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31/03/2019 Albert Einstein – Wikipédia, a enciclopédia livre

Albert Einstein
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Albert Einstein (Ulm, 14 de março de 1879 — Princeton, 18 de abril de 1955) foi um físico teórico
Albert Einstein 
alemão que desenvolveu a teoria da relatividade geral, um dos pilares da física moderna ao lado da
mecânica quântica. Embora mais conhecido por sua fórmula de equivalência massa­energia, E=mc²
— que foi chamada de "a equação mais famosa do mundo" —, foi laureado com o Prêmio Nobel de
Física de 1921 "por suas contribuições à física teórica" e, especialmente, por sua descoberta da lei do
efeito fotoelétrico, que foi fundamental no estabelecimento da teoria quântica.

Nascido  em  uma  família  de  judeus  alemães,  mudou­se  para  a  Suíça  ainda  jovem  e  iniciou  seus
estudos na Escola Politécnica de Zurique. Após dois anos procurando emprego, obteve um cargo no
escritório de patentes suíço enquanto ingressava no curso de doutorado da Universidade de Zurique.
Em  1905  publicou  uma  série  de  artigos  acadêmicos  revolucionários.  Uma  de  suas  obras  era  o
desenvolvimento  da  teoria  da  relatividade  especial.  Percebeu,  no  entanto,  que  o  princípio  da
relatividade também poderia ser estendido para campos gravitacionais, e com a sua posterior teoria
da  gravitação,  de  1916,  publicou  um  artigo  sobre  a  teoria  da  relatividade  geral.  Enquanto
acumulava cargos em universidades e instituições, continuou a lidar com problemas da mecânica Einstein em 1921

estatística  e  teoria  quântica,  o  que  levou  às  suas  explicações  sobre  a  teoria  das  partículas  e  o Nascimento 14 de março de 1879
movimento browniano. Também investigou as propriedades térmicas da luz, o que lançou as bases
Ulm, Baden­Württemberg
Império Alemão
da  teoria  dos  fótons.  Em  1917,  aplicou  a  teoria  da  relatividade  geral  para  modelar  a  estrutura  do
Morte 18 de abril de 1955 (76 anos)
universo  como  um  todo.  Suas  obras  renderam­lhe  o  status  de  celebridade  mundial  enquanto Princeton, Nova Jérsei
tornava­se uma nova figura na história da humanidade, recebendo prêmios internacionais e sendo
Residência Alemanha,
convidado de chefes de estado e autoridades. Itália,
Suíça,
Estava nos Estados Unidos quando o Partido Nazista chegou ao poder na Alemanha, em 1933, e não Estados Unidos
voltou  para  o  seu  país  de  origem,  onde  tinha  sido  professor  da  Academia  de  Ciências  de  Berlim. Nacionalidade Alemão
Estabeleceu­se  então  no  país,  onde  naturalizou­se  em  1940.  Na  véspera  da  Segunda  Guerra
Progenitores Mãe: Pauline Koch
Mundial,  ajudou  a  alertar  o  presidente  Franklin  Delano  Roosevelt  que  a  Alemanha  poderia  estar Pai: Hermann Einstein
desenvolvendo  uma  arma  atômica,  recomendando  aos  norte­americanos  a  começar  uma  pesquisa Cônjuge Mileva Marić (1903–1919)
semelhante,  o  que  levou  ao  que  se  tornaria  o  Projeto  Manhattan.  Apoiou  as  forças  aliadas, Elsa Löwenthal (1919–1936)
denunciando no entanto a utilização da fissão nuclear como uma arma. Mais tarde, com o filósofo Alma mater Instituto Federal de Tecnologia
britânico Bertrand Russell, assinou o Manifesto Russell­Einstein, que destacou o perigo das armas de Zurique,
Universidade de Zurique
nucleares.  Foi  afiliado  ao  Instituto  de  Estudos  Avançados  de  Princeton,  onde  trabalhou  até  sua
morte em 1955. Ocupação Físico
Principais Relatividade geral
Realizou  diversas  viagens  ao  redor  do  mundo,  deu  palestras  públicas  em  conceituadas trabalhos Relatividade restrita
universidades  e  conheceu  personalidades  célebres  de  sua  época,  tanto  na  ciência  quanto  fora  do Movimento browniano
Efeito fotoelétrico
mundo acadêmico. Publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais de 150 obras Equivalência massa­energia
não científicas. Suas grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram da palavra "Einstein" Equações de campo de Einstein
sinônimo de gênio. Em 1999 foi eleito por 100 físicos renomados o mais memorável físico de todos
Estatística de Bose­Einstein
Paradoxo EPR
os tempos. No mesmo ano a revista TIME, em uma compilação com as pessoas mais importantes e
Prêmios Veja Prêmios e honrarias
influentes, o classificou a pessoa do século XX. recebidos por Albert Einstein
Assinatura

Índice
Biografia
Primeiros anos e educação
Família e início de carreira
Carreira acadêmica
Do escritório de patentes à consagração
Viagens para o exterior
Instituto de Estudos Avançados
Projeto Manhattan e a cidadania norte­americana
Últimos anos e morte
Contribuições científicas
Artigos do Ano Miraculoso
Relatividade, E=mc² e o princípio da equivalência
Mecânica quântica e relacionados
Teoria do campo unificado e cosmologia
Fótons, átomo e quantum de energia
Teoria da opalescência crítica

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Argumento do buraco e teoria Entwurf
Flutuações termodinâmicas e física estatística
Pseudotensor de momento de energia
Colaboração com outros cientistas
Vida pessoal
Política e religião
Amor pela música
Legado
Prêmios e honrarias
Publicações
Ver também
Notas
Referências
Bibliografia
Fontes primárias
Fontes secundárias
Ligações externas

Biografia

Primeiros anos e educação
Albert Einstein nasceu em Ulm, no Reino de Württemberg, Império Alemão (atual Baden­Württemberg, Alemanha),
em 14 de março de 1879. [1] Seus pais eram Hermann Einstein, um vendedor e engenheiro, e Pauline Einstein (nascida
Koch). Os Einstein eram judeus asquenazes não praticantes. Em 1880 a família mudou­se para Munique, onde seu
pai  e  tio  fundaram  a  Elektrotechnische  Fabrik  J.  Einstein  &  Cie,  empresa  que  fabricava  equipamentos  elétricos
acionados  por  corrente  contínua. [2][3]  Um  ano  mais  tarde  seus  pais  deram  à  luz  a  uma  menina,  Maria  "Maja"
Einstein, sua irmã mais nova. [4][5] Com cinco anos de idade o jovem Albert estudou em uma escola primária católica
durante três anos. [6] Aos oito foi transferido para o Ginásio Luitpold, hoje conhecido como Ginásio Albert Einstein,
onde recebeu educação escolar primária e secundária, até deixar a Alemanha sete anos depois. [7] Seu tio Jacob, um
engenheiro,  e  Max  Talmey,  um  jovem  estudante  pobre  de  medicina  que  jantava  na  casa  da  família  uma  vez  por
semana  entre  1889  e  1894,  foram  grandes  influências  durante  seus  anos  de  formação.  Eles  incentivaram  sua
curiosidade inerente e insaciável sobre tudo. Talmey trouxe livros populares de ciência, incluindo Crítica da Razão
Pura de Immanuel Kant, que Einstein começou a ler. [8][9]

Em 1894, a empresa de seu pai faliu: a corrente direta perdeu a Guerra das Correntes para a corrente alternada. Em
busca de negócios, a família de Einstein mudou­se para a Itália, primeiro para Milão e, alguns meses mais tarde, para
Pavia. [10] Quando a família se mudou para a cidade italiana, Einstein ficou em Munique para terminar seus estudos Monumento no local onde
no  Ginásio  Luitpold.  Seu  pai  queria  que  seguisse  a  engenharia  elétrica,  mas  o  jovem  entrou  em  choque  com  as Einstein nasceu, em Ulm.
autoridades  e  ressentiu­se  com  o  regime  da  escola  e  o  método  de  ensino.  Escreveu  mais  tarde  que  o  espírito  do
conhecimento e o pensamento criativo foram perdidos na esteira da aprendizagem mecânica. No final de dezembro de
1894,  viajou  para  a  Itália  para  se  juntar  à  sua  família  em  Pavia,  convencendo  a  escola  a  deixá­lo  ir  usando  um
atestado  médico. [11]  Foi  durante  seu  tempo  na  Itália  que  escreveu  um  pequeno  ensaio  com  o  título  "Sobre  a
Investigação do Estado do Éter num Campo Magnético". [12][13]

No final do verão de 1895, com dezesseis anos, dois antes da idade padrão, realizou os exames de admissão para a
Escola  Politécnica  Federal  Suíça  (hoje  a  ETH­Zurique).  Ele  não  conseguiu  alcançar  o  padrão  exigido  em  várias
disciplinas, mas obteve notas excepcionais em física e matemática. [14] Seguindo o conselho do diretor da Politécnica,
frequentou a Escola Cantonal em Aarau, Suíça, entre 1895 e 1896 para completar o ensino secundário. Enquanto se
hospedava com a família do professor Jost Winteler, apaixonou­se por sua filha, Marie Winteler (mais tarde sua irmã
Maja  casou­se  com  o  filho  dos  Wintelers,  Paul). [15][16]  Em  28  de  janeiro  de  1896,  com  a  aprovação  de  seu  pai,
renunciou à sua cidadania no Reino de Württemberg, para evitar o serviço militar. [17] Em 29 de outubro foi aprovado
no  exame  Matura  com  boas  notas. [nota  1]  Embora  tivesse  apenas  17  anos,  um  a  menos  que  os  demais  alunos,
matriculou­se no curso de quatro anos para obter o diploma de professor de física da Escola Politécnica. [20][nota  2]
Durante  os  anos  de  graduação,  viveu  com  uma  mesada  de  1  franco  suíço  por  mês,  da  qual  guardou  uma  pequena Einstein com cerca de 14 anos,
quantia para pagar por seus papéis de naturalização. [21] Marie Winteler mudou­se para Olsberg, Suíça, onde obteve 1894.
um cargo como professora. [22]

A  futura  esposa  de  Einstein,  Mileva Marić,  também  se  matriculou  na  Escola  Politécnica  no  mesmo  ano,  e  era  a  única  mulher  entre  os  seis  estudantes  de
matemática e física nas aulas do curso. Com o passar dos anos, sua amizade com Marić se desenvolveu em romance, e juntos liam livros extra­curriculares de
física onde Einstein estava mostrando um interesse crescente. Em 1900, Einstein foi agraciado com o diploma de ensino da Politécnica de Zurique, mas Marić
foi  reprovada  no  exame  com  uma  nota  baixa  em  um  componente  da  matemática,  a  teoria  das  funções. [23]  Houve  alegações  de  que  Marić  colaborou  com
Einstein em seus célebres trabalhos de 1905, [24][25] mas os historiadores da física que estudaram a questão não encontraram nenhuma evidência de que ela
tenha feito quaisquer contribuições substanciais. [26][27][28]

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Família e início de carreira
Einstein e Marić casaram­se em 6 de janeiro de 1903, em Berna. Em 14 de maio de 1904 nasceu o primeiro
filho do casal, Hans Albert Einstein, na capital suíça. [29][30] Seu segundo filho, Eduard, nasceu em Zurique,
em julho de 1910. Seu casamento não parece ter sido muito feliz. Em cartas reveladas em 2015, escreveu ao
seu  antigo  amor,  Marie  Winteler,  sobre  seu  casamento  e  seus  ainda  fortes  sentimentos  por  ela.  Em  1910,
escreveu "penso em você do fundo do coração em cada minuto livre de que disponho, e estou tão infeliz como
só um homem pode estar", enquanto sua mulher estava grávida do seu segundo filho. Falou sobre um "amor
mal orientado" e uma "vida desperdiçada" em relação aos seus sentimentos por Marie. [31] Em 1914 mudou­se
para Berlim, enquanto sua esposa ficou em Zurique com seus filhos. Eles se divorciaram em 14 de fevereiro de
1919, após viverem separados por cinco anos. Existem rumores de que ele era um "mulherengo devasso e teve
Mileva Marić e Albert Einstein, 1912.
muitos casos". No entanto, essas histórias não seriam fundamentadas. Depois de se tornar famoso, muitas
mulheres,  jovens  e  velhas,  aproximaram­se  dele  com  o  pretexto  de  tentar  entender  sua  teoria.  Mileva  não
toleraria esse comportamento e se tornou briguenta, e este foi um dos motivos de seu divórcio. [32][33] Ela viveu em Zurique como uma viúva. Pela maioria dos
relatos seu estado mental se acalmou, e ela cuidou de seus dois filhos. Einstein visitou sua ex­esposa e seu filho Eduard, que era esquizofrênico e vivia em
uma instituição mental, pela última vez às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Marić morreu tranquilamente em um hospital em agosto de 1948. [34]

A descoberta e publicação em 1987 de uma correspondência inicial entre Einstein e sua esposa revelou que eles tiveram uma filha, Lieserl, nascida em Novi
Sad, onde Marić estava com seus pais. Marić voltou à Suíça sem a criança, cujo nome verdadeiro e destino são desconhecidos. Einstein provavelmente nunca
viu sua filha. Seu destino é desconhecido, mas o conteúdo de uma carta que escreveu a Marić em setembro de 1903 sugere que a criança foi adotada[35]  ou
morreu de escarlatina na infância. [36][37] Posteriormente, casou­se com Elsa Löwenthal em 2 de junho de 1919, após ter tido um relacionamento com ela
desde a Páscoa de 1912. [38] Elsa era sua prima materna em primeiro grau e paterna em segundo grau. [39] Em 1933, eles emigraram para os Estados Unidos.
Em 1935 Elsa Einstein foi diagnosticada com problemas cardíacos e renais e morreu em 20 de dezembro de 1936. [40] De seus filhos com Marić, Hans Einstein
foi o único a gerar descendência, tendo um menino, Bernhard Caesar, nascido em 1930; o único neto conhecido de Einstein. [41]

Depois de formado, Einstein passou quase dois anos frustrantes procurando um cargo de professor. Adquiriu
a nacionalidade suíça em 21 de fevereiro de 1901, mas não foi convocado para a conscrição por razões médicas.
O  pai  de  Marcel  Grossmann  o  ajudou  a  conseguir  um  emprego  em  Berna,  no  Instituto  Federal  Suíço  de
Propriedade Intelectual, o escritório de patentes da Suíça, onde começou a trabalhar em 16 de junho de 1902
como  examinador  assistente. [42]  Dentre  outras  atividades  avaliou  pedidos  de  patentes  de  dispositivos
eletromagnéticos.  Em  1903  seu  posto  no  escritório  de  patentes  tornou­se  permanente,  embora  tenha  sido
preterido para promoção até que "dominasse totalmente a tecnologia da máquina". [43] Muito de seu trabalho
no  escritório  de  patentes  relacionava­se  a  questões  sobre  a  transmissão  de  sinais  elétricos  e  sincronização
eletromecânica do tempo, dois problemas técnicos que aparecem visivelmente nos experimentos mentais que
o  levaram  a  suas  conclusões  radicais  sobre  a  natureza  da  luz  e  da  conexão  fundamental  sobre  o  espaço  e Da esquerda para a direita: Conrad
tempo. [43]  Com  alguns  amigos  que  conheceu  em  Berna,  começou  um  pequeno  grupo  de  discussão, Habicht, Maurice Solovine e Einstein,
autodenominado Academia Olímpia, que se reunia regularmente para discutir ciência e filosofia. As leituras fundadores da Academia Olímpia.
do  grupo  incluíam  trabalhos  de  Henri  Poincaré,  Ernst  Mach  e  David  Hume,  que  influenciaram  sua  visão
científica e filosófica. [44]

Carreira acadêmica

Do escritório de patentes à consagração
Em fevereiro de 1901, Einstein adquiriu a nacionalidade suíça. [45] Poucos meses depois, no início do mesmo ano, seu
artigo "Conclusões Retiradas dos Fenômenos da Capilaridade" ("Folgerungen aus den Capillaritätserscheinungen")
foi  publicado  no  prestigiado  periódico  acadêmico  Annalen  der  Physik.  Foi  seu  primeiro  artigo  científico  a  ser
publicado, os editores ficaram impressionados e publicaram o trabalho do jovem cientista desconhecido em março,
quando  tinha  completado  apenas  22  anos. [46][47]  Estimulado  pelo  seu  sucesso  inicial,  poucos  meses  depois,  em
setembro,  o  jovem  futuro  pai  iniciou  seu  doutoramento  pela  Universidade  de  Zurique  com  o  professor  de  física
experimental  Alfred  Kleiner  como  orientador,  com  a  tese  "Uma  Nova  Determinação  das  Dimensões  Moleculares"
("Eine neue Bestimmung der Moleküldimensionen"), um artigo sobre as forças moleculares em gases na qual esperava
que lhe conferisse o grau acadêmico de doutor. [48][49] Ainda no verão de 1901, trabalhou como professor substituto
numa escola técnica em Winterthur e como tutor numa escola particular em Schaffhausen. [50] Einstein concluiu sua
tese em 30 de abril de 1905. [51][48] Neste mesmo ano, que tem sido chamado de o Ano Miraculoso, publicou quatro
trabalhos revolucionários sobre o efeito fotoelétrico, o movimento browniano, a relatividade especial e a equivalência
entre massa e energia, que o levariam ao conhecimento do mundo acadêmico. [52] Em 1906, enquanto era promovido
no  escritório  de  patentes,  recebeu  formalmente  o  título  de  doutor  e  conheceu  Max Planck,  que  começou  a  discutir
Einstein no Escritório de algumas  implicações  da  teoria  da  relatividade  especial.  No  final  desse  ano  terminou  um  artigo  fundamental  sobre
Patentes de Berna, 1905. calor específico, além de escrever resenhas de livros para o Annalen der Physik. No final de 1907, fez seus primeiros
passos  importantes  em  direção  à  teoria  da  relatividade  geral  tentando  reconciliar  a  gravidade  newtoniana  com  a
relatividade especial, além de tentar usar o princípio da equivalência para a construção de uma nova teoria da gravidade. [53][54]

Em  fevereiro  de  1908  já  era  reconhecido  como  um  importante  cientista  e  foi  nomeado  Privatdozent  (professor)  na  Universidade  de  Berna. [55]  No  ano
seguinte,  deixou  o  escritório  de  patentes  e  o  cargo  de  professor  e  começou  a  dar  aulas  de  eletrodinâmica  na  Universidade  de  Zurique,  Alfred  Kleiner
recomendou­lhe  à  faculdade  um  recém­criado  cargo  de  professor  em  física  teórica. [56]  Foi  nomeado  professor  adjunto  em  1909.  Tornou­se  professor

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catedrático  na  Universidade  Carolina  em  Praga,  em  1911,  aceitando  a  cidadania  austríaca  no  Império  Austro­Húngaro  para  fazer  isso. [57]  Em  1912,
entretanto, retornou à sua alma mater, em Zurique. De 1912 até 1914 foi professor de física teórica no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), onde
lecionou  mecânica  analítica  e  termodinâmica.  Também  estudou  mecânica  do  contínuo,  a  teoria  molecular  do  calor,  e  o  problema  da  gravitação,  no  qual
trabalhou com o matemático Marcel Grossmann. Em 1914, retornou à Alemanha depois de ser nomeado diretor do
Instituto Kaiser Guilherme de Física (1914­ 1932)[58] e professor da Universidade Humboldt de Berlim, com uma
cláusula especial em seu contrato que o liberou da maioria das obrigações dos docentes. Ele se tornou um membro
da  Academia  Prussiana  de  Ciências.  Em  1916,  Einstein  foi  nomeado  presidente  da  Sociedade  Alemã  de  Física,
cargo que ocuparia até 1918. [59]

Em novembro de 1911 foi convidado a participar da primeira Conferência de Solvay em Bruxelas, que reunia alguns
dos maiores cientistas de todos os tempos, junto de Max Planck e Marie Curie. [60] No mesmo ano, calculou que,
com base em sua nova teoria da relatividade geral, a luz de uma estrela seria curvada pela gravidade do Sol. Essa
previsão  foi  dada  como  confirmada  em  observações  feitas  por  uma  expedição  britânica  liderada  por  Sir  Arthur
Stanley Eddington na cidade de Sobral no estado do Ceará, durante o eclipse solar de 29 de maio de 1919. Notícias
da mídia internacional fizeram Einstein instantaneamente famoso. Em 7 de novembro, The Times, o maior jornal
britânico, publicou uma manchete que dizia: "Revolução na Ciência – Nova Teoria do Universo – Ideias de Newton
Derrubadas". [61][62] Usando sua imagem na capa, a revista semanal alemã Berliner Illustrirte Zeitung  publicou
uma manchete intitulada "Nova figura na história do mundo". [63] Muito mais tarde, foram levantadas questões se
os  cálculos  foram  precisos  o  suficiente  para  apoiar  a  teoria.  Em  1980,  os  historiadores  John  Earman  e  Clark
Glymour  publicaram  uma  análise  sugerindo  que  Eddington  tinha  suprimido  resultados  desfavoráveis. [64]  A Retrato oficial de Einstein em 1921
seleção  dos  dados  de  Eddington  parece  válida  e  sua  equipe  realmente  fez  medições  astronômicas  verificando  a depois de receber o Prêmio Nobel
teoria. [65]  Posteriormente,  em  1979  o  Observatório  Real  de  Greenwich  fez  uma  reanalise  moderna  dos  dados, de Física.

apoiando a medição original de 1919. [65] Em 10 de novembro de 1922, Einstein foi agraciado com o Prêmio Nobel
de  Física  de  1921  "por  suas  contribuições  à  física  teórica  e,  especialmente,  por  sua  descoberta  da  lei  do  efeito  fotoelétrico".  A  relatividade  não  era  bem
compreendida. Mais tarde também recebeu a Medalha Copley da Royal Society em 1925 e a Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society em 1926. [66][67]

Viagens para o exterior
Einstein visitou Nova Iorque pela primeira vez em 2 de abril de 1921, onde recebeu uma recepção oficial por parte do prefeito John Francis Hylan, seguido de
três  semanas  de  palestras  e  recepções.  Apresentou  diversas  conferências  na  Universidade  Columbia  e  na  Universidade  de  Princeton,  e  em  Washington
acompanhou representantes da Academia Nacional de Ciências em uma visita à Casa Branca. Em seu retorno à Europa, foi convidado do estadista e filósofo
britânico Visconde de Haldane, em Londres, onde se encontrou com várias figuras científicas, intelectuais e políticas de renome e apresentou uma palestra na
King's College de Londres. [68][69] Em 1922, viajou por toda a Ásia e depois à Palestina, como parte de uma excursão de seis meses apresentando palestras. [70]
Suas  viagens  incluíram  Singapura, Ceilão e Japão,  onde  deu  uma  série  de  palestras  para  milhares  de  japoneses.  Sua  primeira  palestra  em  Tóquio  durou
quatro horas e após a apresentação encontrou­se com o imperador e imperatriz no Palácio Imperial, onde milhares vieram assisti­lo. Em uma carta para seus
filhos, descreveu sua impressão sobre os japoneses como modestos, inteligentes, atenciosos e tendo sensibilidade para a arte. [71]  Em  sua  viagem  de  volta
também visitou a Palestina durante 12 dias, no que viria a ser sua única visita naquela região. Ao chegar na casa do alto comissário britânico Sir Herbert Louis
Samuel com uma saudação com tiro de canhão, foi recebido como se fosse um chefe de Estado, em vez de um físico. Durante uma recepção, o edifício foi
invadido  por  pessoas  que  queriam  ver  e  ouvi­lo.  Na  palestra  para  a  audiência,  expressou  sua  felicidade  de  que  o  povo  judeu  estava  começando  a  ser
reconhecido como uma força no mundo. [72]

Einstein fez uma viagem à América do Sul, em 1925, visitando países como Argentina, Uruguai e também
o Brasil. [73] Além de fazer conferências científicas, visitou universidades e instituições de pesquisas. Em
21  de  março  passou  pelo  Rio  de  Janeiro,  onde  foi  recebido  por  jornalistas,  cientistas  e  membros  da
comunidade judaica. Visitou o Jardim Botânico e fez o seguinte comentário, por escrito, para o jornalista
Assis  Chateaubriand:  "O  problema  que  minha  mente  formulou  foi  respondido  pelo  luminoso  céu  do
Brasil."[74] Tal afirmação dizia respeito a uma observação do eclipse solar registrada na cidade cearense
de Sobral por uma equipe de cientistas britânicos, liderada por Sir Arthur Stanley Eddington, que buscava
vestígios que pudessem comprovar a teoria da relatividade, até então mera especulação. Em 24 de abril de
1925,  Einstein  deixou  Buenos  Aires  e  alcançou  Montevidéu.  Fez  ali  três  conferências  e,  tal  como  na
Argentina,  participou  de  várias  recepções  e  visitou  o  presidente  do  Uruguai.  Einstein  permaneceu  no
Uruguai por uma semana, de onde saiu no primeiro dia de maio, em direção ao Rio de Janeiro, no navio

Carlos Chagas e a equipe do Instituto Valdívia. Desembarcou novamente no Rio de Janeiro em 4 de maio. Nos dias seguintes percorreria vários
Oswaldo Cruz, em recepção a Einstein. pontos turísticos da cidade, incluindo o Pão de Açúcar, o Corcovado e a Floresta da Tijuca. As anotações
de seu diário ilustram bem suas percepções quanto à natureza tropical do local. No dia 6 de maio, visitou
o então presidente da república, Artur Bernardes, além de alguns ministros. [74]

Seu  programa  turístico­científico  no  Brasil  incluiu  diversas  visitas  a  instituições,  como  o  Museu  Nacional  do  Rio  de  Janeiro,  a  Academia  Brasileira  de
Ciências e o Instituto Oswaldo Cruz, [74] e duas conferências: uma no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, em 6 de maio, e a outra na Escola Politécnica do
Largo de São Francisco, atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, dois dias depois. [74] Através de ondas da rádio Sociedade, criada
em 1923, Einstein proferiu em alemão uma mensagem à população, que foi traduzida pelo químico Mário Saraiva. [73] Nesta mensagem, o cientista destacou a
importância  dos  meios  radiofônicos  para  a  difusão  da  cultura  e  do  aprendizado  científico,  desde  que  sejam  utilizados  e  preservados  por  profissionais
qualificados. [73]  Einstein  deixaria  o  Rio  no  dia  12  de  maio.  Essa  sua  visita  foi  amplamente  divulgada  pela  imprensa  e  influenciou  na  luta  pelo
estabelecimento de pesquisa básica e para a difusão das ideias da física moderna no Brasil. [73] Deixando o Rio, o já famoso físico alemão enviou, do navio,
uma carta ao Comitê Nobel. Nesta carta, sugeria o nome do marechal Cândido Rondon para o Nobel da Paz. Einstein teria se impressionado com o que se
informou sobre as atividades de Rondon em relação à integração de tribos indígenas ao homem civilizado, sem o uso de armas ou algo do tipo. [74]

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31/03/2019 Albert Einstein – Wikipédia, a enciclopédia livre
Em março de 1928, durante uma viagem a Davos, Suíça, entrou em colapso com uma condição cardíaca grave.
Confinado  à  cama  por  quatro  meses,  levou  um  ano  para  se  recuperar  totalmente. [75]  Em  dezembro  de  1930,
visitou os Estados Unidos pela segunda vez, originalmente concebida como uma visita de trabalho de dois meses
como  pesquisador  no  Instituto  de  Tecnologia  da  Califórnia  (Caltech).  Após  a  atenção  nacional  que  recebeu
durante  sua  primeira  viagem  ao  país,  ele  e  seus  coordenadores  tinham  o  objetivo  de  proteger  sua  privacidade.
Embora  inundado  com  telegramas  e  convites  para  receber  prêmios  ou  falar  em  público,  recusou  todos  eles. [76]
Depois de chegar em Nova Iorque, foi levado para vários lugares e eventos, incluindo Chinatown, um almoço com
os editores do New York Times, e uma performance de Carmen no Metropolitan Opera, onde foi aplaudido pelo
público  em  sua  chegada.  Durante  os  dias  seguintes,  recebeu  as  chaves  da  cidade  pelo  prefeito  Jimmy Walker  e
conheceu o presidente da Universidade Columbia, que o descreveu como "o monarca da mente." Harry Emerson
Fosdick, pastor da Igreja de Riverside, lhe deu uma excursão pela igreja e o apresentou a uma estátua em tamanho
real  do  físico,  de  pé  na  entrada.  Além  disso,  durante  sua  estadia  em  Nova  Iorque,  Einstein  se  juntou  a  uma
multidão de 15 mil pessoas no Madison Square Garden durante uma festa de Hanucá. [77] Em seguida viajou para
Charlie Chaplin e Einstein em
a  Califórnia,  onde  se  encontrou  com  o  presidente  da  Caltech  e  Prêmio  Nobel,  Robert  Andrews  Millikan.  Sua
Hollywood na estreia de Luzes da
amizade com ele era "estranha", já que Millikan "tinha uma propensão ao militarismo patriótico", onde Einstein Cidade, em janeiro de 1931.
era um pacifista pronunciado. Durante um discurso aos alunos da instituição, observou que a ciência era muitas
vezes disposta a fazer mais mal do que bem. [78][79]

Esta aversão à guerra também o levou a fazer amizade com o autor Upton Sinclair e a estrela de cinema Charlie Chaplin, ambos conhecidos por seu pacifismo.
Carl Laemmle, chefe da Universal Studios, deu ao físico um passeio em seu estúdio e o apresentou a Chaplin. Tiveram uma comunicação instantânea, com
Chaplin  o  convidando  junto  de  sua  esposa,  Elsa,  a  sua  casa  para  jantar.  Chaplin  disse  que  a  personalidade  exterior  de  Einstein,  calma  e  gentil,  parecia
esconder um "temperamento altamente emocional", a partir do qual chegou a sua "energia intelectual extraordinária."[80] Chaplin também lembrou que Elsa
lhe contou sobre a época em que concebeu a teoria da relatividade. Durante o café da manhã, parecia perdido em pensamentos e ignorou sua comida. Ela lhe
perguntou se algo o incomodava. Ele se sentou em seu piano e começou a tocar. Continuou tocando e escrevendo notas durante meia hora, em seguida, subiu
para seus estudos, onde permaneceu por duas semanas, com Elsa trazendo sua comida. No final das duas semanas, desceu as escadas com duas folhas de
papel que ostentavam sua teoria. [81] Seu filme, Luzes da Cidade, teve lançamento alguns dias mais tarde, em Hollywood, e Chaplin os convidou a juntarem­
se  a  ele  como  seus  convidados  especiais,  descrito  por  Isaacson  como  "uma  das  cenas  mais  memoráveis  da  nova  era  das  celebridades."  Ambos  chegaram
juntos, em gravata preta, com Elsa se juntando a eles, "radiante". O público aplaudiu quando eles entraram no teatro. [82] Chaplin visitou Einstein em sua
casa em uma viagem mais tarde a Berlim, e recordou o seu "pequeno apartamento modesto" e o piano em que tinha começado a escrever sua teoria. Chaplin
especulou que era "usado possivelmente como graveto pelos nazistas."[83]

Instituto de Estudos Avançados
Em fevereiro de 1933, durante uma visita aos Estados Unidos, Einstein decidiu não voltar para a Alemanha
devido  à  ascensão  do  partido  nazista  ao  poder  com  seu  novo  chanceler  Adolf  Hitler. [84]  Enquanto  em
universidades  norte­americanas  no  início  daquele  ano,  realizou  sua  terceira  visita  de  dois  meses  como
professor  na  Caltech,  em  Pasadena.  Junto  de  sua  esposa  Elsa,  voltou  de  navio  para  a  Bélgica  no  final  de
março. Durante a viagem, foram informados de que sua casa havia sido invadida pelos nazistas e seu veleiro
pessoal  confiscado.  Após  o  desembarque  em  Antuérpia  em  28  de  março,  foi  imediatamente  ao  consulado
alemão  onde  apresentou  seu  passaporte  e  formalmente  renunciou  à  cidadania  alemã. [85]  No  mesmo  dia
enviou  uma  carta  na  qual  apresentou  sua  renúncia  à  Academia  Prussiana  de  Berlim. [86][87]  No  início  de
abril, soube que o novo governo alemão tinha instituído leis que proibiam os judeus de ocupar cargos oficiais,
incluindo lecionar em universidades. [85]

O historiador Gerald Holton  descreveu  que  "praticamente  nenhum  protesto  sonoro  foi  levantado  por  seus
colegas", milhares de cientistas judeus foram subitamente forçados a desistir de seus cargos universitários e
seus nomes foram retirados das listas de instituições em que eram empregados. [88] Um mês depois, as obras
de Einstein estavam entre os alvos da queima de livros dos nazistas, e o Ministério da Propaganda Joseph Caricatura representando Einstein junto a
um sinal intitulado "Paz Mundial" e
Goebbels proclamou: "o intelectualismo judaico está morto". [85] Einstein também tomou conhecimento de
despojado de suas asas de "pacifismo".
que seu nome estava em uma lista de alvos de assassinato, com uma "recompensa de 5 mil dólares por sua
Ele arregaça suas mangas e segura uma
cabeça". [85]  Uma  revista  alemã  o  incluiu  em  uma  lista  de  inimigos  do  regime  com  a  frase  "ainda  não espada intitulada "Prevenção" (cerca de
enforcado". [89]  Residiu  temporariamente  em  Coq  sur  Mer,  na  costa  da  Bélgica,  onde  junto  de  sua  esposa 1933).
tiveram guardas designados pelo governo para protegê­los. [90][91] Em julho foi para Inglaterra por cerca de
seis semanas, a convite pessoal do oficial da marinha britânica Comandante Oliver Locker­Lampson, que havia se tornado seu amigo nos anos anteriores.
Para protegê­lo, Locker­Lampson secretamente tinha dois assistentes o vigiando em sua casa de campo isolada fora de Londres, com a imprensa publicando
uma foto deles protegendo Einstein. [92][93][94] Em uma carta para o seu amigo, o físico Max Born, que também emigrou da Alemanha e vivia na Inglaterra,
Einstein escreveu que "o grau de brutalidade e covardia deles chegou como uma surpresa". [85]

Locker­Lampson  o  levou  para  conhecer  Winston Churchill  em  sua  casa  e,  mais  tarde,  Austen Chamberlain  e  o  ex­Primeiro­Ministro  David  Lloyd  George.
Einstein pediu­lhes para ajudar a trazer cientistas judeus da Alemanha. Nos dias seguintes, o Comandante introduziu um projeto de lei no Parlamento para
"ampliar as oportunidades de cidadania aos judeus". [95] Em 17 de outubro voltou para os Estados Unidos, assumindo um cargo no Instituto de Estudos
Avançados de Princeton, o que exigia sua presença durante seis meses por ano. [96][97] Ainda estava indeciso sobre o seu futuro, tinha ofertas de universidades
europeias, incluindo a Christ Church, Oxford, mas em 1935 chegou à decisão de permanecer permanentemente nos Estados Unidos e requerer a cidadania
norte­americana. [98] No mesmo ano comprou uma casa em Princeton, na 112 Mercer Street, menos de uma milha a pé do futuro campus do Instituto, que

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31/03/2019 Albert Einstein – Wikipédia, a enciclopédia livre
estava em construção. [99][100][101] Foi um dos membros do corpo docente do Instituto, juntamente com os matemáticos Oswald Veblen, James Alexander,
John von Neumann e Hermann Weyl. Ele nunca mais voltou para a Europa. [102] Sua afiliação com o Instituto de Estudos Avançados duraria até sua morte,
em 1955. [101]

Em 1937 completou a versão final de um artigo sobre ondas gravitacionais. Um ano mais tarde, escreveu em parceria com seu amigo e físico Leopold Infeld A
Evolução da Física, um livro popular de ciência publicado para ajudá­lo financeiramente. Einstein e Infeld se conheceram em Berlim, na época em que este
era  um  estudante.  Entre  1936  e  1937  foi  membro  do  Instituto  de  Estudos  Avançados,  onde  colaboraram  juntos  em  três  artigos  sobre  o  problema  no
movimento na relatividade geral. Infeld foi professor da Universidade de Toronto de 1938 até 1950, e da Universidade de Varsóvia de 1950 até sua morte em
1968. [103]

Projeto Manhattan e a cidadania norte­americana
Em 1939, um grupo de cientistas húngaros que incluía o físico emigrante Leó Szilárd tentou alertar Washington de pesquisas nazistas em andamento sobre a
bomba atômica. Os avisos do grupo foram ignorados. [104] Einstein e Szilárd, junto com outros refugiados,
como Edward Teller e Eugene Wigner, "consideravam como sua responsabilidade alertar os americanos para
a possibilidade de que cientistas alemães pudessem ganhar a corrida para construir uma bomba atômica, e
por avisar que Hitler estaria mais do que disposto a recorrer a tal arma". [105] Em 12 de julho, poucos meses
antes  do  início  da  Segunda  Guerra  Mundial  na  Europa,  Szilárd  e  Wigner  visitaram  Einstein  e  explicaram
sobre a possibilidade de bombas atômicas por meio de experimentos com urânio e fissão, além de cálculos
indicando uma reação em cadeia. Ele respondeu: "Nisto eu nunca havia pensado". [106][107] Foi convencido a
emprestar  seu  prestígio,  escrevendo  uma  carta  com  Szilárd  ao  presidente  Franklin  Delano  Roosevelt  para
alertá­lo sobre essa possibilidade. A carta também recomendou que o governo dos Estados Unidos prestasse
atenção  e  se  envolvesse  diretamente  na  pesquisa  de  urânio  e  de  pesquisas  associadas  à  reação  em
cadeia. [108][109] Para Sarah Diehl e James Clay Moltz, a carta é "provavelmente o estímulo fundamental para
a adoção pelos Estados Unidos de investigações sérias em armas nucleares na véspera da entrada do país na
Segunda Guerra Mundial". [110]

O presidente nomeou um comitê para avaliar a carta, e o grupo que a enviou foi expandido para coordenar a
investigação  nuclear  entre  universidades  americanas.  Entre  os  membros  estavam  Szilárd,  Teller  e  Wigner.
Roosevelt seguiu a sugestão da carta. Einstein foi convidado a integrar o grupo, mas recusou. Entre 1940 e
1941,  pesquisas  preliminares  confirmaram  a  viabilidade  de  uma  bomba  atômica.  Em  7  de  dezembro,  um Retrato tirado em Princeton, em 1935.
ataque japonês surpresa na base naval de Pearl Harbor forçou os Estados Unidos a entrar na guerra. Pouco
tempo depois, a Alemanha também declarou guerra contra o país devido a um tratado de defesa com o Japão. Isto aumentou a urgência de pesquisa atômica.
No ano seguinte, o governo americano autorizou um esforço maior para produzir bombas atômicas. A fim de manter este projeto secreto e evitar mencioná­lo,
foi colocado sob o Distrito Manhattan do Corpo de Engenheiros do Exército e chamado de Projeto Manhattan. [111] Para Einstein, "a guerra era uma doença, e
ele sempre apelou para a resistência contra a guerra." Ao assinar a carta a Roosevelt, agiu contrariamente aos seus princípios pacifistas. [112] Em 1954, um ano
antes do seu falecimento, disse ao seu velho amigo Linus Pauling, "Eu cometi um grande erro na minha vida — quando assinei a carta ao presidente Roosevelt
recomendando a construção da bomba atômica; mas nesse tempo havia uma justificativa — o perigo de que os alemães a construíssem."[113]

Einstein  tornou­se  um  cidadão  norte­americano  em  1°  de  outubro  de  1940. [114]  Não  muito  tempo  depois  de
iniciar  sua  carreira  na  Universidade  de  Princeton,  expressou  o  seu  apreço  pela  "meritocracia"  da  cultura
americana, quando comparada com a Europa. De acordo com Isaacson, ele reconheceu o "direito dos indivíduos
a dizer e pensar o que quisessem", sem barreiras sociais e, como consequência, o indivíduo era "incentivado" a ser
mais criativo, uma característica que valorizava desde sua própria educação inicial. [115] Após o fim da Segunda
Guerra  Mundial  e  as  memórias  e  imagens  de  Hiroshima  e  Nagasaki  ainda  frescas  na  mente  das  pessoas,
cientistas pediram­lhe para participar de um apelo à comunidade científica para que recusassem a trabalhar no
desenvolvimento de energia nuclear por causa de seus possíveis usos para o mal. Apesar de relutante a fazê­lo
devido as respostas negativas a questões críticas, Einstein posteriormente assinou a carta de proposta. Estava
Einstein aceitando a cidadania mais  disposto  a  unir  seu  nome  e  participar  de  atividades  coletivas  com  outros  cientistas.  Por  insistência  de
americana, em 1940. Szilárd, em maio de 1946, concordou em ser o presidente do Comitê Emergencial de Cientistas Atômicos, cuja
missão  era  promover  o  uso  pacífico  da  energia  nuclear,  difundir  o  conhecimento  e  informação  sobre  energia
atômica e promover a compreensão geral de suas consequências. [116]

Como  membro  da  Associação  Nacional  para  o  Progresso  de  Pessoas  de  Cor  (NAACP),  em  Princeton,  que  fazia  campanha  pelos  direitos  civis  dos  afro­
americanos,  Einstein  se  correspondia  com  o  ativista  dos  direitos  dos  negros  W.E.B.  Du  Bois,  e,  em  1946,  chamou  o  racismo  de  "a  pior  doença  da
América". [117]  Mais  tarde,  ele  afirmou  que  "o  preconceito  de  raça  infelizmente  se  tornou  uma  tradição  americana  que  é  acriticamente  transmitida  de  uma
geração para a outra [...] Os únicos remédios são a iluminação e a educação". [118] Einstein fez ainda uma palestra na Universidade Lincoln em Pensilvânia, a
primeira universidade historicamente negra dos Estados Unidos, onde recebeu um título honoris causa do presidente Horace Mann Bond, em maio de 1946.
Em  outubro  do  mesmo  ano  recebeu  os  membros  da  mesma  universidade  para  uma  confraternização  em  sua  casa  em  Princeton. [119]  Depois  da  morte  do
primeiro  presidente  de  Israel,  Chaim  Weizmann,  em  novembro  de  1952,  o  primeiro­ministro  David  Ben­Gurion  lhe  ofereceu  a  posição,  um  cargo
principalmente cerimonial em um sistema que investia mais poder no primeiro­ministro e o gabinete. A oferta foi apresentada pelo embaixador de Israel em
Washington, Abba Eban, que explicou que ela "encarna o mais profundo respeito que o povo judeu pode repousar em qualquer um de seus filhos". [120]  No
entanto,  recusou  e  escreveu  em  sua  resposta  que  estava  "profundamente  comovido"  e  "ao  mesmo  tempo  triste  e  envergonhado",  pois  não  poderia  aceitá­
la:[121]

"Toda a minha vida eu tenho lidado com questões objetivas, daí me falta tanto a aptidão natural e a experiência para
lidar corretamente com as pessoas e para o exercício da função oficial. Eu estou muito triste com essas circunstâncias,

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31/03/2019 Albert Einstein – Wikipédia, a enciclopédia livre
porque a minha relação com o povo judeu se tornou o meu laço humano mais forte, uma vez que eu consegui
compreender a clareza sobre a nossa posição precária entre as nações do mundo".

Últimos anos e morte
No verão de 1950, seus médicos descobriram que um aneurisma — um vaso sanguíneo fraco — em sua aorta abdominal estava ficando maior. Quando foi
encontrado,  os  médicos  tinham  poucas  opções  de  tratamento  e  envolveram  o  vaso  sanguíneo  inflamado  com  papel  celofane  na  esperança  de  evitar  uma
hemorragia. Einstein parecia ter recebido bem a notícia, assim como recusou quaisquer tentativas cirúrgicas adicionais para corrigir o problema. [122] Recusou
a cirurgia dizendo: "Quero ir quando eu quiser. É de mau gosto ficar prolongando a vida artificialmente. Fiz a minha parte, é hora de ir embora e eu vou fazê­lo
com elegância". [123] Em 18 de março de 1950, assinou seu testamento. Nomeou sua secretária, Helen Dukas,  e  amigo  Otto Nathan  como  seus  executores
literários; deixou todos os seus manuscritos para a Universidade Hebraica de Jerusalém, a escola que ajudou a fundar em Israel; e legou seu violino para seu
primeiro neto, Bernhard Caesar Einstein. [124]

Einstein  também  organizou  seus  assuntos  funerários.  Queria  uma  cerimônia  simples  e  sem  lápide.  Escolheu  não  ser  enterrado  já  que  não  queria  ter  um
túmulo  que  poderia  ser  transformado  em  um  local  turístico,  e,  ao
contrário  da  tradição  judaica,  pediu  para  ser  cremado.  Seus  últimos
dias  foram  relativamente  pacíficos.  Morreu  na  manhã  de  segunda­
feira  em  18  de  abril  de  1955,  no  Hospital  de  Princeton  à  1h15  da
manhã, com 76 anos de idade, tendo continuado a trabalhar até quase
o  fim  de  sua  vida.  Suas  últimas  palavras  pronunciadas  em  alemão
não puderam ser entendidas pela enfermeira. [124][125]

Durante  a  autópsia,  o  patologista  de  plantão  do  Hospital  de


Princeton, Thomas Stoltz Harvey, removeu o cérebro de Einstein para
preservação. Harvey dissecou o órgão em cerca de 240 seções, vedou
algumas  das  partes  em  parafina  para  preservá­las  e  outras  foram
deixadas flutuando livremente em formol. Conforme as pesquisas em
seu  cérebro  continuaram,  logo  tornou­se  público  o  ocorrido  e  o
patologista  realizou  uma  conferência  de  imprensa,  dizendo  que
Em seus últimos anos, c. 1950 pretendia  estudar  o  órgão  para  a  ciência.  Por  não  ser  um
neuropatologista,  especialistas  do  campo  questionaram  sua Einstein em 1947.
capacidade de estudar o cérebro, e tentaram persuadi­lo a entregá­lo. Mas Harvey recusou. [126] Desde então, o
órgão vem sendo objeto de diversos estudos científicos. Pessoas têm pesquisado motivos anatômicos em relação à inteligência. [127] Seus restos mortais foram
cremados  e  suas  cinzas  espalhadas  muito  provavelmente  ao  longo  do  rio  Delaware,  perto  de  Princeton,  por  seus  amigos. [128][129]  Em  sua  palestra  no
memorial  de  Einstein,  o  físico  nuclear  Robert  Oppenheimer  resumiu  sua  impressão  sobre  ele  como  pessoa:  "Era  quase  totalmente  sem  sofisticação  e
totalmente sem mundanismo [...] Havia sempre com ele uma pureza maravilhosa ao mesmo tempo infantil e profundamente teimosa". [130]

Após uma colaboração de longa data com o escritor, pacifista e vencedor do Nobel de Literatura Bertrand Russell, Einstein junto com um grupo de cientistas
proeminentes assinou o Manifesto Russell­Einstein, em 11 de fevereiro de 1955. O manifesto é um apelo que declarava suas preocupações com o uso de armas
nucleares na corrida armamentista entre os Estados Unidos e a União Soviética. Apelou aos cientistas para que assumissem suas responsabilidades sociais e
informassem  o  público  sobre  as  ameaças  tecnológicas,  particularmente  as  nucleares.  Além  de  Einstein  e  Russell,  os  outros  nove  signatários  do  manifesto
foram Max Born, Percy Williams Bridgman, Leopold Infeld, Frédéric Joliot­Curie, Hermann Muller, Linus Pauling, Cecil Frank Powell, Józef Rotblat e Hideki
Yukawa. Foi publicado em 9 de julho de 1955, em Londres, alguns meses após a morte de Einstein. Foi sua última declaração política. [131]

Contribuições científicas
Ao  longo  de  sua  vida,  Einstein  publicou  centenas  de  livros  e  artigos.  Além  do  trabalho  individual,  também  colaborou  com  outros  cientistas  em  outros
projetos, incluindo a estatística de Bose­Einstein, o refrigerador de Einstein e outros. [132] Publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais
de 150 obras não científicas. [133][nota 3]

Artigos do Ano Miraculoso
Os textos do Ano Miraculoso são trabalhos acadêmicos que estabeleceram Einstein como um dos físicos mais importantes do mundo. Não só publicou artigos
importantes nesse ano, mas também encontrou tempo para escrever outros 23 de revisão para uma série de revistas. Realizou tudo isso em seu tempo livre
depois que chegava em casa do trabalho. No início de 1905 tinha 25 anos, era um homem de família, com dois anos de casamento, e encontrou tempo para
pensar sobre física. Independentemente de como conseguiu concentrar­se com sua vida agitada, os resultados alcançados nesse ano foram notáveis. Estão
entre  os  trabalhos  mais  profundos  já  publicados  na  física.  Um  deles  iria  finalmente  lhe  render  o  seu  grau  de  doutor  e  ajudar  a  estabelecer  que  os  átomos
realmente existem. Outros dois lançaram uma nova área da física — a relatividade especial — pela qual ele se tornou mundialmente famoso. Um quarto artigo
ligado a curiosa observação sobre o movimento errático do pólen — o movimento browniano — com o tamanho de átomos. Todos eles foram publicados na
prestigiada revista alemã Annalen der Physik. [134] Os quatro artigos são:

Sobre um ponto de vista heurístico relativo à produção e transformação da luz. Artigo científico que possui como foco o efeito fotoelétrico, foi recebido
pelo periódico em 18 de março e publicado em 9 de junho. Resolveu um quebra­cabeça sem solução, sugerindo que a energia é trocada apenas em
quantidades discretas (quanta).[135] Esta ideia foi fundamental para o desenvolvimento inicial da teoria quântica.[136]
Sobre o movimento de pequenas partículas em suspensão dentro de líquidos em repouso, tal como exigido pela teoria cinético­molecular do calor. Artigo
focado no movimento browniano, foi recebido em 11 de maio e publicado em 18 de julho. Explicou evidência empírica para a teoria atômica, apoiando a
aplicação da física estatística.[137]
Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento. Com foco na relatividade restrita, foi apresentado em 30 de junho e publicado em 26 de setembro.
Reconciliou as equações de eletricidade e de magnetismo de Maxwell com as leis da mecânica, introduzindo alterações importantes na mecânica perto da
velocidade da luz, que resultam da análise com base na evidência empírica de que a velocidade da luz é independente do movimento do observador.[138]
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velocidade da luz, que resultam da análise com base na evidência empírica de que a velocidade da luz é independente do movimento do observador.[138]
Desacreditou o conceito de um "éter luminoso".[139]
A inércia de um corpo depende do seu conteúdo energético?. Artigo que investiga a equivalência massa­energia, foi apresentado ao periódico em 27 de
setembro e publicado em 21 de novembro. É apresentada a equivalência de matéria e energia, E=mc² (e, por consequência, a capacidade da gravidade em
"curvar" a luz), a existência da "energia de repouso" e a base da energia nuclear (a conversão de matéria em energia por seres humanos e no
cosmos).[140]
Outros cientistas, especialmente Henri Poincaré e Hendrik Lorentz, tinham teorizado partes da relatividade especial. No entanto, Einstein foi o primeiro a
reunir toda a teoria em conjunto e perceber o que era uma lei universal da natureza, não uma invenção de movimento no éter, como Poincaré e Lorentz tinham
pensado. Originalmente, a comunidade científica ignorou os artigos do Ano Miraculoso. Isso começou a mudar depois que recebeu a atenção de Max Planck, o
fundador  da  teoria  quântica,  um  dos  físicos  mais  influentes  de  sua  geração  e  o  único  físico  que  notou  os  trabalhos.  Ambos  viriam  a  se  conhecer  em  uma
palestra internacional na Conferencia de Solvay, após Planck gradualmente confirmar sua teoria. [carece de fontes?]

Relatividade, E=mc² e o princípio da equivalência
Articulou o princípio da relatividade. [141] Isto foi entendido por Hermann Minkowski como uma generalização da invariância rotacional, do espaço para o
espaço­tempo. Outros princípios postulados por Einstein e mais tarde provados são o princípio da equivalência e o princípio da invariância adiabática do
número quântico.

A relatividade geral é uma teoria da gravitação que foi desenvolvida por Einstein entre 1907 e 1915. [142] De acordo
com  a  relatividade  geral,  a  atração  gravitacional  observada  entre  massas  resulta  da  curvatura  do  espaço  e  do
tempo  por  essas  massas.  A  relatividade  geral  tornou­se  uma  ferramenta  essencial  na  astrofísica  moderna.  Ela
fornece a base para o entendimento atual de buracos negros, regiões do espaço onde a atração gravitacional é tão
forte que nem mesmo a luz pode escapar.

Como  disse  mais  tarde,  a  razão  para  o  desenvolvimento  da  relatividade  geral  foi  a  de  que  a  preferência  de
movimentos inerciais dentro da relatividade especial não foi satisfatória, enquanto uma teoria que, desde o início,
não  prefere  nenhum  estado  de  movimento  (mesmo  os  mais  acelerados)  deve  parecer  mais  satisfatória. [143]
Consequentemente,  em  1907,  publicou  um  artigo  sobre  a  aceleração  no  âmbito  da  relatividade  especial.  Nesse
artigo intitulado "Sobre o Princípio da Relatividade e as Conclusões Tiradas Dela", argumentou que a queda livre é
um  movimento  inercial,  e  que  para  um  observador  em  queda  livre  as  regras  da  relatividade  especial  devem  se
aplicar.  Este  argumento  é  chamado  de  princípio da equivalência.  No  mesmo  artigo,  Einstein  previu  também  o
fenômeno da dilatação temporal gravitacional, desvio  gravitacional  para  o  vermelho  e  deflexão  da  luz. [144][145]
Em 1911, publicou "Sobre a Influência da Gravidade na Propagação da Luz", em expansão do artigo de 1907, em
Fotografia de Arthur Stanley
que estimou a quantidade de deflexão da luz por corpos maciços. Assim, a previsão teórica de relatividade geral
Eddington do eclipse solar de 1919.
pode, pela primeira vez ser testada experimentalmente. [146]

Seu artigo "Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento" ("Zur Elektrodynamik bewegter Körper") foi recebido em 30 de junho de 1905 e publicado em
26  de  setembro  daquele  ano. [carece  de  fontes?]  Concilia  as  equações  de  Maxwell  para  a  eletricidade  e  o  magnetismo  com  as  leis  da  mecânica,  através  da
introdução de grandes mudanças para a mecânica perto da velocidade da luz. Isto mais tarde se tornou conhecido como a teoria da relatividade especial de
Einstein. As consequências disto incluem o intervalo de espaço­tempo de um corpo em movimento, que parece reduzir de velocidade e se contrair (na direção
do  movimento),  quando  medido  no  plano  do  observador.  Este  documento  também  argumentou  que  a  ideia  de  um  éter  luminífero  —  uma  das  entidades
teóricas líderes da física na época — era supérflua. [carece de fontes?] Em seu artigo sobre equivalência massa­energia, Einstein concebeu E=mc² de sua equação
da  relatividade  especial. [147]  Seu  trabalho  de  1905  sobre  a  relatividade  permaneceu  controverso  por  muitos  anos,  mas  foi  aceito  pelos  principais  físicos,
começando com Max Planck. [nota 4][148]

A  teoria  da  relatividade  geral  tem  uma  lei  fundamental  —  as  equações de Einstein  que  descrevem
como o espaço se curva, a equação geodésica que descreve como as partículas que se movem podem
ser derivadas a partir das equações de Einstein. Uma vez que as equações da relatividade geral são
não­lineares, um pedaço de energia feita de campos gravitacionais puros, como um buraco negro, se
moveria em uma trajetória que é determinada pelas equações de Einstein, e não por uma nova lei.
Assim,  Einstein  propôs  que  o  caminho  de  uma  solução  singular,  como  um  buraco  negro,  seria
determinado como uma geodésica da própria relatividade geral. Isto foi estabelecido por Einstein,
Infeld e Hoffmann para objetos pontuais sem movimento angular, e por Roy Kerr  para  objetos  em Ilustração da curvatura do Espaço­tempo.
rotação.

Poucos meses após publicar seu artigo sobre a relatividade geral em 1916, perceberam que distorções no espaço poderiam levar objetos a atalhos que poderiam
conectar áreas muito remotas. Foram encontradas soluções que permitiam a possibilidade de um buraco de minhoca — um atalho entre duas partes remotas
do espaço e, possivelmente, do tempo. Um buraco de minhoca é criado quando uma grande massa cria uma singularidade no tecido do espaço­tempo, algo
tornado possível pela relatividade geral. Quando a singularidade de uma massa encontra a de outra, ambas podem se unir e criar uma passagem através da
qual algo — matéria, luz, radiação — pode passar relativamente rápido apesar da grande distância entre elas. No mesmo ano em que Einstein publicou a
teoria, dois físicos, Ludwig Flamm e Karl Schwarzschild, descobriram independentemente que os túneis no espaço eram soluções válidas para as equações da
relatividade, que eram ferramentas para descrever a forma do espaço. As equações mostram que a gravidade distorceu a própria natureza do espaço, e em
áreas de imensa gravidade, uma distorção, ou túnel, poderia aparecer. Schwarzschild já havia postulado a existência do que acabaria se tornando conhecido
como buracos negros — estrelas mortas tão densas e com uma gravidade tão forte que qualquer coisa que chegasse muito perto seria sugada para sempre. A
intensa  gravidade  associada  com  esses  buracos  negros  poderia  muito  bem  levar  a  enormes  distorções  espaciais.  Em  1935,  Einstein  e  Nathan  Rosen
desenvolveram um modelo mais completo destes túneis, que hoje são referidos como pontes de Einstein­Rosen. [149][150]

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Mecânica quântica e relacionados
Ao longo da década de 1910, a mecânica quântica expandiu em escopo para cobrir muitos sistemas diferentes. Depois
de  Ernest  Rutherford  descobrir  o  núcleo  e  propor  que  os  elétrons  orbitam  como  planetas,  Niels  Bohr  foi  capaz  de
mostrar  que  os  mesmos  postulados  da  mecânica  quântica  introduzidos  por  Planck  e  desenvolvidos  por  Einstein
explicaria o movimento discreto dos elétrons nos átomos e a tabela periódica de elementos.

Einstein  contribuiu  para  estes  desenvolvimentos,  ligando­os  com  os  argumentos  que  Wilhelm  Wien  tinha
apresentado  em  1898.  Wien  tinha  mostrado  que  a  hipótese  de  invariância  adiabática  de  um  estado  de  equilíbrio
térmico permite que todas as curvas de um corpo negro a temperaturas diferentes sejam derivadas uma a partir da
outra por um processo simples de deslocamento. [151] Einstein observou em 1911 que o mesmo princípio adiabático
mostra  que  a  quantidade  que  é  quantizada  em  qualquer  movimento  mecânico  deve  ser  um  invariante  adiabático.
Arnold Sommerfeld identificou esta invariante adiabática como a variável de ação da mecânica clássica. [152]

Embora o escritório de patentes o tenha promovido para técnico examinador de segunda classe em 1906, Einstein
não  tinha  desistido  da  carreira  acadêmica.  Em  1908  tornou­se  privatdozent  na  Universidade  de  Berna. [153]  Em
"Sobre o desenvolvimento de nossa visão sobre a natureza e constituição da radiação" ("Über die Entwicklung unserer
Anschauungen  über  das  Wesen  und  die  Konstitution  der  Strahlung"),  sobre  a  quantização  da  luz,  e  antes  em  um
artigo de 1909, Einstein mostrou que os quanta de energia de Max Planck devem ter momentos bem definidos e agir,
Einstein durante sua visita aos
em alguns aspectos, como partículas pontuais independentes. Este artigo introduziu o conceito de fóton (embora o
Estados Unidos em 1921.
nome fóton tenha sido introduzido mais tarde por Gilbert Newton Lewis em 1926) e inspirou a noção de dualidade
onda­partícula na mecânica quântica.

Quando os físicos desenvolveram a mecânica quântica, sentiu­se uma grande emoção pois estavam concebendo as
ferramentas  necessárias  para  descrever  o  mundo  recém­descoberto  das  partículas  subatômicas.  Einstein
compartilhava  a  emoção.  Mas  o  campo  da  mecânica  quântica  tomou  um  rumo  que  o  frustrou:  as  equações
desenvolvidas pelos cientistas só foram capazes de prever as probabilidades de como um átomo agiria. A mecânica
quântica  insiste  que  as  leis  mais  fundamentais  da  natureza  são  aleatórias.  Mesmo  que  os  primeiros  trabalhos  de
Einstein  levaram  diretamente  para  o  desenvolvimento  da  nova  ciência,  o  próprio  sempre  se  recusou  a  aceitar  essa
aleatoriedade. [154]  Em  1917,  no  auge  de  seu  trabalho  sobre  a  relatividade,  publicou  um  artigo  no  Physikalische
Zeitschrift que propôs a possibilidade da emissão estimulada, o processo físico que torna possíveis o maser e o laser.
[carece de fontes?] Este artigo mostra que as estatísticas de absorção e emissão de luz só seriam consistentes com a lei de

distribuição  de  Planck  se  a  emissão  de  luz  em  uma  moda  estatística  com  ‘’’n’’’  fótons  fosse  aumentada
estatisticamente em comparação com a emissão de luz em uma moda vazia. Este artigo foi enormemente influente no
desenvolvimento  posterior  da  mecânica  quântica,  porque  foi  o  primeiro  trabalho  a  mostrar  que  as  estatísticas  de
transições atômicas tinham leis simples. Einstein descobriu os trabalhos de Louis de Broglie e apoiou as suas ideias, Manchete de jornal em 4 de maio
que  foram  recebidas  com  ceticismo  no  início.  Em  outro  grande  artigo  nessa  mesma  época,  Einstein  proveu  uma de 1935.
equação  de  onda  para  as  ondas  de  Broglie,  que  sugeriu  como  a  equação  de  Hamilton­Jacobi  da  mecânica.  Este
trabalho iria inspirar o trabalho de Schrödinger de 1926.

A intuição física de Einstein o levou a notar que as energias do oscilador de Planck tinham um ponto zero incorreto. [155] Ele modificou a hipótese de Planck,
definindo que o estado de menor energia de um oscilador é igual a 1∕2 hf, a metade do espaçamento de energia entre os níveis. [156] Este argumento, que foi feito
em 1913 em colaboração com Otto Stern, [156] foi baseado na termodinâmica de uma molécula diatômica que pode se separar em dois átomos livres. [156]

Teoria do campo unificado e cosmologia
Depois  de  sua  pesquisa  sobre  a  relatividade  geral,  Einstein  entrou  em  uma  série  de  tentativas  de  generalizar  sua  teoria
geométrica  da  gravitação  para  incluir  eletromagnetismo  como  outro  aspecto  de  uma  única  entidade.  Em  1950,  ele
descreveu sua "teoria do campo unificado" em um artigo da Scientific American, intitulado "Sobre a Teoria da Gravitação
Generalizada". [carece  de  fontes?] Embora continuasse a ser elogiado por seu trabalho, tornou­se cada vez mais isolado em
sua  pesquisa,  e  seus  esforços  foram  infrutíferos.  Em  sua  busca  por  uma  unificação  das  forças  fundamentais,  Einstein
ignorou alguns desenvolvimentos da física corrente, principalmente as forças nucleares forte e fraca, que não foram muito
compreendidas até muitos anos após sua morte. A física corrente, por sua vez, em grande parte ignorou suas abordagens à
unificação. O sonho de Einstein de unificar as outras leis da física com a gravidade motivam missões modernas para uma
teoria de tudo  e  em  particular  a  teoria das cordas,  onde  os  campos  geométricos  surgem  em  um  ambiente  da  mecânica
quântica unificada.

Em 1917, aplicou a teoria da relatividade geral para modelar a estrutura do universo como um todo. [133] Ele queria que o
universo  fosse  eterno  e  imutável,  mas  este  tipo  de  universo  não  é  consistente  com  a  relatividade.  Para  corrigir  isso,
Einstein em seu escritório
modificou  a  teoria  geral  através  da  introdução  de  uma  nova  noção,  a  constante  cosmológica.  Com  uma  constante na Universidade de Berlim.
cosmológica positiva, o universo poderia ser uma esfera eterna estática. [carece de fontes?]

Einstein  acreditava  que  um  universo  esférico  estático  é  filosoficamente  preferido,  porque  obedeceria  ao  princípio  de  Mach.  Ele  havia  mostrado  que  a
relatividade geral incorpora o princípio de Mach, até um certo ponto, no arraste de planos por campos gravitomagnéticos, mas ele sabia que a ideia de Mach
não funcionaria se o espaço continuasse para sempre. Em um universo fechado, ele acreditava que o princípio de Mach se manteria. O princípio de Mach tem
gerado muita controvérsia ao longo dos anos.

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31/03/2019 Albert Einstein – Wikipédia, a enciclopédia livre

Fótons, átomo e quantum de energia
Em seu artigo "Sobre um ponto de vista heurístico relativo à produção e transformação da luz" ("Über einen die Erzeugung
und Verwandlung des Lichtes betreffenden heuristischen Gesichtspunkt"), Einstein postulou que a luz em si consiste de
partículas localizadas (quanta). Os quanta de luz de Einstein foram quase universalmente rejeitados por todos os físicos,
incluindo  Max  Planck  e  Niels  Bohr.  Essa  ideia  só  se  tornou  universalmente  aceita  em  1919,  com  os  experimentos
detalhados de Robert Millikan sobre o efeito fotoelétrico, e com a medida de espalhamento Compton. Einstein concluiu que
cada onda de frequência f é associada com um conjunto de fótons com uma energia hf cada, em que h  é  a  constante  de
Planck. Ele não diz muito mais, porque não tinha certeza de como as partículas estão relacionadas com a onda. Mas ele O efeito fotoelétrico. Fótons
sugere que essa ideia poderia explicar alguns resultados experimentais, especialmente o efeito fotoelétrico. [carece de fontes?] chegando à esquerda se
chocam com uma placa de
Em  1907,  propôs  um  modelo  de  matéria  em  que  cada  átomo  de  uma  estrutura  de  rede  é  um  oscilador  harmônico metal e ejetam elétrons,
independente.  No  modelo  de  Einstein,  cada  átomo  oscila  de  forma  independente  —  uma  série  de  estados  quantizados mostrados como partindo à
igualmente espaçados para cada oscilador. Einstein estava consciente de que obter a frequência das oscilações reais seria direita.
diferente,  mas  ele  propôs  esta  teoria  porque  era  uma  demonstração  particularmente  clara  de  que  a  mecânica  quântica
poderia resolver o problema do calor específico na mecânica clássica. Peter Debye aprimorou este modelo. [157]

Teoria da opalescência crítica
Einstein  voltou  para  o  problema  das  flutuações  termodinâmicas,  dando  um  tratamento  das  variações  de  densidade  de  um  fluido  no  seu  ponto  crítico.
Normalmente as flutuações de densidade são controladas pela segunda derivada da energia livre em relação à densidade. No ponto crítico, esta derivada é
zero, levando a grandes flutuações. O efeito da flutuação da densidade é que a luz de todos os comprimentos de onda é dispersada, fazendo com que o fluido
pareça branco leitoso. Einstein relaciona isso com a dispersão de Rayleigh, que é o que acontece quando o tamanho da flutuação é muito menor do que o
comprimento de onda, e que explica por que o céu é azul. [158] Einstein quantitativamente derivou a opalescência crítica de um tratamento de flutuações de
densidade, e demonstrou como tanto o efeito quanto a dispersão de Rayleigh se originam a partir da constituição atomística da matéria.

Argumento do buraco e teoria Entwurf
Ao desenvolver a relatividade geral, Einstein ficou confuso sobre a invariância de gauge na teoria. Formulou um argumento que o levou a concluir que uma
teoria  geral  do  campo  relativístico  é  impossível.  Desistiu  de  procurar  equações  tensoriais  covariantes  completamente  gerais  e  procurou  por  equações  que
seriam  invariantes  apenas  sob  transformações  lineares  gerais.  Em  junho  de  1913,  a  teoria  Entwurf  (do  alemão  "rascunho")  foi  o  resultado  dessas
investigações. Como o próprio nome sugere, era um esboço de teoria, com as equações de movimento complementadas por condições adicionais de fixação de
calibre. Ao mesmo tempo menos elegante e mais difícil do que a relatividade geral, após mais de dois anos de intenso trabalho, Einstein abandonou a teoria
em novembro de 1915, depois de perceber que o argumento do buraco estava errado. [159]

Flutuações termodinâmicas e física estatística
O  primeiro  trabalho  de  Einstein,  publicado  em  1900  no  Annalen  der  Physik,  versou  sobre  a  atração  capilar. [160]  Foi  publicado  em  1901  com  o  título
"Folgerungen  aus  den  Kapillarität  Erscheinungen",  que  se  traduz  como  "Conclusões  sobre  os  fenômenos  de  capilaridade".  Dois  artigos  que  publicou  entre
1902 e 1903 (termodinâmica) tentaram interpretar fenômenos atômicos a partir de um ponto de vista estatístico. Estas publicações foram a base para o artigo
de 1905 sobre o movimento browniano, que mostrou que pode ser interpretado como evidência sólida da existência das moléculas. Sua pesquisa em 1903 e
1904 estava centrada principalmente sobre o efeito do tamanho atômico finito em fenômenos de difusão. [161]

Pseudotensor de momento de energia
A relatividade geral inclui um espaço­tempo dinâmico, por isso é difícil identificar a energia e momento conservados. [carece de fontes?] O teorema de Noether
permite  que  essas  quantidades  sejam  determinadas  a  partir  da  função de Lagrange com invariância  de  translação,  mas  a  covariância  geral  transforma  a
invariância de translação em uma espécie de simetria de calibre. [162] A energia e o momento derivados pela relatividade geral pelas prescrições de Noether não
fazem um tensor real por este motivo.

Einstein argumentou que isso é verdade por motivos fundamentais, pois o campo gravitacional poderia ser levado ao desaparecimento por uma escolha de
coordenadas. Ele sustentou que o pseudotensor não­covariante de momento de energia era de fato a melhor descrição da distribuição de momento de energia
em um campo gravitacional. Esta abordagem tem sido ecoada por Lev Landau e Evgeny Lifshitz, [162] dentre outros, e tornou­se padrão. O uso de objetos não­
covariantes como pseudotensores foi duramente criticado em 1917 por Erwin Schrödinger e outros.

Colaboração com outros cientistas
Além de colaboradores de longa data como Leopold Infeld, Nathan Rosen, Peter Bergmann e outros, também teve algumas colaborações pontuais com vários
cientistas, como Banesh Hoffmann. [163] Einstein e Wander de Haas demonstraram que a magnetização é devida ao movimento de elétrons, o que hoje em dia
é conhecido como a rotação. Para mostrar isto, inverteram a magnetização em uma barra de ferro suspensa em um pêndulo de torção. Confirmaram que isso
leva a barra a rodar, devido a mudanças no momento angular do elétron com as mudanças de magnetização. Esta experiência precisava ser sensível, porque o
momento angular associado com os elétrons é pequeno, mas estabeleceu definitivamente que o movimento de elétrons é responsável pela magnetização.

Sugeriu a Erwin Schrödinger que seria capaz de reproduzir as estatísticas de um gás de Bose­Einstein ao considerar uma caixa. Então, para cada possível
movimento quântico de uma partícula em uma caixa, associar um oscilador harmônico independente. Quantizando estes osciladores, cada nível terá um
número inteiro de ocupação, que será o número de partículas na mesma. Essa formulação é uma forma de segunda quantização, mas é anterior à moderna

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31/03/2019 Albert Einstein – Wikipédia, a enciclopédia livre

mecânica quântica. Schrödinger a aplicou para derivar as propriedades termodinâmicas de um gás ideal
semiclássico.  Schrödinger  pediu  que  adicionasse  seu  nome  como  coautor,  mas  Einstein  recusou  o
convite. [164]

Os  debates  entre  Bohr  e  Einstein  foram  uma  série  de  disputas
públicas sobre a mecânica quântica entre Einstein e Niels  Bohr,
que foram dois dos seus fundadores. Seus debates são lembrados
por causa de sua importância para a filosofia da ciência. [carece  de
fontes?]

Em  1924  recebeu  uma  carta  com  a  descrição  de  um  modelo
A Conferência de Solvay de 1927, em estatístico do físico indiano Satyendra Nath Bose,  que  criou  um
Bruxelas, uma reunião dos principais físicos
método  de  contagem  onde  se  assume  que  a  luz  pode  ser
do mundo. Einstein no centro.
entendida  como  um  gás  de  partículas  indistinguíveis,  usando
uma  nova  forma  para  chegar  à  Lei  de  Planck. [165]  As  novas
estatísticas de Bose ofereceram mais informações sobre como entender o comportamento dos fótons. [166] Ele mostrou
que  se  um  fóton  entrou  em  um  estado  quântico  específico,  então  há  uma  tendência  para  que  o  próximo  entre  no
mesmo estado. Einstein notou que as estatísticas de Bose aplicavam­se a alguns átomos, bem como partículas de luz
propostas,  e  submeteu  a  tradução  do  artigo  em  alemão  para  o  Zeitschrift  für  Physik. [167]  Também  publicou  seus
próprios artigos descrevendo o modelo e suas implicações. Entre os resultados, em 1925 fez a notável descoberta em Einstein e Niels Bohr, em 1925

que algumas partículas aparecem em temperaturas muito baixas; se um gás tivesse uma temperatura bem próxima
do zero absoluto — o ponto em que os átomos não se movem — todos eles caíam no mesmo estado quântico. [168] O condensado de Bose­Einstein é um tipo de
matéria que é distintamente diferente das outras na Terra — diferente de líquido, sólido ou gasoso. [169] Foi a última grande contribuição de Einstein à física.
Somente em 1995 o primeiro condensado foi produzido experimentalmente por Eric Allin Cornell e Carl Wieman usando equipamentos de ultrarresfriamento
construídos no laboratório do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia — Instituto Conjunto do Laboratório de Astrofísica da Universidade do Colorado em
Boulder. [170] Hoje, as estatísticas de Bose­Einstein são usadas para descrever o comportamento de qualquer conjunto de bósons. [171]

Entre os anos de 1926 e 1930, Einstein e Szilárd trabalharam juntos e desenvolveram um silencioso refrigerador doméstico. [172] Em 11 de novembro de 1930,
a Patente 1.781.541 dos Estados Unidos foi atribuída a ambos pelo refrigerador de Einstein. [173] Sua invenção não foi imediatamente colocada em produção
comercial,  uma  vez  que  a  mais  promissora  de  suas  patentes  foi  rapidamente  comprada  pela  empresa  sueca  Electrolux  para  proteger  sua  tecnologia  de
refrigeração da competição. [nota 5]

Em 1935, Einstein, Boris Podolsky e Nathan Rosen produziram um famoso argumento para mostrar que a interpretação da mecânica quântica defendida por
Bohr e sua escola em Copenhague era incompleta se certas suposições razoáveis fossem feitas a respeito de "realidade" e "localidade" contra o qual não havia
um pouco de evidência empírica naqueles dias. Bohr escreveu um desmentido e foi declarado o vencedor. O debate persistiu em um nível filosófico até 1964,
quando John Stewart Bell produziu sua famosa desigualdade baseada no realismo local (ou seja, a localidade mais realidade, tal como definido por Einstein,
Podolsky e Rosen) na qual a mecânica quântica viola. Por fim, a questão foi trazida a baixo de sua altura filosófica ao nível empírico. Mas teve que esperar até
1982 para um verdadeiro veredito experimental. Os experimentos engenhosos realizados pela Aspect e seus colegas com fótons correlacionados mais uma vez
pareciam vindicar a mecânica quântica. Após o aparecimento do argumento EPR e a resposta de Bohr, a escola de Copenhague teve que mudar sua postura.
Tiveram que abandonar a ideia de que toda medida causava uma "perturbação" inevitável do sistema de medida. De fato, Bohr admitiu que, em uma causa
como a correlatada no paradoxo EPR, "não havia dúvida de uma perturbação mecânica do sistema sob investigação". [175]

A teoria da gravidade de Einstein­Cartan é uma modificação da teoria da relatividade geral, permitindo que o espaço­tempo tenha torção, além de curvatura,
e torção relativa à densidade da quantidade de momento angular intrínseco. Esta modificação foi proposta em 1922 por Élie Cartan, antes da descoberta do
spin. Cartan foi influenciado pelo trabalho dos irmãos Cosserat (1909), que consideravam, além de um (assimétrico) tensor força de estresse, também um
tensor momento de estresse em um meio contínuo adequadamente generalizado. [176]

Vida pessoal

Política e religião
Com seis anos de idade, no final de 1885, Einstein entrou na escola primária católica de seu bairro, provavelmente
a partir do segundo grau. Era a única criança judia na classe. Instrução religiosa fazia parte do currículo escolar,
assim ele se familiarizou com as histórias da Bíblia e dos santos. [6]

Sua  visão  política  era  a  favor  do  socialismo  e  contra  o  capitalismo,  que  ele  detalhou  em  seu  ensaio  Por  que  o
Socialismo?. [177][178] Suas opiniões políticas surgiram publicamente em meados do século XX, devido à sua fama
e reputação de gênio. Einstein ofereceu­se e foi chamado a opinar em questões muitas vezes não relacionadas à
física teórica e matemática. [179]

Seus pontos de vista sobre a crença religiosa foram coletados a partir de entrevistas e escritos originais. Quando Albert Einstein, visto aqui com sua
jovem dizia que acreditava no conceito de "Deus" conforme preconizado pelo filósofo Baruch Espinoza, mas não esposa Elsa e líderes sionistas,
em um Deus pessoal, crença que ele criticava. Nesta visão, deus e a natureza são uma mesma entidade. Chamava­ incluindo o futuro presidente de
Israel Chaim Weizmann, sua esposa
se de agnóstico, ao mesmo tempo que se dissociava do rótulo de ateu quando vinculado ao ateísmo forte (ateísmo
Vera Weizmann, Menahem
não cético). [180]  "Você  pode  me  chamar  de  agnóstico,  mas  eu  não  concordo  com  o  espírito  do  ateu  profissional
Ussishkin, e Ben­Zion Mossinson na
chegada em Nova Iorque, em 1921.

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31/03/2019 Albert Einstein – Wikipédia, a enciclopédia livre

cujo  fervor  é  um  ato  de  dolorosa  restrição  da  doutrinação  religiosa  da  juventude.  Eu  prefiro  ter  uma  atitude  de  humildade  em  relação  ao  quão  pouco
entendemos sobre a natureza e nossos próprios seres", escreveu a Guy H. Raner Jr. em setembro de 1949. [181][182]

Numa  carta  manuscrita  em  alemão  em  1954  e  dirigida  ao  filósofo  judeu  Eric  Gutkind,  Einstein  critica  enfaticamente  as  religiões  institucionalizadas,  em
particular a religião judaica, de forma a posicioná­lo como ateu um ano antes de sua morte. [183] Na missiva em questão, o cientista declara que "A palavra
Deus para mim é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são
bastante infantis."[184] Conhecida como a "Carta de Deus", a carta foi vendida em 2018 em Nova Iorque por 2,89 milhões de dólares num leilão organizado
pela Christie's. [185]

Amor pela música
Einstein desenvolveu apreciação musical em uma idade precoce. Sua mãe tocava piano razoavelmente bem
"O que tenho a dizer sobre a obra de Bach? e queria que seu filho aprendesse a tocar violino, não só para incutir nele o amor pela música, mas também
Ouvir, tocar, amar, adorar ... ficar calado!" para  ajudá­lo  a  assimilar  a  cultura  alemã.  De  acordo  com  o  maestro  Leon  Botstein,  Einstein  disse  ter
começado a tocar quando tinha cinco anos, mas não o apreciava nessa idade. [187] Quando completou treze
— Albert Einstein em resposta a um inquérito
anos, no entanto, descobriu as sonatas para violino de Mozart. "Einstein se apaixonou", e estudou música
da revista alemã Illustrierten Wochenschrift,
com mais vontade. Aprendeu a tocar sozinho sem "nunca praticar sistematicamente", acrescentando que "o
1928.[186]
amor  é  um  professor  melhor  do  que  um  sentido  de  dever". [188]  Aos  dezessete  anos,  foi  ouvido  por  um
examinador de sua escola em Aarau quando tocava as sonatas de violino de Beethoven, tendo o examinador
afirmado depois que seu toque era "notável e revelador de 'uma grande visão'." O que impressionou o examinador, escreve Botstein, era que Einstein "exibiu
um amor profundo pela música, uma qualidade que foi e continua a ser escassa. A música possuía um significado incomum para esse estudante."[188]

Embora tenha se apresentado em público para concertos de caridade e como um representante da Liga das Nações, Einstein não tocou principalmente para os
espectadores, mas para se divertir com amigos — ou sozinho, para relaxamento e inspiração. Ele muitas vezes se sentava ao piano e improvisava. Onde quer
que fosse, seu violino "Lina" estava com ele. Desde sua infância havia procurado oportunidades de tocar com outros músicos. Até o fim dos seus dias, teve
encontros  com  outros  estudantes  e  colegas,  com  Michele  Besso  e  Max  Born,  Max  Planck  e  Paul  Ehrenfest,  com  particulares  e  celebridades,  com  Pauline
Winteler, que cuidou dele quando morava em Aarau, e com a Rainha Isabel da Bélgica em Bruxelas. À época, tocar música em casa era uma coisa natural
durante os encontros, e ele reuniu cientistas e músicos em Princeton para visitar e tocar Mozart, Bach e Schubert. [189][190]

A  música  assumiu  um  papel  fundamental  e  permanente  em  sua  vida.  Embora  a  ideia  de  se  tornar  um
profissional não estivesse em sua mente em nenhum momento, entre aqueles com os quais Einstein tocou a "Se eu não fosse um físico, provavelmente
música de câmara estavam alguns profissionais, e ele se apresentou para os amigos e em privado. A música seria  músico.  Eu  penso  sobre  música
de  câmara  também  se  tornou  uma  parte  regular  de  sua  vida  social,  enquanto  vivia  em  Berna,  Zurique  e frequentemente.  Eu  sonho  acordado  com
Berlim, onde tocou com Max Planck e seu filho, entre outros. [192]  Em  1931,  quando  estava  envolvido  em música. Eu vejo minha vida em termos de
pesquisa no Instituto de Tecnologia da Califórnia,  ele  visitou  o  Conservatório  da  família  Zoellner  em  Los música  ...  obtenho  mais  alegria  na  vida
Angeles e tocou algumas das obras de Beethoven e Mozart com os membros do Quarteto Zoellner, que tinha através da música."
se  retirado  recentemente  após  duas  décadas  de  turnês  aclamado  em  todos  os  Estados  Unidos;  Einstein
mais  tarde  presenteou  o  patriarca  da  família  com  uma  fotografia  autografada  como  uma — Einstein, 1929[191]

lembrança. [193][194] Perto do fim de sua vida, em 1952, quando o Quarteto de Cordas Juilliard (da Juilliard
School, de Nova Iorque) visitou­o em Princeton, [195] ele tocou seu violino com eles; ainda que diminuísse o ritmo para acomodar suas habilidades técnicas
menores, Botstein observa que o quarteto ficou "impressionado com o nível de coordenação e entonação de Einstein."[188]

Legado
Quando em viagem, Einstein escrevia diariamente para sua esposa Elsa e as enteadas Margot e Ilse. As cartas foram incluídas nos documentos legados à
Universidade Hebraica de Jerusalém. Margot Einstein permitiu que as cartas pessoais fossem disponibilizadas ao público, solicitando que fossem esperados
vinte anos após sua morte para a publicação, o que ocorreu em 1986. Barbara Wolff, dos Albert Einstein Archives da Universidade Hebraica de Jerusalém,
disse à BBC que há cerca de 3,500 páginas de correspondência privada, escritas entre 1912 e 1955.

Einstein doou os royalties do uso de sua imagem para a Universidade Hebraica de Jerusalém. Corbis, sucessor da The Roger Richman Agency, licencia o uso
de  seu  nome  e  imagens  associadas,  como  agente  para  a  universidade.  Suas  grandes  conquistas  intelectuais  e  originalidade  fizeram  da  palavra  "Einstein"
sinônimo  de  gênio.  Sua  fórmula  de  equivalência  massa­energia  —  E=mc²  —  foi  chamada  por  Karen  Fox  e  Aries  Keck  de  "a  equação  mais  famosa  do
mundo". [196][197] Ao lado da mecânica quântica, sua teoria da relatividade geral foi considerada um dos pilares da física moderna. [198][199]

No período anterior à Segunda Guerra Mundial, era tão conhecido nos Estados Unidos a ponto de ser indagado na rua por pessoas que solicitavam que ele
explicasse "aquela teoria". Einstein finalmente descobriu uma maneira de lidar com as perguntas incessantes. Ele passou a responder a elas com o bordão
"Perdão, sinto muito! Sou sempre confundido com o Professor Einstein." Foi o assunto ou inspiração para muitas novelas, filmes, peças de teatro e obras de
música. [200] É o modelo favorito para representações de cientistas loucos e professores distraídos, seu rosto expressivo e penteado característico têm sido
amplamente copiado e exagerado. Em 1999, a revista Time publicou a compilação Time 100: The Most Important People of the Century, no qual classificava
as  pessoas  mais  influêntes  do  século  XX.  Einstein  ficou  em  primeiro  lugar  como  a  pessoa  mais  importante  do  século,  acrescentando  que  "foi  o  cientista
preeminente em um século dominado pela ciência. As pedras fundamentais da época — a bomba, o Big Bang, física quântica e eletrônicos — todas trazem sua
marca". Frederic Golden escrevendo para a mesma revista disse na publicação que Einstein era "o sonho realizado de um cartunista". Também em 1999, 100
físicos renomados elegeram­no o mais memorável físico de todos os tempos. [201][202]

Prêmios e honrarias

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31/03/2019 Albert Einstein – Wikipédia, a enciclopédia livre

Publicações

Ver também
Notação de Einstein
Lei de Hubble­Humason
História da mecânica quântica
Massa na relatividade especial
Constante gravitacional universal
Teoria cinética da relação de Einstein
Albert Einstein World Award of Science
Controvérsia sobre a paternidade da Teoria da Relatividade
Václav Hlavatý

Notas
1.  Conforme relatado por Karl Kruszelnicki, em Great Mythconceptions: The Science Behind the Myths, p. 20, no último ano de Einstein na escola em
Aargau, o sistema de notas, que pontuava entre 1 e 6, foi invertido: se em anos anteriores a 1896 a nota 1 era a maior e a nota 6 a pior, a partir desse ano
a nota 6 passou a ser a melhor. Como sua nota outrora estivera próxima de 1 em um sistema que ia de 1 a 6, surgiu o boato de que fora mau aluno na
escola. Na verdade, sua nota próxima a 1 corresponderia, no novo padrão, a uma nota global de 4,91 em 6, uma nota nada ruim.[18][19]
2.  Abraham Pais, em seu livro Subtle is the Lord : The Science and the Life of Albert Einstein, cita as notas de Einstein em seu Matura da Escola
Politécnica: alemão 5, italiano 5, história 6, geografia 4, álgebra 6, geometria 6, geometria descritiva 6, física 6, química 5, história natural 5, desenho
(artístico) 4, desenho (técnico) 4.[21]
3.  Paul Arthur Schilpp, editor (1951). «Albert Einstein: Philosopher­Scientist, Volume II». Nova Iorque: Harper and Brothers Publishers (edição da Harper
Torchbook) (em inglês): 730–746 Seus trabalhos não científicos incluem: About Zionism: Speeches and Lectures by Professor Albert Einstein (1930), "Why
War?" (1933, coautoria de Sigmund Freud),The World As I See It (1934), Out of My Later Years (1950), e um livro sobre ciência para leitura geral, The
Evolution of Physics (1938, coautoria de Leopold Infeld).
4.  Para uma discussão sobre a recepção da teoria da relatividade em todo o mundo, e as diferentes controvérsias que encontramos, veja os artigos de
Thomas F. Glick, ed., The Comparative Reception of Relativity (Kluwer Academic Publishers, 1987), ISBN 90­277­2498­9.
5.  Em setembro de 2008, foi relatado que Malcolm McCulloch, da Universidade de Oxford, estava dirigindo um projeto de três anos para desenvolver
aparelhos mais robustos que poderiam ser usados em locais com falta de eletricidade, e que sua equipe tinha completado um protótipo da geladeira de
Einstein. Ele teria dito que a melhoria do projeto e alteração dos tipos de gases utilizados pode permitir que a eficiência do projeto seja quadruplicada.[174]

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com John Ambrose Fleming

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