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Metodologia do
Metodologia do
Trabalho Científico
Metodologia do
Trabalho Científico
Edição revisada
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
________________________________________________________________________________
F742m
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-387-3140-5
11 | Raciocínio dedutivo
11 | Raciocínio indutivo
12 | O conhecimento de senso comum
13 | O conhecimento científico
14 | A metodologia científica
19
O método científico e a pesquisa
20 | Método experimental
21 | O caráter provisório da ciência
21 | Pesquisa
Métodos quantitativos, 35
qualitativos e coleta de dados
35 | Método quantitativo
35 | Método qualitativo
36 | Coleta de dados
O homem queria uma nova explicação para o mundo, por isso partiu em
busca de verdades decorrentes de um pensamento lógico e coerente. Essa
busca o tornou cada vez mais exigente com o conhecimento que adquiria e
transmitia.
realidade, e o fazem ainda hoje de forma cada vez mais “localizada”. Esse
processo continua evoluindo, de tal maneira, que o mundo atual caracteriza-
-se como a “era dos especialistas”. Essa especialização, no entanto, também
pode constituir-se num problema, pois conduz a uma pulverização do saber
e à perda da visão mais ampla do conhecimento humano (COTRIM, 1999).
Raciocínio lógico
O raciocínio lógico é a arte de bem pensar e, de acordo com Hegel (apud
CHAUÍ, 1998, p. 80), “de modo algum podemos renunciar ao pensamento”.
Para se ter uma ideia mais clara a respeito de raciocínio lógico, vejamos,
sinteticamente, o que é raciocínio e o que é lógica.
Raciocínio dedutivo
É o argumento cuja conclusão é inferida necessariamente de duas pre-
missas. É o raciocínio que nos permite tirar, de uma ou várias proposições,
uma conclusão que delas decorre logicamente. A Matemática, por exemplo,
usa predominantemente processos dedutivos de raciocínio.
Raciocínio indutivo
É o raciocínio ou forma de conhecimento pelo qual passamos do particular
ao universal, do especial ao geral, do conhecimento dos fatos ao conhecimento
das leis.
O conhecimento científico
O “conhecimento científico vai além do empírico, procurando conhecer
além do fenômeno, suas causas e leis” (CERVO; BERVIAN, 1996, p. 7).
Por meio desses princípios, a realidade passa a ser percebida pelos olhos
da ciência não de uma forma desordenada e fragmentada, como ocorre
na visão subjetiva do senso comum, mas sob o enfoque de um princípio
explicativo que esclarece e proporciona a compreensão do tipo de relação
que se estabelece sobre os fatos, coisas e fenômenos, unificando a visão de
mundo. Nesse sentido, o conhecimento científico é expresso sob a forma de
enunciados que explicam as condições que determinam a ocorrência dos fatos
e dos fenômenos relacionados a um problema (KÖCHE, 1997).
A metodologia científica
A metodologia trata das formas de se fazer ciência. Cuida dos procedi-
mentos, das ferramentas e dos caminhos para se atingir a realidade teórica e
prática, pois essa é a finalidade da ciência (DEMO, 1985).
Síntese
O estudo da Metodologia Científica estimula a reflexão, que propicia
a descoberta da realidade que nos rodeia.
Atividades de aplicação
1. Sinopse: Por causa de uma briga, apaga-se o fogo de uma tribo pré-
-histórica, que só sabia conservá-lo, não reproduzi-lo. (A GUERRA do Fogo.
Direção: Jean-Jacques Annaud. França/Canadá, 1981. 1 filme (96 min.))
Referências
ARANHA, Maria L. A.; MARTINS, Maria H. P. Filosofando: introdução à filosofia.
2. ed. São Paulo: Moderna, 1999.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. 3. ed. São
Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
Todos nós conhecemos muitos métodos. Eles fazem parte da nossa vida.
Galliano (1986, p. 4) diz que “qualquer pessoa civilizada é uma espécie de ilha
cercada de métodos por todos o lados, ainda que nem sempre tenha cons-
ciência disso”. Do momento em que acordamos pela manhã, todas as nossas
ações seguem métodos para que possam ser realizadas adequadamente.
Desde preparar uma refeição, dirigir um carro, até estudar ou trabalhar, o
método está sempre presente em nossas vidas.
Método experimental
Em tese, o método experimental se caracteriza pelas seguintes etapas:
observação, hipótese, experimentação, generalização (lei e teoria). Na prática,
porém, o processo não se realiza necessariamente nessa ordem, podendo
variar conforme as circunstâncias.
Pesquisa
A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas. Assim,
ela parte de uma dúvida ou de um problema, buscando uma resposta ou
solução, com o uso do método científico. Pesquisa também é uma forma
de obtenção de conhecimentos e descobertas acerca de um determinado
assunto ou fato. Existem vários tipos de pesquisa:
Pesquisa bibliográfica
A pesquisa bibliográfica deve ser somada, necessariamente, a todo e
qualquer outro tipo de pesquisa ou trabalho científico, constituindo uma
base teórica para o desenvolvimento de todo trabalho de investigação
em ciência. Ela abrange toda bibliografia já tornada pública em relação
ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas,
livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc.; até meios de
comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética; e audiovisuais: filmes
e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com
tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive
conferências seguidas de debates que tenham sido transcritas de alguma
forma, quer publicadas quer gravadas.
Pesquisa documental
A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados
está restrita a documentos, escritos ou não. Estas podem ser feitas no momento
em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois. São compiladas pelo autor.
Exemplos: estatísticas, cartas, contratos, fotografias, filmes, mapas etc.
Pesquisa descritiva
A pesquisa descritiva, conforme diz o próprio nome, descreve uma reali-
dade tal como esta se apresenta, conhecendo-a e interpretando-a por meio
da observação, do registro e da análise dos fatos ou fenômenos (variáveis).
Ela procura responder questões do tipo “o que ocorre” na vida social, política,
e econômica, sem, no entanto, interferir nessa realidade.
Os dados dessa pesquisa ocorrem em seu habitat natural. Eles precisam ser
coletados e registrados ordenadamente para seu estudo. A pesquisa descritiva
pode ter os objetivos de:
familiarizar-se com um fenômeno ou descobrir nova percepção do
mesmo;
saber atitudes, pontos de vista e preferências das pessoas;
conhecer a motivação das pessoas para determinadas ações;
fazer um estudo de caso sobre um determinado indivíduo, comunidade
ou empresa.
Pesquisa experimental
É aquela que manipula deliberadamente algum aspecto da realidade, a
partir de condições anteriormente definidas. Esse tipo de pesquisa busca
estabelecer relações de causa e efeito, ou seja, procura responder “por
que” um fenômeno ocorre. Para desenvolver uma pesquisa experimental, é
preciso realizar um experimento, que deverá acontecer em ambiente natural
(pesquisa de campo), ou em laboratório (pesquisa de laboratório).
Pesquisa de campo
Esse tipo de pesquisa consiste na observação de fatos e fenômenos tal
como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no
registro de variáveis que se presumem relevantes para os analisar. Não deve
ser confundida com a simples coleta de dados.
22 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
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O método científico e a pesquisa
Pesquisa de laboratório
A pesquisa de laboratório é um procedimento de investigação mais
difícil, porém mais exato. Ela descreve e analisa o que será ou ocorrerá em
situações controladas. Exige instrumental específico, preciso, e ambientes
adequados.
Não foi somente com o método que tal fenômeno de reflexão e sistema-
tização ocorreu, pois o homem primeiro viveu, e só depois estudou a vida:
primeiro viveu moralmente, e só depois sistematizou a moral, primeiro racio-
cinou com lógica espontânea ou natural, e só depois definiu as leis do racio-
cínio; assim, também, o homem primeiro agiu metodicamente, e só depois
estruturou os passos e exigências do método científico.
A importância do método
O método confere segurança e é fator de economia na pesquisa, no estudo,
na aprendizagem. Estabelecido e aprimorado pela contribuição cumulativa
dos antepassados, não pode ser ignorado hoje, em seus delineamentos gerais,
sob pena de insucesso.
Entretanto, se, por um lado, pode ser aceita a opinião de que “um espírito
medíocre, mas guiado por um bom método, fará muitas vezes mais progressos
nas ciências que outro mais brilhante que caminha ao acaso”, por outro lado, é
preciso não exagerar a importância do método ou sua eficácia incondicional.
O método é um extraordinário instrumento de trabalho que ajuda, mas não
Atividade de aplicação
1. Em grupos de três ou quatro alunos, exponha e discuta:
Referências
ARANHA, Maria L. A.; MARTINS, Maria H. P. Filosofando: introdução à filosofia.
2. ed. São Paulo: Moderna, 1999.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos.
5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
A escolha do tema
A escolha do tema deve estar ligada à área de atuação profissional, ou
que faça parte da experiência pessoal do estudante. Isso torna o trabalho de
desenvolvimento monográfico muito mais interessante e eficiente, porque o
estudante já possui conhecimentos prévios que poderão facilitar a interpretação
de textos, ideias e jargões da área, além de orientar a busca de bibliografia e
consulta a profissionais especializados.
experiências individuais;
material escrito em livros, revistas, periódicos etc.;
diálogos com professores, autoridades e colegas de curso;
observação direta do comportamento de fenômenos e fatos;
senso comum;
participação em seminários, encontros, congressos etc.;
reflexão.
Uma vez perguntaram a Newton como ele havia descoberto a lei da gravi-
dade, e ele respondeu: “Pensando sobre ela”. Assim, percebe-se que a reflexão
é, sem dúvida, uma rica fonte de ideias. Com apoio na reflexão, podem surgir
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O tema de uma pesquisa: problema, hipóteses e variáveis
Por fim, é de suma importância que o tema tenha um foco de estudo res-
trito. Isso proporcionará ao pesquisador mais segurança e facilidade na rea-
lização da pesquisa.
Evite:
tema que fale de muitas coisas;
Existem algumas condições que facilitam essa tarefa, tais como: imersão
sistemática no objeto, estudo da literatura existente e discussão com pessoas
que acumulam muita experiência prática no campo de estudo.
Caso o problema proposto não se adapte a essas regras, não precisa ser
afastado. O melhor é proceder à sua reformulação ou esclarecimento.
Variáveis
O pesquisador científico precisa determinar quais são os componentes
dos elementos que serão investigados, bem como a precisão utilizada para
a mensuração do objeto de estudo. Para tanto, é necessário determinar as
variáveis da pesquisa para que estas possam permitir maior clareza e confia-
bilidade nos resultados da pesquisa.
Atividades de aplicação
1. Em grupos de três ou quatro alunos, exponha e discuta um tema para
estudo, extraído da sua área de atuação profissional. Após a discussão,
cada aluno defende a sua ideia, explicando a importância do tema e a sua
viabilidade de estudo ou pesquisa.
Referências
CAMPOS, Luiz F. de Lara. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Psicologia. 2. ed.
Campinas: Alínea, 2001.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1996.
Método quantitativo
É aquele que se baseia em dados mensuráveis das variáveis, procurando
verificar e explicar sua existência, relação ou influência sobre outra variável.
Quando uma pesquisa se vale desse tipo de método, ela busca analisar a
frequência de ocorrência para medir a veracidade ou não daquilo que está
sendo investigado.
Método qualitativo
Recebe esse nome pelo fato de se fundamentar em uma estratégia base-
ada em dados coletados em interações sociais ou interpessoais, analisadas a
partir dos significados que participantes e/ou pesquisador atribuem ao fato
(CHIZZOTI apud CAMPOS, 2001). Nesse tipo de pesquisa, o pesquisador se
propõe a participar, compreender e interpretar as informações.
Coleta de dados
A coleta de dados é a fase da pesquisa que tem por objetivo obter informa-
ções sobre a realidade. Conforme as informações necessárias, existem diversos
instrumentos e formas de operá-los. Nas ciências humanas, o questionário e a
entrevista são os mais frequentes instrumentos para coleta de dados. As suas
respostas dão ao pesquisador a informação necessária para o desenvolvimento
do estudo. “O conhecimento assim obtido refere-se à expressão verbal do fato,
pelo entrevistado, sendo que na maioria das vezes, o pesquisador não observou
os acontecimentos diretamente” (DENKER, 1998, p.137).
Entrevista
A entrevista é uma comunicação verbal entre duas ou mais pessoas, com
um grau de estruturação previamente definido, cuja finalidade é a obtenção
de informações de pesquisa. É uma conversa orientada para um objetivo
definido, como receber informações relacionadas a um determinado assunto,
por exemplo.
Estruturada
Consiste de perguntas determinadas, isto é, apresenta uma série de
perguntas conforme um roteiro preestabelecido. Esse roteiro deverá ser
aplicado a todos os entrevistados, sem alteração do teor ou da ordem das
perguntas, a fim de que se possam comparar as diferenças entre as respostas
dos vários entrevistados.
Não estruturada
Consiste de uma conversação informal que pode ser alimentada por per-
guntas abertas ou de sentido genérico, proporcionando maior liberdade
para o entrevistado. Esse tipo de entrevista é mais difícil de ser tabulada. Há
uma dificuldade de contar com pesquisadores preparados para essa tarefa;
por essa razão, o mais recomendável é a utilização da entrevista estruturada.
Exemplo de pergunta não estruturada:
Vantagens da entrevista:
por sua flexibilidade, permite maior sinceridade de expressão, adequa-
da para obter informações de indivíduos mais complexos e emotivos,
ou para comprovar os sentimentos subjacentes a uma opinião;
aplicável a analfabetos;
Desvantagens da entrevista:
são mais dispendiosas e demoradas.
Questionário
O questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita
medir com exatidão o que se deseja. A finalidade do questionário é obter,
de maneira sistemática e ordenada, informações sobre as variáveis que
intervêm em uma investigação, em relação à uma população ou amostra
determinada.
fechadas – (ou com alternativas fixas) são aquelas que limitam as res-
postas às alternativas apresentadas – são muito usadas. Podem ter
apenas duas alternativas: sim e não (dicotômicas), ou várias. Destinam-
-se a obter respostas mais precisas. Exemplo:
Vantagens do questionário:
mais rápido;
Desvantagens do questionário:
perguntas mal interpretadas ou dados inexatos;
Idas a campo
Depois de feita a opção quanto à coleta de dados, se por meio de
entrevistas ou questionários, é preciso montar um cronograma para as
idas a campo, de forma a organizar as visitas e não se perder com os prazos
preestabelecidos para a apresentação dos resultados finais da pesquisa. Veja
o exemplo:
(FONSECA, 2007)
DATA HORÁRIO ATIVIDADE OBJETIVO OBSERVAÇÃO
Teste piloto/
13/08/03 10h Entrevistas Coleta de dados
2 perguntas
27/08/03 10h Entrevistas Coleta de dados 5 perguntas
10/09/03 10h Entrevistas Coleta de dados idem
24/09/03 10h Entrevistas Coleta de dados idem
08/10/03 10h Entrevistas Análise de dados idem
Redação do
22/10/03 10h Entrevistas
Relatório final
Conclusões
As conclusões devem responder diretamente aos objetivos da pesquisa,
ou seja, retomar os objetivos e responder a cada um deles, de forma sintética e
direta. Após as conclusões, o pesquisador deve dar sugestões para pesquisas
futuras na área, com base na pesquisa que acaba de concluir.
Para poder operar neste nível mais alto, necessita o pesquisador de uma
formação específica que lhe permita a tomada consciente de uma posição
determinada no conjunto de conhecimentos que são os seus, oriundos de
sua experiência, mas ampliada pelo saber já acumulado pelas ciências em
geral e por sua ciência em particular. Deve ter [...] diagnosticado sua própria
posição nas diversas correntes de pensamento de sua disciplina; distinguido
a variedade de técnicas de que poderá lançar mão no decorrer do trabalho e
as limitações de cada uma, a fim de escolher as mais eficientes na solução de
seu problema. Os cientistas [...] devem, portanto, ter uma formação teórica
específica.
Atividades de aplicação
1. Em que circunstâncias torna-se necessária a utilização de questionários?
3. Faça uma pesquisa com sua família, com entrevistas. Anote o depoimento
de seus familiares acerca de um acontecimento histórico que tenham
presenciado. Compare os depoimentos entre si e com a versão oficial
existente nos livros de história. Qual é a sua conclusão?
Referências
CAMPOS, Luiz F. de Lara. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Psicologia. 2. ed.
Campinas: Alínea, 2001.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de, et al. Reflexões sobre a Pesquisa Sociológica.
São Paulo: MM Impress, 1992.
Projeto de pesquisa
Folha de rosto
Autor, título, texto explicativo sobre o projeto – mencionando o órgão (ou
instituição) ao qual se destina o projeto – orientador, cidade, ano.
Introdução
Expõe e delimita o tema a ser estudado/pesquisado.
Justificativa
Expõe a relevância acadêmica ou social do tema apresentado. Apresenta as
razões de ordem teórica e/ou prática que justificam a realização da pesquisa.
Problema
Deve ser apresentado como uma pergunta específica – focada e delimi-
tada – sobre o tema a ser estudado. Essa pergunta deve ser clara, objetiva e
suscetível de solução.
Hipótese(s)
Deve propor uma resposta para a pergunta estabelecida no problema.
Essa resposta deve oferecer uma solução possível ao problema, que será
declarada falsa ou verdadeira ao final da pesquisa.
Objetivos
Relatam o que se pretende alcançar com o desenvolvimento da pesquisa.
Os objetivos dividem-se em: geral e específicos.
Método
Descreve o método de abordagem, ou seja, o tipo de pesquisa a ser utili-
zado e os elementos necessários para a sua realização.
Cronograma
É um esclarecimento e um controle do tempo necessário ao desenvol-
vimento da pesquisa. Detalha as diferentes fases do projeto, apresentando
numa tabela o período correspondente a cada atividade da execução do
projeto. Exemplo:
(FONSECA, 2007)
ATIVIDADES MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV
Pesquisa bibliográfica X X X X X X X
Redação parcial X X X X X X
Pesquisa de campo X X
Tabulação dos dados X X
Interpretação dos dados X
Conclusões X X
Redação final X X X
Apresentação final X
Referencial teórico
(também chamado de Marco Teórico ou Fundamentação Teórica)
Referências
Indicam todas as obras consultadas e mencionadas no projeto, principal-
mente no Referencial Teórico. Para tanto, devem seguir as orientações nas
Normas da ABNT.
Atenção para:
a ordem e a numeração dos itens;
o uso de letras maiúsculas e minúsculas;
o uso de negrito ou não negrito;
digitação: letra Arial ou Times New Roman – 12, espaço 1,5.
Técnicas de leitura
A leitura é um fator decisivo de estudo, não é tarefa, é cultura. A leitura
propicia a ampliação de conhecimentos, a obtenção de informações básicas
ou específicas, a abertura de novos horizontes para a mente, a sistematização
do pensamento, o enriquecimento de vocabulário e o melhor entendimento
do conteúdo das obras (LAKATOS; MARCONI, 1991).
Objetivos da leitura
De acordo com Lakatos e Marconi (1991), existem algumas maneiras e
objetivos para lidar com um texto:
encontrar frases ou palavras-chave;
captar a ideia geral, sem entrar em minúcias;
obter uma visão ampla do conteúdo, principalmente do que interessa;
absorver o conteúdo e todos os seus significados, lendo e relendo, se
necessário;
estudar e formar um ponto de vista sobre o texto – leitura crítica.
Análise de texto
Analisar um texto significa estudar, decompor, dividir ou interpretar. A
análise de um texto refere-se ao processo de conhecimento de determinada
realidade. Esse processo implica na decomposição das partes do texto para
um estudo mais completo, determinando as relações entre as ideias e com-
preendendo a maneira pela qual estão organizadas; estruturando as ideias
de maneira hierárquica.
Importância da leitura
(RUIZ, 2002, p. 34-35)
Não basta ir às aulas para garantir pleno êxito nos estudos. É preciso ler e,
principalmente, ler bem. Quem não sabe ler não saberá resumir, não saberá
tomar apontamentos e, finalmente, não saberá estudar. Ler bem é o ponto
fundamental para os que quiserem ampliar e desenvolver as orientações e
aberturas das aulas. É muito importante participar das aulas; elas não circuns-
crevem, não limitam; ao contrário, abrem horizontes para as grandes caminha-
das do aluno que leva a sério seus estudos e quer atingir resultados plenos de
seus cursos. Aliás, quase todas as cadeiras desenvolvem programas de pesqui-
sa bibliográfica para que o aluno desenvolva temas e reconstrua ativamente o
que outros já construíram. Para elaborar trabalhos de pesquisa, é necessário ir
às fontes, aos autores, aos livros; é preciso ler, ler muito e, principalmente, ler
bem. Durante as primeiras aulas de qualquer disciplina, os mestres apresentam
criteriosa bibliografia; alguns livros são básicos, ou de leitura obrigatória, para
quem quer colher todo fruto das aulas; outros são mais especializados ou se
concentram em algum item do programa, e pode, entre os tratados gerais de
consulta obrigatória, ser indicado um, como livro de texto. A indicação do livro
de texto tem vantagens e inconvenientes cuja análise ultrapassaria os limites
que este compêndio impõe. Diremos, apenas, que o livro de texto é muito bom
para a preparação da aula, mas que o aluno não pode ater-se exclusivamente a
ele. Timeo hominem unius libri, diziam os antigos. Devemos temer o homem de
um livro só. É necessário abeberar-se de outras fontes mais amplas, mais espe-
cializadas sobre cada tema ou sobre cada pormenor dos programas.
Atividades de aplicação
1. Em grupos de três ou quatro colegas, discutam e estabeleçam a existência
de um “problema” a ser resolvido em sua cidade. Em seguida, apontem
uma “justificativa” para o estudo de tal problema e, finalmente, apresentem
uma “hipótese” para a solução desse problema.
2. Selecione um livro científico qualquer de seu interesse. Identifique neste
livro, os vários elementos existentes, tais como: título, data de publicação,
contracapa, índice (ou sumário), introdução (prefácio ou nota do autor)
e bibliografia. Após a análise desses itens, apresente a sua opinião a
respeito dessa obra como fonte de leitura e informação científica.
Referências
FONSECA, Regina Célia Veiga da Fonseca. Como Elaborar Projetos de Pesquisa
e Monografias. Curitiba: Imprensa Oficial, 2007.
LAKATOS, Eva M.; MARCONI, Marina A. Fundamentos de Metodologia Científica.
3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1996.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos.
5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Parágrafo
O parágrafo tem, antes de tudo, uma importância visual. O texto dividido
em parágrafos “descansa” a vista do leitor, impedindo que o olhar se perca
num emaranhado sem fim de linhas. Compare as duas formas seguintes:
(a) (b)
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxx.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxx.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxx. xxxxxxxxxxxx xxxx xx xxxx xx.
Frases curtas
A frase curta apoia-se no fato de que é mais fácil assimilar uma ideia por vez. Os períodos
recheados de orações subordinadas, em geral, contém muitas ideias, tornando-se
complexos e de difícil entendimento. Frequentemente, frases com 10 a 15 palavras são as
de decodificação mais simples. (MEDEIROS,1998, p. 57)
Vocabulário
Evite o uso de palavras abstratas ou de conotação que envolvem precon
ceito.
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Estilo e redação de um texto: observação e linguagem científica
Palavras que encerram juízo de valor: errado, bom, mau, certo, agra-
dável.
Coesão
O texto deve apresentar um encadeamento de palavras que fazem sentido
quando combinadas.
Para definir melhor o que seja coesão, podemos dizer que se trata de uma
forma de recuperar, em uma sentença B, um termo presente em uma sentença
A. Exemplo:
Conectivos que podem ser usados no texto, em geral, de acordo com as diferentes situações
Adição: e, nem, também, não só... mas também, além disso, em adição, ademais, acres-
centando.
Alternância: ou... ou, quer... quer, seja... seja.
Causa: porque, já que, visto que, graças a, em virtude de, pois, por (+ infinitivo).
Condição: se, caso, desde que, a não ser que, a menos que.
Comparação: como, assim como, tal como, do mesmo modo que.
Conformidade: conforme, segundo, consoante, como.
Conclusão ou consequência: logo, portanto, pois, tão... que, tanto... que, de modo que,
de forma que, de maneira que, assim sendo, resumindo, por outro lado.
Explicação: pois, porque, porquanto, por exemplo, isto é.
Finalidade: para que, a fim de que, para (+ infinitivo).
Oposição: mas, porém, entretanto, embora, mesmo que, apesar de (+ infinitivo).
Proporção: à medida que, à proporção que, quanto mais, quanto menos.
Tempo: quando, logo que, assim que, toda vez que, enquanto, sempre que.
Semelhança ou ênfase: do mesmo modo, igualmente.
Contraste: mas, porém, entretanto, todavia, ao contrário, em vez de, por outro lado, ao
passo que, desde.
Coerência
A coerência resulta da relação harmoniosa entre os pensamentos ou
ideias apresentadas num texto sobre um determinado assunto. Refere-se,
dessa forma, ao conteúdo, ou seja, à sequência ordenada das opiniões ou
fatos expostos.
6. Não utilize exemplos contando fatos ocorridos com terceiros, que não
sejam de domínio público.
7. Nunca repita várias vezes a mesma palavra.
8. Procure não inovar, por sua conta, o alfabeto da língua portuguesa.
9. Tente não analisar os assuntos propostos sob apenas um dos ângulos
da questão.
10. Não fuja ao tema proposto.
Resumindo...
Princípios básicos quanto à produção de um texto científico:
Objetividade
Os assuntos devem ser tratados de maneira direta e simples.
Apoiar-se em dados e provas e não em opiniões sem confirmação.
O emprego do pronome se é o mais adequado para manter a objetividade:
“procedeu-se ao levantamento”; “buscou-se tal coisa”; “realizou-se...” etc.
Outro recurso consiste em usar verbos nas formas impessoais: “tal infor-
mação foi obtida...”; “o procedimento adotado...”
Evitar o uso de primeira pessoa (eu, nós), dar preferência para: “este
trabalho”, “no presente estudo”, “nesta pesquisa” etc.
Clareza
Ideias expressas sem ambiguidade.
Vocabulário adequado e de frases curtas, facilitando a leitura.
Correção gramatical.
Precisão
Empregar expressões que traduzam exatidão daquilo que se quer trans-
mitir (registro de observações, medições e análises efetuadas).
Usar adjetivos que indiquem claramente a proporção dos objetos men-
cionados.
Ler e revisar os textos depois de digitados.
Coerência
Manter a sequência lógica e ordenada na apresentação das ideias.
Estrutura de um texto
Quanto à estrutura de um texto, segue um exemplo adaptado de Granatic
(1996), cujo título é: Terra, uma preocupação constante.
Introdução
Expõe e delimita o assunto a ser discutido no restante do texto. Recomen-
da-se, para isso, a utilização do tópico frasal que resume todo o pensamento
a ser discutido no corpo do parágrafo ou dos parágrafos seguintes, no desen-
volvimento. As ideias abordadas nos parágrafos do desenvolvimento devem
estar intimamente relacionadas com as ideias da introdução. Exemplo:
1.ª etapa
Elaboração do tópico frasal e dos argumentos relacionados a ele (o número
de argumentos pode variar; nesse caso, apenas três são apresentados).
2.ª etapa
Transcrição dos argumentos acima, com a inserção de conectivos ade-
quados para transformá-los em um parágrafo:
Desenvolvimento
Explica cada um dos argumentos e, para cada argumento, faz um novo
parágrafo.
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Estilo e redação de um texto: observação e linguagem científica
Conclusão
Compõe-se de uma expressão inicial, somada à reafirmação do tópico,
mais uma observação final. Exemplo:
Atividades de aplicação
1. Conforme o que você aprendeu nesta aula, qual a importância da obser-
vação para uma pesquisa científica?
2. Faça uma observação da sua sala de aula, durante alguns minutos. Depois,
reúna-se em grupos de três a quatro alunos e compare as observações de
cada um. Discutam a fidedignidade da linguagem utilizada.
3. Sinopse: O filme mostra como um cego descobre atitudes falsas daqueles
que o cercam por meio de um método próprio de registro daquilo que não
vê: fotografias, que ele tira onde anda e cuja descrição, feita por um amigo,
escreve em braile.
(A PROVA. Direção de Jocelyn Moorhouse. Austrália, 1992. 1 filme (91 min.))
Referências
COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2. ed. São Paulo.
Moderna, 1997.
Elementos pré-textuais
(Informações que ajudam na identificação e na utilização do trabalho)
Capa
Folha de rosto
Obs.: cada um desses itens deve iniciar numa nova página e na ordem
acima apresentada, com exceção de “resumo e abstract”, que devem ficar
numa mesma página.
Elementos textuais
(Compreende a introdução e os seus componentes. Também é a parte do trabalho
onde se expõe o conteúdo da pesquisa. Sua organização depende da natureza do
trabalho)
1 Introdução
É a explicação do autor para o leitor sobre o tema da monografia. Esta será
a primeira seção do texto (chamada seção primária), portanto, terá o indica-
tivo 1 (exemplo: 1 INTRODUÇÃO), de acordo com a norma NBR 6024:1990.
Deve ter início numa folha própria.
Essa parte inicial do trabalho tem a finalidade de dar ao leitor uma visão
clara e simples do assunto, que é apresentado como um todo, sem detalhes.
Aqui, não são mencionados os resultados alcançados, pois estes causariam
o desinteresse pela leitura integral do trabalho. A introdução poderá ser
1.1 Justificativa
Explicar os motivos que levaram o autor a realizar tal pesquisa. Por que
pesquisar esse assunto e qual a sua relevância social?
1.3 Hipótese(s)
Oferece uma ou mais respostas possíveis para a pergunta estabelecida no
item anterior (problema). Trata-se de uma ou mais afirmações que serão testadas
mediante a evidência dos resultados empíricos e da reflexão teórica, por meio da
pesquisa de campo. São explicações provisórias, isto é, elas explicam o assunto
até que as conclusões do estudo as confirmem ou rejeitem.
Caso não haja o item problema, este item (hipótese) será omitido.
1.5 Método
É o relato detalhado dos procedimentos realizados para resolver o pro-
blema exposto. É a descrição dos passos e técnicas utilizados na execução
da pesquisa. Deve conter:
2 Referencial teórico
(Marco teórico ou fundamentação teórica)
3 Resultados e discussão
Os resultados deverão ser apresentados de acordo com a sua análise
estatística, incorporando-se no texto apenas as tabelas, os quadros, os
gráficos e outras ilustrações estritamente necessárias à compreensão do
desenrolar do raciocínio; os demais deverão constar em apêndice (MARCONI;
LAKATOS, 2001).
Elementos pós-textuais
(Elementos complementares que têm relação com o texto, mas que,
para torná-lo menos denso, costumam ser apresentados após os ele-
mentos textuais)
5 Referências
Ao longo da monografia são apresentadas citações teóricas de vários
autores. Esses autores devem ser mencionados sempre, com as respectivas
citações. Nesse item, “Referências”, todos aqueles autores mencionados na
parte teórica serão listados de forma integral (autor, título da obra, cidade,
editora, ano, entre outros), conforme as orientações nas Normas da ABNT.
Anexos1
Apêndices1
Referências
Elementos textuais
Resumo
Listas1
Sumário1
Termo de aprovação
Epígrafe2
Agradecimentos2
Dedicatória2
Folha de Rosto
Capa1
1
Elementos condicionados à necessidade.
2
Elementos opcionais.
AUTOR
TÍTULO
LOCAL (CIDADE)
ANO
Atividades de aplicação
1.
2. Ler o livro: FONSECA, Regina Célia Veiga da. Capítulo VII. In: Como Elaborar
Projetos de Pesquisa e Monografias. Curitiba: Imprensa Oficial, 2007.
Referências
DEMO, Pedro. Pesquisa. Princípio científico e educativo. São Paulo: Cortez, 2001.
Formato
Produzir o trabalho em laudas (um só lado do papel) em formato A4
(210 x 297mm).
Folha de estilo
Folha de estilo é o conjunto de definições de formatos de apresentação
de linhas, de parágrafo e de divisões de um documento. O aplicativo Word
(Editor de texto) possui vários recursos de edição. A pré-formatação para digi-
tação de trabalhos facilita a tarefa, pois estabelece de antemão alguns itens:
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 79
mais informações www.iesde.com.br
Normas da ABNT
Paginação
Páginas anteriores ao texto (elementos pré-textuais): a capa não é con-
tada na numeração das páginas. Todas as páginas restantes são contadas,
mas os números não ficam visíveis. A página de rosto é considerada a de
número 1.
Capa
Capa é a cobertura que reveste o trabalho. É obrigatória em teses, disser-
tações e monografias.
Folha de rosto
Folha de rosto é a folha que apresenta os elementos essenciais à identi-
ficação do trabalho. Deve conter informações idênticas e na mesma ordem
que as da capa, mas com o acréscimo de:
Texto
Sumário* TÍTULO
Folha de Rosto
Capa*
Trabalho de Conclusão de Curso
(Monografia,Tese, Dissertação) apresentado
como requisito parcial à obtenção do grau
de Bacharel (Licenciatura, Graduação,
Mestrado, Doutorado) em (especificação
do curso) (departamento) (instituição).
LOCAL (CIDADE)
* Elementos ANO
condicionados à
necessidade.
Sumário
É a relação dos capítulos e seções do trabalho, na ordem em que aparecem.
Texto
É a parte do trabalho em que o assunto é apresentado e desenvolvido.
Pode ser dividido em capítulos e seções, ou somente em capítulos. Conforme
a finalidade a que se destina, o trabalho é estruturado de maneira distinta,
mas geralmente consiste de introdução, desenvolvimento e conclusão.
Apêndices
São textos ou documentos elaborados pelo autor, a fim de complementar
e esclarecer o estudo. Esses documentos, quando necessários para o traba-
lho, devem aparecer logo após as referências bibliográficas.
Anexos
São textos ou documentos não elaborados pelo autor. Anexo é a matéria
suplementar, tal como leis, questionários, estatísticas, que se acrescenta a
um trabalho como esclarecimento ou documentação, sem dele constituir
parte essencial. Constituem informações que o pesquisador julgar neces-
sárias para melhor compreensão do projeto. Esse material é anexado sem
numeração de páginas.
Glossário
Glossário é a relação de palavras de uso restrito, acompanhadas das
respectivas definições, com o objetivo de esclarecer o leitor sobre o significado
dos termos empregados no trabalho. É apresentado em ordem alfabética.
Notas de rodapé
São informações que aparecem ao pé das páginas com o objetivo de
complementar alguns pontos do texto sem, no entanto, o sobrecarregar. As
notas de rodapé podem ser de referências (com indicação das fontes consul-
tadas), ou explicativas (que evitam explicações longas dentro do texto). São
utilizadas para:
indicar a fonte de uma citação, ou seja, o livro de onde se extraiu uma
frase ou do qual se utilizou uma ideia ou informação;
fornecer a tradução de uma citação importante;
fazer observações pertinentes e comentários adicionais etc.
stakeholders são todos os grupos ou indivíduos que podem afetar ou ser afetados pela empresa,
2
Citações
São informações extraídas de fontes consultadas e mencionadas no texto,
com a função de esclarecer e sustentar o assunto abordado, complementando
as ideias do autor do trabalho acadêmico-científico. Para todo e qualquer
tipo de citação, direta ou indireta, é obrigatório mencionar a fonte de onde a
ideia foi retirada, isto é, os sobrenome(s) do(s) autor(es) e o ano de publicação
da obra, a saber:
Citações diretas
São transcrições exatas de um texto ou de parte dele, permanecendo a
pontuação, a grafia e o idioma exatamente como aparecem no original, sem
sofrer modificação alguma. Subdividem-se em:
citações diretas curtas (até três linhas) – são transcritas entre aspas,
com o mesmo tipo e tamanho da letra que está sendo utilizada no
texto. O uso das aspas delimita as citações diretas. Após uma citação
direta, além do sobrenome do autor e o ano de publicação da obra, é
necessário indicar a página em que ela se localiza. Exemplo:
Citação de citação
É a transcrição textual ou conceitos de um autor sendo ditos por um
segundo autor. Usa-se para isso a expressão apud, que em latim significa
citado por, conforme, segundo. Veja exemplos de citação direta e indireta.
Referências
Esse elemento obrigatório é a relação das fontes utilizadas pelo autor e
permite a identificação de documentos impressos ou registrados em qual-
quer suporte físico, tais como: livros, periódicos, material audiovisual ou in-
ternet. As referências devem ser mencionadas em trabalhos científicos dos
Como recurso tipográfico para destaque do título das obras com a indi-
cação da autoria ou responsabilidade, a ABNT sugere o itálico, o negrito ou
o grifo.
Exemplo:
Exemplo:
RÉGNIER, Erna Martha. Educação/formação profissional: para além dos
novos paradigmas. Boletim Técnico do SENAC, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1,
p. 3-13, jan./abr. 1995.
Artigos de jornal
SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título
do jornal, local de publicação (cidade), dia, mês, ano. Número ou título do
caderno, seção ou suplemento, páginas inicial-final.
Exemplo:
Guia
TÍTULO. Local: Editora, data, paginação.
Exemplo:
BRASIL: roteiros turísticos. São Paulo: Folha da Manhã, 1995, 319 p.
Eventos
NOME DO CONGRESSO, número., ano, Local de realização (cidade). Título...
Local de publicação (cidade): Editora, data de publicação.
Exemplo:
Exemplo:
Internet
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. (ano da publicação). Nome do artigo.
Local. Nome do periódico online. Disponível em: endereço da internet (data
da consulta).
Exemplo:
Atividade de aplicação
1. Em grupos de três ou quatro alunos discuta as consequências desfavorá-
veis que podem advir da não observância das normas da ABNT, em um
trabalho científico, com relação à:
estrutura;
digitação;
Referências
FONSECA, Regina Célia Veiga da Fonseca. Como Elaborar Projetos de Pesquisa
e Monografias. Curitiba: Imprensa Oficial, 2007.
Metodologia do
Metodologia do
Trabalho Científico
Metodologia do
Trabalho Científico