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2013
A parte Passiva será aquele que causar o dano, podendo ser legitimado
passivo qualquer um que causar dano àqueles interesses tutelados.
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V - DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS DIFUSOS, COLETIVOS SCTRICTO
SENSU E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS – Há interesses que não pertencem a
alguém especificadamente, pertencem de forma equânime a muitas pessoas. Os
interesses difusos diferenciam-se por ter seus titulares indetermináveis unidos por
fatos decorrentes de eventos naturalísticos, impossíveis de diferenciar na
qualidade e separar na quantidade de cada titular.
Ex.: meio ambiente, qualidade do ar, poluição sonora, poluição visual, fauna, flora,
etc.
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verossimilhança das alegações, a prova inequívoca e receio de dano irreparável
ou de difícil reparação.
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qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-
se de nova prova."
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do Tribunal de Contas, etc.) e até mesmo civis (nulidade do ato decretada em
ação popular, responsabilidade civil do servidor, por exemplo), porque o
fundamento é especial e diferenciado.
Um mesmo ato pode dar azo a sanções diferentes, todavia a instância civil
da improbidade administrativa é independente.
Para se efetivarem as sanções previstas no artigo 12 é necessária a
promoção de ação civil. Trata-se de ação civil pública, indiscutivelmente, porque o
bem jurídico tutelado (probidade administrativa na gestão da coisa pública) é
interesse difuso.
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do dano, para o qual o Ministério Público é legitimado (art. 1º, inc. V, 3º e 21 da
LF nº 7.347/85, art. 25, inc. IV, alínea "b" da LF nº 8.625/93; art. 129, III, CF).
Não obstante, outras típicas do processo civil poderão ser utilizadas, sejam
dependentes ou preparatórias, como, por exemplo, uma vistoria ad perpetuam rei
memoriam em contas bancárias, ou a suspensão de efeitos de contrato
administrativo de concessão de serviço público ou de obra pública, ou de
concurso público.
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h) MEIOS DE APURAÇÃO - A investigação pode ser decretada de ofício, a
requerimento de qualquer pessoa ou por requisição do Ministério Público. Em se
tratando de requerimento de qualquer pessoa (e não somente de cidadão) é
necessária representação com exposição do fato e indicação de provas cuja
existência tenha conhecimento (art. 14). Seu indeferimento não impede o acesso
do interessado ao Ministério Público. Se o interessado não tiver conhecimento
das provas, mas os fatos forem graves e a representação apresentar
credibilidade, verossimilhança e seriedade, mesmo assim, será obrigatória a
instauração de apuração, cujo caráter é unilateral, inquisitorial, de busca de
elementos ou indícios de autoria e materialidade, e por isso não sujeita ao
contraditório ou à ampla defesa, eis que exigíveis apenas quando o procedimento,
por si só, possa redundar na imposição de alguma penalidade ao agente.
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Convencido o Ministério Público da inexistência de improbidade
administrativa, apurada em inquérito civil ou qualquer outro procedimento com
idêntico escopo, ministrado ou não com os meios aludidos no artigo 22, a
promoção de arquivamento estará subordinada ao reexame necessário do
Conselho Superior.
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as
ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
(Caput com redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.06.1994, DOU de 13.06.1994,
em vigor desde a publicação.)
I - ao meio ambiente;
II - ao consumidor;
III - a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
(Vide Lei nº 10.257, de 10.07.2001, DOU de 11.07.2001.)
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo;
(Inciso IV acrescido pela Lei nº 8.078, de 11.09.1990, DOU de 12.09.1990, em
vigor cento e oitenta dias após sua publicação.)
V - por infração da ordem econômica e da economia popular;
(Inciso acrescido pela Lei nº 8.884, de 11.06.1994, DOU de 13.06.1994, em vigor
desde a publicação.)
VI - à ordem urbanística.
(Inciso VI com redação dada pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 24.08.2001,
DOU de 27.08.2001, em vigor desde sua publicação.)
Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que
envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários
podem ser individualmente determinados.
(Parágrafo único com redação dada pela Medida Provisória nº 2.180-35, de
24.08.2001, DOU de 27.08.2001, em vigor desde sua publicação.)
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer
o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.
Parágrafo único. A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas
as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o
mesmo objeto.
(Parágrafo único acrescido pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 24.08.2001,
DOU de 27.08.2001, em vigor desde sua publicação.)
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Art. 4º Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando,
inclusive, evitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem urbanística ou
aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico
(vetado).
(Artigo com redação dada pela Lei nº 10.257, de 10.07.2001, DOU de 11.07.2001,
em vigor noventa dias após sua publicação.)
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§ 6º Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados
compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante
cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial.
(§ 6º Acrescido pela Lei nº 8.078, de 11.09.1990, DOU de 12.09.1990, em vigor
cento e oitenta dias após sua publicação.)
Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos,
mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações do Tesouro Nacional - OTN, a
recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à
propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público.
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Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou
não fazer, o juiz determinará o cumprimento da prestação da atividade devida ou
a cessação da atividade nociva, sob pena de execução específica, ou de
cominação de multa diária, se esta for suficiente ou compatível,
independentemente de requerimento do autor.
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia,
em decisão sujeita a agravo.
§ 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para
evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o
Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso
suspender a execução da liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá
agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da
publicação do ato.
§ 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em
julgado da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se
houver configurado o descumprimento.
Art. 14. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano
irreparável à parte.
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada "erga omnes", nos limites da
competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado
improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado
poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
(Caput com redação dada pela Lei nº 9.494, de 10.09.1997, DOU de 11.09.1997,
em vigor desde a publicação.)
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honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da
responsabilidade por perdas e danos.
(O caput do art. 17 foi suprimido passando o parágrafo único a constituir o caput,
de acordo com a Lei nº 8.078, de 11.09.1990, DOU de 12.09.1990, retificado em
10.01.2007.
Art. 18. Nas ações de que trata esta Lei, não haverá adiantamento de custas,
emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação
da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado,
custas e despesas processuais.
(Artigo com redação dada Lei nº 8.078, de 11.09.1990, DOU de 12.09.1990, em
vigor cento e oitenta dias após sua publicação.)
Art. 19. Aplica-se à ação civil pública, prevista nesta Lei, o Código de Processo
Civil, aprovado pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, naquilo em que não
contrarie suas disposições.
Art. 20. O fundo de que trata o art. 13 desta Lei será regulamentado pelo Poder
Executivo no prazo de 90 (noventa) dias.
(Regulamentado pelo Decreto nº 1.306, de 09.11.1994, em vigor desde a
publicação).
BIBLIOGRAFIA:
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Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ª Vara Cível da Comarca
de Lagoa Santa/MG.
I - DOS FATOS
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Com o objetivo de fazer cessar a atividade do Réu até que se conceda a
licença de operação é que se ingressa com a presente ação, pedindo-se,
inclusive, liminar em razão da urgência que o caso requer.
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Assim, tratando-se de princípio constitucional, nem mesmo a legislação e
muito menos a Administração Pública podem contrariá-lo, de sorte que, qualquer
ato precipitado que possa causar dano ao meio ambiente é passível de ser
obstado judicialmente por afrontar a Carta Magna.
Conforme se verifica nos autos, o Réu vem exercendo suas atividades sem
possuir a respectiva Licença de Operação, situação esta extremamente gravosa,
pois, na verdade, a atividade vem sendo exercida sem qualquer respaldo técnico,
podendo causar, como já dito acima, danos ambientais irreversíveis.
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III – Licença de Operação (LO), autorizando, após as
verificações necessárias, o início da atividade licenciada e o
funcionamento de seus equipamentos de controle de
poluição, de acordo com o previsto nas licenças prévia e de
instalação.” (Direito Ambiental, Ed. Lumen Juris, 6ª ed.,
p. 133-134)
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A ausência de licença ambiental consiste prova inequívoca, nos termos do
entendimento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:
“Art. 19 (...)
§ 3º. Iniciadas as atividades de implantação e operação,
antes da expedição das respectivas licenças, os
dirigentes dos Órgãos Setoriais do Ibama deverão, sob
pena de responsabilidade funcional, comunicar o fato
às entidades financiadoras dessas atividades, sem
prejuízo da imposição de penalidades, medidas
administrativas de interdição, judiciais, de embargo, e
outras providências cautelares.”
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“LICENCIAMENTO AMBIENTAL. ATIVIDADE
POTENCIALMENTE POLUIDORA CAUSADORA DE
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL. Se a norma exige o
licenciamento ambiental como condição para o
exercício de atividade potencialmente causadora de
significativa degradação ao meio ambiente e se o
interessado não atende àquela exigência, vindo a
Administração a suspender suas atividades, este ato
não pode ser desconstituído por mandado de
segurança, porque não há direito líquido e certo algum
da impetrante a preservar.” (TJ/MG, proc.
1.0000.00.243360-5/000(1), Rel Dês. Brandão Teixeira, DJ
06/12/2002)
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“Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com
ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a
agravo.”
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Antônio Ministério Público da Silva
Promotor de Justiça
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