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Curso de Contraponto PDF
Curso de Contraponto PDF
ETEC de Artes
Professor César Albino
Curso de contraponto
1
Isso ocorre porque o temperamento igual, que divide a oitava em doze
partes iguais, não estava ainda instituído. O sistema de afinação no século XVI
estava baseado na afinação pitagórica obtida por meio de quintas perfeitas,
impossibilitando o cromatismo. Para mais detalhes sobre esse assunto, pesquise
sobre sistemas de afinação.
2
Alterações possíveis: música ficta.
1Bordadura: sair de uma nota, ir para sua vizinha ascendente e voltar para a nota de origem. Difere da
nota de passagem, que sai de uma nota para alcançar uma terça acima ou abaixo.
3
Exemplos de melodias modais, conhecidas como Cantusfirmus
Cantus Firmus
?4 w w w w w w w w w
Score 2 w W
?w w w w w w W
w w w
7
? w w
w w w w w w w w
13
w w w w W
? w w w w w w w w
21
w w W
?w w w w w w w w w w w W
27
? w w w w w w
34
w w W
?w w w w w w w w w w W
39
?w w w w w w w W
w
45
w w w w w
?w w w w w W
50
4
Contraponto
Primeira Espécie, nota contra nota
Características gerais
4 ˙
&4 ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ w
˙ ˙ ˙ #˙ w
CF U
˙ ˙ ˙ ˙
Piano 3 6 3 8 6 3 3 U
? 44
CP
5
8. Pode-se cruzar as vozes, mas sem abusos.
9. Escrever para vozes vizinhas: soprano-contralto; contralto-tenor; tenor-
baixo.
1. Que intervalo faz a nota com a nota que a precedeu? E com a que se-
guiu?
2. Há algum envolvimento de intervalos de 9ª, 7ª ou 4ª aumentada por
meio de três notas?
3. Qual é a nota mais alta da melodia do CP (ponto máximo)? E o ponto
mínimo? Qual é o registro total da melodia do CP?
6
Exercícios
7
Exemplo
Any Raquel Carvalho, p.53
& 44 ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ #˙ w
CP
˙
Piano 5 3 3 6 3 3 6 6 8
? 44 ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ w
CF
Complete a análise:
8
CONTRAPONTO A 3 VOZES (NOÇÕES)
9
Aplicações práticas
Projeto composicional #1
10
! Após escolhida a sequência, escreva um contraponto a duas vozes sobre a
sequência planejada. Acordes intermediários podem estar na primeira inversão
(baixo na terça).
Projeto composicional #2
Projeto composicional #3
11
ESPÉCIE II - Contraponto modal
!
! O contraponto de segunda espécie (duas notas contra uma), consiste numa
linha melódica onde duas figuras do CP ocorrem contra cada uma do CF. A
primeira parte dessas duas unidades é denominada principal (tesis) e a se-
gunda por secundária (arsis). Na parte P (principal), obedecer as mesmas di-
retrizes da primeira espécie, ou seja, apenas consonâncias. Na parte s (secun-
dária) podem ocorrer as mesmas consonâncias de P, mas podem também ocor-
rer dissonâncias (2, 4 ou 7) desde que a mesma seja considerada como uma
nota de passagem. Koellreutter assim define a nota de passagem: uma disso-
nância alcançada e deixada por grau conjunto na mesma direção. Assim, para
que se tenha uma nota de passagem, é preciso que haja um salto de terça
entre duas unidades P. Um dos grandes erros que se comete com as notas de
passagem é dar um salto após a dissonância: veja novamente a definição: uma
dissonância alcançada e deixada por grau conjunto na mesma direção.
!
! O CP pode ser iniciado em tempo P ou s e pode estar acima ou abaixo do
CF. Se iniciado em tempo P, utilizar as mesmas regras para a primeira espécie,
ou seja, inicie com intervalo de quinta ou oitava acima da voz mais grave. Se
iniciado em tempo secundário (pausa no tempo P), pode-se iniciar ainda com
qualquer consonância, perfeita ou imperfeita. (KOELLREUTTER 1989-34)
Exemplos
12
Exercícios: escreva contrapontos de segunda espécie sobre os CF dados, acima
ou abaixo dos mesmos. Faça primeiramente à duas vozes, e quando estiver
preparado arrisque à três vozes. Obs: segunda espécie apenas em uma das
vozes.
! Como no CP tonal, aqui o CP consiste de duas notas para cada nota do CF,
acima ou abaixo deste. As duas notas do CP serão designadas por P quando
no tempo forte e s quando no tempo fraco. São permitidas no entanto outras
possibilidades de introduzir dissonâncias. No modal, em segunda espécie, ape-
nas é permitida a nota de passagem em tempo secundário. Aqui, serão permi-
tidas as bordaduras (uma nota grau acima ou abaixo da consonância anterior
que retorna à mesma altura) e a nota de passagem descendente em tempo P
se aproximada por movimento contrário.
13
Regras melódicas para o CP
Regras harmônicas
TP TP
P s P s P
8a x x 8a
x 8a x x 8a
14
7. Procure manter uma proporção de uma dissonância para cada 3 conso-
nâncias.
Exemplos: (analise)
Encontre erros:
Complete:
! !
15
ESPÉCIE II Variante (3:1)
Exemplos
A. Regras melódicas
B. Regras harmônicas
16
3. Intervalos harmônicos disponíveis nas unidades (1) (2) (3):
Exemplo
17
Analise:
Complete e analise
18
Exercícios para casa
19
CAPÍTULO V
Espécie III (quatro notas contra uma)
A. Características Gerais
C. Regras harmônicas
1. Comece e termine com os mesmos intervalos harmônicos permitidos
na espécie II (uníssono, quinta acima, oitava, décima-segunda acima
e décima-quinta).
2. Aproxime, nos tempos (1), intervalos perfeitos por movimento con-
trário.
20
3. Possibilidades harmônicas relacionadas às unidades:
21
Exemplos:
22
CAPÍTULO VI
Espécie III, segunda parte: liberdades e restrições adicionais
? 44 w w w
?w w [Arranger]
& 44cambiata
œ œ descendente
œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ cambiata œ ascendenteœ œ œ œ œ
2- & œ œ melódicos œ
œ œ 6 -excepcionais: œ daœ dissonância
œ 6œ - 5sofre uma
5 - 6 œ
13
Padrões
cambiata descendente o tratamento
cambiata ascendente
& œ8 com
œ7 a œ5chamada
œ w um padrão
œcambiata, œ œ6 œde
w5 cinco
œ w gerado
8 5 5
œ w
13
exceção melódico notas
? 4
por uma wsegunda descendente
w 6w w 4terça6 descendente
4w w
6 6 3 4 6
?
seguida de uma e duas se-
w
w permitidas dissonâncias
gundas ascendentes, elevando o patamar inicial do padrão melódico em um
? Aw novidade é que são w secundários
8 7 5 6 3 5 6
grau. em tempos
(unidades 2 e 4 do CP) se as unidades principais (1 e 3) forem consonâncias,
famoso padrão permite violar asœ restrições œde conso-
& œ œ
ou seja,padrão
œ
a utilização
œ œ
TN (troca dedo
œ œ œ autores
œ œqueœ aœunidade 3 do
œ œ œ
7 nota)
œ œ
pode
6 - 5ser também dissonância5 (música tonal). É possível
6 - 5ainda a utili-
& œ3do mesmo œ3 de
œ2 padrão w invertidaw(cambiata ascendente),
w wsendo o
17 - 6
?
zação 6 forma
?w w
cambiata descendente cambiata ascendente
& œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ
13 19
&
19
& 8 w w
w w
7 5 6 6 3 4 6 5 6
?
?
?
padrão TN (troca de nota)
23
&œ œ œ œ œ
17
3 4 2 3 6
w w w w
6 - 5 5 - 6 5 - 6 6 - 5
?w w
3- Padrão Troca
cambiata de Nota (TN): padrão que eleva
descendente o contraponto
cambiata ascendente em um grau na
?
as unidades 1 e 4 são formadas pela mesma altura, uma consonância obriga-
toriamente. É talvez uma mescla de duas bordaduras, ou uma falsa bordadu-
ra, que tem semelhanças intervalares à cambiata.
&œ œ œ œ œ
17
3 4 2 3 6
?w w
19
Obs: Ao utilizar esses padrões, utilize apenas notas diatônicas. Os padrões
& ser encadeados (a primeira nota do segundo padrão sendo a primeira
podem
nota do segundo), porém, evite utilizar mais do que 3 padrões seguidos. Ob-
serve para não violar as regras referentes aos intervalos perfeitos em qual-
? dos tempos (1, 2, 3 e 4). Procure manter um nível alto no uso de disso-
quer
nâncias (cerca de 50%) das notas do CP.
Exemplos:
TN
TN
& b 42 ‰ œ œ œ
j
œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ
6 - 5 6 - 5
? b 42 ˙ ˙ ˙ ˙ ˙
Cambiata
TN
&b œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ
6
˙
6 - 5
? ˙ ˙ ˙ ˙
b
b
& b 44 w w w
11
w w w w w
? b b 44 Œ œ œ œ œ œ œ œ œ
œ œœ œœœœ œœœœ œœœœ œœœœ w
5- 6 5- 6 6-5
TN Cambiata 24
˙
66 -- 55
? ˙ ˙
Pg 20 b ˙ ˙
b 4 w
&b 4 w w
11
11
w w w w w
? bb 44 Œ œ œ œ œ œ œ œ œ
œ œœ œœœœ œœœœ œœœœ œœœœ w
5
5 -- 66 5
5 -- 66 6
6 -- 55
TN Cambiata
Exercícios: complete utilizando cambiatas, TNs e 6-5
Complete, utilizando cambiatas, TN e 6-5
Œ œ œ œ
19
19
&
? w w w w
w
24
24
&
? w w w
w
2 j
&4 ‰
28
œ œ œ
? 42 ˙ ˙ ˙
˙
32
&
?˙ ˙ ˙ ˙
25
CAPÍTULO VII
Quarta espécie (sincopado)
26
Quintas e oitavas devem ser separadas por um espaço maior que uma uni-
dade do CF.
! Analise:
27