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“A”, já qualificado nos autos do Processo de Execução Penal nº..., por seu advogado que esta
subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que indeferiu seu pedido de livramento
condicional, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor
AGRAVO EM EXECUÇÃO
Requer seja recebido e processado o presente agravo e, caso Vossa Excelência, ao efetuar
o juízo do artigo 589 do Código de Processo Penal, entenda que deva manter a respeitável decisão,
que seja encaminhado, com as inclusas razões, ao E. Tribunal de Justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado, OAB
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RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO
Processo nº …
Agravante: A
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
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Em que pese o indiscutível saber jurídico do MM. Juiz “a quo”, impõe-se a reforma da
respeitável decisão que indeferiu o pedido de livramento condicional formulado em favor do ora
agravante, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.
I – DOS FATOS
“A” foi processado e condenado, por decisão já transitada em julgado, pela prática do delito
previsto no artigo 213 do Código Penal
II – DO DIREITO
(APRESENTAÇÃO DA TESE) A decisão proferida pelo Juiz das Execuções não deve
prevalecer, eis que “A” faz jus à concessão do benefício do livramento condicional. Vejamos.
(PREMISSA MAIOR) Nos termos do artigo 83 do Código Penal, o condenado a pena privativa
de liberdade igual ou superior a 2 anos tem direito ao livramento condicional desde que preenchidos
os seguintes requisitos: “I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente
em crime doloso e tiver bons antecedentes; II - cumprida mais da metade se o condenado for
reincidente em crime doloso; III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da
pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência
mediante trabalho honesto; IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano
causado pela infração; V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por
crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o
apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza”.
Ainda, dispõe o parágrafo único do mencionado dispositivo legal que “para o condenado por
crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará
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também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não
voltará a delinquir”.
Por fim, sobre a questão, prevê o artigo 131 da Lei 7.210/84 (Lei de Execuções Penais) que
“o livramento condicional poderá ser concedido pelo Juiz da execução, presentes os requisitos do
artigo 83, incisos e parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o Ministério Público e Conselho
Penitenciário”.
(PREMISSA MENOR) Ora, no caso em apreço, “A” foi condenado pelo cometimento do delito
tipificado no artigo 213 do Código Penal, tendo já cumprido mais de 2/3 da pena que lhe foi imposta.
Assim, resta preenchido o requisito do inciso V do artigo 83 do Código Penal.
Ademais, tem ótimo comportamento prisional, boa laboraterapia e subsiste do seu trabalho,
sendo elogiado pela diretor da unidade prisional. Assim, também os requisitos do inciso III e do
parágrafo único do citado artigo 83 foram por ele preenchidos.
III – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, concedendo-se ao ora
agravante o benefício do livramento condicional, com a expedição do devido alvará de soltura em
seu favor.
Local, data.
Advogado
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OAB
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