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18/09/2019 Roraima – Wikipédia, a enciclopédia livre

Roraima
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Roraima  é  uma  das  27  unidades  federativas  do  Brasil.  Está
Estado de Roraima
situado na Região Norte do país, sendo o estado mais setentrional
(ao norte) da federação. Tem por limites a Venezuela, ao norte  [1] e
noroeste; Guiana, ao leste; Pará, ao sudeste; e Amazonas, ao sul  e
oeste. Ocupa uma área aproximada de 224.300,506 mil km², pouco
maior  que  a  Bielorrússia,  sendo  o  décimo  quarto  maior  estado
brasileiro.  Em  Boa  Vista,  única  capital  brasileira  totalmente  no
Hemisfério  Norte,  encontra­se  a  sede  do  governo  estadual, Bandeira Brasão
atualmente presidido por Antonio Denarium.
Hino: Hino de Roraima
A  história  roraimense  está  fortemente  ligada  ao  Rio  Branco.  Foi
Gentílico: roraimense
através  deste  rio  que  chegaram  os  primeiros  colonizadores
portugueses. O Vale do rio Branco sempre foi cobiçado por ingleses
e neerlandeses,  que  adentraram  no  Brasil  através  do  Planalto  das
Guianas em busca de índios para serem escravizados. Pelo território
da  Venezuela,  os  espanhóis  também  chegaram  a  invadir  a  parte
norte do rio Branco e no rio Uraricoera. Os portugueses derrotaram
e  expulsaram  todos  os  invasores  e  estabeleceram  a  soberania  de
Portugal sobre a região de Roraima e de parte do Amazonas [8].

O  estado  é  o  menos  populoso  do  país,  com  uma  população  de


605  761  habitantes,  segundo  estimativas  de  2019  do  Instituto
Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística  (IBGE).  É,  também,  o  que
apresenta a menor  densidade  demográfica  na  federação,  com  2,33
hab/km². Sua economia, baseada principalmente no setor terciário,
registra uma alta taxa de crescimento, embora seu Produto interno
bruto  (PIB)  seja  o  menor  do  país,  com  seus  R$  9,027  bilhões,
representando 0,15% da economia brasileira.

Situado numa região periférica da Amazônia Legal, no noroeste da
Localização
 ­ Região Norte
Região  Norte  do  Brasil,  predomina  em  Roraima  a  floresta
Venezuela (N[1] e NO),
amazônica, havendo ainda uma enorme faixa de savana no centro­
 ­ Estados limítrofes Guiana (L), Pará (SE) e
leste. [9]  Encravado  no  Planalto  das  Guianas,  uma  parte  ao  sul
Amazonas (S e O)
pertence à Planície Amazônica. [10] Seu ponto culminante, o Monte
 ­ Regiões geográficas
Roraima,  empresta­lhe  o  nome.  Etimologicamente  resultado  de 2
intermediárias
contração de roro (verde) e imã (serra ou monte),  foi  batizado  por
 ­ Regiões geográficas
indígenas pemons da Venezuela. [9][11] 4
imediatas
 ­ Municípios 15

Capital  Boa Vista
Índice
Governo
Etimologia
 ­ Governador(a) Antonio Denarium (PSL)
História
 ­ Vice­governador(a) Frutuoso Lins (PTC)
Criação do município de Boa Vista
Território Federal do Rio Branco
 ­ Deputados federais 8
Elevação a Estado  ­ Deputados estaduais 24

Geografia Chico Rodrigues (DEM)
Relevo  ­ Senadores Mecias de Jesus (PRB)
Clima Telmário Mota (PROS)
Hidrografia Área
Vegetação
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Ecologia e unidades de conservação  ­ Total 224 300,506 km² (14º) [2]


Flora e fauna
População 2019
Demografia
 ­ Estimativa 605 761 hab. (27º)[3]
Religião
 ­ Densidade 2,7 hab./km² (27º)
Composição étnica
Segurança pública e criminalidade Economia 2016[4]
Política  ­ PIB R$   11,01 bilhões (27º)
Símbolos estaduais  ­ PIB per capita R$ 21.413 (14º)
Bandeira
Brasão Indicadores 2010/2015[5][6]
Hino  ­ Esper. de vida (2015) 71,2 anos (24º)
 ­ Mort. infantil (2015) 17,4‰ nasc. (9º)
Subdivisões
Regiões Intermediárias e Imediatas
 ­ Alfabetização (2010) 90,3% (15º)
Principais municípios  ­ IDH (2017) 0,752 (12º) – alto [7]

Economia Fuso horário UTC−04:00


Setor primário Clima Equatorial úmido Am, Aw
Setor secundário
Setor terciário Cód. ISO 3166­2 BR­RR
Infraestrutura Site governamental http://www.portal.rr.gov.br/
Saúde (http://www.portal.rr.gov.b
Educação
r/)
Transportes
Rodovias
Fluvial
Energia
Comunicações
Segurança pública
Cultura e sociedade
Dança, música e teatro
Folclore e literatura
Monumentos
Turismo
Culinária
Futebol
Feriados
Referências
Referências bibliográficas
Ver também
Ligações externas

Etimologia
A palavra "Roraima" vem de línguas indígenas. Sua etimologia lhe emprega três significados: “Monte Verde”, “Mãe dos Ventos” e “Serra
do Caju”. [12]  Seria  a  junção  de  roro  (papagaio)  e  imã (pai, formador). [13]  Nessa  língua  indígena,  roro  ­  ou  também  rora  ­  significa
verde, e imã significa serra, monte, formando portanto, a palavra "serra verde", que reflete a paisagem natural da região específica. [14]

Há ainda, a hipótese da palavra "Roraima" ter outros dois significados: "Mãe dos Ventos" e "Serra do Caju". O primeiro significado, dá­
se  pela  possibilidade  do  clima  da  região,  onde  os  índios  acreditavam  que  os  ventos  que  atingiam  o  sul  da  Venezuela  seriam
provenientes do lugar. O segundo, "Serra do Caju", pelo grande número de serras e colinas existentes nesta área. [15]

História
Os  primeiros  colonizadores  portugueses  chegaram  à  região  através  do  Rio Branco.  Antes  da  chegada  dos  portugueses,  os  ingleses  e
neerlandeses já eram atraídos para a região, com a finalidade de explorar o Vale do Rio Branco através das Guianas. A soberania de
Portugal sobre a região só foi estabelecida após os espanhóis invadirem a parte norte do Rio Branco, juntamente com o rio Uraricoera. A
partir de 1725, missionários Carmelitas iniciaram a tarefa de conversão dos povos indígenas da região. [16]

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A  ocupação  portuguesa  se  intensificou  a  partir  da  década  de  1730,  quando  avança  pelo  rio  Branco  em  busca  de  consolidação  das
fronteiras e mão­de­obra indígena. Para isso, organizam tropas de resgate (compra de indígenas transformados em escravos durante
guerras de etnias opostas), tropas de guerra (punição e escravização de indígenas que atacassem núcleos portugueses ou impediam a
evangelização) e a busca de produtos nativos do Brasil para comercialização, as chamadas drogas do sertão. Além disso, promoviam os
descimentos (aldeamentos de missionários e indígenas voluntários ou compulsórios) [17].

Em  meados  do  século  XVIII,  a  Coroa  portuguesa  passou  a  preocupar­se  com  as
constantes expedições espanholas à região ocidental da Amazônia. Assim, foi cogitada
a ideia de criação da Capitania Real de São José do Rio Negro, o que ocorreu através da
Carta­régia de 3 de março de 1755. O motivo principal da criação da nova capitania era
a ameaçada por parte dos espanhóis do Vice­reino do Peru, mas também havia o temor
advindo  pelas  expedições  de  neerlandeses  do  Suriname,  com  fins  de  comércio  e  de
apresamento de indígenas. [18]

Vista aérea da região de Boa Vista, em As  demarcações  previstas  pelo  Tratado  de  Madrid,  de  1750,  também  influenciaram
princípios do século XX. grandemente  na  medida:  com  a  criação  de  uma  nova  unidade  administrativa  na
região,  pretendia­se  implementar,  na  prática,  a  colonização  do  Alto  Rio  Negro,
criando­se a infraestrutura necessária ao encontro e aos trabalhos das comissões de demarcação portuguesa e espanhola, sendo que
esse encontro jamais ocorreu, tendo forças portuguesas ocupado nesse ínterim, provisoriamente, o curso do baixo rio Branco, efetuando
plantações de mandioca e de outros víveres, para o aprovisionamento da Comissão. [18]

O Forte de São Joaquim, construído em 1755 na confluência do rio Uraricoiera com o rio Tacutu, foi determinante na conquista do rio
Branco pelos portugueses. O Forte, que hoje está destruído, tinha a finalidade principal de proporcionar aos portugueses a soberania
total de Portugal sobre as terras do Vale do Rio Branco, que despertava uma cobiça internacional devido sua pouca exploração. [16]

Os  colonizadores  portugueses,  após  assumirem  a  soberania  e  o  controle  total  da


região,  criaram  diversos  povoados  e  vilas  na  localidade,  juntamente  com  nativos
indígenas. Nossa Senhora da Conceição e Santo Antônio, no rio Uraricoera; São Felipe,
no  rio  Tacutu  e  Nossa  Senhora  do  Carmo  e  Santa  Bárbara,  no  rio  Branco,  foram  os
principais  povoados  criados  na  época,  abrigando  um  número  populacional
significativo.  Entretanto,  devido  aos  conflitos  entre  os  indígenas  e  os  colonizadores
pelo  fato  de  os  indígenas  não  aceitarem  submeter­se  às  condições  impostas  pelos
portugueses, os povoados não se desenvolveram. [16] Povoado de Nossa Senhora da Conceição
segundo Alexandre Rodrigues Ferreira,
Para  garantir  a  presença  do  homem  português  nas  terras  do  Vale  do  Rio  Branco,  o final do século XVIII.
comandante  Manuel  da  Gama  Lôbo  d'Almada  iniciou  a  criação  de  gado  bovino  e
equino no território, em 1789. As fazendas de São Bento, São José e São Marcos, nos
rios  Uraricoera  e  Tacutu,  respectivamente,  foram  as  primeiras  à  introduzirem  permanentemente  a  criação  de  gado  bovino  e  equino,
entre 1793 e 1799. Atualmente, a fazenda de São Marcos pertence aos indígenas e localiza­se em frente ao local onde existia o Forte São
Joaquim. [16]

Durante  um  ano,  entre  1810  e  1811,  militares  ingleses  penetraram  no  Vale,  mas  foram  expulsos  pelo  comandante  do  Forte  de  São
Joaquim. A fronteira entre Brasil e Guiana, cujo processo de demarcação de fronteira já havia sido encerrado, precisou ser remarcada,
devido  às  grandes  invasões  inglesas  ocorridas  neste  período. [16]  Assim  sendo,  a  colonização  de  Rio  Branco  dividiu­se  em  quatro
períodos: De 1750 ao início do século XIX, com a descoberta do rio Branco; de meados do século XIX até a criação do município de Boa
Vista, em 1890; de 1890 até a criação do Território Federal do Rio Branco; e da criação do Território Federal do Rio Branco a elevação
deste à categoria de unidade federativa brasileira, renomeado de Roraima. [16]

O Decreto­lei nº 5.812 de 13 de setembro de 1943, que desmembrou o estado do Amazonas, criou o Território Federal do Rio Branco. Em
1962,  o  território  foi  denominado  como  Território  Federal  de  Roraima  e  elevado  à  categoria  de  unidade  federativa  brasileira  pela
Constituição brasileira de 1988. [18]

A  colonização  da  região  foi  altamente  incentivada  em  fins  do  século  XIX,  com  o  estabelecimento  de  Fazendas  Nacionais.  Porém,  a
população do estado só encontrou estabilidade após sua emancipação, um século mais tarde, com os garimpos de ouro e diamantes que
atraíram levas migratórias de diversas regiões do país. Essa imigração e exploração desordenada ocasionou, na localidade, em muitos
conflitos  e  mortes  por  doenças  e  assassinatos. [18]  Atualmente,  quase  todas  as  reservas  indígenas  do  estado  encontram­se
homologadas. [18]

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Criação do município de Boa Vista
Pouco mais de 1 000 pessoas viviam na região em que foi criado o município de Boa
Vista,  em  1890.  Os  dados  de  1887  ­  válidos  durante  a  criação  do  município  ­
informaram que as cerca de 1 000 pessoas que habitavam a região na época da criação
do  município  eram  brancas  e  mestiças,  em  sua  maioria  mamelucos.  Isso  porque  as
etnias  indígenas  da  região  não  foram  acrescentados  aos  dados.  Estima­se  que  havia
mais  de  cinco  mil  indígenas  na  localidade,  o  que  aumentaria  consideravelmente  a
população do município. [19]

Boa Vista, em 1924. O  Amazonas,  estado  ao  qual  pertencia


Boa  Vista  na  época,  não  possuía
recursos financeiros suficientes para promover o desenvolvimento do novo município de
imediato. A região do extremo norte amazonense dependia economicamente do rebanho
bovino criado na região, que também servia para o abastecimento de Manaus, capital do
estado. A administração de Augusto Ximeno de Villeroy foi a responsável pela criação do
município,  que  acreditava  ser  importante  a  fundação  de  uma  localidade  no  extremo
norte do Amazonas para o desenvolvimento da região. [19]

Eduardo Ribeiro, então governador do Amazonas, também voltou sua atenção para Boa
Vista aérea do centro cívico de Boa
Vista  e  o  território  do  atual  estado  de  Roraima.  Em  1896,  após  inaugurar  o  Teatro
Vista, capital de Roraima.
Amazonas,  ele  ordenou  que  Sebastião  Diniz  abrisse  uma  longa  estrada  ao  norte  de
Manaus.  Sua  intenção  era  construir  uma  estrada  ligando  Manaus  a  Boa  Vista,  que
pudesse servir para o transporte do gado da região do Vale do Rio Branco para o matadouro de Manaus. [19]

Território Federal do Rio Branco
O Território Federal do Acre foi o primeiro Território Federal brasileiro, em 1903. Quarenta anos mais tarde, em 1943, Getúlio Vargas,
presidente  do  Brasil  à  época,  criou  cinco  Territórios  Federais:  Rio  Branco  (renomeado  Roraima  em  13/09/1962)  Guaporé  (depois
Rondônia), Amapá, Iguaçu e Ponta Porã. Iguaçu e Ponta Porã foram extintos três anos depois, em 1946. O objetivo da criação de tais
territórios  federais  era  o  de  ocupar  os  espaços  vazios  do  território  nacional,  e  em  especial  na  Amazônia,  sendo  que  estas  criações
ocorreram durante a Segunda Guerra Mundial. Acredita­se que a Segurança Nacional tenha impulsionado a desmembração. [19]

Apesar de ter sido criado em 13 de setembro de 1943, juntamente com os outros territórios federais, o Território Federal do Rio Branco
só recebeu seu primeiro governador em junho de 1944, quando este chegou à Boa Vista. Getúlio Vargas, responsável pela criação dos
Territórios  Federais,  enfrentava  uma  notável  crise  política  à  época,  o  que  influenciou  no  atraso  da  nomeação  dos  governadores  dos
territórios. Vargas foi deposto de seu cargo em 29 de outubro de 1945. [19]

De  1943  a  1964,  Roraima  teve  15  governadores  titulares,  entre  militares,  que  eram  a  maioria,  e  civis.  Vitorino  Freire,  senador  do
Maranhão, indicou indiretamente 10 desses governadores. Cada governador permaneceu pouco tempo (em média, dezesseis meses).
Assim  sendo,  durante  o  referido  período,  o  Território  Federal  de  Roraima  não  alcançou  o  desenvolvimento  esperado  pelo  governo
federal. [19] Durante o Regime militar no Brasil, em um período de vinte e um anos, Roraima teve 8 governadores que administraram a
unidade com poderes militares. [19] No período posterior ao Regime Militar, com a redemocratização do Brasil e a eleição indireta de
Tancredo  Neves  para  a  Presidência  da  República,  o  Território  Federal  de  Roraima  possuiu  novamente  governadores  indicados  por
outros políticos e influentes. [19]

Elevação a Estado
Com a Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988, Roraima deixou o estatuto de Território Federal e transformou­se em estado­
membro da Federação, tendo Romero Jucá Filho como primeiro governador após aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça do
Senado Federal. [20] Já o primeiro governador do estado de Roraima eleito em eleições diretas foi Ottomar de Souza Pinto, governando
de 1º de janeiro de 1991 a 31 de dezembro de 1994. [19]

Geografia
Roraima é um estado da Região Norte do Brasil, sendo o estado mais setentrional da federação brasileira. Possui 1.922 quilômetros de
fronteira com países sul­americanos, sendo a Venezuela ao norte e noroeste e a Guiana a leste. No Brasil, faz limite com o Amazonas ao
sul e oeste; e Pará ao sudeste. [21]

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Possui 224 300,506 km² de área. Desta, aproximadamente 104 018 km² são áreas indígenas, representando quase metade do território
da unidade (46,37%). [22] A área de preservação ambiental no estado, de responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação
da  Biodiversidade  (ICMBio),  também  é  extensa,  sendo  18  879  km²,  um  total  de  8,42%. [22]  Por  este  motivo,  Roraima  é  o  estado
brasileiro com o segundo maior percentual de território ocupado por áreas protegidas, perdendo apenas para o estado do Amapá.

Localiza­se a oeste do Meridiano de Greenwich e é cortado pela Linha do Equador, sendo que sua capital, Boa Vista, é a única capital
brasileira ao norte da Linha do Equador. Seu fuso horário é de menos quatro horas em relação à hora mundial GMT e menos uma hora
em relação à hora oficial do Brasil. [23] O Monte Roraima, localizado na Serra Pacaraíma, é o ponto mais alto do estado e um dos mais
elevados do país, com 2.772 metros. [24]

Relevo
O  relevo  é  bastante  variado;  junto  às  fronteiras  da  Venezuela  e  da  Guiana  situam­se  as  serras  de  Parima  e  de  Pacaraima,  onde  se
encontra o monte Roraima, com 2.875 metros de altitude. Como está no extremo norte do Brasil, seus pontos no extremo norte são o rio
Uailã e o Monte Caburaí. [22]

De uma forma abrangente, o relevo presente em Roraima é, de predominância plana. Aproximadamente 60% da área possui altitudes
inferiores a 200 metros, 25% se eleva para uma média entre 200 e 300 metros, 14% de 300 a 900 metros e somente 1% detêm elevações
da superfície superiores a 900 metros acima do nível do mar. Existem ainda, duas estruturas geomorfológicas: O Planalto Ondulado e
os Escarpamentos Setentrionais, que fazem parte do Planalto das Guianas. O seu Planalto Ondulado é um grande pediplano, formado
por maciços e picos isolados e dispersos. [25]

Por  ser  bastante  diferenciado,  o  relevo  é  dividido  em  cinco  degraus:  O  primeiro  degrau  abriga  áreas  do  estado  de  acumulação
inundáveis,  que  não  apresentem  propriamente  uma  forma  de  relevo,  mas  que  estejam  cobertas  por  uma  fina  camada  de  água;  o
segundo degrau seria o pediplano Rio Branco, uma unidade de relevo de enorme expressão na unidade federativa, pois ocupa grande
parte de suas terras. Nesse pediplano, as altitudes variam de 70 a 160 metros e possuem fraca declividade rumo à calha dos rios. O
terceiro degrau é formado por elevações que podem chegar a 400 metros de altitude. São serras como a serra da Lua, serra Grande, serra
da  Batata  e  outras.  O  quarto  degrau  caracteriza­se  por  elevações  que  podem  variar  de  600  a  2.000  metros  de  altitude,  formado
principalmente pela cordilheira do Pacaraima, serra do Parima e serra do Urucuzeiro. Estas serras estão unidas em forma de cadeias e
nela nascem os rios que formam o rio Uraricoera. Por fim, o quinto degrau, agrupa as regiões mais altas, formado por elevações que
chegam a quase 3.000 metros de altidude. [26]

Panorama dos tepuis Kukenán e Monte Roraima vistos a partir do acampamento do rio
Tëk (rio visível na imagem), em Gran Sabana, Venezuela. O tepui Roraima é, na verdade,
100 metros maior que o Kukenan, mas, devido à perspectiva da fotografia, ele parece
menor.

Climas de Roraima segundo a
classificação climática de Köppen­
Clima Geiger.
Em  Roraima  predomina  o  clima  similar  ao  dos  estados  da  Região  Norte  que  abrigam  a
Floresta Amazônica, basicamente equatorial e tropical­úmido. A temperatura média ocorrida durante o ano, varia de 20 °C em pontos
de relevos com maiores altitudes, e 38 °C em áreas de relevo suave ou plano. [27]  O  índice  pluviométrico  na  parte  oriental  é  cerca  de

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2.000  milímetros.  Na  parte  ocidental  é  de  aproximadamente  1.500  milímetros.  Na  capital  e  em  proximidades,  os  índices  atingem
2.600 milímetros. [27]

De modo geral, o clima varia de acordo com a região. O clima é equatorial – quente e úmido – nas regiões norte, sul e oeste do território.
A  temperatura  média  anual  é  de  24  °C.  Na  região  leste  do  estado,  o  clima  apresentado  é  o  tropical,  onde  a  temperatura  média  é
semelhante as demais regiões do estado, porém o índice de chuvas é menor. Nessa região, a estação de seca é bem definida. [28]

Hidrografia
O estado de Roraima possui uma extensa hidrografia. Seu território é fartamente irrigado por 14
rios,  sendo  estes:  Água  Boa  do  Univiní,  Ailã,  Ajarani,  Alalaú,  Branco,  Catrimani,  Cauamé,
Itapará, Mucajaí, Surumu, Tacutu, Uraricoera, Urubu e Xeruini. [29]

A hidrografia do estado de Roraima faz parte da bacia do rio Amazonas e baseia­se basicamente
na sub­bacia do rio Branco (45.530 km²) o maior e mais importante do estado. Este rio é um
dos afluentes do rio Negro. [30]

Grande parte dos rios da região possui uma grande quantidade de praias no verão, ideais para o Rio Branco, nas proximidades de
turismo e lazer. Além disso, existem rios de corredeiras localizados ao norte do estado, sendo Boa Vista.
que estes são uma opção para prática de esportes aquáticos, como a canoagem. Quase todas as
fontes hídricas do estado têm sua origem dentro de seu território, com exceção de dois rios com
nascentes na Guiana. Todos os rios roraimenses deságuam na Bacia Amazônica. [29]

Vegetação
Roraima apresenta três tipos de coberturas vegetais, sendo todas bem distintas. Ao sul do estado, encontramos uma floresta tropical
densa e abundante entrecortada por rios caudalosos, com uma rica fauna e flora. Na região central roraimense, o domínio dos campos
gerais, lavrados ou savanas, existindo ainda lagos e riachos. A vegetação vai mudando e se tornando menos densa, em direção ao norte.
A fronteira é uma região de serras, acima dos 1.000 metros de altitude, com um clima que varia de 10 °C a 27 °C. [31]

De uma forma abrangente, na parte ocidental e meridional prevalece a Floresta Amazônica, enquanto que na região centro­oriental é
caracterizado formações arbustivas e herbáceas, como as campinas e os cerrados. No entanto, a composição paisagística vegetativa do
estado pode ser classificada, mais especificamente, da seguinte forma:[32]

Floresta Tropical Amazônica, composta por florestas densas e úmidas;
Campos Gerais do Rio Branco, formado por gramíneas, palmeiras de grande porte, buritizeiros, entre outros;
Região Serrana, árvores espaçadas, existência de uma grande quantidade de matéria orgânica como húmus.

Ecologia e unidades de conservação
Em  Roraima  o  IBAMA  administra  oito  unidades  de  conservação.  O  principal  é  o  Parque
Nacional do Monte Roraima, criado em 28 de junho de 1989 e localizado no extremo norte do
estado. Com 2.785 metros de altitude, o Monte Roraima é o marco divisor da tríplice fronteira
entre Brasil, Venezuela e Guiana. [33]

Há ainda outras sete unidades de conservação, são elas: Parque Nacional do Viruá, criado em
1998  em  Caracaraí;[34]  Parque  Nacional  Serra  da  Mocidade,  criado  em  1998  também  em
Caracaraí;[35] Estação Ecológica de Maracá, criado em 1981 em Amajari;[36] Estação Ecológica
de Cacararaí, criada em 1982;[37] Estação Ecológica do Niquiá, criada em 1985, com uma área Monte Roraima.
de  286.600  hectares;[38]  Floresta  Nacional  de  Roraima,  criado  em  1989  nos  municípios  de
Mucajaí  e  Alto  Alegre, [39]  e  por  último  a  Floresta  Nacional  do  Anauá,  criada  em  18  de  fevereiro  de  2005  no  município  de
Rorainópolis. [40]

Flora e fauna
A flora do estado de Roraima é dividida em três blocos: Floresta tropical amazônica, Campos gerais do rio Branco e região Serrana. [41]

A Floresta tropical amazônica compõe­se de floresta densa e úmida típica do baixo Rio Branco, estendendo­se pela região sudoeste
do estado e penetrando em parte do território do Amazonas;[41]
Os Campos gerais do rio Branco se estendem por aproximadamente 44.000 km², sendo também conhecidos como região do

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lavrado. O lavrado é conhecido também como savana e é formado por gramíneas, entretanto, ao longo dos cursos d'água, situam­se
palmeiras de grande porte conhecidas como buritizeiros. No lavrado também encontra­se, em grande quantidade, caimbés,
paricaranas e muricizeiros;[41]
Região Serrana possui vegetação típica de montanhas, de árvores mais rarefeitas e de vales ricos em humos com gramíneas de
boa qualidade para os animais de criação. Encontra­se mais ao norte do estado, na fronteira deste com a Venezuela.[41] Em
qualquer dos blocos, existem três tipos diferentes de cobertura vegetal levando­se em consideração as margens dos rios. Estas
são: Matas de terra firme, Matas de várzea e Matas ciliares.[41]
Matas de terra firme compreendem as florestas localizadas em terras que não são atingidas pelas enchentes dos rios.[41]
Matas de várzeas são as florestas que cobrem as terras atingidas pelas cheias dos rios.[41]
Matas ciliares são preservadas por lei. Estas sofrem inundações todos os anos por conta das cheias dos rios amazônicos.[41]
Os diversos ambientes da região contribuem para a formação da fauna roraimense: Florestas tropicais amazônicas, onde encontram­se
animais como onça, anta, caititu, jacaré, gato maracajá, lontra, veado, macacos, entre outras espécies; Campos gerais do rio Branco,
que apresenta tamanduás, tatus, jabutis, veados campeiros, pacas, cutias, cobras e outras espécies; Bacia do rio Branco, onde estão os
peixes,  que  em  Roraima  a  variedade  é  grandiosa.  Entre  os  principais  peixes,  encontramos:  pacu,  tucunaré,  surubim,  matrinxã,
pirararas, tambaqui, acara, mandi, cachorra, piranha, traíra, piraíbas, aruanã e muitas outras espécies. Nas praias do baixo rio Branco,
é possível encontrar ainda, tartarugas e tracajás. [42]  Há  muitos  pássaros  no  estado,  de  grande  e  pequeno  porte.  Entre  os  de  grande
porte  destacam­se  o  passarão  e  jaburu.  Entre  os  de  pequeno  porte  destacam­se  os  jacus,  garças,  carcarás,  passarinhos  de  muitas
espécies e outros. Além destes, existem também os domésticos. [42]

Demografia
A  população  de  Roraima  é  de  605  761  habitantes,  segundo  a  estimativa Roraima 
populacional  de  2019,  realizada  pelo  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e Crescimento populacional por ano[44]
Estatística (IBGE) o que faz do estado a unidade federativa menos populosa Ano População
do  Brasil. [24]  A  capital,  Boa  Vista,  concentra  65,3%  da  população  do 1940 10.514
estado. [45] A população de Roraima quase dobrou em vinte anos. Em 1991, o 1950 18.116
estado contava com 217 583 habitantes, um aumento significativo de 95,51 % 1960 28.304
de  crescimento  populacional. [46]  Os  municípios  que  apresentaram  maior 1970 40.885
crescimento  populacional  foram  Boa  Vista,  a  capital,  e  Rorainópolis. [46] 1980 79.159
Quanto ao número de crescimento populacional anual de Roraima, o estado 1991 217.583
coloca­se  entre  os  de  maior  crescimento  no  Brasil,  com  uma  taxa  de  4,6%, 1992 228.749
muito superior à média nacional de 1,6% de crescimento. Nesse quesito, perde 1993 241.009
apenas  para  o  Amapá,  que  registra  mais  de  5%  de  crescimento  anual. [47] 1994 253.059
Entretanto,  esse  alto  número  de  crescimento  de  população  vem  caindo  nos 1995 262.200
últimos anos. [46]  Um  exemplo  disto  é  a  taxa  apresentada  em  2000,  quando 1996 247.723
Roraima apresentou 49,09% de crescimento de população em relação a 1991.
2000 277.684
2010 451.227
No  último  censo,  em  2010,  esse  número  caiu  para  31,13%. [46]  Do  total  da
população  do  estado  em  2010,  229  343  habitantes  são  homens  e  221  884
habitantes  são  mulheres. [48]  Nos  últimos  anos,  o  crescimento  da  população  urbana  intensificou  muito,  ultrapassando  o  total  da
população rural. Segundo a estimativa de 2000, 80,3% dos habitantes viviam em cidades. [47]

A  densidade  demográfica  era  de  1,8  hab./km²  em  2006. [47]  Essa  marca  é  inferior  à  densidade  brasileira  —  19,94  hab./km². [49]  A
distribuição  da  população  estadual  é  desigual,  apresentando  maior  concentração  na  região  da  capital  e  no  sul  do  estado.  Cinco
municípios (Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre, Caracaraí e Bonfim) concentram mais da metade da população de Roraima. [47]

Em 2005, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Roraima era de 0.750, sendo classificado como médio e colocando o estado
na 18ª posição entre os estados do Brasil.

Religião
Tal  qual  a  variedade  cultural  verificável  em  Roraima,  são  diversas  as  manifestações  religiosas  presentes. [50]  Embora  seu
desenvolvimento tenha sido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração ­ e ainda
hoje grande parte da população roraimense declara­se católica, [50] é possível encontrar atualmente no estado dezenas de denominações
protestantes  diferentes,  assim  como  a  prática  do  candomblé,  do  Espiritismo,  das  religiões  antitrinitárias  e  novos  movimentos
religiosos, entre outros. [50] Nos últimos anos, as religiões orientais, o mormonismo e denominações evangélicas têm crescido bastante
no estado. [50] De acordo com dados de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Roraima está
composta  por:  católicos  (50,5%);  protestantes  (30,3  %);  pessoas  sem  religião  (12,98  %);  Tradições  indígenas  (2,75%);  espíritas
(0,91 %); budistas (0,13%); Candomblé  (0,08%);  Tradições  esotéricas  (0,03%);  Judaísmo  e  Islã  (0,03%  cada);  Umbanda  (0,02%)  e

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Hinduísmo (0,01%). Entre as denominações cristãs restauracionistas, destacam­se as
Testemunhas de Jeová (0,55%)e A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
(0,15%). [50] Entre as novas religiões orientais, destaca­se a Igreja Messiânica Mundial
(0,06%). [50] Outras crenças são partilhadas por 1,47% da população. [50]

Composição étnica
Os  traços  culturais,  políticos  e  econômicos  herdados  dos  portugueses,  espanhóis  e
neerlandeses são influentes em Roraima. Voltando um pouco atrás na história, não se
pode esquecer a importância dos ameríndios no quesito contribuição étnica. Foram os
ameríndios que iniciaram a ocupação humana na Amazônia, e seus descendentes, os
caboclos, desenvolveram­se em contato íntimo com o meio ambiente, adaptando­se às
peculiaridades regionais e oportunidades oferecidas pela floresta. [51]

Densidade populacional de Roraima Na sua formação histórica, a demografia roraimense é o resultado da miscigenação das
   0­1 hab/km² três etnias básicas que compõem a população brasileira: o índio, o europeu e o negro,

   1­25 hab/km² formando,  assim,  os  mestiços  da  região  (caboclos).  Mais  tarde,  com  a  chegada  dos
migrantes, especialmente nordestinos, [52] formou­se um caldo de cultura singular, que
   >25 hab/km²
caracteriza grande parte da população, seus valores e modo de vida. [52]

Segundo o censo de 2009 do IBGE,  a  população  de  Roraima  está  composta  por:  pardos (61,6%), brancos  (30,4  %),  pretos  (6,1%)  e
indígenas ou Amarelos (1,9 %). [53][54]  Há  ainda,  2  041  pessoas  que  não  declararam  suas  etnias,  representando  0,63  %  do  total  da
população. [53][54] Roraima também reconhece a identidade mestiça. O Dia do Mestiço (27 de junho) é data oficial no estado. [55]

Segurança pública e criminalidade
Segundo  o  mapa  da  violência  no  Brasil  de  2011,  os  municípios  de  Alto  Alegre  e  Caracaraí  são  os  que  apresentam  maior  taxa  de
criminalidade no estado, como 73,3 % e 49,7 % e ocupando as 42ª e 146ª posições a nível nacional, respectivamente. Os outros três
municípios de maior criminalidade são Mucajaí (41% ­ 251ª posição nacional), Cantá (37,2% ­ 312ª posição nacional) e Bonfim (31,4%
­  441ª  posição  nacional).  A  capital,  Boa  Vista,  apresenta  24,9%  de  criminalidade  e  ocupa  a  664ª  posição  entre  os  municípios
brasileiros. [56]

Política
Roraima é um estado da federação, sendo governado por três poderes, o executivo, representado
pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado de Roraima,
e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Roraima e outros tribunais e
juízes.  Também  é  permitida  a  participação  popular  nas  decisões  do  governo  através  de
referendos e plebiscitos. [57] A atual constituição do estado de Roraima foi promulgada em 31 de
dezembro  de  1991, [58]  acrescida  das  alterações  resultantes  de  posteriores  emendas
constitucionais. [58]

Palácio Senador Hélio Campos, O Poder Executivo  roraimense  está  centralizado  no  governador  do  estado, [59]  que  é  eleito  em
a sede do governo do estado. sufrágio universal e voto direto e secreto, [59] pela população para mandatos de até quatro anos
de duração, [59] e podem ser reeleitos para mais um mandato. [59] Sua sede é o Palácio Senador
Hélio Campos, que desde 1991 é a sede do governo roraimense. [60]

O Poder Legislativo de Roraima é unicameral, constituído pela Assembleia Legislativa do Estado de Roraima. Ela é constituída por 24
deputados,  que  são  eleitos  a  cada  4  anos.  No  Congresso  Nacional,  a  representação  roraimense  é  de  3  senadores  e  8  deputados
federais. [59][61]  A  maior  corte  do  Poder  Judiciário  roraimense  é  o  Tribunal  de  Justiça  do  Estado  de  Roraima.  Compõem  o  poder
judiciário os desembargadores e os juízes de direito. [59]

Roraima está dividido politicamente em 15 municípios. [62] O mais populoso deles é Boa Vista, com 284 mil habitantes, [63] sendo o


município mais antigo do estado, surgido como um povoado, o primeiro com características urbanas em Roraima. [64]

Tratando­se sobre organizações de representação política, 34 dos 35 partidos políticos brasileiros possuem representação no estado. [65]
Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base em dados de abril de 2016, o partido político com
maior número de filiados em Roraima é o Partido Republicano Progressista (PRP), com 6 732 membros, seguido do Partido da Social
Democracia Brasileira (PSDB), com 5 356 membros e do Partido Democrático Trabalhista (PDT), com 5 087 filiados. Completando a

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18/09/2019 Roraima – Wikipédia, a enciclopédia livre

lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o Partido Progressista (PP), com 4 521 membros; e o
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), com 3 406 membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, a Rede Sustentabilidade
(REDE) e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) são os partidos políticos com menor representatividade na unidade
federativa, com 21 e 24 filiados, respectivamente. [65] O Partido Novo (NOVO) é o único que não possui nenhuma representatividade em
Roraima. [65]

Símbolos estaduais
Os símbolos do estado de Roraima são: a bandeira, o brasão e o hino. [66]

Bandeira
A bandeira do Estado de Roraima é de autoria de Mário Barreto. Foi criada pela Lei n.º 133 de 14 de
junho de 1996, que "Dispõe a adoção de Símbolos do Estado de Roraima, em conformidade com o
artigo 10 da Constituição Estadual e dá outras providências". Consiste em três faixas com linhas
Bandeira de Roraima.
transversais, uma estrela na cor amarelo­ouro, na parte baixa do retângulo contém uma linha fina
representando a Linha do Equador. [67]

A bandeira compõe­se de cinco cores: Azul, branco, verde, amarelo­ouro e vermelho. O azul representa o céu e o ar puro predominante
em Roraima; o branco simboliza a paz; o verde representa a densidade da floresta e dos campos roraimenses, o amarelo­ouro simboliza
as riquezas mineiras; e o vermelho representa a Linha do Equador, que corta o estado, colocando­o em sua maior parte no Hemisfério
Norte. A estrela presente na bandeira significa mais um estado no pavilhão nacional. [68]

Brasão
O Brasão das Armas de Roraima foi instituído por lei, depois de Concurso Público, e é de autoria de
Antonio Barbosa de Melo. De acordo com a descrição feita pelo próprio autor, o brasão roraimense é
representativo de:[69]

Arroz: nosso produto de exportação.
Arma Indígena: homenagem as nossas tribos.
Garimpeiro: homenagem às nossas riquezas minerais.
Monte Roraima: serra que originou o nome do Estado.
Garça: ave típica da região.
O brasão obedece às dimensões proporcionais e originais de 7 partes de largura e 8 de altura. Em
Roraima, apenas os municípios de Boa Vista, Caracaraí, Mucajaí, São Luiz do Anauá, São João da
O brasão do estado.
Baliza, Alto Alegre, Normandia e Bonfim possuem os seus símbolos. [69]

Hino
O  hino  do  Estado  de  Roraima  tem  como  autor  Dorval  de  Magalhães,  compondo  a  letra,  e  Dirson  Felix  Costa,  responsável  pela
música. [70]

Letra
Nós queremos te ver poderoso,
Lindo berço, rincão Pacaraima!
Teu destino será glorioso,
Nós te amamos, querido Roraima! >>>

Estribilho do Hino do Estado de Roraima.[71]

Subdivisões

Regiões Intermediárias e Imediatas
O estado de Roraima é composto por 15 municípios, que estão distribuídos em quatro regiões geográficas imediatas, que por sua vez
estão  agrupadas  em  duas  regiões  geográficas  intermediárias,  segundo  a  divisão  do  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística
(IBGE) vigente desde 2017. [72][73]

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Divisões regionais em Roraima.
Legenda:
   Região Imediata de Pacaraima
   Região Imediata de Boa Vista
   Região Imediata de Caracaraí
   Região Imediata de Rorainópolis

Número de Código Número de


Regiões Regiões
Código municípios IBGE municípios
intermediárias[74] imediatas

Boa Vista 140001 5
Boa Vista 1401 9
Pacaraima 140002 4

Rorainópolis­ Rorainópolis 140003 4


1402 6
Caracaraí Caracaraí 140004 2

Principais municípios
Boa Vista, a capital do estado, é a única capital estadual brasileira situada no Hemisfério
Norte.[22] A cidade é desenhada em forma de leque, com ruas largas, bem iluminadas, e
com as principais avenidas seguindo para o Centro Cívico, onde situa­se os principais
monumentos da cidade.[75] É a única cidade roraimense que possui mais de 100 000
habitantes.[76]
Rorainópolis é o principal centro urbano do sul do estado.[77] Além de abrigar grande parte
do potencial agrícola, que segundo as condições climáticas, possibilitam o cultivo de
inúmeros produtos, entre os quais o café, cacau, cana­de­açúcar, arroz, feijão, milho,
mandioca e pastagens,[77] o município destaca­se ainda por possuir grandes atrações
turísticas naturais, como a Corredeira do Jauperi, a Pedra da Linha do Equador, o rio Anauá Avenida do comércio em
e a ilha de Santa Maria do Boiaçu.[78]
Pacaraima, município limítrofe
Caracaraí, que surgiu como um local de embarque de gado para Manaus. Os animais com a Venezuela.
desciam até a Boca da estrada, onde iniciam­se as Corredeiras do Bem­Querer. Ali eram
desembarcados e tangidos até um curral no porto municipal, onde eram embarcados ao
matadouro de Manaus.[79]
Alto Alegre, um dos principais municípios roraimenses, distante 89 quilômetros da capital estadual.[80] Destaca­se por ser um dos
únicos centros urbanos no noroeste do estado, com 16 286 habitantes,[76] fazendo fronteira com a Venezuela.[81]
Mucajaí, município do centro­sul do estado, vem obtendo crescimento econômico com a produção, manipulação e beneficiamento
do arroz, madeira, abacaxi, mamão, gado, leite e milho, além da mineração.[82] Seu nome provém do rio Mucajaí, este afluente do
rio Branco.[82] Além disto, o alto do Rio Mucajaí possui potencial hidroelétrico, destacando­se a cachoeira do Paredão, onde já foi
tentada a construção de uma usina hidroelétrica.[82]
Pacaraima, o município brasileiro mais próximo aos municípios da Venezuela. Destaca­se por abrigar o Sítio Arqueológico da Pedra
Pintada. Localizado na BR­174, mais precisamente na Área Indígena de São Marcos, o sítio arqueológico possui altura de 40 metros
e diâmetro de aproximadamente 60 metros. A Pedra Pintada foi abrigo de civilizações há muito desaparecidas. Na caverna
existente, há várias pinturas que representam cenas do cotidiano dessas civilizações. Próximo à pedra, existem ainda outras
formações: Pedra do Pereira, Pedra do Peixe, Pedra do Perdiz, Pedra do Machado e Pedra da Diamantina que, juntas, formam o
Sítio Arqueológico da Pedra Pintada, bastante visitado por turistas.[83]

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Economia
Roraima detém o menor Produto interno bruto (PIB) entre os estados brasileiros, apesar das
altas taxas de crescimento. Seu PIB, em 2013, era de R$ 9.027.000 bilhões, representando
0,15%  do  PIB  brasileiro  e  colocando  o  estado  na  27ª  posição  nacional. [85]  O  estado
apresentou  crescimento  anual  da  ordem  de  7,65%,  congratulando­se  como  o  estado  de
maior  crescimento  econômico  no  Norte  brasileiro. [86]  O  PIB  per  capita  roraimense  é  o
segundo  maior  de  sua  macrorregião,  com  R$  18.495,80,  atrás  somente  do  PIB  per  capita Exportações de Roraima ­ (2012)[84]
amazonense. Em âmbito nacional, o estado ocupa a 13ª posição, estando 25,9% abaixo da
média nacional e 15,9% acima da média regional. Comparado a 2007, o fator per capita estadual teve uma variação de 15,3%, sendo
15,9% a variação referente à renda per capita média da Região Norte. [87]

Roraima  possui  duas  Áreas  de  Livre  Comércio  (ALC):  Em  Bonfim  e  em  Boa  Vista.  Estas  são  áreas  de  importação  e  exportação  que
operam em regime fiscal especial. As duas ALC’s – únicas no país com incentivos fiscais na implantação de indústrias que utilizem
matéria­prima  da  Amazônia  Ocidental,  funcionam  desde  2005,  e  são  responsáveis  por  ampliar  a  tendência  para  a  realização  do
turismo de negócios. [88]

Quanto a pauta de exportação do estado, ela é composta principalmente, segundo dados de 2012, de soja (33,29%), madeira serrada
(39,13%), barras de ferros forjadas a quente (7,45%) e madeira perfilada (6,04%). [89]

Setor primário
O setor primário em Roraima encontra­se atualmente em desenvolvimento. Obteve um
crescimento  econômico  de  4,8%,  sendo  responsável  por  6,4%  do  PIB  do  estado.  Em Produção agrícola de Roraima[90]
2010, a agricultura teve queda de 5,2% com relação a 2006, onde os principais produtos Produto Quantidade (t)
da  agricultura  (arroz  em  casca  e  soja),  tiveram  queda  de  produção  em  2007.  Houve Café 24.000
redução de 14,4% na área de cultivo do arroz, sendo que este teve uma produção 4,37%
Milho 15.740
menor  que  o  ano  anterior.  A  produção  de  soja  também  teve  uma  redução  na  área
plantada em 36,4% e a sua produção havia diminuído 34,1% em 2007. Banana 13.415

Soja 11.005
Os três principais produtos exportados por Roraima, em 2010, foram o couro, com uma
participação de 63,32%, a madeira (28,13%) e água mineral com 1%. No acumulado, a Mandioca 8.745

madeira  representa  42,17%  do  volume  exportado  seguido  de  consumo  de  bordo  com Laranja 467
36,26%.  Com  relação  as  importações  realizadas  por  Roraima,  os  três  principais
Cana­de­Açúcar 373
produtos  importados  no  segundo  semestre  de  2010  foram  os  Cimentos  Portland,
Feijão 82
representando 35,43%, vidros com 11,20% e farinha de trigo com 9,32%. [91]

De acordo com o Censo Agropecuário de 2006, existem em Roraima 10 260 estabelecimentos agropecuários legalizados, sendo 10 082
de caráter individual e 178 de caráter consorcial, que ocupavam 1.645.219 hectares de terra. Há ainda, o registro de 10 cooperativas
agropecuárias legalizadas, divididas em 3.160 hectares. Foi registrado também 10 310 estabelecimentos agropecuários informais, sendo
8 993 administrados por homens e 1 317 administrados por mulheres. Estes espaços informais ocupavam 7.379 hectares de terra do
estado.  Quanto  aos  assentamentos  sem  titulação  definitiva,  foram  contabilizados  568  unidades  nesta  condição,  sendo  483  de
propriedade de homens e 85 de propriedade de mulheres, distribuídos em 44.230 hectares de terra. As lavouras permanentes no estado
são notáveis, existindo 3 216 unidades destas, que ocupavam 50.669 hectares. As lavouras temporárias estão concentradas em maior
número, 3 689, distribuídas em 58.322 hectares de terra. [92]

Em relação a empregados, cerca de 29 513 pessoas trabalham formalmente em estabelecimentos agropecuários, sendo em sua maioria,
homens (19 413 dos trabalhadores). [92] Ainda em 2006, havia 480.704 bovinos, 314.076 aves, 42.970 suínos, 25.659 ovinos, 20.664
equinos, 5.963 caprinos, 562 muares, 234 asininos e 105 bubalinos. [92]

Setor secundário
O Extrativismo é o destaque no setor secundário. Esse segmento sofreu retração de 2006 para 2008 da ordem de 11,2%, enquanto as
atividades de produção e distribuição de eletricidade e gás, água e esgoto e limpeza urbana não apresentaram variação de desempenho.
O setor secundário apresentou crescimento de 8,1% em 2008. Somente a construção civil cresceu 11,7%, aumentando sua participação
em 7,7% da economia de Roraima, enquanto que a indústria de transformação diminuiu 2,5% em relação ao ano anterior.

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Roraima possui um parque industrial de porte médio, situado em Boa Vista, destinado principalmente à produção de refrigerantes,
derivados do leite e derivados cereais. São Paulo é o principal destino destes produtos, como maior comércio importador, com destaque
também  para  o  Amazonas  e  a  Venezuela.  Outros  indústrias  dedicam­se  à  produção  de  cimento,  ferro,  combustíveis,  produtos  para
alimentação, entre outros. [42] O setor extrativista, que integra o setor secundário, é um dado que tem se destacado negativamente. Esse
segmento sofreu retração de 2006 para 2008 da ordem de 11,2%, enquanto as atividades de produção e distribuição de eletricidade e
gás, água e esgoto e limpeza urbana não apresentaram variação de desempenho. [93]

Setor terciário
O  setor  terciário  tem  sua  maior  expressão  na  administração  pública,  educação,  saúde  e  seguridade  social.  Juntos,  esses  segmentos
obtiveram  participação  de  47,3%  no  PIB,  com  crescimento  da  ordem  de  5,7%.  Ainda  no  setor  terciário,  os  serviços  de  informação,
intermediação financeira, atividades imobiliárias, turismo e aluguéis, representam 33,1% do PIB roraimense. Isso fez com que o setor
terciário representasse 80,4% do PIB do estado.

Infraestrutura

Saúde

Mortalidade infantil 20,1 por mil nascimentos [94]

Médicos 8,3 por 10 mil hab. (2005)[95]

Leitos hospitalares 1,6 por mil hab. (2005).[95]

Em  2005,  existiam,  no  Estado,  455  estabelecimentos  hospitalares,  com  725  leitos  e  56  médicos,  10  enfermeiros  diplomados  e  60
auxiliares  de  enfermagem. [96]  Em  2010,  dos  455  hospitais  existentes,  378  eram  de  adultos  e  crianças,  22  eram  exclusivamente  de
crianças,  sendo  49  gerais  e  3  especializados. [96][97]  Em  2005,  85,2%  da  população  roraimense  tinham  acesso  à  rede  de  água, [95]
enquanto 75% se beneficiam da rede de esgoto sanitário. [95]

De  acordo  com  o  Censo  brasileiro  de  2010,  81,4  %  da  população  de  Roraima  avalia  a  sua  saúde  como  boa  ou  ótima;  72,5  %  da
população realiza consulta médica periodicamente; 44,9 % dos habitantes consultam o dentista regularmente e 7,4 % da população
esteve  internado  em  leito  hospitalar  nos  últimos  doze  meses.  Aproximadamente  22  %  dos  habitantes  declarou  ter  alguma  doença
crônica e apenas 9,8% possui plano de saúde. Outro dado significante é o fato de 44,7 % dos habitantes declararem necessitar sempre
do Programa Unidade de Saúde da Família ­ PUSF. [98]

Na questão da saúde feminina, 30,5 % das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos últimos doze meses;
39,1 % das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos últimos vinte e quatro meses; e 85,6 % das mulheres entre 25
e 59 anos fizeram exame preventivo para câncer do colo do útero nos últimos trinta e seis meses. [98]

Educação
O estado dispunha em 2009 de uma rede de 585 escolas de ensino fundamental, das quais
322  estaduais,  252  municipais,  10  particulares  e  1  pública  federal.  O  corpo  docente  era
constituído  de  4.842  professores,  sendo  que  2.952  trabalhavam  nas  escolas  públicas
estaduais, 1.627 nas escolas públicas municipais e 217 nas escolas particulares. Estudavam
nestas  escolas  86.547  alunos,  dos  quais  82.208  nas  escolas  públicas  e  4.339  nas  escolas
particulares. O ensino médio foi ministrado em 100 estabelecimentos, com a matrícula de
17.512  alunos.  Dos  17.512  discentes,  16.175  estavam  nas  escolas  públicas  e  1.337  nas
particulares.

Bloco I da Universidade Federal de
Quanto  ao  ensino  superior,  destaca­se  a  Universidade  Federal  de  Roraima  (UFRR),  a
Roraima (UFRR), no campus do
Universidade  Estadual  de  Roraima  (UERR)  e  o  Instituto  Federal  de  Roraima  (IFRR).  Há
Paricarana.
ainda  estabelecimentos  de  Ensino  Superior  privados:  Faculdade  Roraimense  de  Ensino
Superior (FARES), [99] Faculdade Estácio Atual, [100] Faculdade Cathedral[101] e Faculdade
de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil (FACETEN). [102][103][104]

Foram registrados ainda, 14.575 estudantes de ensino pré­escolar, divididos em 270 unidades de ensino. Destas, 258 eram municipais,
não existindo nenhuma a nível estadual. No estado havia 857 professores de ensino pré­escolar. [103]

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Em 2010 a taxa de analfabetismo no estado era de 9,69%, colocando o estado na 15ª posição
entre os estados do Brasil por analfabetismo. [108] Da população, 15,9% dos roraimenses são Resultados no ENEM

analfabetos funcionais.  Isso  faz  da  educação  de  Roraima  a  13ª  melhor  educação  do  Brasil, Ano Português Redação
com  um  Índice  de  Desenvolvimento  Humano  na  área  de  0,628. [95]  A  última  estatística 2006[105] 31,40 (23º) 45,37 (27º)
informou que o estado possuía 450 prédios destinados a unidades de ensino público. [109] Em Média 36,90 52,08
2013, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), o estado alcançou nota de
2007[106] 43,82 (24º) 52,12 (26º)
5,0 pontos, sendo superior à média nacional e se configurando na 16ª posição nacional. [110] Média 51,52 55,99
[107] 35,47 (22º) 56,52 (23º)
A nota média de Roraima no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é de 35,03 na prova 2008
Média 41,69 59,35
objetiva  e  56,37  na  prova  de  redação,  sendo  uma  das  maiores  notas  do  Norte­Nordeste
brasileiro.  Nestas  duas  regiões,  Roraima  perdeu  apenas  para  o  Amazonas  (57,77).
Entretanto, mesmo com a segunda maior nota, a média de Roraima ficou abaixo da média nacional, que foi de 57,26. Em relação ao
número  de  estudantes,  7  463  participaram  do  ENEM  em  2010,  sendo  que  destes,  2  404  eram  concluintes  do  ensino  médio  e  4  493
egressos. 85,52 % do total de estudantes eram oriundos de escola pública. [111]

Pesquisa realizada pelo Portal G1 apontou Roraima como um dos estados brasileiros que melhor remuneram o professor de nível médio,
com salário médio de R$ 2.099,47 por 25 horas semanais. Segundo a pesquisa, o maior salário do país, no Distrito Federal ­ no valor de
R$ 3.121,96 – era referente a uma carga horária de 40 horas. No mesmo ano, a ONG Todos pela Educação também citou Roraima como
o segundo estado brasileiro com maior investimento no aluno da educação básica ao ano, com R$ 4.834, 43, para cada aluno. [112]

Transportes
No  estado  existe  apenas  um  aeroporto  administrado  pela  Infraero,  o  Aeroporto
Internacional  de  Boa  Vista  ­  Atlas  Brasil  Cantanhede,  localizado  na  capital  estadual. [113]
Em  2009,  o  aeroporto  da  capital  estadual  movimentou  190  469  passageiros  e  931  248
cargas aéreas. [114] O estado possui ainda outros 7 aeroportos de categoria estadual e menor
porte:  Aeroporto  Auaris,  em  Amajari;  Aeroporto  de  Mucajaí,  em  Mucajaí;  Aeroporto  de
Pacaraima, em Pacaraima; Aeroporto Surucucu, Uaicas e Surucucus, em Alto Alegre, sendo
este último localizado no interior da Terra Indígena Yanomami; e o Aeroporto de Caracaraí.
Estes aeroportos são de administração municipal e estadual. [115]

BR­174 na reserva indígena Waimiri­
O transporte aéreo  é  o  mais  rápido  em  regular  em  Roraima,  encontrando­se  em  melhores
Atroari.
condições que os demais. As cidades, distritos e vilas do interior roraimense são atendidas,
na  maioria  das  vezes,  por  transportes  oriundos  de  Boa Vista.  Posto  isto,  é  a  mais  isolada
unidade federativa da nação. [116] Não há rede ferroviária no estado. [116]

Rodovias
O único estado brasileiro  que  possui  ligação  rodoviária  com  Roraima  é  o  Amazonas,
através  da  BR­174,  que  interliga  os  municípios  do  Sul  aos  municípios  do  Norte  do
estado,  sendo  responsável  também  por  interligar  o  Brasil  à  Venezuela.  A  BR­174
possui 992 quilômetros e corta o território do estado do sul ao norte, cruzando o rio
Branco na altura de Caracaraí através da Ponte José Vieira de Sales Guerra.

Há  ainda,  a  BR­210,  também  chamada  de  Perimetral norte,  um  projeto  oriundo  de
meados do Século XX, do Governo Federal,  que  fora  realizado  apenas  parcialmente  e
que,  a  princípio,  ligaria  o  estado  ao  Pará,  Amapá  e  ao  município  de  São  Gabriel  da
Cachoeira (AM). Esta rodovia possui 481 quilômetros de extensão e corta o estado no
sentido leste­oeste. Outra rodovia em Roraima que cruza o Brasil é a BR­401, fazendo
a comunicação do estado com a Guiana. Inicia em Boa Vista e cruza o rio Branco pela
ponte dos Macuxis, penetrando em território guianense. Entretanto, esta rodovia, que
possui  185  quilômetros  de  extensão,  não  se  encontra  totalmente  asfaltada.  Outras
rodovias federais são a BR­431, a BR­432 e a BR­433.

Existem ainda rodovias de caráter estadual, entre as quais destacam­se a RR­205 (que conecta a capital à sede de Alto Alegre)[117] e a
RR­203[118] (interligando a sede e distritos de Amajari à BR­174), ambas totalmente asfaltadas e sinalizadas e com boas condições de
tráfego.  Outras  importantes  rodovias  são  a  RR­325  (Rodovia  da  Produção)  —  asfaltada  —  e  a  RR­319  (Transarrozeira)  —  em
pavimentação —, que cortam importantes áreas agrícolas e colônias de assentamentos rurais.

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As  estradas  federais  em  Roraima  somam  1.638  quilômetros.  As  estradas  estaduais  somam  pouco  mais  de  2.000  quilômetros  de
extensão, estando, em grande parte, em condições de uso indevidas. [116]

A capital Boa Vista dispõe de um anel viário de quase 30 quilômetros, denominado Contorno Oeste Ottomar de Souza Pinto, fazendo a
interligação de três importantes rodovias.

Fluvial
Também  é  notável  no  estado,  assim  como  em  outros  estados  da  Amazônia,  o  transporte
fluvial. Entretanto, a navegação fluvial encontra­se limitada ao rio Branco. [119] O transporte
no  rio  Branco  é  fortemente  usado  para  a  economia,  mas  de  pouco  movimento  em
passageiros para as cidades do interior. [120] A navegação regular neste rio ocorre somente no
Ponte dos Macuxis, sobre o rio
trecho  foz  (rio  Negro/Caracaraí),  com  cerca  de  440  quilômetros  de  extensão.  Neste
Branco, comunicando Boa Vista ao
segmento,  o  rio  Branco  apresenta  calado  máximo  de  5,0  metros  no  período  de  cheias  e
município do Cantá.
mínimo de 0,7 metros, no período de estiagem. Roraima fica em desvantagem em relação
aos  demais  estados  amazônicos  quanto  ao  sistema hidroviário.  Por  ser  o  único  destes  em
que todos os seus rios notórios têm sua nascente no seu próprio território ­ o sistema hidrográfico estadual é 100% roraimense ­, fica
fadado a ter poucas saídas fluviais. Na verdade Roraima dispõe de apenas uma grande saída fluvial: pelo rio Branco, chegando ao rio
Negro, rumando daí à Manaus e São Gabriel da Cachoeira. Ainda assim, o mais importante rio roraimense ainda impõe dificuldades
adicionais. [116]

O porto de Caracaraí encontra­se desativado, dadas as precárias condições do cais. A movimentação é feita diretamente nas barrancas
do rio, o que dificulta as operações de embarque e desembarque. O trecho Caracaraí ­ Boa Vista, com extensão de aproximadamente 150
quilômetros  se  desenvolve  em  zona  encachoeirada  nos  primeiros  14  quilômetros,  num  desnível  de  7,5  metros  conhecida  como
Corredeiras do Bem Querer. [121]

Energia
Até meados da Década de 1990, o estado convivia com sérios problemas de energia elétrica. Em 2001, foi inaugurada na fronteira entre
Brasil e Venezuela, a primeira etapa do Complexo Hidrelétrico de Guri/Macaguá, que atualmente fornece energia elétrica para Roraima
e regiões da Venezuela. [122]

Considerando  que  Roraima  é  o  único  estado  que  não  faz  parte  do  Sistema  Interligado  Nacional,  e  diante  da  instabilidade  do
fornecimento da energia pela Venezuela, usinas termelétricas complementam a energia de Guri, em especial as usinas de Monte Cristo
(97 MW), Floresta (85 MW), Distrito Industrial (21 MW) e Novo Paraíso (13 MW). Há um projeto de interligação de Roraima ao SIN,
com a construção do Linhão de Tucuruí, o que daria maior segurança energética ao estado, bem como a construção de novas fontes de
energia[123][124].

O fornecimento de energia elétrica no interior do estado é fornecido através da Companhia Energética de Roraima[125] e na capital pela
Eletrobrás  Distribuição  Roraima.  Nos  últimos  anos,  o  consumo  de  energia  elétrica  em  Roraima  tem  crescido  de  forma  abrupta.  Em
fevereiro  de  2011  foi  registrado  um  aumento  de  4%  no  consumo,  em  relação  ao  mesmo  período  de  2010.  Somente  em  Boa  Vista,  o
aumento total foi de 9,05%. [126] O setor comercial foi quem apresentou maior aumento no consumo: 16,4%, seguido das residências,
com um gasto de 12,86%. O setor público foi o único que apresentou redução no consumo de energia: ­7,2% nos órgãos municipais,
­1,9% nos órgãos estaduais e ­1,4% nos federais. [126]

Comunicações
A ECT ­ Empresa de Correios e Telégrafos possui agências em apenas cinco municípios de Roraima: Boa Vista, Caracaraí, Alto Alegre,
Sào Luiz do Anauá e Pacaraima. Na questão da área telefônica, há aproximadamente 40.000 terminais telefônicos, com destaque para
a telefonia celular. O interior do estado também é atendido. Há no estado, apenas 4 estações de rádio e 7 retransmissoras de canais de
televisão. Existem alguns jornais, sendo os principais a Folha de Boa Vista e o jornal Diário. Ainda no estado, há três provedores de
internet, a TechNet , Mandic Scan e RRNet. [127]

Segurança pública
As  principais  unidades  das  Forças  Armadas  presentes  em  Roraima  são:  no  Exército  Brasileiro,  Roraima  é  integrante  do  Comando
Militar da Amazônia, este sediado em Manaus, capital do Amazonas e abrange todos os estados da Região Norte do Brasil, com exceção
do Tocantins. [128] na Marinha do Brasil, o estado faz parte do 9º Distrito Naval (com sede em Manaus);[129] e na Força Aérea Brasileira,

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Roraima integra o I Esquadrão do III Grupo de Aviação, sediado na própria cidade. [130]

A Polícia Militar do Estado de Roraima (PM RR) é uma das forças de polícia militar do Brasil, sendo responsável pelo policiamento
ostensivo no Estado de Roraima. Teve origem na Guarda Territorial do Rio Branco, em 21 de novembro de 1944. Além da sua missão
atual, tinha também como missão realizar serviços de transportes, controlar incêndios e queimadas, além de várias outras atribuições.
Com  o  desenvolvimento  sócio­econômico  da  região  na  década  de  1970  e  a  emancipação  política  de  Roraima  do  Amazonas  fez­se
necessário criar uma instituição dedicada permanentemente ao policiamento ostensivo em suas diversas modalidades. Desta forma, foi
criada a Polícia Militar do Território Federal de Roraima, através da lei nº 6.270 de 26 de novembro de 1975. [131]

O Corpo  de  Bombeiros  Militar  do  Estado  de  Roraima  (CBMRR)  é  uma  Corporação  cuja  missão  primordial  consiste  na  execução  de
atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito do estado de Roraima.
Ele é Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Seus integrantes
são denominados Militares dos Estados pela Constituição Federal de 1988, assim como os membros da Polícia Militar do Estado de
Roraima. [132]

A Polícia Civil do Estado de Roraima é uma das polícias de Roraima, sendo um órgão do sistema de segurança pública ao qual compete,
nos termos do artigo 144, § 4º, da Constituição Federal e ressalvada competência específica da União, as funções de polícia judiciária e
de apuração das infrações penais, exceto as de natureza militar. [133]

De acordo com o Censo brasileiro de 2010, 77,7 % dos habitantes de Roraima sentem­se seguros em seus domicílios; 72,3 % sentem­se
seguros no bairro ou comunidade em que residam; e 64,8 % da população sente­se segura na cidade onde resdide. Entretanto, 18,7 %
das residências no estado possuíam algum tipo de proteção ou segurança particular, que não fosse de domínio público. [134] 11,1 % das
pessoas declararam já terem sido vítimas de roubo ou furto, sendo que destas 20,4 % não procuraram atendimento em delegacias de
polícia. [134]

Cultura e sociedade
A cultura de Roraima apresenta forte influência indígena. Entretanto, é marcada também
pela  influência  dos  colonizadores,  e  também  pelos  mestiços  que  habitam  e  habitaram  a
região. O artesanato é um dos marcos centrais da cultura. Os Ianomâmi ­ grupo indígena do
estado ­ produzem diversos produtos artesanais, como cestas, leques, jóias e redes. Muitos
destes  são  comercializados  na  Feira  de  Artesanato  de  Roraima,  sediado  em  Boa  Vista,
capital do estado. [135]

Entre  as  principais  entidades  culturais  do  estado  encontram­se:  Fórum  de  Cultura
Permanente  de  Roraima,  Sebrae,  SESC,Teia  Roraima,  Academia  Roraimense  de  Letras  e
Federação de Teatro de Roraima. [136][137] Marco da tríplice fronteira no Parque
Nacional do Monte Roraima.
O Museu Integrado de Roraima, em Boa Vista, capital do estado, foi inaugurado em 13 de
fevereiro  de  1985. [138]  É  um  museu  público  estadual  e  mantido  pela  Fundação  de  Meio
Ambiente,  Ciência  e  Tecnologia  do  Estado  de  Roraima  (FEMACT).  Está  instalado  em  um
edifício  de  750  metros  quadrados  no  interior  do  Parque  Anauá. [139][140]  Conserva  o  mais
importante acervo museológico de Roraima. A coleção, bastante diversificada, é composta
por  peças  adquiridas  por  meios  de  coletas,  aquisições  e  doações,  abrangendo  diversos
temas,  como  geologia,  botânica,  zoologia,  arqueologia,  etnologia,  história  e  artes
visuais. [139][140]  O  museu  realiza  ainda,  atividades  de  pesquisa  nas  áreas  de  zoologia  e
antropologia,  além  de  exposições  temporárias  temáticas  e  atividades  culturais  e
educativas. [140] É equipado com biblioteca e auditório  com  capacidade  para  140  pessoas.
Palácio da Cultura Nenê Macuji um
Conta  com  a  participação  da  sociedade  civil  na  realização  de  atividades,  por  meio  da
espaço multicultural que também
Associação de Amigos do Museu Integrado de Roraima (AMIRR), criada em 1999. [139] sedia a Academia Roraimense de
Letras.
Movimento Cultural Roraimeira foi idealizado por artistas locais na década de 1980. Criado
por  uma  necessidade  de  possuir  uma  identidade  cultural  que  representasse  o  Território
Federal de Roraima. Está presente na música, dança, literatura, fotografia, artes  plásticas  e  outras  expressões  artísticas.  Origem  da
denominação é da canção "Roraimeira" de Zeca Preto que concorreu ao festival de música de Roraima em 1984. Futuramente a mesma
se tornou o hino cultural do Estado. [141]

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O festival de 1984, foi o segundo que Zeca Preto participou e Neuber Uchôa se inscreveu com Nossa Bossa. Ambos ficaram empatados e
haveria um sorteio. Mas Neuber Uchôa desistiu e a música Roraimeira de Zeca Preto foi a classificada. Pois entre os artistas a mesma já
era considerada um hino do Movimento. Iniciado no festival de 1980, Neuber Uchôa concorreu com Ave, Zeca Preto com Makuxana e
Eliakin tocou como atração, pois estudava Filosofia em Manaus.

Logo  após  esse  festival,  Neuber  Uchôa,  Zeca  Preto  e  Eliakin  Rufino  se  uniram  e  fomaram  a  banda  chamada  Trio  Roraimeira  que
contribuiu para o início do regionalismo da cultura de Roraima.

Em 1987 a Rádio Difusora de Roraima passou a ter o Programa Sexta Cultural das 13:30 às 14:00 com apresentação de Eliakin Rufino.
Era sobre a cultura local com músicas, poesias e artistas. O regionalismo teve seu primeiro espaço numa rádio roraimense. O programa
foi realizado até 1989. No ano de 1992 a TVE­Macuxi resolveu criar o programa Roraimeira que apresentava a cultura roraimense com
música roraimeira, artes, comidas locais, artesanato e poesia. Em 1997 Vânia Rufino também tinha outro programa que dava espaço ao
música regional roraimeira na Rádio Difusora de Roraima. [142]

Em  2000  cada  integrante  também  começou  a  sua  carreira  solo.  A  partir  dessa  época,  a  arte  que  tivesse  como  tema  central  Roraima
ganharia  a  denominação  de  Roraimeira.  O  Movimento  Cultural  Roraimeira  basea­se  nas  belezas  naturais,  culturais  dos  povos  que
habitam essa região e críticas dos problemas locais.

Dividida em duas fases:

Na primeira fase antes dos anos 2000 percebe uma influência de expressões indígenas, potencialidades turísticas, costumes e tradições
indígenas, idealização do Estado de Roraima principalmente a capital Boa Vista com boa qualidade de vida, valorização da natureza,
referências topofílicas, não é reflexiva mas tem uma noção sobre os problemas locais.

Na segunda fase após os anos 2000 além dos elementos anteriores, agora é ampliado para uma reflexão sobre os problemas de Roraima
principalmente as questões ambientais e indígenas, expressões que colocam Roraima junto a Amazônia, Brasil, Caribe e América do Sul
e Global. Nessa manifestação cultural, os artistas também realizam outros tipos de músicas como Música Popular Amazônica (MPA) e
MPB. [143]

Existe uma webrádio que toca as músicas do Movimento Cultural Roraimeira como as Regionais, Amazônicas e MPB. [144]

É considerado o último movimento cultural no Brasil do século XX. [145]

Em 2012 no programa DOCTV da TV Brasil foi produzido um documentário sobre o Movimento Cultural Roraimeira que é típico da
cultura roraimense. [146]

Há ocasiões que o Trio Roraimeira se junta e faz shows pelo Brasil. [147]

Dança, música e teatro
A dança em Roraima tem sua origem em grupos folclóricos de boi­bumbá e cirandas. Entretanto, são notáveis também grupos de dança
clássica e moderna. A maior entidade cultural voltada ao ensino da dança clássica é a Escola de Balé Cristina Rocha, responsável pela
formação  de  grande  parte  dos  bailarinos  e  dançarinos  que  atuam  na  capital,  Boa  Vista.  Na  época  das  festas  populares,  há  diversos
grupos  de  dança  regional  em  atuação,  com  destaque  para  os  Cangaceiros  do  Tianguá,  que  têm  coreografias  baseadas  em  elementos
regionais amazônicos. [136]

A  música  roraimense  possui  uma  grande  variedade  de  ritmos  e  harmonias.  Sua  origem  remonta  à  variedade  de  etnias  e  povos  que
viveram e vivem no estado. Desta forma, há grupos de cantos indígenas e caboclos.

Música  regional  é  chamada  Roraimeira,  produzida  no  estado  e  que  possua  como  tema  central  Roraima,  Roraima  relacionada  à
Amazônia,  ao  Caribe,  América  do  Sul,  América  e  Global.  Nas  canções  deve  abordar  ou  mencionar  nem  que  seja  minimamente  a
regionalidade  roraimense  como  a  natureza  de  Roraima,  cultura  indígena  dos  povos  que  habitam  o  Estado,  costumes,  cultura  local,
história e migração. Além de poder ser gravada em qualquer estilo ou ritmo musical como rock, axé, reggae, pop, forró e etc.

[148]

Ritmo  local  é  denominado  Makunaimeira  uma  mistura  de  ritmos  sobre  a  influência  dos  rituais  indígenas  como  o  parixara,  música
caribenha como merengue e salsa, toques de carimbó e ritmos amazônicos como toada e marabaixo. Algumas dessas músicas como esse
ritmo são: Wapixanua, Mangarataia, Makunaimando, Ver­o­peso do Waldemar e entre outras. [149]

Atualmente os cantores da Roraimeira realizam shows pelo país. [150]

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Alguns  dos  principais  cantores  da  música  Roraimeira  são:  Neuber  Uchôa,  Eliakin Rufino,  Zeca  Preto  (os  três  juntos  formam  o  Trio
Roraimeira), Leka Denz, Joelmir Guimarães, Ricardo Dutra, Jr. Caçari, Halisson Crystian, Zigomar Maia, George Farias, Cacá Farias,
José Luiz Costa e etc.

Com a lei de incentivo a cultura, ajuda a realizar projetos por todo o estado. [151]

Em Roraima é realizado o Festival Canto Forte, com objetivo de valorizar os artistas locais. [152]

A Escola de Música de Roraima é voltada ao ensino da música clássica e MPB. No estado, é notável ainda os festivais de música que
trazem uma demonstração da arte musical da Amazônia. [136]

As  artes  cênicas  em  Roraima  são  difundidas  pela  Federação  de  Teatro  de  Roraima,  que  realiza  espetáculos  e  eventos  culturais  nos
espaços  públicos  locais  da  cidade,  além  de  apoio  a  grupos  teatrais  e  formação  teatral.  Há  vários  grupos  teatrais  no  estado,  entre  os
quais: Sol da Terra, Criart Teatral, Arteatro, Locômbia Teatro de Andanças e a A Bruxa tá Solta. [153]

Folclore e literatura
O folclore roraimense é hoje o encontro das tradições trazidas pelos colonizadores nordestinos e de todas as partes do Brasil, com a força
das lendas e vivências dos índios, que têm no seu ambiente natural uma perfeita harmonia entre homem e natureza. É festejado tanto
os santos da Igreja católica como também as tradições indígenas, que exercem forte influência no estado, na área de curandeirismo e
pajelança. No mês de junho, assim como em outros estados do Brasil, acontece as festas juninas nos diversos municípios. [136]

A  Academia  Roraimense  de  Letras  representa  a  literatura  da  unidade  federativa.  É  nela  que  está  reunida  grande  parte  dos  poetas,
historiadores,  escritores  e  contistas  do  estado.  Um  dos  poetas  roraimenses  de  maior  renome  é  Eliakin  Rufino,  que  também  é
compositor, tendo suas músicas alcançado outras regiões do país. [136]

Monumentos
Há dois monumentos em Roraima: o Monumento ao Garimpeiro e o Monumento aos Pioneiros. [154]

O  Monumento  aos  Garimpeiros  presta  homenagem  aos  homens  que  prestaram  serviço  e  contribuíram  para  o  desenvolvimento  do
antigo Território Federal do Rio Branco. Localiza­se em Boa Vista. O Monumento aos Pioneiros também localiza­se em Boa Vista e é
uma construção de concreto armado. Reproduz o Monte Roraima, as etnias que formam o povo roraimense e as tradições e costumes
regionais do território. [154]

Turismo
Roraima possui um grande potencial turístico, em especial no ecoturismo. Por se localizar
no extremo norte do país, na parte setentrional deste e por fazer limites com três países sul­
americanos, Roraima mantém estreitas relações comerciais baseadas no turismo com esses
países, em especial a Venezuela. Os atrativos naturais são os principais pontos turísticos do
estado, em especial o Monte Roraima. [155]

Arqueólogos  têm  forte  interesse  na  Pedra  Pintada,  que  é  o  mais  importante  sítio  de  tal
ciência  do  estado.  Nela,  há  inscrições  de  civilizações  milenares,  tais  como  pinturas
Pedra Pintada, uma formação
rupestres, pedaços de cerâmicas, machadinhas, contas de colar, entre outros artefatos que
rochosa considerada sítio
indiciam  a  história  da  evolução  humana,  datados  de  quatro  mil  anos.  A  rocha  é  um
arqueológico, que também é uma
monólito  de  granito  com  sessenta  metros  de  diâmetro  e  cerca  de  40  metros  de  altura.  Na das atrações turísticas.
face externa existem pinturas rupestres vermelhas que são até hoje consideradas um enigma
para  cientistas.  Há  também  cavernas  funerárias  com  até  12  metros  de  extensão.  A  Pedra
Pintada localiza­se em Pacaraima. [156]

O Monte Roraima, um dos lugares mais antigos do planeta, atrai diversos turistas de todo o mundo. [157] O explorador botânico inglês
Everd Thurm descreveu sua passagem pelo Monte Roraima, em 1884, com as seguintes palavras:

“ O Monte Roraima é caracterizado por um extraordinário número de plantas, quase todas com


desusada beleza, de estranha forma e talvez com ambas peculiaridades. Como a flora, também a
fauna, embora igualmente peculiar, parece ser, no entanto, sem contestação, menos abundante.
Roraima ergue­se, numa verdadeira terra maravilhosa cheia de coisas raras, belas e estranhas.

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18/09/2019 Roraima – Wikipédia, a enciclopédia livre

A  Serra  do  Tepequém  também  é  uma  atração  turística  estadual.  Possui  um  riquíssimo
artesanato em pedra­sabão e sua área é de livre exploração de diamantes. O local serve como
prática de trekking (caminhada), até as cachoeiras do Paiva, Sobral, do Barata e do Funil. O
platô é o ponto culminante de toda a Serra, onde se inicia a cadeia montanhosa que delimita
as fronteiras entre o Brasil e a Venezuela. A serra do Tepequém conta com altitude média de
1500 metros e está situada no município de Amajari. [159] Outro ponto turístico do estado é
o Monte Caburaí. Geógrafos comprovaram que ele está situado a 70 km acima do Oiapoque,
o  que  faz  do  monte  o  ponto  mais  setentrional  do  Brasil,  tendo  sido  reconhecidamente
Manhã de sol às margens do Lago convencionado  nas  instituições  oficiais  responsáveis  pelas  demarcações  territoriais
Caracaranã.
geográficas,  como  o  Ministério  da  Educação  e  o  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e
Estatística (IBGE). [160]

Destaca­se também, o Lago Caracaranã, no município de Normandia. Com quase 6 quilômetros de perímetro,  é  conhecido  por  suas


praias de areia fina rodeadas de cajueiros [161].

Culinária
Sua  culinária  apresenta  forte  influência  do  estado  brasileiro  do  Maranhão,  apresentando
também as características dos pratos amazônicos. O peixe é o principal produto usado em
seus pratos típicos. [135] São comidas típicas da região a tapioca, a farinha de mandioca, a
paçoca de carne seca e o cuscuz. [135]

Futebol
No futebol, Roraima abriga nove clubes relevantes, o Atlético Roraima, o Baré, o GAS, o São
Raimundo, o River, o Rio Negro, o Náutico, o Progresso e o São Francisco. [162] Há também
Paçoca feita de carne. Prato típico
clubes  amadores:  Norte  Sport,  Caranã,  Tancredo  Neves,  Cambará,  Racing,  Guarani, de Roraima.
América,  Grêmio,  Barcelona,  Jockey,  ABC,  União,  Tiradentes,  Anauá,  Brasil,  Boa  Vista,
Atlético Iracema e União de Iracema. [163]

Há  dois  estádios  relevantes  em  Roraima:  o  Estádio Flamarion Vasconcelos  e  o  Estádio  Raimundo  Ribeiro  de  Souza,  ambos  em  Boa
Vista. O Estádio Flamarion Vasconcelos, popularmente conhecido como Canarinho, pertence ao Governo do Estado de Roraima. Foi
inaugurado em 6 de setembro de 1975, e inicialmente designado Estádio 13 de Setembro. Anos depois teve seu nome modificado em
homenagem póstuma ao jornalista roraimense Flamarion Vasconcelos. Contudo o estádio é conhecido popularmente como Canarinho,
por estar localizado no bairro de mesmo nome. [164]

O Estádio Raimundo Ribeiro de Souza, chamado popularmente de Ribeirão, também pertence ao governo estadual e possui capacidade
para 3000 pessoas. [165]

Torcidas organizadas

Possivelmente pela pequena população, é pequena a quantidade de torcidas no estado.
Ainda assim, existem:
Faixa da TUF­RR.
Leões da TUF ­ Roraima

A  "Toca  do  Leão"  já  tem  alguns  anos,  e  se  tornou  um  núcleo  da  TUF  ­  Torcida
Uniformizada  do  Fortaleza,  que  está  entre  as  maiores  torcidas  organizadas  do
estado do Ceará. Em Roraima possui vários membros que se reúnem todos os jogos do
Fortaleza para acompanhar o clube cearense na sede da torcida pela televisão. [166]

Terror Tricolor

A  Terror  Tricolor  é  uma  torcida  organizada  composta  principalmente  por  jovens


torcedores do Atlético Roraima Clube. Apesar de pequena a torcida mostra­se guerreira
e agita o estádio Canarinho com sua bateria em todos os jogos do Tricolor de Roraima.
Carreata da TUF­RR, em frente ao
Parque Anauá em Boa Vista.
Feriados

https://pt.wikipedia.org/wiki/Roraima 18/24
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Em Roraima, há apenas um feriado estadual: o dia 5 de outubro. Nessa data, comemora­se a elevação do Território Federal de Roraima
à categoria de estado, que aconteceu com a promulgação da Constituição de 1988 [167]. [168]

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Ver também
História de Roraima
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Ligações externas
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