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Curso Preparatório

CPA-20 CAIXA
Módulo 1
Sistema Financeiro Nacional
e Participantes do Mercado

começar 
Sumário
O que esperar do Módulo 1?  3
1.  Órgãos de regulação, autorregulação e fiscalização  4
1.1  Conselho Monetário Nacional (CMN)  5

1.2  Banco Central do Brasil (Bacen)  7

1.3  Comissão de Valores Mobiliários (CVM)  8

1.4  Superintendência de Seguros Privados (Susep)  9

1.5  Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)  10

1.6  Anbima  12

2.  Bancos Múltiplos  16


3.  Distribuidoras e Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e de Futuros  18
4.  Investidores Qualificados, Investidores Profissionais e Investidores Não Residentes  19
4.1  Investidores Qualificados  19

4.2  Investidores Profissionais  20


4.3  Investidor Não Residente  21

5.  Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC)  22


É hora de praticar  24
Gabarito  43

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O que esperar do Módulo 1?
Quantidade de Questões: mínimo 3 e máximo 6.

Como era antes de março de 2017: este era o Módulo 5, tinha o mesmo peso
(5% a 10%).

O que mudou no conteúdo: foram incluídos assuntos como Susep e Previc,


uma consequência natural, já que houve a inclusão de Previdência. Além disso, foi
excluída a maioria dos códigos de autorregulação da Anbima, sobrando apenas
os de certificação continuada.

Avaliação do Professor
“é um módulo fácil, simples e que exige muito mais ‘decorar’ do que
‘assimilar’. Serão as primeiras questões da prova, bom para dar ânimo!”
Professor Edgar Abreu

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Módulo 1

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3
1. Órgãos de regulação,
autorregulação e fiscalização
O Sistema Financeiro Nacional tem o importante papel de fazer a intermediação de
recursos entre os agentes econômicos superavitários e os deficitários de recursos,
tendo como resultado um crescimento da atividade produtiva.

Agente Superavitário Sistema Financeiro Nacional Agentes Deficitários


\\ Possui recurso disponível
\\ Conjunto de instituições que \\ É tomador de recursos
\\ Aplica (empresta) viabilizam essa transferência de \\ Possuidificuldadesfinanceiras
seu dinheiro em uma recursos ou falta de capital para
Instituição Financeira
\\ Possuiregulamentaçãoefiscalização, investimentos
o que dá maiores garantias e solidez
aos negócios realizados

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Módulo 1

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN)
Seguro, Previdência
Moeda, Crédito e Previdência Fechada
Mercados Capitais Aberta,Capitalizaçãoe
Câmbio (Fundo de Pensão)
Resseguro

Conselho Conselho Nacional Conselho Nacional


Conselho Monetário
Normativos Monetário de Seguros Privados de Previdência
Nacional (CMN)
Nacional (CMN) (CNSP) Complementar(CNPC)

Banco Central Superintendência


Superintendência de
Banco Central do do Brasil (BCB) e Nacional de
Supervisores Seguros Privados
Brasil (BCB) Comissão de Valores Previdência
(Susep)
Mobiliários (CVM) Complementar(Previc)

Fonte: Livro Sistema Financeiro Nacional – Edgar Abreu e Lucas Silva

1.1 Conselho Monetário Nacional (CMN)


Órgão Máximo do Sistema Financeiro Nacional.

Composição: ministro da Fazenda (presidente do Conselho); ministro do Orçamento,


Planejamento e Gestão e presidente do Banco Central.

Principal atribuição: fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária e de


Crédito.
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Demais objetivos e competências:
\\ Autorizar as emissões de papel-moeda;
\\ Fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária e de Crédito, inclusive
quanto à compra e venda de ouro;
\\ Disciplinar o crédito em todas as modalidades;
\\ Limitar, sempre que necessário, taxas de juros, descontos, comissões, entre outros;
\\ Determinar o percentual de recolhimento de compulsório;
\\ Regulamentar as operações de redesconto;
\\ Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições
financeiras que operam no País.

Olha a dica
 Tente gravar as palavras-chaves, como: Autorizar, fixar, Disciplinar, Limitar
e Regular. Lembre-se que o CMN é um órgão NORMATIVO. assim, não executa
tarefas. E cuidado com os verbos AUTORIZAR e REGULAMENTAR, que também
podem ser utilizados para funções do Banco Central do Brasil.

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1.2 Banco Central do Brasil (BACEN)
Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda.

Composição: diretoria colegiada de até 9 membros (presidente + 8 diretores), todos


nomeados pelo presidente da República, sujeito à aprovação no Senado.

Principal atribuição: principal órgão executivo do sistema financeiro. Faz cumprir


todas as determinações do CMN.

Principais atribuições e competências do Bacen:


\\ Formular e executar as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as diretrizes
do governo federal;
\\ Executar as diretrizes e normas do CMN;
\\ Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional;
\\ Conduzir a Política Monetária;
\\ Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio circulante;
\\ Emitir papel-moeda;
\\ Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos;
\\ Autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras, punindo-as, se
for o caso;
\\ Controlar o fluxo de capitais estrangeiros; CPA20
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\\ Exercer o controle do crédito.
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OLHA A DICA
 Tente memorizar as palavras-chaves, como: conduzir, formular, regular,
administrar, emitir, receber, autorizar, fiscalizar, controlar e exercer.
Lembre-se que o BACEN é quem faz cumprir todas as determinações do CMN.

1.3 Comissão de Valores Mobiliários (CVM)


Órgão normativo voltado para o desenvolvimento do mercado de títulos e valores mobiliários.

Composição: entidade autárquica, vinculada ao governo por meio do Ministério da


Fazenda. O presidente e seus diretores são escolhidos diretamente pelo presidente
da República.

Principais títulos e valores mobiliários: ações, debêntures, fundos de investimentos,


CRI, CRA, bônus de subscrição e opções de compra e venda de mercadorias.

Objetivos da CVM:
\\ Estimular investimentos no mercado acionário;
\\ Fixar e implementar as diretrizes e normas do mercado de valores mobiliários;
\\ Assegurar o funcionamento das Bolsas de Valores e Mercado de Balcão
Organizado;
\\ Proteger os titulares contra a emissão fraudulenta, manipulação de preços e outros
atos ilegais; CPA20
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\\ Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação dos títulos emitidos
pelas sociedades anônimas de capital aberto;
\\ Fortalecer o Mercado de Ações.

OLHA A DICA
 A CVM é o BACEN do mercado mobiliário (ações, debêntures,
fundos de investimento, entre outros).

1.4 Superintendência de Seguros Privados (Susep)


A Superintendência de Seguros Privados (Susep) é uma autarquia federal, vinculada ao
Ministério da Fazenda, órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de
seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.

Apesar de ser uma entidade supervisora, a Susep também é responsável por regular os
mercados em que está inserida, sempre respeitando as diretrizes do órgão normativo –
neste caso, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

Compete também à Susep:


I. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades
Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e
Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;
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II. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua por meio Módulo 1
das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;
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III. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados
supervisionados;
IV. Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais
a elas vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros
Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;
V. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua
expansão e o funcionamento das entidades que neles operem;
VI. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;
VII. Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os
efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
VIII. Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por
este forem delegadas;
IX. Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.

1.5 Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)


A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma entidade
governamental autônoma, constituída sob a forma de autarquia especial vinculada ao
Ministério do Trabalho, tem como finalidade fiscalizar e supervisionar as entidades
fechadas de previdência complementar e executar políticas para o regime de previdência
complementar.

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As suas principais competências estão definidas na Lei nº 12.154, de 2009, em seu
artigo 2º, e são:
I. proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência
complementar e suas operações;
II. apurar e julgar as infrações, aplicando as penalidades cabíveis;
III. expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas
relativas à sua área de competência, de acordo com as diretrizes do Conselho
Nacional de Previdência Complementar – CNPC;
IV. autorizar: a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência
complementar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de
planos de benefícios; as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer
outra forma de reorganização societária, relativas às entidades fechadas de previdência
complementar; a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores
e instituidores, bem como as retiradas de patrocinadores e instituidores; e as
transferências de patrocínio, grupos de participantes e assistidos, planos de benefícios e
reservas entre entidades fechadas de previdência complementar;
V. harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com
as normas e políticas estabelecidas para o segmento;
VI. decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de
previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos
termos da lei;
VII. promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência
complementar e entre estas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou CPA20
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instituidores, bem como dirimir os litígios que lhe forem submetidos na forma da lei
nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.   
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1.6 Anbima
Anbima é a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.
É uma associação de instituições como bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e
administradoras.

Reúne diversas empresas diferentes entre si, com o objetivo de reproduzir dentro de
casa a pluralidade dos mercados. A Anbima nasceu em 2009, a partir da união de duas
entidades (Andima+Anbid), mas representa os mercados há quatro décadas. O seu
modelo de atuação é organizado em torno de quatro compromissos: representar,
autorregular, informar e educar.

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Atividades desenvolvidas:

Frentes de Atuação

A Anbima é a principal provedora de informações sobre os segmentos de mercado


que representamos. A construção de uma base de dados consistente é parte do seu
esforço para dar mais transparência e segurança aos mercados e, consequentemente,
Informação fomentar negócios.
Responsável por divulgar desde referências de preços e índices que refletem o
comportamento de carteiras de ativos até estudos específicos, que auxiliam no
acompanhamento dos temas de interesse dos associados.

São duas maneiras de representação da Anbima:


\\ Promover o diálogo para construir propostas de aprimoramento do mercado, que são
Representação
apresentadas e discutidas com o governo e com outras entidades do setor privado;
\\ Propor boas práticas de negócios, que os associados seguem de forma voluntária.

Sua autorregulação é baseada em regras criadas pelo mercado, para o mercado e em


favor dele. Essas regras estão nos Códigos de Autorregulação e Melhores Práticas,
Autorregulação que são de adesão voluntária.
O cumprimento das normas é acompanhado de perto pela nossa equipe técnica, que
supervisiona as instituições e dá orientações de caráter educativo.

As ações da Anbima em educação se dividem em três vertentes:


\\ Capacitação dos profissionais por meio de certificações;
Educação
\\ Qualificação dos profissionais certificados por meio de educação continuada;
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\\ Disseminação de conteúdo sobre educação financeira. Módulo 1

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Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada

Estabelecerprincípioseregrasquedeverãoserobservadospelasinstituiçõesparticipantes,
queatuamnosmercadosfinanceiroedecapitais,demaneiraabuscarapermanenteelevação
Objetivo
dacapacitaçãotécnicadeseusprofissionais,bemcomoaobservânciadepadrõesdeconduta
no desempenho de suas respectivas atividades.

Instituições participantes, assim entendidas as instituições filiadas à Anbima, bem


Obrigatoriedade como as instituições que, embora não associadas, expressamente aderirem a este
Código mediante a assinatura do competente termo de adesão.

O código não se sobrepõe à legislação e à regulamentação vigentes, ainda que venham a


ser editadas normas, após o início de sua vigência, que sejam contrárias às disposições ora
Legislação trazidas.CasohajacontradiçãoentreregrasestabelecidasnesteCódigoenormaslegaisou
regulamentares,adisposiçãodesteCódigodeveráserdesconsiderada,semprejuízodesuas
demais regras.

\\ Manter elevados padrões éticos na condução de todas as atividades.


\\ Conhecer e observar todas as normas, leis e regulamentos, inclusive as
Principais padrões de normas de regulação e melhores práticas da Anbima.
conduta a serem seguidos \\ Assegurar a observância de práticas negociais equitativas.
pelos profissionais \\ Recusar a intermediação de investimentos ilícitos.
certificados(emrelaçãoao \\ Não contribuir para a veiculação ou circulação de notícias ou de informações
Mercado) inverídicas.
\\ Mantersigiloarespeitodeinformaçõesconfidenciaisaquetenhaacessoemrazãodesua
atividade profissional.
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Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada

\\ Não participar de atividades independentes que compitam direta ou indiretamente


com seu empregador.
Principais padrões de \\ Informar seu empregador sobre a propriedade de quaisquer valores mobiliários ou
conduta a serem seguidos outros investimentos que possam influenciar ou ser influenciados por sua atividade
pelos profissionais profissional.
certificados (em relação à \\ Informarseuempregadorsobrequaisquervaloresoubenefíciosadicionaisquereceba.
Instituição Participante) \\ Não manifestar opinião que possa prejudicar a imagem do seu empregador.
\\ Evitarpronunciamentosarespeitodeinvestimentossobaresponsabilidadedeoutras
instituições.

\\ Manter independência e objetividade no aconselhamento de investimentos.


\\ Distinguirfatosdeopiniões, pessoais ou de mercado, com relação aos investimentos
Principais padrões de aconselhados.
conduta a serem seguidos \\ Agir com ética e transparência quando houver situação de conflito de interesse com
pelos profissionais seus clientes.
certificados (em relação \\ Informar ao cliente sobre a possibilidade de recebimento de remuneração ou
ao Investidor) benefício pela instituição participante em razão da indicação de investimentos.
\\ Orientaroclientesobreoinvestimentoquepretenderealizar,evitandopráticascapazes
de induzi-lo ao erro.

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2. Bancos Múltiplos
Os bancos múltiplos surgiram a fim de racionalizar a administração das instituições financeiras.

Suas principais atividades são: underwriting, negociação e distribuição de títulos e


valores mobiliários; administração de recursos de terceiros; intermediação de câmbio e
intermediação de derivativos.

Banco Múltiplo

Banco Banco de Banco de Sociedade Sociedade de Sociedade


Comercial (BC) Investimento(BI) Desenvolvimento de Crédito Arrendamento de Crédito,
(BI) Imobiliário (SCI) Mercantil (SAM) Financiamento e
Investimento(SCFI)
(Financeiras)

olha a Dica
 A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público.

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Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo menos duas
das carteiras mencionadas, sendo uma delas comercial ou de investimentos.

As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento podem conceder empréstimos


para financiamento de capital de giro e capital fixo.

Um banco múltiplo deve ser constituído com um CNPJ para cada carteira, podendo
publicar um único balanço.

olha a Dica
 Os bancos múltiplos com carteira comercial são
considerados instituições monetárias.

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3. Distribuidoras e Corretoras de Títulos
e Valores Mobiliários e de Futuros
öö Constituídas sob a forma de S.A, dependem da autorização do CVM para funcionar;
öö Típicas do mercado acionário, operando na compra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários.

ATENÇÃO!
Não existe mais diferença na área de atuação entre as Corretoras de
Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e as Distribuidoras de Títulos e Valores
Mobiliários (DTVM) desde a decisão conjunta BACEN-CVM 17 de 02/03/2009.

Principais atribuições: especializadas em compra, venda e distribuição de títulos e


valores mobiliários por conta e ordem de terceiros.

Os investidores não operam diretamente nas bolsas. O investidor abre uma conta-corrente
na corretora, que atua nas bolsas a seu pedido, mediante cobrança de comissão (também
chamada de corretagem, de onde obtém seus ganhos).
\\ Uma corretora pode atuar também por conta própria.
\\ Têm a função de dar maior liquidez e segurança ao mercado acionário.
\\ Podem administrar fundos e Clubes de Investimento.
\\ Podem intermediar operações de câmbio. CPA20
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4. Investidores Qualificados, Investidores
Profissionais e Investidores Não Residentes
4.1 Investidores Qualificados
Investidores Qualificados são aqueles que, segundo o órgão regulador, tem mais condições
do que o investidor comum de entender o mercado financeiro. A vantagem de se tornar
um Investidor Qualificado é a possibilidade de ingressar em fundos restritos, como, por
exemplo, Fundos de Direitos Creditórios (FIDC) (Exclusivo para Investidores Qualificados).

São considerados INVESTIDORES QUALIFICADOS:


I. Investidores Profissionais;
II. Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor
superior a R$ 1.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor qualificado mediante termo próprio;
III. Pessoas naturais, que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica
ou possuam certificações aprovadas pela CVM, como requisitos para o registro
de agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e
consultores de valores mobiliários, em relação a seus recursos próprios.

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4.2 Investidores Profissionais
Investidores Profissionais são os únicos que podem constituir Fundos Exclusivos, um
tipo de fundo que possui um único cotista, que necessariamente deve ser um tipo de
Investidor Profissional.

São considerados INVESTIDORES PROFISSIONAIS:


\\ Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor
superior a R$ 10.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor qualificado mediante termo próprio;
\\ Instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
\\ Fundos de Investimento;
\\ Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
\\ Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela
CVM em relação a seus recursos próprios.

olha a dica
 Todo Investidor Profissional é Qualificado, porém nem todo
Investidor Qualificado é também Profissional.

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4.3 Investidor Não Residente
Investidores Não Residentes (“INRs”) são pessoas físicas ou jurídicas, inclusive fundos ou
outras entidades de investimento coletivo, com residência, sede ou domicílio no exterior
e que investem no Brasil. Tais investidores estão sujeitos a registro prévio na CVM.

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5. Entidades Fechadas de Previdência investidor
profissional

Complementar (EFPC)
Sociedade limitada ou fundação, sem fins lucrativos, com objeto social de instituir
planos privados de concessão de pecúlios ou de rendas, de benefícios complementares ou
assemelhados aos da Previdência Social, mediante contribuição de seus participantes, dos
respectivos empregadores ou de ambos.

São acessíveis exclusivamente aos empregados de uma só empresa ou de um grupo de


empresas, as quais são denominadas patrocinadoras.

A constituição, organização e funcionamento dependem de prévia autorização do


governo federal, por meio da Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(Previc).

Os recursos garantidores dos planos de benefícios da entidade fechada de previdência


complementar devem ser alocados em quaisquer dos seguintes segmentos de aplicação:
I. segmento de renda fixa;
II. segmento de renda variável;
III. segmento de imóveis; ou
IV. segmento de empréstimos e financiamentos. CPA20
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olha a dica
 Elas são um exemplo de Investidor Profissional: podem cobrar taxa de performance.

índices

Os índices de referência admitidos para as carteiras de renda fixa são a taxa Selic
e a taxa DI-Cetip.

Os índices de referência admitidos para as carteiras de renda variável são o


Ibovespa, o IBrX, o IBrX-50, o FGV-100, o IGC, o ITAG, o ISE ou outros índices
aprovados por decisão conjunta da Secretaria de Previdência Complementar do
Ministério da Previdência Social e da Comissão de Valores Mobiliários.

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É hora de praticar
1) É responsável por conduzir a Política Monetária:
a. Bacen.

b. CVM.

c. CMN.

d. Anbima.

2) Qual das instituições abaixo está autorizada pelo Banco Central


a captar recursos por meio de depósito à vista?
a. Banco Comercial.

b. Banco de Investimento.

c. Anbima.

d. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.

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Limpar 24
3) Um Banco de Múltiplo, constituído pelas Carteiras de Investimento
e de Crédito, Financiamento e Investimento:
a. está autorizado a captar depósito à vista, mas não pode intermediar oferta de Valores Mobiliários.

b. não pode captar depósito à vista e também está impedido de intermediar oferta de Valores Mobiliários.

c. não está autorizado a captar depósito à vista, mas pode oferecer crédito para financiamento de
capital fixo e de giro.

d. está autorizado a captar depósito à vista e pode oferecer crédito para financiamento de capital fixo e
de giro.

4) A CVM é responsável pela fiscalização das Sociedades:


a. Limitadas que possuem seus ativos negociados na Bolsa de Valores.

b. Anônimas que possuem seus ativos negociados na Bolsa de Valores.

c. Limitadas que possuem seus ativos negociados na Bolsa de Valores e no Mercado de Balcão.

d. Anônimas que possuem seus ativos negociados na Bolsa de Valores e no Mercado de Balcão.

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Limpar 25
5) O CMN, entre outras funções, deve:
a. regular o valor interno da moeda, a fim de evitar desequilíbrios econômicos.

b. executar a política cambial.

c. executar a fiscalização do mercado de crédito.

d. executar a fiscalização do mercado de capitais.

6) Quais das instituições abaixo “necessitam” de autorização da Anbima para exercer suas atividades?
a. Apenas Instituições Financeiras.

b. Corretoras e Distribuidoras de Valores Mobiliários.

c. Instituições que seguem as regras do Código de Autoregulação da Anbima.

d. Fundos de Investimentos.

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7) Uma pessoa investe no mercado de futuro de índice Ibovespa por meio
da BM&FBOVESPA. De quem é o risco de contraparte?
a. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.

b. BM&FBOVESPA.

c. Fundo Garantidor de Crédito.

d. Investidor.

8) As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários:


a. estão autorizadas a realizar operações de Arrendamento Mercantil.

b. não podem administrar recursos de terceiros.

c. podem captar por meio de depósito à vista.

d. são autorizadas a atuar no mercado de câmbio.

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9) No caso de uma Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM), que opera por
conta e ordem em aplicações em determinado fundo, este procedimento é:
a. legal, desde que a mesma identifique o cliente perante o gestor do fundo.

b. legal, desde que a mesma identifique o cliente perante o administrador do fundo.

c. legal, desde que a mesma identifique o cliente perante o auditor independente.

d. ilegal.

10) São considerados investidores qualificados, segundo critério da CVM, as pessoas físicas
e jurídicas que atestem possuir investimentos financeiros em valor superior a:
a. R$ 1.000.000,00.

b. R$ 10.000.000,00.

c. R$ 600.000,00.

d. R$ 300.000,00.

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Limpar 28
11) Cetip é o órgão responsável pela liquidação e custódia de:
a. Títulos Públicos Federais.

b. Títulos Públicos Federais e Privados.

c. Títulos Privados.

d. Ações.

12) A quem compete receber depósitos compulsórios?


a. Banco do Brasil.

b. Comissão de Valores Mobiliários.

c. Comitê de Política Monetária.

d. Banco Central do Brasil.

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Limpar 29
13) Compete à Comissão de Valores Mobiliários:
a. proteger as empresas S.A de capital aberto.

b. fixar limites de comissões e emolumentos.

c. fiscalizar os bancos.

d. realizar operações de redesconto.

14) Uma Sociedade de Crédito Imobiliário, uma financeira e um Banco de Investimento


irão se unir, formando um Banco Múltiplo. Este banco deverá:
a. operar com um único CNPJ e publicar um balaço para cada carteira.

b. operar com um CNPJ para cada carteira, mas podendo publicar um único balanço.

c. operar com um único CNPJ, mas podendo publicar um único balanço.

d. operar com um CNPJ para cada carteira, devendo publicar um balanço para cada carteira.

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Limpar 30
15) É permitido às Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários:
a. intermediar operações de câmbio.

b. fiscalizar Fundos de Investimento.

c. criar moeda por meio do efeito multiplicador de crédito.

d. cobrar a corretagem que lhes convêm.

16) É exemplo de Investidor Qualificado:


a. instituição financeira, empresas de grande porte.

b. instituição financeira, entidades de previdência privada e seguradoras.

c. todo investidor pessoa física e pessoa jurídica que possua mais de R$ 1 milhão.

d. toda pessoa física que possua mais de R$ 1 milhão aplicados.

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Limpar 31
17) Entende-se por investidor não residente:
a. somente pessoa física que resida fora do Brasil.

b. pessoa física ou jurídica que resida fora do Brasil.

c. pessoa física e jurídica que residam/possuam domicílio fora do Brasil ou Fundo de Investimento que
for constituído em outro país.

d. pessoa física ou jurídica que resida no Brasil.

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Limpar 32
Gabarito

1 A 11 C

2 A 12 D

3 C 13 B

4 D 14 B

5 A 15 A

6 C 16 B

7 B 17 C

8 D

9 B

10 A

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