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1 Estrutura do Projeto de Pesquisa

1.4.1 Capa

A capa deve conter os seguintes elementos: nome da universidade; nome do


departamento ou centro (se houver); nome do curso; nome da disciplina; indicativo da natureza
do trabalho (projeto de pesquisa); título do trabalho e subtítulo (se houver); indicativo do aluno
ou orientando; nome completo do aluno; indicativo do professor ou orientador, com titulação,
nome completo do professor, local e ano.

A capa deve ser apresentada em papel branco, formato A4 (21 cm x 29,7 cm). As
margens da folha devem ter 3 cm (esquerda e superior) e 2 cm (direta e inferior). A digitação
deve ser na cor preta, em fonte Times New Roman ou Arial.
Sugere-se que o projeto de pesquisa seja encadernado em espiral, com sobrecapa de
plástico transparente para permitir a leitura das informações da capa do trabalho.

1.4.2 Folha de rosto

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A folha de rosto deve conter os seguintes elementos: nome completo do aluno; título
do trabalho e subtítulo (se houver); natureza e objetivo do trabalho, com o nome da disciplina,
curso ou instituição a que é submetido; indicativo do professo ou orientador, com a titulação,
nome completo do professor, local e ano.

1.4.3 Sumário

No sumário são apresentadas as partes que compõem o projeto de pesquisa com a


respectiva numeração das páginas.
Em relação à paginação, todas as folhas do projeto de pesquisa, a partir da folha de
rosto, devem ser contadas, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira
folha da parte textual (folha de introdução). Os números, em algarismos arábicos, devem ser
colocados no canto superior direito da folha, em tamanho menor do que o utilizado no texto
(sugere-se o corpo 10).

1.4.4 Introdução

Na introdução apresenta-se o tema delimitado, a problematização, especifica-se o


problema e discute-se o assunto de maneira sintética. Também caracteriza-se o local (bairro,
município, estado, região ou outro) onde será realizada a pesquisa.
A redação da introdução não deve ser longa, mas consistente. E deve apresentar, com
clareza e objetividade, o problema que se pretende pesquisar. Há autores que preferem utilizar
os termos problematização ou problema, em vez de introdução.
É importante ressaltar que a introdução é, principalmente, uma exposição sucinta do
problema e não deve se prolongar em explicações, já que os resultados para a solução do
problema serão obtidos com a execução da pesquisa.
O objetivo principal da introdução é situar o leitor no contexto da pesquisa, da
problemática, e apresentar claramente o que será pesquisado e a finalidade do trabalho.
Segundo Alves-Mazzotti e Gewandsznajder (1998, p. 152), a introdução é a parte em
que o pesquisador "constrói seu problema", ou seja, coloca a pesquisa proposta no contexto da
discussão sobre o tema, indicando qual a lacuna no conhecimento que se busca preencher. É na
introdução que o pesquisador fornece o "pano de fundo" para que o leitor possa entender, com
clareza, sua proposta e como ela se relaciona com as questões atuais da área

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temática a que se refere. É nessa parte que o pesquisador procura despertar o interesse do
leitor pela pesquisa que será realizada.

1.4.5 Objetivos

Nos objetivos, o pesquisador deve deixar claro aquilo que quer alcançar com sua
pesquisa.
Os objetivos dividem-se em: geral, que corresponde ao que o pesquisador pretende com
a pesquisa e está relacionado ao problema; específicos, que definem etapas a serem cumpridas
para alcançar o objetivo geral.
Portanto, os objetivos delimitam o alcance da investigação, o que se pretende fazer, os
aspectos que se pretende analisar. Eles orientam na seleção e na organização dos procedimentos
e dos recursos e contribuem para a organização e a divisão dos capítulos do relatório final, pois
os objetivos específicos podem vir a ser capítulos do relatório.
Na elaboração dos objetivos, o pesquisador deve levar em consideração que:

a) os objetivos devem ser formulados com o verbo no infinitivo;


b) os objetivos devem ser claros, precisos, explícitos e concisos;
c) cada objetivo deve expressar apenas uma idéia;
d) cada objetivo deve apresentar apenas um sujeito e um complemento;
e) os verbos mais utilizados na elaboração do objetivo geral são: analisar, estudar,
explicar, entender, compreender, descrever, esclarecer, avaliar, conhecer, descobrir etc.;
f) os verbos mais usuais na elaboração dos objetivos específicos são: caracterizar,
distinguir, enumerar, identificar, comparar, relacionar, verificar, listar, levantar etc.

1.4.6 Hipótese e questões norteadoras

A hipótese é uma proposta de solução para o problema de pesquisa. É uma proposição


formulada a partir das relações entre duas ou mais variáveis. Na execução da pesquisa,
determinar-se-á a validade da hipótese, que pode ser confirmada ou negada.
Segundo Martins (1994, p. 33), nem todos os tipos de pesquisa necessitam da
elaboração de hipóteses. Contudo, nas pesquisas em que há possibilidade de enunciá-las - por

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exemplo, pesquisas experimentais -, obtêm-se grandes vantagens metodológicas, pois as
hipóteses também têm a função de orientar o pesquisador na condução do trabalho. As
hipóteses podem ser testadas, e é possível mostrar se elas são corretas (confirmadas) ou
incorretas (negadas ou refutadas), independentemente dos valores e das crenças do homem.
O objetivo principal da investigação científica é saber se a proposta apresentada, isto é,
a hipótese como enunciado objetivo, será confirmada ou negada. Portanto, após delimitar o que
se vai pesquisar, deve-se apresentar as possíveis respostas (hipóteses) para a solução do
problema, escolher as que parecem ser mais prováveis e proceder a seu teste, utilizando a
informação coletada.
Na elaboração de uma hipótese, é preciso levar em consideração que ela deve:

a) estar relacionada com o problema;


b) ser formulada com uma redação clara, compreensível e sem ambigüidades; os
conceitos empregados devem ser precisos, rigorosos e previamente definidos;
c) ser testável, ter base empírica; em sua formulação não devem ser utilizados conceitos
morais e transcendentais, que não podem ser observados empiricamente;
d) possibilitar sua verificação por meio de técnicas disponíveis;
e) ser formulada em uma sentença afirmativa.

Dependendo do tipo de pesquisa, as hipóteses podem ser substituídas por questões


norteadoras, de estudo ou de pesquisa.
As questões norteadoras têm a função de orientar o pesquisador na condução do
trabalho, já que as questões devem estar relacionadas com o problema de pesquisa. O fato de
estarem especificadas no projeto não significa que essas questões não possam ser reformuladas,
substituídas ou acrescidas de outras, em decorrência de observações feitas durante o
desenvolvimento da pesquisa.
Segundo Alves (2003, p. 48), as questões norteadoras, se respondidas, permitem
clarificar o problema, além de funcionar como roteiro de pesquisa. E é útil correlacionar as
questões com a metodologia a ser empregada na pesquisa.
O objetivo principal das questões norteadoras é saber se as questões propostas no
desenvolvimento da pesquisa podem solucionar o problema. Na elaboração das questões
norteadoras, é preciso considerar que elas devem:

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a) estar relacionadas com o problema;
b) possibilitar a verificação, por meio de técnicas disponíveis;
c) ser formuladas com uma redação clara, compreensível; os conceitos empregados
devem ser precisos.

1.4.7 Justificativa

Nessa parte do projeto, são apresentadas as razões que levaram o pesquisador à escolha
do tema a ser pesquisado, que podem ser de ordem teórica, prática ou outras. Explicitam-se as
contribuições que a pesquisa poderá oferecer no campo social ou no âmbito da área de
conhecimento científico do pesquisador.

A justificativa é elemento de suma importância, pois contribui para a aceitação da


pesquisa por entidade financiadora.
É importante que sejam apresentados:

a) os motivos que levaram à escolha do tema;


b) o contexto em que o fenômeno ocorre;
c) o nível de abrangência da pesquisa;
d) a relevância da pesquisa no contexto científico;
e) a relevância da pesquisa no contexto social;
f) os aspectos inovadores do estudo, se houver;
g) a viabilidade da execução da pesquisa.

1.4.8 Referencial teórico

Deve ser feita uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto. A problemática da pesquisa,
ou seja, o referencial teórico, consiste em uma revisão de literatura em que se busca explicitar
os pressupostos teóricos e esclarecer idéias e conceitos sobre a problemática que será
pesquisada.
A revisão de literatura é de grande utilidade para o pesquisador, porque ele poderá
contar com um esquema conceitual já delineado, anterior à coleta de dados.
Essa revisão de literatura não consiste em uma simples transcrição de textos, mas em

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uma discussão, análise e interpretação sobre as idéias, os conceitos, os fundamentos, os
problemas dos vários autores pertinentes ao tema proposto, demonstrando que os trabalhos
foram efetivamente examinados e criticados, e servirá para dar fundamentação à pesquisa.
É importante dialogar, criticamente, com os autores, pois a crítica possibilitará, ao
pesquisador, o caminho básico para o crescimento científico. O dialogar crítico é condição
fundamental de aprofundamento da pesquisa para superar níveis apenas descritivos e repetitivos
e apresentar penetrações originais.
Por meio da revisão de literatura, o pesquisador poderá sair de um conhecimento
disperso para um conhecimento sistematizado, consistente, apresentando pressupostos teóricos
que sustentem sua pesquisa.
É necessário inserir, na redação do referencial teórico, citações diretas e indiretas dos
autores que tratam do tema proposto. Contudo, não se deve sobrecarregar o trabalho com
citações nem utilizar longas citações diretas. As citações devem ser colocadas de acordo com
as idéias desenvolvidas, pelo pesquisador, no trabalho.

1.4.9 Procedimentos metodológicos

Os procedimentos metodológicos estão relacionados com o delinear, o modo como se


procederá à pesquisa. O pesquisador deve apresentar o conjunto de procedimentos
metodológicos (métodos, técnicas, materiais, etapas etc.) que será utilizado para a realização da
pesquisa.
A seleção dos elementos que constarão nos procedimentos metodológicos deve estar
relacionada com o problema a ser pesquisado. A escolha desses elementos dependerá dos vários
fatores pertinentes à pesquisa, como natureza do problema, objetivos da pesquisa, hipóteses ou
questões norteadoras, recursos financeiros e humanos, tempo disponível e estabelecido,
concepção filosófica, científica e de mundo etc.
Muitos são os elementos a serem selecionados pelo pesquisador para a realização da
pesquisa.

1.4.9.1 Métodos

Deve-se apresentar e justificar os métodos que serão utilizados na pesquisa. Por

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exemplo:

a) métodos de abordagem: indutivo, dedutivo, dialético, hipotético-dedutivo,


fenomenológico;
b) métodos de procedimentos: histórico, tipológico, comparativo, estatístico,
estruturalista, funcionalista, experimental, clínico etc.

1.4.9.2 Pesquisa

O pesquisador deve explicar sobre a pesquisa a ser desenvolvida, em relação:

a) à obtenção de informações: pesquisa bibliográfica, documental, de campo, de


laboratório;
b) à abordagem: pesquisa quantitativa, qualitativa;
c) aos objetivos: pesquisa exploratória, descritiva, explicativa etc.

1.4.9.3 Coleta de dados

Especificar se a coleta de dados será feita por meio de questionário, formulário,


entrevista, observação etc. Informar, também, o período de coleta de dados.
A conveniência de se utilizar um ou mais instrumentais de coleta de dados dependerá
da escolha do pesquisador e do problema de estudo. Devem ser avaliadas as vantagens e as
desvantagens na escolha dos instrumentais, já que, dessa avaliação, dependerá a economia de
tempo e de recursos financeiros e humanos, a riqueza de informações, a eficiência nos
resultados etc.

1.4.9.4 População e amostra

Segundo Crespo (1997, p. 19-24), ao conjunto de entes, coisas ou objetos portadores de


ao menos uma característica comum denomina-se população estatística ou universo estatístico.
Para o autor, por exemplo, os estudantes constituem uma população, pois apresentam
ao menos uma característica comum: são os que estudam. Como em qualquer estudo em que
seja utilizada a estatística, para que possamos pesquisar uma ou mais características dos

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elementos de alguma população, essas características devem estar perfeitamente definidas. É
necessário, portanto, existir um critério de constituição da população válido para qualquer
pessoa, no tempo e no espaço. Na maioria das vezes, por impossibilidade ou inviabilidade
econômica ou temporal, as observações referentes a uma determinada pesquisa são limitadas a
somente uma parte da população. Essa parte da população em estudo é denominada amostra.
Uma amostra consiste em um subconjunto de uma população.
Assim, um estudo que tenha por objetivo conhecer a intenção de votos de uma
população de dezenas de milhares de eleitores, de diversas classes sociais e de vários níveis de
escolaridade, deve focalizar certo número de eleitores (amostra) que corresponda às
características de todos os eleitores dessa população.
Portanto, nos procedimentos metodológicos, é importante especificar a área de
execução da pesquisa, a população da pesquisa e o tipo de amostra e ainda determinar seu
tamanho e a forma de seleção dos sujeitos da pesquisa.
As técnicas de amostragem que podem ser utilizadas na execução de uma pesquisa são
muitas. Para aprofundar esse conhecimento, elas podem ser encontradas também em outros
livros de metodologia da pesquisa e estatística. A seguir, relacionamos algumas destas técnicas:

a) amostragem casual ou aleatória simples: nesse tipo de amostragem, cada


elemento tem a mesma possibilidade de ser escolhido. O processo de seleção da
amostra pode ser realizado por meio de uma tabela de números randômicos ou e
iras de papel. As tabelas de números randômicos encontram-se em apêndice da
maioria dos livros de estatística. As tiras de papel são pedaços de papel
recortados, nos quais se encontra um número atribuído a cada elemento que
compõe a população. Uma vez numerados, os papéis são colocados em um
recipiente e, mediante sorteio, são escolhidos os elementos que formarão a
amostra e que serão pesquisados (GRESSLER, 1989, p. 69);
b) amostragem sistemática: é utilizada para uma população de grandes di-
mensões, em que os elementos da população já se acham ordenados, como é o
caso da lista telefônica de assinaturas de uma determinada região. Assim, por
exemplo, para a seleção dos prováveis componentes da amostra, toma-se a lista
telefônica como o universo desejado e, de cada cinco nomes, escolhe-se o último
- ou, de cada 20, escolhe-se o último, dependendo do tamanho da

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amostra. É relevante que os elementos que formarão a amostra sejam escolhidos
de forma sistemática e aleatória. Outro exemplo: para que o pesquisador obtenha
uma amostra de 10% do universo de alunos matriculados em uma escola, basta
que ele os organize em ordem alfabética e tome o último nome de cada grupo de
dez alunos; é o suficiente (PARRA FILHO; SANTOS, 1998, p. 197);
c) amostragem proporcional estratificada: é aquela em que a população está
dividida em estratos, dos quais são retirados, por meio de um processo de seleção
(amostragem casual ou sistemática), os elementos que deverão compor a
amostra. É importante que a escolha final seja realizada de modo que cada
subpopulação - estrato - tenha a mesma possibilidade de ser selecionada.
Tomemos, por exemplo, as classes sociais, que, por meio do imposto de renda,
poderão ser divididas em três: inferior, média e superior. Para uma investigação
sobre aspirações educacionais segundo as classes sociais, o pesquisador deveria
organizar a população por estratos e então selecionar o número proporcional a
cada estrato (GRESSLER, 1989, p. 69);
d) amostragem de área: é indicada para se obter amostra representativa de áreas
geográficas, podendo também ser aplicada em uma série de outras situações.
Tomemos, como exemplo, um levantamento entre professores do ensino médio
de um determinado estado brasileiro. Nesse caso, o ideal seria que fossem
incluídos elementos dos municípios do norte, sul, oeste, leste e centro. Para
tanto, o pesquisador deveria estabelecer, em um mapa, municípios dos diferentes
pontos do estado, a fim de que todas as áreas pudessem ser representadas. Ele
selecionaria então, por meio de amostragem aleatória, cinco municípios, um de
cada região, e, de cada um, escolheria três estabelecimentos de ensino médio
(GRESSLER, 1989, p. 69).

Na utilização das técnicas de amostragem, cada elemento da população deverá ter a


mesma possibilidade de ser escolhido, garantindo à amostra caráter de representatividade. Esse
caráter é muito importante, pois as conclusões relativas à população devem estar baseadas nos
resultados obtidos nas amostras dessa população.

1.4.9.5 Análise, interpretação e representação dos dados

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Após coletar os dados, o pesquisador deverá analisá-los e interpretá-los objetivando a
solução do problema de pesquisa. A análise corresponde a organizar, apresentar e descrever os
resultados, demonstrando as relações existentes entre os dados obtidos do fenômeno estudado
em busca da solução do problema. A interpretação visa à reflexão e à explicação; busca
apresentar os resultados em um contexto mais abrangente, interligá-los, compará-los e avaliá-
los para solucionar o problema.
Nos procedimentos metodológicos, deve-se informar se a análise e a interpretação serão
a partir de uma abordagem quantitativa ou qualitativa e se serão utilizados elementos
representativos, como tabelas, quadros, gráficos etc.

1.4.10 Cronograma

No cronograma, devem constar as atividades e o tempo de duração de cada uma. O


pesquisador poderá apresentá-las por etapas ou fases, especificando as datas, semanas, meses
ou anos. Em projeto de pesquisa, é mais comum as etapas ou fases serem determinadas por
meses.
O cronograma é um instrumento indispensável, pois, por meio dele, o pesquisador
desenvolverá sua pesquisa de maneira planejada, evitando acúmulo de trabalho de última hora
e descumprimento de prazos estabelecidos. Constitui-se, também, em um instrumental de
acompanhamento do professor orientador da pesquisa ou da agência ou instituição financiadora
da pesquisa.

1.4.11 Orçamento

O orçamento refere-se ao levantamento dos custos da pesquisa. Nesse caso, deve-se


relacionar os recursos humanos e materiais que serão necessários à execução da pesquisa. Os
valores deverão estar de acordo com a realidade de mercado.
É importante que o pesquisador elabore um orçamento realista, a fim de não
comprometer o desenvolvimento e os resultados da pesquisa, em função da falta dos recursos
necessários. Os recursos financeiros devem durar até a finalização da pesquisa.
O orçamento deve ser detalhado, caso a pesquisa seja solicitada por alguma entidade
que deseje patrociná-la. Dependendo da natureza da pesquisa, pode-se indicar, no orçamento,

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os recursos de origem interna (da instituição em que o pesquisador atua) e externa (da
entidade financiadora).

1.4.12 Referências

Deve-se relacionar as fontes consultadas e referenciadas no projeto de pesquisa.


Geralmente também são apresentadas as fontes que podem vir a fundamentar a pesquisa em si.
A bibliografia serve, muitas vezes, para avaliar o projeto, pois, por meio dela, pode-se analisar
a qualidade e a atualidade das obras. Os registros devem obedecer às normas NBR 6023 da
ABNT e ser organizados por sobrenome e em ordem alfabética.

Na elaboração das referências, é indispensável a honestidade do autor do trabalho, para


que não sejam excluídas da lista obras de outros autores que foram utilizadas no texto. É
relevante que, entre as obras consultadas, estejam aquelas de autores - clássicos e/ou
contemporâneos - que sejam renomados especialistas no assunto pesquisado.

1.4.13 Exemplos de pesquisa

TEMA 1: informática no ensino público.

DELIMITAÇÃO DO TEMA: Importância da informática no aprendizado do aluno, no en-


sino, nas escolas públicas do município de São José.

PROBLEMA: A utilização da informática contribui no aprendizado do aluno, no ensino


médio, nas escolas públicas do município de São José?

QUESTOES NORTEADORAS:

- A utilização da informática contribui na interação do professor com o aluno?


- A pesquisa orientada pelo professor, por meio da Internet, tem levado à investigação e
produção de conhecimentos?
- A utilização da informática tem levado a um aumento do índice de aprovação?
- O índice de evasão escolar tem diminuído com a utilização da informática?
- A utilização da informática contribui nas atividades educativas do professor em sala de
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aula?

OBJETIVO GERAL: Analisar a importância da informática no aprendizado do aluno, no


ensino médio, nas escolas públicas do município de São José.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Verificar como a informática contribui na interação do professor com o aluno.


- Verificar como a pesquisa orientada pelo professor, por meio da Internet, tem levado à
investigação e produção de conhecimentos.
- Levantar o índice de aprovação dos alunos antes e depois da utilização da informática.
- Levantar o índice de evasão dos alunos antes e depois da utilização da informática.
- Verificar como a informática contribui nas atividades educativas do professor em sala de
aula.
- Avaliar a utilização da informática no aprendizado do aluno.

TEMA 2: Impactos ambientais em áreas de mangues.

DELIMITAÇÃO DO TEMA: Os impactos ambientais decorrentes da ocupação humana nas


áreas de mangues do município de Santa Maria.

PROBLEMA: A ocupação humana tem provocado impactos ambientais nas áreas de mangues
do município de Santa Maria?

QUESTÕES NORTEADORAS:

- O aterramento e a construção de casas de veraneio têm reduzido as áreas de mangues do


município de Santa Maria?
- O lixo humano e o aterramento têm provocado a extinção da fauna e da flora nas áreas de
mangues do município?
- A falta de planejamento municipal tem provocado a ocupação desordenada nas áreas de
mangues?
- A falta de fiscalização tem levado à especulação imobiliária nas áreas de mangues?

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OBJETIVO GERAL: Analisar os impactos ambientais decorrentes da ocupação humana nas
áreas de mangues do município de Santa Maria.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Identificar as áreas de mangues atingidas pela ocupação humana no municípío de Santa


Maria.
- Identificar os principais tipos de lixo depositados nas áreas de mangues em decorrência da
ocupação humana.
- Verificar como o lixo humano e o aterramento têm provocado a extinção da fauna e da
flora nas áreas de mangues do município.
- Avaliar os impactos ambientais nas áreas de mangues em decorrência da ocupação humana.
- Verificar como a falta de planejamento municipal tem provocado a ocupação desordenada
nas áreas de mangues.
- Verificar como a falta de fiscalização tem levado à especulação imobiliária nas áreas de
mangues.

TEMA 3 (SOARES, 2003, p. 45-48): "O hipocampo e sua função na formação


e consolidação da memória.

DELIMITAÇÃO DO TEMA: Formação e consolidação de memória de curta e de longa


duração em pacientes com lesão em células granulares (campo CA 1) do hipocampo.

PROBLEMA: Qual a importância das células granulares do hipocampo (CA 1) para a


formação e a consolidação de memória de curta e de longa duração?

HIPÓTESE:

- As células granulares do hipocampo (CA1) estão correlacionadas com a formação e com a


consolidação da memória de curta duração. No entanto, não são necessárias para a manutenção
da memória de longa duração.

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OBJETIVO GERAL: Estudar a função do hipocampo na formação e consolidação da
memória.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Apresentar as principais teorias neuropsicológicas sobre a natureza e a duração da memória.


- Descrever o hipocampo anatômica e fisiologicamente.
- Analisar alguns experimentos sobre lesões seletivas nas células granulares do hipocampo em
animais.
- Descrever alguns casos clínicos, descritos na literatura médica, de pacientes que sofreram
lesão hipocampal, em especial lesões que afetaram as células granulares do hipocampo.
- Analisar a teoria neuropsicológica subjacente à avaliação desses casos clínicos.
- Estudar a formação e a consolidação de memória de curta e de longa duração em pacientes
com lesão em células granulares (campo CA 1) do hipocampo."

1.4.14 Aspectos gráficos

A apresentação e os aspectos gráficos do projeto de pesquisa são de fundamental


importância para sua organização e avaliação e para a compreensão lógica dos conteúdos.
É imprescindível que a apresentação tenha por base objetividade, sistematização,
clareza, concisão, coerência, rigor metodológico e normas oficializadas.
A melhor maneira de dividir as partes de um trabalho é por seções, conforme a norma
NBR 14724/2011, da ABNT. Na numeração das seções do trabalho, devem ser empregados
algarismos arábicos, que devem ser alinhados na margem esquerda, precedendo o título da
seção, dele separados por um espaço de caractere. Os títulos da seção primária (os capítulos),
por ser a principal divisão de um texto, devem se iniciar em folha separada; são seus elementos:
introdução, objetivos, hipóteses ou questões norteadoras, justificativas, referencial teórico,
procedimentos metodológicos, cronograma e orçamento. Tanto o sumário quanto as referências
também devem se iniciar em folha separada; e lembre-se de que os títulos desses elementos não
devem ser numerados e precisam estar centralizados na folha.
Nas próximas páginas, sugerimos os aspectos gráficos e tamanhos de fonte (indicados
por T.F.) para o projeto de pesquisa (é importante consultar também a ABNT 2011).

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Nos quadros, a seguir, indicamos as normas para apresentação gráfica do
Projeto de Pesquisa.

Quadro 01 – Especificações para tipo de papel e letra


Papel e Letra Especificação
Tamanho do Papel A4 (somente frente das folhas)
Tamanho de Letra de Título Maiúscula; 12 (negrito)
Tamanha de letra de Subtítulo Minúscula; 12 (negrito)
Tamanho de letra de subsub-título Minúscula; 12 (negrito)
Tamanho da Letra do Texto 12
Tamanho da letra de citação longa 10
Tamanho da letra da Nota de 10
Rodapé
Tipo de Letra Times New Roman ou Arial
Palavras com conotações Utilizar aspas
“forçadas”
Palavra estrangeira Utilizar Itálico

Quadro 02 – Especificações para espaços


Espaços Especificação
Entre linhas 1,5
Nas notas de rodapé Simples
Entre parágrafos 1,5
Entre o texto e ilustrações (tabelas, gráficos...) Duplo
Entre o texto e citações longas (mais de 3 linhas) Duplo
Do início do texto após um título Duplo

Quadro 03 – Especificações para margem


Margem Especificação
Esquerda 3 cm
Direita 2 cm
Superior 3 cm
Inferior 2 cm
Início do Parágrafo Recuo de 1,25 cm (régua do Word)
Subtítulo Recuo de 1,25 cm (régua do Word)
Citação Longa (mais de 3 linhas) Com recuo de 3 cm, letra tamanho
10.
Citação curta (menos de 3 linhas) Devem vir entre aspas

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Figura 01 - Estrutura da capa

3 cm

FACE – FACULDADE DE CIÊNCIAS EDUCACIONAIS


NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
CURSO: PSICOPEDAGOGIA
(Arial 12,negrito, maiúscula, centralizado, 01 esp. De 1,5)

(17 espaços de 1,5)

PROJETO DE PESQUISA
(Arial 12,negrito, maiúscula, centralizado)
Tema
(Arial 12,negrito, 1ª letra maiúscula, centralizado)

3 cm 2 cm

Nome do Aluno

2013
(Arial 12,negrito, 1ª letra em maiúscula, centralizado, espaço simples)

2 cm

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Figura 02: Estrutura da folha de rosto

NOME DO AUTOR
(Arial 12,negrito, maiúscula, centralizado)

(17 espaços de 1,5)

PROJETO DE PESQUISA
(Arial 12,negrito, maiúscula, centralizado)
Tema
(Arial 12,negrito, 1ª letra maiúscula, centralizado)

(2 espaços de 1,5)

Trabalho apresentado como requisito parcial


para conclusão do curso de pós Graduação
em Psicopedagogia na FACE (Faculdade de
Ciências Educacionais), orientado pela
professora Maria Lima dos Santos.

(Arial 12, justificada, recuo a


esquerda até a metade da folha
e espaçamento simples)

Valença-Bahia
2013
(Arial 12, negrito, centralizado, espaço simples)

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