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Apostila Inss Vip Direito Previdenciario Hugo Goes PDF
Apostila Inss Vip Direito Previdenciario Hugo Goes PDF
BANCA: CESPE
CARGO: Técnico do Seguro Social
Direito Previdenciário
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Esta apostila é apenas um roteiro para as aulas que ministro em cursos preparatórios para
concursos públicos.
Para um maior aprofundamento da matéria, indico os seguintes livros de minha autoria:
1. Manual de Direito Previdenciário, 14ª edição;
2. Resumo de Direito Previdenciário, 8ª edição;
3. Direito Previdenciário ESAF, 4ª edição;
4. Direito Previdenciário CESPE/UnB, 4ª edição;
5. Direito Previdenciário FCC, 2ª edição.
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Os IAPs eram autarquias de nível nacional, centralizadas no governo federal, organizadas em
torno de categorias profissionais.
Enquanto as CAPs eram organizadas por empresas, os IAPs eram organizados por categorias
profissionais.
1.3 FUNRURAL
Em 1963, tem início a proteção social na área rural: a Lei 4.214/63 criou o Fundo de Assistência
ao Trabalhador Rural (FUNRURAL).
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2. Conceito de Organização
A Seguridade Social, nos termos do art. 194 da Constituição Federal, “compreende um conjunto
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.
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2.1 Regime Geral de Previdência Social
Nos termos do art. 201 da Constituição Federal, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS)
tem caráter contributivo e é de filiação obrigatória. Esse é o regime de previdência mais amplo,
responsável pela proteção da grande maioria dos trabalhadores brasileiros. As regras relativas
ao RGPS serão detalhadas nos capítulos seguintes.
•• Servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios (CF, art. 40)
•• Magistrados (CF, art. 93, VI)
•• Membros do Ministério Público (CF, 129, §4º)
•• Ministros e conselheiros de Tribunais de Contas (CF, arts. 73, §3º e 75)
•• Militares (CF, arts. 42, §1º e 142, §3º, X)
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3. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Constituição Federal
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social,
com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – eqüidade na forma de participação no custeio;
VI – diversidade da base de financiamento;
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite,
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos
órgãos colegiados.
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2. Hierarquia
A hierarquia das normas é a ordem de graduação entre estas, segundo uma escala decrescente,
na qual a norma superior é substrato de validade da norma inferior. A norma superior prevalece
sobre a inferior. A legislação previdenciária, portanto, é submetida à seguinte hierarquia:
1º Constituição Federal e Emendas Constitucionais;
2º Lei complementar, lei ordinária, medida provisória, lei delegada, decretos legislativos,
resoluções do Senado e tratados internacionais;
3º Decretos (editados pelo presidente da República);
4º Portarias (expedidas pelo ministro da Previdência ou da Fazenda);
5º Outras normas internas da administração (instruções normativas, ordens de serviço etc.).
Os tratados internacionais, via de regra, possuem status de lei ordinária.
Já os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais (CF, art. 5º, § 3º).
De acordo com o art. 85-A da Lei nº 8.212/91, “os tratados, convenções e outros acordos
internacionais de que Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejam partes,
e que versem sobre matéria previdenciária, serão interpretados como lei especial”. (critério da
especialidade).
3. Autonomia
Do ponto de vista científico, não se deve falar em autonomia de nenhum ramo do Direito, que
é uno.
Didaticamente, porém, é conveniente dividir-se o Direito em ramos, com o objetivo de facilitar
o estudo.
Em relação à autonomia do Direito Previdenciário, há duas teorias: (1) previdência social
encontra-se no âmbito do Direito do Trabalho; (2) autonomia didática deste ramo do Direito.
Todavia, o entendimento dominante é que há autonomia do Direito Previdenciário, mostrando
que esse ramo do Direito não se confunde com o Direito do Trabalho.
4. Aplicação
Havendo duas ou mais normas sobre a mesma matéria, começa a surgir o problema de qual
deve ser aplicada.
Estes conflitos são resolvidos através dos critérios da hierarquia, da especialidade e da
cronologia.
•• Hierarquia: a norma superior prevalece sobre a inferior.
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5. Vigência
Vigência é o período que vai do momento em que a norma entra em vigor até o momento em
que é revogada, ou em que se esgota o prazo prescrito para sua duração.
Se a lei expressamente determinar, sua vigência pode iniciar na data de sua publicação, o que é
muito comum ocorrer.
Todavia, o início de sua vigência pode ser postergado. De acordo com o art. 1º do Decreto-
Lei 4.657/1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro), uma lei começa a ter
vigência em todo o país 45 dias depois de publicada, salvo se dispuser de outro modo (o que,
geralmente, acontece).
Se, publicada a lei, sua vigência só tiver início em data futura, dá-se o vacatio legis (período
compreendido entre a data da publicação até sua entrada em vigor). Durante o vacatio legis,
a norma já é válida (já pertence ao ordenamento), mas não é vigente. Assim, nesse período,
ela convive com normas que lhe são contrárias, que continuam válidas e vigentes até que ela
própria comece a viger, quando, então, as outras estarão revogadas.
6. Interpretação
Interpretar é descobrir o sentido e o alcance da norma jurídica. Os estudiosos enumeram, co-
mumente, os seguintes métodos de interpretação:
•• Gramatical (ou literal) – exame do texto normativo sob o ponto de vista linguístico, anali-
sando a pontuação, colocação das palavras na frase, a sua origem etimológica etc. (Ex.: art.
65 da Lei 8.213/91).
•• Sistemática – parte do pressuposto de que uma lei não existe isoladamente. A lei pertence
a um ordenamento jurídico (Ex.: idade do segurado facultativo)
•• Histórica – baseia-se na investigação dos antecedentes da norma, do processo legislativo, a
fim de descobrir o seu exato significado (Ex. CF, art. 201, § 7º).
•• Teleológica (ou finalista) – busca descobrir o fim almejado pelo legislador; a finalidade que
se pretendeu atingir com a norma.
7. Integração
Integração é a busca de outra norma, aplicável, por adaptação, ao caso concreto, na ausência
de norma específica. As ferramentas utilizadas na integração são:
•• Analogia – aplica-se lei que regula um caso semelhante (EX.: CF, art. 40, § 4º).
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•• Princípios gerais do direito (Ex: igualdade perante a lei (CF, art. 5º, caput); contraditório e
ampla defesa (CF, art. 5º, LV); Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza; Ninguém
está obrigado ao impossível).
•• Equidade – usada para amenizar e humanizar o direito. Quando autorizado a decidir por
equidade, o juiz aplicará a norma que estabeleceria se fosse legislador.
1. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS
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d) o amarrador de embarcação;
e) o ensacador de café, cacau, sal e similares;
f) o trabalhador na indústria de extração de sal;
g) o carregador de bagagem em porto;
h) o prático de barra em porto;
i) o guindasteiro; e
j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos.
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Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da
família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo
familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de
empregados permanentes (Lei nº 8.213/91, art. 11, § 1º).
Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores
de 16 (dezesseis) anos ou os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades
rurais do grupo familiar (Lei nº 8.213/91, art. 11, § 6º).
O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de
trabalhador de que trata a alínea g do inciso V do caput, à razão de no máximo 120 pessoas por
dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em ho-
ras de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência
da percepção de auxílio-doença (Lei nº 8.213/91, art. 11, § 7º).
De acordo com o § 14 do art. 9º do RPS, considera-se pescador artesanal aquele que, indivi-
dualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio
principal de vida, desde que:
I – não utilize embarcação; ou
II – utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009.
De acordo com o § 14-A do art. 9º do RPS, considera-se assemelhado ao pescador artesanal
aquele que realiza atividade de apoio à pesca artesanal, exercendo trabalhos de confecção e
de reparos de artes e petrechos de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou
atuando no processamento do produto da pesca artesanal.
OBSERVAÇÃO: Em regra, o MEI é contribuinte individual. No entanto, o empreendedor que
exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito ru-
ral que efetuar seu registro como Microempreendedor Individual – MEI não perderá a condição
de segurado especial da Previdência Social (LC 123/06, art. 18-E, §5º).
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c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação
ou de ordem religiosa;
d) (Revogado pela Lei nº 9.876, de 26.11.1999)
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil
é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime
próprio de previdência social;
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de con-
selho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio
gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa
urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou en-
tidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para
exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais em-
presas, sem relação de emprego;
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com
fins lucrativos ou não.
2. SEGURADO FACULTATIVO
Pode filiar-se ao RGPS como segurado facultativo, mediante contribuição, a pessoa física maior
de 16 anos de idade, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que implique filia-
ção obrigatória a qualquer regime de previdência social no País.
É vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de
regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e des-
de que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.
A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, gerando efeito somente
a partir da inscrição e do primeiro recolhimento.
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A inscrição do segurado facultativo não pode retroagir, não sendo permitido o pagamento de
contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição.
Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso
quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado.
O Regulamento da Previdência Social (art. 11, § 1º) apresenta a seguinte lista exemplificativa de
pessoas que podem filiar-se na qualidade de segurado facultativo:
I – a dona-de-casa;
II – o síndico de condomínio, quando não remunerado;
III – o estudante;
IV – o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
V – aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
VI – o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei 8.069/90, quando não esteja
vinculado a qualquer regime de previdência social;
VII – o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei 11.788/08;
VIII – o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-
-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a
qualquer regime de previdência social;
IX – o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regi-
me de previdência social;
X – o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de
país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional;
XI – o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição,
preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem inter-
mediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por
conta própria.
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V – até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar;
VI – até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já
tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a
perda da qualidade de segurado.
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado de-
sempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério
do Trabalho e da Previdência Social.
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Pre-
vidência Social.
RPS, Art. 14. O reconhecimento da perda da qualidade de segurado no termo final dos prazos fixa-
dos no art. 13 ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual
relativa ao mês imediatamente posterior ao término daqueles prazos.
4. Dependentes
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do
segurado:
I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição,
menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave;
II – os pais;
III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido
ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às pres-
tações os das classes seguintes.
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e
desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento.
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união
estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição
Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais
deve ser comprovada.
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5. Filiação e Inscrição
Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para Previdência Social e
esta, do qual decorrem direitos e obrigações.
Para o segurado obrigatório – a filiação decorre automaticamente, do exercício de atividade
remunerada.
Para o segurado facultativo – a filiação decorre da inscrição formalizada com o pagamento da
primeira contribuição.
Inscrição é a formalização do cadastramento do segurado junto ao Regime Geral de Previdência
Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis à
sua caracterização. Pode-se dizer que a inscrição é o ato que materializa a filiação.
Incumbe ao dependente promover a sua inscrição quando do requerimento do benefício a que
estiver habilitado (Lei 8.213/91, art. 17, §1º).
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1. Carência
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que
o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses
de suas competências.
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende
dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I – auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II – aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:
180 contribuições mensais.
III – salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art.
13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III
será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto
foi antecipado.
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I – pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
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3. Fator previdenciário
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4. Benefícios do RGPS
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I- Não precedida de auxílio-doença – 100% do SB;
II – Precedida de auxílio-doença – 100% do SB que serviu de base para o cálculo
da renda mensal inicial do auxílio-doença, reajustado pelos mesmos índices de
Renda mensal
correção dos benefícios em geral;
inicial
Será acrescida de 25%, se o segurado necessitar da assistência permanente de
outra pessoa. Nesse caso, poderá ultrapassar o limite máximo do salário de
contribuição.
I – Precedida de auxílio-doença – dia imediato ao da cessação do auxílio-doença.
II – Não precedida de auxílio-doença:
a) para o segurado empregado: a contar do 16º dia do afastamento da atividade
Data do início do ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a
benefício entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e
b) para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade ou da
data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30
dias.
Retorno voluntário à atividade;
Cessação do
Recuperação da capacidade laborativa; e
benefício
Morte do segurado.
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Aposentadoria Especial
Exposição contínua e habitual a agentes nocivos físicos, químicos ou biológicos,
Fato gerador
prejudiciais à saúde ou à integridade física, durante 15, 20 ou 25 anos.
Segurados empregados e trabalhador avulso;
Beneficiários O cooperado, filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, embora seja
contribuinte individual, também tem direito ao benefício.
Em regra, 180 contribuições mensais. Para os segurados inscritos até 24/07/91,
Carência
observa-se a regra de transição prevista no art. 142 da Lei 8.213/91.
Renda mensal 100% do salário de benefício.
I – Para o segurado empregado:
a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerido no prazo de
90 dias, contados da data do desligamento; ou
Início do
b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego
benefício
ou quando for requerido depois de 90 dias, contados da data do desligamento.
II – Para o trabalhador avulso e o cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou
de produção: a partir da data do requerimento.
Em regra, com a morte do segurado, mas também cessará se o segurado retornar
Cessação do
a atividade que o sujeite aos agentes nocivos, que prejudiquem sua saúde ou
benefício
integridade física.
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Aposentadoria da pessoa com deficiência
I – 25 anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher, no caso
de segurado com deficiência grave;
II – 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher, no caso
de segurado com deficiência moderada;
Fato gerador III – 33 anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher, no caso
de segurado com deficiência leve; ou
IV – 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, independentemente
do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15
anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período.
Todos os segurados que, mediante perícia própria do INSS, sejam considerados
Beneficiários
como pessoas com deficiência.
Carência 180 contribuições mensais
I – No caso da aposentadoria por tempo de contribuição: 100% do SB.
Renda mensal II – No caso da aposentadoria por idade: 70% do SB + 1% do SB para cada grupo
de 12 contribuições mensais. Não pode superar 100% do SB.
Auxílio-doença
Incapacidade temporária para o trabalho ou para a atividade habitual por mais de
Fato gerador
15 dias consecutivos.
Beneficiários Todos os segurados.
Em regra, 12 contribuições mensais. Todavia, quando a incapacidade for
decorrente, doença profissional ou do trabalho ou de alguma doença especificada
Carência
em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, não será
exigida a carência.
91% do salário de benefício, não podendo exceder a média aritmética dos últimos
Renda mensal 12 salários de contribuição ou, se não alcançado o número de 12, a média
aritmética dos salários de contribuição existentes.
I – ao segurado empregado, a partir do 16º dia do afastamento da atividade ou
a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de
Início do
entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e
benefício
II – aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada
do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.
Cessação do a) Recuperação da capacidade; b) transformação em aposentadoria por invalidez;
benefício c) transformação em auxílio-acidente ou d) morte do segurado.
Auxílio-acidente
Sequela decorrente de acidente de qualquer natureza que implique a redução da
Fato gerador
capacidade para o trabalho que o segurado habitualmente exercia.
Beneficiários Empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico e segurado especial.
Carência Não é exigida.
50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio-doença. Pode ser inferior
Renda mensal
a um salário mínimo.
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Início do
A partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença.
benefício
a) Aposentadoria do segurado;
Cessação do
b) Morte do segurado; ou
benefício
c) Emissão da certidão de tempo de contribuição.
Salário-família
Ser segurado de baixa renda (SC de até R$1.319,18); e Ter filho (ou equiparado)
Fato gerador
até 14 anos de idade ou inválido.
a) Segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso;
b) Aposentado por invalidez ou por idade; e
Beneficiários
c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homens, ou 60 anos de
idade, se mulheres.
Carência Não é exigida.
Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou
inválido. O valor da cota é de:
I – R$45,00, para o segurado com remuneração mensal não superior a R$877,67;
Renda mensal
e
II – R$31,71, para o segurado com remuneração mensal superior a R$877,67 e
igual ou inferior a R$1.319,18.
Será pago mensalmente:
a) Pela empresa – ao empregado em atividade;
b) Pelo empregador doméstico – ao empregado doméstico em atividade;
Pagamento
c) Pelo sindicato ou OGMO – ao trabalhador avulso em atividade;
d) Pelo INSS – ao segurado que tenha direito ao salário-família e esteja em gozo
de auxílio-doença ou aposentadoria.
A partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da
documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação
Início do
anual de atestado de vacinação obrigatória, até 6 anos de idade, e de comprovação
benefício
semestral de frequência à escola do filho ou equiparado, a partir dos 7 anos de
idade.
a) por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito; b)
quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se inválido,
Cessação do a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; c) pela recuperação da
benefício capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da
cessação da incapacidade; d) pelo desemprego do segurado; ou e) pela morte do
segurado.
Salário-maternidade
a) Parto; b) Aborto não criminoso; ou c) Adoção ou guarda judicial para fins de
Fato gerador
adoção de criança.
a) No caso de parto e aborto não criminoso, todas as seguradas do RGPS;
Beneficiários b) No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança, todos os
segurados e todas as seguradas.
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a) Contribuinte individual e facultativa: 10 contribuições mensais.
b) Segurada especial: exercício de atividade rural nos últimos 10 meses anteriores
à data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do
Carência
parto, mesmo que de forma descontínua;
c) Empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica: independe de
carência.
a) Empregada e trabalhadora avulsa: remuneração integral, limitada ao subsídio
dos ministros do STF;
b) Empregada doméstica: seu último salário de contribuição
Renda mensal
c) Segurada especial: um salário mínimo;
d) Contribuinte individual e facultativa: 1/12 da soma dos 12 últimos salários de
contribuição, apurados em período não superior a 15 meses.
I – em caso de parto: 120 dias (com início 28 dias antes e término 91 dias depois
do parto). Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao
Período de parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico
duração específico.
II – em caso de aborto não criminoso: duas semanas.
III- em caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção: 120 dias.
a) Após o decurso do prazo legal (período de duração);
b) Pelo óbito do beneficiário (mas há casos em que o benefício passará a ser pago
Cessação do
ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado);
benefício
c) Para a segurada empregada, pela dispensa sem justa causa durante o período
de estabilidade.
Pagamento do salário-maternidade
Fato gerador Beneficiário Quem paga?
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Auxílio-reclusão
Recolhimento à prisão do segurado de baixa renda que não receber remuneração
Fato gerador da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de
abono de permanência em serviço.
Beneficiários Os dependentes do segurado recolhido à prisão (respeitada a ordem das classes).
Carência Não é exigida.
100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria
Renda mensal
direito se estivesse aposentado por invalidez na data em que foi recolhido à prisão.
Início do Data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido até 90 dias
benefício depois desta, ou na data do requerimento, se posterior.
Período de O auxílio-reclusão será mantido enquanto o segurado permanecer detento ou
duração recluso.
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Os pagamentos do auxílio-reclusão serão suspensos nos casos de:
I – fuga do segurado;
Suspensão do
II – opção pelo recebimento do auxílio-doença;
benefício
III – o beneficiário deixar de apresentar atestado trimestral de que o segurado
permanece recolhido à prisão.
I – pela morte do pensionista;
II – para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar
Cessação do 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência;
pagamento da III – para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;
cota individual IV – para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento;
V – para cônjuge ou companheiro, pelo decurso do prazo de recebimento.
I – com a extinção da última cota individual;
II – se o segurado passar a receber aposentadoria;
Cessação do III – pelo óbito do segurado;
benefício IV – na data da soltura;
V – quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional ou por cumpri-
mento da pena em regime aberto.
5. Abono anual
Será devido abono anual ao segurado e ao dependente que, durante o ano, recebeu auxílio-do-
ença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclu-
são (RPS, art. 120). Como fica evidente, o único benefício previdenciário que não dá origem
ao abono anual é o salário-família. O abono anual também pode ser chamado de gratificação
natalina (CF, art. 201, §6º).
6. Serviços do RGPS
Serviços são prestações previdenciárias de natureza imaterial postas à disposição dos segura-
dos e dos dependentes do RGPS.159
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O serviço social constitui atividade auxiliar do seguro social e visa prestar ao beneficiário orientação
e apoio no que concerne à solução dos problemas pessoais e familiares e à melhoria da sua
interrelação com a Previdência Social, para a solução de questões referentes a benefícios, bem
como, quando necessário, à obtenção de outros recursos sociais da comunidade (RPS, art. 161).
7. Acumulação de benefícios
Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes
benefícios da Previdência Social:
I – aposentadoria e auxílio-doença;
II – mais de uma aposentadoria;
III – aposentadoria e abono de permanência em serviço;
IV – salário-maternidade e auxílio-doença;
V – mais de um auxílio-acidente;
VI – mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção
pela mais vantajosa;
VII – auxílio-acidente com qualquer aposentadoria;
VIII – auxílio-acidente com auxílio-doença, decorrente do mesmo acidente ou da mesma
doença que o gerou;
IX – auxílio-reclusão pago aos dependentes, com auxílio-doença, aposentadoria ou abono de
permanência em serviço do segurado recluso.
1. EMPRESA
O art. 15, I, da Lei 8.212/91 conceitua empresa nos seguintes termos:
Empresa: a firma individual ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana
ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração
pública direta, indireta e fundacional.
Nos termos do parágrafo único do art. 12 do RPS, equiparam-se a empresa:
I – o contribuinte individual, em relação a segurado que lhe presta serviço;
II – a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive a
missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras;
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III – o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra de que trata a Lei 8.630/93; e
IV – o proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a
segurado que lhe presta serviço.
2. EMPREGADOR DOMÉSTICO
O art. 12, II, do RPS conceitua empregador doméstico nos seguintes termos:
“II – empregador doméstico – aquele que admite a seu serviço, mediante remuneração, sem
finalidade lucrativa, empregado doméstico.”
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b) a receita ou o faturamento;c
c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata
o art. 201;
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
1. RECEITAS DA UNIÃO
A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados
obrigatoriamente na Lei Orçamentária Anual (art. 16 da Lei 8.212/91).
A União é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade
Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da
previdência social, na forma da Lei Orçamentária Anual (Lei 8.212/91, art. 16, parágrafo único).
O Tesouro Nacional repassará mensalmente recursos referentes às contribuições incidentes
sobre o faturamento e o lucro das empresas e sobre a receita de concursos de prognósticos,
destinados à execução do Orçamento da Seguridade Social (Lei 8.21/91, art. 19).
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Os valores dos salários-de-contribuição, constantes da tabela acima, serão reajustados na
mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação
continuada da Previdência Social (Lei. 8.212/91, art. 20, § 1º).
Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte
por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição.
§ 1º Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados, a partir da data de entrada em
vigor desta Lei , na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos
benefícios de prestação continuada da Previdência Social.
§ 2º No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de
contribuição será de:
I – 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual, ressalvado o disposto no
inciso II, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado
e do segurado facultativo, observado o disposto na alínea b do inciso II deste parágrafo;
II – 5% (cinco por cento):
a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº
123, de 14 de dezembro de 2006; e
b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho
doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda.
§ 3º O segurado que tenha contribuído na forma do § 2º deste artigo e pretenda contar o
tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo
de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição a que se refere o art.
94 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal
mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-
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2.2. CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA E EQUIPARADOS
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art.
23, é de:
I – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer
título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem ser-
viços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os
ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial,
quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou
tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo cole-
tivo de trabalho ou sentença normativa.
II – para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho
de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou credi-
tadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes
do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja consi-
derado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja consi-
derado grave.
III – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no
decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;
§ 1º No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, cai-
xas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
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§ 15. Na contratação de serviços de transporte rodoviário de carga ou de passageiro, de servi-
ços prestados com a utilização de trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e asseme-
lhados, a base de cálculo da contribuição da empresa corresponde a 20% (vinte por cento) do
valor da nota fiscal, fatura ou recibo, quando esses serviços forem prestados por condutor au-
tônomo de veículo rodoviário, auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, bem como
por operador de máquinas.
Art. 22-A. A contribuição devida pela agroindústria, definida, para os efeitos desta Lei, como sen-
do o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a industrialização de produção
própria ou de produção própria e adquirida de terceiros, incidente sobre o valor da receita bruta
proveniente da comercialização da produção, em substituição às previstas nos incisos I e II do art.
22 desta Lei, é de:
I – dois vírgula cinco por cento destinados à Seguridade Social;
II – zero vírgula um por cento para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de
incapacidade para o trabalho decorrente dos riscos ambientais da atividade.
[...]
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica às sociedades cooperativas e às agroindústrias de
piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura.
[...]
Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que
tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a
do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de:
I – 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita bruta proveniente da comercialização
da sua produção;
II – 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento
das prestações por acidente do trabalho.
[...]
§ 13. O produtor rural pessoa física poderá optar por contribuir na forma prevista no caput
deste artigo ou na forma dos incisos I e II do caput do art. 22 desta Lei, manifestando sua opção
mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a folha de salários relativa a janeiro de
cada ano, ou à primeira competência subsequente ao início da atividade rural, e será irretratá-
vel para todo o ano-calendário. (Este parágrafo entrará em vigor no dia 01/01/2019)
LEI Nº 8.870, DE 15 DE ABRIL DE 1994.
Art. 25. A contribuição devida à seguridade social pelo empregador, pessoa jurídica, que se dedique
à produção rural, em substituição à prevista nos incisos I e II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de ju-
lho de 1991, passa a ser a seguinte: (Redação dada pela Lei nº 10.256, de 9.7.2001)
I – 1,7% (um inteiro e sete décimos por cento) da receita bruta proveniente da comercialização
da sua produção;
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[...]
Art. 7º-A. A alíquota da contribuição sobre a receita bruta prevista no art. 7º será de 4,5% (quatro
inteiros e cinco décimos por cento), exceto para as empresas de call center referidas no inciso I, que
contribuirão à alíquota de 3% (três por cento), e para as empresas identificadas nos incisos III, V e
VI, todos do caput do art. 7º, que contribuirão à alíquota de 2% (dois por cento).
Art. 8º Poderão contribuir sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os des-
contos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do
caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, as empresas que fabricam os produtos
classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos códigos re-
feridos no Anexo I.
[...]
§ 3º O disposto no caput também se aplica às empresas:
I – de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correla-
tos;
II – de transporte aéreo de carga e de serviços auxiliares ao transporte aéreo de carga;
III – de transporte aéreo de passageiros regular e de serviços auxiliares ao transporte aéreo de
passageiros regular;
IV – de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem;
V – de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem;
VI – de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso;
VII – de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso;
VIII – de transporte por navegação interior de carga;
IX – de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e
X – de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário.
XI – de manutenção e reparação de embarcações;
XII – de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II desta Lei;
XIII – que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contêineres em portos or-
ganizados, enquadradas nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0;
XIV – de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0;
XV – de transporte ferroviário de cargas, enquadradas na classe 4911-6 da CNAE 2.0; e
XVI – jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei nº 10.610,
de 20 de dezembro de 2002, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1,
5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0.
XVII – de transporte por navegação de travessia, enquadradas na classe 5091-2 da CNAE 2.0;
[...]
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Art. 8º-A. A alíquota da contribuição sobre a receita bruta prevista no art. 8º será de 2,5% (dois
inteiros e cinco décimos por cento), exceto para as empresas constantes dos incisos II a IX e XIII a
XVI do § 3º do art. 8º e para as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi nos códigos
6309.00, 64.01 a 64.06 e 87.02, exceto 8702.90.10, que contribuirão à alíquota de 1,5% (um inteiro
e cinco décimos por cento), e para as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi nos
códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07, 02.09, 02.10.1, 0210.99.00, 03.03, 03.04, 0504.00, 05.05,
1601.00.00, 16.02, 1901.20.00 Ex 01, 1905.90.90 Ex 01 e 03.02, exceto 0302.90.00, que contribui-
rão à alíquota de 1% (um por cento).
LEI Nº 10.666, DE 8 DE MAIO DE 2003.
Art. 10. A alíquota de contribuição de um, dois ou três por cento, destinada ao financiamento do
benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de incidência de
incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até
cinqüenta por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o regulamento, em
razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, apurado em con-
formidade com os resultados obtidos a partir dos índices de freqüência, gravidade e custo, calcula-
dos segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social.
REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 202-A. As alíquotas constantes no inciso II do art. 22 da Lei 8.212/91 serão reduzidas em até
50% ou aumentadas em até 100%, em razão do desempenho da empresa em relação à sua respec-
tiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção – FAP.
§ 1º O FAP consiste num multiplicador variável num intervalo contínuo de cinco décimos
(0,5000) a dois inteiros (2,0000), aplicado com quatro casas decimais, considerado o critério de
arredondamento na quarta casa decimal, a ser aplicado à respectiva alíquota.
§ 2º Para fins da redução ou majoração a que se refere o caput, proceder-se-á à discriminação
do desempenho da empresa, dentro da respectiva atividade econômica, a partir da criação de
um índice composto pelos índices de gravidade, de frequência e de custo que pondera os res-
pectivos percentis com pesos de cinquenta por cento, de trinta cinco por cento e de quinze por
cento, respectivamente.
§ 3º (Revogado pelo Decreto nº 6.957, de 2009)
§ 4º Os índices de freqüência, gravidade e custo serão calculados segundo metodologia aprova-
da pelo Conselho Nacional de Previdência Social, levando-se em conta:
I – para o índice de freqüência, os registros de acidentes e doenças do trabalho informados
ao INSS por meio de Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT e de benefícios acidentários
estabelecidos por nexos técnicos pela perícia médica do INSS, ainda que sem CAT a eles vincu-
lados;
II – para o índice de gravidade, todos os casos de auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentado-
ria por invalidez e pensão por morte, todos de natureza acidentária, aos quais são atribuídos
pesos diferentes em razão da gravidade da ocorrência, como segue:
a) pensão por morte: peso de cinquenta por cento;
b) aposentadoria por invalidez: peso de trinta por cento; e
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c) auxílio-doença e auxílio-acidente: peso de dez por cento para cada um; e
III – para o índice de custo, os valores dos benefícios de natureza acidentária pagos ou devidos
pela Previdência Social, apurados da seguinte forma:
a) nos casos de auxílio-doença, com base no tempo de afastamento do trabalhador, em meses
e fração de mês; e
b) nos casos de morte ou de invalidez, parcial ou total, mediante projeção da expectativa
de sobrevida do segurado, na data de início do benefício, a partir da tábua de mortalidade
construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE para toda a
população brasileira, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos.
§ 5º O Ministério da Previdência Social publicará anualmente, sempre no mesmo mês, no
Diário Oficial da União, os róis dos percentis de frequência, gravidade e custo por Subclasse
da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE e divulgará na rede mundial de
computadores o FAP de cada empresa, com as respectivas ordens de freqüência, gravidade,
custo e demais elementos que possibilitem a esta verificar o respectivo desempenho dentro da
sua CNAE-Subclasse.
§ 6º O FAP produzirá efeitos tributários a partir do primeiro dia do quarto mês subseqüente ao
de sua divulgação.
[...]
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei,
ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei.
[...]
§ 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da
contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas
alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade
exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial
após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.
§ 7º O acréscimo de que trata o parágrafo anterior incide exclusivamente sobre a remuneração
do segurado sujeito às condições especiais referidas no caput.
Resumo das contribuições previdenciárias patronais
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VI – Associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional
(Lei 8.212/91, art. 22, § 6º)
Alíquotas
Base de cálculo
Seguridade social RAT
Receita bruta, decorrente dos espetáculos
desportivos de que participem em todo
território nacional em qualquer modalidade
desportiva, inclusive jogos internacionais,
5%
e de qualquer forma de patrocínio,
licenciamento de uso de marcas e símbolos,
publicidade, propaganda e de transmissão
de espetáculos desportivos.
Total das remunerações pagas ou creditadas
20% -
aos segurados contribuintes individuais.
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OBSERVAÇÕES:
1. As empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL contribuem com uma alíquota incidente
sobre seu faturamento em substituição às contribuições patronais (contribuições a cargo
da empresa).
2. De acordo com o disposto no § 7º do art. 195 da Constituição Federal, “são isentas de
contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que
atendam às exigências estabelecidas em lei”. Tais exigências são estabelecidas na Lei
12.101/2009.
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3. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DESTINADAS AO FINANCIAMENTO
DA SEGURIDADE SOCIAL
O produto da arrecadação das contribuições sociais que estudaremos neste tópico será desti-
nado ao financiamento de qualquer uma das áreas da Seguridade Social. Assim, o produto da
arrecadação dessas contribuições sociais poderá ser utilizado para financiar a saúde, a assistên-
cia social e a previdência social.
As contribuições sociais não-previdenciárias, destinadas ao custeio da seguridade social, são as
seguintes:
a) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;
b) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;
c) Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servi-
dor Público – PIS/PASEP;
e) Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servi-
dor Público incidente na Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços – PIS/PASEP-Impor-
tação;
f) Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de
Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior – COFINS-Importação;
g) Contribuição sobre a receita de concursos de prognósticos.
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Parágrafo único. As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos pes-
soais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, de de-
zembro de 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50% (cinqüenta por cento) do valor total
do prêmio recolhido e destinado ao Sistema Único de Saúde-SUS, para custeio da assistência
médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito.
5. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO
Salário-de-contribuição é a base de cálculo da contribuição previdenciária dos segurados do
RGPS.
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§ 5º O limite máximo do salário-de-contribuição é de Cr$ 170.000,00 (cento e setenta mil
cruzeiros), reajustado a partir da data da entrada em vigor desta Lei, na mesma época e
com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da
Previdência Social.
Para o ano de 2018, o limite máximo do salário-de-contribuição é de R$5.645,80.
[...]
§ 7º O décimo-terceiro salário (gratificação natalina) integra o salário-de-contribuição, exceto
para o cálculo de benefício, na forma estabelecida em regulamento.
[...]
Limites
Segurado Conceito de salário de contribuição
Mínimo Máximo
A remuneração auferida em uma ou mais
empresas, assim entendida a totalidade dos
rendimentos pagos, devidos ou creditados a O piso salarial
qualquer título, durante o mês, destinados a legal ou
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua normativo da
Empregado e forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais categoria ou,
trabalhador sob a forma de utilidades e os adiantamentos inexistindo piso
avulso decorrentes de reajuste salarial, quer pelos salarial, o salário
serviços efetivamente prestados, quer pelo mínimo, tomado
tempo à disposição do empregador ou tomador no seu valor
de serviços nos termos da lei ou do contrato mensal, diário ou
ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de horário, conforme R$5.645,80
trabalho ou sentença normativa. o ajustado e
A remuneração registrada na Carteira de o tempo de
Trabalho e Previdência Social, observadas as trabalho efetivo
Empregado durante o mês.
normas a serem estabelecidas em regulamento
doméstico
para comprovação do vínculo empregatício e do
valor da remuneração.
A remuneração auferida em uma ou mais O salário
Contribuinte
empresas ou pelo exercício de sua atividade por mínimo mensal
individual
conta própria, durante o mês. (atualmente,
Facultativo O valor por ele declarado R$954,00
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III – Salário-maternidade
IV – Férias gozadas
V – 1/3 de férias gozadas (CF, art. 7º, XVII)
VI – 13º salário
VII – Horas extras
VIII – Gorjetas (espontâneas ou compulsórias)
IX – Comissões e percentagens
X – Salário pago sob a forma de utilidades (salário in natura)
XI – Remuneração do aposentado que retornar ao trabalho
XII – Aviso prévio
XIII – Valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa Seguro-Emprego –
PSE (Lei 13.189/2015, art. 9º)
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4. recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973
(indenização do tempo de serviço do safrista, quando da expiração normal do contrato);
5. recebidas a título de incentivo à demissão;
6. recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT;
7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário;
8. recebidas a título de licença-prêmio indenizada;
9. recebidas a título da indenização de que trata o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de
1984 (indenização por dispensa sem justa causa no período de 30 dias que antecede a correção
salarial);
f) a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;
g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de
local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT;
h) as diárias para viagens;
i) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quan-
do paga nos termos da Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977;
j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo
com lei específica;
l) o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Servidor Pú-
blico-PASEP;
m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa
ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em can-
teiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as
normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho;
n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença,
desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;
o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata
o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965;
p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa de pre-
vidência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empre-
gados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da CLT;
q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da em-
presa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos,
aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares;
r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao em-
pregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;
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6. OBRIGAÇÕES DA EMPRESA E DEMAIS CONTRIBUINTES
7. PRAZO DE RECOLHIMENTO
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7.2. MULTA DE MORA
Os débitos decorrentes contribuições sociais previdenciárias, não pagos nos prazos legais,
serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso, limitada a 20%.
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1. RETENÇÃO DE 11%
A retenção de 11% foi instituída pela Lei 9.711/98 e está em vigor desde fevereiro de 1999. É
adotada quando uma empresa (contratada) presta serviço a outra empresa (contratante) me-
diante empreitada ou cessão de mão-de-obra.
Cessão de mão-de-obra: colocação a disposição do contratante, em suas dependências ou nas
de terceiros, de segurados que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a ativida-
de fim da empresa, independentemente da natureza e da forma de contratação, inclusive por
meio de trabalho temporário na forma da Lei 6.019/74 (RPS, art. 219, § 1º).
Empreitada: é a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço, por
preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, realizada nas
dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa contratada, tendo
como objeto um resultado pretendido (IN 3/2005, art. 144).
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Observações:
•• O percentual de 11% será acrescido de 4%, 3% ou 2%, se o segurado fizer jus a aposentadoria
especial, após 15, 20 ou 25 anos de contribuição.
•• Quando a contratada se obriga a fornecer material ou dispor de equipamentos, a retenção
de 11% incidirá somente sobre o valor dos serviços.
•• A compensação não pode ser feita com valores de outras entidades (terceiros). Somente
pode compensar com os valores do campo 6 da GPS (contribuições previdenciárias).
•• Na impossibilidade de haver compensação integral na própria competência, o saldo rema-
nescente poderá ser compensado nas competências subseqüentes, inclusive na relativa à
gratificação natalina, ou ser objeto de pedido de restituição.
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2. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Em relação ao recolhimento das contribuições previdenciárias, há responsabilidade nos seguin-
tes casos:
•• Entre o contratante e o contratado nos serviços de construção civil, quando o contrato não
envolva cessão de mão-de-obra (Lei 8.212/91, art. 30, VI);
•• Entre empresas que integram grupo econômico (Lei 8.212/91, art. 30, IX);
•• Produtores rurais integrantes de consórcio simplificado (Lei 8.212/91, art. 25-A, § 3º);
•• O operador portuário e o OGMO são solidariamente responsáveis pelas contribuições
previdenciárias relativamente à requisição de mão-de-obra de trabalhador avulso (Lei
9.719/98, art. 2º, § 4º);
•• Os administradores de autarquias, fundações públicas, empresas públicas e de sociedades
de economia mista, em atraso por mais de 30 dias, no recolhimento das contribuições para
a seguridade social, são solidariamente responsáveis pelo seu pagamento (Lei 8.212/91,
art. 42).
•• O ato para o qual a lei exige a exibição de CND (ou de CPD-EN), quando praticado com vio-
lação a esse requisito, acarretará a responsabilidade solidária dos contratantes e do oficial
cartorário que lavrar ou registrar o instrumento, sem prejuízo da multa e da responsabili-
zação penal e administrativa cabíveis, sendo o ato nulo para todos os efeitos (Lei 8.212/91,
art. 48).
Para melhor entendimento da responsabilidade solidária na construção civil, apresento o qua-
dro a seguir:
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8.1. GFIP
A declaração dada através da GFIP constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente
para a exigência do crédito tributário, e suas informações comporão a base de dados para fins
de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários (Lei nº 8.212/91, art. 32, § 2º). Serão,
portanto, inscritas como dívida ativa da União as contribuições previdenciárias que não tenham
sido recolhidas ou parceladas resultantes das informações prestadas na GFIP (Lei nº 8.212/91,
art. 39, § 3º).
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8.2. FOLHA DE PAGAMENTO
A empresa é obrigada a preparar uma folha de pagamento para cada estabelecimento (filial),
obra de construção civil e para cada tomador de serviço.
Requisitos da folha de pagamento:
a) Discriminar o nome dos segurados, indicando cargo, função ou serviço prestado;
b) Agrupar os segurados por categoria, assim entendido: segurado empregado, trabalhador
avulso, contribuinte individual;
c) Destacar o nome das seguradas em gozo de salário-maternidade;
d) Destacar as parcelas integrantes e não integrantes da remuneração e os descontos legais; e
e) Indicar o número de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou tra-
balhador avulso.
8.3. CONTABILIDADE
Os lançamentos contábeis dos fatos gerados das contribuições, como também, das próprias
contribuições e os totais recolhidos, devidamente escriturados nos livros Diário e Razão, serão
exigidos pela fiscalização após 90 dias contados da ocorrência dos fatos geradores das contri-
buições.
Requisitos da contabilidade:
a) Atender ao princípio contábil do regime de competência;
b) Registrar, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições previdenci-
árias de forma a identificar, clara e precisamente, as rubricas integrantes e não integrantes do
salário-de-contribuição, bem como as contribuições descontadas do segurado, as da empresa e
os totais recolhidos, por estabelecimento da empresa, por obra de construção civil e por toma-
dor de serviços.
c) A empresa deverá manter à disposição da fiscalização os códigos ou abreviaturas que identi-
fiquem as respectivas rubricas utilizadas na escrituração contábil (plano de contas).
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II – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado
(CTN, art. 173, I);
III – da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anterior (CTN, art. 173, II);
IV – da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao
sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento (CTN, art 173,
parágrafo único).
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3.2 PRESTAÇÕES VENCIDAS E NÃO PAGAS PELO INSS
(Lei 8.213/91, art. 103, parágrafo único)
Prescreve em 5 anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação
para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela previdên-
cia social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil.
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Extinção da punibilidade
Lei 10.684/2003
Art. 9º É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1º e 2º
da Lei nº 8.137/90, e nos arts. 168-A e 337-A do CP, durante o período em que a pessoa jurídica re-
lacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no regime de parcelamento.
§ 1º A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva.
§ 2º Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa jurídica rela-
cionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contri-
buições sociais, inclusive acessórios.
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§ 4º O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos
mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social.
Obs.: Valor atual – R$ 4.984,35 (Portaria MF nº 15, de 16/01/2018).
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2.1. Competência para julgar o processo:
I – em 1ª instância, às DRJ, órgãos de deliberação interna e natureza colegiada da RFB;
II – em 2ª instância, ao CARF, órgão colegiado, paritário, integrante da estrutura do MF.
O CARF será constituído por seções e pela Câmara Superior de Recursos Fiscais.
As seções serão especializadas por matéria e constituídas por câmaras.
As câmaras poderão ser divididas em turmas.
2.2. Impugnação
A impugnação instaura a fase litigiosa do procedimento. É a forma que o sujeito passivo utiliza
para manifestar sua inconformidade com a exigência fiscal.
O prazo para apresentar impugnação é de 30 dias, contados da data em que for feita a intimação
da exigência.
Apresentada a impugnação, o processo, formado a partir do AI será submetido ao julgamento
da DRJ.
2.3. Recurso
O objetivo do recurso é o reexame da decisão de primeira instância (DRJ) pelo CARF.
O autor do recurso pode ser o contribuinte notificado ou a própria autoridade julgadora, conforme
a decisão originária tenha sido pela procedência ou improcedência da exigência fiscal.
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1.7 Renda mensal bruta familiar: A soma dos rendimentos brutos auferidos mensalmente pe-
los membros da família composta por salários, proventos, pensões, pensões alimentícias, be-
nefícios de previdência pública ou privada, seguro-desemprego, comissões, pro-labore, outros
rendimentos do trabalho não assalariado, rendimentos do mercado informal ou autônomo,
rendimentos auferidos do patrimônio, Renda Mensal Vitalícia e BPC (este, em regra).
1.8 Não serão computados como renda mensal bruta familiar:
I – benefícios e auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária;
II – valores oriundos de programas sociais de transferência de renda;
III – bolsas de estágio supervisionado;
IV – pensão especial de natureza indenizatória e benefícios de assistência médica;
V – rendas de natureza eventual ou sazonal, a serem regulamentadas em ato conjunto do
MDSA e do INSS; e
VI – rendimentos decorrentes de contrato de aprendizagem.
1.9 Família para fins de cálculo da renda per capita: É composta pelo requerente, o cônjuge ou
companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos soltei-
ros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
(LOAS, art. 20, § 1º).
Observação: Quando o requerente for pessoa em situação de rua, será considerado família do
requerente as pessoas acima, desde que convivam com o requerente na mesma situação. (De-
creto 6.214/2007, art. 13, § 7º).
1.10 Acumulação: O beneficiário não pode acumular o BPC com outro benefício no âmbito da
Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o seguro-desemprego, ressalvados o de assis-
tência médica e a pensão especial de natureza indenizatória. (LOAS, art. 20, § 4º)
A acumulação do BPC com a remuneração advinda do contrato de aprendizagem pela pessoa
com deficiência é limitada ao prazo máximo de dois anos. (LOAS, art. 21-A, § 2º)
1.11 Revisão: O BPC deve ser revisto a cada 2 anos para avaliação da continuidade das condi-
ções que lhe deram origem.
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Será aberto o prazo de 30 dias para interposição de recurso à Junta de Recursos do CRPS.
Decorrido o prazo concedido para interposição de recurso sem manifestação do beneficiário,
ou caso não seja o recurso provido, o benefício será cessado, comunicando-se a decisão ao
interessado.
1.13 Suspensão em caráter especial
O BPC será suspenso em caráter especial quando a pessoa com deficiência exercer atividade
remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, mediante comprovação
da relação trabalhista ou da atividade empreendedora.
A pessoa com deficiência contratada na condição de aprendiz terá seu benefício suspenso so-
mente após o período de 2 anos de recebimento concomitante da remuneração e do benefício.
O pagamento será restabelecido mediante requerimento do interessado que comprove a ex-
tinção da relação trabalhista ou da atividade empreendedora, e, quando for o caso, o encerra-
mento do prazo de pagamento do seguro-desemprego, sem que tenha o beneficiário adquirido
direito a qualquer benefício no âmbito da Previdência Social.
O restabelecimento do pagamento do benefício prescinde de nova avaliação da deficiência e
do grau de impedimento, respeitado o prazo para a reavaliação bienal.
1.14 O BPC será restabelecido:
I – Quando requerido no prazo de 90 dias: a partir do dia imediatamente posterior, conforme
o caso, da cessação do contrato de trabalho, da última competência de contribuição previden-
ciária recolhida como contribuinte individual ou do encerramento do prazo de pagamento do
seguro-desemprego; ou
II – Quando requerido após 90 dias: a partir da data do protocolo do requerimento, quando
requerido após 90 dias, conforme o caso, da cessação do contrato de trabalho, da última com-
petência de contribuição previdenciária recolhida como contribuinte individual ou do encerra-
mento do prazo de pagamento do seguro-desemprego.
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2. LOAS (LEI 8.742/93)
2.1 Conceito
Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social
não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de
ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
2.2 Objetivos
2.3 Princípios
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II – universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcan-
çável pelas demais políticas públicas;
III – respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços
de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprova-
ção vexatória de necessidade;
IV – igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza,
garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;
V – divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como
dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
2.4 Diretrizes
Art. 6º A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema des-
centralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguin-
tes objetivos:
I – consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes
federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva;
II – integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistên-
cia social, na forma do art. 6º-C;
III – estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manu-
tenção e expansão das ações de assistência social;
IV – definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais;
V – implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social;
VI – estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e
VII – afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos.
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§ 1º As ações ofertadas no âmbito do Suas têm por objetivo a proteção à família, à maternidade,
à infância, à adolescência e à velhice e, como base de organização, o território.
§ 2º O Suas é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência so-
cial e pelas entidades e organizações de assistência social abrangidas por esta Lei.
§ 3º A instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social é o Ministério do De-
senvolvimento Social e Combate à Fome.
[...]
Art. 6º-B ………………………………………..
§ 3º As entidades e organizações de assistência social vinculadas ao Suas celebrarão convênios,
contratos, acordos ou ajustes com o poder público para a execução, garantido financiamento
integral, pelo Estado, de serviços, programas, projetos e ações de assistência social, nos limites
da capacidade instalada, aos beneficiários abrangidos por esta Lei, observando-se as disponibi-
lidades orçamentárias.
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§ 4º As entidades e organizações de assistência social podem, para defesa de seus direitos refe-
rentes à inscrição e ao funcionamento, recorrer aos Conselhos Nacional, Estaduais, Municipais
e do Distrito Federal.
Art. 10. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal podem celebrar convênios com
entidades e organizações de assistência social, em conformidade com os Planos aprovados pelos
respectivos Conselhos.
Art. 11. As ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam-se de forma arti-
culada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos
programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
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2.13 Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS)
Art. 17. Fica instituído o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), órgão superior de delibe-
ração colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela
coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente
da República, têm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual período.
§ 1º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é composto por 18 (dezoito) membros
e respectivos suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração Pública Federal
responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, de acordo com os cri-
térios seguintes:
I – 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) representante dos Estados e 1
(um) dos Municípios;
II – 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de orga-
nizações de usuários, das entidades e organizações de assistência social e dos trabalhadores do
setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do Ministério Público Federal.
§ 2º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes,
eleito dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução
por igual período.
§ 3º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) contará com uma Secretaria Executiva, a
qual terá sua estrutura disciplinada em ato do Poder Executivo.
§ 4º Os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competência para acom-
panhar a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta orçamentária,
em consonância com as diretrizes das conferências nacionais, estaduais, distrital e municipais,
de acordo com seu âmbito de atuação, deverão ser instituídos, respectivamente, pelos Estados,
pelo Distrito Federal e pelos Municípios, mediante lei específica.
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