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MATO GROSSO
Mato Grosso
Bandeira Brasão
Gentílico: Mato-grossense
Localização
- Região Centro-Oeste
- Municípios 141
Capital Cuiabá
Governo
- Deputados federais 8
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MATO GROSSO
- Deputados estaduais 24
Área
População 2017
Economia 2015
Indicadores 2010/2015[3][4]
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MATO GROSSO
Mato Grosso é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Centro-Oeste.
Tem a porção norte de seu território ocupada pela Amazônia Legal, sendo o sul do estado
pertencente ao Centro-Sul do Brasil.
Tem como limites: Amazonas, Pará (norte); Tocantins, Goiás (leste); Mato Grosso do
Sul (sul); Rondônia e a Bolívia (oeste), país vizinho. Ocupa uma área equivalente à da Venezuela e
não muito menor do que a vizinha Bolívia. Mato Grosso está organizado em 22 microrregiões e cinco
mesorregiões, dividindo-se em 141 municípios, sendo os mais populosos e importantes: a
capital Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Barra do Garças e Cáceres.
Extensas planícies e amplosimplanaltos dominam a área, a maior parte (74%) se encontra abaixo dos
seiscentos metros de altitude. Juruena, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai, Rio
Guaporé, Piqueri, São Lourenço, das Mortes e Cuiabá são os rios principais.
História
Pelo Tratado de Tordesilhas (de 7 de junho de 1494), o território do atual estado de Mato Grosso
pertencia à Espanha. Os jesuítas, a serviço dos espanhóis, criaram os primeiros núcleos, de onde
foram expulsos pelos bandeirantes paulistas em 1680. Em 1718, a descoberta do ouro acelerou o
povoamento. Em 1748, para garantir a nova fronteira, Portugal criou a capitania de Mato Grosso e, lá,
construiu um eficiente sistema de defesa.
Durante as bandeiras, uma expedição chegou ao Rio de Piranhas em busca dos índios coxiponés e
logo descobriram ouro nas margens do rio, alterando, assim, o objetivo da expedição. Em 1719, foi
fundado o Arraial da Forquilha, às margens do rio Coxipó, formando o primeiro grupo de população
organizado na região (atual cidade de Cuiabá). A região de Mato Grosso era subordinada a Rodrigo
César de Menezes.
A Capitania de Mato Grosso, foi criada pela Coroa portuguesa em 9 de maio de 1748,
desmembrando-se do território da Capitania de São Paulo. Para intensificar a fiscalização da
exploração do ouro e a renda ida para Portugal, o governador da capitania muda-se para o arraial e
logo o elevou em nível de "vila", chamando-o de "Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá"'.
Com os tratados de Madri (1750) e de Santo Ildefonso (1777), Espanha e Portugal estabeleceram as
novas fronteiras. A produção de ouro começou a cair no início do século XIX. Em 28 de fevereiro de
1821, às vésperas da Independência do Brasil, a região tornou-se uma província, com o mesmo
nome. Com a Proclamação da República Brasileira (1889) e a Constituição brasileira de 1891, a
antiga província daria lugar ao Estado de Mato Grosso, posteriormente desmembrado nos atuais
estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
Em 1892, durante a derrubada do governo de Manuel Murtinho, houve, por parte dos revoltosos, uma
intenção de separação de Mato Grosso da República dos Estados Unidos do Brasil, criando-se, para
tanto, o Estado Livre da República Transatlântica - o que não encontrou apoio.
Em 1917, a situação se agravou, provocando intervenção federal. Com a chegada dos seringueiros,
pecuaristas e exploradores de erva-mate na primeira metade do século XIX, o estado retomou o
desenvolvimento.
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MATO GROSSO
Em 1977, a parte sul do estado foi legalmente desmembrada, formando, assim, um novo
estado, Mato Grosso do Sul - o que na prática só se daria em 1979.
Primeiros Tempos
O primeiro europeu a desbravar a área que viria a constituir o estado de Mato Grosso foi o
português Aleixo Garcia (há quem lhe atribua, sem provas decisivas, a nacionalidade espanhola),
náufrago da esquadra de Juan Díaz de Solís. Em 1525, ele atravessou a mesopotâmia formada pelos
rios Paraná e Paraguai e, à frente de uma expedição que chegou a contar com 2 000 homens,
avançou até a Bolívia. De volta, com grande quantidade de prata e cobre, Garcia foi morto por
índios paiaguás. Sebastião Caboto também penetrou na região em 1526 e subiu o Paraguai até
alcançar o domínio dos guaranis, com os quais travou relações de amizade e de quem recebeu,
como presente, peças de metais preciosos.
Desde 1632, os bandeirantes conheciam, de passagem e de lutas, a região onde os jesuítas haviam
localizado as suas reduções de índios e que os espanhóis percorriam como terra sua. Antônio Pires
de Campos chegou criança, em 1672, com a bandeira paterna, às depois famosas minas dos
Martírios. Já adulto, retomou o caminho da serra misteriosa e navegou, de contracorrente, os
rios Paraguai e São Lourenço, embicando Cuiabá acima, até o atual Porto de São Gonçalo Velho,
onde se chocou com os índios coxiponés.
Corrida do ouro
Mapa português para colonização de Vila Bela da Santíssima Trindade, primeira capital da Capitania
de Mato Grosso
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do Coxipó e do Cuiabá, Cabral Leme descobriu abundante jazida de ouro. A caça ao índio cedeu vez,
então, às atividades mineradoras. Em 8 de abril de 1719, foi lavrado o termo de fundação do arraial
de Cuiabá, e aclamou-se Pascoal guarda-mor regente "para poder guardar todos os ribeiros de ouro,
socavar, examinar, fazer composições com os mineiros e botar bandeiras, tanto aurinas, como ao
inimigo bárbaro".
A notícia da descoberta de ouro não tardou em transpor os sertões, dando motivo a uma corrida sem
precedentes para o oeste. A viagem até Cuiabá, distante mais de quinhentas léguas
do litoral atlântico, exigia de quatro a seis meses, e era arriscada e difícil em consequência do
desconforto, das febres e dos ataques indígenas.
Rodrigo César de Meneses, capitão-general da capitania de São Paulo, chegou a Cuiabá no fim
de 1726 e ali permaneceu cerca de um ano e meio. A localidade recebeu o título de Vila Real do
Senhor Bom Jesus do Cuiabá. Constituiu-se a câmara e nomeou-se um corpo de funcionários
encarregados de dar cumprimento ao rigoroso regulamento fiscal da coroa. Em 1729, foi criado o
lugar de ouvidor.
Defesa da Terra
Ruínas da Igreja Matriz de Vila Bela da Santíssima Trindade, que foi a primeira cidade planejada de
Mato Grosso, com o objetivo de formar a capital da província e proteger a fronteira.
Problemas de Fronteiras
Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, que governou de 1772 a 1789, tomou, porém, a
iniciativa de reforçar o esquema defensivo. Construiu, à margem do Rio Guaporé, o Forte Real do
Príncipe da Beira, no qual chegaram a trabalhar mais de duzentos obreiros e, no sul, sobre o Rio
Paraguai, abaixo do Rio Miranda, o Presídio de Nova Coimbra. Fundou Vila Maria (mais tarde São
Luís de Cáceres, ou simplesmente Cáceres), Casalvasco, Salinas e Corixa Grande. Criticou
severamente o novo tratado luso-espanhol de 1777 (Tratado de Santo Ildefonso) no tocante a Mato
Grosso, por achar que encerrava concessões prejudiciais a Portugal. Usou no levantamento
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Caetano Pinto de Miranda Montenegro, o futuro Marquês de Vila Real de Praia Grande, chegou
a Cuiabá em 1796 para assumir o cargo de capitão-general, com recomendação da metrópole para
elaborar um plano de defesa que protegesse a capitania contra qualquer tentativa de invasão. A
guerra com os espanhóis foi deflagrada em 1801, quando Lázaro de Ribera, à frente de oitocentos
homens, atacou o Forte de Coimbra, defendido bravamente por Ricardo Franco, com apenas cem
homens, que conseguiram repelir o invasor. A paz, todavia, só foi firmada em Badajoz, em 6 de maio
de 1802. A capitania, com meio século de vida autônoma, consolidou sua estabilidade territorial e
neutralizou de imediato o perigo de novas invasões.
No fim do período colonial, registrou-se certo declínio da capitania. Cuiabá e Vila Bela haviam sido
elevadas à categoria de cidade. Em 20 de agosto de 1821, Magessi foi deposto pela "tropa, clero,
nobreza e povo", como "ambicioso em extremo, concussionário insaciável, hipócrita". Formou-se,
em Cuiabá, uma junta governativa que jurou lealdade ao príncipe dom Pedro e outra, dissidente,
em Vila Bela da Santíssima Trindade, com o que se estabeleceu a dualidade de poder.
Em abril de 1878, em função do Tratado de Ayacucho, foram enviadas, para Corumbá, as "Plantas
Geográficas dos Rios Guaporé e Mamoré", sendo que a cartografia para delimitar os limites
fronteiriços dos rios Guaporé e Mamoré foi levantada e apresentada pela Segunda Seção Brasileira,
sediada na mesma cidade, tendo sido todas chanceladas pelos delegados brasileiros e bolivianos.
Continuando, a descrição diz "Destas cabeceiras continuam os limites pelo leito do mesmo rio até sua
confluência com o Guaporé, e depois pelo leito deste e do Mamoré até sua confluência com o Beni,
onde principia o Rio Madeira". Em 1878 e 1879, houve troca de notas da chancelaria boliviana com a
embaixada do Brasil em La Paz, acusando o recebimento e aprovando a "Carta Geral", conforme
ajustado na Sétima Conferência da Comissão Mista.
Independência do Brasil
Guerra do Paraguai
Os governos se sucederam sem acontecimentos de maior relevo até a Guerra do Paraguai. Uma
guarda defensiva montada em 1850 no Morro do Pão de Açúcar pelo governador João José da Costa
Pimentel irritou o governo paraguaio. Pimentel então recuou ante gestões diplomáticas realizadas
em Assunção. Foi substituído pelo capitão-de-fragata Augusto João Manuel Leverger, barão de
Melgaço, cujo primeiro governo durou de 1851 a 1857.
Leverger recebeu ordem de concentrar toda a força militar da província no baixo Paraguai, para
esperar os navios que deveriam subir o rio com ou sem licença de Francisco Solano López. Mudou-
se, então, para o Forte de Coimbra, onde permaneceu cerca de dois anos.
O coronel Frederico Carneiro de Campos, nomeado presidente provincial em 1864, subia o rio
Paraguai para assumir o posto quando seu navio — o Marquês de Olinda — foi atacado e
aprisionado por uma belonaveparaguaia. Logo que o Paraguai rompeu as hostilidades, revelou-se a
fraqueza do sistema defensivo brasileiro em Mato Grosso, prevista por Leverger. Caiu logo Coimbra,
após dois dias de resistência. Em seguida, foi a vez de Corumbá e da colônia de Dourados. A guerra
seguiu seu curso, marcada por episódios como a retirada de Laguna, a retomada e subsequente
abandono de Corumbá. Dessa cidade, as tropas brasileiras trouxeram para Cuiabá uma epidemia
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de varíola que teve efeitos devastadores. Para o povo, 1867 seria o "ano das bexigas", mais que da
retomada de Corumbá.
República
As aspirações republicanas e federalistas em Mato Grosso tinham tido expressão confusa em várias
revoltas, mas no remanso do segundo reinado as agitações se aplacaram. As campanhas
pela abolição e pela república tiveram ali repercussão modesta. Ao iniciar-se o período republicano,
Mato Grosso tinha uma população calculada em oitenta mil habitantes. A província ficava segregada:
sem estradas de ferro, eram necessários cerca de trinta dias de viagem, passando por três países
estrangeiros, para atingi-la, a partir do Rio de Janeiro, por via fluvial.
Em 7 de maio de 1892, Generoso Ponce, a frente de 4 000 homens, iniciou o cerco às forças
adversárias na capital e dominou-as em menos de uma semana. Em 22 de junho, caiu Corumbá.
Vitorioso o Partido Republicano, Manuel Murtinho retornou ao poder.
Surgiu mais tarde, entretanto, uma desavença entre os dois líderes, Ponce e Murtinho. O rompimento
consumou-se em dezembro de 1898, com uma declaração pública de Manuel Murtinho, apoiado por
seu irmão Joaquim Murtinho, ministro da Fazenda do presidente Campos Sales. Seus partidários
conquistaram o poder, num ambiente de grande violência. Mais tarde, contudo, Ponce e Murtinho
reconciliaram-se e formaram novo agrupamento político. A vitória dessa corrente política se deu com
o movimento armado de 1906, que culminou na morte do presidente Antônio (Totó) Pais de Barros.
Seguiu-se um período de interinidade na presidência. Generoso Ponce foi afinal eleito em 1907. A
economia do estado melhorou com a abertura de vias férreas a partir do leste (Jupiá, Três
Lagoas e Água Clara) e do oeste (Porto Esperança, Miranda e Aquidauana), para se encontrarem
em Campo Grande. A ligação ferroviária com São Paulo foi fator de progresso para Mato Grosso, por
intensificar o comércio e valorizar as terras da região.
Questão do Mate
Com o novo presidente, Joaquim Augusto da Costa Marques, que assumiu em 1911, avultaram as
pressões da companhia Mate Laranjeira no sentido de renovar o arrendamento dos seus extensos
ervais no sul do estado. A pretensão suscitou nova divergência entre Murtinho e Ponce: o primeiro
defendia a prorrogação do contrato até 1930, com opção para a compra de 1 000 000 a 2 000 000 de
hectares, enquanto Ponce queria a divisão da área em lotes de 450 hectares, que seriam oferecidos
a arrendamento em hasta pública.
Morto Ponce, a empresa ganhou novo trunfo com o apoio do senador situacionista Antônio Azeredo.
Mas o antigo presidente do estado, Pedro Celestino Corrêa da Costa, tomou posição contrária. Os
deputados estaduais hostis à prorrogação do contrato fizeram obstrução e impediram que ela fosse
aprovada. Finalmente, a Mate Laranjeira foi frustrada em suas pretensões, com a aprovação da Lei
Número 725, de 24 de agosto de 1915.
O general Caetano Manuel de Faria Albuquerque assumiu o governo em 15 de agosto de 1915. Seus
próprios correligionários conservadores tentaram forçá-lo à renúncia, e ele, tendo a seu lado Pedro
Celestino, aceitou o apoio da oposição, num movimento que se chamou "caetanada". Contra seu
governo organizou-se a rebelião armada, com ajuda da Mate Laranjeira e seus aliados políticos. Na
assembleia, foi proposto e aprovado o impedimento do general Caetano de Albuquerque. Consultado,
o Supremo Tribunal Federal não tomou posição definitiva, e o presidente Venceslau Brás acabou por
decretar a intervenção no estado em 10 de janeiro de 1917. Em outubro, no Rio de Janeiro, os chefes
dos dois partidos locais concluíram acordo, mediante o qual indicava o bispo dom Francisco de
Aquino Correia para presidente, em caráter suprapartidário. O prelado assumiu em 22 de janeiro de
1918 e fez uma administração conciliadora, assinalada por uma série de iniciativas.
A Empresa Mate Laranjeira, para se ter ideia do seu poder econômico, tinha um lucro seis vezes
superior à arrecadação de impostos do estado de Mato Grosso inteiro
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Depois de 1930
Até a Revolução de 1930, a administração estadual lutou com graves problemas financeiros. No
período pós-revolucionário, sucederam-se os interventores. Em 1932, o general Bertoldo Klinger,
comandante militar de Mato Grosso, deu apoio armado à Revolução Constitucionalista de 1932.
Separação
A velha ideia da separação da porção sul do estado só veio a triunfar em 1977, por meio de uma lei
complementar que desmembrou 357 471,5 km² do estado para criar Mato Grosso do Sul.
Anteriormente, houve ainda a tentativa de transformar Campo Grande em capital de Mato Grosso,
destronando Cuiabá.
A iniciativa da divisão partiu do Governo Federal, que alegava, em primeiro lugar, a impossibilidade
de um único governo estadual administrar área tão grande e, em segundo, as nítidas diferenças
naturais entre o norte e o sul do estado.
A lei entrou em vigor em 1º de janeiro de 1979. A partir de então, todas as projeções pessimistas de
que o então norte, com a capital Cuiabá, iria se estagnar, não se concretizaram, pelo contrário,
surgindo então um processo de pleno crescimento do estado, aliado com a criação e
desenvolvimento de municípios como Alta Floresta, Sinop, Tangará da Serra, Primavera do
Leste, Campo Novo do Parecis, Sapezal, Campo Verde, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum,
que hoje estão entre os maiores contribuintes do PIB de Mato Grosso.
A construção de Brasília contribuiu para acabar com a antiga estagnação. Uma vez inaugurada a
nova capital, Mato Grosso continuou a atrair mão de obra agrícola de outros estados, pois oferecia as
melhores áreas de colonização do país. Graves problemas persistiram, porém, na década de 1980.
O sistema de transporte, embora tenha ganho a rodovia Cuiabá-Porto Velho em setembro de 1984,
ainda não bastava para escoar a produção estadual; as instalações de armazenamento deixavam a
desejar; a disponibilidade de energia elétrica (120 000 kW em 1983) era insuficiente; eram precários
o saneamento e os serviços de saúde e educação.
Geografia
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MATO GROSSO
O estado de Mato Grosso ocupa uma área de 903366.192 km² do território brasileiro e localiza-se
a oeste do Meridiano de Greenwich e a sul da Linha do Equador, tendo fuso horário -4 horas em
relação a hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da região Centro-Oeste, fazendo fronteiras
com os estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, além de um
país, a Bolívia.
A capital (Cuiabá) está localizada a 15º35'55.36" lat. e 56º05'47.25" long., sendo conhecida, por isso
mesmo, como coração da América do Sul.
O Fuso Horário em vigor é uma hora menor em relação ao Horário de Brasília e quatro horas a
menos em relação a Greenwich, UTC-4. Geralmente entre os meses de outubro e fevereiro adota-se
o Horário de Verão, no qual os relógios são adiantados uma hora para poupar energia.
Curiosamente, ainda que em caráter não oficial, alguns municípios do leste do estado, na região
conhecida como "Vale do Araguaia", adotam o Horário de Brasília mesmo sendo obrigados por lei a
adotarem o Fuso Horário Oficial de Mato Grosso.
A população, por sua vez, alega que a região já está dentro do fluxo 45° O e, além disso, sofre muita
influência do estado de Goiás, uma vez que por se tratar de região de divisa, a capital Goiânia está
muito mais próxima que Cuiabá. Portanto, municípios como Barra do Garças, Alto
Araguaia, Canarana, Água Boa e Nova Xavantina, por exemplo, seguem o Horário de Brasília.
Relevo
A planície aluvial do médio Araguaia situa-se na região limítrofe entre Mato Grosso e Goiás. Tem
natureza semelhante à da planície do Pantanal: ampla, está sujeita a inundações anuais e deposição
periódica de aluviões. Pouco depois dela, para oeste, ficam os contrafortes da serra do Roncador.
Clima
O estado apresenta sensível variedade de climas. Prevalece o tropical super-úmido de monção, com
elevada temperatura média anual, superior a 24º C e alta pluviosidade (2 000 milímetros anuais); e
o tropical, com chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por médias de 23 °C no planalto.
A pluviosidade é alta também nesse clima: excede a média anual de 1 500 milímetros. Já em lugares
elevados, como a Chapada dos Guimarães e a Serra do Monte Cristo, o clima é subtropical, com uma
temperatura média anual de Chapada dos Guimarães é de 24° C, sendo a maior máxima registrada
de 40°C e a menor de 0°C.
Durante a atuação de uma intensa massa de ar polar, as temperaturas durante a tarde nas cidades
do centro-sul e sudoeste do estado podem estar próximas a 10 °C, enquanto que no restante do
território as temperaturas ultrapassam os 30 °C.
Vegetação
O estado de Mato Grosso, um dos campeões do desmatamento no Brasil e no mundo, era revestido
por uma vegetação em que predominavam as florestas, como prosseguimento da mata amazônica.
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MATO GROSSO
Na área do Pantanal Mato-Grossense que permaneceu nos limites do estado ocorria um revestimento
vegetal composto de cerrados e campos. A zona de florestas compreendia 47% da área do estado,
os cerrados 39% e os campos 14%.
Hidrografia
A drenagem da região se faz por meio de dois sistemas, os dos rios Amazonas e Paraguai. Ao
primeiro, pertencem o Juruena e o Teles Pires (formadores do Tapajós), além do Xingu e
do Araguaia, este na fronteira com Goiás. O principal afluente do Rio Paraguai no estado é o Rio
Cuiabá.
Ecologia
Demografia
A população de Mato Grosso é de 3 344 544 habitantes, segundo a estimativa populacional de 2017,
com dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.[2] Mato Grosso é o décimo-
oitavo Estadomais populoso do Brasil e concentra 1,6% da população brasileira. Do total da
população do estado em 2010, 1 485 097 habitantes são mulheres e 1 548 894 habitantes são
homens. Possui uma densidade demográfica de 3,36 habitantes por quilômetro quadrado.
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MATO GROSSO
Alta
Centro- 590 1 50 1
1 Cuiabá 11 Florest Norte
Sul 18 89
a
Pontes
Várzea Centro- 274 0 43 8
2 12 e Sudoeste
Grande Sul 13 32
Lacerda
Tangará 98 82 39 7
Cuiabá 5 Sudoeste 15 Juína Norte Rondonópo
da Serra 8 79
lis
Centro- 91 27 36 1
6 Cáceres 16 Colniza Norte
Sul 1 61
Várzea
Grande Guarant Sinop
85 22 34 5
7 Sorriso Norte 17 ã do Norte
3 00
Norte
Lucas do 61 51 33 8
8 Norte 18 Juara Norte
Rio Verde 5 51
Barra
Primavera 59 29 33 6
9 Sudeste 19 do Sudoeste
do Leste 3 44
Bugres
Peixoto
Barra do 58 97 de 33 6
10 Sudeste 20 Norte
Garças 4 Azeved 30
o
Composição étnica
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MATO GROSSO
Cor/Raça Porcentagem
Pardos 52,7%
Brancos 37,1%
Negros 7,4%
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2010 (dados obtidos por meio de pesquisa de
autodeclaração)[10]
Religião
Semelhante ao que ocorre em todo território nacional, Mato Grosso é predominantemente povoado
por pessoas cristãs, sendo na sua maioria católicos e uma fração menor dividida em inúmeras
denominações evangélicas, contando ainda com a presença de religiões afrodescendentes. Veja
alguns dados curiosos:
• Para os fiéis da Igreja Católica Apostólica Romana o padroeiro do estado é o Nosso Senhor Bom
Jesus.
• A Igreja Católica viveu 170 anos no regime do Padroado (1719-1889), entretanto o regime chegou
ao término com a decisão nacional que com a proclamação da república adotou o laicismo.
• A Assembleia de Deus detém o maior templo religioso do estado e também do Brasil, o Grande
Templo conforme é chamado, situado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça em Cuiabá tem
capacidade para 22.500 pessoas na nave central e chega a comportar 70.000 pessoas em todas as
instalações do prédio.
Governo e política
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MATO GROSSO
O estado de Mato Grosso, assim como em uma república, é governado por três poderes, o executivo,
representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado de
Mato Grosso, e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso e outros
tribunais e juízes.
Além dos três poderes, o estado também permite a participação popular nas decisões do governo
através de referendos e plebiscitos.A atual constituição do estado foi promulgada em 1989, acrescida
das alterações resultantes de posteriores Emendas Constitucionais.
Nas eleições estaduais em Mato Grosso em 2014, Pedro Taques candidatou-se pelo PDT a
governador e foi eleito em 1º turno com 57,25% dos votos válidos.
O poder legislativo estadual é unicameral, constituído pela Assembleia Legislativa do Estado de Mato
Grosso, localizada no Centro Político Administrativo. Ela é constituída por 24 deputados, que são
eleitos a cada quatro anos. No Congresso Nacional, a representação mato-grossense é de três
senadores e setenta deputados federais.
O poder judiciário tem a função de julgar, conforme leis criadas pelo legislativo e regras
constitucionais brasileiras, sendo composto por desembargadores, juízes e ministros.Atualmente, a
maior corte do Poder Judiciário mato-grossense é o Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Subdivisões
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MATO GROSSO
• Barão de Melgaço
• Cáceres
• Curvelândia
• Poconé
• Alto Paraguai
• Arenápolis
• Nortelândia
• Nova Marilândia
• Santo Afonso
• Microrregião de Cuiabá
• Cuiabá
• Várzea Grande
• Acorizal
• Jangada
• Rosário Oeste
• Alta Floresta
• Apiacás
• Carlinda
• Nova Bandeirantes
• Paranaíta
• Ipiranga do Norte
• Itanhangá
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MATO GROSSO
• Nobres
• Nova Mutum
• Nova Ubiratã
• Sorriso
• Tapurah
• Microrregião de Arinos
• Juara
• Nova Maringá
• Tabaporã
• Microrregião de Aripuanã
• Aripuanã
• Brasnorte
• Castanheira
• Colniza
• Cotriguaçu
• Juína
• Juruena
• Rondolândia
• Microrregião de Colíder
• Colíder
• Guarantã do Norte
• Matupá
• Nova Guarita
• Novo Mundo
• Peixoto de Azevedo
• Microrregião de Paranatinga
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MATO GROSSO
• Gaúcha do Norte
• Nova Brasilândia
• Paranatinga
• Planalto da Serra
• Microrregião de Parecis
• Campos de Júlio
• Comodoro
• Diamantino
• Sapezal
• Microrregião de Sinop
• Cláudia
• Feliz Natal
• Itaúba
• Marcelândia
• Santa Carmem
• Sinop
• União do Sul
• Vera
• Microrregião de Canarana
• Água Boa
• Campinápolis
• Canarana
• Nova Nazaré
• Nova Xavantina
• Querência
• Araguaiana
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MATO GROSSO
• Barra do Garças
• Cocalinho
• Canabrava do Norte
• Confresa
• Luciara
• Ribeirão Cascalheira
• Santa Terezinha
• Vila Rica
• Alto Araguaia
• Alto Garças
• Alto Taquari
• Campo Verde
• Primavera do Leste
• Microrregião de Rondonópolis
• Dom Aquino
• Itiquira
• Jaciara
• Juscimeira
• Pedra Preta
• Rondonópolis
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MATO GROSSO
• Microrregião de Tesouro
• Araguainha
• General Carneiro
• Guiratinga
• Pontal do Araguaia
• Ponte Branca
• Poxoréu
• Ribeirãozinho
• Tesouro
• Torixoréu
• Pontes e Lacerda
• Nova Lacerda
• Conquista d'Oeste
• Microrregião de Jauru
• Araputanga
• Figueirópolis d'Oeste
• Glória d'Oeste
• Indiavaí
• Jauru
• Lambari d'Oeste
• Mirassol d'Oeste
• Porto Esperidião
• Reserva do Cabaçal
• Rio Branco
• Salto do Céu
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MATO GROSSO
• Barra do Bugres
• Denise
• Nova Olímpia
• Porto Estrela
• Tangará da Serra
Economia
Durante o período colonial do Brasil, na capitania de São Paulo (da qual fazia parte o atual Mato
Grosso) todo o comércio era o monopólio da capitania para a metrópole, Portugal. Os principais
sistemas produtivos eram a mineração, cana-de-açúcar, erva-mate, poaia, borracha e pecuária.
A mineração foi o principal motivo do sustento dos habitantes na região durante as expedições
bandeirantes no século XVIII. A mão de obra era de escravosnegros e índios e a fiscalização muito
rígida ordenada pela coroa em Portugal. A pirâmide social baseava-se somente em mineradores e
escravos.
Entre os 10 municípios mais ricos do Centro-Oeste, 8 são de Mato Grosso, com destaque para Alto
Taquari, Campos de Júlio e Sapezal, que possuem os três maiores PIBs per capita da mesorregião,e
Cuiabá, que é sede de 8 empresas de grande porte, mesma quantidade que Belém e Florianópolis e
maior número que em Campo Grande.É um dos maiores estados em relação à exploração de
minérios.
Atualmente, o crescimento na região de Sinop, Sorriso, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Matupá
se mostra um forte propulsor para o desenvolvimento econômico do estado, baseado na produção e
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Infraestrutura
Teatro da UFMT
Trecho da BR-070 que coincide com os das BR-163 e BR-364, perto de Cuiabá
Educação
O Estado possui diversas escolas de educação básica e instituições de ensino técnico e superior. As
principais instituições públicas de educação de Mato Grosso são:
Transportes
As principais rodovias de Mato Grosso foram construídas a partir da década de 70, através
do Programa de Integração Nacional. O Transporte Terrestre atua com grande importância para a
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As principais Rodovias Federais que cortam o estado são: BR-163, a partir do sul do Estado,
liga Cuiabá a Santarém; BR-364, a partir de Goiás, liga Cuiabá à Rio Branco no Acre passando
por Porto Velho em Rondônia; BR-070, que liga Cuiabá a Brasília e BR-158, a partir de Barra do
Garças, segue em direção ao Pará.
Grande parte das rodovias estaduais foram criadas a partir da década de 1970, visando interligar os
municípios mato-grossenses, dando acesso aos eixos rodoviários federais. Apesar da enorme
importância para a economia estadual, muitas destas rodovias estão em estado crítico de
conservação.
A Ferronorte interliga Mato Grosso ao Porto de Santos, em São Paulo. Conta com quatro
terminais: Alto Araguaia, Alto Taquari, Itiquira (Mato Grosso) e Rondonópolis(Sendo este o maior
terminal intermodal da América Latina), e são responsáveis pelo escoamento de grande parte da
produção agrícola do estado. Atualmente a ferrovia encontra-se em posse/concessão da América
Latina Logística.
Apesar dos rios que banham o estado apresentarem boas condições de navegação, as Hidrovias em
Mato Grosso, em geral, são menos utilizadas e envolvem polêmicas com questões ambientais e
sociais, sendo que muitas obras encontram-se embargadas atualmente. As principais hidrovias
são: Paraguai-Paraná, Rio das Mortes-Araguaia-Tocantinse Madeira-Amazonas
Cultura
Música e dança
Viola de cocho
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Mato Grosso preserva manifestações culturais com influências variadas, que ganham expressão em
danças cantos e festivais folclóricos em diferentes regiões do estado. As mais conhecidas são o Siriri,
dança acompanhada por cantoria, com influências indígenas e africanas, e o Cururu, espécie de
desafios de rimas, com origens em manifestações religiosas por homens, que fazem versos e toadas
para as mulheres, os maiores festivais de Siriri e Cururu, ocorrem em Cuiabá e região.[carece de fontes]
A viola de cocho é um instrumento musical rudimentar típico da Bacia do Paraguai, produzida por
mestres artesãos, violeiros e cururueiros. Praticamente desconhecida no Brasil, a viola de cocho já
muito aplaudida mundo afora. A viola de cocho só é encontrada no pantanal de Mato Grosso, recebe
este nome porque é confeccionada em um tronco de madeira inteiriço, esculpido no formato de uma
viola.
Com forma e sonoridade singulares, a viola de cocho possui sempre cinco ordens de cordas,
denominada prima, contra, corda do meio, canotio e resposta.[ Outra cultura típica do estado é
o sertanejo universitário, um estilo musical que provém de uma mistura da música sertaneja. É
considerado o terceiro segmento na evolução da música sertaneja, estando atrás do sertanejo dito
raiz e do sertanejo romântico.[
O rasqueado cuiabano é a música popular mato-grossense que tem as suas origens nos ritmos que
formaram a música popular brasileira o rasqueado é formado por três ritmos que estão na base da
formação do povo brasileiro, ou seja, o negro, o índio e o europeu. Os instrumentos utilizados na
execução do tradicional rasqueado são o ganzá, o mocho ou adufo (espécie de tambor em forma de
banquinho), o violinofone e a imprescindível viola-de-cocho. Porém hoje em dia , novos instrumentos,
principalmente os eletrônicos, são empregados por bandas ditas da região urbana.
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Significado de PIB
O que é PIB:
PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens
e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período.
O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia, e tem o objetivo principal de mensurar a
atividade econômica de uma região. Na contagem do PIB, considera-se apenas bens e serviços finais,
excluindo da conta todos os bens de consumo intermediários.
Para analisar o comportamento do PIB de um país é preciso diferenciar o PIB nominal do PIB real.
PIB nominal calcula a preços correntes, ou seja, no ano em que o produto foi produzido e comercializado, e
PIB real é calculado a preços constantes, onde é escolhido um ano-base para eliminar o efeito da inflação,
e o PIB real é o mais indicado para análises.
O PIB pode ser calculado a partir de três óticas: a ótica da despesa, a ótica da oferta e a ótica do
rendimento.
Na ótica da despesa, o valor do PIB é calculado a partir das despesas efetuadas pelos diversos
agentes econômicos em bens e serviços para utilização final, e corresponderá à despesa interna, que inclui
a despesa das famílias e do Estado em bens de consumo e a despesa das empresas em investimentos.
Na ótica da oferta, o valor do PIB é calculado a partir do valor gerado em cada uma das empresas que
operam na economia.
Já na ótica do rendimento, o valor do PIB é calculado a partir dos rendimentos de fatores produtivos
distribuídos pelas empresas, ou seja, a soma dos rendimentos do fator trabalho com os rendimentos de
outros fatores produtivos.
PIB do Brasil
De acordo com dados do PPC (Paridade do Poder de Compra), em 2014 o PIB do Brasil estava estimado
em US$ 3,072 trilhões, posicionando-se em 7º lugar no ranking de países com maior PIB.
Neste mesmo ano, a média do PIB per capita do brasileiro ficou em US$ 15.153, conquistando o 63º lugar
na lista de países com maior PIB per capita.
PIB per capita é o produto interno bruto, dividido pela quantidade de habitantes de um país. O PIB é a soma
de todos os bens de um país, e quanto maior o PIB, mais demonstra o quanto esse país é desenvolvido, e
podem ser classificados entre países pobres, ricos ou em desenvolvimento.
O PIB per capita é um indicador muito utilizado na macroeconomia, e tem como objetivo a economia de um
país, estado, ou região. Para o cálculo do PIB, é considerado apenas bens e serviços finais.
O PIB per capita é usado como indicador, pois quanto mais rico o país é, mais seus cidadãos se
beneficiam. O PIB possui apenas uma consideração, é possível que o PIB aumente enquanto os cidadãos
ficam mais pobres, e isso ocorre pois o PIB não considera o nível de desigualdade de renda das
sociedades.
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Quando se procura comparar ou analisar o comportamento do PIB de um país ao longo do tempo, é preciso
diferenciar o PIB nominal do PIB real. O primeiro diz respeito ao valor do PIB calculado a preços
correntes, ou seja, no ano em que o produto foi produzido e comercializado. Já o segundo é calculado a
preços constantes, em que é escolhido um ano-base para o cálculo do PIB, eliminando assim o efeito da
inflação. Para avaliações mais consistentes, o mais indicado é o uso de seu valor real, que leva em conta
apenas as variações nas quantidades produzidas dos bens, e não nas alterações de seus preços de
mercado. Para isso, faz-se uso de um deflator (normalmente um índice de preços) que isola o crescimento
real do produto daquele que se deu artificialmente devido ao aumento dos preços da economia. [3]
Deflator do PIB
O deflator do PIB é uma estatística simples calculada pela divisão do PIB nominal pelo PIB real. A
importância do deflator do PIB é refletir as mudanças que ocorrem nos preços do mercado e, portanto, é
usado para controlar o nível médio de preços em dada economia. O cálculo da taxa de inflação de um
determinado ano leva em consideração, geralmente, o deflator do PIB desse ano em relação à mesma
estatística referente ao ano anterior. [4]
PIB e PIL
A diferença entre o produto interno bruto e o produto interno líquido raduz-se no valor das
depreciações. Ao contrário do PIB, o PIL tem em conta o valor da depreciação do capital.[5]
Cálculo do PIB
Óptica da despesa
Na óptica da despesa, o valor do PIB é calculado a partir das despesas efectuadas pelos diversos agentes
económicos em bens e serviços para utilização final (isto é, aqueles bens e serviços que não vão servir de
consumos intermédios na produção de outros bens e serviços). Nesta óptica, o PIB corresponderá à
despesa interna (ou procura interna), que inclui a despesa das famílias em bens de consumo (consumo
privado, ), a despesa do Estado em bens de consumo (consumo público, ), a despesa das empresas em
investimento (), quer em bens de capital (formação bruta de capital fixo, ), quer em existências de matérias-
primas e produtos (variação de existências, ). No entanto, a despesa interna é dirigida não só a bens que
foram produzidos no país, mas também a bens que não foram produzidos no país (bens importados, ), e
que portanto não devem ser incluídos no PIB. Por outro lado, há bens que devem ser incluídos no PIB, mas
que não vão ser utilizados no país (as exportações, ), e que por isso não estão incluídos na procura interna.
Assim, na óptica da despesa o PIB poderá ser calculado a partir da soma de todas estas componentes: [6]
Tendo igual à formação bruta de capital fixo () mais a variação nos estoques (), temos:
Óptica da oferta
Na óptica da oferta, o valor do PIB é calculado a partir do valor gerado em cada uma das empresas que
operam na economia. Esse valor gerado é o (valor acrescentado bruto), a diferença entre o valor da
produção e os consumos intermédios de cada empresa. Conhecendo o VAB de cada empresa, podemos
calcular o PIB como a soma de todos os VABs das empresas dessa economia. Para obtermos o valor do
PIB a preços de mercado (PIBpm), o único ajustamento que teremos de fazer é somar impostos, líquidos
de subsídios, que incidem sobre os bens e serviços entre o fim da produção e a venda, isto é, os impostos
sobre o consumo, como o IVA.
Óptica do rendimento
Na óptica do rendimento, o valor do PIB é calculado a partir dos rendimentos de factores produtivos
distribuídos pelas empresas. Nesta óptica, o PIB corresponderá à soma dos rendimentos do factor trabalho
com os rendimentos dos outros factores produtivos, que nas contas nacionais portuguesas aparecem todos
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agrupados numa única rubrica designada Excedente Bruto de Exploração (EBE). O EBE inclui as rendas,
lucros e juros.
O PIB difere do produto nacional bruto (PNB) basicamente pela renda líquida enviada ao exterior (RLEE):
ela é desconsiderada no cálculo do PIB, e considerada no cálculo do PNB, inclusive porque o PNB é
gerado a partir da soma do PIB mais entradas e saídas de capital. Esta renda representa a diferença entre
recursos enviados ao exterior (pagamento de fatores de produção internacionais alocados no país) e os
recursos recebidos do exterior a partir de fatores de produção que, sendo do país considerado, encontram-
se em atividade em outros países. Assim (e simplificadamente), caso um país possua empresas atuando
em outros países, mas proíba a instalação de transnacionais no seu território, terá uma renda líquida
enviada ao exterior negativa. Pela fórmula:[7]
O país exemplificado terá um PNB maior que o PIB. No caso brasileiro, o PNB é menor que o PIB, uma vez
que a RLEE é positiva (ou seja, envia-se mais recursos ao exterior do que se recebe).
Os indicadores econômicos agregados (produto, renda, despesa) indicam os mesmos valores para
a economia de forma absoluta. Dividindo-se esse valor pela população de um país, obtém-se um valor
médio per capita:[8]
O valor per capita foi o primeiro indicador utilizado para analisar a qualidade de vida em um país. Países
podem ter um PIB elevado por serem grandes e terem muitos habitantes, mas seu PIB per capita pode
resultar baixo, já que a renda total é dividida por muitas pessoas, como é o caso da Índia ou da China.
Países como a Suíça, Noruega e a Dinamarca exibem um PIB moderado, mas que é suficiente para
assegurar uma excelente qualidade de vida a seus poucos milhões de habitantes.
Atualmente usam-se outros índices - que revelam o perfil da distribuição de renda de um país (tais como
o coeficiente de Gini ou mesmo índices desenvolvidos pela sociologia, como o Índice de Desenvolvimento
Humano) - para se obter uma avaliação mais precisa do bem-estar econômico desfrutado por uma
população.
Fatores em geral
Fatores que contribuíram para as recentes baixas do PIB = a desvalorização do real diante do dólar e as
condições instáveis da politica atual . Com a baixa do dólar, várias empresas não exportaram, deixando,
assim, as exportações de contribuir para o crescimento do PIB. Já a produção industrial baixou de nível
devido às importações, em especial as referentes à China e outros países da Ásia e dos Estados Unidos
O PIB, é uma medida de fluxo de produção - produção por unidade de tempo (ano). Por isso, ele não
considera estoques de capital (economia), que em ultima instância são importantes componentes
determinantes dos fluxos de produção, como por exemplo,capital social, capital humano, capital natural,
nível de eficiência de instituições.[9][10][11]
O PIB per capita é frequentemente usado como um indicador, seguindo a ideia de que os cidadãos se
beneficiariam de um aumento na produção agregada do seu país. Similarmente, o PIB per capita não é
uma medida de renda pessoal. Entretanto, o PIB pode aumentar enquanto a maioria dos cidadãos de um
país ficam mais pobres, ou proporcionalmente não tão ricos, pois o PIB não considera o nível de
desigualdade de renda de uma sociedade.
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Distribuição de Riqueza - O PIB não leva em consideração diferenças na distribuição de renda entre
pobres e ricos. Entretanto, diversos economistas ressaltam a importância da consideração sobre
desigualdade sobre o desenvolvimento econômico e social de longo prazo.
Qualidade de bens e serviços - Caso dois bens tenham qualidades diferentes, mas sejam vendidos a um
mesmo preço, o valor registrado pelo PIB será o mesmo. Isso leva a distorções da percepção de bem-estar,
por exemplo, se uma cidade produzir bolos de ótima qualidade pelo mesmo preço de bolos ruins da cidade
ao lado, o PIB calculado para as duas será o mesmo, porém, a qualidade de vida e de consumo será
diferente entre elas.
Transações não comerciais - O PIB exclui atividades produtivas que não ocorrem dentro do mercado, tal
como serviços voluntários não pagos ou produtos e serviços de livre acesso trocados pela internet.
Transações clandestinas - O PIB conta atividades que contribuem para a produção, mas que não
passam pelo mercado oficialmente, como atividades de contrabando e venda de produtos ilegais. Porém a
medição é feita por vias indiretas.
Externalidades - O PIB ignora a presença de externalidades (efeitos não contabilizados pelo mercado),
como, por exemplo, danos ao meio ambiente. Assim, um país que cortar e vender todas suas árvores terá
um aumento em seu PIB, mesmo que os efeitos sociais sejam negativos devido à poluição, perda de
biodiversidade, área de lazer etc.[11]
Crescimento de longo prazo - O PIB anual não é um indicador de longo prazo. Ele aponta para
variações que podem vir de oscilações econômicas momentâneas, como ataques especulativos, bolhas de
crescimento, descoberta de jazidas de recursos naturais. Nada garante que o crescimento será mantido ou
distribuído pela sociedade.
Mapa do mundo demonstrando as nações soberanas pelo produto interno bruto (PPC) de 2014, conforme
dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Estas são três listas de países do mundo organizadas pelo seu produto interno bruto (PIB) (o valor de
todos os bens e serviços finais produzidos em uma nação durante um ano). As estimativas em dólar
internacional dadas nesta página derivam do modo de calcular a paridade do poder de compra (PPC).
Usar uma base PPC é útil quando comparado às diferenças generalizadas nos padrões de vida gerais das
populações, isto porque o PPC leva em conta o custo relativo da vida e as taxas de inflação do país, em
vez de usar apenas as taxas de câmbio, o que poderia distorcer as reais diferenças de renda. No entanto,
as economias se auto-ajustam às mudanças de moeda ao longo do tempo, e a tecnologia intensiva e bens
de luxo, matérias-primas e preços de energia são os mais afetados pela diferença de moeda, apesar de
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serem críticos ao desenvolvimento da nação, por tanto, as vendas de trajes exteriores ou a gasolina por
litro na República Popular da China são medidas com mais precisão pelo valor nominal.
Várias economias que não são consideradas países (Mundo, UE, e alguns territórios dependentes) são
incluídas na lista porque elas aparecem nas fontes. Estas economias não estão classificadas, porém são
listadas em sequência pelo PIB em comparação.
A primeira lista inclui dados para o ano de 2011 para os 181 dos 188 membros do Fundo Monetário
Internacional e a República da China (Taiwan), bem como dados para entidades não-classificadas: a União
Europeia, a Região Administrativa Especial da China de Hong Kong e o mundo. Os dados estão em
milhões de dólares internacionais e foram calculados pelo FMI. Os números foram publicados em abril de
2012.
A segunda tabela inclui dados para o ano de 2010 para as 178 das 192 nações que integram as Nações
Unidas, as duas Regiões Administrativas Especiais Chinesas (Hong Kong e Macau), e dados para as
entidades não classificadas do mundo e da União Europeia. Os dados estão em milhões de dólares
internacionais e foram compilados pelo Banco Mundial. Os números foram publicados em julho de 2011.
A terceira lista é uma tabulação da atualização de dados do CIA World Factbook PIB PPC de 2010. Os
dados para o PIB em Paridade do Poder de Compra (PPC) também foram estabelecidos usando o novo
Programa de Comparação International (PCI). Os números finais são estimados em dólares internacionais.
Mapa de países por PIB (PPP) per capita (em dólares americanos) de 2015, do Fundo Monetário
Internacional.[1]
>50,000 $
35,000 - 50,000 $
20,000 - 35,000 $
10,000 - 20,000 $
5,000 - 10,000 $
2,000 - 5,000 $
<2,000 $
Sem dados
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Este anexo inclui três listas de países do mundo classificadas por seu produto interno bruto (PIB)
em paridade de poder de compra (PPC) per capita, o valor de todos os finais de bens e serviços
produzidos no âmbito de uma nação em determinado ano dividido pela população média para o mesmo
ano.
As estimativas do PIB (em dólar) aqui encontradas são derivadas dos cálculos de paridade do poder de
compra (PPC). Esses cálculos são preparados por diversas organizações, incluindo o Fundo Monetário
Internacional e o Banco Mundial. Como estimativas e suposições devem ser feitas, os resultados
produzidos por diferentes organizações para o mesmo país tendem a variar, às vezes substancialmente.
PPC são estimativas, em vez de fatos concretos, números e devem ser usados com cuidado.
Também são feitas comparações da riqueza nacional frequentemente da base do PIB nominal, que não
reflete as diferenças no custo de vida em diferentes países. (Consulte lista de países por PIB (nominal) per
capita). As vantagens de usar números de PIB nominais incluem que menos estimativa é necessária, e
reflectem a participação dos habitantes de um país na economia global com mais precisão.
Várias economias que não são consideradas países (o mundo, UE e alguns territórios dependentes) são
incluídas na lista porque eles aparecem nas fontes. Essas economias não são classificadas os gráficos
aqui, mas são listadas em seqüência por PIB para comparação.
A primeira lista inclui dados para o ano de 2013 do Fundo Monetário Internacional (FMI), incluindo
membros do FMI (mais a região administrativa especial de Hong Kong) para a informação que está
disponível.
A terceira lista inclui dados do The CIA World Factbook, fornecido pela Central Intelligence
Agency (CIA). Os números são na maioria estimativas para 1993-2013.
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PRODUTO NACIONAL BRUTO
Um dos índices econômicos mais importantes e utilizados tanto por economistas e investidores quan-
to por analistas sociais é o Produto Nacional Bruto (PNB). Ao lado de outros dados, como o PIB, a
renda per capita, o IDH e outros indicadores, o PNB auxilia-nos na compreensão acerca do desenvol-
vimento das sociedades.
O PNB é a somatória de todas as riquezas produzidas por empresas pertencentes a um país, inde-
pendentemente do local em que elas estejam atuando. Por exemplo: o PNB do Brasil é o conjunto de
riquezas geradas a partir de produtos fabricados por empresas brasileiras, independentemente se
essas empresas atuarem no país ou não.
Em outra perspectiva sobre o conceito de PNB, considera-se que ele seja o conjunto de riquezas
geradas no país com o desconto de toda renda enviada para o exterior e com a soma de toda riqueza
enviada para o país por empresas nacionais que atuam externamente. No caso do Brasil, a renda
gerada por uma multinacional estrangeira que atua em território nacional não é considerada pelo
PNB, mas a renda de uma empresa brasileira que atua no mercado estrangeiro faz parte dos cálcu-
los.
A diferença entre Produto Interno Bruto e Produto Nacional Bruto está no fato de o PIB ser a somató-
ria de todas as riquezas produzidas dentro do território sem considerar a sua nacionalidade e também
sem levar em consideração as remessas advindas do exterior.
Por isso, fala-se em “interno”, pois diz respeito apenas ao território do país. Já o PNB não se preocu-
pa com a localidade, e sim com a nacionalidade, haja vista que as empresas nacionais que atuam no
exterior remetem parte de seus lucros para o seu país de origem.
As remessas de renda advindas do estrangeiro são chamadas de RLRE (Renda Líquida Recebida do
Exterior), ao passo que as remessas que deixam o país são chamadas de RLEE (Renda Líquida En-
viada ao Exterior). Portanto, o PNB nada mais é do que o PIB diminuído pela renda enviada e soma-
do com a renda recebida:
Os países subdesenvolvidos e alguns emergentes possuem a maior parte de suas grandes empresas
e indústrias advinda do exterior, principalmente de países desenvolvidos.
Assim sendo, o seu PIB tende a ser muito maior do que o seu PNB, pois uma boa parte da renda
líquida é enviada para fora de seus domínios.
Já os países desenvolvidos tendem a apresentar uma PNB superior ao PIB, pois recebem uma gran-
de quantidade de remessas do exterior em função da atuação de suas grandes multinacionais, a
exemplo dos Estados Unidos.
No Brasil, por essa razão, o conceito do PIB é muito mais utilizado pelo governo, pois o PNB tende a
ser, em média, 3% menor. Já os EUA, por exemplo, optam por adotar a análise oficial sobre o PNB,
pois ele é sempre muito superior ao seu PIB, que também é muito alto (o maior do planeta).
Além de tudo isso, a importância do PNB também se deve à sua utilização para o cálculo da renda
per capita, que nada mais é do que a média aritmética do PNB em relação à população residente no
país.
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PRODUTO NACIONAL BRUTO
O Produto Nacional Bruto (PNB) é o produto obtido à custa de fatores que pertencem às unidades
residentes, quer tenha sido obtido no território econômico quer fora dele.
A metodologia utilizada pelo Banco Mundial para medir o PNB dos países é baseada no método de
conversão monetária Atlas, que atenua as flutuações cambiais ao utilizar uma média dos últimos 3
anos.
O Produto Interno Bruto (PIB) difere do Produto Nacional Bruto (PNB) basicamente pela Renda Líqui-
da Enviada ao (ou Recebida do) Exterior (RLEE ou RLRE): seus efeitos são desconsiderados nos
cálculos do PIB, e considerados nos cálculos do PNB.
Em geral, os países desenvolvidos possuem um PNB maior que o PIB, ao contrário que acontece
com países em desenvolvimento.
Esta renda (RLEE/RLRE) representa a diferença entre recursos enviados ao exterior (pagamento de
fatores de produção internacionais alocados no país) e os recursos recebidos do exterior a partir de
fatores de produção que, sendo do país considerado, encontram-se em atividade em outros países.
onde:
RLRE é a Renda Líquida Recebida do Exterior (quando as rendas recebidas superam as enviadas)
RLEE é a Renda Líquida Enviada ao Exterior (quando as rendas enviadas superam as recebidas)
A primeira fórmula é utilizada quando o país em estudo aufere RLRE e a segunda quando aufere
RLEE.
PNB = PIB + "total de rendas recebidas do exterior" - "total de rendas enviadas ao exterior"
O Produto Nacional Bruto é a quantidade de bens e serviços produzidos pelos nacionais de um país
num dado período de tempo (o cálculo é habitualmente efetuado para os anos civis).
Por exemplo, o PNB português de 1997 é o total da produção levada a cabo por cidadãos portugue-
ses, independentemente de ela ter sido efetuada em território português ou não, ao longo desse ano.
Assim, e por consequência deste critério de classificação, a produção estrangeira efetuada no nosso
país não constitui PNB, integrando antes o Produto Interno Bruto (PIB).
A diferença entre as duas grandezas (PIB e PNB) está nos rendimentos líquidos do exterior, isto é, os
que correspondem a situações em que haja conflito entre os critérios de classificação: a nacionalida-
de da produção ou do serviço prestado não coincide com o território em que foram efetuados. Os
casos que assumem especial relevância são os de investimentos diretos estrangeiros.
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AGRICULTURA BRASILEIRA
Agricultura Brasileira
Existe a ação das cooperativas agrícolas e das empresas industriais, que, ao assegurarem a aquisição
da safra (seja elas em moldes capitalistas ou de base familiar camponesa), estimulam o cultivo e a
especialização agrícola em determinadas áreas do país. Frutas tropicais e soja são os principais pro-
dutos, cujos espaços de produção mais marcantes são, respectivamente, os vales irrigados do Sertão
Nordestino (rios São Francisco e Açu) e o oeste baiano.
- café: durante muito tempo, manteve-se circunscrito ao Paraná e a São Paulo, produzindo pelo regime
de parceria. Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo conservam a dianteira da produção. Bahia e
Rondônia surgiram como novas áreas produtoras, com uma particularidade: são cultivadas, principal-
mente, por paranaenses, antigos produtores do norte do Paraná. O Paraná tem aumentado em grande
quantidade sua produção de café nos últimos anos, pela introdução de espécies novas (café aden-
sado), desenvolvidas pelo IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná);
- soja: expandiu-se com maior vigor no país, durante os anos 70, notadamente nos estados do Paraná
e do Rio Grande do Sul. Cultura típica de exportação, está cada vez mais voltada para o mercado
interno em razão do crescente consumo de margarinas e óleos na alimentação do brasileiro. Atual-
mente, verifica-se sua expansão nas áreas do cerrado, sobretudo nos estados do Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Bahia;
- cana-de-açúcar: apesar de ser cultivada no Brasil desde o século XVI, sua produção foi estimulada,
a partir de 1975, com a criação do Proálcool. O Estado de São Paulo detém mais da metada da produ-
ção nacional, mas também é encontrada em Goiás, Paraná, Rio de Janeiro, além de estados nordesti-
nos (Zona da Mata);
- laranja: produto largamente cultivado para atender à demanda da indústria de sucos, tem no estado
de São Paulo seu principal produtor. Paraná e Minas Gerais estão se convertendo em novas e impor-
tantes áreas de produção. O Brasil é um grande exportador de suco concentrado, principalmente para
os EUA;
- arroz: o Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz irrigado. Outros estados se desta-
cam na produção dessa cultura alimentar básica: Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Mara-
nhão, Goiás e São Paulo.
Outros produtos de destaque são: o trigo, apesar de ser insuficiente para abastecer o mercado in-
terno; o algodão, fortemente controlado pela indústria têxtil e de alimentos (óleo). O cacau, cultura
ecológica, encontra-se em crise, notadamente na Bahia, seu maior produtor.
Vale lembrar que muitos produtores do Sul, principalmente do Paraná e do Rio Grande do Sul, troca-
ram de território. Entre as principais causas, está o preço da terra. Com isso, muitos migraram para
outros estados do país, tornando-se produtores de soja e café, principalmente. Outros transferiram-se
para países vizinhos, como a Bolívia e o Paraguai. Como já foi dito, a questão da terra não é apenas
nacional, ela já se transforma em uma questão transnacional.
A agricultura brasileira se iniciou na região nordeste do Brasil, no século XVI, com a criação das cha-
madas “Capitanias Hereditárias” e o início do cultivo da cana.
Só a partir do século XVIII com a mineração e o início das plantações de café, que a partir do século
XIX seriam o principal produto brasileiro, é que o cultivo de outros vegetais começa a ganhar mais
expressividade. Muitos engenhos são abandonados e a atividade canavieira se estagna devido à trans-
ferência da mão-de-obra para a mineração e o cultivo do café.
Tal como ocorrera com o período de grande produção da cana-de-açúcar, o auge da cafeicultura no
Brasil representou uma nova fase econômica. Por isso, podemos dizer que a história da agricultura no
Brasil está intimamente associada com a história do desenvolvimento do próprio país. Ainda mais,
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AGRICULTURA BRASILEIRA
quando se considera o período a partir do século XIX quando o café se tornou o principal artigo de
exportação brasileiro, logo após o declínio da mineração.
Mas o cultivo do café, que durante todo o século XIX faria fortunas e influenciaria fortemente a política
do país, começa a declinar por volta de 1902 quando a crise atinge seu ponto culminante, o Brasil
produzira mais de 16 milhões de sacas de café enquanto que o consumo mundial pouco ultrapassava
os 15 milhões fazendo com que o preço do café, que já estava em queda, chegasse a 33 francos (bem
menos que os 102 francos de 1885).
Desta forma, houve uma necessidade de diversificação da economia que, entre outras atividades além
das estreantes indústrias, começava a valorizar outros tipos de culturas. Além do que, o aumento da ur-
banização do país exigia também, o aumento do cultivo de matérias-primas. Mas, esta mudança toma-
ria forma mesmo, só a partir da década de 1940.
Atualmente, segundo dados do último levantamento realizado pelo IBGE em novembro de 2007, no
Brasil são cultivados 58.033,075 ha de terra. Sendo que a cana-de-açúcar ainda predomina: são pro-
duzidos 514.079,729t contra 58.197,297t da soja em grão. Quanto ao café em grão, este responde por
cerca de 2.178,246t.
A atividade do setor agrícola é uma das mais importantes da economia brasileira, pois, embora com-
ponha pouco mais de 5% do PIB brasileiro na atualidade, é responsável por quase R$100 bilhões em
volume de exportações em conjunto com a pecuária, segundo dados da Secretaria de Relações Inter-
nacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). A produção agrícola no
Brasil, portanto, é uma das principais responsáveis pelos valores da balança comercial do país.
Ao longo da história, o setor da agricultura no Brasil passou por diversos ciclos e transformações, indo
desde a economia canavieira, pautada principalmente na produção de cana-de-açúcar durante o perí-
odo colonial, até as recentes transformações e expansão do café e da soja. Atualmente, essas trans-
formações ainda ocorrem, sobretudo garantindo um ritmo de sequência às transformações técnicas
ocorridas a partir do século XX, como a mecanização da produção e a modernização das atividades.
Podemos dizer que a principal marca da agricultura no Brasil atual – e também, por extensão, a pecu-
ária – é a formação dos complexos agrícolas, notadamente desenvolvidos nas regiões que englobam
os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul,
Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, destacam-se a produção de soja, a carne
para exportação e também a cana-de-açúcar, em razão do aumento da necessidade nacional e inter-
nacional por etanol.
Na região Sul do país, a produção agrícola é caracterizada pela ocupação histórica de grupos imigran-
tes europeus, pela expansão da soja voltada para a exportação nos últimos decênios e pela intensiva
modernização agrícola. Essa configuração é preponderante no oeste do Paraná e de Santa Catarina,
além do norte do Rio Grande do sul. Além da soja, cultivam-se também, em larga escala, o milho, a
cana-de-açúcar e o algodão. Na pecuária, a maior parte da produção é a de carne de porco e de aves.
Na região Sudeste, assim como na região sul, a mecanização e produção com base em procedimentos
intensivos de alta tecnologia são predominantes. Embora seja essa a região em que a agricultura en-
contra-se mais completamente subordinada à indústria, destacam-se os altos índices de produtividade
e uso do solo. Por outro lado, com a maior presença de maquinários, a geração de empregos é limitada
e, quando muito, gerada nas agroindústrias. As principais culturas cultivadas são o café, a cana-de-
açúcar e a fruticultura, com ênfase para os laranjais.
Na região Nordeste, por sua vez, encontra-se uma relativa pluralidade. Na Zona da Mata, mais úmida,
predomina o cultivo das plantations, presente desde tempos coloniais, com destaque novamente para
a cana, voltada atualmente para a produção de álcool e também de açúcar. Nas áreas semiáridas,
ressalta-se a presença da agricultura familiar e também de algumas zonas com uma produção mais
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AGRICULTURA BRASILEIRA
mecanizada. O principal cultivo é o de frutas, como o melão, a uva, a manga e o abacaxi. Além disso,
a agricultura de subsistência também possui um importante papel.
Já a região Centro-Oeste é a área em que mais se expande o cultivo pela produção mecanizada, que
se expande em direção à Amazônia e vem pressionando a expansão da fronteira agrícola para o norte
do país. A Revolução Verde, no século passado, foi a principal responsável pela ocupação dos solos
do Cerrado nessa região, pois permitiu o cultivo de diversas culturas em seus solos de elevada acidez.
O principal produto é a soja, também voltada para o mercado externo.
Por fim, a região Norte é caracterizada por receber, atualmente, as principais frentes de expansão,
vindas do Nordeste e do Centro-Oeste. A região do “matopiba” (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia),
por exemplo, é a área onde a pressão pela expansão das atividades agrárias ocorre mais intensamente,
o que torna a região Norte como o futuro centro de crescimento do agronegócio brasileiro. As atividades
mais praticadas nessa região ainda são de caráter extensivo e de baixa tecnologia, com ênfase na
pecuária primitiva, na soja em expansão e em outros produtos, que passam a competir com o extrati-
vismo vegetal existente.
As atividades econômicas agrárias, também denominadas primárias, são aquelas próprias do meio ru-
ral: agricultura, pecuária e extrativismo. Estão voltadas para a produção de alimentos ou de matérias-
primas a serem transformadas pela atividade secundária, isto é, a indústria.
Vários fatores foram responsáveis pelo avanço da agricultura brasileira: vasta extensão territorial naci-
onal, abundância de sol, água e outros recursos naturais, desenvolvimento tecnológico, crescimento
da produtividade das lavouras, diversidade de produtos e aumento da demanda dos países asiáticos.
Em 2012, o agronegócio no Brasil empregava cerca de 37% da mão de obra do país, ou seja, da PEA
(população economicamente ativa). Estima-se que em 2013, o agronegócio será responsável por 23%
do PIB (produto interno bruto) brasileiro. O agronegócio é responsável por cerca de 44% da renda das
exportações nacionais (2013).
O Brasil importa alimentos como arroz, pescado, produtos lácteos e trigo. Este é o de maior valor e
relevância.
O governo brasileiro oferece créditos rurais e incentivos à agricultura e criou vários programas visando
ao crescimento da agricultura e do agronegócio. Contudo, em algumas áreas do Brasil, persiste ainda
a baixa produtividade e há subemprego e pobreza no campo. O planejamento agrário deve, portanto,
servir como um modificador da ocupação e expansão do espaço agrícola. As áreas mais adequadas
para o plantio devem ser identificadas e adequadas para que haja máxima produtividade e rentabili-
dade. Ao mesmo tempo, é sempre importante considerar os impactos ao meio ambiente, procurando
preservá-lo e desenvolver uma política agrária visando ao desenvolvimento sustentável.
O Brasil ainda apresenta uma grande concentração de terra nas mãos de poucos. Segundo o Censo
Agropecuário (2006 – 2007), 15% dos proprietários de terra possuem mais de 75% da área produtiva
do país.
Apesar de o Brasil ser muito rico em terras cultiváveis, o país luta contra a fome. Segundo a FAO
(Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), nas últimas duas décadas houve
uma redução na taxa de brasileiros subnutridos – de 15% para 6.9% da população. Contudo, 30% dos
lares brasileiros ainda apresentam algum grau de insegurança alimentar.
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Sistema Extensivo
O sistema extensivo é caracterizado pela utilização de mão de obra escassa e não qualificada e por
pouco rendimento em grandes extensões de terras.
Plantation
Com o cultivo da-cana-de-açúcar em terras brasileiras, foi introduzido no país: monocultura, grandes
estabelecimentos, capitais abundantes, mão de obra numerosa e barata, alto nível tecnológico, trabalho
assalariado, aproveitamento agroindustrial de produção, cultivos destinados à exportação e grande
rendimento.
Sistema Intensivo
O sistema intensivo emprega capitais, mecanização e mão de obra qualificada. Em contraste ao sis-
tema extensivo, é caracterizado por capitalização e por um alto índice de produtividade.
Utilizado em propriedades nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, o sistema intensivo apresenta as se-
guintes características: uso permanente do solo, rotação de cultivos, uso de fertilizantes, seleção de
sementes, seleção de espécies, mecanização, grande rendimento, alta produção por hectare, terra
escassa e mão de obra abundante e qualificada.
Agricultura Familiar
A grande maioria dos estabelecimentos rurais brasileiros, 84,4%, são classificados como “estabeleci-
mentos da agricultura familiar”, mas ocupam apenas 24,3% do território ocupado no campo brasileiro.
De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), tais estabelecimentos rurais
são responsáveis por 70% dos empregos no campo e por 40% do total da produção agrícola no país.
A agricultura familiar apresenta áreas de cultivo menores, em pequenas e médias propriedades, com o
trabalho e administração das terras nas mãos das famílias proprietárias. A agricultura familiar é respon-
sável pelo fornecimento de boa parte dos alimentos do mercado interno.
Com a agricultura familiar abastecendo o mercado interno, as grandes empresas atuam com maior
participação no mercado exportador.
O pequeno produtor brasileiro é quem mais sofre com a falta de preparo técnico e de incentivos sociais
e econômicos. O somatório da produção de vários pequenos e médios produtores, por meio do coope-
rativismo, tem possibilitado aumentar a participação nos mercados nacionais.
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AGRICULTURA BRASILEIRA
Áreas de agricultura familiar, a exemplo do que vem ocorrendo no norte do Paraná, voltaram-se para
cultivos altamente mecanizados como os da soja e do trigo.
As atividades agrárias são muitos influenciadas por fatores naturais, como características tropicais, que
favorecem a produção de cultivos de destaque no mercado mundial. A economia agroexportadora con-
tribuiu, durante um extenso período, para estabelecer uma organização social que relacionou a propri-
edade da terra à concentração do poder político e econômico, favorecendo os conflitos existentes. A
atividade agrícola apresenta forte dualidade entre uma agricultura comercial, mecanizada e de expor-
tação, e lavouras arcaicas de subsistência, com trabalho familiar.
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PECUÁRIA
Pecuária
Pecuária é a atividade que envolve a criação e venda de animais para criação, domesticação ou abate.
Etimologia e História
Pecus quer dizer "cabeça de gado". A palavra tem a mesma raiz latina de "pecúnia" (moeda, dinheiro).
Na antiga Roma, os animais criados para abate também eram usados como reserva de valor.
A criação de gado é uma das mais velhas profissões conhecidas; deriva de aperfeiçoamentos da ativi-
dade dos caçadores-coletores, que já existiam há cerca de 100.000 anos e que primeiro aprenderam a
aprisionar os animais vivos para posterior abate; depois perceberam a possibilidade de administrar a
sua reprodução. Nos primeiros estágios da pecuária, o homem continuava nômade, e na maioria das
vezes conduzia seus rebanhos domesticados em suas perambulações, já não procurando a caça, mas
sim novas pastagens para alimentar o rebanho.
A Pecuária na Atualidade
Atualmente, os peões, vaqueiros ou campinos são trabalhadores que montam em cavalos para reali-
zarem trabalhos com gado bovino e /ou bubalino criados primariamente para serem usados como fon-
tes de carne.
Carne (bovina, bubalina, de aves etc), ovos, leite e mel são os principais produtos alimentares oriun-
dos da atividade pecuária. Couro, lã e seda são exemplos de fibras usadas na indústria de vestimen-
tas e calçados. O couro também é extensivamente usado na indústria de mobiliário e de automóveis.
Zootecnia
Tipos de Pecuária
Apicultura é a ciência, ou arte, da criação de abelhas com ferrão. Trata-se de um ramo da zootecnia. A
criação racional de abelhas para o lazer, ou fins comerciais, pode ter como objetivo, por exemplo, a
produção de mel, própolis, geleia real, pólen, cera de abelha e veneno, ou mesmo fazer parte de um
projeto de paisagismo, no Brasil não é possível porque as abelhas africanizadas são mais defensivas
e requer uma distância mínima de 400 metros de qualquer aglomeração de pessoas e animais. Além
disso, as abelhas são importantes polinizadoras.
A avicultura é o ramo da Zootecnia dedicado a criação de aves para produção de alimentos, em espe-
cial carne e ovos. Entre as espécies criadas na avicultura destaca-se o frango. Em muito menor escala,
também são criadas aves como perus, patos, gansos, codornas e avestruzes
Carcinicultura é uma técnica de criação de camarões em viveiros. O litoral do estado do Rio Grande do
Norte e do estado do Piauí são as principais regiões dessa cultura no Brasil. A carcinicultura marinha
é uma alternativa compatível com a crescente demanda de camarões.
Porém existem denúncias que a atividade no Nordeste brasileiro tem sido responsável por forte impacto
ambiental, resultando em degradação de grandes espaços de mangues e áreas protegidas que foram
cedidas ilegalmente a produtores.
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PECUÁRIA
Dentre os crustáceos, os camarões destacam-se não só pelo valor nutritivo que possuem, mas por
constituírem iguarias finas tendo consumo em larga escala, principalmente entre as nações mais de-
senvolvidas. Aliado ao seu excelente sabor, demonstra grande resistência na criação em cativeiro,
permitindo a criação em altas densidades e, além disso, trata-se de um produto que tem um mercado
crescente, uma vez que a cada dia aumenta no mundo a preferência dos consumidores por esse ali-
mento.
Entre Outros:
Problemas ambientais
Pecuária no Brasil
O Brasil tinha um rebanho de 218,23 milhões de cabeças em 2016, criadas em aproximadamente 167
milhões de hectares. A lotação média no país é de 1,25 cab. /ha (unidade de cabeça por hectare).
No Brasil, os pioneiros da pecuária foram os senhores da Casa da Torre de Garcia d’Ávila, utilizando
como vaqueiros, muitas vezes, mão de obra indígena. Entretanto, com uma grande seca no Nordeste e
a descoberta de minerais preciosos em Minas Gerais no final do século XVIII, o polo pecuarista no
Brasil transferiu-se para as regiões Sudeste e Sul, mais especificamente São Paulo e Rio Grande do
Sul.
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PECUÁRIA
No Brasil dia 15 julho, é comemorado o Dia Nacional do Pecuarista. O ambiente de trabalho desses
profissionais, geralmente são em fazendas envolvendo a criação e vendas de animais, domesticação
ou abate.
Atualmente, os peões, vaqueiros ou campinos são trabalhadores que montam em cavalos para reali-
zarem trabalhos com gado bovino e /ou bubalino criados primariamente para serem usados como fon-
tes de carne.
Bovinos
O rebanho de bovinos brasileiro tinha 218,23 milhões de cabeças em 2016. O principal centro pecua-
rista do Brasil é o estado de Mato Grosso, o maior rebanho bovino do Brasil. Em 2016, o Centro-Oeste
tinha 34,4% do total nacional. A Região Norte registrou 47,98 milhões de cabeças de gado, o segundo
maior do país. Mato Grosso foi o estado com o maior plantel bovino, abrigando 13,9% do total brasileiro.
O estado tinha, à época, 30,30 milhões de cabeças de gado. Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do
Sul contribuíram com 10,8%, 10,5% e 10,0% do efetivo nacional, respectivamente.
Em nível municipal, os maiores efetivos estavam localizados em São Félix do Xingu (PA), Corumbá
(MS), Ribas do Rio Pardo (MS), Cáceres (MT) e Marabá (PA). Dentre os 20 municípios com os maiores
efetivos, 13 situavam-se no Centro-Oeste, seis no Norte, e um no Sul do País. O Brasil é o detentor do
segundo maior efetivo de bovinos do mundo, 22,2% do rebanho mundial, atrás apenas da Índia, que
não os produz para consumo. O país foi também o segundo maior produtor de carne bovina, respon-
sável por 15,4% da produção global. Os Estados Unidos (maior produtor mundial), o Brasil e a União
Europeia, juntos, representaram quase metade de toda a carne produzida no mundo em 2016. Em
2016 as exportações de carne bovina brasileira in natura somaram 1,08 milhão de toneladas com um
valor de R$ 4,35 bilhões.
O Brasil em 2018 era o 3º maior produtor mundial de leite, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia.
Neste ano, o país produziu 35,1 bilhões de litros.
A região Sul detém o primeiro lugar no ranking na produção brasileira de leite. O Sul tem 35,7%, dis-
putando com o Sudeste (que foi o maior produtor até 2014), que tem 34,2%. O Sudeste tem o maior
rebanho de vacas ordenhadas: 30,4% do total de 17,1 milhões existentes no Brasil. A maior produtivi-
dade, porém, é a da Região Sul, com uma média de 3.284 litros por vaca ao ano, por isso lidera o
ranking de produção de leite desde 2015. O município de Castro, no Paraná, foi o maior produtor em
2017, com 264 milhões de litros de leite. O Paraná já é o segundo maior produtor nacional com 4,7
bilhões de litros, perdendo apenas para Minas Gerais. Minas Gerais é o principal Estado produtor de
leite no Brasil, com o maior efetivo também de vacas ordenhadas, responsável por 26,6% da produção
e 20,0% do total de animais de ordenha. O município de Patos de Minas foi o 2º maior produtor em
2017, com 191,3 milhões de litros de leite.
Suínos
Em 2019, o Brasil era o 4º maior produtor de carne suína do mundo, com quase 4 milhões de toneladas,
atrás da China, União Europeia e Estados Unidos.
Na carne suína, os 3 estados do Sul são os maiores produtores do país. O Brasil tinha 41,1 milhões de
cabeças em 2017. Santa Catarina é o maior produtor no Brasil, com 19,7% da participação nacional. O
Estado é responsável por 28,38% dos abates do país e por 40,28% das exportações de carne suína
brasileira. Paraná (17,2%) e Rio Grande do Sul (14,6%) são o 2º e 3º maiores produtores. Toledo (PR),
Rio Verde (GO) e Uberlândia (MG) são as cidades com maiores quantidades de suínos.
Caprinos e Ovinos
A região Nordeste abrigou 93,2% do rebanho de caprinos (8.944.461 cabeças) e 64,2% do rebanho de
ovinos (11.544.939 cabeças) em 2017. A Bahia concentrou 30,9% do efetivo de caprinos e 20,9% do
rebanho de ovinos nacional. Casa Nova (BA) ficou com a primeira posição no ranking municipal com
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PECUÁRIA
os maiores efetivos das duas espécies. A Região Sul era a 2ª maior do país no rebanho de ovinos, com
4,2 milhões de cabeças. A atividade de tosquia de ovinos permaneceu predominante na região Sul,
que é responsável por 99% da produção de lã no país. O Rio Grande do Sul continuou sendo o estado
com maior participação nacional, representando 94,1% do total. Os municípios de Santana do Livra-
mento, Alegrete e Quaraí lideraram a atividade. Atualmente, a produção de carne tornou-se o principal
objetivo da ovinocultura no Rio Grande do Sul, em função da elevação dos preços pagos ao produtor
que tornaram a atividade mais atraente e rentável. Lá, usam-se raças de ovinos mais adaptadas ao
clima subtropical.
Avicultura
O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango: 3,77 milhões de toneladas em 2019. O
rebanho avícola brasileiro, em 2018, era da ordem de 1,5 bilhão de cabeças. Os plantéis avícolas,
conforme o IBGE, englobam frangos/as, galos, galinhas e pintinhos. Em 2018, a região Sul, com des-
taque na criação de frangos/as para o abate, foi responsável por quase metade do total brasileiro
(46,9%). Só o Paraná respondeu por 26,2%. A situação se inverte, contudo, quando se trata de gali-
nhas. A primeira região do ranking foi o Sudeste, com 38,9% do total de cabeças do país. Foi estimado
um total de 246,9 milhões de galinhas para 2018.
O estado de São Paulo foi responsável por 21,9%. Santa Maria de Jetibá (ES) foi o município que
apresentou os maiores efetivos tanto de galináceos quanto de galinhas. Para o ranking de galináceos
vieram em seguida Cascavel (PR), Bastos (SP), Rio Verde (GO) e Uberlândia (MG).O ranking de mu-
nicípios para galinhas é completado por Bastos (SP), Primavera do Leste (MT), São Bento do Una (PE)
e Itanhandu (MG).
Em 2017, os principais estados produtores de galináceos eram Paraná (25,3%), São Paulo (14,0%),
Rio Grande do Sul (11,0%), Santa Catarina (10,8%). Já no efetivo de galinhas, em 2017 eram 242,8
milhões de cabeças: Sudeste (38,7%) e Sul (26,0%), os maiores produtores. Entre os Estados, São
Paulo liderou com 21,9%, seguido por Paraná (10,1%), Rio Grande do Sul (8,8%), Minas Gerais (8,7%)
e Espírito Santo (7,9%).
Em 2016, o Brasil era o sétimo maior produtor de ovos do mundo. A produção brasileira de ovos de
galinha foi de 4,4 bilhões de dúzias em 2018, gerando uma renda de R$ 14,0 bilhões. A região Sudeste
teve 43,8% deste total. O Sul vem em 2º lugar, com aproximadamente 24% da produção. O estado de
São Paulo foi o maior produtor nacional (25,6%). O Paraná vem em 2º lugar com aproximadamente
10%. Entre os municípios, os maiores produtores são as cidades de Santa Maria de Jetibá (ES), Bastos
(SP) e Primavera do Leste (MT).
Em 2018, o efetivo brasileiro de codornas foi de 16,8 milhões de aves. O Sudeste é responsável por
64%. São Paulo (24,6%) e Espírito Santo (21,0%) são os maiores produtores. No ranking municipal,
Santa Maria de Jetibá (ES) ocupa a primeira posição tanto na quantidade de animais, quanto na pro-
dução de ovos. Bastos (SP) estava na segunda posição.
Piscicultura
A produção pesqueira do país totalizou 485,2 mil toneladas em 2017. Paraná (20,2%), São Paulo
(9,8%) e Rondônia (8,2%) tiveram as maiores participações. A cidade de Nova Aurora liderou a produ-
ção nacional. A tilápia, com 283,2 mil toneladas, representava 58,4% da piscicultura. O tambaqui, com
18,2%, é a segunda espécie mais criada. A região Norte é a maior produtora de tambaqui.
A produção de camarão no Brasil foi de 41,0 mil toneladas em 2017. Rio Grande do Norte (37,7%)
e Ceará (28,9%) foram os maiores produtores. Aracati, no Ceará, foi a cidade com maior participação.
A produção de ostras, vieiras e mexilhões foi de 20,9 mil toneladas em 2017. Santa Catarina detém
98,1% da produção nacional. Palhoça, Florianópolis e Bombinhas foram os municípios com maior pro-
dução.
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Bubalinos
Em 2016, o efetivo brasileiro de bubalinos foi de 1,37 milhão de cabeças. A Região Norte concentrou
66,2% da criação de búfalos, enquanto o restante ficou distribuído entre as Regiões Sudeste (12,7%),
Nordeste (9,5%), Sul (7,4%) e Centro-Oeste (4,4%).
O Pará foi responsável por 37,9%, seguido pelo Amapá (21,6%), representando juntos 89,9% do reba-
nho da Região Norte e 59,5% do rebanho nacional. Dos dez municípios com os maiores efetivos, seis
estão no Pará e quatro no Amapá. Em termos municipais, a primeira posição ficou com o Município de
Chaves (PA), com 160,85 mil animais, seguido por Cutias (AP) e Soure (PA). Em Minas Gerais, tem
havido um aumento na produção de búfalas para carne e laticínios, principalmente mussarela à base
de leite de búfala.
Ranicultura
Em 2016, o Brasil foi considerado o 2º maior criador de rã do mundo, atrás apenas de Taiwan. Porém,
é uma criação em pequena escala, sem dados precisos nem mesmo sobre a quantidade produzida: o
último levantamento oficial citou 160 toneladas por ano, mas há quem diga que esse número é três
vezes maior. Como o preço do quilo da carne de rã é alto, o consumo é reduzido e reservado a muitas
poucas pessoas. A carne de rã é de fácil digestão, tem alto valor nutricional, baixo teor de gordura e
baixa colesterol, e também é considerada uma iguaria gastronômica. Alguns nutricionistas consideram
a carne de rã a melhor proteína disponível para consumo.
Pato
No Brasil, a produção de carne de pato concentra-se em Santa Catarina. É de baixo volume, voltado
para um nicho de mercado. Em 2015 o país exportou U$ 7.637 milhões dessa carne, principalmente
para Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Japão. Na época, a maior empresa da região especi-
alizada nessa carne abatia cerca de 10 mil patos por dia.
Apicultura e Meliponicultura
Em 2017, o Brasil era o 11º maior produtor de mel do mundo, com menos de 4,0% das exportações
globais do produto. Foram produzidas 41,6 mil toneladas, sendo 16,5 mil toneladas na Região Sul.
A região Sul foi a principal produtora de mel do país em 2017, respondendo por 39,7% do total nacional.
Rio Grande do Sul foi o 1º com 15,2%, Paraná em 2º com 14,3%, Santa Catarina em 5º com 10,2%.
Geral
A produção agrícola de caráter comercial, com emprego da mão de obra assalariada, expansão de
pessoal na área administrativa e incorporação do progresso tecnológico, tais como os da biotecnologia,
distribui-se e expande-se pelo território segundo diversos estímulos. De um lado, existe a influência do
Estado, mediante a criação de políticas voltadas para a implantação de polos de desenvolvimento agrí-
cola em áreas específicas do território brasileiro. Para estas áreas, são criadas linhas de crédito espe-
ciais e oferecidas assistência técnica, infraestrutura de transporte, energia, comunicação, entre outras.
Com a Lei nº 11.716, de 20 de junho de 2008 foi instituído o Dia Nacional do Pecuarista, a ser come-
morado anualmente no dia 15 de julho.
Para estratégias específicas de combate à febre aftosa, foram estabelecidas no Brasil circuitos pecuá-
rios reunindo estados com o mesmo status sanitário; sendo cinco circuitos:
Circuito Pecuário Nordeste: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do
Norte;
Circuito Pecuário Centro-Oeste: São Paulo, parte do Paraná, oeste de Minas Gerais, Distrito Fede-
ral, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e parte de Tocantins;
Circuito Pecuário Sul: parte do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
Circuito Pecuário Leste: parte de Minas Gerais não incluída no Circuito Pecuário Centro-Oeste, Rio de
Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe;
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PECUÁRIA
Circuito Pecuário Norte: parte de Tocantins não incluída no Circuito Pecuário Centro-Oeste, Pará, Ama-
zonas, Rondônia, Acre, Roraima e Amapá.
O rebanho da pecuária brasileira são de gados asininos, bovinos, caprinos, suínos, equinos, mua-
res, ovinos, bubalinos (bufalinos) e rangíferos.
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AGRONEGOCIO E OS CONFLITOS AGRARIOS
Com avanço da agricultura formada por grandes grupos agroindústrias nos Estados que compõem a
Amazônia Legal, vem se intensificando ao longo dos anos, fazendo desta região do Brasil ter um peso
importante no cenário econômico nacional e grande produtora de commodities, matérias-primas vege-
tais e minerais voltadas principalmente para atender o mercado internacional. O agronegócio conta
com um forte apoio financeiro e fiscal por parte do governo por meio de fundos públicos de financia-
mento. Esse modelo de negócio capitalista, conseguiu um amplo controle de território implantando um
modelo de produção que afeta o desenvolvimento sustentável do meio ambiente.
As atividades do agronegócio com incentivos do governo vem, atraindo a prática na região amazônica
de uma pecuária extensiva e culturas agrícolas monocultoras, servindo para aumentar demasiada-
mente o ritmo do desmatamento na Amazônia e a geração de conflitos agrários.
Os pequenos produtores e os rurais, além dos povos das comunidades tradicionais são amplamente
prejudicados, devido serem afetados pelos impactos resultantes da atividade oriundas do agronegócio,
não tendo acesso a terra e aos mesmos incentivos fiscais e de financiamento para implementarem os
seus meios de produção por parte do governo, inviabilizando o emprego de máquinas agrícolas e a
compra de sementes, insumos, etc., ocasionando em muitos casos a inviabilidade da atividade por
esses produtores, tornando-os pessoas vulneráveis.
O agronegócio trouxe para a região da Amazônia Legal a ideia que o crescimento econômico iria pros-
perar e a oferta de empregos, desenvolvimento da região iria aumentar pela produção levada a expor-
tação. A situação que parece ser boa em meios práticos não se mostrou assim como se imaginava.
A expropriação agrária por terras na região aumentou decorrente da implantação de atividades ligadas
ao agronegócio e os pequenos produtores e as populações tradicionais, sofrem conflitos e tensões por
parte dos produtores ligados ao agronegócio.
Esse processo de impactos gerados pelo agronegócio atinge também os empregos dos trabalhadores,
já que as grandes propriedades monocultoras, empregam uma quantidade de trabalhadores menor que
a demanda, e diante da inviabilidade dos pequenos produtores conseguirem produzir de modo compe-
titivo, agricultura tradicional de culturas como o arroz, feijão e mandioca que vem diminuindo, fazendo
que muitos deles migrem para as cidades e vendam as suas terras para grandes empresários ligados
ao agronegócio.
O Objetivo deste trabalho é demonstrar que o avanço do agronegócio na Amazônia Legal vem cau-
sando impactos ambientais e conflitos agrários e que essa atividade econômica de cunho capitalista
ocasiona na região. Primeiramente é abordado um histórico do agronegócio e em seguida o seu avanço
na região da Amazônia Legal e por fim, os impactos ambientais, sociais e conflitos que essa atividade
traz.
A metodologia deste trabalho, está baseada em pesquisa teórica por meio de doutrinas, legislação e
trabalhos já existentes sobre o assunto.
1. Histórico do Agronegócio
No final do século XVIII com a revolução industrial e início do capitalismo, houve o fortalecimento das
indústrias e o crescimento da população mundial, havendo a necessidade de se obter a exploração de
recursos ambientais para o desenvolvimento das atividades humanas. No século XX após a segunda
guerra mundial, com os avanços tecnológicos e da ciência, a população mundial começou a crescer e
a necessitar de mais recursos ambientais para o desenvolvimento de suas atividades cotidianas.
A demanda por alimentos começou a crescer em todo o mundo. A agricultura, pecuária e indústria de
alimentos, para acompanhar a demanda crescente do mercado precisaram modernizar-se, e com a
instalação de montadoras de veículos, fábricas de tratores, fertilizantes, inseticidas etc., ajudaram as
atividades rurais do país a se estruturar, havendo a expansão da área de plantações e cultivos da
pecuária aumentando a produção e o escoamento de alimentos. Essa agricultura de grande escala é
conhecida como agronegócio.
O Agronegócio é uma relação comercial e industrial que envolve uma cadeia de produção agrícola ou
pecuária, em grandes propriedades monocultoras modernas que empregam poucos trabalhadores,
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mas possuem equipamentos de alta tecnologia voltados a produção para o mercado externo ou para
as agroindústrias que encampam vários ramos de seguimentos.
O estudo do agronegócio pode ser dividido em três partes: a primeira seria os negócios relacionados a
agropecuária de comércio e indústria de insumos voltados a produção rural, como a fabricação de
fertilizantes, adubos, produtos químicos etc., o segundo seria negócios agropecuários representados
pelos produtores rurais pessoas físicas ou jurídicas, por fim, a terceira seriam atividades agropecuárias
de compra, transporte e beneficiamento e venda dos produtos aos consumidores.
Com a ocupação do território brasileiro por Portugal no século XVI, a ideia de agronegócio faz parte na
história, economia, cultura e social do país. Com a exploração do pau-brasil por Portugal levando-o a
sua quase extinção, a plantação da monocultura da cana de açúcar, utilizando mão de obra escrava,
apoio e incentivo da metrópole Portugal a ocupação de terras por meio da Sesmaria e a produção
agrícola, formando-se grandes latifúndios. Posteriormente passou-se a exploração da borracha iniciada
no século XIX, e do plantio do café.
O processo de colonização do Brasil por Portugal e posteriormente após a sua independência o cres-
cimento econômico estão ligados a ciclos agroindustriais, iniciando principalmente com a exploração
do pau-brasil, cana-de-açúcar, borracha e café. Ultimamente, a soja vem ganhando grande espaço no
mercado brasileiro como a grande commodity produzida para a exportação.
A disputa por terras vem desde os primórdios da existência humana. A ocupação de espaço territorial
valia-se para a garantia da sobrevivência. A exteriorização da posse e da propriedade vem do homem
primitivo, que tinha a necessidade de se valer da sua autopreservação, passou a ter noção da divisão
de territórios, caça, pesca e cultivo de alimentos.
A colonização feita no Brasil foi marcada por massacres de índios que ocupavam algumas regiões que
atraiam interesses os quais foram retirados à força pelos colonizadores, além de serem alguns escra-
vizados. Houve a criação e perpetuação das oligarquias, formação das capitanias hereditárias e da
sesmaria, onde grande quantidade de terras eram distribuídas pela coroa Portuguesa para as pessoas
que pudessem cultiva-las, dando-se em troca um sexto da produção. Com isso houve o surgimento
dos grandes latifúndios, propriedades rurais monocultoras, e com partes não cultivadas, exploradas por
um só dono.
Os conflitos de terras estão presentes em todas as regiões do Brasil e são marcados por inúmeros atos
de violência, em uma ação generalizada contra as formas de luta pela terra das populações rurais
brasileiras.
Em 1850 foi editada a Lei nº 601, conhecida como Lei das Terras, quando houve o reconhecimento aos
direitos de propriedade investidos nos títulos e requerimentos legais anteriores advindos das sesmarias
e de pequenos fazendeiros que civilizaram o interior, fazendo que a terra ocupada produzisse. Pela Lei
das terras, o Estado afirmou pleno direito de propriedade sobre todas as terras desocupadas, devolu-
tas, que não possuíam títulos e nem destinadas ao uso público.
A Lei das Terras possuía dispositivos que proibiam a ocupação de áreas públicas e que a aquisição de
terras só poderia ser feita mediante o pagamento em dinheiro ao Império. Com essa lei os pequenos
produtores, não poderiam ser proprietários, pois não possuíam dinheiro para efetivar a compra, refor-
çando assim o poder dos latifúndios e dos grandes fazendeiros.
A Lei das Terras foi elaborada e executada por um grupo de pessoas constituídos de fazendeiros,
sesmeiros e grandes posseiros, que estavam diretamente vinculados com a ocupação das terras, o
que fez com que a lei não ter tido muita aplicação na prática. Também a questão de regularizar a
questão da propriedade fundiária, diante da extinção do tráfico negreiro, traria problemas de mão de
obra necessária para o funcionamento das fazendas pela atração de imigrantes europeus em substi-
tuição da mão de obra escrava. (SILVA, 2014, p. 89)
Mesmo com o fim da escravidão ocorrida em 1888, muitos trabalhadores continuaram sendo explora-
dos pelos grandes fazendeiros, quando moravam nas fazendas e trabalhavam em plantações de café,
algodão ou cana de açúcar, em troca tinham acesso ao armazém do dono da propriedade para adqui-
rirem alimentos e plantar em pequenos espaços de terra para o seu sustento.
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No final do Império com o início da república o poder político continuou nas mãos dos grandes latifun-
diários que pela posse da terra que detinham conseguiam influenciar no campo político e em setores
públicos, visando se beneficiarem sobre as questões que havia sobre os conflitos de posse da terra.
Em 1930, com a chegada ao poder de Getúlio Vargas, surge uma força da burguesia comercial e in-
dustrial, e os camponeses iniciarem movimentos organizados em associações, Ligas Camponesas,
sindicatos, e buscaram uma luta pela conquista de terras, ocasionando conflitos em algumas localida-
des no país.
Na época da ditadura militar entrou em vigência a Lei 4.504/64, conhecida como Estatuto da Terra,
tinha conceitos políticos, que eram direcionados para frear os movimentos campestres que haviam se
multiplicado no decorrer dos anos.
O Código Agrário Brasileiro, conhecido também como Estatuto da Terra, Lei 4.505/64, traz em seu
artigo 1º, § 1º, o conceito legal de reforma agrária:
“Art. 1° Esta Lei regula os direitos e obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para os fins de
execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola.
§ 1° Considera-se Reforma Agrária o conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição
da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de
justiça social e ao aumento de produtividade. (BRASIL, 2017c)”
Para o Estatuto da Terra, a reforma agrária visa estabelecer uma relação entre o homem e a proprie-
dade rural e o uso da terra capaz de promover a justiça social, o progresso o bem-estar do trabalhador
rural e o desenvolvimento econômico do país, com a gradual extinção do minifúndio e do latifúndio. O
conceito consagrado no § 1º do artigo 1º do Estatuto da Terra visa atender a dois objetivos gerais de
um lado os princípios da justiça social e do outro o aumento da produtividade. (MIRANDA, 2003, p.
222)
Em 1970 pelo Decreto nº 1.110/70, foi criado o INCRA, Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária, que tinha como objetivo realizar a reforma agrária, administrar as terras públicas pertencentes
à União e manter um cadastro nacional de imóveis rurais.
Com o fim do regime da ditadura militar nos anos 1980, trouxe o tema da reforma agrária e com a
edição do Decreto nº 97.766/85, instituiu o Plano Nacional de Reforma Agrária, que tinha como meta
destinar locais para o assentamento de milhões de famílias.
Com a edição da Lei 8.629/93, que veio regulamentar dispositivos constitucionais referentes à reforma
agrária, o INCRA, buscou efetuar a transformação da terra obtida em desapropriações por interesse
social e coletivo em projetos de assentamentos. Com isso vários movimentos sociais, passaram a pres-
sionar o governo para que fossem cumpridos os dispositivos e princípios previstos na Constituição.
O conflito agrário se efetiva quando os movimentos sociais trazem novas formas de produzirem o es-
paço e novas bases para apropriação de territórios rurais. As propostas e a forma de atuação dos
movimentos sociais entram em choque imediato com as formas de organização do setor rural brasileiro,
onde o Estado, normalmente a serviço do grande capital, mantém o privilégio das elites. (SILVA, 2013,
p. 05)
Caracteriza-se o conflito agrário na contradição dos diversos agentes sociais de produção do espaço
rural, e a ausência e má gestão de políticas públicas voltadas a uma gestão adequada das terras, a
ação do Estado faz gerar grande parte dos conflitos agrários.
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Para a adoção de um sistema de reforma agrária, deve se atentar para a adoção de medidas que visem
ao melhor aproveitamento dos recursos naturais, atendendo rigorosamente a proteção e conservação
do meio ambiente. (MIRANDA, 2003, p. 120)
No final dos anos de 1960, o governo militar com a justificativa de que era preciso ocupar a região
Amazônica para se evitar a sua internacionalização, começou a distribuir terras e implementar incenti-
vos as pessoas que se dispusesse a ocupar área que era predominada por florestas. Essa ação por
parte do governo atraiu vários pequenos agricultores e pecuaristas da região Sudeste e Sul e a agri-
cultura e pecuária veio se desenvolvendo rapidamente em um local onde antes só havia a atividade
extrativista.
O caráter estratégico da Amazônia veio incentivar o governo brasileiro na época do regime militar a
ocupação e a exploração da Amazônia era entendida como questão de segurança nacional pela grande
fronteira internacional que a floresta está inserida. Também era visto o seu potencial econômico, que
poderia gerar novos negócios que pudessem acelerar o desenvolvimento e a integração nacional. Exis-
tiram vários estímulos para o mapeamento e a exploração de recursos naturais, como os minerais,
vegetais e uso do solo para a pecuária e agricultura.
A Amazônia Legal brasileira é uma unidade administrativa criada para fins de planejamento econômico
e práticas de políticas públicas voltadas para de normatização e de intervenção do governo brasileiro
na região Amazônica. Possui uma área de aproximadamente 5,1 milhões de Km2, abrangendo os Es-
tados do Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Tocantins, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e a parte oeste
do Maranhão. A região a vegetação predominante é por florestas, combinada com cerrado. Essa ca-
racterística de composição permite que a ocupação do território possa ser feita de diferentes maneiras,
existindo assim uma diversidade econômica, social e étnica.
A área de abrangência da Amazônia Legal passou por sucessivas transformações que modificaram as
regiões territoriais em que as políticas de intervenção voltadas ao fomento do desenvolvimento e da
integração da região com a economia nacional eram praticadas.
A partir da década de 80, os países desenvolvidos começam a transferir empresas grandes consumi-
doras de energia e matéria prima para os países do terceiro mundo limitando ficar com a transformação
de produtos primários como ferro, bauxita, celulose por eles importados em produtos da cadeia final,
assim poupando energia, e livrando-se de danos ambientais. Após a crise do petróleo o Brasil aumen-
tou a produção de alumínio em 770%, a de celulose em 196%, estando uma grande parte dessas
industrias localizadas na Amazônia, especialmente no Estado do Pará. (LOUREIRO, PINTO, 2005).
Como desenvolvimento do agronegócio, o custo dos alimentos caiu, fazendo com que a população
tenha um maior poder de consumo e escolhas, trazendo com isso impactos ao meio ambiente. Nas
cidades o grande problema que se enfrenta é a grande quantidade de resíduos sólidos que são gerados
pelos descartes de embalagens e produtos consumidos.
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Apesar do Brasil ter diversificado ao longo dos últimos anos, as atividades industriais e a sua inserção
no mercado mundial, não deixa de ser um grande produtor e exportador de commodities. (CASTRO,
2005, p.46)
O lucro das empresas que exportam commodities é muito grande. Após a privatização a empresa Vale
do Rio Doce, vem ampliando os seus ganhos. No ano de 2002, o lucro líquido chegou ao total de R$
2.043 bilhões (dois bilhões e quarenta e três milhões de reais); em 2003, o lucro líquido ficou em R$
4.509 bilhões (quatro bilhões e quinhentos e nove milhões de reais); em 2004, o lucro líquido foi de R$
6.460 bilhões (seis bilhões e quatrocentos e sessenta milhões de reais), crescendo até atingir no ano
de 2008 o valor de R$ 21,3 bilhões. No ano de 2009 apesar de reduzir o lucro pela metade devido a
forte crise que atingiu o setor, a empresa recuperou e mantém com lucros crescentes. (CASTRO;
SOUSA; GOLOBOVANTE, SILVA, 2010, p. 11)
Esses empreendimentos capitalistas que formam o agronegócio, são grandes conglomerados de in-
dústrias, tem as suas atividades voltadas essencialmente ao mercado externo, não se importando com
a distribuição das riquezas geradas com a comercialização dos produtos e mercadorias produzidas, na
região que estão instaladas para o benefício das populações locais.
Os grupos dominantes no espaço social agrário ocupam uma posição de domínio nas esferas econô-
mica, social e política devido o grande poder econômico que possuem. Essa burguesia agrária tem a
especificidade de apropriar-se de terras, por meio de arrendamento, propriedades ou ocupações.
As possiblidades de eclosão da violência nas relações sociais no espaço agrário alimentam-se a crise
de hegemonia do Estado Brasileiro, devido aos aparelhos repressivos estão vinculados a uma violência
social difusa, na cidade e no campo, quanto a uma violência política. A ausência do Poder Estatal, no
exercício de suas funções legítimas previstas na lei, favorece a multiplicação dos atos de violência
especialmente nas populações trabalhadoras rurais. (SANTOS, 2000, p. 05)
Ao longo da segunda metade do século XX, a Amazônia Legal, considerada um vazio demográfico e
por questão de estratégia governamental necessitava ser ocupada, por meio de incentivos que atraiu
várias pessoas para a região começando a surgir pequenas e médias cidades. O ritmo de crescimento
era alto e superior a média nacional, ocasionando grandes transformações em vários aspectos ambi-
entais, sociais, econômicos e demográficos.
Até a década de 1960, as terras amazônicas pertenciam na sua maioria a União e aos Estados. Do
total das terras 87% eram constituídas de matas e terras incultas que eram exploradas por caboclos e
ribeirinhos que viviam do extrativismo vegetal e animal e 11% eram de pastos naturais onde antigos
fazendeiros haviam estabelecido fazendas de gado. Somente 1,8% das terras estavam ocupadas por
lavouras e somente metade possuía título de propriedade privada. Quase na sua totalidade das terras
amazônicas eram constituída de terras públicas ocupadas por pequenos posseiros. Os moradores da
região consideravam a terra como parte indissociável de suas existências, tendo habitado por gerações
seguidas. (LOUREIRO, PINTO, 2005).
Na década de 1940, o interesse norte americano em que a economia da borracha fosse reativado
devido a sua participação na segunda guerra mundial, veio a estabelecer um “segundo ciclo econô-
mico”, que visava intensificar a ocupação e a integração da economia da Amazônia com o resto do
país. Apesar dessa tentativa a economia na região pouco mudou, mas houve a criação de entidades
estatais voltadas ao planejamento e o Banco de Crédito da Amazônia, permitindo uma ação mais efe-
tiva, com obras de infra-estrutura como forma de facilitar a ocupação em processos de produção que
vão até os anos 1980, quando o Estado em crise se afasta e o mercado assume a tarefa de promover
o desenvolvimento da região por meio de incentivos fiscais disponibilizados. (MESQUITA, 2010, p. 48).
O Brasil nos anos 1980 e 1990 vivenciou um período de estagnação econômica com aumento do de-
semprego e a Amazônia foi penalizada, havendo uma enorme migração de pessoas que buscavam
melhores oportunidades de trabalho e condições de vida, fazendo a população da região aumentar.
Esse crescimento foi por conta de uma migração desordenada de pessoas desempregadas de outras
localidades do país que buscaram trabalhos que levavam a retirada de madeira ou garimpando terras
indígenas ou como peões desmatando para a implantação de pastos para a criação de gado. Os em-
preendimentos de mineração provocavam um aumento das queimadas na produção de carvão e a
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expulsão de posseiros naturais de suas terras ou de migrantes que haviam ocupado as terras anterior-
mente. (LOUREIRO, PINTO, 2005).
Desde os anos de 1970 começou um avanço na monocultura da soja das regiões produtoras do sul e
sudeste do Brasil para Estados que integram a Amazônia Legal, principalmente Mato Grosso. Nos anos
seguintes a soja se espalha para os estados do Maranhão e Rondônia. O estado de Tocantins criado
em 1988, veio a fazer parte da Amazônia Legal, já era grande produtor de soja e nos anos 1990 o
Estado do Pará e os demais da região norte aparecem com uma área de plantação de soja. (SILVA,
BOTELHO, 2013).
Em uma vigência de uma política neo liberal na década de 1990, vem o “terceiro ciclo de ocupação”
pelo agronegócio da soja, eucalipto, carvão vegetal e pecuária empresarial. A prioridade é de empre-
endimentos intensivos de capital, o pequeno produtor, os povos das comunidades tradicionais não es-
tão inseridos e são considerados como entraves na produção moderna e capitalista e na expansão do
agronegócio. (MESQUITA, 2010, p. 49).
A expansão da atividade de produção de soja nos estados que compõem a Amazônia Legal coincide
com as políticas de abertura comercial implantadas pelo Brasil a partir da década de 1990 e com o
aumento da demanda pelo mercado internacional por alimentos.
O cultivo da cana-de-açúcar começou a crescer nos anos 70, em virtude da crise mundial do petróleo
em 1973, que afetou vários países e fez o governo brasileiro criar o Programa Nacional do Álcool –
Proálcool, que estimulava a produção de álcool combustível através da cana-de-açúcar, visando subs-
tituir os produtos derivados do petróleo que estavam com forte alta no mercado internacional.
Nos últimos anos a expansão do setor sucroalcooleiro, também teve um significativo aumento devido
à introdução no mercado nacional no início da década passada de veículos bicombustíveis e também
pelo fato de que a indústria tem a preferência da fabricação do etanol derivado da cana-de-açúcar como
um combustível limpo, pois gera menos dióxido de carbono do que a gasolina e a produção ser superior
em relação ao etanol derivado do milho.
A pecuária vem ganhando cada vez mais espaço na Amazônia Legal devido o Brasil ser um grande
exportador de carne bovina, suína e frango. O Censo agropecuário de 2006, (IBGE, 2006), traz que o
Estado do Pará foi o que apresentou o maior crescimento relativo do rebanho bovino no período 1996-
2006 (+119,6%). Segundo o (IBGE, 2015) o município de São Félix do Xingu, no Estado do Pará,
liderou o ranking nacional de rebanho bovino no ano de 2014, com 2,213 milhões de cabeças, 1% do
total nacional e o Estado de Mato Grosso é líder com 28,592 milhões de cabeças, 13,5% do gado
nacional.
A produção da pecuária no Brasil vem crescendo com a estruturação da indústria frigorífica, que obteve
um grande crescimento mercado internacional, ganhando assim investimentos em tecnologia para a
produção, manufatura e distribuição dos produtos provenientes da pecuária.
O preço da terra na Amazônia Legal, para o uso com fins lucrativos para a pecuária, são menores em
relação às outras regiões do país, estimulando grandes produtores a desmatarem para uma pecuária
extensiva, utilizando menos insumos e aumentando a margem de lucro na atividade.
O avanço da produção dessas culturas tem relação com a evolução de técnicas desenvolvidas por
meio de pesquisas científicas, estudos específicos e tecnologia, para se obter melhores resultados na
produção com quantidade e qualidade, conseguindo assim uma melhor margem de lucro e possibili-
dade de abastecer o mercado nacional e internacional.
Os alguns territórios recebem mais investimentos, diante de estudos de viabilidade de produção eco-
nômica em grande escala voltadas a commodities para exportação e a apropriação de terras tem se
expandido na Amazônia devido às condições climáticas, boa oferta de água e a melhora na infraestru-
tura para o escoamento da produção para os portos marítimos e fluviais.
Segundo Mônica Arroyo, “As frações do território vinculado ao mercado externo estão em permanente
transformação por via da ação de empresas e instituições que operam, ou se projetam em escala mun-
dial”. (ARROYO, 2003, p. 439)
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A Amazônia Legal vem sendo explorada há vários anos, por diferentes atores, apoiados por incentivos
e financiamentos governamentais e instituições financeiras, gerando o desmatamento principalmente
na exploração da madeira, mineração, pecuária e agricultura.
No ano de 2004 o Governo Federal, implantou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desma-
tamento na Amazônia Legal. A medida fomenta políticas públicas para manter a floresta em pé, por
meio do monitoramento e de ações de fiscalização e controle. Desde a sua implementação no ano de
2004 até 2015, houve uma redução de 79% do desmatamento.
Apensar dessa redução do desmatamento, os Estados do Mato Grosso, Pará, Rondônia e Maranhão,
são responsáveis por grande parte do desmatamento que ocorre nos dias atuais, resultado esse pela
expansão do agronegócio, em particular pelas plantações de soja e pastagens para a pecuária.
A pastagem para se manter em condições de produção não é sustentável se não for utilizado grande
quantidade de insumos, já que o capim cresce menos após a utilização por dois ou três anos de uso.
A produção decai devido a invasão de ervas daninhas, compactação do solo e pelos níveis crescentes
de fósforo presente na terra, e em longo prazo a erosão pode causar a exaustão da fertilidade do solo.
(RIVAS, FREITAS, 2002, p. 111)
As grandes áreas de pastagens estão sempre sujeitas a doenças e pragas de insetos da mesma ma-
neira que outras grandes monoculturas. A Braquiária (Brachiaria decumbens Stapf.) uma gramínea de
pastagem muito comum no início dos anos 70, em áreas da Amazônia, foi devastada pelo ataque da
cigarrinha (Deois incompleta Cercopidae). Com a diminuição do fosfato disponível na terra houve um
aumento da invasão de ervas daninhas e a produção teve um grande declínio. (RIVAS, FREITAS, 2002,
p. 112)
A destruição da floresta para dar lugar a grandes plantações de monoculturas como a soja, milho e
cana de açúcar, causa uma alteração em todo ecossistema da região e a possibilidade de pragas atingir
a plantações e ser necessário a utilização de agrotóxicos, causando a contaminação do solo, rios e
lençol freático.
A produção agrícola contemporânea não depende mais somente da fertilidade do solo, como pensavam
alguns autores clássicos, que estabeleceram modelos teóricos no comportamento agrícola, para os
quais “o crescimento econômico não é indefinido, e seus limites brotam justamente da terra e dos re-
cursos naturais”. (CORAZZA; MARTINELLI, 2002, p. 19)
A produção rural deve ser feira sem que tenha impactos ao meio ambiente evitando-se o desmata-
mento, empobrecimento do solo, queimadas, uso de defensivos agrícolas que causam a contaminação
dos mananciais e lençol freático e o plantio de algumas culturas que possam ocasionar a proliferação
de pragas.
O ritmo de crescimento do agronegócio na Amazônia Legal trouxe grandes impactos sociais na região,
devido a atividade exigir um nível de especialização além de grande quantidade de recursos financeiros
que são liberados por meio de financiamentos bancários a pessoas ou empresas que forneçam garan-
tias, o que faz a maioria dos produtores tradicionais ficarem impossibilitados de obterem acesso ao
crédito e efetivar a produção.
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A grande concentração de commodities agrícolas vem trazendo impactos aos produtores tradicionais
na Amazônia legal, que desenvolvem a chamada agricultura familiar, tendo em vista que as áreas de
plantação de culturas, como o arroz, mandioca e feijão, vêm diminuindo ou crescendo a taxas pratica-
mente inexpressivas, já com as plantações de soja está em franca expansão devido à grande força
econômica que possui na exportação e no mercado internacional.
Segundo o censo agropecuário de 2006, na Amazônia os pequenos produtores eram em 1996 o nú-
mero de 93 e após 10 anos no ano de 2006, eram 17, mostrando que vem a cada ano se reduzindo
devido à impossibilidade de conseguir competir no mercado, já a quantidade dos grandes produtores
em 1996 eram 2.978 e passaram a ser no ano de 2006 o número de 4.348. (IBGE, 2006)
A especulação de terras na Amazônia oferece motivos para a substituição da floresta por pastagens
para a criação de gado. O valor dessas terras que foram convertidas em pastagens tem se elevado a
taxas que superam a inflação, o que motiva os especuladores a fazer pastagens para evitar que as
terras sejam ocupadas por posseiros ou outros fazendeiros. Nas áreas imensas em que não possuem
documentação legal, a pastagem possui poderosa atração adicional a ser considerada como uma ben-
feitoria que qualifica o fazendeiro a obter o título da terra. Desmatar e plantar a pastagem é um meio
mais barato para o fazendeiro assegurar a posse da terra para fins especulativos. (RIVAS, FREITAS,
2002, p. 106)
A burguesia agrária em seus diferentes seguimentos apresenta uma relação de apropriação material e
simbólica com a terra que é decisiva em suas estratégias de reprodução social. Esta posição tem com
fundamento o direito de defesa da propriedade, trazendo de forma absoluta a propriedade fundiária
sem qualquer consideração por sua dimensão social. A burguesia agrária controla votos, exercendo
uma política de troca de votos por concessões, permanecendo como base de sustentação do poder
político brasileiro, ocupando posição dominante no campo dos conflitos agrários. (SANTOS, 2000, p.
06)
Muitas propriedades rurais na Amazônia legal se tornam improdutivas devido a grande especulação
econômica, ocasionada pelo grande potencial produtivo que a região possui, atraindo várias pessoas
de todo Brasil, que se organizam em movimentos sociais de sem-terra para forçarem a ocupação de
áreas, gerando conflitos agrários em alguns com muita violência.
Portanto o avanço das atividades ligadas ao agronegócio traz problemas sobre os conflitos agrários e
agricultura familiar especialmente nos pequenos produtores forçando-os a praticarem outras atividades
e se mudarem do local, ocorrendo a expropriação agrária que ocorre devido ao grande capital que traz
impactos sobre a produção familiar e o pequeno produtor tem dificuldade de ter acesso a terra e aos
meios de produção.
O avanço do agronegócio sobre os Estados que compõem a Amazônia Legal, desencadeia vários pro-
blemas nos aspectos econômicos, sociais e ambientais.
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AGRONEGOCIO E OS CONFLITOS AGRARIOS
No aspecto econômico o agronegócio uma agricultura de alta tecnologia, com grande produção é bem
visto por ser responsável por uma parcela significativa das exportações brasileiras, tendo grande peso
no PIB (Produto Interno Bruto).
O desmatamento e as queimadas que o agronegócio proporciona merece muita atenção por parte do
governo, que deve intensificar políticas públicas para a sua diminuição e fortalecer a fiscalização dos
órgãos competentes com investimentos na infraestrutura, para uma atuação mais eficaz.
Do mesmo modo a ocupação de terras por grandes produtores latifundiários que fazem especulação
econômica, e grandes áreas são consideradas improdutivas, deve haver a efetivação de políticas pú-
blicas que visem a realizar uma reforma agrária que se tenha uma distribuição de terras adequada,
atendendo a função social da propriedade.
A redução de culturas como arroz, feijão e mandioca, pode influenciar na quantidade a ser plantada e
colhida. Devido a essa redução pode significar em um impacto nos preços diante da menor disponibili-
zação dos produtos no mercado para a comercialização, causando um aumento de preço aos consu-
midores que em alguns casos deixarão de ter acesso a esses alimentos importantes na cadeia alimen-
tar da população.
O impacto trazido pelo agronegócio nos produtores tradicionais que vem há muitos anos sendo des-
prezados por políticas governamentais, sendo excluídos tornando-se pessoas vulneráveis, não dis-
pondo de facilidades de crédito para compra de equipamentos, máquinas agrícolas, investimentos em
tecnologia para a produção, irrigação e acesso as informações técnicas, enquanto os grandes produ-
tores empresários ganham vários incentivos até com o emprego de recursos públicos.
O agronegócio que trouxe para a Amazônia Legal empresas de alta tecnologia, modernas, algumas
multinacionais com altos investimentos para a sua instalação, promessa de geração de renda, empre-
gos e desenvolvimento econômico e social na região, fazendo que o governo disponha de incentivos,
mas que não vem trazendo todos esses benefícios para a população local, e em muitos casos sendo
excluída, e a riqueza produzida utilizando-se dos recursos naturais que em grande parte causa um
aumento dos impactos ao meio ambiente, não está sendo empregada no local e sim gerando apenas
lucro para os grandes empresários ligados ao agronegócio e beneficiando o mercado internacional.
Os movimentos sociais que lutam pela reforma agrária são justos e legítimos pois, promovem a distri-
buição de terras atendendo a função social da propriedade conforme previsto em lei, e não devem ser
considerados como movimentos criminosos, que muitas vezes é colocado pela mídia diante dos inú-
meros conflitos que acontecem. Os pequenos agricultores, necessitam de um projeto de desenvolvi-
mento com a devida justiça social.
Portando os danos ao meio ambiente, conflitos agrários, as desigualdades sociais e econômicas que o
agronegócio trouxe em algumas localidades da Amazônia Legal são muito graves e deve o governo
dar atenção e implementar políticas públicas para que se possa melhorar as condições dessa popula-
ção vulnerável.
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O BRASIL NO CONTEXTO DO MUNDO ATUAL
A economia do Brasil apresenta sinais de recuperação e o PIB deve crescer 5,3% ainda em 2021
segundo relatório do FMI. As exportações cresceram 36% respondendo positivamente ao novo cenário
de retomada da economia mundial.
A recuperação da economia veio forte para a indústria de transformação, com nove altas seguidas nas
horas trabalhadas na produção, o que levou o indicador ao maior nível desde o fim de 2015. Em feve-
reiro de 2021, contudo, essa sequência de altas foi interrompida com uma queda de 0,5%. O desaque-
cimento da atividade industrial também provocou retração do faturamento (-3,3%), da massa salarial (-
1,1%), do rendimento médio (-1,8%) e da utilização da capacidade instalada (-0,4 ponto percentual).
O auxílio emergencial e a permissão do saque emergencial do FGTS ajudaram a recompor parte das
perdas de renda da população com a pandemia.
Com isso, algumas famílias mais vulneráveis até observaram aumento da renda e puderam, inclusive,
aumentar o consumo, sobretudo de bens de consumo não duráveis, como alimentos, material de lim-
peza e produtos de higiene pessoal.
As famílias de maior renda aumentaram a poupança, seja por precaução, seja pela impossibilidade de
consumir em razão do fechamento do comércio.
A recuperação está em andamento, mas o crescimento econômico no terceiro e quarto trimestres não
serão suficientes para salvar o ano de 2020.
Atualmente, a economia do Brasil está classificada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como a
nona economia mundial, mas deve cair para a 12º posição no ranking de 2020. A última atualização
anual do PIB (de 2019) foi de R$ 7,3 trilhões.
O PIB encerrou a primeira metade de 2020 com queda de 11,9% e variação de -3,4% no terceiro tri-
mestre.
A indústria, como um todo, representa 21,4% do PIB do Brasil, mas responde por 70,1% das exporta-
ções de bens e serviços, por 69,2% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento e por
33% dos tributos federais (exceto receitas previdenciárias).
Para cada R$ 1,00 produzido na Indústria, são gerados R$ 2,40 na economia como um todo. Nos
demais setores, o valor gerado é menor: R$ 1,66 na agricultura e R$ 1,49 no comércio e serviços .
Além disso, a indústria é responsável por 20,4% do emprego formal, 70,1% nas exportações de bens
e serviços, 33% na arrecadação de tributos federais e 69,2% em investimento empresarial em P&D.
A indústria de transformação, que transforma matéria-prima em produto final, responde 11,8% do PIB
e por 14,4% do emprego formal. Na arrecadação de tributos federais, 24,9%.
No investimento empresarial em P&D o indicador está em 65,4%. Todos os números acima descritos
são divulgados no perfil da Indústria Brasileira.
No acumulado do ano, a balança comercial brasileira, por sua vez, se mantém superavitária, ou seja:
o país está exportando mais produtos do que importando. No entanto, o Brasil exportou 6,1% a menos
em 2020 na comparação com 2019, e registrou importações 9,7% menores no período.
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O BRASIL NO CONTEXTO DO MUNDO ATUAL
A economia do Brasil foi classificada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como a nona economia
mundial e primeira da América Latina. A última atualização anual do PIB (de 2019) foi de R$ 7,3 trilhões.
No 2º trimestre deste ano, o valor foi de R$ 1.653 bilhões.
Estudos do FMI divulgados em outubro preveem queda de 5,8% no PIB brasileiro em 2020. A expec-
tativa anterior, mencionada em julho, era de 9,1%. Para 2021, a projeção é de um avanço de 2,8%.
O que é a economia?
Economia é a ciência humana que visa administrar a alocação eficiente de recursos escassos neces-
sários à sobrevivência do homem por meio da produção, distribuição e o consumo de bens e serviços.
A economia é uma atividade política e cultural presente em todos os aspectos da sociedade.
Indústria e comércio, de modo geral, iniciaram a recuperação em maio de 2020 e retornaram rapida-
mente ao nível pré-pandemia.
No entanto, a recuperação tem sido heterogênea, com setores acima do nível pré-pandemia e setores
ainda abaixo desse nível.
Parte das diferenças no ritmo de recuperação é explicada pelas mudanças no padrão de consumo.
De certo modo, a procura por bens de consumo não duráveis foi pouco afetada, enquanto a demanda
por bens de consumo duráveis e por serviços ofertados às famílias caiu consideravelmente.
O início da história da economia no Brasil foi marcado pelo o que chamamos de Brasil colonial, com
uma economia basicamente extrativista.
Do ponto de vista econômico, podemos dividir a história da economia do Brasil em ciclos, de acordo
com a atividade econômica principal de determinados períodos, por exemplo: ciclo do pau-brasil, do
açúcar, do ouro, do algodão, da borracha e do café.
Estes foram os principais ciclos que regeram a economia do país entre 1500 e o início do século XX,
onde já havia sido implementada a industrialização no Brasil.
Foi em decorrência do aumento das tarifas de importação que surgiram as primeiras empresas têxteis.
Assim, o Brasil passou a investir no incentivo da produção fornecendo isenção de taxas na importação
de maquinário e matéria-prima.
O primeiro período de desenvolvimento industrial foi dominado por indústrias leves nos ramos de:
couro, sabão, têxteis, vestuário, cerveja, fundição e vidro.
A economia do Brasil do século XX era uma economia primária exportadora, isto é, importava os bens
industrializados e exportava essencialmente a sua produção agrícola.
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O BRASIL NO CONTEXTO DO MUNDO ATUAL
Ao longo deste período, a economia do país cresceu e se transformou. Marcado por mudanças estru-
turais importantes, o país viveu a transição de uma economia agroexportadora, com uma alta depen-
dência de poucos produtos primários em sua pauta de exportações, para uma economia industrializada,
em um espaço de tempo relativamente curto.
A economia do Brasil foi intensamente impactada por uma crise sem precedentes causada pelo cenário
atípico da pandemia do novo coronavírus. As taxas de juros subiram ao pico e a injeção de dinheiro,
política monetária utilizada para tentar reverter crises financeiras, precisou acontecer muito rápido.
Neste cenário, era esperada uma queda brutal no crescimento e deflação da economia do Brasil, mas
a realidade foi diferente. Embora a recuperação do desemprego, iniciada em 2019, tenha sido inter-
rompida e intensificada, o leque de desempregos em massa foi menor do que o esperado.
Além disso, houve uma grande inversão de hábitos de consumo dos brasileiros. Os dois fatores soma-
dos geraram uma inversão na matriz econômica brasileira.
No contexto geral, a previsão para o PIB é de redução e a inflação está e deve permanecer em alta. O
Banco Mundial lançou um estudo que projeta queda de mais de 5% no PIB brasileiro no ano.
Em outubro de 2020, a inflação alcançou o maior valor para o mês desde 2002. O indicador acumula
alta de 2,22% e segue abaixo do centro da meta do governo para a economia do Brasil.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicaram um aumento expressivo dos
preços para a indústria desde julho, o que consequentemente gera repasse ao consumidor final.
Os principais fatores relacionados ao impulsionamento da inflação são os preços dos alimentos e dos
transportes, com destaque para o preço das passagens aéreas.
Em território brasileiro são desenvolvidos negócios nos setores primário, secundário e terciário, sendo
o último o mais forte do país. Atualmente, setores como o farmacêutico, automobilístico, eletroeletrô-
nico, energético, têxtil, entre outros, já são destaques na produção do país, bem como o agroindustrial.
A dependência da produção industrial e também das tecnologias por países desenvolvidos denota fra-
gilidade econômica, que poderia ser amenizada, por exemplo, com implementação de planos governa-
mentais e projetos que viabilizem a produção das áreas de ciência e tecnologia, com fins de promover
o desenvolvimento industrial nacional, já que a indústria desempenha um papel estratégico no fortale-
cimento de todo o setor produtivo brasileiro.
Em setembro de 2020, por exemplo, a atividade industrial no Brasil foi excepcionalmente forte. O Portal
da Indústria publicou esses indicadores mostrando que as horas trabalhadas na produção praticamente
voltaram ao patamar pré-pandemia. Isso revela um cenário de atividade industrial reaquecida na eco-
nomia do Brasil.
Os cinco principais setores com maior participação no valor da indústria de transformação são os seg-
mentos de alimentos, derivados de petróleo e biocombustíveis, químicos, metalurgia e veículos auto-
motores.
Os cinco estados com maior participação no PIB são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná
e Rio Grande do Sul.
O Portal da Indústria produziu conteúdo que revela a importância da indústria para os estados do país
elencando informações como a participação da indústria no PIB e no emprego formal de cada estado,
por exemplo. Os dados completos desse levantamento podem ser obtidos aqui.
Em território brasileiro são desenvolvidos negócios nos setores primário, secundário e terciário, sendo
o último o mais forte do país. O setor terciário, é, atualmente, responsável por mais da metade do PIB
e pela geração de 75% dos empregos, sendo o maior ramo da economia do país.
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O BRASIL NO CONTEXTO DO MUNDO ATUAL
Este setor é composto pela venda de produtos e pela prestação de serviços. Fazem parte dele o co-
mércio, telecomunicações, serviços públicos, computação, comunicações e tecnologia, entre outros.
Mesmo com todo o cenário da economia e a dependência econômica de outros países, há, no Brasil,
um forte desenvolvimento nos diversos tipos de indústrias, desde a base até a alta tecnologia. Esse
crescimento industrial é motivado pelo capital externo e pelas multinacionais instaladas em território
brasileiro.
Com o avanço e consolidação do sistema capitalista, bem como a difusão do processo de globalização,
o setor terciário, além de detentor da maior parcela econômica no Brasil, é também o que mais cresce
no mundo.
A alta da taxa de inflação, que vem perpetuando no Brasil por muitos anos, amplia os problemas de
distribuição de renda no país e contribui para a queda do PIB.
Atrelado a isso, a dívida pública externa cresce e este fator impacta a entrada de investimentos.
Além disso, o custo-país, que é um conjunto de problemas estruturais, burocráticos, financeiros e polí-
ticos que encarecem o investimento no Brasil, também impacta o crescimento da economia.
Temos como exemplo disso o déficit e a corrupção pública elevada, a excessiva burocracia para criação
e manutenção de empresas no país, as altas taxas de juros, as disfunções no sistema burocrático para
importação e exportação de produtos e os altos custos trabalhistas e do sistema previdenciário.
O aprofundamento da crise reflete em sobrecarga nos serviços públicos, que já não possuem suporte
para a demanda, e no comportamento econômico populacional, que precisa adaptar o financeiro para
a atual realidade e que gera inversão de hábitos de consumo.
Na indústria, algumas empresas utilizam a chamada economia circular como forma de reverter os efei-
tos da crise econômica. A economia circular é um modelo econômico estratégico focado na coordena-
ção dos sistemas de produção e consumo em circuitos fechados que visa reduzir, reutilizar, recuperar
e reciclar materiais e energia.
Este modelo reflete em: minimização da extração de recursos, maximização da reutilização, aumento
da eficiência e desenvolvimento de novos modelos de negócios. Os benefícios estratégicos estão vol-
tados para novas e melhores relações com os clientes e volatilidade no preço da matéria prima, além
da contribuição socioambiental.
Em 2018, a Agência CNI publicou um artigo sobre este modelo de negócio reforçando as oportunidades
estratégicas para o avanço da sustentabilidade no Brasil.
O portal da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que o setor é responsável por empregar
mais de nove milhões de brasileiros, representando 20,4% no índice de empregos formais no país.
Dados apurados e divulgados pela CNI revelam que cada R$ 1,00 produzido na indústria gera R$ 2,40
na economia do Brasil. Grande parte dos bens produzidos neste segmento, ou seja, os manufaturados,
estão diretamente ligados à urbanização do país.
Em outros setores como a agricultura e comércio e serviços, cada real gera R$1,66 e 1,49 na economia,
respectivamente. Além disso, a indústria emprega 9,7 milhões de trabalhadores.
A participação da Indústria no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil vem caindo. A perda de competiti-
vidade da Indústria nacional explica boa parte da forte retração do setor no PIB.
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O BRASIL NO CONTEXTO DO MUNDO ATUAL
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que para elevar a competitividade, o país precisaria
aumentar os investimentos em infraestrutura, ampliar a participação nos mercados internacionais e
promover reformas estruturais.
O avanço das tecnologias trouxe uma fase transacional de inovação industrial, a indústria 4.0, que
também é chamada de Quarta Revolução Industrial.
Nessa fase, as empresas precisam aprimorar seus processos industriais e adaptá-los às mudanças
que estão ocorrendo no setor. Esse processo traz grandes oportunidades, mas também gera grandes
desafios.
A automoção de digitalização é um fator perceptível com fins de promover uma manufatura mais inte-
ligente. Algumas empresas já investem nessa produção, mas ainda não chegaram ao patamar da in-
dústria digital, que requer ainda investimento em processos integrados e mudança cultural.
São cinco os principais desafios enfrentados pela indústria 4.0: segurança, falta de habilidade, tecno-
logias legadas, Inteligência Artificial (IA) e conectividade.
Falando brevemente sobre cada um deles, é possível destacar que a segurança dos dados é fator
primordial considerando que a transformação digital traz a vulnerabilidade de conexão e consequente-
mente o risco de ataques aos dados e informações.
Em relação à força de trabalho é importante esclarecer a importância de pessoal habilitado para de-
senvolvimento das funções. Isso porque o entendimento sobre as ferramentas digitais torna os proces-
sos mais fluídos, reduz gargalos e pode evitar falhas com medidas protetivas, além do aumenta da
eficiência operacional.
O terceiro desafio é a integração e interoperabilidade de todas as tecnologias legadas. Sem este fator,
a capacidade de inovação da empresa é limitada.
Alinhado aos três desafios mencionados, vem a Inteligência Artificial (IA), que é capaz de acelerar a
eficiência e criar novos modelos de negócios, produtos e serviços. A IA é peça essencial da cadeia
produtiva industrial.
Por fim, a conectividade, que vai permitir que todos os fatores anteriores se tornem realidade, interli-
gando-os, compartilhando sistemas, integrando dados e permitindo a sobrevivência da empresa no
atual cenário da indústria 4.0, que exige que as organizações adotem nova mentalidade e cultura.
Tendo todos os desafios citados adaptados e aplicados ao modelo de negócio, a empresa estará dando
um avançado salto tecnológico e contribuindo com a participação nessa era de nova revolução indus-
trial.
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TURISMO NO BRASIL
Turismo no Brasil
"O turismo no Brasil é uma atividade econômica responsável pela geração de empregos e pelo intenso
dinamismo do setor terciário, uma vez que movimenta uma série de serviços como transporte, alimen-
tação e hospedagem.
As paisagens naturais e a diversidade cultural são os principais atrativos turísticos do Brasil, embora
problemas estruturais e infraestruturais tornem o desenvolvimento do setor mais lento. Entre os desti-
nos mais procurados estão Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, Florianópolis e São Paulo.
Entre 2020 e 2022, a pandemia de covid-19 afetou duramente as atividades turísticas, que já veem os
números subindo novamente e projetam um crescimento significativo para os anos seguintes.
É interessante notar que, antes disso, o país chegou a receber mais de 6 milhões de visitantes por ano.
O trabalho para a retomada plena do setor conta com vários órgãos da esfera privada e pública, com
destaque para o Ministério do Turismo (MTur), que é parte do governo federal do Brasil desde 2003.
"Turismo é o ato de se deslocar do seu ambiente familiar a outro local temporariamente por motivos
pessoais ou a trabalho. Inclui o percurso de ida e volta, as atividades realizadas no destino e os gastos
efetuados nesse período.
O turismo no Brasil é marcado por importantes atrativos, como as belezas naturais e a diversidade
cultural do país.
O turismo de lazer, o turismo cultural, o ecoturismo, o turismo religioso, o turismo de saúde e o turismo
de negócios estão entre os tipos de turismo mais praticados no Brasil.
Em 2019 mais de 6 milhões de pessoas vieram de outros lugares do mundo para o Brasil na condição
de turistas. Com a pandemia de covid-19, esse valor caiu para a metade em 2022.
Estima-se a plena recuperação do setor de turismo no Brasil em 2023, com receita equivalente a quase
8% do PIB nacional.
Rio de Janeiro (RJ), Foz do Iguaçu (PR), Salvador (BA) e o Jalapão (TO) são alguns dos lugares turís-
ticos do Brasil.
Problemas como a falta de segurança, a violência urbana, a infraestrutura precária e a barreira linguís-
tica afetam a demanda por turismo no Brasil.
O Ministério do Turismo (MTur) é o órgão do governo federal que tem como finalidade incentivar, pro-
mover e fiscalizar o turismo no Brasil.
O turismo no Brasil é importante para a cultura, para a geração de empregos, para o dinamismo eco-
nômico e para a atração de maiores investimentos no país e nas diversas regiões e cidades turísticas
do país.
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TURISMO NO BRASIL
"Turismo é uma atividade econômica caracterizada pelo deslocamento de uma pessoa ou de um grupo
de pessoas de seu ambiente familiar em direção a outra localidade (cidade, estado ou país) com o
objetivo de satisfazer necessidades pessoais ou de negócios.
Para além do deslocamento propriamente dito, o turismo engloba também todas as atividades, pas-
seios, serviços e os gastos que são realizados no percurso e no lugar de destino.
A definição acima apresentada vai de encontro ao entendimento do que é o turismo pela Organização
Mundial do Turismo (OMT), que é a agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU).
Saiba mais sobre o que é turismo clicando aqui.
O Brasil é um dos maiores e mais populosos países, dotado de belezas naturais que se tornaram o
cartão-postal do país e atraem a visita de pessoas de todos os lugares do mundo, sem contar o turismo
doméstico. A população do país, a enorme diversidade cultural que é encontrada no território brasileiro
e as festas populares que são realizadas em diferentes épocas do ano e em várias regiões do Brasil,
como o Carnaval, o Festival de Parintins e o São João, são igualmente atrativos para os visitantes
nacionais e internacionais.
Embora o país apresente um enorme potencial turístico, ele não integra a lista dos destinos mais pro-
curados do mundo. O país é, hoje, o terceiro mais visitado da América Latina e o sexto de todo o
continente americano, ficando atrás de destinos como o México e a Argentina.
Ainda que o turismo internacional tenha apresentado crescimento muito recente no Brasil, a principal
forma de turismo que acontece é o turismo doméstico, que é aquele realizado pelas pessoas do próprio
país dentro das fronteiras territoriais brasileiras. Além disso, dados mais recentes divulgados pelo IBGE
mostram que o turismo no Brasil é caracterizado pelas viagens de curta duração, especialmente quando
as viagens são feitas por motivos que não envolvem trabalho ou negócios.
A atividade turística pode ser categorizada em diferentes tipos, e não somente em turismo doméstico
e turismo internacional. Os principais tipos de turismo que são identificados no Brasil são os seguintes:
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TURISMO NO BRASIL
Turismo de lazer ou recreação: é a forma de turismo mais praticada no Brasil, confundindo-se também
com o turismo cultural. Realizado tanto pelos visitantes internacionais quanto pelos visitantes domésti-
cos, que buscam lugares para se divertir e descansar em outras partes do país. Destinos como o Rio
de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Fernando de Noronha (PE) e Maragogi (AL) estão entre os principais.
Turismo cultural: é a forma de turismo realizada com o propósito de se entrar em contato com uma
nova cultura ou descobrir os aspectos culturais de determinada região, cidade ou estado. Em lugares
históricos como Ouro Preto (MG) e Paraty (RJ), por exemplo, é possível conhecer um pouco do pas-
sado colonial e imperial do Brasil entrando em contato com a arte, com a arquitetura e com lugares que
foram levantados nesse período.
Ecoturismo: é o tipo de turismo que tem ganhado cada vez mais adeptos no país, visa a exploração
sustentável dos ambientes naturais, parques ecológicos e paisagens. Destinos para essa prática não
faltam no Brasil, como o Pantanal, a Amazônia, a Chapada Diamantina (BA), a Chapada dos Veadeiros
(GO), Bonito (MS) e Lençóis Maranhenses, por exemplo.
Turismo religioso: é o tipo de turismo praticado por fiéis com a finalidade de peregrinação religiosa ou
visita a templos e festividades. O Círio de Nazaré, em Belém (PA), a Lavagem do Bonfim (BA) e cidades
como Aparecida do Norte (SP) e Trindade (GO) são exemplos de celebrações e cidades, respectiva-
mente, que atraem muitos turistas com esse propósito.
Turismo de negócios: é o tipo de turismo praticado com a finalidade de fechar contratos de investimento,
de trabalho, participar de reuniões de trabalho, trocas comerciais e outros propósitos relacionados com
o mundo das finanças e dos negócios. Comum em grandes centros financeiros e políticos, como São
Paulo (SP) e Brasília (DF), por exemplo.
Entre 2018 e 2019, o Brasil recebeu cerca de 6 milhões de turistas estrangeiros por ano, os quais
vieram principalmente por via aérea, conforme mostram dados do Ministério do Turismo. A maior par-
cela desses visitantes eram oriundos dos países vizinhos, isto é, dos países da América do Sul, com
destaque para a Argentina. O período entre 2020 e 2021 foi marcado pela pandemia, e em 2022 o
Brasil recebeu apenas 3,6 milhões de turistas estrangeiros, metade da média anterior.
Acredita-se que o ano de 2023 seja o ano da retomada definitiva do setor, tendo em vista que somente
nos três primeiros meses o Brasil já havia recebido mais de 2,3 milhões de turistas estrangeiros. A
renda que o movimento pode arrecadar é de 7,8% do PIB nacional, indicando um aumento significativo
com relação aos períodos precedentes.
Considerando os dados da OMT e do Ministério do Turismo, temos que os dez países que mais enviam
turistas para o Brasil são os seguintes:
Argentina;
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TURISMO NO BRASIL
Estados Unidos;w
Chile;
Paraguai;
Uruguai;
França;
Itália;
Reino Unido;
Espanha;
Portugal.
O Brasil é um país com um imenso potencial para o turismo, por motivos muito variados que vão desde
as paisagens naturais do país até as manifestações culturais típicas da população brasileira.
Entretanto, existem alguns problemas estruturais no Brasil que afetam o turismo no país, como a vio-
lência urbana, a falta de segurança de um modo geral, a precariedade dos transportes e dos demais
serviços atrelados ao turismo.
A distância para com os principais centros emissores de turistas do mundo e o idioma falado no Brasil,
que representa uma barreira linguística para muitos estrangeiros, é, também, um ponto que impede o
maior desenvolvimento do setor no país, conforme explica a professora Mariana Aldrigui Carvalho em
reportagem do Jornal da USP.
A maneira como o Brasil é visto no exterior e a forma como as relações diplomáticas são estabelecidas
podem, igualmente, minar a entrada de visitantes internacionais no país.
O Ministério do Turismo (MTur) é o órgão do governo federal que tem como principais finalidades:
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TURISMO NO BRASIL
desenvolvimento de políticas nacionais que pensem no turismo enquanto uma atividade econômica
sustentável que afeta de maneira direta e indireta a geração de empregos e os investimentos que in-
gressam no território nacional;
O MTur foi criado no ano de 2003 por meio de uma medida provisória e oficializado, no mesmo ano,
pela Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, referente à organização ministerial do país.
Além de possuir grande importância cultural, o turismo no Brasil é uma atividade de grande relevância
para a economia do país, haja vista a receita que todos os serviços atrelados a ele geram para o terri-
tório nacional.
Soma-se a isso a geração de empregos em setores variados, como transporte, hospedagem e alimen-
tação, que o crescimento do turismo ocasiona no Brasil, tornando dinâmica também a economia do
circuito inferior, que compreende o comércio e os estabelecimentos localizados.
A infraestrutura que atende a população pode receber melhorias por causa do turismo, como o asfal-
tamento de vias, a iluminação das ruas e o incremento de segurança pública, o que acontece em áreas
em que há o incentivo a essa atividade.
O turismo é uma atividade muito antiga no Brasil e que se desenvolve desde quando o país ainda
mantinha vínculos coloniais com Portugal.
Com o surgimento da propaganda, a promoção do Brasil enquanto destino turístico ganhou forças e
passou por diversas fases desde a década de 1930 até a década de 1970, o que se intensificou com
incremento dos serviços de infraestrutura no território nacional e com o estabelecimento, em 1966, da
Embratur, que é a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo.
O final do século XX foi um período de bastante instabilidade política e econômica do Brasil, afetando
as atividades relacionadas ao turismo.
O cenário econômico fez com que, apesar da intensa entrada de turistas estrangeiros no país, as re-
ceitas ficassem muito abaixo das despesas geradas nesse setor|2|. De acordo com o Banco Mundial,
o número de turistas saltou de 1,9 milhão em 1995 para 4,8 milhões apenas dois anos mais tarde.
Nos anos 2000, o Brasil começou a receber mais de 5 milhões de turistas ao ano, com queda em 2002
e rápida recuperação nos períodos posteriores, principalmente a partir de 2003.
Foi no ano de 2003 que o MTur foi oficialmente instalado no país, ficando responsável por cuidar ex-
clusivamente de questões atreladas ao turismo. Suas atribuições se mantêm, e hoje, entre suas mis-
sões, está a promoção de um turismo sustentável e mais inclusivo.
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TURISMO NO BRASIL
Nos primeiros quatro meses de 2023, o turismo representou um ingresso de mais de 10 bilhões de
dólares na economia brasileira.
São Paulo, Minas Gerais e Bahia foram os principais estados de destino dos turistas domésticos do
Brasil em 2021, segundo o IBGE.
O Carnaval é a festa popular brasileira que mais atrai a visita de turistas estrangeiros.
75% dos domicílios brasileiros considerados na Pnad do IBGE têm pelo menos uma pessoa que reali-
zou uma viagem no ano de 2021.
O lazer e a visita a parentes e amigos são as principais causas de turismo dos brasileiros.
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FONTES DE ENERGIA
Fontes De Energia
As fontes de energia são recursos naturais ou artificiais utilizados pela sociedade para produção de
algum tipo de energia. A energia, por sua vez, é utilizada para propiciar o deslocamento de veículos,
gerar calor ou produzir eletricidade para os mais diversos fins.
As fontes de energia também possuem relação com questões ambientais, pois, dependendo das for-
mas de utilização dos recursos energéticos, graves impactos sobre a natureza podem ser ocasionados.
Conforme a capacidade natural de reposição de recursos, as fontes de energia podem ser classificadas
em renováveis e não renováveis.
As fontes renováveis de energia, como o próprio nome indica, são aquelas que possuem a capacidade
de serem repostas naturalmente, o que não significa que todas elas sejam inesgotáveis. Algumas delas,
como o vento e a luz solar, são permanentes, mas outras, como a água, podem acabar, dependendo
da forma como são usadas pelo ser humano.
Vale lembrar que nem toda fonte renovável de energia é limpa, ou seja, está livre da emissão de polu-
entes ou de impactos ambientais em larga escala.
Energia Eólica
Basicamente, os ventos ativam as turbinas dos aerogeradores, fazendo com que os geradores conver-
tam a energia mecânica produzida em energia elétrica.
Atualmente, a energia eólica não é tão difundida no mundo em razão do alto custo de seus equipamen-
tos. Todavia, alguns países, como Estados Unidos, China e Alemanha, já vêm adotando esse recurso
substancialmente. As principais vantagens dessa fonte de energia são a não emissão de poluentes na
atmosfera e os baixos impactos ambientais.
Energia Solar
A energia solar é o aproveitamento da luz do sol para gerar eletricidade e aquecer a água para uso. É
também uma fonte inesgotável de energia, haja vista que o Sol – ao menos na sua configuração atual
– existirá por bilhões de anos.
Há duas formas de aproveitamento da energia solar: a fotovoltaica e a térmica. Na primeira forma, são
utilizadas células específicas que empregam o “efeito fotoelétrico” para produzir eletricidade. A segunda
forma, por sua vez, utiliza o aquecimento da água tanto para uso direto quanto para geração de vapor,
que atuará em processos de ativação de geradores de energia.
É importante lembrar que podem ser utilizados também outros tipos de líquidos. Em razão dos elevados
custos, a energia solar ainda não é muito utilizada. Todavia, seu aproveitamento vem crescendo gra-
dativamente, tanto com a instalação de placas em residências, indústrias e grandes empreendimentos
quanto com a construção de usinas solares especificamente voltadas para a geração de energia elé-
trica.
Energia Hidrelétrica
A energia hidrelétrica corresponde ao aproveitamento da água dos rios para movimentação das turbi-
nas de eletricidade. No Brasil, essa é a principal fonte de energia elétrica, ao lado das termoelétricas,
haja vista o grande potencial que o país possui em termos de disponibilidade de rios propícios para a
geração de hidroeletricidade.
Nas usinas hidrelétricas, constroem-se barragens no leito do rio para represamento da água que será
utilizada no processo de geração de eletricidade. Nesse caso, o mais aconselhável é que as barragens
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FONTES DE ENERGIA
sejam construídas em rios que apresentem desníveis em seus terrenos a fim de diminuir a superfície
inundada.
Por isso, é mais recomendável a instalação dessas usinas em rios de planalto, embora também seja
possível instalá-las em rios de planícies, porém com impactos ambientais maiores.
Biomassa
Isso significa que, desde que seja controlado, seu uso é sustentável por não alterar a macrocomposição
da atmosfera terrestre.
Os biocombustíveis, de certa forma, são considerados um tipo de biomassa, pois também são produ-
zidos a partir de vegetais de origem orgânica para geração de combustíveis. O exemplo mais conhecido
é o etanol produzido da cana-de-açúcar, mas podem existir outros compostos advindos de vegetais
distintos, como a mamona, o milho e muitos outros.
A energia das marés – ou maremotriz – é o aproveitamento da subida e da descida das marés para
produção de energia elétrica. Funciona de forma relativamente semelhante a de uma barragem comum.
Além das barragens, são construídas eclusas e diques que permitem a entrada e a saída de água
durante as cheias e as baixas das marés, propiciando a movimentação das turbinas.
As fontes não renováveis de energia são aquelas que poderão esgotar-se em um futuro relativamente
próximo. Alguns recursos energéticos, como o petróleo, possuem seu esgotamento estimado para al-
gumas poucas décadas, o que eleva o caráter estratégico desses elementos.
Combustíveis Fósseis
A queima de combustíveis fósseis pode ser empregada tanto para o deslocamento de veículos quanto
para a produção de eletricidade em estações termoelétricas. Os três tipos principais são petróleo, car-
vão mineral e gás natural, mas existem muitos outros, como a nafta e o xisto betuminoso.
Os combustíveis fósseis são as fontes de energia mais importantes e disputadas pela humanidade no
momento. Segundo a Agência Internacional de Energia, cerca de 81,63% de toda a matriz energética
global advém dos três principais combustíveis fósseis citados acima.
Essas fontes representam 56,8% da matriz energética brasileira. Assim, muitos países dependem da
exportação desses produtos, enquanto outros tomam medidas geopolíticas para consegui-los.
Outra questão bastante discutida a respeito dos combustíveis fósseis refere-se aos altos índices de
poluição gerados por sua queima. Muitos estudiosos apontam que eles são os principais responsáveis
pela intensificação do efeito estufa e pelo agravamento dos problemas vinculados ao aquecimento glo-
bal.
Na energia nuclear – também chamada de energia atômica –, a produção de eletricidade ocorre por
intermédio do aquecimento da água, que se transforma em vapor e ativa os geradores. Nas usinas
nucleares, o calor é gerado em reatores a partir da fissão nuclear do urânio-235, um material altamente
radioativo.
Embora as usinas nucleares sejam menos poluentes do que outras estações semelhantes, como as
termoelétricas, são alvo de muitas polêmicas, pois o vazamento do lixo nuclear produzido e a ocorrência
de acidentes podem gerar graves impactos e muitas mortes.
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FONTES DE ENERGIA
No entanto, com a emergência da questão sobre o aquecimento global, seu uso vem sendo reconside-
rado por muitos países.
Cada tipo de energia apresenta suas vantagens e desvantagens. No momento, não há nenhuma fonte
que se apresente absolutamente mais viável que as demais. Algumas são baratas e abundantes, mas
geram graves impactos ambientais; outras são limpas e sustentáveis, mas inviáveis financeiramente.
O mais aconselhável é que exista, nos diferentes territórios, uma diversidade nas matrizes energéticas
para que se atenuem os problemas. No entanto, isso não acontece no Brasil e em boa parte dos demais
países.
1. Fontes Renováveis
Fonte
de ener- Vantagem Desvantagem
gia
Energia É uma fonte de energia limpa, Provoca danos ambientais, impactando a biodiversidade
hidrelé- com baixo custo operacional e e a população residente no local de construção das usi-
trica renovação a curto prazo. nas.
Fonte
de ener- Vantagem Desvantagem
gia
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FONTES DE ENERGIA
Possuem alta eficiência energética: sua O uso intenso desse tipo de fonte de energia
Com- queima libera grandes quantidades de ener- tem provocado redução relevante dos reser-
bustí- gia. Apresenta facilidade na localização de vatórios. A queima desses combustíveis libera
veis fós- reservatórios, na extração e no processa- gases poluentes à atmosfera, levando à dani-
seis mento. Por isso, são mais baratos do que as ficação da camada de ozônio e à intensifica-
fontes alternativas de energia. ção o aquecimento global.
O uso dessa fonte de energia não libera ga- É uma energia cara em relação às outras fon-
Energia
ses de efeito estufa e não depende de fato- tes energéticas. Seu uso apresenta alto po-
nuclear
res climáticos para viabilizar seu uso. tencial de risco de acidentes nucleares.
Cerca de 42% da produção da matriz energética brasileira é proveniente de fontes renováveis de ener-
gia, como uso de biomassa, etanol, recursos hídricos, energia solar e energia eólica. Sendo assim, a
matriz energética brasileira é mais renovável que a matriz mundial, que se baseia, principalmente, no
uso de combustíveis fósseis para produção de energia.
Dessa forma, pode-se dizer que, se comparado aos outros países, o Brasil emite menos gases de efeito
estufa.
Existem, hoje, no Brasil, 536 usinas eólicas, nas quais funcionam cerca de 6,6 mil cataventos, número
que coloca o Brasil como líder na América Latina nesse tipo de produção de energia. Contudo, a prin-
cipal fonte de energia do Brasil ainda é proveniente das usinas hidrelétricas, que representam, aproxi-
madamente, 64% do potencial elétrico do país.
A produção de energia proveniente do uso de biomassa corresponde a cerca de 9,2% da matriz ener-
gética brasileira, já a eólica representa em torno de 8,5% da matriz.
As fontes de energia, também chamadas de fontes energéticas, podem ser utilizadas no funcionamento
de máquinas, aparelhos eletrônicos, transportes, iluminação e muitos outros. Alguns exemplos são:
energias originárias do sol, da água, do petróleo e do carvão.
Energia é a capacidade de produzir um trabalho ou realizar uma ação. O termo vem da junção das
palavras gregas “en” (em) e “ergos” (trabalho, ação).
Sendo consideradas uma opção sustentável para o futuro do País, as fontes de energia renováveis,
como a solar, eólica, hidrelétrica, biomassa e maremotriz, são inesgotáveis e contribuem para a dimi-
nuição dos impactos ambientais. Também existem as energias de origem não renováveis que, embora
sejam prejudiciais ao meio ambiente, ainda são amplamente utilizadas, tais como biogás, petróleo,
carvão mineral e gás natural.
Energia Solar
Gerada por meio dos raios solares e convertida pelos painéis solares do sistema fotovoltaico, a energia
solar transforma energia solar em energia elétrica por meio do inversor solar. Sendo assim, ela conta
com uma opção viável, visto que o seu recurso natural opera todos os dias, apenas com uma capaci-
dade menor em dias chuvosos.
Energia Eólica
No caso da energia eólica, a força dos ventos gera energia elétrica por meio dos aerogeradores, equi-
pamento utilizado para a conversão de modo simples, rápido e não poluente.
Energia Hidrelétrica
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FONTES DE ENERGIA
A energia hidrelétrica é gerada por meio da água dos rios e é produzida, principalmente, por meio de
centrais hidroelétricas associadas a barragens de grande ou média capacidade, sendo um recurso
natural e inesgotável.
Energia De Biomassa
Já a energia de biomassa conta com a queima de matérias orgânicas, como o bagaço da cana-de-
açúcar, madeira e óleos vegetais, para a geração de energia.
A partir das marés e das ondas, as energias maremotriz e ondomotriz geram energia elétrica de ma-
neira sustentável, necessitando apenas de uma central próxima aos oceanos.
Apesar de estarem presentes em grande quantidade no Brasil, se esgotadas, essas fontes não poderão
ser reconstituídas. São, inclusive, fontes de energia prejudiciais à natureza, visto que emitem diversos
gases poluentes e contribuem para a emissão de gases de efeito estufa.
Petróleo
Muito utilizado na produção da gasolina, que é, por sua vez, utilizada como combustível na maioria dos
automóveis, o petróleo é composto por uma mistura de substâncias oleosas e inflamáveis que são
responsáveis por grande parte da poluição dos mares.
Biogás
Sendo constituído por material inflamável, o biogás é produzido por meio da composição de dióxido de
carbono e metano, pela combinação de bactérias fermentadoras de matéria orgânica. Sua utilização
pode ser prejudicial, no caso da não digestão dos resíduos por micro-organismos em biodigestores
para diminuir os impactos ambientais.
Gás Natural
Embora seja possível controlar seus riscos, o gás natural apresenta perigo em relação à probabilidade
de incêndio, explosão ou asfixia. Seu material é composto por derivados de combustíveis fósseis.
Carvão Mineral
Energia Nuclear
No caso da energia nuclear, o urânio e o tório são recursos utilizados nesse tipo de geração de energia.
Ao contrário dos combustíveis fósseis, eles não liberam gases de efeito estufa, porém possuem alto
risco de gerar acidentes nucleares. Além disso, a energia nuclear atua independentemente de fatores
climáticos e possui um alto custo de geração.
Energias alternativas: são geradas por processos que não utilizam combustíveis fósseis;
Energias limpas: não liberam gases poluentes (como) durante o processo de produção;
Energias sustentáveis: são geradas levando em conta o desenvolvimento social e econômico aliados
à preservação do meio ambiente.
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FONTES DE ENERGIA
Existem energias que se enquadram em mais de uma categoria. Veja a tabela abaixo:
O Brasil, além de ter um forte potencial na utilização destes tipos de energia, tem trabalhado para o
crescimento na produção de energia elétrica a partir destas fontes. Desta forma, elas contribuem para
que os impactos ambientais sejam cada vez menores
O Brasil, conta com 42% da nossa matriz energética entre fontes de energia renováveis, limpas, sus-
tentáveis e alternativas. Este número tende a crescer, visto que a energia solar, eólica e hidrelétrica
estão em constante aproveitamento e tornando-se cada vez mais acessíveis aos brasileiros. A matriz
energética brasileira é mais renovável que a matriz mundial, que ainda prioriza o uso de combustíveis
fósseis.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Para entendermos como funciona o processo de transporte de cargas no Brasil precisamos, antes de
tudo, perceber que o principal objetivo de uma gestão de logística de distribuição é disponibilizar a
quantidade de mercadorias certa, no momento e no lugar certo. Além disso, é preciso otimizar proces-
sos para que as operações sejam rentáveis e lucrativas para as empresas.
Entregar as mercadorias vendidas, seguindo todas as normas de proteção, qualidade e dentro do prazo
combinado com o cliente, é essencial para uma empresa que necessita desse tipo de serviço. Manter-
se atento a eventuais melhorias dos processos de distribuição e translação de um ponto a outro pode
ser útil, assim como, escolher as melhores e mais confiáveis empresas de transporte para efetuar o
serviço.
Administração Do Transporte
Para que o serviço tenha um desempenho satisfatório, a análise de custos, escolha da transportadora,
assim como verificação da estrutura necessária, são fatores fundamentais. Nessa etapa, é necessária
uma boa administração para que o serviço seja eficaz e eficiente e, por isso, é normal que haja várias
negociações entre empresa e transportadora. É importante optar sempre por aquele transporte confiá-
vel, ágil e que ofereça mais vantagens para o cliente.
Conferência Da Carga
Após a expedição, que é a etapa final dentro de um Centro de Distribuição, é preciso conferir as cargas
em quantidade e tipo. Erros nessa etapa de conferência podem resultar em devoluções, que geram
prejuízos tanto para o distribuidor quanto para o varejista. No caso de uma carga perecível, por exem-
plo, os cuidados com o transporte e, principalmente, com a conferência é ainda maior, já que deve-se
que atentar ao prazo de validade do produto.
Roteirização Da Entrega
O transporte deve ser bem planejado para não gerar prejuízos para a empresa. O momento da entrega
tem papel fundamental no aproveitamento de recursos de transporte, e nesse caso, deve-se considerar
custos, prazos e qualidade. Os distribuidores, então, estão apostando em roteirizadores inteligentes
capazes de identificar as melhores rotas, ou seja, aquelas com menor tempo, distância e qualidade.
Controle Do Transporte
Fazendo o controle logístico, a empresa otimiza o processo, ganhando rapidez nas operações e au-
mentando o controle financeiro, de qualidade e de confiabilidade. Empresas que fazem a gestão desse
processo podem controlar todo o ciclo de contratação de transportes, incluindo a cotação e negociação.
Existem ferramentas no mercado que permitem o monitoramento de todo o processo, como conferência
das faturas, ocorrências de atraso, baixa das entregas, confirmação do embarque entre outras infor-
mações.
Grandes volumes de cargas chegam aos centros de consolidação por vários tipos de transporte, porém
com destinos finais diferentes. Nesta etapa ocorre, então, o descarregamento e a roteirização dessas
cargas. Na grande maioria das vezes, os veículos pesados são descarregados e as mercadorias, após
serem roteirizadas, são carregadas em veículos menores.
Análise De Indicadores
Os indicadores de desempenho logístico servem para avaliar e medir o nível de desempenho de pro-
cessos e devem atender a estratégia e meta dos distribuidores. Os indicadores principais no ambiente
de distribuição incluem tempo em trânsito, devoluções, exatidão das notas de transporte e pontualidade
das entregas.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Saber como estruturar esses sistemas de distribuição de forma que atendam de forma econômica os
mercados de todo o país não é tarefa fácil e necessita pesquisa por parte do cliente, além de respon-
sabilidade por parte da transportadora. Escolha sempre a empresa de transporte de cargas que mais
lhe traz confiança e vantagens no processo.
O gestor deve se empenhar no controle de todos os processos de sua empresa. Sem manter o devido
monitoramento sobre o desenvolvimento e o alcance das operações, pode-se não obter resultados
positivos e, eventualmente, perder lucros e gastar mais.
Em relação a certos setores, como o das operações logísticas, a ineficiência pode gerar custos muito
altos e comprometer a qualidade dos resultados. Por essa razão, vale a pena aplicar boas estratégias
para otimizar os processos de transporte e logística.
O planejamento é, sem dúvida, o ponto de partida para gerenciar transporte e logística. Ele envolve
todos os procedimentos relacionados aos processos visando aperfeiçoá-los, torná-los mais eficientes
e ágeis e, inclusive, mais econômicos.
É importante manter o equilíbrio entre os recursos e as demandas da empresa, pois só assim o empre-
endimento poderá se desenvolver solidamente, com boas perspectivas de crescimento. As estratégias
devem estar alinhadas aos objetivos e ao perfil do negócio, com metas bem definidas e realistas.
No que se refere ao transporte em especial, o gestor precisa planejar seu sistema de fretes, definindo
suas entregas para evitar custos a mais e perdas de tempo e de materiais. O sistema de fretes deve
ser determinado a partir de considerações sobre o modo de distribuição, locais onde serão realizadas
as entregas, os modais mais viáveis conforme a região e assim por diante.
O mapeamento dos processos internos de transporte e logística também faz parte do planejamento,
reunindo informações sobre todas as operações necessárias desde o início da cadeia de suprimentos
até a entrega do material ao destinatário final.
O planejamento permite que o gestor seja proativo e antecipe-se aos problemas, evitando-os ou agili-
zando sua resolução no tempo mais curto possível.
É necessário conhecer quais os produtos que vendem mais e diferenciá-los daqueles que têm baixa
demanda. O controle sobre o que entra e o que sai do estoque é fundamental para garantir a eficiência
dos processos de transporte e logística.
Nesse sentido, é preciso recorrer ao inventário periódico ou diário (escolhendo um produto específico
para cada dia), considerar o nível de demanda e a sazonalidade.
Analisando esses aspectos, o gestor terá condições de aplicar os recursos da empresa com segurança,
planejando-se para os investimentos e, acima de tudo, conseguindo satisfazer o cliente no atendimento
dos pedidos (demanda e entrega).
Quando a empresa não dispõe de recursos tecnológicos suficientes, a tendência é que os processos
de transporte e logística não sejam executados com a eficiência esperada, ficando aquém das expec-
tativas.
O sistema automatizado permite a integração entre todos os setores da organização, possibilitando que
se façam consultas ao estoque por meio de alguns cliques. Além disso, é possível gerenciar o fluxo de
caixa, otimizando a gestão financeira e emitir notas fiscais e notas de serviço.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
O monitoramento das rotas assegura o cumprimento dos prazos e também permite a proatividade do
gestor, uma qualidade que está sendo muito requerida dos empreendedores no mercado moderno.
Uma boa parceria com fornecedores permite ao gestor um controle otimizado de estoque, evitando que
ele fique com poucos produtos ou com itens em excesso. Os fornecedores podem ajudar bastante sua
empresa, contribuindo para aprimorar os fluxos logísticos.
Uma estratégia usada por alguns gestores é entregar o gerenciamento do armazém e dos estoques
aos fornecedores de modo que seja mantido o equilíbrio dos itens estocados, sem prejuízos para o
empreendimento.
Uma das atitudes que um fornecedor pode ter em relação à empresa-cliente é realizar pedidos auto-
máticos todas as vezes que a quantidade de itens no estoque chegar ao ponto de pedido. Poderá
também sugerir opções mais apropriadas de deslocamento das mercadorias.
É importante também integrar sua equipe de forma efetiva aos processos de transporte e logística.
Assim, os colaboradores acessarão todos os dados necessários e participarão de todas as etapas da
cadeia de suprimentos.
O gestor deve integrar as projeções de vendas a etapas como planejamento das operações, custos
orçamentários, fluxo de caixa, investimentos. O plano de ações será, dessa forma, unificado e com-
pleto.
Outra estratégia que vem sendo usada com êxito por diferentes empresas é a terceirização de deter-
minadas operações logísticas, como armazenagem e transporte.
Quando a empresa terceiriza os serviços de entrega, tende a reduzir custos a médio e longo prazo e a
aumentar a eficiência. Reduzem-se riscos na acomodação da carga no veículo e nas rotas. O mais
importante é que os prazos acabam sendo cumpridos com pontualidade e agradando o cliente.
O gestor pode, inclusive, recorrer ao serviço moderno e inovador de transportadora sem frota própria
com tecnologia avançada. Por meio da tecnologia oferecida pela transportadora sem frota própria, é
possível localizar os profissionais mais indicados para o transporte de sua carga, considerando critérios
como proximidade entre o motorista e sua empresa, rota mais adequada, mais experiência profissional,
prazo de entrega, melhores preços e assim por diante.
Trata-se de um sistema vantajoso em que ganha a empresa que contrata os serviços e ganha o moto-
rista que os realiza — a empresa ganha tendo suas necessidades atendidas e conseguindo até preços
melhores devido à variedade de opções e o motorista também ganha, encontrando sempre novos cli-
entes e evitando retornar de uma viagem com o caminhão vazio.
Vender online sem pensar na logística para e-commerce é condenar o seu negócio a fechar em pouco
tempo. Afinal, a logística é o conjunto de atividades organizacionais e de gestão que, em uma empresa,
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
regulam o fluxo de materiais (e suas relativas informações), desde a compra de fornecedores até a
entrega dos produtos finalizados aos clientes.
Embora a logística seja um ramo administrativo comum ao varejo, no e-commerce ela possui algumas
peculiaridades. Acompanhe o post de hoje e entenda como funcionam os processos de logística para
e-commerce!
Alguns elementos fundamentais devem ser levados em conta. Separamos alguns deles:
Ter diferenças mínimas entre o estoque existente e aquele que é oferecido ao cliente é uma pré-con-
dição da qual muitos gestores se esquecem. Isso serve para evitar que um cliente, em vez de receber
suas mercadorias encomendadas, receba um e-mail dizendo que o produto solicitado está em falta.
Essa situação quebra a confiança do cliente com a sua loja, pois, imediatamente, ele pensará que o
seu negócio é desorganizado. E hoje qualquer erro é fatal, pois o seu concorrente está a apenas alguns
cliques de você.
Outro fator positivo de se ter alguns itens a mais no estoque é que, algumas vezes, o produto pode
estar avariado e você precisar fazer a troca para o cliente (logística reversa).
• mantenha um estoque mínimo para evitar a venda de produtos quando estiverem acabando as uni-
dades;
• não deixe as coisas ao acaso, realize verificações e controles regulares também sobre a conformi-
dade do produto.
Ter uma boa codificação dos produtos a venda é essencial para levar as mercadorias ao potencial
cliente de modo que sejam facilmente reconhecíveis e escolhidas com facilidade.
• faixa de preço;
• entre outros.
Todo produto tem seu próprio ciclo de vida. Há aqueles que precisam ser rapidamente reabastecidos,
aqueles que possuem vendas dispersas e periódicas, outros que necessitam de um longo tempo de
preparação, mas que são comercializados rapidamente, e produtos que não vendem.
Preços, descontos, oportunidades de venda e queima de estoque fazem parte de todos esses elemen-
tos que devem ser atentamente considerados.
Uma coisa é gerir 20 vendas na semana, outra coisa bem diferente é gerir 200 vendas num único dia.
Os erros estarão sempre à espreita se a gestão não for cuidadosa e se não for feito o uso de ferramen-
tas administrativas adequadas para o inventário.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Relação de pacotes, seleção dos produtos, controle da conformidade, embalagem, entre outros. Cada
etapa é passível de se cometer erros que podem ser fatais.
Em geral, fique atento ao processo de recebimento, entrada e armazenagem. É aqui que falhas podem
acontecer como por exemplo:
Uma vez que o produto seja confiado à transportadora, ela se torna a responsável pela entrega. Mas,
aos olhos do cliente que pagou pela mercadoria, a responsabilidade é sempre do vendedor.
A escolha da transportadora correta é muito importante e devem ser avaliadas diversas condições. Por
se tratar de um serviço terceirizado e ter certas garantias diante de um pagamento, você precisa apren-
der a solicitar as informações corretas, a contratar e a avaliar a qualidade do serviço.
Esse também é um tópico importante, pois a embalagem é que vai armazenar o produto enquanto ele
é transportado:
• o custo do transporte é baseado na relação peso/volume, o que significa que você deve estudar a
embalagem ideal para cada objeto;
• lembre-se de que a embalagem também “conversa” com o cliente; ela mostra sua marca e também
deve ser considerada um instrumento de marketing.
Há múltiplos e diferentes modelos básicos de uma cadeia logística para e-commerce, de complexida-
des e funcionamentos diversos.
Vamos abordar o funcionamento dos três modelos fundamentais: Dropshipping, In House e Outsour-
cing.
1. Dropshipping
O dropshipping é o modelo de vendas em que o comerciante vende um produto a um cliente final sem,
no entanto, possuí-lo no seu próprio estoque.
Nesse modelo de gestão de logística para e-commerce, a loja do vendedor se ocupa somente da pu-
blicidade do produto, sem precisar administrar todas as tarefas relacionadas à embalagem, ao trans-
porte e a outras ações típicas de logística.
A vantagem do Dropship é justamente a de o e-commerce não precisar ter um estoque próprio, o que
pode diminuir radicalmente os seus custos e investimentos. Essa modalidade é boa para quem está
iniciando.
A sua desvantagem, por outro lado, é que você não possui controle da gestão de estoque e de logística,
tornando-se dependente do fornecedor para a entrega do produto ao cliente.
2. In House
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Ao longo dos processos de logística, portanto, em que o vendedor utiliza sua própria infraestrutura de
armazenamento, de tecnologia de informação e de serviço ao consumidor para entregar os produtos
aos compradores.
Não obstante a gestão de um sistema In House ser muito mais complexa e exigir altos investimentos,
que somente grandes e estruturadas empresas possuem, ter o controle total da logística oferece algu-
mas vantagens fundamentais.
A principal delas é o controle total, e o vendedor é responsável pela qualidade do relacionamento com
os clientes.
Além disso, ao controlar tudo, você tem a capacidade de garantir uma visibilidade completa de todas
as etapas e, assim, maximizar o seu valor mediante a criação de ferramentas próprias direcionadas às
suas necessidades.
3. Outsourcing
Nem todos podem arcar com as despesas de um transporte próprio, assim como nem todos podem
pagar por um armazém de estoque. São frequentes os casos em que o estoque é confiado a um ter-
ceiro, com todas as operações relacionadas.
Esse modelo de logística para e-commerce permite que o vendedor se concentre nos processos fun-
damentais do seu negócio: o seu próprio site, o marketing, o relacionamento com os clientes, entre
outros.
Gerenciar a logística de transportes pode trazer mais resultados do que você imagina.
Sabia que, em média, 60% das despesas logísticas de uma empresa são destinadas aos transportes?
Em alguns segmentos, isso pode significar duas a três vezes o lucro da empresa. Como a logística de
transportes colabora na diminuição dos custos logísticos de uma empresa?
Quando estamos envolvidos na produção e distribuição de mercadorias, dificilmente paramos para pen-
sar no consumidor final, aquele que irá receber e utilizar o produto que estamos produzindo.
A seguir, você verá de que maneira a logística de transportes poderá auxiliar sua empresa a suprir a
expectativa de seus clientes e assim, gerar novos negócios e melhores resultados.
Um Bom Planejamento Logístico Pode Trazer Resultados Incríveis Para Seu Negócio
O conceito básico de logística está atrelado à história do homem desde seu início. Ela sempre mostrou-
se imprescindível para a subsistência humana – e para o sucesso de diversos tipos de negócios.
A mesma eficiência dedicada à produção de produtos diversos, também é requerida para a distribuição
e venda. De nada adianta uma mercadoria ser produzida em tempo recorde, se ela demora semanas
ou até mesmo meses, para chegar às mãos do consumidor.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Para a gestão da cadeia de suprimentos funcionar de modo eficaz, a logística deve estar muito bem
configurada e operada de maneira exemplar. E um dos fatores mais importantes dentro das diversas
etapas logísticas é a logística de transporte.
Dentro dos diversos ramos de gestão, profissionais buscam sempre a melhor maneira de produzir mais
com menos esforço, gasto e no menor tempo possível.
Da mesma maneira, a logística de transportes se enquadra neste mesmo conceito. Seu papel é deter-
minar qual o modal de transporte ideal para cada tipo de negócio.
Modal é o tipo de transporte utilizado para o transporte de carga. Os principais modais de transporte
são o ferroviário, aeroviário, rodoviário, hidroviário e o dutário (feito através de dutos).
Assim, a logística de transporte determina qual o modal ideal para transportar determinada quantidade
de carga, com segurança, com o menor custo e o menor tempo possível.
Cada tipo de operação e de carga deverá se encaixar em um modal específico ou multimodais, e o que
é ideal para um tipo, pode não ser para o outro. Dessa forma, é trabalho da logística de transportes
garantir que o modal ou multimodais escolhidos reduza os custos de distribuição e aumente a margem
de lucros.
A logística de transportes deve garantir a entrega da carga com integridade, dentro do prazo estipulado
e dentro do menor custo possível.
Seja na qualidade da mercadoria ou agilidade nos processos, a tecnologia torna a rotina de diversos
segmentos muito mais eficiente e assertiva.
Essas facilidades buscam assegurar às duas pontas do processo que o material adquirido seja entre-
gue da melhor forma possível, no menor tempo possível e totalmente rastreável.
Hoje, já é possível acompanhar todo o caminho de um produto, desde seu envio até sua entrega ao
comprador. Catalogar, monitorar e acompanhar a carga traz segurança e ajuda a criar uma ótima rela-
ção de confiança com o cliente.
A tecnologia da informação auxilia diversos tipos de empresas com inovações na área de Logística.
Ferramentas extremamente específicas auxiliam desde o planejamento até o controle completo da ope-
ração.
É importante tratar a Logística com uma visão mais integrada de gestão. Estamos passando por perí-
odos turbulentos, economicamente falando, que geram impactos profundos em diversos setores da
indústria e comércio.
Dessa forma, a Logística deve ser devidamente contemplada no planejamento e estratégias de produ-
ção, auxiliando na diminuição do estoque, atendendo com rapidez e eficiência aos prazos cada vez
menores.
A escolha do modal ou multimodais mais adequados pode ser a chave para uma Logística de transporte
eficiente. Às vezes, um modal aeroviário pode ser mais caro, mas o valor que ele pode gerar para a
empresa e o retorno financeiro, com novas compras de um cliente satisfeito, podem valer mais a pena.
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É importante que um sistema que contemple a Logística integrada a setores como o Serviço ao Cliente,
estejam em conformidade. O cliente precisa ter, da forma mais rápida e fácil possível, as informações
de sua compra, enquanto ainda não a recebeu.
Muitos especialistas recomendam o uso de um único software de gestão para a cadeia de suprimentos.
Existem inúmeros segmentos de mercado, com diversos tamanhos de empresa. O custo de um único
software integrado pode ser extremamente alto para uns, ao passo que um único software pode não
suprir todas as necessidades de outro.
Por isso, é importante ter um planejamento e estratégia de negócio bem definida. Softwares integrados
ou serviços terceirizados, podem trazer ótimos resultados para seu negócio.
É necessária uma gestão qualificada, com conhecimento específico e atualizado acerca dos transpor-
tes, além de um cuidado permanente na segurança da frota, da mercadoria transportada e dos seus
operadores.
Aqui também entra a necessidade de uma estratégia e um planejamento que contemple a atualização
contínua e a qualificação dos responsáveis por cada etapa do processo de logística.
Falando no modal rodoviário (o mais operado no Brasil, chegando a contemplar mais de 60% da ope-
ração no país), os caminhões são o principal transporte utilizado e requerem atenção especial dos
responsáveis pelo setor.
A infraestrutura nacional de estradas é precária em sua maioria, fato que deve ser levado em conside-
ração desde o planejamento logístico.
Devem ser criados planos de manutenção preventiva e periódica para os veículos. Mecânica e elétrica
dos caminhões devem estar sempre em pleno funcionamento. Paradas não programadas representam
um dano físico e prejuízo financeiro.
A escolha do óleo lubrificante mais apropriado permite um maior intervalo entre trocas de óleo, o que
leva a redução de custos com: óleo, substituição de filtros, descarte de óleo usado, mão de obra e
paradas inesperadas de veículos. São custos que devem ser levados em consideração pois podem ser
o diferencial para garantir uma boa margem de lucro.
Além de garantir que a operação não seja prejudicada, esses planos asseguram a segurança dos ope-
radores e motoristas.
A escolha de produtos de qualidade, que colaborem para a manutenção e bom funcionamento do veí-
culo, é de extrema importância, pois irão garantir uma entrega rápida, eficiente e sem transtornos.
Conclusão
A Logística de Transportes é uma das principais atividades na cadeia de suprimentos. Incluí-la no pla-
nejamento da gestão é mais que recomendável, é essencial.
Desde a escolha do modal correto, que irá garantir a velocidade de entrega pelo menor custo e menor
tempo possível, a logística de transportes deve ser uma das principais fontes de geração de valor para
sua empresa, já que está totalmente relacionada à satisfação do cliente.
Esteja atento às principais inovações tecnológicas do setor. Investir em sistemas integrados e tecnolo-
gias capazes de diminuir o tempo entre produção e distribuição, pode trazer ótimos resultados a médio
e longo prazo.
Busque estar com sua frota sempre em conformidade com a legislação; crie planos de manutenção
constante. Isso garante a segurança dos seus operadores e assegura a permanência e continuidade
do seu negócio.
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Em nosso blog, você pode encontrar mais dicas de como gerir sua frota:
Segurança, economia e durabilidade para sua frota: você encontra tudo isso no óleo lubrificante Ursa,
da Texaco. Abaixo, você pode calcular o quanto sua frota economiza com os produtos Ursa.
Uma boa gestão logística começa na escolha dos fornecedores para seu negócio. Considere os pro-
dutos da Texaco, faça o teste e comprove. Muito mais qualidade e economia para sua frota.
O processo logístico é fundamental para o bom andamento de qualquer negócio, uma vez que é justa-
mente a logística da empresa que garante seu correto funcionamento. Se não há quem compre e con-
trole a matéria-prima necessária para a produção de um item, por exemplo, como serão produzidos os
produtos e materiais que a empresa oferta ao mercado? E se não há quem cuide da distribuição e
transporte, como o produto poderá chegar à casa do consumidor?
A área de logística, portanto, é o coração da organização. Trata-se de uma área responsável por gerir
e administrar todos os recursos da empresa, o que inclui os processos de produção, controle e distri-
buição. Este conceito surgiu durante a guerra, época em que alguns militares eram responsáveis por
armazenar e distribuir os equipamentos e materiais que seriam usados nos campos de batalha.
Com o tempo, este ofício foi sendo aprimorado e passou a fazer parte do dia a dia de grandes empresas
como o departamento encarregado de organizar estoques, controlar entradas e saídas, gerir compras,
direcionar todos os materiais e garantir o transporte das mercadorias ao mercado final. Este processo
faz com que a empresa reduza seus gastos e controle os recursos disponíveis nos depósitos.
Esta etapa consiste na realização de um levantamento preciso e detalhado das necessidades de cada
área da empresa, ou seja: tudo o que será necessário para que a produção seja feita e distribuída ao
mercado. É fundamental que os estoques estejam devidamente organizados e preenchidos de acordo
com as demandas que surgirem, de modo que não faltem ou sobrem produtos.
Armazenamento
Esta etapa se refere aos métodos e técnicas de proteção, conservação e controle de todos os produtos
disponíveis em estoque para uma possível distribuição. Depois de prontos os produtos e mercadorias,
eles ficam guardados nos chamados centros de distribuição até serem transportados para os compra-
dores e compartilhados no mercado.
Distribuição
Esta etapa não está relacionada apenas ao transporte dos produtos finais, mas aos métodos, sistemas
e equipamentos utilizados, além dos prazos de saída e entrega das mercadorias para o consumidor.
Administração De Compras
Esta etapa se refere a tudo o que será preciso comprar para que os materiais sejam produzidos de
forma efetiva e no tempo determinado. Isso inclui a escolha dos melhores fornecedores, tipos de ma-
téria-prima, quantidades, orçamentos e preços.
Transporte
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Esta fase se refere à escolha do meio de transporte ideal para a distribuição das mercadorias, dos
profissionais responsáveis, do controle e prazos de entrega. Tudo deve ser entregue de forma segura
e com total qualidade que o consumidor almeja.
Os desafios de redução de custos no setor de transporte e logística no Brasil vão muito além da baixa
produtividade decorrente da tradicional opção do Estado por um modelo unimodal. Nos últimos anos,
o processo de interiorização da atividade econômica ampliou o custo com manutenção de frotas e o
aumento do assalto a cargas atingiu marcas históricas (só em 2014, o roubo de cargas cresceu 16%).
Para piorar, a recente crise dissipou os investimentos nacionais em infraestrutura, deixando a malha
rodoviária brasileira na mais completa penúria. Um recente levantamento da Confederação Nacional
do Transporte (CNT) constatou que o Brasil tem uma malha rodoviária de 1.584.402 quilômetros, sendo
apenas 220.378 deles pavimentados.
Diante da necessidade de racionalizar custos e alcançar uma gestão de transporte de cargas susten-
tável, mesmo diante de todos esses percalços, listamos neste post alguns pontos críticos do setor, bem
como boas práticas que podem ser empregadas para tornar a gestão e a operação mais eficientes!
As intensas restrições de capacidade de outros modais de transporte sufocam ainda mais a gestão de
frotas, que acaba se atendo a um único tipo de deslocamento de cargas: o rodoviário.
Além do longo tempo de deslocamento, que no caso de mercadorias perecíveis impõe uma série de
adaptações (para impedir deterioração precoce dos alimentos), as más condições das rodovias aumen-
tam o valor do frete e mÍnguam por completo a competitividade das empresas. Segundo pesquisas, o
acréscimo médio do custo operacional decorrente da má conservação das estradas brasileiras é
de 25%.
De acordo com a Harvard Business Review, já existem estudos que mostram uma faixa de 20% de
aumento de custos na cadeia de distribuição urbana, em função de restrições de horários ou dias de
circulação.
Uma alternativa que muitas transportadoras estão implantando em suas operações de distribuição é
carregar as cargas em veículos maiores nas empresas e levá-las até o armazém da transportadora.
Assim, essas cargas são divididas em veículos menores, conhecidos como VUC (Veículo Urbano de
Carga), e entregues aos clientes.
Um dos grandes desafios do transporte rodoviário é o aumento do roubo de carga. Isso acontece por-
que há muitos produtos visados, como alimentos, cigarros, eletroeletrônicos, produtos farmacêuticos,
produtos químicos, têxteis, autopeças, combustíveis e bebidas.
Desse modo, muitas transportadoras estão evitando em transportar e armazenar esse tipo de produto,
porque estão com medo das ações dessas quadrilhas especializadas que roubam caminhões, merca-
dorias e fazem motoristas de reféns.
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Só em 2014, os prejuízos com roubos de carga ultrapassaram a marca de R$ 1 bilhão. O alto grau de
sinistralidade das frotas aumenta também os custos com seguradoras, gerenciadoras de risco, investi-
mentos em tecnologias de monitoramento e até blindagem, em alguns casos. Evidentemente, todas
essas questões impactam o valor final do frete e os custos financeiros das empresas.
Esse ainda é o grande problema do Brasil. Justamente no transporte rodoviário, o principal meio de
transporte de cargas, as condições das rodovias deveriam ser diferentes.
Com apenas 12% de suas rodovias pavimentadas, a deterioração da malha brasileira acelera o des-
gaste dos pneus, do alinhamento, do balanceamento e do desempenho do amortecedor, etc. A maior
preocupação, no entanto, é o risco aos motoristas: em 2014, 90% das colisões frontais nas BRs foram
em trechos de pista simples.
Os pneus são o segundo maior custo de uma frota hoje no Brasil. Sendo assim, diversos fatores influ-
enciam na vida útil dos pneus, como excesso de peso, condições das estradas e cuidados na condução
do veículo, entre outros.
A 105 km/h, o desgaste dos pneus é 50% maior do que a 80 km/h, e a 120 km/h é 2 vezes mais rápido
do que a 70 km/h. Parece óbvio, mas nem todas as empresas têm mecanismos de controle de veloci-
dade à distância, como sistemas de rastreamento.
Os dados capturados por essas soluções tecnológicas devem servir de base para analisar o que pode
estar ocorrendo e, com isso, formular avaliações de desempenho e gratificações para os motoristas
que cumprem as normas e possuem cuidados com os veículos.
Muitos problemas de parada para manutenção no trajeto podem ser evitados se eles forem identifica-
dos antes do veículo sair da sua empresa. Nesse sentindo, é importante implantar e treinar seus mo-
toristas a fazerem um check list completo do veículo antes de cada viagem. Caso o veículo esteja
apresentando algum problema, o responsável deverá ser comunicado. Com isso, você garante a segu-
rança do seu motorista, da transportadora e do seu cliente.
Quase todas as fábricas oferecem contratos de manutenção com uma série de vantagens, como maior
valor de revenda, pois as peças são originais. A maior previsibilidade de despesas com manuten-
ção também é fundamental ao gestor financeiro.
Por fim, o veículo tem sua mobilidade ampliada, já que todas as paradas são programadas, evitando
problemas desnecessários com atraso na entrega de um produto devido a alguma peça do caminhão
danificada durante uma viagem.
Um dos principais fatores de sucesso nos negócios são as pessoas que trabalham com você. É impor-
tante que o colaborador entenda a importância do trabalho dele, os objetivos e os resultados que devem
ser alcançados.
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E não se esqueça de sempre reconhecer os colaboradores que realizaram um bom trabalho e atingiram
os resultados propostos.
Esses sistemas possuem um módulo exclusivo para o controle de combustível – que hoje é considerado
o maior custo de uma frota. Com um sistema de gestão, você conseguirá realizar um maior controle
(comparando o consumo com outros veículos) e identificará as rotas mais econômicas, entre outros.
O módulo de controle de pneus identifica e alerta o melhor momento para troca, além de monitorar a
localização do pneu por veículo, evitando desvios. Há ainda um painel que gerencia a manutenção de
todos os veículos da frota, reduzindo os custos de manutenção em até 17%.
Com um sistema de gestão, você terá todas as informações necessárias em mãos para analisar a sua
frota, tomar decisões estratégicas, implantar melhorias, avaliar o desempenho dos seus motoristas e,
ainda, reduzir custos.
O transporte é uma das principais funções logísticas. Além de representar a maior parcela dos custos
logísticos na maioria das organizações, tem papel fundamental no desempenho de diversas dimensões
do Serviço ao Cliente. Do ponto de vista de custos, representa, em média, cerca de 60% das despesas
logísticas, o que em alguns casos pode significar duas ou três vezes o lucro de uma companhia, como
é o caso, por exemplo, do setor de distribuição de combustíveis.
Muitas empresas brasileiras vêm buscando atingir tal objetivo em suas operações. Com isso, vislum-
bram na Logística, e mais especificamente na função transporte, uma forma de obter diferencial com-
petitivo. Dentre as iniciativas para aprimorar as atividades de transporte, destacam-se os investimentos
realizados em tecnologia de informação que objetivam fornecer às empresas melhor planejamento e
controle da operação, assim como a busca por soluções intermodais que possibilitem uma redução
significativa nos custos. São inúmeros os exemplos de empresas com iniciativas deste tipo, desta-
cando-se entre elas a Souza Cruz, Coca-Cola, Alcoa, OPP-Trikem, Brahma, Martins, Dow Química,
entre outras.
Ao longo deste artigo, a função transporte será tratada inicialmente sob a perspectiva de integração às
demais funções logísticas. Em seguida, os cinco diferentes tipos de modais serão classificados sob a
ótica de custos e serviço. Também serão tratadas as questões que tornam a matriz de transporte bra-
sileira desbalanceada. O artigo se encerra com uma discussão sobre os impactos que a tecnologia de
informação, mais especificamente a Internet, vêm causando na gestão do transporte.
Um dos principais pilares da Logística Empresarial moderna é o conceito de Logística Integrada, que
está representado na figura 1. Através deste conceito as funções logísticas deixam de ser vistas de
forma isolada e passam a ser percebidas como um componente operacional da estratégia de Marke-
ting. Com isso, o transporte passa a ter papel fundamental em várias estratégias na rede logística,
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Dentre os principais trade-offs que afetam a função transporte, destacam-se aqueles relacionados ao
Estoque e ao Serviço ao Cliente.
Transporte x Estoque
O ponto central deste trade-off é a relação entre políticas de transporte e de estoque. Dentro de uma
visão não integrada, o gestor de estoques possui comumente o objetivo de minimizar os custos com
estoque, sem analisar todos os custos logísticos. Este tipo de procedimento impacta de forma negativa
outras funções logísticas, como por exemplo, a produção que passa a necessitar de uma maior flexibi-
lidade (com lotes menores e mais freqüentes, ocasionando um custo maior) e uma gestão de transporte
caracterizada pelo transporte mais fracionado, aumentando de uma forma geral o custo unitário de
transporte. É importante deixar claro, que esta política pode ser a mais adequada em situações onde
se utilizam estratégias baseadas no tempo, como JIT, ECR, QR. Estas estratégias visam reduzir o
estoque a partir de uma visão integrada da Logística, exigindo da função transporte a rapidez e consis-
tência necessária para atender os tamanhos de lote e os prazos de entrega. Além disso, em muitos
casos a entrega deve ser realizada em uma janela de tempo que pode ser de um turno ou até de uma
hora.
Outra questão importante ligada a este trade-off está associada a escolha de modais. Dependendo do
modal escolhido, o transit time poderá variar em dias. Por exemplo, um transporte típico de São Paulo
para Recife pelo modal rodoviário demora em torno de 5 dias, enquanto o ferroviário pode ser realizado
em cerca de 18 dias. A escolha dependerá evidentemente do nível de serviço desejado pelo cliente, e
dos custos associados a cada opção. O custo total desta operação deve contemplar todos os custos
referentes a um transporte porta-a-porta mais os custos do estoque, incluindo o estoque em trânsito.
Para produtos de maior valor agregado pode ser interessante o uso de modais mais caros e de maior
velocidade.
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A velocidade refere-se ao tempo decorrido de movimentação em uma dada rota, também conhecido
como transit time, sendo o modal aéreo o mais rápido de todos.
A disponibilidade é a capacidade que um modal tem de atender qualquer par origem-destino de locali-
dades. As transportadoras rodoviárias apresentam a maior disponibilidade já que conseguem dirigir-se
diretamente para os pontos de origem e destino, caracterizando um serviço porta-a-porta.
Conforme é ilustrado na tabela 2, a preferência pelo transporte rodoviário é em parte explicada por sua
classificação de destaque em todas as cinco características. Transportadoras rodoviárias que operam
sistemas rodoviários de classe mundial ocupam o primeiro ou o segundo lugar em todas as categorias,
exceto no item capacidade.
No Brasil ainda existe uma série de barreiras que impedem que todas as alternativas modais, multimo-
dais e intermodais sejam utilizadas da forma mais racional. Isto é reflexo do baixo nível de investimentos
verificado nos últimos anos com relação à conservação, ampliação e integração dos sistemas de trans-
porte. Apesar de iniciativas como o plano Brasil em Ação e o processo de privatização de portos e
ferrovias pouca coisa mudou na matriz brasileira, conforme pode ser visto na tabela 3. A forte predomi-
nância no modal rodoviário prejudica a competitividade em termos de custo de diversos produtos, como
é o caso das commodities para exportação.
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A Internet bem como outras tecnologias de informação têm não apenas gerado necessidades especí-
ficas, mas também criados novas oportunidades para o planejamento, o controle e a operação das
atividades de transporte. Dentre estas necessidades e oportunidades, poderíamos citar a crescente
demanda por entregas mais pulverizadas, o surgimento de portais de transporte e o potencial para
rastreamento de veículos em tempo real.
Através da Internet, tornou-se possível para fabricantes de produtos de elevado valor agregado, como
os computadores, a comercialização direta para os consumidores, eliminando da cadeia de suprimen-
tos a necessidade de intermediários como distribuidores e varejistas. Anteriormente, o transporte de
produtos entre fabricantes e seus principais clientes era marcada por uma maior concentração e esta-
bilidade nos embarques, visto que os destinos dos clientes eram conhecidos e os mesmos procuravam
renovar seus estoques periodicamente. Nos EUA, a Gateway e a Dell dominam o mercado de vendas
diretas de computadores pessoais pela Internet. A distribuição destes computadores é feita por trans-
portadoras que possuem um elevado grau de penetração em diversos mercados. Na gestão do trans-
porte, cada vez mais as empresas que realizam uma distribuição altamente pulverizada, buscam siste-
mas como roteirizadores para auxiliá-las na estruturação de rotas. O transporte é marcado por um curto
transit time e grande flexibilidade na entrega, feita normalmene entre 1 e 2 dias.
A Internet também está proporcionando o surgimento de novos negócios virtuais ligados à compra e
venda de fretes. Na realidade, estão sendo estruturados portais na Internet que fazem a intermediação
entre transportadores e embarcadores. Este tipo de modelo de negócio é caracterizado pela contrata-
ção de transporte spot. Com isso, o portal permite articular a necessidade de transporte de um embar-
cador, caracterizado pela origem, destino e o tipo de carregamento, com a oferta disponível. Em outras
palavras, o portal busca um transportador que se interessa pelo transporte da carga, tentando ao
mesmo tempo obter as melhores condições para o embarcador.
Rastreabilidade De Carregamentos
Um das grandes vantagens que a Internet oferece na melhoria da qualidade de serviço é a possibilidade
de rastrear carregamentos. Empresas de courier, agências marítimas, transportadores rodoviários, fer-
rovirios e operadores logísticos estão utilizando cada vez mais a Internet para disponibilizarem o status
dos carregamentos para seus clientes. A Fedex, um dos maiores couriers americanos com faturamento
superior à US$ 13 bilhões, estruturou no início da década de 90 um sistema de acompanhamento do
pedido altamente sofisticado, recentemente beneficiado pela facilidade que a internet propicia. De
modo semelhante, empresas brasileiras, como a Varig Cargo, também estão disponibilizando informa-
ções sobre o status da carga via internet.
Conclusão
Este artigo abordou os impactos da função transporte nas empresas e na economia de países com
relativo grau de desenvolvimento. Especificamente no ambiente empresarial foram exploradas as
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relações do transporte com outras funções logísticas: estoques e serviço ao cliente. Em seguida foram
exploradas, em termos de custos fixos e variáveis e de dimensões de serviço logístico, as característi-
cas dos cinco principais modais de transporte: rodoviário, ferroviário, aéreo, dutoviário e aquaviário. No
Brasil, apesar de iniciativas como a privatização de portos e ferrovias, o modal rodoviário ainda é do-
minante na matriz de transporte. Este fato, dependendo das características do produto, pode ser impe-
ditivo para o atingimento de um maior nível de competitivadade em termos de custo. Finalmente foram
comentados os principais impactos gerados pelo advento das novas tecnologias de informação, sobre-
tudo a Interntet, sobre o gerenciamento, planejamento e operacionalização do transporte.
A gestão do transporte de carga é uma das principais preocupações da área de logística, primeiramente
devido a sua relevância na eficiência operacional e também pelo seu impacto expressivo no custo
logístico.
Desde 2005, a atividade representa mais da metade dos gastos com logística nas empresas, com forte
ênfase na etapa distribuição. Em média as empresas gastam em torno de 13-15% de suas receitas
líquidas com os custos logísticos, sendo que 62% deste total se referem aos custos de transportes.
Na busca incessante pela maior competitividade, é fundamental que haja uma gestão eficiente. E é
nessa etapa que surge a primeira questão: Como realizar uma gestão eficiente em um processo que
envolve diversos elos da cadeia logística, fluxo intenso de informações e documentos, e ainda demanda
uma série de controles?
Investir na gestão do transporte de carga com o uso de tecnologia específica, tem sido o caminho mais
curto e eficaz para as empresas melhorarem a sua eficiência logística junto a fornecedores e clientes;
além de obviamente buscarem uma redução nos custos operacionais.
A gestão dos custos logísticos parece sempre uma tarefa árdua e complexa. Realmente a tarefa não é
fácil, mesmo quando o volume de movimentação de cargas é pequeno. No entanto, mesmo em opera-
ções pequenas, há que se ter cuidado com os mínimos detalhes logísticos, desde o planejamento das
operações e escolha do modelo de execução (próprio ou terceirizado), até os processos de controle e
gestão. Todo este planejamento pode evitar erros e custos desnecessários.
Entendendo Os Fretes
Inicialmente deve-se separar os fretes pela etapa onde os mesmos acontecem. É importante separar
o frete vinculado a compra de materiais e matérias-primas, do frete de transferência e entrega do pro-
duto acabado. Essa separação é necessária uma vez que ela determina em que etapa do negócio esse
custo é apropriado. Os fretes relacionados às compras de materiais e matérias-primas são apropriados
ao custo do produto a ser produzido. Já os fretes relacionados à transferência e entrega dos produtos
acabados (distribuição) são apropriados ao custo da venda dos produtos. Para uma gestão eficaz, é
fundamental que estas contas sejam separadas e tratadas distintamente.
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Após esta separação, passa-se a segunda fase que é o entendimento dos fretes recorrentes ou não
(rotas que se repetem com frequência), dos volumes de fluxo de carga transportados, rotas frequentes,
custos acessórios (pedágios, custo com carga e descarga, etc). Com base nessas informações, pode-
mos definir qual o modelo adequado de transporte e consequentemente qual a solução ideal para exe-
cutá-lo (transporte próprio ou terceirizado).
Mesmo nas operações de pequeno porte, o volume de informação e documentos transacionados dia-
riamente exige que sejam estabelecidos uma série de processos e controles. Qualquer falha no fluxo
de informação ou documentação, pode acarretar em graves prejuízos, sejam eles operacionais ou até
no atendimento à legislação vigente.
Um dos maiores desafios é garantir que “o que foi contratado, foi executado nas condições contratadas
e pago segundo as mesmas condições”. Mesmo que as empresas utilizem sistemas ERP para gestão
de seus negócios, a grande maioria não possui uma ferramenta adequada à gestão dos custos de
transportes; o que resulta em uma série de atividades de controle e conferência que são feitos manu-
almente, e em grande maioria apoiadas exclusivamente por planilhas.
É nesta etapa que percebe-se a necessidade do uso de ferramentas abrangentes e integrativas, que
acompanhem todo o processo desde a contratação do serviço de transporte, passando pela execução
do mesmo até a conferência e pagamento do serviço.
Conclusão
As soluções de TMS (Transportation Management System) são atualmente tão necessárias quanto os
próprios sistemas ERP. Devido a relevância dos custos de transporte no resultado das empresas, não
há como correr riscos de falhas nesse processo pela falta de uma ferramenta eficiente.
Como ferramentas integradas, o TMS permite o fluxo de informação entre as áreas internas da em-
presa e seus fornecedores e clientes, estabelecendo uma cadeia com alta visibilidade. Através dela,
estabelece-se o fluxo de informações e documentos facilitando a comunicação das áreas internas da
empresa com transportadoras, despachantes, traders, clientes, fornecedores, etc.
Em um mercado cada dia mais competitivo, informação é dinheiro. Quem tem a melhor informação
está mais próximo do sucesso.
Quem atua diretamente com logística tem que lidar com inúmeros desafios, que vão desde a redução
no custo do frete até a satisfação do cliente. Para isso, é preciso levar em conta diversos outros fatores,
como: agilidade na entrega, segurança da carga, cotação online e até o acompanhamento das etapas
do transporte.
No entanto, graças aos avanços da tecnologia, tornou-se possível melhorar a experiência do cliente do
transporte de carga e, ao mesmo tempo, reduzir o custo. Para isso, empresas passaram a adotar sis-
temas informatizados de gerenciamento de rotas, estoque e até de monitoramento de veículos, tudo
na tentativa de melhorar a qualidade dos serviços, aliada a uma redução nos seus custos.
Os custos operacionais dos transportes sempre foram uma preocupação recorrente das empresas, pois
representam uma parcela considerável do capital. Logo, toda e qualquer maneira de otimizar os custos
é bem recebida.
Nesse contexto, no intuito de melhorar a compreensão sobre os custos do transporte, neste post, além
de abordar como é feita a sua composição, também vamos destacar alternativas para um transporte
mais seguro e eficiente. Partindo dessa análise, você vai perceber que é possível realizar as operações
logísticas com qualidade, segurança e economia.
Um estudo de caso desenvolvido pelo administrador Roberto Vatan dos Santos analisa os custos ope-
racionais e a formação de preço do frete no transporte de carga. Segundo a pesquisa, o setor de trans-
porte fatura mais de R$ 40 bilhões e movimenta dois terços do total de cargas do país. A estimativa é
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de que 65% dos fretes sejam feito por caminhões, o que explica o intenso fluxo de veículos de trans-
porte de cargas pelo modal rodoviário.
O transporte de carga no Brasil é feito tanto por profissionais autônomos quanto por micro e pequenas
empresas ou grandes operadores logísticos. Segundo dados do Anuário CNT do Transporte, nos últi-
mos 15 anos as rodovias pavimentadas cresceram 23,2% no Brasil, mas a frota de veículos aumentou
184,2% no mesmo período.
Por outro lado, uma reportagem publicada pela Folha de São Paulo afirma que 43% dos caminhões
trafegam vazios, isso só no estado de São Paulo. A ausência da carga de retorno é um dos motivos
que eleva o custo de frete e gera essa sobrecarga de veículos circulando a capacidade ociosa.
Muitas empresas que se valem de transportadoras para efetuar suas entregas, ou mesmo os consumi-
dores finais, são os primeiros a afirmar e reclamar do custo do frete no Brasil, considerado muito ele-
vado se comparado a outros países. Porém, poucos param para refletir sobre quais os aspectos inter-
ferem e, principalmente, contribuem para esse alto valor.
As justificativas para o alto custo são diversas, contudo, algumas se destacam, a exemplo citamos:
Nesse contexto, um dos fatores que mais impacta o valor do frete no Brasil são os riscos envolvidos
nos deslocamentos nas estradas. De acordo com dados divulgados em março de 2017 pela Firjan
(Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), as ocorrências de roubo de carga causaram
um rombo estimado em R$ 1.6 bilhão durante o ano de 2016.
Para se ter ideia da proporção desse problema que as empresas de transporte e os caminhoneiros
sofrem, segundo a federação, a cada 23 minutos um caminhão é roubado no país. Uma estatística
expressiva e que corrobora com os altos prejuízos sofridos no setor, que são estimados em R$ 6,1
bilhões.
O Brasil, segundo a Joint Cargo Comitte, ocupa o oitavo lugar na lista dos países mais perigosos do
mundo para o transporte de cargas, considerando dados de 57 países
Para calcular o gasto operacional do transporte de carga é preciso classificar os gastos como variáveis
e fixos. Combustível, lubrificantes, pneus, peças e demais valores para a manutenção do caminhão
são classificados como gastos variáveis. Já os custos fixos são: o salário do motorista, a depreciação
do caminhão, o seguro obrigatório do veículo e demais impostos, como emplacamento e IPVA.
Nesse ponto temos um dos itens que mais indignam os profissionais do ramo de transporte: o preço do
combustível. Nos últimos anos, o brasileiro vem sofrendo com aumentos sucessivos no preço da gaso-
lina e etanol principalmente, o que não significa que o diesel — combustível mais utilizado nos trans-
portes — também não tenha sofrido acréscimos.
No mês de abril de 2017, por exemplo, a Petrobras anunciou que no corrente mês os preços da gasolina
e diesel subiriam 2,2% e 4,3% respectivamente. O que, segundo a empresa, representa um aumento
de até R$ 0,09 por litro de diesel e R$ 0,04 no litro de gasolina.
Como cada caminhão tem uma característica própria, isso significa que a despesa variável é diferente
para cada veículo. Portanto, o cálculo deve ser unitário para cada carreta, truck ou qualquer outro
modelo.
Além disso, é preciso sempre levar em conta o consumo do veículo por quilômetro rodado, seu ano de
fabricação, garantia do fabricante etc. São custos que interferem no transporte de carga e nem sempre
são calculados de forma unitária.
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Nesse ponto, a tecnologia surge como uma aliada dos motoristas e das empresas, pois, ao mesmo
tempo que oferece mais conforto e segurança, ainda fornece uma redução nos custos operacionais.
Contudo, é preciso lembrar que tecnologia custa caro e, por isso, nem todas as empresas têm condi-
ções de aproveitar dos benefícios de veículos novos — tanto o é, que, segundo levantamento realizado
pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), a frota de caminhões no Brasil está envelhecendo,
sendo que a média de idade do veículo é:
Depois de estimar os custos fixos, variáveis e o gasto unitário de cada veículo, o passo seguinte é
calcular o preço efetivo para o transporte de carga. Esse cômputo é feito costumeiramente, pois con-
siste em definir as despesas desde a coleta da mercadoria, até a sua entrega.
Para não deixar nenhum gasto operacional fora da conta é preciso somar a hora do custo fixo com a
hora do custo variável, de acordo com o veículo escolhido, e multiplicar pelo número de quilômetros
rodados.
Além da distância percorrida, há também de considerar que nem todas as regiões do Brasil oferecem
a mesma disponibilidade de infraestrutura e acesso. Desse modo, fretes menos comuns, como para o
extremo norte do país, no qual as condições das rodovias são piores e o acesso é mais difícil, ainda
que a distância seja menor, o custo do transporte pode sofrer uma grande oscilação para compensar
todas essas variáveis negativas.
Características E Peso
Além da distância a ser percorrida, existem outros aspectos que também influenciam o valor do trans-
porte de carga, como o peso e a especificidade da carga. É fundamental avaliar essas duas caracte-
rísticas antes de definir o veículo que fará o transporte, pois cargas perecíveis requerem caminhões
adaptados. Quanto maiores forem as exigências para o deslocamento da carga, mais caro tende a ser
o preço do serviço.
Por exemplo, o transporte de produtos inflamáveis ou tóxicos certamente tem um valor mais alto, dada
a complexidade que o deslocamento envolve e a capacitação do motorista, que é obrigado a frequentar
curso específico para o transporte desse tipo de carga.
Rotas Ociosas
O transporte de carga para rotas com menor demanda é outro fator que deve ser considerado na com-
posição de custos. Além de encarecer o preço do frete, é um aspecto que interfere na preservação do
meio ambiente e manutenção das estradas.
Além disso, o frete para regiões menos povoadas faz com que a probabilidade de que o motorista
encontre uma carga de retorno é menor. Assim, essa variável também será considerada na hora de
fixar o valor, visto que é provável que o caminhão terá que circular vazio, o que só representa gastos.
Como é possível perceber, o transporte de cargas envolve muitos custos, por isso a importância de
buscar alternativas que sejam eficientes e, ao mesmo tempo, gerem economia.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Algumas medidas podem contribuir significativamente para a redução dos custos do transporte, seja
minimizando riscos de prejuízos, como a ocorrência de acidentes e roubos, ou otimizando a condução
do veículo, capacitando o motorista para um melhor aproveitamento da máquina, reduzindo o desgaste
e consumo de combustível.
As empresas e profissionais que lidam diretamente com o transporte de cargas não têm outra opção
além de investir em soluções para reduzir os riscos nos deslocamentos. O monitoramento e rastrea-
mento eletrônicos, por exemplo, são formas de prevenir a ocorrência de roubos de cargas.
Conhecendo as rotas e os horários em que o risco de roubo é maior, visto que há mais incidentes, a
empresa consegue elaborar um plano de operação em conjunto com o motorista, orientando ele sobre
os riscos em determinadas localidades e pedindo um cuidado redobrado nessas áreas.
• Não faça paradas em locais perigosos : parece óbvio, mas nem sempre o motorista sabe exatamente
onde está. Por isso, a empresa sabendo que a área oferece risco para o tipo de carga transportada,
deve prontamente informar ao motorista para que ele programe a sua parada antes ou depois de passar
pelo trecho indicado como crítico.
• Viaje em comboio: se o trecho possui um alto índice de roubo de cargas, é recomendado que o mo-
torista passe por ela junto a outros colegas, pois os alvos mais comuns desse tipo de ação criminosa
são veículos que trafegam isolados.
• Utilize rastreadores: hoje essa tecnologia é bastante comum no transporte de cargas, dada a grande
incidência de roubos. O comum é que o rastreador seja instalado no caminhão, porém já existe a pos-
sibilidade de instalar na própria carga e até mesmo no celular do motorista.
Os dois pilares para alcançar uma redução de custos em transporte de carga são uma roteirização
eficiente e a otimização do veículo. A roteirização evita a onerosa situação de ter que deslocar com o
caminhão vazio, gastando combustível e desgastando o veículo sem ter nenhum retorno — no Brasil,
a título de informação, 40% dos veículos de carga que circulam pelas rodovias estão vazios, o que
demonstra a grande necessidade de um melhor planejamento de rotas.
O ideal é que, sempre que um veículo sai com destino programado, haja um planejamento para que
exista a carga de retorno. Nesse ponto, é necessário ser estratégico para que o veículo não fique
parado esperando carga, nem trafegue vazio.
Investimento Em Tecnologia
Além disso, como já pontuamos — e agora reforçamos —, atualmente, a tecnologia permite saber
praticamente todas as informações sobre o veículo de forma remota, desde seu destino, carga trans-
portada, velocidade, autonomia etc. Todos esses dados podem servir de base para uma negociação
de frete por região, fornecendo uma estimativa mais confiável dos custos envolvidos.
Com uma maior demanda sobre determinadas localidades é possível desenvolver um trabalho logístico
mais otimizado para aquele determinado percurso. Assim, a empresa adquire uma maior experiência
em transportes em regiões específicas, permitindo que a negociação de valores seja mais interessante.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Antecipação De Demandas
O mercado é dinâmico, de modo que oscilações nas demandas acontecem com frequência. Sabendo
disso, as empresas necessitam se antecipar a esse tipo de situação para que não sejam surpreendidas.
Planejar e antecipar demandas evita que a empresa tenha que adotar medidas emergenciais para con-
seguir supri-las e, em razão disso, tenha gastos extraordinários. Por exemplo, se uma companhia não
antecipa as demandas de final de ano — típica época de grande volume de vendas — e é surpreendido
com um fluxo alto de solicitações que não é capaz de suprir, ela terá que recorrer aos serviços de
terceiros, por exemplo contratando uma transportadora terceirizada. No entanto, esse gasto poderia ter
sido evitado, caso a situação já fosse prevista.
Mapeamento De Processos
Mapear processos nada mais é do que o estudo detalhado de como os métodos de trabalho são exe-
cutados no dia a dia da organização. Essa medida visa, principalmente, identificar falhas e suas possí-
veis causas. Assim, fica mais fácil encontrar inconsistências nas operações, que possam gerar desper-
dício — seja de materiais, tempo, mão de obra etc. —, que acabem por onerar os custos operacionais.
O foco do mapeamento de processos é encontrar as causas-base de cada falha e criar soluções mais
acertadas para cada uma delas, a fim de que a eficiência da empresa não seja afetada e nem os custos
sejam alterados.
Padronização De Processos
Além disso, a padronização contribui para a redução no número de erros e necessidade de retrabalho,
pois o funcionário responsável já está habituado com a tarefa, o que afeta também os custos operaci-
onais.
Conclusão
Como foi possível perceber, os custos operacionais do transporte de carga comportam diferentes fato-
res, o que dificulta um pouco a vida dos gerentes na hora de criar estratégias para conter gastos. No
entanto, algumas medidas são essenciais, como a redução de riscos no transporte, investimento em
tecnologia, dentre outras que listamos.
Agora, cabe a você dar o próximo passo para a otimização dos custos no transporte de carga da sua
empresa. Para isso, esperamos que este post seja útil.
O valor do produto/serviço que a empresa oferece é uma das vantagens competitivas mais importantes
do mercado, muitas vezes sendo responsável pelo fechamento ou não de um contrato. Para compor
um valor justo e competitivo e reduzir os custos de forma saudável, você deve conhecer bem os fatores
que determinam os custos da sua empresa de transporte de cargas.,
Para determinar o valor final do seu serviço, é preciso considerar os custos de coleta, entrega e trans-
ferência, que são divididos em custos fixos e variáveis.
Os custos fixos geralmente são calculados mensalmente e compreendem os custos que não variam
conforme a distância percorrida dos veículos, como: salários, aluguel, reposição de equipamentos e
veículos, etc.
Já os custos variáveis mudam de acordo com a quilometragem dos veículos, como: peças, combustí-
vel, pneus, etc. Também é preciso incluir outras despesas, como: despesas administrativas, custos
relacionados ao valor e a gestão de riscos, acidentes, avarias da carga e outros.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Quando bem aplicada, a redução de custos pode aumentar ou recuperar a vantagem competitiva da
empresa, sem causar danos a sua reputação, ou seja, mantendo a qualidade do serviço prestado. Vale
ressaltar que a metodologia de redução de custos pode ser aplicada em qualquer setor da empresa e
tende a aumentar a sua eficiência, visto que, o objetivo maior é reduzir e/ou eliminar quaisquer -não
apenas financeiro- desperdícios.
Para que o processo ocorra conforme o esperado, é fundamental possuir uma boa ferramenta de ge-
renciamento. A empresa pode optar por adquirir/contratar um sistema específico, uma empresa espe-
cializada ou demandar profissionais próprios para realizar esse controle, utilizando planilhas e demais
ferramentas. Independente da maneira escolhida, o primeiro passo é mapear todos os custos da em-
presa.
Com esses dados em mãos, você pode identificar facilmente as fraquezas e oportunidades do seu
negócio, que podem ser utilizadas para reduzir os custos. A troca de um veículo obsoleto por um mais
novo e eficiente, a redução do consumo de papéis e descartáveis na empresa e a busca de novas
empresas prestadoras de serviços, por exemplo, são bons exemplos de fraquezas e oportunidades que
podem ser utilizadas para reduzir os custos da sua empresa.
As planilhas de custos atualizadas e alimentadas frequentemente dão aos gestores um mapa da em-
presa, apontando custos que podem estar defasados.
O primeiro pensamento de alguns gestores ao reduzir os custos da sua empresa é aumentar o seu
lucro e não repassar a economia aos seus clientes. Num mercado competitivo como o de empresas de
transporte de cargas, essa pode ser uma atitude perigosa. A longo prazo, é mais vantajoso para a sua
empresa repassar a economia no valor do serviço e trabalhar no aumento da sua cartela de clientes,
visando aumentar o lucro. Priorizar o lucro é uma atitude que pode diminuir a sua competitividade no
mercado.
Você sabe fazer o cálculo correto do valor do transporte de cargas? Entender todas as tarifas que
envolvem as operações de transporte deve ser o primeiro passo de todo gestor que busca otimizar as
atividades de sua transportadora com eficiência. Assista nossa aula da série Intervalo Técnico sobre
as tarifas para o cálculo do valor do transporte de cargas no Brasil e entenda de uma vez por todas
agora mesmo!
O custo de frete é um dos maiores que a empresa absorve na execução de suas atividades. Isso se
deve, em grande parte, ao alto preço (e suas variações) do combustível. Por ser uma variável impor-
tante e que não oferece alternativas, a redução deve ser encontrada por meio de outros aspectos.
No artigo de hoje vamos oferecer 6 dicas que podem ajudar a reduzir o custo de frete, além de tornar
a operação mais eficiente. Quer saber quais são elas? Então continue com a leitura e confira agora
mesmo!
O planejamento é o primeiro e mais importante passo para encontrar soluções que ajudem a reduzir o
custo de frete. Vale lembrar que toda atividade, para que seja bem-sucedida, precisa ser cuidadosa-
mente planejada e organizada antes que se parta para a execução.
É por meio da criação de um plano que se identificam os pontos que precisam de melhorias, quais
rotinas precisam ser alteradas e quais etapas são desnecessárias (e podem ser eliminadas, por exem-
plo).
Além disso, cada mudança deve ser cuidadosamente avaliada, levantando seus impactos e de que
forma eles podem afetar a qualidade do serviço de transporte. Dessa forma, é possível se prevenir de
problemas futuros que afetarão a satisfação dos clientes.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Se sua empresa trabalha com transporte terceirizado, é fundamental planejar a modalidade de trans-
porte que será utilizada para as entregas. O ideal é que o transporte aéreo seja utilizado apenas em
casos de urgências na entrega (que podem ocorrer em decorrência de fatores internos ou externos),
por exemplo.
Existem operadores logísticos com diversos clientes e operações muito bem estruturadas, que têm um
alto volume de carga e conseguem entregar até mesmo em áreas mais afastadas, com um prazo razo-
ável e um preço muito mais acessível do que o transporte aéreo.
Ainda sobre a terceirização do serviço de transporte, é de extrema importância contratar parceiros que
sejam confiáveis, além de oferecer condições de pagamentos competitivas para distribuir suas cargas.
Além de buscar prazos satisfatórios, é essencial controlar o nível de serviço, avaliando se a maioria
das cargas são entregues dentro do prazo e sem reclamações (de avarias e extravios, por exemplo)
por parte dos clientes.
Vale estabelecer cláusulas que penalizem a transportadora caso as condições do contrato não sejam
cumpridas.
O agendamento de entregas é uma medida muito eficaz na redução do custo de frete. Por meio dessa
medida, pode-se aproveitar um tempo maior para consolidar cargas para as regiões, otimizando o ser-
viço de roteirização — que, por sua vez, ajuda a reduzir os custos com combustível e pneus.
Essa solução é especialmente importante para os casos de entregas muito pulverizadas, para clientes
que compram poucos volumes por vez. Entretanto, deve-se avaliar a viabilidade de implementar esse
tipo de operação, haja vista que nem todos os clientes podem concordar em receber as cargas em dias
específicos.
Por outro lado, eles podem se beneficiar tendo uma previsibilidade maior com relação às entregas —
fato que pode ser usado como benefício para justificar a troca da operação.
Existe um jargão na área de administração que diz que “não se controla aquilo que não se mede”. Em
outras palavras, se não se sabe como o dinheiro é gasto, dificilmente será possível criar ações acerta-
das para a redução dos custos.
Nesse sentido, um sistema de gestão, por si, ajuda na redução de custos por meio do aumento da
agilidade dos processos, da produtividade, da redução do índice de erros, necessidade de retrabalhos,
entre outros aspectos.
Falando de gestão de transporte, especificamente, o maior controle sobre as operações permite que
todos os custos de frete sejam conhecidos, permitindo que o gestor identifique as oportunidades de
redução de forma mais clara.
Além disso, existem algumas soluções que permitem a geração de relatórios, que dão uma visão mais
ampla para o gestor e ainda são a base para a criação de indicadores de desempenho.
Os indicadores são ferramentas de gestão que permitem avaliar os resultados e se eles estão dentro
das metas definidas anteriormente. Assim, consegue-se controlar os custos de maneira mais organi-
zada e estruturada, proporcionando análises mais precisas.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
No que diz respeito ao custo de frete, pode-se acompanhar diversos KPI’s, entre eles:
• por região;
• por rota;
• por cliente;
• de trocas e devoluções;
• de reentregas.
Por meio dos resultados obtidos, torna-se mais fácil realizar a identificação dos gargalos, onde eles
ocorrem e quais são as causas prováveis. A partir daí, todo o processo de tomada de decisão e imple-
mentação das melhorias se torna mais ágil e acertado.
Essa ideia está alinhada com o objetivo do planejamento, que é realizar melhorias precisas, evitando o
risco de promover mudanças que podem ter um impacto negativo — ou aquém do esperado.
Já se sabe que os gastos com combustíveis (e fretes) estão entre os maiores que uma empresa ab-
sorve. Dito isso, pode-se afirmar que uma das maneiras mais eficazes de reduzir o custo de frete é por
meio da implementação de um sistema de planejamento de rotas.
Devido às diversas variáveis envolvidas no processo — prazo, distância do destino, gasto com com-
bustível, restrições do trânsito e dos clientes, quantidade de pontos de entrega, entre outros —, o ideal
é contar com um sistema específico para esse fim.
Assim, torna-se possível fazer uma roteirização rápida, mas ao mesmo tempo com a garantia de que o
melhor percurso foi escolhido.
Reduzir os custos de frete de uma empresa é essencial para garantir sua competitividade no mercado,
além de alcançar uma margem de lucro ainda mais satisfatória — haja vista que são os altos gastos
que consomem uma grande parcela da lucratividade. Além disso, por meio dessa ação, é possível
aprimorar processos e torná-los mais confiáveis e com maior qualidade.
O mercado competitivo do século XXI requer dos gestores organizacionais a compreensão exata e
profunda do gerenciamento dos custos. Fator que estabelece vantagens para a organização que o
utilizarem no enfrentamento da necessidade de tornarem-se extremamente competitivas.
Para a maioria dos gestores existe uma interrogação: Por onde começar? Como “enxugar” os custos e
sem comprometer o nível de serviço estabelecido?
Gestão. Isso é primário. Ter o controle dos processos da empresa é primordial, e na Logística de trans-
portes é questão de sobrevivência.
Pode-se até terceirizar a logística e o transporte de uma empresa, mas nunca deixar a gestão na mão
de terceiros.
A Escolha Do Modal
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Na escolha da modalidade mais adequada ao transporte, deve-se levar em conta alguns fatores, em
especial os custos, a velocidade de locomoção, e a confiabilidade de fornecimento. Portanto, faz se
necessário algumas análises:
1. CUSTOS - Composto de elementos fixos, baseados no tempo e nos elementos variáveis baseados
na distância. Cada modalidade possui seus custos inerentes, sendo que o transporte aéreo é o de
maior custo e o ferroviário o de menor.
2. VELOCIDADE - Cada modalidade envolve o cronograma (lead time) para completar o processo de
entrega e a distância na qual os produtos serão movimentados. A modalidade aérea é mais rápida que
a marítima em relação as distâncias médias/longas.
Como vimos no artigo Transporte e Sua Importância na logística, a missão do transporte é deslocar
mercadorias ou pessoas de um ponto de origem para um ponto de destino, com qualidade e garantia
sobre a integridade da carga e a confiabilidade no que diz respeito ao prazos. A escolha do modal deve
levar em conta não somente os custos, mas também prazos e confiabilidade dos prazos.
No transporte uma negociação bem feita é vital para o sucesso do negócio (do embarcador e do trans-
portador). Ao sentar em uma mesa as duas partes devem ter ciência que o a satisfação do cliente deve
ser o foco de ambas as partes; uma questão de sobrevivência. Não é uma relação de venda comum,
mas uma parceria de ganha-ganha.
1. Transparência - Nem sempre é assim, contudo, para que uma parceria seja duradoura, as contas
devem ser feitas com clareza (planilha aberta). O contratante do frete (embarcador ou equiparado) deve
conhecer os custos envolvidos no transporte e as margens/Mark-up praticados pelo transportador.
2. Clareza quanto aos custos - Para que não haja ônus para nenhum dos lados e todos ganhem com
um atendimento perfeito, é preciso entender que nenhuma operação é igual à outra. Os veículos não
são os mesmos, a estrutura de operação não é a mesma, muito menos os custos com alugueis, salá-
rios, o produto transportado não tem o mesmo valor agregado (tipos de carga), frequência da carga,
modelo de operação, tempo de carga e descarga, frequência de pagamento do frete, ineficiências,
particularidades de clientes, região atendida (tem retorno ou não?) e etc.
Gestão da Carteira - Atender co excelência, mantendo o nível de serviço estipulado deve ser o foco na
gestão do transporte. Para isso a gestão da carteira de pedidos é um fator de extrema importância para
o transporte (clique aqui em conheça tudo sobre uma boa gestão).
• Aqui, entre outras ações, se determina como e quando serão atendidos cada cliente: suas particula-
ridades, tamanho do pedido determinando o perfil do veículo entregador e o agendamento da entrega.
Alguns problemas como os destacados abaixo podem ser identificados e tratados na gestão da carteira
de pedidos:
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
• Agendamento da entrega (agendar a entrega para o momento ideal evita perdas com diárias e reen-
tregas);
• Agendamento da coleta (a coleta do produto alinhado com a entrega evita gastos com diárias e ar-
mazenagens no transportador).
Roteirização (clique aqui em conheça tudo sobre roteirização) - Uma vez que as transportadoras, mui-
tas vezes em uma mesma viagem, irão entregar produtos diferentes para vários clientes, ou até mesmo
em várias fábricas. Deve-se utilizar a Roteirização das entregas. Existem no mercado softwares para
auxiliar na definição da rota mais adequada de entrega, de forma a reduzir os custos de logística. A
Roteirização é um método de busca, da melhor sequência de visitas a um determinado número de
clientes, no interior de uma zona de coleta ou distribuição, ou seja, sequência "otimizada" de entregas
e coletas de produtos. O ideal é que a empresa de transportes de cargas fracionadas conte com um
software integrado e amigável para auxiliar na gestão da entrega.
• Economia de combustíveis;
conta frete é responsável por até 70% do custo logístico e 20% do custo total da empresa, eis um
excelente motivo para dar a devida atenção que esta conta merece.
Cada operação deve ser colocada sob análise, para que se compreendam seus custos, cada detalhe
pode mudar o custo do frete.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Compondo Um Frete
Ao fazer uso de uma metodologia adequada para cálculo do custo do frete, contribui-se para formação
de preços justos, tanto para empresa dona da carga quanto para o transportador. Faz-se necessário o
estudo dos custos operacionais, classificando os tipos de cargas e serem transportadas e o modal ideal
para o atendimento.
De acordo com Lauro Valdívia, assessor técnico da NTC&Logística, as despesas devem ser detalhadas
em uma tabela com a divisão de custos diretos – fixos e variáveis – e os indiretos, como despesas
administrativas e gerenciamento de transportes. “Os cálculos devem abranger não apenas o mês, mas
podem ser divididos por dia e hora para repassar aos clientes”.
• Frete peso (Se a carga for "volumosa", pode-se considerar o volume no lugar do peso) - Parcela de
maior relevância na composição do frete. É constituído da soma dos custos fixos e variáveis;
• Custos fixos: Salários encargos sociais e benefícios de motoristas e ajudantes, remuneração mensal
do capital, oficina, licenciamento, seguro do equipamento e a depreciação do veículo e do equipamento
e etc.;
• Frete valor ou ad-valorem - O Ad Valorem é calculado em cima do valor da carga. Agrega seguro na
mercadoria que não está assegurada quando não está em tráfego, assegura contra riscos de acidentes
e avarias;
• (DAT)- Despesas administrativas e de terminais - São despesas indiretas: salário de diretores e ge-
rentes, alugueis, tarifas de serviços públicos, manutenções predial e taxas públicas, material de escri-
tório e etc.;
• (GRIS) - Taxa de gerenciamento de risco: cobrada a partir de uma porcentagem do valor da nota
fiscal, tem o objetivo de cobrir os custos do frete decorrentes das medidas de combate ao roubo de
carga e prevenção do risco.
• Taxas adicionais ou generalidades - As taxas adicionais cobradas em relação ao frete original vêm
ganhando importância e é cada vez maior a sua participação no custo total de transporte, principal-
mente nas entregas urbanas (ver o artigo sobre essas taxas Clique Aqui);
• Pedágio – Garantido por Lei. Os valores do pedágio (por perfil de veículos/eixos) da rota a ser per-
corrida deve ser disponibilizado no ato da coleta.
Não há dúvidas que o transporte tem muito a ganhar com o uso de tecnologias e métodos científicos
para ajudar na medição e resolução dos muitos problemas que se apresentam; no, e ao setor.
Sistemas de informação tais como: roteirizadores, controle de frete, informação Geográfica (GIS – Ge-
ographic Information System), posicionamento Global (GPS – Global Positioning Systems) e sistema
de gerenciamento de transporte (TMS – Transportation Management System). Cooperam para controle
e reduções.
Estes sistemas de informação têm sido adotados pelas empresas em virtude do baixo custo relativo
ante os benefícios gerados, além de serem requisitados pelos clientes e apoiarem a documentação
exigida por regulamentações definidas pelo governo.
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
Não feche os olhos para um bom sistema de gestão de transporte que o coloque no controle da opera-
ção.
Gestão Da Entrega
A Gestão da Entrega e seus Desafios - A empresa deseja que o seu “produto” seja entregue no prazo
acordado com a qualidade da entrega requerida. - O cliente espera receber o produto que comprou no
prazo prometido, na quantidade comprada e com a qualidade desejada, - E no meio desta relação está
à transportadora e seus motoristas. A gestão da entrega apoia decisões táticas do dia-a-dia e facilita a
identificação de áreas estratégicas a melhorar, como o modelo operacional utilizado, oportunidades de
melhoria continua (lean), formação do time, políticas de incentivo e investimento, composição da frota
ideal e etc.
KPI's
Um método eficaz que analisa cada resultado obtido pela empresa é o KPI, uma sigla em inglês que
significa Key Perfomance Indicator (Indicador-chave de Desempenho). Trata-se de um conjunto de
técnicas que mede a eficiência de todos os processos da empresa para verificar se estes estão alcan-
çando seus objetivos.
O KPI não apenas analisa a eficiência dos processos, mas, também, orienta os resultados para atender
os objetivos, facilitando o entendimento.
Realizar uma correta análise e ter uma compreensão completa de todas as ações e objetivos da em-
presa é fundamental para torná-la competitiva e referência no mercado. Com essas práticas, a produ-
tividade aumenta, os desperdícios de materiais são reduzidos, a execução das tarefas é agilizada e os
lucros do negócio maximizados.
• Custos de Transporte como um % das Vendas ou Freight Costs as % off Sales - Mostra a participação
dos custos de transportes nas vendas totais da empresa;
• Custo de frete por unidade - Revela o custo do frete por unidade expedida. Pode também ser calcu-
lado por modal de transporte;
• Coletas no Prazo ou On Time Pickups - Avalia a utilização da capacidade de carga dos veículos de
transporte utilizados;
• OTIF - É a sigla de On Time, In Full, que significa “completo e no prazo” - Corresponde às entregas
realizadas dentro do prazo e atendendo as quantidades e especificações do pedido;
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PROCESSOS LOGÍSTICAS E TRANSPORTES
• Serviços de urgência;
• Políticas de devolução;
• Pagamento de descargas;
• Pagamento de reentregas;
• Pagamentos de diárias;
• Procedimento de cobranças.
Finalizando
Quando os momentos difíceis se apresentam, como o que vivemos em 2015, os gestores ao pensar
em corte de gastos miram logo em pessoas. Não acredito que seja esse o caminho. De verdade. Tanto
investimento para desenvolver um profissional que conheça do nosso negócio e depois o demitimos?!
Algo indispensável é: ajuda especializada com uma visão sem os vícios do dia a dia, olhando a opera-
ção com novos olhos; não é uma questão de pensar fora da caixa; é jogar a caixa fora, mapear as
oportunidades e celebrar as perdas junto com o time; adotando planos de ações simples e efetivos.
As oportunidade existem, encontrá-las depende de uma gestão prática e efetiva. Boa sorte e muito
sucesso para o seu negócio.
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES
O custo de transporte representa a maior parcela dos custos logísticos na maioria das empresas. Ele
pode variar entre 4% e 25% do faturamento bruto, e em muitos casos, supera o lucro operacional. Em
1998, o custo total de transporte nos Estados Unidos foi de US$ 529 bilhões representando 59% de
todos os custos logísticos e 6,2% do PIB. No Brasil estimase que estes custos estão na ordem de R$
60 bilhões.
O sistema de transporte no Brasil, que ficou vários anos sem receber investimentos significativos, está
passando por um momento de transição no que diz respeito as possibilidades de utilização de mais de
um modal na movimentação de cargas por toda a cadeia de suprimentos. Isto ocorre principalmente
pelo processo de privatização de ferrovias e portos, execução de obras infraestruturais e também pela
iniciativa de vários embarcadores e prestadores de serviços logísticos.
Os tipos de produtos predominantemente transportados por mais de um modal são commodities, como
minério de ferro, grãos e cimento, todos caracterizados como produtos de baixo valor agregado. Por-
tanto, para que estes produtos sejam competitivos é indispensável um sistema de transporte eficiente,
pois o custo de transporte é uma parcela considerável do valor destes produtos.
Para produtos de maior valor agregado, o fluxo de transporte por mais de um modal é bastante insipi-
ente no Brasil. Nos Estados Unidos, o transporte rodoferroviário apresentou crescimento acumulado
de 50% nos últimos 10 anos, tendo transportado em 1998, cerca de 9 milhões de contêineres e carretas.
Como cada vez mais buscase redução nos custos logísticos e maior confiabilidade no serviço prestado,
o uso de mais de um modal no Brasil surge como grande oportunidade para as empresas tornaremse
mais competitivas, visto que o modal rodoviário predomina na matriz de transporte do Brasil, mesmo
para produtos/trechos onde não é o mais competititivo.
Embora se possa observar alguns exemplos de soluções logísticas que contemplem a utilização de
mais de um modal, estas iniciativas ainda esbarram em questões infraestruturais e de regulamentação,
tais como: eficiência dos portos, terminais para integração entre os modais e regulamentação da ope-
ração de transporte por mais de um modal. A infraestrutura do sistema de transportes no Brasil com-
parada a outros países ainda deixa muito a desejar, como pode ser visto na figura 1.
Considerandose os índices de extensão da malha/área territorial, podese perceber que o Brasil apre-
sentase em situação bastante inferior à diversos países. Em relação à Argentina, por exemplo, a dife-
rença relativa da malha ferroviária chega a ser de um terço, e em relação aos Estados Unidos é de
pouco mais que um quinto.
Definição
Como realmente não se trata apenas de uma questão semântica, foram identificadas características
bem definidas dentro da evolução do uso de mais um modal para o transporte de carga.
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES
A primeira fase, caracterizase por um transporte combinado, ou seja, na utilização de mais de um modal
com baixa eficiência na transferência. Na segunda fase, observase que, inicialmente, o termo intermo-
dalidade era tratado basicamente do ponto de vista operacional, simplesmente como uma junção de
diferentes modais de transporte. Este conceito foi apresentado por alguns autores durante a década de
80. Em 1993, na European Conference of Ministers of Transport, o conceito de intermodalidade foi
definido como:
“O movimento de bens em uma única unidade de carregamento, que usa sucessivos modais de trans-
porte sem manuseio dos bens na mudança de um modal para outro”. No livro americano Intermodal
Freight Transportation (1995) encontrase a seguinte definição para transporte intermodal: “Transporte
realizado por mais de um modal, caracterizando um serviço portaaporta com uma série de operações
de transbordo realizadas de forma eficiente e com a responsabilidade de um único prestador de servi-
ços através de documento único. Para o transporte intermodal que utiliza contêiner, a carga permanece
no mesmo contêiner por toda viagem”. Esta definição representa a terceira fase. Entretanto, o Ministério
dos Transportes do Brasil definiu a terceira fase como transporte multimodal, seguindo a linha européia.
Daqui em diante, será utilizada a nomenclatura intermodalidade para indicar a terceira fase, visto que
no nosso entender este termo é mais apropriado para definir as características desta fase. Com isso, o
conceito de multimodalidade fica representado pela segunda fase. Cabe ressaltar que ao longo do
texto, o termo multimodalidade será usado para evidenciar o atual cenário no Brasil.
Regulamentação
Uma das principais barreiras à implementação do conceito de intermodalidade no Brasil diz respeito a
sua regulamentação. A lei no 9.611 de 19 fevereiro de 1998 dispõe sobre a prática do Operador de
Transporte Multimodal (OTM)1. Esta lei define o transporte multimodal de cargas como aquele que,
regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o
destino, e é executado sob a responsabilidade única de um OTM. Este operador precisa necessaria-
mente possuir os ativos necessários para a execução da movimentação.
Uma das maiores dificuldade desta lei vir a se tornar uma realidade está ligada à questão fiscal. Com
a implementação do uso de um único documento de transporte (Conhecimento de Transporte Multimo-
dal), alguns estados, representados por suas Secretarias de Fazenda, argumentam que seriam preju-
dicados na arrecadação do ICMS. Atualmente esta lei está na Casa Civil e prestes a ser oficializada.
Para uma empresa brasileira ser credenciada como OTM, deve entrar com solicitação junto ao Minis-
tério dos Transportes. Hoje, apenas 11 empresas possuem esta credencial.
Nos EUA foi promulgada em 1991 uma lei chamada de ISTEA, “Intermodal Surface Transportation
Efficiency Act” ou Lei da Eficiência do Transporte Intermodal de Superfície, que procurava contemplar
o setor de transportes com uma legislação mais atualizada e mais condizente com os recentes desen-
volvimentos na economia americana e mundial.
Atualmente ela é considerada como revolucionária pelos próprios agentes envolvidos com as atividades
de transportes. O objetivo primordial que fundamentou a confecção dessa lei foi a estratégia dos EUA
de desenvolver um sistema nacional intermodal de transportes que seja economicamente eficiente e
que providencie para a Nação os mecanismos necessários para mantêla competitiva numa economia
globalizada.
Afinal, qual o motivo para se utilizar mais de um modal? A resposta para esta pergunta é bastante
simples. Basta pensarmos que a utilização de mais de um modal representa agregarmos vantagens de
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES
cada modal, que podem ser caracterizadas tanto pelo serviço, quanto pelo custo. Associado a estas
possibilidades, devese considerar o valor agregado dos produtos a serem transportados, bem como
questões de segurança. Na figura 2 podemos verificar a comparação das características de serviço
entre os modais.
Por exemplo, o transporte rodoferroviário tem como vantagens em relação ao transporte rodoviário, o
custo baixo do transporte ferroviário para longas distâncias e da acessibilidade do transporte rodoviário.
Combinados eles permitem uma entrega na porta do cliente a um custo total menor e a um tempo
relativamente maior, buscando portanto um melhor equilíbrio na relação preço/serviço.
Se compararmos a competição entre a rodovia e ferrovia, podemos verificar que para uma determinada
distância e volume transportado, a utilização de mais de um modal é a forma mais eficiente de executar
a movimentação, como pode ser visto na figura 3, que foi desenvolvida pela ATA (American Trucking
Association) para demonstrar as características de distância e volume de maior competitividade do
modal rodoviário.
No Brasil, esta tabela possui distorções consideráveis quanto a capacidade de competição da alterna-
tiva intermodal, principalmente devido à infraestrutura existente e a própria regulamentação. A figura 4
apresenta o marketshare da ferrovia em função da distância transportada. Bem diferente dos Estados
Unidos, a ferrovia no Brasil perde espaço nas longas distâncias, justamente onde ela deveria ser mais
competitiva.
Embora as ferrovias estejam transportando muito mais no sentido NorteSul do que antes da privatiza-
ção, o volume ainda está muito abaixo do potencial existente. Um exemplo deste transporte é o fluxo
regular entre Suape e Paulínia oferecido pela FCA e que passa por 3 ferrovias. O tempo de trânsito,
bem como a indisponibilidade de capacidade de transporte são limitações para o crescimento desta
movimentação. Isto faz com que exista cargas provenientes do norte/nordeste vindo para o sul/sudeste
utilizando o modal rodoviário, percorrendo mais de 2000 Km. A cabotagem surge como uma boa opção,
desde que resolva os problemas de eficiência dos terminais portuários, de integração com outros mo-
dais e na própria freqüência de embarcações que são ofertadas ao mercado.
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES
Conforme podemos verificar na figura 5, a matriz de transporte atual possui uma distorção significativa.
O modal rodoviário corresponde a 62% do volume transportado em TKU, enquanto que nos Estados
Unidos este modal representa 26% e o ferroviário 38%. É importante destacar, que a participação do
modal ferroviário no Brasil é fortemente dependente do minério de ferro. Sem este transporte, sua a
participação cai de 20% para 9%.
Um ponto crítico para a escolha do modal rodoviário no transporte de cargas que deveriam ser movi-
mentadas por outro modal, reside no fato do frete rodoviário situarse, em muitos casos, num patamar
abaixo dos níveis razoáveis de remuneração do negócio. Principalmente para os cerca de 350 mil
transportadores autônomos existentes no Brasil. Este tipo de transportador não faz uma avaliação de
todos os seus custos e com isso pratica um frete menor do que deveria. Atualmente com a propagação
de pedágios nos principais trechos do país os transportadores rodoviários estão sofrendo uma pressão
bastante grande para manter a competitividade.
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES
Tecnicamente, a integração entre modais pode ocorrer entre vários modais (aéreorodoviário, ferroviá-
riorodoviário, aquaviárioferroviário, aquaviáriorodoviário) ou ainda entre mais de dois modais. Por
exemplo, a soja produzida em Goiás, segue de caminhão da lavoura para o porto de São Simão, em
Goiás. De lá, segue até Perdeneiras, interior de São Paulo, pela hidrovia TietêParaná. Chegando final-
mente ao Porto de Santos através da Ferroban, totalizando cerca de 1340 Km. Nesta operação, um
comboio de 2200 toneladas de soja transportado pela hidrovia representa a ausência de 70 caminhões
das estradas. Neste caso, embora o tempo seja maior do que o modal rodoviário, o custo do frete é
consideravelmente menor, passando de US$ 34,5 a 46 (modal rodoviário) para US$ 25 (multimodal).
Uma das principais técnicas utilizadas no intermodalismo, principalmente nos Estados Unidos, está
relacionada ao acoplamento entre modais. Focando a integração entre o modal rodoviário e o ferroviá-
rio, este tipo de abordagem pode ser classificada da seguinte forma:
• Container on flatcar (COFC): Caracterizase pela colocação de um contêiner sobre um vagão ferrovi-
ário. Também existe a possibilidade de posicionar dois conteineres sobre um vagão (doublestack) para
aumentar a produtividade da ferrovia. Nos Estados Unidos e Europa este tipo de operação é comum.
Entretanto no Brasil, para muitos trechos seria inviável, principalmente devido às restrições de altura
em túneis.
• Trailer on flatcar (TOFC): Também conhecido como piggyback, teve origem nos primórdios da ferrovia
americana. Consiste em colocar uma carreta (semireboque) sobre um vagão plataforma. Esta operação
tem como principal benefício reduzir custos e tempo com transbordo da carga entre os modais, evitando
com isso, investimentos em equipamentos de movimentação em terminais rodoferroviários.
• Car less: Como o próprio nome sugere é uma tecnologia que não utiliza o vagão ferroviário conven-
cional. Consiste na adaptação de uma carreta que é acoplada a um vagão ferroviário igualmente adap-
tado, conhecido como truck ferroviário. Com este sistema pode ser criado um trem específico ou misto,
ou seja, com outros tipos de vagões.
No Brasil existem alguns desenvolvimentos da tecnologia car less, um deles é chamado Rodotrilho2.
O transporte de carga utilizando uma das formas citadas acima, ainda é pouco representativo no Brasil.
Por exemplo, dos cerca de 8 milhões de conteineres que foram movimentados em 1998 pelo porto de
Santos, o maior do país com 40% da movimentação de conteineres, apenas 4% foi movimentado pela
ferrovia. Sendo que em 1999 a movimentação ficou em torno de 2,5%.
Um outro dado interessante, é que no Brasil não existe um fluxo regular da tecnologia car less. Entre-
tanto, estamos passando por um momento em que estas operações vão tornarse uma realidade. Várias
empresas, tais como: CocaCola, Brahma, OPP Trikem, Gessy Lever, entre outras, começam a avaliar
e testar este tipo de tecnologia para obter redução nos custos de transporte sem comprometimento na
qualidade do serviço prestado. É bem verdade, que a consolidação desta prática passa necessaria-
mente por uma ferrovia mais confiável e por investimentos nos equipamentos necessários.
É importante ressaltar que nestas operações é necessário que uma das partes seja responsável pela
movimentação, bem como seja definido quem, de fato, fará os investimentos nos ativos. Nos Estados
Unidos, existem 5 alternativas no transporte intermodal utilizando a ferrovia e rodovia e que podem ser
caracterizadas por duas variáveis importantes: responsabilidade pela carga (emissão da documentação
e recebimento do frete do embarcador) e propriedade sobre os ativos (investimento em carretas). Estas
alternativas são apresentadas a seguir:
Tipo 2: A ferrovia é responsável pela movimentação da carga. Tanto a carreta, quanto o vagão são de
propriedade da ferrovia. Existem variações deste tipo no que diz respeito à coleta e entrega. Existe a
possibilidade do próprio embarcador ser o responsável por estas atividades.
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES
Tipo 4: Diferenciase do tipo 3 apenas quanto a propriedade do vagão, que neste caso é do embarcador.
Tipo 5: Caracterizase pela joint venture entre transportador rodoviário e ferroviário. Um dos dois pode
ser o responsável pela movimentação da carga.
Estas possibilidades tendem a ocorrer no Brasil, principalmente depois da regulamentação que esta-
belece a presença do OTM. Os investimentos a serem realizados em ativos como semireboques espe-
cíficos, podem ser feitos pelo embarcador, transportador ferroviário, rodoviário ou até mesmo por uma
empresa de leasing. Na verdade, existe uma indefinição sobre quem vai investir, que sem dúvida causa
um atraso considerável na evolução do processo.
Os principais fatores para evolução da intermodalidade no Brasil estão relacionados com ações infra-
estruturais que dependem de investimentos privados e públicos, regulamentação do OTM e investi-
mentos em ativos que viabilizem esta prática e também do posicionamento das empresas (embarca-
dores) em avaliar sistematicamente as alternativas que estão surgindo.
O governo federal através do Programa Brasil em Ação executou um conjunto de projetos que possibi-
litaram o desenvolvimento de alternativas de transporte por mais de um modal. A expectativa é que
novos investimentos sejam realizados para complementar os projetos já realizados.
Os próprios embarcadores começam a investir em terminais. Bons exemplos desta iniciativa são CSN,
Cargill, Usiminas e Feterco. Quanto ao investimento em carretas específicas para o sistema intermodal,
ainda existe a dúvida em quem vai investir. Em alguns casos este problema já está sendo encaminhado
através do estabelecimento de parcerias.
Começam a surgir empresas que ao invés de ofertarem apenas o serviço de transporte, estão se tor-
nando capazes de oferecer soluções que integram outras atividades ao serviço desejado, tais como: o
transporte multimodal, movimentação em terminais, armazenagem, gestão do estoque, acompanha-
mento da carga, entre outras. A lei que legitima a função do OTM, será um elemento facilitador para os
prestadores de serviço caminharem em direção a oferta de um serviço completo. Entretanto, a imple-
mentação de todos os procedimentos desta nova lei, está condicionada a um período de adaptação.
A introdução da tecnologia car less possibilitará o incremento da intermodalidade. Esta condição está
fortemente associada a melhoria operacional das ferrovias e ao posicionamento dos envolvidos na
obtenção de uma solução integrada.
Embora o Brasil ainda tenha muito a fazer em todos os aspectos abordados, a aplicação do conceito
de intermodalidade está prestes a tornarse uma realidade. Resta saber, a intensidade na qual os pres-
tadores de serviço de transporte vão caminhar para ofertar soluções logísticas integradas, que contem-
plem a intermodalidade, bem como outras atividades logísticas.
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ATUALIDADES
Atualidades
O governo Lula é o período atual da história política brasileira em que Luiz Inácio Lula da Silva exerce
a presidência da República desde 1.º de janeiro de 2023, representando seu retorno ao cargo para
um terceiro mandato após ter sido presidente de 2003 a 2011. Lula, do Partido dos Trabalhadores, foi
escolhido por voto popular direto na eleição presidencial de 2022, derrotando o candidato à reelei-
ção Jair Bolsonaro.
Sob o slogan "União e Reconstrução", o governo atualmente é composto por 37 ministérios, quinze a
mais que o governo anterior e o segundo maior número de pastas desde a redemocratização, sendo
menor do que no segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff, que teve 39 pastas.
Antecedentes
Em entrevista à revista francesa Paris Match em 20 de maio de 2021, Lula confirmou sua pré-candi-
datura na eleição presidencial no ano seguinte. Buscando formar uma frente ampla com apoio de fi-
guras civis e políticas de outros espectros, o Partido dos Trabalhadores (PT) convidou Geraldo Alck-
min, antes adversário político de Lula, para ser seu candidato a vice-presidente em uma coligação in-
tegrada pelo PSB, PC do B, PV, PSOL, REDE, Solidariedade, Avante e Agir.
Lula terminou o primeiro turno na primeira colocação com 48,43% dos votos válidos, contra 43,20%
de Jair Bolsonaro, com quem disputou o segundo turno, tendo o vencido por 50,90% a 49,10% do
eleitorado, o resultado mais acirrado de uma eleição presidencial no Brasil. Empossado presi-
dente em 1.º de janeiro de 2023. Lula foi o primeiro mandatário eleito para três mandatos e o primeiro
desde Getúlio Vargas a exercer mais de um mandato não consecutivo, sendo também, aos 77 anos,
o mais idoso a assumir o cargo.
Eleições de 2022
Em seu discurso após a vitória nas urnas, Lula adotou um tom moderado, falando que pretende "paci-
ficar o país", mas de forma indireta chamou seu adversário político, Jair Bolsonaro, de autoritário e
fascista, ao dizer que derrotou o autoritarismo e o fascismo, como já vinha se referindo antes da vitó-
ria nas eleições devido a Bolsonaro ter frequentemente flertado com esse regime, e posteriormente,
antes da sua posse, afirmou: "vamos ter que derrotar o bolsonarismo nas ruas", em uma campanha
marcada pela polarização e pelo maniqueísmo, no qual a campanha de Lula tentou caracterizá-lo
como a única alternativa no segundo turno para quem acreditava na democracia, enquanto que Bol-
sonaro buscou associar Lula ao comunismo e aos regimes antidemocráticos de esquerda como os
da Venezuela,Cuba, e Nicarágua. O novo governo enfrentará um Congresso bastante conservador,
com muitos ministros de Bolsonaro e figuras próximas ao bolsonarismo ocupando cadeiras no parla-
mento.
Período De Transição
Em 1.º de novembro de 2022, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin foi definido como coordenador
da equipe de transição do governo. No dia 3, Alckmin e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, reuni-
ram-se para iniciar a transição do governo.
O vice-presidente eleito também se encontrou com lideranças políticas com vistas a alterar o orça-
mento federal ainda em 2022, de modo a viabilizar objetivos do futuro governo.
Sua equipe de transição, composta por 913 integrantes, foi considerada a mais numerosa da história
do Brasil. Apesar disso, a maioria são voluntários e apenas 22 integrantes são remunerados, embora
a legislação permita até 50 vagas com salários.] Dos cargos com remuneração, os salários variam em
níveis de 2.701,46 a 17.327,65 reais,] estes gastos somam 242.645,32 reais mensais.
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ATUALIDADES
A equipe de transição, assim, reservou 1,6 milhão de reais, sendo este é o menor orçamento disponí-
vel para uma transição de governo em termos reais desde 2006, considerando a inflação, ano que
passou a incluir reserva para gastos com a transição, mesmo em casos de reeleição, enquanto o da
transição de Bolsonaro havia gastado todos os 2,9 milhões de reais que tinha disponíveis, o mais alto
desde o supracitado ano.
Em 20 de novembro de 2022, quando a equipe ainda possuía cerca de 300 integrantes, ela era com-
posta por pessoas oriundas de diferentes regiões do país (diferente da equipe de transição do go-
verno anterior), sendo 64% homens, 1/3 pertencente ao Partido dos Trabalhadores, a maioria até en-
tão paulistas, e de variados grupos étnicos.
Brancos representavam 75%, enquanto os negros (pardos e pretos, inclusive autodeclarados) soma-
vam 18%. Havia, ainda, 11 indígenas (3,8% do total) e quatro integrantes de origem asiática. "É a
equipe de transição a mais diversa da história do país", afirmou uma integrante da equipe de transi-
ção.
Uma das primeiras medidas anunciadas pela equipe de transição foi a busca de recursos para ban-
car as promessas de Lula na campanha eleitoral, como a manutenção do Auxílio Brasil no valor de
600 reais por família, que custaria R$ 52 bilhões, com acréscimo de 150 reais para cada criança de
até 6 anos de idade, que custaria R$ 18 bilhões, o reajuste do salário mínimo acima da inflação e a
correção das tabelas do imposto de renda e do SUS, dentre outras medidas, que não cabem no orça-
mento de 2023, já definido por Bolsonaro.
As soluções possíveis encontradas pela equipe de Lula foram a aprovação de uma Proposta de
Emenda à Constituição autorizando que o teto de gastos seja ultrapassado, de forma excepcional,
inicialmente, em cerca de 200 bilhões por quatro anos, ou a abertura de crédito extraordinário ao or-
çamento, com prévio aval do Tribunal de Contas da União, para evitar questionamentos sobre a cons-
titucionalidade da medida.
A equipe de transição decidiu, afinal, que a autorização para ultrapassar as restrições ao crescimento
das despesas imposta pelo teto de gastos deveria ser obtida mediante aprovação de uma emenda
constitucional (PEC da Transição), chamada também de "PEC do Estouro". A medida, que não veio
acompanhada de contrapartidas para corte de despesas em outras áreas do orçamento federal nem
de aumento da arrecadação, não foi bem recebida no mercado financeiro, levando ao aumento dos
juros futuros, à desvalorização do real e à queda do Ibovespa.
De acordo com o ex-ministro Henrique Meirelles, criador do teto de gastos, que apoiou Lula na cam-
panha eleitoral e que era cogitado para ocupar o cargo de Ministro da Economia, a política econô-
mica de Lula irá pelo mesmo caminho do governo Dilma, período no qual ocorreu a maior recessão
da história brasileira. E uma nota técnica da Consultoria de Orçamento da Câmara disse que a "PEC
da Transição eleva dívida em 10 pontos até 2026".
Entretanto, partidos do chamado centrão sinalizavam que a licença para ultrapassar o teto de gastos
será mais modesta, apenas o suficiente para manter em 600 reais o auxílio brasil e para reajustar o
salário-mínimo acima da inflação, e somente para o ano de 2023, em um valor estimado em 58,4 bi-
lhões de reais. Para os anos seguintes o governo teria de negociar com a nova composição do parla-
mento.
Outra medida colocada em prática pela equipe de Lula é a tentativa de barrar a nomeação de autori-
dades jurídicas e diplomáticas por parte de Bolsonaro. Segundo a assessoria de Lula esses novos
cargos podem servir como apoio político ao presidente.
Assim, como tentou impedir, sem sucesso, a indicação Ilan Goldfajn a presidência do Banco Intera-
mericano de Desenvolvimento (BID), ele foi indicado pelo então governo Bolsonaro, pelo então minis-
tro da economia, Paulo Guedes.
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ATUALIDADES
Os economistas Arminio Fraga, Pedro Malan e Edmar Bacha, que apoiaram Lula durante a campa-
nha eleitoral, divulgaram durante o dia uma carta pública induzindo o novo governo a manter a res-
ponsabilidade fiscal.
Para atenuar a repercussão das medidas de desajuste fiscal, Guido Mantega, integrante da equipe de
transição de governo e ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, condenado pelo Tribunal
de Contas da União em decorrência das pedaladas fiscais, pediu seu desligamento, e Geraldo Alck-
min foi a público defender a responsabilidade fiscal, sugerindo que, no longo prazo, o governo bus-
cará o superávit primário para equilibrar as contas públicas.
Para reduzir o tamanho do estouro no teto de gastos, o senador Alessandro Vieira, que apoiou Lula
durante a campanha eleitoral, apresentou uma proposta alternativa, reduzindo de 198 bilhões de re-
ais para 70 bilhões de reais a autorização para expansão dos gastos federais, e determinando que o
governo federal apresente, ainda em 2023, uma proposta permanente para equilíbrio das contas do
governo federal, em substituição ao teto de gastos, o que sinalizou para o mercado que o Congresso
Nacional não autorizará medidas excessivamente irresponsáveis do ponto de vista fiscal. Nelson Bar-
bosa, Ministro da Fazenda e do Planejamento durante o governo Dilma e integrante da equipe de
transição, defendeu que um aumento no gasto federal de até 136 bilhões de reais não representaria,
na proporção do PIB, uma expansão.
A "PEC da Transição" foi aprovada pelo plenário do Senado Federal em 7 de dezembro, em dois tur-
nos, conseguindo o substancial apoio de 64 senadores em cada turno. O texto aprovado pelo Senado
e enviado à Câmara dos Deputados eleva a base de cálculo do teto em 145 bilhões de reais para os
anos de 2023 e 2024, ou seja, 2 anos, e estabelece a obrigatoriedade do envio de projeto de lei com-
plementar ao Congresso Nacional pelo Presidente da República, até o final de agosto de 2023, com o
objetivo de instituir novo regime fiscal para substituir o teto de gastos.
A versão inicial do parecer apresentado pelo relator da PEC aumentou as dúvidas sobre a disciplina
fiscal do novo governo, pois utilizou como justificativa para a expansão dos gastos públicos sem cor-
respondente aumento na arrecadação uma teoria econômica heterodoxa, a Teoria Monetária Mo-
derna (MMT, na sigla em inglês), apontada pelos críticos como "terraplanismo econômico", "traquina-
gem juvenil" e "pérola da magia negra". Proposta semelhante, revista por seu sucessor, acabou por
encerrar precocemente o governo do premiê britânico Liz Truss. Haddad, futuro Ministro da Fazenda,
atuou nos bastidores, após as críticas do mercado, para retirar as referências à teoria do parecer
aprovado.
A Câmara aprovou a "PEC da Transição" mantendo os 145 bilhões de reais para apenas 2023, ou
seja, reduzindo de 2 anos para 1 ano. Em 21 de dezembro de 2022, a PEC foi promulgada pelo Con-
gresso Nacional.
Em seu último dia de gestão, o governo Bolsonaro decretou a redução à tributação das maiores em-
presas do Brasil, retirando 5,8 bilhões de reais por ano de receitas do governo Lula. Pega de sur-
presa, a equipe econômica de Haddad deve revogar tais medidas, uma vez que o rombo previsto no
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ATUALIDADES
Orçamento de 2023 é de 220 bilhões de reais. O economista José Roberto Afonso, professor do Insti-
tuto de Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e pesquisador da Universidade de Lisboa, descreveu essa
redução de última hora como "amoral" e finalizou "é curioso saber por que se esperou o último dia do
ano para tomar essa decisão e se por acaso isso foi combinado com o governo a ser empossado. [...]
Mais curioso ainda será saber se essa medida, que reduz arrecadação e piora o déficit, mas beneficia
as maiores empresas do País e aumenta os seus ganhos financeiros em termos líquidos, em caráter
permanente, será tão criticada quanto as outras medidas que aumentaram o auxílio emergencial para
os mais pobres".
Plano De Governo
Não tendo formalizado suas propostas em um plano de governo, na véspera do segundo turno Lula
divulgou um documento denominado Carta para o Brasil do Amanhã, abordando resumidamente
treze propostas para seu novo governo. Embora o documento não afirme que o teto de gastos será
revogado, por repetidas vezes durante a campanha eleitoral Lula defendeu a sua abolição, sem indi-
car se outro mecanismo o substituirá.
Críticos do então candidato alegaram durante a campanha que ele estava pedindo um "cheque em
branco", enquanto seus defensores rebatiam que em seus dois mandatos o governo federal apresen-
tou superávit primário e que Lula sabe a importância de se governar com responsabilidade fiscal.
Retomada de obras paradas e prioritárias, para expandir o mercado interno de consumo. Investi-
mento em serviços públicos e sociais, em infraestrutura e em recursos naturais estratégicos. Uso
das empresas estatais como indutoras do crescimento e da inovação tecnológica. Construção de uma
nova legislação trabalhista, e oferta de crédito subsidiado para trabalhadores das micro, pequenas e
médias empresas.
Manter o valor do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, em 600 reais por família e
com acréscimo de 150 reais por criança de até 6 anos de idade. Renegociação das dívidas dos ina-
dimplentes com desconto e juros subsidiados. Isenção do imposto de renda para quem recebe até 5
mil reais mensais. Reforma tributária. Igualdade salarial para homens e mulheres.
Busca do desmatamento zero na Amazônia e emissão zero de gases do efeito estufa. Apoio à agri-
cultura de baixo carbono e à agricultura familiar. Combate ao garimpo ilegal.
Construção de creches. Aumento dos recursos da merenda escolar. Implantação do ensino em tempo
integral. Premiação em dinheiro para o estudante que completar o ensino médio. Criação de universi-
dades. Expansão do ensino técnico. Formar mais professores e aumentar sua remuneração.
Investir no Minha Casa Minha Vida, atualmente denominado Casa Verde e Amarela. Universalizar o
acesso à luz e à água. Estruturar um novo Programa de Aceleração do Crescimento.
Revogar as normas que facilitaram o acesso às armas de fogo. Equipar, treinar e remunerar melhor
as polícias.
Promover ações que garantam tratamento igualitário perante a lei às pessoas independente de etnia,
gênero, orientação sexual, idade, credo, dentre outros.
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ATUALIDADES
Superar o isolamento internacional e buscar reposicionar o Brasil como protagonista no mundo, in-
vestindo na integração regional e dialogar com Rússia, Índia, China e África do Sul (que, junto com o
Brasil, são denominados com o acrônimo BRICS), além da África, União Europeia e Estados Unidos.
Economia
Neste 2023 os rumos da economia brasileira continuam nas pautas de discussão. Em meio às incer-
tezas sobre como medidas macroeconômicas refletirão no bolso e nos investimentos dos brasileiros,
temas como o risco político e taxa Selic impactam nas respostas dessas perguntas.
A taxa Selic é conhecida como a taxa básica de juros da economia, porque serve como base dos ju-
ros do País. Ou seja, ela influencia a vida das pessoas, pois sua variação afeta o controle da inflação.
Em dezembro de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) definiu que a taxa Selic atual é de
13,75% ao ano. O boletim Focus de 13 de janeiro de 2023 aponta essa taxa em 12,5% ao ano.
Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, acredita que a taxa seguirá em 13,75% até o
segundo semestre do ano.
“Os juros já estão elevados. Juros a 13,75% não são uma coisa simples. A gente pode ver perspecti-
vas de que a taxa de juros se mantenha nesse patamar. Quando o cenário da economia em
2023 mostrar segurança, e o Banco Central estiver bastante seguro, ele pode começar a mostrar cor-
tes”, opina Sung.
As incertezas sobre como será a política econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) também entram nessa pauta. A revogação do teto de gastos, atual política de arcabouço
fiscal, é um dos temas que deixa mais pulgas na orelha do mercado.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, prometeu que apresentará o novo arcabouço fiscal até abril.
Segundo ele, a equipe econômica do governo Lula quer fazer “algo estrutural” nesse tema.
Enquanto a proposta não é apresentada, temores mais abrangentes sobre o risco fiscal ficam no ar.
Arruda ressalta que existe uma “dinâmica técnica e política por trás do processo”. Assim, a forma
como as forças do Executivo e Legislativo serão balanceadas neste processo é o que coloca um
ponto de interrogação nos agentes econômicos.
Nas projeções da XP, o valor justo do Ibovespa para o final deste ano ficará em torno de 125 mil pon-
tos. “Reduzimos de 135 mil para 125 mil por causa dessa forte alta de juros que vimos no mercado,
principalmente dos juros de longo prazo. Juros longos para cima trazem o valor para baixo”, detalha
Ferreira.
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ATUALIDADES
A gente continua vendo bastante valor na bolsa brasileira. Continuamos vendo os indicadores de
preço sobre lucro nos menores níveis desde 2008, então a bolsa continua bastante barata.
“Continuamos gostando de renda variável Brasil, mas ainda em um cenário de cautela. A volatili-
dade continua, os investidores devem continuar posicionados em papéis de empresas sólidas, gera-
doras de caixa e que consigam crescer com o macro mais desafiador”, complementa.
Em meio a esse contexto econômico geral, cuidar das finanças pessoais também é algo essencial
para não ficar no vermelho e organizar a sua saúde financeira.
Economizar dinheiro é uma das possibilidades para conseguir organizar as finanças pessoais. Viní-
cius Romano, especialista em renda fixa da Suno Research, defende que o tema seja tratado da
mesma forma como cuidamos da saúde.
“Quando a gente vai ao médico, ele faz um exame geral para ver o que tem de errado com o nosso
corpo para, aí sim, atuar de uma maneira mais específica. No caso do dinheiro, acredito que seja a
mesma coisa. Temos que fazer um check-up da nossa vida financeira. Fazemos um balanço de todas
as dívidas que temos e, com isso, temos uma imagem mais real da nossa vida financeira”, comenta
Romano.
Embora o slogan eleitoral do recém-iniciado segundo mandato presidencial tenha sido "Brasil, pátria
educadora", indicativo da verbalizada intenção governamental de elevar a educação ao patamar de
"prioridade das prioridades", os rumos econômicos assumidos pelo novo governo comprometem o
futuro da educação brasileira.
A título de ilustração, cabe lembrar que, segundo estudo do IPEA (2011), a cada aumento de 1 ponto
percentual na taxa de juros o governo gasta o equivalente a 0,6% do PIB, o que corresponde a quase
três vezes a complementação da União ao Fundeb. Em outras palavras, uma redução de 1,5 pontos
percentuais da Taxa Selic já viabilizaria o CAQi (Custo Aluno Qualidade inicial), o mesmo CAQi que,
não fora a mobilização da sociedade civil, não estaria incorporado ao atual Plano Nacional da Educa-
ção (PNE).
Sem essa mesma mobilização, não constaria também no Plano o percentual de 10% do PIB para a
educação até 2024. As também recentes mudanças em programas de financiamento educacional,
bem como o atraso na alocação de recursos para programas anunciados em campanha eleitoral
como prioritários pelo novo governo, denotam um cenário confuso e preocupante para o futuro da
educação brasileira.
Os desafios postos atualmente e os que nos esperam nestes próximos quatro anos, vêm sendo en-
frentados pelo Governo Federal com medidas conflitantes e flagrantemente incompatíveis com as
propostas eleitorais.
Assim, por exemplo, inclui-se no PNE a utilização de indicadores de qualidade com base na Avalia-
ção Institucional e, ao mesmo tempo, fixa-se uma meta de atingimento do Ideb e até do Pisa, exame
idealizado e elaborado para atender as demandas da OCDE. Do mesmo modo, incluem-se os 10%
do PIB para a educação, mas facilita-se enormemente a destinação de recursos públicos ao setor pri-
vado.
E o que é pior, sem buscar - até agora - estabelecer diálogo e possível canal de negociação com os
sujeitos sociais coletivos. A despeito dos posicionamentos assumidos após longas e renhidas discus-
sões por entidades integrantes do Fórum Nacional da Educação, nem mesmo a Conferência Nacional
da Educação (Conae), realizada não em fevereiro como previsto, mas somente em novembro de
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ATUALIDADES
2014, reunindo delegados representantes de todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, orga-
nizada para propiciar o debate entre educadores, foi concretizada em tempo hábil para que as suas
demandas educacionais pudessem ser incorporadas ao Plano Nacional da Educação, inicialmente
previsto para 2010-2020, porém só aprovado em junho de 2014 (com imenso atraso!) pelo Congresso
Nacional. Mais do que mediar as disputas de diferentes concepções no campo da educação, defi-
nindo finalmente uma posição, medidas têm sido tomadas em zona amorfa e permeada de ambigui-
dades.
As declarações do novo Ministro da Educação apontam para a "reformulação radical do ensino mé-
dio" centrada na "revisão curricular", no prazo de dois anos. Seguindo as propostas do polêmico Pro-
jeto 6.840/2013, em tramitação na Câmara Federal, e aparentemente sem acompanhar os últimos
acordos efetuados entre o seu relator e as entidades estudantis e as do Movimento Nacional em De-
fesa do Ensino Médio, formalizados no Substitutivo ao PL (aprovado na última reunião da Comissão
Especial, em dezembro, e que deverá ser votado em 2015 pelo plenário da Câmara), Cid Gomes re-
toma as já desgastadas propostas empresariais de organizar os currículos a partir do que designa
como "grandes áreas" de conhecimento, caminho elegido para torná-los "mais palatáveis" à juven-
tude.
A revisão curricular deverá ocorrer simultaneamente a outro debate previsto no PNE que também en-
volverá grande disputa política: a definição das bases nacionais curriculares comuns no ensino funda-
mental e médio, ou seja, a definição dos conteúdos mínimos a serem estudados nas escolas do país.
É neste quadro de grande complexidade que o Plano Nacional da Educação, apresentado ao Con-
gresso Nacional por Mensagem Presidencial em 2010, sancionado e publicado no DOU em
25/06/2014, coloca para todos nós, comprometidos com a educação pública como direito, democrá-
tica, de qualidade referida socialmente e laica, o desafio da institucionalização em Lei do Sistema Na-
cional da Educação (SNE) nos próximos dois anos.
É importante que fiquem visíveis os interesses de grupos e forças políticas e econômicas antagônicas
que disputam o campo educacional no Brasil. Tais antagonismos manifestam-se tanto no entendi-
mento dado à concepção de educação presente no artigo 205* da Constituição Federal e nos princí-
pios dele decorrentes, artigo 206, quanto no texto do PNE já aprovado.
Correndo o risco de sermos demasiadamente sintéticos, assinala-se que se opõem nesses posiciona-
mentos, de um lado, a concepção mercantilista da educação respaldada na teoria do Capital Humano
e, de outro, a concepção do desenvolvimento humano, do direito à cidadania e da qualificação para o
trabalho.
Tendo em vista estas divergências e, ao mesmo tempo, considerando o fato de que elas não se
opõem, mas se hibridizam no PNE, o V Seminário da Educação Brasileira (SEB), a ser realizado em
junho de 2015, se propõe analisar e debater tanto as posições antagônicas quanto a concertação en-
tre elas, que são o substrato do Plano.
A presente proposta editorial que, inovadoramente, antecipa a publicação dos textos que serão deba-
tidos no V SEB, problematiza a constituição do SNE no contexto de mudanças estruturais e sociais
em curso na desigual sociedade brasileira contemporânea, considerando:
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ATUALIDADES
a organização atual do Estado, que envolve novas relações público/privado e incide sobre a concep-
ção do direito à educação pública de qualidade socialmente referenciada, substituindo-a por outra
que, sustentada em uma racionalidade pragmática, instrumental, restringe o direito à educação de
qualidade ao que pode ser mensurado.
Espera-se que o V SEB e a interlocução propiciada a seus participantes pela publicação antecipada
de textos, possa contribuir como mais um instrumento de reflexão e organização dos educadores e
suas instâncias deliberativas, no acompanhamento efetivo das metas do PNE e dos Planos Estaduais
e Municipais de Educação, com ampla participação dos vários setores sociais, e, dessa forma, para a
construção do Sistema Nacional de Educação e a democratização da escola pública de qualidade so-
cial em nosso país.
O ser humano, nos dias de hoje, não consegue mais viver sem a tecnologia na vida pessoal e profis-
sional, pois ela impactou diretamente na sociedade, e trouxe muito mais avanços em diversas áreas
da humanidade, tanto pessoal como profissionalmente.
A tecnologia atual pode apresentar algo irresponsável, e causar sérios prejuízos, como efeitos negati-
vos diversos que podem vir a causar, como por exemplo: efeitos colaterais, arriscando trazer aos se-
res humanos consequências sérias, como tirar empregos, impacto no sono, ansiedade, impacto na
interação social, propiciando vida sedentária as pessoas, confinando as pessoas, crianças e adultos a
ficarem dentro de casa.
“Ciência e tecnologia revolucionam nossas vidas, mas a memória, a tradição e o mito moldam nossas
respostas”. Arthur Schlesinger – historiador
Mas a tecnologia segue com várias fontes de recursos positivos, novidades fora do comum, que tra-
zem muitos benefícios, tais como: alivia a rotina, aperfeiçoa a vida da humanidade, traz avanços na
ciência, propicia redução de stress, avanços das tecnologias e das indústrias, e principalmente na
vida pessoal e profissional.
Com a internet, por exemplo, temos acesso a um volume de conhecimento imensurável e de forma
quase instantânea. Mas esse envolvimento com a rede pode trazer riscos de ataques cibernéticos, e
demais ações ilícitas por hackers, e pessoas mal-intencionadas ao utilizar a tecnologia.
Em meados da década de 1990, podíamos ver crianças brincando na rua, andando de bicicleta, brin-
cando de pega-pega, pulando amarelinha, jogando futebol.
Mas hoje em dia, o cenário é completamente diferente, as crianças ficam dentro de suas casas, o
tempo todo jogando nos celulares, assistindo vídeos, enviando mensagens por WhatsApp, e as famí-
lias não se reúnem mais a mesa, todos, crianças e adultos, com celulares e computadores em cada
cômodo da casa, impossibilitando o diálogo entre as famílias.
“O perigo de verdade não é que computadores passem a pensar como humanos, mas sim que huma-
nos passem a pensar como computadores”. Sydney Harris – jornalista.
Mas temos que concordar que a internet trouxe muitos benefícios, sendo esses benefícios se desen-
volvido com o passar dos anos, como empregos, entretenimento, redes sociais, vídeos, whats app,
etc.
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ATUALIDADES
A interação entre internet e sociedade deve levar a uma socialização entre indivíduos, propiciando
uma interação coletiva e benéfica a todos.
Apesar de a inteligência artificial trazer grandes benefícios, seu crescimento desenfreado pode se so-
brepor aos interesses da humanidade, acarretando assim, tanto malefícios como benefícios.
O uso desenfreado da tecnologia, pode ser utilizado para o bem ou para o mal, e esta é uma conse-
quência que temos que conviver, mas não aceitar.
O uso indiscriminado da internet deve ser observado e analisado, de tal forma a impedir seu uso por
meios ilícitos, de pessoas desonestas que a utilizam para práticas de atos indevidos.
Mas temos que afirmar que quanto mais evoluímos, mais dependemos desta maravilhosa invenção
que é a internet.
Pode-se concluir que os avanços tecnológicos geram oportunidades econômicas e sociais fantásti-
cas, mas precisam ser sustentados por políticas corretas para assegurar que tragam benefícios a to-
dos.
Os recursos energéticos são o foco dos interesses estatais, gerando disputas geopolíticas desde a
primeira Revolução Industrial. Na segunda metade do século XX, com a expansão do meio urbano-
industrial, principalmente, na América Latina e Sudeste Asiático e, consequentemente, o crescimento
populacional, houve o aumento exponencial da demanda energética.
Nos últimos anos, a questão energética traz novas discussões: agências internacionais, estados e a
sociedade, geram debate sobre consumo, recursos naturais, mudanças climáticas e, principalmente,
a segurança energética dos países mais ricos.
Antes de tudo, é importante conhecer os diferentes tipos de fontes de energia. Podemos classificá-las
em renováveis e não renováveis; primárias e secundárias; convencionais e alternativas.
Secundárias $$$\rightarrow$$$ utiliza-se um meio de energia para obter outro. Ex.: Usina Nuclear en-
riquece o Urânio para aquecer a água e mover as turbinas, gerando energia elétrica.
Alternativas $$$\rightarrow$$$ constituem uma alternativa ao modelo energético decorrente dos últi-
mos dois séculos, sua introdução diversifica a matriz de energia dos países, aumentando sua segu-
rança e seu desenvolvimento econômico e ambiental. Ex.: Solar, Eólica, Geotérmica e Maremotriz.
Apesar dos avanços tecnológicos das últimas quatro décadas, proporcionados pela Revolução Téc-
nico-Científico Informacional, o principal recurso da matriz energética é o mesmo desde a Segundo
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ATUALIDADES
Revolução Industrial (1850) – o petróleo – tendo o carvão como segundo maior demanda e o gás na-
tural em terceiro. Neste caso, apesar dos investimentos em fontes alternativas – solar, eólica, geotér-
mica, mantêm-se os combustíveis fósseis como a principal forma de obtenção de energia em nível
mundial.
Combustíveis fósseis são originados a partir da decomposição de restos de seres vivos, depositados
em partes mais baixas da crosta terrestre. Neste caso, podemos perceber que cerca de 85% da ma-
triz energética mundial é baseada em recursos finitos, emitindo cada vez mais CO$$$_2$$$ na at-
mosfera, alterando as condições climáticas do planeta.
É importante frisar que há esforços em investir e aumentar o consumo de energia proveniente de fon-
tes renováveis como a solar e a eólica. Países como Estados Unidos, China e Alemanha investem
cada vez mais em pesquisas para tornar mais eficiente a captação e a distribuição de energia origi-
nada pelo vento e sol.
Já no Brasil, diferente da mundial, observamos que a matriz energética nacional é diversificada, tendo
quase metade dela proporcionada por fontes renováveis, como a hidrelétrica e biomassa (conhecida
como biodiesel).
A diversificação demonstra que o Brasil está inserido neste novo cenário de mudanças e discussões
sobre o clima e o desenvolvimento sustentável, já que busca alternativas à importação, extração e
uso em larga escala de energias não-renováveis, como o petróleo, gás natural e carvão. Investimen-
tos em produção de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar e na construção de usinas hidrelétri-
cas, principalmente, na região Norte, trazem o Brasil para um patamar de um dos países com matriz
energética mais limpa do mundo.
Quase tudo que fazemos e usamos hoje passa por algum gasto de energia. Ir à escola ou ao traba-
lho, assistir à televisão, cozinhar, tomar banho, em tudo há gastado energético. Todavia, existem dife-
rentes formas de sua produção, distribuição e consumo, tanto de combustíveis, como de energia elé-
trica.
A maioria dos transportes são movidos a partir de óleos refinados do petróleo (gasolina, diesel e que-
rosene) sendo, então, o maior consumidor da indústria petrolífera. É, por isso que, uma entre diversas
dificuldades em implementar sistemas eficientes de transporte público – como metrôs, trens, ciclovias
etc – além da introdução e barateamento de carros híbridos, que também são movidos à eletricidade,
são originados pelas indústrias petroquímicas, que influenciam as ações governamentais na área
energética. Dessa maneira, das 25 maiores empresas do mundo em 2013, mais da metade é vincu-
lada ao setor de energia.
Podemos adquirir de diversas maneiras a energia elétrica que abastece nossas residências, parques
industriais e prédios públicos. Pode-se obter pelas hidrelétricas, com o represamento d’água, gerando
quedas para fluir entre as turbinas. Também temos as termoelétricas – usinas que geram energia a
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ATUALIDADES
partir do aquecimento de grande quantidade de água pela queima de gás natural, biomassa e Urânio
enriquecido. Além, obviamente, das novas fontes limpas – solar, eólica, geotérmica, maremotriz, etc.
Vale lembrar que a demanda energética vai crescer nos próximos anos, principalmente, nos chama-
dos países emergentes, como China, Índia, Brasil, África do Sul, entre outros. O avanço do meio ur-
bano, do potencial industrial e da população vai incrementar essas áreas como novas grandes consu-
midoras, principalmente de petróleo e energia elétrica. Contudo, os EUA ainda terão grande parcela
na produção e no consumo da energia do mundo. Estes, inclusive, vêm investindo maciçamente em
novas fontes de energia para se tornarem independentes, principalmente, dos exportadores de petró-
leo do Oriente Médio, Rússia e Venezuela.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Desenvolvimento Sustentável
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as ne-
cessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras
gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas
Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econô-
mico e a conservação ambiental.
Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio
ambiente. Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do
consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insus-
tentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende.
Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países.
Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio cres-
cimento econômico.
Pegada Ecológica
O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o caminho a seguir não pode
ser o mesmo adotado pelos países industrializados. Mesmo porque não seria possível.
Caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades do Norte, a quantidade
de combustíveis fósseis consumida atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 200
vezes.
Os crescimentos econômico e populacional das últimas décadas têm sido marcados por disparidades.
Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles de-
têm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da
produção de madeira mundial.
Desenvolvimento Sustentável
O conceito surgiu, em 1983, criado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
da Organização das Nações Unidas (ONU).
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Ele foi criado para propor uma nova forma de desenvolvimento econômico aliado ao ambiental:
Princípios e Objetivos
Desenvolvimento econômico
Desenvolvimento social
Conservação ambiental
Para isso, são priorizadas ações em prol de uma sociedade mais justa, igualitária, consciente, de modo
a trazer benefícios para todos. Ao mesmo tempo, deve-se reconhecer que os recursos naturais são
finitos.
Em 2015, foram definidos os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS). Eles deverão orientar
as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional até 2030.
O Brasil participou das negociações para a definição dos objetivos do desenvolvimento sustentável.
Após a definição dos ODS, o país criou a Agenda Pós-2015, para articular e orientar as atividades a
serem desenvolvidas.
Erradicar a pobreza
Erradicar a fome
Saúde de qualidade
Educação de qualidade
Igualdade de gênero
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Vida na água
Vida terrestre
No país, já foram sediadas as duas mais importantes conferências internacionais sobre sustentabili-
dade da história:
Além disso, teve papel determinante na aprovação dos seguintes documentos internacionais:
Agenda 21
Biodiversidade
Mudanças Climáticas
Desertificação
Exemplos
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Reciclagem
Reflorestamento
Sustentabilidade
Desenvolvimento Sustentável
A expressão desenvolvimento sustentável é utilizada para designar um modelo econômico que busque
conciliar desenvolvimento econômico à preservação e manutenção dos recursos naturaisdisponíveis.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), desenvolvimento sustentável é definido como
“aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras
de suprir suas próprias necessidades”.
Este conceito foi apresentado ao mundo em um estudo realizado pela ONU em 1987, chamado “Nosso
futuro comum”.
A preservação do meio ambiente para as futuras gerações – garantindo recursos naturais para a sub-
sistência da espécie humana e demais seres vivos.
A diminuição da fome e da pobreza – que segundo o estudo, é causa, mas também é provocada pelo
desequilíbrio ecológico e pelo alto padrão de consumo.
Aqui compreendemos que o conceito de desenvolvimento sustentável não se limita apenas à noção de
preservação dos recursos naturais.
Para construir sociedades sustentáveis é necessário ter por princípio, a equidade econômica, a justiça
social, o incentivo à diversidade cultural e defesa do meio ambiente.
O entendimento que existe uma ligação entre pobreza e degradação ambiental, é uma das bases do
conceito de desenvolvimento sustentável.
A promoção da melhoria da qualidade de vida das populações pobres, a evolução nas políticas de
saneamento, saúde e combate à fome são tão importantes para as gerações futuras quanto a disponi-
bilidade de recursos naturais.
Sustentabilidade
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O princípio da sustentabilidade propõe que o crescimento econômico não deve provocar a degradação
ambiental ou o esgotamento dos recursos naturais.
Dentro do sistema atual, em que a base está na sociedade de consumo, este conceito parece ser invi-
ável do ponto de vista prático, pois o crescimento econômico teria que ser limitado para alcançar o
objetivo proposto.
“Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
No texto acima é possível notar que os aspectos sociais como a qualidade de vida dos cidadãos e a
necessidade de preservação dos recursos para o futuro não foram esquecidos, estando assim em con-
sonância com o conceito global de desenvolvimento sustentável.
A promoção desse modelo demanda a participação do Estado, é claro, no entanto, empresas e indiví-
duos devem colaborar para a redução da exploração de matérias primas, uso racional de recursos
como água potável e energia, sempre buscando evitar o desperdício.
Esse conceito de desenvolvimento sustentável, embora questionado por muitos especialistas da área
ambiental, foi elaborado durante os debates da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvol-
vimento, criada pela Assembleia Geral da ONU no ano de 1983.
É importante salientar que, ao menos em tese, a aplicação do desenvolvimento sustentável não implica
estacionar ou conter o processo de desenvolvimento dos diferentes territórios. Falar em sustentabili-
dade implica fazer com que esse crescimento das nações não imponha limites naturais para que ele
ocorra no futuro.
Trata-se, portanto, de uma perspectiva conservacionista dos elementos da natureza, mas com a preo-
cupação latente de manter a procura pelo atendimento das necessidades básicas de todas as popula-
ções do mundo.
O debate sobre a questão da sustentabilidade em todo mundo está diretamente ligado à forma com
que os diferentes países se desenvolveram.
O chamado “mundo desenvolvido”, formado pelo eixo do norte, é composto pelos lugares que primeiro
se industrializaram e se urbanizaram, instalando os paradigmas da modernidade em suas estruturas
sociais.
Por outro lado, o grupo dos países periféricos, composto pelo eixo do sul, é de recente desenvolvimento
industrial ou ainda nem por esse processo passou.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Diante desse panorama, há duas necessidades principais a serem atendidas: a) diminuir o elevado
nível de consumo e exploração dos recursos naturais pelos países ricos, que é extremamente elevado;
b) garantir que os países pobres também se modernizem, mas sem atingir os padrões de agressão ao
meio natural promovidos pelas principais potências econômicas do planeta.
Alguns estudos realizados tanto por instituições científicas quanto pela Organização das Nações Uni-
das revelam que precisaríamos de vários planetas iguais à Terra em termos de recursos naturais casos
todos os países mantivessem o mesmo nível de consumo do mundo desenvolvido.
Outros dados apontam que o nosso planeta não aguentaria um nível econômico equivalente a quatro
países como os Estados Unidos, que são os que mais consomem e, consequentemente, mais poluem
e mais reduzem a oferta de bens naturais.
A questão de como realizar uma verdadeira política de sustentabilidade ambiental também é alvo de
profundos debates.
Não há um consenso sobre quais seriam as medidas necessárias, havendo grupos mais moderados,
que garantem que apenas a contenção do consumo e a adoção de medidas para reduzir a poluição
seriam suficientes, e aqueles que afirmam que medidas mais radicais precisam ser urgentemente im-
plementadas.
- Reconhecer que mesmo os recursos renováveis são finitos e podem se esgotar a longo prazo;
- Redução ou fim do uso de combustíveis fósseis e sua substituição por combustíveis limpos;
- Redução do uso de fontes de energia que agridem o meio natural, com incentivo a produções de
energia a partir de usinas solares, eólicas e outras;
- Distribuição das terras e dos espaços agricultáveis para impedir o avanço da agropecuária sobre as
florestas;
- Incentivos públicos e privados para a realização de pesquisas científicas que ajudem a diminuir a
poluição e o consumo.
Como podemos ver, existem várias propostas, embora nem todas sejam consenso entre os líderes
mundiais e os especialistas da área.
O que podemos dizer é que o sistema capitalista precisa, de certa forma, frear a busca incessante pelo
lucro sem a medição das consequências, em que países são sempre pressionados a manterem supe-
ravit e crescimentos de seus Produtos Internos Brutos, o que dificulta a realização de alguns dos itens
acima elencados.
Em suma, é preciso haver uma gestão ambiental para conter a exploração dos recursos e manter um
nível econômico socialmente justo e igualitário, uma vez que a proliferação da pobreza, da desigual-
dade e da miséria também pode ser considerada como um problema para a contenção da poluição e
do uso indiscriminado dos meios naturais.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Sabemos que existem os recursos naturais não renováveis, ou seja, aqueles que não podem renovar-
se naturalmente ou pela intervenção humana, tais como o petróleo e os minérios; e que também exis-
tem os recursos naturais renováveis.
No entanto, é errôneo pensar que esses últimos sejam inesgotáveis, pois o seu uso indevido poderá
extinguir a sua disponibilidade na natureza, com exceção dos ventos e da luz solar, que não são dire-
tamente afetados pelas práticas de exploração econômica.
Dessa forma, é preciso adotar medidas para conservar esses recursos, não tão somente para que eles
continuem disponíveis futuramente, mas também para diminuir ou eliminar os impactos ambientais ge-
rados pela exploração predatória.
Assim, o ambiente das florestas e demais áreas naturais, além dos cursos d'água, o solo e outros
elementos necessitam de certo cuidado para continuarem disponíveis e não haver nenhum tipo de
prejuízo para a sociedade e o meio ambiente.
O conceito de desenvolvimento sustentável foi oficialmente declarado na Conferência das Nações Uni-
das sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972, na cidade de Estocolmo, Suécia, e, por isso,
também chamada de Conferência de Estocolmo.
A importância da elaboração do conceito, nessa época, foi a de unir as noções de crescimento e de-
senvolvimento econômico com a preservação da natureza, questões que, até então, eram vistas de
forma separada.
Em 1987, foi elaborado o Relatório “Nosso Futuro Comum”, mais conhecido como Relatório Brundtland,
que formalizou o termo desenvolvimento sustentável e o tornou de conhecimento público mundial.
Com esse objetivo, foi elaborada a Agenda 21, com vistas a diminuir os impactos gerados pelo aumento
do consumo e do crescimento da economia pelo mundo.
Medidas Sustentáveis
Dentre as medidas que podem ser adotadas tanto pelos governos quanto pela sociedade civil em geral
para a construção de um mundo pautado na sustentabilidade, podemos citar:
- Preservação das áreas de proteção ambiental, como reservas e unidades de conservação de matas
ciliares;
- Adoção da política dos 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) ou dos 5Rs (repensar, recusar, reduzir, reu-
tilizar e reciclar);
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
- Diminuição da emissão de poluentes na atmosfera, tanto pelas chaminés das indústrias quanto pelos
escapamentos de veículos e outros;
- Opção por fontes limpas de produção de energia que não gerem impactos ambientais em larga e
média escala;
- Adoção de formas de conscientizar o meio político e social das medidas acimas apresentadas.
Essas medidas são, portanto, formas viáveis e práticas de se construir uma sociedade sustentável que
não comprometa o meio natural tanto na atualidade quanto para o futuro a médio e longo prazo.
Em seu sentido mais amplo, a estratégia de desenvolvimento sustentável visa a promover a harmonia
entre os seres humanos e entre a humanidade e a natureza.
No contexto específico das crises do desenvolvimento e do meio ambiente surgidas nos anos 80 - que
as atuais instituições políticas e econômicas nacionais e internacionais ainda não conseguiram e talvez
não consigam superar-, a busca do desenvolvimento sustentável requer:
um sistema político que assegure a efetiva participação dos cidadãos no processo decisório;
um sistema econômico capaz de gerar excedentes e know-how técnico em bases confiáveis e cons-
tantes;
um sistema social que possa resolver as tensões causadas por um desenvolvimento não- equilibrado;
A partir da definição de desenvolvimento sustentável pelo Relatório Brundtland, de 1987, pode-se per-
ceber que tal conceito não diz respeito apenas ao impacto da atividade econômica no meio ambiente.
Atividade econômica, meio ambiente e bem-estar da sociedade formam o tripé básico no qual se apóia
a idéia de desenvolvimento sustentável.
A aplicação do conceito à realidade requer, no entanto, uma série de medidas tanto por parte do poder
público como da iniciativa privada, assim como exige um consenso internacional.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Segundo o Relatório Brundtland, uma série de medidas devem ser tomadas pelos Estados nacionais:
No que tange ao privado, a ONG Roy F. Weston recomenda que o conceito de desenvolvimento sus-
tentável, assim que é assimilado pelas lideranças de uma empresa -e passa a ser almejado como uma
nova forma de se produzir sem trazer prejuízos ao meio ambiente e, indiretamente, à sociedade em
geral-, deve se estender a todos os níveis da organização, para que depois seja formalizado um pro-
cesso de identificação do impacto da produção da empresa no meio ambiente.
Em seguida, é necessário que se crie, entre os membros da empresa, uma cultura que tenha os pre-
ceitos de desenvolvimento sustentável como base.
O passo final é a execução de um projeto que alie produção e preservação ambiental, com uso de
tecnologia adaptada a este preceito (como empresas que atingiram metas de aplicação de um projeto
de desenvolvimento sustentável a ONG cita a 3M, o McDonald’s, a Dow, a DuPont, a Pepsi, a Coca-
Cola e a Anheuser-Busch).
A ONG prega que não se deve implementar estratégias de desenvolvimento sustentável de uma só
vez, “como uma revolução, mas como uma evolução”, de forma gradual, passo a passo. É preciso ainda
que haja uma integração entre indústria, comércio e comunidade, de forma que um programa de me-
lhorias sócio-ambientais numa região se dê de forma conjunta e harmoniosa.
O poder público, tanto no âmbito municipal como nos âmbitos estadual e nacional, deve atuar de ma-
neira a proporcionar adequadas condições para o cumprimento de um programa de tal proporção,
desde a feitura de uma legislação apropriada ao desenvolvimento sustentável até a realização de obras
de infraestrutura, como a instalação de um sistema de água e esgoto que prime pelo não-desperdício
e pelo tratamento dos dejetos.
Para tanto, não se deve deixar que estratégias de tal porte e extensão fiquem à mercê do livre mercado,
visto que os danos que se visam resolver são causados justamente pelos processos desencadeados
por um modelo de capitalismo que aparenta ser cada vez mais selvagem e desenfreado.
Ainda mais se levarmos em conta o fato de que um dos requisitos básicos do conceito de desenvolvi-
mento sustentável é a satisfação das necessidades básicas da população, principalmente dos pobres.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Ele é formado por uma infinidade de fatores determinantes, mas cujo andamento depende, justamente,
da presença de um horizonte estratégico entre seus protagonistas decisivos. O que está em jogo nesse
processo é o conteúdo da própria cooperação humana e a maneira como, no âmbito dessa cooperação,
as sociedades optam por usar os ecossistemas de que dependem.
As conquistas recentes na luta contra a pobreza, no Brasil, padecem de dois problemas fundamentais:
de um lado, apesar da redução na desigualdade de renda, persistem as formas mais graves de desi-
gualdade no acesso à educação, à moradia, a condições urbanas dignas, à justiça e à segurança.
Além disso, os padrões dominantes de produção e consumo apóiam-se, sistematicamente, num pro-
cesso acelerado de degradação ambiental muito mais vigoroso do que o poder da legislação voltada à
sua contenção.
Pior: o Brasil não está se aproximando da marca dominante da inovação tecnológica contemporânea,
cada vez mais orientada a colocar a ciência a serviço de sistemas produtivos altamente poupadores de
materiais, de energia, e capazes de contribuir para a regeneração da biodiversidade.
Este texto apresenta dois exemplos em que os significativos progressos dos últimos anos são amea-
çados pela ausência do horizonte estratégico voltado ao desenvolvimento sustentável, tanto por parte
do governo como das direções empresariais: de um lado a redução no desmatamento da Amazônia
não é acompanhada por mudança no padrão dominante de uso dos recursos.
Assim, apesar da contenção da devastação florestal, prevalece entre os agentes econômicos a idéia
central de que a produção de commodities (fundamentalmente carne, soja e madeira de baixa quali-
dade), minérios e energia é a vocação decisiva da região. Além disso, ao mesmo tempo em que se
reduz o desmatamento na Amazônia, amplia-se de maneira alarmante a devastação do cerrado e da
caatinga.
De outro lado, o segundo exemplo aqui apresentado mostra que o trunfo representado pela matriz
energética brasileira não tem sido aproveitado para a construção de avanços industriais norteados pela
preocupação explícita em reduzir o uso de materiais e de energia nos processos produtivos.
A consequência e o risco é que o crescimento industrial brasileiro — ainda que marcado por emissões
relativamente baixas de gases de efeito estufa — se distancie do padrão dominante da inovação con-
temporânea, cada vez mais orientada pela descarbonização da economia.
O ano de 2009 marca uma virada decisiva na postura do Brasil diante das mudanças climáticas. Até
então, a diplomacia brasileira recusava-se a assumir metas de redução de emissões. O argumento era
de que o Protocolo de Kyoto (assinado em dezembro de 1997 para entrar em vigor em fevereiro de
2005) não estabelecia obrigação neste sentido.
Além disso, os países responsáveis historicamente pela maior parte da concentração de gases de efeito
estufa na atmosfera ou não tinham assinado o protocolo (caso dos Estados Unidos até hoje) ou não
conseguiam reduzir suas emissões na proporção com a qual se comprometeram.
Esta recusa brasileira, de certa forma, legitimava como economicamente necessária a principal fonte
de emissões do país, que era (e ainda é) a destruição da superfície florestal na Amazônia e no cerrado.
O cerrado brasileiro é encarado, até hoje, como fronteira agrícola pronta para ser desmatada e não
como um bioma portador de uma das mais importantes biodiversidades do planeta.
Entre 2002 e 2008 foi suprimida vegetação nativa em 21 quilômetros quadrados por ano, contra 10 mil
na Amazônia, segundo a Procuradoria do Estado de Goiás.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Aceitar compromissos internacionais de limitação no desmatamento era tolerar uma ingerência capaz
de comprometer, na visão dos mais importantes negociadores brasileiros, o próprio crescimento eco-
nômico.
A redução no desmatamento da Amazônia a partir de 2004 é a mais importante base para o cumpri-
mento desta orientação. O declínio na devastação florestal resulta ao menos de quatro fatores, cada
um deles fundamental — embora insuficiente, como se verá no próximo item — na construção de uma
estratégia de desenvolvimento sustentável.
Em primeiro lugar, destaca-se a ação vigorosa da polícia federal em coordenação com agências do
Ministério do Meio Ambiente, tanto durante a gestão de Marina Silva como no período em que Carlos
Minc esteve à frente da pasta.
O rigor, o profissionalismo e, sobretudo, a independência da polícia federal é uma das mais importantes
conquistas recentes da sociedade brasileira e está na base da ampliação da luta contra a criminalidade
e a corrupção no país.
Até hoje são frequentes as operações em que autoridades, empresários e técnicos são presos pela
ocupação ilegal de terras públicas e pela venda de madeira dali extraída, sem que a ação da polícia
federal seja bloqueada pela pressão dos interesses políticos ou econômicos por ela feridos.
O terceiro elemento positivo, que teve início de forma vigorosa durante o governo Fernando Henrique
Cardoso, é a expansão dos parques nacionais e estaduais e a demarcação de áreas indígenas. Durante
a primeira década do milênio, o Brasil é o país que mais aumenta áreas protegidas no mundo: cerca
de metade do que foi criado internacionalmente corresponde a áreas brasileiras.
Hoje, dos 500 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia, quase 8% correspondem a áreas de
proteção integral, 11% destinam-se à exploração sustentável (reservas extrativistas, por exemplo) e
21% são de terras indígenas, conforme informações do Instituto Socioambiental6.
Por fim, é importante assinalar também a formação de instâncias de negociação compostas por atores
diversos em setores cruciais como a soja, os biocombustíveis e, mais recentemente, a pecuária.
Estas instâncias colegiadas formam-se, muitas vezes, a partir de denúncias feitas por ONG's que ado-
tam táticas conhecidas como naming and shaming com resultados significativos: na origem da morató-
ria da soja9 e das negociações em torno da pecuária sustentável está a movimentação brasileira e
internacional em que o Greenpeace apontava exatamente as empresas que usavam produtos resul-
tantes do desmatamento.
Embora polêmicas e atravessadas por conflitos quanto aos critérios com base nos quais avaliam as
situações específicas que enfrentam, estas instâncias de negociação têm um efeito muito importante
na conduta dos atores locais.
Esses quatro fatores deram ao ministro Carlos Minc autoridade para que pudesse vencer as resistên-
cias que impediam o comprometimento do Brasil, em Copenhague, com metas de redução das emis-
sões decorrentes da destruição florestal.
Apesar de sua importância, não são, porém, nem de longe, suficientes para marcar uma estratégia de
desenvolvimento sustentável na Amazônia. Ao contrário, há fortes indícios de que a dinâmica atual do
comportamento dos atores vai numa direção bem diferente da apontada por estes elementos positivos
e contribui para distanciar a Amazônia de uma estratégia de desenvolvimento sustentável.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
São ainda extremamente minoritárias no meio empresarial as práticas voltadas à exploração sustentá-
vel dos recursos e dos potenciais dos principais biomas brasileiros vítimas de desmatamento generali-
zado. Roland Widmer, representante brasileiro da articulação internacional Bank Track, sintetiza o pro-
blema com o exemplo da Amazônia:
A Amazônia compete no mundo por suas commodities e não por aquilo que lhe é único. Isso parece
absurdo. É como se você vendesse as chuteiras da seleção brasileira, sem ver que o principal valor da
seleção reside na competência individual dos jogadores, em sua interação orquestrada com a equipe.
Esta não é uma particularidade da Amazônia: a Forest Footprint Disclosure elaborou um questionário
submetido a 217 companhias internacionais voltado a compreender como as empresas encaravam o
uso de mercadorias de risco florestal (forest risk commodities): soja, óleo de palma, madeira, carne e
biocombustíveis.
A primeira conclusão do texto mostra o quanto as empresas, até aqui, são pouco sensíveis às oportu-
nidades que o uso sustentável dos recursos representa: "a modesta taxa de resposta a nosso questio-
nário, neste primeiro ano, reflete o reconhecimento limitado de que o desmatamento tem uma influência
significativa na mudança climática".
No mesmo sentido, "vários negócios importantes em que se gasta muito no marketing de segmentos
de produtos ambientalmente amigáveis mostram a inexistência de compromissos com a sustentabili-
dade de suas compras totais".
É verdade que a pressão social suscitou acordos para que se levasse adiante o rastreamento na área
de pecuária e desencadeou a importante moratória da soja, segundo a qual grandes empresas proces-
sadoras e exportadoras deixam de comprar o produto vindo de áreas recentemente desmatadas. Não
é menos certo também que a ação repressiva do Estado teve efeito importante em conter ao menos
em parte o desmatamento.
Apesar desses avanços, o que predomina, entretanto, na Amazônia brasileira são coalizões de interes-
ses, em que membros se organizam para usar os recursos sociais e naturais a partir da contestação
ou do franco desrespeito às leis vigentes.
As organizações empresariais sinalizam a seus membros, mais que tolerância, a mensagem de que a
ocupação do solo voltada à expansão da exploração madeireira predatória, da pecuária e da soja, bem
como a ocupação de áreas indígenas ou públicas podem ser vetores consistentes de crescimento eco-
nômico.
Por exemplo, grandes frigoríficos (entre eles os gigantescos Bertin e JBS) firmaram um acordo com o
Greenpeace e um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público em julho de 2009 de
que não comprariam gado de fazendas onde houvesse desmatamento não autorizado, trabalho es-
cravo ou ocupação de áreas indígenas ou públicas.
Ao final de fevereiro de 2010, porém, apenas 10% dos pecuaristas do Estado do Pará tinham feito o
Cadastro Ambiental Rural, pelo qual poderiam ser monitorados. O presidente da Federação de Agricul-
tura e Pecuária do Pará foi taxativo: "nós não participamos disso.
Esse tipo de providência não se resolve de um dia para outro, vai demorar alguns anos para se con-
cretizar". A verdade é que a pecuária é uma atividade em que o uso ilegal da terra (e obviamente tudo
o que daí se segue em termos de sonegação de impostos) é uma prática generalizada e amplamente
consentida pelas elites locais.
Chama a atenção também a ampla participação de autoridades em crimes para "legalizar" madeira
extraída irregularmente de áreas indígenas ou de reservas florestais.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
No dia 20 de maio de 2010 a polícia federal prendeu sessenta pessoas em Mato Grosso, entre as quais
o chefe de gabinete do governador do Estado, o ex-secretário de Meio Ambiente do Estado, além da
esposa do presidente da Assembléia Legislativa, proprietários de terra, engenheiros florestais e servi-
dores públicos.
Com isso, limitações nestas formas de uso aparecem aos olhos de parte expressiva do empresariado
como expressões burocráticas de interesses contrários ao desenvolvimento regional.
O contraste entre o dinamismo dos mercados (onde é crescente a demanda por produtos sustentáveis
e derivados da inteligência e não da destruição) e a natureza conservadora das organizações que os
compõem é um dos temas mais explorados na literatura de economia, sociologia, psicologia e admi-
nistração de empresas.
Coalizões dominantes podem estabilizar suas relações e seu poder em torno de práticas ultrapassadas,
mas que ainda oferecem horizonte verossímil de ganhos econômicos. Essas coalizões são abaladas
não tanto pela perspectiva de catástrofe apocalíptica, mas pela demonstração da viabilidade de alter-
nativas que têm sempre uma dimensão político-cultural e não apenas puramente mercadológica.
Por mais que as oportunidades ligadas à economia verde na Amazônia sejam teoricamente imensas,
a verdade é que a grande maioria dos atores locais (e internacionais, como bem mostram as informa-
ções do Forest Footprint Disclosure, citadas acima) concentra seus conhecimentos, sua interação so-
cial e suas práticas reais em torno daquilo que já vêm fazendo há décadas.
Este horizonte cultural que concebe algum tipo de proteção do meio ambiente, mas distancia-se da
idéia de desenvolvimento sustentável, é fortalecido também pela produção de conhecimentos voltados
a legitimá-lo.
É o caso da pesquisa de Evaristo Eduardo de Miranda, da Embrapa, que procura mostrar que a agri-
cultura brasileira está limitada em sua expansão (e, portanto, em sua possibilidade de contribuir para o
crescimento) em virtude da supostamente excessiva restrição decorrente da soma de áreas indígenas,
reservas florestais, áreas de proteção permanente e reservas legais dentro das propriedades.
A Confederação Nacional da Agricultura fez ampla difusão deste estudo (nunca publicado em revista
científica internacional ou brasileira, mas acessível em vários sites na internet18) como parte de uma
campanha voltada a mostrar que suas bases estavam ameaçadas por restrições ao uso da terra capa-
zes de prejudicar o desenvolvimento brasileiro.
Além do absurdo de apresentar cálculos nacionais (não levando em conta que, ao se excluir a Amazô-
nia, nos outros biomas brasileiros a superfície agrícola útil no Brasil corresponde à de países com
importância agrícola equivalente à sua), o trabalho justamente não leva em conta que dentro de áreas
voltadas à preservação dos ecossistemas, as possibilidades de exploração econômica são inúmeras
com horizonte de ganho extraordinário.
No entanto, são atividades empresariais distantes daquilo que marca as práticas dominantes das elites
que controlam o uso da terra na Amazônia.
Uma reserva extrativista, por exemplo, é um território em que a produção de soja não pode avançar,
mas onde os potenciais de uso, com base em produtos não madeireiros da floresta, são extraordinários.
Além dos produtos, os serviços ambientais das florestas podem ser uma fonte de riqueza muito mais
consistente do que as modalidades até aqui que predominam em seu uso e que, na maior parte das
vezes, conduzem à sua destruição.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A pedido do International Institute for Environment and Development, da Grã Bretanha, Landed-Mills e
Porras estudaram 287 casos em quase todo o mundo mostrando a existência de promissores mercados
voltados à valorização dos serviços ecossistêmicos prestados pelas florestas: conservação da biodi-
versidade, sequestro de carbono, proteção das bacias hidrográficas (água, solo, prevenção de secas e
enchentes, controle da salinização e manutenção dos ambientes aquáticos) e exploração das belezas
naturais são os quatro principais segmentos em que mercados podem ser explorados e, ao mesmo
tempo, contribuir de maneira decisiva tanto para a resiliência dos ecossistemas, como na luta contra a
pobreza.
A criação desses mercados não é simples, mas uma das conclusões importantes deste estudo é que
"mercados são negócios levados adiante por múltiplos atores sociais" (multi-stakeholders affairs).
O empresário Roberto Waack fala do tema com a experiência de quem dirige a mais importante orga-
nização mundial de certificação socioambiental, o Forest Stewardship Council, referindo-se à proposta
do manejo sustentável, que busca reproduzir o ciclo da natureza.
Retiram-se algumas árvores que já estão no final do seu ciclo de vida, deixando suas filhas e netas
crescerem e regenerarem. As toras colhidas são rastreadas até serrarias, que aproveitam ao máximo
a madeira com uso de tecnologias produtivas avançadas.
Sementes, frutos, óleos e extratos são colhidos e armazenados adequadamente, sendo depois trans-
formados em matérias-primas para mercados sofisticados, como o de cosméticos ou de alimentos.
Modelos de remuneração de serviços ambientais são desenvolvidos, assim como inovações nas for-
mas de precificar e comercializar certificados de crédito decorrentes do desflorestamento evitado.
Não se trata simplesmente do aproveitamento de oportunidades, mas de um campo social, por defini-
ção, conflituoso. O documento estratégico da Academia Brasileira de Ciências deixa bem claro que não
se trata de ver a Amazônia como santuário intocável: "a valorização econômica dos recursos florestais
e aquáticos da Amazônia se coloca como um marco fundamental para sua conservação".
É chocante o contraste entre as propostas de Waack (corroboradas pelo documento da Academia Bra-
sileira de Ciências), por exemplo, e a idéia sobre a vocação das áreas de fronteira agrícola do Brasil
contida no argumento do deputado Aldo Rebelo quanto à necessidade de reforma do código florestal.
Mostra bem os obstáculos à criação de mercados prósperos voltados a áreas distantes daquilo que os
atores sociais já fazem.
Segundo o deputado, relator da comissão especial de reforma do Código Florestal, há uma conspiração
internacional para congelar a fronteira agrícola, transformar o Código Florestal numa espécie de Código
Tributário, para jogar nas costas da agricultura brasileira um custo que não pode ser jogado na Orga-
nização Mundial do Comércio [...]. Acham que é preciso conter a expansão da fronteira agrícola do
Brasil, ela se constitui numa ameaça aos nossos concorrentes lá fora. Guerra da soja, do algodão, do
açúcar, da carne.
Aldo Rebelo exprime bem os interesses em torno dos quais a maioria do agronegócio se articula23. É
nítido o ambiente de contestação das próprias leis ambientais.
É claro que a repressão inibe o que essas práticas têm de pior: o problema é que o uso predatório dos
recursos não é a expressão episódica de grupos marginais e sim o procedimento habitual de parte
majoritária do empresariado, ou seja, é o modo dominante de se fazer negócios e de, supostamente,
promover o crescimento regional.
Os efeitos sobre o conjunto do tecido social e econômico dos locais em que esses procedimentos
prevalecem acabam atingindo todos os setores sociais.
Apesar da importância da ação repressiva e da criação de áreas de reserva, o governo federal também
sinaliza aos atores sociais locais que a grande vocação da Amazônia está na exploração de minérios,
de energia e no crescimento das modalidades convencionais do agronegócio.
É verdade que situações absurdas como a que levou à construção da usina de Tucuruí não vão se
repetir e são quase impossíveis em um ambiente democrático.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Mas uma rápida listagem de atitudes recentes mostra que a utilização dos recursos na Amazônia obe-
dece ao velho estilo: concebem-se os projetos e, em seguida, elaboram-se medidas para atenuar seus
impactos ambientais. Em outras palavras, trata-se de uma estratégia de crescimento econômico em
que o meio ambiente é uma externalidade e será tratado como tal.
O paroxismo desta situação exprimiu-se quando a elaboração do Plano Amazônia Sustentável foi en-
tregue à Secretaria de Assuntos Estratégicos (sob a direção de Roberto Mangabeira Unger), gota d'á-
gua para a saída de Marina Silva do governo Lula, em 2008.
Mais que isso: nos debates legislativos em torno da revisão do Código Florestal existe a possibilidade
de anistia para quem ocupa áreas ilegais e não há tomada de posição do Executivo de que vetará esse
tipo de orientação, caso aprovada pelo Congresso.
O licenciamento ambiental hoje sofre de dois grandes problemas. Em primeiro lugar, não houve um
processo de aprendizagem em que os critérios do licenciamento tenham se tornado mais rigorosos e
voltados aos reais impactos das iniciativas: o licenciamento é excessivamente focado nos efeitos dire-
tos das obras e não considera temas como os grandes deslocamentos populacionais e seus resultados
futuros previsíveis: a dimensão tópica do licenciamento existe, mas as consequências territoriais dos
empreendimentos são mal avaliadas.
O segundo problema do licenciamento ambiental é o contraste notável entre a melhoria do nível profis-
sional e intelectual do funcionalismo público em Brasília e os imensos problemas por que passa o Ibama
e que se traduzem, segundo nota recente assinada por vinte ONGs25 que atuam na região, na insta-
bilidade de sua direção, bem como na crescente defasagem entre a remuneração de seus técnicos,
quando comparada com outros segmentos do poder público federal.
O patrimônio natural amazônico e os serviços ambientais por ele prestados devem ser vistos como
base para uma verdadeira revolução da fronteira da ciência, que deverá prover a harmonia entre o
desenvolvimento regional e a conservação ambiental. A utilização racional dos vastos recursos naturais
da Amazônia deve ser incorporada definitivamente às estratégias de desenvolvimento nacional26.
Reprimir a ilegalidade, ampliar as áreas de reserva, não financiar quem não cumpre a lei e rastrear a
produção de soja e carne são conquistas fundamentais, mas às quais falta o essencial: oportunidades
de ganhos econômicos e de realização profissional com base em negócios voltados fundamentalmente
a fortalecer a resiliência dos mais importantes ecossistemas do país.
O fortalecimento desse horizonte empresarial permitiria (não sem tensões, é claro) que as atividades
econômicas de populações ribeirinhas, indígenas e extrativistas fossem valorizadas não sobre a base
da destruição da biodiversidade pela qual são hoje responsáveis, mas, ao contrário, a partir de sua
exploração sustentável.
Porém até o momento, o setor privado e as políticas governamentais são claramente dominados por
um horizonte que enxerga nos mais importantes biomas brasileiros a fronteira agrícola a ser desbra-
vada, a jazida de recursos minerais ou um manancial de recursos energéticos.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O desmatamento respondia em 2000 por 18% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, nível
superior ao da indústria e dos transportes, com 14% cada (Gráfico 2).
No Brasil, as "mudanças no uso da terra e florestas" entram com nada menos que 57,5% das emissões,
segundo os valores preliminares expostos ao senado federal pelo ministro Sérgio Rezende (Ciência e
Tecnologia). A agricultura, como mostra a Tabela 1, soma outros 22,1%. O contraste com a situação
mundial é nítido: tanto nos países desenvolvidos, como na China, na Índia e na África do Sul, a geração
de energia é quase inteiramente dependente de fontes fósseis, petróleo, carvão e gás, basicamente.
Pode-se dizer que, nestes países (onde o desmatamento não representa uma fonte importante de
emissão de gases de efeito estufa quanto no Brasil), a descarbonização das economias ocorre basica-
mente em dois planos.
Em primeiro lugar, é impressionante o avanço da energia solar, eólica e geotérmica. Em poucos anos,
no berço da indústria petrolífera, a energia eólica vai preencher as necessidades domésticas de con-
sumo de todo o Texas, como mostra Lester Brown28. Na China e na União Européia as transformações
são igualmente extraordinárias.
O Brasil, nesse sentido, tem um trunfo decisivo — 46% de sua oferta interna de energia vem de fontes
renováveis. A média mundial é de 12,9% e a dos países da OECD não chega a 7%. Na China, as fontes
renováveis entram com apenas 8% do total da oferta de energia. Em São Paulo, o horizonte para 2020
é que 57% da energia consumida tenha origem não fóssil. Esse desempenho explica-se basicamente
pelo etanol e pelo uso da energia hidrelétrica.
Não se pode dizer, entretanto que o trunfo da matriz energética brasileira represente por si só uma
estratégia de desenvolvimento sustentável.
Em primeiro lugar porque pesa sobre as fontes brasileiras de energia a dúvida a respeito dos impactos
socioambientais de sua expansão: no último plano decenal de energia da Empresa de Pesquisa Ener-
gética é previsto forte crescimento de usinas hidrelétricas na Amazônia, onde, no entanto, é crescente
a contestação socioambiental a esse tipo de iniciativa, como mostram as manifestações recentes em
torno da Usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, próximo ao município de Altamira.
No que se refere ao etanol, cuja eficiência energética e econômica é incontestável, há problemas sérios
com relação tanto a suas áreas de preservação permanente, como, sobretudo, aos impactos de sua
expansão no cerrado. O outro biocombustível que entra na matriz energética brasileira, o biodiesel, e
que deveria ter, quando seus planos de produção foram concebidos, forte presença da mamona vinda
do semi-árido nordestino, hoje é produzido à base de soja (85% da oferta total), cuja eficiência energé-
tica é sabidamente baixa.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Além disso, chama a atenção no caso brasileiro a dificuldade de diversificar as fontes alternativas de
energia, como, por exemplo, a conversão fotovoltaica de energia solar.
Zilles e Ruther mostram que, apesar de promissores, os sistemas fotovoltaicos são pouco estimulados
no Brasil. Pior: eles apontam o perigo de aprovação no Congresso Nacional da medida que isentaria
de impostos a importação de módulos fotovoltaicos, o que acabaria por inibir o desenvolvimento de um
forte setor nacional nesta área.
No mesmo sentido, Feitosa indica o risco de que o país deixe de aproveitar os benefícios da energia
solar fotovoltaica, hoje mais cara, mas cuja curva de aprendizagem já permite prever em pouco tempo
condições competitivas com relação à convencional.
O que mais chama a atenção, entretanto, é o contraste flagrante entre a tendência, certamente positiva,
de redução nas emissões de gases de efeito estufa por unidade de produto gerado pela economia
brasileira e, ao mesmo tempo, um aumento preocupante no uso total de energia por parte da indústria.
De forma geral, há fortes indicações de que, nacionalmente, está sendo adotado o que Lucon e Gol-
demberg não hesitam em chamar de "modelo inercial", que consiste em utilizar o potencial de hidrele-
tricidade, promover a expansão do etanol, concluir Angra 3 e continuar dependente do petróleo.
A maneira como se estimula a oferta de energia no Brasil tem o efeito perverso de beneficiar o menor
preço, mesmo que comprometa o meio ambiente. É o que ocorre com o barateamento (e a entrada
vigorosa na matriz energética) das usinas termelétricas, em contraste com a suposta inviabilidade da-
quelas que se apóiam em energia solar ou eólica.
Juntando-se a isso a falta de estímulo para a economia no consumo de energia e os pesados investi-
mentos em petróleo anunciados com o pré-sal, compreende-se o contraste entre o padrão brasileiro e
o internacional quanto à intensidade energética da economia (ou seja, a quantidade de energia neces-
sária para produzir os bens e os serviços de que o país depende).
A Tabela 2, com dados da Agência Internacional de Energia e da OECD, mostra que com exceção da
Arábia Saudita, o Brasil é o país do G20 que menos reduziu a intensidade energética de sua economia
entre 1990 e 2005.
Na fronteira do avanço tecnológico contemporâneo estão tecnologias que permitem reduzir de forma
crescente a intensidade energética da produção industrial, dos transportes e do próprio consumo do-
méstico.
Friedman mostra o avanço das redes elétricas inteligentes (smart grids), em que as empresas fornece-
doras serão remuneradas não em função da ampliação do consumo de seus clientes, mas, ao contrário,
por sua capacidade de promover sua redução.
Ao mesmo tempo, os próprios aparelhos que usam energia elétrica são e serão cada vez mais conce-
bidos para que usem a menor quantidade possível de energia. Produzir e consumir não apenas emi-
tindo menos carbono, mas usando menos energia e menos materiais: esta é a dimensão mais relevante
das invenções e das descobertas industriais recentes.
Chama a atenção, nesse sentido, um contraste fragrante entre a tendência, certamente positiva, de
diminuição nas emissões de gases de efeito estufa por unidade de produto gerado pela economia bra-
sileira e, ao mesmo tempo, um aumento preocupante no uso total de energia.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Cai a intensidade de carbono (pela presença de fontes energéticas pouco dependentes de energia
fóssil), mas aumenta a intensidade energética da indústria.
Estes dados estão claramente expostos no Balanço Energético do Estado de São Paulo, de 2008.
De forma agregada, a economia paulista apresenta uma redução notável da emissão total de CO2 por
queima de combustível, não só por habitante, mas também como razão do Produto Interno Bruto (PIB)
estadual (Gráficos 3 e 4).
Mas os dados setoriais da Tabela 3 revelam algo ainda mais preocupante: cai a intensidade energética
do setor primário (o que indica menor uso de energia, na agricultura e na mineração, por uma mesma
magnitude de PIB estadual), mas fica estável a do setor terciário e, mais importante, aumenta de forma
muito significativa a intensidade energética da indústria em São Paulo.
Na indústria, entre 1994 e 2006, há um aumento de 26% no consumo de energia por unidade de pro-
duto. É exatamente o contrário da tendência dos países desenvolvidos, em que o consumo de energia
por unidade de valor produzido na indústria cai.
Esta queda, na Europa, por exemplo, explica-se em parte pelo fechamento de indústrias altamente
ineficientes nos países do Leste. Mas mesmo nos países de industrialização mais avançada, ela ocorre.
O que há nesta questão, de um lado, é um processo positivo que corresponde ao uso da biomassa (do
etanol) por parte das próprias usinas de cana-de-açúcar e ao fornecimento de energia para a rede
elétrica, que se soma ao emprego de fontes vindas da hidreletricidade.
No entanto, de outro lado, o padrão geral de uso de energia não se altera de forma significativa, o que
representa o risco de que a indústria esteja em descompasso com os parâmetros globais que regem a
inovação contemporânea e onde a redução na intensidade energética é decisiva.
Esse descompasso se exprime também no fato de que a grande mudança na indústria automobilística,
representada pelos automóveis flex, apóia-se em modalidade de uso da energia cuja eficiência pode
ser duplamente contestada.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
De um lado, apesar do avanço tecnológico representado pelo etanol, seu uso destina-se a motores a
explosão interna do qual há fortes indicações de que corresponde a uma fase em plena superação (em
benefício dos motores elétricos) por parte da indústria automobilística.
De outro lado, mesmo que o etanol seja neutro do ponto de vista das emissões, não se pode dizer que
os veículos que ele coloca em movimento são eficientes do ponto de vista da utilização de energia. São
Paulo corre o risco de o combustível limpo escamotear o fato de que o transporte individual na mega-
metrópole ser cada vez menos compatível com um mínimo de eficiência no emprego do tempo e dos
recursos materiais.
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ECOLOGIA
Ecologia
A ecologia é uma ciência multidisciplinar, que envolve biologia vegetal e animal, taxonomia, fisiologia,
genética, comportamento, meteorologia, pedologia, geologia, sociologia, antropologia, física, química,
matemática e eletrônica. Quase sempre se torna difícil delinear a fronteira entre a ecologia e qualquer
dessas ciências, pois todas têm influência sobre ela. A mesma situação existe dentro da própria eco-
logia.
Na compreensão das interações entre o organismo e o meio ambiente ou entre organismos, é quase
sempre difícil separar comportamento de dinâmica populacional, comportamento de fisiologia, adap-
tação de evolução e genética, e ecologia animal de ecologia vegetal.
A ecologia se desenvolveu ao longo de duas vertentes: o estudo das plantas e o estudo dos animais.
A ecologia vegetal aborda as relações das plantas entre si e com seu meio ambiente. A abordagem é
altamente descritiva da composição vegetal e florística de uma área e normalmente ignora a influên-
cia dos animais sobre as plantas.
A ecologia vegetal e a animal podem ser vistas como o estudo das inter-relações de um organismo
individual com seu ambiente (autoecologia), ou como o estudo de comunidades de organismos (sine-
cologia). A auto-ecologia, ou estudo clássico da ecologia, é experimental e indutiva. Por estar nor-
malmente interessada no relacionamento de um organismo com uma ou mais variáveis, é facilmente
quantificável e útil nas pesquisas de campo e de laboratório. Algumas de suas técnicas são tomadas
de empréstimo da química, da física e da fisiologia.
A auto-ecologia contribuiu com pelo menos dois importantes conceitos: a constância da interação
entre um organismo e seu ambiente, e a adaptabilidade genética de populações às condições ambi-
entais do local onde vivem.
Os conceitos importantes desenvolvidos pela sinecologia são aqueles ligados ao ciclo de nutrientes,
reservas energéticas, e desenvolvimento dos ecossistemas. A sinecologia tem ligações estreitas com
a pedologia, a geologia, a meteorologia e a antropologia cultural. A sinecologia pode ser subdividida
de acordo com os tipos de ambiente, como terrestre ou aquático.
A ecologia terrestre, que contém subdivisões para o estudo de florestas e desertos, por exemplo,
abrange aspectos dos ecossistemas terrestres como microclimas, química dos solos, fauna dos solos,
ciclos hidrológicos, ecogenética e produtividade.
Os ecossistemas terrestres são mais influenciados por organismos e sujeitos a flutuações ambientais
muito mais amplas do que os ecossistemas aquáticos. Esses últimos são mais afetados pelas condi-
ções da água e possuem resistência a variáveis ambientais como temperatura.
Por ser o ambiente físico tão importante no controle dos ecossistemas aquáticos, dá-se muita aten-
ção às características físicas do ecossistema como as correntes e a composição química da água.
Por convenção, a ecologia aquática, denominada limnologia, limitase à ecologia de cursos d'água,
que estuda a vida em águas correntes, e à ecologia dos lagos, que se detém sobre a vida em águas
relativamente estáveis. A vida em mar aberto e estuários é objeto da ecologia marinha. Outras abor-
dagens ecológicas se concentram em áreas especializadas.
O estudo da distribuição geográfica das plantas e animais denomina-se geografia ecológica animal e
vegetal. Crescimento populacional, mortalidade, natalidade, competição e relação predador-presa são
abordados na ecologia populacional. O estudo da genética e a ecologia das raças locais e espécies
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ECOLOGIA
distintas é a ecologia genética. As reações comportamentais dos animais a seu ambiente, e as inte-
rações sociais que afetam a dinâmica das populações são estudadas pela ecologia comportamental.
As investigações de interações entre o meio ambiente físico e o organismo se incluem na ecoclimato-
logia e na ecologia fisiológica.
A parte da ecologia que analisa e estuda a estrutura e a função dos ecossistemas pelo uso da mate-
mática aplicada, modelos matemáticos e análise de sistemas é a ecologia dos sistemas. A análise de
dados e resultados, feita pela ecologia dos sistemas, incentivou o rápido desenvolvimento da ecologia
aplicada, que se ocupa da aplicação de princípios ecológicos ao manejo dos recursos naturais, pro-
dução agrícola, e problemas de poluição ambiental.
Glossário Ecológico
POPULAÇÃO - é o conjunto de indivíduos de mesma espécie que vivem numa mesma área e num
determinado período. Ex.: população de ratos em um bueiro, em um determinado dia; população de
bactérias causando amigdalite por 10 dias, 10 mil pessoas vivendo numa cidade em 1996, etc.
HABITAT - é o lugar específico onde uma espécie pode ser encontrada, isto é, o seu "ENDEREÇO"
dentro do ecossistema. Exemplo: Uma planta pode ser o habitat de um inseto, o leão pode ser encon-
trado nas savanas africanas, etc.
ECÓTONO - é a região de transição entre duas comunidades ou entre dois ecossistemas. Na área de
transição (ecótono) vamos encontrar grande número de espécies e, por conseguinte, grande número
de nichos ecológicos.
BIOTÓPO - Área física na qual os biótipos adaptados a ela e as condições ambientais se apresentam
praticamente uniformes.
BIOSFERA - Toda vida, seja ela animal ou vegetal, ocorre numa faixa denominada biosfera, que in-
clui a superfície da Terra, os rios, os lagos, mares e oceanos e parte da atmosfera. E a vida é só pos-
sível nessa faixa porque aí se encontram os gases necessários para as espécies terrestre e aquáti-
cas: oxigênio e nitrogênio.
-A auto-ecologia (Schroter, 1896) estuda as relações de uma única espécie com seu meio. Define
essencialmente os limites de tolerância e as preferências das espécies em face dos diversos fatores
ecológicos e examina a ação do meio sobre a morfologia, a fisiologia e o comportamento.
Desprezam-se as interações dessa espécie com as outras, mas freqüentemente ganha-se na preci-
são das informações. Assim definida, a auto-ecologia tem evidentemente correlacionamentos com a
fisiologia e a morfologia. Mas tem também seus próprios problemas. Por exemplo, a determinação
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ECOLOGIA
das preferências térmicas de uma espécie permitirá explicar (ao menos em parte) sua localização nos
diversos meios, sua repartição geográfica, abundância e atividade.
- A dinâmica das populações (ou Demòkologie dos autores alemães, Schwertfeger, 1963) descreve
as variações da abundância das diversas espécies e procura as causas dessas variações.
1. O ponto de vista estático (sinecologia descritiva), que consiste em descrever os grupos de orga-
nismos existentes em um meio determinado. Obtém-se assim conhecimentos precisos sobre a com-
posição especifica dos grupos, a abundância, freqüência, constância e distribuição espacial das es-
pécies constitutivas.
2. O ponto de vista dinâmico (sinecologia funcional), com dois aspectos. Porte-se descrever a evolu-
ção dos grupos e examinar as influências que os fazem suceder-se em um lugar determinado. Pode-
se também estudar os transportes de matéria e de energia entre os diversos constituintes de um
ecossistema, o que conduz às noções de cadeia alimentar, de pirâmides dos números, das biomas-
sas e das energias, de produtividade e de rendimento. Esta última parte constitui o que se chama a
sinecologia quantitativa.
Outras subdivisões da ecologia levam em consideração a natureza do meio e correspondem aos três
grandes conjuntos da biosfera: a ecologia marítima, a ecologia terrestre e a ecologia límnica. A natu-
reza dos organismos e os métodos de estudo são geralmente muito diferentes nesses três meios,
embora em muitos casos os princípios gerais sejam os mesmos.
E preciso abandonar a divisão antiga entre ecologia animal e ecologia vegetal, que separava arbitra-
riamente organismos que guardam entre si estreitas inter-relações. Se uma pesquisa se limita ao
estudo dos vegetais ou ao dos animais é unicamente por motivo da impossibilidade material que uma
só pessoa tem de abordar os dois campos.
Ecologia Humana
Este ramo da ecologia estuda as relações existentes entre os indivíduos e entre as diferentes comu-
nidades da espécie humana, bem como as suas interações com o ambiente em que vivem, a nível
fisiográfico, ecológico e social.
Descreve a forma como o homem se adapta ao ambiente nos diferentes locais do planeta, como ob-
tém alimento, abrigo e água. Tende a encarar o ser humano do ponto de vista biológico e ecológico,
uma espécie animal adaptada para viver nos mais diversos ambientes. A ecologia urbana, estuda
detalhes da vida humana nas cidades, do ponto de vista ambiental, sua relação com os recursos na-
turais, o ar, a água, a fauna e flora, bem como as relações entre indivíduos.
Problemas sociais como o êxodo rural, o crescimento descontrolado das cidades, infraestrutura urba-
na, bem como características das populações (taxa de crescimento, densidade, índices de nascimen-
to e mortalidade e idade média) são abordados nesta especialidade. Doenças, epidemias, problemas
de saúde pública e de qualidade ambiental também pertencem ao campo da ecologia humana.
A ecologia humana tem o desafio, de auxiliar no reconhecimento das causas dos desequilíbrios am-
bientais existentes na sociedade humana e propor soluções alternativas ou minimizadoras. Este ramo
da ecologia, associado à conscientização e educação ambiental, pode transformar as grandes cida-
des em locais mais habitáveis e saudáveis, onde o uso dos recursos naturais é racional e otimizado.
Para isso, a ecologia humana e urbana precisa estar integrada ao desenvolvimento de ciência e tec-
nologia, bem como vinculada a programas prioritários dos governos
Biosfera
A biosfera refere-se a região do planeta ocupada pelos seres vivos. É possível encontrar vida em
todas as regiões do planeta, por mais quente ou frio que elas sejam.
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ECOLOGIA
O conceito de biosfera foi criado por analogia a outros conceitos empregados para designar parte de
nosso planeta. De modo qual, podemos dizer que os limites da biosfera se estendem desde às altas
montanhas até as profundezas das fossas abissais marinhas.
O aparecimento da espécie humana na Terra dada uns 100 mil anos, e a grande expansão das popu-
lações humanas aconteceu durante o último milênio. A presença tem interferido profundamente no
mundo natural.
É necessário preservar as harmonias da biosfera, se nós não nos concretizarmos que as espécies de
seres vivos, inclusive a humana mantém várias inter-relações e que a influência no mundo pode criar
vários desequilíbrios.
Podemos dividir o mundo vivo em estratos para um melhor entendimento da gradação da complexi-
dade e por isto existem níveis de organização segundo os quais podemos entender o mundo vivo.
Partindo do mais simples ao mais completos teremos:
Ecossistemas
Conjunto formado por uma biocenose ou comunidade biótica e fatores abióticos que interatuam, ori-
ginando uma troca de matéria entre as partes vivas e não vivas. Em termos funcionais, é a unidade
básica da Ecologia, incluindo comunidades bióticas e meio abiótico influenciando-se mutuamente, de
modo a atingir um equilíbrio. O termo "ecossistema" é, pois, mais geral do que "biocenose", referindo
a interação dos fatores que atuam sobre esta e de que ela depende.
Os organismos vivos e o seu ambiente inerte (abiótico) estão inseparavelmente ligados e interagem
entre si.
Qualquer unidade que inclua a totalidade dos organismos (isto é, a "comunidade") de uma área de-
terminada interagindo com o ambiente físico por forma a que uma corrente de energia conduza a uma
estrutura trófica, a uma diversidade biótica e a ciclos de materiais (isto é, troca de materiais entre as
partes vivas e não vivas) claramente definidos dentro do sistema é um sistema ecológico ou ecossis-
tema.
Do ponto de vista trófico (de trophe = alimento), um ecossistema tem dois componentes (que como
regra costumam estar separados no espaço e no tempo), um componente autotrófico (autotrófico =
que se alimenta a si mesmo), no qual predomina a fixação da energia da luz, a utilização de substân-
cias inorgânicas simples e a elaboração de substâncias complexas, e um componente heterotrófico
(heterotrófico = que é alimentado por outro), no qual predominam o uso, a nova preparação e a de-
composição de materiais complexos.
Os ecossistemas são formados pela união de dois fatores: Fatores abióticos - o conjunto de todos os
fatores físicos que podem incidir sobre as comunidades de uma certa região. Fatores bióticos - con-
junto de todos seres vivos e que interagem uma certa região e que poderão ser chamados de bioce-
nose, comunidade ou de biota Exemplo: chamava-se de microflora, flora autóctone ou ainda fora
normal todo o conjunto de bactérias e seres, os corpos que viviam no interior do corpo humano ou
sobre a pele. Hoje o termo melhor usado em consonância com os termos ecológicos seria microbiota
normal.
Dimensão
Assim como é possível associar todos os ecossistemas existentes num só, muito maior, que é a ecos-
fera, é igualmente possível delimitar em cada um, outros mais pequenos, por vezes ocupando áreas
tão reduzidas que recebem o nome de microecossistemas.
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ECOLOGIA
- Substâncias abióticas
- Produtores
- Seres autotróficos, na maior parte dos casos plantas verdes, capazes de fabricar a sua própria
substância a partir de substâncias inorgânicas simples;
- Consumidos
- Organismos heterotróficos, quase sempre animais, que se alimentam de outros seres ou de partícu-
las de matéria orgânica,
Ecossistemas artificiais - construídos pelo Homem: açudes, aquários, plantações, etc. Atendendo ao
meio físico, há a considerar:
• Ecossistemas terrestres
• Ecossistemas aquáticos
No entanto, na passagem, por exemplo, de uma floresta para uma pradaria, as árvores não desapa-
recem bruscamente; há quase sempre uma zona de transição, onde as árvores vão sendo cada vez
menos abundantes.
Sendo assim, é possível, por falta de limites bem definidos e fronteiras intransponíveis, considerar
todos ecossistemas do nosso planeta fazendo parte de um enorme ecossistema chamado ecosfera.
Deste gigantesco ecossistema fazem parte todos os seres vivos que, no seu conjunto, constituem a
biosfera e a zona superficial da Terra que eles habitam e que representa o seu biótopo. Ou seja:
Mas assim como é possível associar todos os ecossistemas num só de enormes dimensões - a ecos-
fera - também é possível delimitar, nas várias zonas climáticas, ecossistemas característicos conhe-
cidos por biomas, caracterizados por meio do fator Latitude. Por sua vez, em cada bioma, é possível
delimitar outros ecossistemas menores. Principais BIOMAS:
Tundra - Característica das regiões de clima frio. Predominam musgos, líquenes, gramíneas e algu-
mas árvores anãs.
Taiga - Clima frio, mas menos frio que o da tundra. Há mais água no estado líquido. Árvores com
copas em forma de cone e com folhagem persistente. Deste modo, há melhor aproveitamento da
fraca energia luminosa: os ramos superiores não fazem sombra sobre os inferiores e a fotossíntese
realiza-se todo o ano (folhagem persistente).
Deserto - Clima seco e grandes amplitudes térmicas diurnas: Vegetação pouco desenvolvida e pouco
variada. Animais capazes de suportar estas condições adversas.
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ECOLOGIA
Floresta temperada - Floresta de árvores de folhagem caduca, característica das zonas temporadas.
Savana - Pradaria característica das regiões tropicais, com algumas arvores espalhadas. Locais de
pastagem para muitos herbívoros (equivalente a cerrados).
Floresta equatorial - Floresta luxuriante, com variadíssimas espécies de arvores de grande porte.
Alguns ocupam áreas tão reduzidas que merecem o nome de microecossistemas. Numa floresta, por
exemplo, as clareiras e as zonas densas, a face voltada a norte ou a sul de um tronco de árvore, etc.,
apresentam comunidades bióticas distintas. Constituem pequenos ecossistemas no grande ecossis-
tema que é a floresta - são os microecossistemas.
Fatores Abióticos
Existem elementos componentes do ambiente físico e químico que agem sobre quase todos os as-
pectos da vida dos diferentes organismos, constituindo o fator abiótico. Estes influenciam o cresci-
mento, atividade e as características que os seres apresentam, assim como a sua distribuição por
diferentes locais.
Estes fatores variam de valor de local para local, determinando uma grande diversidade de ambien-
tes. Os diferentes fatores abióticos podem agrupar-se em dois tipos principais - os fatores climáticos,
como a luz, a temperatura e a umidade, que caracterizam o clima de uma região - e os fatores edáfi-
cos, dos quais se destacam a composição química e a estrutura do solo.
Luz
A luz é uma manifestação de energia, cuja principal fonte é o Sol. É indispensável ao desenvolvimen-
to das plantas.
De fato, os vegetais produzem a matéria de que o seu organismo é formado através de um processo
- a fotossíntese - realizado a partir da captação da energia luminosa. Praticamente todos os animais
necessitam de luz para sobreviver. São exceção algumas espécies que vivem em cavernas - espé-
cies cavernícolos - e as espécies que vivem no meio aquático a grande profundidade - espécies abis-
sais.
Certos animais como, por exemplo, as borboletas necessitam de elevada intensidade luminosa, pelo
que são designadas por espécies lucífilas. Por oposição, seres como o caracol e a minhoca não ne-
cessitam de muita luz, evitandoa, pelo que são denominadas espécies lucífugas. A luz influencia o
comportamento e a distribuição dos seres vivos e, também, as suas características morfológicas.
Os animais apresentam fototatismo, ou seja, sensibilidade em relação à luz, pelo que se orientam
para ela ou se afastam dela. Tal como os animais, as plantas também se orientam em relação à luz,
ou seja, apresentam fototropismo.
Temperatura
Cada espécie só consegue sobreviver entre certos limites de temperatura, o que confere a este factor
uma grande importância. Cada ser sobrevive entre certos limites de temperatura - amplitude térmica
de existência -, não existindo acima de um determinado valor - temperatura máxima - nem abaixo de
outro - temperatura mínima. Cada espécie possui uma temperatura ótima para a realização das suas
atividades vitais. Alguns seres têm grande amplitude térmica de existência - seres euritérmicos - en-
quanto outros só sobrevivem entre limites estreitos de temperatura - seres estenotérmicos.
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ECOLOGIA
Alguns animais, nas épocas do ano em que as temperaturas se afastam do valor ótimo para o desen-
volvimento das suas atividades, adquirem comportamentos que lhos permitem sobreviver: animais
que não têm facilidade em realizar grandes deslocações como, por exemplo, lagartixas, reduzem as
suas atividades vitais para valores mínimos, ficando num estado de vida latente; animais que se po-
dem deslocar com facilidade como, por exemplo, as andorinhas, migram, ou seja, partem em deter-
minada época do ano para outras regiões com temperaturas favoráveis.
Ao longo do ano, certas plantas sofrem alterações no seu aspecto, provocados pelas variações de
temperatura.
Interações
Nas comunidades bióticas encontram-se várias formas de interações entre os seres vivos que as
formam. Essas interações se diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos vivos man-
têm entre si. Algumas dessas interações; se caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres
vivos, ou de apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações são denominadas harmônicas
ou positivas.
Tanto as relações harmônicas como as desarmônicas podem ocorrer entre indivíduos da mesma
espécie e indivíduos de espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre organismos da
mesma espécie, são denominadas relações intra-específicas ou homotípicas. Quando as relações
acontecem entre organismos de espécies diferentes, recebem o nome de interespecíficas ou hetero-
típicas.
Colônias - colônias são associações harmônicas entre indivíduos de uma mesma espécie, anatomi-
camente ligados, que em geral perderam a capacidade de viver isoladamente. A separação de um
indivíduo da colônia determina a sua morte.
Quando as colônias são constituídas por organismos que apresentam a mesma forma, não ocorre
divisão de trabalho. Todos os indivíduos são iguais e executam todas as funções vitais. Essas colô-
nias são denominadas homomorfas ou isomorfas.
Como exemplo, podem ser citadas as colônias de corais (celenterados), de crustáceos do gênero
Balanus (as cracas), de certos protozoários, bactérias, etc.
Quando as colônias são formadas por indivíduos com formas e funções distintas, ocorre urna divisão
de trabalho. Essas colônias são denominadas heteromorfas. Um ótimo exemplo é o celenterado da
espécie Phisalia caravela popularmente conhecida por "caravelas". Elas formam colônias com indiví-
duos especializados na proteção e defesa (os dactilozóides), na reprodução (os gonozóides), na na-
tação (os nectozóides), na flutuação (os pneumozóides), e na alimentação (os gastrozóides).
Abelhas:
A sociedade formada pelas abelhas melíferas (Apis mellifera) comporta três castas distintas: as ope-
rárias, a rainha e os machos ou zangões.
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ECOLOGIA
Uma colméia de abelhas melíferas pode conter de 30 mil a 40 mil operárias. São elas as grandes
reponsáveis por todo o trabalho executado na colméia.
As operárias transportam o mel e o pólen das celas de armazenamento para a rainha, zangões e
larvas, alimentando-os. Produzem a cera para ampliar a colméia, limpam-na dos detritos e de compa-
nheiras mortas e doentes. Procuram, no exterior da colméia, o néctar e o pólen. Além disso, guardam
e protegem a colméia. As operárias vivem, em média, seis semanas. São todas fêmeas estéreis.
A rainha apresenta a mesma constituição genética que as operárias. A diferenciação entre elas se faz
pelo tipo de alimento recebido na fase de larva. Enquanto as larvas das futuras operárias recebem
apenas mel e pólen, as larvas que se desenvolverão em rainhas são também alimentadas com se-
creções glandulares de operárias adultas. Essas secreções recebem o nome de geléia real.
Cada colméia de abelhas melíferas só tem uma rainha adulta. Esta controla as operárias graças a
secreção de uma substância denominada feromônio. Essa substância se espalha por toda a colméia,
passando de boca em boca. O feromônio inibe o desenvolvimento do ovário das operárias, impossibi-
litando-as de se tornarem rainhas.
Quando a rainha adulta abandona a sua colméia para construir uma nova, ela é seguida por cerca de
metade das operárias. Inicialmente, esse novo grupo permanece enxameado durante alguns dias, em
torno da rainha, num local ainda não definitivo.
A seguir, o enxame se fixa em um abrigo apropriado. Uma nova colméia surgirá graças à produção
de cera pelas operárias. Na colméia antiga, aparece uma nova rainha e as que estavam em desen-
volvimento são destruídas.
Essa nova rainha, ao sair para o "vôo nupcial", libera o feromônio, que estimula os zangões a segui-
Ia. Durante o vôo nupcial, a rainha é fecundada. Dependendo da espécie de abelha, a rainha poderá
ser fecundada por apenas um zangão ou por vários.
A rainha, uma fez fecundada, volta à colméia, onde, após algum tempo, reiniciará a postura de ovos.
Esta se prolongará por 5 a 7 anos. Os ovos fecundados originarão rainhas e operárias e os não fe-
cundados, os zangões.
Enquanto as rainhas e operárias são diplóides; ou 2n pois resultam de óvulos fecundados, os zan-
gões são haplóides ou n. Os zangões são alimentados da mesma forma que as operárias. Delas dife-
rem por serem haplóides ou n.
Como exemplos de mutualismo vamos analisar, entre outros, os líquens, a bacteriorriza, a micorriza,
e as associações entre cupins e protozoários e entre herbívoros com bactérias e protozoários. •
Líquens - são constituídos pela associação mutualística entre algas e fungos. A alga realiza a fotos-
síntese e cede ao fungo parte da matéria orgânica sintetizada. O fungo, além de proteger a alga, ce-
de-lhe umidade e sais minerais que absorve. Esse tipo de relação é benéfico para ambos. Permite a
sobrevivência do líquen em lugares onde, isoladamente, a alga e o fungo não teriam chance. Os lí-
quens podem ser encontrados em troncos de árvores, nas rochas nuas, nos desertos e no Ártico. •
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ECOLOGIA
Bacteriorriza - é o nome que se dá à associação formada pelas bactérias do gênero Rhizobium com
as células das raízes de leguminosas, onde se originam as nodosidades. O esquema que segue mos-
tra uma leguminosa, evidenciando em suas raízes as nodosidades; provocadas pelas bactérias do
gênero Rhizobium.
Como veremos no ciclo do nitrogênio, as bactérias do gênero Rhizoblum fixam o nitrogênio atmosféri-
co. Transformam esse nitrogênio em compostos nitrogenados, que cedem às plantas leguminosas.
Estas usam o nitrogênio desses compostos na síntese de seus aminoácidos e proteínas. Em troca, as
leguminosas cedem, às bactérias, substâncias orgânicas que sintetizam. Raiz de leguminosa, com
nódulos portadores de bactérias do gênero Rhizobium
• Micorriza - é um tipo de associação mutualística que ocorre entre fungos e as raízes de certas or-
quídeas e da maioria das árvores florestais. O fungo, ao decompor as substâncias orgânicas, fornece
às plantas o nitrogênio e outros nutrientes minerais na forma assimilável. As plantas, em troca, cedem
ao fungo compostos orgânicos por elas sintetizados.
• Ruminantes e microrganismos - os animais ruminantes, do mesmo modo que os cupins, não fabri-
cam a enzima celulase. Como os alimentos que ingerem são ricos em celulose, também abrigam em
seu estômago grande número de protozoários e bactérias capazes de fabricar a enzima celulase.
A celulose serve de alimento para os herbívoros, as bactérias e os protozoários. A partir daí estabele-
ce-se uma relação mutualística, em que as bactérias e os protozoários fornecem aos herbívoros pro-
dutos da digestão da celulose. Os herbívoros, por sua vez, fornecem abrigo e nutrição a esses mi-
crorganismos.
As anêmonas, graças aos seus tentáculos que elaboram substâncias urticantes, afugentam os possí-
veis predadores do paguro. Este, ao se locomover, transporta a concha com anêmonas, aumentando
muito a área de sua alimentação. Trata-se de um caso de protocooperação, porque tanto o paguro
como a anêmona podem viver isoladamente. Como conceituamos, a coexistência de ambos não é
obrigatória.
• O pássaro anu e certos mamíferos - os pássaros conhecidos por anus alimentam-se de carrapatos e
outros parasitas encontrados no pelo de certos mamíferos, como o gado, o búfalo, o rinoceronte, etc.
Os anus, ao retirarem os parasitas (carrapatos) da pele desses mamíferos, estão se alimentando e,
ao mesmo tempo, livram os mamíferos desses indesejáveis parasitas. Como no exemplo anterior, a
coexistência de ambos não é obrigatória, daí falarmos em protocooperação.
• O pássaro-palito e o crocodilo - os crocodilos que vivem do rio Nilo, ao dormirem, podem deixar a
boca aberta. 0 pássaro-palito aproveita essa oportunidade para se alimentar dos parasitas (sangues-
sugas) e restos de alimentos encontrados entre os dentes e na boca do crocodilo. Dessa forma, o
pássaro-palito livra o crocodilo dos parasitas indesejáveis e, ao mesmo tempo, alimenta-se. Poliniza-
ção por animais - pode-se também considerar protocooperação, pois ao se alimentar de vegetais, os
pássaros ou insetos podem promover a disseminação de sementes ou pólen.
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ECOLOGIA
A rêmora ou peixe-piolho é um peixe ósseo que apresenta a nadadeira dorsal transformada em ven-
tosa, com a qual se fixa ao corpo do tubarão. A rêmora além de ser transportada pelo tubarão, apro-
veita os restos de sua alimentação.
O tubarão não é prejudicado, pois o peso da rêmora é insignificante. Os alimentos ingeridos pela
rêmora correspondem aos desprezados pelo tubarão. Como exemplo também, as hienas se aprovei-
tando de restos deixados pelo leão, ou Entamoeba coli se aproveitando de restos alimentares em
nosso intestino e, até mesmo, a ave-palito comendo restos alimentares na boca do crocodilo.
Inquilinismo - é a associação entre indivíduos de espécies diferentes em que um deles procura abrigo
ou suporte no corpo do outro, sem prejudicá-lo. O inquilinismo é uma forma de associação muito pa-
recida com o comensalismo. Desta difere por não haver cessão de alimentos ao inquilino. Como
exemplos de inquilinismo vamos destacar as associações do peixe-agulha com a holotúria e das or-
quídeas e bromélias com troncos de árvores.
• O Peixe-agulha e a Holotúria - o peixe-agulha (Fierasfer) possui um corpo fino e alongado. Ele pe-
netra no corpo da holotúria, conhecida popularmente como pepino-domar, para se abrigar. Do corpo
da holotúria, o peixe-agulha só sai para procurar alimento, voltando logo em seguida.
O peixe agulha apenas encontra abrigo no corpo da holotúria, não a prejudicando em qualquer senti-
do.
• Orquídeas e bromélias que vivem sobre troncos - a associação entre as orquídeas e as bromélias
com troncos de árvores recebe o nome de epifitismo. Por isso, orquídeas e bromélias são denomina-
das epífitas. Essas plantas conseguem, vivendo sobre os troncos de árvores, o suprimento ideal de
luz par realizarem a fotossíntese.
Uma observação muito importante, aqui, é não confundir as orquídeas e bromélias com plantas para-
sitas. As epífitas são plantas que apenas procuram abrigo, proteção e luz ideal ao crescer sobre ou-
tras plantas, mas sem prejudicá-las. As parasitas, como veremos, prejudicam a hospedeira.
Foresia - é a associação entre indivíduos de espécies diferentes em que um se utiliza do outro para
transporte, sem prejudicá-lo. Como exemplo temos a rêmora ou peixe-piolho no tubarão ou, até
mesmo, o transporte de sementes por pássaros e insetos. Relações desarmônicas inter-específicas
Predatismo - é a interação desarmônica na qual um indivíduo (predador) ataca, mata e devora outro
(presa) de espécie diferente. A morte da presa pode ocorrer antes ou durante a sua ingestão.
Os predadores, evidentemente, não são benéficos aos indivíduos que matam. Todavia, podem sê-lo
à população de presas. Isso porque os predadores eliminam os indivíduos menos adaptados, poden-
do influir no controle da população de presas.
Tanto os predadores como as presas mostram uma série de adaptações que permitem executar mais
eficazmente as suas atividades. Assim, os dentes afiados dos tubarões, os caninos desenvolvidos
dos animais carnívoros, as garras de águia, a postura e o primeiro par de patas do louva-a-deus, o
veneno das cobras, as telas de aranha são exemplos de algumas adaptações apresentadas pelos
predadores.
Por outro lado, as presas favorecidas pela seleção natural também evidenciam um grande número de
adaptações que as auxiliam a evitar seus predadores.
A produção de substâncias de mau cheiro ou de mau gosto, as cores de animais que se confundem
com o meio ambiente, os espinhos dos ouriços, as corridas dos cavalos, veados e zebras são exem-
plos de processos utilizados pelas presas para ludibriar seus predadores.
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ECOLOGIA
Camuflagem:
Ocorre quando uma espécie possui a mesma cor (homocromia) ou a mesma forma (homotipia) do
meio ambiente.
Exemplos:
• - inseto bicho-pau
• - borboleta vice-rei, que é pequena e comestível por pássaros, imitando a borboleta monarca que é
maior e de sabor repugnante aos pássaros.
• - borboleta-coruja com asas abertas lembram a cabeça de coruja. Observe um gráfico mostrando o
número de predadores (lince) e de presas (lebres) em função do tempo.
A Ecologia é a ciência que estuda as relações existentes entre os seres vivos e destes com o ambi-
ente em que vivem. Para compreender essa ciência, alguns conceitos devem ser aprendidos. Entre
eles, dois são extremamente importantes: população e comunidade.
Uma população, em Ecologia, pode ser definida como um conjunto de indivíduos de uma mesma
espécie que vive em uma determinada área em um determinado momento. Essa área pode ser a
distribuição normal desses organismos ou então um limite escolhido por um pesquisador que estuda
aquele grupo de seres. Sendo assim, uma população pode ser também um grupo de indivíduos da
mesma espécie que está sendo estudado.
Uma população tem seu tamanho alterado constantemente em decorrência de diversos fatores. Ela
pode diminuir, por exemplo, em consequência de mortes e migrações e aumentar em decorrência
de nascimentos e imigrações. As mortes, nascimentos, migrações e imigrações estão intimamente
ligados a fatores como a disponibilidade de alimento, condições ambientais, predadores e a reprodu-
ção.
Apesar de teoricamente uma população poder crescer infinitamente, isso não acontece na prática. O
meio onde um grupo de indivíduos vive não suporta um aumento exagerado de organismos, existindo
assim uma capacidade limite. Imagine, por exemplo, uma área com grande quantidade de herbívoros
que vivem sem predadores no local. O aumento exagerado de indivíduos logo provocará a escassez
de alimento, fazendo com que alguns morram de fome, retornando assim a população ao
seu tamanho ideal.
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ECOLOGIA
As comunidades, por sua vez, podem ser definidas como um conjunto de populações em um deter-
minado lugar e em um determinado espaço de tempo. Essas diferentes populações, no entanto, não
se distribuem de igual maneira, sendo algumas espécies abundantes e outras raras.
Nas comunidades, as diferentes populações interagem das mais variadas maneiras. Essas intera-
ções, também chamadas de relações ecológicas, podem beneficiar todos os indivíduos envolvidos ou
então beneficiar apenas um grupo. Quando as interações ocorrem entre espécies diferentes, são
chamadas de interespecíficas; mas quando ocorrem entre seres da mesma espécie, trata-se de rela-
ções intraespecíficas.
Essas diferentes relações ecológicas existentes entre os seres vivos são responsáveis por controlar,
juntamente aos fatores abióticos, as populações que fazem parte de uma comunidade. A competição,
por exemplo, pode extinguir completamente uma espécie de uma comunidade.
o estudar Ecologia, preocupamo-nos com a análise das interações das espécies entre si e destas
com o meio. Para realizar essa análise, no entanto, é fundamental conhecer alguns conceitos bási-
cos. Entre esses conceitos, destacam-se as noções de população e comunidade.
Uma população pode ser definida como um grupo de organismos pertencentes à mesma espécie e
que vivem em uma mesma área geográfica. Complementando esse conceito, podemos dizer que
esses organismos possuem maior chance de reproduzirem-se entre si do que com outros grupos de
indivíduos de outra região.
O tamanho de uma população é limitado pelo meio em que ela vive, uma vez que o aumento exage-
rado, por exemplo, pode causar desequilíbrios ecológicos e afetar também os indivíduos com os
quais essa população interage. Podemos concluir, portanto, que existe um tamanho ideal para cada
população que se mantém mais ou menos constante ao longo do tempo.
Ao estudar uma população, os ecólogos preocupam-se em analisar todos os fatores que influenciam
esse grupo de organismos, como o número de nascimentos e mortes. Além disso, é fundamental
analisar os movimentos migratórios, a quantidade de alimento disponível, o número de predadores,
entre outras variantes que afetam diretamente o tamanho de uma população.
Como exemplo de população, podemos citar grupos de elefantes na savana africana ou ainda os
grupos de borboletas-monarcas no Canadá (veja imagem acima).
Uma comunidade, por sua vez, é formada por todos os organismos que vivem em uma área, em um
determinado período de tempo, ou seja, todas as populações viventes de uma região. Alguns autores
definem ainda a comunidade como a parte viva de um ecossistema.
Como exemplo de comunidade, podemos citar os organismos que vivem no fundo dos ambientes
aquáticos (comunidade bentônica), tais como crustáceos, poliquetas, equinodermos e algumas espé-
cies de moluscos. Outro exemplo de comunidade é o conjunto de plantas de uma área de floresta ou
ainda os animais existentes em uma área de Mata Atlântica.
Em Ecologia, estudamos as relações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente em que vi-
vem. Esses estudos correspondem a diferentes níveis de organização. Podemos, por exemplo, estu-
dar apenas as interações entre os indivíduos de uma mesma espécie ou, ainda, estudar as relações
deles com diferentes organismos. Para isso, no entanto, é fundamental compreender os conceitos de
população e comunidade.
População
Uma população, em Ecologia, pode ser definida como um conjunto de indivíduos de uma mesma
espécie que vive em uma determinada área em um dado período de tempo. Os indivíduos de uma
população apresentam maior probabilidade de cruzamento entre si do que com organismos de outra
população da mesma espécie.
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ECOLOGIA
Os nascimentos e as imigrações (a chegada de novos indivíduos) são fatores que aumentam uma
população. Por outro lado, a densidade populacional diminui quando ocorrem mortes ou emigra-
ções (a saída dos indivíduos daquela população).
As populações podem variar de tamanho, mas não apresentam um crescimento contínuo e ilimita-
do. Se uma população cresce de maneira exagerada, isso pode afetar todos os organismos do grupo
e, assim, causar a limitação de recursos, dificultar a reprodução e reduzir a área onde os indivíduos
vivem. Dizemos que esses fatores são barreiras naturais necessárias para impedir um crescimento
exagerado e, dessa forma, manter a população sempre em uma quantidade limitada de indivíduos. O
tamanho máximo de uma população em um ambiente natural é chamado de capacidade limite.
Como exemplo de população, podemos citar os grupos de jacarés encontrados no Pantanal. Todos
os jacarés são da mesma espécie, relacionam-se entre si e vivem em determinada área. Outros
exemplos de população são os leões na savana africana ou as pessoas que vivem em um determi-
nado município
Uma comunidade é o grupo de diferentes populações que vivem em um mesmo local em um deter-
minado período de tempo. Essas populações de uma comunidade interagem entre si por meio
das relações ecológicas, as quais podem ser positivas, ou seja, trazer benefícios para os envolvidos,
ou negativas, isto é, desencadear prejuízo para pelo menos um dos envolvidos.
Considerando o Pantanal como exemplo, podemos verificar comunidades formadas por jacarés, capi-
varas, tuiuiús, outras espécies de animais e algumas de plantas. Todos esses organismos encon-
tram-se em uma mesma área e relacionam-se entre si e, portanto, formam uma complexa comunida-
de.
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DEGRADAÇÃO E POLUIÇÃO AMBIENTAL
A resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA n° 1, de 1986, em seu Artigo 1º,
considera impacto ambiental como sendo:
Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indireta-
mente, afetam:
III. A biota;
Todo impacto ambiental tem uma ou mais causas e constitui-se no resultado das ações humanas so-
bre os aspectos ambientais.
A causa do impacto ambiental, muitas vezes, tem relação direta e indireta com a poluição ambiental.
A definição de poluição ambiental é muito semelhante à definição de impacto ambiental, no entanto,
um impacto ambiental pode ser negativo ou positivo, ou seja, ele pode tanto trazer prejuízos como
benefícios.
Podemos dizer também que um impacto ambiental é significativo quando este é importante em rela-
ção a outros impactos, que poderiam ser julgados mais como efeitos, ou seja, como simples conse-
quências de uma modificação induzida pelo homem, sem um valor econômico.
A lei nº 6.938, de 1981, que trata da Política Nacional de Meio Ambiente, traz duas definições funda-
mentais: degradação da qualidade ambiental e poluição; são elas:
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indireta-
mente:
É muito importante interpretar o item e da definição acima: a poluição pode ser causada por empreen-
dimentos que disponham no meio ambiente efluentes, emissões, resíduos ou energia acima dos pa-
drões ambientais, isto é, valores limites estabelecidos.
Assim, o estabelecimento de padrões ambientais visa manter a exploração dos recursos naturais
dentro da capacidade de suporte do meio, impedindo a degradação ambiental, e consequentemente
eliminando a necessidade futura de recuperação de áreas degradadas.
É preciso lembrar sempre que é a maneira de gerenciar a utilização dos recursos naturais que deter-
mina os impactos ambientais das ações antrópicas que serão gerados sobre o meio ambiente.
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DEGRADAÇÃO E POLUIÇÃO AMBIENTAL
Em geral, empresas do ramo industrial possuem os mais altos impactos ambientais justamente por-
que os seus processos produtivos geram inúmeros poluentes, o que explica também porque as indús-
trias oferecem mais riscos ocupacionais para aos seus trabalhadores e para o meio ambiente. A
grande conclusão é que a geração de impactos ambientais está relacionada aos aspectos ambientais
das atividades humanas.
Segundo a resolução Conama Nº001 de janeiro de 1986, o impacto ambiental é definido como qual-
quer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qual-
quer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,
afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a bi-
ota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.
Analisando essa resolução, percebemos que qualquer atividade que o homem exerça no meio ambi-
ente provocará um impacto ambiental. Esse impacto, no entanto, pode ser positivo ou não. Infeliz-
mente, na grande maioria das vezes, os impactos são negativos, acarretando degradação e polui-
ção do ambiente.
Os impactos negativos no meio ambiente estão diretamente relacionados com o aumento crescente
das áreas urbanas, o aumento de veículos automotivos, o uso irresponsável dos recursos, o consumo
exagerado de bens materiais e a produção constante de lixo. Percebemos, portanto, que não apenas
as grandes empresas afetam o meio, nós, com pequenas atitudes, provocamos impactos ambientais
diariamente.
Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo homem, podemos citar a diminui-
ção dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões, poluição, mudanças climáticas, des-
truição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito estufa e destruição de habi-
tats. Isso acarreta, consequentemente, o aumento do número de doenças na população e em outros
seres vivos e afeta a qualidade de vida.
Vale destacar que os impactos ambientais positivos, apesar de ocorrerem em menor quantidade,
também acontecem. Ao construirmos uma área de proteção ambiental, recuperarmos áreas degrada-
das, limparmos lagos e promovermos campanhas de plantio de mudas, estamos também causando
impacto no meio ambiente. Essas medidas, no entanto, provocam modificações e alteram a qualidade
de vida dos humanos e de outros seres de uma maneira positiva.
- Economize água;
- Não jogue fora objetos e roupas que não usa mais. Opte por fazer doações.
Com atitudes simples, podemos diminuir nossos efeitos no meio ambiente. Pense nisso!
Atenção: Empresas e obras que podem causar grande impacto ambiental negativo devem apresentar
um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para que as ativi-
dades sejam ou não liberadas.
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IMPACTOS AMBIENTAIS
Impactos Ambientais
Segundo a resolução Conama Nº001 de janeiro de 1986, o impacto ambiental é definido como qual-
quer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer
forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a
saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as con-
dições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.
Analisando essa resolução, percebemos que qualquer atividade que o homem exerça no meio ambi-
ente provocará um impacto ambiental. Esse impacto, no entanto, pode ser positivo ou não. Infelizmente,
na grande maioria das vezes, os impactos são negativos, acarretando degradação e poluição do am-
biente.
Os impactos negativos no meio ambiente estão diretamente relacionados com o aumento crescente
das áreas urbanas, o aumento de veículos automotivos, o uso irresponsável dos recursos, o consumo
exagerado de bens materiais e a produção constante de lixo. Percebemos, portanto, que não apenas
as grandes empresas afetam o meio, nós, com pequenas atitudes, provocamos impactos ambientais
diariamente.
Dentre os principais impactos ambientais negativos causados pelo homem, podemos citar a diminuição
dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões, poluição, mudanças climáticas, destrui-
ção da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito estufa e destruição de habitats. Isso
acarreta, consequentemente, o aumento do número de doenças na população e em outros seres vivos
e afeta a qualidade de vida.
Vale destacar que os impactos ambientais positivos, apesar de ocorrerem em menor quantidade, tam-
bém acontecem. Ao construirmos uma área de proteção ambiental, recuperarmos áreas degradadas,
limparmos lagos e promovermos campanhas de plantio de mudas, estamos também causando impacto
no meio ambiente. Essas medidas, no entanto, provocam modificações e alteram a qualidade de vida
dos humanos e de outros seres de uma maneira positiva.
Você também pode ajudar a diminuir o impacto ambiental negativo. Veja a seguir algumas dicas:
- Economize água;
- Não jogue fora objetos e roupas que não usa mais. Opte por fazer doações.
Com atitudes simples, podemos diminuir nossos efeitos no meio ambiente. Pense nisso!
Atenção: Empresas e obras que podem causar grande impacto ambiental negativo devem apresentar
um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para que as ativida-
des sejam ou não liberadas.
Os impactos ambientais afetam o planeta de várias formas e podem fazer estragos irreparáveis. Esses
impactos podem ser locais, como a poluição urbana do ar e a poluição do ar em ambientes fechados.
Os impactos também podem ser regionais, como a chuva ácida. Já os impactos globais são o efeito
estufa, o desmatamento, a degradação costeira e marinha.
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IMPACTOS AMBIENTAIS
As principais atividades causadoras dos impactos ambientais no planeta são a mineração, a agricul-
tura, a exploração florestal, a produção de energia, os transportes, as construções civis como estradas
e cidades, além das indústrias básicas químicas e metalúrgicas.
As agressões do ser humano ao meio ambiente ficaram mais intensas depois da Revolução Industrial.
Isso aconteceu particularmente no século XX, por causa do grande aumento da população e do con-
sumo nos países industrializados. Por isso, a maior parte dos impactos ambientais são causados pelo
homem direta ou indiretamente.
A mineração é uma atividade de extração de minerais como o carvão, o petróleo e o gás natural. Es-
ses minerais são encontrados em forma natural sólida, líquida ou gasosa.
Os minerais são recursos esgotáveis, ou seja, eles não se renovam naturalmente e tendem a acabar
quando há muita exploração. Depois de extraídas, as substâncias minerais são processadas com subs-
tâncias químicas, geralmente nocivas para a natureza e isso é feito para que os minerais sejam utiliza-
dos na indústria.
Em contra partida, parte dos minerais extraídos é estéril, ou seja, não servem para a indústria. Então
esse material é depositado em áreas vizinhas à mina. Assim, os principais impactos ambientais da
mineração são:
A poluição da água pelo descarte indevido dos rejeitos da mineração, além de contaminar a fauna e
flora aquática;
Rejeitos radioativos.
A mineração de bens da construção civil, como areia, argila e brita, também é uma preocupação, pois
existe um alto índice de clandestinidade nessa atividade e os impactos ambientais são grandes: degra-
dação de ambientes de delicado equilíbrio ecológico (dunas e manguezais), alteração de canais natu-
rais de rios e dos aspectos paisagísticos.
Os impactos ambientais causados pela obtenção de energia são discutidos mundialmente devido à
gravidade da questão. Afinal, a maior parte do mundo é urbana e necessita de energia para funcionar.
As termelétricas, por exemplo, produzem energia através da queima em caldeira de carvão. Esse calor
produzido aquece a água que circula numa rede de tubos, criando vapor. É esse vapor que movimenta
as pás das turbinas, ligadas a um gerador, e assim a energia elétrica é produzida.
O vapor gerado é resfriado por um condensador e volta à rede de tubos, reiniciando o ciclo. Por isso,
as termelétricas geralmente são instaladas próximas de leitos de rios ou mar, pois a água deles é
utilizada para condensar o vapor.
Esse processo eleva a temperatura da água dos rios e mares onde as termelétricas estão instaladas,
pois a água utilizada é devolvida mais quente. Isso compromete a fauna e a flora da região, além de
aumentar a temperatura média local.
Além disso, as usinas termelétricas queimam combustíveis como o diesel e o carvão. Essa queima é
fonte de gás carbônico e óxidos de nitrogênio, que aumentam o efeito estufa e geram chuvas ácidas.
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IMPACTOS AMBIENTAIS
A agricultura é uma atividade indispensável para a existência e sobrevivência das pessoas. Afinal é
dela que vem todo o alimento consumido no mundo, e também o alimento dos animais.
Mas essa também é uma atividade que causa impactos ambientais. Para fazer uma plantação, é ne-
cessário ter um espaço de terra fértil. Então acontece a substituição (desmatamento) de uma vegetação
natural para o plantio de mudas agrícolas.
Após essa substituição, ainda é preciso conter as plantas que naturalmente cresciam ali. Esta ação
destrói o capital genético do planeta e altera o equilíbrio dos ecossistemas.
Além disso, a agricultura moderna é mecanizada. Ou seja, utiliza equipamentos como tratores e outros
maquinários agrícolas. E estas máquinas são movidas a combustíveis fósseis que poluem o ar.
Outro problema é a utilização de insumos agrícolas. São os adubos químicos, corretores do solo, agro-
tóxicos e demais produtos químicos utilizados na produção em massa. A água das chuvas e da irriga-
ção leva esses produtos para os rios, causando a contaminação da água, além de comprometer o solo.
Na sociedade atual, consumo está aumentando de uma forma desenfreada, onde as pessoas compram
coisas mais do que precisam, algumas vezes por status ou pela influência de propagandas, e os im-
pactos ambientais são muitos!
O consumo exagerado de bens materiais é responsável por boa parte dos impactos ambientais, entre
eles podemos destacar a alta geração de lixo.
Atualmente não dá para pensar em uma cidade sem pensar nos problemas causados pela alta quanti-
dade de lixo gerado. É evidente a poluição visual, mau cheiro e contaminação do ambiente. Além disso,
o lixo eletrônico gera a poluição do solo, o que leva milhares de anos para se decompor.
Contudo, os principais impactos ambientais do lixo são decorrentes do descarte inadequado dos resí-
duos sólidos em fundos de vale, nas margens de rios e cursos de água. Essa prática gera contaminação
da água, assoreamento (acúmulo de sedimentos na foz de um rio ou em um lago), enchentes e proli-
feração de animais transmissores de doenças como ratos, baratas, moscas, entre outros.
No Brasil são realizadas diversas atividades causadoras de impactos ambientais. Abaixo vamos apre-
sentar alguns deles.
A retirada de áreas verdes para abrir espaço para a construção de prédios, casas, fábricas etc., causa
o aumento da poluição atmosférica. Além disso, é um fator determinante para a ocorrência de enchen-
tes e alagamentos.
A mineração é outra atividade causadora de impactos ambientais no Brasil, presente nos estados do
Pará, Minas Gerais e Goiás. Além dos impactos como a contaminação das águas no pequeno ga-
rimpo, as empresas mineradoras removem áreas verdes, alterando a paisagem ambiental.
A agropecuária é uma atividade muito importante para o Brasil, mas que também prejudica o meio
ambiente. Para alimentar tantos gados, grandes áreas verdes são desmatadas para o plantio de soja
da ração dos bois, bem como para criar os animais. Isso prejudica muitos ecossistemas em diversas
regiões do país.
Além disso, o Brasil também realiza a extração de petróleo no litoral sudeste do país. O derramamento
de petróleo provoca sérios danos ao meio ambiente, pois mata peixes em grande quantidade, além de
aves marinhas e outros animais marinhos.
Alterações climáticas;
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IMPACTOS AMBIENTAIS
Desaparecimento de rios;
Poluição do ar;
Os impactos ambientais podem ser diminuídos através de ações individuais e coletivas, bem como por
meio de leis e políticas ambientais. Algumas ações que podem ser feitas, são elas:
Economia de água;
Redução do consumo.
Deu para entender que os impactos ambientais acontecem de muitas formas, não é? Esse assunto faz
parte de uma discussão global sobre o futuro do planeta! É uma consciência que deve estar em todos.
Seja um cidadão consciente!
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cícios que a plataforma disponibiliza.
Eles alteram as condições normais de funcionamento da natureza e podem causar danos irreversíveis
ao mundo. Como exemplos, temos: o assoreamento dos rios, a desertificação, as infertilidades do solo,
a poluição da água, a perda de espécies vegetais ou animais.
Podemos citar como impactos ambientais decorrentes da ação humana: o aumento da urbanização, a
implementação de indústrias (sobretudo energéticas, petrolíferas e mineradoras), a massificação do
turismo, dentre outros.
O ser humano tem sido um importante protagonista da aceleração dos impactos ambientais no meio
ambiente, o que levou, dentre outras coisas, as alterações climáticas, perdas de espécies e de habitats.
Isso ocorre decorrente da falta de consciência ambiental na população, visto que cada vez mais utili-
zamos indiscriminadamente os recursos naturais (renováveis e não renováveis) para suprir nossas ne-
cessidades.
Medidas para evitar esse aceleramento focam em evitar o desperdício de água e de energia, assim
como o descarte adequado do lixo e a diminuição do uso de automóveis. Essas medidas são práticas
simples que diminuiriam os danos causados ao meio ambiente.
Com a globalização e o aumento do consumo mundial, esse processo tem se acelerado cada vez mais
gerando diversos impactos que muitas vezes se tornam irreversíveis.
Alguns exemplos dessas práticas são intensificados pelo crescimento das cidades, desde construções
de estradas, ferrovias, rodovias, pontes, implementação de indústrias. Essas ações levam ao aumento
significativo do desmatamento, das queimadas, da poluição (água, ar e solo), bem como da agricultura
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IMPACTOS AMBIENTAIS
intensiva e pecuária, os quais induzem ao aumento do efeito estufa, aquecimento global, chuva ácida,
dentre outras consequências negativas para o meio.
Os impactos ambientais estão associados às questões negativas causadas nos ecossistemas terrestre
os quais interferem em sua composição e ações naturais, levando aos diversos prejuízos ambientais.
Existem, por sua vez, os impactos ambientais considerados positivos ou benéficos, visto que resultam
numa melhoria das condições de vida no planeta.
Para exemplificar, podemos pensar no plantio de mudas, na limpeza ou no desassoreamento dos rios,
construções de barragens com o intuito de recuperar ou impossibilitar danos ambientais, dentre outros.
Dependendo da área atingida, o impacto ambiental, pode ser classificado em local, regional ou global.
Além dos tipos de impactos citados acima, ou seja, os positivos (benéficos) e negativos (adversos),
eles podem ser classificados em:
Diretos e Indiretos
Reversíveis e Irreversíveis
Atualmente, devido ao aceleramento das alterações climáticas o meio ambiente tem sido um dos temas
mais discutidos do século XXI.
Isso levou à criação de programas e ações, bem como o estabelecimento de legislação na área a fim
de minimizar os impactos causados nos recursos do meio ambiente.
Os Estados Unidos, foi o país precursor da implementação de legislação na área por meio da criação
da Lei Federal denominada “National Environment Policy Act – NEPA”, aprovada em 1969.
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e es-
sencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.”
No Brasil, o CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) é um órgão instituído pela Lei nº 6.938,
de 31 de agosto de 1981, sendo responsável pela legislação ambiental.
O CONAMA analisa, desde meados da década de 80, por meio do Estudo de Impacto Ambiental (EIA),
os impactos ambientais no país, a fim de apresentar soluções para os problemas causados ao meio
ambiente.
Esses estudos pressupõem um controle preventivo dos impactos ambientais ocasionadas, principal-
mente, pela atividade humana.
Após essa avaliação minuciosa das consequências geradas pelo meio ambiente é realizado o Relatório
de Impacto do Meio Ambiente (RIMA) com o intuito de divulgar as estatísticas atualizadas sobre o tema.
No Brasil, biomas como a Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal vem sendo devastados pela ação hu-
mana.
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IMPACTOS AMBIENTAIS
“Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
III - a biota;
Além do CONAMA (órgão legislativo), o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis), criado pela Lei nº 7.735 de 22 de fevereiro de 1989, é responsável pela execução
das leis estabelecidas pelo poder legislativo.
Assim, esse órgão executivo a nível federal, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, promove ações
de preservação, conservação e fiscalização do patrimônio ambiental, além de conceder licenças ambi-
entais aos empreendedores.
Impactos ambientais são alterações no ambiente causadas pelo desenvolvimento das atividades hu-
manas no espaço geográfico¹. Nesse sentido, eles podem ser positivos, quando resultam em melhorias
para o ambiente, ou negativos, quando essas alterações causam algum risco para o ser humano ou
para os recursos naturais encontrados no espaço.
Apesar de possuir essas duas classificações, o termo impacto ambiental é mais utilizado em referência
aos aspectos negativos das atividades humanas sobre a natureza. Isso ocorre em virtude do modelo
de desenvolvimento da sociedade moderna, que se baseou na exploração intensiva dos recursos na-
turais do mundo, que são vistos como uma fonte inesgotável de matéria-prima e de energia para a
produção dos mais diversos produtos.
Impactos Ambientais
Entre os principais impactos ambientais negativos causados pelo desenvolvimento das atividades hu-
manas, destacam-se:
Contaminação do ar, água, fauna e flora: As atividades humanas geram muitos resíduos, que se acu-
mulam na natureza e causam a poluição e contaminação do ar, água, solo, fauna, flora e até mesmo
do próprio homem.
Esgotamento dos mananciais: A maioria das atividades humanas necessita de uma grande quantidade
de água, o que causa a exploração intensiva dos cursos d'água para abastecer indústrias, fazendas e
cidades. Apesar de a água ser um recurso abundante no planeta Terra, a crescente demanda aliada à
má utilização dos recursos hídricos já tem causado escassez de água ou crises de água (falta periódica
de água) em locais que não sofriam com esse problema, como o Brasil, que, apesar de ter uma grande
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IMPACTOS AMBIENTAIS
quantidade de canais fluviais, periodicamente tem tido problemas em relação à disponibilidade de água
em seus mananciais.
Com isso, diversas medidas (como o Protocolo de Kyoto e o Protocolo de Montreal) têm sido tomadas
para reverter o quadro de degradação ambiental existente no mundo atual, aumentando, assim, a quan-
tidade de impactos ambientais positivos. Essas medidas esbarram em interesses econômicos, princi-
palmente de países desenvolvidos, que acreditam que esse desenvolvimento sustentável é inviável,
pois essas medidas teriam um alto custo e limitariam a extração dos recursos naturais e de fontes de
energia, diminuindo, assim, a produtividade e o desenvolvimento de suas economias.
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DESMATAMENTO
Desmatamento
Considera-se, atualmente, o desmatamento como um dos principais impactos ambientais gerados pe-
las atividades humanas, pois interfere no equilíbrio natural da natureza, trazendo impactos para a at-
mosfera, biosfera, litosfera e hidrosfera. Remover a vegetação, mais do que simplesmente derrubar
árvores, é diminuir ou extinguir o habitat de diferentes espécies, desproteger o solo e também gerar
impactos sobre os cursos d'água.
Apesar de boa parte dos países já ter passado por avançados processos de desflorestamento, o pro-
blema continua expandindo-se em todo o mundo. Dados da ONU revelam que a perda de áreas flo-
restais do mundo por ano passou de 4,1 milhões de hectares em 1991 para 6,4 milhões em 2005. O
Brasil, embora tenha conseguido diminuir o seu nível de desmatamento nos últimos tempos, ainda é
um dos líderes mundiais, com milhares de quilômetros de áreas verdes perdidas a cada ano.
a) a exposição do solo aos agentes intempéricos, o que eleva os casos de erosão e, em regiões de
clima árido e semiárido, até a intensificação do processo de desertificação;
b) extinção de espécies, sobretudo as chamadas endêmicas, que se restringem a uma área espaci-
almente limitada. Para essas espécies, as florestas são habitat e fonte de alimento, de forma que a
sua retirada descontrolada pode gerar um grande prejuízo ambiental.
c) alteração ou até extinção de cursos d'água, que dependem das florestas para o controle do asso-
reamento de seus leitos e também para a manutenção de suas margens, evitando ou diminuindo os
casos de erosão fluvial. Sem as florestas, muitas nascentes deixam de existir e muitos rios ficam
comprometidos.
d) problemas climáticos, haja vista que muitas florestas emitem uma grande quantidade de umidade
para a atmosfera, de forma que a sua retirada acarreta menores quantidades de chuva e interferência
nas médias de temperatura em várias outras regiões que costumam receber essa umidade. Há indí-
cios de que o aumento do desmatamento seja um dos principais fatores responsáveis pelo Aqueci-
mento Global. Por esse motivo, é importante intensificar as políticas de combate e controle do des-
matamento, criminalizando mais enfaticamente o processo de retirada ilegal de madeira, ampliando a
fiscalização e melhorando os sistemas de vigilância. Além disso, o reaproveitamento de produtos fei-
tos de madeira ou a substituição dessa matéria-prima por outros tipos, reduzindo o consumo, também
são formas de solucionar esse problema.
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DESMATAMENTO
Atualmente, os países que mais desmatam são os de economias emergentes, pois, embora tentem
controlar esse problema, o desmatamento de suas florestas avança à medida que seus sistemas
econômicos evoluem. Até bem pouco tempo atrás, o campeão mundial de desmatamento era o Bra-
sil, principalmente em razão do crescimento da fronteira agrícola sobre as áreas da Floresta Amazô-
nica. No entanto, recentemente, o país foi ultrapassado pela Indonésia, que possui uma ampla área
verde, mas que vem desflorestando duas vezes mais do que é desmatado anualmente no território
brasileiro.
Segundo levantamentos realizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente são
desmatados quase sete milhões de hectares por ano. Isso significa a perda não tão somente de ve-
getações, mas também de várias espécies animais, pois o seu habitat encontra-se cada vez mais di-
minuto. Com isso, o equilíbrio ecológico pode tornar-se ameaçado.
Dentre as consequências do desmatamento, podemo citar: o esgotamento dos solos com a intensifi-
cação de processos de erosão e desertificação; a extinção ou degradação de rios e lagos, graças ao
maior acúmulo de sedimentos gerados; a ocorrência de desequilíbrios climáticos em razão da ausên-
cia das florestas que tinham como função gerar mais umidade do ar e absorver o calor atmosférico,
dentre outros problemas.
No Brasil, vários domínios naturais foram muito devastados. O primeiro a sofrer com esse processo
foi a Mata Atlântica, que hoje conta com cerca de 7% de sua área original. Os Pampas e a Mata de
Araucária também passaram por graves processos de desmatamento, o que também vem ocorrendo
no bioma Cerrado, esse último profundamente devastado durante a segunda metade do século XX. A
Amazônia parece ser o próximo alvo e, embora os últimos anos o desmatamento tenha apresentando
diminuições, a floresta ainda sofre com o corte de milhares de hectares de árvores a cada ano.
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GARIMPO ILEGAL
Garimpo Ilegal
O garimpo ilegal é toda atividade de extração mineral em pequena escala e voltada para a comercia-
lização direta (garimpo) realizada em desacordo com a legislação brasileira. Para que uma área de
garimpo seja regular, ela precisa ser aprovada mediante o requerimento junto à Agência Nacional de
Mineração (ANM).
A ANM é uma autarquia do governo federal pertencente ao Ministério de Minas e Energia e respon-
sável pela fiscalização e regulamentação da atividade de extração mineral no país, que compreende
tanto a mineração quanto o garimpo. Uma das exigências da ANM para conceder o pedido de lavra
garimpeira é o licenciamento ambiental. Caso a lavra garimpeira seja instalada sem a autorização da
ANM, ela é considerada ilegal.
Quando praticado no interior de terras indígenas — áreas de proteção reconhecidas oficialmente pelo
Estado brasileiro e registradas pela União. As terras indígenas, uma vez demarcadas e homologadas,
não podem ser utilizadas pela população não indígena: elas se destinam exclusivamente ao uso dos
povos indígenas.
Quando praticado em áreas superiores a 50 hectares, por garimpeiros individuais, ou em áreas supe-
riores a 1000 hectares, no caso das cooperativas de garimpo."
A região norte é a principal área de expansão da atividade de garimpo do Brasil, com 91,6% das
áreas inseridas no bioma Amazônia.
A proliferação dos garimpos nessa região não aconteceu no período recente, mas sim a partir da
segunda metade do século XX, mais especificamente após a década de 1970, com a ampliação dos
projetos de integração do território nacional e a identificação de áreas propícias à atividade extrativa,
como ao longo da margem e do curso dos rios de planície amazônicos.
O garimpo ilegal na região Norte ocorre principalmente nas terras indígenas e em áreas de proteção
ambiental classificadas como Unidade de Conservação (UC), conforme levantamento realizado pelo
MapBiomas no período que vai de 1985 até 2021. De acordo com a pesquisa, a área ocupada pelas
atividades ilegais de garimpagem aumentou em 625% nas terras indígenas e em 352% nas unidades
de conservação somente na última década, entre 2010 e 2021.
A Terra Indígena Kayapó é a principal afetada pelo garimpo ilegal na região Norte. Essa área fica no
sul do estado do Pará, na Amazônia Legal, e abriga uma população de mais de 4500 pessoas.
Segundo o MapBiomas, o garimpo já ocupa uma superfície de 11.542 hectares em 2021. As duas
outras terras indígenas com a presença de extensas áreas de garimpo nos seus limites são a Terra
Indígena Mundukuru, também no Pará, com 4743 hectares no ano de 2020, e a Terra Indígena Ya-
nomami, em Roraima, onde há, pelo menos, 1556 hectares ocupados com o garimpo ilegal.
É importante destacar que as 10 terras indígenas com maior atividade de garimpo no seu interior
ficam situadas na região Norte do Brasil, de acordo com o MapBiomas. O mesmo acontece com as
unidades de conservação, com o agravante de que oito das dez mais afetadas se concentram no
Pará. A principal UC com atividade de garimpo é a Área de Proteção Ambiental do Tapajós, onde se
detectou mais de 43 mil hectares em que há exploração mineral.
A prática do garimpo ilegal na região Norte se faz não somente de forma manual. Há a utilização de
maquinário e embarcações que auxiliam na extração mineral e aumentam a produtividade, ao mesmo
tempo em que intensificam os impactos ambientais provocados nos solos e nas águas, conforme
veremos a seguir. O mineral mais procurado durante a garimpagem é o ouro.
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GARIMPO ILEGAL
A atividade do garimpo realizada de forma ilegal tem aumentado os conflitos pela posse da terra na
região Norte do Brasil, principalmente nas áreas demarcadas como terras indígenas ou que estão em
processo de demarcação. Isso afeta diretamente a vida das comunidades indígenas que vivem na
fronteira de expansão do extrativismo mineral, uma vez que casos como de invasões de terras e de
violência têm crescido nos últimos anos.
Não somente os indígenas têm a sua permanência ameaçada pelo garimpo ilegal. Essa atividade
altera o cotidiano também de outras comunidades tradicionais, como é o caso dos quilombolas e dos
ribeirinhos, que têm seu modo de vida transformado pela ação do garimpo ilegal. Na maioria dos ca-
sos, o sustento delas, retirado por meio da atividade pesqueira e dos recursos naturais dos solos e da
floresta, é prejudicado pelos impactos ambientais que a atividade provoca.
O garimpo ilegal na região Norte resulta em uma série de impactos ao meio ambiente, notadamente
no bioma Amazônia, que ocasionam prejuízos à biodiversidade local e afetam a qualidade das águas
e dos solos, o que provoca sérios problemas de saúde na população que vive nas áreas afetadas e
depende direta ou indiretamente desses recursos naturais.
A ampliação das áreas desmatadas nas terras indígenas e unidades de conservação na Amazônia
Legal se deve principalmente às atividades extrativistas, como o garimpo ilegal, o que desencadeia
uma série de outros problemas, como diminuição da biodiversidade; maior vulnerabilidade dos solos
pela ausência de cobertura; e alterações no microclima local, em um primeiro momento, podendo
impactar maiores escalas em médio e longo prazo.
Entre 2018 e 2022, por exemplo, o desmatamento associado ao garimpo na Terra Indígena Yano-
mami triplicou. As informações levantadas pela Hutukara Associação Yanomami (HAY) mostram que
a superfície desmatada foi de 5053 hectares somente em 2022, enquanto em 2018 havia sido de
1236 hectares.
Os corpos hídricos da região são afetados pelos sedimentos do garimpo, que assoreiam e poluem os
cursos d’água, e pelas substâncias tóxicas que são lançadas nas águas junto dos resíduos dessa
atividade e causam a sua contaminação. A fauna e a flora fluviais sofrem igualmente com o impacto
dessas substâncias e do maquinário utilizado na extração, o que prejudica a pesca por parte da popu-
lação e das comunidades tradicionais que dependem dos rios para a subsistência e para a geração
de renda.
Um exemplo de como o garimpo afeta os rios é o do rio Madeira, que percorre o interior dos estados
de Rondônia e Amazonas e onde a atividade se instalou há décadas pela presença de ouro em tre-
chos do seu leito.
Em 2021 uma imagem revelou centenas de balsas de garimpo, que atuam na dragagem do leito,
alinhadas no curso do rio Madeira a pouco mais de 100 km da capital amazonense, Manaus. Entre os
impactos ambientais causados, estão a alteração no leito do rio; a poluição; o aumento da carga de
sedimentos; e a contaminação das águas por mercúrio.
O mercúrio é um metal pesado e é utilizado no garimpo para a obtenção do ouro. Quando devolvido
para as águas e para o solo, causa a contaminação desses recursos e da cadeia alimentar neles
presentes, acumulando-se no organismo daqueles que consomem a água e os peixes desses rios e
causando sérios problemas de saúde."
Os principais garimpos do Brasil na atualidade ficam na região Norte, e estão inseridos no bioma
Amazônia.
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GARIMPO ILEGAL
O Pará é o estado que reúne quatro das cinco maiores áreas de garimpagem e, segundo o levanta-
mento do MapBiomas, essas mesmas áreas somam 45% de todo o garimpo praticado em território
nacional.
A seguir, uma tabela com os municípios que apresentam as maiores áreas com garimpo do Brasil.
(Dados levantados pelo MapBiomas em 2021.)
Da mesma forma como acontece com qualquer outra atividade comercial, o garimpo segue as oscila-
ções de oferta e demanda do mercado. De acordo com o geólogo e coordenador técnico do mapea-
mento de mineração do MapBiomas, César Diniz, a explosão da atividade garimpeira nos últimos
anos está associada à elevação do preço da commodity no mercado internacional.
“A partir de 2009, o preço do ouro no mercado internacional iniciou seu movimento de forte alta, mo-
vimento que ainda não mostrou sinais de queda”, disse. Além do incentivo financeiro, as condições
internas do país também influenciam no aumento da atividade. “Essa relação direta com o retorno
financeiro é auxiliada pela ausência de mecanismos verdadeiramente eficientes de combate e contro-
le do garimpo ilegal”, afirmou.
Quando o garimpo é ilegal, a atividade costuma ser realizada em áreas públicas destinadas a fins
incompatíveis com atividades de mineração, como terras indígenas ou unidades de conservação, ou
em áreas privadas que não pertencem ao garimpeiro. Segundo Goldemberg, o método funciona da
seguinte maneira: um grupo de garimpeiros chega à área com equipamentos, desmata, remove o
solo, processa o ouro utilizando mercúrio em aberto e depois abandona a área. “Seus impactos são
negativos em todos os aspectos porque é uma atividade ilegal em área não permitida, incide em
desmatamento ilegal e sem qualquer padrão legal ou de responsabilidade. Ou seja, não há compro-
metimento com o território ou qualquer lastro legal. É uma atividade predatória”, afirmou.
Consequências Do Garimpo
O garimpo ocasiona uma série de transformações na dinâmica espacial e socioeconômica das áreas
onde se desenvolve, podendo afetar diretamente o modo de vida de populações e comunidades,
notadamente dos povos tradicionais, como os indígenas, que vivem e dependem dos recursos natu-
rais para a sua subsistência.
Disputas por áreas e a invasão de terras são registradas em muitas regiões para onde o garimpo
avança, principalmente quando a atividade acontece de forma ilegal, a exemplo da exploração nas
Terras Indígenas brasileiras.
Além disso, o garimpo é responsável por uma série de ações que promovem a degradação da natu-
reza.
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GARIMPO ILEGAL
Essas intervenções fazem com que haja desequilíbrio de ecossistemas e ameaça direta à manuten-
ção da biodiversidade local. Da mesma maneira, os danos ao meio ambiente podem resultar em pro-
blemas de saúde aos seres humanos.
A paisagem natural é profundamente alterada, o que pode comprometer também a estrutura física do
relevo e a integridade dos demais elementos, resultando em danos ao meio ambiente, como veremos
a seguir.
desmatamento;
contaminação dos solos e das águas por substâncias tóxicas, como o mercúrio.
A contaminação por mercúrio é uma das consequências mais danosas ao meio ambiente e à saúde
humana decorrentes das atividades garimpeiras.
O mercúrio é um metal pesado altamente tóxico utilizado no garimpo para a formação de amálgamas
e obtenção do ouro presente na água. Após a extração, a água e os resíduos nela presente são des-
pejados de volta, o que leva à contaminação dos corpos hídricos e dos solos pelo mercúrio.
O mercúrio afeta a fauna dos rios e a flora presente nas suas margens. O consumo de peixes que
vivem em águas contaminadas ou mesmo a ingestão dessas águas leva à contaminação dos seres
humanos, provocando severos problemas saúde, como doenças cardiovasculares, câncer, malforma-
ção congênita e o desenvolvimento de problemas neurológicos decorrentes da forma como esse me-
tal pesado age no sistema nervoso"
Garimpo No Brasil
O garimpo é uma atividade que faz parte da história econômica do Brasil, confundindo-se também
com a interiorização da ocupação do território nacional nos séculos passados. Atualmente se tem
observado o crescimento da área destinada a essa prática no país, em especial nos estados da regi-
ão Norte, como Pará, Amazonas e Roraima, e também no Mato Grosso.
Dados do MapBiomas mostram que a área de garimpo praticamente dobrou no país entre 2010 e
2021, passando de 99 mil hectares para 196 mil hectares nesse intervalo de tempo.|3| Um aspecto
alarmante desse crescimento é que ele ocorreu principalmente nas regiões de terras indígenas,|4| o
que causa sérios impactos à vida das populações indígenas por motivos que vão desde a degrada-
ção ambiental em áreas protegidas até os confrontos diretos.
Representando pelo menos um décimo da atividade garimpeira do país, o garimpo ilegal é um dos
principais fatores que têm prejudicado tanto o meio ambiente quanto as comunidades tradicionais,
como indígenas e ribeirinhos, uma vez que avança sobre biomas como a Amazônia.
A contaminação do rio Tapajós, na altura de Alter do Chão (Pará), é uma das consequências do ga-
rimpo ilegal ao meio ambiente brasileiro.
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GARIMPO ILEGAL
Já as Terras Indígenas Yanomami, Mundukuru e Kayapó podem ser mencionadas como regiões para
onde essa atividade avança, prejudicando a vida das comunidades indígenas.
Garimpo legal: é a atividade de garimpagem praticada de acordo com o previsto na legislação, co-
nhecida como Estatuto do Garimpeiro, e mediante a solicitação do requerimento de lavra garimpeira
(permissão para a extração mineral por meio do garimpo) à Agência Nacional de Mineração (ANM),
responsável pela regulamentação e fiscalização dessa prática no Brasil.
O garimpo e a mineração são atividades extrativas que diferem quanto à escala de atuação e, princi-
palmente, aos processos característicos de cada uma delas.
Garimpo: praticado em uma área limitada, e a extração acontece em pequenos volumes. Após a ob-
tenção do mineral, como o ouro, a sua venda se dá de forma imediata diretamente ao consumidor ou
à empresa interessada. Mineração: corresponde a todo o processo de pesquisa, exploração, extração
e beneficiamento dos recursos minerais extraídos do solo. É, além de uma atividade econômica, uma
indústria.
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