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História Contemporânea

É instituída na França, a partir da reforma no ensino secundário, feitas pelo ministro da


educação e historiador, Jean Victor Duruy em 1867.

Positivismo: história é a ciência do passado e no poderia ser contemporânea. Como escrever


história sem arquivos?

Sorbonne: durante os anos de 1914 a 1939 recusava teses cujas temáticas remetessem ao
período por 1914.

Valorização da história medieval e moderna: a história contemporânea destinava-se para futuros


historiadores

Georges Sorel: engenheiro e teórico do sindicalismo revolucionário iniciou o ensino de história


contemporânea na escola de ciências

Benedetto Croce: “a história é sempre contemporânea” (1916)

Revisão entre história e o presente;

Lucién Febvre e Marc Bloch (déc.1930): contemporâneo é objeto da história; sem, contudo,
possuir especialistas, sendo estudada por antropólogos, cientistas sociais e economistas.

Jacques Le Goff: “a conquista da história contemporânea pela história nova é uma tarefa
urgente”.

Sociedade de Corte

 Formação social que se constituiu com maior amplitude a partir do Renascimento


 Centralização do poder econômico pelo monarca
 Monopolização de fontes decisivas de poder: força físico e tributário;
 Burocracia e delimitação territorial;
 Controle dos afetos, processo civilizador
 Sobrevivência dinástica e bélico (Benedic Anderson)
 Corte: casa do rei; poder patrimonial;
 Habilitar a corte: relação de interdependência e distanciamento entre o rei e a nobreza=
configuração do espaço físico, da arquitetura, da de coração, etc. estabelecia o prestigio
e a necessidade de estar perto do rei. Estar na corte demonstrava alto padrão social,
prestigio e privilegio, sobretudo perante a “incomoda” burguesia. Mobilizando a
nobreza;
 Disputa pelos signos de prestigio e pelo poder social;
 Assegurar um posicionamento social: tomar custos ao nível social: crescem o prestigio.
Aquele que não consegue mostrar-se de acordo com seu nível perde respeito na
sociedade;
 Preocupação com a pompa e aparência= alto nível de despesas com a corte;
 Venda de títulos e cargos na administração;
 Comercio de títulos de nobreza: nobreza de toga. Burgueses que compravam seus títulos
e exerciam funções de conselheiros de justiça. Divergências entre as nobrezas, toga e
espada (tradicional, hereditária, tendo em vista os valores aristocráticos internalizados
de que a nobreza não exerce atividades comerciais.

Iluminismo

Um dos temas mais importantes na história das Ideias

Divisão do saber historiográfico

Divisão do saber – caracterização

1. Dimensões
 Modalidade especificas da história; História econômica, política, cultural, etc.
2. Abordagens
 Métodos e modos de fazer história, tratamento de fontes; qualidade, micro
história, história regional, etc.
3. Domínios
 Agentes históricos (mulher, trabalhador, jovem, etc.); Ambientes sociais (vida
privada, rural, urbana, etc.); Ambiente de estudo (arte, direito,exualidade, ideias.

Domínios dialogam com as dimensões históricas


a) Conceito:
 Imannuel Kant (1724-1804): criador do conceito para definir a filosofia
dominante na Europa ocidental no século XVIII

 Esclarecimento (Aufkiãrung – pronúncia auf klêrron) = autonomia do homem e


da humanidade só seria possível se cada indivíduo pensasse por si mesmo e
utilizasse a razão;
 Valorização do conhecimento do saber;
 Liberdade como princípio universal, igualdade de direitos para garantir essa
liberdade (individuo) # ideia de liberdade dos antigos (polis): filosofia, ciências
sociais e naturais, educação, tecnologia;
 Europa e América;
 Haviam entre eles ideias estabelecidas pela Antigo Regime = philosophes, mas
dividia entre eles economistas, historiadores, etc. = homens de letras em geral.
b) Definiam-se a si mesmo como "homens do século das luzes"
 Últimos dos decênios do século XVII até +- 1780: maturidade intelectual e
racional do homem;
 Não era uma corrente única ou um coeso movimento. Não havia manifesto
ou programa de ideias: discursos e narrativas plurais que também se
contestavam. Como caracterizar o iluminismo? Só lendo as obras
especificas...
No entanto...
 Compartilhavam algumas ideias em comum (esclarecer a humanidade):
 Pensamento racional;
 Crítica a qualquer tipo de autoritarismo, à autoridade religiosa e ao
fanatismo;
 Combate à Igreja Católica a ao Antigo Regime
 Os intelectuais do século XVIII inspiraram-se nas ideias cartesianas (dúvida
metódica, “penso logo existo”, educação, conjeturas, ideias inatas);
 Rupturas: John Locke (tábua rasa, empirismo) e Isaac Newton (Experiência,
calculo);

Denis Diderot (1713 – 1784)


 Um dos responsáveis pela elaboração da Enciclopédia, reunião de vários
aspectos do conhecimento científico, discussões éticas e morais para explicar o
mundo.

François Marie Arouet (1694 – 1778)


Pseudônimo: Voltaire

 Satírico e moderado
 Peças de teatro, ensaios, poemas, romances
 Opunha-se ao absolutismo, mas defendia uma monarquia “esclarecida”

Charles Louis de Secondat (1689-1775)


Barão de La Brénde e de Montesquieu (castelo de La Bréde)

 Organização e equilíbrio do poder político: evitar a tirania e autoritarismo;


 Reformulação institucional: teoria dos três poderes;
 Poderes autônomos e independentes;

Adam Smith (1723-1790)


Riquezas das nações (1776) = trabalho produtivo; contra o mercantilismo
Mercado = mão invisível

b) Pensamento iluminista foi elitista: voltado para um público instruído; educar os


“bons” burgueses e aristocratas; pouco se direcionava aos trabalhadores e aos
segmentos populares;
c) Pensamento progressista: história em constante mudança estaria sempre mudando
para melhor; capacidade de se aperfeiçoar; sociedade cada vez mais avançada ao se
utilizar da razão (Condorcet);

RAZÃO & PROGRESSO: elementos basilares do pensamento iluminista;


Inspirou o cientificismo e desejo de poder, projeto civilizacional da modernidade e do
mundo contemporânea nos séculos XVIII e XIX;
Críticas ao iluminismo
Escola de Frankfurt (Theodor Adomo, etc.)

Revolução Inglesa

Aspirações religiosas (puntanismo);


Referência jurídica (lei comum a toda Inglaterra);
Um ideal cultural (ideia de pais x corte real);
Leitura literal da Biblía;

Revolução Francesa
Descristianização: desligamento dos ensinamentos e proibições cristãs;
Distanciamento religioso;
Jansenismo: movimento crítico religioso que combatia o despotismo eclesiástico e
ministerial (ideias do bispo holandês, Ypres Cornelius, jansenius, sec. XVII), pregava
um rigor moral e criticava o catolicismo);
Descristianização # dessacralização;
Sacralizou representações do mundo clássico para reforçar o patriotismo e o ativismo
político.

Racionalismo: modelo de organização técnica e cientifica: o deus-pai (rei) é substituída pela


Deusa da razão)

Simbolos femininos

Reformulação do tempo e do espaço

(novo calendário: Brumario, germinal, ano I ano II, para dessacralizar o ano cristão.)

Valores associados ao antigo regume que a revolução francesa pretendeu exorcizar: superstição,
fanatismo, dogma, idolatria, laços, mantidos pela tradição, escravidão, opressão (tudo que
evoca hierarquia e arbitrariedade.)

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