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• Ementa

• Situação atual da água. Classificação das


águas. Características físicas. Padrões de
potabilidade. Sistema de abastecimento:
captação, estação elevatória,, adutora,
estação de tratamento de água, reservação,
distribuição, estimativa populacional. Tipos de
captação de água. Adutora de recalque e
gravidade. Conjuntos moto-bomba submersa.
Projeto de um sistema de abastecimento de
água.
• Objetivo geral
• - Permitir o conhecimento de todas as
unidades que compõem um sistema de
abastecimento de água, os diversos tipos de
tratamento, diretamente ligados aos diversos
usos da água;

• Objetivos específicos
• - Capacitar os alunos a terem uma visão crítica
da situação da água no Brasil, no mundo e me
Goiás; - Possibilitar o domínio dos conceitos e
da legislação vigente e disponibilizá-lo como
ferramenta para a avaliação técnica dos
diversos tipos de sistemas de abastecimento
de água e criticar suas imperfeições;
• - Garantir aos alunos a capacidade de
projetarem e detalharem quaisquer das
unidades que compõem um sistema de
abastecimento de água.
• 6. Bibliografia
• 6.1 Básica
• CETESB. Técnica de abastecimento e
tratamento de água.
• DACACH, N. G. Saneamento Básico. São Paulo:
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.
• VIANA, G. M. Sistemas públicos de
abastecimento de água.
• TSUTIYA, M. T. Abastecimento de água.
• 6.2 Complementar

• ANDRADE, J. B. Apostila de Saneamento
Básico.
• ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS. NBR 12211: Estudos de concepção
de sistemas públicos de abastecimento de
água. Rio de Janeiro, 1992.
• ______. NBR 12211: Projeto de poço para
captação de água subterrânea. Rio de Janeiro,
• Métodos e instrumentos avaliativos:Avaliaçao
escrita, (primeira e segunda VA.). Projeto de
rede de água pluvial completando a primeira
VA. Trabalho de temas em grupo com
apresentaçao em sala de aula valendo parte
da segunda VA.
• RICHTER, C. A.; AZEVEDO NETTO, J. M.
Tratamento de água: tecnologia atualizada.
São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda. 2002.
• DI BERNARDO, Luiz. Seleção de
Tecnologias de tratamento de Água. Volume
I.São Carlos. EditoraLDIBE LTDA, 2008.
• Di BERNARDO, Luiz. Seleção de
Tecnologias de Tratamento de Água. Volume
II. São Carlos. Editora LIBE LTDA, 2008.
• VIANNA, M.R. Hidráulia Aplicada ás
• Na física adota-se como grandezas
fundamentais a massa M, o comprimentoL e o
tempos T, por isso a denominação de sistema
MLT, em substituição ao sistemainternacional.
• Outro sistema muito utilizado no Brasil é o
Técnico ST, denominado FLT. Utililiza-se a força
F como unidade fundamental, cuja unidade é
o Newton, no lugar de massa, além do
comprimento e do tempo.
• A massa passa a ser uma grandeza derivada,
cuja unidade é denominada unidade técnica
de massa(utm). A passagem de um sistema ao
outro é feita pela aplicação da segunda lei de
Newton (F=m.a);
• 1 N = 1 kg.m/s2 - 1kgf=9,81 N
• 1utm= 1 kgf.s2/m - 1 utm= 9,81 kg.
Grandezas fundamentais
Grandezas fundam. Símbolo unidade abreviatura
Comprimento L metro m
Massa M Quilograma kg
tempo T segundo s
Int.corrente elet. I Ampére A
Temperatura θ Kelvin K
Quantid. dematéria ƞ Mole mol
Intens. luminosa I Candela cd
Grandeza S.I-MLT MLT-MKS MLT-CGS FLT-S.tecni FLT Ingles
dimensão unidades unidades dimensão unidades unidades
Comprim. L m cm L m ft
área L2 m2 cm2 L2 m2 ft2
volume L3 m3 cm3 L3 m3 ft3
Veloc. LT-1 m/s cm/s LT-1 m/s ft/s
Aceler. L.T-2 m/s2 cm/s2 L.T-2 m/s2 ft/s2
massa M kg g FL-1. T2 kgf.s2/m- lb.s2/ft
utm slug
força MLT-2 N dina F kgf lb
trabalho ML2T-2 N.m-Joule Dina.cm=e F.L Kgf.m Lb.ft
rg
potência ML2T-3 Joule/s=W Erg/s F.L/T Kgf.m/s Lb.ft/s
vazão L3T-1 m3/s cm3/s L3/T m3/s ft3/s
Algumas conversões importantes
• g=9,81 m/s2 1kgf=9,81N 1N= 105 dina
• 1HP =746 watt 1cv=736w
• ϓa= 1000 kgf/m3 = 104 N/m3
• 1 atm = 760 mm Hg = 10,336 mca =101325 Pa

• 1 kg/cm2= 10mca = 105 Pa


SANEAMENTO BASICO
• SB tem sido definido como o conjunto das
seguintes ações: abastecimento de água,
esgotamento sanitário, limpeza pública,
drenagem pluvial e controle de vetores;
• Ao longo da história da humanidade, foram-se
tornando crescentemente mais diversificadas
e exigentes, em quantidade e qualidade as
necessidades de uso da água.
Realidade do Saneamento no Brasil
IBGE 2000
• 9 milhões de domicílios sem serviços de
abastecimento de água;
• 23,6 milhões de domicílios sem rede de
esgoto,( se considerar fossa septica 15
milhões). Ibge-2000;
• 39% dos esgotos coletados são tratados
Indice de atendimento esgoto por
região (SNIS-2013)
regiao % de atendimento
norte 14,7
nordeste 28,8
sudeste 43,9
sul 43,9
Centro oeste 45,9
Ciclo de Debates
Desafios do Saneamento Ambiental
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental
Goiânia - GO - Março de 2017
Agenda

• Apresentação da ABES

• Os desafios do saneamento ambiental no Brasil


–10 anos da lei 11.445/07
–Saneamento na região Centro Oeste e em Goiás
–Saneamento público ou privado
Desafios do saneamento no Brasil

• Planejamento – Plansab

• Regulação
• Gestão com claro incentivo a bons indicadores de
performance
• Ser prioridade de “Estado”
Saneamento é um dos segmentos mais
atrasados da infraestrutura...

Rodovias e
Portos Saneamento Aeroportos Energia Telecom
Ferrovias

Nível de Desenvolvimento e Competitividade do Setor


Menos Mais
Desenvolvido Desenvolvido

Fonte: Apresentação Dr. Mascarenhas – CNI (Fórum Estadão, 13/09/2012)


Gestão do Saneamento Ambiental no Brasil

27 empresas
estaduais Consórcios e
Empresas e
atendem a Empresas
autarquias parcerias
75% da privadas
municipais diversas
população
brasileira
Necessidade de Investimentos
Versão atualizada PLANSAB

ESTRUTURAL ESTRUTURANTE TOTAL

AÇÃO Agentes Agentes Agentes


Outros agentes Outros agentes Outros agentes
ORIGEM Total Federais Total Federais Total Federais

R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ %
Água 84.386 67.509 80 16.877 20 37.736 11.329 30 26.434 70 122.149 78.838 65 43.311 35

Esgoto 156.666 133.166 85 23.500 15 25.226 5.802 23 19.424 77 181.893 138.968 76 42.924 24
2014-2033

R.S.U 15.523 12.418 80 3.105 20 7.838 - 0 7.838 100 23.361 12.418 53 10.943 47

Dren.Urbana 27.188 21.750 80 5.438 20 41.517 12.455 30 29.062 70 68.705 34.205 50 34.500 50

Gestão 0 0 0 0 0 112.345 33.703 30 78.641 70 112.345 33.703 30 78.641 70

Total 283.763 234.844 83 48.919 17 224.689 63.290 28 161.400 72 508.452 298.133 59 210.319 41

(1) Os valores resultam das previsões de necessidade de investimentos baseadas no Cenário 1. (2) Incluem-se os recursos provenientes do
Orçamento Geral da União (OGU) e dos agentes financeiros e de fomento do Governo Federal dentre outros. (3) Os valores dos PAC 1 e PAC 2,
contratados ou em contratação, não foram deduzidos dos valores previstos, já que a estimativa de investimentos tem como ponto de partida o
momento anterior à incidência de impactos significativos desses programas sobre os indicadores projetados.’
2008
2015
2008
2015
2008
2015
GOIÁS

2.208.155
2.217.645
83,6 %
83,9 %

45,8 %
53,0 %

93,4 %
93,6 %
Oportunidade
Perdas de distribuição (%)
80
Os 5 maiores Índices
70
Estado % Perdas
60
Sergipe 53,1
50 Acre 56,7
Roraima 59,1
40 Maranhão 62,6
Amapá 74,8
30
Os 5 menores
20
Goiás 30,1
10 Mato Grosso do Sul 30,2
Rio de Janeiro 31,2
0 Rio Grande do Sul 32,3
São Paulo 33,5

Fonte: SNIS 2015


Brasil 36,7%
SANEAMENTO PÚBLICO
OU PRIVADO ???

Público Privado

Operadores Não somos Transparente


tem que Ser moeda de com controle
eficientes troca social
• universalizar o acesso aos 4 serviços (água,
esgoto, resíduos sólidos e drenagem) – R$ 508
Bilhões, de 2014 a 2033, só para água e
esgoto esse custo será de R$ 303 Bi, em 20
anos, o governo federal, já destinou R $ 70 bi,
em obras de saneamento pelo PAC.
Balanço hídrico global
adaptado de NACE (1971)
Fonte Volume (%)
Mares e oceanos 94
Lagos e reservatórios ≤ 0,01
Pântanos ≤0,01
Rios ≤0,01
Umidade do solo ≤0,01
Agua subterrânea 4
Geleiras 2
Agua atmosférica ≤0,01
Agua biosférica ≤0,01
Mecanismos de transmissão de
doenças a partir da água
• A transmissão por ingestão de água
contaminada por agentes biológicos
patogênicos;
• A transmissão que ocorre pela insuficiência da
quantidade de água, higiene insuficiente;
• Doenças relacionadas (água): viróticas-
hepatite A,E e F; poliomielite, diarréia;
• Bacterianas-cólera, infecção por Excherichia
coli; febre tifóide e paratifóide
• Causadas por protozoários: amebíase,
criptosporidíase, giardíase;
• Causadas por helmintos: ascaridíase,
tricuríase, enterobíase;
• Causadas com a quantidade insuficiente de
água: doenças infecciosas da pele, doenças
infecciosas dos olhos, doenças transmitidas
por piolhos.
A peste negra
• A proporção de doenças relacionadas ao
abastecimento de água e ao esgotamento
sanitário em crianças menores de cinco anos
na África,por exemplo, é mais de 240 vezes
superior à dos países ricos (Pruss et al., 2002).
Abastecimento de água e recursos
hídricos
• Como usuário,o setor de abastecimento de
água é considerado prioritário pela lei federal
nº 9433/1997. Porém é permitida a captação
de apenas uma parcela da vazão mínima do
manancial superficial, garantindo que se
mantenha permanentemente uma vazão
residual escoando para jusante. Em alguns
estados a vazão máxima de outorga é de:0,3x
Q7,10.(vazão mínima de 7 dias consecutivos, q
ocorre num tempo de recor. De 10 anos).
• A carência com abastecimento de água está
intimamente ligada a pobreza mundial.
USOS DA ÁGUA
• Abastecimento doméstico e industrial;
• Irrigacão e dessedentacão de animais;
• Preservação da flora e da fauna:
• Recreação e lazer e criação de espécies;
• Geração de energia elétrica e navegação;
• Harmonia paisagística;
• Diluição e transporte de despejos.
• O uso mais nobre é o de
abastecimento de água doméstico, o
qual requer a satisfação de diversos
critérios de qualidade.
ROTAS DA ÁGUA

• Água bruta, água tratada, água


usada(esgoto bruto), esgoto
tratado, água pluvial, corpo
receptor.
• Ãgua bruta, “que não foi trabalhada”, a água é
capaz de dissolver praticamente tudo com o
que entra em contato(sólidos, líquidos, gases)
é chamada solvente universal. A água
encontra-se na superfície do solo, exposta a
fontes poluidoras;
• A água tratada não é sinônimo de água
potável. Água potável é a água adequada para
o consumo humano,isenta de microrganismos
e substâncias capazes de causar doenças.
• Água potável não é água pura quimicamente
falando, é uma solução de uma infinidade de
substâncias.
• A portaria 36(ministério da saúde,1990), a
portatira estabelece os valores máximos
permissíveis para os diversos parâmetros ali
relacionados e também a frequência mínima
com que eles deverão ser verificados nas
águas de abastecimento público. Exemplo: pH,
turbidez, alcalinidade, coliformes.
IMPUREZAS ENCONTRADAS NA ÁGUA

• Os diversos componentes presentes na água,


que alteram seu grau de pureza, tratados
como características físicas, químicas e
biológicas. Traduzidas na forma de
parâmetros.
Sólidos presentes na água

• Todos contaminantes da água, com


exceção dos gases dissolvidos
contribuem para a carga de sólidos.
CLASSIFICAÇÃO DOS SÓLIDOS PELAS
CARACTERÍSITICAS FÍSICAS

• Sólidos em suspensão;

• Sólidos coloidais;

• Sólidos dissolvidos.
classificação pelas características
químicas

• Sólidos orgânicos;

• Sólidos inorgânicos.
Classificação por tamanho
• Por convenção, diz-se de partículas de
menores dimensões, capazes de passar por
um papel de filtro de tamanho especificado
correspondem aos sólidos dissolvidos, os de
maiores dimensões, retidos pelo filtro, sólidos
em suspensão. Ou pode-se dizer sólidos
filtráveis e não filtráveis.
• Sólidos sedimentáveis – partículas que sedimentam
no cone “imhoff”após 1 h;
• Sólidos dissolvidos – diâmetro ≤ 1µm;
• Sólidos coloidais – entre 10-3 µm e 10o µm;
• Sólidos suspensos – diâmetro ≥ 10o µm.
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA
ÁGUA
• Padrão de potabilidade: portaria 528 (2004),
do Ministério da Saúde;
• Padrão de corpos dàgua: resolução CONAMA
357 (2007), do Ministério de Meio Ambiente e
legislacöes estaduais;
• Padrão de lançamento: Resolução CONAMA
(2007), e eventuais legislações estaduais.
Parâmetros físicos
• Cor: responsável pela coloração da água;
• constituinte responsável: sólidos dissolvidos;
• origem:decomposição da matéria orgânica,
ferro e manganês;
• importância: de origem natural nào
representa risco a saúde, mas a
confiabilidade…, na cloração pode gerar
produtos potencialmente cancerígenos.
Cont. cor
• Unidade: uC (unidade de cor);
• Cor aparente pode conter parcela devida a
turbidez; quando esta é removida por
centrifugaçào, ai a cor verdadeira.
• Águas com cor acima de 15 uC podem ser
dectetadas pelos consumidores;
• Valores inferiores a 5 uC usualmente
dispensam a coag. Química. Valores acima de
25uC requerem coag. Seguida por filtração.
• Origem antropogênica da cor: despejos
industriais, despejos domésticos,
microrganismos e erosão;

• Importância: de origem natural provoca


aspecto ruim e pode abrigar microrganismos
patogênicos (diminuindo eficiência na
desinfecção);
Cont. cor
• Águas com cor elevada implicam em um mais
delicado cuidado operacional ao tratamento;

• Padrão de potabilidade –cor aparente- ( = 15


uC);

• Em termos de corpos dágua, ver padrão para


corpos dàgua.
TURBIDEZ
• CONCEITO:A turbidez representa o grau de
interferência com a passagem da luz através
da água,conferindo uma aparência turva à
mesma;(de forma simplificada expressa a
transparência da água);
• Constituinte responsável-sólidos em
suspensão;
• Origem natural:partículas de rocha, argila e
silte, algas e outros microrganismos;
Cont. turbidez
• Origem antropogênica pode estar associada a
compostos tóxicos e organismos patogênicos;

• Em corpos dágua pode reduzir a penetração


da luz, prejudicando a fotossíntese;

• Utilização:caracterização de água bruta e


tratada; controle de operação de ETAs;
Cont. turbidez
• Unidade : uT (unidade de turbidez); (UNT-
unidade nefolométrica de turbidez)
• Resultados para ETAs: uma turbidez de 10 uT,
ligeira nebulosidade pode ser notada; já turbidez
de 500 uT, a água é praticamente opaca. Valores
de turbidez da água bruta inferiores a 20 uT
podem ser dirigidas diretamente para a filtração
lenta dispensando a coagulação química; valores
superiores a 50 uT requer etapas antes da
filtração.
• Entretanto por causa da possível presença de
microrganismos, é recomendado que a
turbidez seja tão baixa quanto possível,
preferencialmente menor que 1 uT. Valores
elevados de turbidez de origem orgânica
podem proteger microrganismos dos efeitos
da desinfecção e estimular o crescimento
bacteriano no sistema de distribuição. O ideal
é que a tb média esteja abaixo de 0,1 uT.
SABOR E ODOR
• Conceito: sabor é a interação entre o gosto
(salgado, doce, azedo e amargo) e o odor
(sensação olfativa);
• Responsável: sólidos em suspensão, sólidos
dissolvidos, gases dissolvidos;
• Origem: mat. Org. em decomposição,
microrganismos(algas), gases dissolvidos(H2S)
Cont. Sabor e odor
• Importância: não representa risco à saúde,
mas para o consumidor?, representa a maior
causa de reclamação; valores especialmente
elevados podem indicar presença de
substâncias perigosas;

• Unidade: concentração limite mínima


tolerável;
Condutividade elétrica CE
• A condutividade elétrica é a medida da
capacidade que tem a água de conduzir
corrente elétrica devido aos minerais nela
presentes. Sua determinação permite estimar,
de modo rápido, a quantidade de sólidos
dissolvidos totais presentes na água. Os
valores da CE nas águas oscilam entre
50µS/cm e 500 µS/cm (milisiemens por cm). A
portaria 518 não considera a medição do
parâmetro.
pH- indica acidez de uma solução
• Conceito:Potencial hidrogeniônico, representa
a concentração de íons hidrogênio H+,
indicando condição acida, neutralidade ou
alcalinidade. A faixa de pH é de 0 a 14;
• Constituiente responsável:sólidos dissolvidos,
gases dissolvidos;
Cont. pH
• Origem natural:dissolução de rochas, absorção
de gases da atmosfera, oxidação da matéria
orgânica, fotossíntese;
• Origem antropogênica:despejos domésticos,
despejos industriais;
• Importância: nas diversas etapas do
tratamento da água(coagulação, desinfecção,
controle da corrosividade, remoção da
dureza.)
TEMPERATURA
• Importância: elevações da temperatura
aumentam a taxa das reações físicas, químicas
e biológicas, altas temperaturas diminuem a
solubilidade dos gases;

• Unidade: C;
• A temperatura deve ser analisada em
conjunto com outros parâmetros.
Temperatura e água
• O pH da água é afetado diretamente pela
temperatura;
• Quando há um aumento na temperatura, o pH
diminui, diminuição da temperatura implica
em aumento do pH;
• Quando aumenta-se a temperatura, as
moléculas de água tendem a se separar em
íons hidrogênio e oxigênio. Ao aumentar a
proporção de moléculas decompostas é
produzido mais hidrogênio, aumentando pH.
CO2 e água
• Dióxido de carbono na água, parte dele se
dissolve. Uma pequena parte do CO2
transforma-se em ácido carbônico;
• O ph do sangue é próximo de 7,4;
• É fundamental ter uma dieta correta e beber
água alcalina para poder equilibrar o pH do
corpo. Um maneira de se obter uma água
alcalina é fervura durante 5 minutos, durante
a fervura o pH aumente e a água fica alcalina
• Uma maneira de tornar uma água alcalina é
adicionar suco de limão na água. O limão é
ácido fora do organismo, ao ser ingerido,
durante o processo digestivo se torna alcalino;
• Outra maneira de deixar uma água alcalina é
adicionar em 1,5 l de água , 2,5mg de
bicarbonato de sódio.
cont. pH
• pH baixo: potecial corrosividade e
agressividade nas tubulações;
• pH elevado: possibilidade de incrustações nas
tubulações;
• Utilização: caracterização da água bruta e
tratada; controle da operação de estações de
tratamento de água (coagulação, incrustação)
Cont. pH
• pH < 7 : condições ácidas;
• pH = 7 : neutralidade
• pH > 7 : condições básicas;
• Valores do pH estão associados a atuação
ótima do coagulante;
• Frequentente precisa-se corrigir o pH para
uma faixa ótima de coagulação;
ALCALINIDADE

•Origem antropogênica da cor: despejos industriais, despejos domésticos, micorganismos e erosão,


HCO
•Importância: de origem natural provoca aspecto ruim e pode 3microrganismos patogênicos (diminuindo eficiência na desinfecçã o),
abrigar
HCO 3

HCO 3 
Cont. alcalinidade
• Constituinte responsável:sólidos dissolvidos;
• Origem natural: dissolução de rochas, reação
do CO2 com água(CO2 da atm ou da
decomposição da mat. Orgânica.)
• Origem antropogênica: despejos industriais;
• Elevadas concentrações confere gosto amargo,
• Muito importante para tratamento da água
( coagulação, redução da dureza, prevenção
corrosão).
Cont. alcalinidade
• A alcalinidade pode ser entendida como a
capacidade da água de neutralizar ácidos e a
acidez como a capacidade de neutralizar
bases.
• A variação do pH influencia o equilíbrio de
compostos químicos:
• Equações importantes:
• H2O ↔ H+ + OH -
• pH = - log [H+]
• A quantificação da alcalinidade é usualmente
feita por meio de titulação com ácido
padronizado, os resultados expressos em
termo de carbonato de cálcio(CaCo3).
Cont. alcalinidade
• Unidade: mg/L de Ca CO3;
• Resultados: a alcalinidade, o pH e o teor de
gás carbônico estão inter-relacionados
• pH > 9,4 : hidróxidos e carbonatos
• pH entre 8,3 e 9,4: carbonatos e bicarbonatos
• pH entre 4,4 e 8,3: apenas carbonatos
Cont. alcalinidade
• Reações e equações importantes:
• CO2 + H2O ↔ H2 CO3
• H2CO3 ↔ H+ + HCO3-
• HCO3- ↔ H+ + CO3 -2
• Na faixa usual de pH, neutralidade, a maior
contribução para a alcalinidade é dos
bicarbonatos.
• A alcalinidade influi na coagulação química,
coagulantes como sulfato de alumínio, são
doadores de prótons em solução. Assim se a
alcalinidade da água for baixa, a coagulação
poderá exigir a adição de alcalinizante para
ajuste do pH, mas se a alcalinidade e o pH
forem relativamente altos, é provável que a
coagulação com sulfato de alumínio não
resulte satisfatória.
DUREZA
Cont. dureza
• Constituinte responsável:
• Origem natural: dissolução de minerais
contendo cálcio e magnésio( rochas calcárias),
• Origem antropog.: despejos industriais;
• Importância, nada evidente quanto a
problemas sanitários, em determinadas
concentrações – sabor desagradável e efeitos
laxativos. Reduz a formação de espuma –
consumo maior de sabão.
Cont. dureza
Cont. Dureza
• Nas estações de abrandamento, redução da
dureza, podem ser empregadas resinas
específicas para troca de cátions ou, também,
elevar-se o pH para causar a precipitação,
principalmente de sais ou de hidróxidos de
cálcio e de magnésio.
Cont. dureza
• Nas atividades domésticas e até industriais, o
uso de águas duras implica em consumo de
detergentes utilizados na limpeza, agua dura
pouca espuma. Segundo a OMS, não há
indício que associem a dureza da água a
efeitos adversos à saúde.
Ferro
• Ferro é um elemento essencial para a nutrição
humana. É um metal abundante na crosta
terrestre, em solos e minerais, principalmente
como óxido férrico insolúvel. Os corpos de
água, geralmente, têm concentração de ferro
menores que 0,7 mg/l. Segundo Motta (2000),
a remoção dos complexos de ferro da água é
uma tarefa difícil, por requerer
desestabilização dos colóides e destruição dos
complexos.
• O uso de água contendo ferro oxidado gera os
seguintes inconvenientes: formação de
precipitado coloidal que se incrusta no interior
das tubulações, proliferação de
microrganismos denominados ferrobactérias,
aumentando a quantidade de desinfetante;
alteração das características organolépticas da
água, mudando o gosto para amargo e
adstringente; pode tornar a água turva e
levemente colorida.
Ferro
• Formaçao de manchas nas instalações
sanitárias, louças, azulejos e roupas;
• Não é usual que a água contendo ferro cause
problemas à saúde. A exposição crônica ao
ferro, em altas concentrações, pode gerar
risco à saúde do consumidor, embora, a OMS
no Brasil considera somente sua influência
estética.Geralmente a remoção de ferro nas
ETAs é por meio da oxidação do ferro solúvel
com formação de precipitado ou coagulação
Manganês
• Metal essencial para a vida dos organismos,
geralmente se apresenta junto com o ferro.
Surge naturalmente na água pela dissolução
de vários minerais. A remoção do manganês
depende do pH; para que seja produzido o
precipitado e removido por sedimentação,
flotação ou filtração. A presença do metal não
costuma causar problemas ao ser humano.
cloretos
• O cloreto é amplamente encontrado na
natureza em sais de sódio(NaCl), e de
potássio(KCl) e de cálcio(CaCl). A principal via
de exposição de humanos ao cloreto é a
adição de sal à comida(OMS, 2004). A
toxidade pelo consumo de água com cloreto
não tem sido observado.
Nitrato, nitrito nitrogênio
amoniacal(amônia)
• A presença desses elementos na água é sinal
de poluição por matéria orgânica(águas
residuais domésticas, fertilizantes,etc). O
nitrogênio orgânico inclui proteínas,
peptídeos, ácidos nucleicos, uréias e
numerosos compostos orgânicos sintéticos. O
nitrogênio amoniacal e o nitrogênio orgânico
estão sujeitos a à degradação
microbiana,formando nitrito e nitrato e, por
isso estas duas formas não se apresentam em
• Os nitratos, no sistema de distribuição, podem
gerar problemas de odor e gosto na água,
além de corrosão.Também podem gerar
efeitos tóxicos aos seres humanos quando são
ingeridas altas concentrações.→podem gerar
oxidação da hemoglobina(metaemoglobina),
• incapacidade de transportar O2 para os
tecidos-metaemoglobinemia ou síndrome do
“bebê” azul.
Alguns elementos ainda
encontrados na água:
• Vários outros elementos podem ser
encontrados na água como: Sulfato, fosfato,
Carbono, alumínio,Antimônio, arsênio, Bário,
Cádmio, cianeto, chumbo, cobre, cromo,
mercúrio, selênio, zinco, fluoreto,etc.
Características radiotivas
• A radioatividade pode provir de três formas
distintas, radiação alfa ou beta ou gama. A
primeira é a mais nociva se ingerida pelo ser
humano.(radio 226 e 228, urânio 238 e 232,
chumbo 210 e polônio 210), problema maior
carcinogênese. As águas de superfície e
subterrâneas podem apresentar pequena
quantidade de radioatividade natural.
Matéria orgânica
• Importância por ser a causadora do principal
problema de poluição das águas: pois causa
consumo de oxigênio dissolvido pelos
microrganismos. Os principais componentes
orgânicos são: compostos de proteínas,
carboidratos, a gordura e óleos, além da uréia,
surfatantes, fenóis.
Cont. Mat. Org.
• Constituinte responsável: Sólidos em
suspensão e sólidos dissolvidos;
• Origem natural: matéria orgânica vegetal e
animal, microrganismos;
• Origem antropogênica: depejos domésticos e
industriais;
• Unidade : mg/L
Micropoluentes inorgânicos
• Uma grande parte dos Micropoluentes Inorg.
são tóxicos, destacando os metais:
arsênio,cádmio, cromo, chumbo, mercúrio e
prata. Estes metais entram na cadeia
alimentar, grande perigo para organismos em
nível superior. Vários metais em baixa
concentraçào, são essenciais para o
crescimento de seres vivos.
Cont. micropoluentes Inorg.
• Constituintes responsáveis:sólidos em
suspensão e sólidos dissolvidos;

• Origem antropogênicas: despejos industriais,


atividades mineradoras, atividades de
garimpo, agricultura.

• Unidade:mg/L
MICROPOLUENTES ORG.
• CONCEITO: Alguns compostos orgânicos são
resistentes à degradação biológica. Entre estes
destacam-se os denfensivos agrícolas, alguns
tipos de detergentes (ABS,sulfanato de
alguibenzeno-degradação lenta, com estrutura
molecular fechada) e um grande número de
produtos químicos.
• Fonte: sólidos dissolvidos. Origem natural:
vegetais com madeira. Origem antrop.:despejos
industriais, detergentes,defensivos agrícolas.
Cont. micropoluentes Org.
• Os compostos orgânicos nesta categoria não
são biodegradáveis. Vários compostos, em
determinadas concentrações, são tóxicos para
os habitantes aquáticos e para os
consumidores de água.
• Unidade: mg/L.
• Ver padrão de lançamento.
PARÂMETROS BIOLÓGICOS
• Geralmente microscópicos(plâncton) ou na
forma de vermes e larvas de insetos.
• Relação:bactérias, algas, fungos,
protozoários,vírus e elmintos;

• É muito importante pela possibilidade da


transmissão de doenças.
• Coliformes, tipo de bactéria, sempre
presentes em intestinos de animais de sangue
quente. Os coliformes totais possuem
simplicidade de processamento epermitem
que esses microrganismos sejam utilizados na
avaliação da eficiência do tratamento. No
entanto, os coliformes totais apresentam
limitações como referência de poluição nas
águas porque sua presença não
necessariamente determina contaminação fec
• A escherichia coli é uma bactéria do grupo
coliforme, é abundante nas fezes de humanos
e animais, é habitante normal do intestino e a
maioria não é patogênica. Organismo é
sensível aos desinfetantes comumentes
utilizados nas ETAS, por isso, seu uso é
questionado como indicador de poluição na
água.
• Coliformes termotolerantes, são de simples
detecção, têm importância secundária como
indicadores de poluição em águas, em países
tropicais e subtropicais os colifomes
termotolerantes podem ser encontrados na
vegetação de florestas, sem relação direta
com contaminação fecal.
• PROTOZOÁRIOS: Principais- Giárdia e
Cryptosporidium. São patogênicos, são
altamente resistentes à desinfecção;
• Giárdia-doença-giardíase e transmissão fecal-
oral. Causa diarréia, flatulência, sangramento,
fraqueza, anorexia, náuseas, perda de peso,
vômito.
• Cryptosporidium- aloja no intestino, causando
gastrenterites e diarréia. Contamin-Fecal-oral
Vírus
• Os vírus presentes na água de consumo são
responsáveis pela transmissão de doenças
infecciosas. Porta de entrada-descarga de
águas residuais sem tratamento;
• Tipos de vírus mais importante: enterovírus,
rotavírus, adenovírus entre outros. Seu
tamanho médio é da ordem de 30 nm.
Algas
• As algas diferem dos microrganismos por
possuirem clorofila que as tornam capazes de
sintetizar compostos orgânicos a partir da
matéria prima inorgânica na presença da luz
solar;
• Algas de maior interesse: algas verdes (ou
clorofíceas), as diatomáceas, e as
cianobactérias.
• Eutrofização dos ambientes aquáticos é
decorrente das crescentes atividades
antrópicas (descargas de esgotos domésticos e
industriais dos centros urbanos e a poluição
difusa das regiões agrícolas). Com isso a
floração de microalgas e de cianobactérias,
complicando muito o tratamento da água para
consumo humano.
• Cianobactérias –ligação a morte de animais
pelo consumo de água com presença dessa
algas. Na natureza , as toxinas(cianotoxinas)
ocorrem associadas ás florações (crescimento
exagerado) das cianobactérias no ambiente
aquático. As cianotoxinas apresentam efeitos
danosos à biota aquática e à saúde humana.
Algumas doenças gastrointestinais e hepáticas
podem ser atribuídas à presença de toxinas
em água de abastecimento.
Algas, cont.
• Os processos e as operações unitárias
comumente utilizados nas ETAs não removem
eficientemente esses compostos;
• Há registros de doenças oriundas do uso de
sulfato de cobre para destruir células de
cianobactérias;
• Como o tratamento completo pode não
eliminar estas células e toxinas, o uso de
oxidação química e adsorção em carvão
ativado podem ser eficientes.
Classificação das águas e padrões
de potabilidade
• Qualidade da água tratada-portaria 518(2004)
do Ministério da Saúde;
• A ausência de informações sobre a água bruta
pode conduzir erros de projeto e,
consequentemente, à seleção incorreta da
tecnologia de tratamento;
• A poluição de um meio aquático pode causar
alterações das características físicas, químicas,
biológicas e radiológicas, as quais
comprometem o uso da água para consumo
• Há um número mínimo de amostras mensal
para o controle da qualidade da água de
sistema de abastecimento, para fins de
análises físicas, químicas e de radiotividade,
em função do ponto de amostragem, da
população abastecida e do tipo de manancial.
Ex. Para análise de cor e tb. No sistema de
distribuição são necessárias 10 amostras para
pop. Até 50000hab, 1 para cada
5000hab(entre 50000 e 250000, e 40 + (1 para
Classificação das águas
• CONAMA criou a Resolução n 357(2005),
classificando as águas doces(classes I,II,III,IV),
salobras e salinas do Brasil. A resolução
estabelece os valores máximos dos
parâmetros de qualidade para cada classe.
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA
• S.A.A para consumo humano: instalação
composta por conjunto de obras civis,
materiais e equipamentos, destinada à
produção e a distribuição canalizada de água
potável para populações, sob a
responsabilidade do poder público, mesmo
que administrada em regime de concessão ou
permissão.
Marco Regulatório de Saneamento
• Lei n. 11445/2007, que estabelece diretrizes
nacionais para o san.básico no Brasil;
• Histórico do saneamento: Em 1970 com a
instituição do Plano Nacional de Saneamento
Básico-PLANASA, foram criadas as empresas
de saneamento(saneago, sanepar…) antes o
serviço era prestado pelos municípios.
Cont.
• Solução alternativa de abastecimento de água
para consumo humano: toda modalidade de
abastecimento coletivo de água distinta do
sistema de abastecimento de água, incluindo
entre outras, fonte , poço comunitário,
distribuição por veículo transportador,
intalações condominiais horizontal e vertical.
PARTES CONSTITUINTES DE S.A.A

• Manancial: subterrâneo, superficial sem


acumulação, superficial com acumulaçào,
água de chuva.
PARTES CONSTITUINTES S.A.A
• Captação- consiste na estrutura responsável
pela extração de água do manancial;
• Adução- destina-se a transportar a água,
interligando unidades de captação,
tratamento, estações elevatórias, reservação e
rede de distribuição.
• Adutora de água bruta ou de água tratada em
função da água transportada;
Reservatório João Leite
Reservatório João Leite
Cont.

• Em função de suas características hidráulicas,


a adutora pode ser em conduto livre, em
conduto forçado por gravidade ou em
recalque.
Cont.

• Estações elevatórias: podem se mostrar


necessárias quando a água necessita atingir
níveis mais elevados, vencendo desníveis
geométricos.
Cont.
• Tratamento: Sempre é necessária a sua
implantaçào, para compatibilizar a qualidade da
água bruta com os padrões de potabilidade e
proteger a saúde da população consumidora
segundo a portaria MS 518/2004:
-toda água fornecida coletivamente deve ser
submetida a processo de desinfecção;
-toda água suprida por manancial superficial e
distribuída por meio de canalizaçào deve incluir
tratamento por desinfecção.
Cont.

• Reservatórios: destinam-se entre outras


funções, a realizar a compensação entre a
vazão de produção, oriunda da captação-
adução-tratamento, que em geral fixa ou tem
poucas variações e as vazões de consumo,
variáveis a longo das horas do dia e ao longo
dos dias do ano.
• Rede de distribuição é composta de
tubulação, conexão e peças especiais,
localizadas nos logradouros públicos, e tem a
função de distribuir água até as residências,
comércios, locais públicos, indústrias.
ESTIMATIVA DA POPULAÇÀO

• Uma instalação para abastecimento de água


deve estar preparada para suprir um conjunto
amplo e diferenciado de demandas, não
apenas ao uso domiciliar. Deve ser
considerado o período futuro de alcance do
sistema e não apenas a realidade presente.
Cont.
• Além dos consumos típicos, a produção de
água deve considerar ainda os consumos no
próprio sistema, como água necessária para
operar a estação de tratamento, e as perdas
que ocorrem no sistema. Estes consumos são
expressos por meio do consumo per capita,
dado em L/hab.dia.
ESTIMATIVA DE POPULAÇÃO
• PRINCIPAIS MÉTODOS:
• Crescimento aritmético;
• Crescimento geométrico;
• Regresssão multiplicativa;
• Curva logística;
• Comparação gráfica entre cidades similares;
• Método dos componentes.
MÉTODOS DE PROJEÇÃO
POPULACIONAL.

• Para o projeto do sistema de abastecimento


de água, é necessário o conhecimento da
população de final de plano, bem como da sua
evolução ao longo do tempo.
cont
• Projeção aritmética: crescimento população
segundo uma taxa constante. Método
utilizado para estimativa de menor prazo.
• pt = po + r(t-to); r= (p2-p1)/(t2-t1)
• Pt-População estimada no ano t
• Po-População no início do intervalo de tempo
• R – razão de crescimento em função do tempo
• T – período analisados.
Cont.
Estimativa de população
• Geralmente costuma-se estimar a população,
para efeito de projetos de saneamento básico
em 20 anos;
• Fatores demográficos fundamentais:
natalidade, mortalidade, emigração e imig.
• P = Po + (N-M) + (I-E)
• P –Pop na data t. Po- pop. Inicial
• N- nascimentos (no período); M-óbtos
Cont.

• I – imigrantes no período;
• E- emigrantes no período;
• (N-M) – crescimento vegetativo;
• (I-E) – crescimento social.
Densidade habitacional(quando se
quer saber da populaçao para áreas)
• Valores típicos:
• -resid. Unif. Lotes grandes – 12-36 hab/ha
• -resid.unif. Lotes pequenos – 36-90 ``
• -resid. Multif. Lotes pequenos-90-250 ``
• -apartamentos 250-2500 ``
• -áreas comerciais sem predom.
prédios 36-75 ``
• -areas industriais- 12-36 ``
CONSUMO DE ÁGUA
– O dimensionamento das tubulações,
estruturas e equipamentos são função das
vazões de água, que dependem do
consumo médio por habitante, da
estimativa do número de habitantes, das
variações de demanda, e de outros
consumos que podem ocorrer na área em
estudo.
Exercício
• Com base nos dados censitários a seguir,
elaborar a projeção populacional, utilizando
os métodos PA E PROG. GEOMÉTRICA.
• To =1990 Po=10.585 hab
• T1=2000 p1= 23150 hab.
• T2=2010 p2=40.000.hab.
Cont. consumo de água

Classificação: doméstico, comercial, industrial,


público.

• A categoria residencial é a mais homogênea;


• Poucos estudos sobre consumos comerciais;
• Ver estudos específicos sobre estes consumos;
CONSUMO PER CAPITA DE ÁGUA
• O consumo médio micromedido varia de 120
a 200 L/hab.dia;
• Fatores que afetam o consumo: condições
climáticas, índice pluviométrico; hábitos e
nível da população( banhos, lavagem de pisos,
irrigação de jardins); poder econômico, tarifas,
área do terreno, pressão na rede,
características culturais da comunidade.
Cont.
• Dados de companhias estaduais, (diagnóstico
2000 do SNIS), apontam um consumo médio
no país de 149,4 L/hab.dia.
• Consumos “per capita”, adotados em média
de 200L/hab dia. (com ligações domiciliares).
• Forma mais correta de se encontrar o
consumo médio total, incluindo comércio,
repartições públicas, é pegar todo volume
produzido e dividir pela populaçao abastecida.
Perdas
• Conceito: as perdas correspondem à diferença
entre o volume de água produzido e o volume
entregue nas ligações;
• Perdas reais: vazamentos nas tubulações e
ligações prediais, perdas nos reservatorios,
descargas, e limpezas;
• Perdas aparentes: ligações clandestinas,
problemas de micromedição. As perdas não
devem passar de 25%.
Cont.
• Merece destaque o emprego de válvulas de
descarga nas instalações sanitárias,
atualmente a normalização brasileira
estabelece que o consumo máximo por
descarga nas caixas de descarga
comercializadas – 6,0 L.
• Outros consumos: comercial, público,
industrial. (ver tabelas).
VARIAÇÕES NO CONSUMO

• Em um SAA, a quantidade de água consumida


varia continuamente com o tempo. Nos meses
de verão o consumo é maior. O consumo varia
com as horas do dia, geralmente o maior
consumo entre 10 e 12horas.
Cont.
• Variações diárias: A relação entre o maior
consumo diário verificado no período de um
ano e o consumo médio diário neste ano,
fornece o coeficiente k1; ( geralmente-1,2)
• Variações horárias: a relação entre a maior
vazão horária observada em um dia e a vazão
média horária no mesmo dia, coeficiente da
hora de maior consumo – k2 (1,5)
Consumo água para calculo deK1
K2=maior Qhor.dia de maior
cons./consumo médio do dia
Vazões de dimensionamento
• Partes de um SAA: captação, estação
elevatória, adutora, ETA, reservatório, rede. O
dimensionamento deve ser feito para a
demanda máxima;
• Vazão de captação, estação elevatória e
adutora até a ETA(inclusive)
• Q1 = [ k1 P.q/86.400 ] Ceta
Cont.
• Vazão da ETA até o reservatório:
• Q2 = k1 P.q/86400;
• Vazão do reservatório até a rede
– Q3 = k1 k2 P q/86400;
– Onde: P = população da área abastecida; q
consumo per capita de água, k1 coef. do dia de
maior consumo, k2 coef. da hora de maior
consumo, Ceta = consumo da ETA.(próximo 3%)
• Exemplo 1: Estimar ano a ano, até o ano de
2035, as vazões das unidade do sistema da
sede de um município, cujos dados censitários
estão apresentados abaixo:
ano população
1960 2.307
1970 5.023
1980 12.486
1990 18.637
2000 25.145
2010 30.712
Como preencher tabela

• Col.1-ano
• Col.2-pop.em cada ano segundo PG.
• Col.3-Indice de atendimento (90%, até 100%)
• Col.4-Pop.abastecida(col.2xcol.3)
• Col.5-Vazão média (l/s)-Popxq/86400
• Col.6-vazão do dia de maior consumo.col5xK1.
• Col.7-vazão da hora de maior cons. Col6x1,5
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUPERF.

• GARANTIR:
• Funcionamento por todo ano,
• Permitir retirada de água com quantidade e
qualidade suficiente;
• Facilitação de acesso para operação e
manutenção.
Cont.
• Quando o manancial encontra-se em cota
inferior à da cidade é necessário estação
elevatória;
• Quase sempre a captação de água para
abastecimento público são realizadas em:
cursos dágua, lago e represas. As águas
deverão preencher requisitos mínimos:
quantidade, fisico, biológico,quimico, bact.
Cont.
• Degradação da bacia hidrográfica:
• avanço da malha urbana, falta de coleta e
tratamento de esgoto;
• medidas de controle de mananciais devem ser
tomadas tendo em vista os aspectos de
quantidade e qualidade das águas.
Padrão de potabilidade
• Ver portaria 2914/2011 do ministério da
saúde;
• Esta portaria impõe limites permitidos para
determinados parâmetros microbiológicos,
químicos e físicos;
• Ex. A turbidez para água pós-filtrada(rápida)
não deve ultrapassar 0,5 uT. Coliformes totais
– ausëncia em 100 ml.
SELEÇÃO DO MANANCIAL
• Garantia de quantidade e qualidade; amostra
para exame físico, químico e bacteriológico;

• Proximidade do consumo;

• Locais favoráveis à construção da captação;


• Transporte de sedimentos pelo curso dágua.
Cont.

• Estudos hidrológicos: conhecer o regime de


vazões e a variação da cota do nível dàgua;
• Para cálculo de enchente considerar período
de retorno de 50 anos;
• Mesmo com a Lei de Proteção de Mananciais,
a ocupação das bacias vem ocorrendo;
• O sistema de monitoramento é essencial.
• Captação a fio dágua: a vazão retirada é
menor que a vazão mínima do manancial;
• Quando existir períodos no ano em que a
vazão for maior, haverá necessidade da
construção de um reservatório de
regularização.
Escolha do local de captação
• A escolha deve ser o resultado de todos os
elementos disponíveis: características
hidráulicas do manancial, geologia,
inundações, poluição;
• Em trecho reto ou, quando em curva , na
margem côncava.
• Ver acesso, energia, inundação.
PARTES CONSTITUINTES CAPT.
• Na maioria dos casos:
• Barragem, vertedor ou enrocamento;
(barragem de nível, barragem para reservat.)
• Tomada de água –conduzir água do manancial
para as demais partes, evitar vórtice.
• Gradeamento: são constituídas de barras
paralelas para impedir passagem de materiais
grosseiros;
• Desarenador: são dispositivos por onde a
água passa com vel. Reduzida para processo
de sedimentação. Vsed< 0,021m/s, Vlong<0,3.
• Dispositivos de controle; comportas e válvulas
para fechar passagem da água;
• Canais e tubulação.

• b h
• L (planta) L (corte)
• Vs= h/t—t=h/vs (eq.1); Vh=L/t-t=vh/L (eq.2)
• Eq. cont. vh.(b.h)– vh=Q/(b.h) Eq.3
• Eq.2 em Eq.1—L/vh=h/vs –L=h.(vh/vs) Eq.4
• Eq.3 em Eq.4– L=Q/(b.vs) Eq.5
• L/b≥4 Vesc≤0,3m/s; b ≥ 0,5m
• Eq.5 para calcular comprimento teórico do
desarenador. Da Eq.5 pode-se escrever
também: vs=Q/(b.L)=Q/A, sendo A área em
planta do desarenador: A=b.L.;
• A eq.5 mostra que a altura da lâmina de
água(h) não interessa para o cálculo do
desarenador, mas no ponto de vista
hidráulico, a altura da lâmina dágua(h)é
importante para evitar o arraste da areia .h
para que vh < o,3m/s.
• Ex. Calcular as dimensões da caixa de areia
com os seguintes dados: Q= 490 L/s,
partículas a serem removidas ϴ≥ 0,2mm e
• Vs≤ 0,021m/s. obs-considerar um coeficiente
de seguranca de 1,5 no comprimento.
Captação em represas e lagos
• Levar em sonsideração a qualidade da água
em função da profundidade;
• Nas águas represadas aparecem algas nas
camadas superiores;
• Para captar água mais profunda usa-se torres
de tomada.
CAPTAÇÀO DE ÁGUA SUBT.
• A água subterrânea: Faz parte do ciclo
hidrológico, aparecendo nos poros e
interstícios das formações geológicas pelas
falhas, fendas fraturas e fissuras;
• A água superficial flui rápida através dos
cursos dágua, a subterränea Flui lenta
através das formações geológicas.
Cont.
• A parcela da água de infiltração que atinge os
mananciais subterrâneos é auto-depurada à
medida que percola pela zona não saturada do
solo e subsolo, devido aos processos bio-fisico-
geoquímico, de interação água/rocha e de
filtração lenta. A água subterrânea Se move mais
lenta -1 m/dia;
• As águas subterrâneas podem apresentar alto
teor salino,podendo ser imprópria para consumo.
Cont.
• É preciso observar normas e padrão de
potabilidade de água destinada ao consumo
humano. Portaria do Ministério da Saúde.;
• Dentre as vantagens da água subterrânea,
destacam-se a facilidade de locar os poços
próximos aos pontos de
reservação/distribuição e a qualidade da água.
Cont..
• Rochas sedimentares: constituem os melhores
e mais amplos aquíferos existentes, são
representados pelos arenitos e cascalhos;
• Rochas ígneas: os basaltos estruturalmente
compostos por sucessivos derrames
constituem bons aquíferos, equanto os
granitos podem fornecer pequenas
quantidades de água;
• Rochas metamórficas: são aquíferos pobres.
TIPOS DE AQUÍFERO
• Aquífero livre ou não confinado: é um extrato
permeável, parcialmente saturado dágua,
sobre uma formação impermeável;
• Aquífero confinado ou artesiano:
completamente saturado dágua, cujas capas,
superior e inferiores são impermeáveis. A
água chama-se confinada ou artesiana,
pressão geralmente maior que a Pressão atm.
Cont.

• Direito de uso da água:pela constituição da


república de 1988, as águas subterrâneas são
de domínio do estado e do distrito federal.
Assim as outorgas devem ser concedidas por
estes entes federados; e União se banhar
mais de um estado…
Seleçao do processo de tratamento
• Um conjunto de operaçoes unitárias é o que
configura um processo de tratamento;
• Propriedades dos componentes presentes na
água que devem ser explorados para removê-
los: dimensão, densidade, carga, solubilidade,
volatilidade, polaridade, ponto de ebulição,
reatividade quimica e a biodegradabiidade;
• O processo de seleção do tipo de trat.é em
funçao principal de: qualidade da água da
fonte, qualidade água tratada, qtdade água.
TRATAMENTO DE ÁGUA
• CLASSIFICAÇÃO TRATAMENTO
(conama)
• Classe especial desinfecção
• Classe 1 trat. Simplificado
• Classe 2 trat. Convencional
• Classe 3 trat. Convencional
• Classe 2 – Aguas destinadas ao abastecimento
doméstico, após tratamento convencional;
proteção das comunidades aquáticas,
recreação de contato primário; irrigação de
hortalicas e plantas frutíferas; criação natural
e ou intensiva(aquicultura) de espécies
destinadas à alimentaçaõ humana.
Tecnol. Para tratar agua bruta
Filt. lenta
• Pré-tratam. → Filtr. Lenta → Desinf, Fluor, pH

Filt. Direta ascendente


• Coag → Filtr. ascendente →desinf, fluor, pH
Filt. Direta descendente
• Coag →filtr. descendente →desinf,fluor. pH
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE AGUA
• Medidor Parshall, consiste em uma seção
convergente, uma seção estrangulada, ou
garganta, e uma seção divergente, onde
ocorre o regime crítico. De fácil execução, uma
só mediçào de altura é suficiente para se ter a
vazão., perda de carga reduzida, não há
obstáculos capazes de provocar a formaçao de
depósitos. Indicados pela largura da seção
estrangulada(garganta).
• A energia específica cresce com Y, existe um
valor mínimo de energia, que corresponde a
uma certa profundidade, denominada
profundidade crítica-yc. A energia
correspondente a yc é chamada da Energia
Crítica-Ec.Para um valor de energia, existem
dois valores de profundidade, o escoamento
correspondente à yf, denominado escoamento
superior, tranquilo, fluvial, subcrítico, o outro-
inferior, rápido, torrencial ou supercrítico.
Tratamento completo
• Pré-tratamento →coagulação →floculação
→decantação →filtração descendente →
desinfecção, fluoretação , correção de pH.
• Quando a água bruta não atender o sugerido
para certas tecnologias, o tratamento deverá
ser do tipo completo.
Coagulaçao e mistura rápida
• A cor, a turbidez, o sabor, o odor e diversos tipos
de contaminantes orgânicos e inorgânicos,
presentes na água, geralmente estão associados a
partículas suspensas ou dissolvidas;
• A coagulação Química ajuda na remoção dessas
impurezas;
• Principais coagulantes químicos usados: sulfato
de alumínio, cloreto férrico, sulfato ferroso ,….
Coag. Na calha parshal
Lançamento de coagulante
• A turbidez da água bruta é devida
principalmente a presença de partículas de
argila(fácil remoção) ou de suspensões
coloidais(mais difícil remoção-tratamento
químico).
COAGULAÇAO
• Coagulação-começa no mesmo instante em
que são adicionados coagulantes à água, dura
apenas uma fraçao de segundos, basicamente
consiste numa série de processos físiscos e
químicos envolvendo os coagulantes, a
superfície das partículas, algumas substâncias
químicas presentes na água, especialmente as
que lhe conferem a denominaçao alcalinidade,
e a própria água.;
• Para cada coagulante, um pH adequado.
Assim sendo, utiliza-se quase sempre a cal
hidratada para aumentá-lo, ou ácido sulfúrico
para reduzi-lo.
• As partículas (de mesma carga negativa)
permanecem separadas umas das outras, se
repelem. É preciso neutralizar(desestabiizar)
para tanto, basta que o coagulante seja
adsorvido pela enorme superfície específica
dos colóides, de forma a anular a carga total
Cont.
• As impurezas, presentes na água, apresentam
carga superficial negativa impedindo que elas
se aproximem;
• A coagulação Geralmente é realizada com sais
de alumínio e ferro;
• Acontecem dois fenômenos:
primeiro(essencialmente químico) consiste
nas reações coagulante + água, depende da
concentração do metal e pH final da mistura,
Cont.
• Segundo(físico) transporte das espécies
hidrolizadas para que haja contato com as
impurezas da água. Processo muito rápido
(alguns segundos) na ETA- mistura rápida;
• Existe uma distância mínima entre a superfície
coloidal e os íons de carga contrária, no qual o
potencial elétrico decresce linearmente; entre
a camada compacta e a difusa esse potencial
elétrico é denominado potencial zeta;
Cont.
• Quando dois coloides semelhantes se
aproximam um do outro, ocorre interação,
havendo repulsão devida a força eletrostática
entre os mesmos;
• Existem forças atrativas entre as partículas,
(forças de Van der Waals). A interação entre as
forças de repulsão de origem elétrica e de
atração de Van der Waals, contribuem para a
estabilidade do sistema.
Efeito da coagulação
• Para neutralizar a carga negativa das partículas
coloidais, faz-se necessário alterar a força iônica
do meio e, em tratamento de água, isto é feito,
principalmente, pela adição de sais de alumínio
ou de ferro ou de polímeros sintéticos,
caracterizando o fenômeno da coagulação.
• Polímeros:compostospor macromoléculas(grande
tamanho), com repetição de moléculas menores.
• As bases e sais, num tratamento de água,
podem atuar como alcalinizantes, agentes de
correçao do pH final e agentes de precipitação
de sais, principalmente. Alcalinizantes são
compostos que conferem à água a
suplementação de alcalinidade necessária a
coagulação ou ao equilíbrio do carbonato de
cálcio. Algumas águas têm alcalinidade
insuficiente para reagir com sulf.de alumínio.
• O íon (OH-) é fornecido pela alcalinidade
natural ou pela cal hidratada. Assim é
explicada a necessidade da alcalinidade;

• 1mg/L de sulfato de alumínio reage com 0,45


mg/L de alcalinidade natural.
• O ajuste do pH normalmente leva ao valor de
equilíbrio do carbonato de cálcio, para este
ajuste usa-se geralmente cal, soda , barrilha,
neutraliza o gás carbônico.
• A cal é o produto mais usado para ajuste de
pH, mas aumenta a dureza da água. A cal
causa incrustação e obstrução nas linhas de
alimentação. A adição de cal leva a formaçao
de hidróxido de cálcio Ca(OH)2, q irá reagir
com o sulf. De alumínio.
• Reação do sulfato de alumínio com a
alcalinidade natural das águas:
• Al2 (SO4)3.18H2O + 3 Ca(HCO3)2 ℗
+ 2Al (OH)3 + 3 CaSO4 + 18H2O
. As partículas hidratadas de de óxido de
alumínio, tornam-se maiores prendem e
aglomeram as partículas coloidais na água, até
serem formadas partículas de tamanho
decantável.
• No tratamento d’agua, o hidróxido de cálcio,
Ca(OH)2 é utilizado no abrandamento,
coagulação, estabilização e como agente
cáustico; o óxido de cálcio, CaO, é utilizado no
abrandamento, coagulação, estabilização e
como fonte de Ca(OH)2; Hidróxido de sódio,
NaOH, é utilizado no abrandamento, controle
do pH e limpeza da areia dos filtros.
• Na escolha do coagulante observar não só
custo mas também qualidade da água obtida;
• Por exemplo, a cal virgem apresenta uma
grande vantagem em relação a cal hidratada,
quanto ao grau de pureza. Implica na turbidez
da água final, além do depósito de substâncias
insolúveis nos reservatórios e canalizações. A
soda cáustica tem vantagens sobre a cal
virgem e hidratada, pois não aumenta a Tb, e
tem menor quantidade de insolúveis.
polímeros
• Tanto polímeros sintéticos, como naturais
(amido em geral), tem sido usados como
auxiliar da floculação e filtração.
• Polímeros, na floculação, para aumentar a
velocidade de sedimentação dos flocos.
Resistindo ao cisalhamento e diminuindo o
coagulante primário, na filtração, diminuir a
influência do transpasse e aumentar a taxa de
filtração.
• Atualmente considera-se a coagulação como o
resultado da ação de mecanismos:
• A)compressão da camada difusa- a introdução
de um eletrólito indiferente num sistema
coloidal irá causar um aumento na densidade
de cargas difusa e diminuir a “esfera” de
influência das partículas, ocorrendo a
coagulação por compressão da camada difusa,
de modo que as forças de Van der Waals
sejam dominantes.
B) adsorção e neutralização de cargas: a
desestabilização de uma dispersão coloidal
consiste nas interações entre coagulante-
coloide, coagulante solvente e coloide –
solvente. O mecanismo de adsorção-
neutralização de carga é muito importante
quando o tratamento é realizado por filtração
direta.
• Desestabilização por adsorção e
neutralizaçao: é o processo que desestabiliza
os colóides através da adsorção em sua
superfície, de produtos do alumínio, de carga
oposta;
• Desestabilização por varredura: processo que
desestabiliza os colóides através da saturaçao
da água em tratamento com o gel hidróxido
de alumínio, e arraste dos colóides.
• C) Varredura: dependendo da quantidade de
sal(coagulante), do pH da mistura e da
concentração de alguns íons na água, poderá
ocorrer a formação de precipitados. As
partículas coloidais são envolvidas pelos
precipitados e, como este mecanismo não
depende da neutralização de carga dos
coloides.
• D)Adsorção e formação de pontes: existe uma
variedade significativa de compostos
orgânicos sintéticos e naturais caracterizados
por grandes cadeias moleculares, que gozam
da propriedade de apresentar sítios ionizáveis
ao longo da cadeia, e atuar como coagulantes.
Aqui se destacam os polímeros.
Cont.
• Qualquer que seja a tecnologia aplicada, a
coagulação química desempenha papel
importante, eficiência das operações
posteriores;
• Há necessidade de ensaios em laboratório
para conhecer o mecanismos de coagulação
apropriado.
• A desestabilizaçao por adsorçao exige que a
mistura rápida seja feita com muita energia e
durante tempo muito pequeno, isto porque os
produtos da dissociaçao do sulfato de
alumínio que podem ser adsorvidos pelas
partículas ficam disponíveis na água apenas
alguns segundos. Além do mais esses
produtos precisam ser lançados
energicamente contra as partículas.
• Para que sejam capazes de atravessar as
nuvens de cargas, também positivas, que as
cercam(dupla camada) dai o mistuturador
rápido deverá: a)misturar energicamente o
coagulante à água bruta; b) efetivar essa
mistura em tempo muito curto. A
desestabilização por adsorção e neutralização
ocorre em faixas estritas de pH da água.
• VARREDURA: Muitas vezes nem misturador
rápido nem floculador, desde que sejam
usadas altas doses de coagulantes. Dosagens
excessivas de coagulants podem re-
estabelecer as partículas que se deseja
remover. É possível associar os dois processos.
• Fornecer íons metálicos em quantidade
suficiente para reduzir as cargas negativas,
formar hidróxido metálico em quantidade
suficiente para adsorver as partículas
• Essa combinação exige o misturador rápido
que permita formar flocos bem formados com
pequeno consumo de floculante.
• Funcionam como pequenas vassouras
peludas, que agarram essas partículas-
varredura. Ex. Típico: limpeza de piscina. Na
desestabilização por varredura não necessita
de boa mistura rápida. Aqui o mais importante
são altas dosagens.(é bem mais fácil q por
adsorçao.
• Um ensaio de jarros indicou as seguintes
dosagens de sulfato de alumínio e pH de
floculação. Classifique o mecanismo de
desestabilizaçao dos colóides correspondentes
a cada um deles, segundo o diagrama de
Amirtharajah e Mils, admitindo que cada
molécula de sulfato de alumínio tenha 14,3
‘moléculas de água de hidrataçao. A)pH = 6,8
dosagem de sulfato 8 mg/l: b)7,5 e 8 c) 7,5 e
30
Cont.
• A escolha do coagulantes mais indicado
dependerá de vários fatores, porém , a
disponibilidade de produdo no mercado a
custo acessível, a alcalinidade e o Ph da água
bruta serão determinantes;
Cont.
• Quando ocorre a dispersão do coagulante, há
reações químicas, e reduzem a força repulsiva
que tende a mantê-las estáveis no meio
aquoso;
• A dispersão do coag. na água bruta é realizada
nas unidades de mistura rápida. O projeto
desta unidade depende do tempo de
detenção e o gradiente de veloc. (depende da
intensidade de agitação da massa líquida).
• A vazão de aplicação da solucão de sulfato de
alumínio é calculada pela seguinte fórmula:
• Qs= Qab x dosagem/concentração% x 10
• Qs-vazão de solução de sulfato de
alumínio(ml/s);
• Qab-vazão de água bruta (l/s);
• Dosagem do sulfato de alumínio em ppm(mg/l
• Conforme dosagem ideal(veja tabela-f(turb.)
• Concentração do sulfato de alumínio usada na
• Qual a dosagem da solução de sulfato de
alumínio na coagulação da ETA de Aps, sendo
a vazão da água bruta de 850 L/s e a
concentração da solução de8%, para uma
turbidez de 50 uT.
MISTURA RAPIDA
• Nessas fase, as partículas existentes em
suspensão na massa líquida, cuja remoção se
pretende efetuar, são bombardeadas por
agentes químicos, com o objetivo de
desestabilizá-las, para que, em fases
posteriores do tratamento, sejam aglutinadas
umas às outras, formando flocos que serão
removidos por sedimentação e filtração.
• Assim, quando se deseja desestabilizar por
adsorção e neutralização, os colóides
presentes na água bruta, a mistura rápida
deve ser efetuada em local de transmissão de
grande energia à massa, e no menor tempo
possível. Daí a importância do conceito de
gradiente de velocidade. A NBR 12216(1992) –
a dispersão de coagulantes metálicos
hidrolisáveis deve ser feita com G entre 700 e
1100 /s em tempo de mistura < 5s.
Gradiente de velocidade em
medidor Parshall
• A expressão do gradiente de velocidade
mostra que quanto maior for a potência
dissipada na água em tratamento, maiores
serão as diferenças de velocidade entre suas
partículas( e, portante, o gradiente de
velocidade), resultando, daí, maior número de
choques entre as partículas de impurezas
presentes na água.
• Para garantir a eficiência da calha como
misturador rápido: aplicar o coagulante na
garganta do medidor, sendo esse local o de
seção mais estreita, é possível fazer com que o
floculante aplicado nesse local se disperse em
todo volume de água. Assegurando o ressalto
hidráulico imediatamente a jusante da garganta,
porque, no interior do ressalto hidráulico, ocorre
grande dissipação de energia num tempo muito
curto.(condições ideais).
Problema-Marcos Viana
• Numa estação de tratamento de água, a
mistura rápida é efetuada no medidor
Parshall, de garganta a 9”. A vazão é de 100L/s.
• Qual é a altura da lâmina dágua em sua seção
de medição? B)qual é o gradiente de
velocidade obtido? Este valor atende à NBR
12216?
Cont.
• Os gradientes de veloc. médios de mistura
rápida podem variar desde 500/s a 7000/s, e
tempo de det. de 1s a 3 min.
• Muitas ETAs utilizam a calha parshall para
promover a mistura rápida;
• A aplicação da solução de coagulante deve ser
feita imediatamente antes do ponto de maior
dissipação de energia
• Quando não houver ensaio em laboratório
para determinar G. A NBR 12216 prescreve
que gradiente de velocidade compreendidos
entre 700 a 1100/s, em tempo de mistura nào
superior a 5s.
FLOCULAÇÃO
• Após a coagulação, faz-se agitação
relativamente lenta, com o objetivo de
proporcionar encontros e trasnformar
partículas menores em agregados maiores ou
flocos. A mistura rápida é a operação
destinada a dispersar produtos químicos na
água a ser tratada, enquanto que, a
floculação, é requerida para promover a
agregação de partículas coaguladas na mist.
rapida
FLOCULAÇÃO
• As reações químicas que se iniciam na
unidade de mistura rápida possibilitam que as
impurezas presentes na água possam se
aglomerar, formando flocos na unidade de
floculação;
• Pode-se adotar valores para tempo de
detenção(total) entre 20 e 30 minutos para
floculadores hidráulicos, e entre 30 e 40
minutos, para os mecanizados.
Imagem de floculador
Gradiente de velocidade

P.76 / • µ.V
P.76 / • µ.V
Cont.
• Não sendo realizados ensaios, deve ser
previsto gradiente de velocidade máximo, no
primeiro compartimento, de 70/s e mínimo no
último, de 10/s;

• Nas ETAs a floculaçao pode ser hidráulica ou


mecânica.
Tipos de floculadores.
Hidráulicos: chicanas (verticais ou horizontais),
pouca flexibilidade com variação de vazão,
não pode variar o gradiente velocidade perda de
carga alta, custos menores de implantação,
operação e manutenção, pessoal menos
qualificado;
Mecânicos: eixo vertical ou horizontal, rotores
com paletas giratórias, paralelas ou
perpendiculares ao eixo.
• Vantagens dos hidráulicos:custo menor de
implantação,operação e manutenção.
Parâmetros unidades floculação
parâmetro Unidade mecanizada Unidade hidráulica
Tempo de agitação(min) 20 - 60 5 - 30
Grad.veloc. Médio (1/s) 70 - 10
Numerode camaras em ≥ 3 ≥ 3
série ou canais c.chicanas
Produto G.T 15.000 - 80000 6000 - 40000
• Dimensionar um tanque de floculação de uma
ETA, cuja vazão é de 70m3/h, temperatura de
20 C, dotado de agitador mecânico.
• Considere o tanque quadrado, h= 1,2L. Tempo
de detenção de 30 min. Adotar gradiente de
velocidade. G= 50/s
• Dimensionar um floculador mecanizado, com
3 zonas de3 floculaçao, para uma eta, cuja
vazão uniforme é de 180 m3/h e temperatura
de 20C. Considerar H=1,2L. Adotar gradientes
de velocidades de 80, 40 , 20/s,
respectivamente, tempo de detençao de 30
minutos, ou 10 minutos, para cada câmara.
• Excercício: dimensionar um floculador
hidráulico de chicanas, com uma única zona
de separação e fluxo horizontal, para uma ETA,
cuja vazão uniforme das águas é de 450 m3/h
G  hf / td

e temp. 20C. Considere: vel. Esc. 0,3m/s,


espaço entre chicanas- 0,5m; td= 30min;
• Perda de carga(hf) hf=nk V2/2g (k=2,5)
• G= ϓ.hf/µ.td ação
• Rij-distäncia do eixo a lateral mais interna,
• b-altura do braço;
• Ex. 6.4.5(Marcos Viana). Determinar o
gradiente de velocidade (G)introduzido pelo
agitador mostrado na figura, sabendo que ele
gira com velocidade de 4rpm no interior de
uma câmara com as dimensões em planta de
4,20x4,20 e profundidade de 3,45m.O
floculador tem dois conjuntos iguais e
perpendiculares.
n Rej Rij
1 1,20 1,05 0,858
2 0,95 0,80 0,405
3 0,70 0,55 0,1411
DECANTAÇÃO
• Nas ETAs, quando a água bruta apresenta alta
concentração de partículas em suspensão ou de
sólidos dissolvidos, é necessária a retirada destas
impurezas, antes de encaminhá-las para o filtro.
• A teoria da sedimentação baseia-se no fato de
que, qualquer partícula não coloidal, suspensa
em um meio líquido em repouso, de menor
massa específica, será acelerada pela ação da
gravidade.
DECANTAÇÃO
• A decantação resulta da ação da força da
gravidade sobre as impurezas, facilitando a
sedimentação delas no fundo da unidade, e
resultando na clarificação do sobrenadante;
• Da aplicação das leis básicas da sedimentação
resulta que a velocidade de sedimentação
depende das dimensões (e forma) das partículas
e sua massa específica. Os flocos apresentam
grande variação de forma e tamanho.
• São consideradas partículas discretas, quando
não há interferência entre partículas durante a
sedimentação , são partículas cuja forma,
peso ou tamanho não são alterados durante a
sedimentação.
• As dimensões dos flocos variam desde alguns
micrômetros, até aproximadamente 3 ou 4
mm, a forma é bastante irregular e massa
específica ente 1000 e 1 050 kg/m3.
• Hazen(1904) propôs a modelação matemática
para o projeto de decantadores,
considerando: o decantador é um tanque
ideal, isto é, a sedimentação ocorre sem
interferências externas ao fenômeno, as
partículas são discretas e apresentam a
mesma velocidade de sedimentação;
• Hazen mostrou que a eficiência de remoção
de partículas discretas é função da área
superf, independente da profundidade e td.
• Camp(1946) mostrou que para decantadores
não ideais, não se pode afirmar que a
eficiência de remoção de partículas seja
independente da profundidade e do tempo
médio de detenção, e sim, que a área
superficial e a taxa de escoamento superficial
são parâmetros mais importantes que a
profundidade e o tempo médio de detenção.
• Para suspensões de partículas floculentas em
decantadores com escoamento contínuo, a
área superficial e a taxa de escoamento
superficial são parâmetros mais importantes
que a profundidade eo tempo médio de
detenção. A vel de sedimentação dos flocos
depende fundamentalmente da qualidade da
água bruta, características químicas da
coagulação e parâmetros físicos da floculação
• Geralmente os flocos são constituídos de
partículas de argila, silte e substâncias
húmicas. Quando se usa polímeros na
coagulação obtem-se flocos mais densos do
que os flocos com sulfato de alumínio.
• Sendo t o tempo que a partícula a ser
removida, que sedimenta com velocidade vs,
leva para percorrer toda a profundidade h do
decantador. t=h/vs.
• Velocidade média horizontal no interior do
decantador- vh=Q/bh (eq.1)(t-tempo também
para a velocidade percorrer toda extensao L.
• t= L/vh (jogando eq.1) t= bLh/Q. Se t(igual)
• bLh/Q =h/vs---vs=Q/bl (bl-área em
planta)Vs=Q/A (taxa de aplicaçao superficial.
• A taxa de aplicaçao superficia (Q/A) na
unidade desarenadora deve ser ;igual ou
inferior à velocidade de sedimentaçao da
partícula a ser removida.
• A= Q/vs
• Observe que do ponto de vista teórico, a
profundidade do desarenador não importa.
• Na figura acima, têm-se partículas discretas
que entram na zona de sedimentaçao;
• Tso = Hu/Vso
• Td=Ld/Ve = Ld.Bd.Hu/VeBd.Hu =
• =Vu/Q = Hu.Ap/Q; sendo:
• Tso=tempo teórico q uma partícula(na
superfície da água, na entrada da zona de
sedimentação leva para sedimentar (s);
• Td: tempo q a partícula leva p/ percorrer a
• Vso: velocidade de sedimentaçao da partícula
q deve ser removida;
• Ve: vel.média de esc. Na direçao longit. (m/s);
• Hu: profundidade útil (m);
• Ld: comprimento da zona de sedim.(m)
• Bd: largura do decant(m); Vu:volume util m3;
• Ap:área superficial em planta, zona de sed.m2
• Q: vazão afluente do decantador (m3/s);
• Para partículas discretas,
• tso = td= Hu/Vso = HuAp/Q Vso=Q/Ap;
• A velocidade Vso conhecida como “taxa de
escoamento superficial”, a água decanta com
a mesma veloc.q a partícula crítica sedimenta.
• Se uma partícula dois com Vs ≤Vso, não será
removida se ocupar a mesma posiçao da
part.1.
• A velocidade de sedimentaçao dos flocos
depende, principalmente, da qualidade da
água bruta, das características químicas da
coagulaçao e dos parâmetros físicos da floc.
• O ideal é fazer ensaios em jarteste,onde a
água bruta é coagulada e floculada nos jarros
para obtençao das dosagens de produtos
químicos e valores de pH de coagulaçao;
• Quando as partículas não são discretas e os
decantadores não são ideais: quais as
diferenças básicas entre as partículas
floculentas e discretas? A diferença da
remoção das partículas depende
principalmente da área superficial?
• As partículas floculentas, podem aglomerar-se
durante a sedimentaçao, com vel.sed. Maior
que a da partícula inicial. No decantador não
ideal, não se pode afirmar q a eficiência de
remoçao de partículas seja independente da
profundidade e do tempo médio de detençao,
mas sim que, para suspensões de partículas
floculentas, em decant.com escoamento
contínuo, a área superf. E a txa de esc.sup. São
parâmetros mais importantes q a prof.e td.
• Tipos de decantadores: clássicos e tubulares.
• Os decantadores clássicos mais utilizados são
os de seção retangular. São necessários
observar dois parâmetros nesses
decantadores-Taxa de escoamento
superficial(m3/m2.d) e a velocidade de
escoamento horizontal(para não se arrastar os
flocos já depositados.)
• De modo geral, imediatamente após ser
admitida no interior do decantador, a água
floculada é distribuída em toda sua seção
transversal através de uma cortina
distribuidora.Em seguida, ela percorre a
extensão do decantador com velocidade
muito baixa, até atingir a zona de saída, neste
local, a água decantada é recolhida através de
calhas coletoras ou tubos perfurados.
Numero de unidades e dimensões-
decantadores
• O número mínimo desejável é igual a dois,
para dar continuidade a operação;
• Algumas relações devem ser observadas:
• Relação comprimento-larg: 2 ≤ L/B ≤5
(geralmente em torno de 3)
• Relação comprimento-prof: 2 ≤L/H ≤ 25
• Também observar td = A. H/Q
• A velocidade média de escoamento em
decantadores com sobrecarga de vazão pode
ser prejudicial, aumenta o arraste dos flocos
com aumento da turbidez da água decantada.
Cont. decantadores
• Ve ≤0,5cm/s para Q ≤ 10.000m3/d
• Ve ≤0,75cm/s para Q ≥10.000m3/d e
• Ve ≤1,0cm/s Q ≥ 10000, remoção qualificada.
• Os arranjos comumente adotados em
projetos de unidades de floculaçao e de
decantaçao são em funçao de: A vazão total
de água coagulada é dividida , igualmente,
para as diferentes unidades de floculaçao,
cada uma delas alimenta seu respectivo
decantador
• E, a vazão total de água coagulada é floculada
em uma ou mais unidades, sendo a água
floculada reunida e dividida aos diferentes
Cont.
• A coagulaçao e a floculaçao possibilitam a
obtenção de partículas com maior velocidade
de sedimentação, viabilizando a construção de
unidades de decantação mais compactas;
• Nos projetos de decantadores usa-se taxa de
aplicação superficial (TAS), relacionadas com a
velocidade de sedimentação das partículas;
• TAS = Q aflu/área do decantador. EX para
vazão < 1000 m3/d TAS até 35m3/m2.d
TAS.e Vel sed.em função da vazão
tratada-ABNT-1992-Dec.clássicos
Vazao tratada na ETA Taxa de aplicaçao Vel.sed.correspondente
superficial Vs-(cm/min)
Até 1000 m3/d Até 25 m3/m2.d 1,74
Entre 1000 e 10.000 m3/d Até 35 m3/m2.d 2,43
Mais de 10.000 m3/d Ate 40 m3/m2.d 2,80
Período de detençao e txa de
escoamento superficial-Paz e Di
Bernardo-2008-Clássicos
Período de detençao (h)
Txa escoamento sup. (m3/m2.d)
15 A 20 3,5 a 4,4
20 a 30 3,0 a 4,0
30 A 40 2,5 a 3,5
40 A 50 2,0 a 3,0
50 A 60 1,5 a 2,5
• Ex(Marcos Viana).Uma Eta, em que com
capacidade para tratar 100 l/s, tem dois
decantadores, com as seguintes dimensões,
cada um deles: comprimento 25m, largura-
6,0m, produndidade-4,0m. Verificar a
velocidade de escoamento horizontal.(atende
a NBR 12226?)
Velocidade de esc. Horizontal
• Para evitar o arraste do flocos já
sedimentados-
• Vmax(horizontoal)= 18 Vs.
• Vs-velocidade de sedimentação.
exercício
• Uma ETA cuja vazão é de 180L/s possui dois
decantadores cada um com 30m de
comprimento. Com base nestes dados,
calcular a TAS dos decantadores e verificar se
o valor encontrado atende ao recomendado
na ABNT (1992).

• ABNT- Q > 10.000 m3/d TAS até 40m3/m2d


• Exemplo. Calcular a área e dimensões para
dois decantores cuja vazão afluente é de 200
L/s. considerar a txa de escoamento
superficial de 30 m3/m2.d.
• Os decantadores mais utilizados são
decantadores de fluxo horizontal, apresentam
alta eficiência e baixa sensibilidade a
condições de sobrecarga e; decantadores
tubulares de alta taxa.
Decant. De alta taxa
• A introdução de módulos ou placas no interior
do decantador foi uma inovação de grande
importância e que deu origem aos
decantadores de alta taxa. Estes novos tipos
de decantadores pode-se adotar TAS até de
150m3/m2.d.;
• A retirada do lodo no fundo pode ser
mecânica ou manualmente.
Decantador de alta taxa
São tanques com dimensões reduzidas
comparadas com decantador de fluxo
horizontal, constituídos de placas inclinadas(
geralmente com inclinaçao de 6O: . A
inclinaçao ds placas facilitam a remoçao de
flocos em virtude da diminuiçao do percurso
de decantaçao, aumentando a eficiência
consideravelmente.
Imagem decant. vazio
Água do decant. Para o filtro
Canal de acesso aos decantadores
• A melhor forma de assegurar uma
distribuiçao equitativa de vazão é fazer com
que a velocidade ao longo do canal de acesso
aos decantadores se mantenha constante e
superior a 0,10 m/s(evitar sedimentaçao de
flocos), e nunca superior a 0,45m/s(evitar
quebra desses flocos). Gradiente(G) menor
que o G da última câmara de floculação. Seção
decrescente de montante para jusante.
• Ex. Decantadores tratam , ao todo,a vazão de
100 l/s, conforme esquema abaixo através de
comportas de seção quadrada, de dimensões
0,40m x 0,40m. Dimensionar o canal de
acesso as comportas para que a velocidade
dees;coamento seja de 0,10 m/s.
• A distribuição do canal para o decantador é
feita por cortina de distribuiçao( a vazão mais
uniforme possível), cortinas mal
dimensionadas podem quebrar os flocos.
• Gradiente de velocidade na cortina de
distribuição G (1/s) pode ser assim calculado:
Recomendações da norma
• A)ter o maior número possível de orifícios
uniformemente espaçados segundo a altura
útil do decantador, a distância entre os
orifícios deve ser igual ou inferior a 0,50m;
• B)gradiente de velocidade nos orifícios igual
ou inferior a 20/s.;
• Ex.-Determinar o gradiente de velocidade a 20
C nos orifícios da cortina distribuidora de um
decantador que trata 50 l/s. A cortina possui
96 orifícios de diâmetro 50 mm, espaçados
entre si(eixo a eixo) de 50 cm. Admita que o
coeficiente de descarga(Cd) dos orifícios é
igual a 0,61. (Marcos Viana)/
Coleta água decantada
• A coleta de água decantada pode ser feita por
meio de: a) tubos de orifícios que, de
preferência devem descarregar livremente no
canal de alimentação dos filtros ou , b) calhas
com e sem placas contendo vertedores
triangulares ou com orifícios nas paredes
laterais. A NBR 12216 indica que a vazão de
coleta linear(por metro de tubo ou de
vertedor- Qad≤0,018 Hu(Q/Ap) (l/sm)
Disposições da NBR 12216 sobre
coleta de água decantada
• O nível máximo de água no interior da
canaleta deve situar-se à distância mínima de
10 cm da borda vertente;
• Em decant. Convencionais e tubulares,
quando vs(vel.sedimentação) determinada em
laboratório a vazão por ml de vertedor ou de
tubo perfurado deve q≤ 0,018.H.vs, q-vazão
em l/sm., H-profundidade do decant.em m;
vs-vel.sed. m3/m2.dia. Não sendo possível
medir vs, admir q(vertedor) < 1,8 l/sm
• A NBR 12216 permite, no caso de
decantadores tubulares, que as calhas
coletoras trabalhem com vazões coletadas de
até 2,5 L/s por metro de borda vertedoura;
• Com relação aos tubos perfurados utilizados
para coleta de água decantada, A NBR 12216,
estabelece que eles devem ser submersos,
podendo descarregar em canal ou câmara,
preferencialmente em descarga livre.
A coleta de água decantada em unidades de alta
taxa deve ser efetuada de forma uniforme; A
vazão por metro linear de calha não deve
ultrapassar 2,5L/sm. Os tubos deverão ter
escoamento livre no seu interior, com todos
orifícios descarregando livremente, para que a
coleta seja uniforme. A altura da água sobre os
orifícios deve ser de 3 a 10 cm e a altura no
interior do tubo, ¾ do diâmetro.
Altura da lâmina dágua na calha
em função da vazão na calha
Ex. Marcos Viana
• Um decantador recebe vazão de 50 l/s, água
coletada através de calhas.
• A) qual deverá ser a exgtensão mínima de suas
bordas vertedoura? B)qual deverá ser a altura
interna das calhas coletoras de água
decantada, supondo que sua largura interna
seja igual a 0,30m, e q elas tenham descarga
livre? Sendo q o vert.triangulares instalados
nas soleiras têm forma de triangulo ret. Com
largura de 0,10m e altura de 0,05m, e 180vert,
Remoção de lodo
• A remoção do lodo pode ser realizada de
forma contínua, semi-contínua ou periódica;
• O lodo depositado no fundo não se encontra
disposto uniformemente ao longo do
decantador, havendo deposição de 60 a 80 %
do lodo até a metade de seu comprimento.
• Os tubos extratores de lodo deverão
descarregar livremente no canal inferior.
Como os tubos extratores estarão submetidos
à mesma carga hidráulica, a vazão de descarga
no canal inferior será igual ao número de
tubos extratores vezes a vazão individual.
Diâmetro mínimo para coleta 38mm, distância
máxima entre tubos vizinhos de 2,0m,
velocidade mínima de escoamento 3,0m/s
Tempo e esvaziamento dos
decantadores
• Ex.Considerando o decantador da figura
acima, com canal central de veiculação de
lodo extraído de 8 poços de lodo ( 4 de cada
lado) por intermédio de tubos de 75mm de
diâmetro. Adotando Cd= 0,6, calcular a vazão
de descarga por tubo e a vazão de descarga
total.
• Ex.Um decantador cuja área, em planta, é 6,0
x 25 = 150 m2 tem instalada uma canalização
de descarga de diâmetro 150 mm. Determine
seu tempo de esvaziamento, sabendo-se que
a lâmina dágua sobre a descarga é de 4
metros.
• A distribuiçao de água floculada sob os dutos
pode ser feita por meio de canais ou tubos
perfurados, como para decantandores
convencionais. A extração de material
depositado pode ser realizada com
dispositivos mecânicos, hidráulicos ou por
sifão flutuante.
FILTRAÇÃO
• A filtração consiste na remoção de partículas
suspensas e coloidais e de microrganismos
presentes na água que escoa através de um
meio poroso. Em geral, a filtração é o processo
final de remoção de impurezas realizado em
uma ETA. Na filtração rápida descendente,
com ação de profundidade, as impurezas são
retidas ao longo do meio filtrante, em
contraposição a ação superficial.
FILTRAÇÃO RÁPIDA de fluxo
descendete- a mais utilizada.
• Na filtração rápida agem três mecanismos:
transporte, aderência e desprendimento;
• Transporte:conduzir partículas suspensas no
líquido para próximo das superfícies dos grãos,
forças de ação superficial atuam de modo a aderi-
las à superfície dos mesmos. Com o tempo as
partículas removidas acumulam-se nas supurfície
dos coletores, diminuindo espaço intergranular,
aumentando força de cisalhamento no material
depositado .
Imagem de filtro
Cont.
• Quando estas forças são maiores que as forças
adesivas, as partículas são arrastadas para outras
camadas do filtro, onde o fenômeno se repete.
Outro fenômeno que pode provocar o
desprendimento é a colisão.
• A)o transporte é um fenômeno físiso, enquanto a
adesão um fenômeno químico, influenciado pelo
tipo e dosagem do coagulante no pré, pelas
características da água e do meio filtrante.
• B) Aderência: quando próximas à superfície
dos grãos do meio filtrante, as partículas são
capturadas e aderidas a este por meio dos
mecanismos de aderência. As partículas
podem tanto aderir diretamente às superfícies
dos grãos como às partículas previamente
retidas. A aderência é atribuída a dois
fenômenos: forças elétricas e as de Vander
Waals, e interação sup. de origem química.
Cinética da filtração
• As partículas retidas nos vazios intergranulares
causam diminuição das dimensões destes,
com consequente aumento da velocidade
intersticial e da força de cisalhamento,
responsáveis pelo arrastamento de partículas
para subcamadas inferiores do meio filtrante.
Cont.
• Carreira de filtração; é definida como o
intervalo de tempo decorrido entre o
momento que um filtro é colocado em
operação eo momento em que ele é retirado
de operação para limpeza. Isto se dá quando o
filtro produz água que não atende padrão de
potabilidade ou quando a perda de carga
atinge o valor máximo estabelecido no
projeto.
• A interrupção de uma carreira de filtração
ocorre por dois motivos: transpasse da
turbidez limite do efluente ou uso total da
carga hidráulica disponínel;
• Nas ETAs, é desejável que o encerramento da
carreira de filtração se dê sempre pela perda
de carga limite, porém, com duração mínima
de 24 horas.
Indice de filtrabilidade
• A eficiência da filtração está relacionada às: a)
características da suspensão(tipo, tamanho e
massa especícica, resistência ao cisalhamento,
temperatura da água, concentração de
partículas, potencial zeta, pH da água), b)às
características do meio filtrante(tipo de
material granular, tamanho efetivo,
coeficiente de desuniformidade, massa
específica, espessura da camada filtrante. Taxa
de filtração).
• DIÂMETRO EFETIVO: abertura da peneira que
deixa passar apenas 10% da areia, ou seja,
abertura que retém 90% da areia;
• COEFICIENTE DE DESUNIFORMIDADE:
relaciona o diâmetro correspondente a
passagem de 60%, com o diâmetro que se
refere apassagem de 10% por meio da curva
granulométrica.
Cont.
• Unidade de filtração: comporta de entrada,
meio granular (camada filtrante
eventualmente camada suporte), sistema de
drenagem para água filtrada e à distribuição
de água( e eventualmente ar) para lavagem e
calhas para coleta de água de lavagem.
• A água para lavagem dos filtros pode ser
proveniente de reservatório elevado,
bombeamento ou dos demais filtros.
Cont.
• Projetar filtros para carreiras de 20 horas;
carreiras curtas elevam custos operacionais da
ETA, aumentam o consumo de água, já
carreiras muito longas também devem ser
evitadas- aumento das formas de aderências
das impurezas aos grãos do meio filtrante,
dificultando a remoção dos sólidos durante a
lavagem.
Formas dos grãos e porosidade
• A porosidade é afetada pela forma dos grãos,
e relacionada a perda de carga. Grãos de
forma arredondada apresetam menor perda
de cargas;
• O tamanho dos grãos e a distribuição de
tamanhos são obtidos através da análise
granulométrica do material granular,
utilizando-se peneiras padronizadas.
Especificação do material filtrante
• A areia deve ser constituída de grãos
essencialmente de quartzo;
• Os seixos são fragmentos de rochas,
arrendondadas, encontradas em leitos dos
rios ou em jazidas, tamanho de 2 a 250mm;
• Antracito ,camada filtrante sobre a areia.
Antracito é carvão mineral,baixo em voláteis,
com o menor nível de impureza e o teor mais
alto de carbono, o nacional vem de Santa
Catarina.
• A escolha da granulometria de um meio
filtrante depende de outras variáveis como
taxa de filtração, carga hidráulica disponível,
qualidade do afluente, sistema de lavagem,
etc. , portanto a eficiência da filtração é
função das características físicas do meio
filtrante. Quanto menor o tamanho dos grãos,
menor a espessura da camada filtrante para se
obter a mesma eficiência de remoção.
• Forma dos grãos e porosidade: a porosidade
de um meio filtrante é significativamente
afetada pela forma dos grãos e está
relacionada à taxa de crescimento de perda de
carga, resultante da remoção de impurezas
durante a filtração. Meios com grãos esféricos
apresentam mais eficiência na lavagem. Graos
de forma arredondada apresentam perdas de
carga final entre 20 a 30% inferior aos de
grãos angular.
Meios filtrantes
• Anteriormente as taxas de filtração adotadas
eram inferiores a 150 m3/m2.d quando se
usava apenas um meio filtrante –areia,
atualmente dupla camada antracito e areia
chega-se a aplicar taxa de 400m3/m2.d-alta tx
• A variação da perda de carga no meio filtrante
em função do volume filtrado, resulta
aproximadamente linear.
• Qto menor o tamanho dos grãos menor a
estrutura da camada, para mesma eficiência.
Filtros de uma única camada txas
menores que 200m3/m2 .d
• Espessura da camada de areia 0,8 m
• Coeficiente de desuniformidade ≤ 1,6
• Tamanho dos grãos 0,42 a 1,41mm
• Tamanho efetivo 0,45 a 0,55mm
A camada torpedo quando existe usada entre
a camada filtrante e a suporte.
Filtros rápidos- taxas máximas
• A) para filtros de camada simples,
180 m3/m2.d;
. B) Para filtros de camada dupla, 360m3/m2.d
Ex. Uma ETA tem quatro filtros, de leito filtrante
simples de areia, com as seguintes dimensões
em planta. Comprimento 2,50m, largura
1,0m.Deseja-se ampiar sua capacidade, que
passará de 40 l/s . Se os leitos filtrantes forrem
alterados para tipo duplo areia e antrac. Os
filtros suportarão a nova vazão?
Filtros de camada dupla, quando se
usa antracito e areia- Di Bernardo
caracteristica areia
2009 antracito

Espessura camada (m) 0,20 - 0,3 0,45 - 0,6

Tamanho dos graos(mm) 0,42 - 1,41 0,59 - 2,0

Tamanho efetivo(mm) 0,40 - 0,6 0,9 - 1,1

Coef. De desuniformidade ≤ 1,6 ≤ 1,6


• Camada suporte: geralmente constituida de
seixos rolados ou pedregulhos. A camada
suporte pode ser substituída quando são
empregadas lajes porosas para suportar o
meio filtrante, ou bocais com ranhuras
pequenas (≤ 0,35mm).
Fundo dos filtros
• O sistema de drenagem dos filtros rápidos
descendentes devem;

• A) coletar água filtrada b) distribuir


uniformemente a água, eventualmente ar,
para lavagem.
Lavagem dos filtros
• Independente do método de lavagem
utilizado, è recomendável que se localize um
ponto de àgua com pressão superior a 20m,
em local pròximo dos filtros(lavagem manual).
• A lavagem inadequada dos filtros apresenta
diversos problemas: aparecimento de bola de
lodo no interior do meio filtrante, menor
volume de água produzido na carreira
filtrante, água filtrada de pior qualidade,
aumento da perda de carga..
Cont.
• Lavagem de filtro: fecha a entrada de água,
introduz água(e ar quando for o caso) no
sentido ascencional, com velocidade tal q
promova a expansão do meio filtrante e que
resulte em forças de cisalhamento que
superem as forças de adesão;
• Lavagem: com água, com ar seguida com
água, com ar e água simultaneamente.
• A expansão do meio filtrante deve estar entre
30 e 50%, velocidade ascensional relacionada
com a expansão do material filtrante. Para que
a expansão resulte superior a 30% a
Velocidade ascensional deve ser maior que 80
cm/min. Usualmente a taxa de água para
lavagem somente com àgua è fixada entre
1150 e 1440 m3/m2d, mantida entre 7 e 10
min.
Perda de carga em meio granular
• Darcy, em 1856, observou que a vazão que
escoava em um filtro de areia era diretamente
proporcional à carga disponível e
inversamente proporcional à espessura da
camada filtrante.
• Q= Kd.A/ ΔL . ΔH onde: Q: vazão m3/s, Kd-
condutividade hidráulica(m/s), ΔH –carga
hidráulica disponível, igual a perda de
carga(m).
METODOS DE CONTROLE DOS
FILTROS
• Há duas velocidades de interesse na
filtraçao:a)velocidadede aproximação, ou taxa
de filtraçao=vazão afluente dividida pela área
do filtro em planta; b) vel.intersticial média =
velocidade de aproximaçao dividida pela
porosidade média do meio filtrante.
• Durante a filtração, as partículas são retidas
nos vazios intergranulares, reduzindo o
volume de vazios e a porosidade, com o
consequente aumento da velocidade
intersticial e da perda de carga no meio
granular.
• A perda de carga laminar se dá: a) na camada
de filtração (há equações apropriadas para
seu cálculo), e, b) a perda de carga na
comporta de entrada, sistema de drenagem,
tubulaçoes e acessórios, denominada perda
de carga turbulenta, ambas relacionadas a
taxa de filtração. Txa de filtração=carga
hidráulica diponível/resistência total do
filtro.
Fórmula para cálculo de perda de
carga em meio filtrante
Tipos de controle dos filtros
• Carga hidráulica diponível constante e
resistência total do filtro variável;
• Carga hidráulica disponível constrante e
resistência total do filtro constante;
• Carga hidráulica disponível variável e
resistência total do filtro constante;
• Carga hidráulica disponível variável e
resistência total do filtro variável.
CHDC e RTFV
• Este método é também conhecido por taxa
declinante contínua. Se a carga for mantida
constante, resultará a taxa máxima de filtração
no início com o meio filtrante limpo; com o
decorrer do tempo, a resistência ao
escoamento vai aumentando,
consequentemente, a taxa diminui. (água
filtrada de melhor qualidade, carreiras mais
longas. Mas há necessidade de reservação a
montante. Quase Nào se usa.
CHDC X RTFC
• Água o nível de água no interior do filtro varia
pouco. Mantendo-se constante a RTF, tem-se
constante a txa de filtraçao. No início da
carreira, meio filtrante limpo, é necessário um
dispositivo controlador que apresente um
valor de perda de carga igual a diferença entre
a CHD e as perdas de cargas. Com o tempo vai
reduzindo a perda no controlador. Qdo o
dispositivo de controle apresentar o menor
valor de perda.
• O nível da água pré-fixado no canal de
distribuição , praticamente só será alterado e
aumentará durante a retirada de um filtro
para lavagem. Isso acontece porque os filtros
remanescentes, em operaçao, tem de filtrar
avazão daquele retirado de operaçao para
lavagem. O nível de água observado nos filtros
remanescentes são proporcionais ao número
de filtros da bateria e ao tempo utilizado na
lavagem.
CHDV e RTFV
• Dependendo das características de entrada e
saída dos filtros, Taxa de filtração poderá
resultar constante ou declinanante, quando a
carga hidráulica disponível e a resistência total
do filtro forem variáveis.
a)Filtração com taxa constante
• Quando a entrada aos filtros de uma bateria
for feita de modo q a vazão seja dividida
equitativamente e que o nível de água no
interior de cada um varie independente dos
demais, a vazão será cte se o aumento da
perda de carga, devido à retenção de
impurezas com o tempo, for acompanhado
doaumento da carga hidráulica disponível.
Método de distribuição equit.de vazões.
• Como as entradas são feitas por meio de
vertedores idênticos com descarga livre, os
filtros recebem a mesma vazão, a vazão de
saída é praticamente igual a vazão de entrada,
pois é relativamente pequeno o volume de
água armazenado no interior do filtro(nível
mínimo e máximo) qdo comparado ao volume
de água produzido nesse intervalo.
Vantagens “distribuição equitat.
• A)sendo constante a vazão afluente a ETA, a
txa de filtração é mantida inalterada sem o
emprego de equipamento de contole; b)vazão
é distribuída igualmente aos filtros da bateria
por meio de dispositivo simples, como
vertedor; c)qdo um filtro é retirado para lavar,
a vazão correspondente ao mesmo é
distribuída igualmente aos remanescente;
• D)após o início de operação de um filtro
recem lavado, a diminuição da txa de filtração
é gradual e)a perda de carga em um filtro
qualquer é visual f)a localizacão da crista do
vertedor de saída acima do topo do meio
filtrante elimina a possibilidade de ocorrência
de pressão inferior à atm.
Principais desvantagens
• Altura escessiva da caixa de filtro; quebra dos
flocos, resultante da queda de água na
entrada, com prejuízo à qualidade da água
filtrada.
Filtração com taxa declinante
variável
• Quando se coloca a comporta de entrada
afogada, de modo que os filtros funcionem
como vasos comunicantes. O nível mínimo de
água no canal comum de alimentação quando
o filtro recém lavado ter sido colocado em
operação, o filtro mais limpo da bateria , isto
é, o recém lavado estará funcionando com a
taxa máxima de filtração.
Filtração direta descendente
• A FDD é a tecnologia de tratamento na qual se
podem ter as seguintes etapas: mistura
rápida, floculação, filtração. Em virturde da
qualidade da água bruta e, principalmente,
das características do meio filtrante, a
floculação pode não ser utilizada.
Cont.
• Na filtração direta, as taxas de filtração
usualmente variam entre 120 e 360 m3/m2.d.
• Para os filtros lentos adota-se taxas de 3 a 6
m3/m2.d. Assim a penetraçào de impurezas
na filtração direta não fica apenas no topo,
atinge profundidades maiores. A filtração
rápida exige maior controle operacional. Mas
trata água de pior qualidade do que na
filtração lenta.
• Em comparação ao tratamento completo, a
FiltraçaoDiretaDescendente apresenta as
seguintes vantagens:
• Menor investimento em obras civis, custo
menor de operação e manutenção, redução
substancial no consumo de coagulante, menor
volume de lodo produzido na Eta, menor
consumo de energia elétrica, facilidade no
tratamento de água bruta com baixa turbidez.
Desvantagens na FDD
• Dificuldades no tratamento de água bruta com
turbidez ou com cor verdadeira alta;
• Necessidade de monitoramento contínuo ou
controle rigoroso dos principais parâmetros de
qualidade, tanto da água bruta como filtrada;
• Tempo curto para que o operador perceba
qualquer mudança de qualidade da água
bruta;
Filtração direta ascendente-
(clarificadores de contato)(CC)
• CC) podem ser resumidos em: redução das
dimensões da estação da ETA com eliminação
das unidades de floculação e decantação,
diminuição de coagulante, a filtração no
sentido decrescente da granulometria, com
uso de toda camada filtrante, resulta em
menor crescimento da perda de carga ao
longo da carreira.
Vantagens FDA
• Realiza boa coagulação, evita a necessidade
de tratamento prévio, reduz o consumo de
coagulante, carreiras de filtração mais
longas,aproveita melhor a carga hidráulica
disponíveis.
Desvantagens da FDA
• Possibilidade de mistura da água de lavagem
com a água filtrada, limitação relativa à
qualidade da água bruta, facilidade de
fluidificação do meio filtrante, água obtida no
início da carreira filtrante de qualidade
inferior.
Filtração lenta
• A taxa de filtração na filtraçao lenta chega a
ser duzentas vezes menor que a empregada
na filtração rápida, de modo que a água pode
demorar duas ou mais horas da entrada à
saída dos mesmos, período de tempo em que
ocorrem ações diversas no meio filtrante
responsáveis pela remoção de impurezas
presentes na água bruta.
Tecnicas:filtração lenta
• Na filtração lenta o tratamento da água é feito
por um processo biológico, não há
necessidade do emprego de coagulante
químico, com isso menor limpeza dos filtros;.
• com baixa taxa de filtração requer maior área
para os filtros. Para uso desta tecnologia a
água bruta deve apresentar condições
favoráveis.
Cont.
• O filtro lento constitui-se basicamente de um
tanque, onde é colocada areia com espessura
geralmente entre 0,9 e 1,20 m, sobre uma
camada de pedregulho, com espessura entre
0,20 e 0,45 m. Sob a camada de pedregulho
tem-se o sistema de drenagem, destinado a
recolher a água filtrada. Na FL são utilizadas
areias de pequena granulometria.
Cont. filtração lenta
• No início da filtração há predominância do
mecanismo de interceptação, que promove a
remoção de partículas maiores que os vazios
intergranulares,o que contribui para a
formação de uma camada biológica no topo
do meio filtrante. A eficiência da FL depende
da camada biológica. Deve-se esperar o
amadurecimento do filtro (alguns dias)
sempre que for colocado em operação, para
amadurecimento.
• A F.L. tem sido considerada como resultante
de várias ações distintas; transporte,
aderência, e a atividade biológica.
• As primeiras forças atuantes entre as part.e os
grãos de areia são as de origem elétrica que
causam repulsão ou as de Van Der Walls, de
atração.As impurezas comumente presentes
nas águas apresentam carga negativa,
ocorrendo repulsão entre elas e meio filt.
• A atividade biológica é considerada a ação
mais importante que ocorre na F.L. sendo mais
pronunciada no topo da areia, onde há a
formação da camada biológica constituída
fundamentalmente, de partículas inertes, de
matéria orgânica e de uma grande variedade
de organismos, tais como bactérias, algas,
protozoários,metazoários, etc.
• Na zona heterótrofa, que se estende até cerca
de 40 cm, os microrganismos multiplicam-se
em grande escala, e a matéria orgânica é
convertida em água, dióxido de carbono,
nitratos e fosfatos, ocorrendo a mineralização.
Pode-se considerar essas três zonas como as
formadoras de um ecossistema desenvolvido
com o amadurecimento do filtro.
Fatores que influenciam na F.L.
• Qualidade da água bruta(turbidez, cor, sólidos
suspensos,algas, coliformes, protozoários e
outros microrganismos, ferro e manganês,
compostos orgânicos, nutrientes;
• Projeto (tipo de pré-tratamento e
características das unidades, número de
filtros, txa de filtração, carga hidráulica, meio
filtrante
• Operação e manutenção.
• Há dados de literatura sobre F.L. Em areia,
com camada de espessura superior a 50 cm e
tamanho efetivo compreendido entre 0,15 e
0,30mm, com taxa de filtração menor que 4,8
m3/m2.d comprovam eficiência em remover
99-99,99 % de bactérias entéricas, 100% de
cercária da esquistossomose, 99-99,99% de
cistos de protozoários, 30-90 % de cor
aparente,30-70% de DQO, 50-99%sub.humica.
• Carga hidráulica disponível e txa de filtração;
• A carga Hid. A ser fixada está relacionada a Txa
de filtraçao; porém, a txa de crescimento de
perda de carga no tempo torna-se acentuada,
e mesmo com carga hidráulica maior, a
duraçao da carreira não aumenta linearmente
com o seu incremento. As características do
meio filtrante, tabém influenciam na txa de filt
e na carga hidráulica.
• A txa máxima de filtraçao recomentdada é de
6m3/m2d, qdo a água afluente tb até 5uT. No
caso de entre 5 e 10 ut, adotar txa entre 3 e 5.
• A perda de carga final(total), pode ser fixada
entre 1,5 a 2,0m, com a qual resultam
carreiras de filtraçao com duraçao razoável(de
pelo menos 30d).
SELEÇÃO DE TÉCNICAS DE TRATAM.
• O tratamento visa remover da água os
organismos patogênicos e as substâncias
químicas org. e inorg. É necessário reduzir sua
cor, tb, odor e sabor para atender a portaria
518/2004. A qualidade da água bruta é um
dos principais fatores que devem ser
considerados na definição da técnica de
tratamento.
Cont.
• o afluente às ETAs com Filtraçaolenta ou filtração
direta devem apresentar valores, como tb, cor
verdadeira e coliformes totais inferiores aos de
águas brutas que podem ser tratados em ETAs de
ciclo completo;
• Dentre as técnicas mais utilizadas no tratamento
de água para abastecimento público, a Filtração
direta é a q apresenta menor custo de
implantação. Já a F.Lenta é mais vantajosa do
ponto de vista operação e manutenção.
Cont.

• Contudo, a Filtração direta posssibilita o


tratamento de águas brutas com maior
quantidade de matéria em suspensão e
substâncias dissolvidas do que a recomendada
para o emprego da filtração lenta. Se não for
possível a solução em ciclo completo.
DESINFECÇÃO
A desinfecção é um processo em que se usa um
agente químico ou não químico com caráter
corretivo e preventivo. Objetiva eliminar
organismos patogênicos, incluindo
bactérias,protozoários e vírus. Também mantém
um residual de desinfetante na água fornecida à
população, caso ocorra contaminação na rede
de distribuição.
• Trabalhos científicos têm confirmados que o
tratamento convencional(coagulação,
floculação , decantação e filtração em filtros
rápidos de areia) elimina cerca de 98% de
bactérias. Assim sendo a desinfecção fica
reservada aos organismos patogênicos que
porventura atravessem o tratamento
convencional.
• A desinfecção pode atuar como: tratar a água
para remover os microrg. ou eliminar sua
patogenicidade, b)prevenir a contaminaçao
novamente da água quando ela é entregue,
através dos sistemas de distribuição.
• A inativaçao é o processo no qual os
microrg.são transformados, de modo q não
sejam capazes de causar doença (pode
eliminar a capacidade de reproduçao, mesmo
não mortos).As vezes chamada de desinfec.
• Esterilização: é o processo de destruir todas as
forma de vida microbianas que possam
contaminar materiais e objetos, como vírus,
bactérias, fungos e outros, por meio de
agentes químicos ou físicos. Mais frequente-
alta temperatura até a morte dos microrgan;
• Pasteurizaçao: É a esterilizaçao de alimentos
através de temperatura inferior a seu ponto
de ebuliçao, ai o resfriamento súbito.
• Mecanismos de atuação dos desinfectantes;
• a-destruição da estrutura celular, b)
interferência no metabolismo com inativação
de enzimas, c)interferência na bio-síntese e no
crescimento celular evitando a síntese de
proteínas, ácidos nucleicos e co-enzimas. A
eficiência da desinfecção é resultante da
oxidação ou ruptura da parede celular com
consequente desintegração das células.
Cont.
• Usa-se determinar o número mais provável de
coliformes (espécie de bactéria) como
parâmetro para indicar possível indicação de
poluição;
• Em nenhuma situação é permitida a presença
de coliformes termotolerantes;
• A rigor a ausência de bactéria do grupo
coliforme não assegura a qualidade
bacteriológica da água.
Cont.
• Dentre os agentes químicos utilizados na
desinfecção, em geral, têm-se os oxidantes
cloro, bromo, iodo, ozônio, etc. dentre os
agentes físicos destacam-se o calor e a
radiação ultravioleta. Pode ser radiação
ionizante (raios gama). O gás cloro é o
desinfetante mais utilizado em ETAs.
• A utilização de cloro possibilita a formação de
trihalometanos-THM, compostos organo
clorados que podem causar riscos à saúde
pública, verificada quando o cloro livre está
presente e a água contém os chamados
precursores, normalmente as substâncias
húmicas;
• O cloro tem grande afinidade com muitas
substâncias reagindo com quase todos
elementos e compostos.
• A medida do poder de oxidação de um
composto de cloro, expresso em termos de
cloro elementar, é denominada cloro
disponível. O cloro presente na água, na forma
de ácido hipocloroso e de íon hipoclorito, é
denominado cloro residual livre. Quando a
água contém amônia ou compostos
amoniacais, o HCLO reage com tais compostos
formando as cloraminas.
• A dose do desinfetante depende de ele estar
sendo usado para inativaçao, manutençao
residual ou ambas;
• O cloro pode ser conduzido diratamente para
água sob condiçoes de pressão necessária, ou
indiretamente no qual ele é previamente
dissolvido na água sendo a soluçao injetada
no escoamento da água a ser desinfeta. Em
qualquer método necessita-se de clorador.
• A dosagem de cloro para a qual deveria
ocorrer a oxidação de toda amônia disponível
é denominada “break point”, daí em diante,
com o aumento da dosagem de cloro
aplicado, há aumento de cloro residual.
• Ex. Na ETA de Aps, para uma vazão de 850 l/s,
aplica-se 107 kg de cloro por dia.
• Cálculo do cloro necessário é feito,
escolhendo a dosagem necessária(tabelado de
acordo com a finalidade, por exemplo quanto
se quer deixar para o residual e a quantidade
para reagir com a turbidez).
• X = máxima ppm(mg/l) x Q(m3/s).
Requisitos mínimos do desinfetante
• Destruir, em tempo razoável, organismo.
patogênico;
• Não serem tóxicos ao ser humano e animais
domésticos e não causar odor e sabor na
água;
• Condições seguras de transporte,
armazenamento, manuseio e aplicação;
• Produzir residuais persistentes na água.
Eficiência depende:
• Tempo de contato com a água, dosagem, tipo
de agente químico, intensidade e natureza do
agente químico e tipos de organismos;
cont
• Na portaria 518/2004 do Ministério da saúde;
á água após desinfecção deve conter um teor
mínimo de cloro residual livre de 0,5
mg/L(ETA), e 0,2 mg/L em qualquer ponto da
rede de distribuição, recomendando-se que a
cloração seja realizada em pH inferior a 8,0 e
em tempo de contato mínimo de 30 minutos.
Cont.
• O dióxido de cloro normalmente é obtido por
meio de soluções de clorito de sódio e ácido
clorídrico. O residencial de ozônio na água é
pouco persistente, já o dióxido de cloro é
bastante persistente.
ozônio
• Além da ação germicida o ozônio atua na
oxidação da matéria orgânica e inorgânica,
auxiliar na remoção de turbidez e cor. No
Brasil a pouca experiência em uso de ozônio
implica em maiores esclarecimentos quanto
ao seu uso; formação de subprodutos,
controle da dosagem,aplicação. O ozônio é
produzido através de descarga elétrica em um
gás que contenha oxigênio.
• A aspiração direta do ozônio é extremamente
perigosa pela sua alta toxidade ao ser
humano. A ingestão indireta, através de água
ozonizada, não representa perigo sério ao ser
humano, pois a meia vida do ozônio dissolvido
na água é relativamente curta.
• Há uma redução substancial do potencial de
formação de THM quando é feita a pre’-
ozonização.
Radiação ultra violeta
• A radiação UV pode ser transmitida pelo sol,
que é a fonte natural, ou por fontes artificiais,
tais como lâmpadas incandecentes.
Comumente são empregadas as lâmpadas de
baixa pressão de vapor de mercúrio, que
emitem cerca de 85% no comprimento de
onda de 253,7 nm.
• Radiação ultravioleta não requer produtos
químicos, mas não tem residual. Tem que
haver outro tipo de desinfetante. As lâmpadas
de baixa pressão de vapor de mercúrio são as
principais fontes de radiação uv utilizadas.
• O efeito de um fóton sobre determinada
molécula depende, evidentemente, da
quantidade de energia que ele concentra;
• A energia concentrada em um fóton é
inversamente proporcional ao comprimento
de onda da radiaçào emitida. E= (h.C/λ)A
• E=energia associada a um comp.de onda, h-
constante de Planck, λ-comp.de onda, C-vel.da
radiação eletrom. A-número de avogadro.
• UV-B-possui comprimento de onda entre 280
e 315 nm. Trata-se da mais destrutiva forma
da luz UV, porque tem energia bastante para
gerar danos em tecidos biológicos e em
quantidade mínima para não ser
completamente absorvida na atm. É a forma
de radiação UV identificada como causadora
do câncer de pele.
• A absorção máxima de radiação ultravioleta
ocorre em 260nm, e o comprimento de onda
de 254 nm é relativo à emissão máxima de
lâmpadas de baixa pressão de vapor de
mercúrio. O intervalo de onda compreendido
entre 245nm e 285nm é considerado a faixa
germicida ótima para inativação de
microrganismos.
Fatores que influenciam na UV
• Características do afluente;
• Intensidade da radiação UV aplicada;
• Comportamento hidrodinâmico do reator: um
reator UV deve ter escoamento hidráulico o
mais próximo possível do tipo de pistão-
maximizar a exposição da massa líquida;
• Configuração do reator: a existência de zonas
mortas e de curto circuito podem
comprometer a eficiência do reator.
Lâmpadas UV
• Além da radiação UV natural presente na luz
solar, pequenas frações de radiação UV
artificial podem ser emitidas por lâmpadas
comuns, lâmpadas de halogênio,
fluorescentes, entre outras. As lâmpadas de
vapor de mercúrio são grandes fontes
geradoras de UV. Lâmpadas germicidas de
baixa pressão de mercúrio e baixa
intensidade de rad.UV são as mais comuns.
Vantagens da radiaçao UV
• É efetiva na inativaçao de muitos vírus,
esporos e cistos;
• Processo físico que não necessita de
manuseio, transporte, estocagem;
• Facilmente controlada pelos operadores;
• Tempo de contato menor(20 a 30s,para
lâmpadas de baixa pressão);
• Requer menos espaço q outros métodos;
Desvantagens
• Baixas dosagens podem não ser efetivas na
inativaçao de alguns vírus, esporos e cistos;
• Os microrganismos podem, as vezes, reparar e
reverter os efeitos destrutivos do UV;
• Não há residual para etapas posterior.
Tipos de processo
• Os processos com lâmpadas imersas
compreendem a utilização de lâmpadas que
podem estar em contato direto ou não com a
corrente líquida. Neste último caso, as
lâmpadas encontram-se protegidas por um
envoltório, geralmente de quartzo, que pouco
absorve a radiação UV. Lâmpadas emersas e
imersas. Pode haver escoamento hidráulico
em canal ou em conduto forçado.
• Tanto a concentraçào de partículas suspensas
quanto o seu tamanho e a sua distribuição de
tamanhos afetam significativamente a ação
germicida da radiação UV. A cobertura de
alumínio acima das lâmpadas, pois, além de
impedir a perda da radiação UV, iria aumentar
a eficiência da transmissão, através da
reflexão.
• Ao penetrar a parede celular, a radiação é
absorvida pelos ácidos nucleicos, proteínas e
outras moléculas biologicamente importantes,
podendo inativar os microrganismos. A
absorção da radiação UV produz alterações
bioquímicas letais.
FLUORETAÇÃO
• O flúor é adicionado à água na forma de ácido
fluorsilícico, fluorsilicato de sódio,para agir
preventivamente contra a decomposição do
esmalte dos dentes;
• A aplicação do flúor em água de
abastecimento tem gerado controvérsia entre
especialistas.
Estabilização química
• Enquanto a incrustação geralmente tem sua
origem na distribuição de água com pH
elevado, a corrosão está associada a águas
com valores de pH relativamente baixos e,
especialmente em tubulações metálicas.
Portanto, além de atender aos padrões de
potabilidade, deve-se garantir que a água
produzida nas ETAs seja estabilizada
quimicamente, para evitar corrosão e
incrustação.
Cont.
• Tecnicas de controle da corrosão estão ligadas
à escolha adequada do material que constitui
a tubulação, alteração da qualidade da água,
emprego de proteção catódica, uso de
inibidores e aplicação de camada protetora.
Produtos químicos
• São muitos os produtos químicos e outras
substâncias que podem ser usados no
tratamento de águas de abastecimento,
alguns dos quais requerem cuidados especiais
para o seu armazenamento e manuseio;
• O armazenamento de produtos químicos e de
outras substâncias deve ser feito de maneira
apropriada.
cuidados com produtos químicos
• Circulação interna da área de armazenamento
deve ser planejada, passagens, pisos próprios,
ventilação, tanques especiais;
• Alojamento de pessoal separado do
armazenamento;
Preparação do sulfato de alumínio
• Estoca-se o sulf.de alum.(líquido ou granular)
e após é bombeado para um tanque de
diluição na sala de produtos químicos, é
diluído com água tratada vinda do res.de água
de lavagem. A concentração do sulf.de
alum.tem que ser no mínimo 1%(usado de 5 a
10%), conforme volume do tanque. A
dosagem é feita por equipamnetos.
• Por gravidade ou bombeamento a solução de
sulfato alumínio É aplicada na calha parshall
através de calha perfurada distribuidora no
ressalto hidráulico onde a água apresenta
maior agitação.
• A concentração de sulfato de alumínio na
solução pode ser feita por Densímetro, ou
utilizando as seguintes fórmulas:
• C = m . 100/V , onde:
• C-concentração do sulfato em %; m-massa do
soluto,qtde de sulf.al. em kg, V-volume de
água em litros utilizado na diluiçao.
• Concentração da solução para o sulfato de
alumínio líquido:
• c= c1v1=c2v2.
• Ex. Se a solução de coagulante for de 50% e se
quiser preparar uma soluçao de 500ml a 2%
• V1? C1=50% v2=500ml c2=2%
• V1=500 mLx 2% / 50%
• v1=20mL sulf/500mL sol
Vazão deaplicação de sol.sulf de al.
• Qs = Qab x dosagem/10xconcentração,
• Qs-vazão da sol.de sulfato de alumínio(mL/s)
• Qab-vazão de água bruta(L/s)
• Dosagem do sulf de alum.(mg/L)
• Concentração –concentração de sulf alu. %
• C= mx100/V, C-concent.do sulf.al.%
• m-(massa soluto) kg, V-Vol de água em litros
para diluição.
Exercício
• Calcular o preparo de solução de sulf.de
alumínio (5000L) para uma solução a 8%, e
dosagem de 10 mg/L, para uma vazão de 700
L/s. qual o consumo de sulfato por dia?
• 8%= m.100/5000 m= 400kg
• Qs= 700.10/8x10
• Consumo sulftato de alum=
RESERVAÇÃO
• OBJETIVO:regular entre as vazões de adução
e de distribuição, condicionar as presssões na
rede de distribuição, combate para incêndios
e outras situações emergenciais;
• Pode minimizar significativamente o custo de
energia, sendo que a adutora de recalque atue
diariamente 20 hs, evitando horários de
pique.
RESERVAÇÃO

• As unidades de reservação permitem


interromper a aduçào nos períodos de maior
tarifa.(controle do gasto de energia). O
consumo de energia elétrica em SAA, costuma
ser o segundo mais importante.
TIPOS DE RESERVAÇÃO
• Os reservatórios de montante sempre
fornecem água à rede e é alternativa mais
utilizada. Os reservatórios delineando as zonas
de pressão;
• Os reservatórios podem ser elevados,
apoiados, semi-enterrados e enterrados. Os
Reservatórios elevados objetivam condicionar
as pressões dinâmicas nas áreas de maior cota
topográfica.
Cont.
• Em cidades de relevo mais acidentado, pode
ser necessário instalar estação elevatória na
própria rede (booster) para que a água atinja
o reservatório mais elevado;
• Os reserv. Enterrados são construídos abaixo
da cota do terreno e responde pela maior
parte do volume de reservação, tem a
vantagem de ser isolado termicamente,
entrada e saída mais difícil e onerosa.
Cont.

• Reservatórios semi-enterrados, quando pelo


menos 1/3 da altura está abaixo da cota do
terreno e reservatório apoiado quando o
fundo se encontra a uma profundidade a
menos que 1/3 de sua altura total abaixo do
nível do terreno. Mais fácil de construir,
necessita de isolamento térmico.
Formas dos reservatórios
• Para os reservatórios apoiados e semi-
enterrados e enterrados, predominam formas
circulares e retangulares. Geralmente em dois
compartimentos contíguos para facilitar
limpeza sem parar todo sistema. Para as
unidades retangulares, constituídas de dois
módulos, o menor comprimento de parede
será obtido pela relação ¾(largura e
comprimento).
Cont.

• Nos reservatórios circulares a relação


igualitária entre diâmetro e altura produz mais
economia. As alturas das lâminas dágua
variam entre 2,5 e 7,0 m, normalmente,
dependendo do volume do reservatório.
Altura de lâmina dágua

Volume(m3) Altura da lâmina dágua(m)


• até 3.500 2,5 a 3,5
• 3.500 a 15000 3,5 a 5,0
• acima de 15.000 5,0 a 7,0
Material de construção
• Há uma gama de materiais utilizados, mas o mais
utilizado é o de concreto armado e, menos
frequentemente, aço, alvenaria estrutural e
concreto protendido;
• A cobertura deve impedir a penetração de água
de chuva, animais e corpos estranhos. Em reserv.
De concreto armado, coloca-se uma camada de
brita ou argila expandida sobre a laje de
cobertura para reduzir os efeitos da dilatação.
VOLUMES DE RESERVAÇÃO

• Volume útil: refere-se aquele compreendido


entre o nível máximo e mínimo do
reservatório. Correspondem ao maior nível
possível de ser atingido e a lâmina mínima
para evitar vórtices, cavitação ou arraste dos
sendimentos depositados.
Fatores na capacidade dos reserv.

• Volume para atender às variaçòes de


consumo (volume útil);
• Volume para combate a incêndio;
• Volume para emergências.
Cálculo do volume segundo ABNT
• Para a norma PNB 594/77 da ABNT:
• A adução sendo contínua nas 24hs do dia, o
volume armazenado será igual ou maior que 1/3
do volume, distribuído no dia de maior consumo
máximo;
• Adução descontínua: o vol. armazenado será
igual ou maior que 1/3 do volume distribuído no
dia de consumo máximo e igual ou maior que o
produto da vazão média do dia de consumo
máximo pelo tempo em que a adução
permanecerá inoperante nesse dia.
EXERCÍCIO
• Dimensionar os reserv. Ent. E elev. De um centro
de reservação sendo dados:
• Pop. Da zona baixa( res. Ent.) – 30.000 hab
• Pop. Da zona alta(res..elev.) -12.000 hab
• q = 250 L/hab.dia, K1= 1,2 K2= 1,5;
• Cota do terreno – 100,00m.
• O reserv. Ent. NA max(agua) 101,00m e Namin
• 97,00m. Torre: NA max 119,00 e Namin=115,5.
Vórtices em reservatório.
• Na saída dos reserv. Pode acontecer um
fenômeno hidráulico devido a vórtices. A
entrada de ar através de vórtices gera:
• Diminuição da vazão nas adutoras,
• Redução da capacidade de armazenamento
do reservatório;
• Diminuição da eficiência e vazão da bomba;
• Vibração e cavitação na bomba.
Métodos para controle de vórtices
• Submergência adequada;
• Instalação de dispositivo supressor de vórtice.
• Várias recomendações para sub. Mínima:
S≥ 1,5D ; S> 1,5 D com S ≥ 0,5m
S > 2,5 D com S ≥ 0,5 m.
• A obstrução da rotação livre do líquido com a
colocação de placa ou parede diminui
consideravelmente a vel. do vórtice e, evita
entrada ar.
TUBULAÇÕES E ÓRGÃOS ACES.
• Tubulação de entrada: pode ser feita em
qualquer ponto do reserv. Mais usadas: acima
do nível do reservatório( livre) e entrada
afogada.
• A vel. Da água na tubulação de entrada não
deve exceder o dobro da vel. na adutora que
alimenta o reserv. Se for afogada, usar
dispositivo para impedir o retorno de água. A
entrada afogada pode economizar energia.
Cont.

• Quando o reservatório fica cheio, a entrada


deve ser fechada por meio de válvula
automática comandada pelo nível do
reservatório.
Cont.
• Tubulação de saída: a vel. da tubulação de saída
não deve exceder a uma vez e meia a velocidade
na tubulação da rede a jusante. Deve ser dotada
de sistema de fechamento por válvula, comporta
ou adufa.
• Extravasor:Os reservatórios devem ser providos
de extravasor com capacidade para a vazão
máxima afluente. A água deve ser coletada por
um tubo vertical q descarregue livremente em
uma caixa e ir para um corpo receptor adequado.
Imagem de uma comporta
Cont.
• Ventilação: Devido à oscilação da lâmina dágua é
necessário abertura de ventilação para a saída de
ar quando a lâmina sobe e a entrada de ar
quando a lâmina desce, para evitar os esforços
devido ao aumento e diminuição de pressão
interna;
• Acesso ao interior do reserv.: Os reserv. devem
ter na laje de cobertura aberturas que permitam
o fácil acesso ao seu interior e escadas na parede.
ESTAÇOES ELEVATÓRIAS
• São essenciais nos sistemas de abastecimento
de água, tanto na captaçao, aduçao,
tratamento e distribuiçao de água;
• O uso intensivo de elevatórias implica em
custos elevados de energia elétrica;
Peças e aparelhos presentes:
• -Válvula de pé com crivo(retençao): é uma
válvula que se instala na extremidade da
tubulcaçao de sucáo, quando á bomba está
acima do nível da água do poço;
• -Reduçao execêntrica: é a peça que se adapta
à tubulaçao de sucçao à entrada da bomba;
• Ampliaçao execêntrica: ( no recalque);
• Válvula de retençao:Proteçao da bomba
contra o retorno, quando parada do motor.
• Válvula de registro:é um aparelho que deve
ser instalado logo a seguir da válvula de
retençao Visando a manutençao desta;
• Bomba: equipamento para transformar a
energia mecânica que recebe do motor em
energia hidráulica, sob forma cinética, de
pressão ou de posiçào;
• Motor: fornecer energia mecância às bombas.
• Bomba afogada:eixo abaixo donível dágua.
Figura(Leo Heller)
Parâmetros hidráulicos(Léo Heller)
Localizaçao de estaçoes elevatórias
• Localizaçao: Próxima ao manancial, no meio
do manancial, junto ou próximas a ETAs, junto
ou próximas aos reservatórios de distribuiçao
de água, para reforço ou na rede de
distribuiçao de água;
• Observar na escolha do local: Dimensões do
terreno, baixo custo e facilidade de
dasapropriaçao, energia elétrica, topografia,
sondagens, acesso, estabilidade a erosão…
• A fixação de valores de vida útil é de difícil
avaliação, devido à multiplicidade e
complexidade dos fatores intervenientes.
Valores típicos considerados:
• Tubulação: 50 anos; equipamentos de
bombeamentos: 25 anos; edificações:50 anos.
• Definido o período de projeto(em torno de 20
anos), estabelecer etapas de implantação dos
equipamentos.
Tipos de estações elevatórias
• Elevatória de água bruta; Elevatória de água
tratada; reforço de aduçao(booster);
• Elevatória de poço seco-quando a bomba se
localiza fora dágua(poço de sucção separado
da casa de bombas, contrário-poço úmido;
Poço de sucçao (PS)
• O volume do PS depende: do número de
partidas do conjunto elevatório, manter a
submergência adequada na sucção(evitar
vórtice),paredes verticais e laje de fundo com
inclinaçao no sentido da sucçao ds
bombas(evita deposiçao de materiais sólidos e
facilita limpeza).
Volume do poço de sucção
• Durante a partida do motor é gerada uma
qtide de calor que deverá ser dissipada, ou
poderá super aquecer o motor. O volume de
partida e o nível de parada pafra duas bombas
ou várias bombas é: V = Q.T/4, sendo:
• V-volume do PS entre o nível 1 e 0(parada),m3
• Q-vazão de recalqueda bomba-m3/min.
• T-intervalo de tempoentre duas patidas
suc,min.
• Formas e dimensões do poço de sucçáo:
• Garantir o espaço físico para instação das
bombas e a parede (ver recomendaç. Fabrica)
• Condiçoes hidráulicas adequadas a sucçao,
disposiçao física em relaçao as outras
unidades, não prejudicar o desempenho das
bombas e as condiçoes de operaçao, nem
permitir a formaçao de vórtice.
• Efeitos prejudiciais devido a vórtices: a
entrada de ar reduz o rendimento da bomba,
1% de ar(em volume)no escoamento reduz a
eficiência da bomba em 15%; pode provocar
vibrações estruturais importantes, acelerando
desgastes e provocando rupturas em
componentes da bomba, a variaçao rápida da
pressão pelo centro do vórtice, pode provocar
vibraçao e cavitaçao.
ADUÇÃO
• Definição: São tubulações encarregadas pelo
transporte de água entre unidades do sistema
de abastecimento que precedem a rede de
distribuição;
• Tipos de adutora: a)adutoras por gravidade ou
por recalque; b)adutoras de água bruta ou
adutora de água tratada.
Dimensionamento hidráulico
• Se a adutora é para interligar a captação a
ETA, e Eta ao reservatório, utilizar a vazão para
o dia de maior consumo e se for só da
captação para ETA acrescentar a vazão de
consumo da ETA.
• As adutoras quase sempre são calculadas
como condutos forçados, a norma brasileira
recomenda a utilização da equação universal
para perdas de cargas contínuas.
• Mas se tem usado equações empíricas, tal
como a de Hazen-Williams. Também devem
ser consideradas as perdas de cargas
localizadas no cálculo.
Adutora por gravidade
Exercício
Adutora por recalque
• Os diâmetros das adutoras por recalque, são
escolhidos com base num critério econômico,
levando em conta as despesas com tubulação,
conjunto elevatórios. A equação de Bresse
Q

sintetiza esta análise:


• D = K. , D- diâmetro da adutora em m, Q-
Q

vazão aduzida, em m3/s, K – fator da fórmula


de Bresse. ( K muito próximo de 1,2).
• Exemplo: Dimensionar uma adutora,com base em
critérios econômicos, para conduzir em média vazão
de 220 L/s e no máximo 260 L/s. Altura geométrica
de 40m numa extensão de 10km. As principais
despesas são: R$ 1,83 por diâmetro em (mm) e por
comprimento de tubulação(em m) assentada na zona
rural; R$ 15000,00 por KW de conjunto de
motobomba instalado, reserva de 50%;R$0,08 por
KWH de energia consumida. Considerar taxa de
descontos de 12% ao ano, rugosidade interna da
tubulação de 0,5 mm,T= 20C e alcance de 25 anos.
• Solução:Fórmula de Bresse, d=
0,56m,Diâmetros analisados:500, 600 e
700mm.
• Comparação técnica e econômica para escolha do diâmetro
calculos 500mm 600mm 700mm Equações
a)alt.geom 40 40 40
b)Perda carg.Q=220L/s 25,8 10,0 4,5
c)Perda carg,Q=26oL/s 35,9 13,9 6,3
d)vel.média(m/s) 1,1 0,9 0,7
e)Altura man.máxima 75,9 53,9 46,3 e= a +c
f)Potência máxima (KW) 277 196 169 f-9,81.0,26.e/0,7
g)Potência inst.motor KW 415 295 253 g=1,5. f
h)Potência média utiliz.KW 203 154 137 H=9.81.0.22.[a+b)/0,7
custo do capital: (R$1000)
tubulação 9150 10980 12810
bombas 6223 4419 3796
Total custo capital 15373 15399 16606
potência(KW)=9,81.Q.H/n H em (m) e n rendimento=0,7
valor presente= custo x 1/(1+J)

Valor presente dos custos para 25 anos e taxa de descontos de 12% aa:(R$1000)
500 600 700
l)Capital inicial 15373 15399 16606
m)Renovação bombas 20 anos 645 458 394
n)Despesa com energia 20 anos 1115 847 854
Valor presente total 17133 16704 17753
Pressão de trabalho na tubulação
• Importância: a)no cálculo da espessura,
característica do material e equipamentos, em
blocos de ancoragem, em conexões; Pressões
abaixo da atm. Devem ser evitadas(colapso
estrutural).
Verificação das pressões para
especificação de tubulação
projeto condição fabricante
Pressão cálculo regime permanente ≤ Pressão de serviço adms.
Pressão máxima de cálculo, com golpe ariete ≤ Pressão máxima adms.

Pressão hidrostática ≤ Pressão de teste adms.


Ar nas tubulações
• As águas contêm em torno de 2% de ar
dissolvido. Este ar em regiões de baixa pressão
tende a ser liberado e se acumula em pontos
mais altos da tubulação. Tomadas dágua, com
presença de vórtices, podem também causar
entrada de ar na tubulação, assim como
interrupções do abastecimento. Se este não é
removido, reduz capacidade de escoamento
até interrupção de fluxo.
• O ar que não é removido pelo fluxo deve ser
removido mecanicamente, por meio de
válvulas de ar denominadas ventosas.
Ventosas são montadas sobre uma tomada
vertical na parte superior da tubulação,
normalmente com a utilização de um tê. Para
manutenção coloca-se um registro de gaveta a
montante. Diâmetro da ventosa-dv≥D/8
Locais de instalação de ventosa
• Instalar em pontos mais altos da tubulação.As
declividades nos trechos ascendentes não
devem ser inferiores a 0,2%, e, nos trechos
descendentes, não inferiores a 0,3%, mesmos
em terrenos planos.
Descargas nas tubulações
• A necessidade de esvaziamento da adutora na
fase de pré-operacão,ou por ocasião da
limpeza e desinfecção da tubulação, e para
drenar a linha quando em manutenção;
• Diâmetro das descargas- d≥ 1/6 do diâmetro
da adutora.
Transientes hidráulicos em
condutos forçados
• AS estações elevat. são calculadas para
operarem em regime permanente.
• Quando a mudança de escoamento dentro da
tubulação é rápida, surge uma onda de
pressão que percorre toda a tubulação. Os
choques violentos das ondas de pressão sobre
as paredes do conduto e o som destes,
semelhante ao vaivém de um ariete, por isso o
T.H. também conhecido por golpe de ariete.
celeridade da onda-c
• A cálculo da celeridade reflete as ondas de
propagação física do fluido e da tubulação.
• C= 9900/ 48,3  K .D / e ,
• Onde: c-celeridade em m/s
k = coeficiente em função material(para F:F : -
K=1, CA –K=4,4, PVC-K=18,0, aço 0,5)
e= espessura do tubo –mm
D=diâmetro do tubo –mm
• O estudo do escoamento transiente é bem
mais complexo que do escoamento perman.
• O processo apresentado abaixo representa
bem próximo a realidade:
• A)manobra rápida- quando o tempo “Ƭ” de
fechamento da válvula é inferior ao período
que a onda de pressão gasta para ir ao longo
da tubulação e voltar à válvula: Ƭ ≤ 2L/C
• Se a manobra for rápida o valor da carga de
sobrepressão(variação da Pressão devido a
vel., ΔHmax é dado pela equação de
JoukovskY, a seguir:
• ΔHmax= CU/g, Δhmax- carga de sobrepressão,
em mca; C-celeridade, em m/s; g-
acel.gravidade em m/s2. U-vel.média m/s,
• A carga total de pressão pode então ser
calculada como sendo a soma da carga
estática de pressão e Δhmax.
Métodos para controle de
transiente
• O modo de operação das válvulas(abertura ou
fechamento) é muito eficiente no controle dos
altos valores de sobrepressão nas intalações;
• Quanto maior for Ƭ menor será a
sobrepressão;
• Dispositivos de proteção para controle do
transiente hidráulico: a-volante,quando
colocado na bomba aumenta a inércia das
partes girantes, para pequenas distâncias.
• B-válvula antigolpe de ariete, ou válvula de
alívio, usada numa derivação da tubulação de
recalque para combater a sobrepressão;
• C-chaminé de equilíbrio-combate a
sobrepressão e subpressão. Tubulação vertical
aberta para a natureza permitindo a oscilação
do nível dágua.
• D-Tanque alimentador unidirecional (TAU),
funciona de maneira semelhante à chaminé
de equilíbrio, porém só para alimentar a
tubulação, quando ocorrer subpressão. Assim
o TAU não precisa ser muito elevado.
• Calcular a sobre pressão máxima em uma
adutora para recalcar 48 L/s de água, sendo
dados: DN= 250 mm(Di=259,8mm), H man =
12,5m, adutora de FoFo dúctil K7,
Comprimento da adutora 1400m. K para FoFo
= 1,0.
ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
• Principais componentes: Equipamento eletro-
mecânico(bomba, motor); Tubulações(sucção,
barrilete, recalque); Construção civil(poço de
sucção, casa de bomba).
Seleção de conjuntos elevatórios
• Bombas centrífugas: para seleção é preciso
conhecer-a) afogadas ou não afogadas, b)
capacidade de vazão de bombeamento,
c)altura geométrica de sucção(Hg,s) d)altura
geométrica de recalque (Hg,r), e)carga
cinética-V2/2g (V veloc. Do líquido m/s, g
aceleração da gravidade -9,81 m/s2. e)altura
manométrica total (Hgs +Hgr+perdas de
cargas).
• Potência fornecida pela bomba:potência para
elevar a vazão do líquido, de modo a vencer a
altura manométrica. P= ϓ.Q.H onde:
• P-potência líquida fornecida pela bomba KW,
N.m/s, ϓ= peso específico da água N/m3,
Q(vazão) m3/s, H =alt.manométrica,m
• Rendimento da bomba:é a relação entre a
potência fornecida pela bomba e apotência
consumida pela bomba - ƞ= Pe/Pb;
• Curva característica, relação entre alturas
manométrica total(m) com a vazão(m3/s), a
potência consumida (KW ou HP), a eficiência
da bomba e o NPSH(net positivve suctions
head).
• Cada bomba é projetada, para elevar uma
determinada vazão(Q) a uma altura
manométrica (H) em condições de máximo
rendimento, ponto ótimo de operação, se não
pode ter problemas de cavitação;
• Para evitar ou minimizar os problemas de
cavitação, usar uma faixa entre 60% e 120%
daquela recomendável, vazão entre 60 e 60%
do ponto ótimo de operação.
Cavitação
• Um dos mais sérios problemas durante a
operação de bombas, comprometendo a
eficiência da mesma, dano ao rotor, ruído e
vibração na bomba;
• A cavitação aparece, quando a pressão do
líquido atinge a tensão máxima do vapor do
líquido, formando-se bolhas de vapor e
diminuindo a massa específica do líquido.
• Este efeito, sendo repetido continuamente por
inúmeras bolhas, é como se a superfície
metálica fosse bombeada por pequeníssimas
bolhas, provocando um processo erosivo de
martelagem;
• Para as bombas o ponto mais crítico é na
sucção, para isso determina-se o NPSH
disponível no sistema e o NPSH requerido pela
bomba.
• NPSH disponível na instalação, dado pela
soma algébria de todas as grandezas que
facilitam( sinal positivo) e que dificultam (sinal
negativo) a sucção da bomba.
• Po/ℽ -(hs+Pv/ℽ + ⌂ hs) > ⌂h
• (NPSH)d > NPSH) r
• NPSH disponível: é calculado a partir dos
dados de instalação da bomba, o projetista
pode variar o NPSHd, modificando a cota do
eixo da bomba ou os elementos de instalação,
tais como, diâmetro de sucção,rugosidade,etc.
• NPSHd-é a carga residual disponível na
instalaçao para a sucçao do flúido. NPSHr
pode ser definido como a carga exigida pela
bomba para aspirar o fluído do poço de
sucçao. NPSHD > 1,15 NPSHR
• NPSHd=Hgs-∑ ∆ HS + Patm/ϓ + Pvapor/ ϓ
• Onde: NPSHd-carga de sucção positiva
disonível,m; Hgs=altura estática
sucção(positiva quando a bomba está
afogada); ∑ ∆ HS –somatória perdas na sucção,
• Patm-pressão atm, N/m2; Pvapor-pressão de
vapor de água, N/m2, ϓ-peso específico,N/m2.
• Ex. Pv/ ϓ a 25C=0,323; Patm a
900m=9,22mca.
Localização de estações elev.água
• Próximo ao manancial, no meio do manancial,
próximo às ETAs, próximo aos reservat.,
reforço na adução ou na rede de distribuição;
• Escolha do local: Dimensões do terreno, custo
de desapropriação, energia elétrica,
topografia, sondagens, acesso, estabilidade,
trajeto mais curto, movimento de terra, não
assoreamento.
Vazão de projeto
• Uma vez definido o período de projeto,
estabelecer etapas de implantação dos
equipamentos de bombeamento que
dependem:
• Aspectos econômicos financeiros - evolução
ds vazões, - confiabilidade da operação, -
fonte de energia utilizada, - etapas de
implantação da linha de recalque,- vida útil
dos equipamentos.
POÇO DE SUCÇÃO
• O poço de sucçãode uma elevatória de água
bruta deve ter estrutura de paredes verticais,
laje de fundo com inclinação no sentido da
sucção das bombas;
• Volume do P.S: o número excessivo de
partidas poderá levar omotor a um super
aquecimento, o volume útil(entre o nível de
partida e o nível de parada) para duas bombas
ou mais-Vu=Q.T/4 Vu-m3; Q-vazão de recalque
• M3/min e T-tempo de ciclo, min.
• Dimensões: a)comprimento – adequado para
se instalar os conjuntos motor-bomba, b)
largura-respeitar afastamento dado pelo
fabricante, condição hidráulicas, disposição
física.
• Vórtice: evitar a formação de vórtice, para não
entrada de ar que pode provocar: redução da
vazão recalcada, 1% de ar (em volume) reduz
a eficiência da bomba em 15%,
• Produz vibrações provocando ruptura em
componentes da bomba, ocasionando
vibrações e cavitação;
• Recomendação: para evitar vórtice- o
escoamento deve ser preferencialmente
uniforme, a velocidade a montante do poço ≤
0,60m/s, evitar variações bruscas de
profundidade e direção, distribuição uniforme
para as bombas.
Dispositivos supressivos de
vórtices
• Subsuperficial-reduzir fluxo, separando e
direcionando para as bombas, cones ou uma
placa;
• Entrada na tubulação de sucção em forma de
boca de sino.
• Superficial-submergência adequada(ex.1,5D)
Tubulação e acessórios
• SUCÇÃO, BARRILETE E RECALQUE
• A sucção e o barrilete são geralmente de F:F:
ou aço, com juntas de flange. Aço é mais fácil
montagem;
• Órgãos acessórios: válvulas de bloqueio,
válvula de retenção, válvulas de pé,
manômetros e vacuômetros.
• Vel. Máxima de sucção de 0,7 a 1,5 m/s de
acordo com ᶲ. Vel. Mínima de 0,3 a 0,45m/s.
• BARRILETE: para aço e F:F: dúctil, V≤3,0m/s,
Vmin ≤0,60m/s.
• Válvulas de bloqueio do tipo gaveta ou
borboleta. GAVETA- quando há pouca
frequência de uso aberta ou
fechada,acionamento lento.BORBOLETA-uso
com frequência disco atravessado. VÁLVULA
DE RETENÇÃO- nas saídas das bombas fluxo
em apenas uma direção, proteger intalações.
• MANÔMETRO:instalar no recalque, quando
uma bomba centrífuga estiver funcionando
com registro fechado, o man. Indica a pressão
correspondente a vazão nula(shut-off). Se
houver Q, a indicação é a altura
man.desenvolvida pela bomba;
• Bomba afogada-o nível de água no poço está
acima do flange de sucção. Bomba não
afogada-enchimento da tub.sucção(escorva)
• Válvula de pé (grande perda de carga)
assegura a passagem da água só no sentido da
bomba, coloca-se crivo(impedir entrada de
sujeira.
Redes de distribuição de água
• Compreende cerca de 50 a 75% do custo total
das obras de abastecimento;
• Rede principal (conduto tronco ou mestre),
tubulação de diâmetros maiores para
abastecer canalização secundária;
• Secundária – para abastecer pontos de
consumo, cobrir todo arruamento, se possível
sob os passeios; pode ser dupla.
Recomendações para vazões
• Devem ser estabelecidas vazões para
dimensionar áreas específicas:
• Vazões para áreas de expansão;
• Não devem ser previstas demandas especiais
para combate a incêndio;
Dimensionamento das redes
• Fixam-se os limites de pressão e de
velocidade;
• Admitem-se os valores para o diâmetro dos
vários trechos em função da velocidade;
• Calcula-se os valores das pressões nos pontos
de interesse da rede;
• Verificam-se as condições impostas sejam
atendidas.
Redes distribuição de água
• Cálculo de vazão : Para cálculo de rede utilizar
a vazão máxima (multiplicar a Q média por k1-
1,2 e K2 – 1,5)
• Qmax= k1xk2x população x per capita/86400;
• Usar a populaçao do final de projeto; (L/s)
Vazão específica
• A vazão específica é o cálculo da vazão
máxima dividida pelo comprimento total da
população. l/sm ;
• Densidade habitacional: estima-se a
densidade habitacional para cada tipo de área
variando perto de 100 hab/ha até 500hab/ha,
ver tabela para áreas específicas
Ex= 500ha x 150 hab/ha x 1,2 x1,5/86.400 l/s
Vazão máxima admissível
Diâmetro Form.tradici-onal Itália EUA França
mm
50 1,3 1,0 - -
75 3,1 3,3 3,4 3,1
100 5,9 5,6 6,7 5,9
150 14,7 15,9 21,2 14,1
200 28,3 31,4 42,4 28,3
• A fórmula tradicional é uma simplificação que
determina a velocidade máxima em uma
tubulação- V=0,6 + 1,5D, em função do
diâmetro D em metros e obtem-se velocidade
máxima admissível em m/s. E utiliza-se a
equação da continuidade Q=VA, para achar a
vazão admissível.
Tipos de rede de distribuição
• Quanto à forma as redes se dividem em três
tipos: ramificadas, malhadas e mistas;
• As redes ramificadas impõem um único
caminho à àgua, as redes malhadas são todas
interligadas, de modo que em um
determinado trecho de tubulação, a água
pode fluir ora em um sentido ora em outro.
Adotar rede ramificada só quando a
topografia e os pontos a serem abastecidos
não permitam redes malhadas.
Assentamento de tubulações
• Valas para diâmetros até 100 mm em ruas,
abertura de 0,50, e recobrimento≥ 0,80m;
• Valas para diâmetros até 100m no
passeio,abertura de 0,40m e rec. ≥ 0,50m;
• Valas para diâmetros acima de 100mm no
passeio ou na rua-recobrimento ≥ 0,80m e
largura (L) variável DN 125 e 250 L=0,60m,
• DN 300 e 350 L= 0,70m.
Localização das redes
• Passeio e pista: para sistemas maiores e
principalmente em locais de maior tráfego é
usual redes no passeio, (manutenção), para
pistas mais largas ver fator econômico
também.
Materiais utilizados Pressão de serviço
PVC PBA-DN 50, 75 e 100 mm 75 mca
PVC de F:F: DN 150, 200 e 250 mm 1Mpa (100 mca)
F:F: , DN 250 e 300 e maiores Variável (k7, k9)
• Diâmetros maiores pode-se adotar tubulações
de aço;
• PBA – ponta bolsa anel;
• F:F: - ferro fundido;
• Os diâmetros de 50 a 100 mm (tem-se usado
PVC PBA), a partir de 150mm fazer
comparação PVC F:F: com F:F: . Acima de
300 mm fazer cotejamento com aço.
PARÂMETROS DE PROJETO NBR
12218/94
• Diâmetro mínimo: 50mm;
• Pressões: pressão estática máxima -40mca;
• Pressão dinâmica mínima-10 mca, é possível
pequenas variações desde que se justifique;
• Observa-se que, as pressões estática e
dinâmicas são referidas ao NA máximo e NA
mínimo respectivamente do reservatório de
distribuição de água. Vmin-0,6m/s;Vmax-
3,5m/s - Vmax-0,6 + 1,5D
Velocidades mínimas e máximas
• As baixas vel.favorecem a durabilidade,
quanto a abrasão tubulaçoes e peças, e ainda
minimizam os efeitos dos transientes
hidráulicos pela variaçao de pressão, mas
facilitam o depósito de material existentes na
água. Vel.altas diminuem o diâmetro da
tubulaçao (custo), causam aumento da perda
de carga, custo de energia, ruídos nas
tubulaçoes, desgaste por abrasão e cavitáçao
de peças e válvulas. Vmax-3,5 e Vmin0,6m/s.
Cálculo de redes ramificadas
• Pode-se usar o método do seccionamento
fictício onde toda a rede é desmembrada
(apenas para efeito de cálculo) tornando-se
uma rede estritamente do tipo ramificada,
onde só existe um possível caminhamento
para água.
• Lance a rede no loteamento, atendendo todos
lotes, interligando a rede existente;
• Faz-se o seccionamento de acordo com o fluxo
que se imagina que a água na realidade fará;
• Passa-se a numeração dos nós e não dos
trechos. Importante para facilitar o
preenchimento da planilha. Numere de
jusante para montante,em ordem crescente;
• Inicie pela extremidade mais distante do local
de interligação entre a rede nova e existente;
• Um mesmo nó poderá ter mais de um número
(onde foi feito o seccionamento), evite ocorrer
que num trecho o nó de montante tenha um
número menor do que o nó de jusante;
• Levantamento dos parâmetros físicos dos
trechos e nós.(cotas e comprimentos trechos);
• Preenchimento da planilha;
• Em todas linhas preenchidas pode-se calcular
a coluna 6(montante), que será a soma da s
colunas (4) e (5) então 6 = 4 + 5;
• Para o preenchimento das outras linhas onde
a vazão de jusante do trecho não é zero
trecho Nome Comp. Vazão Vazão Vazão Vazao Diâme Veloci
rua trecho jusante marcha monta ficticia tro dade
nte
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Cota piez. Perda Cota piez. Cota Cota Pressão Pressão
montante carga juzante terreno terreno disponível disponível
trecho montante jusante montante jusante
10 11 12 13 14 15 16
• Coluna 2 - nome de rua…;
• Coluna 3 comprimentos dos trechos;
• Colunas 4, 5, 6, 7. obs:
• A primeira é a col.5(marcha)=col.3 x vazão
específica;
• Col.4= preencher com zero onde foi feito
seccionamento, como 2-1, 6-5, 8-7, etc
1 2
5 77777777

6 8 10
6-5 Q mont 6-5= q jus 8-6
`8-6 Q jus 10-8= Qjus 8-7 + 8-6
6-7
10-8
• As vazões de jusante não iguais a zero, ou será
o valor de montante de um único trecho ou a
soma das vazões de montante de dois ou mais
trechos. Se a numeração for adequada fica
muito fácil o entendimento.
• Coluna 6 = (4) + (5)
• Coluna 7 = (4) + (6)/ 2
• Coluna (8)= usar vazão de montante e fórmula
tracicional;
• Coluna (9)=usar vazão fictícia e equação da
continuidade;
• Coluna 11-usar alguma eq. empírica,Ex Hazzen
• Colunas 13 e 14 cotas dos terrenos;
• Cota piezométrica inicial: se partir do
reservatório a cota piezométrica inicial = nível
do reservatório. Se partir de rede existente,
aferir a pressão na rede. A partir da primeira
cota piezométrica preencher a col (12)
• 12 = 10 – 11
• 15 = 10 - 13 16 = 12-14
Observações
• O preenchimento das colunas de vazões deve
ser sempre realizado de juzante para mont.;
• As cotas piezom. De montante para jusante;
• O somatório dos valores da coluna(5-marcha)
tem de ser igual ao valor da vazão de
montante do trecho mais a montante;
• Preencher comprimento do trecho até meio
metro, vazões três casas após a vírgula,
Cont.
• Vazão específica cinco casas após vírgula,
velocidade-duas casas após vírgula, cotas –
piezométricas-uma casa após a vírgula, perda
de carga-uma casa, cotas do terreno até meio
metro;
• É preciso verificar a diferença de pressão no
mesmo nó que não pode ser superior a 5%.
Cálculo de redes malhadas
• No grandes projetos se utiliza o método
iterativo de Hard-Cross (redes malhadas) que
se aproxima mais da realidade, para cálculo de
redes principais. Consiste em estabelecer
vazões arbitrárias nos trechos em estudo e o
posterior cálculo iterativo dos diversos trechos
até se conseguir o equilíbrio em todo o anel
ou todos os anéis. A distância máxima entre
condutos principais da ordem de 300 a500m,
comprimento.
• Fundamentos: substitui-se a distribuição em
marcha da rede, por tomadas localizadas,
onde se localizam vazões concentradas nos
nós.Supõe-se que as vazões sejam uniforme
em cada trecho dos anéis. Exercício 9.3-Tis.
• Ex. Para o sistema onde o reservatório
abastece a rede principal com 3 anéis, figura
próxima, determine os diâmetros e pressões
nos nós;
• Dados- densidade demográfica= 500hab/ha,
• Q=200L/hab.dia, k1=1,2 k2=1,5 , cota
máxima do nível do reservatório 800m, e cota
mínima de 796m.
Número do Área (ha)

1 30
2 36
3 20
4 20
5 27
6 30
7 27
8 20
9 30
10 30
Número do nó Área(há) Vazão(l/s) Vazão adotada
1 30 62,50 63
2 36 75,00 75
3 20 41,67 42
4 20 41,67 42
5 27 56,25 56
6 30 62,50 62,5
7 27 56,24 56
8 20 41,67 42
9 30 62,50 62
10 30 62,50 62
total 270 562,50 562,50ygt
Roteiro básico para projetos redes
• A-delimitação da área a ser atendida(ver
plano diretor);
• B)estudo demográfico da área a ser atendida,
definir áreas homogêneas(tipo ocupação e
densidade demográfica);
• C)concepção do sistema de
distribuição.Estudo de zonas de pressão(alta,
média e baixa) com rede de distribuição
independente;
• D)estudo de setorização:dependendo da área
a ser atendida, criar vários centros de
reservação, cada um abastecendo de forma
independente;
• E)Inicia-se pela rede principal em algumas
ruas, devem estarmais próxima possível de
onde houver necessidade de maiores vazões;
• F)a distância entre os condutos
aproximadamente paralelos entre 300 e
600m.
• G)aproveitar passagens em rodovias,
ferrovias,cursos dágua;
• H)ver interferências, e sondagem;
• i)seleção dos pontos de concentração de
vazões ao longo da rede principal.Para efeito
de cálculo, estas vazões as vazões em marcha
são substituídas por vazões concentradas nos
nós. Ver área de influência no nó, considerar
vazão veiculada constante.
• J)extensão dos trechos-distância entre nós;
• L)Áreas de influência dos nós:delimitar e
medir;
• M)vazões específicas com base nas
densidades demográficas, consumo
percapita,calcula-se para cada área
homogênea a vazão específica; Vazão no
nó=área de influência x qesp.;
• Vazão nos hidrante-a rede deve ser calculada
hidraul. Atendendo as Q dos hid.1 por vez.
• Para tubulações principais, no cálculo
hidráulico considerem as vazões de
dimensionamento nos nós, os condutos
principais devem ser localizados em vias
públicas, formando preferencialmente
circuitos fechados. Os condutos secundários
devem formar redes malhadas, podendo ou
não ser interligados nos pontos de
cruzamento. Qdo condutos principais maiaor
q 300mm, prever condutos secundários distr.
Cálculo de redes malhadas

• B E

• A F
Cálculo de redes malhadas

B 80L/s E 60 L/s

II

I
A F 40 L/s
200 L/s 20L/s
• 1-arbitre um sentido como o positivo. Este
sentido deverá ser mesmo em todos os anéis;
• 2-Usando o bom senso distribua as vazões nos
trechos de modo que a somatória das vazões
que entram e saem nos nós seja igual a zero.
• Imagine a o arranjo da figura, com anel duplo
Onde no nó A chegam 200L/s e saem 20L/s,
no nó B saem 80 L/s, nó E saem 60L/s, F 40
L/s.
• Primeira verificação a ser feita é a soma das
vazões, a soma das vazões que entram tem de
ser igual à soma das que saem.
• Portanto 200 = 20 + 80 + 60 +40
Modelo de planilha de cálculo
anel Tre L D Qo hpo Hpo ∆Qo Q1 hp1 Hp1 ∆Q1 Q2
cho /Qo /Q1
• A parte da planilha composta pela colunas Qo,
hpo, hpo/Qo e ∆Qo se repetirá modificando
apenas índice 0,1,2,3, tantas vezes forem
necessárias até o equilíbrio do anel;
• O trecho que fizer parte dos dois aneis deve
entrar no dois cálculos;
• Os diâmetros são dimensionados pela vazão
arbitrária, de acordo com Vel.máxima, as
vazões com sinais + ou _ conforme sentido.
Cálculo de hp, hp/Q e ∆Q
• Hp- perda de carga no trecho;
• Q –vazão m3/s, fictícia
• D-diâmetro (m) L- comprimento (m)
• Hp ou perda de carga foi calculada pela
equação Hazzen;
• ∆Q = - ∑ hp / n ∑ (hp/Q) ; n =2 se usar Darcy
• n=1,852 Hazzen-William.
observações
• Nos anéis interligados, deve-se diminuido
ovalor (∆Q) de um anel no outro;
• A NBR 12218/1994 da ABNT,
dimensionamento das redes em malha deve
ser realizado por métodos de cálculo
iterativos, que garantam resíduos máximos de
vazão e de carga piezométrica 0,1 L/s e 0,5
Kpa, respectivamente. O dimensionamento de
trechos ramificados pode-se admitir a
distribuição uniforme de consumo no trecho.
Materiais para redes
• COMPOSIÇÀO: tubos e peças
(curvas,tês,redução, registros,válvulas,
hidrantes) que devem suportar as pressões
internas estáticas edinâmicas e suportar
esforços externos, variação de pressão e golpe
de ariete;
• CARACTERÍSTICAS:durabilidade, não deve
reagir com a água e nem sofrer corrosão, C
para tubos novos de 100 a 150;
• Material superficial externo;resistente a
corrosão, se for elevado é necessária a
proteção catódica;
• Tipos de junta: ver a facilidade de execução e
operação, capacidade de deflexão;
• Diâmetro da tubulação-ver se existe no
mercado;
• Facilidade em fazer interligação.
Materiais utilizados
• Ferro fundido dúctil, tubos de PVC(policloreto
de vinila),polietileno(PE). Ainda tubulação de
aço com junta elástica;
• Os tubos de FOFO são produzidos nas classes
K7 e K9 com juntas com flange soldável ou
roscados em diâmetros que variam de 80 mm
a 1200mm.
Materiais de plástico
• Principais- PVC e politileno;
• PVC DE FOFO, podem ser usados em rede de
PVC PBA e é adaptado ao FOFO, na cor azul,
barras de 6m,com juntas elásticas(JE), com
diâmetro de 100 a 500 mm. Pressão de
serviço 100 mca;
• As tubulaçoes PVC -PBS(ponta bolsa solda)
PBA(ponta bolsa anel) .são capazes de
suportar pressões de serviço de 0,6MPA,
0,75MPA e 1,0MPA(para classes 12, 15 e 20
• .são capazes de suportar pressões de serviço
de 0,6MPA, 0,75MPA e 1,0MPA(para classes
12, 15 e 20 repectivamente.
• Cor marrom;
• Diâmetros: DN 50/DE60, DN75/DE85, DN
100/DE 110mm;
• Junta elástica integrada(JEI) anel não
removível manualmente.
• Polietileno de alta densidade(PEAD), alta
resistência ao impacto, boa resistência contra
agentes químicos.
• Os diâmetros variam de 20mm até 1600mm.
Para redes se utilizam tubos de diâmetros até
315mm. Os de 20 e 32 mm são aplicados em
ramais prediais de água.
• Os diâmetros são expecificados não pelo DN e
sim pelo D.externo, cor preta para redes de
distribuição. Os tubos são do tipo ponta
bolsa. Até 125 mm em bolbinas, superior a
125 mm barras de 6 e 12m.
Tubulaçao de aço.
• A tubulaçao de aço geralmente é competitível
com o FoFo, para grandes diâmetros e
pressões elevadas. Vantagens: Alta resistência
às pressões internas e externa s, baixa
fragilidade, disponíveis para vários diâmetros
e tipos de juntas.
• Desvantagens: pouca resistência a corrosão
externa (revestimentos especiais e proteçao
catódica). Tipos de juntas: soldada, flangeada
e junta elástica.
Aparelhos e acessórios
• A) registros de manobras: tem a finalidade
básica de isolar parte da rede do restante ,
visando, por exemplo, um reparo, execução de
ligação predial, a definição de zonas de
abastecimento em casos de falta dágua, etc.
• Um projeto que valoriza a modulação facilita a
operação, agiliza e evita perdas; módulos
próximos :extensão de rede:7000 a 3500 m,
número de economias 600 a 3000, área 40000
a 200.000 m2.
• O setor de manobra deve abranger uma área
que apresente uma ou mais das seguintes
características:
• Extensão da rede de 7000 a 35.000m, número
de economias 600 a 3000, área de 4 a 20 ha.
• A SANEAGO TEM ADOTADO 5 L/S POR
MÓDULO.
• B) registros de descarga: a operação visa a
higienização(mínimo a cada 6 meses), nas
partes mais baixas onde pode ocorrer a
deposição de materiais presentes na água;
• Os registros devem ser instalados em pontos
mais baixos e bem protegidos com caixas, com
lançamentos seguros. Diâmetros de descarga-
em redes com diâmetro igual ou superior a
100mm, deve ser de 100mm,se inferior a
100mm deve ser de 50 mm.
• C) Válvula redutora de pressão(VRP): é uma
válvula de controle automático projetada para
reduzir a pressão de montante a uma pressão
constante a jusante, independente da variação
de vazão e pressão do sistema;
• Ventosas: são colocadas nos pontos altos dos
condutos principais, para que o ar acumulado
no seu interior saia. Se houverligações
prediais não há necessidade destas válvulas.
• D) Hidrante(equipamento para combate a
incêndio): para vazão menor que 50L/s, pode-
se dispensar hidrante e tirar do reservat.
• -para Q≥ 50 L/s , definir pontos significativos e
consultar corpo de bombeiros;
• -os hidrantes devem ser separados pela
distância máxima de 600m, contada ao longo
dos eixos das ruas;
• -hidrantes de 10 L/s em área residenciais e de
menor risco, e de 20 L/s de capacidade em
áreas comerciais, ind.comerciais, edifícios
públicos e uso público;
• -os hidrantes devem ser ligados à tubulação
da rede de diâmetro mínimo de 150mm,
podendo ser de coluna ou subterrâneo.
Contaminação de rede
• Verificar todo possível encontro com redes de
esgoto, ou água pluvial e analisá-los;
• Usar kit para detecção de contaminação em
campo (ex. Cloro livre);
• Ver se o ponto da coleta está sujeito a
contaminação;
• Repetir os testes de contaminação( nitratro,
cloro livre baixo, e repetir em pontos
residenciais próximos;
• Confirmada a contaminação, isolar área
contaminada com registros de manobra,
promover descarga e desinfecção da área;
• Rompimento de rede (vazamento) é uma das
mais frequentes causas de contaminação uma
vez que, havendo uma fenda ou trinca, ainda
que mínima, na tubulação, está aberto uma
canal para a entrada de bactérias. Se ocorrer
pressões negativas, a soução de contaminaçao
se torna ideal.
• Coleta mal feita pode sempre causar
contaminação da amostra, que será detectada
nas análises bacteriológicas.

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