Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Dedicatória
À Jeová Deus, pelo dom da vida, pelo privilégio de conhecê-lo, servi-lo e pela força que me
concedeu, possibilitando a realização deste trabalho.
Agradecimentos
À minha mãe Paulina, que desde cedo incutiu em mim a necessidade de enveredar pela ciência
como forma de alcançar nossos objectivos e de vencer os obstáculos que a vida nos coloca.
Aos meus queridos tios Lobo e Gina, por terem me acolhido, incentivado e apoiado
incondicionalmente durante a minha formação.
Ao meu supervisor Prof. Dr. Emílio Mosse pela dedicação, orientação, compreensão, críticas e
ensinamentos metodológicos por ele transmitidos ao longo do curso e do trabalho.
Aos meus prezados tios: Boaventura, Papagito, Marciano, Didinho e Justina, pelo
acompanhamento e pela força que sempre me deram em todas as facetas da vida, especialmente a
académica. À tia Anina, pelo exemplo, inspiração, apoio conferido e pela orientação metodológica
na correcção do texto final. Aos meus primos e amigos: Ito, Ivódia, Benildo, Helga, Mimi, Mami,
Bango, Nanucha, Kety, Tó, Eunice e Elísio pelo apoio incondicional e convivio durante a minha
formação.
Agradeço ainda aos meus colegas e amigos Baxir, Nélio, Nélia e Cecília por terem trilhado junto
comigo os caminhos sinuosos da busca pelo saber, que a simplicidade e o dinamismo em suas
carreiras profissionais lhes encaminhem ao sucesso.
Aos prestimosos colegas Caló e Jorge Paulino pelas críticas e dicas de programação em ambiente
Visual Basic, à Zizi, Márcia, Nilza, Higino, Euclides e Crispo, pelo companheirismo e suporte.
Extensivamente agradeço aos prestativos colegas, docentes e funcionários do DMI, Sr. Augusto e
Dona Zulmira pelo seu contributo para a minha formação. À dra. Nádia Barros, um obrigado muito
especial pela correcção linguistica do texto final.
Declaração de honra
“Declaro por minha honra, que este trabalho é resultado da minha investigação e foi realizado
somente para ser submetido como Trabalho de Licenciatura em Informática na Universidade
Eduardo Mondlane.”
_________________________
(Alexandre Salvador Machava)
Epígrafe
"Quem quer fazer alguma coisa encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma
desculpa."
Aforisma árabe.
Resumo
A automatização de processos rotineiros constitui um meio de redução de custos, em termos de
libertação de recursos humanos para a realização de tarefas mais estratégicas e de garantia de
obtenção de melhores resultados. Por outro lado, os gestores das organizações precisam de um
instrumento de auxílio ao processo de tomada de decisão, especialmente nas tarefas que tem a ver
com a logística organizacional. Neste contexto, o trabalho começa com uma abordagem breve,
porém profunda, sobre a importância dos sistemas de informação no apoio a decisão e na logística.
Para o efeito, usou-se como linguagem de análise e desenho do modelo – UML e, na fase de
desenvolvimento, a linguagem de programação MS Visual Basic na conexão com a base de dados
produzida em MS SQL Server 2000, com vista a tornar a aplicação mais estável e robusta, de modo
responder às necessidades actuais.
Com todos os dados dos órgãos da UEM, viaturas, combustíveis e abastecimentos residindo numa
base de dados, consultas e análises posteriores destes tornam-se potencialmente fáceis, criando
viabilidade, sob o ponto de vista do negócio e outros serviços.
Mesmo que o sistema proposto não use uma interface Web1, aborda-se ao longo da descrição do
trabalho mecanismos de segurança que prevêem os diversos ataques físicos e lógicos que possam
ocorrer durante o funcionamento dum sistema desenvolvido para funcionar em ambiente intranet.
1
É uma rede de computadores na Internet que fornece informação em forma de hipermídia, como vídeos, sons,
hipertextos e figuras.
Glossário
SQL – structred query language (linguagem de consulta estruturada). Linguagem padrão para
consulta a base de dados e que é dividida em três componentes principais: a linguagem de
manipulação de dados (DML), a linguagem de controlo de dados (DCL) e a linguagem de definição
de dados (DDL).
Log – arquivo de eventos. Um arquivo contendo todos os dados relativos a uma rodada na máquina
(corrida de um programa na máquina). O log possui a identificação da rodada, arquivo de alterações
por meio de classes, identificação de fitas de entrada e de saída, identificação das paradas e decisões
tomadas na ocorrência das mesmas.
Hackers – individuos proeficientes no uso do computador, que aplicam tácticas, mais do que
estratégias, programação de computadores, administração ou segurança bem como a sua cultura para
atingir o seu objectico (Wikipédia, Março de 2007).
Triggers – alguns procedimentos que se guardam na base de dados e que são executados ou
“disparados” sempre que a base de dados for modificada.
Intranet – rede de computador com acesso de usuários restrito a uma autorização por parte de um
gestor da Intranet.
Índice
Dedicatória................................................................................................................................................... i
Agradecimentos .......................................................................................................................................... ii
Declaração de honra ..................................................................................................................................iii
Epígrafe ...................................................................................................................................................... iv
Resumo ....................................................................................................................................................... v
Glossário ..................................................................................................................................................... 1
Índice de Figuras e Tabelas ....................................................................................................................... 4
1 Introdução........................................................................................................................................... 6
1.1 Enquadramento .......................................................................................................................... 6
1.2 Definição do Problema .............................................................................................................. 8
1.3 Objectivos ................................................................................................................................ 10
1.3.1 Geral ................................................................................................................................. 10
1.3.2 Específicos ....................................................................................................................... 10
1.4 Metodologia ............................................................................................................................. 11
1.5 Estrutura do Trabalho .............................................................................................................. 14
2 Sistemas de Informação e Sistemas de Apoio à Decisão .............................................................. 15
2.3 Um Breve Historial.................................................................................................................. 15
2.4 Sistemas de Apoio à Decisão .................................................................................................. 16
2.4.1 O Processo da Tomada de Decisão ................................................................................ 17
2.4.2 Conceito de Sistemas de Apoio à Decisão .................................................................... 18
2.4.3 Características.................................................................................................................. 23
2.4.4 Motivação para Uso ........................................................................................................ 24
2.5 Sistemas de Informação para Apoio à Decisão no Exercício da Gestão ............................. 25
3 Logística nas Organizações ............................................................................................................. 30
3.1 Importância da Logística......................................................................................................... 31
3.2 Logística de Abastecimento e Distribuição ........................................................................... 33
3.2.1 Administração de Materiais ............................................................................................ 34
3.2.2 Nível de Serviço .............................................................................................................. 35
3.2.3 Administração de Stock .................................................................................................. 36
3.2.4 Entrada e Processamento de Pedidos ............................................................................. 39
3.3 Sistemas de Informação na Logística ..................................................................................... 39
3.4 O Futuro da Logística.............................................................................................................. 41
4 Descrição do Sistema Actual e do Sistema Proposto .................................................................... 43
4.1 Descrição do Sistema Actual .................................................................................................. 43
4.2 Descrição do Sistema Proposto ............................................................................................. 45
5 Modelação do Sistema ..................................................................................................................... 50
5.1 Modelação Visual do Sistema................................................................................................. 51
5.1.1 Diagramas de Use Cases................................................................................................. 53
5.1.2 Modelo Entidade-Relacionamento ................................................................................. 62
5.1.3 Diagrama de Classes ....................................................................................................... 64
5.1.4 Diagrama de Actividades................................................................................................ 65
5.1.5 Diagramas de Interacção................................................................................................. 66
5.1.6 Diagramas de Estados ..................................................................................................... 71
6 Segurança do Sistema ...................................................................................................................... 73
1 Introdução
1.1 Enquadramento
“A difusão das chamadas Tecnologias de Informação nas organizações é hoje uma realidade
indiscutível. A informação é encarada, actualmente, como um dos recursos mais importantes de uma
organização, contribuindo decisivamente para a sua maior ou menor complexidade. Deveras, com o
aumento da concorrência, tornou-se vital melhorar as capacidades de decisão a todos os níveis
(Pereira, 1998:1)”.
Com o evoluir das organizações, estas passaram a lidar com um grande volume de informação,
geralmente em folhas de papel. De acordo com Loureiro (2002), a necessidade de armazenar
selectiva, rápida, eficaz e categoricamente a informação em máquinas (bandas magnéticas,
dispositivos físicos e de memória virtual) surgiu, numa primeira fase, como urgência de substituição,
no que diz respeito à inviabilidade de registarmos os nossos dados em folhas de papel. Essa
necessidade passou a ser vital para o acompanhamento do desenvolvimento tecnológico, não só a
nível de software, como também em todos os avanços constatados noutras áreas indissociáveis da
micro e da macro-informática.
Miguel (2003) argumenta que, as folhas de papel começaram a ocupar demasiado “espaço”, iam-se
degradando com o passar do tempo e apresentavam sérias deficiências a nível de partilha, de
transporte, de cópia e de consulta, já para não falarmos de custos monetários que se tornavam cada
vez mais elevados em função do aumento do volume de informação. Hoje, no entanto, um simples
CD ROM pode substituir alguns armários contendo inúmeros dossiers literalmente empilhados uns
nos outros facilitando assim a organização e acesso à informação.
Por esse motivo, as organizações3 são actualmente as principais responsáveis pelo uso crescente das
TIC que têm progressivamente suportado a substituição de procedimentos manuais de trabalhos por
procedimentos automatizados. Estes procedimentos reduzem os custos operacionais em muitas
companhias ao substituírem o papel e as rotinas manuais que os acompanham.
Entretanto, a evolução das TIC, particularmente em Moçambique, faz com que as organizações
procurem soluções baseadas em SI computarizados e que possibilitem o acesso rápido à informação.
A possibilidade de obter informação em tempo real e de acesso fácil, pode ser capacitada pelo
auxílio de um Sistema de Gestão de Bases de Dados Relacional (SGBDR), robusto, flexível e seguro
que facilite os processos de tomada de decisões de uma forma eficiente, atempada e mais ponderada.
É nesta perspectiva que a Direcção de Administração e Património (DAP) da UEM tem vindo a
envidar esforços para a implementação das TIC com vista a facilitar a tramitação dos seus processos
diários no que tange ao abastecimento de combustível, através da ST.
2
Tecnologia que descreve as novas facilidades e recursos para o processamento e distribuição de informações com base
no desenvolvimento técnico em computação e nas comunicações.
3
Companhia, corporação, firma, empresa ou instituição, ou parte destas, pública ou privada, sociedade anônima,
limitada ou com outra forma estatuária que tem funções e estrutura administrativa próprias.
“A tomada de decisão nas organizações tem sido um processo complexo, devido à quantidade de
informação envolvida, sua complexidade e frequência com que se altera (Pereira, 1998:17)”.
A disponibilização dos combustíveis na UEM é feita da seguinte maneira: cada órgão da UEM
possui uma quota, representando a quantidade de combustível que esta pode receber por mês. No
entanto, todos os autocarros precisam de ser cadastrados, com a permissão do órgão a que
pertencem, junto ao DASG que tutela a ST. Cada órgão tem um limite máximo mensal de
combustível por abastecer. Para que um carro seja abastecido, o órgão a que pertence tem de
primeiro, efectuar uma requisição na qual constam a quantidade a abastecer, o tipo de combustível, a
matrícula do automóvel, o nome e o carimbo do órgão.
As transacções do sistema que rege a ST são manuais exigindo bastante atenção por
parte dos funcionários responsáveis. Assim sendo, é natural que se constate alguns
constrangimentos por parte da ST devido ao atraso de algumas transacções, com maior
probabilidade de cometer erros e o tempo que se leva a processar a informação é maior do
que seria de desejar;
Em cada mês são efectuadas cerca de 1916 requisições para abastecimento de gasóleo
e 919 de gasolina. No entanto, os relatórios dos abastecimentos não são feitos diária, semanal
e muito poucas vezes mensalmente. Isto ocasiona a acumulação do volume de informação
disponível que poderia ser útil num dado instante;
Os relatórios são feitos numa base anual e, por este facto, quando chega a altura de
efectuar a compilação de tais dados, este processo se torna fatigante, porque são dezenas de
milhares de requisições que precisam ser lançadas e este processo chega a levar cerca de 4
meses de trabalho árduo. Além do mais, há um risco para o trabalhador que se encontra a
lançar os dados porque uma vez que estes são guardados em caixas que no decorrer do ano
ficam cheias de poeira há uma grande probabilidade deste ser contaminado por alguma
doença causada pela exposição extrema a poeira;
Por outro lado, há falta de segurança e protecção dos dados. Em caso de problemas, o
acesso à informação torna-se um exercício desgastante, até se corre o risco de não se obter os
dados desejados, porque, uma vez que o sistema é manual, há maior probabilidade de os
dados serem adulterados. Os dados são armazenados em caixas, tornando-se cada vez maior
o risco de os dados serem destruídos;
Os custos de operação são elevados;
Verifica-se também a falta de transparência e prestação de contas devido ao elevado
volume de dados acumulados e de difícil acesso. Isto resulta num controlo pouco eficiente
sobre a quantidade de combustível que cada viatura auferiu durante um determinado período
de tempo, pois, nos resumos efectuados, apenas constam as quantidades que cada órgão
recebeu.
1.3 Objectivos
1.3.1 Geral
1.3.2 Específicos
4
Em desenvolvimento de sistemas, é um modelo construído para avaliação do projecto do sistema, seu desempenho e
seu potencial de produção.
1.4 Metodologia
Para o alcance dos objectivos estabelecidos na secção anterior, foi usada a metodologia que é
descrita a seguir.
Tendo em vista a análise do funcionamento do sistema actual, procedeu-se à recolha de dados na ST.
Por meio de entrevistas efectuadas ao pessoal ligado à área administrativa e operacional, bem como
a observação do circuito de abastecimento/distribuição de combustível. Com base nas entrevistas
realizadas aos funcionários, foi possível colher diferentes sensibilidades e procedimentos com
relação à gestão da informação.
De modo a identificar os dados de entrada e de saída do sistema actual foram efectuadas recolhas de
dados secundárias com base em análise bibliográfica. A fonte documentada em bibliografia
disponível, alguns documentos fornecidos pela DAP e as entrevistas realizadas aos seus funcionários
possibilitou melhor entender o processo de gestão de informação que ocorre na ST.
No âmbito deste trabalho, seu autor efectuou uma observação participativa de alguns casos que
ocorrem no circuito de abastecimento/distribuição de combustível, por forma a inteirar-se do seu
funcionamento nas áreas administrativa e operacional. Isto permitiu identificar as principais
limitações e constrangimentos do sistema em causa, pois, conforme argumenta Macome (1995), a
observação permite a obtenção de informação adicional e mais exacta sobre o comportamento das
pessoas, do que a entrevista e o questionário. Deste modo, foram observadas algumas sessões
diárias, a partir da entrada dum veículo na ST, recepção das requisições, preenchimento de fichas,
seu abastecimento e a sua saída desta unidade.
Para desenhar o modelo do Sistema em causa, foi usado o Processo de Modelação Unificada
(Unifying Modeling Process), sugerido pela Linguagem de Modelação Unificada (Unifying
Modeling Language- UML). Esta escolha deveu-se à abrangência e simplicidade dos conceitos
Por outro lado, pelo facto de utilizar um conjunto de símbolos padrão, a UML funciona como um
meio de comunicação entre os diversos elementos envolvidos no processo: utilizadores, gestores e
equipa de desenvolvimento.
Deste modo, estando na posse de uma linguagem de modelação como a UML e de um método que
se enquadre a sua utilização, o aumento da produtividade passa pela utilização de ferramentas
informáticas de apoio ao processo de desenvolvimento. Estas ferramentas designam-se C.A.S.E.,
que significa Computer Aided System Engineering ou Computer Aided Software Engineering e
permitem a automatização5, tanto quanto possível, das tarefas de desenvolvimento.
Portanto, para o desenho de diagramas UML foi usada a versão Visio 2003 Enterprise Edition, por
esta ser uma ferramenta de desenho, de uso geral e utilização individual, que disponibiliza
facilidades para a criação de diagramas UML.
5
Converter um processo ou equipamento para operações automáticas.
De modo a desenhar o protótipo, foi usada a base de dados relacional Microsoft SQL Server 2000,
as interfaces6 e a codificação na linguagem de programação Microsoft Visual Basic 6.0.
A escolha do SQL Server foi devido ao facto deste ser um sistema de gestão de base de dados
cliente/servidor de alto desempenho e com alta integração com os sistemas operativos Windows
2000 e 2003 Server. Suas características são:
Os relatórios do sistema foram extraídos com base na ferramenta DataReport do Visual Basic. O
protótipo foi desenvolvido em ambiente Windows, utilizando tecnologia de ponta em base de dados,
possibilitando o controlo total do abastecimento de seus veículos, controlo de senhas e relatórios
detalhados da média do consumo e movimento do combustível, são algumas opções oferecidas pelo
software para tomada de decisões relacionada com a gestão da ST.
Contudo, como argumentam Laudon e Laudon (2000), pelo facto de ser difícil, senão impossível,
gerir uma organização moderna sem ter algum conhecimento de sistemas de informação – o que são,
como afectam as organizações e seus empregados, e como podem tornar a empresa mais competitiva
e eficiente foi também abordada a importância da gestão dos SI e da logística nas mesmas de modo a
auxiliar o processo de tomada de decisão.
6
Hardware, software, ou ambos, que conectam sistemas, programas ou dispositivos (equipamentos).
Este trabalho esta dividido em sete (7) capítulos apresentando-se no primeiro, o enquadramento do
trabalho, os problemas identificados no sistema actual da Secção de Transportes responsável pela
gestão da distribuição e abastecimento de combustível bem como os objectivos e a metodologia que
se usou para atingir tais objectivos.
O capitulo seguinte faz uma abordagem descritiva dos Sistemas de Informação e dos sistemas de
apoio a decisão. O terceiro capítulo, também, faz uma abordagem descritiva da logística
organizacional. O quarto capítulo descreve o funcionamento do sistema actual e do sistema
proposto.
7
Uma técnica na qual, através da análise dos problemas existentes em um sistema e da obtenção da informação
adequada para suporte do mesmo, permite proceder á análise das decisões previstas para a eventual escolha da hipótese
considerada mais favorável.
Nos ambientes empresariais, a automação tem ocupado papel fundamental, utilizando-se de seus
recursos para o tratamento da informação necessária à tomada de decisão. Segundo Guimarães e
Évora (2004), a maneira como a informação é obtida, organizada, gravada, recuperada e
posteriormente utilizada permite ao gestor actuar com maior segurança, aumentando a possibilidade
de acerto na tomada de decisão.
De acordo com Serrano et al. (2004), qualquer SI que forneça informações para auxílio à decisão é
um Sistema de Apoio à Decisão (SAD). Essa afirmação é, porém, bastante questionável, pois SAD
são sistemas que não só fornecem informações para apoio à tomada de decisão, mas que contribuem
para o processo de tomada de decisão. A obtenção da informação é apenas parte do processo, como
veremos detalhadamente adiante.
Os SAD, que também são conhecidos como "Decision Support Systems" (DSS), possuem funções
específicas, não vinculadas aos sistemas existentes, que permitem buscar informações nas bases de
dados existentes e delas retirar subsídios para o processo de tomada de decisão. SAD serão
discutidos em maior detalhe a seguir.
Simon (1960) desenvolveu um modelo descritivo para a tomada de decisão, dividido em 3 fases
interactivas8 e iterativas9 (Figura 1):
Reconhecimento - consiste na identificação do problema ou de uma oportunidade de
mudança;
Desenho 10 - consiste na verificação e estruturação das decisões alternativas;
Escolha - está relacionada com a avaliação e com a escolha da melhor alternativa.
Figura 1: Fases do Processo de Tomada de Decisão segundo Simon (adaptado de Malczewski, 1997)
Ainda Simon (1960) defende que os humanos são racionais na concepção de um certo número
de alternativas escolhendo, seguidamente, a melhor alternativa, e que têm tendência para tomar
decisões satisfatórias em detrimento de decisões óptimas. Estas três fases da decisão não têm
necessariamente de seguir um caminho linear desde o reconhecimento à escolha, passando pela
fase de desenho. A qualquer momento da tomada de decisão poderá ser necessário voltar a uma
8
Relativo a uma aplicação na qual cada entrada provoca uma resposta de um sistema ou programa, como um sistema de
consulta ou um sistema de reserva de passagens aéreas. Deve ser conversacional, possibilitando assim o diálogo entre o
usuário e o sistema.
9
Descritivo do procedimento ou processo que executa repetidamente uma série de operações até que certa condição
prevista seja satisfeita. Deve ser implementado por um “loop” numa rotina.
10
Herbert Simon, considerado um dos pais da Inteligência Artificial, utiliza o termo design com o significado de
projecto. Contudo é frequente o uso de “desenho” de sistemas de informação, com o significado de projecto de sistemas
de informação.
fase anterior. Cada uma das três fases do processo de tomada da decisão exige um tipo de
informação diferente.
O mesmo autor introduz o conceito de heurística11 como sendo regras que os humanos utilizam
para simplificar a tarefa de tomada de decisão. As heurísticas constituem uma ajuda para a
tomada de uma decisão satisfatória, rapidamente e com eficiência e estão, frequentemente,
associadas ao uso de conhecimento empírico sobre o domínio em causa que, por se basear em
experiência, permite encurtar o caminho para a tomada de decisão.
A necessidade dos SAD surgiu na década de 70, em decorrência de diversos factores, como, por
exemplo, os seguintes:
Esses factores contribuíram para que as organizações começassem a desenvolver SI que pudessem
fornecer informações para auxiliar no processo de tomada de decisão. Deste modo, podemos afirmar
que os SAD são sistemas interactivos, baseados em computadores, que têm como objectivo principal
ajudar os decisores a utilizar dados e modelos para identificar e resolver problemas, assim como
tomar decisões. Nesta perspectiva, os SAD ajudam os decisores a utilizar e manipular dados, a
aplicar listas de verificação e heurísticas, a construir e utilizar modelos Matemáticos.
11
A palavra heuristica vem da palavra Grega heuriskein e significa o acto de descobrir. É um processo de resolução de
problemas não algoritmicos (Cabral, 2001).
O sistema deverá ajudar o decisor a resolver problemas não estruturados, não programáveis (ou
semi-estruturados) e deverá possuir um mecanismo de interrogação interactiva que utilize uma
linguagem de utilização fácil e aprendizagem (Cabral, 2001). Entretanto, os conceitos de problemas
semi-estruturados, eficácia e apoio à decisão resumem a essência do conceito de SAD:
Todos os problemas de decisão recaem sobre um intervalo de variação contínua (Figura 2), entre
decisões estruturadas e decisões não estruturadas:
Figura 2: Estrutura do grau de problemas de decisão segundo Simon (adaptado de Malczewski, 1997)
As decisões estruturadas são programáveis e podem ser resolvidas por meios computacionais, ao
contrário das decisões não estruturadas, que não são programáveis e devem ser resolvidas pelo
decisor, com um recurso limitado a computadores. A parte estruturável (programável) do problema
pode ser solucionada automaticamente por um computador, enquanto que a parte não estruturável
terá de ser resolvida pelo decisor sozinho, ou em interacção com o sistema.
12
Atributo que mede se um sistema está fazendo uso óptimo de seus recursos.
13
A pessoa qualificada para a definição e desenvolvimento de técnicas necessarias á solução de um problema,
especialmente aquelas para a sua solução em computador (analista de sistemas).
c) Apoio à decisão
Devido à essência do conceito de SAD discutido nos parágrafos anteriores, podemos afirmar que,
sistemas tais como um EIS14, MIS15 e EDP16 podem ter funções que forneçam informações para
apoio à decisão. Porém, esses SI não foram construídos com o objectivo de auxiliar o processo de
tomada de decisão, pois, conforme argumentam Falsarella e Chaves (2006), quando se fala em
auxiliar o processo de tomada de decisão, isso não significa somente fornecer informações para
apoio à decisão, mas também, analisar alternativas, propor soluções, pesquisar o histórico das
decisões tomadas, simular situações, etc. Deste modo, pode-se afirmar que o processo de tomada de
decisão se desenrola, através da interacção constante do usuário com um ambiente de apoio à
decisão especialmente criado para dar subsídio às decisões a serem tomadas.
Um SAD é composto por um conjunto de subsistemas, que têm por objectivo garantir a sua
aplicabilidade, desenvolvimento e funcionalidade. Assim, qualquer SAD deve ser composto por um
subsistema de gestão de base de dados (SGBD), por um sistema de gestão de base de modelos
(SGBDM) e pelo interface com o utilizador (GUI17).
14
Executive Information Systems
15
Management Information Systems
16
Electronic Data Processing
17
Interface gráfica do usuário (abreviadamente, a sigla GUI, do inglês Graphical User Interface) é um mecanismo de
interação homem-computador com um mouse ou teclado o usuário é capaz de selecionar esses símbolos e manipulá-los
de forma a obter algum resultado prático
Base de Modelos
Base de Modelos
Data
SGBD SGBD
Interface (SGIU)
A todo esse ambiente, que fornece subsídios para que o usuário tome decisões, é que da-se neste
capítulo o nome de SAD.
Os SAD devem ser adaptáveis, flexíveis e fáceis de usar, através de interface user friendly,
tornando-os interactivos e atraentes para o utilizador. Este tipo de sistemas deve poder ser utilizado
por um utilizador individual ou por um conjunto de decisores, chamando-se neste caso Group
Decision Support Systems (GDSS).
No que toca a facilidade, um SAD deve garantir o acesso aos dados ou a informação existentes nas
bases de dados, devendo também analisá-los, por forma a construir cenários alternativos, avaliá-los,
e recomendá-los por forma a fornecer o maior suporte à tomada da “melhor” decisão.
relacionais18 e orientados a objecto (OO19), uma vez que estes podem garantir uma maior
adaptabilidade, expansibilidade20 e funcionalidade.
Um Sistema de Gestão de Base de Dados deve proporcionar a fácil introdução de dados, a sua
actualização, manutenção e segurança. Os SAD têm também como componente um sistema de
gestão de base de modelos, que garante a manutenção de um conjunto de modelos de decisão, que
normalmente se baseiam em IO (Investigação Operacional), ou outros, que exigem um grande
esforço de desenvolvimento.
Para que este subsistema funcione em perfeita forma, estes modelos devem ser validados interna e
externamente e devem manter-se actualizados. A interface com o utilizador deve exigir cuidados
especiais com a apresentação e a disposição dos dados, de forma a garantir uma comunicação clara e
eficiente, uma vez que é através desta componente que se estabelece toda a comunicação entre o
utilizador e os restantes subsistemas. Desta forma, deverá ser usada uma linguagem simples e
natural e de fácil percepção e que deve variar de acordo com a familiaridade dos utilizadores finais
com a informática.
Identificadas as componentes de um SAD, é importante definir as suas características, uma vez que
o SAD deverá suportar todas as fases do processo de tomada de decisão e uma grande variedade de
estilos e de decisores.
2.4.3 Características
18
O modelo relacional está baseado na organização dos dados em relações (tabelas) e está fundamentado em três
principios, independência dos dados, comunicabilidade e linguagem de alto nível, respectivamente.
19
Na “nova” filosofia e trabalho com objectos, podemos dizer que é um termo aplicado a qualquer sistema ou linguagem
que suporte o uso de objectos.
20
Retornar á forma original, dados que foram anteriormente comprimidos.
Quando uma organização não possui SI que auxiliem o processo de tomada de decisão, as decisões
são baseadas em dados históricos e em experiências individuais. O caso em estudo tem algumas
semelhanças com o exposto acima. Quando existe um SAD apoiando esse processo, as informações
fornecidas por ele são incorporadas aos dados históricos e experiências individuais, possibilitando
melhores condições para a tomada de decisão, esta é a grande motivação ao facto deste órgão
adoptar um SAD como meio de facilitar os processos decorrentes das actividades que esta realiza.
Em qualquer das situações citadas, a saída ou a mudança do usuário poderá causar grande impacto
na organização. Isto acontecerá devido à perda da história de como as decisões foram tomadas.
Partindo do princípio de que um SAD auxilia o processo de tomada de decisão, é importante que
seus conceitos retratem a cultura da organização e façam parte integrante dela, não servindo apenas
para atender às necessidades específicas de um usuário. Este é o motivo principal para que as
empresas implantem SI que auxiliam o processo de tomada de decisão.
21
Dúvida ou hesitação.
Deste modo, a combinação esperada entre cultura, comunicação e consenso melhora a eficiência e
ajuda a alcançar um nível mais elevado de comportamento de escolha racional. Mas é possível
afirmar que a informação é um recurso primordial para a tomada de decisão e que, quanto mais
estruturado for este processo, como no caso dos modelos racional e de processo, mais indicado se
faz o uso de SI que possam responder às demandas e necessidades de informação do decisor.
De acordo com Guimarães e Évora (2004), seu objectivo principal é a busca da tomada de decisão
certa, no momento oportuno, com as pessoas apropriadas, a partir da informação adequada, com o
menor custo possível. No contexto da tomada de decisão e considerando seu valor, a informação tem
sido empregue como mais um recurso para o desenvolvimento do processo de trabalho nas
organizações.
No exercício da função de gestor, a ênfase deve ser dada à informação, pois, segundo Guimarães e
Évora (2004), algumas estratégias são mencionadas para a gestão do comportamento da informação
nos ambientes empresariais, dentre as quais se destacam tornar claros os objectivos e estratégias da
organização, identificar competências da mesma, concentrar-se na administração de tipos
específicos de conteúdos da informação, atribuir responsabilidades pelo comportamento suscitado
pela informação, criar uma rede de trabalho responsável pelo comportamento da informação e
apresentar a todos os problemas de gestão da informação.
Diante destas estratégias, é possível constatar que a informação é mais um recurso para a gestão nos
ambientes empresariais e que é de todos os actores envolvidos no processo de trabalho a
responsabilidade pela sua colecta, organização, distribuição e disponibilização. Desta forma, um SI
que sirva ao processo de trabalho deve responder às demandas e necessidades dos diversos serviços
e unidades da instituição, resguardadas suas características e especificidades, podendo ser únicos
para a organização ou específicos para cada serviço.
Para efeito deste estudo, entende-se por Sistemas de Informação (SI), “os componentes, que incluem
hardware (parte física dos computadores), software (componente lógica) e o peopleware (as
pessoas, sem as quais não seria possível obter o feedback22 do sistema informático) (Serrano et al.,
2004) ”.
22
Retornar (realimentar) parte ou toda a saída de um processamento de um serviço, como sua entrada, principalmente
com o intuito de teste ou de controlocontrolo.
COORDENAÇÃO
ARQUITECTURA DE
INFORMAÇÃO DA PROCESSOS
ORGANIZAÇÃO
Nível Estratégico
Clientes
PROCESSOS
Nível Operacional
Venda & Marketing Manufactura Finanças Contabilidade Recursos Humanos
Um SI deve ter a capacidade de “auto controlo”, isto é, a possibilidade de verificar se o sistema está
ou não a atingir os objectivos predefinidos, de modo a introduzirem, quando necessário, as
respectivas correcções. De modo que, quando um sistema informático não afere os resultados que
dele se esperam é obviamente necessário verificar a origem das disfuncionalidades e corrigi-las.
Portanto, SI para apoio à decisão são sistemas que colectam, organizam, distribuem e disponibilizam
a informação utilizada nesse processo.
Em geral, os SAD obtêm dados do ambiente interno e externo à organização e processam estes
dados, transformando-os em informações. O sistema opera por meio de software que permitem a
disponibilização destas informações na forma de relatórios, de modelos matemáticos expressos em
gráficos e tabelas e, ainda, permite que se instale um encontro virtual entre vários indivíduos
trabalhando como um grupo dentro da organização.
Além disso, segundo Guimarães e Évora (2004), o software moderno permite também a integração
dos dados com resultados que reflectem numa maior rapidez na análise dos dados, transformando-os
em informações essenciais para a tomada de decisão.
Conforme Falsarella e Chaves (2006), o SI nos ambientes empresariais é constituído pela gestão da
informação, a partir do levantamento das necessidades de informação dos decisores, da colecta e
obtenção dos dados, na análise dos dados transformando-os em informação, na distribuição da
informação de acordo com as necessidades do decisor, da utilização das informações pela sua
incorporação no processo de trabalho e, finalmente, da avaliação constante dos resultados obtidos e
de redireccionamentos no sistema para atender às demandas e antecipar as necessidades dos
decisores.
É importante realçar que esses sistemas têm contribuído para o desenvolvimento do processo de
produção nas instituições e que, nos ambientes de prestação de serviço, em especial, têm
possibilitado maior segurança para a tomada de decisão, o que resulta em melhor atendimento aos
clientes. Diante do exposto, o objectivo desta pesquisa foi analisar a utilização de sistemas de
informação, enquanto instrumento para a tomada de decisão no exercício da gestão de unidades
funcionais da UEM, nomeadamente, a ST e a DASG através da construção de uma base de dados
que facilite a tramitação dos processos relativos ao tratamento de dados relativos aos abastecimentos
de combustíveis.
Apesar do estudo da logística empresarial ter ganho notoriedade na última década, actividades chave
da logística, como transporte, stock23 e pedidos, já são exercidas desde os primórdios do comércio de
mercadorias. De acordo com Peixoto (2004), a grande contribuição da logística empresarial moderna
está no encadeamento de actividades, na filosofia integrativa e na análise sistémica.
Logística empresarial tem como objectivo prover o cliente com os níveis de serviços desejados. A
meta de nível de serviço logístico é providenciar bens ou serviços correctos, no lugar certo, no
tempo exacto e na condição desejada ao menor custo possível, isto é, transportes, manutenção de
stocks, processamento de pedido e de várias actividades de apoio adicionais. A figura abaixo ilustra
o papel da logística na empresa e a interface com o sector comercial e de produções/operações.
23
São todos os bens materiais mantidos por uma organização para suprir demanda futura.
A administração de materiais e a distribuição física integram-se para formar o que se chama hoje de
logística empresarial24. Muitas companhias desenvolveram novos organogramas para melhor tratar
das actividades de suprimento e distribuição, frequentemente dando status de alta administração
para a função, ao lado de marketing e produção. O tempo da logística empresarial está chegando e
uma nova ordem das coisas está começando.
A logística pode ser definida como sendo “a arte e a ciência para abastecer, produzir e distribuir
material e produtos no lugar adequado, nas quantidades correctas e nas datas necessárias (Dicionário
de Logística, 2006)”. Uma vez que este trabalho visa contribuir com um sistema eficiente de
distribuição, abastecimento e controlo de combustível que poderá ser adoptado pela ST, urge obter
conhecimento profundo sobre como a logística pode ser aplicada a sistemas deste género. Neste
capítulo aborda-se brevemente a logística em geral, e particularmente, a logística de distribuição e
abastecimento.
A importância da logística nas empresas está directamente relacionada com a criação e adição de
valor ao produto ou serviço, seja para os accionistas da empresa, seja para clientes ou ainda
fornecedores. O valor neste caso é traduzido sempre em tempo e espaço, produtos e serviços não
têm valor algum a menos que estejam à disposição do cliente quando (tempo) e onde (espaço) o
cliente necessitar. Neste caso concreto é imprescindível que o centro de abastecimento de
combustível esteja localizado no Campus Universitário da UEM de modo a que a maioria dos
serviços desta possam ter acesso a ele. Portanto, “a importância fundamental da logística para as
empresas está no valor que cada actividade poderá adicionar ao produto ou serviço”(Peixoto,
2004:6).
Os consumidores estão cada vez mais esperando que os produtos ou serviços sejam colocados à
disposição de forma personalizada, com vasta opção de escolha e que estejam disponíveis em
períodos curtos, se possível à pronta entrega. Em concordância com a tendência do mercado, as
melhorias nos SI das empresas associadas a processos de manufactura mais flexíveis permitem que
sejam oferecidos produtos que atendam as necessidades de clientes individuais, novamente ganham
importância as actividades primárias da logística (transporte, stockagem, informações).
Segundo Homewebbing (2006), os conceitos e práticas da logística estão sendo cada vez mais
adoptadas por empresas que não seguem o padrão de produção e manufactura, o sector de serviços e
a maioria das empresas que fazem parte deste sector exerce constantemente actividades logísticas
em seus processos operacionais. No entanto, deve-se ter claramente a definição do problema a ser
enfrentado em cada uma das empresas, visto que o entendimento adequado dos custos e
componentes do sistema logístico é fundamental para o bom resultado do planeamento e gestão.
A distribuição física de produtos passou a ocupar um papel de destaque nos problemas logísticos das
empresas. Isto é devido a dinamização dos custos, que levam as empresas a reduzir stock e agilizar o
manuseio (Peixoto, 2004).
Nesta secção são identificadas algumas características importantes que devem ser consideradas na
distribuição física de produtos, que envolvem desde o planeamento e projecto dos respectivos
sistemas (frota, depósitos, colecta, transferência, distribuição, etc.), até sua operação e controlo.
A natureza da distribuição física faz parte da logística empresarial. Distribuição física é aquele
aspecto da administração de empresas que trata de servir a demanda pelos produtos e serviços da
organização. Ela é executada nos três níveis da administração:
1) A longo prazo, isto é, o planeamento estratégico de como a distribuição deve ser executada;
As muitas alternativas que a administração tem para garantir serviço de distribuição física eficiente e
eficaz fazem desta, uma área complexa para a gestão.
Numa outra abordagem Peixoto (2004), define a distribuição física como o ramo da logística que
trata da movimentação, stockagem e processamento de pedidos. Costuma ser a actividade mais
importante em termos de custo para a maioria das empresas, pois absorve cerca de dois terços dos
custos logísticos. Preocupa-se com bens acabados ou semi-acabados, que são mantidos em depósitos
ou enviados directamente ao cliente à medida que ele deseje.
Muitas configurações estratégicas de distribuição podem ser empregues, como por exemplo, entrega
directa do fornecedor passando pela plataforma logística apenas para desembaraço operacional,
entrega feita utilizando um sistema de depósitos onde as mercadorias ficam armazenadas na
plataforma aguardando uma solicitação do cliente ou aguardando fretes de cargas completas para a
mesma localização, a fim de reduzir o custo total de transporte. No caso da UEM, o fornecedor (BP
Moçambique) através do seu agente abastece as bombas de combustível desta instituição uma vez
por mês. Esta actividade da logística permite que em termos de custos de transporte a UEM gaste
muito menos do que gastaria se tivesse que se dirigir aos depósitos desta gasolineira para abastecer
as suas bombas usando transporte próprio, neste caso o custo recai sobre a BP.
É por motivos como estes, que uma plataforma logística deve colocar-se em locais estratégicos e
próximos aos clientes, pois os custos adicionais de stockagem são mais do que compensados pelo
menor custo global de transporte. Além disso, como os stocks ficam em média mais próximos dos
clientes, o nível de serviço é melhorado. O tipo de distribuição depende em grande parte da natureza
do produto movimentado, do padrão de sua demanda, dos custos relativos das várias opções de
distribuição física e das exigências de nível de serviço.
peças e materiais necessários. Isto é realizado pelo abastecimento para stock em antecipação a essas
necessidades. O gestor de materiais procura oferecer bom nível de serviço de maneira eficiente.
O nível de serviço é uma das razões do esforço logístico. Ele tem muitas dimensões, mas, para o
especialista da área, a média e a variabilidade do tempo de preenchimento e entrega do pedido, a
exactidão com que os pedidos são preenchidos e as condições com que os produtos chegam são suas
principais incumbências. Estes são os elementos do nível de serviço que costumam estar sob
controlo da logística e que são em geral facilmente mensuráveis.
Nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerido. É o resultado
líquido de todos os esforços logísticos da organização. É o desempenho oferecido pelos
fornecedores aos seus clientes no atendimento dos pedidos (Homewebbing, 2006). No contexto
deste trabalho, o nível de serviço tem a ver com a qualidade com que os clientes (órgãos da UEM)
da ST são servidos.
O nível de serviço logístico é factor chave do conjunto de valores logísticos que as empresas
oferecem a seus clientes para assegurar sua fidelidade. Como o nível de serviço logístico está
associado aos custos de prover esse serviço, o planeamento da movimentação de bens e serviços
deve iniciar-se com as necessidades de desempenho dos clientes no atendimento de seus pedidos.
Controlar o nível de serviço é vital. O custo logístico cresce rapidamente à medida que maior nível
de serviço é estabelecido. Além disso, o nível de serviço tem efeito gerador de receita pela
influência que tem na escolha do fornecedor com o melhor serviço. Embora o nível de serviço na
UEM não seja um factor gerador de receita, pois os abastecimentos não são cobrados, o nível de
serviço deve ser alto de modo a conferir certa medida de satisfação aos clientes. Portanto, ele é um
elemento-chave no desenvolvimento de estratégias logísticas.
Quando uma estratégia é desenvolvida, ela deve ser administrada. Isto envolve o monitoramento das
necessidades dos clientes e a determinação de diferentes dessas necessidades por tipo de cliente,
área geográfica e tipo de produto. Assim, os padrões devem ser fixados para auxiliar a manutenção
dos níveis de serviço da organização, planos para paralisações do sistema logístico e para possível
recolhimento de produto são modos adicionais pelos quais os clientes podem ficar satisfeitos com o
desempenho logístico do fornecedor.
O produto, tanto um bem como um serviço é o objecto do esforço logístico. Compreender a natureza
do produto em seu ambiente económico dá ao especialista indicações úteis para o planeamento da
estratégia de suprimento e distribuição do produto (Homewebbing, 2006).
25
Conferência e contagens dos itens contabilmente alocados no stock. O inventário serve para informar o quanto existe
no stock fisicamente e financeiramente.
necessário para manter o nível de serviço ao cliente, assim como a operação eficiente das
actividades de produção e distribuição. A boa gestão de stocks é essencial.
O enfoque apropriado para controlar os níveis de stocks deveria ser cuidadosamente desenvolvido a
partir do padrão particular de demanda26 que cada produto apresenta. Apesar de muitas destas
técnicas exigirem certos conhecimentos avançados de estatística e programação matemática, os
casos mais importantes das técnicas de empurrar ou puxar stocks foram descritos em nível bàsico.
Eles servem como métodos fundamentais para gerar procedimentos mais complicados de gestão. O
enfoque just-in-time27 que minimiza a necessidade de stocks de produtos acabados.
Apesar disso, a administração destas áreas pode ter impacto significativo nos objectivos logísticos e
estão mais e mais tornando-se parte das responsabilidades do pessoal de logística. Por isso estes
devem preocupar-se com aqueles aspectos da aquisição e da programação da produção que podem
afectar o fluxo de materiais.
26
Chamamos então de demanda o número de unidades de uma certa mercadoria ou serviço que os consumidores
estariam dispostos a comprar, numa certa unidade de tempo, em condições explícitas de ocasião, lugar e preço.
27
Método de administração da produção para produzir no momento da entrega, produzir semi-acabados no instante da
sua necessidade e receber matérias primas no instante de sua utilização.
A aquisição é responsável por obter os materiais produtivos necessários (assim como materiais para
revenda) a preços justos, em quantidades especificadas e entregá-los no local e instante certos. É
essencialmente uma função de compras. Entretanto, algumas decisões importantes, como selecção
de fornecedores, política de preços e fazer ou comprar, estabelecem os custos e a importância do
suprimento físico na organização. A inclusão ou não da programação da produção e da aquisição no
composto de actividades logísticas ainda é questão de debate. Entretanto, deve-se reconhecer que a
coordenação entre essas áreas é essencial.
O ditado "tempo é dinheiro" está no coração das actividades de entrada e processamento de pedidos
no composto logístico. Como defende Homewebbing (2006), a velocidade com que as informações
precisas de vendas são comunicadas pelo sistema logístico frequentemente determina a eficiência
das suas operações, sendo o factor chave no nível de serviço finalmente oferecido ao cliente.
Assim, comunicações lentas e imprecisas podem custar muito caro para a organização, pois
consumidores irados transformam-se em vendas perdidas, os stocks tornam-se excessivos, o
transporte fica imprevisível e a programação da produção pode gerar preparações desnecessárias e
custosas. Processamento rápido e exacto dos pedidos minimiza o tempo de resposta ao cliente e
suaviza o comportamento do fluxo de mercadorias pelo sistema logístico.
O projecto e a operação do sistema de entrada e processamento de pedidos têm sido afectados pela
moderna tecnologia mecânica e electrónica. A decisão de optar-se pela automação deve ser
cuidadosamente avaliada em função do volume de ordens a serem processadas e da flexibilidade
necessária. Devido ao elevado volume de informação que a ST tem que processar, torna-se útil a
automação das actividades relacionadas com a gestão da informação.
"As informações não podem ser melhores que os dados que as geraram" é uma frase frequentemente
citada sobre a qualidade da informação que alimenta o processo decisório. Reconheceu-se há muito
tempo que o desempenho do planeamento e controlo em termos de gestão depende da quantidade,
forma e precisão das informações disponíveis. Até alguns anos atràs, os dados na organização eram
classificados, recuperados e manipulados manualmente.
A estrutura composta por pessoas, equipamentos, métodos e controlo dirigidos para problemas
específicos de fluxo de materiais é chamada de sistema de informações logísticas (Homewebbing,
2006).
O sistema gera informação que é utilizada por grande variedade de pessoas na organização, desde a
alta administração até o pessoal operacional, sendo empregado para planear, operar e controlar o
sistema logístico. O sistema em si tem três partes bàsicas: 1) a entrada, 2) o processamento e 3) a
saída (Figura 6).
Ter excelente planeamento para disponibilizar produtos e serviços para os clientes não garante que
os objectivos logísticos serão cumpridos. Estes planos devem ser colocados em acção e seus
O controlo da logística recebe constante atenção por parte da administração, pois um ambiente
constantemente mutável e eventos imprevistos a todo momento desviam as actividades logísticas
dos seus níveis de desempenho planejados. Pode-se acabar não atingindo os objectivos da
companhia.
2) A medida do desempenho;
O futuro da logística é mesmo brilhante. As tendências económicas mostram que os custos para
movimentação de bens e distribuição de serviços devem crescer proporcionalmente às outras
actividades, tais como manufacturas e marketing. O aumento nos custos de combustível, a
implantação de melhorias de produtividade e a questão ecológica vai contribuir para o prestígio da
logística. A maior importância dos assuntos logísticos vai atrair maior atenção por parte da
administração (Homewebbing, 2006).
A inflação, o consumismo e a ecologia são forças que actuam para prestigiar a logística. Entretanto,
o carácter de suas operações não vai ser muito diferente do actual. O uso de tecnologias novas e
revolucionárias não será o foco de atenção dos administradores para solução de seus problemas
logísticos nas duas próximas décadas. Pelo contrário, a administração cautelosa vai procurar
extensões da tecnologia existente. O uso de computadores deverá expandir-se substancialmente.
A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos
serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planeamento, organização e controlo
efectivos para as actividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de
produtos. A logística é um assunto vital. É um facto económico que tanto os recursos quanto os seus
consumidores não residem, se é que alguma vez o fizeram, próximos donde os bens ou produtos
estão localizados. Este é o problema enfrentado pela logística: diminuir o hiato28 entre a produção e
a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na
condição física que os desejarem.
28
Intervalo ou espaçamento entre dois eventos.
Descreve-se neste capítulo o funcionamento do sistema actual bem como a proposta do novo modelo
de abastecimento de combustíveis, como contribuição deste estudo para melhorar o sistema de
combustíveis para a ST da UEM.
No modelo actual, como mostra a Figura 7, a recepção dos abastecimentos da BP é feita pelo
representante da DASG na presença do bombeiro da ST. No momento da recepção de combustível,
o representante da DASG recebe uma guia de entrega/recepção e a factura de fornecimento para
requisição de pagamento à Direcção de Finanças (DF) da UEM. As guias de entrega são arquivadas
pelo responsável da área dos combustíveis da DASG, fazendo o controlo de pagamentos em função
dos fornecimentos.
Cada órgão da UEM gere a quota atribuída fazendo abastecimento até ao limite de sua quota mensal
através de requisições internas, sendo a quantidade máxima por requisição e por viatura 40 litros de
cada vez. As requisições são preenchidas indicando-se a quantidade requisitada, tipo de
combustível, a matrícula da viatura a abastecer, órgão a que está afecta e levando o carimbo do
órgão requisitante. Isto significa que quando um órgão adquire um automóvel ele deve
imediatamente comunicar a DASG de modo a efectuar o seu cadastro pois, não é permitido a
nenhum automóvel efectuar um abastecimento sem que este esteja devidamente cadastrado.
O bombeiro tem para o seu controlo um mapa com quotas mensais de combustível por órgão o qual
é elaborado e actualizado pela ST, aprovado pelo chefe do DASG e autorizado pelo director da DAP
sendo o executante o chefe dos transportes. No momento de abastecimento, o bombeiro confere a
matrícula inscrita na requisição com a chapa da matrícula da viatura e em caso de concordância
abastece e arquiva a requisição. Após a introdução de medidas de contenção passou a ser obrigatório
que o bombeiro verifique se a viatura consta ou não do cadastro de viaturas autorizadas a abastecer.
No fim de cada dia, o bombeiro faz o resumo dos abastecimentos diários por órgão num mapa de
controlo o qual contém as quotas de combustível atribuídas a cada órgão e no fim de cada mês e a
DASG faz a compilação dos abastecimentos efectuados por cada órgão.
Esta instituição pugna pela sua integração e afirmação na comunidade científica mundial e por ser
agente e objecto de mudanças e transformações da sociedade.
De acordo com webUEM (2006), para cumprir esta missão, a UEM deve nortear-se por diversos
princípios e propósitos, dos quais destacamos os seguintes:
É tendo em mente os sete (7) pontos supracitados como parte integrante do plano estratégico da
UEM, que neste estudo foi construida uma aplicação com recurso à tecnologia de base de dados com
o objectivo de automatizar as actividades relacionadas com o abastecimento de combustível nesta
tão importante instituição. A escolha deste tipo de tecnologias para o desenvolvimento do modelo
do sistema de informação deveu-se ao facto destas terem uma abrangência muito ampla, sendo que
os que se beneficiarem de tais serviços serão atendidos de maneira mais rápida e confortável.
Nota-se que algumas organizações caracterizam-se por um volume considerável de informação, mas
não possuem seus processos suportados pelas TIC, como é o caso da ST. Na operação sem
automatismos o controlo de um sistema com estas características é realizado manualmente, exigindo
grande aplicação de mão-de-obra e burocratização do controlo.
O modelo proposto, como mostra a Figura 8, possui terminais que representam os órgãos
requerentes dos serviços, a Direcção de Finanças e o representante da BP que precisa deslocar-se
pessoalmente à ST para efectuar o abastecimento às bombas da UEM e tratar dos processos
burocráticos envolvidos; uma base de dados (MS SQL Server 2000); um servidor interno que serve
para gerir e servir informações a nível interno; um armário de arquivos, para guardar requisições
submetidas através da secretaria, quotas relativas a cada órgão, automóvel e a lista dos automóveis
contemplados e um outro armário de contas.
Propôs-se neste modelo a automatização dos processos referentes à aceitação dos abastecimentos,
nomeadamente a verificação dos dados: identificação do veículo, usuários autorizados, quantidade
do último abastecimento, tipo de combustível abastecido, data do último abastecimento, hora e
média de consumo e a autorização do abastecimento.
Neste modelo, o cliente efectua o cadastro de suas viaturas presencialmente, através da submissão
do formulário de cadastro junto da secretaria da DASG. De modo análogo é realizada a requisição
de abastecimento, através da submissão do formulário de requisição junto ao bombeiro da ST.
O administrador do sistema possui todos os privilégios sobre o mesmo. Ele faz a parametrização 29
periódica do sistema, em termos de definição dos critérios de cadastro e abastecimento. Ele também
activa os processos encarregues pela geração dos mais diversos relatórios relativos aos
abastecimentos e cadastros bem como para a impressão de um relatório com a lista dos automóveis
cadastrados, de modo a notificar os clientes sobre a aceitação ou não dos cadastros.
Todos os gestores ligados à DAP, tais como o director da DAP, o chefe da DASG e o Chefe da ST
bem como os representantes da DF tem acesso privilegiado a alguns domínios, especialmente os
relativos à gestão de suas actividades de modo a que possam estar a par do funcionamento do
circuito de abastecimento de combustível.
A secretária da DASG pode aceder ao ficheiro de lançamento dos dados relativos a cada aquisição
de combustível feita junto da BP de modo a se obter o historial sobre as quantidades e datas de cada
abastecimento. Ela também é responsável pelo recebimento dos formulários dos cadastros
automóveis e sua respectiva digitalização.
29
Concepção e escrita de um programa permitindo modificação das suas funções, sem alteração das suas instruções de
uma nova compilação. Consiste em substituir as informações susceptiveis de evoluirem, por parâmetros (variáveis) cujos
valores são lidos a partir de um arquivo denominado “arquivo de parâmetros”.
Quanto ao bombeiro, este será responsável por grande parte do trabalho, pois, é o que mais lida com
os clientes. Este terá também o privilégio de aceder ao sistema no caso em que os clientes vão
aparecendo nas bombas da UEM requerendo o abastecimento de seus automóveis. Acedendo ao
sistema, ele poderá verificar se o cliente está ou não cadastrado, verificando de seguida se a
requisição é válida ou não e por fim efectuará o abastecimento conforme for permitido. Após o
abastecimento, é impresso um recibo de apresentação do mesmo ao órgão requerente.
De referir que as opções alistadas acima para os relatórios podem também ser usadas para efectuar
diversas consultas.
Arquivos
Servidor do SAC Base de Dados
British Petrol
Contas (BP)
Secretária
Bombeiro da DASG
Órgãos da UEM
Na concepção do presente modelo do sistema de informação houve uma clara preocupação com os
aspectos de segurança. O sistema conta com segurança, e trazendo algumas dificuldades de acesso a
usuários não autorizados a realizarem qualquer operação no sistema, tais como modificar suas
características, muito menos colocá-lo fora de operação. É um sistema cliente/servidor, que
proporciona processamento distribuído das informações entre computadores da rede, não havendo
necessidade de grandes configurações de hardware em todos os computadores da rede para a
execução do sistema.
5 Modelação do Sistema
O desenvolvimento do sistema proposto seguiu uma abordagem Orientada a Objectos, deste modo, o
autor deste trabalho optou pelo uso da UML – Unified Modeling Language, pois, pela abrangência e
simplicidade dos conceitos utilizados, a UML facilita o desenvolvimento de um sistema de
informação permitindo a integração de aspectos de natureza organizacional que constituem o
negócio e os elementos de natureza tecnológica, que irão constituir o sistema informático, ajudando
a dominar a complexidade das regras de negócio e definir os processos e fluxos informativos (Nunes
e O’Neill, 2001).
Ainda nesse contexto, conforme argumentam Silva e Videira (2001), a UML alarga o âmbito das
aplicações alvo comparativamente com outros métodos existentes designadamente porque permite,
por exemplo, a modelação de sistemas concorrentes, distribuídos, para a Web, SIG, etc, pois a sua
ênfase é a definição de uma linguagem de modelação standard30, e por conseguinte, a UML é
independente das linguagens de programação, das ferramentas CASE bem como dos processos de
desenvolvimento.
O caso de estudo, deu mais ênfase nas fases de análise de requisitos (concepção), análise
(elaboração) e desenho (construção), já que as principais abstracções do modelo do sistema se
encontram nestas fases de desenvolvimento. Desenvolveu-se uma modelação em UML também,
com o intuito criar uma base de dados de suporte a um sistema de gestão dos dados de
abastecimento de combustível na UEM.
De seguida, é descrito o processo evolutivo da linguagem UML bem como a apresentação de alguns
diagramas que representam a fase de análise do sistema, ilustrando a modelação visual por detràs do
sistema informático.
30
Padrão.
Por influência dos métodos desenvolvidos na primeira metade da década de 1990, o UML inclui os
diagramas de casos de utilização (use cases) que permitem a especificação de requisitos funcionais
segundo uma aproximação focada primordialmente nos utilizadores do sistema. A modelação de
requisitos funcionais ( e mesmo o próprio desenvolvimento do software) através de especificação de
casos de utilização é actualmente considerada como uma abordagem extremamente adequada, quer
por facilitar a comunicação entre a equipa de projecto e os clientes/utilizadores quer ainda por
promover a comunicação, gestão e condução no desenvolvimento do próprio projecto.
Porém, há alguns aspectos importantes na especificação de requisitos, que têm a ver com a sua
apresentação, organização e nível de detalhe.
Quanto à sua apresentação e organização, há autores que advogam que os requisitos devem ser
apresentados visualmente através de diagramas de casos de utilização e seguidamente cada caso em
particular deverá ser especificado em detalhe através de uma descrição textual. O autor deste
trabalho por ter discernido que esta abordagem é mais clara e fácil optou por usá-la como se pode
observar mais adiante no texto.
Actores do Sistema
O comportamento do sistema em estudo foi capturado através de análise de casos de uso do sistema.
Em primeiro lugar, é importante identificar os actores do sistema, que representam as entidades que
interagem com o sistema. Os actores do sistema identificados são:
Neste ponto, apresentamos o diagrama completo de casos de uso, que espelha o problema em estudo
num todo. Esse diagrama é mostrado na figura 10 que se segue.
Abaixo encontram-se descritos alguns dos use cases acima descritos. O autor deste trabalho citou
apenas os use cases julgados mais importantes.
Variações:
Pós-condição A consulta de Historial de viaturas por órgão foi realizada com
sucesso.
Variações:
Pós-condição A reposição foi submetida e será processada.
Entidades
Para a representação de uma entidade no modelo apresentado neste trabalho, o autor do mesmo
usou as seguintes convenções:
Nome no singular;
Nome em letras maiúsculas;
Atributos
Para representar um atributo no modelo apresentado neste trabalho, o autor do mesmo usou as
seguintes convenções:
Nome no singular e letras minúsculas;
Asterisco para representar campos obrigatórios;
Relacionamento
Para representar um atributo no modelo apresentado neste trabalho, o autor do mesmo usou as
seguintes convenções:
Símbolo Descrição
Linha picotada ( --- ) Elemento opcional que indica “talvez”
Linha sólida ( __ ) Elemento obrigatório que indica “deve” e/ou o grau de
multiplicidade “somente um”
FUNCIONÁRIO
CADASTRO ÓRGÃO #*id_emp
#*id_cadastro QUOTA *nome_emp
#*id_orgão
*tipo_combustivel #*id_quota *nome_depto
*nome_orgão
*nome_cliente *descrição *titulo_emp
*e-mail
*data_criação *qty_gasolina *e_mail
*telemovel
*data_alteração *qty_gasóleo *id_depto
*localização
*total *fax (#)*cod_categoria
*celular *sexo
(#)id_quota *raça
*telefone
VIATURA *telemóvel
#*matricula *naturalidade
*nºdoquadro *estado_civil
*nºmotor CATEGORIA
*data_nascimento
*cilindrada #*cod_categoria
ABAST/VIAT *marca *nome_categoria
*lotação *data_atribuição
#*id_abastecimento
#*matricula *modelo REQUISIÇÃO
USER_FUNC
*ano_fabrico
*país_origem #*id_requisição #*id_emp
*medida_pneus *data #*cod_func
*id_proprietario (#)*id_orgão *data_atribuição
(#)id_orgão *qty *user_atribuição
(#)iid_cadastro *designação *estado
*observação
AGENTE
#*id_emp
*nome_emp
*nome_depto FORNECEDOR
ABASTECIMENTO *e_mail #*nuit FUNCIONALIDADE
*id_depto *nome_empresa COMBUSTÍVEL
#*id_abastecimento (#)*nuit #*id_combst #*cod_func
*descrição *designação
*data *raca *nome_combst
*e-mail *user_criação
*qty *sexo *qty
*contacto *user_alteração
*designação Naturalidade *preço
*localizacao *data_criação
*observação Data_nascimento *descrição
*cidade *data_alteração
(#)id_combst *morada (#)*nuit
*fax *estado
Figura 11: Diagrama de Entidades e Relacionamentos a partir das especificações de negócio (Fase de Análise)
Pela análise verifica-se que temos catorze (14) classes e que estas se relacionam segundo o diagrama
de classes apresentado na figura 12. Este mostra a visão lógica e aestrutura estática do sistema. Mas
antes de prosseguir, apresentamos as classes com os seus respectivos atributos e serviços. De referir
que as classes auxiliares ou secundárais são aqui apresentadas.
List_user_func
AGENTE FORNECEDOR
#*id_emp 1..*
#*nuit
*nome_emp *nome_empresa
*nome_depto *descrição
1 1..* *e_mail 1
*e-mail COMBUSTÍVEL
ABASTECIMENTO *id_depto FUNCIONALIDADE
*contacto
(#)*nuit *localizacao #*cod_func
#*id_abastecimento *raca 1..* 1 1 1..* #*id_combst
*cidade *designação
*data *sexo *nome_combst *user_criação
*qty *fax
Naturalidade *qty *user_alteração
*designação Data_nascimento *preço
listar_forn() *data_criação
*observação *morada *descrição
consultar_forn() *data_alteração
(#)id_combst (#)*nuit
novo_forn() *estado
Fornecer_encom() actualizar_forn()
listar_abast() Receber_pedidos() listar_combst() listar_func()
consultar_abast() anular_forn()
novo_agente() consultar_qty() consultar_func()
novo_abast() Anular_agente() novo_combst() nova_func()
actualizar_abast() imprimir_agente() actualizar_qty() actualizar_func()
Anular_abast() Solicitar_combst() Anular_func()
Obter_id_abast() 1..* 1
Este diagrama ilustra uma sequência de actividades (eventos) da mesma classe ou entre classes. O
diagrama de actividades também pode modelar um cenário. As figuras 13 e 14 mostram os
diagramas de actividades referentes às seguintes actividades: actividades cadastra clientes e
requisitar abastecimento.
Atender Cliente
[Dados Crediveis]
Efectuar Cadastro
Cliente Bombeiro
Atender Cliente
Receber Documentos
Verificar Dados
Cliente Cadastrado?
Não Sim
Quota em dia?
Sim [Else]
Vai abastecer?
Aceita quantidade disponível
[Else]
irão interagir para realizar as funções do sistema, é importante recordar que, ainda nesta fase
nenhum tipo de técnica de implementação deve ser considerada.
Top Package::Cliente
:Bombeiro Sistema
Requisitos()
Submeter_Documentos()
Conferir_Documentos()
Tempo
Registar_Requisição()
Verificar_Integridade()
Revisão_Requisição()
Gerar_Código_Abastecimento()
O diagrama de colaboração realça a organização estrutural dos objectos que recebem e enviam
mensagens. Este diagrama apenas demonstra a interacção entre os objectos. Neste caso, ilustram-se
dois (2) processos envolvendo o cadastro e o abastecimento de combustíveis de viaturas, nas figuras
17 e 18, respectivamente.
1: visualizar
Sistema da Secçaõ de
Transportes: Ecrã Menu
Top Package:::Cliente
[While preenchimento for
deficiente]: get_value()
1.1.1 Criar_cliente()
1.1. abastecer()
6 Segurança do Sistema
Nos últimos anos, os sistemas de rede têm crescido consideravelmente em tamanho, complexidade e
susceptibilidade a ataques. Ao mesmo tempo, o conhecimento, as ferramentas e as técnicas
disponíveis aos agressores têm crescido com a mesma rapidez ou até mais rápido (Symantec,2004).
Infelizmente, as técnicas de defesa não têm crescido tão rápido. As tecnologias actuais vêm
atingindo suas limitações, sendo necessárias soluções inovadoras para lidar com o nível das ameaças
actuais (ibidem).
Visto que o modelo proposto funciona num ambiente em rede, e mais de um usuário tem acesso ao
mesmo, ele não está isento de vulnerabilidades e malfeitores. Assim, torna-se necessário a
implementação de medidas de Segurança da Informação, tal como o uso de chaves de acesso ao
sistema, garantindo o acesso restrito da informação.
Ao longo da descrição que se segue, faz-se uma abordagem sobre alguns mecanismos de segurança,
ameaças a segurança, nível de segurança e políticas de segurança, com realce para o mecanismo de
segurança que foi implementado durante a realização do presente trabalho, com vista a dar suporte
ao Sistema de Gestão de Combustível na UEM e, abordam-se alguns aspectos ligados a segurança
lógica de dados.
Segurança de Informação está relacionada com a protecção existente ou necessária sobre dados que
possuem valor para alguém ou uma organização. Possui aspectos bàsicos como confidencialidade,
integridade e disponibilidade da informação que ajuda nos a entender as necessidades de sua
protecção e que não se aplica ou está restrita a sistemas computacionais, nem a informações
electrónicas ou qualquer outra forma mecânica de armazenamento. Ela se aplica a todos os aspectos
de protecção e armazenamento de informações e dados, em qualquer forma.
Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo ou dado que tenha valor para alguma
organização ou pessoa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta ao público para consulta
ou aquisição.
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não de ferramentas) para a definição do nível de
segurança existente e, com isto, serem estabelecidas as bases para análise da melhoria ou piora da
situação de segurança existente.
A segurança de uma determinada informação pode ser afectada por factores comportamentais e de
uso de quem se utiliza dela, pelo ambiente ou infra-estrutura que a cerca ou por pessoas mal
intencionadas que tem o objectivo de furtar, destruir ou modificar a informação.
Controlos lógicos: são barreiras que impedem ou limitam o acesso a informação, que está em
ambiente controlado, geralmente electrónico, e que, de outro modo, ficaria exposta a
alteração não autorizada por elemento mal intencionado.
volumes de tráfego de forma artificial, ou muitos pedidos aos servidores que causam
sobrecarga e estes últimos ficam impedidos de processar os pedidos normais.
Quem ataca a rede/sistema são agentes maliciosos, muitas vezes conhecidos como crackers, (hackers
não são agentes maliciosos, tentam ajudar a encontrar possíveis falhas). Estas pessoas são motivadas
para fazer esta ilegalidade por vários motivos. Os motivos principais são: notoriedade, auto-estima,
vingança e o dinheiro. De acordo com pesquisa elaborada pelo Computer Security Institute, mais de
70% dos ataques partem de usuários legítimos de sistemas de informação (Insiders) - o que motiva
corporações a investir largamente em controlos de segurança para seus ambientes corporativos
(intranet).
Depois de identificado o potencial de ataque, as organizações tem que decidir o nível de segurança a
estabelecer para uma rede ou sistema os recursos físicos e lógicos a necessitar de protecção. No
nível de segurança devem ser quantificados os custos associados aos ataques e os associados à
implementação de mecanismos de protecção para minimizar a probabilidade de ocorrência de um
ataque.
De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Handbook), uma política de segurança consiste num
conjunto formal de regras que devem ser seguidas pelos usuários dos recursos de uma organização.
O documento que define a política de segurança deve deixar de fora todos os aspectos técnicos de
implementação dos mecanismos de segurança, pois essa implementação pode variar ao longo do
tempo. Deve ser também um documento de leitura fácil e compreensão, além de resumido.
Existem duas filosofias por tràs de qualquer política de segurança: a proibitiva (tudo que não é
expressamente permitido é proibido) e a permissiva (tudo que não é proibido é permitido).
Recomenda-se a adopção das seguintes regras para minimizar o problema, mas a regra fundamental
é a consciencialização dos colaboradores quanto ao uso e manutenção das senhas.
Inibir a repetição
Adopta-se através de regras predefinidas que uma senha uma vez utilizada não poderá ter
mais que 60% dos caracteres repetidos, por exemplo: senha anterior “123senha” nova senha
deve ter 60% dos caracteres diferentes como “456seuze”, neste caso foram repetidos
somente os caracteres “s” “e” os demais diferentes.
Obrigar a composição com número mínimo de caracteres numéricos e alfabéticos
Define-se obrigatoriedade de 4 caracteres alfabéticos e 4 caracteres numéricos, por exemplo:
1s4e3u2s ou posicionais, os 4 primeiros caracteres devem ser numéricos e os 4 subsequentes
alfabéticos por exemplo: 1432seuz.
7 Conclusões e Recomendações
Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de mostrar a relevância da produção de sistemas de
informação que sirvam aos usuários em suas necessidades especificas, devendo ser adaptáveis ao
funcionamento organizacional e não o contrário para que os mesmos possam ser aceites como parte
integrante da organização. Isto só se consegue com a produção de sistemas cujo processo de
levantamento de requisitos inclua o usuário.
De modo paralelo, o mesmo trabalho serviu para conceber e apresentar um modelo de sistema de
informação na forma de um protótipo funcional que vai ao encontro dos procedimentos de
abastecimento de combustível na UEM. Sendo que para esta parte do trabalho, tudo aparece na
forma de propostas, e deste modo, o autor do mesmo mostra-se aberto a dar continuidade com o
desenvolvimento do sistema, por forma a corrigir certos erros que provavelmente o modelo tenha, e
incorporar nele os aspectos que estiverem omissos, pormenores estes que só se poderão notar no
decorrer da implementação do mesmo.
O sistema desenvolvido responde também a algumas ?que a secção de transportes enfrenta tais
como:
Armazenamento de informação referente ao historial de abastecimento dos automóveis de
cada um dos órgãos da UEM;
Acesso a alguns relatórios como por exemplo:
Lista de todos os órgãos com todas as informações requeridas;
Lista de viaturas que um órgão possui;
Quantidades actualizadas que um órgão possui após o abastecimento de suas viaturas;
7.1 Conclusões
Perante o cenário apresentado na introdução deste capítulo, foi possível tirar as seguintes
conclusões:
1. A automatização dos processos de registo de todos os abastecimentos, mediante a
amostra de um comprovativo proveniente dos órgãos requisitantes mostra-se eficaz
segundo o regulamento vigente sobre a matéria na UEM;
2. A tecnologia usada para a implementação do modelo, tanto no tocante a base de
dados (MS SQL Server 2000) como no tocante a linguagem de programação (MS
Visual Basic 6.0 ) adequam-se à dimensão da Secção de Transportes e ao número de
usuários da aplicação;
3. A interface desenhada na aplicação é amigável e adequada ao nível de utilizadores da
aplicação;
4. As aplicações produzidas para correr sobre uma intranet precisam de ter algum
cuidado no tocante a segurança embora não se assemelhe à aplicações feitas para
correr em ambiente Web. No modelo proposto, investigou-se a segurança a dois
níveis, nomeadamente a física e a lógica, propondo a instalação de uma sala para o
servidor;
5. Após diversos testes de funcionalidade do sistema de informação com os
funcionários da área operacional da Secção de Transportes da UEM, este estudo
conclui que a implementação do modelo, trouxe soluções automatizadas para as
transacções que dizem respeito a gestão da distribuição e abastecimento de
combustível.
7.2 Recomendações
Referências Bibliográficas
Cabral, P.(2001):”Sistemas Espaciais de Apoio à Decisão o Sistema de Apoio ao
Licenciamento da Direcção Regional do Ambiente do Alentejo”, tese de Mestrado,
Universidade Técnica de Lisboa.
Camarão, P.C.B. (1994). Glossário de Informática, Segunda edição revista e
ampliada, Rio de Janeiro, LTC Livros Técnicos e Cientificos.
Carneiro, C. (2002). Introdução à Segurança de Sistemas de Informação, Lisboa,
FCA Editora de Informática.
Damas, L.(2005).SQL, Lisboa, Sexta Edição actualizada e aumentada, FCA Editora
de Informática.
Eriksson, H. e M. Penker (2000). Business Modeling with UML, New York, Wiley
Computer Publishing.
Larman, C. (2002). Applying UML And Patterns An Introduction To Object-
Oriented Analysis And Design And The Unified Process, Second Edition. New York,
Prentice Hall PTR.
Laudon, C. E Laudon, J. (2000). Management Information Systems, 6th edition,
Prentice Hall, New Jersey.
Macome, E (1995). Introdução a Metodologia de Investigação, Maputo, Universidade
Eduardo Mondlane.
Marques, J.A. e Guedes, P.(1999). Tecnologia de Sistemas Distribuídos, Lisboa,
Segunda Edição, FCA Editora de Informática.
Miguel, A. (2003). Gestão de Projectos de Software, Lisboa, FCA Editora de
Informática.
Nolan, R.L. (1977). Management Accounting and Control of Data Processing,
National Associations of Accountants.
Nunes, M. e O´Neill (2001). Fundamental de UML. Lisboa, FCA Editora de
Informática.
Pereira, J.L. (1998). Tecnologia de Base de Dados, Lisboa, Segunda Edição
actualizada e aumentada, FCA Editora de Informática.
Anexos
Guião de Entrevistas
Para tal, estão alistadas abaixo as questões colocadas ao longo das entrevistas:
7. Qual é a quantidade máxima que uma viatura pode abastecer ou cada órgão requisitar?
10. Em que medida acha que a introdução de um sistema de informação automatizado vai ajudar
na tramitação dos processos diários?
12. O que acha que deveria ser feito de modo que o tempo de vida do sistema fosse o mais longo
possível?
Manual do Utilizador
(a) Introdução
O sistema de gestão de combustíveis da UEM foi concebido para facilitar os diversos processos
decisórios que se referem à actividade de abastecimento das viaturas desta instituição, bem como o
seu cadastro no sistema e a geração de relatórios afins. Estão previstos como utilizadores deste
sistema, os gestores da DAP, o bombeiro e a secretaria da DAP.
Com a ajuda do sistema produzido, os gestores da DAP e o bombeiro, que são utilizadores com
maior número de opções de funcionamento (permissões) no sistema, poderão, introduzir informação
referente aos órgãos e viaturas (cadastrar, actualizar e remover), actividades relativas aos
abastecimentos, visualizar relatórios contendo as estatísticas referentes aos cadastros,
abastecimentos das viaturas e diversas outras opções. Outros utilizadores mas, com menos
permissões do sistema podem introduzir e actualizar as actividades realizadas pelos bombeiros, é o
caso dos gestores deste departamento que poderão visualizar relatórios contendo informações sobre
as viaturas e órgãos.
O sistema é composto por cinco módulos, no primeiro introduz-se, altera-se e remove-se os dados
dos órgãos e viaturas, o segundo onde introduz-se e actualiza-se as actividades relativas aos
abastecimentos das viaturas e órgãos, o terceiro onde se realizam consultas, o quarto onde são
gerados e visualizados relatórios referentes a viaturas - actividades realizadas. O último módulo traz
informações adicionais, relativas ao sistema.
Os cinco módulos foram implementados com sucesso, porém, poderão ser acrescidas algumas
funcionalidades em cada um deles, cuja necessidade poderá advir do processo de implementação do
sistema.
Este manual possui informação útil para todos os utilizadores do sistema, de modo a facilitar o
processo ensino-aprendizagem do funcionamento do sistema.
O sistema de gestão de combustíveis da UEM foi concebido para ser usado pelos seguintes
utilizadores:
Administrador do sistema;
Gestores da DAP;
Bombeiro; e
Secretaria.
Para que os usuários acedam ao menu inicial do sistema devem clicar sobre o ícone no desktop com
a inscrição “Sistema de Gestão de Abastecimento da UEM”, ou fazer o mesmo através do menu
Start do Windows. A figura abaixo ilustra o objecto startup do sistema que inicializa o sistema.
Para aceder às diversas funcionalidades do sistema, só um usuário autenticado pode fazê-lo, para tal
deverá digitar seus dados de acesso, “Usuário” e “Senha”, como ilustra a figura 21. Após digitar os
seus dados de autenticação, ele deverá clicar num dos três botões apresentados: “Administrador”,
“Usuário” e “Sair”, caso desistam de aceder ao sistema.
Por esta razão, descrevem-se as suas opções considerando que elas descrevem implicitamente as
opções de outros usuários. No entanto, há funcionalidades que o administrador pode aceder e
qualquer outro utilizador não. Por exemplo, depois de digitar o seu “Nome” e a respectiva “Senha”,
ele pode clicar sobre o botão “Administrador” lhe dá acesso privilegiado à área de administração do
sistema, conforme ilustram as figuras abaixo.
Estes menus mostram claramente que administrador é responsável pela gestão dos usuários do
sistema, onde ele poderá incluir, excluir, actualizar ou editar os seus dados.
No fim da janela de administração do sistema, o administrador tem duas opções: “Principal ” que lhe
dá acessos às funcionalidades globais do sistema, que todos os usuários podem executar, ou “Sair”
que fazem com que termine a sua sessão.
Depois de validados os dados de entrada do sistema, tanto pelo administrador como pelos restantes
usuários, aparecerá no ecrã o menu principal do sistema, que a seguir se apresenta.
1. Cadastros;
2. Operações;
3. Consultas;
4. Relatórios; e
5. Sobre o sistema.
A informação que se pode obter a partir de um destes módulos é descrita na secção seguinte.
A seguir estão descritas as actividades referentes ao admnistrador por este ser o actor com o maior
número de permissões no sistema:
Módulo 1 – Cadastros
Este módulo é responsável pelos cadastros, e para tal existem as seguintes opções (vide a figura 26):
1. Marca da viatura;
2. Viaturas;
3. Ano de fabrico;
4. Medida de pneus;
5. País fabricante;
6. Órgão; e
7. Quotas.
Neste formulário podem ser introduzidos dados que não estejam registradas no sistema sobre as
marcas das viaturas.
Existem neste módulo três opções importantes para o funcionamento da aplicação, as opções 1,6 e 7
respectivamente. No inicio há necessidade de registar os dados sobre os clientes (órgãos) e para tal
escolhe-se a opção órgãos. Mesmo que não surjam órgãos novos poderá surgir a necessidade de
actualizar os dados sobre os mesmos, daí a preponderância desta opção. Para tal basta clicar em
“Órgão” e aparecerá um formulário que depois de ser preenchido apresenta-se como ilustra a figura
28.
Pode também surgir a necessidade de registar dados sobre as viaturas que forem sendo adquiridas
pela Universidade. Para que tais viaturas possam se beneficiar de algum abastecimento, precisam ser
cadastradas e, para tal, existe um formulário para entrada de dados sobre as viaturas que após o seu
preenchimento apresenta-se como ilutra a figura abaixo.
Pelo facto de as quantidades de combustível serem exíguas, surge também a necessidade de definir
quotas mensais para cada um dos órgãos e, para tal existe também um formulário para registo e
actualização das quotas dos órgãos. Após o preenchimento dos respectivos campos, o formulário se
assemelhará ao ilustrado na figura 30.
De salientar que todos os formulários desta aplicação têm as opções “gravar”, “limpar”, “excluir” e
“sair” que podem ser usados conforme a necessidade.
Módulo 2 – Operações
Sempre que uma operação for realizada com sucesso, o sistema mostrará a mensagem da figura 33.
Módulo 3 – Consultas
O terceiro módulo é dedicado à realização das mais diversas consultas (vide a figura 34) e, tem as
opções abaixo descritas:
1. Consultar viaturas;
2. Consultar viaturas abastecidas por órgão;
3. Consultar viaturas abastecidas por matrícula;
4. Consultar viaturas abastecidas numa data;
5. Consultar órgãos;
6. Consultar órgãos abastecidos;
7. Consultar órgãos abastecidos numa data;
8. Consultar quotas.
Neste módulo será ilustrada a realização de três tipos de consultas diferentes, tomando-se o outras de
modo análogo.
As outras consultas não são tão simples como as acima descritas, pois, precisa-se antes de realizá-las
introduzir ou escolher um parâmento de entrada. Se se desejar obter dados sobre as viaturas
abastecidas pertencentes a um “órgão A”, deve-se escolher na combobox31 o respectivo órgão. Se o
caso for o abastecimento a uma determinada viatura, escolhe-se a matrícula de tal viatura, e por fim,
se se tratar de viaturas abastecidas numa data, escolhe-se a respectiva data e será feita uma filtragem
de modo a obter os dados requeridos (vide a figura abaixo).
31
Combinação de uma lista ou uma caixa de lista drop-down e um textbox single-line, permitindo ao usuário a um ou
outro tipo um valor diretamente no controlo, ou escolher da lista de opções existentes.
De modo análogo se procede quando se tratar dos dados sobre os órgãos (vide a figura abaixo).
Módulo 4 – Relatórios
Nas figuras abaixo mostram-se as opções de relatórios que podem ser extraídos do sistema.
A maioria dos relatórios acima perfilados, requerem a introdução de parâmetros de selecção e, pelo
seu número não serão descritos todos os relatórios, mas sim aqueles que constituirão um guia para o
usuário extrair outros relatórios que são similares.
O usuário pode precisar extrair os relatórios sobre as quotas dos órgãos ou as viaturas abastecidas,
para tal bastar escolher a opção “quotas” ou o path32 “viaturas-abastecimentos-todos” e aparecerão
os seguintes relatórios:
32
Forma geral do nome dum directório, atribuindo a cada ficheiro o seu nome e uma localização única no sistema de
ficheiro.
O usuário também pode pesquisar todas as viaturas abastecidas num determinado período. Para tal
basta seguir o path “viaturas-abastecimento-por período”. Neste caso, aparecerá no ecrã um
formulário (vide a figura 42) para a introdução do período desejado.
Figura 42: Formulário de entrada de dados para a obtenção do relatório por período
Após a introdução de dados, bastará o usuário clicar no botão “imprimir”, caso queira ver o relatório
ou então “cancelar” ou “limpar”. Se a opção escolhida for “imprimir”, então, será imprimido o
seguinte relatório (vide em figura 43):
Figura 43: Relatório de todas as viaturas abastecidas entre os dias 17-02-2007 e 18-02-2007
De seguida efectua-se uma consulta mais interessante, para a obtenção do relatório dos
abastecimentos de viaturas dum órgão em certo período, para tal escolhe-se o path “viaturas-
abastecimentos-por órgão-num período”. De seguida o sistema mostrará um formulário para a
entrada de dados (vide a figura 44).
Figura 44: Formulário de entrada de dados para obter relatório com três parâmetros
Após clicar em “imprimir”, mostra-se um relatório (vide a figura 45) cujos parâmetros foram
introduzidos através do formulário de entradas de dados anterior. Todos relatórios acima ilustrados
podem ser imprimidos em papel conforme a opção que aparece no canto superior esquerdo de cada
um deles.
Figura 45: Relatório exibindo viaturas da Faculdade de Ciências abastecidas entre 18-02-2007 e 06-03-2007
Para terminar com os relatórios ilustra-se como obter informações sobre os abastecimentos aos
órgãos. Para tal, é preciso escolher o órgão sob o qual se deseja obter informação abrindo um
formulário (vide a figura 46) após a escolha do path “orgão-abastecimento-por órgão”.
Figura 46: Formulário de entrada de dados para obter dados dos órgãos
Refira-se que os relatórios acima ilustrados não são todos os que fazem parte do sistema, porém,
constituem um guia para todos os restantes.
Uma vez que “não existe um trabalho perfeito mas sim um trabalho óptimo”, o autor deste trabalho
achou por bem disponibilizar o código fonte por si usado na realização do presente trabalho para
uma eventual continuidade deste trabalho, seja para melhoramento dalgumas funcionalidades
existentes ou o acréscimo de outras. Este código também poderá servir para a realização de trabalhos
com as mesmas ou características diferentes. De salientar que o código a seguir apresentado refere-
se apenas às funcionalidades mais importantes do sistema, sendo as não incluídas de fácil
entendimento. A codificação foi feita em Microsoft Visual Basic 6.0.
Cadastro de viaturas
With rsTemp
i=i+1
Wend
End If
End With
saida:
Set cnncomando = Nothing
Set rsTemp = Nothing
Exit Sub
errComboOrgaos:
With Err
If .Number <> 0 Then
MsgBox "Não foi possivel ler a tabela de Orgãos.", _
vbInformation + vbOKOnly + vbSystemModal, _
"Erro ao carregar ComboBox"
.Number = 0
GoTo saida
End If
End With
End Sub
Abastecimento de viaturas
End With
rsSelecao.Open vsql, cnnSGC, adOpenDynamic, adLockBatchOptimistic, adCmdText
With rsSelecao
If .EOF And .BOF Then
existecombustivel = False
Else
'se nao, atribui a funcao o campo com o codigo da viatura
getTipoCombustivel = rsSelecao.Fields![tipocombustivel]
existecombustivel = True
End If
End With
End Function
vdata = CDate(txtdata1.Text)
vcod = Val(txtcodigo.Text)
vQty = Val(txtqty.Text)
vconfmsg = vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal
verro = False
If vcod = 0 Then
MsgBox "O campo código da viatura não foi preenchido.", vconfmsg, "Erro"
verro = True
End If
vCodOrgao = getOrgaoId(vcod)
vCodCombustivel = getTipoCombustivel(vcod)
vQtyGasoleo = getQtyGasoleo(vCodOrgao)
vQtyGasolina = getQtyGasolina(vCodOrgao)
comparacao = ComparaGasoleo(vQtyGasoleo, vQty)
comparacao1 = ComparaGasolina(vQtyGasolina, vQty)
If vCodCombustivel = 1 Then
If comparacao = True Then
Screen.MousePointer = vbHourglass
With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdTex
' executa o comando de gravação
vsql = "INSERT INTO abastecimento " & _
"(idviat, qty, " & _
"km, data1)" & _
"VALUES (" & vcod & "," & _
vQty & "," & _
txtkm.Text & ",'" & _
vdata & "');"
.CommandText = vsql
.Execute
' executa o comando de actualização
vsql1 = "UPDATE orgao SET qtygasoleo = qtygasoleo - " & vQty & _
""&_
"WHERE id_orgao = " & _
vCodOrgao & ";"
.CommandText = vsql1
.Execute
End With
MsgBox "Gravação concluida com sucesso.", _
vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal, "Gravação OK"
'chama a sub que limpa os dados do formulário
cmdlimpar_Click
txtdata1.Text = Format(Date, "short date")
Else
MsgBox "A quantidade solicitada supera a quantidade em stock.", _
vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal, "Gravação OK"
End If
Else
If comparacao1 = True Then
Screen.MousePointer = vbHourglass
With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdText
End If
End If
saida:
Screen.MousePointer = vbDefault
Set cnncomando = Nothing
Exit Sub
errGravacao:
With Err
If .Number <> 0 Then
MsgBox "Houve um erro durante a gravação dos dados no Registro.", _
vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal, "Erro"
.Number = 0
GoTo saida
End If
End With
End Sub
Abastecimento de orgaos
If vcod = 0 Then
MsgBox "O campo código não foi preenchido.", vconfmsg, "Erro"
verro = True
End If
If vCodOrgao = 0 Then
MsgBox "Não foi selecionado nenhum orgao.", vconfmsg, "Erro"
verro = True
End If
Screen.MousePointer = vbHourglass
With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdText
""&_
"WHERE id_orgao = " & _
vCodOrgao & ";"
.CommandText = vsql1
.Execute
End With
saida:
Screen.MousePointer = vbDefault
Set cnncomando = Nothing
Exit Sub
errGravacao:
With Err
If .Number <> 0 Then
MsgBox "Houve um erro durante a gravação dos dados no Registro.", _
vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal, "Erro"
.Number = 0
GoTo saida
End If
End With
End Sub
End Sub
With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdText
.CommandText = vsql
Set dataviatura.rscmdviatura.DataSource = .Execute
End With
End Sub