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Vol 6 - Três Problemas
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Apresentação
i
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Sumário
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Prefácio
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Sumário
Introdução 7
5 A Matemática do GPS 64
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Referências Bibliográficas 79
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Introdução
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Capítulo 1
r
O P
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P E
OO
R
T F
←→
reta F T tal que T − F − R e F R = F T . Então 4OF R ∼ = 4OF T
(pelo critério LAL de congruência de triângulos) de modo que
OR = OT = r e, portanto, R está na superfície esférica. Logo E
intersecta a superfície esférica em um ponto R distinto de T. Isso é
impossível, pois E é um plano tangente.
S
E
r
O
O O
X F Y
OF 2 + F X 2 = OX 2 = r2
√
e, portanto, F X = r2 − OF 2 (note que r2 − OF 2 > 0).
√
Logo X está na circunferência de centro F e raio r2 − OF 2 .
Provamos assim que a intersecção E ∩S está contida na circunferência
√
de centro F e raio r2 − OF 2 .
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OX 2 = OF 2 + F X 2
= OF 2 + r2 − OF 2
= r2 .
30°
0°
30°
POLO SUL
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Atividades
E
B
D A
C
Respostas
2) 24.
√
5 3
6) 5, 60o e .
2
10) 0, 1, 2 ou infinitos pontos.
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Capítulo 2
A Terra é redonda, mas não é uma esfera perfeita, uma vez que
é achatada nos polos. Na verdade, a Terra é aproximadamente um
elipsóide.
A figura abaixo mostra uma secção da superfície terrestre através
de um plano que contém a reta que liga os Polos Norte e Sul. Esta
secção aproxima-se de uma elipse cujo semieixo maior a é a metade
do diâmetro do Equador e o semieixo menor b é a metade da distância
entre os polos.
19
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a (metros) b (metros) ε
Bessel (1841) 6 377 397 6 356 078 0,0033541
Clarke (1880) 6 378 249 6 356 515 0,0034191
Helmert (1906) 6 378 200 6 356 940 0,0033443
Hayford (1924) 6 378 388 6 356 911 0,0033785
Krassovski (1940) 6 378 245 6 356 863 0,0033636
21
N
Meridiano
Paralelo
Equador
• o Equador
• o Trópico de Câncer
• o Trópico de Capricórnio
Atividades
23
Linha do Horizonte
O
Siena
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Respostas
4) Cerca de 19 km.
5) Cerca de 43 km.
G ?
P ?: latitude de P
?: longitude de P
O ?
Equador
E
Greenwich
Atividades
X
N H
O E
C
S
Respostas
6) Aproximadamente 111,7 cos θ km; 96,7 km; 110 km; 104,9 km.
r ?
?
x h d
N
A
Raios
NOITE DIA Solares
S
A
23°27’
Equador
Plano da órbita
terrestre
23°27’
S
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N
Raios
Solares
Equador
S
21 de março e 23 de setembro
Tróp. de Câncer
Raios
Solares
Equador
Tróp. de Capricórnio
S
Circ. Polar
21 de dezembro
junho. Nessa época, o Hemisfério Sul vai ficando cada vez menos ex-
posto aos raios solares, ao contrário do Hemisfério Norte. Assim, no
Hemisfério Sul onde moramos, os dias vão ficando mais curtos e as
noites mais longas até que, por volta de 21 de junho, temos a noite
mais longa do ano: é o nosso solstício de inverno. Nessa data tem
início para nós o inverno.
No Hemisfério Norte, a data 21 de junho marca o dia mais longo
do ano: é o solstício de verão, ou início do verão. A Terra inclina
seu Polo Norte na direção mais próxima do Sol. A reta imaginária de-
terminada pelos centros da Terra e do Sol corta o globo terrestre num
ponto do paralelo de latitude 23◦ 270 N, chamado Trópico de Câncer.
Logo, no solstício de junho, os raios solares incidem perpendi-
cularmente sobre o Trópico de Câncer e o Hemisfério Norte é,
portanto, mais iluminado e mais quente que o Hemisfério Sul.
Equador
Raios
Solares
Tróp. de Capricórnio
21 de junho
Atividades
Respostas
1) 15◦ ; 0, 25◦ .
2) 92◦ W.
Atividades
Respostas
2πr2
1) onde r é o raio da Terra.
3
2) Pesquise sobre a “linha internacional de data.”
3) 17 horas e 35 minutos.
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Capítulo 3
O Ângulo de Elevação do
Sol e da Energia Solar
?: ângulo de elevação do
Raios O Sol em P
Solares
?
P
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papel, A ou B,
A A
A
B B
C
C
? ?
Atividade
Tróp. de Câncer
Equador B E O Equador
30º
A 60º
A
P
Tróp. de Capricórnio C
S
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Atividade
Equador
23º30?
72º30?
Tróp. de Câncer Tróp. de Câncer
C
P Equador Equador
A
B D
B D O O
E
E 17º30?
36º30? 53º30?
A P
C
A ilustração da esquerda na figura acima mostra o ângulo de ele-
vação do Sol em Cleveland (EUA) localizada a 41◦ de latitude norte.
←→
A reta P B é tangente a Terra no ponto P que representa Cleveland,
←→
O é o centro da Terra e C é um ponto da reta OP , com P entre C e
←→ ←→
O. Como AP e BO são paralelas aos raios solares temos
m(∠AP C) = m(∠BOP )
= m(∠EOP ) − m(∠EOB)
= 41◦ − 23◦ 300
= 17◦ 300 .
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Uma vez que o ângulo BPC é reto segue que APB, que é o ângulo
de elevação do Sol ao meio-dia solar, tem medida
Porto Alegre nesta hora encontre sen 36◦ 300 . A calculadora mostrará
aproximadamente 0,5948 indicando que Porto Alegre recebe cerca de
59% da radiação solar que incidiria se o ângulo fosse de 90◦ ao meio-
dia no solstício de junho, isto é, 59% da intensidade do Sol que atinge
o ponto D localizado sobre o Trópico de Câncer e que tem a mesma
longitude de Porto Alegre.
23º30?
Equador
Tróp. de Capricórnio
S
C
A P
25º30?
E 64º30?
O
Equador
B D
Tróp. de Capricórnio
←→ ←→
Cleveland, P está entre C e O com AP e BO sendo paralelas aos
raios solares. Como P está no Hemisfério Norte, a medida do ângulo
∠BOP é igual a
6º30?
E
83º30?
B O
Equador
A
P
C
Tróp. de
Capricórnio
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Atividades
Solstício de Solstício de
Junho Dezembro
Latitude Ângulo de Intensidade Ângulo de Intensidade
Cidade elevação Relativa elevação Relativa
do Sol do Sol
Rio Branco, Brasil 10◦ S
São Paulo, Brasil 23◦ S
Melbourne, Austrália 38◦ S
Santa Cruz, Argentina 50◦ S
Quito, Equador 0◦
São José, Costa Rica 10◦ N
Miami, EUA 26◦ N
Paris, França 49◦ N
Forel, Groelândia 66◦ N
Capítulo 4
A Superfície Esférica em
Coordenadas Cartesianas
p
d(P, O) = x2 + y 2 + z 2 .
x 2 ? y 2 ? z2 P = (x, y, z)
x2 ? y2
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p
d(P, C) = (x − u)2 + (y − v)2 + (z − w)2 .
x2 + y 2 + z 2 + ax + by + cz + d = 0 (4.3)
x2 + y 2 + z 2 + 4x − 2y − 6z + 8 = 0,
• y 2 − 2y = y 2 − 2y + 12 − 12 = (y − 1)2 − 1
57
59
(0,0,z) = B
q = m(?AOP) P = (x, y, z)
j = m(?COA)
0
q
j
(x,0,0) = C
A = (x, y, 0)
OB z
cos(90o − θ) = =p
OP x + y2 + z2
2
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z
e, como cos(90o − θ) = sen θ, segue que sen θ = p .
x2
+ y2 + z2
Esta expressão atribui a θ um único valor entre 0 e 90 quando
z > 0 e um único valor entre -90 e 0 quando z < 0. No primeiro
caso dizemos que a latitude de P é θ◦ N enquanto que no segundo a
latitude de P é (−θ)◦ S.
Por outro lado, no triângulo retângulo 4OAC temos
AC y OC x
sen ϕ = =p e cos ϕ = =p .
OA 2
x +y 2 OA x + y2
2
e
x2 + y 2 = 27 × 1012 + 9 × 1012 = 36 × 1012 .
√ √
6 3 × 106 3
Logo, sen θ = = e, portanto, θ = 60o .
12 × 106 2
√ √
3 × 106 1 3 3 × 106 3
Como sen ϕ = − 6
= − e cos ϕ = 6
=
6 × 10 2 6 × 10 2
obtemos ϕ = −30o .
61
r cos θsen ϕ.
Para referência futura repetimos no quadro abaixo as relações en-
tre as coordenadas geográficas e as coordenadas cartesianas.
x = r cos θ cos ϕ
y = r cos θsen ϕ
x = rsen θ
Atividades
(a) x2 + y 2 + z 2 − 4x + 6y + 2z − 2 = 0.
(b) x2 + y 2 + z 2 − 2x + 2y = 0.
(c) x2 + y 2 + z 2 − 10x + 2y − 6z + 35 = 0.
(d) x2 + y 2 + z 2 − 2x + 4y + 15 = 0.
63
√
(d) P = (3 × 105 , −3 3 × 105 , 6 × 105 ).
Respostas
4) P = (2, 1, 3).
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Capítulo 5
A Matemática do GPS
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pista.
A navegação é a função primária do GPS sendo usado em aero-
naves, navios, veículos e por indivíduos que usam o receptor portátil
(“de bolso”). Atualmente o GPS tem se mostrado útil em diversas
situações das quais destacamos algumas.
69
Atividade
x y z
Satélite 1 1,877191188 × 106 -1,064608026 × 107 2,428036099 × 107
Satélite 2 1,098145713 × 107 -1,308719098 × 107 2,036005484 × 107
Satélite 3 2,459587359 × 107 -4,336916128 × 106 9,090267461 × 106
Satélite 4 3,855818937 × 106 7,251740720 × 106 2,527733606 × 107
Capítulo 6
A
B
B
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paralelo
A B
? circunferência máxima
0
−→ −−→
< OA, OB > = 6 4002 [0,15233−0,13244+0,43041] = 6 4002 ×0,4503,
75
A
r (t)
B
q1
j1
vetor posição −
→
r (t) dado por
−
→
r (t) = (cos θ(t) cos ϕ(t), cos θ(t)sen ϕ(t), sen θ(t)), 0 ≤ t ≤ t1 .
Atividades
77
Respostas
Referências Bibliográficas
[3] HY, Kim. Angled Sunshine, Seasons and Solar Energy. The
Mathematics Teacher, v. 90, n. 7, October 1997.
[7] WAIVERIS, C.; CRAINE, T.V. Where are we?. The Mathema-
tics Teacher, v. 89, n. 6, September 1996.
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80 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sites Consultados
[1] www.garmin.com
[2] http://astro.if.ufrgs.br/indexhtml
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Prefácio
1
Os dois outros capítulos tratam, respectivamente, da equivalência e aplicação
de áreas na matemática grega e da história da equação do segundo grau.
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2
Ela se encontra disponível gratuitamente em www.dominiopublico.gov.br.
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Sumário
Introdução 89
7 A Duplicação do Cubo 97
7.1 A máquina de Platão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
7.2 A máquina de Eratóstenes . . . . . . . . . . . . . . . . 100
7.3 A solução de Nicomedes . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
7.4 A Construção de Árquitas . . . . . . . . . . . . . . . . 110
7.5 A solução achada por Menécmo . . . . . . . . . . . . . 113
7.6 O método de Diocles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
7.7 O método de Hierão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
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Introdução
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1 – A duplicação do cubo.
2 – A quadratura do círculo.
3 – A trissecção do ângulo.
Sabemos, desde o século XIX, que esses problemas não podem ser
resolvidos somente com a régua e o compasso. Referências acessíveis
sobre isso são, por exemplo, Courant and Robbins (1996), Hadlock
(1978), Klein (1930), Bunt, Jones and Bedient (1988, p. 89-121).
Uma discussão de por que os gregos tentavam resolver problemas de
construção usando somente a régua e o compasso, pode ser encon-
trada, por exemplo, em Bkouche et Joëlle (1993).
Para os primeiros geômetras gregos, uma linha era o percurso de
um ponto, e a linha reta era um percurso sem asperezas e desvios
(Szabó, 2000). No entanto, aos poucos, os matemáticos gregos se
distanciaram da realidade palpável, como se vê, por exemplo, em
Platão:
91
92
93
√
DB = 2 × AB =⇒ DB 2 = 2 × AB 2 .
AB DB
= .
DB 2AB
Assim, achar o comprimento de DB é equivalente a inserir uma
meia proporcional entre AB e 2AB.
De maneira mais geral, se desejarmos construir um quadrado cuja
área seja b vezes a área a do quadrado ABCD, devemos ter
AB DB
= .
DB bAB
Como veremos, a ideia de inserir meias proporcionais entre duas
grandezas dadas está por traz da maioria das tentativas de duplicar
o cubo.
“Quadrar” uma região plana consiste em traçar, somente com
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95
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Capítulo 7
A Duplicação do Cubo
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Estilo OBMEP
Com efeito, se
1 x y
= = ,
x y 2
vemos que
x2 = y
x3 = xy.
Mas como
xy = 2
temos que
x3 = 2.
a x y
= =
x y b
e que
xy = ab
e assim
x3 a2 b b
3
= 3 = .
a a a
Apresentaremos agora sete soluções do problema da duplicação do
cubo, quase todas baseadas em achar duas meias proporcionais entre
duas grandezas, usando construções que não podem ser efetuadas
somente com régua e compasso e curvas que não podem ser traçadas
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ON OB OC a OB OC
= = =⇒ = = ,
OB OC OM OB OC b
AE BZ GH
= = .
BZ GH DT
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Estilo OBMEP
AE KA KE
= = . (7.1)
BZ KB KZ
Temos também que os triângulos BZK e CHK são semelhantes,
e, portanto
BZ KZ KB
= = . (7.2)
CH KH KC
Da semelhança dos triângulos CHK e DT K segue-se que
CH KH KC
= = . (7.3)
DT KT KD
Da semelhança dos triângulos AZK e BHK decorre
AZ KZ KA
= = . (7.4)
BH KH KB
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Estilo OBMEP
BH KH KB
= = . (7.5)
CT KT KC
De 7.3 e 7.5 obtemos
CH KH KC BH KB
= = = = , (7.6)
DT KT KD CT KC
KH
pois ambos têm em comum.
KT
KB
Como 7.2 e 7.6 têm em comum, segue-se que
KC
BZ KZ BK BH KH CH KC
= = = = = = . (7.7)
CH KH KC CT KT DT DK
KA
Como 7.1 e 7.4 têm em comum, segue-se que
KB
AE KA KE AZ KZ
= = = = . (7.8)
BZ KB KZ BH KH
De 7.7 mantenhamos somente as razões que nos interessam:
BZ KZ CH
= = . (7.9)
CH KH DT
De 7.8 mantenhamos somente as razões que nos interessam:
AE KZ
= . (7.10)
BZ KH
KZ
Como 7.9 e 7.10 têm em comum, obtemos, enfim, que
KH
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Estilo OBMEP
AE BZ CH
= = , (7.11)
BZ CH DT
o que queríamos demonstrar. 2
O processo descoberto por Eratóstenes pode ser usado para inserir
qualquer número de meias proporcionais entre a e b. Para inserir n
meias proporcionais, é suficiente tomar n + 1 retângulos e proceder
como acima.
BC MA CK
= = . (7.12)
MA CK AB
Para compreender isso, devemos usar a Proposição II.6, dos
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Estilo OBMEP
BK · KC + CE 2 = EK 2 . (7.13)
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Estilo OBMEP
BK · KC + CF 2 = F K 2 . (7.14)
AB LK CK
= = . (7.15)
MA ML BC
1
Observe que BC = GC, devido à congruência dos triângulos
2
GBD e DAL.
Como AB = 2AD, temos
2 · AD 2 · CK
= (7.16)
MA GC
e assim,
AD CK
= . (7.17)
MA GC
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Estilo OBMEP
CK HK
= (7.18)
GC FH
e daí segue-se que
AD CK HK
= = . (7.19)
MA GC FH
Temos então que
AD HK
= , (7.20)
M A + AD F H + HK
e assim
AD HK
= . (7.21)
MD FK
Como HK = AD por construção, segue-se de 7.21 que M D = F K
e assim, de 7.14, temos
BK · KC + CF 2 = F K 2 . (7.22)
BM · M A + AD2 = M D2 . (7.23)
BM · M A + AD2 = F K 2 . (7.24)
BM · M A = BK · KC (7.25)
de maneira que
BK MA
= . (7.26)
BM CK
Da semelhança dos triângulos M BK, M AL e LCK segue-se que
BK AL CK
= = . (7.27)
BM MA LC
Finalmente, usando 7.26 e 7.27, temos que:
CK MA AL
= = . (7.28)
LC CK MA
Como LC = AB, AL = BC, temos, enfim, que
BC MA CK
= = , (7.29)
MA CK AB
o que queríamos demonstrar. 2
Esta demonstração encontra-se em Heath (1981). Daremos a se-
guir uma demonstração analítica para a construção de Nicomedes
(veja Bos, 2001).
Na Figura 7.5, faça x = F H e y = CK. Então, nos triângulos
retângulos EF K e EF C temos que
EF 2 + EK 2 = F K 2 , (7.30)
EF 2 + EC 2 = F C 2 . (7.31)
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Estilo OBMEP
F K 2 − EK 2 = F C 2 − EC 2 , (7.32)
e assim
µ ¶2 µ ¶2 µ ¶ µ ¶2
1 1 1 2 1
b+x − a+y = b − a . (7.33)
2 2 2 2
ay + y 2 = bx + x2 . (7.34)
Logo
a+y x
= . (7.35)
b+x y
HK FH
= , (7.36)
CK GC
ou seja
1
b
2 = x =⇒ b = x =⇒ a = y . (7.37)
y 2a y a x b
Mas então
x y x y a
= =⇒ = = (7.39)
y b y b x
e assim
a x y
= = . (7.40)
x y b
a y
= , (7.41)
AM b
vemos imediatamente que
AM = x, (7.42)
x2 + y 2 = ax,
(x2 + y 2 + z 2 )2 = a2 (x2 + y 2 ).
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Estilo OBMEP
b
Seja Θ = e considere o cone cujo eixo é a reta OA0 e cuja
a
geratriz forma com o eixo o ângulo Θ. A equação deste cone é
a2 2
(x2 + y 2 + z 2 ) = x . (7.43)
b2
OC 2 = a · OD,
OB 2 = a · OC,
b · OB = a · OD.
OC 2 = b · OD,
OB 2 = a · OC,
a OB OC
= = .
OB OC b
2
Teixeira (1995, p. 290) comenta que,
a x y
= = .
x y b
y 2 = bx, xy = ab.
ρ
= cos θ.
2R
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1
Como em nosso caso R = , a equação 7.6 se reduz a ρ = cos θ.
2
1
Por outro lado, OW = .
cos θ
Como OM = OW − OP , a equação polar da cissóide é
1 sen2 θ
ρ= − cos θ = .
cos θ cos θ
y2
tg 2 θ x2 y2
x = ρ · cos θ = sen2 θ = = = ,
1 + tg 2 θ x2 + y 2 x2 + y 2
x2
ou seja,
x(x2 + y 2 ) − y 2 = 0.
a(a2 + b2 ) − b2 = 0 =⇒ a3 + ab2 − b2 = 0 =⇒
b3
a3 = b2 (1 − a) = =⇒ 2a3 = b3 .
2
b √
É imediato então que = 3 2. Assim, a equação cartesiana da
a √
reta que passa por O e por Z é y = 3 2x. Seja Q o ponto de intersecção
dessa reta com a reta x = 1. Temos, então, que as coordenadas de Q
√
são (1, 3 2). Se temos um cubo cuja aresta mede 1, para duplicar seu
volume, devemos achar a aresta y de um cubo que tem volume 2. Ou
√
seja, devemos ter y = 3 2. Vemos portanto que a ordenada do ponto
Q, achada acima, resolve o problema.
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1
Matemático e físico grego, que viveu em torno de 60 d.C., em Alexandria.
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a x y
= = .
x y b
Capítulo 8
A Quadratura do Círculo
8.1 A Quadratriz
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Estilo OBMEP
π
dade. Quando θ = , temos que
2
a
π = k,
2
de maneira que
2a
k=
π
e podemos concluir que
πy 2aθ
θ= =⇒ y = .
2a π
Assim,
y y 2aθ
= sen θ =⇒ ρ = = .
ρ sen θ π sen θ
Temos então que
2aθ
AZ = lim ρ = lim .
θ→0 θ→0 π
Quando θ → 0,
θ
lim = 1,
θ→0 sen θ
e assim vemos que
2a
AZ = ρ = .
π
2a
Após obter um segmento de comprimento é imediato construir π
π
para fazer a quadratura do círculo. Com efeito, é fácil dividir, usando
2a
somente régua e compasso, por 2a e, em seguida, tomar o inverso
π
1
de .
π
Um tratamento mais completo do problema da quadratura do cír-
culo pode ser encontrado em Heath (1981, vol. I, p. 220-235). Uma
boa exposição encontra-se em Teixeira (1995, p. 362-384). A história
detalhada do número π pode ser lida em Beckmann (1977).
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Estilo OBMEP
Capítulo 9
A Trissecção do Ângulo
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b = BN
B OA b O + M BO
b = 3 × BN
b O,
Referências Bibliográficas
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Prefácio
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Sumário
Introdução 139
Um Pouco de História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
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Introdução
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140
141
Um Pouco de História
142
143
144
145
146
Códigos de Barras
147
ser conhecido como código UPC (Universal Product Code) e foi ado-
tado nos Estados Unidos e Canadá. Ele consistia de uma sequência
de 12 dígitos, traduzidos para barras da forma que analizaremos de-
talhadamente no próximo capítulo. Existem várias versões sucessivas
do UPC, com pequenas modificações. Posteriormente foi solicitado a
Laurer que ampliasse o código, para permitir uma maior difusão do
sistema, de modo a identificar também o país de origem de cada pro-
duto classificado. Baseado no UPC-A, ele acabou criando um novo
código, com 13 dígitos, que foi adotado em dezembro de 1976 com
o nome EAN (European Article Numbering system). Alguns países
adotam este mesmo sistema, dando-lhe outro nome. Por exemplo, no
Japão o sistema é conhecido como JAN (Japanese Article Numbering
system).
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Capítulo 10
Códigos de Barras
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1
Uma tabela completa, com os números identificatórios de cada país, pode ser
encontrada na página internet http://www.barcodeisland.com/ean13.phtml
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Dígito inicial 1o 2o 3o 4o 5o 6o
0 ímpar ímpar ímpar ímpar ímpar ímpar
1 ímpar ímpar par ímpar par par
2 ímpar ímpar par par ímpar par
3 ímpar ímpar par par par ímpar
4 ímpar par ímpar ímpar par par
5 ímpar par par ímpar ímpar par
6 ímpar par par par ímpar ímpar
7 ímpar par ímpar par ímpar par
8 ímpar par ímpar par par ímpar
9 ímpar par par ímpar par ímpar
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Estilo OBMEP
Para os dígitos do lado direito não temos que nos preocupar com
paridade, e obtemos, diretamente da tabela, a seguinte codificação:
Figura 10.3:
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w = (1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1).
α ¦ ω = 0 (mod 10).
e obtém:
9+(3×7)+8+(3×2)+4+(3×0)+2+(3×0)+0+(3×2)+3+(3×8)+0 = 73.
ω = (3, 1, 3, 1, 3, , 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1).
dígitos consecutivos.
Suponha que, ao digitar o número 9 788531 404580 do nosso
primeiro exemplo, tenha se cometido esse tipo de erro, e que o número
de fato digitado fosse 9 788351 404580. Ao efetuar a verificação
ter-se-ia:
(9, 7, 8, 8, 5, 3, 1, 4, 0, 4, 5, 8, 0)(1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1) =
= 9 + 21 + 8 + 24 + 3 + 15 + 1 + 12 + 12 + 5 + 24
= 134 6≡ 0 (mod 10).
(9, 7, 8, 1, 4, 0, 2, 0, 0, 2, 8, 3, 0) ¦ (1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1, 3, 1) =
= 9 + 21 + 8 + 3 + 4 + 2 + 6 + 3 + 24
= 80 ≡ 0 (mod 10).
Atividades
12
X
ai ≡ 0 (mod 10).
i=0
723443501297.
A = {x ∈ Z | 0 ≤ x ≤ m − 1}.
que verifica: Ã !
n−1
X
an = w−1
n c− ai wi .
i=1
Exemplo 10.3.1.
(9, 5, 0, 0, 5, 5, 4, 1, 9) ¦ (7, 3, 9, 7, 3, 9, 7, 3, 9) =
= 63 + 15 + 15 + 45 + 28 + 3 + 81
= 250 ≡ 10 (mod 10).
α ¦ ω = a1 w1 + · · · + an wn ≡ c (mod m).
Então:
. . . ai . . . aj . . . 7→ . . . aj . . . ai . . .
α = . . . ai . . . aj . . . 7→ α0 = . . . aj . . . ai . . . .
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Estilo OBMEP
Exemplo 10.3.2.
(1, 4, 0, 2, 0, 0, 2, 3, 8, 6) ¦ (10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1) =
= 10 + 36 + 14 + 8 + 9 + 16 + 6
= 99 ≡ 0 (mod 11).
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Estilo OBMEP
ou
a ≡ −243 (mod 11).
Exemplo 10.3.3.
γ = (I, δ, I, δ, . . . , δ, I).
γ = (δ, I, δ, I, . . . , δ, I),
Note que esta codificação permite detectar todo erro único de digi-
tação e toda transposição adjacente exceto no caso em que ai e aj
assumem os valores 0 e 9 ou 9 e 0 respectivamente (veja a atividade
3). Observe, porém, que este sistema não detecta transposições do
tipo
. . . ai . . . aj . . . 7→ . . . aj . . . ai . . .
e
n
X
an ≡ c − δ i−1 (an+1−i ) (mod 10).
i=2
(2m − 1) ¦ 2m
0+1+2+· · ·+2m−1 = = 2m¦m−m ≡ m (mod 2m),
2
ou seja,
0 + 1 + · · · + 2m − 1 = m em Z2m .
Logo:
X X
m = x= σ(x)
x∈Z2m x∈Z2m
X X X
= (σi (x) − σj (x)) = σi (x) − σj (x)
x∈Z2m x∈Z2m x∈Z2m
= m − m = 0, em Z2m .
uma contradição.
Atividades
(iii) a ∈ [0, 4], b ∈ [5, 9] ou vice-versa. Mostre que nos casos (i) e
(ii) o erro é sempre detectado e que, no caso (iii) o erro só não é
detectado se a = 0 e b = 9 ou a = 9 e b = 0.
Capítulo 11
171
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Estilo OBMEP
¦ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 1 2 3 4 0 6 7 8 9 5
2 2 3 4 0 1 7 8 9 5 6
3 3 4 0 1 2 8 9 5 6 7
4 4 0 1 2 3 9 5 6 7 8
5 5 9 8 7 6 0 4 3 2 1
6 6 5 9 8 7 1 0 4 3 2
7 7 6 5 9 8 2 1 0 4 3
8 8 7 6 5 9 3 2 1 0 4
9 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Consideremos a permutação:
à !
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
σ= .
1 5 7 6 2 8 3 0 9 4
Figura 11.2:
1
Citado por Gallian [7].
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0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
σ1 1 5 7 6 2 8 3 0 9 4
σ2 5 8 0 3 7 9 6 1 4 2
σ3 8 9 1 6 0 4 3 5 2 7
σ4 9 4 5 3 1 2 6 8 7 0
σ5 4 2 8 6 5 7 3 9 0 1
σ6 2 7 9 3 8 0 6 4 1 5
σ7 7 0 4 6 9 1 3 2 5 8
σ8 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
σ9 1 5 7 6 2 8 3 0 9 4
σ10 5 8 0 3 7 9 6 1 4 2
A D G K L N S U Y Z
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
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Estilo OBMEP
5 ¦ 1 = 9, 9 ¦ 5 = 4, 4 ¦ 4 = 3,
3 ¦ 8 = 6, 6 ¦ 8 = 3, 3 ¦ 9 = 7,
7 ¦ 5 = 2, 2 ¦ 9 = 6, 6 ¦ 0 = 6,
e finalmente
6 ¦ 6 = 0.
Foi anunciado por Heiss que todo grupo finito não abeliano tam-
bém admite uma aplicação antissimétrica [12].
Para os grupos dihedrais, diversas classes de aplicações antis-
simétricas foram achadas em [4] e [9]. Como vimos, isto implica que
estes grupos podem ser usados para construir códigos que detectam
erros únicos de digitação ou transposições adjacentes. Porém, eles
não podem detectar outros erros frequentes, como mostra o seguinte
teorema, devido a Damm [3, Teorema 5].
Atividades
Referências Bibliográficas
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http://en.wikipedia.org./wiki/ENIAC
http://en.wikipedia.org/wiki/Harvard_Mark-I
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Estilo OBMEP
http://en.wikipedia.org/wiki/Ada_Lovelace
http://www-etsi2.ugr.es/alumnos/mili/Harvard20I.htm
http://www.bellsouthpwp.net/l/a/laurergj/upc_work.html
http://www.barcodeisland.com/ean13.phtml
http://www.adams1.com/pub/russadam/barcode1.html