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o da Violê
Pre vençã
Aná lise e
ató rio de
Labor
Ser mãe é uma das experiências mais ma-ra-vi-lho-sas que podem acontecer para
uma mulher! Mas é uma tarefa difícil também, principalmente nos dias de hoje, com
tantas informações diferentes, tantas opiniões sobre o ensino de crianças e com a vida
dura que a mulher leva, geralmente trabalhando muito dentro e fora de casa. Isso sem
falar nas pressões do dia-a-dia, da vida corrida da gente e do grande esforço em equilibrar
o orçamento doméstico, pagar nossas contas, e assim por diante.
O objetivo do Projeto Parceria é mostrar que VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA nessa
grande tarefa de educar seus filhos. Ser mãe não deve ser uma atividade solitária. Pelo
contrário, você poderá contar com muitas fontes de apoio para enfrentar os desafios
ao longo do seu caminho de educar as crianças. Sabemos que todas as mães – e pais
– querem o mesmo para o seu filho: que ele ou ela se transforme em uma pessoa feliz,
produtiva, com muita saúde e em pleno direito e exercício de sua cidadania.
Com a nossa equipe você poderá discutir formas apropriadas de educar seus filhos,
impondo limites, dando carinho, muito afeto e promovendo ações voltadas para a
solução de problemas, ações essas que estão distantes da violência e voltadas para um
relacionamento com muita PAZ. Você terá oportunidade de discutir as suas dúvidas
sobre educação de crianças, de observar mais seus filhos e de passar a conhecê-los
melhor. Enfim, pretendemos oferecer ajuda para você se transformar naquele tipo de
mãe que você sempre desejou ser.
Você terá oportunidade, também, de refletir sobre a sua própria vida, aumentando
o auto-conhecimento, tentando avaliar o impacto que um relacionamento violento
pode ter tido em você e na vida de seus filhos, com o objetivo de procurar construir um
futuro otimista, tanto para você quanto para sua família.
Capítulo 1
. Minha vida, minha história 8
Capítulo 2
. Você sabia da existência dos Direitos Humanos? 10
Capítulo 3
. Violência contra a mulher 16
Capítulo 4
. Efeitos da Violência 24
Capítulo 5
. Impacto da Violência no Desenvolvimento Humano
e no Desenvolvimento da Criança 34
Capítulo 6
. Os Direitos das Crianças 40
Capítulo 7
. Como construir uma vida livre dos Sintomas da Violência 48
Capítulo 8
. Resolução de Problemas 54
Referências Bibliográficas 61
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Sumário
Capítulo 1 1. Anote na linha no final da página os fatos que mais marcaram a sua vida, ou seja,
os fatos mais importantes, com a data. Faça isso em seqüência, ou seja, 1980 vem
Minha vida, minha história antes de 1990, e assim por diante.
2. Reveja o que você anotou. Analise se são eventos positivos (alegres) ou negativos
(tristes), e anote em cada um o sinal (+) para fatos ou coisas positivas e (-) para
fatos tristes.
Nossa vida é marcada por muitos acontecimentos. No exercício
3. Veja se você não se esqueceu de nada e volte a fazer anotações, se for o caso.
a seguir, você terá a oportunidade de refletir sobre os fatos mais
marcantes de sua vida, qual o impacto que esses fatos tiveram e 4. Agora trabalhe na linha pontilhada – o que você planeja que aconteça nos próximos
estabelecer metas para o seu futuro. meses e anos?
O mais importante é saber que não precisamos ficar presos ao 5. Finalmente responda: o que precisa acontecer ou o que você precisa fazer para que
passado, mesmo se ele for triste. Podemos nos libertar e construir o futuro aconteça do jeito que você sonha ou almeja?
um amanhã esperançoso.
6. Agora que você completou todo o exercício, anote aqui as suas observações: O que
achou dessa atividade? Qual a sua utilidade? Anote qualquer outro comentário que
você queira fazer:
Boas-Vindas! ___________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
9
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Sumário
11
Direitos da mulher em seu relacionamento amoroso* Medidas de proteção ou segurança
? ! Tempestade de idéias
• O Direito de viver livre da violência de • O Direito de considerar suas
seu parceiro. necessidades emocionais, físicas e
intelectuais tão importantes quanto Quais medidas você acredita que pode tomar para se proteger da violência de
• O Direito de ser respeitada, valorizada as de seu parceiro. seu parceiro ?
e apreciada pelas contribuições e
qualidades que você traz para o • O Direito a ter expectativas de que ___________________________________________________
relacionamento. seu parceiro a escute e participe das ______________________________________________________
soluções dos problemas do ______________________________________________________
• O Direito de ter e expressar opiniões relacionamento de maneira não ______________________________________________________
que sejam diferentes de seu parceiro, ameaçadora, coercitiva ou abusiva. ______________________________________________________
sem medo de críticas ou outras ______________________________________________________
repercussões. • O Direito a procurar ajuda profissional
______________________________________________________
ou outras formas de apoio para o seu
• O Direito de partilhar igualmente com relacionamento. _____________________________________________________
seu parceiro todas as decisões sobre
o relacionamento, sobre os filhos, a • O Direito à liberdade de ir e vir.
casa e as finanças.
• O Direito a terminar seu Lista de Medidas de Proteção
• O Direito a uma distribuição justa e relacionamento, mesmo quando seu
negociável do trabalho de casa. parceiro está prometendo mudar ou
prometendo fazer terapia. 1. Observe o comportamento de 6. Quando perceber que o parceiro
• O Direito a ser uma pessoa seu parceiro (tom de voz, gestos, pode perder o controle, é melhor
independente, capaz de ir atrás de • O Direito de não se culpar se o forma de caminhar) sair do local (ir para casa de uma
seus objetivos e suas necessidades, relacionamento que você investiu amiga, dar uma volta).
sem se sentir culpada, egoísta ou com tanto terminar 2. Observe o seu próprio
medo. comportamento: suas ações, seus 7. Procure ter um local onde possa ir,
• O Direito a tomar providências para gestos, sua forma de falar. caso precise sair temporariamente
• O Direito de fazer amizades (tanto que não ocorram mais abusos por (casa de uma amiga ou de parente).
de homens quanto mulheres) fora do parte do parceiro, sem se sentir 3. Procure observar o padrão das
relacionamento. culpada ou sem “peso na consciência”. ações de seu parceiro quando ele 8. Denuncie a violência de seu
está nervoso e com raiva. parceiro à Delegacia de Defesa da
• O Direito de decidir sobre seu próprio • O Direito a esperar e buscar uma (O que ele costuma fazer? O que ele Mulher.
corpo: ter prazer ou recusar atividade distribuição justa e eqüitativa de bens, costuma dizer?)
sexual ou esperar e praticar o sexo propriedades e pensões alimentícias, 9. Encaminhe o parceiro para fazer
seguro, de decidir como e quais se necessário. 4. Evite discutir quando ele estiver atendimento psicológico.
métodos contraceptivos utilizar, alterado, isso pode aumentar a
decidir se deseja ou não engravidar ou raiva do parceiro. 10. Se necessário, vá para a Casa
*Desenvolvido pelo London Abused Women’s
ter filhos, assim como determinar o Abrigo para se proteger e proteger
Centre, London, Ontário, Canadá:
quanto está satisfeita com seu peso, 5. Não xingue! seus filhos.
www.lfcc.on.ca
suas roupas ou sua aparência.
12 13
Lei Maria da Penha Rede de Apoio
A lei altera o Código Penal brasileiro e possibilita que agressores de mulheres • Centro de Atendimento à Mulher • Centro de Referência da Mulher
no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão 180
( Rua 13 de Maio, 1732
preventiva decretada. Esses agressores, também, não poderão mais ser punidos com ( (16) 3371-1122
• Delegacia de Defesa da Mulher (DDM)
penas alternativas (por ex. pagar cesta básica). A legislação, também, aumenta o Rua São Joaquim, nº 1348 - Centro • Seção de Referência da Mulher
tempo máximo de detenção previsto de um para três anos. A nova lei, ainda, prevê ( (16) 3374-1345 Programa de Atendimento À Mulher
medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio até a proibição de sua Vítima de Violência Doméstica e Casa
aproximação da mulher agredida e dos filhos, bem como, o tratamento do agressor. • Conselho Tutelar Abrigo (atendimento na Sede da Secretaria
Rua Marechal Deodoro, nº 2477 - Centro Municipal de Cidadania e Assistência Social)
( (16) 3371-3930 / 3372-4295 Rua Jesuino de Arruda, nº 2285 - Centro
A denúncia • CREAS - Programa Sentinela
( (16) 3371-1122 / 3371-2290
Tipos de violência
A violência contra a mulher pode ocorrer basicamente de três formas: física
Capítulo 3 (como empurrar, sacudir, esbofetear, chutar, estrangular, espancar), emocional ou
psicológica (como intimidar, ameaçar, humilhar, coagir, fazer chantagem, isolar,
Violência contra a mulher controlar) e sexual (como forçar as relações sexuais, forçar a prática de atos que
causam desconforto sexual, obrigar a mulher a ver imagens pornográficas).
empurrar matar
Física jogar objetos socos usar armas suicidar-se Morte
acusações toque
Sexual verbais indesejado sexo forçado Estupro
17
Crenças que perpetuam a violência 18. (
) “Não é nada fácil para a mulher 20. ( ) “A mulher que apronta e deixa
sair de um relacionamento abusivo”. o homem bravo encoraja a violência
doméstica”.
19. ( ) “Quando o marido bate na
Fatos e Mitos mulher, pode saber que ela tem culpa 21. ( ) “Ela prestou queixa contra o
no cartório”. marido violento na delegacia. É
Há muitos mitos e crenças em nossa sociedade que envolvem a violência contra horrível isso de lavar roupa suja em
a mulher. Tais mitos, infelizmente, acabam contribuindo com a continuação desta público”.
violência e para o isolamento das vítimas.
18 19
Segue, abaixo, o Círculo da Não Violência (Igualdade) e o Círculo da Violência Comportamento Responsabilidade Parental
(Poder e controle). Observe atentamente. Se tiver alguma dúvida, pergunte! Fique à Não Ameaçador
vontade para fazer quaisquer comentários sobre os círculos. • Compartilhar as responsabilidades
• F
alar e agir de forma que ela se parentais.
sinta segura e confortável para se
expressar e agir. • Ser um modelo positivo não
Círculo da Não Violência - Igualdade violento para a criança.
Respeito
Compartilhar
• Ouvi-la sem julgar. Responsabilidade
• S
er emocionalmente assertivo e • A
cordo mútuo na distribuição justa
NÃO VIOLÊNCIA compreensivo. do trabalho.
. .
A NÃ • Dar importância às opiniões.
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omar decisões em conjunto com a
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Parceria nas Finanças
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Círculo financeiros.
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econhecer a utilização passada • Aceitar mudanças.
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da violência.
• Estar disposto a ceder.
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20 21
Círculo da Violência - Poder e Controle Usar Intimidação Usar a Criança
• Fazer com que ela se sinta • Fazer com que ela se sinta culpada
amedrontada por meio de olhares, em relação às crianças.
ações e gestos. • Usar as crianças para dar recados.
• Quebrar objetos. • Usar a visita para incomodá-la (no
• Destruir sua propriedade. caso de pais divorciados).
• Abusar de animais. • Ameaçar de levar os filhos embora.
. S E X UA L • Exibir armas.
L . Usar Privilégio Masculino
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ÃO USAR
INT VI Usar de Abuso Emocional
O CO Ç A S IM O • Tratá-la como uma empregada.
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O • Colocá- la “para baixo”. • Tomar todas as grandes decisões.
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• Fazer com que ela se sinta mal • Agir como “o rei da casa’’.
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a respeito de si mesma. • Ser o único a definir o papel do
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. • Xingar, humilhar. homem e da mulher.
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• Fazê-la pensar que é louca.
. Praticar Abuso Financeiro
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Poder
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• Fazê-la sentir-se culpada. • Impedi-la de ter ou manter um
e emprego.
FÍSICA
Usar Isolamento • Fazer com que ela peça dinheiro.
Controle
USAR SC UL
ENTO • Controlar o que ela faz, o que vê, • Dar mesada à mulher.
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P AL fazer algo para machucá-la.
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• Amenizar o abuso e não levar • Ameaçar: deixá-la, cometer
S E X UA L a sério suas preocupações com a suicídio, seu bem-estar, acusá-la
severidade do ato. às autoridades, fazer com que ela
• Dizer que o abuso não aconteceu. retire a denúncia.
• Transferir a responsabilidade pelo • Fazer com que ela cometa atos
comportamento abusivo. ilegais.
• Dizer que ela provocou o abuso.
22 23
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Sumário
Depressão
25
Ansiedade Erros de pensamentos
Pessoas ansiosas, freqüentemente, mostram-se tensas e apreensivas. A Nossos pensamentos influenciam nossas sensações, emoções e ações e, muitas
sensação constante de perigo é um aspecto, também, característico da ansiedade. vezes, temos vícios de pensamentos ou erros na nossa maneira de pensar.
É importante saber que, em decorrência da sua história de violência, tais atitudes
são compreensíveis. A psicoterapia irá ajudá-la nesse processo de manejo da Alguns exemplos de erros de pensamentos:
ansiedade.
• Pensamento tudo ou nada: O mundo é visto em termos de “tudo” ou “nada”.
Ou está frio demais ou está quente demais, parece não existir nada meio termo.
Veja agora alguns sintomas da ansiedade: Nunca!
• Nervosismo persistente • Ondas de frio e calor Ex.: Um amigo fez algo que você não gostou, você logo pensa: É isso aí, ele não é mais
meu amigo.
• Tremores nas mãos • Transpiração
• Tensão muscular • Irritabilidade • Maximizando o negativo: você dá uma importância excessiva para as coisas que
não deram certo ou as coisas negativas são supervalorizadas. Paralelamente,
• Tontura • Perturbação do sono quando uma coisa boa acontece você não dá tanta importância.
• Palpitação • Inquietação Ex.: Tropecei na rua, agora todos vão rir de mim.
• Dificuldade de concentração • O adivinhador de pensamentos: A pessoa sempre acha que sabe o que os outros
estão pensando.
Dicas para vencer a depressão e a ansiedade Ex.: Eu sei que eles pensam que sou chata, porque não fui hoje na reunião.
1. Reconhecer que precisa de ajuda 7. Fazer esforço para realizar • O adivinhador: com esse pensamento, a pessoa acha que sabe o que irá acontecer.
atividades que antes davam
2. Buscar ajuda de um profissional prazer. Ex.: Eu sei que ele vai perder o emprego, nem adianta se esforçar.
(médico, psicólogo) e seguir as
orientações. 8. Fazer caminhadas freqüentes • Rótulos: Você coloca um rótulo em si mesmo e o adota como sendo verdadeiro.
(está provado cientificamente que
3. Verificar como o pensamento está isso combate a depressão). Ex.: Eu sou uma fracassada; eu sou uma azarada; eu sou mesmo burra.
influenciando o estado de ânimo e
o seu comportamento. 9. Fazer freqüentemente exercícios
de relaxamento. O que fazer para evitar erros de pensamento:
4. Verificar como o pensamento está
influenciando a manutenção da 10. Fazer atividades físicas.
1. Faça o papel de “advogado do 3. Aja como um cientista – pesquise
ansiedade.
11. Aumentar o seu círculo de diabo” – use contra-argumentos, e investigue se aquela afirmação
5. Romper o isolamento: conversar, amizades. discutindo com você mesma para corresponde com a realidade.
abrir-se com as pessoas mais checar se o pensamento é correto. Ex.: “Eu sou mesmo burra” – que
próximas. 12. Fazer atividades que acalmam, provas eu tenho de que isso é
como meditação ou ioga. 2. Questione os seus pensamentos verdade? Que coisas eu faço que
6. Voltar gradativamente a realizar e crenças. Não é porque você mostram que não sou burra?
as atividades físicas e sociais que 13. Fazer atividades que lhe dão pensou de uma forma que isso
fazia. prazer e disposição para viver. significa que seja verdade.
26 27
Erros de pensamentos Exercício
Veja se esses erros de pensamentos acontecem com você. Se sim, dê exemplos:
Procure exercitar o que acabamos de discutir.
• Pensamento de “tudo” ou “nada”. Situação que a preocupou:
_________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
“Exemplo de um pensamento positivo” “Exemplo de um pensamento negativo”
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
• Prevendo o fracasso.
_________________________________________________________________________ PENSAMENTO:
_________________________________________________________________________ Alegria O que você pensa Raiva
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ ________________________ ________________________
________________________ ________________________
________________________ ________________________
• O adivinhador procura imaginar o que os outros podem estar pensando ou o que
acontecerá.
_________________________________________________________________________ SENTIMENTO:
_________________________________________________________________________ O que você sente
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ ________________________ ________________________
________________________ ________________________
________________________ ________________________
• O que devo fazer para evitar erros de pensamentos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ COMPORTAMENTO:
_________________________________________________________________________ O que você faz
_________________________________________________________________________ ________________________ ________________________
________________________ ________________________
________________________ ________________________
28 29
Importância do relaxamento
Cite outro exemplo de situação que a preocupou:
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ A técnica de relaxamento constitui numa importante estratégia de manejo
___________________________________________________________________________ da tensão e estresse no nosso dia-a-dia. O relaxamento permite ações e emoções,
indicadoras de tensão e estresse. Seu uso diário favorece numa melhora do nosso
bem-estar.
“Exemplo de um pensamento positivo” “Exemplo de um pensamento negativo”
COMPORTAMENTO:
O que você faz
________________________ ________________________
________________________ ________________________
________________________ ________________________
30 31
Lição de Casa
32
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Sumário
• Maus-tratos Físicos
Impacto da Violência no É o uso da força física para controlar o comportamento da criança e pode deixar
Desenvolvimento Humano e no marcas evidentes que vão desde a vermelhidão, hematomas, até queimaduras.
São comportamentos por parte do agressor, tais como: socar, espancar, chutar,
Desenvolvimento da Criança queimar, sacudir e utilização de diversos objetos (exemplo: bater com cinto, vara
ou chicote, usar cigarro, líquidos ou objetos quentes para queimar, furar com
garfo, entre outros).
A Organização Mundial de Saúde (2002) diz que: “O abuso ou É caracterizado pelo abuso de poder no qual a criança ou o adolescente é
os maus-tratos contra crianças englobam todas as formas de maus- usado para gratificação sexual de um adulto, sendo induzida ou forçada a
tratos físicos e/ou emocionais, abuso sexual, abandono ou trato realizar práticas sexuais com o sem violência física (exemplo: fazer a criança
negligente, exploração comercial ou outro tipo, do qual resulte um tirar a roupa, tirar fotos da criança nua, forçar a criança a tocar o adulto (forma
dano real ou potencial para a saúde, a sexual), forçar a criança a ter relações sexuais).
sobrevivência, o desenvolvimento ou • Negligência
a dignidade da criança no contexto
de uma relação de responsabilidade, É o ato de omissão dos pais ou responsáveis pela criança ou pelo adolescente
confiança ou poder”. em prover as necessidades básicas para seu desenvolvimento (exemplo:
deixar de dar comida, banho, remédio, quando for preciso, dar vacinas, deixar
de vestir na criança roupas adequadas para o frio ou calor, não dar carinho e
atenção).
É o tipo de violência contra a criança mais comum, ocorre todos os dias nos
lares do Brasil. Estima-se que 70% dos casos de maus-tratos são caracterizados
pelo abuso psicológico, mas por ser um ato sutil e que não deixa marcas
físicas, ele é pouco notado e denunciado. O abuso psicológico envolve rejeitar,
ameaçar, chantagear, depreciar, discriminar, desrespeitar e usar punições
exageradas (exemplo: jogar fora o brinquedo preferido da criança, machucar o
animal de estimação, trancar a criança no quarto ou banheiro) impondo medo,
dizer: “eu não queria que você tivesse nascido”.
35
Como os maus-tratos podem afetar o desenvolvimento Atividade
da criança?
Nenhum outro fator de risco tem uma associação mais forte com problemas do Imagine crescer numa casa onde:*
desenvolvimento do que os maus-tratos contra a criança ou o adolescente. O abuso
e a negligência podem causar efeitos extremamente negativos no curso de vida da Seu pai Sua mãe
criança.
• Bate na sua mãe e ameaça matá-la. • Vive atemorizada por causa de seu
As crianças podem desenvolver uma série de problemas, devido aos maus-tratos: pai.
• Ameaça que vai se matar.
• Problemas escolares e fracasso • Comportamentos regressivos • Tenta escapar dos ataques de fúria
na escola (voltar a fazer xixi na cama) • Xinga a sua mãe de nomes dele.
horríveis.
• Problemas comportamentais • Comportamentos auto-lesivos • Grita pedindo socorro.
• Destrói as coisas preciosas que sua
• Condutas inadequadas e anti- • Idéias de suicídio ou suicídio mãe possui.
sociais • Anda pela casa pisando em ovos
• Distúrbios no sono • Tenta agredir você e seu cachorro. para que seu pai não fique bravo.
• Isolamento e evitar contatos com
outras crianças • Distúrbios de alimentação • Atira coisas pela casa num ataque • Apanha a faca da cozinha para se
de raiva. defender.
• Agressividade • Doenças
• Problemas associados ao estresse • Acredita que ele tem o direito de • Perdoa seu pai quando ele chora.
• Repetição de modelos agressivos
agredir sua mãe.
• Conduta delituosa • Funcionamento intelectual • Acredita que ela mereça apanhar.
reduzido, afetando a memória, • Acredita que sua mãe merece
• Ansiedade a concentração, a leitura e apanhar. • Inventa desculpas pelos ataques de
habilidades intelectuais em geral nervos de seu pai.
• Depressão • Diz que é para não prestar atenção
na sua mãe porque “ela é uma • Sente que a vida dela não tem
péssima mãe”.
saída.
Presenciar a violência do pai contra a mãe também pode
• Fica bravo grande parte do tempo.
trazer danos ao desenvolvimento da criança? • Fica furiosa com seu pai e desconta
• Às vezes chora porque ele feriu sua isso em você.
mãe.
Os estudos têm mostrado que as crianças que testemunham a violência • Fica frustrada e grita muito.
doméstica podem ser consideradas vítimas de agressão psicológica. Trata-se de • Diz que ele não consegue se
uma forma de mau-trato, no qual a criança tem um alto risco de sofrer agressões controlar. • Promete que vai embora se seu
físicas, principalmente se ela tentar defender a mãe de um parceiro violento. pai bater nela de novo e daí seu pai
• Anda pela casa como uma bomba bate e ela ainda continua com ele.
Presenciar a violência doméstica não é só assistir aos pais brigarem e se relógio, capaz de explodir a cada
agredirem. É, também, ouvir ou ver as conseqüências das agressões. Por exemplo, minuto.
ver a mãe com ferimentos, ver a mãe chorando porque foi humilhada, etc.
• Promete que nunca mais vai
Os pesquisadores chamam esse tipo de criança, que não é vítima de maus- agredir sua mãe ou você e depois
ele agride. * Sinclair, 1985
tratos, mas que assiste a violência do pai contra a mãe, de criança exposta à direta
violência.
36 37
Exercício Lição de Casa
Descreva que problemas você acha que a criança poderia apresentar por crescer Realização de atividade física: Caminhada
em um lar assim.
Registro de freqüência: assinale com um X o dia e o período que você realizou a
___________________________________________________________________ caminhada e como você se sentiu depois dela.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ Caminhada Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ Manhã
As crianças que vivem em ambientes estressantes como os que tem violência Tarde
doméstica são afetadas em sua capacidade de discriminação, tendo dificuldades
para identificar o que é certo e o que é errado. Por exemplo, acham que o Sentimento
comportamento violento dos pais é normal, que todas as pessoas se relacionam
dessa forma, que brigar e se agredir é comum, pois como o ser humano aprende por
meio de modelos, este tipo de relação pode ser o único modelo pelo qual a criança Obs.: Procure preencher essa tabela semanalmente.
aprendeu tal comportamento.
38 39
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Sumário
Uma forma de ajudar nossas crianças a É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público
crescerem de forma saudável e independente é assegurar os direitos referentes:
conhecer os Direitos que elas têm e fazer com
que elas, também, conheçam esses Direitos. • À vida • À profissionalização
• À saúde • À cultura
• À alimentação • À dignidade
• À educação • Ao respeito
• Ao esporte • À liberdade
• Ao lazer • E à convivência familiar e
comunitária
Exercício
Quais os Direitos que seu filho tem que você não conhecia?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Existe algum Direito previsto pela lei que você acha difícil de cumprir? Justifique
a sua resposta.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
41
O desenvolvimento de nossos filhos Nascimento até os 2 anos
Características Dicas
Para compreender melhor o crescimento de nossos filhos, devemos conhecer
algumas etapas pelas quais as crianças passam durante a infância. • O bebê depende o tempo todo dos • Q
uando o bebê chora, tenha
adultos. paciência e descubra porque ele
Tanto os fatores hereditários como os fatores ambientais têm um papel está chorando. Veja se ele está com
importante no desenvolvimento e comportamento das nossas crianças. Um fator • O choro é uma das formas que ele fome, sujo, se sente calor, frio ou
complementa o outro. tem de comunicar-se. dor. Às vezes ele chora só porque
quer estar perto da mãe, do pai ou
A herança genética traz informações sobre algumas probabilidades, tendências e • Bebês ouvem e são sensíveis à de outro cuidador.
nosso aspecto físico: nossas características como seres humanos, tais como: ter duas intensidade do som (sons muito
orelhas, um nariz, um coração. Tudo isso faz parte da nossa carga genética. Algumas altos podem deixar um bebê • Não deixe o bebê aos cuidados de
destas características vão surgindo ao longo das etapas de desenvolvimento, como irritado). uma outra criança, mesmo que seja
por exemplo, os dentes. Outro exemplo: o nosso cérebro vai amadurecendo e nos só por alguns instantes.
permite o desenvolvimento de várias habilidades como, por exemplo, aprender a • Nessa fase, o contato físico é muito
andar, a falar, etc. importante para o desenvolvimento • Fale muito com seu bebê, olho-no-
do bebê. O colo dá segurança ao olho! Eles adoram isso e começam a
Mas a linguagem que aprendemos depende, necessariamente, de nossas bebê. captar emoções.
experiências culturais. Se a criança vai aprender russo, japonês, inglês ou português,
isso dependerá do meio no qual ela se encontra. • Bebês gostam de objetos brilhantes, • Ao redor dos 8 meses eles mexem
com contrastes, movimentos, com os braços para um lado, as pernas
¶ Quando os bebês nascem são muito parecidos, mas mesmo assim há diferenças cores e que produzem sons (por isso para o outro e puxam nosso cabelo.
entre eles. Com o passar do tempo vão surgindo mais diferenças: é só olhar para as eles gostam de chocalhos e molhos Eles estão se exercitando, treinando
crianças e ver que há magras, gordas, loiras, morenas, boas em música, em futebol, de chaves). os movimentos e não têm intenção
outras em matemática, umas mais tranqüilas, outras não param quietas, algumas de machucar.
adoram cantar, jogar xadrez, outras precisam ficar com a luz acesa para dormir. • Aos 6 meses os bebês começam a
Muitos comportamentos que as crianças apresentam são frutos de sua interação imitar os sons da fala (de maneira • O bebê não entende direito o que
com seus pais e da forma como eles as educam. imperfeita, é claro). você fala, mas percebe claramente
quando um adulto fala afetivamente
¶ Durante cada uma das etapas de desenvolvimento surgem dificuldades ou • Com 8 meses eles estão aprendendo com ele.
desafios para as crianças e para quem cuida delas. Por isso é importante conhecer a coordenar e controlar seus
em que parte do desenvolvimento as nossas crianças se encontram. Por exemplo: movimentos. O rosto do adulto • Seja compreensiva! Nessa idade eles
não podemos pedir para uma criança de 3 anos que resolva um problema difícil de chama a atenção. não conseguem entender regras,
matemática, já que no período de desenvolvimento em que a criança se encontra, nem princípios morais.
ela ainda não está preparada para resolver isso. Da mesma forma que não podemos • Ele ainda não consegue
atribuir responsabilidades de adultos a uma criança de 7 anos, pois esta não terá compartilhar seus brinquedos • As crianças são naturalmente
estrutura nem preparo para assumir tal responsabilidade. quando está brincando com outras curiosas e aprendem explorando
crianças. e manipulando coisas/objetos em
seu ambiente. Elas necessitam de
Etapas do desenvolvimento* interação social e brincadeiras para
Infância aprender a linguagem, desenvolver
a memória e aumentar seu tempo
Primeira infância de 0 a 2 anos
de atenção.
Anos pré-escolares de 2 a 6 anos
Anos escolares de 7 a 11 anos
42 43
De 2 aos 3 anos Dos 3 aos 5 anos
Características Dicas Características Dicas
• A criança começa a manifestar sua • E
vite acidentes. Procure criar um • A criança é muito ativa; fala sozinha; • E
xplique sempre seus motivos quando
vontade e é extremamente curiosa. ambiente seguro para as crianças inventa “amigos imaginários”; colabora disser não.
brincarem. Tire do alcance qualquer com seus pais e professores e espera a
• Nessa fase, a exploração dos objeto perigoso (medicamentos, aprovação deles. • Aos 3 anos as explicações devem ser
diferentes espaços e dos objetos é produtos de limpeza, coisas que curtas. A criança não vai entender
importante para o desenvolvimento do podem quebrar, podem ser engolidas, • Nessa fase ela está testando os limites longas frases.
conhecimento da criança. Entretanto, que cortem ou com pontas). Cubra as do que pode e o que não pode fazer.
é preciso que um adulto esteja sempre • Eduque seu filho com brincadeiras.
tomadas. • Costuma tocar os genitais e fazer A interação com as pessoas e os
junto dela para evitar acidentes.
• Também é preciso impedir que as perguntas sobre como nascem os objetos é o que lhe ajudará a conhecer
• A criança precisa aprender o que pode crianças fiquem sozinhas em lugares bebês. Ela começa a querer buscar o mundo, por isso é importante
e não pode fazer. Prepare-se para tais como: banheiro molhado, perto explicações do mundo – o porquê das que os pais passem um tempo com
dizer “não”. do fogão, perto de janelas ou na porta coisas. seus filhos e lhes proporcionem
da rua. brincadeiras e jogos.
• O cérebro está completando sua • As crianças brincam junto com
formação (é interessante lembrar que • Se ela está na creche, procure conhecer outras crianças, mas cada uma na • Quando sair com ele leve algo para
quando nascemos o cérebro ainda não bem o local e as “tias” e esteja presente sua brincadeira, ainda não há uma distrai-lo, como um brinquedo.
está completo). nas atividades da escola e do seu filho. interação para brincar em conjunto.
• Responda às perguntas e aos
• Ela começa a aprender a controlar o Mantenha esses cuidados durante toda • É comum ver as crianças se definirem questionamentos da criança, como
xixi e cocô e a pedir para ir ao banheiro a vida escolar. como sendo “feias” porque um dia perguntas sobre sexo, na medida em
e já pode começar o treino ao toalete, • Brinque bastante com seu filho, quebraram um vaso da casa ou que são que elas surgirem e de forma bem
abandonando, aos poucos, as fraldas. demonstre sentimentos e emoções bonitas porque a mãe assim lhes disse. simples. Ajude seu filho a descobrir o
A criança já entende várias coisas em beijos, abraços e palavras. Toda Suas conclusões são baseadas em mundo.
que se pede a ela, e pode se recusar a criança precisa se sentir amada e situações bem específicas e com base
colaborar. no julgamento das outras pessoas. • Mostre com ações o que você espera
segura. deles, dê exemplos de como se faz.
• As crianças aprendem inicialmente • É mais provável que crianças com • Seus pensamentos e opiniões são ainda
por imitação dos adultos e de outras baseados em aspectos observáveis • Limite o espaço da bagunça, se isso
um vínculo forte e seguro com for importante para você.
crianças em sua presença. Como elas seus cuidadores sejam socialmente de objetos e pessoas e sobre suas
desenvolvem a habilidade de recordar, competentes, populares, menos primeiras experiências concretas. • A criança deve se sentir
gradualmente podem imitar ações e irritadas e agressivas com outras compreendida, segura e amada; os
eventos que ocorreram no passado. • Com 4 anos elas tentam resolver
crianças. Elas crescem em equilíbrio, os conflitos, querem agradar seus pais não devem fazer tudo o que ela
• Nesta fase, as crianças necessitam de tornando-se seguras com uma rotina amigos, são capazes de compartilhar quer, mas mostrar interesse nas coisas
cuidadores que as ajudem a manejar previsível e clara. coisas e aumentam sua capacidade que ela faz. A criança precisa se sentir
seus sentimentos e emoções. Quando de regulação de emoções, mas ainda importante – esse sentimento ela vai
o clima emocional na casa é violento necessitam de ajuda para expressar levar até o fim da vida.
ou abusivo, as crianças têm sérias e controlar de forma apropriada seus
dificuldades para aprender a manejar sentimentos e de acordo com cada
suas emoções. Conseqüentemente elas contexto e situação.
podem sofrer problemas emocionais
e psicológicos, tendo dificuldades em • Nesta fase o crescimento do cérebro é
entender os sentimentos dos outros, quase completo e elas começam a ver
sendo menos competentes do ponto a relação entre causa e efeito, podendo
de vista social. pensar no que vem antes ou primeiro
para antecipar as conseqüências de
suas ações.
44 45
Dos 6 aos 11 anos 11 e 12 Pré-adolescentes
Características Dicas Características Dicas
Nossas emoções são únicas – ninguém pode entrar dentro de nossa pele e sentir
a mesma coisa que você sente. Temos emoções positivas – alegria, felicidade,
curiosidade, excitação, gratidão, serenidade – e negativas – tristeza, raiva, culpa,
inveja, medo, ansiedade, etc. O segredo da felicidade é ter, portanto, muitas emoções
positivas e poucas negativas. Isso não significa dizer que não devemos experenciar
(ou sentir) emoções negativas. Dependendo do contexto em que elas vierem a se
manifestar, são consideradas apropriadas e adaptativas, por exemplo: sentir-se triste
quando morre um ente querido. Mas falar é mais fácil do que fazer, não é mesmo?
Não podemos fugir das emoções negativas – elas são parte da vida. Ter problemas
e aborrecimentos – alguns muito sérios, tais como: os problemas com doenças
graves, morte de alguém que amamos é, portanto, inevitável. Entretanto, podemos
disciplinar nossa mente a não cultivar emoções negativas desnecessárias. De que
adianta passar o dia inteiro remoendo um problema na cabeça, sem encontrar
solução para ele? Ou ter um pensamento atrás do outro se culpando? Dizendo para
você mesma que nada dá certo para você nessa vida?
Combatendo a tristeza
49
E se logo em seguida você disser para você “Hoje eu não tive Acontece que a raiva não faz bem para a saúde – pode até matar – e quando
mesma (que é o mesmo que pensar): muita sorte, mas a raiva é excessiva, ela é muito perigosa, pois pode levar a pessoa a cometer atos
amanhã vai ser violentos, atos dos quais ela irá se arrepender mais tarde.
Veja se você logo não começa a sentir-se mais outro dia.”
leve, mais esperançosa... A boa notícia é que nossa raiva pode ser facilmente controlada. Em primeiro
lugar, você precisa aprender a identificá-la bem no começo, sem deixá-la evoluir
e se transformar em um furacão. Depois você pode dizer para você mesma coisas
Na medida do possível, evite situações que a deixam triste ou “para baixo”. Não ou pensamentos para se acalmar. Sabe a velha história de contar até três? Respirar
vá visitar uma pessoa que só lhe recrimina, que fica só lhe criticando. Converse com fundo, ajuda.
alguém que lhe ouve com atenção e carinho. Aprenda a perceber a diferença entre as
maneiras adequadas de se enfrentar a tristeza (fazer alguma coisa para se distrair, sair Esfriar a cabeça, saindo do lugar, dando
de casa, conversar com alguém) das formas inadequadas, que só aumentam nossos uma volta, tomando uma chuverada... A regra
problemas (brigar com alguém, beber demais, etc). E, o mais importante, faça muitas CALMA. NÃO importante é a seguinte:
caminhadas quando estiver triste. Você vai ver que, ao retornar, a tristeza não será tão PERCA A CABEÇA!
Evite falar com alguém enquanto estiver
triste assim... Lembre-se, caminhar é de graça e só faz bem à saúde! CALMA... com muita raiva. Isso vale para qualquer
pessoa (marido, patrão), mas em relação a
Lidando com a culpa seus filhos é FUNDAMENTAL. Caso contrário,
você poderá até machucá-los... Espere a raiva passar para aí, então, acertar as coisas.
Sentir culpa é um sentimento que não nos ajuda muito. E o pior é que... quando
Quando sentimos muita raiva, a nossa percepção fica alterada, nosso julgamento,
estamos muito tristes (com depressão), a culpa aparece intensificada e sentimos
também, e acabamos dizendo coisas das quais nos arrependemos. Faça relaxamento
culpa de tudo... Pense com atenção o que está provocando tanta culpa em você.
para a raiva passar. E, muito importante, saiba perdoar as pessoas. Quando
Você teria jeito de ter evitado isso que a atormenta? Dificilmente podemos voltar
perdoamos alguém, quem sai ganhando sabe quem é? Isso, a gente mesmo! Pois
atrás e remediar certas situações. Mas você pode pensar o que fará diferente
nos sentimos melhor... e trocamos uma emoção negativa por uma positiva.
no futuro, isso atenua a culpa. Pense também, no que você tem feito de bom ou
positivo e o que tem dado certo em sua vida. Você vai perceber que também é capaz Então, procure descobrir o que faz você ter sensações positivas e faça mais
de produzir algo positivo nos outros e em si própria. disso... Conversar... Dançar (mesmo sozinha pela casa...) Ouvir música... Assistir a
um programa divertido... Buscar conforto numa religião... Ajudar o próximo... Fazer
Tente perdoar a si mesma. Todos merecem uma segunda chance na vida – a
bem o seu trabalho... Aprender uma coisa nova... A lista é longa, use a imaginação!
começar por VOCÊ! Converse com as pessoas sobre a culpa que está sentindo –
as pessoas amigas, é claro! Você verá que o desabafo também torna o sentimento
de culpa menor. Aprenda a fazer relaxamento ou meditação – e diga para os
pensamentos culposos desaparecerem, trocando-os por outros mais produtivos Exercício
e razoáveis. Finalmente, aprenda a evitar situações e comportamentos que lhe
provocam o sentimento da culpa.
Quais as emoções positivas que mais você sente e o que geralmente as
provocam?
Lidando com a raiva
___________________________________________________________________
De certa forma, a raiva é uma emoção menos negativa do que a tristeza, sabe ___________________________________________________________________
por quê? Quando você está com raiva, tem raiva geralmente de alguém e isso, ___________________________________________________________________
geralmente, lhe mobiliza a fazer fazer algum tipo de ação (bater boca com alguém, ___________________________________________________________________
por exemplo). Mas quando está com tristeza – quem sai perdendo mesmo é você...
50 51
Quais as emoções negativas que você mais sente e o que as provocam?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
O que você irá fazer diferente da próxima vez para não sentir tanta:
Tristeza
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Culpa
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Raiva
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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Sumário
Capítulo 8 1. Reconhecer.
• Estilo de Evitação:
6. ______________________________________________________________________
56 57
Exercício Exercício
Qual foi o problema mais difícil que você enfrentou nesta semana? Qual foi o problema mais difícil que você enfrentou nesta semana?
___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
Como você resolveu o problema e qual foi o resultado? Como você resolveu o problema e qual foi o resultado?
___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
Como você se sentiu e o que você mudaria (ou não) na próxima vez que o Como você se sentiu e o que você mudaria (ou não) na próxima vez que o
problema ocorresse? problema ocorresse?
___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
Analisando a situação problema e pensando nas consequências Analisando a situação problema e pensando nas consequências
58 59
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Sumário
Avaliação do Módulo 1
Ammerman, R.T., Hasselt, V.B. & Hersen, M. (1988). Maltreatment of handicapped children:
3. Tendo em vista que os objetivos deste Módulo eram o auto-conhecimento, A critical review. Journal of Family Violence, 1, 3, 53-72.
informações sobre os Direitos Humanos e uma análise do impacto que violência
Assembléia Universal dos Direitos Humanos, 1948. Declaração Universal dos Direitos
teve na sua vida, em que medidas esses objetivos foram atingidos? Humanos. Resolução no 217 A (III).
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5. Quais os aspectos negativos? Brasil. (1990). Estatuto da Criança e do Adolescente. Juiz de Fora: Universidade Federal de
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