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Macapá – AP
2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
Macapá – AP
2017
SUMÁRIO
11.Referência............................................................................................................................15
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
( X ) BIBLIOGRÁFICA
(X) DESCRITIVA
( ) EXPERIMENTAL
( ) EXPLORATÓRIA
( ) OUTRAS. Citar :
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2. INTRODUÇÃO
Em uma era onde os sujeitos vivenciam profundas mudanças nas construções de suas
relações sociais/identitárias devido os atravessamentos das constantes mutações provocadas
pelo advento da globalização que provocou no mundo uma desestabilização e
descentralização das economias, politicas, religiões, caminhando para uma integração
regional, permitindo um cambio sem precedentes entre os povos e as suas culturas,
modificando o panorama das relações regionais mundial de forma frenética.
A presente era constrói-se em uma forte tendência para cada vez a dissolução das
fronteiras nacionais, deslocamento das identidades, homogeneização global. A construção das
identidades dos sujeitos que antes era muito mais heterogenias carregando uma forte
influência do nacionalismo, regionalismo, religiosidade, crenças, folclore. Hoje apresentam-se
sob intenso impacto das hibridizações culturais potencializadas pelo acesso ao fluxo constante
de informações através da internet.
O pesquisador cultural Stuart Hall (2005), em suas investigações e reflexões a respeito
das consequências da globalização sobre a construção das identidades dos sujeitos mundiais,
conclui provisoriamente que:
Stuart Hall (2005), salienta que apesar deste grande movimento de deslizamento
das identidades, o efeito da proliferação das informações globalizantes, são também
contraditórios quando enfrentam resistência de determinadas expressões identitárias que
buscam pela consolidação de suas “raízes”, buscando nas tradições subsídios para a
sustentação de suas matrizes identitárias. Hall (2005, p.87 ), diz que estas ações de resistência
estão “tentando recuperar sua pureza anterior e recobrir as unidades e certezas que são
sentidas como sido perdidas.”
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3.PROBLEMATIZAÇÃO
O efeito fragmentador das identidades provocado pela globalização tem contribuído para que
haja uma dissolução e deslocalização das identidades, inclusive a relutante identidade cristã.
Como esses processos de hibrização das identidades afetam os sujeitos que buscam construir
uma matriz identitária a partir dos moldes bíblicos. Existe uma identidade cristã? Se existe,
como ela se dá e como se sustenta em meio aos efeitos da globalização?
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4.HIPÓTESE
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5. OBJETIVOS
3.1. Gerais:
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4 Levantar as contribuições critico-flexivas a respeito dos efeitos da globalização, visando
colaborar com a compreensão dos processos de significação e constituição das identidades
hibridas e fragmentadas, assim como as identidades de resistência como a identidade cristã.
3.2. Específicos:
6. JUSTIFICATIVA
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A escolha deste tema se deve em função da necessidade de investigação dos
fenômenos sociais perpassados pelos complexos e múltiplos processos de constituição das
identidades num contexto de globalização, que se reflete na ação político-cultural de sujeitos,
grupos e movimentos sociais, com ênfase reflexiva na construção de uma identidade cristã,
pensando a partir das representações das identidades na esfera pública e nos demais espaços
sociais.
Nesta pesquisa o enfoque será a análise dos processos de construção das identidades
num contexto de fluxo frenético de informação, e quais os efeitos refletem-se na produção e
significação de uma identidade cristã no contexto mundial.
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7. BASE TEÓRICA
Estas mudanças das estruturas das identidades que resultam em uma crise de
identidade também são descritas por Homi K. Bhabha (2001) em sua obra “O local da
cultura”, onde vamos encontrar a seguinte exclamação:
Para o autor esses afastamentos das bases constituintes das posições dos sujeitos,
que antes os firmavam em uma localização identitária singular, fixa e de contornos
acentuados, hoje são atravessados pela liquides que propiciam o surgimento e habitação de
“entre-lugares”, que são as posições territoriais movediças, instáveis, deslizantes onde surgem
novos circuitos de signos de identidade, novas formas de experimentar o mundo e de
estabelecer-se nele. Por mais complexas e versas que sejam estas mudanças estruturais o
dialogo com essa diversidade e as diferenças do outro, são “imprescindíveis para a construção
da identidade” (COUTO, 1995, p. 86).
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Enfocando nas pesquisas de cunho religioso podemos perceber que esses
complexos e abstratos sistemas de produção de identidade culminam no que entendido como
uma identidade problemática que é expressa em um “mal-estar” no contexto das instituições
eclesiásticas, e é indispensável pensar estas questões para uma compreensão mais profunda
das questões problemáticas da identidade cristã, como aponta os estudos de Carlos Palácio
S.J., que nos alerta ao cuidado com minucioso que devemos ter com esta temática:
Para Palácio (1989), a aproximação com estas complexas questões do mal-estar cristão
diante dos deslocamentos das estruturas das identidades no que concerne ao sujeito que
confessa a fé cristã, exigem um pressuposto e duas disposições de leitura. O pressuposto
compreende a dificuldade cristã em harmonizar interpretações divergentes das questões a
cerca da pessoa de Jesus. E a primeira disposição de leitura situa-se em renunciar a rigidez das
certezas absolutas a cerca do que o autor chama o “fato cristão” 1 , por este fato carregar
sempre marcas “do inacabado, do provisório, desse equilíbrio instável que introduz nele o fato
de ter que descobrir em cada momento da história a significação e o por que dessa referência
normativa ao fato Jesus”(PALÁCIO, 1989, p. 54).
A segunda disposição de leitura segundo Palácio seria então “[...] ter bem presente que
todo desequilíbrio cristão provém da acentuação única ou exclusiva de um dos aspectos —
humano ou divino — do paradoxo cristão” (1989, p.154). O autor compreende que as heresias
são assim categorizadas por apenas defenderem um dos aspectos das questões a cerca do
paradoxo cristão esquecendo-se de levar em consideração os aspectos ou do humano ou do
divino. A partir destas duas disposições e compreensão do pressuposto é que se pode ensaiar
a considerações descritivas do que se trata esse mal-estar cristão.
Diante do exposto podemos perceber a profundidade da complexidade e a relevância
das reflexões a cerca das questões culturais e identitarias, para uma compreensão das atuais
realidades existências dos sujeitos contemporâneos que vivenciam estes processos de
transformação e criação de diversas expressões identitarias.
1
Cavalcante (2008, p. 402) traduz o “fato cristão” como sendo “um acontecimento, um evento que pode ser
percebido e constatado historicamente. Repousa sobre o evento histórico Jesus de Nazaré, de um lado, e, de
outro, o movimento suscitado por ele, os “com Jesus”. Assim Jesus e os “com Jesus” formam o fato cristão.”
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8. METODOLOGIA DA PESQUISA
Produção de Dados
A construção dos dados será realizada a partir de livros, artigos, publicações em revistas e
sites.
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9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
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10.ORÇAMENTO:
REFERÊNCIA
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
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