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Atos Adm 2 PDF
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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Olá pessoal!
SUMÁRIO
1 Outro limite à discricionariedade é a teoria dos motivos determinantes, pela qual os atos somente
serão válidos se os motivos indicados para sua prática forem verdadeiros e legítimos.
2 Maria Sylvia Di Pietro classifica as nomeações de autoridades sujeitas à aprovação prévia do Poder
Legislativo como atos compostos. Não obstante, as bancas Cespe e ESAF têm adotado posicionamento
diverso, classificando tais nomeações como atos complexos.
Ato constitutivo é aquele que cria uma nova situação jurídica individual para seus
destinatários, em relação à Administração.
Ato extintivo ou desconstitutivo é aquele que põe fim a situações jurídicas
individuais existentes.
Ato modificativo é o que tem por fim alterar situações preexistentes, sem
suprimir direitos ou obrigações.
Ato declaratório é o que visa a atestar um fato, ou reconhecer um direito ou uma
obrigação que já existia antes do ato.
Ato válido é aquele praticado em conformidade com a lei, sem nenhum vício.
Ato nulo é aquele que nasce com vício insanável por ausência ou defeito
substancial em um dos seus elementos constitutivos.
Ao anulável é o que apresenta defeito sanável, ou seja, passível de convalidação
pela própria Administração.
Ato inexistente é aquele que apenas tem aparência de manifestação regular da
vontade da Administração, mas, em verdade, não chega a entrar no mundo
jurídico, por falta de um elemento essencial.
O ato eficaz é aquele que já está apto para a produção dos efeitos
que lhe são inerentes, vale dizer, o ato não depende de um evento
posterior, como um termo, encargo ou condição suspensiva, ou ainda
de autorização, aprovação ou homologação para produzir efeitos
típicos ou próprios.
Como regra, a eficácia do ato é imediata ou posterior à sua
produção, admitindo-se, excepcionalmente, a eficácia retroativa, como,
por exemplo, a anulação e a reintegração, que operam efeitos retroativos.
10. (Cespe – TRT10 2013) De acordo com a doutrina, o ato administrativo será
considerado perfeito, inválido e eficaz, quando, concluído o seu ciclo de formação, e não
se conformando às exigências normativas, ele produzir os efeitos que lhe seriam
inerentes.
Comentário: O item está correto. Lembre-se de que, pelo atributo da
presunção da legitimidade, o ato administrativo perfeito e eficaz produz os efeitos
que lhe são inerentes ainda que contenha algum vício em seus elementos de
formação, ou seja, ainda que seja um ato inválido. A produção de efeitos
perdurará até que o ato viciado seja anulado pela Administração ou pelo
Judiciário – este, se provocado –, de tal sorte que, antes disso, o administrado
não pode se recusar a cumpri-lo.
Gabarito: Certo
11. (Cespe – MPU 2013) Validade e eficácia são qualidades do ato administrativo cuja
existência seja necessariamente pressuposta no plano fático.
Comentário: O item está correto. Validade e eficácia são qualidades do ato
administrativo perfeito, ou seja, do ato completo, formado. Nos atos imperfeitos,
ao contrário, não faz sentido se falar em validade e eficácia, afinal. tais atos nem
existem ainda. A questão chama o ato perfeito de ato “cuja existência seja
necessariamente pressuposta no plano fático”, o que é correto, pois, como dito,
ato perfeito é aquele que já se encontra completamente formado, ou seja, que já
existe no plano fático.
Gabarito: Certo
12. (Cespe – MDIC 2014) Suponha que determinado ato administrativo, percorrido seu
ciclo de formação, tenha produzido efeitos na sociedade e, posteriormente, tenha sido
reputado, pela própria administração pública, desconforme em relação ao ordenamento
jurídico. Nesse caso, considera-se o ato perfeito, eficaz e inválido.
Comentário: O item está correto. O ato da questão é perfeito por ter
“percorrido seu ciclo de formação”; é eficaz por ter “produzido efeitos na
sociedade”; e é inválido por ter sido reputado “desconforme em relação ao
ordenamento jurídico”.
Gabarito: Certo
13. (Cespe – TCU 2012) Os atos praticados por servidor irregularmente investido na
função — situação que caracteriza a função de fato — são considerados inexistentes.
Comentário: A função de fato ocorre quando a pessoa que pratica o ato está
irregularmente investida no cargo, emprego ou função, mas a sua situação tem
toda a aparência de legalidade. Segundo a doutrina, os atos praticados pelos
funcionários de fato, pela teoria da aparência, são considerados válidos e
eficazes, perante terceiros de boa-fé, precisamente pela aparência de legalidade
de que se revestem, daí o erro.
Gabarito: Errado
ATOS NORMATIVOS
ATOS ORDINATÓRIOS
ATOS NEGOCIAIS
8 O direito a indenização pode surgir caso a autorização seja outorgado por prazo certo e a revogação
17. (Cespe IBAMA 2013) O IBAMA multou e interditou uma fábrica de solventes
que, apesar de já ter sido advertida, insistia em dispensar resíduos tóxicos em um rio
próximo a suas instalações. Contra esse ato a empresa impetrou mandado de
segurança, alegando que a autoridade administrativa não dispunha de poderes para
impedir o funcionamento da fábrica, por ser esta detentora de alvará de
funcionamento, devendo a interdição ter sido requerida ao Poder Judiciário.
Em face dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
A concessão de alvará de funcionamento constitui ato administrativo discricionário,
razão por que tal ato somente pode ser anulado por autoridade administrativa.
Comentário: O alvará de funcionamento de estabelecimentos comerciais
é uma das formas de manifestação da licença administrativa, ato que é
vinculado, e não discricionário, daí o primeiro erro. Outro erro é que atos
inválidos podem ser anulados tanto pela Administração como pelo Judiciário,
e não somente por autoridade administrativa.
Gabarito: Errado
ATOS ENUNCIATIVOS
ATOS PUNITIVOS
Os atos punitivos são aqueles que impõem sanções administrativas
aos que descumprirem normas legais ou administrativas. Podem ser de
ordem interna ou externa.
Os atos punitivos internos têm como destinatários os servidores
públicos. São exemplos as penalidades disciplinares, como a advertência,
suspensão, demissão.
Já os atos punitivos externos têm como destinatários os
particulares que pratiquem infrações administrativas em geral. São
exemplos as sanções aplicadas aos particulares contratados pela
Administração Pública, previstas na Lei de Licitações e Contratos, bem
como as penalidades aplicadas no âmbito da atividade de polícia
administrativa (interdição de atividades, destruição de alimentos,
substâncias ou objetos imprestáveis, nocivos ao consumo ou, ainda,
proibidos em lei etc.).
18. (Cespe – MDIC 2014) Um aviso é uma forma de ato administrativo classificado
como ato punitivo, ou seja, que certifica ou atesta um fato administrativo.
Comentário: O quesito está errado. O examinador fez uma “salada” com
os conceitos. Um aviso é exemplo de ato administrativo ordinatório, assim
como as portarias, as circulares internas, as ordens de serviço e os
memorandos. Por sua vez, um ato que certifica ou atesta um fato
administrativo é um ato enunciativo. Já um ato punitivo é o que impõe sanções
administrativas tanto aos servidores público com aos particulares.
Gabarito: Errado
19. (Cespe – TJ/RJ 2008) O ato se extingue pelo desfazimento volitivo quando sua
retirada funda-se no advento de nova legislação que impede a permanência da
situação anteriormente consentida.
Comentário: A anulação, a revogação e a cassação são classificadas
como formas do chamado desfazimento volitivo, eis que são resultantes da
manifestação expressa do administrador ou do Poder Judiciário. Todas as
demais formas de extinção vistas no tópico acima, inclusive a caducidade de
que trata o item em questão, independem de qualquer manifestação ou
declaração, daí o erro.
Gabarito: Errado
ANULAÇÃO
REVOGAÇÃO
11 STF MS 28.273/DF
22. (Cespe – AGU 2012) Embora a revogação seja ato administrativo discricionário
da administração, são insuscetíveis de revogação, entre outros, os atos vinculados,
os que exaurirem seus efeitos, os que gerarem direitos adquiridos e os chamados
meros atos administrativos, como certidões e atestados.
Comentário: O quesito está correto. Determinados atos não são passíveis
de revogação. Além dos atos citados no comando da questão, podem-se
relacionar também os atos que geraram direitos adquiridos, os atos
integrantes de um procedimento administrativo e os atos complexos.
Gabarito: Certo
*****
25. (Cespe – INSS 2016) O ato praticado por agente não competente para fazê-lo
poderá ser convalidado discricionariamente pela autoridade competente para sua
prática, caso em que ficará sanado o vício de incompetência.
Comentário: O vício de competência é considerado um vício sanável, isto
é, passível de convalidação, exceto nos casos de competência exclusiva e
competência quanto à matéria. Como a questão não dá nenhuma ideia sobre a
presença das exceções, então o item está correto.
Lembrando que a convalidação é considerada um ato discricionário
(alternativamente, pode-se optar pela anulação do ato), embora existam
autores que defendam ser ato vinculado; para esses autores, nas hipóteses em
que a convalidação é cabível, a autoridade competente não poderia adotar
outra providência, uma vez que a convalidação seria a medida mais condizente
com os princípios da eficiência, da segurança jurídica, da racionalidade
administrativa entre outros.
Gabarito: Certo
29. (Cespe – TCU 2015). A revogação de atos pela administração pública por
motivos de conveniência e oportunidade não possui limitação de natureza material,
mas somente de natureza temporal, como, por exemplo, o prazo quinquenal previsto
na Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito do serviço
público federal.
Comentário: Ocorre exatamente o contrário do afirmado no item, ou seja,
a revogação de atos possui limitação de natureza material, mas não de
natureza temporal.
Com efeito, existem atos que são irrevogáveis em razão da sua própria
natureza ou conteúdo, nos quais a revogação encontra uma limitação de
natureza material, a exemplo, os atos exauridos ou consumados, dos atos
vinculados, dos atos que geraram direitos adquiridos e dos atos complexos.
Por outro lado, diferentemente da anulação, não há prazo estabelecido em
norma para a revogação de um ato que proporciona direitos ao destinatário. O
art. 54 da Lei 9.784/1999 fala apenas em anulação. Veja:
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Gabarito: Errado
30. (Cespe – TCU 2015) Decretos não são considerados atos administrativos.
Comentário: Os Decretos são sim considerados atos administrativos. São
da espécie atos normativos, mas também podem ser classificados como atos
individuais (decretos de desapropriação); atos complexos (pois dependem da
conjugação de vontades do Ministro de Estado e do Presidente da República).
Gabarito: Errado
31. (Cespe – Bacen 2013) No que se refere aos atos administrativos e ao silêncio
da administração pública, assinale a opção correta.
33. (Cespe – TJ/PI 2012) Com relação ao ato administrativo, assinale a opção
correta.
a) Considerando a relação entre a validade e a eficácia do ato administrativo, é
correto afirmar que um ato pode ser válido e eficaz ou, ainda, inválido e ineficaz,
mas não inválido e eficaz, pois não é possível considerar que, tendo sido editado em
desconformidade com a lei, um ato esteja apto a produzir efeitos.
b) O ato de convalidação, pelo qual é suprido vício existente em ato ilegal, opera
efeitos ex tunc, retroagindo em seus efeitos ao momento em que foi praticado o ato
originário.
c) Atos compostos são aqueles cuja vontade final exige a intervenção de agentes ou
órgãos diversos e apresenta conteúdo próprio em cada uma das manifestações.
d) A autorização para exploração de jazida é exemplo de ato declaratório, já que
expressa aquiescência da administração para o particular desenvolver determinada
atividade.
e) Os atos administrativos que neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses
devem ser motivados, assim como os que importem anulação, suspensão ou
convalidação de ato administrativo, não sendo essencial a motivação para os atos
que os revoguem, pois a revogação ocorre por motivo de conveniência e
oportunidade da administração.
Comentários: Vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA. Ao contrário do que afirma o item, é sim possível que um ato
administrativo seja inválido e eficaz. Tal possibilidade decorre do atributo da
presunção da legitimidade, pelo qual os atos administrativos produzem efeitos
desde o momento de sua edição, ainda que apresentem qualquer vício
aparente. Para que o vício provoque a paralização dos efeitos do ato, é preciso
que a Administração ou o Judiciário expressamente declare a sua nulidade.
34. (Cespe – TJ/RR 2013) Suponha que determinado cidadão que pretenda
construir uma casa tenha sido informado pelo órgão estatal competente de que a
administração deve, por meio de ato administrativo, consentir a construção, antes do
início das obras. Nessa situação, o ato administrativo de consentimento a ser
expedido pela administração é a
a) permissão.
b) aprovação.
35. (Cespe – PGE/PB 2008) A respeito dos atos administrativos, julgue os itens
subsequentes.
I Ato perfeito é aquele que teve seu ciclo de formação encerrado, por ter esgotado
todas as fases necessárias à sua produção.
II Ato consumado é o que já produziu todos os seus efeitos.
III Ato pendente é aquele que, embora perfeito, está sujeito a condição ou termo
para que comece a produzir efeitos.
IV Ato imperfeito é o que apresenta aparência de manifestação de vontade da
administração pública, mas que não chegou a aperfeiçoar-se como ato
administrativo.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, II e III.
Comentários: As alternativas I, II e III apresentam as definições exatas de
ato perfeito, ato consumado e ato pendente, respectivamente. Já a alternativa
IV está errada, pois traz a definição de ato inexistente, e não de ato imperfeito.
Ato imperfeito, segundo Hely Lopes Meirelles, “é o que se apresenta
41. (Cespe – DP/DF 2013) A autorização de uso de bem público por particular
caracteriza-se como ato administrativo unilateral, discricionário e precário, para o
atendimento de interesse predominantemente do próprio particular.
Comentário: Mais uma questão do Cespe que explora a natureza dos atos
de licença e de autorização. Como visto, as licenças são atos vinculados e
definitivos, enquanto as autorizações são atos discricionários e precários.
Gabarito: Certo
44. (Cespe – MIN 2013) A pavimentação de uma rua pela administração pública
municipal representa um fato administrativo, atividade decorrente do exercício da
função administrativa, que pode originar-se de um ato administrativo.
Comentário: A pavimentação de rua é uma atividade material, ou seja,
uma ação concreta da Administração; portanto, trata-se, é verdade, de um fato
administrativo. Também é correto que tal atividade pode se originar de um ato
administrativo, como uma ordem de serviço, por exemplo. Aliás, em regra, os
fatos administrativos são precedidos de atos administrativos.
Gabarito: Certo
*****
Bons estudos!
Erick Alves
1.
Atos vinculados: a lei fixa os requisitos e condições de sua realização, não deixando
Quanto ao liberdade de ação para a Administração.
grau de
Atos discricionários: a Administração tem liberdade de ação dentro de determinados
liberdade
parâmetros previamente definidos em lei.
2. Quanto aos abstração; prevalecem sobre os atos individuais. Ex: atos normativos.
destinatários Atos individuais: possuem destinatários certos e determinados; pode ser um destinatário
(ato singular) ou vários (ato plúrimo). Ex: nomeação, exoneração, autorização, licença.
3.
Quanto à Atos internos: atingem apenas o órgão que os editou. Ex: portaria de remoção de servidor.
situação de Atos externos: também atingem terceiros. Ex: multas a empresas contratadas, editais de
terceiros licitação, atos normativos etc.
4.
Quanto à provenientes de órgãos diversos (há um ato único). Ex: aposentadoria de servidor
formação de
estatutário, portarias conjuntas.
vontade
Atos compostos: resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um
é instrumental em relação à do outro (existem dois atos). Ex: autorização que depende de
visto.
5.
Quanto às Atos de gestão: praticados sem supremacia sobre os administrados; são atos próprios da
prerrogativas gestão de bens e serviços. Ex: alienação de bens, aluguéis de imóveis.
da
Administração Atos de expediente: se destinam a dar andamento aos processos e papeis administrativos,
sem qualquer conteúdo decisório. Ex: protocolo de documentos.
6.
Quanto aos de sanções (constitutivos); cassação de autorização, demissão de servidor (extintivos);
efeitos alteração de horário de funcionamento do órgão (modificativo).
Ato declaratório: atesta um fato ou reconhece um direito ou uma obrigação que já existia
antes do ato. Ex: expedição de certidões e atestados.
Ato válido: é aquele praticado em conformidade com a lei, sem nenhum vício.
Ato nulo: é aquele que nasce com vício insanável. Ex: ato com motivo inexistente, ato com
7.
Quanto aos objeto não previsto em lei e ato praticado com desvio de finalidade.
requisitos de
Ato anulável: é o que apresenta vício sanável. Ex: vícios de competência e de forma (regra).
validade
Ato inexistente: apenas tem aparência de ato administrativo, mas, em verdade, não chega a
entrar no mundo jurídico, por falta de um elemento essencial. Ex: usurpador de função.
Atos normativos
Possuem efeitos gerais e abstratos, atingindo todos aqueles que se situam em idêntica situação jurídica
(não têm destinatários determinados). C .
Não podem inovar o ordenamento jurídico (ao contrário das leis).
São atos administrativos apenas em sentido formal (e não em sentido material).
Não podem ser objeto de impugnação direta por meio de recursos administrativos ou ação judicial
ordinária; devem ser impugnados por ação direta de inconstitucionalidade.
Exemplos: regulamentos, portarias, circulares, instruções normativas.
Atos ordinatórios
São os atos com efeitos internos, endereçados aos servidores públicos, que visam a disciplinar o
funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes.
Possuem fundamento no poder hierárquico; de regra, não atingem os particulares em geral.
São inferiores em hierarquia aos atos normativos.
Exemplos: portarias de delegação de competência, circulares internas, ordens de serviço, avisos.
Atos negociais
São aqueles em que a vontade da Administração coincide com o interesse do administrado.
Representam a anuência prévia da Administração para o particular realizar determinada atividade de
interesse dele, ou exercer determinado direito .
Não cabe falar em imperatividade, coercitividade ou autoexecutoriedade nos atos negociais.
Licença:
o Ato administrativo vinculado e definitivo. Permite ao particular exercer direitos subjetivos.
o Não pode, em regra, ser revogada (exceto licença para construir). Admite apenas cassação (vício na
execução) ou anulação (vício na origem). Pode gerar direito a indenização ao particular, caso ele não
tenha dado causa à invalidação da licença.
Autorização:
o Ato administrativo discricionário e precário. Permite ao particular exercer atividades materiais, prestar
serviços públicos ou utilizar bem público.
o Pode ser revogada a qualquer tempo pela Administração, em regra, sem a necessidade de pagar
indenização ao interessado.
Permissão: ato administrativo discricionário e precário. Enquanto ato administrativo, refere-se apenas ao
uso de bem público; em caso de delegação de serviços públicos, a permissão deve ser formalizada
.
Outros exemplos: admissão, aprovação e homologação.
6. (Cespe – Câmara dos Deputados 2012) Considere que um servidor público federal
tenha sido aposentado mediante portaria publicada no ano de 2008 e que, em 2010, o TCU
tenha homologado o ato de aposentadoria. Nessa situação hipotética, esse ato caracteriza-
se como complexo, visto que, para o seu aperfeiçoamento, é necessária a atuação do TCU
e do órgão público a que estava vinculado o servidor.
8. (Cespe – MPTCDF 2013) O ato administrativo pode ser perfeito, inválido e eficaz.
10. (Cespe – TRT10 2013) De acordo com a doutrina, o ato administrativo será
considerado perfeito, inválido e eficaz, quando, concluído o seu ciclo de formação, e não se
conformando às exigências normativas, ele produzir os efeitos que lhe seriam inerentes.
11. (Cespe – MPU 2013) Validade e eficácia são qualidades do ato administrativo cuja
existência seja necessariamente pressuposta no plano fático.
12. (Cespe – MDIC 2014) Suponha que determinado ato administrativo, percorrido seu
ciclo de formação, tenha produzido efeitos na sociedade e, posteriormente, tenha sido
reputado, pela própria administração pública, desconforme em relação ao ordenamento
jurídico. Nesse caso, considera-se o ato perfeito, eficaz e inválido.
14. (Cespe – TJDFT 2013) Os atos administrativos regulamentares e as leis em geral têm
efeitos gerais e abstratos, ou seja, não diferem por sua natureza normativa, mas pela
originalidade com que instauram situações jurídicas novas.
15. (Cespe – MPU 2013) A autorização é ato administrativo discricionário mediante o qual
a administração pública outorga a alguém o direito de realizar determinada atividade
material.
16. (Cespe – Câmara dos Deputados 2012) O estabelecimento que obtenha do poder
público licença para comercializar produtos farmacêuticos não poderá, com fundamento no
mesmo ato, comercializar produtos alimentícios, visto que a licença para funcionamento de
estabelecimento comercial constitui ato administrativo vinculado.
17. (Cespe – IBAMA 2013) O IBAMA multou e interditou uma fábrica de solventes que,
apesar de já ter sido advertida, insistia em dispensar resíduos tóxicos em um rio próximo a
suas instalações. Contra esse ato a empresa impetrou mandado de segurança, alegando
que a autoridade administrativa não dispunha de poderes para impedir o funcionamento da
fábrica, por ser esta detentora de alvará de funcionamento, devendo a interdição ter sido
requerida ao Poder Judiciário.
Em face dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
A concessão de alvará de funcionamento constitui ato administrativo discricionário, razão
por que tal ato somente pode ser anulado por autoridade administrativa.
18. (Cespe – MDIC 2014) Um aviso é uma forma de ato administrativo classificado como
ato punitivo, ou seja, que certifica ou atesta um fato administrativo.
19. (Cespe – TJ/RJ 2008) O ato se extingue pelo desfazimento volitivo quando sua
retirada funda-se no advento de nova legislação que impede a permanência da situação
anteriormente consentida.
20. (Cespe – AFT 2013) A revogação de um ato administrativo produz efeitos retroativos à
data em que ele tiver sido praticado.
21. (Cespe – MPU 2013) A revogação do ato administrativo, quando legítima, exclui o
dever da administração pública de indenizar, mesmo que esse ato tenha afetado direito de
alguém.
22. (Cespe – AGU 2012) Embora a revogação seja ato administrativo discricionário da
administração, são insuscetíveis de revogação, entre outros, os atos vinculados, os que
exaurirem seus efeitos, os que gerarem direitos adquiridos e os chamados meros atos
administrativos, como certidões e atestados.
23. (Cespe – TRE/RJ 2012) Tanto o direito administrativo quanto o direito privado
distinguem os atos nulos dos atos anuláveis. Os atos e negócios jurídicos contrários ao
24. (Cespe – Polícia Federal 2013) Quanto um ministério pratica ato administrativo de
competência de outro, fica configurado vício de incompetência em razão da matéria, que
pode ser convalidado por meio de ratificação.
25. (Cespe – INSS 2016) O ato praticado por agente não competente para fazê-lo poderá
ser convalidado discricionariamente pela autoridade competente para sua prática, caso em
que ficará sanado o vício de incompetência.
26. (Cespe – INSS 2016) Em decorrência do princípio da autotutela, não há limites para o
poder da administração de revogar seus próprios atos segundo critério de conveniência e
oportunidade.
27. (Cespe – DPU 2015) Os atos administrativos negociais são também considerados
atos de consentimento, uma vez que são editados a pedido do particular como forma de
viabilizar o exercício de determinada atividade ou a utilização de bens públicos.
28. (Cespe – TCU 2015) Agirá de acordo com a lei o servidor público federal que, ao
verificar a ilegalidade de ato administrativo em seu ambiente de trabalho, revogue tal ato,
para não prejudicar administrados, que sofreriam efeitos danosos em consequência da
aplicação desse ato.
29. (Cespe – TCU 2015). A revogação de atos pela administração pública por motivos de
conveniência e oportunidade não possui limitação de natureza material, mas somente de
natureza temporal, como, por exemplo, o prazo quinquenal previsto na Lei n.º 9.784/1999,
que regula o processo administrativo no âmbito do serviço público federal.
30. (Cespe – TCU 2015) Decretos não são considerados atos administrativos.
31. (Cespe – Bacen 2013) No que se refere aos atos administrativos e ao silêncio da
administração pública, assinale a opção correta.
a) Os atos de revogação e de anulação devem ser motivados com a indicação dos fatos e
fundamentos jurídicos, de forma explícita, exigência que não se estende aos atos de
convalidação.
b) Considere que a administração pública tenha constatado, após o devido processo
administrativo, que a conduta praticada por servidor público se amoldava à hipótese de
cassação de aposentadoria. Nessa situação, a penalidade a ser imposta não tem natureza
vinculada, já que, à luz da legislação de regência e da jurisprudência, a administração
pública disporá de discricionariedade para aplicar a pena menos gravosa.
c) De acordo com o posicionamento do STJ, o prazo decadencial de cinco anos previsto, na
legislação de regência, para que a administração pública promova o exercício da autotutela
é aplicável apenas aos atos anuláveis, não aos atos nulos.
33. (Cespe – TJ/PI 2012) Com relação ao ato administrativo, assinale a opção correta.
a) Considerando a relação entre a validade e a eficácia do ato administrativo, é correto
afirmar que um ato pode ser válido e eficaz ou, ainda, inválido e ineficaz, mas não inválido e
eficaz, pois não é possível considerar que, tendo sido editado em desconformidade com a
lei, um ato esteja apto a produzir efeitos.
b) O ato de convalidação, pelo qual é suprido vício existente em ato ilegal, opera efeitos ex
tunc, retroagindo em seus efeitos ao momento em que foi praticado o ato originário.
c) Atos compostos são aqueles cuja vontade final exige a intervenção de agentes ou órgãos
diversos e apresenta conteúdo próprio em cada uma das manifestações.
d) A autorização para exploração de jazida é exemplo de ato declaratório, já que expressa
aquiescência da administração para o particular desenvolver determinada atividade.
e) Os atos administrativos que neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses devem ser
motivados, assim como os que importem anulação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo, não sendo essencial a motivação para os atos que os revoguem, pois a
revogação ocorre por motivo de conveniência e oportunidade da administração.
35. (Cespe – PGE/PB 2008) A respeito dos atos administrativos, julgue os itens
subsequentes.
I Ato perfeito é aquele que teve seu ciclo de formação encerrado, por ter esgotado todas as
fases necessárias à sua produção.
II Ato consumado é o que já produziu todos os seus efeitos.
III Ato pendente é aquele que, embora perfeito, está sujeito a condição ou termo para que
comece a produzir efeitos.
IV Ato imperfeito é o que apresenta aparência de manifestação de vontade da administração
pública, mas que não chegou a aperfeiçoar-se como ato administrativo.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, II e III.
39. (Cespe – MPU 2013) É denominado regulamento executivo o decreto editado pelo
chefe do Poder Executivo federal para regulamentar leis.
40. (Cespe – PC/BA 2013) A concessão de autorização para porte de arma consiste em
ato discricionário e precário da administração, podendo ser revogada a qualquer momento.
41. (Cespe – DP/DF 2013) A autorização de uso de bem público por particular caracteriza-
se como ato administrativo unilateral, discricionário e precário, para o atendimento de
interesse predominantemente do próprio particular.
42. (Cespe – MIN 2013) A concessão pela administração pública de licença ao cidadão
para construir consiste em ato administrativo discricionário.
43. (Cespe – PM/CE 2014) A licença é ato administrativo unilateral e discricionário pelo
qual a administração pública faculta ao particular o desempenho de atividade material ou a
prática de ato que, sem esse consentimento, seria legalmente proibido.
44. (Cespe – MIN 2013) A pavimentação de uma rua pela administração pública municipal
representa um fato administrativo, atividade decorrente do exercício da função
administrativa, que pode originar-se de um ato administrativo.
45. (Cespe – MPU 2013) Dado o princípio da legalidade, a atuação do Estado é limitada
pela lei, devendo seus atos, em caso de inobservância desse princípio, ser declarados
inválidos ou ser anulados, o que ocorre unicamente por via judicial.
46. (ESAF – PGFN 2007) Entre os atos da Administração, verifica-se a prática do ato
administrativo, o qual abrange somente determinada categoria de atos praticados no
exercício da função administrativa. Destarte, assinale a opção correta.
a) A presunção de legitimidade e veracidade, a imperatividade e a auto-executoriedade são
elementos do ato administrativo.
b) Procedimento administrativo consiste no iter legal a ser percorrido pelos agentes públicos
para a obtenção dos efeitos regulares de um ato administrativo principal.
c) Os atos de gestão são os praticados pela Administração com todas as prerrogativas e
privilégios de autoridade e impostos unilateral e coercitivamente ao particular,
independentemente de autorização judicial.
d) Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles
singulares ou colegiados, cuja vontade se funde para formar um ato único.
e) Na executoriedade, a Administração emprega meios indiretos de coerção, como a multa
ou outras penalidades administrativas impostas em caso de descumprimento do ato,
compelindo materialmente o administrado a fazer alguma coisa.
48. (FCC – MPE/PB 2015) Manoel, servidor público estadual, praticou o ato administrativo
denominado visto, de modo a controlar ato do administrado Francisco, aferindo sua
legitimidade formal e, assim, dando-lhe exequibilidade. O visto corresponde a ato
administrativo
a) enunciativo.
b) normativo.
c) ordinatório.
d) negocial.
e) punitivo.
*****
2) E 3) C 4) C 5) C
1) C
7) E 8) C 9) E 10) C
6) C
12) C 13) E 14) C 15) C
11) C
17) E 18) E 19) E 20) E
16) C
22) C 23) E 24) E 25) C
21) E
27) C 28) E 29) E 30) E
26) E
32) e 33) b 34) e 35) e
31) d
37) C 38) C 39) C 40) C
36) c
42) E 43) E 44) C 45) E
41) C
47) b 48) d
46) b
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo:
Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 32ª ed. São Paulo: Malheiros,
2015.
Borges, C.; Sá, A. Direito Administrativo Facilitado. São Paulo: Método, 2015.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 28ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2014.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 41ª ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.