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Curso Superior em Engenharia Mecânica

Disciplina: Eletrotécnica

Professor: Alessandro Braatz

1. Objetivo

 Verificar a validade das leis fundamentais para análise de circuitos;


 Aplicar na prática os teoremas para análise de circuitos;
 Analisar experimentalmente a resposta de circuitos de primeira e segunda ordem;
 Determinar experimentalmente a potência em circuito CA monofásico e trifásico.

 Evidenciar os resultados através de programa computacional.

2. Conceitos Fundamentais

Ler os próximos itens antes da utilização de protoboard, fonte e multímetro.

2.1. Utilizando o Protoboard

É um equipamento utilizado para montagens de circuitos experimentais, provisórios,


sem a necessidade de soldar os componentes em uma placa de circuito impresso.

O protoboard também é conhecida como matriz de contatos, como apresentado na


Figura 1. Constitui-se de uma base plástica, contendo inúmeros orifícios destinados à
inserção de terminais de componentes eletrônicos, internamente existem ligações
determinadas que interconectam os orifícios.

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Figura 1 - Matrizes de contatos de 1680 furos (a) e 2420 furos (b)

Os orifícios são dispostos em linhas e colunas. Todos os cinco orifícios de uma


mesma linha horizontal estão internamente conectados. As conexões verticais,
geralmente, são utilizadas para a alimentação do circuito, todavia, isso constitui apenas
uma sugestão e não uma regra. Estas interconexões podem ser visualizadas na Figura 2.

Figura 2 - Conexões internas - protoboard

MULTÍMETRO

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O Multímetro é um instrumento que incorpora a leitura de tensão, corrente e
resistência elétrica como padrão e as leituras de capacitância, indutância, frequência,
temperatura entre outros como opcionais. A Figura 3 ilustra um modelo de multímetro.

MEDIDA DE TENSÃO

Um voltímetro de boa qualidade deve apresentar uma resistência interna


elevadíssima, pois assim a corrente que ele solicita é praticamente nula e não altera o
circuito original.

Ao medir tensão, o multímetro funciona de forma semelhante a uma impedância


de 10 MΩ (10.000.000 Ω) em paralelo com o circuito. Este efeito de carga pode produzir
erros de medição em circuitos de alta impedância. Na maioria dos casos, o erro é
irrelevante (0,1% ou menor) se a impedância do circuito for de 10 kΩ (10.000 Ω) ou
menos.

Para obter maior precisão ao medir a decalagem CC de uma tensão CA, meça
primeiro a tensão CA. Veja qual é a faixa da tensão CA e selecione manualmente uma
faixa de tensão CC igual ou superior à faixa de CA. Esse procedimento aumenta a
precisão da medição de CC, garantindo que os circuitos de proteção de entrada não sejam
ativados.

Figura 3 – Multímetro

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2.2. Utilizando o Multímetro
2.2.1. ATENÇÃO:

 Conectar as ponteiras adequadamente de acordo com a grandeza a ser


medida e verificar/selecionar a escala coerente com as amplitudes de
tensão ou corrente do circuito. Na falta de informações, selecionar a escala
de maior valor.

 Deve-se estar atento aos limites das intensidades para o qual o instrumento
garante a segurança do mesmo e do operador. Como exemplo a máxima
tensão, corrente, inclusive isolação das pontas de prova.

 Não aplique tensão mais alta do que a tensão nominal indicada no


multímetro, entre os terminais ou entre um dos terminais e o terra.

2.2.2. Exemplos de Medição

 Resistência

MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA

O multímetro mede resistência enviando uma corrente baixa através do circuito.


Como essa corrente circula através de todos os percursos possíveis entre as pontas de
prova, a leitura da resistência representa a resistência total de todos os percursos entre as
pontas de prova.

Para medir resistência, configure o multímetro conforme mostrado na Figura 5.

A seguir, apresentamos algumas dicas para medir resistência:

 O valor medido de um resistor em determinado circuito geralmente é


diferente do valor nominal do resistor.
 Os terminais de teste podem acrescentar de 0,1 Ω a 0,2 Ω de erro às
medições de resistência. Para testar os terminais, encoste as pontas de

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prova uma na outra e leia a resistência dos terminais. Se necessário, use o
modo relativo (REL) para subtrair esse valor automaticamente.
 A função de resistência pode produzir tensão suficiente para a polarização
de avanço de junções de transistores ou diodos de silício, causando
condução. Se achar que isso pode ocorrer, pressione C para aplicar uma
corrente mais baixa na próxima faixa superior. Se o valor for mais alto,
use o valor mais alto. Veja a Tabela 18.

Para evitar a possibilidade de dano ao multímetro ou ao equipamento sendo


testado, desligue o circuito elétrico e descarregue todos os capacitores de alta tensão antes
de medir a resistência. Na Figura 4 é apresentado um exemplo deste procedimento.

Figura 4 – Medição de Resistência

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 Continuidade

Uma função bastante comum presente em multímetros é o teste de continuidade.

OBS.: Para evitar a possibilidade de dano ao multímetro ou ao equipamento sendo


testado, desligue o circuito elétrico e descarregue todos os capacitores antes de testar a
continuidade.

O teste de continuidade usa um beep que emite um aviso sonoro quando os dois
pontos medidos estão conectados, permite executar testes rápidos de continuidade sem
ter que observar a resistência no mostrador. Conforme ilustra a Figura 5.

Figura 5 - Teste de continuidade

 Tensão

Para efetuar a medição da tensão CA ou CC, observe a igura 6

Deve-se selecionar a faixa de tensão a ser medida, através do comutador rotativo,


adequado às tensões do circuito.

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igura 6 - Medição de Tensão

 Corrente

MEDIÇÃO DE CORRENTE

Para medir corrente, o circuito a ser testado deve ser interrompido; em seguida,
deve-se colocar o multímetro em série com o circuito.

Um bom amperímetro deve ter uma resistência interna bastante baixa, para não
interferir no circuito.

As faixas de corrente do circuito são de 600,0 μA, 6000 μA, 60,00 mA, 400,0 mA,
6000 mA, e 10 A. A corrente CA é indicada como valor True-RMS.

Para medir corrente, veja a Figura 8 e proceda da seguinte forma:

1. Desligue a alimentação de energia do circuito. Descarregue todos os


capacitores de alta tensão.
2. Insira o condutor preto no terminal COM. Em correntes de 6 mA a 400
mA, introduza o condutor vermelho no terminal mA/μA. Em correntes
acima de 400 mA, introduza o condutor vermelho no terminal A.
3. Se usar o terminal A, coloque o comutador rotativo em mA/A. Se usar
o terminal mA/μA, coloque-o em μA para correntes abaixo de 6000 μA
(6 mA), ou em mA/A para correntes acima de 6000 μA.
4. Para medir corrente CC, pressione A.

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5. Interrompa o percurso do circuito a ser testado. Encoste a ponta de
prova preta no lado mais negativo da interrupção; encoste a ponta de
prova vermelha no lado mais positivo da interrupção. Inverter as pontas
de prova produzirá uma leitura negativa, mas não danificará o
multímetro.
6. Ligue a alimentação do circuito; em seguida, leia o mostrador. Preste
Observe a unidade indicada no lado direito do mostrador (μA, mA, ou
A).
7. Desligue a alimentação do circuito e descarregue todos os capacitores
de alta tensão. Remova o multímetro e restabeleça a operação normal
do circuito.

A seguir, apresentamos algumas dicas para medir corrente:

 Se a leitura indicada for 0 e se tiver certeza de que a configuração está


correta, teste os fusíveis do multímetro.
 Um instrumento que mede corrente produz uma pequena queda de tensão
em si mesmo, o que pode afetar a operação do circuito. Essa tensão de
carga pode ser calculada usando-se os valores fornecidos nas
especificações contidas na Tabela 14

Para evitar risco de dano ao multímetro ou ao equipamento sendo testado:

 Examine os fusíveis do multímetro antes de efetuar medições de corrente.


 Use os terminais, as funções e as faixas corretas em todas as medições a
serem efetuadas.
 Nunca coloque as pontas de prova em paralelo a um circuito ou
componente quando os condutores estiverem ligados a terminais com
corrente.
Para efetuar a medição, observar a Figura 7 e seguir os procedimentos:

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1. Desligue a alimentação de energia do circuito. Descarregue todos os
capacitores de alta tensão.
2. Insira o condutor preto no terminal COM. Em correntes de 6 mA a 400
mA, introduza o condutor vermelho no terminal mA/μA. Em correntes
acima de 400 mA, introduza o condutor vermelho no terminal A.

Observação: Para evitar a queima do fusível de 400 mA do multímetro,


use o terminal de mA/μA somente se tiver certeza de que a corrente é
continuamente mais baixa que 400 mA ou mais baixa que 600 mA
durante 18 horas ou menos.

3. Interrompa o percurso do circuito a ser testado. Encoste a ponta de prova


preta no lado mais negativo da interrupção; encoste a ponta de prova
vermelha no lado mais positivo da interrupção. Inverter as pontas de prova
produzirá uma leitura negativa, mas não danificará o multímetro.
4. Ligue a alimentação do circuito; em seguida, leia o mostrador. Observe a
unidade indicada no lado direito do mostrador (μA, mA, ou A).
5. Desligue a alimentação do circuito e descarregue todos os capacitores de
alta tensão. Remova o multímetro e restabeleça a operação normal do
circuito.

Figura 7 - Medição de Corrente

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A Figura 8 ilustra alguns símbolos elétricos comumente utilizados em
multímetros.

Figura 8 – Símbolos elétricos

2.3. Fonte de Tensão

 A fonte utilizada fornece uma saída de tensão contínua ajustável;


 Verificar se a tensão de alimentação da fonte está compatível com a tensão
local, antes de ligar à tomada;
 Selecionar para operação de tensão de saída constante (fonte de tensão) e
através do potenciômetro ajustar a tensão desejada;
 O terminal de saída positivo é o Borne +;
 O terminal de saída negativo é o Borne -.

3. Referências Bibliográficas

Manual do Usuário: 80 Series V Multimeters, FLUKE 2004.

BOYLESTAD, Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e


teoria de circuitos, 8. ed. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
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DEQUIGIOVANI, Tiago. Apostila de Eletrônica Básica. IFC - Curso Técnico em
Automação Industrial. Fevereiro, 2013.

Datasheet dos componentes utilizados, disponibilizado em


www.datasheetcatalog.com

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