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Resumo: O presente trabalho consiste em retratar por meio das imagens de Luiz Alfredo, a
presença de mulheres e internos negros, reclusos na instituição manicomial de Barbacena,
conhecido como “Colônia”, fundado no ano de 1903. Tal instituição tornou-se um depósito de
gente, as pessoas internadas nessa instituição passavam a ser identificadas por números, e a
situações precárias de higiene, o que caracterizou uma das maiores barbáries da saúde mental
já registrada no Estado de Minas Gerais e no Brasil. Eram encaminhados para o Hospital
Psiquiátrico, o negro, homossexual, dependente químico, prostituta, ativista político, entre
outros. Estes passavam a ser estigmatizados como loucos. Logo, através do acervo de imagens
do fotografo Luiz Alfredo, podemos perceber que a maioria dos internos eram pessoas negras
e mulheres, uma vez que elas eram oprimidas e havia uma forte perseguição à figura
feminina. O registro fotográfico foi realizado no ano de 1969, justamente quando Alfredo
(2008) esteve pela primeira vez na instituição. Utilizaremos a técnica iconográfica para tecer
as análises das fotografias com intuito de complementar a linguagem visual. Dessa maneira,
nossa intenção é discorrer sobre o corpus das imagens e lançar uma interligação entre gênero,
etnia e loucura.
CONSIDERAÇÃO INICIAL
O presente trabalho, consiste em retratar por meio das imagens de Luiz Alfredo, a
presença de mulheres e internos negros, reclusos na instituição manicomial de Barbacena
(MG-Brasil), conhecido como “Colônia”. Para tanto, partimos para análise do corpus de seis
fotografias, registradas pelo fotógrafo no ano de 1961. O trabalho aqui proposto, está dividido
em três itens. O primeiro, trata-se de pontuar a trajetória da instituição manicomial e suas
representações que nos remete a história cultural dos internos. Além disso, será relatado a
experiência de Alfredo (2008), ao pisar pela primeira vez na instituição. O segundo item,
esboçarei uma análise acerca do corpus das seis fotografias dos internos com o intuito de tecer
considerações sobre a presença do negro e das mulheres nas imagens. Para tal análise,
utilizaremos a técnica iconográfica, focando na interpretação diante do objeto (imagem). Já o
terceiro item, abordarei a trajetória das mulheres, pontuando a misoginia ocorrida no
manicômio mineiro.
Conforme lembrado por Silva (2008), sobre a chegada dos internos no trem, vale
referenciar novamente a canção de Lô Borges e Marcio Borges, intitulada “O trem azul”, o
qual relata o episódio dos internos chegando a Barbacena. Tal canção, foi inserida no álbum
Clube da esquina. Segue a canção referenciada:
Noite azul, pedra e chão, amigos num hotel, muito além do céu, nada a
temer, nada a conquistar, depois que esse trem começa andar, andar,
deixando pelo chão, os ratos mortos na praça, do mercado quero estar, onde
estão, os sonhos desse hotel, muito além do céu, nada a temer, nada a
combinar, na hora de achar meu lugar no trem e não sentir pavor, dos ratos
soltos na casa, minha casa, não precisa ir muito além dessa estrada, os ratos
não sabem morrer na calçada. É hora de você achar o trem e não sentir
pavor dos ratos soltos na casa, sua casa.
Luiz Alfredo estava inserido nos trabalhos da revista o cruzeiro, uma revista
conceituada da época, foi em nome de tal revista que passou à tarde fotografando os internos
para uma pretensa matéria no jornal. Na obra Colônia: Uma tragédia silenciosa, organizada
por Jairo Toledo (2008), o fotógrafo Luiz Alfredo, ao adentrar no Hospital Psiquiátrico
Colônia, comenta:
Cheguei com meu colega José Franco diante do portão de uma instituição
normal. Fui recebido por funcionários de forma absolutamente normal.
Passei por salas e corredores aparentemente normais. Até freiras em trajes
pretos nos receberam com atenção. Porém, à medida que transpúnhamos
portas e mais portas até atingir os pátios, sentíamos que nada daquilo poderia
ser normal. E as histórias e os relatos apócrifos de gente que era abandonada
ali por razões as mais diversas, que ouvimos no caminho, começavam a
fazer sentido naquele mundo sem sentido. Passei uma tarde inteira
fotografando aquele hospital em cuja farmácia, alguém nos disse, não havia
sequer um comprimido para dor de cabeça. Um hospital. Fiz quase todas as
imagens em branco e preto, usando filmes de 35mm. Nos pavilhões vi muita
promiscuidade, pois homens nus, velhos e jovens, alguns ainda meninos, se
misturavam sem qualquer critério. Nenhum tratamento, nem tipo de
ordenamento. Passei por uma cozinha onde carnes eram cortadas no chão e
os urubus espreitavam por toda parte. Íntimos da morte, eles sabiam mais do
que nós sobre aquele lugar (p. 37).
Foto I.
A primeira análise que referencio sobre os internos do H.C, diz respeito a seu enorme e brutal
empobrecimento, o registro fotográfico denuúncia que não existe nenhum tipo de tarefa
dentro da instituição psiquiátrica. O interno não possui nada que possa sentir, nem mesmo sua
roupa. O interno está desprovido da dignidade pessoal, nas palavras de Moffatt (1934, p.15)
“[…] no mais íntimo do seu Eu o internado se sente desqualificado e coisificado”. Como ter
perspectiva de melhora em um local como este? Em uma instituição assim, o que se espera é
que o interno comece a aceitar a proposta do ambiente manicomial, podendo vir a se
comportar como louco. É visível a presença de corpos negros na presente imagem. A nudez
também toma espaço na fotografia.
Foto II. A segunda análise, permeia a presença do gênero feminino sobre um dos pavilhões do
Hospital Colônia. Observa-se um pátio comparado a um curral de poucos metros quadrados
onde um portão comunica com a cidade de fora. É um espaço coletivo, o qual impossibilita a
interna isolar e ter seu espaço privado. Essa falta de privacidade pessoal está vinculada à
atitude controladora, repressora do Hospital Colônia de Barbacena. O interno deve ser
continuamente vigiado, deve estar sempre sob controle. A foto exibe a presença de mulheres
negras, seus cabelos crespos toma espaço na imagem. As mulheres que estão próximas da
câmera fotográfica, fixa um olhar triste. Essa fotografia incomoda e gera reflexões como:
quantas sobreviveram a essa injustiça? Quantas ali, presentes não foram abusadas
sexualmente? Quantas ali tiveram seus filhos (a) no pavilhão, em meio ao frio e a dor de ser
gente? Quantas estão internadas na instituição psiquiátrica por conta do machismo? Por ser
lésbica? Por ser Negra? Por ter sido vítima do discurso eugênico da igreja?
Foto III. A foto em análise traz um sorriso em meio ao ambiente martírio, comparado ao
inferno, se é que ele existe. A mulher lança um sorriso, em meio a uma vida de eletrochoques
e de condições desumanas que jamais deve se repetir. A presença da grade é impactante,
referencia o aprisionamento, “a não-liberdade”. Qual o nome da mulher em foto? Por qual
motivo ela sorri? Será que sua etnia justifica o fato dela está presente em tal instituição? É
possível analisar escritos na parede, seria uma forma de manifestação dos internos? A uma
porta, que dá acesso ao pavilhão, que não leva a liberdade, entre as portas em aberto, não
existe saída em meio ao caos. O ambiente é um lugar fechado, isolado do exterior. Com o
olhar fixo sobre as mãos, estaria ela a procura da tal liberdade?
Foto IV: A fotográfica traz um ambiente sem vida, os pés dos internos em contato com o chão
referencia o descuidado, estes foram deixados ali em Barbacena para morrer. Presos dentro de
um manicômio, sofrendo torturas físicas e psicológicas, forçados a perder a razão para se
encaixar na ótica da psiquiatria, que fora responsável em transformar a loucura em alienação
mental, conforme pontuou (Birman, 1978). O Hospital Colônia de Barbacena, culminava um
processo de exclusão que já vinha de trás. Diante de uma cultura eugenista, em que tinha
como hábito a limpeza social, segregar o diferente era uma prática comum no Brasil. Os
internos são os pobres, os negros, os marginalizados, os sem nome.
Foto V: Por meio das imagens, fica explícito a presença das grades na instituição Psiquiátrica
e o encarceramento com os corpos femininos. Segundo Foucault (2013b), desde a época
clássica, o corpo foi descoberto como objeto de poder, o qual pode ser manipulado, modelado,
treinado, que responde e obedece, tornando-se dócil e hábil à medida que suas forças se
multiplicam. É notável, por meio da fotografia, (CONTINUAR).
Fonte: Jessica Felizardo/Museu da FHEMIG
Foto VI: A presente imagem, registrada no ano de 1961 por Luiz Alfredo, denúncia o
processo da falsa abolição ocorrida no Brasil. Na imagem, o negro volta a ser humilhado,
torturado e explorado no ambiente manicomial.
1
Segundo Butler (2016), para Beauvoir, o gênero é “construído”, mas há um agente implicado em sua
formulação, um cogito que de algum modo assume ou se apropria desse gênero, podendo, em princípio, assumir
algum outro (p.29).
2
Conceito presente na obra “Problemas de Gênero” de Judith Butler (2008).
do indivíduo. Butler (2008, p. 27), salienta: “Se o carácter imutável do sexo é contestável,
talvez o próprio construto chamado “sexo” seja tão culturalmente construído quanto o gênero,
a rigor, talvez o sexo sempre tenha sido o gênero, de tal forma que a distinção entre sexo e
gênero revela-se absolutamente nula”
A respeito da tríade da ordem compulsória (sexo/gênero/desejo), o poeta Carlos
Drummond de Andrade (1957) em um dos seus poemas, presente na coletânea “Fala
amendoeira” o qual, designa como “O nascer”, expressa essa realidade3.
O ponto em que almejo chegar, é salientar que houve uma perseguição com as
mulheres na época da abertura do manicômio de Barbacena, por justamente as mulheres
fugirem do padrão da época o qual, havia alguns papéis imposto sobre o “ser” mulher, como:
sentar com as pernas cruzadas, falar baixo, ter cabelos compridos, ter a primeira relação
sexual com o marido, após o casamento, ser fiel ao companheiro, almejar a maternidade, zelar
pela casa, marido e filhos (a). Para tanto, essas e tantas outras características referenciadas,
reforçam o esterótipo da construção de ser mulher em uma cultura falocêntrica e misógina.
É relevante referenciar, que a mulher sempre foi colocada na fogueira, antes mesmo da
Idade Média, em que a mesma, sofreu perseguição, mutilação de seus órgãos e foi
3
“O filho já tinha nome, enxoval, brinquedo e destino traçado. Era João, como o pai, e como aconselhavam a
devoção e a pobreza. Enxoval e brinquedos de pobre, comprados com a antecedência que caracteriza, não os
previdentes, mas os sonhadores. E destino, para não dizer profissão, ou melhor ofício, era o de pedreiro, curial
ambição do pai, que, embora na casa dos 30, trabalhava ainda de servente. Tudo isso o menino tinha, mas não
havia nascido. Eles nascem antes, nascem no momento em que se anunciam, quando há realmente desejo de que
se anunciam, quando há realmente desejo de que venham ao mundo. O parto apenas dá forma a uma realidade
que já funcionava. Para joão mais velho, João mais moço era uma companhia tão patente quanto os colegas da
obra, e muito mais ainda, pois quando se separavam ao toque da sinêta, os colegas deixavam por assim dizer de
existir, cada um se afundava em sua insignificância ao passo que o menino ia escondido naquele trem do
Realengo, e eram longas conversas entre João e João e João miúdo adquirida ainda maior consistência ao
chegarem em casa, quando a mãe, trazendo-o no ventre, contudo o esperava e recebia das mãos do pai, que de
madrugada o levara para a obra. Estas imaginações, ditas assim, parecem sutis; mas não havia sutileza alguma
em João e sua mulher. Nem o casal percebia bem que o garoto rodava entre os dois como ser vivo; pensavam
simplesmente nele, muito, e confinados, e de tanto ser pensado João existiu, sorriu, brincou na simplicidade de
ambos. Como alguém que, na certeza de um grande negócio, vai pedindo emprestado e gastando tranquilamente,
João e a mulher sacavam alegrias futuras. João sentia-se forte, responsável. Escolhera a côr, um moreno claro,
cabelo bem liso, olhos sinceros. Não havia nada de extraordinário no menino, era apenas a soma dos dois
passada a limpo com capricho. Esperar tantos meses foi fácil O menino já tomava muita parte na vida deles,
nascer era mais uma formalidade. Chegou março, com um tempo feio à noite que ameaçava carregar com o
barraco. A mulher de João acordou assustada, sentindo dores. Pela madrugada, correram à estação; a chuva
passara, mas o trem de Campo Grande não chegava, e João sem poder mexer-se. As dores continuavam, João
levou tempo para pegar uma carona de caminhão. Na maternidade não havia médico nem enfermeira, que o
temporal tinha retido longe. João perdera o dia de serviço e esperou, determinado. Afinal, levaram a mulher para
uma sala onde cinco outras gemiam e faziam força. João não viu mais nada, ficou banzando no corredor.
Entardecia, quando a porta se abriu e a enfermeira lhe disse que o parto fôra complicado mas agora tudo estava
em ordem, a criança na incubadora. “Posso ver?” “Depois o senhor vê. Amanhã”. Amanhã era dia de pagamento,
não podia faltar à obra. Voltaria domingo. Mas no dia seguinte, à hora do almôço, telefonou, uma complicação,
não se ouvia nada, alguém na secretária foi indagar, respondeu que tudo ia bem, ficasse descansando. Domingo
pela manhã, João se preparava para sair quando a ambulância silvou à porta, e dela desceu, amparada, a mulher
de João. “O menino?” “Diz-que morreu na incubadora, João.” “E era mesmo como a gente pensava, moreninho,
engraçado?” Ela baixou a cabeça. “Não sei, João. Não vi. Eu estava passando mal, êles não me mostraram.”E o
menino, que tinha sindo tanto tempo, deixou de repente de ser “(ANDRADE, 1957, p. 247-250).
encarcerada por seus comportamentos. Nas palavras de Federici (2014) “[…] em menos de
dois séculos, centenas de milhares de mulheres foram queimadas, enforcadas e torturadas (p.
292).
A obra “Calibã e às bruxas” de Federici, retrata em especial no capítulo intitulado “ A
grande caça às bruxas na Europa” que se uma mulher sangrasse, era considerada bruxa e
queimada na fogueira durante a Inquisição, pois está não estava cumprindo com sua função
reprodutiva. Se não era submissa ao marido ou até mesmo se sentia prazer durante relações
sexuais, eram desposta para fora de casa e queimada na fogueira viva. Sobre isso, a autora
comenta:
Federici, expõe que a caça às bruxas é uma marca relevante do sistema capitalista.
Ocorreu por muito tempo, um silenciamento na história sobre o feminino e sobre essa
questão. Sua obra, foi sendo construída por meio de trinta anos de estudo. Ela traz a indagação
sobre o que ocorreu com as mulheres durante a instalação do capitalismo. Em meio a isso,
Federici (2014), afirma, que a caça às bruxas foi responsável por aniquilar a participação, a
força e a resistência femininas.
No decorrer da leitura da obra referenciada, a autora percorre salientando que durante
esse período, existiam mulheres com acesso à terra, eram lavradoras, pedreiras, parteiras e
curandeiras. Mulheres que possuíam conhecimentos sobre ervas e sobre a natureza, e que,
principalmente, tinham autonomia sobre seus corpos, decidindo elas mesmas sobre a gravidez
ou o aborto. Federici, (2014), afirma:
O que ainda não foi reconhecido é que a caça às bruxas constituiu um
dos acontecimentos mais importantes do desenvolvimento da
sociedade capitalista e da formação do proletariado moderno. Isso
porque o desencadeamento de uma campanha de terror contra as
mulheres, não igualada por nenhuma outra perseguição, debilitou a
capacidade de resistência do campesinato europeu frente ao ataque
lançado pela aristocracia latifundiária e pelo Estado, em uma época na
qual a comunidade camponesa já começava a se desintegrar sob o
impacto combinado da privatização da terra, do aumento dos impostos
e da extensão do controle estatal sobre todos os aspectos da vida
social. A caça às bruxas aprofundou a divisão entre mulheres e
homens, inculcou nos homens o medo do poder das mulheres e
destruiu um universo de práticas, crenças e sujeitos sociais
cuja existência era incompatível com a disciplina do trabalho
capitalista, redefinindo assim os principais elementos da reprodução
social. Neste sentido, de um modo similar ao ataque contemporâneo à
“cultura popular” e ao “Grande Internamento” de pobres e
vagabundos em hospícios e workhouses [casas de trabalho], a caça às
bruxas foi um elemento essencial da acumulação primitiva e da
“transição” ao capitalismo (p. 294).
Seguindo esse raciocínio, a caça às bruxas, teria vindo como uma forma de sequestrar
as mulheres toda a autonomia de que as mesmas desfrutavam. As “bruxas”, postas como
“servas do diabo”, eram todas mulheres sábias, independentes, irreverentes e muitas vezes
pobres e solteiras. Enquanto morriam nas fogueiras, queimava junto com elas a resistência ao
incipiente do sistema capitalismo (Federici, 2014)
CONSIDERAÇÃO FINAL
Diante do trabalho aqui descrito, fica a marca de uma das histórias sanguinárias,
racistas e misóginas ocorrida em Minas Gerais em solos brasileiros. A instituição psiquiátrica
demoliu e antecipou a morte de milhares de pessoas. Ocorreu um racismo institucional
visível, explícito no acervo de Luiz Alfredo. Ainda temos uma lacuna a enfrentar, o qual
consiste em analisar a etnia dos internos por meio dos prontuários nos períodos eugenistas e
higienistas. Assim, a pesquisa com estes, não pode parar por aqui, é preciso que se avance
com essa temática, pois a tragédia referência a história de nossos antepassados negros, que
foram submetidos e reclusos nessa instituição psiquiátrica, e não ausentando de referenciar a
forte perseguição à figura feminina, incidida nesse período.
Referências
ALFREDO, Luiz. O dia em que estive lá. In Toledo, J. Colônia (uma tragédia silenciosa).
Fotografias de Luiz Alfredo. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais,
pp. 27-28, 2008
AMARANTE, Paulo. O lugar-zero. In Toledo, J. Colônia (uma tragédia silenciosa).
Fotografias de Luiz Alfredo. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais,
pp. 31-32, 2008.
BEAUVOIR, Simone de. – O segundo sexo. vol.2. Lisboa: Bertrand Editora, 2008
BIRMAN, Joel. A Psiquiatria como discurso da moralidade. Rio de Janeiro: Graal, 1978.
FEDERICI, Silvia Calibã e a Bruxa. Editora Elefante Coletivo Trad. Sycorax. 2014.
STEPAN, Nancy. A Hora da Eugenia: raça, gênero e nação na América Latina. Rio de
Janeiro: Fio Cruz, 2005
TOLEDO, Jairo. Colônia (uma tragédia silenciosa). Fotografias de Luiz Alfredo. Belo
Horizonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, 2008.