Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROPOSTA
CURRICULAR
DO ESTADO DE SÃO PAULO
ENSINO MÉDIO
Coordenação do Desenvolvimento dos Educação Física: Adalberto dos Santos Souza,
Conteúdos Programáticos e dos Cadernos dos Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches
Professores Neto, Mauro Betti, Sérgio Roberto Silveira
Ghisleine Trigo Silveira LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges,
Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini
COORDENAÇÃO DE ÁREA PARA O Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles
DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS Fidalgo
PROGRAMÁTICOS E DOS CADERNOS DOS Língua Portuguesa: Débora Mallet Pezarin de
PROFESSORES Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Angela Marques López Landeira e João Henrique Nogueira
Corrêa da Silva e Paulo Miceli Mateos
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Luis
Carlos de Menezes Matemática
Governador
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Alice Matemática: Carlos Eduardo de Souza Campos
José Serra Granja, José Luiz Pastore Mello, Nilson José
Vieira
Vice-Governador Matemática: Nilson José Machado Machado, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César
Pietropaolo e Walter Spinelli
Alberto Goldman
AUTORES
Secretária da Educação Ciências Humanas e suas Tecnologias Coordenação do Desenvolvimento do
Maria Helena Guimarães de Castro Caderno do Gestor
Filosofia: Adilton Luís Martins e Paulo Miceli
Guiomar Namo de Mello e Marta Wolak
Secretária-Adjunta Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu
Grosbaum
Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Célia Bega
Iara Gloria Areias Prado dos Santos, Regina Célia Corrêa de Araújo e Autores: Elianeth Dias Kanthack Hernandes,
Sérgio Adas Guiomar Namo de Mello, Maria Silvia Bonini
Chefe de Gabinete
História: Diego López Silva, Glaydson José da Tararam, Marta Wolak Grosbaum, Miriam Martins
Fernando Padula Silva, Mônica Lungov Bugelli, Paulo Miceli e Raquel Inácio e Terezinha Antonia Berti Tranchitella
dos Santos Funari
Coordenador de Estudos e Normas Colaboradores: Dalva de Oliveira S. da Costa,
Pedagógicas Ermelinda Maura Chezzi Dallan, José Alves da
Ciências da Natureza e suas Tecnologias Silva, Liara Ferraz Conte APS, Maria Alice Pereira e
José Carlos Neves Lopes Maura Silva Guedes
Biologia: Fabíola Bovo Mendonça, Ghisleine
Coordenador de Ensino da Região Trigo Silveira, Maria Augusta Querubim Rodrigues Preparação de originais: Tina Amado
Pereira, Olga Aguilar Santana, Rodrigo Venturoso
Metropolitana da Grande São Paulo Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo Consulta à rede sobre experiências exitosas:
Luiz Candido Rodrigues Maria Ciências: Cristina Leite, João Carlos Thomaz
Lourdes Athiê e Raquel B. Namo Cury
Micheletti Neto, Julio Cézar Foschini Lisboa,
Coordenadora de Ensino do Interior EQUIPE DE PRODUÇÃO
Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni
Aparecida Edna de Matos e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Coordenação Executiva: Beatriz Scavazza
Pereira, Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Renata Assessores: Alex Barros, Beatriz Blay, Denise
Presidente da Fundação para o Alves Ribeiro, Rosana dos Santos Jordão, Simone Blanes, Eliane Yambanis, Heloisa Amaral Dias de
Desenvolvimento da Educação – FDE Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume Oliveira, Luis Márcio Barbosa, Luiza Christov e
Fábio Bonini Simões de Lima Física: José Guilherme Brockington, Marcelo de Vanessa Dias Moretti
Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de
Oliveira, Maxwell Roger da Purificação Siqueira e
EQUIPE EDITORIAL
EXECUÇÃO Yassuko Hosoume
Coordenação Executiva: Angela Sprenger
Coordenação Geral Química: Fabio Luis de Souza, Hebe Ribeiro da
Cruz Peixoto, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Projeto Editorial: Zuleika de Felice Murrie
Maria Inês Fini
Eunice Ribeiro Marcondes, Maria Fernanda Edição e Produção Editorial: Edições Jogo de
Concepção
Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião Amarelinha, Conexão Editorial e Occy Design
Guiomar Namo de Mello (projeto gráfico)
Lino de Macedo
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Luis Carlos de Menezes
Arte: Geraldo de Oliveira Suzigan, Gisa Picosque, CTP, Impressão e Acabamento
Maria Inês Fini
Mirian Celeste Ferreira Dias Martins e Sayonara Pereira Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Ruy Berger
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo autoriza a reprodução deste material pelas
GESTÃO demais secretarias de educação, desde que mantida a integridade da obra e dos créditos.
Fundação Carlos Alberto Vanzolini
Presidente do Conselho Curador: Antonio Rafael
Namur Muscat
Presidente da Diretoria Executiva: Mauro Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Biologia /
Zilbovicius
Coord. Maria Inês Fini. – São Paulo: SEE, 2008.
Diretor de Gestão de Tecnologias aplicadas à
Educação: Guilherme Ary Plonski
ISBN 978-85-61400-00-2.
Coordenadoras Executivas de Projetos: Beatriz
Scavazza e Angela Sprenger
1.Biologia (Ensino Médio) – Estudo e ensino. I. Fini, Maria Inês. II. São Paulo (Estado)
APOIO Secretaria da Educação.
CENP – Coordenadoria de Estudos e Normas
Pedagógicas CDD 22ed. 570.7
FDE – Fundação para o Desenvolvimento da
Educação
PROPOSTA
CURRICULAR
DO ESTADO DE SÃO PAULO
BIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
PROPOSTA
CURRICULAR
Carta da Secretária
Neste ano, colocamos em prática uma nova Proposta Curricular, para aten-
der à necessidade de organização do ensino em todo o Estado.
Por esse motivo, propomos agora uma ação integrada e articulada, cujo
objetivo é organizar melhor o sistema educacional de São Paulo.
Com esta nova Proposta Curricular, daremos também subsídios aos profis-
sionais que integram nossa rede para que se aprimorem cada vez mais.
Sumário
Apresentação 8
1. Uma educação à altura dos desafios contemporâneos 9
2. Princípios para um currículo comprometido com o seu tempo 12
I. Uma escola que também aprende 12
II. O currículo como espaço de cultura 12
III. As competências como referência 13
IV. Prioridade para a competência da leitura e da escrita 16
V. Articulação das competências para aprender 18
VI. Articulação com o mundo do trabalho 20
8
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Apresentação
9
Apresentação Proposta Curricular do Estado de São Paulo
No Brasil essa tendência caminha pa- Outro fenômeno relevante diz respei-
ralelamente à democratização do acesso a to à precocidade da adolescência, ao mes-
níveis educacionais além do ensino obriga- mo tempo em que o ingresso no trabalho
tório. Com mais gente estudando, a posse se torna cada vez mais tardio. Tais fenô-
de um diploma de nível superior deixa de menos ampliam o tempo e a importância
ser um diferencial suficiente, e característi- da permanência na escola, tornando-a um
cas cognitivas e afetivas são cada vez mais lugar privilegiado para o desenvolvimento
valorizadas, como as capacidades de resol- do pensamento autônomo, que é condição
ver problemas, trabalhar em grupo, conti- para uma cidadania responsável. Ser estu-
nuar aprendendo e agir de modo coope- dante, nesse mundo que expõe o jovem
rativo, pertinente em situações complexas. desde muito cedo às práticas da vida adulta
Em um mundo no qual o conhecimento – e, ao mesmo tempo, posterga a sua in-
é usado de forma intensiva, o diferencial serção profissional –, é fazer da experiência
será marcado pela qualidade da educação escolar uma oportunidade para aprender a
recebida. A qualidade do convívio, assim ser livre e ao mesmo tempo respeitar as di-
como dos conhecimentos e das compe- ferenças e as regras de convivência. Hoje,
tências constituídas na vida escolar, será mais do que nunca, aprender na escola é o
o fator determinante para a participação “ofício de aluno”, a partir do qual ele vai
do indivíduo em seu próprio grupo social e fazer o trânsito para a autonomia da vida
para que tome parte de processos de críti- adulta e profissional.
ca e renovação.
Para que a democratização do acesso à
Nesse quadro ganha importância re- educação tenha uma função realmente inclu-
dobrada a qualidade da educação ofere- siva não é suficiente universalizar a escola. É
cida nas escolas públicas, pois é para elas indispensável a universalização da relevância
que estão acorrendo, em número cada vez da aprendizagem. Criamos uma civilização
mais expressivo, as camadas mais pobres da que reduz distâncias, que tem instrumentos
sociedade brasileira, que antes não tinham capazes de aproximar as pessoas ou de distan-
acesso à escola. A relevância e a pertinên- ciá-las, que aumenta o acesso à informação e
cia das aprendizagens escolares nessas ins- ao conhecimento, mas que também acentua
tituições são decisivas para que o acesso a diferenças culturais, sociais e econômicas. Só
elas proporcione uma oportunidade real de uma educação de qualidade para todos pode
aprendizagem para inserção no mundo de evitar que essas diferenças constituam mais
modo produtivo e solidário. um fator de exclusão.
10
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Apresentação
11
Apresentação Proposta Curricular do Estado de São Paulo
12
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Apresentação
13
Apresentação Proposta Curricular do Estado de São Paulo
lidades que ele contará para fazer sua leitura petências em adolescentes, bem como ins-
crítica do mundo, para compreendê-lo e pro- tigar desdobramentos para a vida adulta.
por explicações, para defender suas idéias e
compartilhar novas e melhores formas de ser, Paralelamente a essa conduta, é preciso
na complexidade em que hoje isso é reque- considerar quem são esses alunos. Ter entre 11
rido. É com elas que, em síntese, ele poderá e 18 anos significa estar em uma fase peculiar
enfrentar problemas e agir de modo coerente da vida, localizada entre a infância e a idade
em favor das múltiplas possibilidades de solu- adulta. Neste sentido, o jovem é aquele que
ção ou gestão. deixou de ser criança e se prepara para tornar-
se adulto. Trata-se de um momento complexo e
Tais competências e habilidades podem contraditório, que deve orientar nossa propos-
ser consideradas em uma perspectiva geral, ta sobre o papel da escola nessa fase de vida.
isto é, no que têm de comum com as discipli-
nas e tarefas escolares, ou então no que têm Nessa etapa curricular, a tríade sobre a
de específico. Competências, neste sentido, qual competências e habilidades são desen-
caracterizam modos de ser, raciocinar e inte- volvidas pode ser assim caracterizada: a) o
ragir que podem ser depreendidos das ações adolescente e as características de suas ações
e das tomadas de decisão em contextos de e pensamentos; b) o professor, suas caracte-
problemas, tarefas ou atividades. Graças a rísticas pessoais e profissionais e a qualidade
elas podemos inferir se a escola como insti- de suas mediações; e c) os conteúdos das dis-
tuição está cumprindo bem o papel que se ciplinas e as metodologias para seu ensino e
espera dela no mundo de hoje. aprendizagem.
14
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Apresentação
15
Apresentação Proposta Curricular do Estado de São Paulo
16
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Apresentação
nesta proposta vai além da linguagem ver- A linguagem não é apenas uma forma
bal, vernácula – ainda que esta tenha papel de representação, como expressam, por seus
fundamental – e refere-se a sistemas simbó- limites, as crianças. Mais do que isso, ela é
licos como os citados, pois essas múltiplas uma forma de compreensão e ação sobre o
linguagens estão presentes no mundo con- mundo. É isso o que os adolescentes, com to-
temporâneo, na vida cultural e política, bem dos os seus exageros, manifestam. Graças à
como nas designações e nos conceitos cien- linguagem, o pensamento pode se tornar an-
tíficos e tecnológicos usados atualmente. A tecipatório em sua manifestação mais comple-
constituição dessa competência tem como ta: é possível calcular as conseqüências de uma
base o desenvolvimento do pensamento ação sem precisar realizá-la. Pode-se ainda fa-
antecipatório, combinatório e probabilístico zer combinações e analisar hipóteses sem pre-
que permite estabelecer hipóteses, algo que cisar conferi-las de antemão, na prática, pois
caracteriza o período da adolescência. algumas de suas conseqüências podem ser
deduzidas apenas pelo âmbito da linguagem.
A prioridade das linguagens no currí- Pode-se estabelecer relações de relações, isto
culo da educação básica tem como funda- é, imaginar um objeto e agir sobre ele, deci-
mento a centralidade da linguagem no de- dindo se vale a pena ou não interagir com ele
senvolvimento da criança e do adolescente. em outro plano. Em outras palavras, graças à
Nas crianças a linguagem, em suas diversas linguagem, agora constituída como forma de
expressões, é apenas um recurso simbólico, pensar e agir, o adolescente pode raciocinar
ou seja, permite representar ou comunicar em um contexto de proposições ou possibili-
conteúdos cujas formas, elas mesmas, não dades, pode ter um pensamento combinató-
podem ser estruturadas como linguagem. rio, pode aprender as disciplinas escolares em
Nessa fase, tais formas são as próprias ações sua versão mais exigente, pode refletir sobre
e os pensamentos, organizados como es- os valores e fundamentos das coisas.
quemas de procedimentos, representações e
compreensões. Ou seja, as crianças realizam Do ponto de vista social e afetivo, a
e compreendem ao falar, pensar ou sentir, centralidade da linguagem nos processos de
mas não sabem ainda tratar o próprio agir, desenvolvimento possibilita ao adolescente
pensar ou sentir como uma forma de lingua- aprender, pouco a pouco, a considerar suas
gem. É só na adolescência que isso se tor- escolhas em uma escala de valores. Viabiliza-
nará possível e transformará o ser humano lhe aprender a enfrentar as conseqüências
em um ser de linguagem, em sua expressão das próprias ações, a propor e alterar contra-
mais radical. tos, a respeitar e criticar normas, a formular
17
Apresentação Proposta Curricular do Estado de São Paulo
seu próprio projeto de vida e a tecer seus so- Por fim, é importante destacar que o
nhos de transformação do mundo. domínio das linguagens representa um pri-
mordial elemento para a conquista da au-
É, portanto, em virtude da centralidade tonomia, sendo a chave para o acesso a in-
da linguagem no desenvolvimento da criança formações e permitindo a comunicação de
e do adolescente que esta Proposta Curricular idéias, a expressão de sentimentos e o diálo-
prioriza a competência leitora e escritora. go, necessários à negociação dos significados
Só por meio dela será possível concretizar a e à aprendizagem continuada.
constituição das demais competências, tanto
as gerais como aquelas associadas a discipli-
V. Articulação das competências para
nas ou temas específicos. Para desenvolvê-la aprender
é indispensável que seja objetivo de aprendi-
zagem de todas as disciplinas do currículo, ao A aprendizagem é o centro da atividade
longo de toda a escolaridade básica. escolar. Por extensão, o professor caracteriza-se
como um profissional da aprendizagem e não
Por esse caráter essencial da competên- tanto do ensino. Isto é, ele apresenta e explica
cia de leitura e escrita para a aprendizagem conteúdos, organiza situações para a aprendi-
dos conteúdos curriculares de todas as áreas e zagem de conceitos, métodos, formas de agir
disciplinas, a responsabilidade por sua aprendi- e pensar, em suma, promove conhecimentos
zagem e avaliação cabe a todos os professores, que possam ser mobilizados em competências
que devem transformar seu trabalho em opor- e habilidades, as quais, por sua vez, instrumen-
tunidades nas quais os alunos possam aprender talizam os alunos para enfrentar os proble-
e consolidar o uso da Língua Portuguesa e das mas do mundo real. Dessa forma, a expressão
outras linguagens e códigos que fazem parte “educar para a vida” pode ganhar seu sentido
da cultura, bem como das formas de comuni- mais nobre e verdadeiro na prática do ensino.
cação em cada uma delas. Tal radicalismo na Se a educação básica é para a vida, a quanti-
centralidade da competência leitora e escritora dade e a qualidade do conhecimento têm de
leva a colocá-la como objetivo de todas as séries ser determinadas por sua relevância para a vida
e todas as disciplinas. Desta forma, coloca aos de hoje e do futuro, além dos limites da escola.
gestores (a quem cabe a educação continuada Portanto, mais que os conteúdos isolados, as
dos professores na escola) a necessidade de criar competências são guias eficazes para educar
oportunidades para que os docentes também para a vida. As competências são mais gerais
desenvolvam essa competência – por cuja cons- e constantes, e os conteúdos, mais específi-
tituição, nos alunos, são responsáveis. cos e variáveis. É exatamente a possibilidade
18
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Apresentação
de variar os conteúdos no tempo e no espaço trará novas ênfases e necessidades, que preci-
que legitima a iniciativa dos diferentes sistemas sarão ser continuamente supridas. Preparar-se
públicos de ensino para selecionar, organizar para acompanhar esse movimento torna-se o
e ordenar os saberes disciplinares que servirão grande desafio das novas gerações.
como base para a constituição de competên-
cias, cuja referência são as diretrizes e orienta- Esta Proposta Curricular adota, como
ções nacionais, de um lado, e as demandas do competências para aprender, aquelas que
mundo contemporâneo, de outro. foram formuladas no referencial teórico do
Enem – Exame Nacional do Ensino Médio.
As novas tecnologias da informação Entendidas como desdobramentos da com-
produziram uma mudança na produção, na petência leitora e escritora, para cada uma
organização, no acesso e na disseminação do das cinco competências do Enem transcritas a
conhecimento. A escola hoje já não é mais a seguir, apresenta-se a articulação com a com-
única detentora da informação e do conhe- petência de ler e escrever.
cimento, mas cabe a ela preparar seu aluno
para viver em uma sociedade em que a infor- I. “Dominar a norma culta da Língua Portu-
mação é disseminada em grande velocidade. guesa e fazer uso das linguagens matemá-
tica, artística e científica.” A constituição da
Vale insistir que essa preparação não competência de leitura e escrita é também o
exige maior quantidade de ensino e sim me- domínio das normas e dos códigos que tor-
lhor qualidade de aprendizagem. É preci- nam as linguagens instrumentos eficientes
so deixar claro que isso não significa que os de registro e expressão, que podem ser com-
conteúdos do ensino não sejam importantes; partilhados. Ler e escrever, hoje, são compe-
ao contrário, são tão importantes que a eles tências fundamentais a qualquer disciplina
está dedicado este trabalho de elaboração da ou profissão. Ler, entre outras coisas, é in-
Proposta Curricular do ensino oficial do Esta- terpretar (atribuir sentido ou significado), e
do de São Paulo. São tão decisivos que é in- escrever, igualmente, é assumir uma autoria
dispensável aprender a continuar aprendendo individual ou coletiva (tornar-se responsável
os conteúdos escolares, mesmo fora da esco- por uma ação e suas conseqüências).
la ou depois dela. Continuar aprendendo é a
mais vital das competências que a educação II. “Construir e aplicar conceitos das várias áreas
deste século precisa desenvolver. Não só os do conhecimento para a compreensão de
conhecimentos com os quais a escola traba- fenômenos naturais, de processos histórico-
lha podem mudar, como a vida de cada um geográficos, da produção tecnológica e das
19
Apresentação Proposta Curricular do Estado de São Paulo
20
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Apresentação
21
Apresentação Proposta Curricular do Estado de São Paulo
22
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Apresentação
produtivas, que por sua vez são inseparáveis Desde sua abertura, a LDB faz referência ao
dos conhecimentos científicos, artísticos e lin- trabalho, juntamente com as práticas sociais,
güísticos que as fundamentam. A educação como elemento que vincula a educação básica
tecnológica básica tem o sentido de nos pre- à realidade, da Educação Infantil até o final do
parar para viver e conviver em um mundo no Ensino Médio. O vínculo com o trabalho carre-
qual a tecnologia está cada vez mais presente: ga vários sentidos, que é preciso explicitar.
no qual a tarja magnética, o celular, o código
de barras e muitos recursos digitais se incorpo- Do ponto de vista filosófico, expressa
ram velozmente à vida das pessoas, qualquer o valor e a importância do trabalho. À parte
que seja a sua condição socioeconômica. de qualquer implicação pedagógica relativa a
currículos e definição de conteúdos, o valor do
A segunda acepção, ou seja, a com- trabalho incide em toda a vida escolar: desde
preensão dos fundamentos científicos e tec- a valorização dos trabalhadores da escola e
nológicos da produção, faz da tecnologia a da família, até o respeito aos trabalhadores
chave para relacionar o currículo ao mundo da comunidade, o conhecimento do trabalho
da produção de bens e serviços, ou seja, aos como produtor da riqueza e o reconhecimento
processos pelos quais a humanidade – e cada de que um dos fundamentos da desigualdade
um de nós – produz os bens e serviços de que social é a remuneração injusta do trabalho. A
necessita para viver. Foi para manter-se fiel valorização do trabalho é também uma críti-
ao espírito da lei que as DCN introduziram a ca ao bacharelismo ilustrado, que por muito
tecnologia em todas as áreas, tanto das DCN tempo predominou nas escolas voltadas para
como dos PCN para o Ensino Médio, evitando as classes sociais privilegiadas.
a existência de disciplinas “tecnológicas” iso-
ladas e separadas dos conhecimentos que lhe A implicação pedagógica desse prin-
servem de fundamento. cípio atribui um lugar de destaque para o
trabalho humano, contextualizando os con-
teúdos curriculares sempre que for pertinen-
A prioridade para o contexto do
trabalho te, com os tratamentos adequados a cada
caso. Nesse sentido, a relação entre teoria
Se examinarmos o conjunto das reco- e prática em cada disciplina do currículo,
mendações já analisadas, o trabalho enquanto como exige a lei, não pode deixar de incluir
produção de bens e serviços revela-se como a os tipos de trabalho e as carreiras profissio-
prática humana mais importante para conec- nais aos quais se aplicam os conhecimentos
tar os conteúdos do currículo com a realidade. das áreas ou disciplinas curriculares.
23
Apresentação Proposta Curricular do Estado de São Paulo
24
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Apresentação
cação profissional de nível técnico, atribuam pode ser realizada em disciplinas de for-
mais tempo e atenção a disciplinas ou áreas mação básica do Ensino Médio. As esco-
disciplinares cujo estudo possa ser aprovei- las, nesse caso, atribuiriam carga horária
tado na educação profissional. suficiente e tratamento pedagógico ade-
quado às áreas ou disciplinas que melhor
Para as DCN, o que a lei denomina de preparassem seus alunos para o curso de
preparação básica para o trabalho pode ser educação profissional de nível técnico es-
a aprendizagem de conteúdos disciplinares colhido. Essa possibilidade fundamenta-se
constituintes de competências básicas que no pressuposto de que ênfases curricula-
sejam também pré-requisitos de formação res diferenciadas são equivalentes para a
profissional. Em muitos casos essa opção constituição das competências previstas na
pouparia tempo de estudo para o jovem que LDB, nas DCN para o Ensino Médio e na
precisa ingressar precocemente no mercado matriz de competências do Enem.
de trabalho. Para facilitar essa abertura, as Di-
retrizes Curriculares da Educação Profissional Isso supõe um outro tipo de articulação
de Nível Técnico flexibilizaram a duração dos entre currículos de formação geral e currículos
cursos profissionais desse nível, possibilitan- de formação profissional, em que o primeiro
do o aproveitamento de estudos já realizados encarrega-se das competências básicas, fun-
ou mesmo exercício profissional prévio. Essas damentando a constituição das mesmas em
duas peças normativas criaram os mecanis- conteúdos, áreas ou disciplinas afinadas com
mos pedagógicos que podem viabilizar o que a formação profissional nesse ou em outro ní-
foi estabelecido na LDB (lei 9394/1996) e de- vel de escolarização. E supõe também que o
cretos posteriores. tratamento oferecido às disciplinas do currí-
culo do Ensino Médio não seja apenas prope-
A preparação básica para o trabalho dêutico nem tampouco voltado estreitamente
em determinada área profissional, portanto, para o vestibular.
25
Área
Arte
CHT Proposta Curricular do Estado de São Paulo
“Cabe às futuras gerações construir uma esta tradição formou um indivíduo que, do ho-
nova coerência que incorpore tanto os mem honesto das idades clássicas ao homem
valores humanos quanto a ciência, algo cultivado da época contemporânea, adquiriu
que ponha fim às profecias quanto ao gosto, senso crítico, capacidade de julgamento
‘fim da ciência’, ‘fim da história’ ou até pessoal e desenvolveu a arte de se exprimir oral-
quanto ao advento da pós-humanidade”. mente ou por escrito. Portanto, o estudo das
(Ilya Prygogine, “Carta para as futuras Humanidades, até o século XIX, foi responsável
gerações”, Caderno Mais, Folha de pela formação do “cristão dos colégios jesuítas,
S.Paulo, 30/01/2000). do cidadão das Luzes e do republicano dos li-
ceus modernos”.
26
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Área
Arte
CHT
27
Área Matemática Proposta Curricular do Estado de São Paulo
28
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Área Matemática
No Estado de São Paulo, nas propostas sistemas simbólicos ao outro. Se uma língua
curriculares elaboradas a partir de 1986 e em se aproximar demasiadamente do modo de
vigor até o presente momento, a Matemática operar da Matemática, resultará empobre-
era apresentada como uma área específica. cida, e o mesmo poderia ocorrer com um
Tais propostas constituíram um esforço expres- texto matemático que assumisse a ambiva-
sivo, e em alguns sentidos pioneiro, na busca lência, apropriada apenas à expressão lingü-
de uma aproximação entre os conteúdos es- ística. A multiplicidade de sentidos em um
colares e o universo da cultura, especialmente mesmo elemento simbólico ou combinação
no que tange às contextualizações e à busca de elementos é própria da língua natural e
de uma instrumentação crítica para o mundo é intencionalmente controlada na expressão
do trabalho. Essa rica herança pedagógica so- matemática. A busca da expressão precisa é
breviveu a uma avalanche de novidades passa- inerente na Matemática, mas pode empo-
geiras e serve agora de ponto de partida para brecer o uso natural da língua. Não que esta
que, incorporadas as necessárias atualizações, não possa ser precisa: ela o é exemplarmen-
novos passos sejam dados para sua efetivação te, como bem revela um texto poético, em
nas práticas escolares. Particularmente no que que uma palavra não pode ser substituída
tange às áreas em que se organiza, a nova por um sinônimo sem desmontar o poema.
proposta inspirou-se na anterior, mantendo a Mas existe uma diferença fundamental, irre-
área de Matemática como um terreno espe- dutível, entre a precisão na Língua e a preci-
cífico, distinto tanto das Linguagens quanto são na Matemática.
das Ciências Naturais.
Em segundo lugar, a incorporação da
Por que uma área específica Matemática à área de Ciências pode dis-
para a Matemática? torcer o fato de que a Matemática, mesmo
oferecendo uma linguagem especialmente
Três são as razões principais desta op- importante e adequada para a expressão
ção. Em primeiro lugar, destaca-se o fato de científica, constitui um conhecimento espe-
que uma parte da especificidade da Mate- cífico da educação básica. Tal conhecimen-
mática resulta esmaecida quando ela é agre- to inclui um universo próprio muito rico de
gada seja ao grupo das linguagens em sen- objetos, instrumentos e interesses, funda-
tido amplo, ou seja, ao grupo das ciências. mentais tanto para as chamadas Ciências
A Matemática compõe com a Língua Ma- Naturais quanto para as Ciências Humanas,
terna um par fundamental, mas de caráter e ainda para as Linguagens em sentido am-
complementar: é impossível reduzir um dos plo. A inclusão da Matemática na área de
29
Área Matemática Proposta Curricular do Estado de São Paulo
Ciências teve o efeito salutar, no caso dos caracterizar um novo Trivium (grupo de dis-
PCN, de minimizar o risco de que o conteúdo ciplinas constituído por Lógica, Gramática e
matemático fosse concebido como um fim Retórica), mais consentâneo com as caracte-
em si mesmo, enfatizando sua condição rísticas da sociedade contemporânea, certa-
instrumental. Entretanto, a partir da conso- mente pareceria mais justo incluir a Língua,
lidação da idéia de competências, apresen- a Matemática e a Informática. E, ainda que
tada pelo Exame Nacional do Ensino Médio os computadores sejam hoje instrumentos ab-
(Enem), tal risco deixou de existir e explicita- solutamente imprescindíveis para jornalistas e
se com nitidez o que já era apresentado escritores em geral, é no terreno da Matemáti-
tacitamente em propostas anteriores: todos ca que se abrem as mais naturais e promissoras
os conteúdos disciplinares, nas diversas áre- possibilidades de assimilação dos inúmeros re-
as, são meios para a formação dos alunos cursos que as tecnologias informáticas podem
como cidadãos e como pessoas. As disci- oferecer no terreno da Educação.
plinas são imprescindíveis e fundamentais,
mas o foco permanente da ação educacio- Insistimos, no entanto, no fato de que
nal deve situar-se no desenvolvimento das a apresentação da Matemática como uma
competências pessoais dos alunos. área específica não pretende amplificar suas
supostas peculiaridades nem caracterizá-la
Em terceiro lugar, o tratamento da Ma- como um tema excessivamente especializa-
temática como área específica pode facilitar a do ou relevante. Visa apenas a uma explora-
incorporação crítica dos inúmeros recursos tec- ção mais adequada de suas possibilidades de
nológicos de que dispomos para a representa- servir às outras áreas, na ingente tarefa de
ção de dados e o tratamento das informações, transformar a informação em conhecimento
na busca da transformação de informação em em sentido amplo, em todas as suas formas
conhecimento. De fato, caso se pretendesse de manifestação.
30
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Área
Arte
LCT
31
Área LCT Proposta Curricular do Estado de São Paulo
32
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Área
Arte
LCT
33
Área CNT Proposta Curricular do Estado de São Paulo
34
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Área
Arte
CNT
Finalmente, as ciências têm grande be- guagens da ciência e fazer uso de seus conhe-
leza, por ampliar a visão do mundo natural, cimentos. Dessa forma, poderão compreender
ao mergulhar nos detalhes moleculares da e se posicionar diante de questões gerais de
base genética da vida ou ao revelar a periodici- sentido científico e tecnológico, e empreender
dade de caráter quântico das propriedades dos ações diante de problemas pessoais ou sociais
elementos químicos. O mesmo se dá em sua para os quais o domínio das ciências seja es-
estética da simplicidade, em que umas poucas sencial, como será detalhado a seguir.
leis gerais valem para qualquer processo, como
o princípio da conservação da energia que se 2. A aprendizagem na área das
aplica ao vôo de um colibri ou à emissão de luz Ciências da Natureza na educação
por um átomo. Essa beleza das ciências, ainda de base
que menos reconhecida, pode ser comparada
à das artes, no sentido mesmo de fruição, pre- Mais do que simples divisões do saber,
cisamente pela associação da ciência ao senti- as disciplinas em geral são campos de investi-
do pragmático das tecnologias. gação e de sistematização dos conhecimentos.
Algumas delas são milenares, como a Filosofia,
Essa múltipla presença, a intensa produ- a História e a Física. Outras, como a Matemáti-
ção e a divulgação de conhecimentos científicos ca, reúnem campos igualmente antigos, como
e tecnológicos demanda de todos nós uma al- a Geometria e a Álgebra. Outras ainda, como
fabetização científico-tecnológica. Por exemplo: a Biologia, são reuniões recentes de campos
para saber que uma água mineral de pH 4,5 tradicionais, como a Botânica, a Zoologia e a
é ácida; para ler medidas de energia em quilo- História Natural, aos quais se somaram outros,
watt-hora, caloria, joule, e converter uma uni- mais contemporâneos, como a Genética.
dade na outra; ou para entender argumentos a
favor e contra a produção de grãos transgênicos Nem sempre se estabelecem fronteiras
demanda-se um domínio conceitual científico nítidas entre as disciplinas. A Química, que
básico, mesmo em se tratando de informações surgiu há alguns séculos, apresenta interes-
usuais presentes em jornais diários, equipamen- ses comuns com a Física, como a constitui-
tos domésticos e embalagens de alimentos. ção atômica da matéria, e outros em comum
com a Biologia, como processos bioquímicos
Por isso tudo, jovens que concluem a e o estudo das substâncias orgânicas. Todas
educação de base, preparados para seu de- as Ciências da Natureza fazem uso de instru-
senvolvimento e sua realização pessoal, devem mentais matemáticos em seus procedimentos
saber se expressar e se comunicar com as lin- de quantificação, análise e modelagem.
35
Área CNT Proposta Curricular do Estado de São Paulo
36
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Área
Arte
CNT
37
Área CNT Proposta Curricular do Estado de São Paulo
t Argumentar.
t Trabalhar em
grupo.
t Estabelecer
relações.
38
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Área
Arte
CNT
Enfim, deve assegurar um tipo de ensi- Médio, uma efetiva apropriação das ciências
no das Ciências da Natureza de forma a ga- como qualificação pessoal, não simplesmen-
rantir, na preparação dos jovens no Ensino te como ilustração cultural.
39
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Biologia
41
Biologia Proposta Curricular do Estado de São Paulo
42
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Biologia
instrumentos de verificação de contradições; são mes), mas talvez mais surpreendente seja
colocados em situações em que são instigados sua unidade. Por exemplo, todos os seres
ou desafiados a participar e a questionar, valo- vivos têm em comum complexas funções
rizando as atividades coletivas que propiciem a vitais, como organização própria e de inte-
discussão e a elaboração conjunta de idéias e de ração com o meio, controladas por progra-
práticas. Um procedimento que prevê a partici- mas genéticos específicos de cada espécie
pação em atividades lúdicas, nas quais os alunos guardados em longas mas microscópicas
se sintam desafiados não somente pelos outros cadeias químicas.
participantes, mas especialmente pelo jogo do
conhecimento.
Interação dos seres vivos com o meio
ambiente
Além de promover uma nova postura
didática que recomenda a utilização de uma Cada ser vivo ou organismo é adap-
grande variedade de linguagens e recursos, tado às condições ambientais, assim como
de meios e de formas de expressão, é neces- essas condições influenciam esses seres e
sário trabalhar com conteúdos que tenham são por eles influenciadas. Por exemplo,
seu ponto de partida no universo vivencial o número de rãs de uma área contribui
comum de alunos e professores, da comu- para controlar a quantidade de insetos,
nidade em geral, que permitam uma investi- da mesma maneira que a sobrevivência
gação do meio natural ou social real e, além desses anfíbios depende da temperatura
disso, conteúdos que concorram para as- do ambiente, da disponibilidade da água,
segurar aos estudantes a compreensão dos assim como da quantidade de agrotóxicos
conceitos fundamentais da Biologia. na área.
43
Biologia Proposta Curricular do Estado de São Paulo
44
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Biologia
45
Biologia Proposta Curricular do Estado de São Paulo
46
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Biologia
exemplo, a de que seu surgimento foi decor- processos vitais em diferentes escalas de
rência de um acidente ou, de modo oposto, tempo, além de se familiarizar com os me-
de um projeto inscrito na constituição da canismos básicos que propiciam a evolu-
própria matéria. Nessa medida, esses temas ção da vida e do ser humano em particular.
permitem aos alunos confrontar diferentes Com isso, podem perceber a singularida-
explicações sobre o assunto, de natureza de do processo evolutivo em que fatores
científica, religiosa ou mitológica, elaboradas culturais interagem com os biológicos, e
em diferentes épocas. as intervenções humanas apoiadas pelo
desenvolvimento científico e tecnológico
No desenvolvimento deste tema, alteram o curso desse processo.
ainda, os alunos têm oportunidade para
perceber a transitoriedade dos conheci- Ao longo das três séries, os temas
mentos científicos, posicionar-se em rela- serão distribuídos segundo as indicações
ção a questões polêmicas e dimensionar do Quadro 1.
3º Tema 2: Qua-
lidade de vida Tema 5: Tecnologias de ma- Tema 7: Origem e
das populações nipulação do DNA: a recei- evolução da vida
4º humanas ta da vida e o seu código
47
Biologia Proposta Curricular do Estado de São Paulo
1ª SÉRIE
TEMA 1: A interdependência da vida
48
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Biologia
1ª SÉRIE
TEMA 1: A interdependência da vida
49
Biologia Proposta Curricular do Estado de São Paulo
1ª SÉRIE
TEMA 2: Qualidade de vida das populações humanas
50
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Biologia
2ª SÉRIE
TEMA 3: Identidade dos seres vivos
Organização
t Papel da membrana na interação entre
celular e
ambiente e célula: tipos de transporte
funções vitais
básicas t Processos de obtenção de energia pelos
As funções vitais sistemas vivos: fotossíntese e respiração celular
básicas
t Mecanismo básico de reprodução das células:
mitose
t Mitoses descontroladas: cânceres
t Medidas preventivas e contra o risco de câncer
e tecnologias aplicadas a seu tratamento
51
Biologia Proposta Curricular do Estado de São Paulo
2ª SÉRIE
TEMA 4: Transmissão da vida e mecanismos de variabilidade genética
52
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Biologia
2ª SÉRIE
TEMA 5: Tecnologias de manipulação do DNA: a receita da vida e seu código
53
Biologia Proposta Curricular do Estado de São Paulo
3ª SÉRIE
TEMA 6: Diversidade da vida
t Sexualidade
54
Proposta Curricular do Estado de São Paulo Biologia
3ª SÉRIE
TEMA 7: Origem e evolução da vida
A origem da
t As idéias evolucionistas de Darwin e Lamarck
vida e idéias Idéias
evolucionistas evolucionistas t Mecanismos da evolução das espécies:
mutação, recombinação gênica e seleção
e evolução
natural
biológica
t Fatores que interferem na constituição
genética das populações: migrações,
mutações, seleção e deriva genética
55