilitar rápida concentração do poder de combate;
- o defensor possui superioridade aérea; e
- o inimigo tem capacidade de empregar armamento de destruição em massa.
c) Ação retardadora (AçRtrd)
É o movimento retrógrado em que uma força sob pressão ganha tempo e cede espaço, infligindo o máximo de
retardo e de danos ao inimigo, sem ser engajar decisivamente no combate.
Existem quatro tipos de ação retardadora:
- retardamento em uma única posição;
- retardamento em posições sucessivas;
- retardamento em posições alternadas; e
- combinação dos anteriores.
d) Retraimento (Ret)
É o movimento retrógrado por meio do qual uma força engajada, ou parte dela, rompe o contato com o inimigo.
Existem dois tipos de retraimento:
- sob pressão do inimigo, em que este tenta impedir o desengajamento, atacando ; e
- sem pressão do inimigo, em que este não tenta ou não pode impedir o desengajamento, havendo, entretanto,
uma ameaça potencial.
e) Retirada (Rda)
É um movimento retrógrado planejado e realizado por uma força que não está em contato com o inimigo,
visando poupar uma força desgastada, permitir o seu emprego em outro local ou evitar um combate decisivo.

5.6 - OUTRAS OPERAÇÕES


5.6.1 - Operação de junção
Uma operação de junção compreende as ações de duas forças terrestres amigas que buscam estabelecer o contato
físico entre si, em um ambiente hostil.
É realizada, normalmente, entre uma força estacionária e uma força móvel, denominada força de junção.
A operação compreende duas etapas. Na primeira, a força de junção estará desenvolvendo uma ação ofensiva,
enquanto a força estacionária se estabelecerá em uma postura defensiva para assegurar a posse de uma área onde
terá lugar a junção propriamente dita, o que consubstanciará a segunda etapa.
Esta operação poderá ocorrer, também, entre duas forças em movimento convergente. Neste caso, uma delas será
designada força de junção e a outra agirá como a estacionária.
a) Propósitos
Uma operação de junção pode ter um ou mais dos seguintes propósitos:
- emassar forças de modo a concentrar poder de combate para emprego posterior em outras operações;
- conduzir elementos de combate e/ou de apoio em benefício de tropas que estejam operando em local
afastado das demais forças amigas;
- substituir em posição uma tropa isolada ou ultrapassá-la para prosseguir ou iniciar um ataque;
- aliviar a pressão inimiga e auxiliar uma tropa que esteja lutando para romper um cerco;
- permitir que duas forças independentes conduzam um movimento convergente; e
- estabelecer a ligação com forças de infiltração ou com elementos de guerrilha amigos.
Considerando-se as dificuldades de tal operação, antes de decidir realizá-la, devem ser avaliados os riscos
decorrentes e as possibilidades de alcançar os efeitos desejados por outros meios.
5.6.2 - Operações de substituição
A substituição de forças em combate é inerente à conduta do mesmo. Quando as operações táticas se estendem
por períodos prolongados, será necessária a substituição periódica das unidades empregadas.
a) Propósitos
- considerar necessidades ditadas pelo planejamento, como, por exemplo, prosseguir no ataque em outra
direção:
- preservar o poder de combate de uma força para posterior emprego desta em outras ações ofensivas,
substituindo-a por outra descansada; e
- preparar a força substituída para uma operação que exija equipamento e/ou adestramento de caráter
particular.

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b) Tipos de substituição

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- substituição em posição;
- ultrapassagem, e
- acolhimento.
I) Substituição em posição
É a operação em que uma tropa assume o dispositivo de uma outra (ou parte dela) em combate.
É executada quando o elemento a ser substituído encontra-se na defensiva, podendo caber à tropa que
substitui continuar nesta situação ou prosseguir no ataque.
II) Ultrapassagem
É a operação em que uma tropa ataca através do dispositivo de uma outra que está em posição na linha de frente.
Pode ter lugar quer na ofensiva, quer na defensiva, visando manter a iniciativa e a impulsão do ataque,
explorar deficiências do inimigo, iniciar um ataque ou um contra-ataque.
III) Acolhimento
É uma ação na qual uma tropa realizando um movimento retrógrado passa através das posições ocupadas
por uma outra. Esta operação é utilizada quando se deseja substituir uma força que esteja demasiadamente
empenhada ou se encontre muito desfalcada. Pode também ocorrer como parte de um movimento retrógrado ou
para permitir o retraimento de uma força que deva cumprir uma outra missão. Basicamente pode ser considerado
como uma ultrapassagem para a retaguarda, mas, por acarretar um retraimento através de uma posição defendida,
envolve mais riscos e dificuldades do que uma ultrapassagem, principalmente se realizado sob pressão do inimigo.
c) Seleção do tipo de substituição antes do ataque
I) Substituição em posição
Será empregada quando houver tempo suficiente para sua realização e:
- a tropa a ser substituída é necessária em outra área, antes ou logo após o desembocar do ataque;
- o atacante necessita de conhecimento mais detalhado do terreno e/ou do inimigo; e
- o poder de combate do inimigo é capaz de colocar em risco a concentração de tropas decorrente de uma
ultrapassagem.
II) Ultrapassagem. Será, empregada preferencialmente, quando:
- não houver tempo suficiente para realizar uma substituição em posição;
- for necessário variar o dispositivo para o ataque;
- houver necessidade de apoiar o ataque com os meios de apoio de fogo de ambas as tropas;
- for prevista radical mudança na direção do ataque;
- for necessário manter contínua pressão sobre o inimigo; e
- for possível obter rapidez nas ações.
5.6.3 - Segurança da área de retaguarda (SEGAR)
A área de retaguarda é a parte do espaço geográfico de uma força destinada ao desdobramento de sua reserva
e da maior parte dos elementos de comando, apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate. Normalmente
só é considerada a partir do escalão batalhão, inclusive.
A SEGAR compreende todas as medidas e /ou ações executadas visando assegurar a normalidade das
atividades desenvolvidas na área de retaguarda, bem como desuas instalações, vias de transporte, etc.
A SEGAR abrange a Defesa da Área de Retaguarda (DEFAR) e o Controle de Danos (CDan).
5.6.4 - Despistamento
O despistamento compreende uma série de ações destinadas a iludir o inimigo quanto às possibilidades,
dispositivo e atividades das tropas amigas, induzindo-o a reações que lhe sejam desvantajosas.
Pode ser obtido pela realização isolada ou a combinação de uma ou mais das seguintes ações : fintas,
demonstrações, ardis e representações.
I) Finta
É um ataque pouco profundo, com propósito limitado, destinado a desviar a atenção do inimigo do ataque principal.
II) Demonstração
É uma exibição de força em uma frente onde não se pretende uma decisão. Não resulta em contato físico
com o inimigo, como ocorre na finta.
III) Ardil
É uma ação pré-plenejada ou improvisada, com vistas a prover o inimigo, deliberadamente, com
conhecimento falsos sobre as operações em curso ou em processo de planejamento.
IV) Representação
Destina-se a mostrar ao inimigo meios ou tropas que não existem ou que são de natureza diversa.

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CAPÍTULO 6

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O GRUPO DE COMBATE E A ESQUADRA DE TIRO


6.2 - FINALIDADE E ORGANIZAÇÃO
O GC, como unidade tática básica de infantaria, tem por finalidade localizar, cerrar sobre o inimigo e destruí-
lo pelo fogo e movimento, ou repelir seu ataque pelo fogo e combate aproximado.
Ele é organizado em três ET, cada uma das quais constituída em torno de uma arma automática (MINIMI) e
controlada por um comandante.
O GC é composto por 13 combatentes: um sargento, que é seu comandante, e das três ET com quatro
combatentes cada. A ET, por sua vez, é constituída por um CB-IF, seu comandante; um CB-IF atirador, responsável pela
execução dos tiros da arma automática da ET; um SD-FN municiador; e um SD-FN volteador.

6.2.1 - Tarefas individuais


Cada combatente de uma ET precisa conhecer perfeitamente as tarefas dos demais integrantes dessa fração.
Os comandantes de ET e do GC, por sua vez, devem ser capazes de assumir as tarefas de seus respectivos superiores.

a) Comandante do GC (CmtGC)
Lidera o GC e faz cumprir as ordens de seu Cmt de Pelotão de Fuzileiros Navais (CmtPelFuzNav). Ele é o
responsável pela disciplina, apresentação pessoal, adestramento, controle, conduta e bem estar de suas ET, em todos
os momentos, bem como pelas condições de manutenção e uso apropriado das armas e equipamentos utilizados pelos
integrantes de sua fração.
Em combate ele é responsável, também, pelo emprego tático de sua fração, controle e disciplina dos fogos, e
a manobra de suas ET. Coloca-se onde melhor puder fazer cumprir as ordens emanadas do seu Cmt de pelotão e, ao
mesmo tempo, conduzir e controlar as ET.
b) Comandante de ET (CmtET)
Faz cumprir, no âmbito da sua fração, as ordens dadas pelo CmtGC. Ele é o responsável pelas condições de
funcionamento e limpeza das armas e equipamentos de sua ET, bem como pela utilização correta desses meios.
É responsável, ainda, pelo controle do tiro e disciplina de fogo de sua ET. Para tal, mantém-se tão próximo
quanto possível do Atirador de forma a exercer efetivamente o controle dos seus tiros. Contudo, com vistas a fazer
cumprir as ordens emanada pelo CmtGC, coloca-se numa posição de onde melhor possa observar todos os integrantes
da ET e controlar seus movimentos e o emprego de suas armas.
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Além dessas tarefas básicas como líder de uma pequena fração, porém sem comprometê-las, ele atua também

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como granadeiro e é o responsável pelo emprego eficiente do Lança-Granadas 40mm M203, do seu Fuzil de Assalto
5,56mm e, ainda, pelas condições de funcionamento e conservação dos seus próprios armamento e equipamentos.
O mais antigo dos três CmtET é o substituto eventual do CmtGC.

c) Atirador
Cumpre as ordens do CmtET. É o responsável pelo emprego eficiente da arma automática da ET (MINIMI), bem
como pelas condições de funcionamento e conservação dessa arma e de seus equipamentos.

d) Municiador
Auxilia o Atirador no emprego da arma automática da ET (MINIMI). Para tal, colabora no posicionamento dessa
arma e na identificação de alvos, protege o atirador, transporta carregadores ou cofres de munição adicionais para o
reabastecimento e ajuda na solução dos incidentes de tiro. Deve estar preparado para substituir o Atirador. É
responsável pelo emprego, condições de funcionamento e conservação do seu Fuzil de Assalto 5,56mm e de seus
equipamentos.
e) Volteador
Cumpre as ordens do CmtET, atuando como elemento de segurança na incessante tarefa de localizar o inimigo
nas proximidades de sua fração. É responsável pelo emprego e pelas condições de funcionamento e conservação do
seu Fuzil de Assalto 5,56mm e dos seus equipamentos. Além disso, é responsável pelo emprego do armamento
Anticarro (AC) quando disponível na ET.
6.3 - ARMAMENTO
O GC dispõe do seguinte armamento orgânico:
1. - CmtGC: Fuzil de Assalto 5,56mm e baioneta;
2. - CmtET: Fuzil de Assalto 5,56mm com Lança-Granadas 40mm M203 e baioneta;
3. - Atirador: fuzil metralhador ou arma automática (MINIMI) equivalente e faca de combate;
4. - Municiador: Fuzil de Assalto 5,56mm e baioneta; e
5. - Volteador: Fuzil de Assalto 5,56mm, baioneta e armamento AC AT-4.
6.4 - APOIO DE FOGO PARA O GC
Em geral, o GC conta sempre com o auxílio de outros meios e frações de apoio de fogo para o cumprimento
de suas tarefas.

6.4.1 - Apoio do PelFuzNav


O PelFuzNav dispõe de três GC. Um deles pode proporcionar o apoio de fogo (base de fogos) para facilitar o
movimento de um ou dos outros dois GC.

6.4.2 - Apoio da Companhia de Fuzileiros Navais (CiaFuzNav)


O Pelotão de Petrechos (PelPtr) da CiaFuzNav dispõe de morteiros 60mm (Mrt60mm), metralhadoras (MAG) e
armas AC. Ele é organizado em uma Seção de Morteiro 60mm (SecMrt60mm), com três peças; três Seções de
Metralhadora MAG (SecMtrMAG), a duas peças cada; e uma Seção de armas AC, a seis peças. Ele é capaz de empregar:
- os morteiros e metralhadoras para proporcionar fogos de apoio aproximado (base de fogos) em auxílio aos
elementos de manobra dessa subunidade (SU), na ofensiva e para apoiar a defesa; e
- as armas AC na proteção aproximada contra os blindados inimigos e prover o efetivo apoio de fogo durante
o assalto contra posições fortificadas e obstáculos.

6.4.3 - Apoio do Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (BtlInfFuzNav)


A Companhia de Apoio de Fogo (CiaApF) do BtlInfFuzNav dispõe de morteiros 81mm (Mrt81mm), metralhadoras
pesadas calibre .50 e Mísseis AntiCarro BILL(MACBILL). Ela é organizada em um Pelotão de Morteiro 81mm
(PelMrt81mm), com três seções de Morteiro 81mm (SeçMrt81mm), a duas peças cada; um Pelotão de Metralhadoras
Pesadas .50 (PelMtrP.50), com três seções de Metralhadora Pesada .50 (SeçMtrP.50) a duas peças cada; e um Pelotão
de Míssil AntiCarro BILL (PelMACBILL), com três seções de Míssil AntiCarro BILL(SeçMACBILL) a duas equipes cada.
6.4.4 - Outros apoios
Além das armas mencionadas, o GC poderá ser apoiado também por outros meios que normalmente atendem
às necessidades da CiaFuzNav, tais como: fogo naval, aviação, artilharia de campanha e carros de combate.

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6.5 - TÉCNICA DE TIRO

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Quando os integrantes do GC estiverem individualmente habilitados na execução do tiro com suas armas e antes
que eles comecem a executar o tiro de combate como uma fração constituída, vivenciando uma situação tática, é
necessário que o GC desenvolva as técnicas de tiro do conjunto de suas armas. Essa técnica diz respeito à aplicação e
controle dos tiros combinados das armas de uma determinada unidade de tiro. Denomina-se unidade de tiro o
conjunto de combatentes cujos tiros combinados de suas armas está sob o controle direto e efetivo de um
comandante.
6.5.1 - Determinação de distâncias
É um processo para descobrir a distância aproximada entre um observador e um alvo ou qualquer objeto distante.
Uma cuidadosa determinação de distâncias faz com que os integrantes da ET executem corretamente a pontaria de
suas armas e realizem tiros eficazes sobre os alvos inimigos. São dois os métodos mais comuns para determinação de
distâncias: estimativa visual e observação do tiro.
a) Estimativa visual
Inclui dois processos: unidade de medida memorizada e aparência dos objetos. Este método permite a um
atirador bem adestrado determinar distâncias com razoável precisão e executar um grande número de tiros sobre o
inimigo, surpreendendo-o.
O processo que utiliza uma unidade de medida memorizada consiste em visualizar uma distância de 100 metros,
ou qualquer outra medida com a qual o combatente esteja bastante familiarizado, torná-la como uma unidade de
medida que é memorizada e, então, compará-la mentalmente com a distância entre ele e o alvo, determinando
quantas dessas unidades está contida no intervalo considerado.
No caso de distâncias superiores a 500 metros, o afastamento do alvo pode ser determinado com mais precisão
quando se utiliza um ponto intermediário, a meia distância, cuja medida estimada é, a seguir, multiplicada por dois.

Quando existirem elevações, bosques ou outros obstáculos entre o observador e o alvo, ou onde a maior parte
do terreno interposto está oculto das vistas, é impraticável aplicar o processo da unidade de medida memorizada para
determinar a distância.
Por meio da prática constante no adestramento, o combatente deve se familiarizar com a aparência que
determinados objetos apresentam a várias distâncias conhecidas. Por exemplo, observa-se um combatente quando
ele estiver de pé afastado 100 metros, procurando-se fixar na mente a aparência do seu tamanho e dos detalhes
pertinentes aos seus traços característicos e equipamentos. Observase, então, o mesmo combatente, a mesma
distância, na posição de joelhos e, a seguir, na posição deitado. Repete-se o processo de memorização para aos
distâncias de 200, 300 e 500 metros. Pela comparação da aparência de um combatente verificada nestas distâncias e
nestas posições, pode ser estabelecida uma série de imagens mentais cuja memorização servirá ao combatente como
um padrão de referência a ser empregado na determinação estimada de distâncias.
Quando o tempo e as condições permitirem, uma estimativa de distância mais precisa pode ser conseguida pela
média de algumas estimativas realizadas por diferentes combatentes.

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b) Observação do tiro

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Uma determinação precisa de distância pode ser obtida observando-se o ponto de impacto dos projetis de
munição comum ou traçante. É necessário empregar um observador porque é muito difícil ao próprio atirador
acompanhar a trajetória do seu projetil traçante e localizar o ponto de impacto. Este método permite estimar
distâncias rápida e precisamente, contudo a possibilidade de obtenção da surpresa é perdida e a posição do atirador
pode ser localizada pelo inimigo.

O método segue os seguintes passos:


- o atirador estima visualmente a distância até o alvo, faz a pontaria com essa distância inserida na alça de
mira do seu fuzil e dispara;
- um observador próximo ao atirador segue a trajetória do traçante e marca o local de impacto do projetil;
- o observador, então, indica a viva voz as correções em cliques de elevação do cursor da alça de mira e, caso
exista, a força do vento que possa ter desviado o projetil, de forma a atingir o alvo;
- o atirador introduz as correções na pontaria e executa novo disparo, repetindo o passo anterior até que um
impacto no alvo tenha sido observado. O observador fica atento ao número de cliques de elevação inseridos até
conseguir o acerto no alvo; e
- a indicação final do cursor da alça de mira com a qual se atingiu o alvo (considerando a posição do atirador
como zero) indica a distância até o alvo.

6.5.2 - Fogos dos fuzis de assalto e das armas automáticas e seus efeito
O emprego correto dos fogos dos fuzis de assalto e das armas automáticas do GC, bem como a exploração dos
seus efeitos, é a segunda parte da técnica de tiro dessa fração. O conhecimento sobre o comportamento do projetil
durante o vôo e um entendimento do efeito do fogo dessas armas sobre o inimigo podem auxiliar os integrantes do
GC na obtenção da máxima eficiência.

a) Trajetória
É o caminho percorrido por um projetil em seu vôo até o alvo. A trajetória é quase horizontal a curtas distâncias;
porém quando ela cresce, a altura da curva (ordenada) que a representa também cresce.

O espaço entre o fuzil e o alvo no qual a trajetória nunca ultrapassa a altura de um homem de estatura mediana
(1,70m), é chamado de área de rasância. Um projetil disparado por um fuzil no nível do solo (posição de tiro deitada)
contra um alvo localizado a uma distância relativamente curta, ocasiona um área de rasância contínua quando a
superfície do terreno é plana ou levemente inclinada. A grandes distâncias apenas em parcelas desse espaço ocorre
áreas de rasância, pois o projetil passa, na maior parte da trajetória, bem acima da cabeça de um homem com aquela
estatura. Esse espaço que a trajetória se mantém mais elevada é chamado de espaço morto.

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b) Cone de tiro
Cada projetil disparado de um fuzil contra um mesmo alvo segue um caminho ou trajetória ligeiramente
diferente dos demais. Estas pequenas diferenças são ocasionadas por imperceptíveis variações na pontaria,
empunhadura, acionamento do gatilho, queima da carga de projeção, no vento ou na pressão atmosférica. Como os
projetis partem de um mesmo ponto de origem, a boca da arma, suas trajetórias geram um cone de forma específica,
conhecido por cone de tiro.

c) Zona batida
O cone de tiro que atinge uma superfície forma uma zona batida, a qual se apresenta de forma comprida e
estreita. As zonas batidas variam em comprimento. Quando a distância aumenta, o comprimento da zona batida
diminui. A inclinação do terreno afeta o tamanho e a forma da zona batida. Quando o alvo se encontra na encosta de
uma elevação, a zona batida é encurtada; numa superfície descendente, onde o ângulo de inclinação for menor do
que a curva das trajetórias, a zona batida é alongada. A superfície que se inclina abruptamente em um ângulo maior
do que o de queda dos projetis não será atingida e é dita como estando desenfiada.

d) Classificação dos fogos


Os fogos dos fuzis são classificados quanto à direção com que atingem o alvo e quanto à trajetória.
Quanto à direção com que atingem o alvo, eles podem ser:
- frontais: quando os tiros atingem perpendicularmente a frente do alvo;
- de flanco: quando disparados contra o flanco do alvo; e
- de enfiada: quando disparados de forma que o eixo maior da zona batida coincida, ou coincida
aproximadamente, com o eixo maior do alvo. Os fogos de enfiada podem ser tanto de flanco quanto frontais.

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Quanto à trajetória, eles podem ser:


- rasantes: são aqueles que não ultrapassam a altura de um homem de estatura mediana (1,70m). Os tiros de
fuzil executados de uma posição deitada proporcionam fogos rasantes até distâncias de aproximadamente 600 metros
sobre a superfície de um terreno plano ou uniformemente inclinado;
- mergulhantes: são aqueles que atingem a superfície do terreno segundo um ângulo elevado, de forma que
a área de rasância é praticamente confinada à zona batida, e cujo comprimento é, em geral, encurtado. Tiros realizados
a grandes distâncias tornam-se preponderantemente mergulhantes, haja vista que o ângulo de queda dos projetis é
mais acentuado . Tiros realizados da parte alta de um terreno sobre um alvo localizado na parte baixa podem ser
mergulhantes. Tiros executados no espaço compreendido entre duas encostas que se elevam abruptamente
ocasionam fogos mergulhantes no ponto de impacto; e

- sobre tropa: são aqueles executados acima das cabeças da tropa amiga. O fogo dos fuzis é considerado
seguro quando a movimentação do terreno protege a tropa à frente ou quando ela se encontra em uma posição
suficientemente abaixo da linha de fogo.
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e) Efeito do fogo dos fuzis

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Os melhores resultados do fogo dos fuzis são obtidos quando o GC está perto do inimigo. O GC deve se
aproveitar das cobertas e abrigos proporcionados pelo terreno e dos fogos de apoio executados pelas metralhadoras,
morteiros e artilharia para avançar até o mais perto possível do inimigo antes de abrir fogo. Normalmente, o GC não
deve abrir fogo a distâncias superiores a 800m (para alvos tipo área) e 550m (para alvos tipo ponto), o máximo de
alcance útil do Fuzil de Assalto 5,56mm.
Só em condições muito favoráveis o fuzil pode ser usado contra grupos de combatentes inimigos ou alvos que
apresentem áreas mais extensas, entre as distâncias de 460 e 1.000 metros, seu alcance máximo eficaz.
A área na qual o inimigo está localizado pode ser habitualmente determinada pelo som dos seus disparos. Os
tiros de uma fração devem ser distribuídos uniformemente em largura e profundidade, de forma a bater a área
ocupada pelo inimigo por inteiro, obrigando-o a manter-se abrigado e tornando seus tiros ineficazes.
f) Cadência de tiro
As cadências de tiro das armas do GC combinam-se para formar o poder de fogo dessa fração. O emprego dessas
armas e o poder de fogo do GC não são determinados pela rapidez com que os combatentes são capazes de disparar
suas armas, mas sim pela velocidade com que são capazes de executar os tiros com precisão. Os comandantes de GC
ou ET devem estar aptos a controlar a cadência e o efeito dos tiros de seus subordinados, caso contrário a munição
será desperdiçada.
A cadência de tiro é expressa em tiros por minutos (tpm). As cadências a seguir se aplicam às armas do GC:
- cadência normal: refere-se a velocidade média de execução do tiro com pontaria que um combatente é
capaz de realizar com o Fuzil de Assalto 5,56mm ou com o Lança-Granadas 40mm M203 , a saber: 5,56mm – 10 a 12
tpm; e M-203 – 5 a 7 tpm;
- cadência mantida: este termo se aplica à arma automática da ET (MINIMI) e às metralhadoras do PelPtr
(MAG). Ela é a cadência que uma arma de tiro de trajetória tensa efetivamente consegue executar por um período de
tempo indefinido sem causar uma interrupção do tiro ou mau funcionamento da arma devido a um super-
aquecimento. A cadência de tiro da arma automática da ET é da ordem de 90 tpm.
- cadência rápida: este termo também se aplica à arma automática da ET e às metralhadoras. Ela é a
quantidade máxima de tiros controlados que se pode disparar contra um alvo, por um curto período de tempo
(normalmente não mais do que dois minutos) sem causar uma interrupção do tiro ou mau funcionamento da arma
devido a um superaquecimento. A cadência rápida da arma automática da ET é da ordem de 100 tpm.

6.6 - LANÇADOR DE GRANADAS 40mm M203


O CmtET/granadeiro porta uma arma que é ao mesmo tempo Fuzil de Assalto 5,56mm e Lança-Granadas 40mm
M203, e ele pode usar uma ou ambas conforme a situação. De forma a melhor empregar o M-203, ele precisa entender
a trajetória percorrida pelos seus projetis, métodos de tiro e os efeitos das granadas.

6.6.1 - Emprego
Na ofensiva, o Lança-Granadas 40mm M203 é empregado para destruir grupos de indivíduos inimigos e
proporcionar o apoio de fogo aproximado durante o assalto em conjugação ou para suplementar outros fogos de
apoio.
O CmtET seleciona pessoalmente os alvos e executa os tiros durante o ataque. Nos últimos 35 metros do assalto,
quando os fogos do Lança-Granadas 40mm M203 podem se tornar perigosos para as tropas amigas que estão
executando o assalto ao objetivo, ele deve empregar a munição antipessoal multiprojeteis. Esta munição pode ser
disparada da mesma linha que a tropa assaltante se encontra sem colocar em perigo os demais combatentes próximos
ao CmtET. Ele pode, entretanto, lançar granadas explosivas contra alvos que estejam suficientemente distantes da
faixa de terreno a ser percorrida pela tropa que realiza o assalto, de forma que a explosão da granada não lhe traga
qualquer risco. Convém lembrar que as granadas alto explosivas necessitam de uma distância mínima de
aproximadamente 30 metros para armar a espoleta.
Durante o assalto, o CmtET pode utilizar seu fuzil até que apareça algum alvo apropriado ou até que ele tenha
tempo para recarregar o M-203. Os alvos apropriados para serem batidos pelas granadas lançadas pelo M-203 são
posições de fuzismetralhadores, metralhadoras e as guarnições de outras armas de emprego coletivo, no setor de tiro
da ET. Esta forma de emprego é usada quando um volume intenso de fogo é necessário para reduzir a posição inimiga
assaltada.
Na defesa, o CmtET ocupa uma posição de tiro abrigada, que lhe permita controlar sua ET e lançar as granadas
com o M-203 sobre todo o setor de tiro de sua fração. Posições principal e suplementar são preparadas aproveitando
ao máximo as cobertas e abrigos que o terreno a ser ocupado para o cumprimento da missão puder oferecer. Cuidados
especiais devem ser tomados para garantir que os campos de tiro sejam desobstruídos, de forma a evitar a detonação

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prematura dos projetis do M-203. A medida que o inimigo se aproxima da posição defensiva, ele vai sendo submetido

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a um volume cada vez mais intenso de fogos. Inicialmente, o CmtET só deve utilizar o fuzil, reservando o lançamento
de granadas com o M-203 para quando o inimigo estiver bem próximo das posições amigas. Nessa oportunidade,
disparará contra as armas automáticas e tropa inimiga que se encontrem em posições desenfiadas para os fuzis. Isto
fará com que essas bases de fogos inimigas silenciem e suas tropas abandonem as posições cobertas para serem
engajadas pelas armas automáticas das ET.

6.9 - FORMAÇÕES DE COMBATE


As formações de combate da ET e do GC são grupadas em individuais e de fração, com vistas ao emprego tático
eficiente. Os fatores que influenciam a decisão do Comandante na escolha de uma formação em particular, são a
tarefa recebida, o terreno, a situação, as condições meteorológicas, a velocidade de progressão desejada e o grau de
flexibilidade pretendido. As formações de combate, bem como os comandos por gestos e os sinais preetabelecidos,
capacitam os comandantes a controlar o fogo e o movimento de suas frações durante a aproximação e o assalto a
uma posição inimiga.

6.9.1 - Formações básicas

a) ET
Normalmente, cada CmtET determinará a formação para sua própria fração.
Conseqüentemente, um GC pode conter uma variedade de formações de combate de ET, em um dado
momento, e ter essas formações modificadas freqüentemente.
A posição relativa de uma ET dentro da formação do GC deve ser tal que uma não mascare o tiro das outras.
Não é importante que distâncias e intervalos precisos sejam mantidos entre as ET e os indivíduos, contanto que o
controle não seja perdido. Contato por sinais ou a viva voz serão mantidos dentro da ET e entre os comandantes destas
frações e o CmtGC. Todo movimento ligado a mudanças de formação é realizado pelo itinerário mais curto e fácil. As
características das formações de combate da ET são similares àquelas correspondentes do GC. Essas características
são as seguir apresentadas.

I) Coluna
- permite o deslocamento rápido e controlado;
- favorece o fogo e o movimento para os flancos; e
- dificulta a execução dos tiros para frente.
Essa formação é usada quando a velocidade e controle do movimento são os fatores preponderantes, como
nos deslocamentos através de bosques, em um nevoeiro, a noite e ao longo de uma estrada.

II) Triângulo
- permite um bom controle;
- provê segurança em todas as direções;
- proporciona bastante flexibilidade; e
- facilita a execução do tiro em qualquer direção.
É usada quando não existem dados exatos sobre a situação do inimigo, e o terreno e a visibilidade favorecem
a dispersão.

III) Linha
- proporciona o máximo poder de fogo para a frente; e
- dificulta o controle.
Nessa formação, dependendo da situação, o Atirador poderá ocupar uma posição no dispositivo à direita ou
à esquerda.
É usada quando a posição e o efetivo do inimigo são conhecidos, durante a execução do assalto e a limpeza
do objetivo, e para cruzar pequenas áreas abertas.

IV) Escalonado à direita (à esquerda)


- provê excelente poder de fogo para frente e para o flanco do escalonamento; e
- reduz a velocidade de deslocamento, especialmente sob condições de visibilidade reduzida.

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É usada para proteger um flanco exposto.

b) GC
Cabe ao CmtGC prescrever a formação de combate para sua fração. Entretanto, o CmtPelFuzNav e o CmtGC
podem prescrever a formação para suas respectivas frações subordinadas quando a situação recomendar ou o
Comandante assim o desejar. Mudanças subseqüentes podem ser feitas pelos comandos subordinados para fazer
frente às alterações da situação.
As características das formações do GC são similares àquelas da ET. A ET é o elemento de manobra nas
formações do GC.

I) GC em coluna

As ET são dispostas em sucessão, uma atrás da outra.


- vulnerável aos fogos partidos da frente;
- facilita o controle e o deslocamento;
- proporciona excelente velocidade de deslocamento; e
- favorece um controle mais eficientemente, quando isto é desejado.

É especialmente apropriada para o deslocamento através de itinerários de aproximação cobertos e estreitos,


para manobrar através dos espaços entre duas áreas sob fogo de artilharia inimiga, para o movimento através de áreas
com limitadas condições de observação ou sob condições de visibilidade reduzida.

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É usada, também, nas operações noturnas.

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II) GC em triângulo (ou em cunha)


- facilita o controle;
- provê segurança em todas as direções;
- proporciona boa flexibilidade para a manobra; e
- permite a execução dos fogos em qualquer direção.

É especialmente recomendada quando não há certeza quanto à situação do inimigo, e o terreno e as


condições de visibilidade permitirem uma boa dispersão.

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III) GC em “V”

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- facilita a mudança de formação para o GC em linha;


- provê excelente poder de fogo para frente e para os flancos; e
- provê segurança a toda volta.

É usada quando o inimigo se encontra à frente, e sua correta localização e efetivo são conhecidos. Pode ser
empregada para cruzar extensas áreas descobertas.

IV) GC em linha
As considerações sobre essa formação são as mesmas da formação em linha da ET.

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V) GC escalonado
As considerações sobre essa formação são as mesmas da formação escalonada da ET

6.10 - SINAIS
Os sinais são empregados para transmitir comandos e fornecer informações quando a comunicação a viva voz
é difícil, impossível, ou quando o silêncio precisa ser mantido. Os comandantes de frações subordinadas repetem os
sinais para suas frações sempre que necessário assegurar a presteza e a execução correta das ordens.

6.10.1 - Apito
É um excelente instrumento de sinalização para os comandantes de pequenas frações. Ele provê um meio
rápido de transmitir uma mensagem para um grupo grande de indivíduos. Entretanto, os sinais precisam ser
previamente convencionados e corretamente compreendidos por todos para evitar interpretações equivocadas. Além
disso, sempre existe o perigo de um sinal de apito de uma fração adjacente causar confusão, bem como o barulho do
campo de batalha reduzir sua eficiência.

6.10.2 - Sinais especiais


Consiste de todos os métodos e dispositivos especiais usados para transmitir comandos ou informações. Um
CmtGC operando a noite, pode usar leves pancadas no seu capacete ou batidas na coronha do fuzil para sinalizar: alto,
perigo, em frente ou reunir aqui. Esses sinais devem ser conhecidos e ensaiados antes do seu uso.
Vários artefatos pirotécnicos e de fumaça podem ser empregados para sinalizar a linha de frente, o início do
ataque, a ordem para retrair, a indicação de um alvo e cessar ou transferir os fogos. O uso desses sinais precisa ser
coordenado entre os GC e com o CmtPelFuzNav para que não se use um mesmo sinal já empregado por outro com
significado diferente.

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6.10.3 - Gestos

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Os gestos que se seguem são utilizados na manobra de pequenas frações:

Acelerado Alto Triângulo GC

Em frente Abrigar-se
Em V Linha

Linha de atiradores
Eu não entendi Dispersar à direita/esquerda Substituir

Escalonado à “Está pronto?” ou


Pelotão Atenção direita/esquerda “Estou pronto.”

Diminuir a velocidade Comandantes a mim Armar baioneta


ET

Coluna Cessar fogo Última forma Congelar

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Reunir

Inimigo à vista
rapidamente.
sinal executado
“Abrir fogo” ou

cadência de tiro”

Cadência lenta: sinal


Obs: Cadência rápida:

executado lentamente.

Mudança de direção
“aumentar” ou “diminuir a

Distância 200 m
esquerda
Flanco à direita ou
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CAPÍTULO 7

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OPERAÇÕES SOB CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE REDUZIDA


7.4 - TIPOS DE ATAQUE NOTURNO
Os ataques noturnos são classificados em: iluminados, não iluminados, apoiados e não apoiados.
7.4.1 - Ataques iluminados
São aqueles iluminados artificialmente. Dentre os meios que fornecem iluminação artificial, incluem-se os
projetores, as granadas e foguetes iluminativos e os artefatos lançados de aeronaves.
Como vantagens deste tipo de ataque noturno, destacam-se:
• - as de possibilitar a conquista de objetivos profundos, bem como o
• - apoio eficaz de blindados;
• - permitir maior velocidade ao escalão de ataque, na realização das tarefas de engenharia e na
ultrapassagem de obstáculos;
• - maior facilidade de coordenação e controle; e
• - o aumento da eficácia dos fogos.
Normalmente, a iluminação é utilizada em ataques contra posições fortemente defendidas, uma vez que são
pequenas as probabilidades de obtenção da surpresa.
Como desvantagens, cita-se que diminui a probabilidade de obtenção de surpresa, exige artefatos especiais,
expõe o atacante aos fogos do inimigo e facilita a movimentação das suas reservas.
Outros fatores devem ser também considerados quando da realização deste tipo de ataque noturno, como por
exemplo: a utilização de artefatos especiais providos de pára-quedas, ao serem lançados sobre a retaguarda inimiga,
com a finalidade de delinear seu dispositivo, podem ser conduzidos pelo vento para o lado do atacante,
proporcionando vantagem para o inimigo; e o uso de iluminação artificial em uma determinada área pode prejudicar
operações não iluminadas em áreas adjacentes.
7.4.2 - Ataques não iluminados
Nos dias atuais, o ataque noturno não iluminado passou a ser realizado com o auxílio dos equipamentos de
visão noturna, que minimizam as restrições de visibilidade a noite. Tais meios, além de contribuírem para o sigilo e
segurança do ataque, apresentam as vantagens mostradas para o ataque iluminado e eliminam as respectivas
desvantagens, exceto a de exigir equipamentos especiais.
Deve-se considerar, entretanto, que a posse de equipamento de visão noturna também pelo defensor
repercute enormemente a seu favor, dada a sua maior familiaridade com o terreno.
Finalmente, a iluminação artificial pode causar danos a determinados equipamentos de visão noturna, bem
como, ao ser interrompida, ainda à noite, demandar certo tempo para adaptação da visão dos atacantes ao ambiente.
O tempo de adaptação depende da intensidade da luz artificial utilizada.
7.4.3 - Ataques apoiados
São aqueles onde as armas de apoio são utilizadas na preparação do ataque.
O apoio de fogo é planejado e controlado como nos ataque diurnos, considerando as dificuldades de ajustagem dos
tiros em face das condições meteorológicas e dos equipamentos disponíveis.
O emprego da preparação terá em vista o grau de sigilo previsto; sendo assim, não serão desencadeados estes
fogos em ataques não iluminados até que o inimigo perceba a ação. Os fogos a pedido serão iniciados após a perda da
surpresa, seja para bater a posição defensiva, seja para isolar a área e impedir a chegada de reforços e/ou o
retraimento do inimigo.
Em ataques dirigidos contra posições fortemente defendidas, quando as probabilidades de obtenção de
surpresa são reduzidas, fogos de apoio serão desencadeados desde a preparação do ataque.
7.4.4 - Ataques não apoiados
São aqueles onde não ocorrem os fogos de preparação.
7.5 - CARACTERÍSTICAS DO ATAQUE NOTURNO
O ataque noturno tem características que o tornam especial e obrigam a um adestramento específico, a fim
de habilitar o FN na sua execução, condicionando o emprego das armas, homens e munição. São elas:
- diminuição da eficácia dos fogos com pontaria direta;
- aumento da importância do combate aproximado e dos tiros amarrados;
- dificuldades de deslocamento e de conservação da direção, ação de comando, controle e ligação;

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- a surpresa e a ação de choque são sempre grandes para o defensor e podem provocar pânico em suas
defesas;
- o objetivo deverá ser facilmente identificável e pequeno para poder ser conquistado em um único assalto; e
- devido às dificuldades para a reorganização, normalmente não se atribui mais de um objetivo em um ataque.

7.6 - MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE


Os ataques noturnos, em geral, exigem um número maior de medidas de coordenação e controle do que os
diurnos (Fig 7.1), em virtude de suas já mencionadas características. Certas medidas requerem considerações especiais
a seguir discutidas.

7.6.1 - Hora do ataque


Normalmente a hora do ataque é selecionada de modo a proporcionar as maiores chances de obtenção da
surpresa.
Caso o ataque tenha a finalidade de conquistar um terreno favorável ao desencadeamento de um ataque
diurno posterior, será lançado nas horas finais da escuridão, de modo a não dar tempo suficiente ao inimigo para
reorganizar-se e fazer frente ao ataque diurno.
Por outro lado, ataques lançados durante as horas iniciais da escuridão permitem ao atacante aproveitar o
longo período de visibilidade reduzida para valer-se do impacto psicológico e conseqüente perda de controle do
inimigo, impedindo-o de reorganizar-se e de conduzir o combate em profundidade.

7.6.2 - Posição de ataque (PAtq)


No ataque noturno a PAtq deve estar localizada perpendicularmente à direção de deslocamento prevista, ser
de fácil identificação à noite ou convenientemente balizada e estar situada em área na qual a vegetação não dificulte
as ações previstas para esta posição.
Não é essencial que seja protegida dos tiros diretos do inimigo, em face das condições de iluminação e o pouco
tempo de ocupação da mesma.

7.6.4 - Linha de partida (LP)


Tendo em vista a redução da visibilidade, maiores cuidados são requeridos na seleção e balizamento da LP. Se
possível, será utilizada a linha de contato (LC) ou a orla anterior da PAtq.
Normalmente a tropa cruzará a LP em coluna e, neste caso, serão estabelecidos e balizados PPsg tantos
quantos forem as frações a transpor a LP em coluna.

7.6.5 - Pontos de liberação (PLib)


São fixados pelo escalão superior desde a zona de reunião (ZReu), devendo ser suficientemente distanciados
de modo a permitir a cada fração o movimento lateral necessário para seguir o seu itinerário. Sua finalidade é regular
o desdobramento gradativo da força atacante até os escalões elementares.

7.6.6 - Linha provável de desenvolvimento (LPD)


Na LPD a fração desenvolve-se inteiramente e parte para o assalto final ao objetivo. Deve ser facilmente
identificável a noite ou convenientemente balizada e, de preferência, perpendicular à direção de ataque (DireAtq).
Normalmente estará situada entre 100 a 200m da posição do inimigo, de modo a possibilitar a adoção do
dispositivo em linha para o assalto, sem que a tropa seja detectada, e permitir eficiente controle.

7.6.7 - Objetivo (Obj)


Deve ser facilmente identificável a noite e situado em terreno favorável à aproximação.
Normalmente, para cada escalão, o objetivo determinado terá dimensões menores do que no ataque diurno.

7.6.8 - Linha limite de progressão (LLP)


A LLP é utilizada para controlar o avanço das frações e evitar que sejam atingidas pelos fogos de proteção
planejados para isolar o objetivo.
Deve ser balizada por acidentes nítidos do terreno e demarcada tanto em profundidade quanto nos flancos
do objetivo, não devendo ser ultrapassada pela força atacante.

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7.6.9 - Direção de Ataque

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Em face da necessidade de controle centralizado, direções de ataque são determinadas a partir do escalão
batalhão e superiores.

7.7- PREPARAÇÃO PARA O ATAQUE NOTURNO


As atividades de preparação realizadas na ZReu pelo Grupo de Combate (GC) são semelhantes as de um
ataque diurno, devendo o comandante (Cmt) do GC ter uma preocupação especial com a segurança.
São preparativos para a realização do ataque noturno:
a) - ensaios conduzidos, tanto durante o dia como durante a noite, com formações, sinais e demais ações
realizadas da ZReu ao Obj;
b) - descanso dos integrantes do GC antes do ataque;
c) - alienação dos equipamentos desnecessários ao ataque, os quais deverão ser reunidos e levados para
o Obj após sua conquista ter sido consolidada;
d) - camuflagem individual e do equipamento;
e) - inspeção dos homens e equipamentos, com vistas a manutenção da disciplina de luzes e ruídos;
f) - redução ao mínimo indispensável dos efetivos e atividades dos elementos empregados nos
reconhecimentos, e em outras ações preparatórias; e
g) - manutenção das armas travadas durante o deslocamento, a fim de garantir que a abertura de fogos
só ocorra mediante ordem.

7.8 - EXECUÇÃO DO ATAQUE NOTURNO

7.8.1 - Progressão até o PLibGC


O GC normalmente transpõe a LP em coluna, por ser este o dispositivo que possibilita um grau maior de
controle. Esta formação é mantida até que seja atingido o ponto de liberação de GC (PLibGC) ou seja forçado o
desenvolvimento da tropa pela ação do inimigo.
O avanço deverá ser lento, silencioso e furtivo, guiado por um dos integrantes das patrulhas de segurança
deslocadas à frente com antecedência, de modo a preservar o sigilo.
O comandante do GC desloca-se à frente para manter a impulsão da progressão.

7.8.2 - Progressão do PLibGC até a LPD


O GC progredirá, ainda conduzido por um guia, até atingir sua posição na LPD, aonde completará o seu
desenvolvimento. Quando estiver completamente desenvolvido, dará o pronto ao CmtPelFuzNav, mediante ordem do

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qual o GC continuará seu movimento silencioso, mantendo a formação em linha e regulando seu avanço pelo GC base.

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Deve haver uma avaliação cuidadosa da reação inimiga, em termos de considerar se houve perda da surpresa
ou não. Tiros isolados e mesmo um choque entre patrulhas devem ser ponderados, para não precipitar medidas que
revelem o ataque em andamento ou mesmo apressem o assalto.

7.8.3 - Assalto
O GC prossegue o seu movimento na direção do Obj até que o ataque seja descoberto ou até que seja
encontrada resistência inimiga, ocasião em que se desencadeará o assalto. Todo esforço deverá ser feito para manter
o GC em linha e evitar que se formem grupos separados.
É muito importante lançar um grande volume de fogos durante o assalto, pois é necessário que se estabeleça
e mantenha uma superioridade de fogos. O assalto deve ser conduzido com agressividade.
A partir da LPD e após a quebra do sigilo, utilização de artifícios iluminativos é liberada, de modo a auxiliar a
orientação do pessoal e a ajustagem dos tiros.
É necessário um controle rigoroso pelos comandantes, para que a tropa mantenha

7.8.4 - Consolidação e reorganização


Assim que o Obj estiver conquistado, o GC ocupará o setor que lhe tiver sido atribuído, buscando estabelecer
seus flancos em pontos característicos do terreno, designados pelo CmtPelFuzNav, e mantendo contato com os GC
vizinhos.
Deverá ser feita a redistribuição da munição, a evacuação das baixas e dos prisioneiros de guerra (PG) e, na
medida do possível, o recompletamento de pessoal. O CmtGC deverá manter o CmtPelFuzNav informado dessas ações.
Quando o ataque tiver de prosseguir após o amanhecer, os preparativos imediatos para o prosseguimento
devem ser logo iniciados.

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CAPITULO 8

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PATRULHAS
8.1 - GENERALIDADES
Uma patrulha é um destacamento de forças terrestres despachado na direção do inimigo por uma unidade
maior, com a finalidade de obter dados sobre o inimigo e/ou terreno, prover segurança, causar destruição ou
inquietação, resgatar ou capturar de pessoal e/ou equipamento.
Dependendo do seu tipo, da missão a ser cumprida e da distância em que irá atuar da unidade que a enviou,
a patrulha pode ter um efetivo de no mínimo quatro elementos.
As ações das patrulhas dependem da engenhosidade de quem as emprega, do grau de instrução, do nível de
adestramento e da agressividade de seus componentes.

8.1.1 - Definição
Patrulha é uma organização por tarefas constituída por militares de uma ou mais frações, com a finalidade de
cumprir tarefas de reconhecimento, de combate ou uma combinação de ambas.

8.1.2 – Classificação das patrulhas


a) Quanto ao tipo de missão
I) Patrulha de combate
Visa prover segurança a tropas amigas, inquietar o inimigo, ocupar ou destruir instalações inimigas, e capturar
pessoal e equipamentos. Visa, ainda, subsidiariamente, obter conhecimentos.

II) Patrulha de reconhecimento


Visa obter dados sobre o terreno e o inimigo ou confirmar a veracidade daqueles previamente recebidos.
Devendo ser executada com um efetivo reduzido, tem como características principais a reportagem imediata dos
dados obtidos e a manutenção do sigilo durante toda a operação.

b) Quanto ao tempo de duração


I) Curto alcance
Atuam por um período de tempo reduzido (até 72h), na área de ação da Unidade que as lançou, podendo
receber desta Unidade o necessário apoio de fogo.

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II) Longo alcance

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Atuam por um período de tempo superior a 72 horas, na área de ação ou de Interesse da Unidade que as
lançou, recebendo desta apenas apoio de fogo aéreo.
8.2 - ORGANIZAÇÃO
O comandante da patrulha a organiza com base nas tarefas a serem cumpridas. Basicamente uma patrulha
se constitui de escalões e estes, de um ou mais grupos, os quais poderão ter uma ou mais equipes.
Os escalões podem ser divididos em:
- Escalão de Comando – É comum a todos os tipos de patrulha, sendo normalmente constituído pelo
comandante da patrulha, seu subcomandante, rádio operador, guia, intérprete, mateiro, ou qualquer outro elemento
especializado. Recebe tarefas associadas ao controle da patrulha.
- Escalão de Segurança - comum a todos os tipos de patrulha. É responsável pela segurança da patrulha
durante os deslocamentos, por ocasião dos estacionamentos e na área do objetivo. Na ação do objetivo, é responsável
por impedir a saída das forças inimigas e a entrada de seus reforços. O número dos grupos de segurança é uma unidade
a mais que o das vias de acesso.
- Escalão de Assalto - Sua ativação só se justifica em patrulhas de combate sendo, portanto, o escalão
característico deste tipo de patrulha. Recebe tarefas de destruição ou de engajar fisicamente o inimigo devendo dispor
de forte poder de fogo para lhe proporcionar superioridade durante o assalto, quando são necessárias ações rápidas
e violentas.
- Escalão de Reconhecimento - Recebendo tarefas específicas de reconhecimento, este escalão só é ativado
neste tipo de patrulhas.
- Escalão de Apoio de Fogo - Sua ativação só se justifica em patrulhas de combate. Provê o apoio de fogo
orgânico à patrulha. Pode ser um grupo do escalão de assalto, desde que o apoio de fogo seja pequeno e o comandante
do escalão de assalto controle as armas de apoio. Quando o emprego das armas deste escalão não puder ser
controlado diretamente pelo seu comandante, serão organizados dois ou mais grupos de apoio de fogo. Isto ocorrerá
quando houver grande quantidade de armas de apoio de fogo ou quando estas ocuparem posições muito afastadas.
8.3 - FUNÇÕES INDIVIDUAIS EM UMA PATRULHA
São oito as funções individuais básicas de uma patrulha, a saber: comandante, subcomandante, homem-
ponta, homem-carta, homem-passo, homem-bússola, rádio-operador e gerente. Toda patrulha deve possuir entre
seus componentes elementos que executem cada uma das oito funções básicas. Em uma patrulha de grande efetivo
as tarefas básicas podem ser executadas por mais de um elemento. Numa de pequeno efetivo, podem ser atribuídas
duas ou mais destas tarefas a um único elemento.

8.3.1 - Funções básicas


a) Comandante
É o responsável pelo desempenho geral da patrulha planejando, organizando-a e controlando-a.
b) Subcomandante
Auxilia diretamente o comandante da patrulha e o substitui no seu impedimento, sendo o principal supervisor
das atividades da patrulha. É responsável pelos ensaios, pelas inspeções de pessoal e material. Deverá se certificar de
que todos os elementos da patrulha tiveram o perfeito entendimento da missão.
c) Homem Ponta
Pode ser de vanguarda ou retaguarda, proporcionando segurança à frente ou a retaguarda da patrulha durante
o movimento. Alerta a patrulha quanto à presença de inimigo ou quando da aproximação de uma área perigosa. Deve
estar familiarizado com o itinerário para que possa manter a direção de deslocamento. Não deverá acumular esta com
nenhuma outra função básica.
d) Homem Carta
Assessora o comandante no tocante à navegação, orientando o deslocamento da patrulha e conservando-a
no itinerário estabelecido.
e) Homem Passo
Auxilia o homem carta na navegação por meio da verificação da distância percorrida.
f) Homem-bússola
É responsável pelo azimute correto utilizado pela patrulha, que é fornecido pelo Homem-carta. É muito
utilizado nos deslocamentos por embarcações, em ambientes com visibilidade reduzida ou em ambiente de selva.
g) Rádio Operador
Opera o rádio, transmitindo e recebendo mensagens.

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h) Gerente

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Suas atribuições se restringem à fase dos preparativos: receber, conferir e distribuir os equipamentos,
armamentos e munição necessários. Após essa fase inicial, o gerente será empregado normalmente na patrulha com
outra tarefa qualquer.
8.3.2 - Outras funções
a) Desenhista/Fotógrafo
Confecciona croquis e fotografa os alvos do reconhecimento, bem como tudo o que for julgado importante
durante o movimento.
b) Enfermeiro
É o responsável por prestar os primeiros socorros às baixas e evacuar os feridos.
Deve conduzir quantidade extra de suprimentos de saúde.
c) 2o Rádio Operador
Conduz e opera um segundo ou terceiro equipamento rádio, quando mais de uma rede tiver que ser
guarnecida.
d) 2o Homem Passo
Executa a mesma tarefa do homem passo. Quando empregado, será realizada a média da contagem de passos
de ambos. Uma patrulha deve possuir preferencialmente dois homens-passo.
e) Anotador
Relaciona os fatos ocorridos e as atividades desenvolvidas durante a patrulha, tais como: partida, cruzamento
das linhas amigas, regiões perigosas, presença inimiga, dados obtidos na área do objetivo, etc. Auxilia o Comandante
no relatório final.

8.3.3 - Tarefas e responsabilidades comuns a todos os componentes da patrulha


Dentre estas podemos listar: conduta individual, disciplina de luzes e de ruídos, segurança pessoal e do grupo,
segurança a toda volta, observação e relato de qualquer atividade inimiga e manutenção do seu próprio equipamento
e armamento.

8.4 - PREPARATIVOS
8.4.1 - Recebimento da missão
Nesta ocasião são fornecidos ao Comandante da patrulha, além da missão, todos os dados relevantes
necessários, tais como: localização e atividades das forças inimigas, localização das tropas amigas, condições
meteorológicas, dados sobre o terreno, data-hora de partida e regresso, método a ser utilizado para reportar
informações, senhas e contra-senhas, locais a serem evitados e conhecimentos de interesse do escalão superior.

8.4.2 - Normas de comando


Constituem-se nos passos a serem seguidos pelo comandante no planejamento e execução da patrulha, desde
o recebimento da missão até o regresso da mesma.
1. Estudo Sucinto da Missão
2. Planejamento da Utilização do tempo
3. Planejamento Preliminar
4. Emissão da Ordem Preparatória
5. Planejamento Detalhado
6. Emissão da Ordem de Operação
7. Inspeção Inicial
8. Ensaio
9. Briefing
10. Reajustes
11. Inspeção Final

8.5 – EXECUÇÃO DA PATRULHA


8.5.1 - Formações da Patrulha
Pode-se adotar diferentes formações para a patrulha, conforme a situação e segundo os seguintes fatores:
necessidade de controle, velocidade de deslocamento necessária, possibilidade de contato, sigilo, segurança, situação
do inimigo, ações a desencadear, o emprego do poder de fogo, terreno, visibilidade, condições meteorológicas. As
formações mais comuns são: coluna, linha, “v” e cunha.

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8.5.2 - Técnicas de movimento

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São procedimentos utilizados pelos patrulheiros para se deslocarem com o devido sigilo e a devida velocidade
associados ao necessária segurança, indispensáveis ao cumprimento da missão. Tais técnicas são adotadas de acordo
com a situação, com a possibilidade de contato com o inimigo, segundo as condições de visibilidade e as limitações do
terreno. São classificadas em: movimento contínuo, movimento contínuo em dois escalões e movimento por lances,
podendo este ser classificado em movimento por lances alternados ou por lances sucessivos.
8.5.3 - Medidas de controle de movimento
Consistem no planejamento na carta, para reconhecimento e posterior confirmação ou não no terreno, de locais
destinados à reunião e reorganização da patrulha. Tais locais, denominados pontos de reunião, são escolhidos no
interior das linhas amigas, ao longo do itinerário e nas proximidades do objetivo, exigindo a observância de
determinados requisitos para sua escolha, procedimentos específicos para sua assunção e com ações a serem
desencadeadas durante sua ocupação.

8.5.4 - Saída das linhas amigas


As áreas à frente das posições amigas, por se encontram possivelmente sob vigilância e patrulhamento do
inimigo, devem ser consideradas regiões perigosas. Por isso, o movimento de nossas patrulhas à frente das unidades
amigas deve ser coordenado e controlado de forma a evitar incidentes. A saída de uma patrulha em missão deixando
as linhas amigas, bem como sua entrada nas linhas amigas, quando de seu regresso após cumprimento de missão,
exigem uma série de medidas de coordenação e controle, tais como: estabelecimento de pontos de reunião, adoção
de medidas especiais de segurança, troca de informações, convencionar sinais de reconhecimento, troca de guias,
estabelecimento de locais, horários e itinerários para saída e entrada.

8.5.5 - Medidas de controle da patrulha


O sucesso no cumprimento da missão de uma patrulha depende, em grande parte, do controle que seu
comandante exerce sobre seus integrantes. O comandante necessita controlar a direção, a velocidade, o
deslocamento, os altos e as reações da patrulha em caso de contato com o inimigo e as ações na área do objetivo.
a) Controle pela voz e outros sinais sonoros
Ordens verbais devem ser emitidas em tom de voz baixo, no entanto, podem ser transmitidas a viva voz no
caso de emergência ou em contato com o inimigo. Sinais sonoros imitando aves ou outros animais devem ser evitados.
O rádio é um excelente meio de controle, especialmente em patrulhas com grandes efetivos.
b) Contagem de pessoal
A contagem de pessoal deve ser realizada nas seguintes ocasiões:
1. - após a passagem por linhas amigas;
2. - após cruzar áreas perigosas;
3. - após o contato com o inimigo;
4. - a cada reinicio de deslocamento; e
5. - quando determinado pelo comandante.
c) Sinais e gestos convencionados
Os sinais e gestos convencionados com a arma e com as mãos devem ser utilizados sempre que possível,
principalmente quando o silêncio for imprescindível. Para efetivamente auxiliar no controle, os sinais e gestos
necessitam ser compreendidos por todos os componentes da patrulha. Adestramento e ensaios garantem esta
compreensão.

8.5.6 - Navegação
O comandante patrulha é o responsável pela navegação, entretanto, normalmente, essa tarefa é atribuída ao
homem carta. Devem ser designados pelo menos dois homens passo, os quais devem estar separados na formação,
de modo a não se influenciarem mutuamente. O comandante da patrulha considera, então, a média das distâncias
fornecidas por ambos.
O itinerário deve ser dividido em pernadas e cada pernada deve iniciar em um ponto facilmente identificável
no terreno. Os homens passo iniciam a contagem dos passos no início de cada pernada. Isto facilita a contagem da
distância e proporciona ao comandante da patrulha a verificação periódica de seu deslocamento.
Deve haver também um homem-bússola, principalmente para ambiente de selva, ou deslocamento noturno.
O Homem Carta deverá confeccionar um quadro de navegação, onde irá inserir pontos de controle, preferencialmente
visíveis no terreno.

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8.5.7 - Segurança

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A segurança impõe à patrulha dispersão no terreno, utilização de cobertas e abrigos, disciplina de luzes e sons,
manutenção do contato entre os patrulheiros adjacentes na formação. Numa patrulha, a segurança (individual e
coletiva) deverá ser preservada em todas as ocasiões, em todas as direções (vanguarda, retaguarda e flancos).
a) Conduta na Patrulha
Os patrulheiros atuam no mínimo em dupla. Quando em deslocamento, cada patrulheiro deverá ter atenção
à sua silhueta, especialmente em terreno elevado, aproveitar ao máximo as cobertas e abrigos disponíveis, manter
um passo regular, evitar, sempre que possível, áreas perigosas, lanços longos e corridas, locais com suspeita ou
confirmação de presença inimiga, bem como áreas construídas. Em patrulhas noturnas, os patrulheiros devem ser
mantidos próximos uns aos outros.
O silêncio no deslocamento torna-se mais importante ainda, já que a noite o campo de batalha é,
comparativamente com o dia, mais silencioso, e os sons projetam-se a uma distância maior. A velocidade de
deslocamento é menor que nas patrulhas diurnas, e o controle sobre os elementos da patrulha precisa ser aumentado.
Durante os altos, os seguintes princípios de segurança devem ser observados:
I) todo alto deve ser realizado em áreas que proporcionem boas cobertas e abrigos;
II) devem ser evitados os movimentos desnecessários durante os altos;
III) o perímetro deve ser automaticamente reajustado, se a segurança a toda volta não estiver adequada; e
IV) as armas automáticas deverão ser posicionadas preferencialmente de forma a cobrir os acessos mais
favoráveis ao local.
b) Alto de Segurança
É ordenado para que a ponta possa observar rapidamente algo à frente, ou para uma verificação rápida da
navegação. Cada elemento procura cobertas e abrigos, ajoelha-se e, sem retirar equipamento e nem desfazer a
formação, mantém a segurança em seu setor de responsabilidade.
c) Alto Guardado
É o alto que o comandante ordena ocasionalmente à patrulha, para que seja observada uma determinada
atividade inimiga ou executadas outras atividades que não possam ser realizadas em movimento, tais como:
reconhecimento de área perigosa; confirmação da navegação; estabelecimento de comunicação rádio; ou, ainda,
permitir a alimentação. Ao ser determinado um alto guardado de pequena duração, os componentes da patrulha
procuram um local coberto onde possam parar com segurança, normalmente na posição de joelhos, e assumem um
dispositivo que lhes permita observar e atirar à frente, à retaguarda e na direção dos flancos, em seus respectivos
setores. Nos grandes altos, o perímetro ocupado deverá permitir o contato físico entre os componentes da patrulha.
No caso de haver necessidade de remoção da mochila, esta deverá ser removida homem a homem, ou aos pares, e
colocada em frente ao corpo, em posição tal que possa ser rapidamente recolocada.

8.5.8 - Regiões perigosas.


Região perigosa é qualquer local no qual a patrulha fica vulnerável à observação ou ao fogo inimigo. Podem
ser áreas ou linhas perigosas, as áreas descampadas, clareiras, trilhas, estradas, cursos d'água, lagos, praias e
obstáculos artificiais (redes de arame farpado, campos minados e áreas armadilhadas), bem como qualquer posição
inimiga suspeita ou confirmada, próxima à qual a patrulha precise transitar.

a) Tipos de linhas e áreas perigosas


As regiões perigosas são classificadas em linha perigosa, área perigosa de pequena dimensão e área perigosa
de grande dimensão.
I) Linha perigosa
É melhor caracterizada por estradas e trilhas. Ambos os flancos da patrulha estão expostos aos de tiros do
inimigo ao cruzar estas linhas. As linhas perigosas podem estar em seqüência, caracterizadas pelas posições defensivas
do inimigo, tais como postos avançados ou trincheiras.

II) Área perigosa de pequena dimensão


Área cuja travessia expõe somente parcela da patrulha aos fogos inimigos, como por exemplo, uma
pequena clareira.

III) Área perigosa de grande dimensão


Área cuja travessia expõe toda a patrulha aos fogos inimigos, como, por exemplo, uma região descampada.
A transposição de áreas perigosas exige a aplicação de técnicas e procedimentos especiais.

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8.5.9 - Ações imediatas em contato com o inimigo

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a) Contato com o inimigo


Uma patrulha pode estabelecer contato com o inimigo de forma inesperada. Quando a patrulha observa o
inimigo, mas não é detectada, o seu comandante pode decidir por engajar ou evitar o engajamento, baseando sua
decisão na missão da patrulha e na capacidade de obter sucesso no engajamento.
Quando a missão de uma patrulha não comportar o engajamento, as suas ações serão de natureza defensiva. O
engajamento, se inevitável, é rompido o mais rápido possível e a patrulha, se ainda for capaz, prossegue para o
cumprimento de sua missão.
Quando a missão recomendar que a patrulha explore oportunidades de contato (como no caso de uma patrulha
de combate), as suas ações serão de natureza ofensiva, bem como decisivas e imediatas.
Sob fogo eficaz do inimigo, o comandante da patrulha possui muito pouco ou nenhum tempo para avaliar a
situação adequadamente e disseminar ordens. Nessas situações, as técnicas de ação imediata propiciam uma rápida
reação de natureza ofensiva ou defensiva, conforme for o caso.
b) Técnicas de ação imediata (TAI)
As TAI têm por finalidade proporcionar uma rápida e eficaz reação, no caso de contato visual ou físico com o
inimigo. Elas consistem em uma seqüência de ações com as quais todos os combatentes devem estar bem
familiarizados e treinados, para que, com um mínimo de comandos e/ou gestos, a patrulha, como um todo, inicie sua
execução.
São três os princípios que norteiam as TAI: simplicidade, velocidade e agressividade.
8.6-PATRULHAS DE RECONHECIMENTO
8.6.1 - Generalidades
As patrulhas de reconhecimento são um dos meios mais confiáveis para se obter informações precisas e
oportunas sobre o terreno e o inimigo em auxílio à tomada de decisão. As patrulhas de reconhecimento só engajam o
inimigo quando necessário ao cumprimento de sua missão ou por auto-proteção. Geralmente evitam o combate e
cumprem sua missão com a máxima discrição. Uma patrulha de reconhecimento é capaz de conduzir uma busca de
conhecimentos em uma área ocupada por forças inimigas, normalmente além da visão dos postos de observação (PO).
8.7 - PATRULHAS DE COMBATE
8.7.1 - Generalidades
As patrulhas de combate normalmente precisam engajar efetivamente o inimigo. Entretanto, não importando
qual a sua missão específica, toda a patrulha deve, como tarefa secundária, buscar informações sobre o inimigo e o
terreno. As patrulhas de combate normalmente atuam da seguinte forma:
a) - infligindo danos ao inimigo;
b) - estabelecendo e/ou mantendo contato com as forças amigas e inimigas;
c) - negando ao inimigo o acesso a acidentes capitais; e
d) - sondando posições inimigas para determinar a natureza e a extensão da presença inimiga.
8.8-INFORMAÇÕES E RELATÓRIOS
8.8.1 - Generalidades
É necessário que todos os comandantes de patrulha e seus integrantes sejam adestrados em observar e
reportar as suas observações com precisão. O comandante de uma patrulha deve receber imediatamente de seus
integrantes, por meio de sinais ou relatório, qualquer informação obtida. Esses relatórios não devem se restringir a
informações apenas sobre o inimigo, mas também sobre o terreno, como novas estradas encontradas, trilhas,
alagadiços e córregos. O comandante da patrulha consolida todas as informações obtidas em seu relatório para o
oficial que enviou a patrulha.
8.8.2 - Seleção dos meios de transmissão dos conhecimentos
O comandante que determina o envio de uma patrulha, orienta o comandante desta sobre o envio de
mensagens e sobre qual o meio de comunicações deve ser utilizado.
a) Mensagens verbais
Um comandante de patrulha ao enviar uma mensagem verbal, deve fazê-lo de forma simples e concisa,
evitando a utilização de nomes e números. Deve, ainda, fazer com que o mensageiro repita a mensagem para ele com
exatidão, antes de partir.
b) Mensagens escritas
Ao preparar mensagens escritas, o comandante da patrulha deve distinguir entre o que é conhecido sobre um
fato e o que é a sua opinião. Informações sobre o inimigo devem incluir: valor, armamento, equipamento, atividade,
localização, direção de deslocamento, unidade de origem se possível, data-hora da observação e localização da

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patrulha por ocasião da observação. A utilização de um calco ou croqui pode simplificar a mensagem.

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c) Utilização de mensageiros
Se a mensagem for de grande importância e a patrulha estiver em território inimigo, dois mensageiros, cada
uma tomando um itinerário diferente, são enviados para aumentar a possibilidade da mensagem chegar ao
destinatário. Aos mensageiros são fornecidas instruções detalhadas sobre aonde a mensagem deve ser entregue e
qual o itinerário a ser seguido. Qualquer informação que o mensageiro obtiver ao longo do itinerário deve ser
transmitida quando a mensagem for entregue. Se estiver em risco de ser capturado, o mensageiro destroe a
mensagem imediatamente.
d) Utilização do rádio e de outros meios
Se a patrulha for provida de rádio, devem ser definidos horários para chamadas antes da patrulha partir. O
comandante da patrulha toma todas as precauções para assegurar-se que freqüências, códigos e cópias de mensagens
não serão capturados pelo inimigo. No caso de um reconhecimento próximo às linhas inimigas, o rádio deve ser
deixado em uma posição coberta, a uma distância segura do inimigo.
Quando um relatório for transmitido pelo rádio, a patrulha deve deixar o local imediatamente para não
permitir tempo hábil para reação por parte do inimigo, o qual poderá empregar seus dispositivos de localização
rádiogoniométrica. Pirotécnicos (fachos, foguetes, fumígenos, etc.) e painéis de sinalização terra-avião podem,
também, ser utilizados pela patrulha para reportar informações simples e concisas.
e) Modelo de relatório
As informações devem ser reportadas da forma mais rápida, precisa e completa possível. Um método
estabelecido para lembrar como e o que reportar sobre o inimigo é a utilização das letras da palavra TALUDE:
Tamanho, Atividade, Localização, Unidade, Data-hora, e Equipamento
Um exemplo desse relatório é: sete militares inimigos, deslocando-se para sudeste, atravessaram o
cruzamento de estradas em CÓRREGO NEGRO, unidade desconhecida, em 211300 agosto, portando uma
metralhadora e uma munição AT-4.
8.8.3 - Documentos capturados
Toda patrulha deve estar adestrada em revistar baixas inimigas, prisioneiros e instalações para encontrar
equipamentos, papéis, cartas, mensagens, ordens, diários e códigos, após verificar cuidadosamente se não estão
armadilhados. Esse material é coletado pelo comandante da patrulha e entregue junto com o seu relatório. Os itens
encontrados são marcados com o local e a data-hora de captura. Quando possível, os itens capturados devem ser
relacionados a um prisioneiro específico, de quem o material foi retirado ou encontrado próximo. Quando isso é feito,
as etiquetas do prisioneiro e do item devem ser marcadas de forma a evidenciar esse fato. O comandante da patrulha
deve fazer com que seus integrantes não retirem para si documentos e equipamentos capturados a título de
“souvenir”.
8.8.4 - Relatório da patrulha
Todo comandante de patrulha elabora um relatório por ocasião do regresso da mesma. A não ser por ordem
em contrário, o relatório é elaborado para a pessoa que determinou sua execução. Se a situação permitir, o relatório
é escrito e apoiado por calcos e/ou croquis. O relatório do comandante da patrulha deve ser uma consolidação de
tudo o que, na sua avaliação, for de importância militar, e que foi observado ou encontrado pela patrulha durante a
missão. Deve incluir as seguintes informações:
a) - efetivo e composição da patrulha;
b) - tarefas (da missão);
c) - data-hora da partida;
d) - data-hora de regresso;
e) - itinerários de ida e volta (mostrados por croqui, azimutes ou traçados na carta);
f) - terreno (descrição geral, incluindo todo obstáculo natural ou artificial e acidentes capitais);
g) - inimigo (TALUDE);
h) - quaisquer correções na carta;
i) - outras informações;
j) - resultados dos contatos com o inimigo;
k) - condições da patrulha, incluindo a situação de mortos e feridos; e
l) - conclusão e recomendações.
8.9 - CRÍTICA
Após a patrulha ter se alimentado e repousado, o comandante da patrulha deve conduzir uma reunião de crítica, na qual
devem ser feitas avaliações sobre como a missão foi cumprida, seus erros e acertos. Essa é uma excelente oportunidade
para preparar futuras patrulhas, por meio da discussão das lições aprendidas como resultado da patrulha executada.

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CAPÍTULO 9

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MARCHAS E ESTACIONAMENTOS
9.1 - GENERALIDADES
As unidades em combate devem muitas vezes cumprir suas tarefas em locais distantes.Portanto, o seu
deslocamento far-se-á por meio de marcha, que poderá ser a pé ou motorizada.
A marcha para ser eficaz deve chegar ao seu destino no tempo previsto e em condições de cumprir a missão
recebida. Com essa finalidade, deve-se observar: cuidadosa preparação; espírito de corpo; escolha correta dos
itinerários; disciplina de marcha; moral; e vigor físico dos executantes.
Os seguintes termos e expressões são empregados nas marchas:
- Balizador, Balizamento – elemento ou sinal colocado em um ponto crítico, que visa indicar uma direção,
um procedimento ou um obstáculo;
- Coluna de marcha – é a tropa que se desloca pelo mesmo itinerário, realizando o mesmo tipo de marcha,
sob um comando único;
- Coluna dupla ou desdobramento de coluna – são colunas que se deslocam lado a lado, na mesma direção,
em um mesmo caminho, trilha ou estrada. A coluna de marcha pode, ao chegar em determinada posição, desdobrar-
se em coluna dupla;
- Controlador – elemento que colocado em determinados pontos críticos do itinerário (cruzamentos,
passagens de nível, etc.), visa evitar acidentes e facilitar o movimento;
- Densidade de trânsito - número de viaturas, em formação de marcha, por unidade de comprimento de
estrada (1 Km);
- Densidade mínima - número de viaturas, em formação de marcha, por unidade de comprimento de estrada
(1 Km), compatível com o tempo disponível para a realização do movimento;
- Distância – é intervalo de espaço entre dois homens, duas frações, unidades, viaturas, etc. Quando se trata
de frações, a distância é medida entre a cauda da fração da frente à testa da que se lhe segue. Chama-se também
distância o espaço a percorrer por uma coluna;
- Escoamento - tempo necessário para a coluna ou elemento desta passar por um ponto determinado;
- Grupamento de marcha – São duas ou mais unidades de marcha colocadas sob um comando único e às
quais se aplicam as mesmas instruções ou ordens
- Guia - indivíduo que orienta e conduz uma unidade ou viatura em um determinado itinerário ou no interior
de uma localidade.
- Intervalo de marcha - distância entre duas unidades de um grupamento de marcha a pé, contada da cauda
de uma à testa da que se lhe segue; e
- Itinerário - caminho a ser percorrido por uma coluna ou fração dela.
9.2 - MARCHAS A PÉ
É a marcha da tropa a pé para o cumprimento de determinada missão, ou quando esta se desloca de uma
posição para outra, sem perder o seu poder de combate.
9.2.1 - Tipos de marchas a pé
São classificadas em: TÁTICAS OU PREPARATÓRIAS; e, de acordo com o período de realização, em: DIURNAS
OU NOTURNAS.
a) Táticas
São executadas sob condições de combate, quando há possibilidade de contato com o inimigo. As medidas de
segurança devem predominar sobre as administrativas.
b) Preparatórias
Ocorrem quando a possibilidade de contato com o inimigo é remota. O principal objetivo é executar o
movimento com o mínimo de desgaste da tropa. São também chamadas de Marchas Administrativas.
c) Organização
As unidades devem marchar conservando a sua organização tática. Em princípio, o Batalhão de Infantaria de
Fuzileiros Navais (BtlInfFuzNav) (ou unidade equivalente) constitui um grupamento de marcha, e suas subunidades as
unidades de marcha. Quando o terreno não permite que o comandante de subunidade controle com eficiência sua
tropa, o que ocorre geralmente nos terrenos montanhosos e na selva, o Pelotão de Fuzileiros Navais (PelFuzNav) (ou
fração equivalente) pode constituir uma unidade de marcha. A coluna de marcha é organizada pela passagem
sucessiva de seus elementos orgânicos por um ponto predeterminado, facilmente identificável, no início do itinerário.

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Este ponto, chamado Ponto Inicial (PI), deve ficar, preferencialmente, em um local amplo onde possam ser realizados

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os preparativos da marcha.

9.2.3 - Velocidade de marcha


A velocidade de marcha é a distância, em quilômetros, que uma tropa percorre em uma hora, incluindo o alto.
Em geral, nas marchas a pé, são consideradas, para fim de planejamento, as seguintes velocidades médias:
LOCAL DE DIA A NOITE
Em estrada 4 Km/h 3 Km/h
Através campo 2,5 Km/h 1,5 Km/h
9.2.6 - Altos nas marchas a pé
Os altos têm por finalidade proporcionar descanso para a tropa, reajuste do equipamento e atendimento das
necessidades fisiológicas.
Em condições normais, o primeiro alto é realizado 45 minutos após o início da marcha, com a duração de 15
minutos. Outros altos se sucedem após cada 50 minutos de marcha, com duração de 10 minutos. Estes altos
denominam-se altos horários.
É importante estabelecer nos altos o serviço de sentinela, balizadores e retirar todo o pessoal da estrada, para
segurança e evitar acidentes. Utiliza-se também esse período para disseminar ordens e recomendações.
9.2.7 - Duração das marchas
Somente em situações extraordinárias a tropa deve marchar a pé mais de 8 horas por dia. Nesses casos os
homens deverão ter aproximadamente 2 horas para almoço e descanso e 6 horas para jantar e descanso. Essas paradas
de maior duração são denominadas grandes-altos.
9.2.8 - Disciplina de marcha
É o conjunto de regras e procedimentos que se aplicam às marchas. A disciplina de marcha deve ser observada
antes e durante a realização da marcha.
A disciplina de marcha compreende, entre outras, as seguintes regras:
a) Antes das marchas
1. - evitar atrasos;
2. - atestar os cantis;
3. - receber o armamento;
4. - cuidar meticulosamente dos pés;
5. - preparar os equipamentos prescritos;
6. - munir-se de muda de meias reserva; e
7. - verificar as condições de saúde dos subordinados, informando ao escalão superior os que não poderão
realizar a marcha.
b) Durante as marchas
1. - manter sua posição na coluna;
2. - despreocupar-se com o esforço dispendido na marcha;
3. - abandonar a formatura só quando autorizado;
4. - manter a distância, o intervalo e a velocidade de marcha; e
5. - observar as prescrições relativas ao consumo d`água e da ração.
c) Durante os altos
1. - permanecer nas imediações do local do alto;
2. - reajustar as meias, o calçado e o equipamento;
3. - observar as prescrições sobre o consumo d`água e ração;
4. - desequipar-se e procurar descansar o máximo possível, se possível apoiando os pés para descongestioná-los;
5. - transmitir ordens e recomendações; e
6. - ocupar o seu lugar 1 minuto antes do reinício da marcha, do lado da estrada pelo qual vinha marchando.
9.2.9 - O pé e sua proteção
Ao se iniciar uma marcha, deve-se preparar os pés, dispensando-lhes os seguintes cuidados:
1. - cortar corretamente as unhas;
2. - lavar os pés e enxugá-los bem, colocando polvilho anti-séptico entre os dedos;
3. - colocar meias limpas de tamanho apropriado e em perfeitas condições; e
4. - colocar um calçado ajustado.

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Caso venha a fazer bolhas nos pés, proceder como mostrado na figura a seguir.

9.2.10 - Recomendações gerais


a) Quanto à água
- a tropa deverá beber água suficiente antes do início da marcha;
- não é aconselhável bebê-la durante as 3 ou 4 primeiras horas de marcha;
- após o 1o alto-horário, deverá ser atentamente observada a prescrição relacionada à quantidade de água
autorizada para ser bebida; e
- qualquer que sejam os limites impostos, a água deverá ser ingerida a razão de poucos goles por vez,
preferencialmente a cada alto.

b) Quanto à ração
- antes da marcha, a tropa deve fazer uma refeição quente e leve; e
- quando a tropa transportar ração fria, essa não deverá ser comida antes da ocasião oportuna, normalmente
em um alto-horário pré-estabelecido.

c) Quanto ao fardamento e equipamento


O fardamento deverá ser adequado ao clima da região e o equipamento bem ajustado ao corpo, não devendo,
normalmente, ultrapassar 22 Kg de peso.

9.3 - MARCHA MOTORIZADA


As marchas motorizadas, geralmente, são realizadas quando há necessidade de percorrer grandes distâncias
com grande quantidade de material.

9.3.1 - Organização de uma coluna motorizada


Cada grupamento ou unidade de marcha dispõe de um comando. Os elementos que precedem a coluna
constituem, geralmente, o Destacamento Precursor. Os elementos que marcham na cauda da coluna são integrados
na Turma de Inspeção.

9.3.4 - Formações na marcha motorizada


As marchas motorizadas podem obedecer as seguintes formações: coluna cerrada, coluna aberta e infiltração.

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a) Coluna cerrada

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Nesta formação de marcha, a coluna é tão compacta quanto possível a fim de reduzir, ao mínimo, sua duração
de escoamento, ou seja, o tempo necessário para a coluna passar por um ponto qualquer. Nela não é possível a
dispersão como proteção passiva contra a observação e o ataque do inimigo.
b) Coluna aberta
Nesta formação há um espaçamento maior entre as viaturas de modo a permitir que o tráfego de viaturas
estranhas escoe por entre o comboio. Também nesta formação, procura-se conservar, em todas as velocidades, a
distância entre as viaturas.
O movimento em coluna aberta possibilita um melhor ajuste entre as necessidades de escoamento de um
trânsito mais intenso com o deslocamento do comboio.
c) Infiltração
Neste caso as viaturas são despachadas isoladamente ou em pequenos grupos numa estrada devidamente
balizada.
Este tipo de formação proporciona a melhor proteção passiva contra a observação e o ataque inimigo. Porém,
a duração do escoamento da coluna é maior que em qualquer outro tipo de formação.
9.3.5 - Altos nas marchas motorizadas
Em deslocamentos com menos de 3 horas de duração não é necessário fazer altos, exceto quando executado
em condições difíceis de escoamento.
Em condições normais, o primeiro alto, com duração de 15 minutos, é realizado 1 hora após o início da marcha.
Os demais altos têm a duração de 10 minutos, a cada 2 horas de marcha.
Durante os altos, os motoristas e seus auxiliares devem proceder a inspeção de suas viaturas. Deve-se colocar
balizadores e meios de sinalização à frente e à retaguarda da coluna que se encontra estacionada. A tropa permanece
fora da estrada, à direita das viaturas, mantendo a estrada sempre livre.
9.4 - ESTACIONAMENTOS
9.4.1 - Tipos de estacionamento
A tropa, depois de empregada num combate ou após a realização de um deslocamento, necessita de repouso
para se recuperar fisicamente, alimentar-se melhor, reparar o material, etc. A tropa pode estacionar de três maneiras
diferentes: bivacada, acampada e acantonada.
a) Bivaque
Uma tropa está bivacada quando estacionada sob árvores, abrigos naturais ou improvisados, sem o emprego
de barracas.
b) Acampamento
Uma tropa está acampada quando estacionada no campo em barracas de campanha.
c) Acantonamento
Uma tropa está acantonada quando estacionada no interior de casas ou edifícios particulares. Sempre que a
situação permitir, o acantonamento deve ser preferido em comparação com os demais tipos de estacionamento, por
permitir maior conforto e comodidade à tropa.
9.4.2 - Procedimentos em um estacionamento
São inúmeros os requisitos exigidos para a manutenção da ordem e higiene nos estacionamentos. Dentre eles,
os mais importantes são os seguintes:
- tomar banho sempre que for possível;
- não se deitar ou sentar diretamente sobre o terreno úmido;
- não jogar restos de comida, nem lixo, em local que não seja designado para isso;
- preparar o lugar onde vai se deitar. Trocar a roupa molhada logo que chegar ao estacionamento;
- cavar a vala de escoamento em torno da barraca (dreno) logo que estiver armada, mesmo que o
acampamento seja só por uma noite. Se não se tomar essa providência, uma chuva, fraca que seja, pode perturbar
uma noite de descanso;
- satisfazer suas necessidades fisiológicas exclusivamente nas latrinas ou instalações sanitárias existentes no
estacionamento, comumente conhecidas como “piano”; e
- não beber água de uma fonte, poço ou torneira antes que a mesma seja julgada em condições de consumo
por um oficial médico ou antes que um aviso tenha sido colocado nesse sentido. A água para beber é fornecida
purificada, em recipientes higienizados, conhecidos por “saco lister”. Estes recipientes são geralmente colocados no
local de estacionamento da(s) subunidade (s), ou próximos da cozinha.

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CAPÍTULO 10

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APOIO DE FOGO
10.1 - GENERALIDADES
O apoio de fogo (ApF) é essencial para destruir a capacidade e a vontade de lutar do inimigo. Sua utilização
facilita a manobra, suprimindo ou neutralizando os fogos inimigos e desorganizando o movimento de suas tropas.
Também pode ser empregado independentemente da manobra, com vistas a destruir, retardar ou desorganizar tropas
inimigas ainda não empregadas.
Os comandantes de todos os escalões devem estar habilitados a empregar o armamento orgânico e os fogos de
apoio disponíveis, de forma coordenada e integrados à idéia de manobra, assegurando a adequada aplicação do poder
de combate.
Os Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav) dispõem, normalmente, dos seguintes meios
de ApF: morteiros de 81mm e 120mm, canhões e mísseis navais, obuses de 105 e 155mm e aeronaves de ataque com
bombas, foguetes, mísseis, canhões e metralhadoras.

10.2 - ARMAS DE APOIO


A escolha da arma de ApF adequada a ser empregada sobre um determinado alvo é baseada na localização e
natureza desse alvo, no tipo de armamento necessário à obtenção do efeito desejado e na análise comparativa das
armas de apoio disponíveis.
A artilharia, normalmente, não está disponível para o apoio às tropas na fase inicial do Assalto Anfíbio (AssAnf).
Portanto, nesta fase da operação, o apoio é prestado pelo fogo aéreo, naval e pelo PelMrt81mm, assim que
desembarcado.

10.2.1 - Apoio de fogo naval (AFN)


O fogo naval desempenha um papel vital nas OpAnf, apoiando a conquista de objetivos, destruindo ou
neutralizando as instalações terrestres inimigas que venham a se opor a aproximação dos navios , aeronaves e dos
elementos de assalto. Além disso, o fogo naval continua a apoiar as tropas em terra até o limite do alcance de seus
armamentos.
a) Possibilidades
I) Mobilidade
Dentro das limitações impostas pela hidrografia e pelo inimigo, o navio de apoio de fogo (NApF) pode ser
posicionado de forma a proporcionar o melhor apoio possível às tropas.
II) Precisão
Os equipamentos de direção de tiro possibilitam o desencadeamento de fogos precisos em apoio à Força de
Desembarque (ForDbq), estando o navio em movimento ou fundeado.
III) Munição
Uma variedade de tipos de projetis, cargas de projeção e espoletas permitem selecionar a melhor combinação
para o ataque a qualquer alvo.
IV) Armamento
Uma variedade de armas, incluindo foguetes, mísseis e canhões cujos calibres variam de 3 a 8 polegadas,
podem estar disponíveis para engajar alvos terrestres.
V) Velocidade inicial
A alta velocidade inicial do armamento naval torna-o particularmente apropriado para o ataque aos alvos
terrestres de enfiada.
VI) Cadência de tiro
Um grande volume de fogos pode ser disparado em um curto intervalo de tempo devido à grande capacidade
de carregamento.
VII) Dispersão
A dispersão do canhão naval é grande em alcance, sendo relativamente pequena em direção (deflexão), ou
seja, o retângulo de dispersão é estreito, com a dimensão maior na direção de tiro. Essa característica permite levar o
fogo para bem próximo das linhas de frente das tropas amigas desde que a linha canhão-alvo seja paralela às mesmas.
VIII) Reabastecimento de Munição
Normalmente é previsto o reabastecimento de munição dos navios de apoio de fogo sem que eles deixem a
área do objetivo, o que permite rápido retorno à ação.

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b) Limitações

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I) Hidrografia
Nem sempre as condições hidrográficas permitem a necessária aproximação dos navios até a costa e por isso,
muitas vezes são obrigados a ocupar posições desfavoráveis.
II) Determinação da posição do navio
Determinar com precisão a posição do navio é uma tarefa indispensável para a realização de um tiro perfeito,
o que faz com que seja dependente muitas vezes do uso de equipamentos especiais para esta definição de posição.
III) Condições de tempo e visibilidade
O mau tempo e a visibilidade reduzida podem tornar difícil a determinação da posição do navio e reduzir as
oportunidades de localização de alvos e condução do tiro.
IV) Linha Canhão-Alvo Variável
Quando o fogo estiver sendo realizado com o navio em movimento, a linha canhão-alvo pode variar em relação
à linha de frente em terra, podendo tornar-se necessário, para maior segurança da tropa, impor certas restrições à
execução de algumas das tarefas de apoio de fogo.
V) Dispersão em alcance
A trajetória tensa dos canhões navais gera um retângulo de dispersão peculiar, longo em alcance e estreito
em direção, o que pode por em perigo às tropas amigas, exigindo mudança de posição do navio para garantir a
segurança dessas tropas.
VI) Trajetória tensa
A trajetória tensa do canhão naval restringe seu emprego para muitos alvos, particularmente aqueles
localizados em contra-encostas.
VII) Capacidade de Armazenamento de Munição
A capacidade dos paióis de munição dos navios de apoio de fogo é limitada.
VIII) Comunicações
O único meio de comunicação que pode ser usado para realizar o controle do apoio de fogo, ou seja, o rádio,
é susceptível à falhas em decorrência de interferência externa e de condições atmosféricas adversas.

10.2.2 - Apoio aéreo ofensivo


Constitui a parcela do ApF provida pelas aeronaves. Divide-se em apoio aéreo aproximado (ApAeAprx) e a apoio
aéreo afastado (ApAeAfs). O primeiro, em conjunto com a artilharia, é empregado para o apoio cerrado à infantaria,
enquanto o ApAeAfs para bloquear reforços inimigos.
a) Possibilidades
I) Velocidade e manobrabilidade
As aeronaves são capazes de se concentrar rapidamente sobre um alvo a fim de desencadear ataques de
surpresa. Além disso, podem alterar a direção de ataque com facilidade.
II) Mobilidade e flexibilidade
Permitindo o emprego de um número limitado de Anv contra alvos isolados ou a concentração de um grande
número de Anv sobre alvos de maior extensão e importância.
III) Precisão
Os vários tipos de ataque possíveis de serem realizados pelas aeronaves conferem a esta arma uma grande
precisão.
IV) Observação
Os alvos cujas localizações impedem a observação terrestre podem ser freqüentemente observados por
aeronaves.
V) Efeito moral
Relacionado às demais características, permite contribuir positivamente sobre o moral das tropas apoiadas,
assim como servir de desafio e pressão psicológica sobre o inimigo.

b) Limitações
I) Condições meteorológicas e de visibilidade
Certas condições meteorológicas e de visibilidade podem impedir o apoio ou limitar sua precisão.
II) Raio de ação
A capacidade de combustível das aeronaves de apoio limitam o período de tempo em que podem
permanecer sobre o alvo.

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III) Capacidade de munição

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Cada aeronave possui uma quantidade limitada de munição e por isso cada aeronave deve retornar à sua
base após esgotar a sua munição.
IV) Comunicações
Há uma grande dependência de comunicações eficientes de modo a propiciar a correta identificação do alvo
e sua vetoração pelo controlador aéreo avançado.

10.2.3 - Apoio de artilharia


A artilharia do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) é constituída de forma a prover apoio de fogo cerrado e contínuo
à Força de Desembarque (ForDbq).
a) Possibilidades
I) Transferir fogos
A artilharia possui rapidez nas ações devido à sua capacidade de prover uma rápida concentração de fogos
sobre alvos em grandes áreas, sem necessidade de deslocamento do material.
II) Emassar fogos
A artilharia é capaz de concentrar fogos em um alvo ou em uma série de alvos em apoio às operações das
forças.
III) Surpresa
A artilharia pode desencadear fogos sem ajustagem para intensificar o efeito de choque e surpresa.
IV) Fogos sobre alvos desenfiados
A trajetória dos tiros de artilharia possibilita o ataque contra alvos desenfiados ou, estando desenfiada,
possibilita atacar alvos a curtas ou longas distâncias.
V) Apoio contínuo
A artilharia é capaz de, mesmo durante as mudanças de posição, estar sempre em condições de prestar apoio
de fogo aos elementos de manobra.
VI) Fogos precisos sob quaisquer condições de tempo e visibilidade
Os atuais armamentos da artilharia permitem que se atire, com precisão, em quaisquer condições de tempo
e visibilidade, sendo limitados apenas pela dificuldade de observação, o que pode ocorrer quando da busca de alvos
por meios visuais.
VII) Mobilidade
A artilharia é capaz de se deslocar rapidamente para novas posições, a fim de prestar apoio de fogo contínuo
e cerrado.
b) Limitações
I) Apoio inicial
A principal limitação da artilharia de campanha é a impossibilidade de apoiar a fase inicial do AssAnf.
II) Deslocamentos
As unidades de artilharia têm reduzida a sua eficiência durante os deslocamentos, quando fica prejudicada
a sua pronta-resposta aos pedidos de apoio de fogo, bem como se tornam vulneráveis ao ataque aéreo.
III) Combate aproximado
O apoio de artilharia fica significativamente prejudicado quando se torna necessário o engajamento do seu
pessoal em combate aproximado para a defesa própria e do seu armamento.
IV) Peso
O peso do armamento pode limitar o seu emprego em operações helitransportadas.

10.4 - CENTRO DE COORDENAÇÃO DE APOIO DE FOGO (CCAF)


O CCAF é a instalação onde são reunidos o pessoal e os meios de comunicações necessários ao planejamento e
à coordenação dos apoios de fogo aéreo, naval, de artilharia e de Mrt81mm.
O CCAF compõe-se de representantes das armas de apoio e pessoal necessário para conduzir as operações,
produzir informações sobre alvos e estabelecer as comunicações.
Normalmente, o Oficial de Ligação de Artilharia (OLigArt) é o Coordenador do Apoio de Fogo (CAF) nos escalões
ForDbq e no comando do Componente de Combate Terrestre (CCT). No Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais
(BtlInfFuzNav) e na sua correspondente organização por tarefas para o desembarque - Grupamento de Desembarque
de Batalhão (GDB) - o CAF é o comandante da Companhia de Apoio de Fogo (CiaApF).
O CCAF do BtlInfFuzNav (ou GDB) é constituído, portanto, por um CAF, um OLigArt, um Oficial de Ligação do
Fogo Naval (OLIFONA), um Oficial de Ligação de Aviação (OLigAv), um Oficial de Morteiros e um Oficial de Informações
sobre Alvos (OIA). Nos CCAF dos demais escalões, não haverá, normalmente, um Oficial de Morteiros.

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CAPÍTULO 14

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DEFESA CONTRA AGENTES QUÍMICOS


14.1 - GENERALIDADES
Na 1a Guerra Mundial (1914-1918), gases causadores de baixas foram amplamente utilizados pelos dois grupos
de nações beligerantes. A Liga das Nações (organização antecessora às Nações Unidas) patrocinou um movimento de
proscrição desses agentes em combate, daí resultando a proibição da Guerra Química pela Conferência de Genebra
de 1925 e a proibição da Guerra Biológica pela Convenção de Saúde de Genebra de 1927. Alguns países, entretanto,
como os Estados Unidos, Japão, Brasil e Rússia nunca ratificaram esses dois tratados.
Na 2a Guerra Mundial, entretanto, agentes químicos ainda mais perigosos não foram utilizados por qualquer
dos beligerantes, provavelmente devido à possibilidade de represália de mesma intensidade por parte do inimigo.
Mais recentemente, há notícias de que tenha havido, na Guerra do Vietnam, emprego, pelos norte-americanos,
de agentes químicos desfolhantes, incendiários e causadores de baixa.
Na guerra entre Irã e Iraque, veiculou-se a informação de que o Iraque teria utilizado, em larga escala, agentes
químicos contra as forças iranianas.
Durante a Guerra do Golfo, embora os informes não sejam confirmados, há suspeitas de que o Iraque teria feito
uso de armas químicas e biológicas contra tropas da ONU e localidades de Israel.
Os exemplos citados permitem concluir que os agentes químicos são eficientes, fáceis de produzir e capazes de
matar ou incapacitar o inimigo em poucos segundos. Portanto, o convencimento do combatente quanto à defesa
contra a ação desses agentes e um adestramento eficaz são absolutamente necessários para sobreviver e combater
com eficiência.

14.2 - AGENTES QUÍMICOS


Agente químico pode ser definido como uma substância química utilizada em operações militares com as
finalidades de matar, ferir seriamente, ou incapacitar uma pessoa através de seus efeitos fisiológicos. Considerando
este conceito, os agentes controladores de distúrbios, os vomitivos, os herbicidas químicos, a fumaça e o fogo não são
oficialmente definidos como agentes químicos.

14.4 - CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS


Os agentes químicos podem ser classificados segundo diversos aspectos.

14.4.1 - Classificação quanto ao estado físico


É baseada no estado físico dos agentes, quando nas condições normais de pressão e temperatura, embora, nas
condições de armazenamento ou de lançamento em campanha, eles possam se apresentar em outros estados: sólidos,
líquídos e gasosos.

14.4.2 - Classificação básica


O critério para esta classificação é o da natureza dos efeitos produzidos pelos diferentes agentes químicos.
- Gases
Os que são empregados contra pessoal e produzem efeitos tóxicos;
- Fumígenos
Os que, por qualquer processo, produzem fumaça ou névoa; e
- Incendiários
Os que, gerando altas temperaturas, provocam incêndios em materiais combustíveis.

14.4.3 - Classificação quanto ao emprego tático


De acordo com seu emprego tático, os agentes químicos podem ser classificados em:
- Causadores de baixa
Os que, por seus efeitos sobre o organismo, produzem a morte ou a incapacidade prolongada. Podem ser
empregados para contaminar áreas e instalações, de modo a impedir a sua utilização pelo inimigo;
- Incapacitantes
Os que agem sobre as funções psíquicas do homem, causando desordem muscular e perturbações mentais.
São produtos de ação reversível, deixando o pessoal normal após algumas horas ou dias.

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14.4.4 - Classificação fisiológica

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É baseada nos diferentes efeitos produzidos pelos agentes químicos sobre o organismo humano:

a) Sufocantes
Afetam o aparelho respiratório, provocando a irritação e inflamação das vias respiratórias superiores, dos
pulmões e brônquios, produzindo edema pulmonar intenso e, em conseqüência, a morte por asfixia;

b) Vesicantes
Agem sobre a pele, produzindo queimaduras com a formação de bolhas e a destruição dos tecidos subjacentes.
Afetam os olhos e os aparelhos respiratório e digestivo, quando inalados ou ingeridos, produzindo os mesmos efeitos
de destruição dos tecidos;

c) Tóxicos do sangue
Afetam diversas funções vitais em razão da ação que exercem sobre os elementos do sangue. Após absorvidos
pelo organismo, por inalação, ingestão ou através da pele, a morte ocorre em cerca de 15 minutos;

d) Tóxicos dos nervos


Afetam diretamente o sistema nervoso, provocando a descoordenação das atividades musculares autônomas,
como a respiração e o batimento cardíaco. Devido a esta descoordenação, a morte sobrevêm em cerca de 4 minutos,
por asfixia e pelo colapso de outras funções vitais. A absorção se dá por inalação, ingestão ou através da pele;

e) Psicoquímicos
Agem sobre as funções psíquicas do homem, acarretando a descoordenação muscular, perda de equilíbrio, da
visão e perturbações mentais diversas. Seus efeitos podem durar até vários dias.
O Anexo G apresenta os principais agentes químicos, suas diversas classificações, medidas de proteção, sintomas que
provocam e os primeirossocorros às vítimas desses agentes.

14.4.5 - Outros agentes


O conceito de armas químicas que passou a ser adotado em 1997 com a Convenção sobre a Proibição do
Desenvolvimento, Produção, Armazenagem e Utilização de Armas Químicas e sobre a sua Destruição também
redimensiona o conceito de agentes químicos. Este conceito passou a não abranger algumas substâncias químicas
utilizadas com fins bélicos e que eram classificadas como agentes químicos até então. Entre elas estão os
lacrimogêneos, os vomitivos, os incendiários e os fumígenos. Esta mudança se deve ao fato do conceito atual
enquadrar como agente químico somente aquelas substâncias que podem causar a morte, a incapacidade temporária
ou lesões permanentes em seres humanos. O fato do conceito de incapacidade temporária ser um tanto amplo
(incapacitar para que tipo de atividade, com que grau de profundidade e por quanto tempo), obriga a se estabelecer
critérios próprios para a classificação de algumas substâncias, como exemplo os vomitivos, psicoquímicos e
lacrimogêneos (na classificação fisiológica) e incendiários e fumígenos (na classificação quanto ao emprego tático). O
fato é que, mesmo que tais agentes não caibam no conceito de agente químico propriamente dito, seus efeitos
continuarão a causar impacto e limitar o desempenho da tropa em combate, motivos esses suficientes para que seu
estudo não seja ignorado.

a) Inquietantes
Os que, produzindo efeitos leves e temporários, porém desagradáveis, diminuem a capacidade combativa do
atacado e obrigam ao uso da máscara.

b) Fumígenos
Subdivididos em dois subgrupos: cobertura e sinalização.

c) Incendiários
Os que são empregados para destruir pelo fogo, instalação e material, ou atacar pessoal.

d) Lacrimogêneos
Afetam diretamente os olhos, provocando irritação, dor e lacrimejamento intenso. Seus efeitos são
temporários, raramente passando de meia hora.

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e) Vomitivos

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Atuam principalmente sobre o sistema digestivo, provocando a irritação da garganta, náuseas e vômitos,
seguidos de debilidade física e mental. Seus efeitos duram, no máximo, 3 horas.

14.6 - DESCONTAMINAÇÃO
Ato ou processo de remover, destruir ou neutralizar agentes químicos de modo a desfazer ou minimizar a
situação existente, decorrente de contaminação química. Todo combatente deve estar familiarizado com os tipos de
agentes de descontaminação: os naturais, os descontaminantes padrão e outros, bem como com os procedimentos
do pessoal designado para a descontaminação.

14.6.1 - Agentes descontaminantes naturais


São aqueles providos pela própria natureza:
- os elementos atmosféricos (vento, chuva, etc.) podem ser considerados quando o tempo disponível para a
descontaminação não é um fator determinante para uso dos equipamentos e do terreno contaminado;
- a água é usada para jatear ou neutralizar certos agentes químicos da superfície dos equipamentos e das
vestimentas, e do próprio corpo humano. A água quente, neste caso, produz melhores resultados;
- a terra é utilizada para cobrir uma área contaminada ou vedar uma área sob ameaça de contaminação, ou,
ainda, para atuar como um absorvedor. Caso se disponha de um equipamento de engenharia capaz de movimentar
grandes volumes de terra, uma área contaminada pode ser coberta com cerca de 10 cm de terra e então autorizado o
trânsito da tropa sem qualquer risco; e
- o fogo pode ser empregado para destruir ou vaporizar agentes líquidos, especialmente em áreas cobertas
por gramíneas ou mato.

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CAPÍTULO 15

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COMUNICAÇÕES

15.2 - MEIOS DE COMUNICAÇÕES


A eficiência de qualquer sistema de comunicações é diretamente influenciada por seus utilizadores. Para que
se tire o maior proveito dos meios disponíveis, é essencial que o pessoal esteja perfeitamente familiarizado com as
possibilidades desses meios, do mesmo modo que com as regras que norteiam o seu uso.
Os meios de comunicações são classificados em: ótico, acústico, elétrico e postal.

15.2.1 - Meio ótico


Emprega a luz na transmissão de mensagens. Possui alcance limitado e quando utilizado reduz a probabilidade
de interceptação não desejada. São exemplos de canais do meio ótico, as bandeiras, os painéis, a semáfora, os
artefatos pirotécnicos e os dispositivos fumígenos.

15.2.2 - Meio acústico


Emprega o som para transmissão de mensagens. É usado segundo códigos pré-estabelecidos, tais como
alarmes com sirenes, tiros, cornetas e apitos. O megafone e o fonoclama são canais amplamente empregados nas OM.

15.2.3 - Meio elétrico


Emprega as ondas eletromagnéticas na transmissão de mensagens. Os canais mais empregados são o
rádiotelefone e o telefone. O equipamento rádio é largamente usado em todos os escalões de tropa de Fuzileiros
Navais, proporcionando comunicações rápidas e flexíveis. Contudo, o rádio é o canal de comunicação menos seguro,
por utilizar o princípio da transmissão por ondas eletromagnéticas.
O telefone é o canal de comunicações mais utilizado. Em uma situação estacionária ou quando a unidade
assume uma posição defensiva, é o principal meio de comunicação.

15.2.4 - Meio postal


Emprega basicamente os serviços de correio e mensageiros para o envio de mensagens.

15.7 - PROCEDIMENTOS FONIA


As comunicações radiotelefônicas, em virtude da amplitude de disseminação de seus sinais, devem ser
rigorosamente disciplinadas, pois são sujeitas à interceptação pelo inimigo. Na transmissão de mensagens numa
rede rádio operativa, é expressamente proibido citar os nomes de pessoas e unidades, bastando que se enunciem
seus indicativos.
As seguintes práticas são prejudiciais à segurança da transmissão e do tráfego, devendo, portanto, serem
evitadas:
- realizar transmissão não oficial (conversa) com outros operadores;
- usar redes diferentes das determinadas, sem autorização;
- transmitir o nome ou as iniciais dos operadores;
- usar linguagem clara sem autorização; e
- usar entonação irônica ou agressiva.

Por outro lado, as seguintes práticas são recomendadas para obtenção do melhor rendimento:
- verificar se a rede está livre, antes de iniciar a transmissão;
- falar claro e pausadamente, dando a mesma entonação a todas as palavras;
- pronunciar as frases em ritmo normal de conversação e não palavra por palavra;
- manter-se calmo, não falar de maneira monótona, irritante ou demonstrar ansiedade; e
- pensar no que vai falar antes de iniciar a transmissão.
Quando se torna necessária a identificação pelo som, de qualquer letra ou algarismo, a fim de serem
evitadas confusões com pronúncias semelhantes, deve-se transmiti-las de acordo com a convenção do alfabeto
fonético.

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15.7.1 - Alfabeto fonético naval

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LETRA ESCRITA/FALADA COMO PRONUNCIAR


A ALFA álfa
B BRAVO brávo
C CHARLIE tchárlie
D DELTA délta
E ECHO éco
F FOXTROT foxtrót
G GOLF gôlf
H HOTEL rôtel
I INDIA índia
J JULIETT djiuliét
K KILO kilo
L LIMA lima
M MIKE máike
N NOVEMBER november
O OSCAR óscar
P PAPA pápa
Q QUEBEC quebéc
R ROMEO rômeo
S SIERRA siérra
T TANGO tângo
U UNIFORME iúniform
V VICTOR víctor
W WHISKEY uíski
X XRAY éksirei
Y YANKEE iânki
Z ZULU zúlu
15.7.2 – Algarismos
0 - ZERO 4 - QUATRO 7 - SETE
1 - UNO 5 - CINCO 8 - OITO
2 – DOIS 6 - MEIA ou 9 - NOVE
3 - TRÊS MEIA DÚZIA
A transmissão de números deverá ser precedida da expressão "NUMERAL".
Exemplo: 136 = NUMERAL UNO TRÊS MEIA
A transmissão de coordenadas deverá ser realizada enunciado-se algarismo por algarismo, precedida da
expressão "COORDENADAS"
Exemplo: Coordenadas 3248 - 0896 = COORDENADAS TRÊS DOIS QUATRO OITO
TACK ZERO OITO NOVE MEIA.
15.7.3 - Expressões do procedimento fonia
EXPRESSÃO SIGNIFICADO
AÇÃO Esta mensagem é para ação da estação cuja chamada se segue.
AFIRMATIVO Sim; permissão concedida.
AGUARDE Vou fazer uma pausa; responderei dentro de alguns segundos; mantenha-se atento.
AGUARDE FORA Vou fazer uma pausa maior do que alguns segundos; responderei um pouco mais tarde.
Verificar ou repetir parte da mensagem antes do grupo que se segue (precedida de
ANTES DE
VERIFICAR ou REPETIR)
AQUI Esta mensagem procede do posto cuja chamada se segue.
A autenticação da mensagem transmitida é ...
AUTENTICAÇÃO
O grupo que se segue é a resposta a seu pedido de autenticação.
AUTENTIQUE A estação chamada deverá responder ao pedido de autenticação.
CÂMBIO Encerrei esta transmissão e aguardo resposta; continue; transmita.
CANCELE ESTA Esta transmissão está incorreta, cancele-a (não deve ser usada para cancelar mensagem que já tenha
TRANSMISSÃO sido correta ou completamente transmitida).

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EXPRESSÃO SIGNIFICADO

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CERTIFIQUE Tome conhecimento desta mensagem e informe se está em condições de cumpri-lá.


CIENTE Sua última mensagem foi recebida.
CORREÇÃO Houve um erro na transmissão desta mensagem. Continuarei com a última palavra correta.
CORRETO O texto transmitido por este posto está correto.
No preâmbulo da mensagem completa, data e hora da mensagem expressos em seis
DATA-HORA
algarismos e o sufixo do fuso horário.
Verificar ou repetir a parte da mensagem após o grupo que se segue (precedido de
DEPOIS DE
VERIFICAR ou REPETIR)
DEVAGAR O ritmo de sua transmissão está excessivo. Fale mais devagar.
Nas intruções de transmissão: Repita toda mensagem exatamente como recebeu. Nas
DEVOLVA
intruções finais: repita a parte da mensagem indicada.
Estou devolvendo a mensagem, ou parte indicada como recebi.
DEVOLVENDO
É SÓ Encerrei esta transmissão e não aguardo recibo ou resposta.
É SÓ Encerrei esta transmissão e não aguardo recibo ou resposta
EMERGÊNCIA Mensagem de emergência.
Recebi sua última mensagem, entendi-a e posso cumpri-la (usado somente pelo
ENTENDIDO
destinatário).
Sua última transmissão está incorreta.
ERRADO
A versão correta é ......
EXCETUAR As estações indicadas após esta expressão são excluídas desta chamada geral.
EXERCÍCIO No preâmbulo da mensagem, significa que a mensagem é de exercício.
FALE DEVAGAR Sua transmissão está muito rápida. Reduza a velocidade de sua transmissão.
GRUPOS O número de grupo do texto é o que se segue.
HORA No fecho das mensagens abreviadas usada no lugar da expressão DATA-HORA.
INFORMAÇÃO O destinatário que se segue é apenas de informação.
IMEDIATA Mensagem imediata.
INSTANTÂNEA Mensagem instantânea.
MAIS TRÁFEGO A estação que está transmitindo tem mais tráfego para a estação recebedora.
MENSAGEM Uma mensagem que necessita ser registrada vai seguir.
A estação chamada não deve acusar recebimento (quando esta expressão é empregada, a transmissão
NÃO ACUSE deve ser encerrada com a expressão “É SÓ”. A expressão “NÃO ACUSE” é colocada imediatamente após
a chamada e antes do texto).
NEGATIVO Não. Permissão não concedida.
NUMERAL Números serão transmitidos a seguir.
ORIGEM Autoridade expedidora é a indicada a seguir.
Verificar ou repetir a palavra que antecede o grupo que se segue (precedido de VERIFICAR
PALAVRA ANTES
ou REPETIR).
PALAVRA Verificar ou repetir a palavra seguinte ao grupo ...
DEPOIS (precedido de VERIFICAR ou REPETIR).
PALAVRAS As comunicações estão difíceis. Transmita (ou vou transmitir) cada palavra (grupo ou frase)
DOBRADAS duas vezes (esta expressão pode ser transmitida como ordem ou solicitação).
PREFERENCIAL Mensagem preferencial.
REPETINDO Estou repetindo a mensagem ou a parte dela que é indicada.
RETRANSMITA Retransmita esta mensagem às estações que se seguem
ROTINA Mensagem rotina.
SEPARA Separação do texto de outras partes da mensagem ou trechos dentro do texto.
SILÊNCIO Cessar imediatamente as transmissões.
SOLETRANDO Eu soletrarei a próxima palavra ou grupo.
SUSPENDER
Restabelecer o serviço radiotefônico.
SILÊNCIO
Usado para separar partes de um mesmo sinal codificado ou partes do texto de mensagens
TACK
em linguagem clara.
TRANSMITA SUA Pode transmitir sua mensagem. Estou pronto a recebê-la (quando tiver sido transmitido
MENSAGEM anteriormente AGUARDE ou AGUARDE FORA).
VERIFICADO O que se segue foi verificado e é repetido agora (usado após um pedido de verificação).
VERIFICAR Verificar a mensagem que se indica ou parte dela, e remeter
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CAPÍTULO 16

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APOIO LOGÍSTICO
16.1 - GENERALIDADES
Para que uma operação anfíbia (OpAnf) se realize com sucesso, é fundamental que as atividades logísticas se
desenvolvam integradas e coordenadas com as ações táticas. Foi na prática da guerra que a logística buscou seus
ensinamentos. Das lições tiradas e das experiências vividas, com seus erros e acertos, decorreram as normas e
princípios que a constituem. O presente capítulo visa apresentar os aspectos básicos da logística de interesse do
combatente anfíbio quando integrando um GptOpFuzNav. O CGCFN-40.1 - Manual do Batalhão Logístico de Fuzileiros
Navais aborda o assunto com mais profundidade.

16.2 - CONCEITOS
16.2.2 - Apoio de Serviço ao Combate (ApSvCmb )
É conceituado como o apoio proporcionado por parcela de uma Força de Desembarque (ForDbq) ou
GptOpFuzNav ao conjunto da força ou grupamento, por meio da aplicação das funções logísticas essenciais à sua
manutenção em combate.
É pois, um caso especial da logística militar, cabendo a ele prover o apoio sob as condições de combate,
influenciando, assim, diretamente o cumprimento da missão dessas forças ou grupamentos.

16.5 - APOIO LOGÍSTICO NAS OpAnf


O apoio logístico em uma OpAnf é bastante complexo e diferente daquele desenvolvido numa operação
eminentemente terrestre. Nela, dentre outras, se destacam as seguintes dificuldades :
- partida de um poder de combate inicial zero;
- utilização de equipamentos e suprimentos diversificados, embarcados em diversos navios, os quais devem
ser desembarcados de acordo com uma seqüência préestabelecida a fim de atender à idéia de manobra em terra; e
- necessidade de manutenção de um fluxo logístico ininterrupto, a partir dos estágios iniciais do assalto.

16.5.1 - Estrutura de ApSvCmb da ForDbq


É composta de instalações de apoio e recursos logísticos, operados por elementos de ApSvCmb oriundos das
diversas unidades da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), os quais são especialmente organizados num Componente
de Apoio de Serviços ao Combate (CASC) para prestar esse apoio a partir de uma AApL.

a) Grupamento de Apoio de Serviços Combate (GASC).


GASC é a denominação da organização por tarefas designada para estruturar o CASC de uma ForDbq.
Nos demais componentes da ForDbq, e em seus elementos subordinados, existem, também, estruturas de
ApSvCmb, porém com possibilidades limitadas. Quando as necessidades ultrapassam estas possibilidades, os
respectivos comandantes podem receber elementos específicos de ApSvCmb à disposição ou encaminhar as
necessidades identificadas ao GASC, que as atenderá na medida de suas possibilidades e da forma mais conveniente.
A tarefa do GASC é prover um sistema de ApSvCmb à ForDbq oportuno, confiável e contínuo. O GASC é nucleado
em torno do BtlLogFuzNav e constituído basicamente, por: um Elemento de Comando, nucleado na CiaCmdoSv
daquela unidade; um DP; até dois Elementos de Apoio de Serviços ao Combate (ElmASC); e, quando necessário, por
outros elementos.

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O DP é uma organização por tarefas nucleada em torno da CiaApDbq, ou de suas frações, capaz de operar,

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dependendo da situação tática e das condições do terreno, duas AApP e uma AApZDbq ou três AApP.
O ElmASC é uma organização por tarefas nucleada pela CiaAbst ou pela CiaMnt do BtlLogFuzNav. Cada ElmASC
é capaz de operar uma AApSvCmb. O estabelecimento de uma ou duas AApSvCmb será ditado pelas condições do
terreno e/ou situação tática, sendo, então, determinado o número de ElmASC de acordo com o número de AApSvCmb.
Outros elementos com tarefas específicas poderão ser incluídos na organização do GASC como, por exemplo, a
CiaPol e, em casos especiais, unidades ou subunidades de combate, com a tarefa de prover segurança às instalações
de ApSvCmb.

b) AApL
São aquelas áreas estabelecidas em terra, destinadas a concentrar suprimentos, equipamentos, instalações e
pessoal necessários ao ApSvCmb proporcionado a um GptOpFuzNav.
Dependendo das circunstâncias e da natureza da operação realizada, podem ser de quatro tipos:
- Área de Apoio de Praia (AApP);
- Área de Apoio de Zona de Desembarque (AApZDbq);
- Área de Apoio de Serviços ao Combate (AApSvCmb); e
- Instalação Logística Sumária (ILS).
I) AApP
Área junto a uma praia de desembarque (PDbq), organizada e operada inicialmente pelo DP, contendo as
facilidades para o desembarque de tropas e de material, e para o apoio às forças em terra, bem como para a evacuação
de baixas, de PG e de material capturado.
II) AApZDbq
É aquela estabelecida para apoiar os elementos de assalto desembarcados por helicópteros.
III) AApSvCmb
Área em terra onde se encontram os suprimentos, equipamentos, instalações e pessoal necessários ao
ApSvCmb da ForDbq no decorrer da operação.
Em OpAnf, normalmente, é organizada e desenvolvida a partir de uma AApP, podendo incluir ou ser
justaposta a mesma. É estabelecida também, para prover o apoio às demais operações terrestres de caráter naval.

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IV) ILS

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Conjunto de recursos para o ApSvCmb organizados em bases mínimas, nos escalões companhia e batalhão,
de forma a garantir um apoio contínuo e cerrado, e preservar a mobilidade.

16.5.2 - O apoio logístico durante as fases de uma OpAnf


a) Planejamento:
O planejamento logístico se inicia simultaneamente com o planejamento tático. Ele é elaborado com o propósito
de prover apoio à manobra tática em terra. Envolve, dentre outros aspectos, a determinação de necessidades, a
obtenção dos recursos logísticos necessários à realização da operação, bem como a prescrição dos procedimentos a
serem observados na sua execução.

b) Embarque
As unidades de ApSvCmb, os suprimentos e equipamentos especiais devem ser embarcados procurando-se
garantir o máximo de flexibilidade no atendimento ao planejamento do desembarque.

c) Ensaio
No que diz respeito ao ApSvCmb, antes do embarque são realizados ensaios específicos para se comprovar a
exeqüibilidade do plano logístico, familiarizar as unidades com as instruções nele contidas e aferir o seu grau de
prontificação para o combate.
Uma vez embarcada a ForDbq, o tempo disponível e grau de surpresa que se deseja alcançar limitarão as
possibilidades de realização de ensaios suficientemente completos, que permitam o desenvolvimento do apoio
logístico na profundidade adequada.

d) Travessia
Durante esta fase são reduzidas as responsabilidades logísticas da ForDbq. A execução das atividades de apoio
se descentraliza pelos navios e as necessidades porventura existentes são atendidas pelos Pelotões dos Navios. Ainda
nesta fase, é feita a preparação final para o assalto, quando ocorre a distribuição dos itens de suprimentos da Carga
Prescrita Individual (CPI) à tropa, o embarque de itens críticos de suprimentos nas VtrAnf que se constituirão em
Depósitos Flutuantes e a ativação das agências de controle do movimento navio-para-terra (MNT), para verificação
das condições de prontificação.

e) Assalto
Para fins do apoio logístico, o assalto é dividido em duas etapas: durante o MNT e após o MNT. Durante o MNT
ocorrem as Descargas Inicial e Geral.
Na Descarga Inicial, o apoio logístico tem caráter eminentemente tático, devendo atender prontamente as
necessidades do escalão de assalto da ForDbq. As principais fontes de apoio logístico durante os momentos iniciais do

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MNT, quando o apoio é prestado de forma seletiva, são as seguintes: cargas prescritas, suprimentos emergenciais

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(depósitos flutuantes e suprimentos helitransportados) e os navios.


O apoio logístico durante a Descarga Geral caracterizar-se por ser principalmente quantitativo e por atender a
ForDbq como um todo. Ela se inicia quando já há em terra tropas de ApSvCmb e uma quantidade balanceada de itens
das diversas classes de suprimentos capazes de manter a impulsão do ataque.
O apoio logístico após o MNT é caracterizado pelo estabelecimento de toda a estrutura de ApSvCmb da ForDbq
em terra e a centralização do apoio a partir das instalações e organizações que integram essa estrutura.

16.6 - APOIO DE ABASTECIMENTO


16.6.1 – Suprimentos
São todos os itens necessários para equipar, manter e fazer operar uma unidade militar, incluindo comestíveis,
água potável, fardamentos, equipamentos, armamentos, munições, combustíveis, sobressalentes e máquinas de
todas as espécies.
a) Classificação
Os suprimentos podem ser classificados quanto a sua natureza, sua essencialidade e seu emprego operativo.
I) Quanto à natureza
São classificados por símbolos de jurisdição (SJ), de acordo com suas características físicas e o setor técnico
da MB que os controlam
II) Quanto à essencialidade
São classificados conforme o grau de escassez, importância e valor intrínseco de cada item em: ordinários,
cujo fornecimento não exige qualquer procedimento especial; extraordinários, que exigem justificação prévia para
serem fornecidos; e os controlados ou regulados, os quais compreendem aqueles itens críticos cujo fornecimento é
controlado pelo comando.
III) Quanto ao emprego operativo
Na ocasião em que os suprimentos são colocados sob o controle dos GptOpFuzNav, assumem uma
classificação segundo seu emprego operativo, sendo seus itens distribuídos por cinco classes, de acordo com suas
características de emprego ou consumo. As classes são identificadas através de algarismo romanos de I a V, conforme
a seguir especificado.
- Classe I - itens de subsistência, incluindo água e rações operacionais;
- Classe II - itens de natureza geral, constantes de Listas de Dotação, tais como: armamentos, viaturas
operativas, roupas especiais, ferramentas, suprimentos e equipamentos de saúde, etc.;
- Classe III - itens relativos a combustíveis e lubrificantes, exceto de aviação;
- Classe III-A - itens relativos a combustíveis e lubrificantes de aeronaves;
- Classe IV - itens de natureza geral, não constantes de Listas de Dotação, como materiais de construção
e de fortificações de campanha;
- Classe V - itens relativos a munição para armamentos de todos os tipos, exceto de aviação; e
- Classe V-A - itens relativos à munição de uso específíco em aeronaves.

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16.6.2 - Desembarque de suprimentos

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Para fim de execução dessa atividade, peculiar as OpAnf, os suprimentos são divididos em duas categorias
gerais: Suprimentos de Assalto e Suprimentos de Reabastecimento.

a) Suprimentos de assalto
Compreende os suprimentos da Carga Prescrita e os Suprimentos da Força de Desembarque (SupForDbq).
I) Carga Prescrita
Representa as quantidades, por tipo de suprimentos, que um comandante, a seu critério, prescreve para o
apoio inicial de suas unidade ou subunidades subordinadas, normalmente expressas em Dias de Suprimento, e que
depende, entre outros fatores, da capacidade de transporte dos indivíduos ou dos meios de transporte disponíveis.
A quantidade transportada por cada combatente é denominada Carga Prescrita Individual (CPI), enquanto que
a carregada nos meios de transporte disponíveis é denominada Carga Prescrita da Unidade (CPU).
No caso dos suprimentos da Classe V, a Carga Prescrita pode ser expressa, dependendo da arma ou do meio, em:
- dotação básica mais ou menos um determinado número de tiros;
- dias de munição; e
- número de granadas e mísseis.
II) SupForDbq
São aqueles mantidos sob o controle direto do ComForDbq e transportados nos navios do comboio de assalto,
com vistas a permitir o estabelecimento dos níveis de estoque da força até a chegada do reabastecimento no Comboio
de Acompanhamento.
b) Suprimentos de reabastecimento
São aqueles transportados para a Área do Objetivo Anfíbio (AOA) nos Comboios de Acompanhamento ou por
transportes aéreos, para manter um nível de estoque que permita a ForDbq concluir a operação.

16.6.3 - Processos de distribuição de suprimentos


A distribuição dos suprimentos numa área de operações pode ser realizada segundo dois processos.
a) Distribuição por ponto
O elemento apoiado vai buscar seus suprimentos na instalação responsável pelo fornecimento do item.
Este processo é muito empregado nas OpAnf, particularmente nos estágios iniciais do assalto, quando o DP não
dispõe, ainda, de viaturas para fazer a entrega dos suprimentos ao elemento apoiado.
b) Distribuição por unidade
A agência responsável pela instalação de distribuição é também responsável pela entrega dos suprimentos.

16.7 - APOIO DE SAÚDE NO ASSALTO ANFÍBIO (AssAnf)


É dividido em dois estágios, de acordo com a complexidade da operação: estágio de GDB e estágio de ForDbq.
Para uma ForDbq do tipo Unidade Anfíbia (UAnf), normalmente o estágio de GDB é suficiente para a provisão
do apoio necessário.
O estágio de GDB começa com o desembarque do escalão de assalto e se prolonga até o desembarque do DP.
A partir daí tem início o estágio de ForDbq, o qual só se encerra com a conclusão da operação.

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CGCFN-31.3
(1ª Edição – 12 de maio de 2020 – referência “h”)
PELOTÃO DE
4 - MANUAL DO

INFANTARIA DE
FUZILEIROS NAVAIS
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MANUAL DO PELOTÃO DE INFANTARIA DE FUZILEIROS NAVAIS

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CAPÍTULO 1
ORGANIZAÇÃO DO PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS
0101 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS
O Pelotão de Fuzileiros Navais (PelFuzNav) faz parte da organização de uma Companhia de Fuzileiros Navais
(CiaFuzNav), como sua peça de manobra. Ver CGCFN-31.2 - MANUAL DA COMPANHIA DE INFANTARIA DE FUZILEIROS
NAVAIS.
É constituído pelo Comando do Pelotão (CmdoPel) e por três Grupos de Combate (GC), estes organizados, cada
qual, em três Esquadras de Tiro (ET). Ver figura 1-1.

A figura 1-2, ao final deste artigo, mostra um quadro com o armamento dos componentes do PelFuzNav.

O CmdoPel é composto pelos seguintes elementos, com suas respectivas atribuições:

a) Comandante do Pelotão (CmtPelFuzNav) – 2º Tenente (FN):


1) planejar, dirigir e controlar o emprego do PelFuzNav e de seus reforços;
2) planejar e conduzir o adestramento do PelFuzNav, de acordo com as orientações do Comandante da
Companhia (CmtCiaFuzNav);
3) efetuar exame corrente da situação e implementar as alterações ao planejamento;
4) coordenar as ações do PelFuzNav com seus elementos vizinhos e apoios;
5) providenciar o pedido oportuno, a distribuição e o uso racional de suprimentos e equipamentos para o
PelFuzNav, bem como sua salvaguarda;
6) supervisionar, por meio de inspeções, a manutenção do armamento e dos equipamentos do PelFuzNav; e
7) assegurar elevados padrões de disciplina, higiene, saúde e de conforto para a tropa, a fim de manter o moral
elevado.

b) Auxiliar do Pelotão (AuxPelFuzNav) - 2o SG-FN-IF


É o segundo em comando no PelFuzNav; auxilia o CmtPelFuzNav em suas funções e na fiscalização do
armamento;

c) Guia do Pelotão - 3o SG-FN-IF


É o elemento que, sob a orientação do CmtPelFuzNav, coordena os GC; desloca-se, normalmente, à retaguarda
do PelFuzNav; é o auxiliar do adestramento, da disciplina e do controle de fogo dos fuzis-metralhadores; e

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d) Mensageiros (3) - SD-FN


São encarregados de manter a ligação entre o CmtPelFuzNav e os comandantes de GC.

0102 - O GRUPO DE COMBATE (GC)


É a fração de manobra do CmtPelFuzNav. Cada um é composto, por 13 (treze) elementos, organizados em:

a) Comandante do GC (CmtGC) – 3º SG-FN-IF


Responsável pela disciplina, eficiência e correto emprego das ET; responde pelas ordens emanadas do
CmtPelFuzNav, quanto ao emprego das ET, controle de fogo e localização dos fuzis-metralhadores; e

b) três ET.

0103 - A ESQUADRA DE TIRO (ET)


É composta pelos seguintes elementos:
a) Comandante da ET - CB-FN-IF
É o responsável pela disciplina, eficiência e o correto emprego da sua ET; coordena os componentes da mesma;

b) Atirador - CB-FN-IF
É o responsável pela manutenção, funcionamento, regime de fogo e eficiência do fuzil-metralhador;

c) Municiador - SD-FN
Responsável pelo fornecimento de munição ao fuzil-metralhador e pela segurança do Atirador, quando este
se encontra em posição de tiro, agindo em benefício da arma automática; e

d) Volteador - SD-FN
Responsável pela segurança da ET, fazendo esclarecimentos e agindo em benefício da ET, particularmente do
Atirador que porta o fuzil-metralhador.

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CAPÍTULO 2

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FORMAÇÕES DE COMBATE E SEUS EMPREGOS


0201 - GENERALIDADES
Quando um comandante de fração recebe uma tarefa que envolve um movimento, ele deve decidir que
formação usar. Os fatores que influenciam sua decisão são:
a) a missão;
b) a situação do inimigo (possibilidade de contato);
c) o terreno;
d) as condições meteorológicas e de visibilidade (facilidade de controle);
e) o tempo disponível para o cumprimento da missão;
f) a velocidade desejada para o deslocamento; e
g) o grau de flexibilidade desejado durante o movimento.

0202 - FORMAÇÕES DO PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS


Quando o PelFuzNav se desloca como parte da CiaFuzNav, o Comandante desta decide que formação utilizará.
O CmtPelFuzNav poderá alterar essa formação, temporariamente, para satisfazer a eventuais mudanças na situação e
no terreno. Por outro lado, o CmtPelFuzNav é quem decide a formação que usarão os GC.
O CmtPelFuzNav assume uma posição dentro da formação, de onde melhor possa controlar suas peças de
manobra. Se possível, deve manter o contato visual com seus CmtGC.
As formações básicas empregadas pelo PelFuzNav são:
a) Em coluna
Esta formação é a mais comum para o deslocamento do PelFuzNav. Proporciona boa dispersão lateral e em
profundidade, e facilita o controle. O PelFuzNav pode lançar um volume limitado de fogo à frente e à retaguarda, e
um grande volume aos flancos. Facilita, portanto, a manobra e o respectivo apoio de fogo. Ver figura 2-1.

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b) Em linha

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É a formação de assalto básica. Proporciona os meios para lançamento do máximo volume de fogo à frente,
mas muito pouco aos flancos. É a melhor formação para o cruzamento de áreas expostas aos tiros inimigos. É a
formação mais difícil de ser controlada e de manobrar. Ver figura 2-2.

c) Em triângulo
Usada quando a situação do inimigo não está definida, quando o PelFuzNav se encontra em terreno fechado,
ou quando a frente da fração é estreita. Esta formação proporciona um grande volume de fogos à frente e aos flancos.
Favorece a manobra e o controle, provê flexibilidade para enfrentar mudanças na situação tática e possibilita que um
ou dois GC possam ser conservados como reserva. Ver figura 2-3.

d) Em “V”
Como na formação em triângulo, usa-se quando não se conhece a situação do inimigo, mas se espera
estabelecer contato à frente. O CmtPelFuzNav tem dois GC à frente, para proporcionar um grande volume de fogo ao
se estabelecer o contato, e um GC à retaguarda que pode cobrir os demais. Possui as mesmas vantagens que a
formação anterior; entretanto, desloca-se mais lentamente. Ver figura 2-4.

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e) Escalonado

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Com os GC escalonados à direita ou à esquerda, podendo ser empregada para proteger um flanco exposto,
permitindo que o máximo poder de fogo possa ser rapidamente desencadeado na direção desse flanco. Ver figura 2-5.

0203 - FORMAÇÕES DO GRUPO DE COMBATE


As formações que os GC devem assumir, determinadas pelo CmtPelFuzNav, não devem manter distâncias
exatas e intervalos rígidos. O importante é não se perder o controle dos seus elementos. Todos os movimentos
resultantes de uma mudança de formação devem ser executados pelo caminho mais curto possível. Deve-se aproveitar
ao máximo todos os abrigos e cobertas existentes e evitar, sempre que possível, os movimentos laterais e para a
retaguarda.
As formações dos GC são as mesmas do PelFuzNav, levando-se em conta as mesmas considerações quanto
aos seus empregos; ressalte-se, porém, ser possível que o GC se desloque em sua formação, enquanto o PelFuzNav,
como um todo, adota outra;
a) em Coluna (figura 2-6);

b) em Linha (figura 2-7);

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c) em Triângulo (figura 2-8);

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d) em "V" (figura 2-9); e

e) escalonado (figura 2-10).

0204 - FORMAÇÕES DA ESQUADRA DE TIRO


As características são similares às das formações correspondentes do GC, exceto a em “ V ”, que não é
adaptável à Esquadra de Tiro (ET).
As ET podem empregar formações diferentes da adotada pelo GC.
a) Posições dos homens
1) Comandante da ET (CmtET)
Coloca-se onde melhor possa observar e controlar sua ET e receber ordens do comandante de GC.
Normalmente, coloca-se numa posição próxima ao Atirador, de modo a poder, rápida e eficazmente, controlar o
emprego do fuzil-metralhador.

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2) Atirador

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Encontra-se, habitualmente, no interior das formações da ET. Normalmente, seu lugar é entre o CmtET e o
Municiador, de onde pode desencadear rapidamente tiros eficazes sobre o inimigo, de acordo com as ordens do
primeiro, e receber auxílio e proteção por parte do Municiador.
3) Municiador
Coloca-se em uma posição ao lado do Atirador, de modo a poder, eficientemente, supri-lo de munição e
prestar auxílio no emprego de sua arma. Substitui o Atirador, caso este se torne baixa. Coordena sua posição e seu
deslocamento pelo Atirador, provendo-lhe segurança.
4) Volteador
Coloca-se no local mais vulnerável da formação da ET. Se a ET estiver avançando em direção ao inimigo, ele
deverá estar na posição mais à frente; se a ET estiver se retirando, ele deverá estar à retaguarda; se a ET estiver com
um flanco exposto, ele deverá ser colocado naquele flanco.
b) Formações
1) em Coluna (figura 2-11);
2) em Triângulo (figura 2-12);
3) em Linha de Atiradores
Será “à direita” ou “à esquerda” em função, respectivamente, do posicionamento do Atirador: se no centro à
direita ou se no centro à esquerda. (figura 2-13); e
4) Escalonada (figura 2-14).
c) Comando por gestos
Ver CGCFN-201 – MANUAL DO FUZILEIRO NAVAL.

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CAPÍTULO 4

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ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA NO PELFUZNAV


0401 - GENERALIDADES
a) Condições Atmosféricas
O PelFuzNav, normalmente, recebe da CiaFuzNav os informes referentes às condições atmosféricas. Incluem
informes relativos à temperatura, nebulosidade, visibilidade, ventos e chuvas, que permitem ao CmtPelFuzNav avaliar
os efeitos desses fenômenos nas operações táticas planejadas.

b) Condições de Luminosidade
O Oficial de Inteligência (S-2) do BtlInfFuzNav pode prover informes referentes às fases da lua e aos horários
para o nascer e pôr do sol e da lua. Esses informes podem afetar as operações táticas e são valiosos para se estabelecer
os horários de ataque, deslocamentos e patrulhas.

c) Características
Geográficas Os aspectos militares do terreno e da hidrografia são as maiores preocupações na estimativa de
situação do CmtPelFuzNav (ver Anexo E) e são importantes requisitos de inteligência no planejamento e condução de
operações táticas. A análise dessas características deve abranger não apenas o modo como afetam a missão do
PelFuzNav, mas também a maneira pela qual influenciam na capacidade do inimigo.

d) Inimigo
Informes confiáveis referentes ao inimigo, particularmente seu valor, localização, dispositivo e atividades,
influenciam o planejamento operacional. Dentre os de interesse particular do PelFuzNav, destacam-se os referentes
a posições inimigas e localização de suas armas automáticas, morteiros, carros de combate, armamento anticarro,
campos minados e obstáculos.

0402 - BUSCA DE DADOS


a) Conhecimentos Necessários (CN) do PelFuzNav
São geralmente referentes às forças inimigas que se opõem ao PelFuzNav, tais como localização, dispositivos,
valor e armamento. Os dados sobre o terreno podem, ocasionalmente, ser considerados críticos. O Anexo F apresenta
uma sistemática para a busca de dados.

b) Plano de Busca
No nível PelFuzNav, o maior problema encontrado na busca de dados é o limitado tempo disponível entre o
recebimento da ordem e a sua execução. Para compensar isto, os CmtPelFuzNav continuamente dão ênfase à
importância da transmissão dos dados obtidos e ficam atentos à capacidade de todos os seus meios disponíveis de
obtê-los.

1) INIMIGO
É a fonte de muitos dados. A quantidade de dados relativos à atividade inimiga é limitada pelos elementos
disponíveis capazes de detectá-los e observá-los e pela sua habilidade em dissimular suas ações.
O PelFuzNav não é órgão de avaliação, análise ou interpretação de dados, devendo limitar-se à busca de dados
ou a coleta de conhecimentos. Portanto, é fundamental que proceda, no menor tempo possível, à evacuação dos
prisioneiros de guerra, do material e da documentação capturados ao inimigos.
(a) PRISIONEIROS DE GUERRA
Uma das fontes mais valiosas de dados referentes ao inimigo. O interrogatório de prisioneiros de guerra deve
ser conduzido por interrogadores treinados. Quando a situação tática impede a rápida evacuação de prisioneiros, um
interrogatório rápido (se for o caso, utilizando intérpretes locais) pode ser conduzido, buscando informes de valor
tático imediato. O CmtPelFuzNav deve ter certeza de que todo o seu pessoal compreende e aplica as técnicas de
conduta com prisioneiros de guerra. Ver Anexo B - CONDUTA COM PRISIONEIROS DE GUERRA.
(b) MATERIAL E DOCUMENTAÇÃO INIMIGOS
O material capturado é parte importante do esforço de busca. Em muitas situações, a designação da fração
inimiga é muito valiosa para complementar o exame da situação, caso a localização e a hora precisa da captura sejam
conhecidos. Os documentos recebem a mesma etiqueta que é utilizada nos prisioneiros de guerra, que, como os
mortos inimigos, são boas fontes de dados. O material inimigo capturado, apesar de poder não apresentar valor tático
imediato, pode vir a ser uma fonte de conhecimentos valiosa.

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(c) BOMBARDEIO INIMIGO


A observação de fogos inimigos de artilharia e/ou morteiros e a análise de crateras resultantes são fontes de
dados freqüentemente disponíveis às frações. Ver Anexo C - Formatação para a transmissão de dados.

2) CARTAS E FOTOGRAFIAS
São de valor para todos os comandantes de fração, como fontes de dados relativos a aspectos geográficos da
área de operação. O planejamento inclui o uso de cartas com escalas especiais ou maiores do que o normal, ampliação
de escalas disponíveis ou fotografias de determinados objetivos.

3) ESCALÕES SUPERIORES
Podem ser capazes de ajudar a responder aos CN. Os pedidos devem ser tão específicos quanto possível.

4) HABITANTES DA ÁREA DE OPERAÇÕES


Aqueles que estiverem dentro de áreas controladas pelo inimigo são fontes valiosas de dados, particularmente
no que se refere ao terreno. Eles podem, também, ter conhecimento de instalações e atividades inimigas.
Os dados obtidos junto à população não devem ser usados indiscriminadamente sem o necessário
processamento pelos escalões superiores, uma vez que esses habitantes podem ter sido adestrados, induzidos ou
obrigados a disseminar dados falsos.

c) Agências de Busca

1) O PelFuzNav
Desempenha um papel vital em combate. Estando em contato aproximado com o inimigo, obtém dados
consideráveis sobre o valor, localização e armamento do inimigo; a trafegabilidade do terreno; a situação de pontes e
instalações vitais; e os decorrentes da captura de prisioneiros de guerra, documentos e material.

2) O Fuzileiro Naval
É a agência mais simples e valiosa de dados. Seu valor é diretamente proporcional ao treinamento e supervisão
que recebe. O seu preparo e o entendimento de seu papel no processo de busca possibilitam o máximo de proveito
nas seguintes ações:

(a) PATRULHAS
Muito usadas para busca de dados, é importante que lhes sejam cuidadosamente esclarecidos os CN. O valor
da patrulha está diretamente relacionado com a habilidade em reportar o que foi observado.
O PelFuzNav é, por excelência, o elemento tático destinado a formar e lançar patrulhas, que podem ser,
basicamente, de dois tipos:
- de reconhecimento; e
- de combate.
Para maiores detalhes, deve ser consultado o Capítulo 15 do CGCFN-201 - MANUAL DO FUZILEIRO NAVAL.

(b) POSTOS DE OBSERVAÇÃO (PO)


Oferecem cobertura visual de uma área considerável, com um mínimo de uso de pessoal. Permitem a obtenção
de dados detalhados de eventos ocorrendo dentro de seus setores de observação e facilitam a reconstituição da
seqüência desses eventos, permitindo que seja reconhecida a relação existente entre várias ocorrências.

(c) POSTOS DE ESCUTA


São essencialmente elementos de segurança local, mas podem prover valiosos dados referentes a movimentos
inimigos, ruídos e luz em suas proximidades. O emprego de postos de escuta em coordenação com equipamentos de
visão noturna deve ser considerado, para a obtenção de resultados mais completos.

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0403 - CONTRA-INTELIGÊNCIA
a) Medidas de Contra-Inteligência
A ênfase da contra-inteligência está em negar informes ao inimigo e em neutralizar seus esforços para obter
informes referentes a forças amigas.

1) todo o pessoal deve ser instruído quanto ao comportamento em caso de captura, para assegurar que
nenhum conhecimento de valor caia em mãos inimigas, por meio de interrogatório;

2) cartas, papéis pessoais, fotografias e outros dados que possam prover algo de valor ao inimigo devem ser
coletados antes de uma ação tática. Especiais precauções devem ser tomadas, para garantir que o pessoal
em deslocamento para fora de linhas amigas não tenha material desta natureza sob sua posse;

3) camuflagem e disciplina de luzes e ruídos deverão ser enfatizadas, e as cobertas e abrigos disponíveis
utilizadas, quando a fração estiver exposta a possível observação inimiga; deverá ser observado o
posicionamento no terreno das Linhas de Escurecimento, para que se possa cumprir rigorosamente a
disciplina de luzes estabelecida (ver Anexo D - ABRIGOS, COBERTAS e CAMUFLAGEM);

4) devem ser utilizadas apropriadamente as senhas e contra-senhas;

5) as áreas de bivaque, as zonas de reunião, as bases de patrulha, as áreas de apoio de fogos etc. devem ser
fiscalizadas para garantir que não serão deixados para trás cartas, mensagens ou outros materiais que
possam ter valor para a Inteligência inimiga;

6) instruções específicas devem ser emitidas, para a salvaguarda de equipamentos e informes militares,
incluindo-se a destruição em emergência de documentos e equipamentos de valor para o inimigo, quando a
captura é iminente;

7) todo o pessoal deve receber instruções quanto ao procedimento fonia, para evitar que sejam revelados
quaisquer dados ou denunciadas posições através do rastreamento eletrônico; e

8) devem ser tomadas precauções para que refugiados, elementos infiltrados e civis da região tenham o mínimo
conhecimento possível das operações. Todos os civis, durante uma operação, devem ser tratados como
agentes inimigos em potencial, até que sejam investigados por autoridade superior.

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CAPÍTULO 6

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MARCHA PARA O COMBATE


0601 - GENERALIDADES
Em combate, para se estabelecer o contato com o inimigo, é necessário que se realize um movimento em sua
direção, que se chama Marcha para o Combate.
a) Movimento Coberto ou Descoberto
Se for coberto, o PelFuzNav receberá mais tarefas de segurança; entretanto, não há diferenças significativas
para esse escalão, entre os movimentos coberto e descoberto.
b) Tipos de Contato e de Formações
1) Contato Remoto
- é a situação em que há certeza de a tropa não sofrerá ação do inimigo. Prevalecem as medidas administrativas
e a formação empregada é a Coluna de Marcha.
2) Contato Pouco Provável
- é uma situação de transição, sendo realizadas medidas tanto administrativas quanto táticas. Normalmente
ocorre em regiões onde as possibilidades de ação terrestre do inimigo aumentam progressivamente. Utilizase a Coluna
Tática como formação.
3) Contato Iminente
- é a situação em que se pode a qualquer momento sofrer a ação terrestre do inimigo e cerrar contato com ele.
Utiliza-se a Marcha de Aproximação.

0602 - VANGUARDA
A Vanguarda é de natureza ofensiva e deve detectar o inimigo antes do contato.
O PelFuzNav poderá marchar na Vanguarda, recebendo atribuições na PONTA DE VANGUARDA (Fig 6-1) ou no
ESCALÃO DE RECONHECIMENTO (Fig 6-2), dependendo do vulto da Coluna Tática. No escalão BtlInfFuzNav, a
Vanguarda é normalmente composta por uma CiaFuzNav. Ver figura 6-2.

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a) Tarefas

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1) assegurar a progressão rápida e ininterrupta do grosso;


2) propiciar ao grosso tempo e espaço necessários ao seu desdobramento; e
3) proteger o grosso contra a ação do inimigo terrestre à frente.
b) Ponta de Vanguarda
1) Desloca-se ao longo do eixo de avanço. Sua tarefa principal é impedir que um inimigo situado nas vizinhanças
imediatas do eixo ou do itinerário possa abrir fogos de surpresa contra a Coluna. Ela deve se esforçar para impedir
qualquer retardo indevido da Coluna. Para realizar a sua tarefa, a Ponta investiga quaisquer posições favoráveis a
emboscadas situadas no itinerário, tais como passagens ou travessias de cursos d’água, entroncamentos de estradas,
pequenas aldeias e desfiladeiros. Para executar essas investigações e evitar retardar indevidamente a coluna, a Ponta
deve ser agressiva e conduzir seu reconhecimento rapidamente.
2) A Ponta precede o Escalão de Reconhecimento de uma distância determinada pelo comandante da
Vanguarda. Essa distância, usualmente, varia entre 50 e 300 metros, dependendo da proximidade do inimigo, do
terreno sobre o qual a unidade se encontra avançando e da visibilidade.
3) Sempre que possível, o GC que estiver sendo utilizado como Ponta emprega a formação em TRIÂNGULO para
garantir proteção a toda volta e para facilitar o desenvolvimento, quando necessário. As Esquadras de Tiro (ET)
pertencentes à Ponta adotam uma formação em TRIÂNGULO ou em COLUNA. Quando o GC estiver avançando em
Triângulo, a ET da testa se deslocará sobre as extremidades da estrada ou caminho; as demais ET, fora dela, uma de
cada lado. Quando a estrada ou caminho for ladeada por vegetação densa, ou quando a rapidez do movimento for
exigida, a formação da Ponta será em Coluna. As ET também poderão se encontrar numa formação em Coluna e
avançar em lados alternados da estrada. Em qualquer caso, a formação da Ponta é determinada pelo comandante do
GC e é responsabilidade dele modificá-la quando houver necessidade.
4) O comandante do GC na Ponta geralmente se desloca imediatamente à retaguarda da ET da testa, pois dessa
posição pode controlar mais eficientemente seu grupo. Assim, posta-se suficientemente à retaguarda para evitar ser
fixado ao terreno pelos fogos iniciais inimigos e, ao mesmo tempo, à frente, para poder executar um reconhecimento
contínuo que o possibilite fazer seu exame da situação e tomar uma decisão sem perda de tempo.
5) A Ponta engaja todos os elementos inimigos que se encontram dentro do alcance eficaz de suas armas,
inclusive empregando granadas anticarro contra os blindados inimigos. Quando a Ponta estabelece contato com o
inimigo ou descobre posições inimigas ao longo do itinerário de avanço, seu comandante faz um rápido exame da
situação e toma uma ação agressiva imediata. Comunica o contato ao comandante da Vanguarda através do
RECONTAB (ver Anexo C) e informa a ação que estiver tomando. Se a resistência inimiga for relativamente fraca, o
comandante do GC engajará imediatamente o inimigo, para destruí-lo. Se a resistência for mais forte que o efetivo da
Ponta, o GC atacará de modo a obrigá-la a abrir fogo e, assim, revelar seu dispositivo e efetivo. Tal ação agressiva
auxiliará o comandante da
6) Quando a Ponta tem contato visual com um inimigo ao longo do itinerário de marcha, além do alcance de
suas armas, o comandante da Vanguarda é notificado e o avanço prossegue até que o contato seja estabelecido.
Quando o inimigo for observado num flanco, além do alcance eficaz de suas armas, o comandante da Ponta não
engajará com ele, mas notificará o comandante da Vanguarda.
c) Escalão de Reconhecimento
1) O PelFuzNav empregado no Escalão de Reconhecimento é destacado do Escalão de Combate e, por sua vez,
destaca à frente um GC como Ponta de Vanguarda. A tarefa do Pel como Escalão de Reconhecimento é assegurar o
avanço ininterrupto do Escalão de Combate.
2) O Escalão de Reconhecimento adota o dispositivo de grupos em Coluna, cada grupo marchando em coluna
por dois, uma coluna em cada lado da estrada, com uma distância aproximada de 5 passos entre os homens. O
comandante do Escalão de Reconhecimento geralmente marcha à testa desse escalão ou entre ele e a Ponta. Todavia,
deve colocar-se onde melhor possa observar o terreno e controlar a ação. Ele é o responsável pela conservação da
direção ou do itinerário de marcha que recebeu. Usualmente, cabe-lhe manter a velocidade da marcha da Vanguarda,
devendo prescrever a distância a que a Ponta deve preceder o Escalão de Reconhecimento. Em terreno descoberto,
essa distância varia entre 150 e 250 metros. Sob condições de visibilidade reduzida, essas distâncias são
consideravelmente reduzidas. O Escalão de Reconhecimento envia à frente Homens ou Grupos de Ligação, a fim de
manter ligação com o seu GC de vanguarda.

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3) Em virtude do pequeno efetivo e de sua tarefa, a segurança dos flancos do Escalão de Reconhecimento limita-

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se ao reconhecimento visual. Os pontos perigosos distantes, nos flancos, são assinalados para o comandante do
Escalão de Combate, que fornece os elementos necessários para o reconhecimento daqueles pontos.

0603 - FLANCOGUARDA
a) A missão da Flancoguarda é proteger os flancos da coluna contra a observação terrestre e os ataques de
surpresa do inimigo partindo dos flancos, a fim de proporcionar o tempo necessário para o desenvolvimento do
Grosso, para fazer face à ameaça dos flancos, ou permitir sua passagem ininterrupta. Esta missão é de natureza
defensiva.
b) A Flancoguarda emprega patrulhas à frente, nos flancos e à retaguarda, para sua própria proteção, e dá os
oportunos alarmes, referentes à presença de forças inimigas.
c) Sem que se leve em conta o efetivo da coluna, o GC e a ET são muito empregados. Podem receber ordens
para se deslocar e ocupar um acidente importante do terreno situado no flanco ou simplesmente se deslocar
paralelamente à coluna, a uma determinada distância que dependerá da velocidade da coluna e das condições do
terreno.
d) Quando se deslocando a pé, paralelamente à coluna, adota formações que permitam aproveitar melhor o
terreno.
e) Desloca-se de modo a impedir que o inimigo possa disparar tiros eficazes de suas armas portáteis sobre a
coluna. Investiga as áreas possíveis de ocultarem elementos hostis e os locais situados próximos ou em seu itinerário
de deslocamento que possam oferecer boa observação ao inimigo.
f) A presença de elementos hostis é comunicada por meio de gestos ou por mensageiros. A observação de
patrulhas inimigas que se encontrem afastadas do Grosso é comunicada, devendo-se evitar o engajamento. Todas as
demais forças inimigas que se encontrarem dentro do alcance eficaz devem ser imediatamente engajadas pela
Flancoguarda. Se o inimigo abrir fogo sobre a Flancoguarda ou sobre a Coluna, aquela estima seu efetivo e dispositivo
e informa imediatamente ao comandante da Coluna. Enquanto isso, deve resistir a qualquer ataque inimigo, até
receber ordem de se retirar.
g) O comandante da Coluna mantém o contato com a Flancoguarda. Este contato poderá ser visual ou através
de homens ou Grupos de Ligação.

0604 - RETAGUARDA
a) A tarefa da Retaguarda é proteger o Grosso de ataques provenientes da retaguarda.
b) Sempre que possível, a Retaguarda deve ser motorizada, para que disponha de uma velocidade igual ou
superior à do Grosso. Atua de maneira semelhante à Flancoguarda e é preparada para executar destruições e construir
obstáculos.
c) Um PelFuzNav pode receber a tarefa de Retaguarda de um Btl. Seria, então, constituída de Escalão de
Reconhecimento (PelFuzNav menos um GC) e Ponta de Retaguarda (um GC).
d) Ponta de Retaguarda
1) Do mesmo modo que a Vanguarda despacha uma Ponta à frente, a Retaguarda envia uma Ponta para cobrir
a retaguarda. A formação da Ponta de Retaguarda é similar à da Ponta de Vanguarda, porém na ordem inversa.
Normalmente, é empregada uma formação em “V” ou em coluna, colocando-se seu comandante à testa do elemento
mais à retaguarda.
2) Ela só pára para atirar quando a ação inimiga ameaça interferir com a marcha. Qualquer atividade inimiga
observada é comunicada ao comandante da Retaguarda.
3) A Ponta não pode esperar ser reforçada por outras tropas. Ela repele vigorosamente todos os ataques
inimigos. Caso o inimigo ameace ultrapassar a Ponta, tropas amigas ocupam uma posição mais à retaguarda; quando
a Ponta for recalcada, ela se retirará pelos flancos de sua retaguarda ou por um itinerário determinado, de modo a
não mascarar o tiro da força de cobertura.

0605 - POSTOS AVANÇADOS DURANTE OS ALTOS


a) O Posto Avançado do Alto Guardado é estabelecido por uma unidade em marcha que faça qualquer alto
temporário. É guarnecido pela Vanguarda, Flancoguarda e Retaguarda, ocupando acidentes capitais que controlem as
vias de acesso para o local onde a Coluna se encontrar parada. Atenção especial deve ser prestada aos flancos.

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b) A tarefa deste posto avançado é proteger a coluna que se encontra parada contra ataques de surpresa do

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inimigo. Se atacado, engaja o inimigo, dando tempo à Coluna para tomar posição e repelir o ataque.
c) O PelFuzNav pode fazer a segurança de uma Coluna durante uma parada temporária. Para isso, ocupa pontos
críticos do terreno que controlam as vias de acesso que conduzem ao itinerário de marcha. Sua ação depende da
duração do alto, da proximidade do inimigo, da probabilidade de contato e do terreno. O CmtPelFuzNav recebe
instruções específicas do CmtCiaFuzNav.
d) O GC, quando destacado para essa função, é informado pelo CmtPelFuzNav da situação, da posição do posto
a ser ocupado, a quem e onde qualquer comunicação sobre o inimigo deverá ser enviada e da duração prevista para
o alto.
e) Após chegar ao local determinado e executar um rápido reconhecimento, o comandante do GC coloca em
posição suas ET, de modo a que possam observar e defender todas as vias de acesso que se dirigem para seu setor de
responsabilidade. Deve ser assegurada uma observação constante, destacando-se os observadores aos pares e
providenciando-se uma rendição freqüente.

0606 - O PELOTÃO NA VANGUARDA DESDOBRADA


a) Quando se passa de Coluna Tática para Marcha de Aproximação, após o estabelecimento do contato inicial
ou enquanto esta se processa, o PelFuzNav em primeiro escalão (Escalão de Reconhecimento) e outros PelFuzNav
designados se desdobram e assumem a formação adequada. Essa formação, usada tanto no ataque como na fase final
da Marcha para o Combate, varia com o terreno e a situação do inimigo. O CmtCiaFuzNav normalmente prescreve a
formação inicial e permite aos CmtPelFuzNav modificá-la quando necessário. Essas formações estão descritas no Cap.
2 deste manual.

b) Os GC ou as ET aproveitam os abrigos e cobertas existentes ao longo de seu itinerário, como dobras do


terreno, macegas, ravinas, contra-encostas, bosques e outros acidentes similares. A fim de aproveitar todos os abrigos
e cobertas disponíveis, o comandante de GC pode fazer pequenos desvios do itinerário de avanço que lhe foi
determinado. Se tiver que cruzar áreas expostas que não ofereçam abrigos ou cobertas, o comandante de GC
usualmente ordenará que uma ET de cada vez atravesse essa área e siga para um local determinado, onde o GC irá se
reunir para prosseguir o avanço. Quando atravessando em um único movimento, a ET emprega a formação em linha
de atiradores à direita (esquerda) e avança em acelerado. Se a área estiver sendo batida por fogos de artilharia, as ET
podem receber ordem de atravessá-la por infiltração individual. Nesse método, o comandante da ET ordena que cada
elemento se desloque rapidamente, através da área exposta, para um ponto preestabelecido onde a ET irá se reunir
novamente.

c) Conduta Após assumir uma formação de Marcha de Aproximação, o CmtPelFuzNav também prescreve as
formações iniciais aos comandantes de GC, permitindo-lhes a mudança à medida que se avança e que o terreno, a
frente atribuída e a probabilidade de receber tiros e observação do inimigo impõem novas formações.
Os comandantes de GC orientam os comandantes de ET da mesma maneira.
1) Objetivos Intermediários
Na Marcha de Aproximação, o PelFuzNav tem por tarefa ocupar a parte que lhe compete do objetivo de marcha
da CiaFuzNav. Quando este não pode ser mostrado no terreno ao elemento esclarecedor do PelFuzNav, ou quando o
CmtPelFuzNav planeja deslocar o grosso de sua fração por lances para um ou mais dos acidentes ao longo do terreno,
são escolhidos objetivos intermediários para a fração.
Características - devem se encontrar dentro do alcance das armas orgânicas do PelFuzNav. Cada objetivo é uma
área onde o grosso da fração irá fazer um alto, enquanto o CmtPelFuzNav retoma o controle, faz um breve
reconhecimento à frente e formula seu plano para o deslocamento para o objetivo seguinte.
2) Programa de Horários e Distâncias
À noite, em bosques densos ou em terreno plano e limpo, pode-se não encontrar objetivos intermediários
apropriados; se os altos periódicos forem necessários para que o controle seja retomado, eles serão executados
mediante um horário ou em função da distância percorrida.
3) Posição do CmtPelFuzNav
Varia de acordo com a situação e a possibilidade de observação, devendo ser escolhida de forma a permitir a
observação e o controle dos elementos esclarecedores, mas não demasiadamente próxima deles a ponto de haver o
risco de o CmtPelFuzNav ser atingido ou detido por tiros dirigidos a eles. Essa posição também deve permitir ao
CmtPelFuzNav manter contato com o grosso da fração e manobrá-la eficazmente.

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4) Posição e Tarefas dos comandantes de GC

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Durante a Marcha de Aproximação, os comandantes de GC precedem ou se deslocam à testa de suas frações,


salvo os GC da testa, que se encontram engajados em tarefas de esclarecimento. Os comandantes de GC regulam seu
avanço pelo GC base, que, por sua vez, avança como determinado pelo CmtPelFuzNav. Além disso, os CmtGC:
(a) estudam constantemente o terreno à frente, para escolherem os melhores itinerários e para controlarem e
regularem o movimento de seus GC;
(b) diminuem as distâncias e intervalos entre os homens, quando as condições de visibilidade se tornam
reduzidas;
(c) conservam as direções de avanço que lhes foram determinadas; e
(d) são responsáveis pela segurança de seus GC contra quaisquer ações inimigas.

5) Zona de Reconhecimento
Um PelFuzNav que se encontra na Vanguarda Desdobrada normalmente recebe uma Zona de Reconhecimento
de 300 metros de largura para ser completamente investigada, a fim de cobrir o avanço das unidades maiores que
vêm à sua retaguarda. Para cumprir essa missão, o CmtPelFuzNav envia à frente uma ou mais ET como esclarecedoras.
Ele coordena o movimento dessas ET com o restante do PelFuzNav, de modo a proteger o grosso contra os fogos de
armas portáteis que possam ser desencadeados de pontos situados dentro de 400 a 500 metros, ou, em terreno
coberto, de pontos situados dentro do limite da observação inimiga. Esse movimento pode ser controlado por três
métodos diferentes, dependendo da iminência do contato com o inimigo e da natureza do terreno:
(a) Método das ET independentes
O grosso do PelFuzNav pode ser mantido abrigado, quando as ET que agem como esclarecedoras se deslocam
à frente, a fim de reconhecerem objetivos mais próximos. Quando os esclarecedores fazem sinal de "tudo limpo", o
PelFuzNav avança para esse objetivo; os esclarecedores são enviados para o objetivo seguinte e o processo é repetido.
Este método é o mais simples, porém o mais lento. Ver figura 6-3.
(b) Método da ET sob controle
O PelFuzNav pode ser mantido abrigado, enquanto seu comandante segue à distância os elementos
esclarecedores, em direção a um objetivo. Quando os esclarecedores encontram o objetivo "limpo", o CmtPelFuzNav
faz sinal para que o Auxiliar desloque o restante da tropa para esse objetivo. A seguir, o CmtPelFuzNav designa o
próximo objetivo e desloca os esclarecedores em direção a ele. Este método favorece a segurança e aumenta a
velocidade de avanço. Enquanto o PelFuzNav está se deslocando para um objetivo, os esclarecedores se encontram a
caminho do objetivo seguinte. Ver figura 6-4.
(c) Método de Movimento Simultâneo
Em terreno que não possua objetivos intermediários apropriados, os esclarecedores e o grosso do PelFuzNav
podem se deslocar rápida e seguramente. Normalmente, o elemento esclarecedor precede o PelFuzNav no limite da
visibilidade e nunca além do alcance útil dos fuzis. Ver figura 6-5.

6) ET Esclarecedora
(a) A ET Esclarecedora opera sob o controle do PelFuzNav. O comandante do GC que forneceu a ET esclarecedora
marcha próximo ao CmtPelFuzNav, para estar em condições de auxiliá-lo nesse controle.
(b) A ET Esclarecedora se desloca agressivamente, cobrindo a frente do PelFuzNav que avança, para forçar
qualquer inimigo a revelar sua posição. Geralmente, adota uma formação em triângulo ou em linha de atiradores à
direita (esquerda). Normalmente será atribuída uma frente de 50 a 150 metros, a cada ET, para ser reconhecida. O
comandante da ET olha constantemente à retaguarda, para observar quaisquer gestos executados pelo CmtPelFuzNav.
A ET aproveita todos os abrigos e cobertas disponíveis, sem retardar o avanço. Sua distância à frente do PelFuzNav é
governada pelas ordens do comandante deste e varia com o terreno e a provável posição do inimigo. Num momento,
poderá se encontrar, por exemplo, a 300 metros do PelFuzNav, e em outro, a 20 metros. Durante todo o tempo, o
deslocamento da ET Esclarecedora é protegido por elementos do PelFuzNav ou, se este se encontrar mascarado, por
dois membros da própria ET, que cobrem o movimento dos outros dois.

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(c) Em terreno limpo, o CmtPelFuzNav determina que a ET Esclarecedora se desloque por lances, ao longo de
uma série de objetivos sucessivos. Entretanto, as condições de visibilidade limitada em bosques ou macegas densas,
na escuridão, no nevoeiro ou sob fumaça, impedem, em grande parte, esse movimento, devendo o comandante da
ET manter o contato visual com o CmtPelFuzNav.
(d) Quando a ET Esclarecedora recebe ordens para avançar sobre terreno limpo para a extremidade de um
bosque, não pára nessa extremidade; dois de seus elementos, preferencialmente o volteador e o municiador,
reconhecem o interior do bosque até cerca de 50 metros para seu interior, enquanto os outros dois componentes os
cobrem. Assim que se constatar estar limpa a área próxima da extremidade do bosque, o comandante da ET enviará
um militar para fazer o gesto de "EM FRENTE" para o CmtPelFuzNav. A ET mantém uma linha de cerca de 50 a 70
metros no interior do bosque, com observação na direção do inimigo, até que o PelFuzNav chegue. Antes de prosseguir
para o interior do bosque, a ET aguarda ordens do comandante de PelFuzNav. Após alcançar a outra extremidade do
bosque, a ET novamente faz alto e aguarda as próximas ordens.
(e) Quando a ET Esclarecedora recebe tiros, imediatamente procura abrigo, localiza e responde aos tiros
inimigos. O comandante da ET deve, nessa ocasião, cumprir uma das partes mais importantes de sua missão,
identificando, tanto quanto possível, o seguinte:
- localização do inimigo (distância e pontos de referência);
- extensão da posição (flancos);
- natureza da posição (tocas de raposa, obstáculos, abrigos concentrados, espaldões etc);
- efetivo estimado;
- armas inimigas (metralhadoras, morteiros, carros de combate etc); e
- terreno entre as posições inimiga e amiga (vias de acesso, picadas, caminhos, estradas, cursos d’água, bosques etc).
Assim que possível, após o contato ocorrer, o CmtPelFuzNav entra em contato com o comandante da ET, para
receber os dados obtidos até aquele momento. A seguir, o CmtPelFuzNav coloca a ET, normalmente, sob controle do
GC a que pertence, que, na maioria das situações, é lançado ao combate.

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d) Segurança dos Flancos e da Retaguarda

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Quando o PelFuzNav se desloca com um flanco exposto, procura estabelecer a segurança do mesmo pelo
emprego de uma patrulha. Uma ET do GC mais próximo ao flanco é, geralmente, apropriada para esse fim. A segurança
da retaguarda do PelFuzNav que se encontra na Vanguarda Desdobrada de uma Marcha de Aproximação normalmente
é conseguida pela vigilância exercida pelos elementos da retaguarda da formação da fração, sob a direção do SG Guia.
e) GC Base
Quando o PelFuzNav se encontra avançando numa formação de Marcha de Aproximação, seu comandante,
muitas vezes, designa um dos GC como Base, para auxiliá-lo a manter a direção e a velocidade de marcha. O
CmtPelFuzNav indica ao comandante do GC Base a direção de avanço apontando um itinerário, atribuindo um azimute
ou designando um acidente do terreno em direção ao qual deverá se deslocar. Indica também, por gestos ou ordens,
quando o GC deve avançar, mantendo a direção e a posição apropriadas, dentro da formação do PelFuzNav. Quando
o GC Base receber ordem de alto, ou quando tiver alcançado o objetivo que lhe foi determinado, pára e aguarda
ordens. Guiados pelo GC Base, os demais GC também fazem alto.
0607 - MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE
a) Eixo de Progressão
b) Itinerário de Marcha
c) Hora
É a do início do movimento. Normalmente é fixada pelo escalão superior.
d) Local de Partida
e) Linha de Controle
f) Região de Destino
g) Objetivos de Marcha
h) Zona de Reunião
1) Segurança
(a) Contra ataques terrestres
Quando a possibilidade de ação terrestre do inimigo for remota ou quando outras forças amigas
proporcionarem proteção adequada, as medidas de segurança poderão se limitar ao estabelecimento de Postos de
Observação, ligação com a Força de Cobertura e uma guarda interna, para evitar pilhagem ou sabotagem. Estas são
as medidas mínimas, que poderão aumentar de amplitude de acordo com a ameaça inimiga, alcançando o máximo
quando se prepara uma defesa circular contra um ataque inimigo, ou se a segurança proporcionada por outras forças
amigas for pequena ou inexistir.
(b) Antiaérea
Empregam-se ao máximo as medidas passivas de defesa, como abrigos, camuflagem, cobertas, dispersão
etc. Desde que o tempo permita, as armas antiaéreas orgânicas, ou em reforço, devem ser localizadas de forma a
proteger a Zona de Reunião.
(c) Contra carros de combate
Uma Zona de Reunião que disponha de obstáculos naturais barrando as vias de acesso que a ela conduzam
possui segurança passiva. Cursos d’água, matas densas, pântanos etc. asseguram um certo grau de proteção contra
os carros, que poderá ser aumentada, combinando-se aqueles obstáculos com campos de minas. As medidas ativas,
como colocação de armas anti-carro e lançamento de campos de minas, são normais quando há ameaça de ataque
blindado do inimigo.
i) Ponto de Controle
j) Comunicações
Os meios de comunicação empregados na Marcha para o Combate são o rádio, o mensageiro (o mais usado) e
os visuais (artifícios pirotécnicos e painéis).
1) Prescrições rádio:

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CAPÍTULO 7

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ATAQUE COORDENADO
0701 - FASES DO ATAQUE
Após estabelecido o contato com o inimigo ou ocupada uma Zona de Reunião (ZReu), são iniciadas as ações que
permitem o desenvolvimento do Ataque Coordenado. Esta operação ofensiva se divide em três fases: Preparação,
Execução e Continuação. Para o PelFuzNav, a primeira fase tem inicio com a chegada à ZReu e o recebimento da Ordem
de Ataque da CiaFuzNav, e termina com o cruzamento da Linha de Partida (LP), o que marca o início da segunda fase.
Após a conquista do objetivo, mas antes de consolidar sua posse, termina a segunda e tem início a terceira e última fase.
0702 - FASE DA PREPARAÇÃO
Ao atingir a Zreu, o PelFuzNav ocupa o setor atribuído pelo CmtCiaFuzNav, de onde contribui para a segurança
do BtlInfFuzNav, enquanto são ultimados alguns detalhes administrativos. Durante o planejamento do ataque pelos
escalões superiores, parte da fração poderá receber tarefas de reconhecimento. Os comandantes de GC verificam o
estado físico dos homens, levantam as necessidades de suprimentos e reportam-se ao Auxiliar do PelFuzNav. Os
equipamentos não necessários ao ataque são aliviados.
a) Ordem de Ataque do CmtCiaFuzNav
Enquanto o PelFuzNav se prepara para o ataque, na ZReu, seu comandante, acompanhado pelo Auxiliar e dois
mensageiros, entra em contato com o CmtCiaFuzNav, a fim de receber a Ordem de Ataque da Subunidade (SU). O Guia
fiscaliza os preparativos do PelFuzNav. Se for impraticável a ocupação da ZReu e o combate for de encontro, a ordem
de ataque da CiaFuzNav poderá ser fornecida durante o contato com o inimigo. Nesse caso, o CmtPelFuzNav deixará
o grosso do Comando da fração numa zona abrigada situada a curta distância do Posto de Comando (PC) da CiaFuzNav,
e seguirá para este acompanhado apenas por um mensageiro, a fim de reduzir o efetivo do grupo. O CmtCiaFuzNav
determinará se a fração, inicialmente, ficará no escalão de ataque ou em reserva. No primeiro caso, o PelFuzNav
receberá uma parte da Linha de Partida ou da região de onde partirá para o ataque, uma direção e um ou vários
objetivos a conquistar. A Zona de Ação do PelFuzNav poderá ter uma frente de 100 a 250 metros, mas ele poderá não
receber limites, caso em que deverá aproveitar itinerários cobertos nas Zonas de Ação dos PelFuzNav vizinhos, ligando-
se previamente com os respectivos comandantes destes. A hora do ataque normalmente consta da Ordem de Ataque
da CiaFuzNav.
b) Normas de Comando
Após receber as ordens do CmtCiaFuzNav, as ações do CmtPelFuzNav seguem uma seqüência lógica
denominada Normas de Comando. Ele emprega essas normas como um meio de economizar tempo e de se lembrar
de tudo o que tem a fazer. São eles:
1) PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO
O CmtPelFuzNav faz um estudo na carta e planeja seu reconhecimento e se liga com os comandantes dos outros
PelFuzNav, antes que eles se afastem do local de recebimento da ordem. O plano deve incluir o estabelecimento de
ligação com os comandantes dos elementos em contato com o inimigo a serem ultrapassados por sua fração. Valiosos
informes sobre o efetivo e a localização do inimigo poderão ser obtidos desses comandantes.
2) ESCOLHA DE UM POSTO DE OBSERVAÇÃO
O CmtPelFuzNav escolhe um Posto de Observação (PO) que ofereça o máximo de vistas sobre sua Zona de Ação,
bem como proteção contra as vistas e os tiros inimigos. Envia seu mensageiro para guiar os comandantes de GC até o
PO, onde receberão a Ordem de Ataque, numa hora pré- estabelecida. Se necessário, determina que o Guia avance
com o PelFuzNav até a posição de onde partirá o ataque.
3) RECONHECIMENTO
O CmtPelFuzNav executa um reconhecimento pessoal, durante o qual faz uma análise continuada da situação e
do terreno, incluindo o estudo topotático, isto é, interpretando e avaliando os aspectos militares do terreno, tanto
para o inimigo como para si:
- Observação e Campos de Tiro;
- Cobertas e Abrigos;
- Obstáculos;
- Acidentes Capitais; e
- Vias de Acesso.
4) EXAME DA SITUAÇÃO
(a) Missão
Análise das missões da CiaFuzNav e do PelFuzNav, relacionando-as com o terreno.

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(b) Situação

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Em seguida, o CmtPelFuzNav analisa as condições meteorológicas e o terreno e compara as situações inimiga e


amiga. Analisa, ainda, o poder de combate e os dados disponíveis sobre o inimigo em sua faixa de progressão.
(c) Levantamento da possibilidades do inimigo (PI), visualização das Linhas de Ação (LA) e confronto PI x LA
O CmtPelFuzNav levanta as PI, isto é, as ações que o inimigo pode adotar para comprometer sua missão. Depois,
estuda cuidadosamente as LA capazes de assegurar o cumprimento da missão, levando em conta o terreno até o
objetivo principal. A seguir, confronta as suas LA com as PI, isto é, verifica como cada uma de suas LA reage à ação de
cada uma das PI levantadas.
(d) Comparação das LA
O CmtPelFuzNav sumariza as vantagens e desvantagens das próprias LA, comparando-as entre si.
(e) Decisão
Levando em consideração os fatores de decisão - MISSÃO, INIMIGO, TERRENO, MEIOS e TEMPO DISPONÍVEL -
o CmtPelFuzNav decide qual o processo de ataque a ser utilizado. Esta DECISÃO é um desenvolvimento da LA
selecionada, isto é, aquela que melhor assegure o cumprimento da missão do PelFuzNav. Sua redação deverá
responder às perguntas "QUEM?" (este Pelotão), "O QUE?" (atacará), "QUANDO?", "COMO?", "POR ONDE?" (vias de
acesso do PelFuzNav e dos GC) e "POR QUE?". A decisão deverá ser transcrita no início do parágrafo 3. EXECUÇÃO da
Ordem de Ataque do PelFuzNav.
5) ORDEM DE ATAQUE
Quando o CmtPelFuzNav regressa de seu reconhecimento, encontra seus comandantes de GC no PO da fração,
e lá os orienta, mostra os acidentes importantes do terreno e fornece-lhes a Ordem de Ataque em cinco parágrafos.
Na maior parte das situações, a Ordem de Ataque do PelFuzNav é verbal e,
muitas vezes, fragmentária, em virtude da limitação do tempo. Para evitar omissão de informações em sua
Ordem de Ataque, o CmtPelFuzNav toma notas, esboçando-a e consultando-a enquanto a transmite a seus
subordinados. O CmtPelFuzNav se certifica de que todos os comandantes de GC compreenderam a ordem. No Anexo
A - ORDEM DE ATAQUE DO COMANDANTE DE PELOTÃO encontra-se um modelo desse documento.
6) SUPERVISÃO
O CmtPelFuzNav supervisiona os preparativos para o ataque, após dar sua ordem.

c) Ordem de Ataque do Pelotão


1) ESQUEMA DE MANOBRA
É o plano para a disposição e movimento das frações orgânicas e de eventuais frações em reforço, para o
cumprimento da missão.
- A única manobra tática que o PelFuzNav tem condições de realizar é o Ataque Frontal; todavia, pode participar
das demais manobras. Ver capítulo 6 do CGCFN- 1201-MANUAL PARA INSTRUÇÃO DE FUNDAMENTOS DAS
OPERAÇÕES TERRESTRES DE FUZILEIROS NAVAIS. O Ataque Frontal engaja as principais posições da defesa inimiga,
mantendo igual intensidade no ataque, quando a intenção é desalojar o inimigo à frente. Visa a sobrepujar e destruir
uma força inimiga muito mais fraca (Ver figura 7-1). Pode consistir, também, no engajamento das principais posições
de defesa, pelo fogo e à distância, com a intenção de fixar o inimigo, empregando uma base de fogos, em apoio ao
Ataque Principal (Ver figura 7-2). A expressão Ataque Frontal não significa que se deva atacar o inimigo pela frente,
mas sim que se está atacando o primeiro escalão inimigo e não suas forças de retaguarda. Deve-se procurar atacar de
uma posição favorável, que incida no "ombro" ou na retaguarda de suas posições.

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- Os seguintes aspectos são abordados:

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(a) Missão
Ver EXAME DA SITUAÇÃO das Normas de Comando.
(b) Objetivo (Obj)
Os Obj no ataque, normalmente, consistem de um ou mais acidentes capitais que proporcionem observação,
bloqueiem vias de acesso e facilitem o desbordamento das forças inimigas e a continuação do ataque.
Devem possuir as seguintes características:
- contribuírem de modo marcante para o cumprimento da missão;
- serem facilmente identificáveis; e
- ser possível sua conquista pelas frações dentro das limitações de tempo e espaço impostas.
(c) Escalonamento para o ataque
- Escalão de Ataque (1° escalão): normalmente são empregados os três GC;
- Apoio de Fogo: provido pelas seções do Pelotão de Petrechos à disposição; e
- Reserva: neste escalão, normalmente não é empregada.
2) PLANO DE APOIO DE FOGOS
Normalmente, no ataque, este plano consiste de uma cópia do Plano do CmtCiaFuzNav.

d) Ações do comandantes de GC
1) Reconhecimento
Após receber a Ordem de Ataque do CmtPelFuzNav, os comandantes de GC devem, quando possível, reconhecer
o terreno. Durante esse reconhecimento, devem formular um plano para emprego de suas ET, a fim de cumprirem as
tarefas que lhes foram atribuídas. Se o tempo ou a situação não permitir executar o reconhecimento, este deverá ser
feito durante a tomada do dispositivo.
2) Ordem de Ataque
Os comandantes de GC transmitem sua ordem aos comandantes de ET antes do cruzamento da LP. A
transmissão poderá ser feita individualmente, se estiver havendo engajamento com o inimigo, ou coletivamente.
Geralmente será fragmentária, devido ao pouco tempo disponível. Contudo, sempre que possível, deverá ser
fornecida uma ordem completa. Independentemente disto, os comandantes de GC precedem a transmissão da ordem
de um giro do horizonte, apontando a direção de ataque e os acidentes do terreno que serão mencionados naquela.

0703 - FASE DA EXECUÇÃO


a) Execução do Ataque
1) Da ZReu para a Linha de Partida (LP)
O PelFuzNav se desloca em coluna, realizando um movimento contínuo, até a Posição de Ataque (PAtq); até a
LP, adota um dispositivo parcialmente desenvolvido ou o próprio dispositivo de ataque, dependendo do terreno, da
observação e dos fogos inimigos. Esta última parte do movimento deve ser regulada de maneira que os primeiros
elementos do PelFuzNav transponham a LP, sem parar, à hora marcada. O atraso na transposição da LP pode causar a
perda do aproveitamento máximo dos fogos de apoio e pode expor os flancos dos elementos vizinhos. O movimento
da PAtq pode ser protegido por uma preparação de artilharia, caso os fogos desta não venham a ser suspensos em
benefício da surpresa. O escalão de ataque cruza a LP durante ou após a preparação de artilharia.
2) Da LP para a Posição de Assalto (PAss)
(a) O PelFuzNav ultrapassa a LP aproveitando as cobertas e os abrigos disponíveis. A observação e os fogos
inimigos devem ser neutralizados pelos fogos e pela fumaça desencadeados pelas armas de apoio, particularmente
morteiros e obuseiros. Quando as tropas dispõem de fogos de apoio eficazes, devem se aproveitar disto para se
deslocarem rapidamente. Tão logo forem localizados os alvos inimigos, os observadores avançados de morteiro e de
artilharia, que se deslocam com os elementos de 1° escalão, deverão pedir fogos. Estes fogos apoiam o avanço do
PelFuzNav em 1° escalão até a distância de assalto, em geral de 100 a 150 metros do objetivo.
(b) O PelFuzNav progride da LP até a PAss usando o fogo e o movimento. Além dos tiros indiretos executados
por obuseiros e morteiros, a fração emprega suas próprias armas orgânicas, com apoio das armas do Pelotão de
Petrechos (PelPtr). O tiro do GC deve ser contido enquanto o fogo eficaz do inimigo estiver sendo revidado pelo das
armas de apoio. Quando um GC alcança um ponto em que não mais pode progredir sem sofrer baixas excessivas, seu
comandante ordena que uma ou mais ET abram fogo sobre as posições inimigas, procurando obter superioridade de

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fogos sobre o inimigo que se encontre detendo seu avanço. A superioridade de fogos é obtida submetendo-se o

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inimigo a tiros de tal precisão e intensidade que os seus cessem ou se tornem ineficazes. O fuzil-metralhador é
especialmente utilizado para este fim, devido à sua maior cadência. Para auxiliar a obtenção da superioridade de fogos,
emprega-se o tiro de surpresa, sempre que possível. Assim, o comandante do GC transmite aos comandantes de ET
suas ordens de tiro e as ET, quando possível, procuram deslocar-se, sem serem pressentidas, para as posições de tiro.
O comandante do GC ordena, então, "FOGO" e todos os homens atiram simultaneamente. Uma grande quantidade
de tiros precisos desencadeados inesperadamente tem um efeito desmoralizante sobre o inimigo e causa-lhe baixas
e desorganização. Uma vez conseguida a superioridade de fogos, o GC se encontra pronto para continuar sua
progressão em direção ao inimigo. A superioridade de fogos deve ser mantida durante todo o ataque, a fim de
assegurar o sucesso de qualquer manobra. Antes de fazer avançar qualquer fração de seu GC, o comandante deve
certificar-se da existência de tiros de apoio ou orgânicos suficientes sobre o inimigo, para que os fogos deste sejam
ineficazes.
(c) Métodos de Avanço de GC
Uma vez decidido o método a ser empregado, a execução deverá ser imediata. Caso os tiros forcem os membros
do GC ou da ET a procurar abrigo, o comandante do GC deverá imediatamente retomar o controle de sua fração e
assegurar que o ataque seja continuado agressivamente, com um mínimo de retardo.
(1) LANCE DE GRUPO
O GC pode se deslocar à uma, por uma série de lances, que serão possíveis se estiver sendo mantida a
superioridade de fogos, com as armas de apoio atirando diretamente sobre o inimigo, e se houver um itinerário de
avanço, ou se ocorrerem as duas condições. MO do comandante do GC, o grupo percorre vários metros e se abriga.
Esse processo é repetido até que o GC não mais possa avançar como um todo.
(2) LANCE DE ESQUADRA
O GC pode se deslocar em série de lances de ET. Quando empregando este método, o comandante do GC ordena
que uma ou mais ET avancem, sob a proteção dos tiros da(s) ET remanescente(s). A porção do GC que estiver
desencadeando os tiros de cobertura (base de fogos) deverá aumentar sua cadência de tiro, se houver qualquer indício
de que a superioridade de fogos possa ser perdida. As outras ET devem avançar tão rapidamente quanto possível para
novas posições de tiro, aproveitando ao máximo os abrigos e cobertas existentes. Muitas vezes essas frações terão de
progredir arrastando-se ou rastejando. Após alcançar novas posições de tiro, abrirão fogo de surpresa, se possível. A
base de fogos original cessa o fogo e, sob a proteção da nova base de fogos, desloca-se, por sua vez, em direção ao
inimigo, aproveitando todos os abrigos e cobertas existentes. Esse processo continua até que parte ou todo o GC se
encontre em posição para assaltar o inimigo com sucesso.
(3) INFILTRAÇÃO INDIVIDUAL
Será realizada quando for impossível o deslocamento de uma ET por lances; seu comandante determinará qual
o homem que deverá se deslocar; este escolherá sua futura posição de tiro, em regra não mais que cerca de 10 metros
à frente; carregará e travará seu fuzil e se deslocará rapidamente para essa posição, aproveitando os abrigos e cobertas
existentes; na ausência destes, correrá em "zig-zag". Chegando à posição escolhida, jogar-se-á ao solo e rolará para
um dos lados, afastando-se do local onde inicialmente aferrou (ao rolar, procura um abrigo que permita realizar o tiro
desenfiado). De imediato, procurará localizar o objetivo e abrirá fogo. O comandante da ET designará, então, outro
homem para se deslocar, que executará o mesmo procedimento, para uma posição próxima do anterior. Este processo
terminará quando toda a ET tiver se deslocado à frente. Pelo menos dois homens deverão estar sempre em condições
de cobrir o avanço de cada componente da ET.

(d) Os lances do PelFuzNav são por GC, com um em base de fogos. O PelFuzNav utiliza itinerários cobertos, se
possível. Caso contrário, avança rapidamente até a PAss, aproveitando os fogos de apoio e a fumaça disponíveis. As
armas inimigas ocasionalmente encontradas devem ser imediatamente batidas durante a progressão. Essa situação
ocorre, muitas vezes, quando o PelFuzNav ataca enquadrado na CiaFuzNav ou BtlInfFuzNav. Algumas vezes, os fogos
de apoio são suficientes para manter o inimigo fixado em seus abrigos e neutralizar sua resistência durante o avanço
da LP até a PAss. Neste caso, o PelFuzNav progride rapidamente, de uma vez, sem que seja necessário apoiá-lo com
os fogos do PelPtr antes do início do assalto. Os fogos de apoio previstos podem não neutralizar todas as armas
inimigas de tiro direto. Nesse caso o PelFuzNav os reforça com suas armas orgânicas, a fim de permitir que outros
elementos da fração progridam.

(e) O PelFuzNav também pode atacar sem integrar um escalão superior, caso em que, para obter superioridade
de fogos rapidamente, o PelFuzNav utiliza parte de seus próprios fogos para substituir ou reforçar os fogos de apoio
normalmente fornecidos pelo escalão superior. Essa situação pode ocorrer quando:

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(1) atua como patrulha de combate e somente pode contar com concentrações de artilharia e de morteiros

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pedidas pelo rádio;


(2) atua como vanguarda na Marcha de Aproximação e, fazendo contato com o inimigo, os fogos de apoio não
estão imediatamente disponíveis. O PelFuzNav, então, ataca decididamente, combinando o fogo e o movimento, para
vencer pequenas resistências;
(3) está na perseguição ou no prosseguimento de um ataque, em que a rapidez seja fator preponderante e as
armas de apoio não possam mudar de posição; e
(4) no ataque em bosques densos, matas ou montanhas, as armas de apoio não possam ser levadas à frente ou
não tenham campos de tiro.

(f) Se, antes de o PelFuzNav transpor a LP, os fogos de apoio não neutralizarem todas as armas inimigas de tiro
direto, parte da fração poderá executar um ataque frontal, a fim de tornar os fogos do inimigo ineficazes e imobilizá-
los na posição, protegendo o restante da tropa que, utilizando os abrigos e cobertas existentes, avançará para a
posição de assalto. É comum os fogos de apoio serem insuficientes para manter neutralizadas as armas inimigas. Em
conseqüência, elas reaparecem e hostilizam o PelFuzNav tão logo este transponha a LP e avance para a PAss. A ação
inicial do CmtPelFuzNav será tentar a neutralização com os fogos orgânicos. Não obtendo sucesso, ele deverá tentar
uma combinação de fogo e movimento com a tropa. Para isto, empregará os fogos de apoio do PelPtr à disposição e
de parte do PelFuzNav, enquanto o restante da fração estiver avançando. Deverá também procurar trazer os fogos de
apoio dos escalões superiores sobre as armas que impedem sua progressão, comunicando a exata posição destas.

(g) Base de Fogos


A base de fogos de PelFuzNav é constituída pelos elementos, quer orgânicos quer em apoio, que não estejam
em movimento; ela procura manter uma cadência de tiro contínua sobre a posição inimiga, para fixar o inimigo ao
terreno e impedi-lo de utilizar seus fogos e deslocar homens e armas para enfrentar o elemento de manobra das forças
amigas. Os tiros da base de fogos devem se deslocar continuamente à frente da força atacante, sendo suspensos
quando houver risco de atingi-las.

(h) Auxílio às Unidades vizinhas


Em virtude das desigualdades da resistência oferecida pelo inimigo, do terreno e dos tipos de apoio recebido,
alguns PelFuzNav podem ser detidos. A proteção dos flancos é feita por meio de elementos que mantêm ligação com
as frações vizinhas. Quando for criada uma brecha entre um PelFuzNav e a fração vizinha, o comandante do primeiro
reforçará o destacamento de ligação e participará imediatamente este fato ao CmtCiaFuzNav. Quando a resistência
inimiga for fraca, o PelFuzNav prosseguirá rapidamente à frente, até capturar a parte do objetivo que lhe cabe, sem
levar em consideração se as frações adjacentes se encontram ou não em linha. Esse avanço tornará possível a
colocação das armas automáticas em posições de onde possam desencadear tiros oblíquos ou de enfiada sobre a
resistência inimiga que estiver detendo o avanço das frações adjacentes, bem como poderá facilitar, para o
CmtCiaFuzNav, a manobra de seu Pelotão Reserva (PelRes) para desbordar um flanco inimigo ou atingir sua
retaguarda. Após capturar sua parte do objetivo, o PelFuzNav não poderá ser empregado para auxiliar com seus tiros
uma fração adjacente, sem conhecimento e permissão do comandante daquela. Um auxílio não coordenado poderá
interferir com a idéia de manobra da fração adjacente e causar baixas entre suas tropas.
(i) Transposição de zonas batidas por fogos longínquos
Durante a progressão do PelFuzNav para a PAtq, é possível que as armas de apoio não neutralizem
completamente os fogos inimigos de armas que a fração não pode bater (metralhadoras, morteiros ou baterias de
artilharia instalados a grandes distâncias). O CmtPelFuzNav tem, então, três alternativas: desviar-se das zonas
perigosas, utilizando itinerários desenfiados, a fim de escapar dos tiros de metralhadoras ou contornar as zonas
batidas pela artilharia e morteiros inimigos; atravessar a zona perigosa o mais rapidamente possível; ou deter sua
própria progressão.
(1) Quando o terreno ou a extensão da concentração inimiga permite o desvio da zona perigosa, esta alternativa
é a melhor;
(2) quando não é possível desviar-se dos fogos inimigos e se estes não forem muito densos, muitas vezes, pode-
se atravessar a zona perigosa sofrendo poucas baixas. Em tais situações, o CmtPelFuzNav, resolutamente, desloca com
rapidez sua fração à frente, tendo em vista que os fogos defensivos geralmente aumentam de intensidade e precisão
à medida que a luta se desenvolve, particularmente quando o atacante suspende ou afrouxa sua pressão;

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(3) deter o avanço dá ao inimigo mais tempo para ajustar seus fogos e, ao mesmo tempo, priva os elementos

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vizinhos do apoio de que eles necessitam. As paradas que não sejam absolutamente forçadas pela ação inimiga
comumente ocasionam baixas evitáveis, em virtude de aumentarem o tempo que os homens ficam expostos aos fogos
inimigos. Por conseguinte, o CmtPelFuzNav só detém seu avanço quando o prosseguimento do movimento pode
causar um número considerável de baixas. Nesse caso, ele participará imediatamente ao CmtCiaFuzNav a sua
localização, a ação inimiga que impôs a parada e quaisquer outras informações úteis. Ao mesmo tempo, ficará em
condições de reiniciar o avanço, logo que o fogo diminuir de intensidade.
(j) Transposição de zona batida por fogos aproximados
(1) Quando os fogos inimigos são desencadeados por armas portáteis situadas dentro do alcance útil das armas
do PelFuzNav, todos os seus homens imediatamente abrem fogo contra elas. Quando esse fogo, entretanto, não puder
neutralizar as armas inimigas, a progressão deverá ser feita pela combinação do fogo e movimento.
(2) Certos objetivos que detêm ou dificultam o avanço devem ser assinalados para os comandantes dos
elementos de apoio, para os observadores avançados que se achem perto do PelFuzNav e ao CmtCiaFuzNav. Ao
mesmo tempo, o CmtPelFuzNav empregará todos os meios de que dispuser para continuar a progressão. O inimigo
deve ser fixado pelo fogo de uma das frações do PelFuzNav, enquanto o restante manobrará, beneficiando-se desse
apoio. A seguir, a fração que manobrou ocupará posição de tiro e passará a apoiar a progressão do elemento que a apoiou.
(3) O avanço pela zona de um PelFuzNav vizinho é, muitas vezes, a única maneira de um grupo ou parte dele
poder aproximar-se da posição inimiga, e deverá ser feito mediante entendimento com essa fração vizinha.
3) Assalto (da PAss para a Linha Limite de Progressão - LLP)
(a) O assalto é um curto e bem coordenado esforço para dominar o objetivo. Por esse motivo, qualquer
hesitação das tropas assaltantes pode ser desastrosa. A ação é caracterizada pelo emprego agressivo do fogo e do
movimento para cerrar sobre o inimigo e destruí-lo ou capturá-lo. As brechas nas defesas inimigas devem ser
exploradas e os pequenos objetivos devem ser, se possível, atacados pelos flancos e pela retaguarda. O emassamento
de forças para conquistar o objetivo deve ser restrito ao mínimo.
(b) O CmtPelFuzNav se prepara para o assalto concentrando os seus fogos de apoio e procurando aproximar-se
o máximo possível da posição inimiga, tirando todo o proveito dos efeitos produzidos no inimigo por aqueles fogos.
(c) A coordenação oportuna do assalto com a suspensão ou alongamento dos fogos de apoio constitui um ponto
de capital importância no combate de infantaria. Quando os elementos do escalão de ataque chegam à distância de
assalto, os fogos de apoio são suspensos a pedido do comandante do PelFuzNav, comandante da CiaFuzNav ou
BtlInfFuzNav; esses elementos partem imediatamente para o assalto, apoiados por suas armas de tiro tenso.
A suspensão daqueles fogos é indicada aos elementos do escalão de ataque por meio de um sinal ótico feito
pelos grupos atacantes ou pelos elementos de apoio. Se o assalto for iniciado no interior do PelFuzNav ou por ordem
de seu comandante, os tiros de apoio devem ser suspensos imediatamente, por meio de um sinal preestabelecido,
como um artefato pirotécnico ou uma granada fumígena colorida. Se as armas de apoio e a base de fogos tiverem
observação adequada, seus tiros poderão ser suspensos por suas agências de observação. Quando se convencionar
que o assalto será desembocado por ordem do CmtPelFuzNav, o início da ação poderá ocorrer ao término de uma
concentração de artilharia ou de morteiros, após o que todos os fogos serão suspensos. O assalto poderá ter início,
também, mediante um programa horário, que, entretanto, é mais comumente empregado quando a coordenação
entre as frações de uma CiaFuzNav ou as SU de um BtlInfFuzNav é essencial para o assalto. Os grupos ainda não
desenvolvidos, ao se aproximarem da PAss, tomarão o dispositivo em linha. O PelFuzNav iniciará o fogo do assalto e
progredirá com rapidez, em direção ao objetivo. Nesse momento, a artilharia, os morteiros e as outras armas de apoio
suspenderão ou alongarão seus fogos sobre o objetivo, para evitar baixas na tropa atacante. Quando o PelFuzNav
ataca enquadrado na CiaFuzNav, o assalto é desencadeado à hora determinada ou a um sinal do CmtCiaFuzNav. Se o
PelFuzNav estiver atacando isoladamente, o sinal convencionado para a suspensão dos fogos de apoio será dado por
seu comandante.
(d) Progressão através da posição inimiga
Quando os fogos de apoio forem suspensos, o objetivo será batido por fogos de assalto desencadeados por
todas as armas disponíveis. O inimigo deverá ser neutralizado, cegado ou destruído pelos fogos dos fuzis,
fuzismetralhadores, granadas de bocal e de mão e lança-rojões. Os atiradores de escol selecionarão objetivos, quais
sejam: oficiais, graduados, seteiras de fortificações e guarnições de armas. Eles devem atuar atrás ou nos flancos do
PelFuzNav. A munição deverá ser utilizada sem parcimônia e recompletada constantemente. O PelFuzNav não deve
deter-se na orla anterior do objetivo, nem vacilar em avançar para sua orla posterior, para que o inimigo não tenha
tempo de se refazer do choque inicial do assalto.

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(e) Perseguição pelo fogo

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Conservando suas bases de fogos em posição, o CmtPelFuzNav deve assegurar-se de que o terreno conquistado
será conservado. O inimigo em fuga deverá ser engajado pelo fogo até o alcance útil das armas, para evitar que se
reorganize e contra-ataque. Após o assalto executado com êxito, a base de fogos deve permanecer em sua posição de
apoio, para que a reorganização do PelFuzNav possa ser protegida.
0704 - FASE DA CONTINUAÇÃO
a) Ações no objetivo conquistado
1) As primeiras considerações do CmtPelFuzNav, após a conquista do objetivo e durante a perseguição pelo
fogo, são assegurar-se de que mantém o objetivo conquistado e de que não perca nenhuma oportunidade que lhe
facilite ações futuras. Para proteger o objetivo, deve tomar todas as providências necessárias para repelir um contra-
ataque inimigo.
(a) O CmtCiaFuzNav deve:
- coordenar e supervisionar a reorganização de sua SU e dos reforços;
- designar locais e áreas específicas de responsabilidades dos seus PelFuzNav e pontos de ligação;
- desdobrar as armas orgânicas em reforço e em apoio para posições préselecionadas, de onde possa
repelir um contra-ataque; e
- modificar os fogos pré-planejados, como necessário.
A reserva poderá ser posicionada para proteger um flanco exposto ou para aprofundar a posição, ou
poderá ser empregada, temporariamente, à frente do objetivo, para prover segurança durante a reorganização ou
para destruir ou capturar o inimigo em fuga. Segurança local e patrulhas deverão ser empregadas à frente e nos
flancos, para manter contato com o inimigo e com subunidades vizinhas. O Plano de Fogos para o apoio à defesa
imediata da posição conquistada deverá ser melhorado, e a redistribuição das armas e frações executada de acordo
com o reconhecimento pessoal efetuado.
(b) As exigências iniciais mais importantes para o CmtPelFuzNav são:
- o dispositivo dos GC que executaram o assalto; e
- o desdobramento e o posicionamento da base de fogos, se empregada.
O CmtPelFuzNav deve deslocar as armas orgânicas e em reforço rapidamente à frente, para integrar a
defesa. As vias de acesso para contraataques inimigos devem ser cobertas tanto por fogo direto como indireto.
(c) Os comandantes de GC, assessorados pelos comandantes de ET, designam as posições e setores de tiro
individuais para as ET.
(d) As seções de metralhadoras e armas anti-carro recebem setores de tiro e uma direção principal de tiro
para cobrir as vias de acesso mais vantajosas para o inimigo. Os comandantes dessas seções e das outras armas de
apoio selecionam as posições exatas de suas armas, que provêem a defesa em toda volta do PelFuzNav e têm
prioridade para a preparação de suas posições.
1) Ao serem atingidos ou destruídos os objetivos, todos os esforços devem ser concentrados para que se
prossiga no ataque, sem demora. Deve-se utilizar ao máximo o apoio de fogo durante esse período crítico. Um mínimo
de forças manterá o controle do objetivo, se necessário. As frações manterão o contato com o inimigo, impedindo-o
de se reorganizar.
2) O prosseguimento do ataque com a Reserva pode requerer a ultrapassagem ou substituição em posição.
3) O CmtCiaFuzNav e os CmtPelFuzNav, antes do assalto, ao formularem o plano inicial de ataque,
elaboram também Planos Preliminares, para emprego no prosseguimento do ataque, além de um reconhecimento
inicial. Esse planejamento reduz o tempo necessário ao reconhecimento e à orientação da tropa, após a conquista do
objetivo. O plano inicial é continuamente aperfeiçoado, à medida que o exame da situação, no qual ele foi baseado,
vai sendo alterado durante a execução do assalto. Por outro lado, os Planos Preliminares e suas alterações são as bases
para uma ou mais Ordens Fragmentárias, a serem distribuídas, implementando a continuação do ataque para a
conquista de objetivos mais profundos.
b) Reorganização
A reorganização é permanente, ao longo de todo o ataque. Inclui:
- recompletamento de pessoal;
- restabelecimento da cadeia de comando; e
- redistribuição de munição.

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Após a conquista do objetivo, a situação, o efetivo e o quantitativo de munição são informados ao

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CmtCiaFuzNav. Mortos, feridos e prisioneiros de guerra são evacuados, e informes sobre o inimigo são transmitidos.
1) Quando necessário, o CmtCiaFuzNav alivia um ou ambos os PelFuzNav em primeiro escalão, para que
possam recuar para uma área coberta, para reorganização.
2) A frente do PelFuzNav no objetivo muitas vezes é bastante reduzida e a manutenção de três GC para
assegurar a posição não é necessária. Isto é particularmente verdadeiro quando o objetivo do PelFuzNav é conquistado
por um ou dois GC. O GC base de fogos ou o que não tiver sido empregado no ataque poderá substituir os que
participaram do assalto. Os GC substituídos serão recuados para a primeira coberta disponível, para reorganização.

c) Interrupção do ataque
1) Caso o assalto não obtenha êxito, o CmtPelFuzNav adotará ações alternativas, dependendo dos fatos de
sua força ter simplesmente falhado em conquistar seu objetivo, ou de ter sido repelida, contingências essas para as
quais ele deve ter-se previamente preparado. Suas ordens devem incluir a hora e/ou as circunstâncias que
determinarão a interrupção, a missão e a localização das frações subordinadas e as medidas de coordenação e
controle. A fim de evitar o congestionamento, algumas frações podem ser desviadas para áreas de reunião, antes que
seja ordenado o alto.
2) O comandante terá liberdade para interromper o ataque da sua fração. Nessa eventualidade, devem ser
previstas áreas de reunião, a fim de auxiliar a defesa, diminuir a vulnerabilidade a ataques e facilitar a retomada da
ofensiva.
3) As ações a serem adotadas quando o ataque é interrompido são:
- estabelecer a segurança local necessária;
- comunicar ao CmtCiaFuzNav;
- manter o contato com o inimigo, buscando os dados necessários ao planejamento de ações futuras;
- reorganizar-se e redistribuir forças, com base em seu presumível emprego futuro; e
- estabelecer contato com os PelFuzNav adjacentes.

d) Comunicações no ataque
1) Durante as ações iniciais
(a) COMUNICAÇÕES COM FIO
Muito usadas nesta fase, se for possível instalar os circuitos necessários. Deve-se dar especial atenção à
vigilância dos circuitos.
(b) COMUNICAÇÕES RÁDIO
Até a hora do ataque, normalmente, são sujeitas a restrições (rádio restrito). O uso eventual desse canal visa
a manter a aparência de fluxo normal ao inimigo.
(c) COMUNICAÇÕES POR MENSAGEIROS
É o canal mais utilizado, normalmente empregando mensageiros de escala e os especiais.
(d) COMUNICAÇÕES VISUAIS
Praticamente só utilizadas para ligação terra-avião, principalmente por meio de painéis e de artifícios
pirotécnicos.
2) Durante o ataque
(a) COMUNICAÇÕES RÁDIO
São o meio mais usado, normalmente de forma livre, após o cruzamento da LP. A restrição poderá ser
imposta à reserva e aos elementos em apoio, antes de seu emprego.
(b) COMUNICAÇÕES COM FIO
Podem-se estabelecer as seguintes ligações:
- entre Postos de Observação (PO) e Postos de Comando (PC) dos elementos do escalão de ataque;
- no âmbito do PC da Unidade, para uso de elementos que delas necessitem; e
- entre o escalão de ataque e o PC da subunidade. Atualmente, não é o meio mais utilizado, devido ao
desenvolvimento dos equipamentos-rádio.

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(c) COMUNICAÇÕES POR MENSAGEIROS

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Largamente empregados. Devem-se utilizar mensageiros de escala à frente da LP, e escoltá-los quando em
território inimigo.
(d) COMUNICAÇÕES VISUAIS E ACÚSTICAS
Particularmente empregadas para:
- ligações terra-avião;
- suspensão, alongamento e pedidos de fogos; e
- situações em que é necessário estabelecer ligações com um grande número de pessoas.

0705 - RESERVA
a) Tarefas
O PelRes poderá receber uma ou mais das seguintes tarefas:
1) prover a segurança nos flancos e retaguarda, por meio de patrulhas de combate;
2) atacar, por nova direção, uma posição inimiga que detém elemento do escalão de assalto;
3) substituir um PelFuzNav do escalão de ataque;
4) reduzir resistências ultrapassadas;
5) atacar para explorar uma vulnerabilidade;
6) manter ligação com os elementos vizinhos à CiaFuzNav; e
7) proteger a CiaFuzNav dos contra-ataques durante a reorganização.
b) O PelRes avança por lances, de acordo com as ordens de seu comandante, e adota um dispositivo em coluna
até sua entrada em ação. O CmtPelRes observa constantemente a ação dos elementos do escalão de ataque e a
situação nos flancos. À medida que a situação se desenvolve, ele traça planos iniciais de emprego da fração.

0706 - MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE


Todas as medidas apresentadas abaixo se encontram definidas no Anexo B do CGCFN-60 - MANUAL PARA
INSTRUÇÃO DE FUNDAMENTOS DAS OPERAÇÕES TERRESTRES DE FUZILEIROS NAVAIS. Outras medidas, além das
apresentadas, podem ser utilizadas, dependendo da necessidade da situação:
a) Direção de Ataque;
b) Objetivo;
c) Limite Lateral ou Limite;
d) Linha de Partida;
e) Zona de Ação;
f) Zona de Responsabilidade Tática;
g) Zona de Reunião;
h) Eixo de Progressão;
i) Posição de Ataque;
j) Hora de Ataque;
l) Ponto de Controle;
m) Ponto de Ligação; e
n) Linha de Controle.

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CAPÍTULO 8

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OPERAÇÕES SOB CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE REDUZIDA


0801 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS NO ATAQUE NOTURNO
Para o ataque noturno iluminado, seguir os procedimentos previstos para o ataque diurno. Para o ataque não
iluminado, considerar, também, o seguinte:
a) Reconhecimento
Sempre que possível, uma vez que possibilita uma melhor observação, deverá ser diurno. Deverão ser
reconhecidos todos os itinerários a serem utilizados pelas frações, assim como os pontos de liberação e os demais
pontos e linhas de controle.
b) Normas de Comando
1) Providências iniciais - iguais às do ataque diurno; e
2) Demais - ver Anexo G - SEQÜÊNCIA PARA PREPARAÇÃO DE OPERAÇÕES.
c) Preparativos para o Ataque
As atividades levadas a efeito na Zona de Reunião pelo PelFuzNav são semelhantes às de um ataque diurno,
devendo o CmtPelFuzNav ter uma preocupação especial com a segurança. A surpresa é de capital importância, sendo
obtida mediante:
1) ensaios conduzidos, tanto durante o dia como durante a noite, com formações, sinais e as ações da fração,
da Zona de Reunião ao objetivo;
2) descanso dos componentes do PelFuzNav antes do ataque;
3) não conduzir material e equipamentos desnecessários ao ataque, os quais deverão ser reunidos e
entregues no objetivo;
4) camuflagem individual e do equipamento;
5) inspeção dos homens e equipamentos, para que não haja quebra de disciplina de luzes e de ruídos;
6) reduzir ao mínimo indispensável os efetivos e as atividades de elementos empregados em
reconhecimento, e em outras ações preparatórias; e
7) manutenção das armas travadas durante o deslocamento; a abertura de fogo só deverá ocorrer mediante
ordem.
Quando o PelFuzNav iniciar o movimento para a posição de ataque, as armas deverão estar carregadas e
travadas. A Posição de Ataque deve ser ultrapassada com os sabres/baionetas armadas.
d) Conduta
1) Formação
O PelFuzNav geralmente transpõe a Linha de Partida (LP) em coluna, podendo estar ou não sob o controle
da CiaFuzNav. Essa formação é mantida até que seja atingido o Ponto de Liberação (PLib) dos Pelotões ou dos GC, ou
seja forçado o desdobramento pela ação inimiga. Se a visibilidade permitir o controle e o objetivo estiver próximo à
LP, ou o contato com o inimigo for iminente, poderá ser preferível a progressão, a partir da LP, com os PelFuzNav
justapostos, cada um deles em coluna. Ao ser atingida a Linha Provável de Desenvolvimento (LPD), ou se o inimigo
descobrir o ataque antes que ela seja alcançada, o assalto será iniciado com todos os GC em linha. Quando o PelFuzNav
for empregado como reserva, ele deslocará de acordo com a determinação do CmtCiaFuzNav.
2) Progressão até os PLib
(a) A progressão da LP para os PLib é feita em coluna. Um avanço lento, silencioso e furtivo é essencial ao
sigilo. Esse dispositivo é mantido até que seja atingido o PLib/Pel, a menos que a ação inimiga force a um
desenvolvimento prematuro. A área entre a LP e os PLib deve ser constantemente patrulhada antes da chegada da
CiaFuzNav. Quando os PelFuzNav atingem o PLib/Pel, recebem um guia (integrantes das patrulhas de segurança), que
os conduzem até os PLib/GC.
(b) O comandante de cada coluna se desloca à testa ou nas proximidades, e um sargento se desloca atrás de
cada coluna, para auxiliar o controle e manter o sigilo. Os comandantes de coluna e de PelFuzNav verificam
constantemente a direção e a ligação.
(c) Os comandantes procuram evitar um assalto prematuro; contudo, a ação de patrulhas ou de postos de
vigilância inimigos pode forçar parte da CiaFuzNav a se desenvolver antes da hora planejada. Se possível, os elementos
desenvolvidos retomam o dispositivo em coluna após a redução da resistência.

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(d) Durante o deslocamento, o PelFuzNav deve adotar medidas de segurança aproximada, nos flancos e à

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frente.
(e) Uma vez ultrapassada a LP, o movimento deve ser contínuo, e a velocidade de progressão
suficientemente lenta para permitir um movimento silencioso. Ver figuras 8-1 e 8-2.
(f) O inimigo encontrado no itinerário deve ser eliminado o mais silenciosamente possível.
(g) Se forem lançados iluminativos durante esse deslocamento, os homens devem abaixar-se rapidamente,
evitando olhar para a luz.
(h) Ao chegar ao PLib/GC, o CmtPelFuzNav passa o controle dos GC a seus comandantes; os guias conduzem
os grupos das extremidades para suas posições na Linha Provável de Desenvolvimento (LPD); o grupo do centro
prossegue à frente, desenvolvendo-se entre os homens que marcam seus flancos.
(i) Quando o PelFuzNav estiver completamente desenvolvido, o CmtPelFuzNav avisa ao CmtCiaFuzNav,
mediante ordem do qual o PelFuzNav continuará seu movimento silenciosamente, mantendo a formação em linha e
guiandose pela fração base.
3) Assalto
(a) O desenvolvimento pode ser ordenado pelo CmtCiaFuzNav em função da ação inimiga, ou ser feito na
LPD. No primeiro caso, o assalto deve ser iniciado tão logo o desenvolvimento esteja pronto, e executado em um lance,
com os militares atirando enquanto progridem.
(b) Artifícios iluminativos podem ser usados para auxiliar o tiro e a progressão da tropa assaltante. Esses
fogos de iluminação são solicitados pelo CmtCiaFuzNav.
(c) O PelFuzNav prossegue o seu movimento na direção do objetivo até que o ataque seja descoberto ou até
que seja encontrada resistência inimiga, ocasião em que se desencadeará o assalto.
(d) Ao atingir a LPD, a tropa procura se desenvolver sem ser descoberta e lançase ao assalto, em silêncio, até
que o inimigo abra fogo. Todo esforço deve ser feito para manter-se o dispositivo em linha e evitar que se formem
grupos isolados.
(e) Normalmente o assalto é iniciado por ordem do CmtPelFuzNav; deve ser evitado o assalto prematuro,
ressaltando-se que o fogo disperso de pequenos elementos inimigos não deve ser encarado como perda da surpresa
nem deve ser o sinal para o início do assalto.
(f) É muito importante lançar um grande volume de fogos durante o assalto, pois é necessário que se
estabeleça e mantenha a superioridade. O assalto deve ser conduzido com agressividade, os homens devem gritar,
fazer ruídos e criar tanta confusão quanto possível.
(g) Deve-se usar munição traçante para aumentar a precisão dos tiros e desmoralizar o inimigo.
(h) Durante o assalto são realizados fogos para isolar o objetivo, como pode ser realizada a iluminação, tudo
por solicitação do CmtCiaFuzNav.
(i) Os PelFuzNav em primeiro escalão procuram atingir o limite posterior do objetivo, deixando as tarefa de
limpeza para os elementos em apoio e na reserva. É de acentuada importância um comando enérgico e agressivo por
parte de todos os comandantes de frações.
4) Ataque descoberto antes de atingir a LPD
(a) O CmtCiaFuzNav pedirá os fogos de apoio e a iluminação planejados sobre o objetivo para neutralizar os
fogos do inimigo e para permitir melhor controle e movimento mais rápido. Se os PelFuzNav ainda não houverem sido
liberados, o CmtCiaFuzNav os liberará nesse momento, e eles deverão seguir rapidamente para a LPD.
(b) Os PelFuzNav devem tentar seguir na formação em coluna até as proximidades da LPD, onde adotarão a
formação em linha e procederão como em um ataque diurno, encarando a LPD como a provável posição de assalto.
Se não for possível avançar na formação em coluna sem sofrer muitas baixas, os PelFuzNav devem desenvolver-se e
utilizar fogo e movimento para atingir uma posição da qual possam lançar-se ao assalto.
(c) À medida que os fogos de apoio forem se tornando perigosos à tropa amiga, devem ser transportados
para isolar o objetivo.
(d) Uma vez iniciado o assalto, a conduta deverá ser a mesma já descrita.

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5) Consolidação e Reorganização

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(a) Logo que o objetivo tiver sido conquistado, o PelFuzNav ocupará o setor que lhe tiver sido atribuído,
buscando estabelecer seus flancos em pontos característicos do terreno designados anteriormente e mantendo
contato com os PelFuzNav vizinhos. As armas orgânicas e em reforço devem cerrar com rapidez para posições
designadas anteriormente. Estabelece-se a segurança local, que consta de postos de escuta e de pequenas patrulhas;
no entanto, esta segurança não deve ir além da Linha Limite de Progressão (LLP).
(b) Deve-se fazer a redistribuição de munição, a evacuação de baixas e de prisioneiros e o recompletamento
de pessoal. O CmtPelFuzNav deve manter o CmtCiaFuzNav informado dessas ações.
(c) Um pouco antes do alvorecer, o pessoal e os petrechos são reajustados e distribuídos de acordo com as
necessidades, para reforçar a posição e obter melhores campos de tiro.
(d) Quando o ataque tiver de prosseguir após o amanhecer, os preparativos imediatos para o
prosseguimento deverão ser logo iniciados.
(e) Os observadores avançados de artilharia e morteiro devem planejar fogos de caráter defensivo, tipo
barragem em vias de acesso e concentrações, em pontos críticos, a serem desencadeadas MO do CmtCiaFuzNav.
6) Reserva
Poderá seguir de perto o escalão de ataque ou ser deixada atrás da LP, para ser levada à frente por guias ou
mediante um sinal convencionado. Poderá receber as tarefas de limpeza e de ficar em condições de substituir as
frações em primeiro escalão. Se inicialmente não houver reserva, imediatamente após a conquista do objetivo será
designado um PelFuzNav para constitui-la.

0802 - MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE


a) Direção e Controle
1) emprego de volteadores ou atiradores de metralhadoras selecionados, para executarem tiros traçantes
sobre o objetivo;
2) emprego de guias para deslocamentos atrás e à frente da LP. Bons guias podem ser freqüentemente
escolhidos entre os componentes das patrulhas que estejam familiarizados com a região;
3) designação dos limites laterais e avançados do objetivo, por meio de acidentes notáveis do terreno;
4) designação de azimutes das direções de progressão à frente da LP;
5) designação de um grupo-base. Em geral é o que tem o itinerário mais facilmente identificável;
6) conservação do dispositivo em coluna durante o maior tempo possível; e
7) prescrição da parte da frente a ser defendida pelos GC e determinação, com precisão, da zona e limite de
objetivo de cada um deles.
b) Posições de Ataque noturnas
São comumente escolhidas pelo CmtCiaFuzNav durante seu reconhecimento diurno.
c) Linha ou Ponto de Partida
É semelhante à do ataque diurno, mas necessita de melhores pontos de referência e balizamentos.
d) Itinerários para o Objetivo
São cuidadosamente escolhidos, comparando-se as vantagens de facilidade de controle (estradas, cercas,
cursos d’água e outros) com as desvantagens decorrentes da possibilidade de o inimigo barrar, por posicionamento
ou por fogos, não só estes itinerários como outras vias de acesso.
e) Ponto de Liberação de Pelotão (PLib/Pel)
Local onde o CmtCiaFuzNav entrega aos CmtPelFuzNav o controle do deslocamento para a LPD. Quando a
SU parte para a Posição de Ataque com suas frações justapostas, o PLib/Pel coincide com essa linha.
f) Linha Provável de Desenvolvimento (LPD)
Acidente do terreno, facilmente identificável à noite, situado a uma distância suficientemente afastada, de
modo a permitir a tomada do dispositivo em linha para o assalto sem ser descoberta, e suficientemente próxima para
não perder o máximo controle durante o assalto. Quando não se dispuser de uma LPD natural satisfatória, ela poderá
ser balizada por fios de telefone, fitas de demarcação, discos luminosos ou dispositivos infravermelhos.

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g) Limite de Progressão

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Para manter o controle e evitar que o escalão de ataque seja atingido por fogos de proteção das tropas
amigas. O CmtPeFuzNav o estabelece tanto em profundidade como nos flancos do objetivo, materializando-o por
pontos característicos do terreno, identificáveis à noite.
h) Sigilo
1) redução ao mínimo indispensável do efetivo e das atividades dos elementos de reconhecimento, bem
como de outros preparativos para o ataque;
2) manutenção das armas travadas durante o deslocamento e abertura de fogo somente por ordem;
3) proibição de fumar, de luz, de falar (exceto para transmitir ordens e instruções em tom muito baixo) e de
utilizar material reluzente ou que produza ruído;
4) escurecimento das faces e das mãos com material específico ou com outros de fortuna (ver Anexo D -
ABRIGOS, COBERTAS E CAMUFLAGEM); e
5) regulação, de acordo com o terreno e a visibilidade, da velocidade de deslocamento a partir da LP, de
modo que todo o PelFuzNav possa avançar em silêncio.
i) Comunicações
Como no ataque diurno, sendo dada ênfase às comunicações por mensageiros e por fio.
j) Patrulhas de Segurança
Sempre que o terreno e o dispositivo inimigo permitirem, deverão ser desencadeadas as ações de
patrulhamento de segurança.
1) O patrulhamento normal é mantido antes de um ataque noturno; além disto, são lançadas patrulhas de
segurança, com as tarefas específicas de reconhecer itinerários até a LPD, balizar os PLib e a LPD, fornecer guias para
o deslocamento até a LPD e obter informes sobre o inimigo e o terreno.
2) Cada PelFuzNav fornece um grupo, cujo efetivo varia de quatro a seis militares; o CmtCiaFuzNav os
consolida em uma patrulha e designa um comandante.
3) Os grupos dos PelFuzNav devem ser orientados pelo comandante deste quanto ao itinerário do PLib/Pel
ao PLib/GC, localização do PLib/GC, flancos do PelFuzNav e dos grupos na LPD, colocação dos componentes dos grupos
nas proximidades da LPD, de maneira que possam melhor auxiliar o desenvolvimento do PelFuzNav.
4) O CmtCiaFuzNav deve orientar a patrulha quanto ao local e hora onde os guias devem se apresentar,
localização do PLib/Pel, itinerário até o PLib/Pel e sobre a eliminação de postos de escuta inimigos.
5) A patrulha deve reconhecer o itinerário até o PLib/Pel, onde deve permanecer o comandante da mesma,
e daí cada grupo deverá reconhecer o itinerário dos PelFuzNav.
6) Cada grupo de PelFuzNav deverá reconhecer o itinerário até a LPD, onde o comandante mostrará os
flancos da fração e dos GC e designará os elementos que irão balizá-los.
7) Os componentes dos grupos retornam ao PLib/GC, podendo deixar elementos balizando os flancos do
PelFuzNav na LPD; o comandante do grupo deverá ficar nesse ponto, acompanhado dos elementos que guiarão os GC
até suas posições na LPD, e deverá mandar um elemento retornar para o PLib/Pel, as fim de servir como guia para o
PelFuzNav.
8) Quando a CiaFuzNav atingir o PLib/Pel, deverá encontrar neste ponto os guias dos PelFuzNav, que
deverão conduzi-los até o PLib/GC.
9) Quando for atingido o PLib/GC, os guias conduzirão os GC para suas posições na LPD.
10) Quando os PelFuzNav estiverem desenvolvidos na LPD, a patrulha de segurança será dissolvida e seus
elementos retornarão às suas frações.
11) Se, durante o cumprimento de sua missão, a patrulha de segurança encontrar o inimigo ou for
descoberta por ele, deverá proceder conforme as instruções dadas pelo CmtCiaFuzNav por ocasião do recebimento
da missão.

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CAPÍTULO 9

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O PELFUZNAV NO ASSALTO ANFÍBIO


0901 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS NA FASE DO PLANEJAMENTO
No Assalto Anfíbio, seguindo-se ao Movimento Navio-para-Terra (MNT), seja por superfície ou
helitransportado, os Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFN) desenvolvem ações de guerra terrestre
para conquistar e manter objetivos que contribuirão para o cumprimento da missão da Força de Desembarque
(ForDbq).
Durante a fase do planejamento, o PelFuzNav estará se adestrando, visando a propiciar a todos uma noção
exata do papel que cada um, individualmente e como fração, desempenhará na operação. O fato de a ForDbq ser uma
organização por tarefas, reunindo elementos de diversas organizações, torna necessária grande ênfase no
adestramento.

0902 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS NA FASE DO EMBARQUE


O PelFuzNav fará parte de uma organização para o embarque denominada Grupamento de Embarque. Esta
organização abrange todas as tropas, material e suprimentos que embarcam em um único navio.

Para o embarque, todos os fuzileiros navais recebem dois cartões de embarque, nos quais se encontram
todas as informações necessárias para sua vida a bordo:
1. - número do beliche e alojamento;
2. - estação de transbordo;
3. - equipe de embarcação;
4. - estação de abandono; e
5. - locais de formatura.

Ao embarcar no navio, o fuzileiro naval entregará um desses cartões ao Oficial de Embarque; o outro continuará
em sua posse, para orientá-lo a bordo, devendo ser levado para a estação de transbordo, onde será entregue a um
oficial do navio, no momento do desembarque.
Os guias do Pelotão do Navio serão utilizados para condução dos elementos da tropa para os alojamentos
designados. Após se instalar, o fuzileiro naval deverá permanecer no seu alojamento até que seja liberado, para não
atrapalhar o restante da faina de embarque. O CmtPelFuzNav, auxiliado pelos comandantes de GC, verifica a instalação
de sua fração, transmitindo ao CmtCiaFuzNav a situação.

0903 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS NA FASE DO ENSAIO


O Ensaio se destina, em linhas gerais, a testar a adequabilidade dos Planos, particularmente o de
Desembarque, e o funcionamento das diferentes redes de comunicações.
O CmtPelFuzNav deverá preocupar-se em fazer com que seus subordinados se desloquem ordenada e
rapidamente dos alojamentos para as estações de transbordo, e que saibam identificar a ED ou VtrAnf que utilizarão
para o desembarque.
Caso o PelFuzNav tenha recebido equipamentos rádio, para montagem de sua própria rede, esta deverá ser
testada.
Após o ensaio, deverá ser realizada uma reunião de crítica entre todos os oficiais a bordo de um mesmo navio,
para análise dos problemas ocorridos no ensaio e introdução de procedimentos corretivos. De tudo deve ser dada
ciência à tropa.

0904 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS NA FASE DA TRAVESSIA


O CmtPelFuzNav deverá verificar continuamente o estado do seu pessoal, acionando os comandantes de GC
para que lhe dêem o pronto regularmente. Devem ser programadas as seguintes atividades de adestramento e estudo
do planejamento, sempre que possível:
1. - vida a bordo, aspectos marinheiros dos navios e costumes navais;
2. - treinamento físico-militar;
3. - exercícios de transbordo;
4. - manutenção do armamento e equipamentos;
5. - instruções sobre a situação do inimigo; e
6. - aprestamento operativo do PelFuzNav.

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0905 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS NA FASE DO ASSALTO

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a) O PelFuzNav, para o MNT, é organizado em equipes que, normalmente, não correspondem ao total da
fração. É muito importante que pelo menos os GC não sejam fracionados, pois isso acarretará a perda de controle por
parte de seus comandantes. Os comandantes dessas equipes devem verificar o estado do equipamento de cada
homem, antes do transbordo, como também recordar os procedimentos para o transbordo e descida do equipamento.
Ver CGCFN-1301 - MANUAL PARA INSTRUÇÃO DE OPERAÇÕES DE FORÇAS DE DESEMBARQUE para esses
procedimentos e os relativos a cada meio utilizado para o MNT.
b) O GC
1) deve estar preparado e adestrado para atuar isoladamente;
2) deve dispor de fumígenos e painéis para balizar a linha de frente, tendo em vista o apoio aéreo;
3) devem-lhe ser atribuídas tarefas específicas, como, por exemplo, a destruição de posições inimigas na praia,
ou parte do objetivo do PelFuzNav. As posições inimigas que permitam observação direta sobre a praia de desembarque
devem ser conquistadas ou destruídas, visando a possibilitar o desembarque das demais vagas em segurança. Contudo,
nem todas as posições inimigas na praia devem ser consideradas como objetivos, pois o ímpeto do ataque poderia ser
perdido. Durante o adestramento, devem ficar bem definidas as ações a serem empreendidas pelos GC para a redução das
posições inimigas, principalmente as localizadas na praia;
4) sempre que possível, preferencialmente com o auxílio de um modelo do terreno, os GC devem ser instruídos
sobre suas tarefas no assalto;
5) os comandantes dos GC devem estar preparados para conduzir as ações de suas frações rapidamente,
visando, dentre outras coisas, a minorar os problemas decorrentes de:
1. - abicagem das embarcações com intervalos de tempo entre elas mais longos que o planejado, produzindo
brechas na frente dos PelFuzNav de assalto;
2. - impossibilidade de localizar todas as posições inimigas na praia; e
3. - possibilidade de o patrão da embarcação perder completamente o rumo ou não conseguir desembarcar
os GC nos locais planejados;
6) o ímpeto do assalto não deve ser perdido; quer atacando um objetivo na praia ou progredindo para o
interior, as ações dos GC devem ser rápidas e agressivas; alguns objetivos podem não ser conquistados de imediato, devido
à resistência apresentada; neste caso, o GC deve neutralizar a posição inimiga e comunicar ao CmtPelFuzNav; se possível,
reforços serão fornecidos para reduzir a posição considerada;
7) as seções de metralhadoras e os grupos de lança-rojão são, normalmente, embarcados com os GC de 1o
escalão; esses elementos são postos à disposição do PelFuzNav para apoiá-lo pelo fogo de suas armas; isto implica que os
GC precisam estar capacitados a atuar junto com as armas de apoio; e
8) por ocasião do assalto deverá ser observado que:
- após o desembarque, cessa a organização das equipes de embarcação,
retornando a tropa à sua organização tática; e
- o assalto é iniciado por pequenas frações, sem maiores meios de controle ou direção, a não ser a influência
pessoal que podem exercer seus comandantes, prevalecendo sua capacidade de liderança.
c) O PelFuzNav
A fim de cobrir com fogos a frente atribuída ao PelFuzNav e assegurar que todas as armas e instalações do
inimigo na praia sejam atacadas imediatamente após o desembarque, as primeiras embarcações normalmente são
distribuídas de modo uniforme sobre a frente designada, mantendo-se a distância de 50 a 75 metros entre elas. Essa
distância também permite que a embarcação tenha espaço necessário para manobrar e fazer-se de novo ao mar, sem
interferência com as vagas de embarcações subseqüentes, que "correm" para a praia. Em situações de baixa visibilidade, ou
quando a praia for estreita, poderá ser necessário reduzir essa distância. Contudo, a distância deve ser suficiente para evitar
que mais de uma embarcação seja atingida por um mesmo artefato do inimigo, e permitir o desdobramento completo das
tropas na praia.
Normalmente, o PelFuzNav desembarca em duas embarcações e recebe uma frente de 100 a 200 metros no
assalto. Poderá estar apoiado por uma seção de metralhadoras, lança-rojões ou morteiros.
O CmtPelFuzNav deve atentar para os seguintes pontos, nos momentos iniciais:
1) retomar o mais cedo possível o controle do PelFuzNav, já que normalmente estará embarcado em mais de
uma embarcação. O fato de estas abicarem lado a lado facilita a retomada de controle pelo CmtPelFuzNav,
não só utilizando seus próprios esforços e os do Auxiliar, como valendo-se de seus mensageiros; e
2) avaliar a situação com que se defronta o PelFuzNav e verificar se o ataque está progredindo de acordo com
o planejado.
d) Prosseguimento do assalto
Após o estabelecimento do controle pelo CmtCiaFuzNav, o PelFuzNav prossegue em suas ações em terra,
como se fossem operações terrestres. Ver capítulos 5 a 8 deste manual.

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3a PARTE - OPERAÇÕES DEFENSIVAS

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CAPÍTULO 10 - DEFESA DE ÁREA


1001 –O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS EM 1º ESCALÃO
a) Generalidades
O PelFuzNav em 1a escalão é aquele que ocupa um núcleo de defesa de Pelotão na Área de Defesa Avançada
(ADA) da CiaFuzNav. O comandante desta delineia o traçado do Limite Anterior da ADA (LAADA) e atribui ao PelFuzNav
uma frente medida ao longo desse limite, desde um ponto de referência no terreno ou desde o flanco de uma unidade
adjacente. A distância do LAADA para a retaguarda é também definida.
1) Frente
A frente máxima atribuída a um PelFuzNav é de 700 metros, medidos sobre o LAADA. Ele ocupa
fisicamente apenas uma porção dessa frente (400 metros), devendo cobrir o restante pelo fogo.
2) Profundidade
É a distância entre as posições principais do GC e a extensão para a retaguarda de suas posições
suplementares, podendo alcançar até 200 metros. Ver figura 10-1.

Fig 10-1 - DIMENSÕES DO NÚCLEO DE DEFESA DO PELFUZNAV


a) frente fisicamente ocupada
b) frente efetivamente batida
c) dispersão mínima
d) dispersão máxima (função do apoio mútuo) e) profundidade
f) dispersão mínima em profundidade
3) Área de Segurança
É atribuída uma parte da Área de Segurança da CiaFuzNav à frente do LAADA, normalmente estendendo-
se ao alcance das armas portáteis. O PelFuzNav coloca elementos de segurança nessa área, cobrindo-os pelo fogo.
Normalmente, o CmtCiaFuzNav determina a localização, o efetivo e as tarefas desses grupos de segurança. Quando o
CmtCiaFuzNav tiver estabelecido um Posto de Observação (PO) à frente do LAADA, será necessário duplicar essa
segurança. Se isso não houver ocorrido, caberá ao CmtPelFuzNav estabelecer um ou mais elementos de segurança
próprios, usualmente constituídos por uma ET. Esses elementos poderão operar até 400 metros do LAADA. Durante a
noite, sob a forma de Postos de Escuta, a segurança é disposta junto à parte anterior das cercas de arame de proteção.
No interior da posição do PelFuzNav deve ser promovida uma segurança local adicional, determinando-se que cada
comandante de GC designe uma sentinela durante o dia e uma sentinela por ET durante a noite, ou sob outras
condições de visibilidade reduzida.
4) Posições de Muda e Suplementar
As posições de muda são destinadas a cobrir o setor principal de tiro, e o PelFuzNav as ocupará toda vez
que sua posição principal se tornar insustentável ou imprópria. As posições suplementares são preparadas para
proteção contra ataques de outras direções que não a mais provável. A posição suplementar é secundária e não cobre
o mesmo setor que a principal.
b) Plano de Defesa
Consiste de um Esquema de Manobra e um Plano de Fogos, este desenvolvido simultaneamente com o Plano
de Fogos e de Barreiras da CiaFuzNav e a ele integrado. Ver figura 10-2.
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1) Esquema de Manobra

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Prevê para cada GC uma posição principal, geralmente em linha. O CmtPelFuzNav seleciona posições
suplementares para proteger os flancos e a retaguarda.
(a) As posições principais são selecionadas, a fim de prover a melhor observação e campos de tiro sobre
as vias de acesso do inimigo. São normalmente localizadas nas cristas militares dos acidentes capitais. A seleção das
posições principais dos GC deve levar em consideração as necessidades de apoio mútuo entre os elementos
adjacentes.
(b) Armas de apoio como metralhadoras, canhões anti-carro e lança rojões podem ser localizadas no
núcleo de defesa do PelFuzNav. Uma vez que os planos de defesa do BtlInfFuzNav e da CiaFuzNav são baseados nessas
armas, seu posicionamento tem precedência sobre o da tropa; assim, o CmtPelFuzNav procura posicionar seus GC
visando também à segurança dessas armas. As posições principal, de muda e suplementares das armas coletivas são
incluídas dentro das posições dos GC.
(c) A escolha das posições suplementares para os GC obedece aos mesmos parâmetros utilizados para
a da posição principal, ressalvada a sua finalidade. Se o terreno permitir, itinerários cobertos entre as posições
principal e suplementar deverão ser selecionados.
(d) Quando o PelFuzNav se encontra defendendo uma frente estreita, os três GC podem ser colocados
em linha e os flancos ligados fisicamente com os Pelotões adjacentes.
2) Plano de Fogos
O CmtPelFuzNav recebe informações sobre os fogos dos escalões superiores, devendo integrar seu
planejamento a estes.
(a) Para melhor coordenar seus fogos com os da CiaFuzNav, o CmtPelFuzNav seleciona posições e
direções de tiro para as armas automáticas orgânicas do GC e para aquelas que possam estar à sua disposição.
Normalmente, existem setores que não estão cobertos pelos fogos de morteiro ou obuseiro, cabendo ao
CmtPelFuzNav cobri-los com suas armas. Cada fuzilmetralhador recebe uma direção principal de tiro para cobrir
determinados acidentes do terreno ou brechas existentes na barragem principal das armas de apoio, sendo
especialmente valioso bater pequenas ravinas e outras vias de acesso.
(b) Uma vez determinadas as posições principais dos GC, o CmtPelFuzNav seleciona os setores de tiro.
Os três setores se sobrepõem e cobrem toda a faixa da Área de Segurança da CiaFuzNav pela qual o PelFuzNav é
responsável. A determinação de setores de tiro aos GC resulta na cobertura completa da frente e oferece o máximo
de segurança contra a surpresa. Quando uma larga brecha existe entre Pelotões adjacentes, os GC nos flancos da
brecha devem ser colocados de tal forma que os dois flancos do PelFuzNav devam prover o máximo de apoio mútuo.
Ver figura 10-3.
(c) O CmtPelFuzNav prepara um esboço ou calco com o Plano de Fogos e o submete ao CmtCiaFuzNav
para aprovação. Deverá conter:
- posições principais dos GC e setores de tiro;
- posições e direções principais de tiro para todas as armas automáticas, inclusive aquelas da CiaFuzNav
que tiverem sido posicionadas no núcleo de defesa (devendo incluir o setor de tiro);
- Postos de Comando (PC) e de Observação (PO) do PelFuzNav;
- posição e direção principais para as armas anti-carro orgânicas; e
- posições e direções de tiro de outras armas coletivas no núcleo de defesa do PelFuzNav (incluindo
setores de tiro).
c) Organização do Terreno
A tarefa de organizar o terreno começa imediatamente após a chegada do PelFuzNav à ADA. Consiste na
fortificação da posição defensiva, por meio da limpeza dos campos de tiro, construção de abrigos e de obstáculos e do
disfarce e melhoramento das vias de comunicação, continuando ao longo do período de sua ocupação. Os trabalhos
se iniciam conforme uma prioridade estabelecida pelo CmtCiaFuzNav e prescrita na Ordem de Defesa do
CmtPelFuzNav. Normalmente, a prioridade é:
1) Postos de Segurança;
2) posições das armas automáticas e de armas à disposição do PelFuzNav;
3) limpeza de campos de tiro e determinação dos alcances para as prováveis localizações dos alvos;
4) preparação das posições; e
5) outras tarefas, na prioridade determinada pelo CmtCiaFuzNav, como a colocação de minas e as
demolições, o estabelecimento de comunicações e de observação adequada.
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O trabalho de disfarce é levado a efeito simultaneamente com todas as tarefas acima. O disfarce da posição

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continua durante todo o tempo de ocupação da mesma.


d) Ações do comandante de PelFuzNav
Segue as Normas de Ação, com as seguintes observações:
1) estabelecer contato com frações adjacentes e de apoio, para a coordenação dos fogos, posicionamento
e proteção;
2) instalar seu PO com o máximo de vistas à frente e sobre todo o núcleo de defesa; e
3) fazer o reconhecimento, se possível, da visão do inimigo, à frente do LAADA, depois ao longo deste, e,
então, dentro do núcleo de defesa; analisar as posições de suas armas e as medidas de segurança adotadas.

Fig. 10-2 - ESQUEMA DE MANOBRA E PLANO DE FOGOS DO PELFUZNAV

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1002 - O PELOTÃO DE FUZILEIROS NAVAIS NA RESERVA

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a) Localização e organização
É, normalmente, colocado à retaguarda dos PelFuzNav em 1o escalão, para prover profundidade à defesa da
CiaFuzNav. O comandante desta designa uma posição principal e uma ou mais suplementares, e o PelFuzNav em
reserva se desloca de uma para outra, mediante ordem do CmtCiaFuzNav. Sua posição deve estar a mais de 150 metros
do limite anterior da Área de Reserva, de modo a estar protegido contra os tiros inimigos sobre o 1° escalão. Suas
posições devem ser organizadas da mesma maneira que as dos demais PelFuzNav, podendo ser ocupadas por todo o
Pelotão ou por GC separados.

b) Tarefas
1) Apoiar pelo fogo os PelFuzNav em 1° escalão
O PelFuzNav em reserva deve posicionar-se de modo que possa bater os flancos ou a retaguarda dos
PelFuzNav em 1° escalão, ou as brechas entre eles.

2) Limitar as penetrações
O PelFuzNav em reserva deve ocupar o terreno de onde possa bloquear a progressão inimiga dentro da
ADA (Ver figura 10-4). Fogos de apoio devem ser planejados, como os demais Pelotões. Quando o PelFuzNav em
reserva for empregado para limitar uma penetração, o contra-ataque para expulsar o inimigo deverá ser executado
pela reserva do escalão superior.

3) Proteger o flanco e/ou a retaguarda da CiaFuzNav


O PelFuzNav em reserva deve ocupar posições nesses setores, completando a defesa em toda a volta.
Esse posicionamento deve ser coordenado com as posições suplementares dos PelFuzNav em 1° escalão e frações
adjacentes. A fração poderá ocupar essas posições, para proteger a CiaFuzNav em função de uma penetração na
subunidade adjacente.

4) Segurança e vigilância
- fornecimento à CiaFuzNav de elementos para a segurança local da frente;
- segurança de setores não ocupados da Área de Defesa; e
- segurança de um flanco exposto.
Essa última tarefa pode implicar o estabelecimento de Postos de Vigilância, Postos de Escuta e
lançamento de patrulhas, a fim de cobrir vias de acesso ou pontos importantes do terreno, além de manter contato
com as CiaFuzNav adjacentes.

5) Contra-atacar
O PelFuzNav em reserva provê meios limitados para contra-ataque.

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1003 - MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE

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a) Limite Anterior da Área de Defesa Avançada (LAADA);


b) Limites Laterais (LL);
c) Pontos Limites (PLim);
d) Zona de Reunião (ZReu);

e) Posições de Aprofundamento
As de valor Pelotão na Área da Reserva são designadas pelo CmtBtlInfFuzNav. São localizadas sobre os
acidentes capitais (ou de modo a protegê-los), a fim de que possa limitar as penetrações inimigas ao longo das vias de
acesso no interior da posição, provenientes seja da frente, dos flancos ou da retaguarda. O CmtBtlInfFuzNav estabelece
a prioridade de preparação das posições de aprofundamento principal e suplementares. Nos calcos de operação, essa
prioridade é indicada numerando-se os núcleos segundo sua importância para a defesa, considerando-se o número 1
(um) como o de mais alta prioridade. A reserva prepara essas posições.
f) Controle
A eficiência da defesa do PelFuzNav depende da habilidade de seu comandante em controlar os GC e seus
fogos e pedir apoio de fogo adicional.
1) O PelFuzNav emprega uma combinação de PO/PC de onde seu comandante passa controlar a posição
defensiva. Essa posição é selecionada pelo comandante da fração e preparada para ocupação. Ela deve prover a
melhor observação sobre a Área de Defesa do PelFuzNav, as vias de acesso para seu interior e flancos. O Auxiliar
assessora o CmtPelFuzNav no controle dessa posição. O Comando do Pelotão se encontra, normalmente, nas
proximidades. Deve localizar-se de modo a prover um itinerário coberto e abrigado para a retaguarda. Um ponto
isolado de suprimento e evacuação pode ser estabelecido numa posição coberta e abrigada, situada para a retaguarda
do setor defendido, sob a supervisão do Guia, que é encarregado do suprimento e evacuação, tanto na defensiva como
na ofensiva. Terrenos acidentados podem necessitar de mais de um PO. Dessa forma, o CmtPelFuzNav poderá
observar a maior parte das posições ou as vias de acesso mais importantes. O Auxiliar deve ser posicionado para
observar e controlar as outras porções da Área de Defesa.
2) O PelFuzNav mantém um telefone direto com a CiaFuzNav, suplementado pela rede tática desta.
3) Quando o tempo, a situação e a disponibilidade de meios permitirem, o CmtPelFuzNav estabelecerá uma
rede telefônica de sua fração, ligando PO/PC, GC e sentinelas ou postos de escuta. Neste caso, a prioridade seria para
ligação entre o PO/PC e os postos de segurança. Também poderão ser empregados mensageiros, meios visuais,
acústicos ou outros, substituindo ou complementando o telefone. Por exemplo, um mensageiro pode permanecer
todo o tempo no PC da CiaFuzNav, sendo substituído, imediatamente, quando for trazida uma outra mensagem.
4) O CmtPelFuzNav assegura uma completa disseminação dos sinais visuais, tais como os prescritos para o
controle dos fogos de proteção final. Assegura, também, suficiente controle dos dispositivos de sinalização, a fim de
ter certeza de que os sinais para os fogos de proteção final sejam empregados apenas mediante aprovação do
CmtCiaFuzNav, exceto naqueles casos onde a autoridade para ordenar os fogos é o CmtPelFuzNav.

1005 - POSTOS AVANÇADOS DE COMBATE (PAC)


a) Tarefas
1) proporcionar alerta oportuno sobre a aproximação do inimigo; e
2) impedir o inimigo de realizar observação terrestre aproximada e fogos diretos sobre o interior da Área de
Defesa.
Dentro de suas possibilidades, os PAC retardam e desorganizam o inimigo e se esforçam para iludi-lo quanto
à verdadeira localização do LAADA.
b) Efetivo
Variam de um PelFuzNav(Ref) a uma CiaFuzNav(Ref), por BtlInfFuzNav em 1° escalão, sendo controlados por este.
c) Localização e Organização
A linha dos PAC, normalmente, situa-se de 800 a 2.000 metros à frente do LAADA, nos acidentes do terreno
de onde possam melhor cumprir sua missão. Esses acidentes devem:
1) permitir observação e oferecer campos de tiro longínquos;
2) constituir-se em obstáculos à frente e nos flancos;
3) oferecer itinerários de retraimento desenfiados das vistas e dos fogos inimigos;
4) impedir a observação terrestre aproximada e o tiro direto do inimigo sobre o LAADA;

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5) possuir posições cobertas e abrigadas;

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6) estar dentro da distância de apoio dos elementos do LAADA (entre 800 e 2.000 metros);
7) permitir o controle de todas as vias de acesso do inimigo; e
8) ocupar compartimento transversal à direção de ataque inimiga.

1006 - CONDUTA NA DEFESA


a) Diurna
1) O contato inicial com o inimigo é obtido pelos elementos de segurança e mantido pelo uso de patrulhas,
destacamento de segurança e observadores, que mantêm o inimigo sob fogo de longo alcance e fornecem informações
para o BtlInfFuzNav. Os PAC submetem o inimigo a um crescente volume de fogos, à medida que este se aproxima,
resistindo até que a superioridade ou proximidade do inimigo exijam seu retraimento. Este deverá ser feito em
itinerário previamente selecionado e ser coberto por fogos planejados da Área de Defesa. Após o inimigo ser contido
e forçado a retirar-se, os PAC devem ser restabelecidos.
2) Observadores avançados procuram alvos, regulam e ajustam os tiros indiretos. Carros de combate (CC) e
armas anticarro (AC) atiram sobre alvos apropriados, quando o inimigo atinge seus alcances úteis. Todas as armas no
LAADA abrem fogo gradativamente, à medida que ele atinge o alcance útil. Quando se suspeita que o inimigo não
conheça o LAADA, quase todos os fogos são mantidos em suspenso, até que ele esteja dentro do alcance útil das armas
de tiro tenso. Então, todas as armas posicionadas no LAADA engajam alvos específicos, dentro de seus setores de tiro.
Quando o inimigo ataca sem blindados, as guarnições dos CC e as armas AC podem engajar alvos tais como armas
coletivas, viaturas e concentrações de tropa. Os comandantes controlam ativamente os tiros de suas frações, para
assegurar que eles sejam suficientes. Eles deslocam suas armas para posições de muda ou suplementares, conforme
necessário.
3) A intensidade dos fogos cresce à medida que o inimigo se aproxima do LAADA. Se a força atacante inclui
CC, bem como infantaria, os CC são engajados pelas armas AC e artilharia, enquanto armas de menor calibre disparam
contra a infantaria. Todo esforço é feito para separar os CC da infantaria.
4) Quando o inimigo é repelido, deve ser perseguido por todos os fogos disponíveis. Se ele romper contato,
é restabelecida a segurança local e são enviadas patrulhas à frente, para recuperá-lo. Lançam-se fogos de inquietação
nas áreas onde o inimigo provavelmente irá reagrupar-se. Os PelFuzNav se reorganizam, evacuam as baixas,
reabastecem e redistribuem a munição e reforçam suas defesas.
5) Durante a conduta de defesa, todos os comandantes mantêm seus superiores informados da situação.
Uma liderança agressiva é essencial, e, para tanto, os comandantes devem deslocar-se de um local para outro, de tal
forma que possam influenciar a ação, por meio de sua presença.
6) Quando o inimigo tem sucesso em sua progressão, através dos fogos defensivos aproximados, os
CmtPelFuzNav da ADA requisitam os Fogos de Proteção Final. Ao receber esses pedidos, o CmtCiaFuzNav normalmente
os autoriza. Toda a SU, então, lança o máximo de fogos possíveis.
7) Quando a ruptura do LAADA for iminente, o CmtCiaFuzNav deslocará a reserva para posições das quais
possa bloqueá-la e/ou apoiar pelo fogo as frações ameaçadas. Se a ruptura ou ameaça ocorrer na área de SU vizinha,
ele posicionará sua reserva para cobrir o flanco em perigo.
8) Quando o assalto inimigo atinge a posição, o defensor procura repeli-lo pelo fogo, granadas e combate
aproximado. Todas as armas AC disponíveis engajam CC inimigos. Soldados ao longo do LAADA continuam atirando,
até serem forçados a se abrigar dos CC, retornando para suas posições de tiro e continuando a combater, tão logo os
CC passem. Os que penetrarem na ADA deverão ser engajados pelas armas AC que estiverem aprofundando a defesa AC.
9) Quando uma posição defensiva de GC é ocupada ou o núcleo de defesa de Pelotão é ameaçado pelos
flancos e pela retaguarda, o CmtPelFuzNav deve ajustar sua defesa, deslocando pessoal e armas dos locais menos
engajados para posições suplementares na área ameaçada. Ele orienta os fogos de todas as armas que possam engajar
eficientemente alvos dentro da posição que "submergiu". Fogos são também lançados sobre a base da ruptura, para
evitar que o inimigo possa reforçá-la. O comandante normalmente tenta limitar a ruptura com a reserva e destruir o
inimigo pelo fogo.
b) Noturna
1) À noite, a CiaFuzNav depende das patrulhas, postos de escuta e equipamentos de vigilância para detectar
um movimento ou infiltração. Se a SU reduzir seu perímetro defensivo, ela assegurará vigilância nas brechas criadas
em seus flancos. Os elementos de segurança devem informar a progressão do inimigo e orientar a iluminação e os
fogos de apoio. Eles se retraem antes de engajar no combate aproximado.
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2) A iluminação deve ser largamente usada para expor o inimigo, à medida que ele se aproxima das área dos

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PelFuzNav em 1° escalão. Os CmtPelFuzNav solicitam permissão ao CmtCiaFuzNav para iluminar a área. É


responsabilidade do CmtCiaFuzNav informar às SU adjacentes sua intenção de usar a iluminação. De um modo geral,
as armas não atiram até que os alvos estejam visíveis. Os fogos são executados somente mediante ordem dos
comandantes, que mantêm rígido controle, para evitar tiros indiscriminados, que resultariam em gastos
desnecessários de munição e revelação prematura das posições. Os comandantes podem determinar que algumas
armas atirem em pontos que se revelem pela luz ou, em alguns casos, pelo ruído. Armas coletivas atiram com dados
de tiros prédeterminados ou usando equipamento de visão noturna.
3) Quando se constatar que o inimigo está começando seu assalto, o CmtPelFuzNav solicitará Fogos de
Proteção Final na área ameaçada. A iluminação continuará em grau crescente e a defesa será conduzida da mesma
maneira que a diurna. As armas automáticas atirarão em suas direções principais de tiro. Os atiradores atiram em seus
setores, exceto quando outra ordem tiver sido dada por seu comandante de ET. Granadas de mão deverão ser usadas
para suplementar outros fogos, à medida que o inimigo se aproximar da posição. Outros aspectos da conduta de
defesa noturna são geralmente os mesmos da conduta diurna.

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CGCFN-0-1
(1ª Edição – 12 de maio de 2020 – referência “a”)
OPERATIVOS DE
5 - MANUAL BÁSICO
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MANUAL BÁSICO DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE

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FUZILEIROS NAVAIS
CAPÍTULO 1
GUERRA, CONFLITO, PODER E FUNÇÕES DE COMBATE
1.3 - ESTILOS DE CONDUÇÃO DOS CONFLITOS
1.3.1 - Considerações Iniciais
Na condução dos conflitos identificam-se dois estilos diferentes, mas não antagônicos, conhecidos como
Guerra de Atrito e Guerra de Manobra. Precedendo suas definições, é importante enfatizar que ambos são
implementados com base na doutrina em vigor, sem que representem novas concepções. Tais estilos não existem em
suas formas puras, coexistindo simultânea, interdependente e complementarmente nos engajamentos, batalhas e
campanhas, sendo passíveis de serem empregados em quaisquer dos níveis de condução da guerra, escalões de Forças
ou intensidade dos conflitos.
Todo emprego ou enfrentamento de Forças se vale de fundamentos das Guerras de Manobra e de Atrito. A
predominância de um dos estilos depende de uma variedade de fatores que compreendem, dentre outros, a natureza,
a eficiência e o poder de combate das Forças envolvidas. Assim, enquanto no nível tático pode estar se enfatizando a
aplicação de aspectos inerentes à Guerra de Atrito, no nível operacional, pode haver a predominância de emprego dos
princípios da Guerra de Manobra.

1.3.2 - A Guerra de Atrito


Neste estilo, busca-se a consecução dos efeitos desejados pela destruição cumulativa dos meios inimigos,
tanto de pessoal quanto material, trabalhando basicamente no campo físico. Nele, independentemente da sua
vontade, o inimigo será obrigado a ceder pela simples inexistência de meios e, consequentemente, pela falta de
vontade para continuar a luta.
A Guerra de Atrito vale-se da manobra, basicamente, para possibilitar o emprego de Força contra Força. Seu
foco é a aplicação eficiente dos fogos, o que conduz a uma abordagem da guerra com forte ênfase em regras e
procedimentos e com tendência à centralização do controle das ações. A proficiência técnica, particularmente no
emprego dos sistemas de armas, importa mais do que a criatividade e a astúcia e o sucesso em combate passam a
depender, basicamente, da superioridade numérica e material.
A principal “ferramenta” da atrição é o fogo, sendo o progresso das ações aferido em bases quantitativas, por
meio do balanço dos danos materiais e baixas infligidas ao inimigo ou pelo terreno conquistado. Busca-se o confronto
com as unidades inimigas de modo a neutralizá-las diretamente. Os resultados serão proporcionais ao nível de força
empregada e, normalmente, mais custosos em pessoal e material, havendo também a tendência a maiores danos às
áreas onde se desenvolvem as ações, bem como à população civil.
A vitória depende, fundamentalmente, de superioridade numérica e/ou tecnológica, apresentando
inerentemente menos riscos de insucesso por assegurar a certeza física da neutralização do inimigo.

1.3.3 - A Guerra de Manobra


Neste estilo, as manobras devem priorizar a aproximação indireta, na busca de se abordar o inimigo a partir
de uma posição vantajosa. Esta vantagem não é apenas física ou espacial; ela pode ser temporal, moral ou psicológica.
Busca-se a consecução dos efeitos desejados pela indução no inimigo do sentimento de que a resistências inócua ou
redundará em perdas inaceitáveis, trabalhando fundamentalmente no campo psicológico. Nele, independentemente
da situação dos seus meios em pessoal e material, o inimigo é levado a ceder à vontade de seu oponente, adotando
ações que lhe são desfavoráveis. Também nesse estilo, o fogo é largamente empregado, embora, em sua forma pura,
o estilo da Guerra de Manobra conseguiria a vitória sem que se efetuasse um disparo se quer. Entretanto, o propósito
do emprego do fogo não é prioritariamente a redução da capacidade física do inimigo, mas o rompimento da coesão
mental das Forças oponentes.
Habitualmente, a manobra é entendida como um deslocamento da tropa no terreno visando a obtenção de
posicionamento vantajoso em relação ao inimigo, conceito que continua válido na Guerra de Manobra. Todavia, nesse
estilo de guerra, a manobra tem um significado mais amplo, podendo ser entendida no tempo e na forma. No tempo,
ao obter-se, com um ritmo² superior ao do inimigo na condução das ações, uma vantagem psicológica decorrente da
incapacidade do oponente reagir coerentemente. Na forma, ao atuar de uma maneira não previsível pelo inimigo,
também conferindo uma vantagem psicológica.

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A liderança em todos os níveis, a rapidez³, a surpresa⁴ e a audácia⁵ são elementos fundamentais da Guerra

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de Manobra. O sucesso é medido em termos de efeitos desejados alcançados. Nela, evita-se o confronto direto com
as unidades de combate inimigas, engajando seus sistemas de apoio, de modo a neutralizá-las indiretamente.

O resultado da ação deixa de ser proporcional ao nível de força empregado, tendendo a reduzir os custos em
pessoal e material e havendo menores chances de danos às áreas de atuação, bem como à população local.
Neste estilo, a vitória exige maior competência dos líderes, sendo relevante a obtenção de superioridade local
em poder de combate. O risco de insucesso aumenta, uma vez que o inimigo ainda poderá dispor fisicamente de seus
meios. Como o estilo de Guerra de Manobra preconiza a rapidez e a audácia em todos os níveis, é natural a ocorrência
maior de erros, que, no entanto, são em muito suplantados pelas benesses da surpresa e da exploração tempestiva
das oportunidades. Nesse sentido, é necessária uma mudança da “mentalidade do erro zero”, a qual não se aplica a
este estilo de guerra, em que a tolerância com erros deve ser maior, assim como, também, devem ser estudadas as
medidas para se contrapor a estes possíveis erros.
Assim, conclui-se que os estilos de guerra, apresentados em suas formas puras, constituem uma estratificação
teórica raramente observada nos campos de batalha. O fogo, que marca a atrição, obviamente gera uma vantagem
no campo psicológico. A obtenção dos efeitos desejados apenas pela manobra sem que um tiro seja disparado é pouco
factível. Dessa forma, a combinação do emprego coordenado do fogo com a manobra deve ser buscado pelos
planejadores.

1.4 - PODER DE COMBATE


Poder de Combate é a força a ser aplicada sobre o inimigo, em um dado momento, sendo o resultado da
combinação de fatores mensuráveis e não mensuráveis que intervêm nas operações, condicionando-lhes o
desenvolvimento. Seu componente básico é a tropa com seus meios, seu valor moral e o seu grau de prontificação,
incluindo-se a capacidade profissional do Comandante (principalmente conhecimento técnico e liderança) e uma
doutrina de emprego consolidada.
O Comandante de uma tropa vale-se de seu poder de combate, buscando combinar e integrar suas funções
de combate, de forma a agilizar o Ciclo OODA⁵ e obter a máxima eficiência frente ao inimigo. A aplicação do poder de
combate, seguindo os princípios de guerra e sincronizando as funções do combate, descritas no artigo 1.5, irá
determinar a conduta das operações. Por sua vez, a avaliação do poder de combate é relativa, sendo significativa
mediante confrontação com o do oponente.

Qualquer fator ou atividade que aumente a capacidade de uma tropa em operações deve ser considerado
como parte de seu poder de combate. Nesse contexto, podem ser citados os efeitos das ações desenvolvidas no
âmbito da Comunicação Social, das Operações Psicológicas e de Assuntos Civis, que contribuem para a multiplicação
do poder de combate da força militar, constituindo-se em uma valiosa atividade não letal, capaz de reduzir,
consideravelmente, o número de baixas.
Ressalta-se, ainda, a organização administrativa das Forças/Unidades operativas do Corpo de Fuzileiros Navais
(CFN), que é dimensionada visando a adequada transição para a organização para o combate, o que também contribui
para o pronto-emprego, com vistas ao incremento do poder de combate das tropas de Fuzileiros Navais.

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CAPÍTULO 2

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OS FUZILEIROS NAVAIS
2.1 - CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
O CFN, parcela inalienável da Marinha do Brasil, é vocacionado para a projeção de poder, por meio de Operações
Anfíbias. Além disto, em face de suas características, reúne atributos que o tornam capaz de ser empregado em uma
ampla gama de operações militares e atividades subsidiárias, conforme previsto na Estratégia Nacional de Defesa¹:
“Para assegurar sua capacidade de projeção de poder, a Marinha possuirá, ainda, meios de Fuzileiros Navais, em
permanente condição de pronto emprego. A existência de tais meios é também essencial para a defesa das instalações
navais e portuárias, dos arquipélagos e ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras, para atuar em operações
internacionais de paz, em operações humanitárias, em qualquer lugar do mundo. Nas vias fluviais, serão fundamentais
para assegurar o controle das margens durante as operações ribeirinhas.

2.2 - CARÁTER NAVAL E ANFÍBIO


As Forças de Fuzileiros Navais, como parcela do Poder Naval, possuem as características de flexibilidade,
versatilidade, mobilidade e permanência. Seus soldados-marinheiros são aptos tanto para a vida de bordo como para
o combate em terra e os seus meios são apropriados para o embarque em navios e posterior desembarque em terra.

2.3 - EIXOS ESTRUTURANTES


O preparo e o emprego do CFN são balizados por três eixos estruturantes,
interdependentes e complementares, que direcionam o desenvolvimento da doutrina, do material e dos recursos
humanos do Corpo, a saber:
- Operação Anfíbia (OpAnf): eixo que preconiza o constante aperfeiçoamento da capacidade de realizar
Operações Anfíbias. Ao se preparar para essas complexas operações, as Forças de Fuzileiros Navais estarão, também,
aptas a conduzir outras de diferentes naturezas e envergaduras. Este eixo garante identidade institucional e conforma
o perfil operacional do CFN;
- Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav): eixo que consiste no emprego das Forças de
Fuzileiros Navais organizadas, prioritariamente, sob a forma de GptOpFuzNav, que é uma organização para o combate
nucleada por tropa de Fuzileiros Navais, constituída para o cumprimento de missão específica e estruturada segundo
o conceito organizacional de componentes, e que reúne os elementos constitutivos de acordo com a natureza de suas
atividades. Esse modelo organizacional confere flexibilidade e versatilidade a seu Comandante, pois combina as
capacidades e potencialidades dos meios de combate terrestre (incluindo os meios de apoio ao combate), aéreos
(incluindo os meios de controle aerotático e defesa antiaérea) e logísticos, integrados por uma estrutura de comando
e controle. Esse conceito será detalhado no capítulo 4; e
- Guerra de Manobra: o CFN privilegia a adoção do estilo de Guerra de Manobra, para o emprego do
GptOpFuzNav, sem descartar os preceitos da Guerra de Atrito. Esse estilo de guerra é naturalmente apropriado ao
emprego de Força que tenha de se engajar em combate, sem condições favoráveis para o emprego do princípio da
massa ou em áreas de frentes muito amplas que dificultem a concentração de seu poder de combate, como
normalmente ocorre nas Operações Anfíbias.

2.4 - CONJUGADO ANFÍBIO


O Conjugado Anfíbio se traduz em uma Força Naval, com um GptOpFuzNav embarcado juntamente com os
meios aeronavais adjudicados, em condições de cumprir missões relacionadas às tarefas básicas do Poder Naval.
Em virtude de suas capacidades intrínsecas, o Conjugado Anfíbio proporciona ao Poder Naval as condições
apropriadas para a condução de ações em um amplo espectro de operações, atuando em cenários estratégicos de
interesse, como vetor de pronta-resposta a crises ou outras contingências. A possibilidade de exploração da liberdade
de navegação, usando o mar como espaço de manobra, permite o posicionamento de Forças Navais nas proximidades
de áreas críticas, em águas internacionais ou jurisdicionais brasileiras para intervir, quando e como necessário, sem
comprometer juridicamente a soberania do Estado-alvo. Esse posicionamento estratégico do Conjugado Anfíbio cria
condições vantajosas, no campo diplomático, para que os líderes políticos negociem a contenção ou distensão de
crises.

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2.5 - CARÁTER EXPEDICIONÁRIO

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A capacidade expedicionária do CFN decorre da existência de uma tropa de pronto emprego, autossustentável
e adequadamente aprestada para cumprir missões por tempo limitado, sob condições austeras e em área operacional
distante de sua base.
Cabe destacar que expedicionário há que ser o Conjugado Anfíbio e não, unicamente, os Fuzileiros Navais, pois,
seu principal vetor de mobilidade estratégica são os meios navais da MB, que proporcionam aos GptOpFuzNav a
necessária logística de sustentação.

2.14 - ATIVIDADES DE FUZILEIROS NAVAIS


Os GptOpFuzNav realizam, para o cumprimento das missões a eles atribuídas, diversas atividades, que são
harmoniosamente integradas e grupadas segundo as características funcionais das tropas de Fuzileiros Navais. Estas
atividades são classificadas como de Combate (Cmb), de Apoio ao Combate (ApCmb) e de ApSvCmb.

2.14.1 - Atividades de Combate (Cmb)


Os elementos de combate destinam-se à realização das operações ofensivas e defensivas propriamente ditas,
bem como ações de comandos. Os elementos de combate são organizados para a execução de tarefas que
normalmente exigem o contato direto com o oponente. A Infantaria é a tropa de combate básica dos GptOpFuzNav.
a) Infantaria
No combate, a Infantaria combina fogo, movimento e ação de choque. Tal técnica consiste, inicialmente,
na progressão da tropa sob a proteção e apoio de uma base de fogos.
A Força que se movimenta busca o contato com o inimigo, enquanto a base de fogos procura reduzir a
interferência dele no referido deslocamento e, se possível, destruílo. Por sua vez, a ação de choque consiste no
impacto físico e psicológico imposto ao inimigo pela associação dos fogos e do movimento - a manobra - com o reforço,
quando for o caso, da proteção blindada. Assim, a ação de choque variará desde o assalto realizado pelo combatente
a pé, realizando fogos potentes a curta distância, empregando o combate corpo-a-corpo e apoiado por fogos, até a
utilização de elementos blindados em apoio.
A Infantaria é capaz de progredir praticamente em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições
climáticas e meteorológicas, em pequenas frações, o que dificulta ao inimigo detectar a sua aproximação.
Na ofensiva, a Infantaria deve localizar e cerrar sobre o inimigo para destruí-lo ou capturá-lo; na defensiva
deve manter o terreno, repelindo o inimigo ou destruindo-o pelo contra-ataque, pelo fogo ou combate aproximado.
Em virtude dessas características e devido ao contato direto com o inimigo, os elementos de Infantaria
estão mais sujeitos às baixas de pessoal, o que requer destes combatentes moral elevado, resistência física, tenacidade
e liderança em todos os níveis.
b) Operações Especiais (nas Ações Diretas / Ações de Comandos)
As Operações Especiais (OpEsp) são aquelas realizadas por pessoal especialmente selecionado e adestrado,
empregando meios não convencionais e executando ações também não convencionais, com o propósito de destruir
ou danificar objetivos específicos, capturar ou resgatar pessoal ou material, coletar dados, despistar e produzir efeitos
psicológicos. Normalmente são operações de duração limitada e, geralmente, exploram a surpresa, rapidez e ação de
choque.
c) Blindados (nas ações de combate)
Em situações em que a análise dos fatores da decisão recomende, os Carros de Combate (CC) podem ser
empregados como peça de manobra, cumprindo tarefas táticas ofensivas e defensivas, em particular aquelas onde as
características dos blindados implicam no emprego desses meios.
Para tal, os CC deverão contar com o apoio da Infantaria que estará, preferencialmente, apoiada por
Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Sobre Lagartas (VBTP SL), Carros-Lagarta Anfíbios (CLAnf) ou Viaturas
Blindadas de Transporte de Pessoal Sobre Rodas (VBTP SR).

2.14.2 - Atividades de Apoio ao Combate (ApCmb)


As atividades de apoio ao combate destinam-se a proporcionar apoio de fogo, apoio ao movimento, apoio à
capacidade de Comando e Controle e à proteção do GptOpFuzNav como um todo.
a) Apoio Aéreo (ApAe)
O ApAe exerce um papel fundamental no desenvolvimento das ações em terra, compreendendo, além do
transporte tático, dentre as atividades de ApCmb, as ações de Apoio Aéreo Ofensivo (ApAeOf).

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A utilização de aeronaves possibilita a exploração da terceira dimensão do combate nos campos de batalha,

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fator multiplicador de poder de combate, contribuindo decisivamente para o cumprimento das missões dos
GptOpFuzNav. Esse emprego constitui o Apoio ApAe.
O ApAe em proveito da manobra dos GptOpFuzNav é dividido em dois grandes grupos: ApAeOf e Apoio
Logístico (ApLog) por aeronaves.
Na Fig 2.1 são apresentadas as atividades nas quais o ApAeOf é dividido:

b) Apoio ao Desembarque (ApDbq)


A atividade de ApDbq é o grande diferencial do emprego dos Fuzileiros Navais em relação às Operações
Terrestres convencionais. Compreende ações realizadas por elementos especializados que, nas OpAnf, preparam as
Praias de Desembarque (PraDbq), para Embarcações de Desembarque (ED) e CLAnf, e Zonas de Desembarque (ZDbq),
para helicópteros, facilitando o movimento da tropa e seu material, desde os primeiros momentos do assalto.
Neste contexto, com o estabelecimento das PraDbq e/ou ZDbq, o apoio ao desembarque inclui o balizamento
e a orientação das tropas que desembarcam em vagas iniciais de assalto [Movimento Navio-para-Terra (MNT) por
superfície e helitransportado] com o respectivo controle dos efetivos, a indicação de posições de tropas inimigas, a
indicação de passagens em obstáculos localizados nas PraDbq, o auxílio ao fornecimento de itens críticos de
suprimentos nos momentos iniciais, a catalogação do material salvado e capturado, dentre outras atividades.
c) Apoio de Fogo Naval (ApFN)
O ApFN em uma OpAnf contribui, em conjunção com outras armas, para o cumprimento da missão da Força
de Desembarque (ForDbq), tendo grande importância, particularmente quando, em face da situação militar do
inimigo, for impossível o desembarque da Artilharia de Campanha nos primeiros momentos do MNT e quando as
condições meteorológicas limitarem o emprego do ApAe.
O ApFN é empregado para a destruição ou neutralização de instalações terrestres e defesas que se opuserem
à aproximação dos navios e aeronaves, e ao desembarque das tropas. Provê, ainda, o permanente apoio à progressão
das tropas no terreno depois de efetivado o desembarque.
O ApFN pode, também, ser empregado para apoiar outros tipos de operações terrestres quando estas
ocorrerem próximo ao litoral.
d) Artilharia de Campanha
A Artilharia de Campanha é o principal meio de apoio de fogo orgânico dos GptOpFuzNav nas Operações de
Guerra Naval. Graças à flexibilidade, alcance e poder de destruição de seus meios, pode ser empregada para apoiar os
elementos de combate aplicando fogos sobre os escalões avançados do inimigo e seus meios de apoio de fogo, bem
como aprofundando o combate por meio de fogos contra as instalações de comando, comunicações, sistemas de
armas, logísticas e reservas do oponente.

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A Artilharia de tubo (obuseiros e morteiros) cerra, normalmente, à retaguarda dos elementos de combate,

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apoiando seu ataque e facilitando sua manobra.


A Artilharia de mísseis e foguetes é de grande importância para aprofundar o combate, batendo alvos de interesse
do Comando do GptOpFuzNav, particularmente posições inimigas mais distantes. Pode ser empregada, ainda, para
bater meios navais quando em Operações de Defesa de Ilhas Oceânicas e de Instalações Navais.
e) Blindados
Os CC são empregados, primordialmente, no apoio, destruindo forças inimigas, suas armas, seus blindados
e suas instalações.
As VBTP SL, os CLAnf e as VBTP SR provêm à tropa embarcada proteção blindada, mobilidade e apoio de
fogo, conferindo ação de choque às suas ações. Tais características associadas à flexibilidade, variedade de sistemas
de comunicações e à reação imediata aos comandos recebidos delineiam a atuação dos blindados.
Entretanto, os blindados possuem suas próprias limitações, além de estarem sujeitos às restrições causadas
por obstáculos naturais e artificiais.
Assim, para otimizar suas possibilidades, os blindados devem ser empregados prioritariamente em ações
ofensivas e em combinação com a Infantaria, que lhes proporcionará proteção aproximada, compensando algumas
das limitações supra. Por sua vez, a Infantaria terá sua ação de choque e segurança ampliadas pela atuação conjunta
com os blindados.
f) Comunicações e informática
As comunicações e a informática permitem o estabelecimento de ligações bem como a transmissão de dados
e ordens com rapidez, confiança e segurança, agilizando a tomada de decisão.
Os sistemas devem ser confiáveis e flexíveis. O sucesso depende em grande parte da eficiência no
desempenho das atividades de comunicações associadas com o emprego de sistemas de informações.
Um sistema de comunicações eficaz contribui significativamente para o exercício do C2 por parte do
Comando do GptOpFuzNav.
g) Coordenação do Apoio de Fogo (CAF)
O planejamento do apoio de fogo (ApF) é um processo cíclico e contínuo de seleção e análise de alvos, e da
definição do meio que irá bater cada um deles. Esse processo visa primordialmente facilitar a manobra, como um
todo, do Comandante do GptOpFuzNav, as ações de seus componentes, com vistas a neutralizar, retardar, iludir,
degradar ou destruir as capacidades do inimigo, o que inclui o ataque por fogos às suas instalações, tropas em contato,
reservas e tropas em condições de reforçar, além dos seus meios de Cmb, ApCmb e de ApSvCmb.
O ApF é regido por princípios e fundamentos, que são regulados em manual que trata especificamente da
CAF. Para que a execução desse planejamento do ApF seja integrada à manobra e ao ApLog, são exploradas as
possibilidades e respeitadas as limitações das armas de apoio, de modo a se obter o máximo de eficiência, com
segurança, no emprego de canhões navais, do armamento empregado por aeronaves, de obuseiros e morteiros da
artilharia de campanha, e dos morteiros e mísseis orgânicos do BtlInfFuzNav que integra o núcleo do CCT.
Em síntese, o planejamento do ApF deve considerar os seguintes pontos principais:
a) Apoio às Forças em contato;
b) O atendimento à ideia de manobra;
c) A integração com o conceito da operação; e
d) A continuidade do ApF.
Os fogos de apoio, para que sejam aplicados segundo esses preceitos mencionados, devem ser
rigorosamente coordenados para que não haja prejuízos à manobra e tampouco causem baixas pelo chamado “fogo
amigo”. A CAF, por sua vez, consiste em um processo sistêmico de análise e decisão, que envolve o emprego
simultâneo de múltiplos sistemas de armas, que sejam capazes de identificar e bater, prioritariamente, os alvos que
materializem as VC e o CG inimigos, de modo a potencializar os efeitos desse fogos de apoio.
A CAF torna-se efetiva quando integrada ao sistema de inteligência, em particular quanto à inteligência de
alvos. A aplicação de princípios, fundamentos, métodos e medidas permissivas e restritivas, tal como especificado em
manual próprio sobre a CAF, proporciona rapidez, associada à liberdade de manobra, necessária para o cumprimento
da missão do GptOpFuzNav. Por se tratar da mais complexa das operações militares, a CAF nas Operações Anfíbias,
particularmente durante o movimento-navio-para-terra (MNT), torna-se especialmente completa e complexa por
envolver as três dimensões do combate (naval, terrestre e aéreo) em proveito do conceito da operação do
Comandante da Força-Tarefa Anfíbia (a cargo do Centro de Coordenação das Armas de Apoio – CCAA) e do conceito
da operação em terra do Comandante da Força de Desembarque (a cargo do Centro de Coordenação do Apoio de
Fogo – CCAF).

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h) Defesa Antiaérea (DefAAe)

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A DefAAe desempenha, a partir do solo, a tarefa de destruir aeronaves hostis, tendo em vista a
vulnerabilidade dos GptOpFuzNav aos ataques aéreos inimigos. Tal atuação exige um elevado grau de coordenação e
centralização do controle, devendo ser levado em conta as respectivas características técnicas (alcance, autonomia,
velocidade, tipo de armamento etc.) dos vetores aéreos inimigos, os meios disponíveis e a área a defender.
Eventualmente, os meios antiaéreos podem ser utilizados contra alvos de superfície, complementando
outros meios de apoio de fogo quando houver forte ameaça terrestre inimiga e pequena ameaça aérea.
As atividades de DefAAe devem estar intimamente coordenadas e integradas às operações aéreas.
i) Defesa Anticarro (DAC)
Atividades de DAC são integradas em todo o sistema defensivo ou ideia de manobra dos GptOpFuzNav,
sendo desenvolvidas em todo o Espaço de Batalha buscando reduzir a capacidade dos Bld inimigos o mais longe
possível das posições dos GptOpFuzNav.
Os CC, principal arma AC em terra, integram junto com as armas AC o sistema DAC, para barrar as vias de
acesso para blindados do inimigo e proteger os flancos dos GptOpFuzNav.
Além dos meios terrestres, os meios aéreos são empregados para proteger os GptOpFuzNav, executando o
ApAe de forma a destruir as Unidades blindadas inimigas em profundidade.
j) Defesa Nuclear, Bacteriológica, Química e Radiológica (DefNBQR)
A DefNBQR, associada ou não a Artefatos Explosivos (NBQRe), compreende as diversas medidas adotadas
por um GptOpFuzNav com a finalidade de se opor a quaisquer ataques realizados com o emprego de agentes NBQR,
evitando, reduzindo ou eliminando os efeitos produzidos por estes tipos de agentes.
O Sistema de Defesa NBQRe, portanto, se constituirá no conjunto de medidas a serem observadas antes,
durante e após um ataque NBQRe, bem como os elementos especializados e suas organizações específicas e
equipamentos.
A DefNBQRe é responsabilidade de todos os componentes dos GptOpFuzNav. As tarefas de detecção e
identificação de agentes NBQRe, consideradas como atividade de ApCmb, são cumpridas pelas Seções de
Reconhecimento QBN (SecReconQBN) e por elementos especializados em Desativação de Artefatos Explosivos (DAE).
k) Engenharia de Combate
A Engenharia destina-se a ampliar o poder de combate dos GptOpFuzNav aumentando sua mobilidade e
reduzindo a mobilidade das Forças inimigas (contramobilidade). Na defensiva, o Sistema de Barreiras deve ser
integrado à DAC e ao Plano de Fogos.
Os trabalhos que atendem ao propósito do aumento da mobilidade no apoio ao combate compreendem o
reconhecimento de Engenharia, a manutenção da rede mínima de estradas e de campos de pouso, a abertura de
passagens em obstáculos e áreas minadas, a desativação de artefatos explosivos, o lançamento de equipagens de
transposição de cursos d’água e o levantamento de campos de minas visando, principalmente, manter a impulsão da
Força apoiada.
No que tange ao propósito da contramobilidade, grande esforço estará voltado para o lançamento de campo
de minas anticarro, a execução de destruições, demolições e para o estabelecimento de obstáculos que retardem,
canalizem ou detenham o inimigo, com a máxima exploração dos obstáculos naturais, visando economia de tempo e
de meios de engenharia.
Quanto às medidas de proteção, os equipamentos de engenharia poderão ser empregados nos trabalhos de
organização do terreno, provendo excelente apoio na preparação de abrigos, instalações de órgãos de comando, de
artilharia, bem como posições defensivas.
Em situações de emergência, a Engenharia pode ser empregada, com limitações, como Infantaria.
l) Guerra Cibernética (GC)
A GC, também conhecida como Ciberguerra, é uma modalidade de guerra onde o “conflito” não ocorre em
terra, ou no mar, ou no espaço, mas sim no espaço cibernético (ECiber).
O ECiber é um ambiente não tangível formado por ativos de Tecnologia da Informação (TI) onde dados
digitalizados são criados, armazenados, modificados, transitados e processados.
Os armamentos utilizados neste tipo de guerra são conhecidos como artefatos cibernéticos, que se tratam
de equipamentos ou sistemas empregados no ECiber para execução de ações de defesa, exploração e ataque. Tais
ações em conjunto são denominadas ações de guerra cibernética.
Uma ameaça cibernética, por exemplo, pode ser qualquer indivíduo, equipamento ou sistema com potencial
para causar um incidente de TI. Considera-se combatente cibernético como sendo o indivíduo que emprega artefatos
cibernéticos para realizar ações de GC. De forma geral, os alvos da GC são as infraestruturas críticas, assim
consideradas as instalações, serviços, bens ou sistemas que, caso tenham a sua operação comprometida, afetam o
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cumprimento da missão de uma organização. O risco cibernético é a probabilidade de ocorrência de um ataque

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associado à magnitude do dano por ele provocado.


Os ataques cibernéticos são passíveis de ocorrer porque os sistemas computacionais possuem
vulnerabilidades, com os mais diversos propósitos, tais como: subtração de dados; conhecimento das vulnerabilidades
de redes e dispositivos; alterações de páginas na internet; interrupção de serviços; e degradação da infraestrutura
crítica. Mesmo nas redes segregadas ou sistemas isolados, observa-se a existência de vulnerabilidades nos mesmos
patamares das redes conectadas. De fato, não há segregação total, pois alguma rede ou dispositivo, mesmo dito
isolado, são acessados por dispositivos que, em outro momento, estiveram ou estarão conectados à internet. Assim
sendo, as Forças estarão mais ou menos vulneráveis à medida que sejam capazes de detectar, corrigir ou proteger
estas falhas presentes no seu ECiber.
m) Guerra Eletrônica (GE)
A GE é o conjunto de ações que se utiliza do espectro eletromagnético para coletar dados sobre o inimigo,
negar o uso do espectro por parte do inimigo e proteger o nosso uso do espectro contra as ações ofensivas inimigas.
A utilização do espectro para a coleta de dados sobre o inimigo é integrada à atividade de inteligência. Essa
vertente é chamada de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE),
A negação do uso do espectro por parte do inimigo é integrada às ações táticas. Deve possuir emprego
pontual devido ao grau de exposição à Força adversa. Essa ação é chamada de Medida de Ataque Eletrônico (MAE).
As ações que visam proteger nossas emissões são chamadas de Medidas de Proteção Eletrônica (MPE).
n) Reconhecimento e Vigilância (RecVig)
As atividades de RecVig são realizadas por todos os escalões de tropa. Os elementos de operações especiais,
normalmente, operam em proveito do GptOpFuzNav como um todo.
As atividades de RecVig compreendem ações realizadas por militares com ou sem auxílio de equipamentos,
como, por exemplo, radares e sensores, satélites e aeronaves tripuladas ou não.

2.14.3 - Atividades de ApSvCmb


Os elementos de ApSvCmb são responsáveis pelo apoio logístico aos GptOpFuzNav, executando várias tarefas
que, agrupadas em atividades afins, constituem as seguintes funções logísticas: recursos humanos, saúde, suprimento,
manutenção, engenharia, transporte e salvamento.
A reunião de atividades funcionais em funções logísticas tem o propósito de facilitar a organização, o
planejamento, a execução e o controle do ApLog. Cabe, ainda, ressaltar que muitas vezes elas se interrelacionam ou
se complementam.
Enquadram-se, também, nas atividades de ApSvCmb, o Serviço de Polícia (SP) e as demais atividades da Defesa
NBQRe.
a) Recursos Humanos
Os GptOpFuzNav ativados para emprego em operações são priorizados quanto ao recebimento do pessoal
em quantidade e com a capacitação profissional necessária ao cumprimento de sua missão.
Caso necessário, o Cmt do GptOpFuzNav levantará suas necessidades de pessoal, assim como as
qualificações específicas desse pessoal, a fim de providenciar junto ao seu Comando superior o recompletamento e a
qualificação necessários ao cumprimento de sua missão.
Normalmente, essa função logística refere-se ao controle de efetivos, recompletamentos, controle de
extraviados, assistência religiosa, moral, justiça e disciplina, dentre outros aspectos.
Com relação à atividade de bem-estar e manutenção do moral da tropa, visa manter as condições
psicossociais adequadas ao cumprimento da missão. Compreende ações voltadas para o atendimento de necessidades
como: repouso, recuperação, recreação, suprimento reembolsável, serviço de assistência social, serviço de assistência
religiosa, serviço postal, serviço de lavanderia e sepultamento.
b) Saúde
O apoio de saúde (médico e odontológico) é prestado visando a conservação do poder combatente dos
GptOpFuzNav, o que é conseguido por meio da execução de medidas de medicina preventiva e de reabilitação.
É o conjunto de atividades relacionadas com a conservação do pessoal, nas condições adequadas de
aptidão física e psíquica, por intermédio de medidas sanitárias de prevenção e recuperação, para que a tropa tenha
plenas condições de cumprir suas tarefas.
As atividades da função logística saúde consistem no levantamento das necessidades, determinação dos
padrões psicofísicos, seleção médica, medicina preventiva e medicina curativa.

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Ressalta-se a importância dos procedimentos de primeiros-socorros individuais, a capacitação profissional

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dos enfermeiros e a existência de cadeias de evacuação claramente definidas para que o GptOpFuzNav minimize suas
perdas de pessoal em situações de combate.
c) Suprimento
É o conjunto de atividades que trata da previsão e provisão do material, de todas as classes, necessário ao
GptOpFuzNav, permitindo o dimensionamento da estrutura para o fornecimento dos diversos itens e o
estabelecimento e manutenção do fluxo de ressuprimento.
O suprimento pode ser obtido no TO/Área de Operações (AOp) ou vir de fora. O armazenamento deve
considerar níveis de estoque (operacional, segurança, reserva e máximo) compatíveis com sua missão.
No planejamento inicial do GptOpFuzNav, devem ser previstos níveis mínimos de estoque de suprimentos
que garantam sua sobrevivência em combate (autossuficiência), devido a possíveis óbices para implementação do
ressuprimento planejado.
d) Manutenção
A realização da manutenção preventiva e corretiva dos meios é fundamental para que o GptOpFuzNav
possa cumprir sua missão.
Para tal, deve ser realizado o levantamento das necessidades quanto a instalações, pessoal qualificado e
material (ferramental e sobressalentes) para atender às especificidades de cada GptOpFuzNav ativado.
As manutenções pré-operação, durante e pós-operação nos meios são fundamentais para que o
GptOpFuzNav mantenha a disponibilidade de seus meios e, por conseguinte, se mantenha operacional.
e) Engenharia
É o conjunto de atividades que são executadas, visando ao planejamento e à execução de obras e de
serviços com a finalidade de obter e adequar a infraestrutura física e as instalações existentes às necessidades dos
GptOpFuzNav.
As atividades de engenharia têm um sentido técnico combinado com uma necessidade logística. Desta
forma, nem sempre é possível estabelecer uma nítida distinção entre os trabalhos de engenharia que são relacionados
às tarefas de ApCmb e de ApSvCmb.
Alguns trabalhos para aumento de mobilidade, como construção de pontes, assessoria técnica,
levantamentos topográficos, desenvolvimento e manutenção de campos de pouso e vias de transporte ou reparação
de uma estrada para atender ao deslocamento do escalão de ataque, tarefas nitidamente de ApCmb, permitirão o
deslocamento de seus suprimentos, e podem ser considerados também de ApSvCmb.
Quanto às medidas de proteção, os equipamentos de engenharia também poderão ser empregados na
preparação de instalações logísticas, principalmente abrigos para suprimentos críticos, permitem um maior grau de
sobrevivência às Forças apoiadas.
Apesar disso, pode-se afirmar que as atividades voltadas para ampliar as condições de bem-estar dos
GptOpFuzNav, são tarefas exclusivamente de ApSvCmb. Tais atividades não contribuem diretamente para a condução
das operações, porém melhoram as condições de conforto de uma tropa e aumentam sua capacidade de durar na
ação. Dentre elas destacam-se a geração de energia, a produção de água potável e o apoio em construção de
instalações.
f) Transporte
Desde o fornecimento de suprimentos, passando pela evacuação de Prisioneiros de Guerra (PG) e de
feridos, transporte de refugiados, até a coleta de salvados, a eficácia da realização de todas as atividades de ApSvCmb
depende do correto dimensionamento da estrutura de apoio de transporte, da distribuição apropriada de meios e do
gerenciamento dos recursos dentro de prioridades pré-estabelecidas.
Assim, além das viaturas estarem disponíveis, há a necessidade de que sejam confiáveis e provejam a
mobilidade e proteção necessária para cada tipo de missão dos GptOpFuzNav, requerendo motoristas e operadores
qualificados a conduzí-las de acordo com as condições de trafegabilidade da AOp.
g) Salvamento
É o conjunto de atividades que são executadas visando a salvaguarda e o resgate de recursos materiais,
suas cargas ou itens específicos do GptOpFuzNav.
O salvamento consiste em combater incêndios, controlar avarias, rebocar e, no caso do material específico
do GptOpFuzNav, desatolar viaturas e equipamentos, reflutuar Viaturas Anfíbias (VtrAnf) e recuperar suas cargas ou
itens específicos.

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h) Serviço de Polícia

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Conjunto de atividades relacionadas diretamente com a segurança de instalações e comboios, com o


estabelecimento de postos de controle de trânsito, com ações de controle de distúrbios e trato com os PG.
i) DefNBQRe
Conforme supracitado, a DefNBQRe é responsabilidade de todos os componentes dos GptOpFuzNav. As
tarefas de descontaminação e detoxificação, consideradas como atividades de ApSvCmb, são cumpridas pelas Seções
de Descontaminação QBN (SecDesconQBN).

(MUITO LEGAL,PORÉM NÃO CAI NA PROVA. SERVE PARA REDAÇÃO).


2.15- TRADIÇÕES E ESPÍRITO DE CORPO DO CFN
As tradições, materializadas pelo legado dos Fuzileiros Navais de ontem, devem ser cultuadas pelos militares do
presente e transmitidas aos do futuro, perpetuando o CFN no tempo.
O culto às tradições não pressupõe estagnação ou obsolescência. Ao contrário, perpetua a identidade e fortalece
o espírito de corpo, característica irrefutável do CFN, que deve ser preservada e desenvolvida em todos os níveis,
devido aos seus incontestes reflexos no moral da tropa.

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CAPÍTULO 3

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GUERRA DE MANOBRA
3.1 - GENERALIDADES
Conforme apresentada no capítulo 1, a Guerra de Manobra é um estilo de condução do conflito em que, em
síntese, é priorizada a aproximação indireta, na busca de se abordar o inimigo a partir de uma posição vantajosa, com
o propósito de romper a coesão mental de suas Forças.
Os conceitos a seguir apresentados fornecem o necessário embasamento para um melhor entendimento da
Guerra de Manobra.

3.2 - O CICLO OODA


O Ciclo OODA, também denominado de Ciclo de Boyd ou Ciclo de Decisão, é a principal base teórica empregada
na Guerra de Manobra, segundo a qual as ações no combate são desenvolvidas na sequência OBSERVAÇÃO -
ORIENTAÇÃO – DECISÃO - AÇÃO (OODA), de forma cíclica, conforme apresentado na Fig 3.1.

O Ciclo OODA é formado por quatro etapas. Na primeira (observação), é percebida uma mudança no curso dos
acontecimentos; na segunda (orientação), é produzida uma imagem mental da nova situação; na terceira (decisão),
chega-se à forma da conduta a ser desenvolvida; e na última (ação), são implementadas as ações decorrentes da
decisão tomada, voltando-se à etapa da observação e, assim, sucessivamente.
A chave para o sucesso na solução de um problema militar é ter mecanismos que façam esse ciclo girar mais
rapidamente que o do seu oponente, ou seja, a realização de um ciclo com menor duração por nossas Forças, sempre
em comparação com o do inimigo, fará com que este tenha grande dificuldade em completar o seu ciclo, prejudicando
a sua orientação e/ou fazendo com que sua conduta se torne inoportuna ou inapropriada, devido à alteração da
situação para a qual esta foi inicialmente idealizada, obrigando-o a reagir às ações de nossas Forças (ver Fig 3.2).

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Tendo sido o oponente sucessivamente sobrepujado por ritmo e velocidade superiores do ciclo OODA

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executado por nossas Forças, ele tenderá a ter sua coesão mental deteriorada, redundando na sua incapacidade de
lidar com a situação em tela.
Uma Força que execute um Ciclo de Decisão mais rápido tem grande vantagem sobre outra na qual o processo
é mais lento, criando oportunidades e assegurando a iniciativa das ações.
A execução de um rápido e eficiente processo decisório traz enorme vantagem àquele que, gerando um ritmo
intenso, consiga, mais rapidamente, desestabilizar e, consequentemente, retardar o ciclo do oponente, gerando a
desordem ou a destruição de sua coesão física, mental ou moral.

3.3 - CENTRO DE GRAVIDADE


O Centro de Gravidade (CG) é uma fonte de força, poder e resistência física ou moral que confere ao contendor,
em ultima análise, a liberdade de ação para utilizar integralmente seu poder de combate. Poderá ser constituído por
um aspecto material, como uma Unidade específica ou sistema de armas, ou não material, como uma liderança
especialmente estimuladora ou a vontade de combater.
O comprometimento do CG implicará uma redução significativa da capacidade do contendor de influir nas ações.
Tropas que se opõem possuirão, normalmente, um CG para cada nível de condução/decisão da guerra, sendo
também possível que estes CG variem no tempo.
A identificação dos CG, por muitas vezes, é complexa, em função da variedade de aspectos que podem ser
considerados como tal. Entretanto, há a necessidade de selecionar um deles como alvo do esforço, o que poderá ser
feito por meio da análise do impacto de seu comprometimento ou perda para o inimigo e da sua acessibilidade.

3.4 - VULNERABILIDADES CRÍTICAS


As Vulnerabilidades Críticas (VC) são pontos fracos do CG que, ao serem exploradas, resultarão na
desestabilização ou destruição do CG oponente. A cada CG pode estar relacionada uma ou mais VC. É importante que
a VC seja acessível pelo contendor oposto para poder ser assim considerada.
As VC são dependentes da evolução da situação, podendo, em um determinado período, ser como tal
enquadradas, deixando de sê-las logo a seguir. Da mesma forma, aquilo que está vulnerável poderá, rapidamente,
deixar de estar.
Deve-se estar atento para proteger nossas VC e perceber e explorar as inimigas, por vezes passageiras e fluidas.
Caso não sejam identificadas VC do inimigo, ações preparatórias devem ser realizadas para criá-las.
Em resumo, as VC devem conter as seguintes características: serem vulneráveis a ações adversas e serem vitais
para o perfeito funcionamento do sistema de combate, permitindo o acesso e a consequente desestabilização do CG
considerado.

3.5 - SUPERFÍCIES E BRECHAS


Para simplificar o entendimento, Superfícies assemelham-se aos fatores de força do inimigo e as Brechas aos
fatores de fraqueza do inimigo, podendo ambos existirem sob a forma física ou não. Assim, a atuação direta contra
uma Superfície imporia um embate difícil e prolongado, ao passo que, atuando nas Brechas, a oposição seria
significativamente menor. Deste modo, as ações devem enfatizar a concentração de esforços explorando as Brechas
encontradas, evitando-se as Superfícies. Fazendo-se uma abstração sobre tais conceitos, uma corrente de águas
deslocando-se em determinado terreno movimentado, tende a desviar-se dos obstáculos (Superfícies) e fluir pelas
partes livres (Brechas).

3.6 - FOCO DO ESFORÇO, PONTO FOCAL DE ESFORÇO E ESFORÇO PRINCIPAL


O Foco do Esforço é caracterizado pelo onde, quando, de que forma e com que meios um Comandante acredita
que poderá cumprir sua missão, sendo composto pelo Ponto Focal do Esforço (PFE) e pelo Esforço Principal (EsfPcp).
O PFE será, em determinado momento, o alvo prioritário, de cunho material ou não, sobre o qual convergirá o
peso do EsfPcp do PCmb. O PFE será designado visando a uma VC do CG considerado. Embora o PFE e o EsfPcp sejam
relacionados entre si, o PFE se refere ao oponente e o EsfPcp às nossas Forças.
A tropa que atuar sobre o PFE, executará o EsfPcp e receberá das demais todo o apoio necessário. O EsfPcp
deve ser determinado com exatidão; reforçado e apoiado adequadamente, para conduzir a ação decisiva; e receber
meios que lhe confiram mobilidade e PCmb e a prioridade dos fogos. A designação da Unidade ou Subunidade que
realizará o EsfPcp garante unidade de esforço, pois, todos os demais integrantes da Força realizarão suas ações em
seu proveito. Normalmente, será direcionado à VC inimiga. Esforços de apoio podem ser empregados em ações de
despistamento ou para modelar o campo de batalha, criando vulnerabilidades a serem exploradas pelo EsfPcp. A

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mudança do PFE durante uma operação ocorrerá, normalmente, visando explorar um sucesso ou uma nova VC

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levantada.
Em conjunto com a Intenção do Comandante (IC), a ser apresentada no artigo 3.10, o PFE garante a necessária
convergência de ações, ao tempo que possibilita a flexibilidade indispensável à Guerra de Manobra.
Normalmente, o emprego da reserva deve explorar o sucesso obtido pelo EsfPcp.

3.7 - ATRIBUIÇÃO DE TAREFA PELO EFEITO DESEJADO


Um Comandante pode atribuir tarefa aos seus subordinados em termos de efeito desejado e/ou ação a
empreender. A primeira forma é imprescindível à consecução da Guerra de Manobra, uma vez que assegura o
necessário grau de flexibilidade e de iniciativa.
Tendo liberdade de ação, os subordinados terão condições de reagir, com presteza, às alterações da situação,
melhor explorando os sucessos e as vulnerabilidades apresentadas, não ficando dependentes de instruções
complementares de seu comando superior, o que poderia ir de encontro ao Princípio da Oportunidade. A atribuição
de tarefa em termos de efeito desejado estará explorando o fato de que, normalmente, o subordinado, por estar
fisicamente mais próximo da ação do que seu superior, tem melhores condições de analisar a situação em curso.
Esta forma de atribuir tarefas ao subordinado, embora exija maior capacidade de controle e coordenação, não
afetará a unidade de esforço, pois a ação empreendida ou em vias de ser empreendida pelo subordinado, uma vez
informada tempestivamente ao Comandante, pode ser interrompida ou executada de forma coordenada pelo
Comando, que detém a visão completa da manobra.

3.8 - AÇÃO DITADA PELO RECONHECIMENTO


Este conceito está relacionado aos de Superfícies e Brechas. Para que uma Força possa explorar oportunamente
as Brechas existentes ou criadas no dispositivo inimigo, torna-se necessário que ela possa identificar e rapidamente
redirecionar seus esforços. Para tanto, demanda-se, além da iniciativa em todos os níveis, um agressivo
reconhecimento, sigiloso ou em força, da área de atuação. Quando reconhecidas as Brechas existentes, o EsfPcp é
nelas empregado.
O conceito da ação ditada pelo reconhecimento possibilita que sejam detectadas e exploradas as Brechas e
evitadas as Superfícies. A orientação sobre onde empregar a Força vem, em boa medida, da frente de contato, onde
as ações normalmente ocorrem com mais intensidade.
Em oposição a este conceito está a ação ditada pelo comando, que decide, da retaguarda, onde empregar sua
Força, independentemente de informações mais detalhadas sobre o inimigo ou o campo de batalha, podendo, assim,
gerar fricção em grau desnecessário.

3.9 - ARMAS COMBINADAS


O conceito de armas combinadas consiste na integração dos meios disponíveis, gerando um efeito sinérgico¹,
exigindo coordenação do fogo com a manobra, dentro da moldura temporal considerada, de maneira que as suas
capacidades sejam complementadas e suas vulnerabilidades compensadas pelo apoio mútuo.

Para integrar armas de forma combinada é preciso planejar a complementaridade de seus efeitos, de forma
que, para se contrapor a determinado efeito de uma arma, o inimigo se torne vulnerável ao efeito de outra. Assim,
além de sofrer com os efeitos de diferentes tipos de fogos, o inimigo é colocado diante de um dilema que afeta sua
coesão mental.
Ao integrar armas de efeitos similares, como obuseiros de diferentes calibres, não se está combinando seus
efeitos, pois ao se proteger de uma arma o inimigo estará, também, se protegendo das demais. Dessa forma, as armas
têm efeitos suplementares e não combinados.
O efeito desejado a ser alcançado com a combinação das armas é aumentar exponencialmente o PCmb das
nossas Forças, mediante emprego coordenado e sincronizado de todos componentes, na busca da neutralização da
capacidade de C2, dos sistemas de armas e da logística do oponente.
Este conceito poderá afetar o oponente nos campos psicológico e físico.

3.10 - INTENÇÃO DO COMANDANTE


A Intenção do Comandante, prevista na publicação EMA-331 - Manual de Planejamento Operativo da Marinha
(Volume I) - Processo de Planejamento Militar, serve de instrumento para que os subordinados compreendam
claramente o contexto maior em que suas tarefas estão enquadradas, possibilitando-lhes o exercício da iniciativa

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quando uma situação inesperada ocorrer, sem que seja afetada a unidade de esforço do conjunto. Nesse sentido, a IC

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possibilita a aceleração do Ciclo OODA.


A IC deverá ser redigida de forma clara, simples e objetiva, sem conter detalhamentos próprios de outras partes
da diretiva. Possui redação livre, sendo natural que, de certa forma, venha a refletir, inclusive, a própria personalidade
do Comandante.
Em todos os escalões, o Comandante precisa compreender claramente a IC do seu escalão superior, para que
seu Ciclo OODA possa girar de modo eficiente e mais rápido do que o de seus oponentes, sem depender de instruções
específicas do COMIMSUP, para cada ação sua no campo de batalha. Ao subordinado cabe a responsabilidade de
implementar a IC do escalão superior.
Essa correlação entre IC e iniciativa dos escalões torna-se especialmente útil para os GptOpFuzNav nas OpAnf,
devido ao distanciamento entre comandantes e subordinados e ao fracionamento das Unidades até o momento do
firme estabelecimento em terra, já que as organizações permanecem fisicamente separadas em três grupos distintos
(embarque, desembarque e tático para o combate), e também por limitação de espaço nos principais meios de
desembarque.
Em resumo, a IC é importante por transformar a experiência e a genialidade do Comandante em ferramenta de
iniciativa para que os subordinados acelerem seu Ciclo OODA, mesmo sob a névoa da guerra, com especial utilidade
nas OpAnf.

3.11- A EXECUÇÃO DA GUERRA DE MANOBRA


Conforme já foi mencionado, a Guerra de Manobra visa comprometer a coesão inimiga, por meio de uma
variedade de ações rápidas, objetivas e inesperadas, que criarão uma turbulenta e rápida deterioração da situação
com a qual o inimigo não mais poderá lidar.
Nesse estilo de combater, a quebra da coesão mental e sistêmica do oponente torna-se o principal foco de
nossas ações, impedindo que ele desenvolva ações coordenadas e integradas com os seus meios disponíveis. Observa-
se que tal enfoque difere da forma de atuar sobre seus meios e organizações ou, ainda, com ênfase no controle de
terreno, comuns na Guerra de Atrito. Para tanto, as ações visarão a atuação nos campos moral, mental e físico,
simultaneamente, sempre considerando os atributos da guerra já abordados.
Para reduzir os efeitos da fricção, desordem, incerteza e complexidade em nossas Forças, serão necessários
meios apropriados para gerar conhecimentos e capacidade ampliada de comando e controle. Deverão ser levadas em
conta a simplicidade, a clareza e a concisão nas ordens, além de cadeias de comando apropriadas.
A execução será marcada pela descentralização, levando-se em conta que a decisão deve ser tomada pelo
escalão que melhor conheça a situação.
Para ampliar os efeitos da fricção, desordem, incerteza e complexidade no inimigo, serão necessárias ações
passivas e ativas contra os seus elementos geradores de conhecimentos, forte emprego de ações diversionárias e
manutenção de um ciclo OODA mais ágil.
Durante o planejamento e execução, devem ser constituídas células de operações correntes e futuras,
separadamente, a fim de eliminar a pausa para planejamento habitualmente existente entre o cumprimento de uma
tarefa ou fase e o início de outra. Com isso, será possível estabelecer e manter um ciclo OODA mais rápido que o do
inimigo.
Na manobra, procurar-se-á afetar os CG inimigos, por meio da exploração das VC, enquanto os próprios CG são
protegidos.
São buscados os engajamentos assimétricos², evitando-se as Superfícies e explorando-se as Brechas, com o
emprego de armas combinadas e forte orientação para o inimigo, focada em sua coesão mental e sistêmica.

A elaboração adequada da IC, a designação do PFE e a atribuição de tarefa aos subordinados por efeito desejado
permitirão a flexibilidade e a iniciativa buscadas na Guerra de Manobra, fornecendo um enquadramento geral a ser
seguido por todos.
Adicionalmente, o emprego da técnica da ação ditada pelo reconhecimento, em conjunto com um planejamento
flexível, deixará a definição final de como a manobra será desencadeada para quando os conhecimentos necessários
tenham sido disponibilizados pelo reconhecimento. Desse modo, as ações estarão perfeitamente adaptadas à situação
vigente em cada momento.
A iniciativa das ações será constantemente perseguida, tendo-se o cuidado de não se ter um comportamento
meramente reativo às situações impostas pelo inimigo. Se isso ocorrer, o inimigo poderá estar girando seu ciclo OODA
mais rapidamente que o de nossas Forças e o que parecia ser um sucesso nas ações, pode se transformar em uma
situação taticamente indesejada.
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CAPÍTULO 4

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GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS


4.1 - GENERALIDADES
O GptOpFuzNav é uma forma de organização para o emprego de tropa de Fuzileiros Navais, constituída para o
cumprimento de missão específica e estruturada segundo o conceito organizacional de componentes, que agrupa os
elementos constitutivos, de acordo com a natureza de suas atividades.
O conceito organizacional de GptOpFuzNav deve ser considerado complementarmente aos procedimentos
previstos pelo Processo de Planejamento Militar (PPM), não resultando em perda de flexibilidade de escolha da melhor
estrutura para o cumprimento das tarefas recebidas.
O emprego de tropa de Fuzileiros Navais organizadas como GptOpFuzNav dar-se-á, normalmente, quando o
vulto, a complexidade ou a ênfase das tarefas a serem executadas justificarem a reunião de elementos constitutivos sob
um mesmo comando. Esta forma de organização é válida em qualquer ambiente ou nível de violência do conflito. Caberá
à autoridade, que determinar o emprego de tropa, decidir pela ativação ou não de um GptOpFuzNav.
O conceito de GptOpFuzNav permite aliviar o seu Comandante da sobrecarga resultante da complexidade das
atividades de manobra terrestre, de apoio logístico e daquelas relacionadas com o espaço aéreo de sua responsabilidade,
além de facilitar a coordenação e o controle da Força. Assim, possibilita maior eficiência, na medida em que, para cada
área geral de atuação (comando e controle, manobra terrestre, espaço aéreo e logística), existirá um Comandante
designado para planejar, coordenar e controlar as ações desenvolvidas, atendendo ao estabelecido pelo planejamento do
Comando do GptOpFuzNav.
Dessa forma, o Comandante do GptOpFuzNav preocupa-se com a coordenação geral das ações, interage com os
comandos superiores envolvidos na missão e mantém constante acompanhamento da evolução da situação no nível
operacional e tático, com vistas ao possível emprego futuro da Força.
4.2 - ESTRUTURA BÁSICA DOS GptOpFuzNav
Os GptOpFuzNav são constituídos, fundamentalmente, pelos seguintes componentes:
Componente de Comando (CCmdo), Componente de Combate Terrestre (CCT), Componente de Apoio de
Serviços ao Combate (CASC) e Componente de Combate Aéreo (CCA), conforme a Fig 4.1. Essa estruturação, em
conjunto com o Processo de Planejamento Militar (PPM), orientará a organização e o emprego de cada componente.

4.2.1 - Componente de Comando (CCmdo)


O CCmdo é personificado pelo Comandante do GptOpFuzNav e seu Estado-Maior (EM) Geral e Especial,
organizados em diversos Centros de Coordenação e Controle.
Integram ainda esse componente destacamentos que executam tarefas específicas relacionadas ao comando e
controle (C2) em proveito do Comando do GptOpFuzNav, tais como: Apoio ao Comando e Controle (ApC2), Operações
Especiais (Recon) e Guerra Eletrônica (MAGE).
O CCmdo é responsável pelas ligações externas do GptOpFuzNav, seja com o Comando Superior, seja com
Forças Amigas ou, ainda, agências não militares.
O Comandante do GptOpFuzNav é o Comandante do CCmdo.
4.2.2 - Componente de Combate Terrestre (CCT)
O Comando do CCT dispõe do EM Geral e Especial, que trabalham no seu Centro de Operações de Combate
(COC) e no seu CCAF.
O CCT concentra os meios de Cmb e de ApCmb necessários à execução das tarefas relacionadas com a conquista
e manutenção do terreno, a destruição da coesão mental e sistêmica do inimigo, bem como outras relacionadas com o
controle de áreas terrestres.
A estrutura logística do CCT é sumária, atendendo apenas ao desencadeamento de sua capacidade de combate.
Cabe ao CASC prover o ApSvCmb necessário à sustentação do CCT.
É desejável que haja um único CCT. Entretanto, poderão existir situações que indiquem a constituição de um
segundo CCT. Tais situações, normalmente, relacionam-se com a não existência de condições adequadas para o controle,
coordenação e apoio das ações de um elemento que atue afastado, diferença da natureza das tarefas a serem
simultaneamente empreendidas e o emprego sequencial de dois elementos de combate, que embora atuem na mesma
área, o façam em períodos de tempo distintos.

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4.2.3 - Componente de Combate Aéreo (CCA)

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O Comando do CCA dispõe do EM Geral e Especial, que trabalham em seu próprio COC.
O CCA concentra ou coordena o emprego de meios para o ApAe, o controle aerotático e a DefAAe do
GptOpFuzNav como um todo, além do apoio logístico de aviação.
Para tanto, o CCA realiza o planejamento do emprego de todos os meios de aviação e terá o comando dos meios
desdobrados em terra e o controle das aeronaves enquadradas por outros comandos.

4.2.4 - Componente de Apoio de Serviços ao Combate (CASC)


O Comando do CASC dispõe do seu EM, que trabalha no seu Centro de Operações Logística (COL).
O CASC provê o GptOpFuzNav do ApSvCmb, por meio de execução das funções logísticas essenciais à sua
operacionalidade, excetuadas aquelas atividades específicas de aviação.
Deve-se ressaltar que o conceito de ApSvCmb engloba as atividades logísticas realizadas pelos demais
componentes. Ao CASC caberá o apoio logístico até a Instalação Logística Sumária (ILS) de cada componente, de
forma que estes tenham condições de executar suas respectivas atividades, avultando de importância o ApSvCmb
conduzido no âmbito do CCT.

4.2.5 - Acúmulo de Funções de Comando de Componente


Normalmente, o Comandante do GptOpFuzNav será distinto dos comandantes do CCT, CASC e CCA, sendo esta
situação desejável.
Em ocasiões especiais, porém, admite-se que o Comando do GptOpFuzNav seja acumulado com o comando do
CCT, CASC ou do CCA. Isso poderá ocorrer, particularmente, quando a situação sugerir a organização de somente um
dos componentes, incorporando as atividades dos demais em face de suas expressões reduzidas. Em caso da necessidade
de acúmulo de funções poderá ou não haver um EM específico para o comando do GptOpFuzNav e outro para o
comando do componente em tela.
Assim, três situações de relações de comando e organização de EM podem ocorrer:
a) Dois Comandantes e dois EM (para o Cmdo do GptOpFuzNav e para o Cmdo dos componentes) - situação
ideal;
b) Um Comandante e dois EM (apenas o Comandante do GptOpFuzNav acumula o comando de um dos
componentes); e
c) Um Comandante e um EM (tanto o Comandante do GptOpFuzNav, quanto o seu EM, acumulam as funções
de um dos componentes).

4.2.6 - Outros Elementos


Além dos componentes apresentados, poderão ser organizados outros elementos, também diretamente
subordinados ao Comandante do GptOpFuzNav para cumprir tarefas específicas, cuja natureza e aspectos de
coordenação e controle não recomendam a incorporação desse elemento a um dos componentes do GptOpFuzNav. Tais
circunstâncias decorrem da especificidade, temporalidade, importância ou vulto das ações a serem desenvolvidas por
este novo Elemento para o cumprimento da missão do GptOpFuzNav, podendo ser citados, como exemplos, um Grupo
de Apoio ao Desembarque Administrativo (GRADA), um Hospital de Campanha (HCamp), um Grupo de Engenharia
da Força (GEF), uma Bateria de Lançadores Múltiplos de Foguetes (LMF), um Grupo de Operações Civis-Militares,
uma Subunidade de Guerra Eletrônica (GE-MAE) ou um Grupo de Comandos Anfíbios (GruCAnf - Ação Direta).

4.2.7 - Apoios externos ao GptOpFuzNav


Os GptOpFuzNav poderão receber apoios de forças amigas, militares ou civis na área de operações. Os mais
comumente encontrados são os apoios de Unidades navais, aeronavais e de Força Aérea.

4.2.8 - Preponderância de esforços entre os componentes


Não existe uma definição prévia sobre qual componente deva ser designado para desenvolver o EsfPcp em uma
operação. Esta definição dependerá da missão a ser cumprida e poderá ser atribuída a qualquer dos componentes.
Em uma mesma operação, a realização do EsfPcp atribuída a um componente poderá ser transferida para outro
para atender às necessidades operativas.
O componente designado para a condução do EsfPcp contará com o apoio de todos os demais integrantes do
GptOpFuzNav.

4.3 - TIPOS DE GptOpFuzNav


O tipo de GptOpFuzNav é determinado pelo valor de tropa que compõe o núcleo do componente que exerce o
EsfPcp, conforme abaixo apresentado:

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4.3.1 - Brigada Anfíbia (BAnf)

ADSUMUS PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS - ADSUMUS PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS - ADSUMUS PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS - ADSUMUS
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Uma BAnf possui, basicamente, um dos componentes integrado por dois ou mais elementos de valor Batalhão,
capacidade média de durar na ação por até trinta dias, sem reabastecimento. A BAnf em que o EsfPcp é exercido pelo
CCT possui efetivo aproximado de sete mil militares.
Possui capacidade integral para o desenvolvimento de operações continuadas de qualquer natureza, demandando
esforço adicional de mobilização para seu deslocamento e ressuprimento, se necessário.

4.3.2 - Unidade Anfíbia (UAnf)


Uma UAnf possui, pelo menos, um dos componentes com valor de Batalhão, capacidade média de durar na ação
por até dez dias, sem reabastecimento, e efetivo aproximado de dois mil militares.
Possui limitada capacidade para o desenvolvimento de operações continuadas em ambientes de elevados graus
de ameaça, podendo ser integralmente transportada em meios navais. É uma Força dimensionada e aprestada para
emprego rápido e, por suas características, constitui importante instrumento para rápida resposta a situações de crises.

4.3.3 - Elemento Anfíbio (ElmAnf)


Um ElmAnf possui componentes com valor, no máximo, de Companhia de Fuzileiros, capacidade média de durar
na ação por até cinco dias, sem reabastecimento, e efetivo aproximado de trezentos militares.
Sua capacidade se restringe às tarefas específicas e limitadas, normalmente, de pequena duração, podendo ser
integralmente transportado em meios navais ou aerotransportado. É uma Força dimensionada e aprestada para emprego
rápido e importante instrumento para rápida resposta a situações de crises, a exemplo da UAnf.

4.8 - OS GptOpFuzNav E A GUERRA DE MANOBRA


Conforme já mencionado, a Guerra de Manobra é naturalmente apropriada quando uma Força tiver que
iniciar um combate em condições desfavoráveis ao emprego do Princípio da Massa ou em frentes muito amplas
que impeçam a concentração de seu PCmb, como é o caso das OpAnf, sendo igualmente apropriada para o
emprego de Força em ambientes de ameaças incertas, que exijam iniciativa e rapidez de decisão.
O conceito organizacional de GptOpFuzNav, adotado para o emprego de Forças de Fuzileiros Navais,
adapta-se com facilidade ao estilo da Guerra de Manobra, pois sua versatilidade, flexibilidade e modularidade
possibilitam regular a combinação de esforços de forma rápida e eficiente.
Além dos aspectos supramencionados, as tendências a menores perdas e danos colaterais indesejáveis,
aliadas à possibilidade de os GptOpFuzNav responderem a um maior espectro de situações de emprego da Força,
fazem com que o estilo da Guerra de Manobra seja o mais apropriado ao emprego dos GptOpFuzNav.

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NAVAIS
CGCFN-401
OPERAÇÕES

(1ª Edição – 17 de junho de 2020 – referência “d”)


MILITARES EM
6 - MANUAL DE

DOS FUZILEIROS
AMBIENTE URBANO
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MANUAL DE OPERAÇÕES MILITARES EM

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AMBIENTE URBANO DOS FUZILEIROS NAVAIS


CAPÍTULO 1
GENERALIDADES

1.1 - INTRODUÇÃO
Devido ao crescente processo de urbanização, será cada vez mais frequente o emprego de forças militares em
epicentros político, econômico, social e cultural em todo o mundo. A realidade é que muitas das operações militares,
se não todas, serão conduzidas em arredores ou no interior de áreas urbanas. O controle de grandes áreas urbanas
será crítico, nos futuros conflitos, para a consecução dos objetivos táticos, operacionais e estratégicos.
Tornam-se cada vez mais constantes as interferências políticas e sociais nesse tipo de confronto, havendo assim
necessidade de considerar os efeitos junto à população. Atualmente conflitos internacionais são acompanhados de
perto pela imprensa. Isso faz com que seja necessário levarmos em conta a necessidade da criação de equipes
específicas para trabalharem junto à mídia em busca de resultados positivos. Estas equipes deverão ser
multidisciplinares formadas por analistas de informações, especialistas em propaganda, especialistas em marketing,
especialistas em jornalismo, em mídia eletrônica, em redes, em digitalização de imagens, em internet, relações
públicas, etc., agindo desta forma será possível explorar ao máximo os efeitos do conflito junto à opinião publica
internacional.
Dentre às principais dificuldades encontradas nesse ambiente operacional, está a possibilidade de um grande
número de baixas junto à população civil, significativa destruição da estrutura urbana, participação de considerável
efetivo de militares empenhados, isto tudo aliado às dificuldades de coordenação e controle, pois o terreno
extremamente compartimentado dificulta a observação da tropa como um todo e as grandes estruturas dificultam as
comunicações rádio tornando muito difícil à intervenção no combate por parte do escalão superior.
Desta forma, sempre que possível o combate em área urbana deve ser evitado, tendo em vista o grande impacto
na mídia e o grau de dificuldade de quem ataca. Para tal, as localidades podem ser desbordadas, isoladas ou cercadas
para se evitar a insurgência dos centros urbanos. Porém, por vezes torna-se necessário entrar na localidade, a fim de
conquistar objetivo específico (siderúrgicas, indústrias, hidroelétricas, refinarias, usinas nucleares, aeroportos, portos,
eclusas, etc.) ou pela necessidade de liberar as forças de contenção, ou até mesmo para abater o moral do inimigo.
Com o crescente processo de urbanização nas faixas litorâneas cresce a possibilidade da ocorrência do combate
urbano. Diante desta realidade, torna-se necessário o desenvolvimento de uma doutrina para os GptOpFN, bem como
o aprimoramento da instrução e adestramento específico para esse tipo de combate.
O combate em área urbanizada apregoa o planejamento centralizado e execução descentralizada, isto implica
num treinamento voltado para desenvolver a iniciativa individual e o trabalho em pequenas frações, rapidez,
agressividade, coordenação e controle das ações, além de cuidados de sincronização no uso dos meios disponíveis. As
técnicas e táticas individuais de combate aliado ao uso correto da iniciativa influenciam sobremaneira no
desenvolvimento do combate. Nenhum tipo de confronto depende tanto do desempenho individual do combatente
quanto o combate em área urbanizada.
Enquanto o atacante deve buscar rapidez, agressividade, eficiência nas comunicações, apoio de fogo,
coordenação e controle; o defensor deve buscar uma excelente preparação da posição (auxiliada pelos meios de
engenharia disponíveis), muita mobilidade para dificultar a concentração dos fogos inimigos, o conhecimento da
área, a localização dos comandantes de fração da tropa oponente e sua anulação por parte dos peritos atiradores.
Para conseguir-se êxito será necessária a conscientização do valor insuperável das informações, pois o
conhecimento cada vez mais será fator de decisão. A aceleração das mudanças e a velocidade dos eventos, premidos
pela exigüidade dos prazos de decisão e ao conseqüente redução dos níveis decisórios nos obrigará a uma maior
qualificação dos comandantes nos níveis mais baixos. Deve ser levada em conta cada vez mais a necessidade de um
sistema de vigilância e informações sobre o inimigo em tempo real, os movimentos migratórios da população local, a
situação da infra-estrutura urbana, as restrições à manobra impostas pelo ambiente operacional, o risco no emprego

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dos blindados, a necessidade de mobilidade tática de alta velocidade, às restrições ao apoio de fogo e a necessidade

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do uso de munição inteligente. Desta forma, com o desenvolvimento de dispositivos cada vez mais sofisticados, a
necessidade de informações mais rápidas e precisas nos leva a adotar uma estrutura organizacional mais flexível, onde
as decisões sejam tomadas de forma tempestiva na origem do problema. Para tal descentraliza-se o poder decisório.
Surge então a valorização do elemento humano na condução do combate.
As características do ambiente operacional urbano fazem com que ele imponha algumas restrições na utilização
de determinados equipamentos, restringindo assim algumas vantagens táticas advindas de um nível tecnológico
superior por parte de um dos contendores. A assimetria do combate urbano, aliada à pequena distância entre as
tropas restringe o apoio de fogo, não só por parte da artilharia como também do apoio aéreo. Ficam restritas as
comunicações terrestres, devido às estruturas das edificações, os blindados têm seus movimentos restringidos em
face da canalização gerada pelas ruas, obstáculos, escombros, etc. e os helicópteros ficam vulneráveis, em virtude da
existência de armas terra-ar portáteis nos andares superiores e terraços das edificações.
Fica evidenciado neste tipo de ação militar o valor dos sistemas de inteligência e informação sendo
extremamente necessário a valorização do sistema: comando e controle (C²). O sistema de combate urbano deve
considerar ao máximo o uso do C² de forma integrada, com a robótica, de veículos aéreos não-tripulados, de sensores,
de sistemas que apresentem grande mobilidade tática, de apoio médico especializado para fazer face à ameaça QBN
(químicos, biológicos e nucleares), de munição inteligente e sobretudo da valorização do elemento humano.
O adestramento deve ser redirecionado de forma a dar maior enfoque às operações combinadas de grande
vulto, à reprodução do terreno urbano para treinamento, à construção de centros de treinamento virtuais e,
sobretudo, ao aperfeiçoamento do sistema C² para este tipo de operação.

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CAPÍTULO 5

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AÇÕES EM ÁREAS URBANAS


5.5 - AÇÕES OFENSIVAS EM ÁREA URBANA
O combate urbano prolongado é o mais complexo dos tipos de combate em área urbana.As ações podem ser
empreendidas contra forças com níveis de adestramento que variam de forças de exército regulares a grupos de civis
sem treinamento.
O grau de aceitabilidade para desencadeamento das ações deve ser cuidadosamente avaliado, pelo fato de até
mesmo forças irregulares serem capazes de infligir perdas significativas em uma força atacante.
As tarefas do combate urbano prolongado são:
1. Conquistar uma cidade;
2. Manter uma cidade após sua conquista; e
3. Destruir forças inimigas que estejam utilizando uma cidade como abrigo.
5.5.1 - Fases
As ações em áreas urbanas dividem-se em três fases: isolamento, avanço e limpeza. Devem ser respeitadas suas
peculiaridades, principalmente, em relação ao poder de combate, apoios e conduta específica no desenvolvimento
das ações.
a) Isolamento
Consiste em isolar a localidade e apoiar pelo fogo a progressão até a orla da localidade.
Seu desenvolvimento caracteriza-se pelo controle do perímetro externo da área urbana, por meio de
combinação da conquista e manutenção de acidentes capitais externos a localidade; pelo desencadeamento de fogos
de interdição, visando impedir que o inimigo concretize o reforço com novos meios ou suprimentos logísticos; pela
ocupação de postos de observação (PO); pelo emprego de patrulhas; emboscadas e pela utilização de lançamentos de
obstáculos interferindo diretamente na mobilidade inimiga.
Quando bem sucedido o isolamento, impede ou dificulta o movimento do inimigo para o exterior ou
interior da área de interesse, contribui para a segurança evitando mudanças súbitas e desfavoráveis do poder relativo
de combate possibilitando que o inimigo possa ser destruído por partes.
A escolha da linha de ação a ser adotada como decisão deve atentar para os seguintes aspectos:
• - seleção dos objetivos adequados ao isolamento;
• - definição da direção de ataque das peças de manobra; e
• - concentração de meios para o ataque principal.
Desta forma, os acidentes capitais que dominam as vias terrestres ou fluviais,quando marcados como
objetivos, durante a fase do isolamento, devem ser conquistados, consolidados e mantidos temporariamente,
isolando a área de interesse e garantindo a força atacante um poder relativo de combate extremamente favorável, no
momento e local onde vão executar ações decisivas.
Semelhante ao terreno em que se desenvolvem operações convencionais, a direção de ataque deve ser
escolhida levando-se em consideração à distância a ser percorrida e o terreno que facilita a progressão da tropa, bem
como seus apoios.
O ataque principal deve sempre incidir sobre acidentes capitais que apóiam a abordagem da localidade e
o prosseguimento para o interior em melhores condições. Seu poder de combate traz as mesmas considerações das
operações ofensivas convencionais. Nesta fase, poderão ser desencadeados fogos indiretos sobre alvos selecionados,
a fim de apoiar a conquista de objetivos isolados.
As armas automáticas e armas anticarro também apoiarão a conquista desses objetivos. Os blindados
proverão apoio e proteção às peças de manobra encarregadas do isolamento.
As ações realizadas na fase do isolamento, quando atender ao princípio da surpresa e convenientemente
sincronizada com as outras fases, representará para o inimigo a quebra de seu planejamento dificultando a condução
de suas ações subseqüentes.

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No isolamento, raramente as frações dispõem de tempo, mão-de-obra, material, transporte ou

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equipamento em quantidade suficiente para construir os obstáculos necessários. Por isto uma ordem de prioridade
deverá ser estabelecida, geralmente, em função da contribuição que um determinado obstáculo pode dar ao
cumprimento da missão da força atacante, com os esforços iniciais dirigidos para os obstáculos destinados à proteção
de um flanco vulnerável e ao bloqueio de prováveis vias de acesso, ou para impedir que o inimigo tenha acesso aos
acidentes capitais do terreno.
b) Avanço
A fase do avanço caracteriza-se pela eliminação ou redução da observação terrestre e dos tiros diretos do
defensor sobre as vias de acesso que chegam à localidade. Nessa fase, também as armas de apoio e a reserva cerram
à frente ocupando posições, que possibilitem a futura progressão no interior da localidade, a ser conduzida na fase
seguinte.
Para o desenvolvimento das ações devem ser considerados os seguintes fatores:
1. - conquista da orla anterior;
2. - surpresa;
3. - simplicidade;
4. - segurança;
5. - posições para armas de tiro direto fora da área edificada;
6. - frentes das unidades de primeiro escalão; e
7. - constituição da reserva.
A segurança está relacionada, principalmente, à conquista de objetivos iniciais situados na orla da área
edificada, que possuem comandamento das vias de acesso. Sua conquista proporciona segurança às peças de
manobra.
Além da conquista desses objetivos podemos citar, também, como tarefas específicas a serem realizadas
na fase do avanço:
• - segurança de vias de acesso, que pode ser feita por meio de patrulhas, postos de controle ou postos
de vigilância; e
• - estabelecimento de perímetro defensivo, que pode ser feito por meio de lançamentos de obstáculos,
lançamentos de campos de minas, agravamento de obstáculos, pontos de vigilância, patrulhas e
preparo de pontos de resistência.
Quanto à coordenação, a marcação de objetivos diz respeito às regiões que imponham mudança de
dispositivo, direção e ritmo da operação, bem como às necessidades do comandante em coordenar as posições das
peças de manobra com as possibilidades e necessidade do apoio de fogo (segurança da tropa no ataque), reservas e
apoio logístico. Os objetivos, exclusivamente de coordenação, podem ser substituídos por linhas de controle (redução
do tempo de parada e da concentração de tropa). Desta forma, o escalão superior assegura o controle das operações.
Esse procedimento evita a desorganização entre as tropas de primeiro escalão o que poderia comprometer o apoio
de fogo e também causar uma perda de controle do escalão superior.
Apesar de não existir uma obrigatoriedade acerca do número e distância entre as linhas de controle, alguns
aspectos devem ser levados em conta para sua marcação. A profundidade da zona de ação pode comprometer as
comunicações e a diferença de densidade de edificações entre as zonas de ação vizinhas que pode influenciar
diretamente na velocidade de progressão, bem como o desalinhamento dos objetivos iniciais da orla anterior, também
influenciam na coordenação e controle.
Os limites entre as peças de manobra devem ser marcados até o escalão pelotão, podendo passar por um
dos lados das ruas longitudinais ou por dentro de quarteirões e quintais. Ambos os lados da rua devem permanecer
na zona de ação de uma mesma peça de manobra.
A fim de neutralizar as vantagens do defensor quanto a observação, campos de tiro e abrigos, a progressão
para a orla da cidade poderá ser realizada sob a proteção de fogos de. Empregam-se fumígenos com freqüência, seja
para cegar observatórios, seja para encobrir movimentos em terreno descoberto.

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Os blindados, na fase da conquista de uma área de apoio na orla da localidade, devem bater pelo fogo os

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prédios ou posições na orla anterior da localidade, além de apoiar a conquista de objetivos com baixa densidade de
áreas construídas. Devem realizar suas progressões somente após a tropa fazer a limpeza das edificações e manter
uma distância das mesmas, suficiente para se manterem fora do alcance do armamento anticarro inimigo.
Nesta fase, os morteiros realizam concentrações sobre áreas edificadas e vias de acesso, apoiando a
conquista dos objetivos iniciais. Enquanto isto, as armas automáticas auxiliam diretamente na conquista de objetivos
como base de fogos, juntamente com as armas anticarro. Os PO devem ser mantidos a fim de propiciarem o alerta
oportuno e condução de fogos.
A reserva receberá a missões de acordo com a evolução das ações.
Após a conquista da área de apoio, na orla, o escalão de ataque deve ser reorganizado de modo a permitir
o reajustamento do dispositivo das pequenas frações, particularmente no nível pelotão.
c) Limpeza
A fase da limpeza consiste na progressão no interior e conquista da localidade propriamente dita por meio
da progressão sistemática casa a casa, quarteirão a quarteirão, através da área edificada. Para desenvolvimento das
ações, esta fase, requer características específicas, tais como: flexibilidade organizacional e dos meios de
comunicações; autonomia para as pequenas frações; rapidez e agressividade; grande coordenação e controle das
ações; e cuidados de sincronização no uso dos meios disponíveis.
O uso de túneis, bueiros, sótãos, porões e lajes de grandes edificações, conferem a este tipo de combate
uma característica tridimensional, fazendo com que as tropas não se preocupem somente com o inimigo que se
encontra a sua frente, mas também, com aquele ao seu redor ou em partes mais elevadas ou subterrâneas. Os
inúmeros combates de encontros geram inúmeras baixas de difícil evacuação.
Os objetivos na orla posterior servem para o reajustamento, remanejamento e reconhecimento para o
prosseguimento das operações.
No interior da localidade três tipos de objetivos são marcados:
- segurança;
- coordenação; e
- limpeza.
Os objetivos de segurança são aqueles que possuem comandamento sobre as vias de acesso ou que
incidem sobre seu respectivo flanco. Já os objetivos de coordenação possibilitam a sincronização das peças de
manobra, podendo ser substituídos por linhas de controle. Normalmente, os objetivos de limpeza são instalações cuja
manutenção torna-se importante para o sucesso das ações.
O ataque principal é realizado na região que melhor caracterize a limpeza da localidade. Normalmente esta
região apresenta quarteirões mais no interior da localidade, maior densidade de construções e, também, as
construções mais dominantes. Além disso, é a região que possibilita as melhores condições de prosseguimento nas
operações, dominância das vias de acesso e proximidade dos objetivos de limpeza.
A delimitação das frentes a serem distribuídas, é um fator importante na hora do planejamento,
particularmente, na distribuição dos meios e do poder de combate. Deve-se levar em consideração o valor do inimigo,
as dimensões das edificações, a densidade da zona de ação e a resistência esperada. Geralmente, as amplitudes das
frentes normalmente distribuídas são as seguintes: três ou quatro quarteirões por batalhão, dois quarteirões por Cia,
e um quarteirão por pelotão. Estas frentes são aplicáveis às localidades fortemente defendidas, em planejamentos
baseados em cartas e plantas ou quando se dispõe de poucas informações sobre a localidade e o dispositivo inimigo.
Os limites entre as peças de manobra devem ser estabelecidos até o escalão pelotão.
Numa região urbanizada, fortemente defendida, os elementos da vanguarda procederão a limpeza à
medida que avançam. Cada construção situada na zona que lhes é designada deve ser completamente vasculhada.
Esta ação protege os elementos mais avançados de ataques surpresa contra sua retaguarda, assegura suas linhas de
comunicações e evita que as unidades de apoio e reserva sejam empenhadas nessa operação de limpeza, o que
restringiria o seu emprego imediato em outras missões.

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Quando uma região urbanizada é fracamente defendida, é preferível que os elementos da vanguarda

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avancem rapidamente para capturar as instalações vitais. Nessa situação, as unidades de apoio e reserva tomam a
seu cargo as missões de limpeza das áreas que tenham sido ultrapassadas ou limpas sumariamente pelas unidades da
vanguarda. Há necessidade de uma estreita coordenação entre as unidades da vanguarda e as unidades encarregadas
da limpeza, para evitar que elas entrem em confronto em conseqüência de enganos na identificação.
No interior da região devem ser usadas linhas de controle com a finalidade de assegurar o controle das
operações por parte do escalão superior, além de proporcionar a este o conhecimento do posicionamento de suas
forças. As linhas de controle evitam que haja uma descoordenação da posição das tropas de primeiro escalão,
quebrando assim a linearidade e facilitando a intervenção do escalão superior por meio da artilharia ou apoio aéreo.
As armas automáticas são empregadas na execução de fogos rasantes nas vias de acesso prováveis,
estabelecendo faixas de fogos ou zonas de matança, com a finalidade de impedir sua utilização pelo inimigo que for
expulso dos prédios. Os lança-chamas podem ser empregados, tanto portáteis como conduzidos em carros, por
unidades em 1º escalão. São particularmente úteis na destruição do inimigo abrigado em porões, esgotos,
subterrâneos ou casamatas. Também serão empregados na redução de barricadas nas ruas. O seu uso deve ser restrito
ao necessário, considerando a possibilidade da proliferação de incêndios.
As pequenas distâncias de combate requerem designações bem precisas dos alvos e restringem o emprego
da artilharia, acarretando um maior emprego de morteiros para suprir esta necessidade; tendo em vista seu menor
alcance, menor raio de ação da granada e a maior mobilidade, em virtude do seu peso reduzido.
Os helicópteros encontram largo emprego, sendo tanto utilizado para evacuações aeromóveis, como para
desalojar franco-atirador por meio da realização de tiro embarcado, ou para condução do apoio de fogo.
As frações de engenharia normalmente, são utilizadas em apoio ao conjunto. São muito úteis na remoção
de minas e armadilhas, destroços, lançamentos de obstáculos, barreiras e demolições previamente planejadas.
Os blindados recebem uma zona de ação secundária onde o inimigo é fraco e possui baixa densidade de
edificações, devido à diminuição de pessoal para ser empregado fazendo limpeza nas edificações. Nesta fase, os
blindados buscam destruir os alvos que não foram batidos pela artilharia.
As comunicações, nesta fase, são fortemente influenciadas pelo ambiente operacional em que as grandes
construções interferem no rendimento do equipamento rádio. Portanto, cresce assim de importância o uso de outros
meios de comunicações, tais como: visuais, acústicos, mensageiro e elétricos.
Deverá ser mantida uma reserva forte nas frações menores e uma reserva relativamente fraca, com grande
mobilidade, nos escalões maiores, tendo em vista as dificuldades destes poderem intervir no combate, devido às
dificuldades de comunicações, coordenação, controle e do próprio ambiente operacional.
Considerando a grande disponibilidade de cobertas e abrigos em área urbana, as reservas terão condições
de deslocar-se imediatamente à retaguarda do primeiro escalão, em condições de prontamente intervir no combate.
5.6 - AÇÕES DEFENSIVAS EM ÁREA URBANA
5.6.1 - Características do combate em área urbana
Do ponto de vista da defesa, são características do combate em área urbana:
1. - cada construção ou conjunto de construções é um ponto forte em potencial;
2. - máximo de abrigos e cobertas;
3. - grande número de obstáculos;
4. - observação e campos de tiro reduzidos, limitando-se principalmente às ruas;
5. - as ruas restringem e canalizam os movimentos de viaturas;
6. - aplicação limitada do princípio da massa pelo atacante;
7. - emprego pouco eficaz das armas de apoio pelo atacante;
8. - descentralização do combate; e
9. - facilidade de movimento no interior da posição e de aprofundamento da defesa.

A utilização de uma área urbana na organização de uma defesa depende de fatores tais como o seu tamanho, a
sua localização em relação à posição defensiva geral e a proteção oferecida pelas edificações. Os edifícios de alvenaria
podem ser transformados em posições defensivas bem fortificadas ou em pontos fortes.

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Contudo, a não ser que os edifícios de alvenaria sejam grandes e bem construídos, poderão tornar-se de

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pequeno valor, se o inimigo for capaz de batê-los com fogos de carros de combate a curta e média distância. Uma
região urbana que possa ser facilmente evitada, sem obrigar o inimigo a uma ação frontal ou uma manobra lenta é de
pequeno valor defensivo.
Apoio mútuo, defesa em todas as direções, defesa em profundidade são os princípios que realçam em uma
defesa em área urbana.

5.7 - TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS


No combate urbano, devido às suas características singulares, por vezes, é necessário o emprego de ações que
são revestidas de características especiais onde é explorado conhecimentos ou equipamentos específicos
diferenciados de tropa regular.
Devido às características do combate em ambiente operacional urbano cresce sobremaneira o emprego de
peritos atiradores, uma vez que o movimento é feito de forma extremamente canalizado e direcionado.
Os peritos atiradores são normalmente empregados nas operações ofensivas para:
1) - estabelecer e manter contato com o inimigo;
2) - negar a observação e a liberdade de movimento ao inimigo;
3) - realizar fogos precisos em apoio à tropa;
4) - realizar pedidos e conduzir fogos;
5) - reforçar a segurança e impedir/dificultar a surpresa; e
6) - proteger os flancos.

Os peritos atiradores são melhores empregados nas operações defensivas para prover alerta antecipado da
aproximação, desorganizar e, se possível, forçar o inimigo a adotar uma formação de combate e a desdobrar-se
prematuramente o que redundará no retardo de sua progressão. Podem ser empregados, ainda, para:
1) - detectar e destruir elementos infiltrados;
2) - proteger patrulhas contra emboscadas;
3) - prover segurança de flancos e retaguarda de posições defensivas;
4) - infligir baixas e retardar o avanço inimigo;
5) - conduzir fogos;
6) - eliminar alvos selecionados; e
7) - negar ao inimigo o acesso a áreas ou vias de acesso.

O armamento mais adequado para ser utilizado em área urbana é do tipo semiautomático, haja vista que a
distância de engajamento, variedade e fugacidade dos alvos, advindas deste tipo de combate são necessárias
respostas rápidas por parte dos atiradores. As constantes mudanças de posição expõem os peritos atiradores em
travessias de ruas e avenidas, sendo importante nestes momentos críticos, o tiro rápido. O armamento a ser utilizado
deve apresentar uma precisão compatível com a tarefa atribuída.
No combate urbano cresce de importância, também, o uso de armamento (ou munição) com precisão e com
maior poder de destruição, que pode ser utilizado principalmente contra viaturas blindadas, carros de combate,
posições fortificadas, para destruir transformadores, geradores, estações retransmissoras, contra PC, para neutralizar
equipamentos de guerra eletrônica e até mesmo contra aeronaves, em particular as de asa rotativa. Desta forma, o
uso em conjunto de armas anticarro e armas terra-ar portáteis flexibilizam o emprego de peritos atiradores, já que na
maioria das vezes a sua posição de tiro permite o uso de todas estas armas.
Os supressores de ruídos, aliados ao uso de munições subsônicas, devem ter seu uso restrito e de forma
criteriosa, uma vez que diminui bastante a energia a ser transmitida pela munição, devido à diminuição de energia
cinética. Contudo, o supressor de ruídos dificulta a localização dos atiradores, quer pela diminuição do som ou pela
diminuição do clarão na boca da arma, principalmente à noite. No entanto, o supressor de ruído encurta muito o
alcance útil da arma.
O perito atirador deve levar consigo material específico para operar em área urbana. Para isto, ele deve buscar
ao máximo a dissimulação de seu material, quer pelo tipo de camuflagem que deve ser adequada ou pela preocupação
de dissimular o armamento pela quebra do contorno. Além disso, é de suma importância o material de comunicações,
tais como rádios, painéis de sinalização, “strobelights”, espelhos de sinalização, granadas fumígenas, “flashlight” e
bastões de sinalização. O material de sinalização é extremamente útil, possibilita a comunicação com elementos
infiltrados, equipes de resgate, equipes de suprimento ou de ressuprimento e outros elementos de apoio, além do
fumígeno que serve tanto para sinalização quanto para cobrir a evasão.

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A instrução das equipes de peritos atiradores deve levar em conta a dificuldade deste ambiente operacional

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para progredir, desta forma, o treinamento deve dar ênfase ao avanço por lances, principalmente no que tange ao
cuidado na escolha das cobertas e abrigos. Deve sempre procurar explorar ao máximo o apoio mútuo entre as equipes
e a segurança na progressão, por meio da execução de base de fogos para apoiar os lances sucessivos.
Em ambiente operacional urbano a maioria dos movimentos é feita em períodos de escuridão, tendo em vista
as curtas distâncias de engajamento e movimento canalizado que propicia a amarração das armas de apoio em pontos
de passagem obrigatórios. As luzes da cidade e holofotes podem comprometer o deslocamento das equipes. Quando
houver luar deve-se buscar progredir pela sombra evitando situações que gerem silhueta. A arma deve ficar o mais
próximo do corpo e o mais perpendicular possível do chão para que a silhueta da arma não seja projetada.
É desejável, também, um conhecimento razoável de explosivos por parte das equipes de peritos atiradores, haja
vista que o uso de cargas já preparadas facilita a abertura de portas ou brechas em paredes na hora da fuga ou
abordagem de edificações.
Outro problema a ser considerado pelos atiradores que operam em ambiente operacional urbano é a
possibilidade de ter sua posição denunciada pelo clarão que é produzido no interior dos cômodos das edificações
quando são realizados disparos em seu interior ou, até mesmo, quando estes estão sobre as lajes ou em terraços.
Os peritos atiradores devem saber exatamente a posição da tropa amiga, tendo em vista a dificuldade de
identificação à noite. Além disso, devem buscar ao máximo a adequabilidade em sua camuflagem. Para tal deve levar
em consideração as horas de luminosidade e as construções à sua volta, por vezes sendo necessária a troca de
uniforme mais de uma vez numa mesma operação.
Outro fator a ser levado em consideração é a utilização de contra-atiradores, para que se tenha êxito na busca
e eliminação dos peritos atiradores inimigos. O primeiro cuidado é adestrar a tropa a perceber a atuação de atiradores
inimigos por meio dos seguintes indícios:
1) - observação de fuzis especiais na área;
2) - descoberta de focos de resistência inimiga, geralmente isolada e nos últimos andares ou a grandes
alturas;
3) - descoberta de pequenos grupos de dois a quatro homens agindo isoladamente;
4) - tiros disparados de posições isoladas a mais de 400m;
5) - vários mortos ou feridos por tiros vindos de uma mesma posição;
6) - grande número de líderes baleados, demonstrando o uso do tiro seletivo;
7) - grande número de mortos por tiro na cabeça advindo de posição de tiro distante; e
8) - execução de tiros contra alvos expostos por poucos segundos.

No tiro de contra-atiradores pode-se refazer a trajetória do tiro de peritos atiradores inimigos por meio de
azimute a ré, quer pela observação da fumaça ou pelo fogo que sai da boca do cano, por meio da observação por
buracos feitos em paredes ou pilares de madeira. Outra forma, é a colocação de bonecos ou capacetes erguidos por
hastes, rapidamente, em diferentes locais para forçar a atuação do perito atirador inimigo para que denuncie
prematuramente a sua posição.
A melhor forma de se precaver contra o tiro de atiradores inimigos é solicitar apoio de fogo sobre possíveis
posições, tais como: terraços, torres, os andares mais altos de prédios destacados, postos de observações, etc. O ideal
é que sejam realizados constantes adestramentos, entre equipes de atiradores e grupamentos específicos, para se
adestrar as formas de se manobrar contra uma posição de peritos atiradores inimigos, constituindo assim, uma equipe
de contra-atiradores.

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CAPÍTULO 8
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OUTRAS CONSIDERAÇÕES
8.1 - ENSINAMENTOS ADQUIRIDOS
Analisando as diversas ações conduzidas em ambiente urbano verificamos os seguintes ensinamentos:
1. - no combate em áreas urbanas, o estudo dos aspectos militares do terreno (observação e campo de tiro;
cobertas e abrigos; obstáculos; acidentes capitais e vias de acesso) é bastante complexo e dinâmico;
2. - apesar de ser um típico combate do componente de infantaria, o apoio cerrado de outras armas e serviços
é fundamental para o êxito das operações;
3. - uma doutrina específica para o combate em área urbana é de vital importância, quando do emprego
descentralizado das pequenas frações, a observação do princípio do apoio mútuo, a utilização
equipamentos/armamentos adequados a cada tipo de operação;
4. - uma maneira de forçar o defensor, bem abrigado, à rendição é destruir seus serviços básicos, cortando-
lhe os suprimentos, quer pelo cerco geral, quer por ações rápidas contra sua linha de abastecimento;
5. - para minimizar a vantagem do conhecimento do terreno por parte do defensor, as tropas atacantes
devem buscar treinar em terrenos semelhantes ao que irão combater, principalmente em termos de
conformação, densidade, tipos de edificações, área construídas e resistência das edificações;
6. - necessidade do uso criterioso do apoio de fogo a fim de evitar danos desnecessários à estrutura urbana e
escombros em excesso, causados pelo uso de munição inadequada ou emprego exagerado dos fogos,
comprometendo a progressão, principalmente o movimento dos blindados;
7. - o emprego das “operações pontuais”, lança possíveis soluções para forçar o inimigo à rendição, ao destruir
seus pontos sensíveis não só na área urbana como também no terreno adjacente;
8. - deve-se buscar o revezamento entre as equipes encarregadas de fazer o vasculhamento das edificações
devido ao alto grau de tensão ao qual são submetidos os militares no desenvolvimento das ações;
9. - a grande importância que é conferida aos peritos atiradores quando atuam no cenário
10. - necessidade de ocupar as edificações mais altas, o mais rápido possível, para possibilitar comandamento
das ações, postos de observação e posições de peritos atiradores;
11.- antes de iniciar o deslocamento, para diminuir os riscos durante a progressão, devem ser verificados os
possíveis abrigos e cobertas;
12.- o defensor deve buscar durante todo tempo quebrar a linearidade do combate buscando encurtar ao
máximo à distância em relação ao inimigo, a fim de privá-lo do uso de algumas vantagens táticas e técnicas,
esta não-linearidade impede ou dificulta, ao atacante, utilizar o apoio de fogo aproximado;
13.- o defensor deve fazer pleno uso da engenharia, incluindo barricadas, e campos de minas anticarro (para
proteger o ponto forte e canalizar o inimigo), bem como posições fortificadas e rotas preparadas para
retirada (como túneis e passagens subterrâneas);
14.- na defensiva a busca de ações ofensivas tais como incursões e golpes-de-mão contra o inimigo podem ser
tão importantes como a defesa do próprio ponto forte;
15.- na defensiva deve ser explorada ao máximo a mobilidade, dificultando assim a concentração de fogos de
apoio; e
16.- coordenar as atividades com órgãos governamentais, ONG, organizações internacionais e outras
instituições, tais como: polícias civis, militares e federais, elementos de defesa civil, órgãos de imprensa e
propaganda, corpo de bombeiro.

8.2 - REGRAS DE COMPORTAMENTO E ENGAJAMENTO


Operações militares em área urbana podem resultar em situações complexas, tais como necessidade de
proteger sistemas essenciais para cidade ou localidade contra ações de vandalismo ou saques, respeito aos cultos
religiosos, combate a qualquer forma de abuso a mulheres e crianças, etc.
Assim, diretrizes concretas e específicas de conduta operativa deverão estabelecer o grau de intensidade e as
modalidades de emprego autorizado da força, com a garantia do controle preciso da área de execução, conhecidas
como Regras de Comportamento Operativo (REC).

8.2.1 – Orientações para o emprego das REC


Quando da ocorrência de um ato hostil, fazer uso da força proporcional, inclusive emprego de armas, em
autodefesa, com os meios necessário para intimidar ou neutralizar o potencial agressor ou, se necessário, em última
instância destruir a ameaça.

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a) Princípios de aplicação da força em autodefesa

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1) - necessidade - mediante a ocorrência de um ato hostil; e


2) - proporcionalidade - a força a ser empregada deve ser suficiente em intensidade, duração e
magnitude, baseado nos fatos conhecidos na ocasião pelo comandante, para decisivamente conter o
ato hostil, garantindo a condição de segurança da unidade.

b) Intenção hostil
Está vetado o emprego do instrumento de autodefesa, somente devendo ser utilizado com autorização
expressa dos escalões superiores.

c) Orientação para ações e meios de autodefesa


1) - Tentar controlar a situação sem o uso da força – o uso da força é normalmente o último recurso.
Quando tempo e circunstâncias permitirem, a força potencialmente hostil deve ser advertida, dando-
lhe oportunidade de se retirar ou cessar as ações ameaçadoras.
2) - Uso de força proporcional para controlar a situação - ao empregar a força em autodefesa, a natureza,
duração e método de engajamento não devem exceder o necessário para se opor decisivamente ao
ato hostil, garantindo a segurança das unidades.
3) - Ataque para neutralizar ou destruir – um ataque para neutralizar ou destruir uma força hostil é
autorizado quando tal ação for o único meio seguro para prevenir ou impedir que um ato hostil seja
executado. Quando tais condições existirem, o engajamento deve ser no momento em que a força
hostil deixar de representar uma ameaça.

As regras de Engajamento (RE), são diretrizes que dizem respeito à preparação e a forma de condução
tática dos combates e engajamentos, descrevendo ações individuais e coletivas, incluindo ações defensivas e de pronta
resposta.
Devem ser estabelecidas nos diversos escalões e serem compreensíveis, executáveis, compatíveis com a
capacidade de combate das tropas envolvidas e, principalmente, os comandantes devem se assegurar que seus
subordinados compreenderam e que cumprirão estritamente o que está estabelecido nas regras.
Normalmente medidas de controle são adicionadas às regras de comportamento/engajamento,
principalmente para afiançar maior segurança e bem estar à população civil. As principais medidas de controle são:
1. - toque de recolher – utilizado em ações defensivas, nunca ser instituído como medida de punição,
visa à manutenção da segurança populacional e o maior controle do tráfego militar;
2. - evacuação de não combatentes – representa o estabelecimento do grau de segurança máxima
prestado à população, devido sua complexidade e do baixo grau de aceitação, por parte da população.
É planejado em casos de extremo comprometimento com a segurança; e
3. - prestação de serviços – o emprego de civis em combate, no desenvolvimento de trabalhos forçados
é proibido em legislação específica, contudo passa a ser autorizada a utilização de serviços prestado
por civis, não envolvendo perigo físico e em benefício da manutenção de empresas ou serviços de
utilidade pública.

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CGCFN - 1-8
(1ª revisão – 09 de junho de 2009 – referência “b”)
7 - MANUAL DE

OPERATIVOS DE
DOS GRUPAMENTOS
OPERAÇÕES DE PAZ

FUZILEIROS NAVAIS
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MANUAL DE OPERAÇÕES DE PAZ DOS

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GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS


CAPÍTULO 2
AS OPERAÇÕES DE PAZ, SUA ESTRUTURA E TIPIFICAÇÃO.
2.1 - CONCEITO
Uma OpPaz é definida como a presença da ONU ou outro organismo por ela autorizado, integrando
componentes civis e militares, em uma área ou região de conflito, com o objetivo de implementar ou monitorar a
aplicação de resoluções e acordos relativos ao controle do conflito, ou para prover e assegurar a distribuição de ajuda
humanitária.
Assim, por definição, uma OpPaz visa, essencialmente, a preservação, contenção, à moderação e ao fim das
hostilidades entre ou dentro de Estados, bem como cooperar com o esforço da região ou país afetado na busca da
reestruturação política, econômica e social, por meio de uma intervenção pacífica de uma terceira parte organizada e
dirigida internacionalmente, empregando, para tal, forças multinacionais militares, forças policiais e elementos civis.
Para efeito de padronização, quando se referir de maneira genérica ao processo de promoção da paz, esta
publicação utilizará a denominação OpPaz. Para uma estrutura militar constituída para a execução de uma OpPaz, será
utilizada a denominação genérica Força de Paz (ForPaz). E para uma ForPaz especificamente constituída para
solucionar uma crise em determinada região, será utilizado o título Missão, ao qual serão acrescidos complementos,
conforme apresentado a seguir.
2.2 - DENOMINAÇÃO E ESTRUTURA DE UMA OPERAÇÃO DE PAZ
2.2.1 - Denominação
A organização, como um todo, será denominada “Missão” (Mission), cujo nome fará menção à ONU, podendo
explicitar o tipo ou forma de instrumento a ser empregado para o gerenciamento da crise e o nome do país ou região
onde se realizará. O nome da missão poderá estar em uma das seguintes línguas, dentre as dez mais faladas no mundo
- árabe, espanhol, francês, inglês, mandarim ou russo. As missões abaixo constituem exemplos:
- UNAVEM – United Nations Angola Verification Mission;
- UNAMIR – United Nations Assistance Mission for Rwanda;
- UNPROFOR – United Nations Protection Force; e
- MINUSTAH – Mission des Nations Unies pour la Stabilization en Haiti.

2.2.2 - Composição
As OpPaz no período da Guerra-Fria – ditas de primeira geração - eram de estrutura predominantemente militar.
Seu componente civil era essencialmente voltado para o apoio administrativo às ações militares. Com o término
daquele período, constatou-se que o emprego de forças militares não era suficiente para solucionar as inúmeras crises
que pás saram a eclodir, exigindo a atuação da ONU também nos campos político, econômico, jurídico e social. Desta
forma, as OpPaz passaram a ser, predominantemente, de natureza política, exigindo uma estrutura multifuncional.
Atualmente, dependendo da situação na área em crise, uma OpPaz será estruturada por todos ou parte dos
seguintes componentes:
- Componente de Assuntos Políticos (Political Affairs Component);
- Componente Militar (Military Component);
- Componente Aéreo (Air Component);
- Componente Marítimo (Maritime Component);
- Grupo de Observadores Militares (Military Observers Group);
- Componente de Polícia Civil (Civilian Police Component);
- Componente de Assuntos Humanitários (Humanitarian Affairs Component);
- Componente de Direitos Humanos (Human Rights Component);
- Componente Eleitoral (Electoral Component); e
- Componente Administrativo Civil (Civilian Administrative Component).

Conforme citado, a estrutura variará de acordo com a situação de cada crise, podendo determinado
componente existir em uma operação ou ser absorvido por outro correlato ou simplesmente inexistir em outra. Além
dos componentes acima elencados é comum que existam também órgãos de assessoria ligados diretamente ao
comando da missão.

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Essa estrutura interage, no exercício de seu mandato, com os diversos segmentos do país anfitrião, com os

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escalões superiores da ONU e com outros parceiros existentes na Área de Operações (Area of Operations – AOp) –
Organizações Não-Governamentais e agências da ONU, dentre outros.
a) O Componente Militar
O Componente Militar é integrado por forças militares de países contribuintes, denominados contingentes.
Esse componente organizar-se-á em setores ou áreas de responsabilidade e terá a seu encargo o desenvolvimento de
compromissos relativos à interposição, separação e retirada de forças em conflito, à verificação de acordos, ao apoio
à desmobilização das forças, à destruição de armas, o desarmamento, a desmobilização de força irregulares –
guerrilheiros, milícias e bandos – e sua reintegração à sociedade, à criação de novas forças armadas e à ajuda
humanitária. Em determinadas OpPaz, tem-se observado a presença dos Componentes Aéreo e Marítimo que, apesar
de sua natureza militar, não integram o Componente Militar, deixando para este um caráter estritamente de força
terrestre. A título de ilustração, esses componentes são empregados em operações e ações típicas dos poderes aéreo
e naval, respectivamente. Contudo, a decisão para o emprego de cada um deles é objeto de cuidadosa avaliação, pois
envolve uma série de fatores, entre os quais, o controle do poder de destruição, a interdição de espaços aéreos e áreas
marítimas e a liberdade para execução de inspeções e apresamento. Poderá contribuir para Manutenção de Ambiente
Seguro, Garantia dos Direitos Humanos e Conquista de Objetivos Políticos.

b) O Grupo de Observadores Militares


O Grupo de Observadores Militares é constituído por oficiais de países contribuintes que cumprem suas
tarefas desarmados, distribuídos em Equipes de Militares Observadores (Military Observers Teams). Suas atividades
básicas compreendem:
- monitorar e verificar a trégua, o acordo de cessar-fogo ou de paz;
- investigar as denúncias de violações nos aspectos anteriormente citados;
- patrulhar, dentro de suas possibilidades, a área da missão;
- elaborar e emitir relatórios sobre os aspectos de sua responsabilidade.
- conduzir inspeções periódicas das partes em conflito;
- monitorar o retorno de refugiados para o interior da área da missão; e
- prover auxílio nas operações de desminagem e de ajuda humanitária.

O Componente Militar é composto por um contingente armado (Peacekeeping Force) ou observadores


militares. No caso de coexistirem contingente armado e observadores, estes atuarão em estreita coordenação e apoio
e o Chefe dos Observadores estará sob controle operacional do Comandante da Força (Force Commander).

c) Contingente Nacional
É a parcela do Poder Militar de um país que participa de uma OpPaz. Um país, em sua opção, poderá prestar
sua contribuição militar com:
- pessoal de emprego individual para funções de comando, estado-maior, observadores militares e
outros;
- unidades de combate, apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate; e
- especialistas para atividades como, por exemplo, treinamento, supervisão e remoção de minas e apoio
na área de saúde.

2.3 - INSTRUMENTOS UTILIZADOS PELA ONU


As características peculiares dos conflitos atuais vêm impondo a adoção de uma ampla gama de instrumentos
para promover a paz e a segurança internacional que, colocados à disposição da comunidade internacional, permitam
evitar o surgimento desses conflitos, solucioná-los de modo duradouro e/ou atenuar suas conseqüências.

2.3.1 - Instrumentos principais


A ONU considera o emprego de alguns instrumentos distintos, porém interrelacionados, que são:
- Diplomacia Preventiva (Preventive Diplomacy);
- Promoção da Paz (Peacemaking);
- Manutenção da Paz (Peacekeeping);
- Imposição da Paz (Peace-enforcement); e
- Consolidação da Paz (Post-conflict Peace-building).

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a) Diplomacia preventiva

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Compreende o conjunto de medidas destinadas a evitar o surgimento ou acirramento de controvérsias


entre duas ou mais partes.
b) Promoção da paz
A Promoção da Paz, por sua vez, é o processo destinado à obtenção de acordos que extingam a
confrontação e possibilitem a solução das motivações que originaram o conflito. Normalmente, esta é desencadeada
por intermédio da diplomacia, de mediações, negociações e de outras formas de acordos políticos.
c) Manutenção da paz
Constitui-se no emprego de pessoal militar, policial e civil para auxiliar na implementação de acordos de
cessação de hostilidades celebrados entre as partes em litígio. É fundamentada nos princípios básicos do
consentimento das partes em litígio, da imparcialidade e do uso mínimo da força.
d) Imposição da paz
Tem caráter coercitivo e engloba as medidas desencadeadas por intermédio do emprego de forças militares
que se destinam a restaurar a paz ou estabelecer condições específicas em uma área de conflito ou tensão, onde as
partes estejam envolvidas em confrontação bélica e, pelo menos, uma delas não esteja de acordo com a intervenção.
O emprego da força está prescrito no Capítulo VII da Carta das Nações e será dirigido contra as partes que insistam na
violação da paz.
e) Consolidação da paz
Consiste em ações posteriores a um conflito interno ou entre Estados. Destina-se a consolidar a paz e evitar
o surgimento de novas controvérsias utilizando-se, como instrumentos, projetos de desenvolvimento político, social
e econômico, bem como o estímulo de medidas de confiança e interação entre as partes até então em conflito. Essas
ações, voltadas basicamente para o desenvolvimento econômico e social do país anfitrião, são empreendidas,
preferencialmente, por outros órgãos das Nações Unidas, mas, dependendo das dificuldades no terreno, podem
requerer a atuação militar.
2.3.2 - Outros instrumentos
Dentre outros instrumentos relacionados ao processo de paz, destacam-se por sua relação ao propósito desta
publicação:
- Emprego Preventivo;
- Implementação de Acordos Amplos; e
- Proteção de Operações Humanitárias.
a) Emprego preventivo
No Emprego Preventivo, a parte militar da operação é desencadeada com a aplicação de medidas
preventivas para evitar confrontações, tais como o estabelecimento de zonas e faixas desmilitarizadas e a interposição
de forças.
Essas medidas são complementadas pelo patrulhamento para fiscalização e pela observação, com a
situação formalizada em relatórios divulgados às partes envolvidas e ao CS. Cabe ressaltar a diferença entre a
diplomacia preventiva propriamente dita (item 2.3.1) e o emprego preventivo de tropas. A diplomacia preventiva seria
uma ação consentida, sem uso da força, enquanto o desdobramento preventivo de tropas seria uma ação consentida,
com uso da força.
b) Implementação de Acordos Amplos
No que diz respeito à Implementação de Acordos Amplos, a ONU pode auxiliar as partes em conflito não
apenas quanto ao cessar-fogo, mas também quanto a outros acertos de caráter militar e a uma grande variedade de
assuntos civis. É importante ressaltar que existem ações de caráter predominantemente civil e outras de caráter
essencialmente militar. Contudo, sendo uma OpPaz, em qualquer de seus estágios, uma operação
predominantemente de natureza política, as ações de caráter civil não podem prescindir da presença e do apoio

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militar, bem como as ações de caráter militar não podem prescindir da presença, do apoio e da supervisão dos

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componentes civis da estrutura de uma missão de paz.


Os aspectos essencialmente militares são os seguintes:
- supervisão do cessar-fogo;
- desarmamento, desmobilização de forças irregulares – guerrilheiros, milícias e bandos - e sua
reintegração à sociedade, atividade esta conhecida na comunidade da ONU como Desarmamento,
Desmobilização e Reintegração (Disarmament, Demobilization and Reintegration - DDR);
- destruição de armamento e munições recolhidos;
- elaboração e implementação de planos para a localização, demarcação, interdição e limpeza de áreas
minadas; e
- proteção ao retorno de refugiados e pessoas deslocadas aos seus locais de origem.
c) Proteção de operações humanitárias
O ambiente peculiar de um conflito bélico submete as agências humanitárias ao desempenho de suas
atividades em condições caóticas, onde a necessidade e o desespero já corroeram a estrutura social, ética, moral e
legal, colocando-as freqüentemente em situações de extremo risco. Essas situações, não raro, são agravadas pelo fato
do atendimento às populações contrapor-se aos objetivos de uma das partes. Assim, torna-se necessário que as ações
de assistência humanitária sejam conduzidas sob a proteção de força militares, o que pode acontecer por meio da
segurança aos comboios daquelas agências, às suas sedes, aos seus depósitos e às suas ações de distribuição da
assistência.
Um outro tipo de instrumento denominado Intervenção Humanitária (Humanitarian Intervention) vem
ganhando espaço em cenários onde existam flagrantes violações dos direitos humanos, tais como o genocídio, o
extermínio ou a segregação racial e religiosa entre outras, praticadas por partes em conflito ou por membros de
regimes absolutistas. Em que pese a sua finalidade, este tipo de instrumento requer especial atenção no que concerne
à sua aplicação, visto que poderá desencadear reação violenta de uma ou mais partes; englobar, em um cenário difuso,
força militar com assistência humanitária; e, devido à sua sensibilidade política, pelo risco de evoluir para uma
Operação de Imposição da Paz (Peace-enforcement Operations).
Os instrumentos anteriormente descritos (exceto a Intervenção Humanitária), também denominados
conceitos básicos, são abordados nas publicações MD34-M-02 – Manual de Operações de Paz e EMA-402 – Operações
de Manutenção da Paz. Contudo, a presente publicação ampliará apenas o que concerne à Manutenção da Paz e à
Imposição da Paz, por ser a aplicação mais provável do Poder Naval Brasileiro dentro desses dois conceitos.
A implementação destes instrumentos é viabilizada por meio de diferentes tipos de ForPaz, em
conformidade com as orientações específicas em cada missão, contidas no mandato e nas estruturas, em oposição às
conhecidas operações de guerra, nas quais os intervenientes são parte do conflito.
2.4 - MANUTENÇÃO DA PAZ
Dentre os instrumentos disponíveis para responder de modo efetivo aos diferentes conflitos, a Manutenção da
Paz tem sido o mais empregado, em vista de suas características de versatilidade e capacidade de transformação em
outro instrumento, exceto evoluir para a Imposição da Paz.
Visando à efetiva materialização da Manutenção da Paz, as Operações de Manutenção da Paz (Peacekeeping
Operations – PKO) são planejadas para monitorar uma trégua negociada e promover condições que apóiem os esforços
diplomáticos para o estabelecimento de uma paz duradoura. Em essência, são realizadas com o consentimento prévio
das partes oponentes para evitar a escalada de um conflito.
Neste contexto, são empregadas as Missões de Manutenção da Paz cuja estrutura inclui, geralmente, pessoal
civil e militar, dirigidos por um organismo internacional legitimado para isso, para supervisionar a retirada de forças
de ocupação, controlar o cessar-fogo e zonas desmilitarizadas e estabelecer uma zona de contenção, dentre outras
tarefas. O pessoal militar empregado integrará o contingente militar.
Essas atividades, de caráter não-bélico, caracterizam-se pelo desenvolvimento imparcial de suas tarefas,
limitando o uso da força aos casos de autodefesa.

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SUA APROVAÇÃO É A NOSSA MISSÃO!

Quando, em circunstâncias especiais, a tarefa de manter ou restaurar a paz exceder às atribuições de ForPaz

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nesse tipo de missão, o Conselho de Segurança da ONU considerará a possibilidade de alterar e redefinir essas
atribuições, de ordenar uma retirada ou de empregar nova ForPaz.
2.5 - IMPOSIÇÃO DA PAZ
Imposição da Paz (Peace-enforcement) é a aplicação de força militar ou a ameaça de seu emprego,
normalmente, consoante com autorização internacional, para compelir que sejam aceitas resoluções ou sanções
acordadas, porém conduzidas sem o consentimento e o apoio de todas as partes. Normalmente, ocorrerá quando
todos os outros esforços falharem. É respaldada pelo Capítulo VII da Carta das Nações Unidas e prevê o uso de força
armada para manter ou restaurar a paz e a segurança internacionais em situações nas quais o Conselho de Segurança
da ONU tenha identificado a existência de uma ameaça à paz, sua ruptura ou mesmo um ato de agressão claramente
definido.
As tarefas de uma ForPaz, em Imposição da Paz, consistirão, normalmente, em ações de combate. As forças
participantes deverão estar preparadas para a possibilidade de engajamento com todos os partidos em conflito e,
provavelmente, serão organizadas, equipadas e empregadas de modo similar ao usado nas operações militares bélicas,
salvaguardadas, naturalmente, as peculiaridades decorrentes dos efeitos desejados a serem alcançados, como por
exemplo:
- apoiar governos de transição garantindo a manutenção de ambiente estável e seguro para realização de eleições;
- cessação de hostilidades;
- restabelecimento de governos ou territórios;
- controle sobre portos, aeroportos, instalações e outros pontos de importância operativa ou logística;
- neutralização, concentração e desarmamento de combatentes hostis ou elementos adversos;
- segurança ao deslocamento ou estabelecimento de elementos das organizações de ajuda humanitária;
- apoiar o restabelecimento da lei, da ordem e da segurança pública;
- proteger civis sob ameaça iminente de violência física, dentro de suas capacidades; e
- proteger pessoal, instalações, equipamentos da ONU e garantir sua liberdade de movimento.
2.6 - DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE MANUTENÇÃO E IMPOSIÇÃO DA PAZ
Embora ambas sejam classificadas como OpPaz, as PKO e Operações de Imposição da Paz ostentam significativas
diferenças entre si. Seus empregos têm lugar sob circunstâncias bem distintas e envolvem variáveis como
consentimento, força e imparcialidade.
Ainda que teoricamente possível, não é comum o emprego de uma ForPaz decorrente de uma PKO mal-sucedida
em uma Operação de Imposição da Paz, já que o seu poder de combate normalmente será insuficiente para tal. De
qualquer forma, por serem radicalmente distintas, uma mudança dessa envergadura exigiria uma profunda revisão da
análise dos fatores da decisão e, conseqüentemente, a reestruturação da ForPaz. Por outro lado, um contingente que
tenha conduzido operações prévias sob um mandato para a Imposição da Paz não deve, em princípio, ser empregado
em Manutenção da Paz na mesma área de operação, uma vez que o pleno consentimento não vinha sendo observado
e, por isso, a imparcialidade já terá sido comprometida. Esses fatores podem resultar em ressentimentos e suspeitas
por parte dos ex-beligerantes e/ou da população civil em relação a ForPaz.
A dificuldade de empregar uma Força de Manutenção da Paz em uma Operação de Imposição da Paz não deve
ser confundida com a impossibilidade do exercício da autodefesa por parte dessa Força, um direito inalienável de
qualquer força militar, seja qual for o tipo de operação ou atividade que esteja realizando.
2.6.1 - Consentimento
Nas PKO, as partes consentem, claramente, a presença e atuação de uma ForPaz.
Nas Operações de Imposição da Paz, o consentimento não é absoluto e a força pode ser empregada para
compelir ou impor a paz. Basta que o organismo internacional que legitima a operação - normalmente a ONU - possa
impô-la a todas ou a algumas das partes.

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2.6.2 - Emprego da força

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Nas PKO, a força pode ser usada somente como autodefesa ou para executar ações de caráter defensivo,
conforme previsto no mandato.
Nas Operações de Imposição da Paz, a força é usada para compelir ou impor a paz. Ainda assim, o nível da força
a ser usado deve ser sempre o mínimo requerido para garantir o cumprimento do mandato. Mesmo nos casos mais
graves de uso da força contra alguma das partes, deverá buscar-se a restauração da paz ameaçada e não a derrota
total do agressor.

2.6.3 - Imparcialidade
Nas PKO, a imparcialidade deve ser objeto de permanente atenção, especialmente quando se realizam ações
que possam criar a impressão de favorecimento a alguma das partes. Com a perda da imparcialidade, é pouco provável
que se obtenha a confiança e a cooperação desejadas.
Já nas Operações de Imposição da Paz, dificilmente haverá uma absoluta imparcialidade, porque ao menos uma
das partes será compelida a cumprir uma resolução que contraria os seus interesses, os mesmos que levaram essa
parte a romper um status quo anterior ao conflito que se pretende cessar ou interromper. É possível, inclusive, que
estejam envolvidas motivações históricas de difícil conciliação, como por exemplo, territórios perdidos em guerras
passadas ou por força de atos de potências hegemônicas ou organismos intergovernamentais.

O quadro abaixo apresenta uma graduação aceitável dessas variáveis, de acordo com o tipo de OpPaz
executada.

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CAPÍTULO 8

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O BATALHÃO DE PROTEÇÃO E OUTROS GptOpFuzNav NAS OPERAÇÕES DE PAZ

8.1 - GENERALIDADES
As publicações MD34-M-02 e EMA-402 descrevem, em linhas gerais, os aspectos básicos do UNSAS e a
participação brasileira acordada por nossos representantes.
A adesão do Brasil ao citado sistema impôs a necessidade de manter em condição de pronto emprego uma parte
do poder militar, tanto em termos de pessoal quanto de material. No âmbito da Marinha do Brasil, julgou-se adequado
que fosse posto à disposição da ONU um GptOpFuzNav denominado Batalhão de Proteção (BtlPtç) – ou, ainda,
BRAMARB - e uma Unidade Médica Nível 2, cada qual com sua organização descrita detalhadamente em documentos
produzidos pelo ComFFE e pela Diretoria de Saúde da Marinha (DSM), respectivamente.
As disposições sobre a organização e emprego do BtlPtç, nos termos acordados no UNSAS, é da alçada do
Comando de Operações Navais (ComOpNav), cabendo ao CGCFN prover, no que lhe couber, o apoio necessário à sua
ativação e preparação.
Cabe ressaltar que o UNSAS não impõe ao país a obrigatoriedade de participar em todas as OpPaz
desencadeadas. Para cada operação, haverá um convite à participação, o qual será aceito ou não pelo país
contribuinte, conforme ditarem os seus interesses naquele determinado conflito ou crise. Tampouco há a
obrigatoriedade de que, uma vez aceita a participação, esta venha a dar-se com exatamente a força posta à disposição
no UNSAS. Igualmente, os interesses nacionais e as possibilidades econômicas e militares do país no momento da
proposta de participação poderão determinar alterações na constituição da força a ser efetivamente empregada.

8.2 - O BATALHÃO DE PROTEÇÃO


O BtlPtç é um GptOpFuzNav de características especiais, posto que aplica o conceito de componentes de forma
a adequar-se às especificidades de sua missão. É nucleado em torno de um Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais
(BtlInfFuzNav). Sua denominação advém de uma tradução adaptada da nomenclatura Protected Infantry Battalion,
adotada pela ONU para as unidades de infantaria empregadas em OpPaz sob sua égide. A organização e os meios do
BtlPtç são produto da adaptação da constituição recomendada pela ONU para as unidades de infantaria às
especificidades das unidades da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), a quem cabe a tarefa de organizar, mobilizar e
aprestar esse GptOpFuzNav.
Ao BtlPtç caberão as mesmas tarefas visualizadas pela ONU para unidades dessa natureza, quais sejam:
- conduzir atividades de busca, patrulhamento, observação, supervisão;
- monitoração e relato de situações;
- conduzir operações tipo polícia;
- evacuar áreas;
- desdobrar preventivamente a força;
- estabelecer e manter áreas de segurança;
- participar na desmobilização, desarmamento e reintegração (DDR) de facções litigantes;
- cooperar para o atendimento de necessidades críticas da população;
- controlar determinadas áreas terrestres, marítimas ou ribeirinhas;
- exercer a vigilância e o controle de determinado espaço aéreo;
- cumprir sanções ou embargos;
- contribuir para a assistência humanitária;
- prestar assistência a refugiados e deslocados;
- estabelecer um local neutro para negociações de paz;
- dirigir negociações locais entre as facções envolvidas;
- efetuar operações de desminagem;
- executar operações de evacuação;
- respaldar a ação diplomática pela presença;

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- interpor-se entre forças oponentes;

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- executar operações de transporte de carga, pessoal ou material;


- atuar no espectro eletromagnético;
- prover apoio de fogo, caso sejam imprescindíveis para o exercício do direito de autodefesa das forças da ONU
em terra;
- alojar temporariamente tropas da ONU;
- prover segurança a instalações e autoridades;
- realizar escolta de comboios e de autoridades;
- realizar a destruição de material bélico capturado ou apreendido;
- realizar trabalhos de engenharia de construção; e
- outras missões previstas no Mandato das Nações Unidas.

8.4 - OUTROS GptOpFuzNav EM OPERAÇÕES DE PAZ


Embora o BtlPtç seja o GptOpFuzNav padrão para emprego em OpPaz, conforme já mencionado, o UNSAS é
suficientemente flexível para permitir aos países participantes adaptar-se à situação e aos interesses vigentes no
momento da operação. O contingente acordado por ocasião da adesão do país ao mencionado sistema deve ser
considerado como uma referência, que tem o propósito de facilitar o planejamento inicial, tanto do país contribuinte
como da própria ONU, em particular de seu DPKO, cuja constituição está apresentada no Anexo A.
Mesmo nos casos onde o GptOpFuzNav não corresponda exatamente ao preconizado para o BtlPtç, este será
sempre organizado em um Componente de Comando (CC), um Componente de Combate Terrestre (CCT), um
Componente de Apoio de Serviços ao Combate (CASC) e outros Componentes se for o caso. O ponto fundamental em
questão, é dotar o GptOpFuzNav de capacidade de comando, controle e planejamento, não importando o valor de
tropa do seu CCT, de modo que, ao ser inserido em uma estrutura maior, o faça como um elemento constituído, sob
o comando de seu Comandante.
No caso do BtlPtç, o mais comum é que este constitua uma Unidade diretamente subordinada ao FC, porém,
quando o GptOpFuzNav contar com um efetivo reduzido, com um CCT de valor CiaFuzNav, este poderá ficar
subordinado operativamente ao Comandante de uma Unidade de outra Força ou país, porém, sempre reterá a
prerrogativa de organizar e empregar seus elementos constitutivos do modo que bem lhe aprouver, segundo o que
lhe indicar o seu exame de situação para a execução das tarefas que lhe forem atribuídas, não devendo nunca ser
absorvido integralmente como uma subunidade da Unidade ou Força onde foi enquadrado. Reterá, também, a
autoridade para o trato das questões disciplinares relativas ao pessoal de seu GptOpFuzNav, observadas as
recomendações contidas na Diretiva do Ministério da Defesa para o Contingente Brasileiro.

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NAVAIS
CGCFN- 2-3
OPERAÇÕES

(1ª edição – 12 de maio de 2020 – referência “c”)


8 - MANUAL DE

DE FUZILEIROS
DE EVACUAÇÃO DE
NÃO-COMBATENTES
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MANUAL DE OPERAÇÕES DE EVACUAÇÃO

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DE NÃO-COMBATENTES DE FUZILEIROS NAVAIS


CAPÍTULO 1
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 - GENERALIDADES
A expansão dos interesses brasileiros no exterior tem levado a uma crescente presença de empresas,
representações e toda sorte de organizações em outras nações, aumentando, assim, o número de nossos nacionais
em território estrangeiro. Em alguns países, onde vivem e trabalham brasileiros, o clima de insegurança ocasionado
por instabilidades políticas ou sociais poderá vir a degradar-se ao ponto de constituir ameaça aos nossos nacionais.
A situação no país estrangeiro poderá agravar-se de modo tal que o risco à integridade física aos nossos
compatriotas se torne inaceitável, configurando-se a necessidade da retirada dos mesmos do país em questão. Este
tipo de ação, normalmente, será desenvolvido em decorrência da avaliação e por recomendação do chefe da missão
diplomática no país considerado, podendo ser realizada, parcial ou totalmente, por meios usuais de transporte.
Entretanto, poderão ocorrer situações onde as atividades normais da sociedade local estejam de tal modo
comprometidas que inviabilizem a saída dos cidadãos brasileiros por meios normais de transporte. Nestes casos,
poderá ser necessário o emprego de força militar para garantir a segurança necessária à saída de nossos compatriotas
residentes, bem como de outras pessoas cuja retirada seja de interesse do governo brasileiro.
Vale ressaltar que a salvaguarda das pessoas, dos bens e dos recursos brasileiros ou sob jurisdição brasileira é
matéria constitucional e é um objetivo explicitamente estabelecido na Política de Defesa Nacional.
Assim sendo, poderá a Marinha do Brasil (MB) ser chamada a realizar operações militares para prover a
necessária segurança à evacuação de nossos nacionais, bem como os de outras nacionalidades que sejam de interesse
do governo brasileiro. Ainda que qualquer uma de nossas Forças Singulares seja capaz de executar este tipo de
operação, a MB possui uma especial aptidão para esta tarefa, particularmente quando realizada em outro continente,
em função das características intrínsecas ao Poder Naval.
Tais características permitem que uma Força Naval, que conte com um Grupamento Operativo de Fuzileiros
Navais (GptOpFuzNav) embarcado, possa deslocar-se para uma área marítima em águas internacionais, ficando em
condições de contribuir para a evacuação do pessoal em risco, em coordenação com o Ministério das Relações
Exteriores (MRE).
Na MB, este tipo de operação recebe a denominação de Evacuação de Não- Combatentes (ENC), definido no
CGCFN-0-1, artigo 10.4 como uma operação conduzida com o propósito de evacuar não-combatentes de países onde
exista uma ameaça à sua segurança ou onde exista uma situação de calamidade. Já a expressão nãocombatentes
engloba tanto o pessoal civil de nacionalidade brasileira, como os militares brasileiros impossibilitados de prover
adequadamente sua autodefesa. Como exemplo de não-combatentes, citamos os integrantes das nossas
representações diplomáticas, os participantes de operações de paz, ou os cidadãos de nacionalidade
comprovadamente brasileira que, momentaneamente, encontram-se no país em questão. Pessoas de outras
nacionalidades também deverão, desde que seja do interesse do governo brasileiro, ser consideradas.
Por ser uma ação realizada em solo estrangeiro, será necessária estreita coordenação entre a MB (por intermédio do
Ministério da Defesa) e o MRE, de modo a acordar todos os assuntos relacionados com a operação a ser realizada.
Esta operação exigirá um planejamento minucioso de todas as ações a serem desenvolvidas, para que as repercussões
delas advindas sejam favoráveis aos interesses nacionais na região.
Em território estrangeiro, o chefe de nossa representação diplomática no respectivo país, por ser o representante
direto do Governo Brasileiro, será a autoridade com poder decisório.
Em face da dificuldade do efetivo controle dos nossos nacionais nos países estrangeiros, pela representação
diplomática no país em crise, provavelmente não haverá um plano de evacuação estabelecido. Além disso, durante o
planejamento da ENC, deverá ser considerada a possibilidade da distância entre a sede da missão diplomática e os locais de
reunião dos não-combatentes dificultar a coordenação da operação. A possível degradação dos meios e vias de
comunicação, também, terá grande influência no planejamento e condução da operação.
A ENC é uma operação militar realizada em um cenário fortemente influenciado por aspectos políticos, econômicos
e sociais, relacionados aos interesses brasileiros na região, o que impõe ao comando do GptOpFuzNav particular atenção
no levantamento e análise dos citados aspectos, de modo a evitar que os resultados possam comprometer tais interesses.
No que se refere ao emprego dos GptOpFuzNav quanto aos níveis de condução dos conflitos (político, estratégico-
militar, operacional e tático), a ENC difere das atuações clássicas de um GptOpFuzNav que, normalmente, atua no nível
tático. A ENC, por não possuir, obrigatoriamente, uma estrutura militar específica ativada, permite que o Comando do
GptOpFuzNav, que dela toma parte, atue nos níveis operacional e tático.
O Anexo A - Glossário apresenta a conceituação referente ao tema ENC.

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1.2 - ENQUADRAMENTO E ESPECIFICIDADES DAS OPERAÇÕES DE EVACUAÇÃO DE NÃO-COMBATENTES

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As ENC executadas por GptOpFuzNav, assumem características similares às das Operações Anfíbias (OpAnf) clássicas,
ainda que, por outra parte, suas especificidades não permitam o seu pleno enquadramento como tal.
Não obstante, uma Força-Tarefa designada para realizar uma ENC estará, em última análise, projetando poder sobre
terra, poder esse materializado pelos meios de fuzileiros navais desembarcados em um país estrangeiro.
Há que se considerar ainda, a hostilidade real ou potencial em relação a esta Força, mesmo se houver a anuência
para a realização da ENC por parte do governo legalmente estabelecido, uma vez que uma operação desta natureza somente
ocorrerá se houver, necessariamente, uma clara ameaça aos nossos compatriotas e, por conseguinte, à Força desdobrada
em prol da sua salvaguarda.
Deste modo, as peculiaridades das ENC não invalidam a utilização de conceitos perfeitamente consolidados na MB e
em particular no Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), com as devidas adaptações, quando necessárias. Definições tais como
Força- Tarefa Anfíbia (ForTarAnf), Força de Desembarque (ForDbq), Área do Objetivo Anfíbio (AOA) e outras relativas ao
Planejamento, Embarque, Travessia e Assalto, especificamente quanto ao Movimento-Navio-para-Terra (MNT), são válidas
também para a ENC. Igualmente aplicáveis são as relações de comando entre os Comandantes da ForTarAnf e da ForDbq.
Em princípio, um GptOpFuzNav, ao realizar uma ENC, valer-se-á dos meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais
de que dispõe a MB. Não obstante, é plenamente admissível a utilização de aeronaves da Força Aérea Brasileira e de navios
ou aeronaves de Forças Armadas de países amigos, bem como meios civis de transporte, conforme a situação assim o
recomendar ou impuser.
1.3 - DIFERENÇAS ENTRE ENC E INCURSÃO ANFÍBIA
A ENC é uma operação militar conduzida em tempo de paz. As ameaças aos cidadãos nacionais são, normalmente,
de âmbito interno do país hospedeiro. Assim sendo, essas operações adquirem características distintas das observadas na
Incursão Anfíbia (IncAnf), que é uma operação de guerra naval cuja execução pressupõe, normalmente, um ato de força
entre as nações envolvidas.
As ENC revestem-se de forte caráter político decorrente das suscetibilidades das relações internacionais, sendo,
portanto, conduzidas, em todos os níveis, pelo MRE em estreita coordenação com o MD. Este tipo de operação difere de
outras operações militares na medida em que o chefe de nossa representação diplomática acreditada no país, por ser o
representante direto do Governo Brasileiro, será a autoridade com poder decisório, caso ele esteja presente durante a
evacuação.
As IncAnf, por sua vez, são conduzidas por meio da Estrutura Militar de Guerra. Quando envolver a evacuação de
não-combatentes residentes em outro país, essas operações não devem prescindir do apoio prestado pelo MRE, nos
assuntos afetos a esses nacionais.
As técnicas de processamento de evacuados, descritas nessa publicação, apesar de objetivarem a execução das ENC,
poderão ser adaptadas para o emprego em IncAnf.
1.4 - TIPOS DE AMBIENTE OPERACIONAL
Os dois tipos de ambiente operacional nos quais os GptOpFuzNav podem ter que atuar ao executar uma ENC são o
permissivo e o hostil.
Esses tipos de ambiente são conseqüência da situação política vigente, dos conflitos internos +ou externos, ou de
desastres naturais que venham a ocorrer no país hospedeiro. Assim sendo, o Comandante do GptOpFuzNav
(CmtGptOpFuzNav) deve manter, tanto durante o planejamento, quanto durante a execução, um acompanhamento
permanente da evolução da situação política e do ambiente operacional, que pode rapidamente evoluir de permissivo para hostil.
1.4.1 - Permissivo
Neste ambiente, a princípio, não se observa nenhum tipo de resistência, ações hostis ou ameaças físicas à Força que
executa a ENC. O Governo local não deverá se opor à partida dos não-combatentes de seu território, podendo inclusive,
prestar algum tipo de apoio à evacuação.
Nesses casos, portanto, o GptOpFuzNav deverá possuir um efetivo reduzido de forças de segurança, enquanto deverá
estar reforçado de tropas e meios logísticos, uma vez que haverá preponderância das atividades de Apoio de Serviços ao
Combate (ApSvCmb), tais como transporte, apoio de saúde e medidas administrativas, além de intensa participação dos
canais diplomáticos.
Apesar da situação favorável, o CmtGptOpFuzNav deve considerar a possibilidade de manter uma pequena força de
reação capaz de prover segurança à Força como um todo e aos evacuados, no caso de ocorrências inopinadas que possam
representar algum tipo de ameaça.
1.4.2 - Hostil
Neste ambiente, o governo do país hospedeiro perdeu o controle da situação e a evacuação se dará sob condições
que poderão abranger distúrbios populacionais, atos terroristas, combates entre forças organizadas ou oposição de
qualquer natureza à ENC. Neste caso, o GptOpFuzNav deve ser reforçado de tropas de combate e serão enfatizadas as
tarefas de caráter tático, tais como: estabelecimento de perímetro defensivo, escolta de comboios, busca de evacuados e
resgate de pessoal militar envolvido com a operação.
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CGCFN-309
(1ª edição – 17 de junho de 2020 – referência “g”)
CONTROLE DE
9 - MANUAL DE

DISTÚRBIOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
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MANUAL DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS

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DE FUZILEIROS NAVAIS
CAPÍTULO 1
DISTÚRBIOS

1.1 - GENERALIDADES
Distúrbios são manifestações decorrentes da inquietação ou tensão de parcela da população, que tomam a
forma de atos de violência. São empreendidos por Agentes de Perturbação da Ordem Pública (APOP) e podem originar-
se de diversas causas de cunho social, político e econômico, cujo estudo não é objeto desta publicação.
Adicionalmente, condições resultantes de calamidades públicas podem contribuir para a geração de distúrbios,
seja pela tentativa da população de escapar de catástrofes, seja pelo aproveitamento da situação reinante por
indivíduos ou grupos inescrupulosos.
Quando não controlados pelas autoridades competentes, os referidos distúrbios poderão ocasionar:
- a redução ou perda da confiança do povo nas autoridades constituídas;
- a intimidação ou desgaste do poder legal;
- a perturbação da ordem e do funcionamento das Instituições e dos Órgãos Públicos e Privados; e
- a agitação, a intimidação ou o pânico de toda a população.
1.2 - CONCEITOS BÁSICOS
1.2.1 - Agentes de Perturbação da Ordem Pública
São pessoas ou grupos de pessoas cuja atuação momentaneamente comprometa a preservação da ordem
pública ou ameace a incolumidade das pessoas e do patrimônio.
1.2.2 - Ato ameaçador
É a ação agressiva e deliberada com o intuito de provocar efeitos lesivos ou danosos contra, respectivamente,
pessoas ou patrimônio.
1.2.3 - Legítima defesa
É o uso moderado dos meios necessários para repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem.
1.2.4 - Autodefesa
Legítima defesa com o emprego dos próprios meios em resposta a um ataque direto.
1.2.5 - Reação mínima
É a menor intensidade de violência, suficiente e necessária, para repelir ou prevenir o ato ameaçador, se
possível, sem danos ou lesões.
1.2.6 - Proporcionalidade
Correspondência proporcional entre a ação dos APOP e a reação da tropa empregada, de modo a não haver
excesso por parte do integrante desta, durante toda a operação.
1.2.7 - Força mínima
É o menor grau de força necessário para desestimular o APOP a prosseguir nos seus atos, causando-lhe o mínimo
de danos possível, seja sobre sua pessoa (dano físico ou psíquico), seja sobre o seu patrimônio.
1.2.8 - Manifestação
É a demonstração, realizada por pessoas reunidas, com sentimento hostil ou simpático a determinada
autoridade ou a alguma condição ou fato de natureza social, política ou econômica.
1.2.9 - Aglomeração
Grande número de pessoas temporariamente reunidas. Geralmente, os integrantes de uma aglomeração
pensam e agem como elementos isolados e não organizados.

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1.2.10 - Multidão

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Grande número de pessoas reunidas e psicologicamente unificadas por interesses comuns. Em geral, a formação
de multidão caracteriza-se pelo aparecimento do emprego do pronome "nós" entre os participantes, que utilizam
frases de efeito, tais como: "nós estamos aqui para protestar..." ou "nós viemos prestar nossa solidariedade...".
1.2.11 - Tumulto
Desrespeito à ordem, levado a efeito por várias pessoas, em apoio a um desígnio comum de realizar certo
empreendimento, por meio de ação planejada, contra alguém que a elas possa se opor.
1.2.12 - Perturbação da ordem
Abrange todos os tipos de ação, inclusive decorrentes de calamidade pública que, por sua natureza, origem,
amplitude e potencial, possam vir a comprometer o exercício dos poderes constituídos, o cumprimento das leis e a
manutenção da ordem pública, ameaçando a população, propriedades públicas e privadas.
1.2.13 - Turba
Multidão cujos componentes, sob o estímulo de intensa excitação ou agitação, perderam o senso da razão e o
respeito à lei e seguem líderes em atos de perturbação da ordem pública.
a) Transformação de uma Aglomeração em Turba
Quando a totalidade ou a maioria dos elementos de uma aglomeração estabelece um objetivo comum e
manifesta a intenção de realizá-lo sem medir consequências, origina-se uma Turba.
A motivação para tal transformação poderá estar na figura de um líder que aproveite um fato violento, ou
mesmo um acontecimento fortuito, ou que empolgue por suas palavras os componentes da Aglomeração.
b) Tipos de Turba
I) Turba agressiva
É aquela que estabelece um estado de perturbação da ordem e realiza atos de violência, como acontece
em distúrbios resultantes de conflitos sociais ou políticos, nos linchamentos ou levantes de detentos em
penitenciárias.
II) Turba pânica
É aquela que procura fugir de algum local, na tentativa de garantir a sua segurança. Seus elementos
poderão perder o senso da razão, o que poderá induzi-los a provocar danos em pessoas e bens móveis e imóveis. O
pânico poderá originar-se de boatos, incêndios, explosões, calamidades etc.
III) Turba predatória
É a impulsionada pelo desejo de apoderar-se de bens materiais, como em distúrbios para obtenção de
alimentos.
c) Atos dos participantes de uma Turba
Os componentes de uma Turba são influenciados, em maior ou menor grau, por seu espírito inventivo, pela
capacidade de seus líderes e pela existência ou não de armas, suprimentos, equipamentos e outros materiais.
Os seguintes fatores ditarão o grau de violência de que será capaz uma Turba:
- espécie de indivíduos que a compõem;
- número de pessoas envolvidas;
- localização;
- a causa da perturbação; e
- as armas disponíveis.
A Turba poderá dirigir impropérios aos elementos encarregados de manter a ordem, como, por exemplo,
observações obscenas e insultos, com a finalidade de ridicularizá-los ou irritá-los, o que caracteriza o desacato. Tais
atitudes, embora não exijam o emprego imediato da força, são ilícitas e devem ser coibidas
. Poderão ocorrer também ações de vandalismo contra propriedades particulares e públicas, arremesso de
objetos de toda sorte contra a Tropa, lançamento, deliberado de veículo em direção ou de encontro a pessoal ou
instalações, distribuição de panfletos contendo frases ofensivas às autoridades ou de estímulo à continuação das
ações.
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d) Os líderes da Turba

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Os líderes agem diferentemente dos demais, pois dão início às atividades do movimento, incitam com
“slogans” e coordenam as ações. Poderão colocar à frente dos manifestantes crianças, mulheres e idosos, com a
finalidade de desencorajar as ações da Tropa.
e) Emprego de fogo e engenhos diversos
As Turbas poderão empregar o fogo, nas seguintes formas:
- incendiar edifícios para bloquear o avanço da Tropa ou criar confusão;
- empregar coquetel “molotov”;
- espalhar qualquer substância inflamável sobre determinada área e lançar fogo, quando a Tropa nela
penetrar;
- derramar qualquer substância inflamável na direção da Tropa aproveitando declive do terreno e,
posteriormente, lançar fogo; e
- lançar qualquer substância inflamável do alto de edifícios sobre a tropa e, posteriormente, inflamá-la.
Existem diversos engenhos que poderão ser utilizados contra a Tropa, como, por exemplo:
- botijões de gás e garrafas de oxigênio que poderão ser detonados, como meio de demolição;
- cargas explosivas colocadas em edifícios que poderão ser acionadas à passagem da Tropa, com o
propósito de causar baixas e obstruir vias de acesso;
- cargas explosivas enterradas que poderão ser acionadas à passagem da Tropa para causar baixas;
- explosivos acionados por controle remoto, ou espoletas de retardo, transportados por animais e
viaturas que poderão ser conduzidos em direção à Tropa para causar baixas; e
- cargas de demolição que poderão ser utilizadas para romper barragens ou dutos a fim de inundar uma
área.
f) Utilização de armas de fogo
Os líderes da Turba poderão, ainda, encorajá-la a realizar ações mais violentas e ousadas pelo emprego de
armas de fogo contra a Tropa.

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CAPÍTULO 4

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A COMPANHIA DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS

4.1 - GENERALIDADES
A Companhia de Fuzileiros Navais (CiaFuzNav), devidamente reorganizada e equipada, será o elemento básico
de emprego em CD. Após observada a referida reorganização, passará à denominação de Companhia de Controle de
Distúrbios (CiaCD), sendo esta o menor valor de Tropa empregado em ações de CD. Outras Unidades do Corpo de
Fuzileiros Navais poderão ceder efetivos para serem empregados em ações de CD, necessitando para tal maior tempo
de adestramento específico. As Companhias de Polícia do Comando da Tropa de Reforço, do Batalhão Naval e dos
Grupamentos de Fuzileiros Navais Distritais, por serem vocacionadas para as ações de CD, poderão conduzir o referido
adestramento.
A frente a controlar, em princípio, determinará a composição da CiaCD que poderá contar com um, dois ou três
Pelotões. Assim, a CiaCD a um Pelotão é capaz de ocupar uma frente bem definida de até vinte metros e controlar
uma frente de sessenta metros empregando fogos de dispersão. A dois Pelotões a frente ocupada não deverá
ultrapassar setenta metros e a frente a controlar poderá alcançar 105m. A três pelotões a frente ocupada será de
120m e a frente a controlar não ultrapassará 160m.

Os parâmetros supracitados são passíveis de serem utilizados quando as frentes puderem ser perfeitamente
determinadas como ocorre no bloqueio de tentativa de invasão de instalações por APOP, na desocupação de
instalação ou área invadida por manifestantes antes da chegada da Tropa, na recuperação de espaços invadidos
(penetrações) por APOP em áreas ocupadas por forças de segurança ou ainda na desobstrução de vias públicas bem
delimitadas. Nas situações fluídas, quando não for possível determinar, com antecedência, a frente a controlar, será
conveniente reduzir essas frentes como medida de precaução, não devendo, contudo, tal redução ultrapassar vinte
por cento.
De acordo com as características da área onde será empregada, a CiaCD poderá ser reforçada com viaturas
blindadas, o que lhe propiciará proteção para o deslocamento até a posição onde será desdobrada, redução da frente
a mobiliar e o aumento na capacidade dissuasória.
Nos artigos subsequentes serão discutidos a composição e o emprego da CiaCD em ações de CD.

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4.2 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA COMPANHIA DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS

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A CiaCD é estruturada com três Pelotões de Controle de Distúrbios (PelCD) e uma Seção de Comando (SeçCmdo),
sendo cada PelCD organizado em uma SeçCmdo e três Grupos de Controle de Distúrbios (GpCD).

4.3 - COMPOSIÇÃO DA COMPANHIA DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS


A CiaCD contará com frações orgânicas e outras colocadas à disposição, necessárias ao cumprimento de suas
tarefas. O Anexo E apresenta a composição da CiaCD.

4.3.2 - PelCD
O PelCD é o Elemento de execução das ações de CD propriamente ditas.
A atuação de maneira isolada do PelCD não é aconselhável, haja vista a falta dos apoios essenciais providos pela
SeçCmdo da CiaCD. Portanto, sempre que houver necessidade de ser empregado isoladamente, deverá contar,
obrigatoriamente, com operador de video/fotógrafo e, sempre que possível, com Cães de Guerra, grupo de
aprisionamento, meios de transporte, incluindo ambulância. Havendo disponibilidade e possibilidade de emprego,
contará com Viaturas Blindadas.

O PelCD possui a seguinte organização:

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CAPÍTULO 5

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FORMAÇÕES E COMANDOS
5.3 - FORMAÇÕES DO PELOTÃO DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS
5.3.1 - Em linha
É utilizada para conter a Turba ou bloquear seu acesso a determinado local.

5.3.2 - Em cunha
É utilizada para penetrar e separar grupos de uma Turba e realizar uma ação rápida em qualquer direção.
Ela pode ser modificada, adotando a formação circular fim prover defesa a toda volta.

5.3.3 - Escalonado à esquerda/direita


É a formação usada para dispersar uma Turba posicionada junto a um edifício, parede ou outros locais
semelhantes. Pode ser utilizada para mudar a direção do movimento de uma Turba, forçando-a a seguir para área de
escoamento que se deseja ou, ainda, empregada para dirigir o movimento da Multidão em uma só direção.

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5.3.4 - Apoio lateral

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Essa formação permite deslocamento em vias estreitas com existência de vias transversais ao deslocamento,
fornecendo proteção à frente e aos flancos.

5.3.5 - Circular
Essa formação visa à defesa do próprio PelCD, caso este seja envolvido pela Turba. Nesse caso, os Escudeiros
formarão um círculo, e todo o restante do PelCD permanecerá em seu interior. Militares deverão permanecer em
condições de utilizar os equipamentos/armamento inerentes à sua função.

5.4 - COMANDOS
Durante o emprego de uma Tropa de CD, faz-se necessário simplificar ao máximo todos os comandos, as
formações e as manobras, de modo a obter um melhor entendimento por parte dos militares e, com isso, uma
execução imediata das ordens.
Para tal, deve-se atentar para:
- evitar comandos por gestos, pois alguns elementos, mais avançados em relação a seus Comandantes, não
enxergarão os sinais;
- impedir correria no centro da formação;
- realizar os deslocamentos, no interior da formação, com rapidez, em passo acelerado, mantendo os
intervalos e as distâncias estabelecidas, para evitar acidentes entre os elementos da Tropa;
- utilizar, nos comandos à viva voz, frases curtas; e
- utilizar ao máximo a linguagem clara nas comunicações rádio, evitando-se indicativos complicados e
chamadas longas. Caso inexista Rádio-Operadores, cada CmtCiaCD, CmtPelCD e CmtGpCD deverá operar o
seu próprio equipamento, evitando intermediários.

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5.4.1 - Comando para as formações

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Para a entrada em posição em todas as formações supracitadas será utilizado o seguinte Comando:
Advertência – “ATENÇÃO PELOTÃO”
Local – “CINCO ou DEZ METROS ou O PRÓPRIO LOCAL DO PelCD”
Frente – “FRENTE ARQUIBANCADA CENTRAL ou DOZE HORAS (método do relógio)”
Formação – “EM LINHA / ESCALONADO DIREITA OU ESQUERDA / CUNHA / APOIO LATERAL / CIRCULAR”
Execução – “EM ACELERADO, MARCHE”
Obs.: Ao término do Comando, a Tropa deslocar-se-á a distância e frente determinadas, desdobrando-se de
acordo com a formação estabelecida.

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CAPÍTULO 6

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AÇÕES DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS

6.2 - EMPREGO DA TROPA DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS


Uma Tropa de CD poderá ser empregada como núcleo do Componente de Combate Terrestre (CCT) de um
GptOpFuzNav constituído especificamente para ações de CD ou como parte do CCT de GptOpFuzNav com tarefa mais
ampla de ocupar e proteger instalações sensíveis de interesse do Poder Naval ou situadas na orla marítima, tais como:
estaleiros, portos, usina de força, aeroportos, sistemas de água, de energia elétrica e de telecomunicações, estações
rodoviárias e ferroviárias, fábricas, quartéis, prédios públicos, siderúrgicas etc. Em qualquer dos casos, poderá receber
as seguintes tarefas relacionadas abaixo que serão detalhadas no inciso 6.5.2:
- desocupar instalações ocupadas ilegalmente por APOP;
- bloquear tentativas de invasão de instalações por APOP; e
- desobstruir vias públicas que dão acesso àquelas instalações, em coordenação com os Órgãos de Segurança
Pública, para garantir o trânsito de pessoas e veículos e, por consequência, seu funcionamento.
A Tropa organizada para atuar em ações de CD, pelas especificidades de seu treinamento, armamentos e
equipamentos, não deve ser empregada como Força de Reação, pois a troca dos armamentos e equipamentos
demanda tempo, nem sempre disponível, para fazer frente à ameaça.
A preparação para o emprego de Tropa em ações de CD, inclui:
- planejamento das ações;
- reconhecimento das áreas de atuação;
- apoio logístico;
- acolhimento e reunião dos meios em apoio; e
- prontificação da Tropa.

6.4 - SEGURANÇA DA TROPA


A Tropa deverá prover sua segurança, tanto quando estiver em área de reunião, quanto ao se deslocar para os
locais de ocorrência de distúrbios, vale dizer, durante todo o desenrolar das operações.

6.4.1 - Segurança durante o movimento motorizado


A segurança durante o movimento para a área de operação é aumentada pelo reconhecimento e seleção de
itinerários que ofereçam maior segurança, bem como pela vigilância na vanguarda, nos flancos e na retaguarda,
proporcionada por observadores preposicionados. Poderá ser previsto o emprego de Batedores para apoiar os
deslocamentos nos referidos itinerários selecionados.
Cada unidade de marcha deverá dispor de um plano de alerta, incluindo a segurança das viaturas, para o caso
de ser atacada durante o movimento, devendo designar ao menos dois militares com munição letal por viatura.

6.4.2 - Segurança nas marchas a pé


Devem ser adotadas precauções semelhantes às previstas para os movimentos motorizados. Durante os altos,
medidas de segurança devem ser adotadas, tomandose sempre a formação mais indicada para a proteção dos
elementos de comando.

6.4.3 - Segurança no movimento através das ruas


A Tropa deverá evitar o movimento em ruas onde haja edifícios altos. Peritos atiradores poderão ser designados
para se deslocar junto à Tropa, em observação constante, ou permanecerem em posições de tiro em locais pré-
selecionados, enquanto a Tropa avança.

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6.4.4 - Segurança dos flancos e da retaguarda

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Durante as ações de CD, cuidados especiais devem ser tomados, a fim de evitar que os APOP realizem ações
violentas contra os flancos e a retaguarda da Tropa. Deve-se proteger os flancos com a utilização dos cães. Os
Seguranças devem estar atentos para qualquer ameaça vinda da retaguarda da Tropa. Além disso, pode ser alterada
a formação do dispositivo de CD conforme a direção de incidência desta ameaça. Patrulhas motorizadas equipadas
com equipamentos de comunicações, designadas pelo Comando do GptOpFuzNav e, se possível, observadores aéreos
alertarão a Tropa, com a finalidade de evitar surpresas.

6.4.5 - Segurança no emprego das viaturas


As viaturas utilizadas para transporte de pessoal e de material, inclusive ambulâncias, e, particularmente, as
destinadas à condução dos APOP detidos, deverão ser protegidas durante todo o período de emprego da Tropa.
Os locais de estacionamento na área de operação deverão atender aos requisitos de segurança aplicáveis, como
grau de dispersão, afastamento de prédios de onde possam ser arremessados objetos (principalmente coquetéis
“molotov”), disponibilidade de hidrantes, alternativas para escoamento etc.
O emprego de viaturas sem capotas ou toldos deve merecer atenção especial, para evitar que a Tropa
embarcada sofra ações de provocação ou tentativas de desmoralização, incluindo o lançamento de substâncias como
o talco e a cal, além de outros objetos, a partir de prédios, ao longo de itinerários ou na área de estacionamento.
A decisão de empregar essas viaturas como elementos de bloqueio ou em ação direta contra os APOP deve ser
precedida de cuidadosa análise do custo-benefício, em função das vulnerabilidades quanto a incêndio e depredações.
As Viaturas Blindadas são aptas para emprego em situações em que seja requerida ação de choque, para
dispersar os APOP ou restabelecer o controle em áreas ameaçadas.

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EMA-137
(Anexo B Rev-1-Mod-2-2018)
MARINHA

(1ª revisão – 18 de dezembro de 2013 – referência “i”)


LIDERANÇA DA
10. DOUTRINA DE
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EMA – 137

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DOUTRINA DE LIDERANÇA DA MARINHA – Rev. 1 – 2013


ANEXO B REV-1-MOD-2-2018
a) Elementos Conceituais de Liderança (Cap. 1)
I) Chefia e Liderança (Art. 1.2); XIV) Seleção de estilos de liderança (Art. 1.5);
II) Aspectos fundamentais da liderança (Art. 1.3); XV) Fatores de liderança (Art. 1.6);
III) Aspectos filosóficos (Inciso 1.3.1); XVI) O líder (Inciso 1.6.1);
IV) Aspectos psicológicos (Inciso 1.3.2); XVII) Os liderados (Inciso 1.6.2);
V) Aspectos sociológicos (Inciso 1.3.3); XVIII) A situação (Inciso 1.6.3);
VI) Estilos de liderança (Art. 1.4); XIX) A comunicação (Inciso 1.6.4);
VII) Liderança centralizadora (Inciso 1.4.1); XX) Atributos de um líder (Art. 1.7);
VIII) Liderança participativa ou democrática (Inciso 1.4.2); XXI) Níveis de liderança (Art. 1.8);
IX) Liderança delegativa (Inciso 1.4.3); XXII) Liderança direta (Inciso 1.8.1);
X) Liderança transformacional (Inciso 1.4.4); XXIII) Liderança organizacional (Inciso 1.8.2); e
XI) Liderança transacional (Inciso 1.4.5); XXIV) Liderança estratégica (Inciso 1.8.3).
XII) Liderança orientada para tarefa (Inciso 1.4.6);
XIII) Liderança orientada para relacionamento (Inciso 1.4.7);

CAPÍTULO 1
ELEMENTOS CONCEITUAIS DE LIDERANÇA

1.2 - CHEFIA E LIDERANÇA


O exercício da chefia é entendido pelo conjunto de ações e decisões tomadas pelo mais antigo, com autoridade
para tal, na sua esfera de competência, a fim de conduzir de forma integrada o setor que lhe é confiado.
No desempenho de suas funções, os mais antigos, normalmente, desempenham dois papéis funcionais, a saber:
o de “chefe” e o de “condutor de homens”. Em relação ao primeiro papel, prevalece a autoridade advinda da
responsabilidade atribuída à função, associada com aquela decorrente de seu posto ou graduação, à qual passaremos a
definir, genericamente, como chefia. Com respeito ao segundo papel, identifica-se um estreito relacionamento com o
atributo de líder. Neste contexto, fica ressaltada a importância da capacidade individual dos mais antigos em influenciarem
e inspirarem os seus subordinados.
Caracterizados esses dois atributos do comandante, o de chefe e o de líder, pode-se afirmar que comandar é
exercer a chefia e a liderança, a fim de conduzir eficazmente a organização no cumprimento da missão. Sendo o exercício
do comando um processo abrangente, a divisão ora apresentada será utilizada para efeito de uma melhor compreensão
do tema em lide, pois chefia e liderança não são processos alternativos e sim, simultâneos e complementares.
A liderança deve ser entendida como um processo dinâmico e progressivo de aprendizado, o qual, desenvolvido
nos cursos de carreira e no dia a dia das OM, trará não só evidentes benefícios às organizações, como também contribuirá
para o sucesso profissional individual de cada militar. Desta forma, o contínuo desenvolvimento das qualidades dos
militares da MB como líderes deverá ser objeto de atenta e permanente atenção, a ser trabalhada, conjuntamente, pela
instituição e, prioritariamente, por cada militar.
RESUMO
CHEFIA E LIDERANÇA
➢ LÍDER – Condutor de Pessoas com capacidade de influenciar e inspirar.
➢ CHEFE – Pessoa investida em um cargo. Atribuída ao Posto/Graduação.
➢ COMANDAR – Exercer chefia e liderança em prol da instituição.
➢ CHEFIA E LIDERANÇA – Não são alternativos. São simultâneos e complementares.
➢ EXERCÍCIO DE CHEFIA, CMDO e DIREÇÃO – Papel de Chefe e Líder.
➢ LIDERANÇA - “o processo que consiste em influenciar pessoas no sentido de que ajam,
voluntariamente, em prol dos objetivos da Instituição”.
➢ LIDERANÇA – Processo dinâmico e progressivo de aprendizado.
➢ ELEMENTOS BÁSICOS DA LIDERANÇA – Grupo – Situação – Líder.
➢ AGENTES DA LIDERANÇA – Líder, Liderados e Relações.

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1.3 - ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA LIDERANÇA

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Neste tópico serão abordados aspectos relacionados aos tipos de liderança.


Existem diversas conceituações para liderança na literatura especializada. A Marinha do Brasil define
liderança como: “o processo que consiste em influenciar pessoas no sentido de que ajam, voluntariamente, em
prol do cumprimento da missão”. Fica evidenciado, pela definição, que a liderança inclui não só a capacidade de
fazer um grupo realizar uma tarefa específica mas, sobretudo, executá-la de forma voluntária, atendendo ao desejo
do líder como se fosse o seu próprio.
Nessa definição de liderança, estão implícitos os seus agentes, ou seja, o líder e os liderados, as relações
entre eles e os princípios filosóficos, psicológicos e sociológicos que regem o comportamento humano.

1.3.1 - Aspectos Filosóficos


A Filosofia tem como característica desenvolver o senso crítico, que fornece ao indivíduo bases
metodológicas para efetuar, permanentemente, o exame corrente da situação, favorecendo o processo de tomada
de decisões. Tal prática é fundamental ao exercício da liderança, podendo-se verificar que o requisito pensamento
crítico está direta ou indiretamente associado a diversos atributos de liderança prescritos nesta Doutrina.
A Axiologia, também conhecida como a teoria dos valores, é considerada a parte mais nobre da Filosofia.
O processo de influenciação de um grupo, que é a essência da liderança, está profundamente ligado aos valores
éticos e morais que devem ser transmitidos e praticados pelo líder.
A prática dos fundamentos filosóficos da educação, seja ela formal ou informal, desenvolvida por grupos
sociais, independente de suas crenças e culturas, constitui-se no elemento catalisador dos valores universais.
O ser humano precisa receber uma educação adequada para ser capaz de valorizar um objeto (a vida
humana, a Pátria, a família). Sem essa educação, perde-se a capacidade de perceber esses valores, especialmente
quando se trata daqueles universais, tais como: honra, dignidade e honestidade.
A característica fundamental da Axiologia consiste na hierarquização desses valores, que são transmitidos
pela educação familiar, pela sociedade e pelo grupo. Essa hierarquização de valores varia de um país para o outro,
de uma sociedade organizada para outra, de um grupo social para outro. Por exemplo, os fundamentalistas
islâmicos, que se sacrificam em atentados, contrariando o instinto de preservação, valor primordial do ser humano.
Valores como a honra, a dignidade, a honestidade, a lealdade e o amor à pátria, assim como todos os outros
considerados vitais pela Marinha, devem ser praticados e transmitidos, permanentemente, pelo líder aos seus
liderados. A tarefa de doutrinamento visa a transmitir a sua correta hierarquização, priorizando-os em relação aos
valores materiais, como o dinheiro, o poder e a satisfação pessoal.
Este é o maior desafio a ser enfrentado por aquele que pretende exercer a liderança de um grupo.

1.3.2 - Aspectos Psicológicos


“Em essência, a liderança envolve a realização de objetivos com e através de pessoas. Consequentemente,
um líder precisa preocupar-se com tarefas e relações humanas.” (HERSEY; BLANCHARD, 1982, p. 105).
O líder influencia outros indivíduos, provocando, basicamente, mudanças psicológicas e
“[...] num nível de generalidade que inclui mudanças em comportamentos, opiniões, atitudes, objetivos,
necessidades, valores e todos os outros aspectos do campo psicológico do indivíduo.” (FRENCH; RAVEN, 1969, apud
NOBRE, 1998, p. 43)
Os processos grupais e a liderança são os principais objetos de estudo da Psicologia Social e a subjetividade
humana, a personalidade e as mudanças psicológicas oriundas de processos de influenciação e de aprendizagem
são focos de estudo e de análise da Psicologia. O caminho para a liderança passa pelo conhecimento profissional,
mas também pelo autoconhecimento e por conhecer bem seus subordinados. Para os dois últimos requisitos, a
Psicologia pode oferecer ferramentas úteis para o líder. Pesquisas mostram que o quociente emocional (QE) ou
inteligência emocional está, cada mais, destacando-se como o principal diferencial de competência no trabalho,
por se tratar da capacidade de autoconsciência, controle de impulsos, persistência, empatia e habilidade. Esta
conclusão é especialmente pertinente, em se tratando do desempenho em funções de liderança. A Psicologia é,
portanto, uma ciência que fornece firme embasamento teórico e prático para que o líder possa influenciar pessoas.

1.3.3 - Aspectos Sociológicos


Os textos deste subitem foram retirados, com adaptações, do Manual de Liderança, editado em 1996 (130-
Bases Sociológicas).
Sociólogos concordam que a perspectiva sociológica envolve um processo que vai permitir examinar as
coletividades além das fachadas das estruturas sociais, com o propósito de refletir, com profundidade, sobre a
dinâmica de forças atuantes em dada coletividade.
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A liderança envolve líder, liderados, e contexto (ou situação), constituindo, fundamentalmente, uma

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relação. Para muitos teóricos, a liderança, dadas as características singulares que envolve, constitui-se em um
processo ímpar de interação social. Partindo desta visão da liderança, é evidente o quanto a Sociologia tem para
contribuir em termos de embasamento teórico no estudo e na construção do processo da liderança.
Os militares, em geral, em função da peculiaridade de suas atividades profissionais, constituem uma
subcultura dentro da sociedade brasileira. Focalizando mais de perto ainda, pode-se afirmar que a Marinha, dentro
das Forças Armadas, face a suas atribuições muito próprias, constitui-se, igualmente, em uma subcultura. A
liderança, por definição, pressupõe a atuação do líder sobre grupos humanos; os membros destes grupos são, em
geral, oriundos de diferentes subculturas. Estes indivíduos, ao ingressarem na Marinha, passarão a integrar-se a
esta nova subcultura, após um período de adaptação. No âmbito da Marinha, pode-se distinguir subculturas
correspondentes aos diferentes Corpos e Quadros, em função da missão atribuída a cada um deles. Cultura e
subcultura são, portanto, temas de estudo da Sociologia de interesse para a liderança.
Outro tópico de Sociologia avaliado como relevante é o dos processos sociais, estes definidos como a
interação repetitiva de padrões de comportamento comumente encontrados na vida social. Os processos sociais
de maior incidência nas sociedades e grupos humanos são: cooperação, competição e conflito. O líder, cuja
matéria-prima é o grupo liderado, necessita identificar a existência de tais processos, estimulando- os ou não, em
função das especificidades da situação corrente e da natureza da missão a ser levada a termo.
Cooperação, etimologicamente, significa trabalhar em conjunto. Implica uma opção pelo coletivo em
detrimento do individual, mas nada impede o desenvolvimento e o estímulo das habilidades de cada membro, em
prol de um objetivo comum. Sob muitos aspectos, e de um ponto de vista humanista, é a forma ideal de atuação
de grupos. Ocorre que nem sempre é possível, dentro de um grupo, manter, exclusivamente, o processo
cooperativo. Em função do contexto, das circunstâncias da própria tarefa a realizar, da natureza do grupo, ou das
características do líder, outros processos se desenvolvem.
Competição é definida como a luta pela posse de recompensas cuja oferta é limitada.Tais recompensas
incluem dinheiro, poder, status, amor e muitos outros. Outra forma de descrever o processo competitivo o mostra
como a tentativa de obter uma recompensa superando todos os rivais.
A competição pode ser pessoal – entre um número limitado de concorrentes que se conhecem entre si –
ou impessoal – quando o número de rivais é tal, que se torna impossível o conhecimento entre eles, como ocorre,
por exemplo, nos exames vestibulares ou em concursos públicos.
Atualmente, os especialistas concordam que ambos os processos – cooperação e competição – coexistem
e, até mesmo, sobrepõem-se na maioria das sociedades. O que varia, em função de diferenças culturais, é a
intensidade com que cada um é experimentado.
Sob o ponto de vista psicológico, é relevante considerar que, se a competição tem o mérito inicial de
estimular a atividade dos indivíduos e dos grupos, aumentando-lhes a produtividade, tem o grave inconveniente
de desencorajar os esforços daqueles que se habituaram a fracassar. Vencedor há um só; todos os demais são
perdedores. Outro inconveniente sério, decorrente do estímulo à competição, consiste na forte possibilidade de
desenvolvimento de hostilidades e desavenças no interior do grupo, contribuindo para sua desagregação. A
instabilidade inerente ao processo competitivo faz com que este, com bastante frequência, se transforme em
conflito. Na liderança, a competição tem sempre que ser saudável e estimulante.
Conflito é a exacerbação da competição. Uma definição mais específica afirma que tal processo consiste
em obter recompensas pela eliminação ou enfraquecimento dos competidores. Ou seja, o conflito é uma forma de
competição que pode caminhar para a instalação de violência e, que se vai intensificando, à medida que aumenta
a duração do processo, já que este tem caráter cumulativo – a cada ato hostil surge uma represália cada vez mais
agressiva.
O processo social de conflito inclui aspectos positivos e negativos. Por um lado, o conflito tende a destruir
a unidade social e, da mesma forma, desagregar grupos menores, pelo aumento de ressentimento, pelo desvio dos
objetivos mais elevados do grupo, pela destruição dos canais normais de cooperação, pela intensificação de
tensões internas, podendo chegar à violência. Por outro lado, doses regulares de conflito de posições, podem ter
efeito integrador dentro do grupo, na medida em que obrigam os grupos a se autocriticarem, a reverem posições,
a forçarem a formulação de novas políticas e práticas, e, em consequência, a uma revitalização dos valores
autênticos próprios daquele grupo.
Uma vez instalado e manifesto o conflito no seio de um grupo, seu respectivo líder terá de buscar soluções
e alternativas para manter o controle da situação. Não é fácil ou agradável para os líderes atuar em situações de
conflito, o que não justifica sua pura e simples negação. É indispensável que o líder seja capaz de diagnosticar as
situações de conflito, mesmo quando ainda latentes, de modo a buscar estratégias adequadas para gerenciá-las
construtivamente.
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1.4 - ESTILOS DE LIDERANÇA


Nos primórdios do século XX, prevaleceram as pesquisas sobre liderança, entendida como qualidade
inerente a certas pessoas ou traço pessoal inato. A partir dos anos 30, evoluiuse para uma concepção de liderança
como conjunto de comportamentos e de habilidades que podem ser ensinadas às pessoas que, desta forma, teriam
a possibilidade de se tornarem líderes eficazes.
Progressivamente, os pesquisadores abandonaram a busca de uma essência da liderança, percebendo toda
a complexidade envolvida e evoluindo para análises bem mais sofisticadas, que incluíam diversas variáveis
situacionais. Nesse contexto, observa-se a proliferação de publicações sobre liderança, incluindo trabalhos
científicos e literatura sensacionalista e de autoajuda. Diferentes autores propõem uma infinidade de estilos de
liderança que se sobrepõem. Alguns fundamentam-se em estudos e pesquisas e outros são meramente empíricos
e intuitivos. Há também muitos modismos, alguns consistindo, apenas, ematribuição de novos nomes e roupagens
a antigos conceitos, sendo reapresentados como se fossem avanços na área de liderança.
Para simplificar a apresentação e o emprego de uma gama de estilos de liderança consagrados e relevantes
para o contexto militar-naval, foram considerados alguns estilos selecionados em três grandes eixos:
• grau de centralização de poder;
• tipo de incentivo; e
• foco do líder.
Pode-se afirmar, genericamente, que os diferentes estilos de liderança, propostos à luz das diversas teorias,
se enquadram em três principais critérios de classificação, apresentados como eixos lógicos em que se agrupam
apenas sete estilos principais:
a) QUANTO AO GRAU DE CENTRALIZAÇÃO DE PODER: Liderança Centralizadora, Liderança Participativa e
Liderança Delegativa;
b) QUANTO AO TIPO DE INCENTIVO: Liderança Transformacional e Liderança Transacional; e
c) QUANTO AO FOCO DO LÍDER: Liderança Orientada para Tarefa e Liderança Orientada para Relacionamento.
Os subitens a seguir descrevem os sete principais estilos de liderança propostos pelas diversas teorias.
1.4.1 - Liderança Centralizadora
A liderança centralizadora é baseada na autoridade formal, aceita como correta e legítima pela estrutura
do grupo.
O líder centralizador baseia a sua atuação numa disciplina rígida, impondo obediência e mantendo-se
afastado de relacionamentos menos formais com os seus subordinados, controla o grupo por meio de inspeções
de verificação do cumprimento de normas e padrões de eficiência, exercendo pressão contínua. Esse tipo de
liderança pode ser útil e, até mesmo, recomendável, em situações especiais como em combate, quando o líder tem
que tomar decisões rápidas e não é possível ouvir seus liderados, sendo a forma de liderança mais conhecida e de
mais fácil adoção.
A principal restrição a esse tipo de liderança é o desinteresse pelos problemas e ideias, tolhendo a iniciativa
e, por conseguinte, a participação e a criatividade dos subordinados. O uso desse estilo de liderança pode gerar
resistência passiva dentro da equipe e inibir a iniciativa do subordinado, além de não considerar os aspectos
humanos, dentre eles, o relacionamento líder-liderados.

1.4.2 - Liderança Participativa ou Democrática


Nesse estilo de liderança, abre-se mão de parte da autoridade formal em prol de uma esperada participação
dos subordinados e aproveitamento de suas ideias. Os componentes do grupo são incentivados a opinarem sobre
as formas como uma tarefa poderá ser realizada, cabendo a decisão final ao líder (exemplo típico é o Estado-Maior).
O êxito desse estilo é condicionado pelas características pessoais, pelo conhecimento técnico-profissional e pelo
engajamento e motivação dos componentes do grupo como um todo. Em se obtendo sucesso, a satisfação pessoal
e o sentimento de contribuição por parte dos subordinados são fatores que permitem uma realimentação positiva
do processo. Na ausência do líder, uma boa equipe terá condições de continuar agindo de acordo com o
planejamento previamente estabelecido para cumprir a missão.
O líder deve estabelecer um ambiente de respeito, confiança e entendimento recíprocos, devendo possuir,
para tanto, ascendência técnico-profissional sobre seus subordinados e conduta ética e moral compatíveis com o
cargo que exerce. Um líder que adota o estilo democrático encoraja a participação, mas nunca perde de vista sua
autoridade e responsabilidade.

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Um chefe inseguro dificilmente conseguirá exercer uma liderança democrática, mas tenderá a submeter ao

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grupo todas as decisões. Isso poderá fazer com que o chefe acabe sendo conduzido pelo próprio grupo.
1.4.3 - Liderança Delegativa
Esse estilo é indicado para assuntos de natureza técnica, onde o líder atribui a assessores a tomada de
decisões especializadas, deixando-os agir por si só. Desse modo, ele tem mais tempo para dar atenção a todos os
problemas sem se deter especificamente a uma determinada área. É eficaz quando exercido sobre pessoas
altamente qualificadas e motivadas. O ponto crucial do sucesso deste tipo de liderança é saber delegar atribuições
sem perder o controle da situação e, por essa razão, o líder, também, deverá ser altamente qualificado e motivado.
O controle das atividades dos elementos subordinados é pequeno, competindo ao chefe as tarefas de orientar e
motivar o grupo para atingir as metas estabelecidas.
1.4.4 - Liderança Transformacional
Esse estilo de liderança é especialmente indicado para situações de pressão, crise e mudança, que requerem
elevados níveis de envolvimento e comprometimento dos subordinados, sendo que:
“uma ou mais pessoas engajam-se com outras de tal forma que líderes e seguidores elevam um ao outro a
níveis mais altos de motivação e moral” (BURNS, 1978, apud SMITH; PETERSON, 1994, p. 129)
Quatro aspectos caracterizam a liderança transformacional: 1º) “[...] carisma (influência idealizada)
associado com um grau elevado de poder de referência por parte do líder [...]” (NOBRE, 1998, p. 54), que é capaz
de despertar respeito, confiança e admiração; 2º) inspiração motivadora, que consiste na capacidade de apresentar
uma visão, dando sentido à missão a ser realizada, de instilar orgulho. Inclui também a capacidade de simplificar o
entendimento sobre a importância dos objetivos a serem atingidos e, a “[...] possibilidade de criar símbolos,
“slogans” ou imagens que sintetizam e comunicam metas e ideais, concentrando assim os esforços [...]” (NOBRE,
1998, p. 54); 3º) estimulação intelectual, consiste “[...] em encorajar os subordinados a questionarem sua forma
usual de fazer as coisas, [...] além de incentivar a criatividade, o auto- desenvolvimento e a autonomia de
pensamento” (NOBRE, 1998, p. 54-55), propiciando a formulação de críticas construtivas, em busca da melhoria
contínua; 4º) “consideração individualizada, implica em considerar as necessidades diferenciadas dos
subordinados, dedicando atenção pessoal, orientando tecnicamente e aconselhando individualmente”
(CAVALCANTI et al., 2005) e “[...] oferecendo também meios efetivos de desenvolvimento e auto-superação.”
(NOBRE, 1998, p. 55). Segundo o enfoque da liderança transformacional, ao encontrarem significado e perspectivas
de realização pessoal no trabalho, os subordinados alcançam os mais elevados níveis de produtividade e
criatividade, fazendo desaparecer a dicotomia trabalho e prazer. (BARRETT, 2000, apud CAVALCANTI et al., 2005).
1.4.5 - Liderança Transacional
Nesse estilo de liderança, o líder trabalha com interesses e necessidades primárias dos seguidores,
oferecendo recompensas de natureza econômica ou psicológica, em troca de esforço para alcançar os resultados
organizacionais desejados (CAVALCANTI et al., 2005).
A liderança transacional envolve os seguintes fatores:
“A recompensa é contingente, buscando-se uma sintonia entre o atendimento das necessidades dos
subordinados e o alcance dos objetivos organizacionais; Esse estilo de liderança caracteriza-se também pela
administração por exceção, que implica num gerenciamento atuante somente no sentido de corrigir erros [...].”
(NOBRE, 1998, p. 55)
Neste estilo de liderança, o líder “[...] observa e procura desvios das regras e padrões, toma medidas
corretivas.” (CAVALCANTI et al., 2005, p. 120).
1.4.6 - Liderança Orientada para Tarefa
A especialização em tarefas é uma das principais responsabilidades do líder, na medida em que possui a
necessária qualificação profissional para o exercício da função. Nesse estilo de liderança, então, o líder focaliza o
desempenho de tarefas e a realização de objetivos, transmitindo orientações específicas, definindo maneiras de
realizar o trabalho, o que espera de cada um e quais são os padrões organizacionais.
1.4.7 - Liderança Orientada para Relacionamento
Nesse estilo de liderança, o foco do líder é a manutenção e fortalecimento das relações pessoais e do próprio
grupo. O líder demonstra sensibilidade às necessidades pessoais dos liderados, concentra-se nas relações
interpessoais, no clima e no moral do grupo. Esse estilo de liderança, que está significativamente associado às
medidas de satisfação dos liderados em relação ao trabalho e ao chefe, pode ser útil em situações de tensão,
frustração, insatisfação e desmotivação do grupo.

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1.5 - SELEÇÃO DE ESTILOS DE LIDERANÇA

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Ao proporem diferentes estilos de liderança, os autores condicionam a eficácia do seu emprego a algumas
variáveis, tais como:
• relevância da qualidade da tarefa ou decisão;
• importância da aceitação da decisão pelos subordinados para obtenção de seu envolvimento na
implantação de determinada linha de ação;
• tempo disponível para realização da missão;
• riscos envolvidos;
• níveis de prioridade no que diz respeito à produtividade ou à satisfação do grupo; e
• nível de maturidade psicológica e profissional dos subordinados.
Destacando-se apenas esta última variável como exemplo, pode-se afirmar, genericamente, que a
identificação de um baixo nível de maturidade (profissional e/ou emocional) no grupo de subordinados induz à
aplicação de estilos com maior centralização de poder, mais foco na tarefa e que incentivos no nível transacional
(licença, rancho, conforto etc) tendem a ter mais valência para o grupo. Por outro lado, grupos mais maduros, em
geral, respondem melhor a estilos menos centralizadores de poder e a incentivos no nível da autorrealização, como
ocorre no estilo transformacional. Naturalmente, não apenas uma, mas todas as variáveis relevantes de cada
situação devem ser consideradas pelo líder.
Portanto, diferentes estilos de liderança podem ser adotados, de acordo com as circunstâncias. Pode-se
considerar que:
“[...] quando se abandona a ideia de que deve existir uma melhor forma de liderar, todas as teorias
subsequentes de liderança devem ser contingenciais ou situacionais, isto é, devem definir as circunstâncias que
afetam o comportamento e a eficácia dos líderes.” (SMITH; PETERSON, 1994, p. 173)
À luz da abordagem situacional, que prevalece na atualidade, na qual a liderança pode assumir diversos
estilos, os principais requisitos de liderança passam a ser a capacidade de diagnosticar as variáveis situacionais, a
flexibilidade e a adaptabilidade às mudanças. Os melhores líderes utilizam estilos diferentes, em distintas situações.
Assim, é necessário um esforço pessoal do líder no sentido de se adaptar, continuamente, às mudanças de estilo
adequadas a cada contexto.
1.6 - FATORES DA LIDERANÇA
Os fatores da liderança, mencionados neste item, baseiam-se na publicação Liderança Militar, Instruções
Provisórias IP 20-10, de 1991, do Estado-Maior do Exército.
1.6.1 - O Líder
O líder deve conhecer a si mesmo, para saber de suas capacidades, características e limitações, evitando
atribuir aos seus liderados falhas ou restrições.
“Os bons líderes eficientes são também bons seguidores [...]” (BRASIL, 1991, p. 3-3) e cumpridores das
orientações de seus superiores, passando esse exemplo a seus subordinados.
“O líder, independentemente de sua vontade, atua como elemento modificador do comportamento de seus
liderados subordinados. [...] A função militar está relacionada com a segurança e a responsabilidade pela vida de
seres humanos.”(BRASIL, 1991, p. 3-3, 3-4)
Provavelmente, poucos profissionais são forçados a assumir tarefa tão grave ao liderar subordinados.
(BRASIL, 1991).
1.6.2 - Os Liderados
“O conhecimento dos liderados é fator essencial para o exercício da liderança e depende do entendimento
claro da natureza humana, das suas necessidades, emoções e motivações.” (BRASIL, 1991, p. 3-4)
Isto é, ainda, crucial para o salutar exercício de Delegação de Autoridade.
1.6.3 - A Situação
“Não existem normas nem fórmulas que mostrem com exatidão o que deve ser feito. O líder precisa
compreender a dinâmica do processo de liderança, os fatores principais que a compõem, as características de seus
liderados e aplicar estes conhecimentos como guia para cada situação em particular.” (BRASIL, 1991, p. 3-5)
Fica, assim, bem clara a necessidade exaustiva da prática da liderança, para o sucesso do líder, levando
sempre em conta a cultura e/ou a subcultura organizacional da instituição.

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1.6.4 - A Comunicação

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“A comunicação é um processo essencial à liderança, que consiste na troca de ordens, informações e ideias, só
ocorrendo quando a mensagem é recebida e compreendida. [...] É através desse processo que o líder coordena,
supervisiona, avalia, ensina, treina e aconselha seus subordinados.[...] O que é comunicado e a forma como isto é feito
aumentam ou diminuem o vínculo das relações pessoais, criam o respeito, a confiança mútua e a compreensão. Os laços
que se formam, com o passar do tempo, entre o líder e seus liderados, são a base da disciplina e da coesão em uma
organização. O líder deve ser claro e “escolher” cuidadosamente as palavras, de tal forma que signifiquem a mesma coisa
para ele e para seus subordinados.” (BRASIL, 1991, p. 3-4).
1.7 - ATRIBUTOS DE UM LÍDER
A natureza e as especificidades da profissão militar, a destinação constitucional das Forças Armadas e a cultura
organizacional da Forças Armadas como um todo e, da Marinha, mais especificamente, fazem com que certos traços de
personalidade tornem-se desejáveis e tendam a encontrar-se especialmente acentuados nos líderes militares. Embora
não existam fórmulas de liderança, a História, a experiência e também a pesquisa psicossocial têm demonstrado que é
importante que os chefes procurem desenvolver esses traços em si e nos seus subordinados, porque em momentos
críticos ou nas situações difíceis eles podem contribuir para um exercício mais eficaz da liderança no contexto militar.
Os atributos de um líder têm como componente comum a capacidade de influenciar.
Um bom líder deve perseguir, manter, desenvolver e cultivar essa capacidade e, sobretudo, transmiti-la aos seus
subordinados, formando assim, novos líderes que, por sua vez, devem agir da mesma forma, na tentativa de alcançar
um círculo virtuoso.
O Anexo A define os principais atributos de um líder, que devem estar em consonância com os preceitos da Ética
Militar, segundo os fundamentos estabelecidos no Estatuto dos Militares. Nunca é demais ressaltar que a Ética é
parâmetro fundamental para o exercício da liderança, notadamente no âmbito militar.
1.8 - NÍVEIS DE LIDERANÇA
Com a evolução das técnicas de gestão empresarial, o foco do estudo sobre o comportamento dos dirigentes
passou a ser voltado para as diferenças entre o líder de base e o de cúpula. Foi então idealizado um padrão de
organização baseado em três níveis funcionais: operacional, tático e estratégico, discriminando as características
desejáveis para um líder nos três níveis, de acordo com suas habilidades.
Em consonância com esses novos conceitos, foram estabelecidos três níveis de liderança: direta, organizacional e
estratégica. Estes três níveis definem com precisão toda a abrangência da liderança e será adotado ao longo desta
Doutrina.
A liderança direta é obtida por meio do relacionamento face a face entre o líder e seus liderados e é mais presente
nos escalões inferiores, quando o contato pessoal é constante. A liderança direta, conquanto seja mais intensa no
comando de pequenas frações ou unidades, tendo em vista que a estrutura organizacional da Força exige o trato com
assessores e subordinados diretos.
A liderança organizacional desenvolve-se em organizações de maior envergadura, normalmente estruturadas
como Estado-Maior, sendo composta por liderança direta, conduzida em menor escala e voltada para os subordinados
imediatos, e por delegação de tarefas.
A liderança estratégica militar é aquela exercida nos níveis que definem a política e a estratégia da Força. É um
processo empregado para conduzir a realização de uma visão de futuro desejável e bem delineada.
1.8.1 - Liderança Direta
Essa é a primeira linha de liderança e ocorre em organizações onde os subordinados estão acostumados a ver
seus chefes frequentemente: seções, divisões, departamentos, navios, batalhões, companhias, pelotões e esquadras de
tiro. Para serem eficazes, os líderes diretos devem possuir muitas habilidades interpessoais, conceituais, técnicas e
táticas.
Os líderes diretos aplicam os atributos conceituais de pensamento crítico-lógico e pensamento criativo para
determinar a melhor maneira de cumprir a missão. Como todo líder, usam a Ética para pautar suas condutas e adquirir
certeza de que suas escolhas são as melhores e contribuem para o aperfeiçoamento da performance do grupo, dos
subordinados e deles próprios. Eles empregam os atributos interpessoais de comunicação e supervisão para realizar o
seu trabalho. Desenvolvem seus liderados por instruções e aconselhamento e os moldam em equipes coesas, treinando-
os até a obtenção de um padrão.
São especialistas técnicos e os melhores mentores. Tanto seus chefes quanto seus subordinados esperam que
eles conheçam bem sua equipe, os equipamentos e que sejam “expert” na área em que atuam.
Usam a competência para incrementar a disciplina entre os seus comandados. Usam o conhecimento dos
equipamentos e da doutrina para treinar homens e levá-los a alcançar padrões elevados, bem como criam e sustentam
equipes com habilidade, certeza e confiança no sucesso na paz e na guerra.
Exercem influência continuamente, buscando cumprir a missão, tendo por base os propósitos e orientações
emanadas das decisões e do conceito da operação do chefe, adquirindo e aferindo resultados e motivando seus

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subordinados, principalmente pelo exemplo pessoal. Devido a sua liderança ser face a face, veem os resultados de suas

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ações quase imediatamente.


Trabalham focando as atividades de seus subordinados em direção aos objetivos da organização, bem como
planejam, preparam, executam e controlam os resultados.
Se aperfeiçoam ao assumirem os valores da instituição e ao estabelecerem um modelo de conduta para seus
subordinados, colocando os interesses da instituição e do Grupo que lideram acima dos próprios. Com isto, eles
desenvolvem equipes fortes e coesas em um ambiente de aprendizagem saudável e efetiva.
Os líderes diretos devem, ainda, estimular ao máximo o desenvolvimento de líderes subordinados, de forma a
potencializar a sua influência até os níveis organizacionais mais baixos e obter melhores resultados.
1.8.2 - Liderança Organizacional
Ao contrário do que acontece no nível de liderança direta, onde os líderes planejam, preparam, executam e
controlam diretamente os resultados dos seus trabalhos, a influência dos líderes organizacionais é basicamente indireta:
eles expedem suas políticas e diretivas e incentivam seus liderados por meio de seu staff e comandantes subordinados.
Devido ao fato de não haver proximidade, os resultados de suas ações são frequentemente menos visíveis e mais
demorados. No entanto, a presença desses líderes em momentos e lugares críticos aumenta a confiança e a performance
dos seus liderados. Independente do tipo de organização que eles chefiem, líderes organizacionais conduzem operações
pela força do exemplo, estimulando os subordinados e supervisionando-os apropriadamente. Sempre que possível, o
líder organizacional deve mostrar sua presença física junto aos escalões subordinados, seja por intermédio de visitas e
mostras, seja por meio de reuniões funcionais com os comandantes subordinados.
1.8.3 - Liderança Estratégica
Líderes estratégicos exercem sua liderança no âmbito dos níveis mais elevados da instituição. Sua influência é
ainda mais indireta e distante do que a dos líderes organizacionais. Desse modo, eles devem desenvolver atributos
adicionais de forma a eliminar ou reduzir esses inconvenientes.
Os líderes estratégicos trabalham para deixar, hoje, a instituição pronta para o amanhã, ou seja, para enfrentar
os desafios do futuro, oscilando entre a consciência das necessidades nacionais correntes e na missão e objetivos de
longo prazo.
Desde que a incerteza quanto às possíveis ameaças não permita uma visualização clara do futuro, a visão dos
líderes estratégicos é especialmente crucial na identificação do que é importante com relação ao pessoal, material,
logística e tecnologia, a fim de subsidiar decisões críticas que irão determinar a estrutura e a capacidade futura da
organização.
Dentro da instituição, os líderes estratégicos constroem o suporte para facilitar a busca dos objetivos finais de sua
visão. Isto significa montar um staff que possa assessorá-los convenientemente a conduzir seus subordinados de maneira
segura e flexível. Para obter o suporte necessário, os líderes estratégicos procuram obter o consenso não só no âmbito
interno da organização, como também trabalhando junto a outros órgãos e instituições a que tenham acesso, em
questões como orçamento, estrutura da Força e outras de interesse, bem como estabelecendo contatos com
representações de outros países e Forças em assuntos de interesse mútuo.
A maneira como eles comunicam as suas políticas e diretivas aos militares e civis subordinados e apresentam
aquelas de interesse aos demais cidadãos vai determinar o nível de compreensão alcançado e o possível apoio para as
novas ideias. Para se fazer entender por essas diversas audiências, os líderes estratégicos empregam múltiplas mídias,
ajustando a mensagem ao público alvo, sempre reforçando os temas de real interesse da instituição.
Os líderes estratégicos estão decidindo hoje como transformar a Força para o futuro. Eles devem trabalhar para
criar e desenvolver a próxima geração de líderes estratégicos, montar a estrutura para o futuro e pesquisar os novos
sistemas que contribuirão na obtenção do sucesso.
Para capitanear as mudanças pessoalmente e levar a instituição em direção à realização do seu projeto de futuro,
esses líderes transformam programas conceituais e políticos em iniciativas práticas e concretas. Este processo envolve
uma progressiva alavancagem tecnológica e uma modelagem cultural. Conhecendo a si mesmos e aos demais “atores”
estratégicos, tendo um nítido domínio dos requisitos operacionais, da situação geopolítica e da sociedade, os líderes
estratégicos conduzem adequadamente a Força e contribuem para o desenvolvimento e a segurança da Nação. Tendo
em vista que os conflitos nos dias de hoje podem ser desencadeados muito rapidamente, não permitindo um longo
período de mobilização para a guerra – como se fazia no passado –, o sucesso de um líder estratégico significa deixar a
Força pronta para vencer uma variedade de conflitos no presente e permanecer pronta para enfrentar as incertezas do
futuro.
Em resumo, esses líderes preparam a instituição para o futuro por meio de sua liderança. Isto significa influenciar
pessoas – integrantes da própria organização, membros de outros setores do governo, elites políticas – por meio de
propósitos significativos, direções claras e motivação consistente. Significa, também, acompanhar o desenrolar das
missões atuais, sejam quais forem, e buscar aperfeiçoar a instituição – tendo a certeza que o pessoal está adestrado e
de que seus equipamentos e estrutura estão prontos para os futuros desafios.
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ANEXO A

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PRINCIPAIS ATRIBUTOS DE UM LÍDER


1 - Exemplo
Apresentação pessoal e comportamento coerentes com valores, normas e crenças da instituição, em todas
as circunstâncias.
“Não há nada que se exija tanto de um líder quanto dar o exemplo pessoal, ou seja o exemplo do seu
comportamento, pleno de valores inerentes à ética militar, aceitos e respeitados pelo grupo.” (BRASIL, 1996, p. 54)
“A todo momento, o líder é observado por seus subordinadas e deve buscar conquistarlhes a confiança, o
respeito e a admiração.” (BRASIL, 1996).

2 - Integridade Ética
Honestidade, transparência e comprometimento inquebrantável com os valores éticos da instituição, tais
como: honra, lealdade para com seus superiores, pares e subordinados, fidelidade e coragem, dentre outros,
expressos na Rosa das Virtudes (Anexo B).

Dentre os atributos que compõem a integridade ética, pode-se destacar:

Integridade Ética 2.1 - Lealdade


“A Lealdade é o verdadeiro, espontâneo e incansável devotamento a uma causa, a sincera obediência à
autoridade dos superiores e o respeito aos sentimentos de dignidade alheia.” (BRASIL, 2009, p. 33).
Integridade Ética 2.2 - Coragem
A coragem apresenta-se sob duas formas: coragem física – superação do medo ao dano físico no
cumprimento do dever; e coragem moral – disposição para defender suas convicções, sobretudo em situações
críticas, e para “[...] opinar e agir sempre pelo bem, mesmo e, principalmente, quando não favorecer e ou até
contrariar as conveniências pessoais.” (BRASIL, 2009, p. 39).
Por sua importância na paz ou no combate, ressalta-se que a coragem moral é a capacidade de assumir
responsabilidade por suas decisões e erros.
Integridade Ética 2.3 - Caráter
“O caráter é [...] a combinação de traços de personalidade que dão consistência ao comportamento e tem
por base as crenças e valores, sendo o fator preponderante nas decisões e no modo de agir de qualquer
pessoa.”(BRASIL, 1991, p.6-2). Merecem destaque como traços essenciais do caráter, a honestidade e a
integridade.
3 - Humildade
É ter consciência de que o líder pode não saber tudo sobre determinado assunto, que pode estar
equivocado em seu julgamento ou sua posição e que mais modernos, ou mais antigos, com suas experiências,
podem saber mais e ajudá-lo no cumprimento da missão.
4 - Competência Profissional
“Competências representam combinações sinérgicas de conhecimentos, habilidades e atitudes, expressas
pelo desempenho profissional, dentro de determinado contexto organizacional.” (DURAND, 2000; NISEMBAUM,
2000, apud BRUNOFARIA; BRANDÃO, 2003, p. 37)
O militar deve sempre aprimorar seus conhecimentos e habilidades e, por meio de uma atitude positiva
compatível com seu grau hierárquico, conseguir resultados eficazes para a instituição.

5 - Determinação
Persistência para a realização de tarefas, possibilitando vencer as dificuldades encontradas até concluí-las
com eficácia, dentro dos prazos estabelecidos.

6 - Entusiasmo
É uma disposição para assumir responsabilidades e enfrentar desafios, demonstrando vibração espontânea
e contagiante pelo seu trabalho e pela Organização.

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7 - Capacidade Decisória

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É a habilidade para considerar diversas linhas de ação, diante de uma situação-problema, escolhendo, em
tempo hábil, aquela mais adequada para, assim, implementá-la.
Quando necessário, o líder deve ser capaz de tomar decisões difíceis ou impopulares com firmeza e
coragem.
O líder deve ter firmeza em suas decisões, não sendo, irredutível, diante das circunstâncias que se
apresentam.
8 - Autoconfiança
Capacidade de pensar e de decidir, autonomamente, e convicção de ter competência para ser bem
sucedido diante de dificuldades, expressa pela segurança, firmeza e otimismo no modo de falar e de agir.
9 - Autocontrole
Estabilidade de humor e capacidade de atuar eficazmente, mesmo sob pressão.
10 -Flexibilidade
Maleabilidade de ideias e habilidade para integrar informações novas, mesmo que divergentes em relação
a crenças e planejamentos prévios, desde que agreguem valor.
Capacidade de adaptação a mudanças. Habilidade para atuar corretamente de modo diverso em diferentes
situações.
11 -Altruísmo
Capacidade de se colocar no lugar dos liderados, compreendendo-os, demonstrando interesse genuíno por
suas necessidades, preocupando-se e provendo o desenvolvimento e bem-estar pessoal e profissional destes.
12 -Respeito
O líder deve ter respeito pela dignidade humana, que é inerente a todo indivíduo. O líder que respeita seu
subordinado é educado ao dirigir-lhe a palavra. É imparcial em seus julgamentos, seus elogios e suas críticas. Age
com tato e demonstra consideração com cada um de seus comandados.
13 -Capacidade de Relacionamento Interpessoal
Habilidade para lidar com pessoas, sejam superiores, pares ou subordinados, com tato, respeito e
consideração individualizada. Capacidade de exercer o papel de mentor, cultivando habilidades alheias, fornecendo
feedback construtivo e reconhecimento oportuno.
“Os líderes que trabalham bem em grupo produzem uma atmosfera de solidariedade amistosa e
constituem, eles mesmos, modelos de respeito, prestimosidade e cooperação. Inspiram nos demais um
compromisso ativo e entusiástico com o esforço coletivo, e promovem a fidelidade e a identificação.” (GOLEMAN;
BOYATZIS; McKEE, 2002, p. 254)
14 -Comunicação
Habilidade verbal para persuadir e inspirar os liderados, fomentando um sentido de objetivo, que vá além das tarefas
cotidianas, tornando o trabalho mais estimulante, de forma a conquistar a adesão voluntária dos subordinados. Clareza,
objetividade e propriedade de linguagem na expressão oral e escrita. Preocupação com a disseminação pronta e eficaz de
ordens e notícias, de forma a prevenir mal-entendidos, rumores e boatos nocivos ao moral do grupo.
É de extrema importância que o líder procure desenvolver esta capacidade, tanto escrita como oral, para se fazer
entender por seus comandados, em todos os níveis. A expedição de ordens, a orientação sobre tarefas ou missões, tudo se faz
por meio dessa comunicação. Nunca é demais lembrar que, não raras vezes, ordens são mal executadas não por deficiência
de quem as cumpriu, mas por falta de clareza de quem as deu.
É também por meio da boa comunicação que o líder pode persuadir e motivar seus comandados.
15 -Iniciativa
“A Iniciativa, em um plano mais elevado, é a faculdade de deliberar acertadamente em circunstâncias imprevistas ou
na ausência dos superiores, agindo sob responsabilidade própria, mas dentro da doutrina, a bem do serviço. Para assim fazer,
é preciso ter capacidade profissional, confiança em si e estar bem orientado.” (BRASIL, 2009, p. 34)
Cabe aos mais antigos, criar um clima propício e estimular tal prática em seus comandados.
16-Senso de Justiça
Capacidade de julgar, imparcial e respeitosamente, com base em dados objetivos, de acordo com o mérito
e o desempenho de cada um, não se deixando influenciar por sentimentos pessoais, estereótipos ou preconceitos.

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ANEXO B

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JURAMENTO À BANDEIRA E ROSA DAS VIRTUDES


O compromisso de que trata o Art. 176 do Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e
Cerimonial Militar das Forças Armadas, aprovado pela Portaria Normativa nº 660/MD/2009, será realizado perante a
Bandeira Nacional desfraldada, com o braço direito estendido horizontalmente à frente do corpo, mão aberta, dedos
unidos, palma para baixo, repetindo, em voz alta e pausada, as seguintes palavras:
“INCORPORANDO-ME À MARINHA DO BRASIL -
- PROMETO CUMPRIR RIGOROSAMENTE -
- AS ORDENS DAS AUTORIDADES A QUE ESTIVER SUBORDINADO;-
- RESPEITAR OS SUPERIORES HIERÁRQUICOS -
- TRATAR COM AFEIÇÃO OS IRMÃOS DE ARMAS -
- E COM BONDADE OS SUBORDINADOS -
- E DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA PÁTRIA -
- CUJA HONRA, INTEGRIDADE E INSTITUIÇÕES -
- DEFENDEREI COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA.”

ROSA DAS VIRTUDES

VALORES DA MARINHA

Os valores organizacioonais representamos prícincipios que devem nortear as ações e conduta de


colaboradores, gerentes e autoridades ligdos a uma instituição pública. Na MB, esses valores são traduzidos por
meio do conjunto dos princípios e costumes expressos na “Rosa das Virtudes”, que devem ser fomentados pelas
práticas de gestão de pessoal.

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HONRA
A Honra é o sentimento que induz o indivíduo à prática do Bem, da Justiça e da Moral. É a força que o impele a
prestigiar sua própria personalidade, como um sentimento de seu patrimônio moral, um misto de brio e valor. Ela
exige a posse do perfeito sentimento do que é justo e respeitável, para a elevação da dignidade e da bravura desse
indivíduo, e, assim, afrontar perigos de toda a ordem, na sustentação dos ditames da Verdade e do Direito. É a virtude
por excelência, porque em si contém todas as demais. A Honra está acima da vida e de tudo que existe no mundo. Os
haveres e demais bens que o indivíduo possui são transitórios, enquanto que a Honra a tudo sobrevive; transmite-se
aos filhos, aos netos, ao lar, à profissão escolhida e à terra em que se nasce. A Honra é o patrimônio da alma. Na
profissão, ela consiste, principalmente, na dedicação ao serviço, no cumprimento do dever, na intrepidez e na
disciplina, tudo inspirado pelo patriotismo. Um navio nunca se entrega ao inimigo e sua bandeira jamais se arria em
presença dele. A Honra do Marinheiro o impede!

LEALDADE
A Lealdade é o verdadeiro, espontâneo e incansável devotamento a uma causa, a sincera obediência à autoridade
dos superiores e o respeito aos sentimentos de dignidade alheia. O subordinado leal cumpre as ordens que recebe
sempre com o mesmo ardor, quer esteja perto ou longe de quem as deu, ainda que, por vezes, intimamente não as
compreenda. A Lealdade é mais do que a Obediência, porque esta se refere à vontade expressa pelo superior e aquela,
ao firme propósito de honestamente interpretá-la e fielmente cumpri-la. É o sentimento que leva, pois, o subordinado
a fazer tudo quanto for humanamente possível para bem cumprir uma ordem ou desempenhar uma dada missão. A
Lealdade exige que se manifeste ao superior, disciplinadamente e no interesse do serviço, toda eventual
incompreensão em relação à determinação ou orientação recebida. A franqueza respeitosa, oportuna e justa é uma
autêntica expressão de lealdade. Mantida, porém, a ordem, a mesma lealdade exige que se cumpra rigorosa e
interessadamente o que foi determinado.

INICIATIVA
A Iniciativa é o ânimo pronto para conceber e executar. É uma manifestação de inteligência, imaginação,
atividade, saber e dedicação ao serviço. Um militar cumpre de forma conscienciosa as obrigações, as rotinas de seu
cargo, faz o treinamento regular de seus homens, etc. Um outro faz tudo isto e vê onde um aperfeiçoamento pode
ser introduzido. Não só o concebe, como se interessa por sua adoção. Se é coisa que só dele dependa e a sua ideia
não vai ferir a conveniência da uniformidade dos diversos serviços, nem a harmonia da cooperação, ele a adota, estuda
e a desenvolve. A Iniciativa, em um plano mais elevado, é a faculdade de deliberar acertadamente em circunstâncias
imprevistas ou na ausência dos superiores, agindo sob responsabilidade própria, mas dentro da doutrina, a bem do
serviço. Para assim fazer, é preciso ter capacidade profissional, confiança em si e estar bem orientado.

COOPERAÇÃO
Cooperar é auxiliar eficiente e desinteressadamente; é esforçar-se em benefício de uma causa comum. O militar
deve sempre agir no interesse maior do conjunto dos serviços. É a Cooperação que faz a eficiência da Marinha. Em
todas as atividades, o trabalho deve obedecer a esse espírito de comunhão de esforços, a fim de que a potencialidade
do conjunto, como um todo, seja a mais elevada possível. Assim, superiores e subordinados não devem limitar-se
apenas ao cumprimento das tarefas que lhes tiverem sido cometidas, mas, sim, procurar ajudar-se mutuamente na
execução das mesmas, buscando compreender as necessidades e prioridades da instituição como um todo.
A Cooperação é uma exigência imperiosa para a eficiência da instituição, mas só possui esta qualidade quem não
dá guarida às influências perniciosas do egoísmo, da intriga ou da indiferença, em prol de um sincero e profissional
desprendimento.

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ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO
O Espírito de Sacrifício é a disposição sincera de realmente oferecer, espontaneamente, interesses, comodidades,
vida, tudo, em prol do cumprimento do dever. O cultivo do Espírito de Sacrifício é praticado vencendo os pequenos
incômodos pessoais, os menores percalços do dia a dia. “Quem não é fiel no pouco, certamente não será no muito”:
somente percebendo o valor das coisas é que se desenvolve o Espírito de Sacrifício e se torna capaz de dar um passo
a mais na formação do caráter marinheiro.

ZELO
O Zelo é atributo que não depende, em alto grau, de preparo profissional, de predicados especiais de inteligência
e de saber. É, por isso mesmo, virtude que deve ser comum a todos os que servem à Marinha. Essa qualidade é
consequência direta do “amor próprio”, do amor à Marinha e à Nação. É o sentimento que leva a não poupar esforços
para o bom desempenho das funções que lhes são atribuídas. É o sentimento que conduz à dedicação ao serviço,
como autêntica expressão do Dever. No Zelo, está implícita a aceitação de que se serve à Nação e não a pessoas.
Ninguém tem o direito de deixar de zelar por suas obrigações, por motivos circunstanciais, alheios ou não à sua
vontade. O Zelo está intimamente ligado à probidade, vista como a capacidade de bem administrar os bens, fundos e
recursos que nos foram confiados. Faz-se presente, assim, no exato cumprimento de orçamentos e planos financeiros
e no atento cuidado com o patrimônio da Marinha.

CORAGEM
A Coragem é a disposição natural que nos permite dominar o medo e enfrentar qualquer perigo. É a força capaz
de fazer com que aquele que ama a vida, e que nela é feliz, saiba arriscá-la e se disponha a morrer por uma causa
nobre. A Coragem é o destemor em combate.
Há também a coragem moral – não menos imprescindível e valiosa, a força psíquica que ampara os homens nas
crises do pensamento e do caráter. É a sustentação das próprias ordens, atitudes e convicções; o saber assumir a
responsabilidade dos seus atos; o afrontamento à perfídia, à inveja e à incompreensão; a manutenção intransigente
do rumo moral, custe o que custar. A coragem tem de andar de mãos dadas com a sabedoria, a prudência, o bom
senso e a calma. O militar corajoso é otimista; confia em si; é eficiente; acredita no valor de seus companheiros.
Comanda seus subordinados, certo de conquistar o êxito.

ORDEM
A Ordem é diligência, porque economiza o tempo, e é previdência, porque o conserva. Como exemplo de
disciplina e método, a ordem orienta o espírito e promove segurança, porque resguarda e alinha em lugar próprio
aquilo que será utilizado no futuro. A sua falta traz o desperdício e a perda do tempo, bem precioso, e que, uma vez
perdido, não há como reaver. A arte de organizar, pôr em ordem, é essencial em um condutor de homens. O
aprendizado da arte de organizar inicia-se individualmente na ordenação do próprio trabalho; organizando o material,
os livros, os uniformes; encontrando o tempo necessário para se ocupar adequadamente dos estudos e das demais
atividades de formação.

FIDELIDADE
Ser fiel é ser honesto, ter têmpera forte para opinar e agir sempre pelo bem, mesmo, e principalmente, quando
não favorecer ou até contrariar as conveniências pessoais. A fidelidade ao serviço impede que o militar cuide de
afazeres e atividades estranhos à Marinha, enquanto estiver ao seu serviço, e negligencie as suas obrigações. Executar
ordens que são agradáveis, ou que partem de pessoas a quem se dedica estima, é um dever fácil de cumprir. Mas,
cumprir ordens difíceis, arriscando a vida, contrariando os próprios interesses e opiniões, por fidelidade ao serviço, é
muito mais digno, porquanto implica sacrifício, que caracteriza a virtude militar.

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“FOGO SAGRADO”
O “Fogo Sagrado” é a paixão, a fé, o entusiasmo com que o militar se dedica à sua carreira; é o seu intenso amor
à Marinha, o seu devotamento pela grandeza da sua profissão; é a larga medida de uma verdadeira vocação e de um
sadio patriotismo; é o supremo amor pelo serviço. É essa crença que anima a ponto de, naturalmente, julgar que os
deveres que a lei marca são o mínimo, e que para bem servir cumpre ir além do próprio dever, fazer tudo quanto é
humanamente possível, à custa, embora, de ingente labor. O “Fogo Sagrado” é essa força misteriosa que, dominando
a alma do verdadeiro marinheiro, o conduz sempre ao sacrifício com inexcedível vibração e estóica resignação. O
“Fogo Sagrado” transmite-se, mas para tanto é preciso possuí-lo em grande intensidade e demonstrá-lo mais por
atitudes e ações do que por ordens e palavras. O “Fogo Sagrado” é a alma da Marinha!
TENACIDADE
Aplicação é uma forma de dedicação, de amor ao serviço. É a disposição para estudar tanto o material em si como
também a maneira de utilizá-lo; para estar a par das rotinas, da organização interna de bordo, da ordenança, dos
regulamentos e das leis; para bem conhecer tudo referente aos aspectos essenciais da profissão. Na arte de conduzir
os homens, o campo é mais profundo: faz-se necessária a tenacidade, o poder da vontade. É o saber querer
longamente, sem desfalecimento e sem trégua. É a presença de ânimo perante qualquer obstáculo ou dificuldade, a
vontade constante de tudo superar e bem desempenhar a tarefa ou função, de caráter operativo ou administrativo.
O espírito de tenacidade transmite-se, pois, exatamente, pela continuidade da ação.
DECISÃO
Decidir é tomar resolução, é sentenciar, é orientar a ação. Não há qualidade, no trato geral dos militares para
com seus subordinados, que mais tenda a aumentar o respeito e confiança desses subordinados, do que sua
capacidade de decidir. O irresoluto, o perplexo, jamais poderá conduzir homens ou comandar navios. Uma orientação
insegura é tão nociva quanto a ausência de orientação. Uma decisão vigorosa é a característica dos vencedores.
Evidentemente, para acertar, é necessário meditação, cálculo, considerações cuidadosas e reflexão a respeito das
circunstâncias, a fim de chegar a uma decisão conveniente. Tal “exame de situação” deve preceder à emissão da
ordem. O verdadeiro chefe medita bem antes de chegar a uma decisão. Se sabe dizer sim ou não, com serena energia
e acerto, e mantém-se firme em sua posição, ganha confiança de seus subordinados. A menos que novas
circunstâncias se apresentem, a modificação de uma decisão tomada dá a impressão de que houve precipitação ou
leviandade em formulá-la. O hábito constante de examinar todas as possíveis situações e analisar todos os dados
disponíveis é muito recomendável. Assim procedendo, há sempre certeza de decisões oportunas e adequadas.
ABNEGAÇÃO
A Abnegação é o esquecimento voluntário do que há de egoístico nos desejos e tendências naturais, em proveito
de uma pessoa, causa ou ideia. É a renegação de si mesmo e a disposição de se colocar a serviço dos outros com o
sacrifício dos próprios interesses. O caráter marinheiro é carregado de Abnegação: tem a consciência do “servir”; inclui
a base de todas as virtudes, a humanidade; e possui a simplicidade em todas as suas ações e palavras. A Abnegação,
portanto, fortalece o desenvolvimento de todas as atividades deserviço à Marinha, criando a unidade de ação, pois
ela é passar por cima de qualquer interesse individual.
ESPÍRITO MILITAR
Espírito Militar é a qualidade que impele o militar de cumprir com natural interesse, dentro da ética, os deveres
e obrigações do serviço, com disciplina e lealdade, sempre animado pelo desejo de ver brilhar o seu navio, a sua classe
e aumentar a eficiência e o prestígio da Marinha. O militar demonstra estar possuído de Espírito Militar em suas
maneiras de agir e de se expressar; no apuro de seus uniformes; na saudação a seus superiores; na discrição com que
se manifesta; na seriedade que imprime ao seu serviço, como expressão da dignidade da sua função e da eficiência
dos seus encargos. O militar dotado de Espírito Militar cria em torno de si um ambiente de compostura, seriedade e
confiança, qualidades essenciais a quem comanda e tem sob sua direta responsabilidade a guarda e a defesa de
preciosos valores morais e materiais da Nação.

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DISCIPLINA

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A força de coesão de qualquer coletividade humana é a Disciplina. É indispensável não só a um Organismo Militar,
mas a qualquer outro que pretenda reunir indivíduos em uma unidade sólida e eficaz. A Disciplina tem um único
inimigo verdadeiro, que é o egoísmo, tão mais obstinado quanto mais inconsciente de si mesmo. O amor próprio
ilimitado separa o homem de seus mais nobres pensamentos, tornando-o um ser isolado, que nada aceita fora do seu
eu. Despido de todo o sentimento de solidariedade, não pode conceber a Disciplina a não ser como forma de
escravidão. A Disciplina não visa a tolher a personalidade, mas sim a regular e coordenar esforços. Ela somente torna-
se fecunda quando há condições de ser alegre e ativa. Um simples conformismo ou o receio das censuras ou sanções
não trazem a Disciplina. O que a faz presente e aceita é um forte sentimento de interesse comum e, principalmente,
a correta percepção de um dever comum. Assim entendida, não haverá o risco de ela coibir ou enfraquecer as
iniciativas, pois não será imposta, mais sim adquirida. A Disciplina Militar manifesta-se basicamente: pela obediência
pronta às ordens do superior; pela utilização total das energias em prol do serviço; e pela correção de atitudes e
cooperação espontânea em benefício da disciplina coletiva e da eficiência da instituição. Na Marinha, a Disciplina é
inseparável da hierarquia e traduz-se no perfeito cumprimento do dever por cada um de seus componentes.

PATRIOTISMO
O Patriotismo é o sentimento irresistível que prende os indivíduos à terra em que nasceram.
É a trama de afetos que, através das gerações, vai sendo tecido em suas almas ao redor do solo querido.
Externamente, é a emoção que os indivíduos sentem ao ouvir os acordes do Hino Nacional e ao ver desfraldada a
Bandeira de sua Pátria. Em essência, é a crença na defesa dos ideais de Nacionalidade. Expressão de carinho que os
liga à terra que serviu de berço, o Patriotismo é a força de coesão poderosa que os torna solidários em um interesse
comum, ensinando-os a bem querer, servir, honrar e defender a Pátria.

MATERIAL INTERNO DE USO EXCLUSIVO DOS ALUNOS


Proibida a reprodução total ou parcial.
Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes; porque o Senhor,
teu Deus, é contigo, por onde quer que andares. (Josué 1:9)”
Sustenta o fogo que a vitória é nossa!
Estamos juntos!
ADSUMUS

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