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07/04/2019 ConJur - STJ valida bloqueio de passaporte de devedor como medida coercitiva

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meio coercitivo para pagamento de dívida
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O devedor que não indica meios para quitar sua dívida pode ter seu
passaporte bloqueado por determinação da Justiça, como meio coercitivo Slaviero Essential
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para pagar o débito. O entendimento é da 3ª Turma do Superior Tribunal de R$ 338,21 R$ 663,16
Justiça ao negar pedido de Habeas Corpus.
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No mesmo julgamento, o colegiado afirmou que o HC não serve para
questionar suspensão de carteira de motorista. Isso porque a suspensão da
CNH não afeta o direito de ir e vir do cidadão.

No pedido de Habeas Corpus, o devedor questionava decisão do juiz de


primeira instância que suspendeu sua carteira de habilitação e condicionou
o direito de o paciente deixar o país ao oferecimento de garantia. LEIA TAMBÉM
OPINIÃO
O pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que concluiu que
Maíza Alves: Suspensão de direitos
o habeas corpus estaria sendo utilizado como substituto de recurso, já que a
em execuções fiscais é ilegal
decisão de primeira instância teria sido anteriormente impugnada por meio
de agravo de instrumento. OPINIÃO
Ricardo Pereira: Suspensão da CNH
No STJ, o devedor alegou que o habeas corpus seria a via adequada para por dívida e o mínimo existencial
conter o abuso de poder ou o exercício ilegal de autoridade relacionado ao
direito de ir e vir, situação encontrada nos autos, já que houve o bloqueio do PARADOXO DA CORTE
passaporte. Concessão de HC contra a imposição
de medidas coercitivas atípicas
A relatora do recurso, ministra Nancy Andrighi, destacou inicialmente que a
utilização do habeas corpus em matéria cível deve ser igualmente ou até PENA ARBITRÁRIA
mais excepcional do que no caso de matéria penal, já que é indispensável a Apreender passaporte para sanar
presença de direta e imediata ofensa à liberdade de locomoção da pessoa. dívidas fere direito de locomoção

DÍVIDA ABERTA
Nesse sentido, e com base na jurisprudência do STJ e do Supremo Tribunal
Juiz bloqueia 10% de conta corrente
Federal, a ministra apontou que a questão relacionada à restrição do direito
e passaporte de devedora
de ir e vir pela suspensão da CNH deve ser discutida pelas vias recursais
próprias, não sendo possível a apreciação do pedido por meio de habeas
corpus. Facebook Twitter
Por outro lado, no caso do bloqueio de passaporte, Nancy Andrighi explicou
que a medida de restrição de saída do país sem prévia garantia da execução Linkedin RSS Feed
da dívida pode implicar — ainda que de forma potencial — ameaça ao

https://www.conjur.com.br/2018-dez-12/stj-valida-bloqueio-passaporte-devedor-medida-coercitiva 1/4
07/04/2019 ConJur - STJ valida bloqueio de passaporte de devedor como medida coercitiva

direito de ir e vir, pois impede o devedor, durante o tempo em que a medida


estiver vigente, de se locomover para onde quiser.

Ao analisar o caso, a ministra lembrou que o princípio da cooperação,


desdobramento do princípio da boa-fé processual, impõe às partes e ao juiz
a busca da solução integral, harmônica e que resolva de forma plena o
conflito de interesses.

Segundo a ministra, um exemplo do princípio da cooperação está no artigo


805 do CPC/2015, que impõe ao executado que alegue violação ao princípio
da menor onerosidade a incumbência de apresentar proposta de meio
executivo menos gravoso e mais eficaz ao pagamento da dívida. Hotel Corais de
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Também expressos no CPC/2015, ressaltou a relatora, os princípios da
atipicidade dos meios executivos e da prevalência do cumprimento ab 162€ /Nacht

voluntário, ainda que não espontâneo, permitem ao juiz adotar meios


coercitivos indiretos – a exemplo da restrição de saída do país – sobre o
Ver mais
executado para que ele, voluntariamente, satisfaça a obrigação de pagar a
quantia devida. Verdegreen Hotel

Todavia, a exemplo do que ocorre na execução de alimentos, em respeito ao


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contraditório, a ministra apontou que somente após a manifestação do
executado é que será possível a aplicação de medidas coercitivas indiretas,
de modo a induzir ao cumprimento voluntário da obrigação, sendo
necessário, ademais, a fundamentação específica que justifique a aplicação Ver mais
da medida constritiva na hipótese concreta. 
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No caso dos autos, Nancy Andrighi destacou que o juiz aplicou medidas
coercitivas indiretas sem observar o contraditório prévio e sem motivação
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para a determinação de restrição à saída do país, o que seria suficiente para
impedir a utilização desse meio de coerção. Entretanto, a ministra também
lembrou que o devedor não propôs meio de menor onerosidade e de maior
Ver mais
eficácia da execução, o que também representa violação aos deveres de boa-
fé e colaboração. 

“Como esse dever de boa-fé e de cooperação não foi atendido na hipótese


concreta, não há manifesta ilegalidade ou abuso de poder a ser reconhecido
pela via do habeas corpus, razão pela qual a ordem não pode ser concedida
no ponto”, concluiu a ministra. Com informações da Assessoria de Imprensa
do STJ.

Clique aqui para ler o acórdão.


RHC 99.606

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COMENTÁRIOS DE LEITORES
5 comentários

LAMENTÁVEL A DECISÃO
Christian Aguiar (Técnico de Informática)
13 de dezembro de 2018, 12h54

O STJ julga a dívida mas não julga a moralidade da cobrança. 90% das dívidas não são
pagas pelos credores devido aos juros abusivos, mas o STJ parece ter se esquecido de
julgar a imoralidade de tais cobranças. O cidadão deve R$ 16000,00 à Caixa Econômica. A
Caixa vende a Dívida à Omni financeira 3 meses depois, que negativa o devedor em R$
34000,00. Onde está a moralidade da cobrança destes juros abusivos?!? Quando muitos
"politicamente corretos" vierem a criticar os devedores, lembrem-se que este é o maior
motivo da inadimplência: a ganância da instituição com juros abusivos. Estes o STJ não
visualizam. É imoral, é inconstitucional. O anatocismo é proibido no Brasil mas muitos
têm elevado grau de relevância em nossa jurisprudência, mas desconhecem inclusive
esta palavra: ANATOCISMO. Juros sobre juros é crime! Ao invés de suspender a CNH ou o
Passaporte (que ao meu ver seria o contrário, pois o valor de uma passagem para outro
país pagaria várias contas. Preferiram cortar a CNH do que o Passaporte. É claro o
benefício da minoria desta decisão). Isso é o que penso. Respeito as divergências, mas a
moralidade começaria em julgar o que e quanto está sendo cobrado para depois
suspender direitos adquiridos.

LAMENTÁVEL A DECISÃO
Christian Aguiar (Técnico de Informática)
13 de dezembro de 2018, 12h34

O STJ julga a dívida mas não julga a moralidade da cobrança. 90% das dívidas não são
pagas pelos credores devido aos juros abusivos, mas o STJ parece ter se esquecido de
julgar a imoralidade de tais cobranças. O cidadão deve R$ 16000,00 à Caixa Econômica. A
Caixa vende a Dívida à Omni financeira 3 meses depois, que negativa o devedor em R$
34000,00. Onde está a moralidade da cobrança destes juros abusivos?!? Quando muitos
"politicamente corretos" vierem a criticar os devedores, lembrem-se que este é o maior
motivo da inadimplência: a ganância da instituição com juros abusivos. Estes o STJ não
visualizam. É imoral, é inconstitucional. O anatocismo é proibido no Brasil mas muitos
têm elevado grau de relevância em nossa jurisprudência, mas desconhecem inclusive
esta palavra: ANATOCISMO. Juros sobre juros é crime! Ao invés de suspender a CNH ou o
Passaporte (que ao meu ver seria o contrário, pois o valor de uma passagem para outro
país pagaria várias contas. Preferiram cortar a CNH do que o Passaporte. É claro o
benefício da minoria desta decisão). Isso é o que penso. Respeito as divergências, mas a
moralidade começaria em julgar o que e quanto está sendo cobrado para depois
suspender direitos adquiridos.

PROFESSOR EDSON

https://www.conjur.com.br/2018-dez-12/stj-valida-bloqueio-passaporte-devedor-medida-coercitiva 3/4
07/04/2019 ConJur - STJ valida bloqueio de passaporte de devedor como medida coercitiva

Igor JP (Outros)
12 de dezembro de 2018, 13h26

Na verdade é a justiça do século 21 voltando à justiça do pré-garantismo, quando dívidas


pecuniárias incidiam sobre o próprio corpo do devedor. Continuemos evoluindo pra trás
e as contas serão pagas em tiras de couro tal qual n´O Mercador de Veneza.

Ver todos comentários

Comentários encerrados em 20/12/2018.


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