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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Dedicatória

À Jeová Deus, pelo dom da vida, pelo privilégio de conhecê-lo, servi-lo e pela força que me
concedeu, possibilitando a realização deste trabalho.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava i


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Agradecimentos
À minha mãe Paulina, que desde cedo incutiu em mim a necessidade de enveredar pela ciência
como forma de alcançar nossos objectivos e de vencer os obstáculos que a vida nos coloca.

Aos meus queridos tios Lobo e Gina, por terem me acolhido, incentivado e apoiado
incondicionalmente durante a minha formação.

Ao meu supervisor Prof. Dr. Emílio Mosse pela dedicação, orientação, compreensão, críticas e
ensinamentos metodológicos por ele transmitidos ao longo do curso e do trabalho.

Aos meus prezados tios: Boaventura, Papagito, Marciano, Didinho e Justina, pelo
acompanhamento e pela força que sempre me deram em todas as facetas da vida, especialmente a
académica. À tia Anina, pelo exemplo, inspiração, apoio conferido e pela orientação metodológica
na correcção do texto final. Aos meus primos e amigos: Ito, Ivódia, Benildo, Helga, Mimi, Mami,
Bango, Nanucha, Kety, Tó, Eunice e Elísio pelo apoio incondicional e convivio durante a minha
formação.

Agradeço ainda aos meus colegas e amigos Baxir, Nélio, Nélia e Cecília por terem trilhado junto
comigo os caminhos sinuosos da busca pelo saber, que a simplicidade e o dinamismo em suas
carreiras profissionais lhes encaminhem ao sucesso.

Aos prestimosos colegas Caló e Jorge Paulino pelas críticas e dicas de programação em ambiente
Visual Basic, à Zizi, Márcia, Nilza, Higino, Euclides e Crispo, pelo companheirismo e suporte.
Extensivamente agradeço aos prestativos colegas, docentes e funcionários do DMI, Sr. Augusto e
Dona Zulmira pelo seu contributo para a minha formação. À dra. Nádia Barros, um obrigado muito
especial pela correcção linguistica do texto final.

Aos funcionários da Direcção de Administração e Património da UEM, por terem me facultado os


dados que possibilitaram a realização deste trabalho. À todos aqueles que directa ou
indirectamente contribuiram para a minha formação, muito obrigado.

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Declaração de honra

“Declaro por minha honra, que este trabalho é resultado da minha investigação e foi realizado
somente para ser submetido como Trabalho de Licenciatura em Informática na Universidade
Eduardo Mondlane.”

_________________________
(Alexandre Salvador Machava)

Maputo, Abril de 2007

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava iii


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Epígrafe

"Quem quer fazer alguma coisa encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma
desculpa."
Aforisma árabe.

"Não se mede a eficiência de um administrador, se problemas existem, mas avaliando se esses


problemas ainda são os mesmos."
John Foster Dulles (1888-1959), Secretário de Estado Norte-Americano.

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Resumo
A automatização de processos rotineiros constitui um meio de redução de custos, em termos de
libertação de recursos humanos para a realização de tarefas mais estratégicas e de garantia de
obtenção de melhores resultados. Por outro lado, os gestores das organizações precisam de um
instrumento de auxílio ao processo de tomada de decisão, especialmente nas tarefas que tem a ver
com a logística organizacional. Neste contexto, o trabalho começa com uma abordagem breve,
porém profunda, sobre a importância dos sistemas de informação no apoio a decisão e na logística.

Actualmente, a informação referente ao abastecimento de combustíveis às viaturas da Universidade


Eduardo Mondlane (UEM), encontra-se armazenada em inúmeros arquivos e em diversos armários,
o que torna morosa e difícil a sua localização.

Com o intuito de melhorar os processos de trabalho, surge a necessidade de automatizar as


transacções referentes ao cadastro de viaturas e órgãos da UEM bem como aos abastecimentos das
viaturas da UEM, optando-se por desenvolver uma aplicação com interface virada para uma intranet,
que possa disponibilizar informação referente aos abastecimentos na Secção de Transportes (ST), ou
seja, um sistema que manipule a gestão dos abastecimentos das viaturas deste órgão.

Para o efeito, usou-se como linguagem de análise e desenho do modelo – UML e, na fase de
desenvolvimento, a linguagem de programação MS Visual Basic na conexão com a base de dados
produzida em MS SQL Server 2000, com vista a tornar a aplicação mais estável e robusta, de modo
responder às necessidades actuais.

A implementação da tecnologia supracitada, no sistema de gestão de distribuição e abastecimento de


combustível teve como objectivo principal a automatização de alguns processos de trabalho de
forma a ter uma melhor prestação dos seus serviços.

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Com todos os dados dos órgãos da UEM, viaturas, combustíveis e abastecimentos residindo numa
base de dados, consultas e análises posteriores destes tornam-se potencialmente fáceis, criando
viabilidade, sob o ponto de vista do negócio e outros serviços.

Mesmo que o sistema proposto não use uma interface Web1, aborda-se ao longo da descrição do
trabalho mecanismos de segurança que prevêem os diversos ataques físicos e lógicos que possam
ocorrer durante o funcionamento dum sistema desenvolvido para funcionar em ambiente intranet.

1
É uma rede de computadores na Internet que fornece informação em forma de hipermídia, como vídeos, sons,
hipertextos e figuras.

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Glossário
SQL – structred query language (linguagem de consulta estruturada). Linguagem padrão para
consulta a base de dados e que é dividida em três componentes principais: a linguagem de
manipulação de dados (DML), a linguagem de controlo de dados (DCL) e a linguagem de definição
de dados (DDL).

Log – arquivo de eventos. Um arquivo contendo todos os dados relativos a uma rodada na máquina
(corrida de um programa na máquina). O log possui a identificação da rodada, arquivo de alterações
por meio de classes, identificação de fitas de entrada e de saída, identificação das paradas e decisões
tomadas na ocorrência das mesmas.

Multithreading (multilinha ou multiposicionamento) – forma de código que utiliza mais de um


processo ou processador, possivelmente de diferentes tipos e que em certas ocasiões pode ter mais
de um processo ou processador activos ao mesmo tempo.

Replicação – armazenamento de dados e a estratégia de backups entre computadores em locais


distintos. A replicação sob uma rede de computadores pode ser feita inteiramente independente do
armazenamento central de dados (Wikipédia, Março de 2007).

Hackers – individuos proeficientes no uso do computador, que aplicam tácticas, mais do que
estratégias, programação de computadores, administração ou segurança bem como a sua cultura para
atingir o seu objectico (Wikipédia, Março de 2007).

Locks – objectos de contabilidade que associados a pedaços de dados serializam o acesso


concorrente simultâneo.

Triggers – alguns procedimentos que se guardam na base de dados e que são executados ou
“disparados” sempre que a base de dados for modificada.

Intranet – rede de computador com acesso de usuários restrito a uma autorização por parte de um
gestor da Intranet.

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Índice

Dedicatória................................................................................................................................................... i
Agradecimentos .......................................................................................................................................... ii
Declaração de honra ..................................................................................................................................iii
Epígrafe ...................................................................................................................................................... iv
Resumo ....................................................................................................................................................... v
Glossário ..................................................................................................................................................... 1
Índice de Figuras e Tabelas ....................................................................................................................... 4
1 Introdução........................................................................................................................................... 6
1.1 Enquadramento .......................................................................................................................... 6
1.2 Definição do Problema .............................................................................................................. 8
1.3 Objectivos ................................................................................................................................ 10
1.3.1 Geral ................................................................................................................................. 10
1.3.2 Específicos ....................................................................................................................... 10
1.4 Metodologia ............................................................................................................................. 11
1.5 Estrutura do Trabalho .............................................................................................................. 14
2 Sistemas de Informação e Sistemas de Apoio à Decisão .............................................................. 15
2.3 Um Breve Historial.................................................................................................................. 15
2.4 Sistemas de Apoio à Decisão .................................................................................................. 16
2.4.1 O Processo da Tomada de Decisão ................................................................................ 17
2.4.2 Conceito de Sistemas de Apoio à Decisão .................................................................... 18
2.4.3 Características.................................................................................................................. 23
2.4.4 Motivação para Uso ........................................................................................................ 24
2.5 Sistemas de Informação para Apoio à Decisão no Exercício da Gestão ............................. 25
3 Logística nas Organizações ............................................................................................................. 30
3.1 Importância da Logística......................................................................................................... 31
3.2 Logística de Abastecimento e Distribuição ........................................................................... 33
3.2.1 Administração de Materiais ............................................................................................ 34
3.2.2 Nível de Serviço .............................................................................................................. 35
3.2.3 Administração de Stock .................................................................................................. 36
3.2.4 Entrada e Processamento de Pedidos ............................................................................. 39
3.3 Sistemas de Informação na Logística ..................................................................................... 39
3.4 O Futuro da Logística.............................................................................................................. 41
4 Descrição do Sistema Actual e do Sistema Proposto .................................................................... 43
4.1 Descrição do Sistema Actual .................................................................................................. 43
4.2 Descrição do Sistema Proposto ............................................................................................. 45
5 Modelação do Sistema ..................................................................................................................... 50
5.1 Modelação Visual do Sistema................................................................................................. 51
5.1.1 Diagramas de Use Cases................................................................................................. 53
5.1.2 Modelo Entidade-Relacionamento ................................................................................. 62
5.1.3 Diagrama de Classes ....................................................................................................... 64
5.1.4 Diagrama de Actividades................................................................................................ 65
5.1.5 Diagramas de Interacção................................................................................................. 66
5.1.6 Diagramas de Estados ..................................................................................................... 71
6 Segurança do Sistema ...................................................................................................................... 73

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6.1 Segurança da Informação ........................................................................................................ 73


6.2 Conceitos de Segurança .......................................................................................................... 74
6.3 Mecanismos de Segurança ...................................................................................................... 75
6.4 Ameaças à Segurança .............................................................................................................. 76
6.5 Nível de Segurança .................................................................................................................. 77
6.6 Políticas de Segurança............................................................................................................. 77
6.7 Políticas de Senhas .................................................................................................................. 78
7 Conclusões e Recomendações......................................................................................................... 80
7.1 Conclusões ............................................................................................................................... 81
7.2 Recomendações ....................................................................................................................... 82
Referências Bibliográficas ....................................................................................................................... 83
Anexos ...................................................................................................................................................... 86
Guião de Entrevistas ............................................................................................................................ 86
Manual do Utilizador ........................................................................................................................... 88
(a) Introdução ............................................................................................................................ 88
(b) Estrutura do Sistema ........................................................................................................... 89
(c) Funcionalidades do Sistema ............................................................................................... 94
Código Usado na Implementação de alguns Métodos ..................................................................... 113

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Índice de Figuras e Tabelas


Figura 1: Fases do Processo de Tomada de Decisão segundo Simon (adaptado de Malczewski, 1997)
................................................................................................................................................................... 17
Figura 2: Estrutura do grau de problemas de decisão segundo Simon (adaptado de Malczewski,
1997) ......................................................................................................................................................... 20
Figura 3: Componentes de um SAD (adaptado de Serrano et al., 2004).............................................. 22
Figura 4: Arquitectura da informação (adaptado de Balloni, 2003) ..................................................... 28
Figura 5: Papel da logística nas organizações (adaptado de Peixoto, 2004) ....................................... 30
Figura 6: Funções do sistema de informações logísticas ....................................................................... 40
Figura 7: Modelo Actual do Sistema de Abastecimento de Combustível ............................................ 44
Figura 8: Modelo Proposto para o Sistema de Abastecimento de Combustível .................................. 49
Figura 9: Actores do Sistema .................................................................................................................. 52
Figura 10: Diagrama de Casos de Uso.................................................................................................... 54
Figura 11: Diagrama de Entidades e Relacionamentos a partir das especificações de negócio (Fase
de Análise) ................................................................................................................................................ 63
Figura 12: Diagrama de Classes (Modelo Conceptual) ......................................................................... 64
Figura 13: Diagrama de Actividades – Processo Cadastrar Clientes na Secretaria da DASG ............ 65
Figura 14: Diagrama de Actividades – Processo Requisitar Abastecimento ....................................... 66
Figura 15: Diagrama de Sequência – Processo Cadastrar Clientes na Secretaria da DASG .............. 67
Figura 16: Diagrama de Sequência – Processo Requisitar Abastecimento .......................................... 68
Figura 17: Diagrama de Colaboração – Processo Cadastrar Clientes na Secretaria da DASG........... 69
Figura 18: Diagrama de Colaboração – Processo Requisitar Abastecimento ..................................... 70
Figura 19: Diagrama de Estado – Processo Cadastrar Clientes na Secretaria da DASG .................... 71
Figura 20: Diagrama de Estado – Processo Requisitar Abastecimento ................................................ 72
Figura 21: Startup do Sistema de Gestão de Combustíveis na UEM ................................................... 90
Figura 22: Menu de autenticação de usuários ........................................................................................ 91
Figura 23: Janela de visualização dos dados dos usuários do sistema.................................................. 92
Figura 24: Janela de cadastro de usuários............................................................................................... 92
Figura 25: Menu principal do Sistema de Gestão de Combustíveis da UEM ...................................... 93
Figura 26: Menu principal do módulo de cadastros ............................................................................... 95
Figura 27: Formulário para a introdução de uma marca de viatura ...................................................... 96
Figura 28: Formulário de entrada de dados dos órgãos ......................................................................... 97
Figura 29: Formulário de entrada de dados das viaturas. ...................................................................... 98
Figura 30: Formulário de entrada de dados das viaturas dos órgãos. ................................................... 99
Figura 31: Formulário de transacção do abastecimento de uma viatura............................................. 100
Figura 32: Formulário de transacção de actualização das quantidades dum órgão ........................... 100
Figura 33: Mensagem referindo a uma operação efectuada com sucesso .......................................... 101
Figura 34: Menu de Consultas............................................................................................................... 102
Figura 35: Consulta a todas as viaturas ................................................................................................ 103
Figura 36: Consulta do historial de abastecimentos a viaturas numa data ......................................... 104
Figura 37: Consulta do historial de abastecimento a um órgão .......................................................... 104
Figura 38: Menu de relatórios 1 ............................................................................................................ 105
Figura 39: Menu de relatórios 2 ............................................................................................................ 105
Figura 40: Relatório de quotas dos órgãos .......................................................................................... 106

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Figura 41: Relatório de todas as viaturas abastecidas .......................................................................... 107


Figura 42: Formulário de entrada de dados para a obtenção do relatório por período ...................... 108
Figura 43: Relatório de todas as viaturas abastecidas entre os dias 17-02-2007 e 18-02-2007 ........ 109
Figura 44: Formulário de entrada de dados para obter relatório com três parâmetros ...................... 110
Figura 45: Relatório exibindo viaturas da Faculdade de Ciências abastecidas entre 18-02-2007 e 06-
03-2007 ................................................................................................................................................... 111
Figura 46: Formulário de entrada de dados para obter dados dos órgãos .......................................... 112
Figura 47: Relatório sobre abastecimentos efectuados a um órgão .................................................... 112

Tabela 1: Use Cases do Modelo e os Respectivos Actores ................................................................... 53


Tabela 2: Use Cases Submeter Requisição para Abastecimento .......................................................... 55
Tabela 3: Use Cases Controlo de Acesso ............................................................................................... 55
Tabela 4: Use Cases Consultar dados sobre o cliente ............................................................................ 56
Tabela 5: Use Cases Manter Informações dos Usuários....................................................................... 56
Tabela 6: Use Cases Solicitar Historial sobre Viaturas ......................................................................... 57
Tabela 7: Use Cases Alterar password .................................................................................................. 57
Tabela 8: Use Cases Atender Requisição ............................................................................................... 57
Tabela 9: Use Cases Efectuar Cadastro de Viaturas .............................................................................. 58
Tabela 10: Use Cases Fornecer Encomendas ........................................................................................ 58
Tabela 11: Use Cases Registar Encomendas .......................................................................................... 59
Tabela 12: Use Cases Gerar Relatórios ................................................................................................. 59
Tabela 13: Use Cases Inserir Usuários ................................................................................................... 60
Tabela 14: Use Cases Actualizar Quantidades ....................................................................................... 60
Tabela 15: Use Cases Activar Processo de Cadastro ............................................................................. 60
Tabela 16: Use Cases Activar Processo de Abastecimento ................................................................... 61
Tabela 17: Use Cases Activar Processo de Abastecimento.................................................................. 61
Tabela 18: Use Cases Actualizar Critérios de Cadastro ........................................................................ 61
Tabela 19: Use Cases Submeter Cadastro de Viaturas .......................................................................... 62
Tabela 20: Simbologia usada neste trabalho, relativa ao Modelo Entidade-Relacionamente............. 63

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1 Introdução
1.1 Enquadramento

“A difusão das chamadas Tecnologias de Informação nas organizações é hoje uma realidade
indiscutível. A informação é encarada, actualmente, como um dos recursos mais importantes de uma
organização, contribuindo decisivamente para a sua maior ou menor complexidade. Deveras, com o
aumento da concorrência, tornou-se vital melhorar as capacidades de decisão a todos os níveis
(Pereira, 1998:1)”.

Com o evoluir das organizações, estas passaram a lidar com um grande volume de informação,
geralmente em folhas de papel. De acordo com Loureiro (2002), a necessidade de armazenar
selectiva, rápida, eficaz e categoricamente a informação em máquinas (bandas magnéticas,
dispositivos físicos e de memória virtual) surgiu, numa primeira fase, como urgência de substituição,
no que diz respeito à inviabilidade de registarmos os nossos dados em folhas de papel. Essa
necessidade passou a ser vital para o acompanhamento do desenvolvimento tecnológico, não só a
nível de software, como também em todos os avanços constatados noutras áreas indissociáveis da
micro e da macro-informática.

Miguel (2003) argumenta que, as folhas de papel começaram a ocupar demasiado “espaço”, iam-se
degradando com o passar do tempo e apresentavam sérias deficiências a nível de partilha, de
transporte, de cópia e de consulta, já para não falarmos de custos monetários que se tornavam cada
vez mais elevados em função do aumento do volume de informação. Hoje, no entanto, um simples
CD ROM pode substituir alguns armários contendo inúmeros dossiers literalmente empilhados uns
nos outros facilitando assim a organização e acesso à informação.

Devido a esse desenvolvimento tecnológico, nota-se em algumas organizações, a tendência de se


introduzirem sistemas de informação (SI) para melhorar a qualidade de prestação de serviços,

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recorrendo ao uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC2), tornando assim os


processos mais eficientes.

Por esse motivo, as organizações3 são actualmente as principais responsáveis pelo uso crescente das
TIC que têm progressivamente suportado a substituição de procedimentos manuais de trabalhos por
procedimentos automatizados. Estes procedimentos reduzem os custos operacionais em muitas
companhias ao substituírem o papel e as rotinas manuais que os acompanham.

Entretanto, a evolução das TIC, particularmente em Moçambique, faz com que as organizações
procurem soluções baseadas em SI computarizados e que possibilitem o acesso rápido à informação.
A possibilidade de obter informação em tempo real e de acesso fácil, pode ser capacitada pelo
auxílio de um Sistema de Gestão de Bases de Dados Relacional (SGBDR), robusto, flexível e seguro
que facilite os processos de tomada de decisões de uma forma eficiente, atempada e mais ponderada.

É nesta perspectiva que a Direcção de Administração e Património (DAP) da UEM tem vindo a
envidar esforços para a implementação das TIC com vista a facilitar a tramitação dos seus processos
diários no que tange ao abastecimento de combustível, através da ST.

2
Tecnologia que descreve as novas facilidades e recursos para o processamento e distribuição de informações com base
no desenvolvimento técnico em computação e nas comunicações.
3
Companhia, corporação, firma, empresa ou instituição, ou parte destas, pública ou privada, sociedade anônima,
limitada ou com outra forma estatuária que tem funções e estrutura administrativa próprias.

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1.2 Definição do Problema

“A tomada de decisão nas organizações tem sido um processo complexo, devido à quantidade de
informação envolvida, sua complexidade e frequência com que se altera (Pereira, 1998:17)”.

Nota-se que algumas organizações, como é o caso da ST sob tutela do Departamento de


Administração dos Serviços Gerais (DASG) da DAP na UEM, caracterizam-se por possuirem um
volume considerável de informação, mas não possuem seus processos suportados pelas TIC.

Actualmente, a ST presta serviços de abastecimento de combustível às visturas dos 39 órgãos da


UEM. O abastecimento à ST é feito pela Empresa British Petrol (BP) Moçambique, que
disponibiliza uma quantidade mensal de cerca de 20.000 litros de combustível, dos quais 12.000
litros são de gasóleo e o remanescente (8.000 litros) de gasolina, o que custa à instituição mais de
500.000,00 MT. De modo que urge a necessidade da criação de um mecanismo visando a gestão da
distribuição deste “ouro negro”, tendo em conta o elevado custo de aquisição no mercado interno,
bem como a alta do barril do crude no mercado internacional.

A disponibilização dos combustíveis na UEM é feita da seguinte maneira: cada órgão da UEM
possui uma quota, representando a quantidade de combustível que esta pode receber por mês. No
entanto, todos os autocarros precisam de ser cadastrados, com a permissão do órgão a que
pertencem, junto ao DASG que tutela a ST. Cada órgão tem um limite máximo mensal de
combustível por abastecer. Para que um carro seja abastecido, o órgão a que pertence tem de
primeiro, efectuar uma requisição na qual constam a quantidade a abastecer, o tipo de combustível, a
matrícula do automóvel, o nome e o carimbo do órgão.

Perante esta conjuntura, foram identificados os seguintes problemas:

 As transacções do sistema que rege a ST são manuais exigindo bastante atenção por
parte dos funcionários responsáveis. Assim sendo, é natural que se constate alguns
constrangimentos por parte da ST devido ao atraso de algumas transacções, com maior
probabilidade de cometer erros e o tempo que se leva a processar a informação é maior do
que seria de desejar;

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 Em cada mês são efectuadas cerca de 1916 requisições para abastecimento de gasóleo
e 919 de gasolina. No entanto, os relatórios dos abastecimentos não são feitos diária, semanal
e muito poucas vezes mensalmente. Isto ocasiona a acumulação do volume de informação
disponível que poderia ser útil num dado instante;
 Os relatórios são feitos numa base anual e, por este facto, quando chega a altura de
efectuar a compilação de tais dados, este processo se torna fatigante, porque são dezenas de
milhares de requisições que precisam ser lançadas e este processo chega a levar cerca de 4
meses de trabalho árduo. Além do mais, há um risco para o trabalhador que se encontra a
lançar os dados porque uma vez que estes são guardados em caixas que no decorrer do ano
ficam cheias de poeira há uma grande probabilidade deste ser contaminado por alguma
doença causada pela exposição extrema a poeira;
 Por outro lado, há falta de segurança e protecção dos dados. Em caso de problemas, o
acesso à informação torna-se um exercício desgastante, até se corre o risco de não se obter os
dados desejados, porque, uma vez que o sistema é manual, há maior probabilidade de os
dados serem adulterados. Os dados são armazenados em caixas, tornando-se cada vez maior
o risco de os dados serem destruídos;
 Os custos de operação são elevados;
 Verifica-se também a falta de transparência e prestação de contas devido ao elevado
volume de dados acumulados e de difícil acesso. Isto resulta num controlo pouco eficiente
sobre a quantidade de combustível que cada viatura auferiu durante um determinado período
de tempo, pois, nos resumos efectuados, apenas constam as quantidades que cada órgão
recebeu.

É este conjunto de constrangimentos que motivou a elaboração do presente trabalho de


licenciatura.

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1.3 Objectivos

A seguir, são apresentados os objectivos geral e específicos do presente trabalho.

1.3.1 Geral

O objectivo geral deste trabalho é:


 Construir um sistema de apoio à gestão do abastecimento de combustível para a
administração da ST na UEM.

1.3.2 Específicos

Para o alcance do objectivo principal do presente trabalho, foram considerados os seguintes


objectivos específicos:
 Analisar o funcionamento do sistema actual;
 Identificar os dados de entrada e de saída do sistema actual;
 Identificar os problemas ou limitações do sistema de informação actual;
 Desenhar o modelo do sistema; e
 Desenhar o protótipo4 do sistema que inclua uma base de dados relacional para a
gestão do abastecimento de combustível para a administração da ST na UEM.

4
Em desenvolvimento de sistemas, é um modelo construído para avaliação do projecto do sistema, seu desempenho e
seu potencial de produção.

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1.4 Metodologia

Para o alcance dos objectivos estabelecidos na secção anterior, foi usada a metodologia que é
descrita a seguir.

Tendo em vista a análise do funcionamento do sistema actual, procedeu-se à recolha de dados na ST.
Por meio de entrevistas efectuadas ao pessoal ligado à área administrativa e operacional, bem como
a observação do circuito de abastecimento/distribuição de combustível. Com base nas entrevistas
realizadas aos funcionários, foi possível colher diferentes sensibilidades e procedimentos com
relação à gestão da informação.

De modo a identificar os dados de entrada e de saída do sistema actual foram efectuadas recolhas de
dados secundárias com base em análise bibliográfica. A fonte documentada em bibliografia
disponível, alguns documentos fornecidos pela DAP e as entrevistas realizadas aos seus funcionários
possibilitou melhor entender o processo de gestão de informação que ocorre na ST.

No âmbito deste trabalho, seu autor efectuou uma observação participativa de alguns casos que
ocorrem no circuito de abastecimento/distribuição de combustível, por forma a inteirar-se do seu
funcionamento nas áreas administrativa e operacional. Isto permitiu identificar as principais
limitações e constrangimentos do sistema em causa, pois, conforme argumenta Macome (1995), a
observação permite a obtenção de informação adicional e mais exacta sobre o comportamento das
pessoas, do que a entrevista e o questionário. Deste modo, foram observadas algumas sessões
diárias, a partir da entrada dum veículo na ST, recepção das requisições, preenchimento de fichas,
seu abastecimento e a sua saída desta unidade.

Ao longo da realização deste trabalho, o autor realizou consultas bibliográficas exaustivas em


bibliotecas e através da Internet, de modo a entender e inteirar-se sobre a relevância da gestão dos SI
e da Logística no apoio à tomada de decisão.

Para desenhar o modelo do Sistema em causa, foi usado o Processo de Modelação Unificada
(Unifying Modeling Process), sugerido pela Linguagem de Modelação Unificada (Unifying
Modeling Language- UML). Esta escolha deveu-se à abrangência e simplicidade dos conceitos

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utilizados, pois, a UML facilita o desenvolvimento de um sistema de informação. De acordo com


Larman (2002), a UML permite integrar os aspectos de natureza organizacional que constituem o
negócio e os elementos de natureza tecnológica, que irão constituir o sistema informático, ajudando
a dominar a complexidade das regras de negócio e definir os processos e fluxos informativos.

Por outro lado, pelo facto de utilizar um conjunto de símbolos padrão, a UML funciona como um
meio de comunicação entre os diversos elementos envolvidos no processo: utilizadores, gestores e
equipa de desenvolvimento.

Deste modo, estando na posse de uma linguagem de modelação como a UML e de um método que
se enquadre a sua utilização, o aumento da produtividade passa pela utilização de ferramentas
informáticas de apoio ao processo de desenvolvimento. Estas ferramentas designam-se C.A.S.E.,
que significa Computer Aided System Engineering ou Computer Aided Software Engineering e
permitem a automatização5, tanto quanto possível, das tarefas de desenvolvimento.

De acordo com Nunes e O´Neill (2001), as ferramentas C.A.S.E. permitem:


 Uniformizar os métodos e práticas de concepção e desenvolvimento de sistemas de
informação, alargando-os a todos os membros da organização;
 Controlo acrescido dos diagramas produzidos e aumento da possibilidade de
reutilização;
 Melhor gestão da informação produzida no projecto;
 Redução do ciclo de desenvolvimento a par de uma melhoria da qualidade do
processo;
 Facilidade de formação dos utilizadores nas regras da linguagem e nos métodos de
desenvolvimento utilizados; e
 Reforço da comunicação entre os diversos elementos da equipa.

Portanto, para o desenho de diagramas UML foi usada a versão Visio 2003 Enterprise Edition, por
esta ser uma ferramenta de desenho, de uso geral e utilização individual, que disponibiliza
facilidades para a criação de diagramas UML.

5
Converter um processo ou equipamento para operações automáticas.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 12


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

De modo a desenhar o protótipo, foi usada a base de dados relacional Microsoft SQL Server 2000,
as interfaces6 e a codificação na linguagem de programação Microsoft Visual Basic 6.0.

A escolha do SQL Server foi devido ao facto deste ser um sistema de gestão de base de dados
cliente/servidor de alto desempenho e com alta integração com os sistemas operativos Windows
2000 e 2003 Server. Suas características são:

 Integração com os serviços de multithreading [múltiplas linhas], agendamento, Monitor de


Desempenho, e log de eventos do Windows Windows 2000 e 2003 Server. Um usuário pode
se conectar ao SQL Server com a mesma senha usada para a rede Windows 2000 e 2003
Server;
 Replicação nativa permite disseminar informações para vários locais, reduzindo a
dependência de um servidor único, e deixando a informação necessária mais próxima de
quem realmente precisa dela;
 Arquitectura paralela, que executa as funções de base de dados simultaneamente para
diversos usuários e tira proveito de sistemas com múltiplos processadores;
 Gestão centralizado de todos os servidores através de uma arquitectura de gestão distribuída,
com uma interface visual de gestão.

Os relatórios do sistema foram extraídos com base na ferramenta DataReport do Visual Basic. O
protótipo foi desenvolvido em ambiente Windows, utilizando tecnologia de ponta em base de dados,
possibilitando o controlo total do abastecimento de seus veículos, controlo de senhas e relatórios
detalhados da média do consumo e movimento do combustível, são algumas opções oferecidas pelo
software para tomada de decisões relacionada com a gestão da ST.

Contudo, como argumentam Laudon e Laudon (2000), pelo facto de ser difícil, senão impossível,
gerir uma organização moderna sem ter algum conhecimento de sistemas de informação – o que são,
como afectam as organizações e seus empregados, e como podem tornar a empresa mais competitiva
e eficiente foi também abordada a importância da gestão dos SI e da logística nas mesmas de modo a
auxiliar o processo de tomada de decisão.

6
Hardware, software, ou ambos, que conectam sistemas, programas ou dispositivos (equipamentos).

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 13


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

1.5 Estrutura do Trabalho

Este trabalho esta dividido em sete (7) capítulos apresentando-se no primeiro, o enquadramento do
trabalho, os problemas identificados no sistema actual da Secção de Transportes responsável pela
gestão da distribuição e abastecimento de combustível bem como os objectivos e a metodologia que
se usou para atingir tais objectivos.

O capitulo seguinte faz uma abordagem descritiva dos Sistemas de Informação e dos sistemas de
apoio a decisão. O terceiro capítulo, também, faz uma abordagem descritiva da logística
organizacional. O quarto capítulo descreve o funcionamento do sistema actual e do sistema
proposto.

A modelação do sistema é tratada no quinto capítulo enquanto que os critérios de segurança


previstos são abordados no sexto capítulo. No último capítulo descrevem-se as conclusões e as
recomendações deste estudo.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 14


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

2 Sistemas de Informação e Sistemas de Apoio à Decisão


Este capítulo tem por objectivo descrever as principais características dos Sistemas de Informação
bem como dos Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) e dos problemas de decisão. Será abordado o
modo de desenvolvimento do processo de tomada de decisão7, os conceitos de SI e SAD e os
sistemas baseados em computador para auxílio da tomada de decisão. Foram abordados neste
capítulo, as características dos sistemas supracitados, uma vez que a sua importância e a interacção
entre os SI e SAD podem resultar em benefícios para as organizações que os implementam.

2.3 Um Breve Historial

As mudanças no mundo contemporâneo têm gerado transformações radicais na forma de produção e


de relação entre os indivíduos. Nas últimas décadas, a revolução provocada pela informática nos
ambientes empresariais e até mesmo domésticos tem feito com que grande parte das pessoas altere
seus hábitos. Tomando como base os períodos históricos da evolução da sociedade, marcados
inicialmente pela produção manufactureira e, posteriormente, demarcados pela produção industrial e
pós-industrial, constatamos que foram fortemente influenciados pela incorporação tecnológica nos
processos de produção e que causaram grandes mudanças na forma de vida das pessoas.

Com o avanço tecnológico, estes processos tornaram-se mais complexos. As empresas


transformaram-se em organizações cada vez mais complexas, hierarquizadas, especializadas e que
exigiam supervisão e gestão. Por conseguinte, a preocupação passou a ser com a autoridade,
responsabilidade, planeamento, controlo, coordenação e relações no trabalho (Guimarães e Évora,
2004).

As transformações apontam para um redireccionamento dos objectivos da organização, antes


voltados para o controlo da produção de bens e serviços, para outra baseada na informação, na

7
Uma técnica na qual, através da análise dos problemas existentes em um sistema e da obtenção da informação
adequada para suporte do mesmo, permite proceder á análise das decisões previstas para a eventual escolha da hipótese
considerada mais favorável.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 15


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

tecnologia e no consumo. Em consequência, a gestão praticada nas organizações volta para a


valorização da descentralização administrativa, da comunicação informal, da flexibilidade nos
processos de produção, assim como para o estímulo à iniciativa e criatividade dos indivíduos e
grupos.

Nos ambientes empresariais, a automação tem ocupado papel fundamental, utilizando-se de seus
recursos para o tratamento da informação necessária à tomada de decisão. Segundo Guimarães e
Évora (2004), a maneira como a informação é obtida, organizada, gravada, recuperada e
posteriormente utilizada permite ao gestor actuar com maior segurança, aumentando a possibilidade
de acerto na tomada de decisão.

2.4 Sistemas de Apoio à Decisão

De acordo com Serrano et al. (2004), qualquer SI que forneça informações para auxílio à decisão é
um Sistema de Apoio à Decisão (SAD). Essa afirmação é, porém, bastante questionável, pois SAD
são sistemas que não só fornecem informações para apoio à tomada de decisão, mas que contribuem
para o processo de tomada de decisão. A obtenção da informação é apenas parte do processo, como
veremos detalhadamente adiante.

Os SAD, que também são conhecidos como "Decision Support Systems" (DSS), possuem funções
específicas, não vinculadas aos sistemas existentes, que permitem buscar informações nas bases de
dados existentes e delas retirar subsídios para o processo de tomada de decisão. SAD serão
discutidos em maior detalhe a seguir.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 16


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

2.4.1 O Processo da Tomada de Decisão

Simon (1960) desenvolveu um modelo descritivo para a tomada de decisão, dividido em 3 fases
interactivas8 e iterativas9 (Figura 1):
 Reconhecimento - consiste na identificação do problema ou de uma oportunidade de
mudança;
 Desenho 10 - consiste na verificação e estruturação das decisões alternativas;
 Escolha - está relacionada com a avaliação e com a escolha da melhor alternativa.

Figura 1: Fases do Processo de Tomada de Decisão segundo Simon (adaptado de Malczewski, 1997)

Ainda Simon (1960) defende que os humanos são racionais na concepção de um certo número
de alternativas escolhendo, seguidamente, a melhor alternativa, e que têm tendência para tomar
decisões satisfatórias em detrimento de decisões óptimas. Estas três fases da decisão não têm
necessariamente de seguir um caminho linear desde o reconhecimento à escolha, passando pela
fase de desenho. A qualquer momento da tomada de decisão poderá ser necessário voltar a uma
8
Relativo a uma aplicação na qual cada entrada provoca uma resposta de um sistema ou programa, como um sistema de
consulta ou um sistema de reserva de passagens aéreas. Deve ser conversacional, possibilitando assim o diálogo entre o
usuário e o sistema.
9
Descritivo do procedimento ou processo que executa repetidamente uma série de operações até que certa condição
prevista seja satisfeita. Deve ser implementado por um “loop” numa rotina.
10
Herbert Simon, considerado um dos pais da Inteligência Artificial, utiliza o termo design com o significado de
projecto. Contudo é frequente o uso de “desenho” de sistemas de informação, com o significado de projecto de sistemas
de informação.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 17


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

fase anterior. Cada uma das três fases do processo de tomada da decisão exige um tipo de
informação diferente.

O mesmo autor introduz o conceito de heurística11 como sendo regras que os humanos utilizam
para simplificar a tarefa de tomada de decisão. As heurísticas constituem uma ajuda para a
tomada de uma decisão satisfatória, rapidamente e com eficiência e estão, frequentemente,
associadas ao uso de conhecimento empírico sobre o domínio em causa que, por se basear em
experiência, permite encurtar o caminho para a tomada de decisão.

2.4.2 Conceito de Sistemas de Apoio à Decisão

A necessidade dos SAD surgiu na década de 70, em decorrência de diversos factores, como, por
exemplo, os seguintes:

 Competição cada vez maior entre as organizações;


 Necessidade de informações rápidas para auxiliar no processo de tomada de decisão;
 Disponibilidade de tecnologias de hardware e software para armazenar e buscar rapidamente
as informações;
 Possibilidade de armazenar o conhecimento e as experiências de especialistas em bases de
conhecimentos; e
 Necessidade de a informática apoiar o processo de planeamento estratégico empresarial.

Esses factores contribuíram para que as organizações começassem a desenvolver SI que pudessem
fornecer informações para auxiliar no processo de tomada de decisão. Deste modo, podemos afirmar
que os SAD são sistemas interactivos, baseados em computadores, que têm como objectivo principal
ajudar os decisores a utilizar dados e modelos para identificar e resolver problemas, assim como
tomar decisões. Nesta perspectiva, os SAD ajudam os decisores a utilizar e manipular dados, a
aplicar listas de verificação e heurísticas, a construir e utilizar modelos Matemáticos.

11
A palavra heuristica vem da palavra Grega heuriskein e significa o acto de descobrir. É um processo de resolução de
problemas não algoritmicos (Cabral, 2001).

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 18


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Eis algumas das suas características principais:

 Incorporam dados e modelos;


 São sistemas desenhados para ajudar os gestores nos seus processos de decisão, no que se
refere a problemas semi-estruturados (ou não estruturados);
 Auxiliam, mas não substituem, avaliações de gestão;
 Têm como objectivo melhorar a eficácia das decisões e não a eficiência com que as decisões
são tomadas.

O sistema deverá ajudar o decisor a resolver problemas não estruturados, não programáveis (ou
semi-estruturados) e deverá possuir um mecanismo de interrogação interactiva que utilize uma
linguagem de utilização fácil e aprendizagem (Cabral, 2001). Entretanto, os conceitos de problemas
semi-estruturados, eficácia e apoio à decisão resumem a essência do conceito de SAD:

a) Decisão de problemas semi-estruturados

Todos os problemas de decisão recaem sobre um intervalo de variação contínua (Figura 2), entre
decisões estruturadas e decisões não estruturadas:

 As decisões estruturadas ocorrem quando a tomada de decisão pode ser estruturada


pelo decisor ou com base em teoria relevante;
 As decisões não estruturadas ocorrem quando o decisor se revela incapaz de
estruturar o problema, ou o problema não é estruturável com base em teoria
relevante.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 19


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 2: Estrutura do grau de problemas de decisão segundo Simon (adaptado de Malczewski, 1997)

As decisões estruturadas são programáveis e podem ser resolvidas por meios computacionais, ao
contrário das decisões não estruturadas, que não são programáveis e devem ser resolvidas pelo
decisor, com um recurso limitado a computadores. A parte estruturável (programável) do problema
pode ser solucionada automaticamente por um computador, enquanto que a parte não estruturável
terá de ser resolvida pelo decisor sozinho, ou em interacção com o sistema.

b) Eficácia no processo de decisão

O objectivo do sistema é de melhorar a eficácia, em detrimento de eficiência12, do processo de


tomada de decisão. A eficácia máxima é atingida quando se conseguem incorporar
conhecimentos do decisor e programas baseados em computador, no processo de tomada de
decisão. Para ser eficaz, o sistema deverá ser de fácil utilização, de modo a evitar uma separação
funcional dos papéis do analista13 e da pessoa encarregada de tomar a decisão.

12
Atributo que mede se um sistema está fazendo uso óptimo de seus recursos.
13
A pessoa qualificada para a definição e desenvolvimento de técnicas necessarias á solução de um problema,
especialmente aquelas para a sua solução em computador (analista de sistemas).

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 20


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

c) Apoio à decisão

O sistema ajuda o utilizador a explorar o problema de decisão, de um modo interactivo e


recursivo, em todas as fases do processo de tomada de decisão. Os SAD, em caso algum,
deverão substituir o decisor (ou decisores), apenas deverão fornecer elementos para apoiar e
fundamentar a sua decisão.

Devido à essência do conceito de SAD discutido nos parágrafos anteriores, podemos afirmar que,
sistemas tais como um EIS14, MIS15 e EDP16 podem ter funções que forneçam informações para
apoio à decisão. Porém, esses SI não foram construídos com o objectivo de auxiliar o processo de
tomada de decisão, pois, conforme argumentam Falsarella e Chaves (2006), quando se fala em
auxiliar o processo de tomada de decisão, isso não significa somente fornecer informações para
apoio à decisão, mas também, analisar alternativas, propor soluções, pesquisar o histórico das
decisões tomadas, simular situações, etc. Deste modo, pode-se afirmar que o processo de tomada de
decisão se desenrola, através da interacção constante do usuário com um ambiente de apoio à
decisão especialmente criado para dar subsídio às decisões a serem tomadas.

Um SAD é composto por um conjunto de subsistemas, que têm por objectivo garantir a sua
aplicabilidade, desenvolvimento e funcionalidade. Assim, qualquer SAD deve ser composto por um
subsistema de gestão de base de dados (SGBD), por um sistema de gestão de base de modelos
(SGBDM) e pelo interface com o utilizador (GUI17).

14
Executive Information Systems
15
Management Information Systems
16
Electronic Data Processing
17
Interface gráfica do usuário (abreviadamente, a sigla GUI, do inglês Graphical User Interface) é um mecanismo de
interação homem-computador com um mouse ou teclado o usuário é capaz de selecionar esses símbolos e manipulá-los
de forma a obter algum resultado prático

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 21


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Base de Modelos
Base de Modelos

Data

SGBD SGBD

Interface (SGIU)

Figura 3: Componentes de um SAD (adaptado de Serrano et al., 2004)

A todo esse ambiente, que fornece subsídios para que o usuário tome decisões, é que da-se neste
capítulo o nome de SAD.

Os SAD devem ser adaptáveis, flexíveis e fáceis de usar, através de interface user friendly,
tornando-os interactivos e atraentes para o utilizador. Este tipo de sistemas deve poder ser utilizado
por um utilizador individual ou por um conjunto de decisores, chamando-se neste caso Group
Decision Support Systems (GDSS).

No que toca a facilidade, um SAD deve garantir o acesso aos dados ou a informação existentes nas
bases de dados, devendo também analisá-los, por forma a construir cenários alternativos, avaliá-los,
e recomendá-los por forma a fornecer o maior suporte à tomada da “melhor” decisão.

O Sistema de Gestão de Base de Dados agrega um conjunto de dados provenientes de fontes


diversas e deve garantir a integridade e a coerência desses mesmos dados. De acordo com Serrano et
al. (2004), os modelos de gestão de bases de dados mais indicados para um SAD são os modelos

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 22


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

relacionais18 e orientados a objecto (OO19), uma vez que estes podem garantir uma maior
adaptabilidade, expansibilidade20 e funcionalidade.

Um Sistema de Gestão de Base de Dados deve proporcionar a fácil introdução de dados, a sua
actualização, manutenção e segurança. Os SAD têm também como componente um sistema de
gestão de base de modelos, que garante a manutenção de um conjunto de modelos de decisão, que
normalmente se baseiam em IO (Investigação Operacional), ou outros, que exigem um grande
esforço de desenvolvimento.

Para que este subsistema funcione em perfeita forma, estes modelos devem ser validados interna e
externamente e devem manter-se actualizados. A interface com o utilizador deve exigir cuidados
especiais com a apresentação e a disposição dos dados, de forma a garantir uma comunicação clara e
eficiente, uma vez que é através desta componente que se estabelece toda a comunicação entre o
utilizador e os restantes subsistemas. Desta forma, deverá ser usada uma linguagem simples e
natural e de fácil percepção e que deve variar de acordo com a familiaridade dos utilizadores finais
com a informática.

Identificadas as componentes de um SAD, é importante definir as suas características, uma vez que
o SAD deverá suportar todas as fases do processo de tomada de decisão e uma grande variedade de
estilos e de decisores.

2.4.3 Características

Segundo Serrano et al., as principais características dos SAD são:

 Possibilidade de desenvolvimento rápido, com a participação activa do usuário em


todo o processo;

18
O modelo relacional está baseado na organização dos dados em relações (tabelas) e está fundamentado em três
principios, independência dos dados, comunicabilidade e linguagem de alto nível, respectivamente.
19
Na “nova” filosofia e trabalho com objectos, podemos dizer que é um termo aplicado a qualquer sistema ou linguagem
que suporte o uso de objectos.
20
Retornar á forma original, dados que foram anteriormente comprimidos.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 23


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

 Facilidade para incorporar novas ferramentas de apoio à decisão, novos aplicativos e


novas informações;
 Flexibilidade na busca e manipulação das informações;
 Individualização e orientação para a pessoa que toma as decisões, com flexibilidade
de adaptação ao estilo pessoal de tomada de decisão do usuário;
 Real pertinência ao processo de tomada de decisão, ajudando o usuário a decidir
através de subsídios relevantes;
 Usabilidade, ou seja, facilidade para que o usuário o entenda, use e modifique de
forma interactiva.

As características acima tornam os SAD indispensáveis para as organizações e motivaram a


sua implementação na UEM, particularmente na ST, conforme apresentado na secção
seguinte a seguir.

2.4.4 Motivação para Uso

Quando uma organização não possui SI que auxiliem o processo de tomada de decisão, as decisões
são baseadas em dados históricos e em experiências individuais. O caso em estudo tem algumas
semelhanças com o exposto acima. Quando existe um SAD apoiando esse processo, as informações
fornecidas por ele são incorporadas aos dados históricos e experiências individuais, possibilitando
melhores condições para a tomada de decisão, esta é a grande motivação ao facto deste órgão
adoptar um SAD como meio de facilitar os processos decorrentes das actividades que esta realiza.

Em qualquer das situações citadas, a saída ou a mudança do usuário poderá causar grande impacto
na organização. Isto acontecerá devido à perda da história de como as decisões foram tomadas.

Partindo do princípio de que um SAD auxilia o processo de tomada de decisão, é importante que
seus conceitos retratem a cultura da organização e façam parte integrante dela, não servindo apenas
para atender às necessidades específicas de um usuário. Este é o motivo principal para que as
empresas implantem SI que auxiliam o processo de tomada de decisão.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 24


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Como mencionaram Falsarella e Chaves (2006), o sucesso de um SAD, a sua continuidade, e,


principalmente, a motivação para que as pessoas responsáveis pela tomada de decisão o utilizem
dependem dos seguintes factores:

 O modelo construído deve atender às necessidades gerais da organização e não


somente às necessidades específicas de um usuário;
 Eventuais mudanças no sistema devem ser feitas rapidamente pelo analista de
sistemas para atender a novas necessidades de informação para apoio à decisão;
 Informações sobre as decisões tomadas devem ser armazenadas e estar disponíveis
para que outras pessoas as utilizem em novos processos de tomada de decisão;
 A interface com o usuário deve ser a mais amigável possível;
 A obtenção das informações, internas e externas à organização, deve ser imediata;
 Os benefícios da utilização de SAD devem ser disseminados na organização através
de cursos, palestras, etc.

2.5 Sistemas de Informação para Apoio à Decisão no Exercício da Gestão

No processo de trabalho, a tomada de decisão é considerada a função que caracteriza o desempenho


dos gestores. Conforme argumentam Guimarães e Évora (2004) , independentemente do aspecto da
decisão, esta atitude deve ser fruto de um processo sistematizado, que envolve o estudo do problema
a partir de um levantamento de dados, produção de informação, estabelecimento de propostas de
soluções, escolha da decisão, viabilização e implementação da decisão e análise dos resultados
obtidos.
No contexto organizacional, considera-se que a tomada de decisão formal é estruturada por regras e
procedimentos que especificam papéis, métodos e normas que, por sua vez, estabelecem valores que
influenciam como a organização enfrenta a escolha e a incerteza21 (Guimarães e Évora, 2004). Nos
vários modelos de decisão existentes, é possível reconhecer que a decisão nem sempre é resultado de
um processo sequencial, estruturado e dirigido para uma única solução.

21
Dúvida ou hesitação.

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Deste modo, a combinação esperada entre cultura, comunicação e consenso melhora a eficiência e
ajuda a alcançar um nível mais elevado de comportamento de escolha racional. Mas é possível
afirmar que a informação é um recurso primordial para a tomada de decisão e que, quanto mais
estruturado for este processo, como no caso dos modelos racional e de processo, mais indicado se
faz o uso de SI que possam responder às demandas e necessidades de informação do decisor.

Para os modelos de decisão em que a solução é resultado de um processo mais qualitativo,


influenciado pelo “olhar” do decisor e por situações contingenciais, os SI podem contribuir com
dados que serão analisados e modificados para utilização na tomada de decisão.

O estudo da estrutura da organização permite conhecer o processo de comunicação formal e


informal, reconhecendo-o como meio pelo qual os indivíduos se relacionam dentro da organização e
como é empregado para apoiar as decisões, visando ao alcance dos objectivos institucionais. Nestes
ambientes, valores são agregados à informação, transformando-a em matéria-prima para o
desenvolvimento do produto da instituição.

De acordo com Guimarães e Évora (2004), seu objectivo principal é a busca da tomada de decisão
certa, no momento oportuno, com as pessoas apropriadas, a partir da informação adequada, com o
menor custo possível. No contexto da tomada de decisão e considerando seu valor, a informação tem
sido empregue como mais um recurso para o desenvolvimento do processo de trabalho nas
organizações.

A produção interna da informação e a utilização de fontes externas à organização suscitam a criação


de SI para sua identificação e organização, propiciando condições mais adequadas para sua
recuperação e utilização na tomada de decisão.

No exercício da função de gestor, a ênfase deve ser dada à informação, pois, segundo Guimarães e
Évora (2004), algumas estratégias são mencionadas para a gestão do comportamento da informação
nos ambientes empresariais, dentre as quais se destacam tornar claros os objectivos e estratégias da
organização, identificar competências da mesma, concentrar-se na administração de tipos
específicos de conteúdos da informação, atribuir responsabilidades pelo comportamento suscitado

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 26


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

pela informação, criar uma rede de trabalho responsável pelo comportamento da informação e
apresentar a todos os problemas de gestão da informação.

Diante destas estratégias, é possível constatar que a informação é mais um recurso para a gestão nos
ambientes empresariais e que é de todos os actores envolvidos no processo de trabalho a
responsabilidade pela sua colecta, organização, distribuição e disponibilização. Desta forma, um SI
que sirva ao processo de trabalho deve responder às demandas e necessidades dos diversos serviços
e unidades da instituição, resguardadas suas características e especificidades, podendo ser únicos
para a organização ou específicos para cada serviço.

Para efeito deste estudo, entende-se por Sistemas de Informação (SI), “os componentes, que incluem
hardware (parte física dos computadores), software (componente lógica) e o peopleware (as
pessoas, sem as quais não seria possível obter o feedback22 do sistema informático) (Serrano et al.,
2004) ”.

Os SI são hoje maioritariamente baseados no computador e apoiam as funções operacionais, de


gestão e de tomada de decisão existentes na organização. Os usuários de SI são provenientes tanto
do nível operacional, como do nível táctico e mesmo estratégico e utilizam SI para alcançar os
objectivos e as metas de suas áreas funcionais (vide a Figura 4).

A Arquitectura da Informação, trata do projecto particular que a equipa de TI adopta numa


organização específica a fim de atingir objectivos ou metas específicas. Os aspectos em
consideração pela arquitectura da informação são o hardware, as bases de dados e as aplicações
específicas deveriam ser centralizadas ou distribuídas. Consequentemente, a arquitectura da
informação abrange tanto o hardware como a estrutura da organização dos SI, sendo a infra-
estrutura das TI o hardware, software e as conexões entre os sistemas. Os gestores devem saber
arranjar e coordenar as várias aplicações das tecnologias de computador e dos sistemas de negócios,
a fim de atender as necessidades de informação em cada nível da organização, e da organização
como um todo. Este é um desafio quando o assunto é “gestão das TI e SI”.

22
Retornar (realimentar) parte ou toda a saída de um processamento de um serviço, como sua entrada, principalmente
com o intuito de teste ou de controlocontrolo.

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ARQUITECTURA DE INFORMAÇÃO E A INFRAESTRUTURA DA


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

COORDENAÇÃO
ARQUITECTURA DE
INFORMAÇÃO DA PROCESSOS
ORGANIZAÇÃO
Nível Estratégico
Clientes
PROCESSOS

Parceiros de Nível de Gestão


Negócio,
PROCESSOS
fornecedores
Nível de Conhecimento
PROCESSOS

Nível Operacional
Venda & Marketing Manufactura Finanças Contabilidade Recursos Humanos

HARDWARE SOFTWARE BASE DE DADOS


REDES

Infra-estrutura das TI Infra-estrutura Pública

Figura 4: Arquitectura da informação (adaptado de Balloni, 2003)

As generalidades das definições de sistema, enfatiza não só a existência de elementos interagindo


entre si mas sim a existência de um “objectivo” para o qual trabalham de maneira coordenada os
diferentes elementos que constituem o sistema.

Um SI deve ter a capacidade de “auto controlo”, isto é, a possibilidade de verificar se o sistema está
ou não a atingir os objectivos predefinidos, de modo a introduzirem, quando necessário, as
respectivas correcções. De modo que, quando um sistema informático não afere os resultados que
dele se esperam é obviamente necessário verificar a origem das disfuncionalidades e corrigi-las.
Portanto, SI para apoio à decisão são sistemas que colectam, organizam, distribuem e disponibilizam
a informação utilizada nesse processo.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 28


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Em geral, os SAD obtêm dados do ambiente interno e externo à organização e processam estes
dados, transformando-os em informações. O sistema opera por meio de software que permitem a
disponibilização destas informações na forma de relatórios, de modelos matemáticos expressos em
gráficos e tabelas e, ainda, permite que se instale um encontro virtual entre vários indivíduos
trabalhando como um grupo dentro da organização.

Além disso, segundo Guimarães e Évora (2004), o software moderno permite também a integração
dos dados com resultados que reflectem numa maior rapidez na análise dos dados, transformando-os
em informações essenciais para a tomada de decisão.

Conforme Falsarella e Chaves (2006), o SI nos ambientes empresariais é constituído pela gestão da
informação, a partir do levantamento das necessidades de informação dos decisores, da colecta e
obtenção dos dados, na análise dos dados transformando-os em informação, na distribuição da
informação de acordo com as necessidades do decisor, da utilização das informações pela sua
incorporação no processo de trabalho e, finalmente, da avaliação constante dos resultados obtidos e
de redireccionamentos no sistema para atender às demandas e antecipar as necessidades dos
decisores.

É importante realçar que esses sistemas têm contribuído para o desenvolvimento do processo de
produção nas instituições e que, nos ambientes de prestação de serviço, em especial, têm
possibilitado maior segurança para a tomada de decisão, o que resulta em melhor atendimento aos
clientes. Diante do exposto, o objectivo desta pesquisa foi analisar a utilização de sistemas de
informação, enquanto instrumento para a tomada de decisão no exercício da gestão de unidades
funcionais da UEM, nomeadamente, a ST e a DASG através da construção de uma base de dados
que facilite a tramitação dos processos relativos ao tratamento de dados relativos aos abastecimentos
de combustíveis.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 29


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3 Logística nas Organizações

Apesar do estudo da logística empresarial ter ganho notoriedade na última década, actividades chave
da logística, como transporte, stock23 e pedidos, já são exercidas desde os primórdios do comércio de
mercadorias. De acordo com Peixoto (2004), a grande contribuição da logística empresarial moderna
está no encadeamento de actividades, na filosofia integrativa e na análise sistémica.

Logística empresarial tem como objectivo prover o cliente com os níveis de serviços desejados. A
meta de nível de serviço logístico é providenciar bens ou serviços correctos, no lugar certo, no
tempo exacto e na condição desejada ao menor custo possível, isto é, transportes, manutenção de
stocks, processamento de pedido e de várias actividades de apoio adicionais. A figura abaixo ilustra
o papel da logística na empresa e a interface com o sector comercial e de produções/operações.

Figura 5: Papel da logística nas organizações (adaptado de Peixoto, 2004)

23
São todos os bens materiais mantidos por uma organização para suprir demanda futura.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 30


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A administração de materiais e a distribuição física integram-se para formar o que se chama hoje de
logística empresarial24. Muitas companhias desenvolveram novos organogramas para melhor tratar
das actividades de suprimento e distribuição, frequentemente dando status de alta administração
para a função, ao lado de marketing e produção. O tempo da logística empresarial está chegando e
uma nova ordem das coisas está começando.

A logística pode ser definida como sendo “a arte e a ciência para abastecer, produzir e distribuir
material e produtos no lugar adequado, nas quantidades correctas e nas datas necessárias (Dicionário
de Logística, 2006)”. Uma vez que este trabalho visa contribuir com um sistema eficiente de
distribuição, abastecimento e controlo de combustível que poderá ser adoptado pela ST, urge obter
conhecimento profundo sobre como a logística pode ser aplicada a sistemas deste género. Neste
capítulo aborda-se brevemente a logística em geral, e particularmente, a logística de distribuição e
abastecimento.

Segundo o Dicionário de Logística (2006), logística de abastecimento é a actividade que administra


o transporte de materiais dos fornecedores para a empresa, descarregamento no recebimento, e
armazenamento das matérias-primas e componentes. Contudo, a logística de abastecimento abarca
também, a estruturação da modulação de abastecimento, embalagem de materiais, administração do
retorno das embalagens e decisões sobre acordos com fornecedores, para mudanças no sistema de
abastecimento da empresa.

3.1 Importância da Logística

Basicamente a importância da logística para a indústria/empresa moderna está consubstanciada nos


seguintes aspectos:
 Valor adicionado ao produto ou serviço;
 Custos referentes às actividades logísticas;
24
Trata-se de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de
aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os
produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.
(definição de Ronald H. Ballou no seu livro "Logística Empresarial").

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 31


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 Globalização e internacionalização dos mercados;


 Diversidade, personalização dos produtos e entrega rápida;
 Aplicação dos conceitos e praticas da logística fora da industria.

A importância da logística nas empresas está directamente relacionada com a criação e adição de
valor ao produto ou serviço, seja para os accionistas da empresa, seja para clientes ou ainda
fornecedores. O valor neste caso é traduzido sempre em tempo e espaço, produtos e serviços não
têm valor algum a menos que estejam à disposição do cliente quando (tempo) e onde (espaço) o
cliente necessitar. Neste caso concreto é imprescindível que o centro de abastecimento de
combustível esteja localizado no Campus Universitário da UEM de modo a que a maioria dos
serviços desta possam ter acesso a ele. Portanto, “a importância fundamental da logística para as
empresas está no valor que cada actividade poderá adicionar ao produto ou serviço”(Peixoto,
2004:6).

Os consumidores estão cada vez mais esperando que os produtos ou serviços sejam colocados à
disposição de forma personalizada, com vasta opção de escolha e que estejam disponíveis em
períodos curtos, se possível à pronta entrega. Em concordância com a tendência do mercado, as
melhorias nos SI das empresas associadas a processos de manufactura mais flexíveis permitem que
sejam oferecidos produtos que atendam as necessidades de clientes individuais, novamente ganham
importância as actividades primárias da logística (transporte, stockagem, informações).

Segundo Homewebbing (2006), os conceitos e práticas da logística estão sendo cada vez mais
adoptadas por empresas que não seguem o padrão de produção e manufactura, o sector de serviços e
a maioria das empresas que fazem parte deste sector exerce constantemente actividades logísticas
em seus processos operacionais. No entanto, deve-se ter claramente a definição do problema a ser
enfrentado em cada uma das empresas, visto que o entendimento adequado dos custos e
componentes do sistema logístico é fundamental para o bom resultado do planeamento e gestão.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 32


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

3.2 Logística de Abastecimento e Distribuição

A distribuição física de produtos passou a ocupar um papel de destaque nos problemas logísticos das
empresas. Isto é devido a dinamização dos custos, que levam as empresas a reduzir stock e agilizar o
manuseio (Peixoto, 2004).

Nesta secção são identificadas algumas características importantes que devem ser consideradas na
distribuição física de produtos, que envolvem desde o planeamento e projecto dos respectivos
sistemas (frota, depósitos, colecta, transferência, distribuição, etc.), até sua operação e controlo.

A natureza da distribuição física faz parte da logística empresarial. Distribuição física é aquele
aspecto da administração de empresas que trata de servir a demanda pelos produtos e serviços da
organização. Ela é executada nos três níveis da administração:

1) A longo prazo, isto é, o planeamento estratégico de como a distribuição deve ser executada;

2) A utilização do sistema de distribuição, isto é, o planeamento táctico;

3) A execução diária das tarefas de distribuição, isto é, a operação.

As muitas alternativas que a administração tem para garantir serviço de distribuição física eficiente e
eficaz fazem desta, uma área complexa para a gestão.

Numa outra abordagem Peixoto (2004), define a distribuição física como o ramo da logística que
trata da movimentação, stockagem e processamento de pedidos. Costuma ser a actividade mais
importante em termos de custo para a maioria das empresas, pois absorve cerca de dois terços dos
custos logísticos. Preocupa-se com bens acabados ou semi-acabados, que são mantidos em depósitos
ou enviados directamente ao cliente à medida que ele deseje.

Muitas configurações estratégicas de distribuição podem ser empregues, como por exemplo, entrega
directa do fornecedor passando pela plataforma logística apenas para desembaraço operacional,
entrega feita utilizando um sistema de depósitos onde as mercadorias ficam armazenadas na
plataforma aguardando uma solicitação do cliente ou aguardando fretes de cargas completas para a
mesma localização, a fim de reduzir o custo total de transporte. No caso da UEM, o fornecedor (BP

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 33


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Moçambique) através do seu agente abastece as bombas de combustível desta instituição uma vez
por mês. Esta actividade da logística permite que em termos de custos de transporte a UEM gaste
muito menos do que gastaria se tivesse que se dirigir aos depósitos desta gasolineira para abastecer
as suas bombas usando transporte próprio, neste caso o custo recai sobre a BP.

É por motivos como estes, que uma plataforma logística deve colocar-se em locais estratégicos e
próximos aos clientes, pois os custos adicionais de stockagem são mais do que compensados pelo
menor custo global de transporte. Além disso, como os stocks ficam em média mais próximos dos
clientes, o nível de serviço é melhorado. O tipo de distribuição depende em grande parte da natureza
do produto movimentado, do padrão de sua demanda, dos custos relativos das várias opções de
distribuição física e das exigências de nível de serviço.

3.2.1 Administração de Materiais

De muitas formas, a administração de materiais é o inverso da distribuição física. Trata do fluxo de


produtos para a organização ao invés de a partir dela. Muitas actividades da administração de
materiais são compartilhadas com a distribuição física. Entretanto, existem algumas diferenças que
são a chave da boa administração do fluxo de suprimento. Essas diferenças enfocam principalmente
o modo pelo qual os fluxos são iniciados e sincronizados e a selecção das fontes de fornecimento.

A movimentação de bens na parte do abastecimento da empresa e as actividades de suprimento


físico são bastante semelhantes àquelas da distribuição física, sendo as diferenças uma questão de
grau e da maneira com que os fluxos são iniciados. Devido a estas similaridades, pode-se
argumentar que a administração integrada do suprimento físico e da distribuição faz sentido para a
maior parte das companhias.

As actividades chave para a administração de materiais são processamento de pedidos, transportes e


controlo de stock, as mesmas da distribuição física. As actividades que apoiam estas funções chave
são armazenagem, manuseio de materiais, obtenção, embalamento protector e manutenção de
informação. A ênfase deste trabalho centra-se fundamentalmente sobre a manutenção da
informação, pois este é um instrumento útil para a tomada de decisão e administração eficaz de
recursos. O gestor de materiais utiliza essas actividades para suprir a operação da produção com

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 34


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

peças e materiais necessários. Isto é realizado pelo abastecimento para stock em antecipação a essas
necessidades. O gestor de materiais procura oferecer bom nível de serviço de maneira eficiente.

A Administração de materiais é função dentro da organização que tem diversos significados,


dependendo de quem a define. Aqueles que a enxergam a partir do ponto de vista da distribuição
física frequentemente a vêem como actividade de compras. Aqueles com visão de compras a vêem
como uma função que engloba, além das actividades de movimentação do fluxo de suprimento da
organização, muitas das actividades da distribuição física.

Como defende Homewebbing (2006), a administração de materiais tem a conotação de gerir as


actividades de movimentação e stock no lado do suprimento da organização. Dessa forma, a
administração de materiais vai além das actividades de compras e está voltada principalmente com o
movimento de bens para o abastecimento da empresa.

3.2.2 Nível de Serviço

O nível de serviço é uma das razões do esforço logístico. Ele tem muitas dimensões, mas, para o
especialista da área, a média e a variabilidade do tempo de preenchimento e entrega do pedido, a
exactidão com que os pedidos são preenchidos e as condições com que os produtos chegam são suas
principais incumbências. Estes são os elementos do nível de serviço que costumam estar sob
controlo da logística e que são em geral facilmente mensuráveis.

Nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerido. É o resultado
líquido de todos os esforços logísticos da organização. É o desempenho oferecido pelos
fornecedores aos seus clientes no atendimento dos pedidos (Homewebbing, 2006). No contexto
deste trabalho, o nível de serviço tem a ver com a qualidade com que os clientes (órgãos da UEM)
da ST são servidos.

O nível de serviço logístico é factor chave do conjunto de valores logísticos que as empresas
oferecem a seus clientes para assegurar sua fidelidade. Como o nível de serviço logístico está
associado aos custos de prover esse serviço, o planeamento da movimentação de bens e serviços
deve iniciar-se com as necessidades de desempenho dos clientes no atendimento de seus pedidos.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 35


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Controlar o nível de serviço é vital. O custo logístico cresce rapidamente à medida que maior nível
de serviço é estabelecido. Além disso, o nível de serviço tem efeito gerador de receita pela
influência que tem na escolha do fornecedor com o melhor serviço. Embora o nível de serviço na
UEM não seja um factor gerador de receita, pois os abastecimentos não são cobrados, o nível de
serviço deve ser alto de modo a conferir certa medida de satisfação aos clientes. Portanto, ele é um
elemento-chave no desenvolvimento de estratégias logísticas.

Quando uma estratégia é desenvolvida, ela deve ser administrada. Isto envolve o monitoramento das
necessidades dos clientes e a determinação de diferentes dessas necessidades por tipo de cliente,
área geográfica e tipo de produto. Assim, os padrões devem ser fixados para auxiliar a manutenção
dos níveis de serviço da organização, planos para paralisações do sistema logístico e para possível
recolhimento de produto são modos adicionais pelos quais os clientes podem ficar satisfeitos com o
desempenho logístico do fornecedor.

Toda logística gira em torno do produto (exemplo, combustíveis). Suas características


frequentemente moldam a estratégia logística necessária para deixar o produto disponível para o
cliente. Compreender a natureza do produto pode ser valioso para o projecto do sistema logístico
mais apropriado. O produto também é elemento sobre o qual a logística exerce controlo apenas
parcial.

O produto, tanto um bem como um serviço é o objecto do esforço logístico. Compreender a natureza
do produto em seu ambiente económico dá ao especialista indicações úteis para o planeamento da
estratégia de suprimento e distribuição do produto (Homewebbing, 2006).

3.2.3 Administração de Stock

Os stocks encaixam-se no composto de actividades logísticas. O inventário25 consome grandes


somas de capital, que poderiam ser usadas em outros projectos da empresa. Também ele é

25
Conferência e contagens dos itens contabilmente alocados no stock. O inventário serve para informar o quanto existe
no stock fisicamente e financeiramente.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 36


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necessário para manter o nível de serviço ao cliente, assim como a operação eficiente das
actividades de produção e distribuição. A boa gestão de stocks é essencial.

O enfoque apropriado para controlar os níveis de stocks deveria ser cuidadosamente desenvolvido a
partir do padrão particular de demanda26 que cada produto apresenta. Apesar de muitas destas
técnicas exigirem certos conhecimentos avançados de estatística e programação matemática, os
casos mais importantes das técnicas de empurrar ou puxar stocks foram descritos em nível bàsico.
Eles servem como métodos fundamentais para gerar procedimentos mais complicados de gestão. O
enfoque just-in-time27 que minimiza a necessidade de stocks de produtos acabados.

A administração de stocks tem como tarefa minimizar o investimento em inventário ao mesmo


tempo que providencia os níveis de disponibilidade almejados. Este é o problema de encontrar o
balanço óptimo dos custos de aquisição, manutenção de stocks e faltas. Deste modo, os métodos
teóricos assim como práticos para controlo de inventário têm esta finalidade.

No esforço de garantir o fluxo de produtos numa organização, os profissionais de logística podem


ter necessidades de coordenar seus esforços com actividades que não estão totalmente sob seu
controlo. A aquisição, suprimento, obtenção, ou qualquer que seja o título dado, é basicamente uma
função de compras. A programação da produção é tradicionalmente uma responsabilidade da
manufactura ou operação.

Apesar disso, a administração destas áreas pode ter impacto significativo nos objectivos logísticos e
estão mais e mais tornando-se parte das responsabilidades do pessoal de logística. Por isso estes
devem preocupar-se com aqueles aspectos da aquisição e da programação da produção que podem
afectar o fluxo de materiais.

A aquisição e a programação da produção são duas actividades que afectam substancialmente o


fluxo de materiais de e para a organização. Elas podem não ser responsabilidade total do pessoal de
logística, mas existem sobreposições suficientes para que elas sejam tratadas pelo menos como

26
Chamamos então de demanda o número de unidades de uma certa mercadoria ou serviço que os consumidores
estariam dispostos a comprar, numa certa unidade de tempo, em condições explícitas de ocasião, lugar e preço.
27
Método de administração da produção para produzir no momento da entrega, produzir semi-acabados no instante da
sua necessidade e receber matérias primas no instante de sua utilização.

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actividades de interface e, no máximo, como parte da organização logística. De qualquer forma, a


área de logística deveria estar envolvida no processo de decisão dessas funções, que afecta a
programação e o volume do fluxo de bens.

A aquisição é responsável por obter os materiais produtivos necessários (assim como materiais para
revenda) a preços justos, em quantidades especificadas e entregá-los no local e instante certos. É
essencialmente uma função de compras. Entretanto, algumas decisões importantes, como selecção
de fornecedores, política de preços e fazer ou comprar, estabelecem os custos e a importância do
suprimento físico na organização. A inclusão ou não da programação da produção e da aquisição no
composto de actividades logísticas ainda é questão de debate. Entretanto, deve-se reconhecer que a
coordenação entre essas áreas é essencial.

O ditado "tempo é dinheiro" está no coração das actividades de entrada e processamento de pedidos
no composto logístico. Como defende Homewebbing (2006), a velocidade com que as informações
precisas de vendas são comunicadas pelo sistema logístico frequentemente determina a eficiência
das suas operações, sendo o factor chave no nível de serviço finalmente oferecido ao cliente.

Assim, comunicações lentas e imprecisas podem custar muito caro para a organização, pois
consumidores irados transformam-se em vendas perdidas, os stocks tornam-se excessivos, o
transporte fica imprevisível e a programação da produção pode gerar preparações desnecessárias e
custosas. Processamento rápido e exacto dos pedidos minimiza o tempo de resposta ao cliente e
suaviza o comportamento do fluxo de mercadorias pelo sistema logístico.

As características essenciais da entrada e processamento de pedidos são:

1) A natureza da entrada e processamento dos pedidos;

2) As actividades bàsicas do sistema de entrada de pedidos;

3) Os enfoques alternativos para a entrada e processamento de pedidos;

4) Os procedimentos operacionais do sistema de entrada de pedidos.

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3.2.4 Entrada e Processamento de Pedidos

O terceiro elemento-chave das actividades logísticas primárias é a entrada e processamento de


pedidos. É uma actividade importante, pois sua duração faz parte do tempo de ciclo total, que é
elemento-chave do nível de serviço oferecido aos clientes. Sua velocidade e precisão são itens
importantes para a administração desta função. O fluxo de informações de pedidos é factor a ser
considerado no projecto e operação do sistema logístico.

O processamento de pedidos subdivide-se em tarefas como a entrada de pedidos, tratamento,


verificação de crédito, relatórios de andamento e cobrança (Peixoto, 2004). Nem todos estes
processos afectam a duração do tempo de ciclo. Um bom projecto do sistema minimiza o número
destas tarefas a serem completadas em sequência, de forma a abreviar o tempo do ciclo máximo
possível.

3.3 Sistemas de Informação na Logística

O projecto e a operação do sistema de entrada e processamento de pedidos têm sido afectados pela
moderna tecnologia mecânica e electrónica. A decisão de optar-se pela automação deve ser
cuidadosamente avaliada em função do volume de ordens a serem processadas e da flexibilidade
necessária. Devido ao elevado volume de informação que a ST tem que processar, torna-se útil a
automação das actividades relacionadas com a gestão da informação.

"As informações não podem ser melhores que os dados que as geraram" é uma frase frequentemente
citada sobre a qualidade da informação que alimenta o processo decisório. Reconheceu-se há muito
tempo que o desempenho do planeamento e controlo em termos de gestão depende da quantidade,
forma e precisão das informações disponíveis. Até alguns anos atràs, os dados na organização eram
classificados, recuperados e manipulados manualmente.

Com a introdução e disseminação dos computadores nos negócios, o manuseamento da informação


ficou bem mais formalizado. Daí que hoje, a actividade de elaboração de SI torna-se muito
importante.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 39


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Conforme Homewebbing (2006), o sistema de informações logísticas (SIL) é um subsistema do


sistema de informação para gestão (SIG), que providencia a informação especificamente necessária
para a administração logística.

A boa informação é um ingrediente vital no planeamento, operação e controlo de sistemas logísticos.


Com a crescente popularidade dos computadores na comunidade de negócios, eles transformaram -
se nos principais guardiãos e manipuladores de boa parte do sistema de informações operacionais de
uma organização. As actividades de armazenagem de dados, classificação, manipulação e análise
são designadas aos SIG.

A estrutura composta por pessoas, equipamentos, métodos e controlo dirigidos para problemas
específicos de fluxo de materiais é chamada de sistema de informações logísticas (Homewebbing,
2006).

O sistema gera informação que é utilizada por grande variedade de pessoas na organização, desde a
alta administração até o pessoal operacional, sendo empregado para planear, operar e controlar o
sistema logístico. O sistema em si tem três partes bàsicas: 1) a entrada, 2) o processamento e 3) a
saída (Figura 6).

Figura 6: Funções do sistema de informações logísticas

A complexidade do sistema, não importando se ele é computarizado ou manual, rápido ou lento,


depende de a administração conhecer suas necessidades dos diversos tipos de informação para
tomada de decisão, do formato da informação e da rapidez com que ela deve ficar disponível. SI
estão ficando tão importantes para o planeamento e controlo da logística que a administração tem
dado um espaço organizacional especial para seu cuidado e manutenção.

Ter excelente planeamento para disponibilizar produtos e serviços para os clientes não garante que
os objectivos logísticos serão cumpridos. Estes planos devem ser colocados em acção e seus

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 40


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desempenhos devem ser continuamente monitorados. Assim, é responsabilidade da operação do


sistema logístico definir a estrutura interna na empresa, que deverá controlar o fluxo de bens e
serviços e planejar as actividades logísticas.

A organização e o controlo são duas actividades chaves em logística. A organização trata


especificamente da estruturação dos relacionamentos entre os profissionais da empresa, de maneira a
administrar as actividades logísticas eficazmente. O projecto organizacional define quem tem
autoridade e responsabilidade pelo planeamento e controlo dos custos e do nível de serviços
logísticos.

O controlo da logística recebe constante atenção por parte da administração, pois um ambiente
constantemente mutável e eventos imprevistos a todo momento desviam as actividades logísticas
dos seus níveis de desempenho planejados. Pode-se acabar não atingindo os objectivos da
companhia.

O controlo da actividade de gerir envolve:

1) A definição de metas e padrões de desempenho;

2) A medida do desempenho;

3) A tomada de acções correctivas.

As ferramentas bàsicas do controlo são os diversos relatórios e auditorias que medem o


desempenho. O uso de computadores para auxiliar a administração nas tarefas rotineiras de controlo
do sistema está-se disseminando cada vez mais.

3.4 O Futuro da Logística

O futuro da logística é mesmo brilhante. As tendências económicas mostram que os custos para
movimentação de bens e distribuição de serviços devem crescer proporcionalmente às outras
actividades, tais como manufacturas e marketing. O aumento nos custos de combustível, a
implantação de melhorias de produtividade e a questão ecológica vai contribuir para o prestígio da

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 41


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logística. A maior importância dos assuntos logísticos vai atrair maior atenção por parte da
administração (Homewebbing, 2006).

A inflação, o consumismo e a ecologia são forças que actuam para prestigiar a logística. Entretanto,
o carácter de suas operações não vai ser muito diferente do actual. O uso de tecnologias novas e
revolucionárias não será o foco de atenção dos administradores para solução de seus problemas
logísticos nas duas próximas décadas. Pelo contrário, a administração cautelosa vai procurar
extensões da tecnologia existente. O uso de computadores deverá expandir-se substancialmente.

Conclui-se que a logística empresarial também chamada de distribuição física, administração de


transportes e administração de materiais tem como actividades típicas, entre outras: transportes,
gestão de stocks, processamento de pedidos, compras, armazenagem, manuseio de materiais,
embalagem e programação de produção.

A administração de actividades logísticas num ambiente organizacional está voltada àquelas


actividades necessárias para deixar produtos e serviços disponíveis aos clientes no momento, local e
forma desejados. A ênfase situa-se nos problemas da empresa produtiva, pois a maioria das
oportunidades e da pesquisa está nesta área.

A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos
serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planeamento, organização e controlo
efectivos para as actividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de
produtos. A logística é um assunto vital. É um facto económico que tanto os recursos quanto os seus
consumidores não residem, se é que alguma vez o fizeram, próximos donde os bens ou produtos
estão localizados. Este é o problema enfrentado pela logística: diminuir o hiato28 entre a produção e
a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na
condição física que os desejarem.

28
Intervalo ou espaçamento entre dois eventos.

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

4 Descrição do Sistema Actual e do Sistema Proposto

Descreve-se neste capítulo o funcionamento do sistema actual bem como a proposta do novo modelo
de abastecimento de combustíveis, como contribuição deste estudo para melhorar o sistema de
combustíveis para a ST da UEM.

4.1 Descrição do Sistema Actual

Actualmente, a ST abastece combustível aos 39 órgãos da UEM. O abastecimento à ST é feito pela


empresa British Petrol (BP) Moçambique, numa quantidade mensal de cerca de 20.000 litros de
combustível dos quais 12.000 litros são de gasóleo e o remanescente (8.000 litros) de gasolina, o que
custa à instituição, mais de 500.000,00 MT, à solicitação do DASG à base de um contrato de crédito
de 30 dias assinado entre a UEM e o fornecedor.

No modelo actual, como mostra a Figura 7, a recepção dos abastecimentos da BP é feita pelo
representante da DASG na presença do bombeiro da ST. No momento da recepção de combustível,
o representante da DASG recebe uma guia de entrega/recepção e a factura de fornecimento para
requisição de pagamento à Direcção de Finanças (DF) da UEM. As guias de entrega são arquivadas
pelo responsável da área dos combustíveis da DASG, fazendo o controlo de pagamentos em função
dos fornecimentos.

Cada órgão da UEM gere a quota atribuída fazendo abastecimento até ao limite de sua quota mensal
através de requisições internas, sendo a quantidade máxima por requisição e por viatura 40 litros de
cada vez. As requisições são preenchidas indicando-se a quantidade requisitada, tipo de
combustível, a matrícula da viatura a abastecer, órgão a que está afecta e levando o carimbo do
órgão requisitante. Isto significa que quando um órgão adquire um automóvel ele deve
imediatamente comunicar a DASG de modo a efectuar o seu cadastro pois, não é permitido a
nenhum automóvel efectuar um abastecimento sem que este esteja devidamente cadastrado.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 43


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

O bombeiro tem para o seu controlo um mapa com quotas mensais de combustível por órgão o qual
é elaborado e actualizado pela ST, aprovado pelo chefe do DASG e autorizado pelo director da DAP
sendo o executante o chefe dos transportes. No momento de abastecimento, o bombeiro confere a
matrícula inscrita na requisição com a chapa da matrícula da viatura e em caso de concordância
abastece e arquiva a requisição. Após a introdução de medidas de contenção passou a ser obrigatório
que o bombeiro verifique se a viatura consta ou não do cadastro de viaturas autorizadas a abastecer.

No fim de cada dia, o bombeiro faz o resumo dos abastecimentos diários por órgão num mapa de
controlo o qual contém as quotas de combustível atribuídas a cada órgão e no fim de cada mês e a
DASG faz a compilação dos abastecimentos efectuados por cada órgão.

Figura 7: Modelo Actual do Sistema de Abastecimento de Combustível

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 44


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4.2 Descrição do Sistema Proposto

A Universidade Eduardo Mondlane empenha-se em ser uma instituição de excelência no contexto da


educação, da ciência, da cultura e da tecnologia, educando para a vida os profissionais que capacita
e assumindo responsabilidades no processo de inovação e transferência de conhecimento e no
desenvolvimento sustentável.

Esta instituição pugna pela sua integração e afirmação na comunidade científica mundial e por ser
agente e objecto de mudanças e transformações da sociedade.

De acordo com webUEM (2006), para cumprir esta missão, a UEM deve nortear-se por diversos
princípios e propósitos, dos quais destacamos os seguintes:

1. Gestão eficiente num contexto de autonomia universitária;


2. Desenvolvimento, valorização e utilização racional dos seus recursos, tanto humanos como
materiais;
3. Capacitar todos os sectores da UEM com sistemas e meios de telecomunicações eficientes e
funcionais;
4. Definir formas de gestão e de administração transparentes, fiáveis e eficientes;
5. Estabelecer um sistema informatizado de redes ligando todos os sectores, prioritariamente
nas áreas de registo académico, da gestão financeira e dos recursos humanos;
6. Medidas de poupança e utilização racional dos recursos;
7. Estabelecer planos em que os recursos financeiros requeridos sejam mínimos necessários
mas eficientes para a realização dos objectivos.

É tendo em mente os sete (7) pontos supracitados como parte integrante do plano estratégico da
UEM, que neste estudo foi construida uma aplicação com recurso à tecnologia de base de dados com
o objectivo de automatizar as actividades relacionadas com o abastecimento de combustível nesta
tão importante instituição. A escolha deste tipo de tecnologias para o desenvolvimento do modelo
do sistema de informação deveu-se ao facto destas terem uma abrangência muito ampla, sendo que
os que se beneficiarem de tais serviços serão atendidos de maneira mais rápida e confortável.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 45


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Nota-se que algumas organizações caracterizam-se por um volume considerável de informação, mas
não possuem seus processos suportados pelas TIC, como é o caso da ST. Na operação sem
automatismos o controlo de um sistema com estas características é realizado manualmente, exigindo
grande aplicação de mão-de-obra e burocratização do controlo.

O sistema construído suporta a maioria das actividades realizadas actualmente e consistiu na


introdução de outras funcionalidades de modo a ajudar na tramitação dos seus processos diários.

O modelo do sistema de informação visa permitir:

 O cadastro dos veículos de todos os clientes (órgãos da UEM);


 Actualização de informações cadastrais;
 Autorização de abastecimentos;
 Consulta de produtos e suas aplicações;
 A criação e manutenção do histórico de serviços por veículo;
 Racionalizar controlos internos especialmente quanto ao consumo de combustíveis;
 Obter limite de crédito para clientes; e
 Eliminar perdas e extravios de comprovantes de abastecimento.

O modelo proposto, como mostra a Figura 8, possui terminais que representam os órgãos
requerentes dos serviços, a Direcção de Finanças e o representante da BP que precisa deslocar-se
pessoalmente à ST para efectuar o abastecimento às bombas da UEM e tratar dos processos
burocráticos envolvidos; uma base de dados (MS SQL Server 2000); um servidor interno que serve
para gerir e servir informações a nível interno; um armário de arquivos, para guardar requisições
submetidas através da secretaria, quotas relativas a cada órgão, automóvel e a lista dos automóveis
contemplados e um outro armário de contas.

Propôs-se neste modelo a automatização dos processos referentes à aceitação dos abastecimentos,
nomeadamente a verificação dos dados: identificação do veículo, usuários autorizados, quantidade
do último abastecimento, tipo de combustível abastecido, data do último abastecimento, hora e
média de consumo e a autorização do abastecimento.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 46


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Neste modelo, o cliente efectua o cadastro de suas viaturas presencialmente, através da submissão
do formulário de cadastro junto da secretaria da DASG. De modo análogo é realizada a requisição
de abastecimento, através da submissão do formulário de requisição junto ao bombeiro da ST.

O administrador do sistema possui todos os privilégios sobre o mesmo. Ele faz a parametrização 29
periódica do sistema, em termos de definição dos critérios de cadastro e abastecimento. Ele também
activa os processos encarregues pela geração dos mais diversos relatórios relativos aos
abastecimentos e cadastros bem como para a impressão de um relatório com a lista dos automóveis
cadastrados, de modo a notificar os clientes sobre a aceitação ou não dos cadastros.

Outras responsabilidades do administrador do sistema incluem fazer lançamentos para a base de


dados, dos tipos de combustíveis disponíveis, clientes cadastrados e seus automóveis e a inserção
dos usuários do sistema.

O visado (órgão) pode aceder ao ficheiro de submissão de cadastro e requisição de combustível e


consultar o seu historial, ao dirigir-se à secretaria da DASG ou ao bombeiro da ST. Neste histórico é
possível conhecer o desempenho dos automóveis de cada órgão da UEM.

Todos os gestores ligados à DAP, tais como o director da DAP, o chefe da DASG e o Chefe da ST
bem como os representantes da DF tem acesso privilegiado a alguns domínios, especialmente os
relativos à gestão de suas actividades de modo a que possam estar a par do funcionamento do
circuito de abastecimento de combustível.

A secretária da DASG pode aceder ao ficheiro de lançamento dos dados relativos a cada aquisição
de combustível feita junto da BP de modo a se obter o historial sobre as quantidades e datas de cada
abastecimento. Ela também é responsável pelo recebimento dos formulários dos cadastros
automóveis e sua respectiva digitalização.

29
Concepção e escrita de um programa permitindo modificação das suas funções, sem alteração das suas instruções de
uma nova compilação. Consiste em substituir as informações susceptiveis de evoluirem, por parâmetros (variáveis) cujos
valores são lidos a partir de um arquivo denominado “arquivo de parâmetros”.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 47


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Quanto ao bombeiro, este será responsável por grande parte do trabalho, pois, é o que mais lida com
os clientes. Este terá também o privilégio de aceder ao sistema no caso em que os clientes vão
aparecendo nas bombas da UEM requerendo o abastecimento de seus automóveis. Acedendo ao
sistema, ele poderá verificar se o cliente está ou não cadastrado, verificando de seguida se a
requisição é válida ou não e por fim efectuará o abastecimento conforme for permitido. Após o
abastecimento, é impresso um recibo de apresentação do mesmo ao órgão requerente.

O sistema proposto produz as seguintes estatísticas:

 Relatórios de previsão e sugestão de compra;


 Demonstrativo de consumo por veículo (km/l);
 Demonstrativos de resultado por período;
 Mapa de quotas por órgão e automóveis;
 Listagem de abastecimentos por automóvel em determinados períodos; e
 Listagem de abastecimentos por órgão em determinados períodos.

De referir que as opções alistadas acima para os relatórios podem também ser usadas para efectuar
diversas consultas.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 48


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Chefe da ST Chefe da DASG Director da DAP

Arquivos
Servidor do SAC Base de Dados

British Petrol
Contas (BP)
Secretária
Bombeiro da DASG

Órgãos da UEM

Figura 8: Modelo Proposto para o Sistema de Abastecimento de Combustível

Na concepção do presente modelo do sistema de informação houve uma clara preocupação com os
aspectos de segurança. O sistema conta com segurança, e trazendo algumas dificuldades de acesso a
usuários não autorizados a realizarem qualquer operação no sistema, tais como modificar suas
características, muito menos colocá-lo fora de operação. É um sistema cliente/servidor, que
proporciona processamento distribuído das informações entre computadores da rede, não havendo
necessidade de grandes configurações de hardware em todos os computadores da rede para a
execução do sistema.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 49


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

5 Modelação do Sistema

O desenvolvimento do sistema proposto seguiu uma abordagem Orientada a Objectos, deste modo, o
autor deste trabalho optou pelo uso da UML – Unified Modeling Language, pois, pela abrangência e
simplicidade dos conceitos utilizados, a UML facilita o desenvolvimento de um sistema de
informação permitindo a integração de aspectos de natureza organizacional que constituem o
negócio e os elementos de natureza tecnológica, que irão constituir o sistema informático, ajudando
a dominar a complexidade das regras de negócio e definir os processos e fluxos informativos (Nunes
e O’Neill, 2001).

Ainda nesse contexto, conforme argumentam Silva e Videira (2001), a UML alarga o âmbito das
aplicações alvo comparativamente com outros métodos existentes designadamente porque permite,
por exemplo, a modelação de sistemas concorrentes, distribuídos, para a Web, SIG, etc, pois a sua
ênfase é a definição de uma linguagem de modelação standard30, e por conseguinte, a UML é
independente das linguagens de programação, das ferramentas CASE bem como dos processos de
desenvolvimento.

O caso de estudo, deu mais ênfase nas fases de análise de requisitos (concepção), análise
(elaboração) e desenho (construção), já que as principais abstracções do modelo do sistema se
encontram nestas fases de desenvolvimento. Desenvolveu-se uma modelação em UML também,
com o intuito criar uma base de dados de suporte a um sistema de gestão dos dados de
abastecimento de combustível na UEM.

De seguida, é descrito o processo evolutivo da linguagem UML bem como a apresentação de alguns
diagramas que representam a fase de análise do sistema, ilustrando a modelação visual por detràs do
sistema informático.

30
Padrão.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 50


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

5.1 Modelação Visual do Sistema

Por influência dos métodos desenvolvidos na primeira metade da década de 1990, o UML inclui os
diagramas de casos de utilização (use cases) que permitem a especificação de requisitos funcionais
segundo uma aproximação focada primordialmente nos utilizadores do sistema. A modelação de
requisitos funcionais ( e mesmo o próprio desenvolvimento do software) através de especificação de
casos de utilização é actualmente considerada como uma abordagem extremamente adequada, quer
por facilitar a comunicação entre a equipa de projecto e os clientes/utilizadores quer ainda por
promover a comunicação, gestão e condução no desenvolvimento do próprio projecto.

Porém, há alguns aspectos importantes na especificação de requisitos, que têm a ver com a sua
apresentação, organização e nível de detalhe.

Quanto à sua apresentação e organização, há autores que advogam que os requisitos devem ser
apresentados visualmente através de diagramas de casos de utilização e seguidamente cada caso em
particular deverá ser especificado em detalhe através de uma descrição textual. O autor deste
trabalho por ter discernido que esta abordagem é mais clara e fácil optou por usá-la como se pode
observar mais adiante no texto.

Actores do Sistema

O comportamento do sistema em estudo foi capturado através de análise de casos de uso do sistema.

Em primeiro lugar, é importante identificar os actores do sistema, que representam as entidades que
interagem com o sistema. Os actores do sistema identificados são:

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 51


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 9: Actores do Sistema

Identificação de Use Cases por Actor

ACTOR USE CASE


ÓrgãoUEM 1. Submeter requisição para abastecimento
2. Submeter cadastro de viaturas
3. Solicitar historial sobre viaturas
Bombeiro 4. Manter informações dos abastecimentos
efectuados pelos clientes
5. Gerar Relatórios
6. Controlo de Acesso
7. Alterar Password
8. Atender requisição
9. Atender abastecimento
10. Efectuar Requisição de Reposição
11. Realizar consultas de dados sobre o
cliente
FuncionárioSecretaria 12. Efectuar cadastro de clientes
13. Gerar diferentes tipos de mapas
14. Controlo de Acesso
15. Alterar Password
Administrador 16. Gerar Relatórios

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

17. Inserir Usuários


18. Activar Processo de Cadastro
19. Activar Processo de Abastecimento
20. Manter informações sobre fornecedores
21. Actualizar Critérios de Abastecimento
22. Actualizar Critérios de Cadastro
23. Alterar Password
24. Manter informações das encomendas
feitas
25. Manter informações das encomendas
26. Manter informações dos clientes
27. Manter informações dos funcionários
28. Gerar histórico sobre o cliente
29. Consultar dados sobre clientes
GestorUEM 30. Consultar Informações
31. Controlo de Acesso
32. Alterar Password
AgenteBP 33. Receber Pedido de Encomendas
34. Fornecer Combustíveis
35. Manter informações das encomendas
feitas

Tabela 1: Use Cases do Modelo e os Respectivos Actores

5.1.1 Diagramas de Use Cases

Um diagrama de casos de utilização ilustra um conjunto de casos de utilização, de actores e suas


relações. As suas aplicações comuns são:
 Para modelar o contexto de um sistema. Neste caso, a ênfase encontra-se na identificação da
fronteira do sistema, dos seus actores e no significado das suas funções;
 Para modelar os requisitos do sistema. Consiste na identificação do que o sistema deve fazer,
independentemente de como o sistema deve realizar;

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Neste ponto, apresentamos o diagrama completo de casos de uso, que espelha o problema em estudo
num todo. Esse diagrama é mostrado na figura 10 que se segue.

Figura 10: Diagrama de Casos de Uso

5.1.1.1 Descrição dos Use Cases

Abaixo encontram-se descritos alguns dos use cases acima descritos. O autor deste trabalho citou
apenas os use cases julgados mais importantes.

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Use Case Submeter Requisição para Abastecimento


Actor: ÓrgãoUEM
Trigger: O cliente deseja requisitar o abastecimento de combustível.
Pré-condição: O cliente deve ser um órgão da UEM devidamente cadastrado.
Descrição da sequência O cliente submete junto ao bombeiro da ST os documentos para a
normal das interacções: efectivação da requisição.
O bombeiro em serviço acusa a recepção dos documentos de
cadastro.
O automóvel é abastecido.
Variações: Informação Incompleta:
O cliente é informado que os dados estão incompletos e que este
precisa voltar e reunir todos os dados requeridos.
Quota Ultrapassada:
O cliente é informado que o seu órgão excedeu a quota mensal de
abastecimento.
O cliente é informado que o seu próximo abastecimento só poderá ser
realizado no mês seguinte.
Pós-condição A requisição foi submetida e será processada.

Tabela 2: Use Cases Submeter Requisição para Abastecimento

Use Case Controlo de Acesso


Actor: Bombeiro, FuncionárioSecretaria, Administrador e GestorUEM
Trigger: Os actores referidos pretendem aceder à informação restrita.
Pré-condição Os actores do sistema são utilizadores válidos do sistema.
Descrição da sequência É solicitada a introdução de seu nome, apelido, username e password
normal das interacções: de acesso.
Variações: Dados incorrectos:
O acesso aos serviços que requerem controlo não é permitido.
Pós-condição A validação do serviço foi feita com sucesso.

Tabela 3: Use Cases Controlo de Acesso

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Use Case Consultar dados sobre o cliente


Actor: GestorUEM, FuncionárioUEM, Bombeiro
Trigger: Os usuários pretendem obter informações relativas aos serviços que
este tem usufruído e informações relativas à gestão como um todo,
respectivamente.
Pré-condição Os usuários são validos no sistema.
Descrição da sequência O órgãoUEM selecciona a opção “Órgão” e escolhe a opção
normal das interacções: “Viaturas Abastecidas” seguindo a introdução da respectiva
matrícula da viatura e visualiza a situação da viatura ou viaturas
abastecidas, no mês corrente bem como as quantidades abastecidas.
O GestorUEM selecciona a opção “Gestão” e escolhe de seguida a
opção “Órgão” sobre o qual deseja obter informações ou selecciona a
opção “Geral” no qual poderá obter informação sobre todos os
órgãos.
Variações: Dados incorrectos:
Cliente inexistente, introduza novamente os seus dados.
Pós-condição A consulta de informações foi realizada com sucesso.

Tabela 4: Use Cases Consultar dados sobre o cliente

Use Case Manter Informações dos Usuários


Actor: Administrador
Trigger: O administrador pretende actualizar as informações relativas aos
usuários do sistema.
Pré-condição É utilizador válido do sistema
Descrição da sequência Após efectuar o login no sistema o administrador escolhe a opção
normal das interacções: “Usuários” e de seguida “Actualizar Informações”. Por último
actualiza os respectivos campos.
Variações:
Pós-condição Actualização realizada com sucesso.

Tabela 5: Use Cases Manter Informações dos Usuários

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Use Case Solicitar Historial sobre Viaturas


Actor: ÓrgãoUEM
Trigger: O cliente pretende obter informações sobre o historial das suas
viaturas num determinado período.
Pré-condição O cliente é um usuário válido do sistema.
Descrição da sequência O órgãoUEM selecciona a opção “Órgão” e escolhe a opção
normal das interacções: “Historial” seguindo a introdução da respectiva matrícula da viatura e
visualiza a situação da viatura ou viaturas abastecidas, em que
período bem como as quantidades abastecidas.

Variações:
Pós-condição A consulta de Historial de viaturas por órgão foi realizada com
sucesso.

Tabela 6: Use Cases Solicitar Historial sobre Viaturas

Use Case Alterar password


Actor: GestorUEM, FuncionárioSecretaria, Bombeiro, Administrador.
Trigger: O actor pretende trocar sua senha de acesso.
Pré-condição O actor é válido no sistema.
Descrição da sequência O actor selecciona a opção “Alterar Password”, preenche seus
normal das interacções: dados actuais, digita uma nova senha e confirma-a.
O sistema indica-o sobre o sucesso da operação.
Variações:
Pós-condição O password foi alterado com sucesso.

Tabela 7: Use Cases Alterar password

Use Case Atender Requisição


Actor: Bombeiro
Trigger: O actor pretende digitalizar, enviando para a base de dados, os
documentos físicos de requisição que recebeu.
Pré-condição O actor é um usuário válido do sistema.
Descrição da sequência O actor acede ao módulo de registo das requisições.
normal das interacções: O actor selecciona a opção “Requisições”.
O sistema mostra um formulário de requisição.
O actor preenche o formulário, introduzindo nele os seus dados.
O cliente submete o formulário, clicando em “Requisitar”.
O sistema valida a informação introduzida.
Variações: Uses Submeter Requisição para Abastecimento
Pós-condição A requisição foi submetida e será processada brevemente.

Tabela 8: Use Cases Atender Requisição

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Use Case Efectuar Cadastro de Viaturas


Actor: FuncionárioSecretaria
Trigger: O actor pretende digitalizar, enviando para a base de dados, os
documentos físicos de cadastro que recebeu.
Pré-condição O actor é valido no sistema.
Descrição da sequência O actor acede ao módulo de registo dos cadastros.
normal das interacções: O actor selecciona a opção “Cadastros”.
O sistema mostra um formulário de cadastro.
O actor preenche o formulário, introduzindo nele os seus dados.
O actor submete o formulário, clicando em “Registar”.
O sistema valida a informação introduzida.

Variações: Uses Submeter Cadastro de Viaturas


Pós-condição O cadastro foi submetido e será processado brevemente.

Tabela 9: Use Cases Efectuar Cadastro de Viaturas

Use Case Fornecer Encomendas


Actor: AgenteBP
Trigger: O actor pretende reabastecer as bombas de combustível da UEM está
muito baixo.
Pré-condição O actor deve ser um agente reconhecido da BP.
Descrição da sequência O actor submete na secretaria da DASG os documentos para a
normal das interacções: efectivação do reabastecimento.
O funcionário da Secretaria em serviço acusa a recepção dos
documentos de reabastecimento.
Variações:
Pós-condição O reabastecimento foi submetido e será processado o quanto antes.

Tabela 10: Use Cases Fornecer Encomendas

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 58


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Use Case Registar Encomendas


Actor: FuncionárioSecretaria
Trigger: O actor pretende digitalizar, enviando para a base de dados, os
documentos físicos de reabastecimento que recebeu.
Pré-condição O actor é válido no sistema.
Descrição da sequência O actor acede ao módulo de registo das requisições de
normal das interacções: reabastecimento de combustível.
O actor selecciona a opção “Requisição de Reabastecimento”.
O sistema mostra um formulário de requisição.
O actor preenche o formulário, introduzindo nele os dados relativos
ao reabastecimento.
O actor submete o formulário, clicando em “Reabastecer”.
O sistema valida a informação introduzida.

Variações:
Pós-condição A reposição foi submetida e será processada.

Tabela 11: Use Cases Registar Encomendas

Use Case Gerar Relatórios


Actor: Administrador
Trigger: É necessário preparar os relatórios de:
Relatórios de previsão e sugestão de compra.
Demonstrativo de consumo por veículo (km/l).
Balancete e demonstrativos de resultado no período.
Mapa de quotas por órgão e automóveis.
Listagem de abastecimentos por automóvel em determinados
períodos.
Gráficos estatísticos: Compras, Abastecimento por Período.

Pré-condição O Administrador tenciona obter estatísticas dos serviços realizados


relativamente aos abastecimentos.
Descrição da sequência O Administrador acede à página de administração e selecciona a
normal das interacções: opção “Relatórios”;
O sistema abre um menu de relatórios que pode imprimir;
O gestor escolhe o relatório que deseja;
O sistema mostra os relatórios pedidos;
Variações: A qualquer momento os Gestores podem cancelar o pedido.
Pós-condição Relatórios necessários para a tomada de decisão.

Tabela 12: Use Cases Gerar Relatórios

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Use Case Inserir Usuários


Actor: Administrador
Trigger: O sistema de abastecimento de combustível possui diversos usuários.
Pré-condição O actor é um utilizador válido do sistema.
Descrição da sequência O Administrador acede ao módulo de administração;
normal das interacções: Uses efectuar controlo de acesso;
Escolhe a opção “Usuários” e faz a inserção dos respectivos usuários
de acordo com as actividades de cada um destes;
O sistema imprime uma mensagem de sucesso na inserção do novo
usuário.
Variações:
Pós-condição Usuário inserido.

Tabela 13: Use Cases Inserir Usuários

Use Case Actualizar Quantidades


Actor: Administrador
Trigger: O administrador pretende actualizar as quantidades de combustível
após um novo reabastecimento.
Pré-condição O actor é um usuário válido do sistema.
Descrição da sequência O Administrador acede ao módulo de administração;
normal das interacções: Escolhe a Opção “Reabastecimento” e de seguida faz a actualização
das quantidades de combustível segundo as respectivas quantidades.
Variações: Fornecer Encomendas
Pós-condição Reposição efectuada com sucesso.

Tabela 14: Use Cases Actualizar Quantidades

Use Case Activar Processo de Cadastro


Actor: Administrador
Trigger: A UEM adquire mais viaturas.
Pré-condição O actor é um usuário válido do sistema.
Descrição da sequência O Administrador acede ao módulo de administração;
normal das interacções: Uses efectuar controlo de acesso;
O actor selecciona a opção “Cadastros” e activa o processo de
cadastro mediante a escolha da opção “Cadastrados”;
O sistema imprime uma tabela de cadastrados.
Variações:
Pós-condição Lista de viaturas Cadastradas.

Tabela 15: Use Cases Activar Processo de Cadastro

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 60


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Use Case Activar Processo de Abastecimento


Actor: Administrador
Trigger: A UEM recebeu mais combustível da BP.
Pré-condição A UEM recebeu mais combustível da BP.
Descrição da sequência O Administrador acede ao módulo de administração;
normal das interacções: Uses efectuar controlo de acesso;
O actor selecciona a opção “Abastecimentos” e activa o processo.
Variações:
Pós-condição Lista de viaturas Abastecidas.

Tabela 16: Use Cases Activar Processo de Abastecimento

Use Case Actualizar Critérios de Abastecimento


Actor: Administrador
Trigger: Mudanças na política de abastecimento na UEM.
Pré-condição O actor é um usuário válido do sistema.
Descrição da sequência O Administrador acede ao módulo de administração;
normal das interacções: Uses efectuar controlo de acesso;
O actor selecciona a opção “Critérios” e insere os critérios de
abastecimento;
O sistema imprime uma mensagem de sucesso na inserção dos
critérios.
Variações:
Pós-condição Novos critérios de abastecimento na UEM.

Tabela 17: Use Cases Activar Processo de Abastecimento

Use Case Actualizar Critérios de Cadastro


Actor: Administrador
Trigger: Mudanças na política de abastecimento na UEM.
Pré-condição O actor é um usuário válido do sistema.
Descrição da sequência O Administrador acede ao módulo de administração;
normal das interacções: Uses efectuar controlo de acesso;
O actor selecciona a opção “Critérios” e insere os critérios de
cadastro;
O sistema imprime uma mensagem de sucesso na inserção dos
critérios.
Variações:
Pós-condição Novos critérios de cadastro na UEM.

Tabela 18: Use Cases Actualizar Critérios de Cadastro

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 61


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Use Case Submeter Cadastro de Viaturas


Actor: ÓrgãoUEM
Trigger: O cliente deseja cadastrar-se para abastecimento de combustível.
Pré-condição O cliente deve ser um órgão da UEM devidamente reconhecido.
Descrição da sequência O cliente submete na secretaria da DASG os documentos para a
normal das interacções: efectivação do cadastro.
O funcionário da Secretaria em serviço acusa a recepção dos
documentos de cadastro.
Variações: Informação Incompleta:
O cliente é informado que os documentos estão incompletos e que
este precisa voltar e reunir todos os documentos ou dados requeridos.
Pós-condição A informação cadastral foi submetida e será processada.

Tabela 19: Use Cases Submeter Cadastro de Viaturas

5.1.2 Modelo Entidade-Relacionamento

Convenções do Modelo Entidade-Relacionamento

 Entidades
Para a representação de uma entidade no modelo apresentado neste trabalho, o autor do mesmo
usou as seguintes convenções:
 Nome no singular;
 Nome em letras maiúsculas;
 Atributos
Para representar um atributo no modelo apresentado neste trabalho, o autor do mesmo usou as
seguintes convenções:
 Nome no singular e letras minúsculas;
 Asterisco para representar campos obrigatórios;

 Relacionamento
Para representar um atributo no modelo apresentado neste trabalho, o autor do mesmo usou as
seguintes convenções:

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 62


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Símbolo Descrição
Linha picotada ( --- ) Elemento opcional que indica “talvez”
Linha sólida ( __ ) Elemento obrigatório que indica “deve” e/ou o grau de
multiplicidade “somente um”

Pé-de-cabra ( ) Elemento que indica o grau de multiplicidade “um ou mais”

Tabela 20: Simbologia usada neste trabalho, relativa ao Modelo Entidade-Relacionamente

FUNCIONÁRIO
CADASTRO ÓRGÃO #*id_emp
#*id_cadastro QUOTA *nome_emp
#*id_orgão
*tipo_combustivel #*id_quota *nome_depto
*nome_orgão
*nome_cliente *descrição *titulo_emp
*e-mail
*data_criação *qty_gasolina *e_mail
*telemovel
*data_alteração *qty_gasóleo *id_depto
*localização
*total *fax (#)*cod_categoria
*celular *sexo
(#)id_quota *raça
*telefone
VIATURA *telemóvel
#*matricula *naturalidade
*nºdoquadro *estado_civil
*nºmotor CATEGORIA
*data_nascimento
*cilindrada #*cod_categoria
ABAST/VIAT *marca *nome_categoria
*lotação *data_atribuição
#*id_abastecimento
#*matricula *modelo REQUISIÇÃO
USER_FUNC
*ano_fabrico
*país_origem #*id_requisição #*id_emp
*medida_pneus *data #*cod_func
*id_proprietario (#)*id_orgão *data_atribuição
(#)id_orgão *qty *user_atribuição
(#)iid_cadastro *designação *estado
*observação

AGENTE
#*id_emp
*nome_emp
*nome_depto FORNECEDOR
ABASTECIMENTO *e_mail #*nuit FUNCIONALIDADE
*id_depto *nome_empresa COMBUSTÍVEL
#*id_abastecimento (#)*nuit #*id_combst #*cod_func
*descrição *designação
*data *raca *nome_combst
*e-mail *user_criação
*qty *sexo *qty
*contacto *user_alteração
*designação Naturalidade *preço
*localizacao *data_criação
*observação Data_nascimento *descrição
*cidade *data_alteração
(#)id_combst *morada (#)*nuit
*fax *estado

Figura 11: Diagrama de Entidades e Relacionamentos a partir das especificações de negócio (Fase de Análise)

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 63


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

5.1.3 Diagrama de Classes

Pela análise verifica-se que temos catorze (14) classes e que estas se relacionam segundo o diagrama
de classes apresentado na figura 12. Este mostra a visão lógica e aestrutura estática do sistema. Mas
antes de prosseguir, apresentamos as classes com os seus respectivos atributos e serviços. De referir
que as classes auxiliares ou secundárais são aqui apresentadas.

CADASTRO ÓRGÃO FUNCIONÁRIO


#*id_cadastro QUOTA #*id_emp
*tipo_combustivel #*id_orgão
#*id_quota *nome_emp
*nome_cliente *nome_orgão
*descrição *e-mail 1 1..* *nome_depto 1..*
*data_criação *qty_gasolina *titulo_emp
*data_alteração *telemovel
*qty_gasóleo *e_mail
*localização
*total *id_depto
listar_cad() 1 1..* *fax
(#)*cod_categoria
consultar_cad() *celular
listar_quotas() *sexo
novo_cad() (#)id_quota
consultar_quotas() *raça
actualizar_cad() novo_quota() *telefone
Anular_cad() *telemóvel 1
actualizar_quota() listar_org()
1 Anular_quota() *naturalidade CATEGORIA
consultar_org()
Indicar_id() *estado_civil
novo_org() #*cod_categoria
1..* *data_nascimento
actualizar_org() *nome_categoria
VIATURA Anular_org()
#*matricula 1 Atender_serviços() *data_atribuição
*nºdoquadro 0..* Indicar_id_org()
Solicitar_encomendas()
*nºmotor 1 Solicitar_categoria() listar_cat()
*cilindrada Solicitar_depto() consultar_cat()
*marca Indicar_cod() nova_cat()
ABAST/VIAT *lotação listar_org() actualizar_cat()
#*id_abastecimento *modelo consultar_orgs() Anular_cat()
#*matricula *ano_fabrico 1..*
novo_org()
1. . *país_origem REQUISIÇÃO actualizar_org()
* *medida_pneus
listar_abast() #*id_requisição Anular_org()
1 *id_proprietario
consultar_viat() *data
novo_abast_viat() (#)id_orgão 1
(#)*id_orgão
actualizar_abast_viat() (#)iid_cadastro
*qty
*designação 1..*
listar_viaturas() *observação
1..* consultar_viaturas()
USER_FUNC
nova_viatura() listar_cad()
actualizar_viatura() #*id_emp
consultar_cad()
Anular_viatura() #*cod_func
novo_cad()
Utilizar_serviços 1 *data_atribuição
actualizar_cad()
*user_atribuição
Anular_cad()
*estado

List_user_func
AGENTE FORNECEDOR
#*id_emp 1..*
#*nuit
*nome_emp *nome_empresa
*nome_depto *descrição
1 1..* *e_mail 1
*e-mail COMBUSTÍVEL
ABASTECIMENTO *id_depto FUNCIONALIDADE
*contacto
(#)*nuit *localizacao #*cod_func
#*id_abastecimento *raca 1..* 1 1 1..* #*id_combst
*cidade *designação
*data *sexo *nome_combst *user_criação
*qty *fax
Naturalidade *qty *user_alteração
*designação Data_nascimento *preço
listar_forn() *data_criação
*observação *morada *descrição
consultar_forn() *data_alteração
(#)id_combst (#)*nuit
novo_forn() *estado
Fornecer_encom() actualizar_forn()
listar_abast() Receber_pedidos() listar_combst() listar_func()
consultar_abast() anular_forn()
novo_agente() consultar_qty() consultar_func()
novo_abast() Anular_agente() novo_combst() nova_func()
actualizar_abast() imprimir_agente() actualizar_qty() actualizar_func()
Anular_abast() Solicitar_combst() Anular_func()
Obter_id_abast() 1..* 1

Figura 12: Diagrama de Classes (Modelo Conceptual)

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 64


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

5.1.4 Diagrama de Actividades

Este diagrama ilustra uma sequência de actividades (eventos) da mesma classe ou entre classes. O
diagrama de actividades também pode modelar um cenário. As figuras 13 e 14 mostram os
diagramas de actividades referentes às seguintes actividades: actividades cadastra clientes e
requisitar abastecimento.

Cliente Funcionário da Secretaria da DASG

Atender Cliente

Disponibilizar Formulário de Cadastro

Processar Documentos de Cadastro

Verificar Fiabilidade dos Dados

Externo à UEM [Else]

Cancelar Cadastro Verificar Dados

Dados Incompletos ou mal preenchidos [Else]

Rejeitar Cadastro Validar Dados

[Dados Crediveis]
Efectuar Cadastro

Figura 13: Diagrama de Actividades – Processo Cadastrar Clientes na Secretaria da DASG

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 65


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Cliente Bombeiro

Atender Cliente

Receber Documentos

Verificar Dados

Cliente Cadastrado?
Não Sim

Cancelar Abastecimento Consultar Quota

Quota em dia?

Sim [Else]

Abatecer Viatura Informar Disponibilidade Actual

Vai abastecer?
Aceita quantidade disponível

[Else]

Figura 14: Diagrama de Actividades – Processo Requisitar Abastecimento

5.1.5 Diagramas de Interacção

De seguida descrevem-se os diagramas de sequência e colaboração, respectivamente.

5.1.5.1 Diagrama de Sequência

O diagrama de sequência descreve o comportamento interno, descreve uma iteração no tempo e


modela um cenário. Como já temos as funções principais do sistema (diagramas de casos de uso), e
o diagrama de classes da análise do domínio do problema, iremos agora traçar como estas classes

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 66


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

irão interagir para realizar as funções do sistema, é importante recordar que, ainda nesta fase
nenhum tipo de técnica de implementação deve ser considerada.

Figura 15: Diagrama de Sequência – Processo Cadastrar Clientes na Secretaria da DASG

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Top Package::Cliente
:Bombeiro Sistema

Requisitos()

Submeter_Documentos()

Conferir_Documentos()
Tempo

Registar_Requisição()

Verificar_Integridade()

Revisão_Requisição()

Gerar_Código_Abastecimento()

Figura 16: Diagrama de Sequência – Processo Requisitar Abastecimento

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

5.1.5.2 Diagrama de Colaboração

O diagrama de colaboração realça a organização estrutural dos objectos que recebem e enviam
mensagens. Este diagrama apenas demonstra a interacção entre os objectos. Neste caso, ilustram-se
dois (2) processos envolvendo o cadastro e o abastecimento de combustíveis de viaturas, nas figuras
17 e 18, respectivamente.

1: visualizar
Sistema da Secçaõ de
Transportes: Ecrã Menu

Top Package:::Cliente
[While preenchimento for
deficiente]: get_value()

Registo Sistema: Formulário

1.1.1 Criar_cliente()

1.2. cadastrar() :Cliente

Figura 17: Diagrama de Colaboração – Processo Cadastrar Clientes na Secretaria da DASG

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1.1. abastecer()

Figura 18: Diagrama de Colaboração – Processo Requisitar Abastecimento

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5.1.6 Diagramas de Estados

O diagrama de estados é utilizado para descrever o comportamento de um objecto. Um estado


representa uma situação estável de um objecto que se prolonga durante um intervalo de tempo,
durante o qual os atributos não sofrem qualquer alteração de valor, nem o objecto sofre estímulos
externos. Este diagrama é centrado no objecto, portanto, trataremos nas figuras 19 e 20 dos objectos
cadastro e requisição, respectivamente.

Figura 19: Diagrama de Estado – Processo Cadastrar Clientes na Secretaria da DASG

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Figura 20: Diagrama de Estado – Processo Requisitar Abastecimento

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6 Segurança do Sistema

Nos últimos anos, os sistemas de rede têm crescido consideravelmente em tamanho, complexidade e
susceptibilidade a ataques. Ao mesmo tempo, o conhecimento, as ferramentas e as técnicas
disponíveis aos agressores têm crescido com a mesma rapidez ou até mais rápido (Symantec,2004).

Infelizmente, as técnicas de defesa não têm crescido tão rápido. As tecnologias actuais vêm
atingindo suas limitações, sendo necessárias soluções inovadoras para lidar com o nível das ameaças
actuais (ibidem).

Visto que o modelo proposto funciona num ambiente em rede, e mais de um usuário tem acesso ao
mesmo, ele não está isento de vulnerabilidades e malfeitores. Assim, torna-se necessário a
implementação de medidas de Segurança da Informação, tal como o uso de chaves de acesso ao
sistema, garantindo o acesso restrito da informação.

Ao longo da descrição que se segue, faz-se uma abordagem sobre alguns mecanismos de segurança,
ameaças a segurança, nível de segurança e políticas de segurança, com realce para o mecanismo de
segurança que foi implementado durante a realização do presente trabalho, com vista a dar suporte
ao Sistema de Gestão de Combustível na UEM e, abordam-se alguns aspectos ligados a segurança
lógica de dados.

6.1 Segurança da Informação

Segurança de Informação está relacionada com a protecção existente ou necessária sobre dados que
possuem valor para alguém ou uma organização. Possui aspectos bàsicos como confidencialidade,
integridade e disponibilidade da informação que ajuda nos a entender as necessidades de sua
protecção e que não se aplica ou está restrita a sistemas computacionais, nem a informações

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 73


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electrónicas ou qualquer outra forma mecânica de armazenamento. Ela se aplica a todos os aspectos
de protecção e armazenamento de informações e dados, em qualquer forma.

6.2 Conceitos de Segurança

A Segurança da Informação refere-se à protecção existente sobre as informações de uma


determinada empresa ou pessoa, isto é, aplica-se tanto as informações corporativas quanto as
pessoais.

Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo ou dado que tenha valor para alguma
organização ou pessoa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta ao público para consulta
ou aquisição.

Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não de ferramentas) para a definição do nível de
segurança existente e, com isto, serem estabelecidas as bases para análise da melhoria ou piora da
situação de segurança existente.

A segurança de uma determinada informação pode ser afectada por factores comportamentais e de
uso de quem se utiliza dela, pelo ambiente ou infra-estrutura que a cerca ou por pessoas mal
intencionadas que tem o objectivo de furtar, destruir ou modificar a informação.

A tríade CIA - Confidentiality, Integrity and Availability – (Confidencialidade, Integridade e


Disponibilidade) - representa as principais propriedades que, anualmente, orientam a análise, o
planeamento e a implementação da segurança para um determinado grupo de informações que se
deseja proteger.

Outras propriedades estão sendo apresentadas (legitimidade e autenticidade) na medida em que o


uso de transacções comerciais em todo o mundo, através de redes electrónicas (públicas ou privadas)
se desenvolve.

Os conceitos bàsicos podem ser explicados conforme abaixo:

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 Confidencialidade - propriedade que limita o acesso a informação tão somente às entidades


legítimas, ou seja, àquelas autorizadas pelo proprietário da informação.
 Integridade - propriedade que garante que a informação manipulada mantenha todas as
características originais estabelecidas pelo proprietário da informação, incluindo controlo de
mudanças e garantia do seu ciclo de vida (nascimento, manutenção e destruição).
 Disponibilidade - propriedade que garante que a informação esteja sempre disponível para o
uso legítimo, ou seja, por aqueles usuários autorizados pelo proprietário da informação.

O nível de segurança desejado, pode se consubstanciar em uma "política de segurança" que é


seguida pela organização ou pessoa, para garantir que uma vez estabelecidos os princípios, aquele
nível desejado seja perseguido e mantido.

Para a montagem desta política, tem que se ter em conta:


 Riscos associados à falta de segurança;
 Benefícios; e
 Custos de implementação dos mecanismos.

6.3 Mecanismos de Segurança

O suporte para as recomendações de segurança pode ser encontrado em:


 Controlos físicos: são barreiras que limitam o contacto ou acesso directo a informação ou a
infra-estrutura (que garante a existência da informação) que a suporta.

Existem mecanismos de segurança que apoiam os controlos físicos:


Portas / trancas / paredes / blindagem / guardas / etc.

 Controlos lógicos: são barreiras que impedem ou limitam o acesso a informação, que está em
ambiente controlado, geralmente electrónico, e que, de outro modo, ficaria exposta a
alteração não autorizada por elemento mal intencionado.

Existem mecanismos de segurança que apoiam os controlos lógicos:

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 75


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

 Mecanismos de criptografia. Permitem a transformação reversível da informação de forma a


torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para tal, algoritmos determinados e uma chave
secreta para, a partir de um conjunto de dados não criptográficos, produzir uma sequência de
dados criptográficos. A operação inversa é a decifração.
 Assinatura digital. Um conjunto de dados criptográficos, associados a um documento do
qual são função, garantindo a integridade do documento associado, mas não a sua
confidencialidade.
 Mecanismos de garantia da integridade da informação. Usando funções de "Hashing" ou de
verificação, consistindo na adição.
 Mecanismos de controlo de acesso. Palavras-chave, sistemas biométricos, firewalls, cartões
inteligentes.
 Mecanismos de certificação. Atesta a validade de um documento.
 Integridade. Medida em que um serviço/informação é genuíno, isto é, está protegido contra a
personificação por intrusos.
 Honeypot: É o nome dado a um software, cuja função é detectar ou de impedir a acção de um
cracker, de um spammer, ou de qualquer agente externo estranho ao sistema, enganando-o,
fazendo-o pensar que esteja de fato explorando uma vulnerabilidade daquele sistema.

6.4 Ameaças à Segurança

As ameaças à segurança podem ser classificadas em quatro tipos:


 Acesso não autorizado: descoberta da informação de um utilizador por outro que o usa para
aceder aos recursos do primeiro.
 Acesso por imitação (Spoofing Attacks): um utilizador ou sistema comporta-se como um
outro, para obtenção de informação, recursos ou prejudicar o serviço.
 Replay Attacks: mensagens que circulam na rede, são copiadas e repetidas para simular um
utilizador autorizado:
 Negação de Serviço (Denial of Service, DoS): A forma mais conhecida de ataque que
consiste na perturbação de um serviço, devido a danos físicos ou lógicos causados no sistema
que o suportam. Para provocar um DoS, os atacantes disseminam vírus, geram grandes

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 76


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volumes de tráfego de forma artificial, ou muitos pedidos aos servidores que causam
sobrecarga e estes últimos ficam impedidos de processar os pedidos normais.

Quem ataca a rede/sistema são agentes maliciosos, muitas vezes conhecidos como crackers, (hackers
não são agentes maliciosos, tentam ajudar a encontrar possíveis falhas). Estas pessoas são motivadas
para fazer esta ilegalidade por vários motivos. Os motivos principais são: notoriedade, auto-estima,
vingança e o dinheiro. De acordo com pesquisa elaborada pelo Computer Security Institute, mais de
70% dos ataques partem de usuários legítimos de sistemas de informação (Insiders) - o que motiva
corporações a investir largamente em controlos de segurança para seus ambientes corporativos
(intranet).

6.5 Nível de Segurança

Depois de identificado o potencial de ataque, as organizações tem que decidir o nível de segurança a
estabelecer para uma rede ou sistema os recursos físicos e lógicos a necessitar de protecção. No
nível de segurança devem ser quantificados os custos associados aos ataques e os associados à
implementação de mecanismos de protecção para minimizar a probabilidade de ocorrência de um
ataque.

6.6 Políticas de Segurança

De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Handbook), uma política de segurança consiste num
conjunto formal de regras que devem ser seguidas pelos usuários dos recursos de uma organização.

As políticas de segurança devem ter implementação realista, e definir claramente as áreas de


responsabilidade dos usuários, do pessoal de gestão de sistemas e redes e da direcção. Deve também
adaptar-se a alterações na organização. As políticas de segurança fornecem um enquadramento para
a implementação de mecanismos de segurança, definem procedimentos de segurança adequada,
processos de auditoria à segurança e estabelecem uma base para procedimentos legais na sequência
de ataques.

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

O documento que define a política de segurança deve deixar de fora todos os aspectos técnicos de
implementação dos mecanismos de segurança, pois essa implementação pode variar ao longo do
tempo. Deve ser também um documento de leitura fácil e compreensão, além de resumido.
Existem duas filosofias por tràs de qualquer política de segurança: a proibitiva (tudo que não é
expressamente permitido é proibido) e a permissiva (tudo que não é proibido é permitido).

Os elementos da política de segurança devem ser considerados:


 A Disponibilidade: o sistema deve estar disponível de forma que quando o usuário necessitar
possa usar. Dados críticos devem estar disponíveis ininterruptamente.
 A Utilização: o sistema deve ser utilizado apenas para os determinados objectivos.
 A Integridade: o sistema deve estar sempre íntegro e em condições de ser usado.
 A Autenticidade: o sistema deve ter condições de verificar a identidade dos usuários, e este
ter condições de analisar a identidade do sistema.
 A Confidencialidade: dados privados devem ser apresentados somente aos donos dos dados
ou ao grupo por ele liberado.

6.7 Políticas de Senhas

Dentre as políticas utilizadas pelas grandes corporações a composição da senha ou password é a


mais controversa. Por um lado profissionais com dificuldade de memorizar varias senhas de acesso,
por outro funcionários displicentes que anotam a senha sob o teclado no fundo das gavetas, em casos
mais graves o colaborador anota a senha no monitor.

Recomenda-se a adopção das seguintes regras para minimizar o problema, mas a regra fundamental
é a consciencialização dos colaboradores quanto ao uso e manutenção das senhas.

 Senha com data para expiração


Adopta-se um padrão definido onde a senha tem prazo de validade com 30 ou 45 dias,
obrigando o colaborador ou usuário a renovar sua senha.

 Inibir a repetição

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 78


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Adopta-se através de regras predefinidas que uma senha uma vez utilizada não poderá ter
mais que 60% dos caracteres repetidos, por exemplo: senha anterior “123senha” nova senha
deve ter 60% dos caracteres diferentes como “456seuze”, neste caso foram repetidos
somente os caracteres “s” “e” os demais diferentes.
 Obrigar a composição com número mínimo de caracteres numéricos e alfabéticos
Define-se obrigatoriedade de 4 caracteres alfabéticos e 4 caracteres numéricos, por exemplo:
1s4e3u2s ou posicionais, os 4 primeiros caracteres devem ser numéricos e os 4 subsequentes
alfabéticos por exemplo: 1432seuz.

 Criar um conjunto possíveis senhas que não podem ser utilizadas


Monta-se uma base de dados com formatos conhecidos de senhas e proibir o seu uso, como
por exemplo o usuário chama-se Mariamo da Silva, logo sua senha não deve conter partes do
nome como 1221mari ou 1212silv etc., os formatos DDMMAAAA ou 19XX, 1883emc ou
I2B3M4 etc.

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7 Conclusões e Recomendações

Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de mostrar a relevância da produção de sistemas de
informação que sirvam aos usuários em suas necessidades especificas, devendo ser adaptáveis ao
funcionamento organizacional e não o contrário para que os mesmos possam ser aceites como parte
integrante da organização. Isto só se consegue com a produção de sistemas cujo processo de
levantamento de requisitos inclua o usuário.

O sistema actual de distribuição e abastecimento de combustível possui transacções manuais


exigindo bastante atenção e paciência por parte dos seus intervenientes. Isto faz com que este não
esteja isento de constrangimentos ou mesmo disponibilização de informação correcta, no tempo
certo e a pessoas certas.

De modo paralelo, o mesmo trabalho serviu para conceber e apresentar um modelo de sistema de
informação na forma de um protótipo funcional que vai ao encontro dos procedimentos de
abastecimento de combustível na UEM. Sendo que para esta parte do trabalho, tudo aparece na
forma de propostas, e deste modo, o autor do mesmo mostra-se aberto a dar continuidade com o
desenvolvimento do sistema, por forma a corrigir certos erros que provavelmente o modelo tenha, e
incorporar nele os aspectos que estiverem omissos, pormenores estes que só se poderão notar no
decorrer da implementação do mesmo.

O sistema desenvolvido responde também a algumas ?que a secção de transportes enfrenta tais
como:
 Armazenamento de informação referente ao historial de abastecimento dos automóveis de
cada um dos órgãos da UEM;
 Acesso a alguns relatórios como por exemplo:
 Lista de todos os órgãos com todas as informações requeridas;
 Lista de viaturas que um órgão possui;
 Quantidades actualizadas que um órgão possui após o abastecimento de suas viaturas;

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 Lista de viaturas abastecidas por órgão;


 Lista de viaturas dum órgão abastecidas num período;
 Lista de viaturas dum órgão abastecidas numa data;
 Lista de todas viaturas abastecidas num dia;
 Lista do historial de abastecimentos de cada viatura, incluindo os abastecimentos bem
como o registo da quilometragem após cada um dos abastecimentos.

7.1 Conclusões

Perante o cenário apresentado na introdução deste capítulo, foi possível tirar as seguintes
conclusões:
1. A automatização dos processos de registo de todos os abastecimentos, mediante a
amostra de um comprovativo proveniente dos órgãos requisitantes mostra-se eficaz
segundo o regulamento vigente sobre a matéria na UEM;
2. A tecnologia usada para a implementação do modelo, tanto no tocante a base de
dados (MS SQL Server 2000) como no tocante a linguagem de programação (MS
Visual Basic 6.0 ) adequam-se à dimensão da Secção de Transportes e ao número de
usuários da aplicação;
3. A interface desenhada na aplicação é amigável e adequada ao nível de utilizadores da
aplicação;
4. As aplicações produzidas para correr sobre uma intranet precisam de ter algum
cuidado no tocante a segurança embora não se assemelhe à aplicações feitas para
correr em ambiente Web. No modelo proposto, investigou-se a segurança a dois
níveis, nomeadamente a física e a lógica, propondo a instalação de uma sala para o
servidor;
5. Após diversos testes de funcionalidade do sistema de informação com os
funcionários da área operacional da Secção de Transportes da UEM, este estudo
conclui que a implementação do modelo, trouxe soluções automatizadas para as
transacções que dizem respeito a gestão da distribuição e abastecimento de
combustível.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 81


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7.2 Recomendações

De modo a resolver os actuais problemas de gestão da distribuição e abastecimento de combustível


na UEM, com recurso aos resultados do presente trabalho recomenda-se:

 A instalação e o uso do protótipo do sistema de informação regulamentado pela DAP para a


realização das transacções relacionadas com a gestão da distribuição e abastecimento de
combustíveis;
 A Secção de Transportes deve possuir uma rede local consistente e estável, para permitir a
continuidade da utilização deste sistema;
 Capacitação do pessoal envolvido, através do manual do utilizador que esta em anexo;
 A instalação de uma sala para armazenar o servidor local onde correrá aplicação. Esta sala
deverá conter alguns mecanismos de seguranças abordados no trabalho;
 A continuidade futura deste trabalho, de modo a incorporar ao modelo deste estudo terminais
de computadores conectados às bombas, impressoras, concentradores bem como o uso de
cartões de débito e crédito possibilitando a transferência electrónica de dados rumando assim
para a automatização completa das bombas de combustível da UEM.

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

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Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 83


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Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 85


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Anexos
Guião de Entrevistas

No âmbito da automatização do sistema de abastecimento de combustível na UEM, foram levadas a


cabo cinco entrevistas. Dentre os entrevistados estão: o chefe da Direcção de Administração e
Património (DAP), chefe da Secção de Transportes (ST), o Bombeiro da ST, secretaria da DAP e o
chefe do Departamento de Manutenção de automóveis. As entrevistas consistiram na captura de
informação sob forma de entrevistas abertas, tendo sido feitas por vezes mais de uma vez aos
envolvidos com o intuito de obter a mais correcta informação sobre o funcionamento das actividades
referentes ao abastecimento e cadastro de viaturas.

Para tal, estão alistadas abaixo as questões colocadas ao longo das entrevistas:

1. Como funciona o circuito de abastecimento de combustíveis?

2. Que companhia petrolífera fornece combustível a Universidade?

3. Quantas vezes por mês as bombas da UEM são reabastecidas?

4. Qual é a quantidade de combustível adquirida mensalmente?

5. Essa quantidade de combustível supre as necessidades internas?

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

6. Que tipos de combustível estão disponíveis?

7. Qual é a quantidade máxima que uma viatura pode abastecer ou cada órgão requisitar?

8. Em que consiste a atribuição de quotas aos órgãos?

9. Quais são os maiores constrangimentos existentes na tramitação manual dos abastecimentos


ou cadastro às viaturas?

10. Em que medida acha que a introdução de um sistema de informação automatizado vai ajudar
na tramitação dos processos diários?

11. Que funcionalidades o sistema deveria ter?

12. O que acha que deveria ser feito de modo que o tempo de vida do sistema fosse o mais longo
possível?

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Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Manual do Utilizador

Nesta secção do documento, descreve-se o funcionamento do sistema através do manual do


utilizador com vista a facilitar a navegação na aplicação e facilitar a compreensão dos utilizadores
do sistema.

(a) Introdução

O sistema de gestão de combustíveis da UEM foi concebido para facilitar os diversos processos
decisórios que se referem à actividade de abastecimento das viaturas desta instituição, bem como o
seu cadastro no sistema e a geração de relatórios afins. Estão previstos como utilizadores deste
sistema, os gestores da DAP, o bombeiro e a secretaria da DAP.

Com a ajuda do sistema produzido, os gestores da DAP e o bombeiro, que são utilizadores com
maior número de opções de funcionamento (permissões) no sistema, poderão, introduzir informação
referente aos órgãos e viaturas (cadastrar, actualizar e remover), actividades relativas aos
abastecimentos, visualizar relatórios contendo as estatísticas referentes aos cadastros,
abastecimentos das viaturas e diversas outras opções. Outros utilizadores mas, com menos
permissões do sistema podem introduzir e actualizar as actividades realizadas pelos bombeiros, é o
caso dos gestores deste departamento que poderão visualizar relatórios contendo informações sobre
as viaturas e órgãos.

O sistema é composto por cinco módulos, no primeiro introduz-se, altera-se e remove-se os dados
dos órgãos e viaturas, o segundo onde introduz-se e actualiza-se as actividades relativas aos
abastecimentos das viaturas e órgãos, o terceiro onde se realizam consultas, o quarto onde são
gerados e visualizados relatórios referentes a viaturas - actividades realizadas. O último módulo traz
informações adicionais, relativas ao sistema.

Os cinco módulos foram implementados com sucesso, porém, poderão ser acrescidas algumas
funcionalidades em cada um deles, cuja necessidade poderá advir do processo de implementação do
sistema.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 88


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Este manual possui informação útil para todos os utilizadores do sistema, de modo a facilitar o
processo ensino-aprendizagem do funcionamento do sistema.

(b) Estrutura do Sistema

O sistema de gestão de combustíveis da UEM foi concebido para ser usado pelos seguintes
utilizadores:

 Administrador do sistema;
 Gestores da DAP;
 Bombeiro; e
 Secretaria.

O administrador do sistema é responsável pela manutenção da aplicação e portanto possui acesso a


todos os menus do sistema. Este usuário não participa activamente nas actividades do sistema,
estando sempre pronto a intervir quando surgem imprevistos. Os restantes usuários, possuem
privilégios definidos segundo as suas actividades dentro do sistema.

Para que os usuários acedam ao menu inicial do sistema devem clicar sobre o ícone no desktop com
a inscrição “Sistema de Gestão de Abastecimento da UEM”, ou fazer o mesmo através do menu
Start do Windows. A figura abaixo ilustra o objecto startup do sistema que inicializa o sistema.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 89


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 21: Startup do Sistema de Gestão de Combustíveis na UEM

Para aceder às diversas funcionalidades do sistema, só um usuário autenticado pode fazê-lo, para tal
deverá digitar seus dados de acesso, “Usuário” e “Senha”, como ilustra a figura 21. Após digitar os
seus dados de autenticação, ele deverá clicar num dos três botões apresentados: “Administrador”,
“Usuário” e “Sair”, caso desistam de aceder ao sistema.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 90


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 22: Menu de autenticação de usuários

Como já se disse anteriormente, o administrador do sistema é o usuário que faz a manutenção do


sistema, possui todas as funcionalidades que o sistema dispõe, porém, ele não participa nas
actividades do sistema.

Por esta razão, descrevem-se as suas opções considerando que elas descrevem implicitamente as
opções de outros usuários. No entanto, há funcionalidades que o administrador pode aceder e
qualquer outro utilizador não. Por exemplo, depois de digitar o seu “Nome” e a respectiva “Senha”,
ele pode clicar sobre o botão “Administrador” lhe dá acesso privilegiado à área de administração do
sistema, conforme ilustram as figuras abaixo.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 91


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 23: Janela de visualização dos dados dos usuários do sistema

Figura 24: Janela de cadastro de usuários

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 92


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Estes menus mostram claramente que administrador é responsável pela gestão dos usuários do
sistema, onde ele poderá incluir, excluir, actualizar ou editar os seus dados.

No fim da janela de administração do sistema, o administrador tem duas opções: “Principal ” que lhe
dá acessos às funcionalidades globais do sistema, que todos os usuários podem executar, ou “Sair”
que fazem com que termine a sua sessão.

Depois de validados os dados de entrada do sistema, tanto pelo administrador como pelos restantes
usuários, aparecerá no ecrã o menu principal do sistema, que a seguir se apresenta.

Figura 25: Menu principal do Sistema de Gestão de Combustíveis da UEM

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 93


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Como se pode observar, existem cinco módulos no sistema:

1. Cadastros;
2. Operações;
3. Consultas;
4. Relatórios; e
5. Sobre o sistema.

A informação que se pode obter a partir de um destes módulos é descrita na secção seguinte.

(c) Funcionalidades do Sistema

O sistema foi desenhado e implementado tendo em conta as diferentes actividades disponíveis a


cada tipo de usuário.

A seguir estão descritas as actividades referentes ao admnistrador por este ser o actor com o maior
número de permissões no sistema:

Módulo 1 – Cadastros

Este módulo é responsável pelos cadastros, e para tal existem as seguintes opções (vide a figura 26):
1. Marca da viatura;
2. Viaturas;
3. Ano de fabrico;
4. Medida de pneus;
5. País fabricante;
6. Órgão; e
7. Quotas.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 94


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 26: Menu principal do módulo de cadastros

As opções 1, 3, 4 e 5 são facilmente perceptíveis e, a título de exemplo, mostra-se como funciona


uma delas e analogamente assumem-se as restantes como tendo sido percebidos.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 95


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 27: Formulário para a introdução de uma marca de viatura

Neste formulário podem ser introduzidos dados que não estejam registradas no sistema sobre as
marcas das viaturas.

Existem neste módulo três opções importantes para o funcionamento da aplicação, as opções 1,6 e 7
respectivamente. No inicio há necessidade de registar os dados sobre os clientes (órgãos) e para tal
escolhe-se a opção órgãos. Mesmo que não surjam órgãos novos poderá surgir a necessidade de
actualizar os dados sobre os mesmos, daí a preponderância desta opção. Para tal basta clicar em
“Órgão” e aparecerá um formulário que depois de ser preenchido apresenta-se como ilustra a figura
28.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 96


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 28: Formulário de entrada de dados dos órgãos

Pode também surgir a necessidade de registar dados sobre as viaturas que forem sendo adquiridas
pela Universidade. Para que tais viaturas possam se beneficiar de algum abastecimento, precisam ser
cadastradas e, para tal, existe um formulário para entrada de dados sobre as viaturas que após o seu
preenchimento apresenta-se como ilutra a figura abaixo.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 97


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 29: Formulário de entrada de dados das viaturas.

Pelo facto de as quantidades de combustível serem exíguas, surge também a necessidade de definir
quotas mensais para cada um dos órgãos e, para tal existe também um formulário para registo e
actualização das quotas dos órgãos. Após o preenchimento dos respectivos campos, o formulário se
assemelhará ao ilustrado na figura 30.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 98


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 30: Formulário de entrada de dados das viaturas dos órgãos.

De salientar que todos os formulários desta aplicação têm as opções “gravar”, “limpar”, “excluir” e
“sair” que podem ser usados conforme a necessidade.

Módulo 2 – Operações

Este módulo permite realizar as operações “abastecer viatura” e “actualizar quantidades de


combustíveis nos órgãos”, conforme ilustram as figuras 31 e 32 abaixo. De realçar que quando uma
viatura é abastecida, esta quantidade é abatida nas quantidades correntes dos órgãos e quando
actualiza-se as quantidades nos órgãos, sua quantidade corrente aumenta. Este procedimento permite
um maior controlo, pois, quando um órgão tiver uma quantidade inferior à requerida por uma viatura
o sistema dará a informação de que não é possível efectuar a respectiva operação.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 99


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 31: Formulário de transacção do abastecimento de uma viatura.

Figura 32: Formulário de transacção de actualização das quantidades dum órgão

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 100


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Sempre que uma operação for realizada com sucesso, o sistema mostrará a mensagem da figura 33.

Figura 33: Mensagem referindo a uma operação efectuada com sucesso

Módulo 3 – Consultas

O terceiro módulo é dedicado à realização das mais diversas consultas (vide a figura 34) e, tem as
opções abaixo descritas:

1. Consultar viaturas;
2. Consultar viaturas abastecidas por órgão;
3. Consultar viaturas abastecidas por matrícula;
4. Consultar viaturas abastecidas numa data;
5. Consultar órgãos;
6. Consultar órgãos abastecidos;
7. Consultar órgãos abastecidos numa data;
8. Consultar quotas.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 101


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 34: Menu de Consultas

Neste módulo será ilustrada a realização de três tipos de consultas diferentes, tomando-se o outras de
modo análogo.

As opções “viaturas”,”órgãos” e “quotas” são consultas simples que pura e simplesmente se


encarregam de dar informações gerais sobre cada um dos temas. Por exemplo, se desejarmos saber
sobre as viaturas abastecidas, escolhemos a opção “viaturas” e aparecerá a seguinte consulta no
nosso ecrã:

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 102


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 35: Consulta a todas as viaturas

As outras consultas não são tão simples como as acima descritas, pois, precisa-se antes de realizá-las
introduzir ou escolher um parâmento de entrada. Se se desejar obter dados sobre as viaturas
abastecidas pertencentes a um “órgão A”, deve-se escolher na combobox31 o respectivo órgão. Se o
caso for o abastecimento a uma determinada viatura, escolhe-se a matrícula de tal viatura, e por fim,
se se tratar de viaturas abastecidas numa data, escolhe-se a respectiva data e será feita uma filtragem
de modo a obter os dados requeridos (vide a figura abaixo).

31
Combinação de uma lista ou uma caixa de lista drop-down e um textbox single-line, permitindo ao usuário a um ou
outro tipo um valor diretamente no controlo, ou escolher da lista de opções existentes.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 103


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 36: Consulta do historial de abastecimentos a viaturas numa data

De modo análogo se procede quando se tratar dos dados sobre os órgãos (vide a figura abaixo).

Figura 37: Consulta do historial de abastecimento a um órgão

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 104


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Módulo 4 – Relatórios

Nas figuras abaixo mostram-se as opções de relatórios que podem ser extraídos do sistema.

Figura 38: Menu de relatórios 1

Figura 39: Menu de relatórios 2

A maioria dos relatórios acima perfilados, requerem a introdução de parâmetros de selecção e, pelo
seu número não serão descritos todos os relatórios, mas sim aqueles que constituirão um guia para o
usuário extrair outros relatórios que são similares.

O usuário pode precisar extrair os relatórios sobre as quotas dos órgãos ou as viaturas abastecidas,
para tal bastar escolher a opção “quotas” ou o path32 “viaturas-abastecimentos-todos” e aparecerão
os seguintes relatórios:

32
Forma geral do nome dum directório, atribuindo a cada ficheiro o seu nome e uma localização única no sistema de
ficheiro.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 105


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 40: Relatório de quotas dos órgãos

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 106


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 41: Relatório de todas as viaturas abastecidas

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 107


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

O usuário também pode pesquisar todas as viaturas abastecidas num determinado período. Para tal
basta seguir o path “viaturas-abastecimento-por período”. Neste caso, aparecerá no ecrã um
formulário (vide a figura 42) para a introdução do período desejado.

Figura 42: Formulário de entrada de dados para a obtenção do relatório por período

Após a introdução de dados, bastará o usuário clicar no botão “imprimir”, caso queira ver o relatório
ou então “cancelar” ou “limpar”. Se a opção escolhida for “imprimir”, então, será imprimido o
seguinte relatório (vide em figura 43):

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 108


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 43: Relatório de todas as viaturas abastecidas entre os dias 17-02-2007 e 18-02-2007

De seguida efectua-se uma consulta mais interessante, para a obtenção do relatório dos
abastecimentos de viaturas dum órgão em certo período, para tal escolhe-se o path “viaturas-
abastecimentos-por órgão-num período”. De seguida o sistema mostrará um formulário para a
entrada de dados (vide a figura 44).

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 109


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 44: Formulário de entrada de dados para obter relatório com três parâmetros

Após clicar em “imprimir”, mostra-se um relatório (vide a figura 45) cujos parâmetros foram
introduzidos através do formulário de entradas de dados anterior. Todos relatórios acima ilustrados
podem ser imprimidos em papel conforme a opção que aparece no canto superior esquerdo de cada
um deles.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 110


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 45: Relatório exibindo viaturas da Faculdade de Ciências abastecidas entre 18-02-2007 e 06-03-2007

Para terminar com os relatórios ilustra-se como obter informações sobre os abastecimentos aos
órgãos. Para tal, é preciso escolher o órgão sob o qual se deseja obter informação abrindo um
formulário (vide a figura 46) após a escolha do path “orgão-abastecimento-por órgão”.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 111


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Figura 46: Formulário de entrada de dados para obter dados dos órgãos

Como consequência, obtém-se o seguinte relatório:

Figura 47: Relatório sobre abastecimentos efectuados a um órgão

Refira-se que os relatórios acima ilustrados não são todos os que fazem parte do sistema, porém,
constituem um guia para todos os restantes.

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 112


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Código Usado na Implementação de alguns Métodos

Uma vez que “não existe um trabalho perfeito mas sim um trabalho óptimo”, o autor deste trabalho
achou por bem disponibilizar o código fonte por si usado na realização do presente trabalho para
uma eventual continuidade deste trabalho, seja para melhoramento dalgumas funcionalidades
existentes ou o acréscimo de outras. Este código também poderá servir para a realização de trabalhos
com as mesmas ou características diferentes. De salientar que o código a seguir apresentado refere-
se apenas às funcionalidades mais importantes do sistema, sendo as não incluídas de fácil
entendimento. A codificação foi feita em Microsoft Visual Basic 6.0.

Cadastro de viaturas

Private Sub Toolbar1_ButtonClick(ByVal Button As MSComctlLib.Button)


'verifica qual foi o botão clicado
Select Case Button.Index
Case 1
'botão gravar:
cmdgravar_Click
Case 2
'botão limpar:
cmdlimpar_Click
Case 3
'botão excluir:
cmdexcluir_Click
Case 4
'botão retornar:
Unload Me
End Select
End Sub

Public Sub CarregaOrgaos(NomeCombo As ComboBox)

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 113


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Dim cnncomando As New ADODB.Command


Dim rsTemp As New ADODB.Recordset
Dim i As Integer
'On Error GoTo errComboOrgaos

'executa a consulta editorasemordemalfabetica


With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdStoredProc
.CommandText = "OrgaosEmOrdemAlfabetica"
Set rsTemp = .Execute
End With

With rsTemp

'verifica se existe algum orgao cadastrada


If Not (.EOF And .BOF) Then
' se existe,entao posiciona o apontador no primeiro
' registo do rs
.MoveFirst
' inicializa a variavel i que será usada como indice
' para a propriedade itemdata
i=0
While Not .EOF
' adiciona um item a combobox com o nome da orgao
NomeCombo.AddItem !nome_orgao, i
' grava na propriedade itemdata desse o código da orgao
NomeCombo.ItemData(i) = !id_orgao
' vai para o proximo registro do rs
.MoveNext
' incrementa i

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 114


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

i=i+1
Wend
End If
End With

saida:
Set cnncomando = Nothing
Set rsTemp = Nothing
Exit Sub

errComboOrgaos:
With Err
If .Number <> 0 Then
MsgBox "Não foi possivel ler a tabela de Orgãos.", _
vbInformation + vbOKOnly + vbSystemModal, _
"Erro ao carregar ComboBox"
.Number = 0
GoTo saida
End If
End With
End Sub

Abastecimento de viaturas

Private Function getOrgaoId(matrícula1 As Integer) As Integer


Dim cnncomando As New ADODB.Command
Dim rsSelecao As New ADODB.Recordset
Dim vsql As String
Dim rs As Recordset
'cria o comando sql
vsql = " SELECT id_orgao FROM viatura WHERE matrícula = " & _

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 115


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

matrícula1 & ""


Screen.MousePointer = vbHourglass
With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdText
.CommandText = vsql
End With
rsSelecao.Open vsql, cnnSGC, adLockOptimistic, adCmdText
With rsSelecao
If .EOF And .BOF Then
existeorgao = False
Else
'se nao, atribui a funcao o campo com o codigo da viatura
getOrgaoId = rsSelecao.Fields![id_orgao]
existeorgao = True
End If
End With
End Function

Private Function getTipoCombustivel(matrícula1 As Integer) As Integer


Dim cnncomando As New ADODB.Command
Dim rsSelecao As New ADODB.Recordset
Dim vsql As String
'cria o comando sql
vsql = " SELECT tipocombustivel FROM viatura WHERE matrícula = " & _
matrícula1 & ";"
Screen.MousePointer = vbHourglass
With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdText
.CommandText = vsql

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 116


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

End With
rsSelecao.Open vsql, cnnSGC, adOpenDynamic, adLockBatchOptimistic, adCmdText
With rsSelecao
If .EOF And .BOF Then
existecombustivel = False
Else
'se nao, atribui a funcao o campo com o codigo da viatura
getTipoCombustivel = rsSelecao.Fields![tipocombustivel]
existecombustivel = True
End If
End With
End Function

Private Function getQtyGasoleo(idorgao As Integer) As Integer


Dim cnncomando As New ADODB.Command
Dim rsSelecao As New ADODB.Recordset
Dim vsql As String
'cria o comando sql
vsql = " SELECT qtygasoleo FROM orgao WHERE id_orgao = " & _
idorgao & ";"
Screen.MousePointer = vbHourglass
With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdText
.CommandText = vsql
End With
rsSelecao.Open vsql, cnnSGC, adOpenDynamic, adLockOptimistic, adCmdText
With rsSelecao
If .EOF And .BOF Then
existecombustivel = False
Else

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 117


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

'se nao, atribui a funcao o campo com o codigo da viatura


getQtyGasoleo = rsSelecao.Fields![qtygasoleo]
existecombustivel = True
End If
End With
End Function

Private Function getQtyGasolina(idorgao As Integer) As Integer


Dim cnncomando As New ADODB.Command
Dim rsSelecao As New ADODB.Recordset
Dim vsql As String
'cria o comando sql
vsql = " SELECT qtygasolina FROM orgao WHERE id_orgao = " & _
idorgao & ";"
Screen.MousePointer = vbHourglass
With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdText
.CommandText = vsql
End With
rsSelecao.Open vsql, cnnSGC, adOpenDynamic, adLockOptimistic, adCmdText
With rsSelecao
If .EOF And .BOF Then
existecombustivel = False
Else
'se nao, atribui a funcao o campo com o codigo da viatura
getQtyGasolina = rsSelecao.Fields![qtygasolina]
existecombustivel = True
End If
End With
End Function

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 118


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Private Function ComparaGasoleo(qtyd As Integer, qtypedida As Integer) As Boolean


Dim a As Integer
Dim abastecimento As Boolean
ComparaGasoleo = False
If qtyd < qtypedida Then
abastecimento = False
Else
abastecimento = True
ComparaGasoleo = abastecimento
End If
End Function

Private Function ComparaGasolina(qtyd As Integer, qtypedida As Integer) As Boolean


If qtyd < qtypedida Then
abastecimento = False
Else
abastecimento = True
ComparaGasolina = abastecimento
End If
End Function

Private Sub cmdgravar_Click()


Dim cnncomando As New ADODB.Command
Dim vsql As String
Dim vconfmsg, vQty As Integer, vcod As Integer
Dim comparacao, comparacao1 As Boolean
Dim verro As Boolean
Dim vdata As String

vdata = CDate(txtdata1.Text)

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 119


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

vcod = Val(txtcodigo.Text)
vQty = Val(txtqty.Text)
vconfmsg = vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal
verro = False

If vcod = 0 Then
MsgBox "O campo código da viatura não foi preenchido.", vconfmsg, "Erro"
verro = True
End If

If txtqty.Text = Empty Then


MsgBox "O campo quantidade de combustivel não foi preenchido.", vconfmsg, "Erro"
verro = True
End If

If txtkm.Text = Empty Then


MsgBox "O campo quilometragem actual não foi preenchido.", vconfmsg, "Erro"
verro = True
End If

vCodOrgao = getOrgaoId(vcod)
vCodCombustivel = getTipoCombustivel(vcod)
vQtyGasoleo = getQtyGasoleo(vCodOrgao)
vQtyGasolina = getQtyGasolina(vCodOrgao)
comparacao = ComparaGasoleo(vQtyGasoleo, vQty)
comparacao1 = ComparaGasolina(vQtyGasolina, vQty)
If vCodCombustivel = 1 Then
If comparacao = True Then
Screen.MousePointer = vbHourglass
With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 120


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

.CommandType = adCmdTex
' executa o comando de gravação
vsql = "INSERT INTO abastecimento " & _
"(idviat, qty, " & _
"km, data1)" & _
"VALUES (" & vcod & "," & _
vQty & "," & _
txtkm.Text & ",'" & _
vdata & "');"
.CommandText = vsql
.Execute
' executa o comando de actualização
vsql1 = "UPDATE orgao SET qtygasoleo = qtygasoleo - " & vQty & _
""&_
"WHERE id_orgao = " & _
vCodOrgao & ";"
.CommandText = vsql1
.Execute
End With
MsgBox "Gravação concluida com sucesso.", _
vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal, "Gravação OK"
'chama a sub que limpa os dados do formulário
cmdlimpar_Click
txtdata1.Text = Format(Date, "short date")
Else
MsgBox "A quantidade solicitada supera a quantidade em stock.", _
vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal, "Gravação OK"
End If
Else
If comparacao1 = True Then
Screen.MousePointer = vbHourglass

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 121


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdText

' executa o comando de gravação


vsql = "INSERT INTO abastecimento " & _
"(idviat, qty, " & _
"km, data1)" & _
"VALUES (" & vcod & "," & _
vQty & "," & _
txtkm.Text & ",'" & _
vdata & "');"
.CommandText = vsql
.Execute
' executa o comando de actualização
vsql1 = "UPDATE orgao SET qtygasolina = qtygasolina - " & vQty & _
""&_
"WHERE id_orgao = " & _
vCodOrgao & ";"
.CommandText = vsql1
.Execute
End With
MsgBox "Gravação concluida com sucesso.", _
vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal, "Gravação OK"
'chama a sub que limpa os dados do formulário
cmdlimpar_Click
txtdata1.Text = Format(Date, "short date")
End If
Else
MsgBox "A quantidade solicitada supera a quantidade em stock.", _
vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal, "Gravação OK"

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 122


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

End If
End If
saida:
Screen.MousePointer = vbDefault
Set cnncomando = Nothing
Exit Sub
errGravacao:
With Err
If .Number <> 0 Then
MsgBox "Houve um erro durante a gravação dos dados no Registro.", _
vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal, "Erro"
.Number = 0
GoTo saida
End If
End With
End Sub

Abastecimento de orgaos

Dim vinclusao As Boolean


Dim vCodOrgao As Integer
Private Sub cmdgravar_Click()
Dim cnncomando As New ADODB.Command
Dim vsql, vsql1 As String
Dim vcod As Long
Dim vconfmsg As Integer
Dim verro As Boolean
vdata = CDate(txtdata.Text)
On Error GoTo errGravacao
converte o código digitado para gravação
vcod = Val(txtcodigo.Text)
'verifica os dados digitados
vconfmsg = vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal
verro = False

If vcod = 0 Then
MsgBox "O campo código não foi preenchido.", vconfmsg, "Erro"
verro = True

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 123


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

End If

If txtgasolina.Text = Empty Then


MsgBox "O campo quantidade de gasolina não foi preenchido.", vconfmsg, "Erro"
verro = True
End If

If txtgasoleo.Text = Empty Then


MsgBox "O campo quantidade de gasoleo não foi preenchido.", vconfmsg, "Erro"
verro = True
End If

If txtdata.Text = Empty Then


MsgBox "O campo data não foi preenchido.", vconfmsg, "Erro"
verro = True
End If

If vCodOrgao = 0 Then
MsgBox "Não foi selecionado nenhum orgao.", vconfmsg, "Erro"
verro = True
End If

'se aconteceu um erro de digitação,sai da sub sem gravar:


If verro Then Exit Sub

Screen.MousePointer = vbHourglass

With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdText

' executa o comando de gravação


vsql = "INSERT INTO abstorgao " & _
"(idaborg, idorgao, gasoleo, " & _
"gasolina, data2)" & _
"VALUES (" & vcod & "," & _
vCodOrgao & "," & _
txtgasoleo.Text & "," & _
txtgasolina.Text & ",'" & _
txtdata.Text & "');"
.CommandText = vsql
.Execute
' executa o comando de gravação
vsql1 = "UPDATE orgao SET qtygasolina =qtygasolina + " & vgasolina & _
", qtygasoleo = qtygasoleo +" & vgasoleo & _

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 124


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

""&_
"WHERE id_orgao = " & _
vCodOrgao & ";"
.CommandText = vsql1
.Execute

End With

MsgBox "Gravação concluida com sucesso.", _


vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal, "Gravação OK"

'chama a sub que limpa os dados do formulário


cmdlimpar_Click

saida:
Screen.MousePointer = vbDefault
Set cnncomando = Nothing
Exit Sub

errGravacao:
With Err
If .Number <> 0 Then
MsgBox "Houve um erro durante a gravação dos dados no Registro.", _
vbExclamation + vbOKOnly + vbSystemModal, "Erro"
.Number = 0
GoTo saida
End If
End With

End Sub

Private Sub cmdSair_Click()


Unload Me
End Sub

Private Sub txtdata_lostfocus()


'formata a data digitada
With txtdata
If .Text <> Empty Then
'verifica se o dado digitado pode ser uma data
If Not IsDate(.Text) Then
'se o dado digitado nao pode ser uma data, assume a do sistema
.Text = Date
Else
'se não formata a data digitada

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 125


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

.Text = Format(.Text, "short date")


End If
End If
End With
End Sub

Private Sub txtgasoleo_lostfocus()


On Error GoTo valor_errado
vQty = CInt(txtgasoleo.Text)
Dim gas As Boolean
gas = False

If vQty < 0 Then


MsgBox "A quantidade de gasoleo deve ser um número positivo", vbExclamation +
vbSystemModal, "Aviso"
txtgasoleo.Text = InputBox("Informe a quantidade correcta de combustivel", "Quantidade de
combustivel")
Else
gas = True
End If
'valor_errado:
'If Err = vbKeyReturn Then
MsgBox "Dado inválido na digitação da quantidade de gasoleo", vbExclamation +
vbSystemModal, "Aviso"
txtgasoleo.Text = InputBox("Informe a quantidade correcta de gasoleo", "Quantidade de
Gasoleo")
Resume 0
End If
End Sub

Private Sub cbonome_Click()


With cbonome
'verifica se foi seleccionado um item da combo
If .ListIndex <> -1 Then
'se foi, atribui a variavel vcodorgao o conteudo da
'propriedade ItemData
vCodOrgao = .ItemData(.ListIndex)
Else
'se nao, zera a variável
vCodOrgao = 0
End If
End With
End Sub

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 126


Modelo de um Sistema de Informação de Suporte à Gestão de Abastecimento de Combustível

Viaturas abastecidas numa data

Private Sub Command1_Click()


Unload Me
End Sub

Private Sub DataCombo1_Click(Area As Integer)


datviaturas.RecordSource = " select * from listaabastecimento" & _
" WHERE data_de_abastecimento = '" & DataCombo1.BoundText & "';"
datviaturas.Refresh

End Sub

Private Sub Form_Load()


Top = (Screen.Height - Height) / 2
Left = (Screen.Width - Width) / 2
datdatas.ConnectionString = cnnSGC.ConnectionString
datviaturas.ConnectionString = cnnSGC.ConnectionString
End Sub

Viaturas dum órgão abastecidas num período

Private Sub DataReport_Initialize()


Dim cnncomando As New ADODB.Command
Dim rsSelecao As New ADODB.Recordset
Dim vsql As String

'cria o comando sql


vsql = " SELECT * " & _
" FROM listaabastecimento " & _
" WHERE data_de_abastecimento BETWEEN '" & dataabastecimento1 & "'AND'" &
dataabastecimento2 & "'AND proveniencia='" & orgao & "';"

With cnncomando
.ActiveConnection = cnnSGC
.CommandType = adCmdText
.CommandText = vsql
Set dataviatura.rscmdviatura.DataSource = .Execute

End With
End Sub

Trabalho de Licenciatura Alexandre Salvador Machava 127

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