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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP/IBILCE

Curso de Licenciatura em Letras Diurno – Ano II (2012)


Disciplina: Psicologia da Educação
Docente: Antônio César Frasseto
Discente: Davi Silistino de Souza
Data de entrega: 12/11/2012

Trabalho de Psicologia da Educação

1. Introdução

Na psicologia, um dos principais conceitos estudados e analisados é a


concepção de sujeito, sendo possível dividir em dois distintos grupos: o do sujeito do
conhecimento e o do sujeito do inconsciente. Sob representação de Piaget, Skinner e
Vygotsky, o sujeito do conhecimento é o conceito mais usado na sociedade atual,
influenciando o tratamento não só dos alunos na maioria das escolas, como também
do sujeito na maioria de suas atividades sociais. O indivíduo, nessa concepção, é
tomado como alguém que se constrói, que se desenvolve com o tempo e com a ajuda
da escola, dos professores e dos educadores, que funcionariam como provedores do
conhecimento que falta nesse sujeito, para que ele se torne adulto e,
consequentemente, um sujeito, de fato.
Quanto ao sujeito do inconsciente, cuja representação mais forte se dá por
Freud e Lacan, pode ser considerado o exato oposto do sujeito do conhecimento.
Caracterizando o indivíduo como alguém que não tem controle sobre si, esses
pensadores e suas ideias sofreram grande preconceito e rejeição, já que a sociedade
não soube lidar com essas críticas e, de certa forma, com essas afrontas às concepções
vigentes na época.
Esses dois conceitos tornam-se relevantes na medida em que estamos tratando
da educação e da formação do indivíduo em geral, ainda mais considerando o modo
como as fases do desenvolvimento do sujeito são vistas pela sociedade. No presente
trabalho visamos compreender, por meio de uma divisão didática entre os conceitos e
seus pensadores, as diferenças entre si e a presença deles na distintas etapas da vida
de uma pessoa normal e de uma pessoa deficiente na sociedade atual.

2. Sujeito do conhecimento

Nesta concepção, vemos que há uma predominância da questão do


desenvolvimento, isto é, considera-se que já havia algo envolvido na pessoa e que ela
precisaria apenas ser melhorada, acrescida de novos conhecimentos. Desse modo,
haveria uma evolução no indivíduo, tendo ele, quando adulto, controle sobre si, além
de um conhecimento crescente.
Analisando as fases da vida de um sujeito na sociedade moderna, vê-se, nessa
concepção, a juventude, ou seja, a infância como uma fase em que a criança é não só
subdesenvolvida e limitada, mas alguém que precisa se adequar a sociedade, isto é,
aprender o que lhe falta. Apesar disso, esta etapa é vista com bons olhos pelos
teóricos, pois estes consideram a infância um período fácil e bom, sem
responsabilidades.
No momento em que o jovem passa à fase da adolescência, ele entraria em
uma grande crise, visto que em pouco tempo chegará a próxima fase, representada
pelas inúmeras responsabilidades, problemas e conflitos. Desse maneira, a infância
seria um período curto, bom e fácil - a isso se mostra o senso comum de que quando
jovem não temos responsabilidades e, por isso, vivemos mais tranquilos e felizes -,
sendo a adolescência uma transição para uma vida adulta, considerada ruim e baseada
em problemas e dificuldades.
Quanto a deficiência, pode-se perceber que, no sujeito do conhecimento, o
deficiente ainda não é considerado um sujeito, visto que é considerado como alguém
que não é capaz de se integrar totalmente na sociedade. Deste modo, a fim de
conseguir com que este indivíduo consiga o status de sujeito, ele deve se submeter a
auxílios e mecanismos de adaptação para que ele atinja a próxima fase na “evolução”.
Vemos, ainda, esse conceito de sujeito é preferido pela escola e pela sociedade
capitalista em si, visto que ensinando o mesmo a todos, isto é, nivelando todos os
estudantes com o mesmo conhecimento, forma-se um sistema em que as pessoas são
iguais, fáceis de se controlar e de serem submetidas a quaisquer ideologias que lhe
repassem.
Quanto aos principais pensadores desta vertente, analisaremos agora Skinner,
Vygotsky e Piaget.

2.1 Skinner

B. F. Skinner foi um dos mais importantes psicólogos a seguirem a linha


behaviorista na psicologia. Sendo conhecido como análise experimental do
comportamento, o behaviorismo de Skinner baseia-se na ideia de que a aprendizagem
existe em função do condicionamento operante.
Para entender o condicionamento operante deve-se compreender primeiro a
concepção do comportamento operante, o qual, segundo Bock et al (1996),

[...] é o comportamento voluntário e abrange uma quantidade


muito maior da atividade humana – desde os comportamentos
do bebê de balbuciar [...] até os comportamentos mais
sofisticados que o adulto apresenta. (p. 43)

Desse modo, o comportamento operante seria representado por todas as ações


executadas por uma pessoa, as quais é possível notar que há um efeito sobre ou que
elas fazem algo ao mundo ao redor. Com relação ao condicionamento desses
comportamentos, Skinner procura mostrar que muitas vezes aprendemos certo
comportamento por efeitos que tal ação nos proporciona.
Ou seja, caso se queira reforçar certo comportamento em uma pessoa ou em
um animal (vide o experimento da “caixa de Skinner”), utiliza-se de um reforço, de
modo que se conseguirmos algo bom de determinada ação, iremos adotar esses
comportamentos. Atua-se, portanto, de RS, sendo R, a resposta e S, o estímulo
reforçador; a resposta seria então incentivada pelo estímulo reforçador.
Além disso, Skinner teoriza sobre a situação contrária a condicionar um
comportamento, isto é, a “descondicionar” uma resposta indesejável ou inadequada,
sendo denominada pelo psicólogo como extinção. Ainda Segundo Skinner, existem
dois tipos de extinção: quando o reforço é cortado, o que leva a uma lenta readaptação
do sujeito para a situação; e a punição, a qual é uma técnica mais eficiente baseada em
liberar um estímulo negativo, aversivo no sujeito para que ele o relacione com o
comportamento indesejável.
Com relação ao sistema de aprendizado, vemos que Skinner considera o
sujeito como alguém passivo, que sempre está a espera que algo externo faça-o
aprender o correto, isto é, que alguém o ensine novos comportamentos e transforme
suas velhas e inadequadas ações em algo conveniente à sociedade. Além disso,
Skinner nos mostra que, a medida que o indivíduo vai aprendendo, ele cria um
repertório, denominado repertório de respostas. Por meio deste, há uma padronização
de suas respostas às diversas situações enfrentadas pelo sujeito.

2.2 Piaget

O psicólogo Jean Piaget trata, em seus principais estudos, do desenvolvimento


intelectual, isto é, da inteligência em geral, formulando uma teoria do
desenvolvimento humano baseada na divisão de períodos desse processo. Dessa
maneira, o indivíduo, conforme o seu crescimento e o seu envelhecimento, vai
passando de fase em fase, caracterizadas como Sensório-motor (0 a 2 anos), Pré-
operatório (2 a 7 anos), Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) e Operações formais
(11 ou 12 anos em diante).
No primeiro período, a vida mental do indivíduo é extremamente reduzida,
fundando-se em exercícios motores, que vão desde o exercício do reflexo quando
recém nascido até a coordenação de movimentos das mãos e dos olhos, aprendendo a
utilizar objetos para atingir certos objetivos. Além disso, nessa fase o bebê percebe-se
como algo exterior aos outros elementos do mundo, isto é, como algo individual, não
ligado às outras coisas. Isso permite que ele também admita a existência de objetos
que não estão a vista dele.
No segundo período, a criança se depara com a linguagem, o que causa um
avanço na comunicação e na interação dela com as outras pessoas. Como
consequência do aprendizado da linguagem, a criança também aumenta o
desenvolvimento do pensamento. Embora ela já tenha aprendido recursos linguísticos,
deve-se ter em mente de que muito do repertório verbal do jovem fala é utilizado de
forma imitativa. Nesta fase, a criança nutre uma centralização em seus pontos de vista
por estar também centrada em si mesma, o que torna difíceis trabalhos em grupo.
Além disso, pode-se perceber ainda que ela apresenta o surgimento de sentimentos
interindividuais, que seria uma junção de amor e, ao mesmo tempo, de medo por
sujeitos que são considerados por ela superiores, como o professor ou os pais.
O terceiro período caracteriza-se por se notar no indivíduo uma superação do
egocentrismo social, de maneira que a criança se torna agora capaz de enxergar
diferentes pontos de vista a partir da construção lógica, conseguindo trabalhar em
grupos e também ter uma autonomia pessoal. Além disso, a criança consegue, neste
momento, pensar antes de agir, sequenciar ideias, estabelecer relações de causa e
efeito. Deste modo, começa a se desenvolver uma autonomia nela, visto que não mais
precisa dos pais para certas ações, como a questão da organização dos próprios
valores morais.
Analisando o período das operações formais, percebe-se que há uma transição
do pensamento com referências concretas para o pensamento abstrato, no planos das
ideias, como justiça, liberdade. Piaget considera que, quanto as suas relações sociais,
o então denominado adolescente procura se afastar da família e de seus conselhos e
sugestões, sendo seu ponto de reflexão e crítica não a família em específico, mas a
sociedade em si, visto que a entende como passível de ser reformada e transformada.
Posteriormente a etapa de crítica e anti-socialismo, surge um equilíbrio entre o
pensamento e a realidade no momento em que o jovem percebe que deve raciocinar
antes de executar suas ações. Quanto aos aspectos afetivos do adolescente, é
necessário compreender que, segundo Piaget, ele se encontra repleto de conflitos,
mostrando que quer se libertar do adulto, mas não só depende dele, como também
quer ser aceito e desejado pela sociedade.
Tratando do aprendizado, Piaget declara que os sujeitos aprendem por si só,
sem esperarem passivamente por algo, isto é, eles se desenvolvem por meio de suas
ações sobre os objetos presentes no mundo. Além disso, considera que o aprendizado
se dá por etapas, passando desde o nível mais básico até o nível mais difícil e
complexo do ser humano.

2.3 Vygotsky

Lev Semenovich Vygotsky segue a mesma linha de Piaget, trabalhando o


desenvolvimento humano, entretanto considera que as formas superiores de
comportamento consciente, como o pensamento, a memória, se encontram nas
relações que o homem possui com o meio sócio-cultural. O psicólogo entende, assim,
o homem como alguém ativo, que ao estar em relações sociais atua na transformação
de seus atos.
Ao estudar o desenvolvimento infantil, Vygotsky mostra que desde o
nascimento há uma interação entre as crianças e os adultos, que buscam compartilhar
e passar as suas relações e a sua cultura. Embora no começo de suas vidas as crianças
precisem da mediação dos adultos para realizarem processos psicológicos, ou seja,
por meio de processos interpsíquicos, conforme a criança vai crescendo, esses
processos se transformam em intrapsíquicos, isto é, são executados na mente delas.
Ou seja, Vygotsky expõe que o sujeito se relaciona com o mundo por meio do
mediação, em específico, por meio da linguagem, porém, na medida em que ele
cresce, essa mediação se torna reduzida ou mais individual. Essa ação é denominada
interiorização dos meios de operação das informações e caracteriza-se por o sujeito
começar a adquirir mais controle de suas funções psicológicas.
Portanto, para Vygotsky, o processo de desenvolvimento e de aprendizagem
se dão por meio de um contexto histórico e cultural, sendo considerado como um
sócio-interacionista por isso.

3. Sujeito do inconsciente

Nesta concepção, o sujeito é visto como alguém que não tem controle sobre si
mesmo e sobre suas ações. Fundamentando-se no conceito de constituição do sujeito,
isto é, na ideia de que ele deve se apropriar de si e não se desenvolver, esses teóricos
defendem que os problemas e os conflitos sempre existem, incluindo na fase da
infância, apesar de grande parte dos psicólogos considerarem o sujeito na concepção
do conhecimento, ou seja, considerando a juventude como a melhor fase da vida por
haver certa liberdade de responsabilidades.
Dessa maneira, a infância é vista aqui como uma fase terrível, em que os
conflitos estão todos dispostos, como os medos em geral desenvolvidos pela criança
(medo do escuro, do desconhecido, do abandono, da não aceitação, etc...). O ápice
desses problemas seria na adolescência, momento em que finalmente o sujeito, depois
de passar por uma espécie de crise, torna-se capaz de controlar seus conflitos, o que
resulta na desvinculação deste com os outros, representados pela família, Ou seja, o
adolescente se torna independente e, consequentemente, adulto. Assim, nesta fase,
essas dificuldades do sujeito se tornam latentes, isto é, não aparentes e que não se
manifestam, funcionando como recalque para o adulto. Na visão do sujeito como
inconsciente, portanto, a infância seria um período ruim, seguido de uma melhoria no
final da adolescência em diante, pelo fato de ele adquirir controle de suas ações e da
situação em si.
Quanto a concepção de deficiência, o indivíduo deficiente é considerado um
sujeito assim como os demais, de modo que não precisaria de uma espécie de
mecanismo de adaptação para que passasse para a próxima etapa de desenvolvimento.
Dessa maneira, este deveria se submeter a sociedade e suportar sua deficiência, visto
que, segundo o sujeito do inconsciente, ele já está constituído.

3.1 Freud

Sigmund Freud foi o criador da psicanálise, ciência que se propõe à


compreender e analisar o homem, vendo-o como um sujeito do inconsciente. Assim,
procurando entender qual seria a causa de seus pacientes esquecerem alguns fatos,
geralmente penosos, da sua vida, denominou a força de se opor a tornar algo
consciente como resistência; como repressão o momento em que o paciente tenta
encobrir ou reprimir algo; e como inconsciente o local em que se dão esses
fenômenos psíquicos.
Freud nos mostra que existem três sistemas principais funcionando em nossa
mente: o inconsciente, o pré-consciente e o consciente. O inconsciente é caracterizado
por haver conteúdos reprimidos e que não têm acesso aos outros sistemas, podendo
terem estado alguma vez conscientes, mas tornados inconscientes ou sempre terem
sido inconscientes. Quanto ao pré-consciente, ele armazena tudo o que é acessível a
consciência, sendo tudo o que não está na consciência em dado momento, mas que
poderia estar. Já o sistema consciente seria um sistema que capta informações do
mundo exterior e interior, estando nossa atenção voltada a ele.
Outra grande descoberta de Freud foi a sexualidade na infância, assunto que
gerou - e ainda gera - grande polêmica na época. O psicanalista acredita que na fase
da infância apresenta-se grande parte das experiências traumáticas que refletem na
vida adulta. Freud dá um grande destaque no evento denominado complexo de Édipo,
no qual a mãe seria o objeto de desejo do filho, e o pai, consequentemente, o inimigo
e rival, que estaria ali como barreira que impede o desejo do menino. Posteriormente,
depois de tentar parecer com o pai para “conseguir” a mãe, o filho desisteria,
percebendo que o amor pelo pai é igualmente grande ao que ele desenvolveu pela
mãe. É necessário comentar que, para Freud, igualmente ocorria o fenômeno com as
meninas, sendo, agora, o objeto de desejo o pai.
Após essas teorias, o psicanalista vê a necessidade de substituir os conceitos
prévios de consciente, inconsciente e pré-consciente para id, ego e superego, a fim de
abarcar o que ficou despercebido na primeira vez que teorizou sobre o assunto. Freud
entende por id o local em que as pulsões de vida e de morte são localizadas, sendo
regido pelo princípio do prazer; este conceito seria comparado ao de inconsciente da
outra teoria. Já o ego é considerado como um sistema que tem como objetivo
equilibrar as exigências dos prazeres do id e das ordens dadas pelo superego,
funcionando para atingir o prazer e a felicidade levando em consideração as
condições objetivas da realidade. Por fim, o superego seria representado pela
internalização das proibições e dos limites, iniciados com o complexo de Édipo, tendo
como função principal a manutenção da moral e dos ideais.
Todas essas concepções nos mostram o cuidado de Freud em expor que o
sujeito não é simplesmente alguém subdesenvolvido e básico na infância e que,
posteriormente, se desenvolve; é, ao contrário, alguém já constituído, porém que não
possui controle de si mesmo. Para a escola é mais difícil trabalhar um estudante que já
vem com certos conteúdos que precisam ser trabalhados, do que com um estudante
que não sabe nada e que precisa apenas de alguém que o ensine.

3.2 Lacan

Jacques Lacan, em toda a sua obra se apoia nos conceitos de psicanálise


expostos por Freud, porém se diferencia deste no que tange a considerar o
inconsciente não como parte constituinte do sujeito, e sim como um Outro. Ou seja,
para Lacan o inconsciente não é um reservatório em que todas as pulsões do ser são
despejadas e que devem ser controladas pelo consciente, e sim um espaço em que essa
verdade fala e até pensa. Nesse sentido, o sujeito estabeleceria uma espécie de
comunicação com esse Outro, que faria comentários sobre as atitudes deste, podendo
criticar principalmente suas atitude e ações impensadas.
Pode-se notar que Lacan realiza um forte crítica às outras orientações
psicanalistas quando trata de sua orientação clínica, pois, para ele, o principal objetivo
da psicanálise e de seu tratamento não é conseguir com que o paciente atinja um bem-
estar ou uma vida social normal, mas fazer com que ele confronte os impasses de seus
desejos. Além disso, Lacan tenta tratar da psicanálise por um viés filosófico,
buscando algo além de explicitar ao paciente um caminho individual, isto é,
procurando descobrir como se constitui a realidade, como se dá a existência humana.
Para provar tais teorias, Lacan ainda se utiliza de diversas e consideradas
ecléticas teorias, como a teoria linguística de Saussure, a antropológica estrutural de
Claude Lévi-Strauss e outras de diferentes filósofos.

4. Conclusão

Entre os dois conceitos de sujeito aqui analisados é possível notar uma grande
distinção, de maneira que podem ser consideradas até contrárias uma a outra.
Enquanto para o sujeito do conhecimento a infância é uma ótima fase, caracterizada
por não ter responsabilidades, e a vida adulta é ruim, por ter diversos problemas, para
o sujeito do inconsciente a infância seria uma terrível etapa, na qual o sujeito
apresenta vários conflitos internos e não sabe resolvê-los, e a vida adulta seria um
momento no qual o sujeito descobre que é capaz de controlar seus problemas.
Tratando agora da deficiência, na visão do sujeito do conhecimento, o deficiente é
visto como alguém que necessita de algo para se evoluir, necessita de algo que
possibilite a sua inserção na sociedade, enquanto que na outra visão, ele é considerado
como um sujeito já constituído, devendo ser tratado como um igual aos outros.
Para facilitar a compreensão dos sujeitos, compara-se as seguintes figuras:

Operações Formais
Operações concretas
Pré-operatório
Sensório-Motor

Figura 1: Representação do desenvolvimento do Sujeito do Conhecimento


Ego Consciente/Pré-consciente

Traço de Recalque
Id Inconsciente

Figura 2: Representação da apropriação de si do Sujeito do Inconsciente

Vemos que no sujeito do conhecimento, tanto Skinner, quanto Piaget e


Vygotsky consideram o indivíduo como alguém que evolui, que percorre um caminho
que vai do mais básico e inferior ao mais elevado e complexo, tudo isso levando em
conta que alguém superior deve auxiliar na transmissão de conhecimento. Já no
sujeito do inconsciente, percebe-se não uma evolução, mas apenas uma transição de
um estado a outro, do incontrolável ao controlável, do inconsciente ao consciente, de
modo que, embora ambos passem do período da infância até a vida adulta, somente
no segundo pensa-se o sujeito como alguém que procura se apropriar de si mesmo.
Por fim, reafirmamos que para a educação e até para o sistema capitalista
torna-se conveniente adotar o sujeito do conhecimento, visto que assim é possível
manipular a sociedade, expondo valores e ideais em comum e à favor das posições
vigentes e adotadas nas escolas. Entretanto, somente tendo em vista os preceitos do
sujeito do inconsciente é possível pensar o homem como de fato ele é,
compreendendo, analisando e auxiliando-o a entender o porquê de seus problemas e
de que maneira solucioná-los.

5. Referências Bibliográficas

BOCK, A. M. B., FURTADO, O., TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: Uma introdução


ao estudo de psicologia. 9 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 1996.
JORGE, M. A. C., FERREIRA, N. P. Freud: criador da psicanálise. 3. ed. Rio de
Janeiro: Zahar, 2010.

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