Você está na página 1de 15

Proposta de Implementação de hotspot wireless na Unipac

-Campus Magnus
Daniel Ferreira Silva1, Luis Augusto Mattos Mendes2
Curso de Bacharelado em Ciência da Computação – Universidade Presidente Antônio
Carlos (UNIPAC)
Campus Magnus – Barbacena – MG – Brasil
1
danielsilva@city10.com.br, 2luisaugustomendes@yahoo.com.br

Resumo: A tecnologia traz no dia-a-dia inúmeras facilidades, uma delas é o


uso de dispositivos portáteis para acesso a informação. Para que isso ocorra é
necessário toda uma infra-estrutura utilizando-se de tecnologia wi-fi. Este
artigo aborda uma proposta de implementação de um hotspot wireless no
Campus Magnus com intuito de facilitar o acesso à informação a qualquer
pessoa que possua um dispositivo wi-fi e esteja dentro do raio de cobertura da
rede wi-fi.
Palavras-chave: Hotspot wireless, dispositivos portáteis, rede wi-fi.

1. Introdução
O crescente desenvolvimento das tecnologias de comunicação e a incessante procura
por meios que lhe garantam rapidez, confiabilidade e praticidade em busca de
informações faz com que se desenvolva novas técnicas e formas de acessar e trocar
informações.
A rede, criada para este fim, vem ao longo dos anos se desenvolvendo e se
adaptando, o que antes ficava restrito a um local físico devido à utilização de cabos para
conexão entre os componentes, Figura 1, hoje traz uma grande mobilidade e abrange
áreas onde seriam difícil a instalação de uma rede cabeada, esta tecnologia definida
como wi-fi (Wireless Fidelity), sem fio, transmite informações através de rádio
freqüência.

Figura 1. Rede cabeada [1]


A Figura 2 apresenta o modelo de uma rede wi-fi, onde o access point, aparelho
responsável pela conexão de dispositivos wi-fi a um outro segmento de rede, ligado a
uma rede cabeada transmite sinais aos aparelhos wi-fi que por ventura venham a se
conectar nesta rede, liberando acesso a serviços definidos nesta rede.

Figura 2. Rede sem fio [2]


Este trabalho tem como finalidade uma proposta de implementação de um
hotspot wireless na Universidade Presidente Antônio Carlos, Campus Magnus. Hotspot
são locais onde é possível conectar-se à internet utilizando qualquer dispositivo portátil
wi-fi, muito das vezes este acesso é liberado e não tarifado. O local possui uma rede
cabeada impossibilitando aos alunos e professores ter mobilidade para acesso às
informações, portanto seu uso fica restrito a alguns locais. Este projeto visa a
implementação de uma rede sem fio na Universidade, utilizando-se de equipamentos
wi-fi para a transmissão e recepção de sinal por todos os prédios do Campus. Esta
implementação visa beneficiar professores, pois durante suas aulas poderão com um
dispositivo wi-fi (palmtop, notebook, etc.) acessar informações na internet tornando a
aula mais dinâmica e rica em informações. Da mesma forma os alunos que possuírem
dispositivos wi-fi poderão acessar a internet para consultas constituindo assim, uma
forma de apoio ao seu aprendizado.
A rede a ser implementada será uma rede hotspot wireless, nome dado a um
local onde a rede wi-fi está disponível ao uso, esta rede é normalmente encontrada em
locais públicos com acesso a um número maior de pessoas. O projeto será detalhado a
partir das próximas seções, relatando autenticação, gestão de usuários, segurança, área
de abrangência do sinal e configuração dos equipamentos.
A proposta está dividida em 2 etapas. Na primeira etapa, seções 2, 3, 4 e 5 serão
conceituados termos em redes necessários à implementação do hotspot, como padrões
de comunicação, topologia da rede, sinais de rádio freqüência e criptografia. Na
segunda etapa, seção 6, será discutido sobre a implementação, estudo de caso,
metodologia e equipamentos (configuração e disposição dos equipamentos no local).
2. Padrões wireless
Para que componentes de uma rede se comuniquem entre si é necessário que haja um
padrão para que todos “falem a mesma língua”. Para que isto aconteça são criados
padrões de comunicação, e quando se trata de rede wi-fi se fala obrigatoriamente no
padrão de comunicação IEEE 802.11 (wireless network), que é o único padrão para rede
wi-fi.
O padrão IEEE 802.11 foi criado por um grupo definido como IEEE ( Institute
of Electrical and Electronics Engineers), este padrão tinha uma taxa de transferência
que alcançava 2Mbps. Após sete anos de estudo este padrão foi aprovado em 1997, anos
após sua aprovação foram feitas algumas ratificações e melhorias para que a
comunicação se tornasse mais rápida e segura. As ratificações seguem o paradigma
deste mesmo padrão, mas com algumas melhorias, são elas [3]:
• 802.11b - Taxa de transferência até 11Mbps, freqüência de transmissão
2.4GHz.
• 802.11g - Taxa de transferência até 54Mbps, freqüência de transmissão
2.4GHz.
• 802.11a - Taxa de transferência até 54Mbps, freqüência de transmissão
5GHz.
Como visto acima, além da taxa de transferência que obteve um aumento
considerável, houve alteração na faixa de freqüência no padrão 802.11a. O benefício da
mudança de 2.4GHz para 5GHz é que aparelhos comumente usados no dia-a-dia, como
telefones sem fio, microondas e outros, operam na faixa de freqüência de 2.4GHz,
sendo assim interferem no sinal da rede, causando perda de pacotes e perda de sinal,
portanto uma rede que utiliza a faixa de freqüência de 5GHz fica livre destas
interferências. O único problema de se utilizar o padrão com essa taxa de transferência
de 5GHz é o alcance do sinal, ficando limitado a uma área menor em relação aos outros
dois padrões [4].
O padrão 802.11g é compatível com o 802.11b, portanto se houver uma rede
wireless utilizando-se de equipamentos que utilizem o padrão 802.11g esta rede estará
disponível ao acesso também para equipamentos que utilizem o padrão 802.11b, porém
a taxa de transferência será de 11Mbps para que se mantenha a compatibilidade entre os
equipamentos da rede [4].
3. Topologia da rede
Para que se tenha uma rede é preciso que haja uma comunicação entre os equipamentos.
Assim os equipamentos têm que estar dispostos em um local abrangente pela rede e a
troca de informações entre eles se dá de duas formas: [5]
• Ad-hoc - Neste tipo de topologia as estações se comunicam diretamente
entre si, estão dispostas em uma mesma BSA(Basic Service Area), área
limitada onde há a comunicação entre as estações e constituem dessa forma
um BSS(Basic Service Set), sem necessidade de uma estação ou AP (Access
point) que gerencie a troca de informações na rede. A Figura 3 ilustra esta
topologia.

Figura 3. Topologia ad-hoc [5]


• Infra-estrutura - Esta topologia caracteriza-se por possuir uma ou mais
BSA(Basic Service Area) e conseguentemente um ou mais BSS(Basic
Service Set) mas diferente de uma rede ad-hoc, as estações dentro de uma
BSA trocam informações através de um AP(Access Point). Na topologia ad-
hoc os equipamentos conectados à rede não têm uma conexão direta entre si,
mesmo que estejam próximos um ao outro. Um conjunto de BSA’s
interligados por um sistema de distribuição constituem uma ESA(Extended
Service Area) e um conjunto de BSS’s interligados por um sistema de
distribuição constituem um ESS(Extended Service Set). A Figura 4 ilustra
esta topologia.

Figura 4. Topologia infra-estrutura [6]


Na Figura 4 há uma interseção entre a célula BSS-A e BSS-B, uma estação (x)
que se encontra nesta região e percebe que há perda na qualidade do sinal, começa a
buscar um outro ponto de acesso. O ponto de acesso em que a estação localizar com
melhor sinal verifica se a estação já esta logada na rede, se já estiver, esta estação passa
então a fazer parte desta nova célula, se acaso não estiver logada é enviado um pedido
de login para esta nova estação. Este processo é chamado de handoff [7].
A topologia a ser utilizada para a implementação do hotspot será de infra-
estrutura, pois utiliza-se de meios intermediários (AP´s) para comunicação entre as
estações.
4. Sinais de RF (Radio Freqüência)
As informações entre equipamentos são transmitidas através de ondas de rádio, esta
comunicação já era utilizada por meios de rádio, televisão, operadoras de telefonia
móvel e outros meios.
A rede 802.11 utiliza bandas ISM (Industrial, Scientific and Medical Bands), são
espectros de rádio sem licença. Há faixas de banda de freqüência que não requerem
licença, autorização para uso, pois os sinais emitidos pelos equipamentos são restritos a
uma pequena área, possuem uma baixa potência, não interferindo em outros sistemas de
RF. Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicação) existem, pelo menos,
três tipos de faixa de freqüência para utilização de redes sem fio [8].
As faixas de freqüência são: 902 – 928GHz, 2,4 - 2,483GHz e 5,150 -
5,825GHz. Os dispositivos wi-fi mais utilizados atualmente utilizam as faixas de
freqüências de 2,4GHz e 5,150GHz.
O espectro 2,4GHz utiliza os modelos de transmissão DSSS (Direct Sequenc
Spread Sprectum) e/ou FHSS (Frequency Hopping Spread Sprectum), ou ainda OFDM
(Orthogonal Frequency Division Multiplexing) no caso do uso alternado dos dois
primeiros modelos citados o sistema é conhecido como híbrido.
No modelo de transmissão DSSS a banda é dividida em 3 canais onde a
informação transmitida é multiplicada por um sinal codificador que recebe o nome de
pseudo-noise ou PN-code, nesta técnica o receptor possui um gerador de código similar
ao do transmissor para sincronismo entre ambos.

Figura 6. Sequência direta [4]


No modelo de transmissão FHSS a banda é dividida em canais de 1MHZ e a
informação salta de um canal para outro de forma aleatória gerada através de um código
“pseudo-randômico” que trabalha em um padrão pré-estabelecido. Transmissor e
receptor tem que estar sincronizados para que sejam conhecidos os saltos entre os canais
permitindo assim a recepção dos dados. A Figura 5 ilustra essa variação de freqüência
em decorrer do tempo (saltos):

Figura 5. Salto de freqüência [4]


No modelo de transmissão OFDM os dados são transmitidos por múltiplos
portadores com espaçamento preciso para que não haja interferência entre eles. Este
modelo de transmissão é também utilizado na faixa de freqüência de 5GHZ.
Figura 7. Ortogonalidade de várias freqüências. [4]
Na implementação será utilizado o modelo de transmissão DSSS, pois é o
modelo adotado na maioria dos equipamentos que comunicam na faixa de 2.4GHz.
5. Criptografia
Um grande problema em redes sem fio é a segurança dos dados que trafegam livres pelo
espaço podendo ser interceptado por outro equipamento. A informação que está sendo
transmitida fica vulnerável, pois uma outra pessoa que esteja próximo à rede e possui
um aparelho wi-fi pode captá-la e ter acesso a esta informação, utilizando dela para
benefício próprio ou causando prejuízos e danos, à fonte da informação. Para que isso
não aconteça os dados têm que ser alterados de forma que outra pessoa que intercepte a
informação não consiga ler a mensagem, para isso usa-se a criptografia [4].
A criptografia utiliza de algoritmo (chave secreta) para alterar uma mensagem
original e a transformá-la de forma que esta fique ilegível e somente uma pessoa que
possua a chave secreta poderá ler a mensagem. A criptografia que utiliza chave secreta
pode ser de duas formas: simétricas ou assimétricas.
Na criptografia simétrica a mensagem original é cifrada utilizando um algoritmo
de cifragem em conjunto com uma chave, quanto maior a chave maior a segurança, esta
mensagem chega ao destinatário e é decifrada utilizando-se do algoritmo de decifragem
e chave correspondente à utilizada em sua cifragem. Porém antes que este processo
aconteça a chave secreta deve ser compartilhada com o destinatário através de meios
seguros [9].
Na criptografia assimétrica utiliza-se de duas chaves: pública e privada. As
chaves são definidas da seguinte forma. O remetente cria uma chave para cifrar e uma
chave para decifrar a mensagem, são chaves distintas, este publica a chave que utilizou
para cifragem (chave pública) e mantém em sigilo sua chave privada. Quando alguém
lhe deseja enviar uma mensagem, o remetente utiliza a chave pública disponibilizada
pelo agora destinatário e cifra a mensagem, o destinatário a recebe e a decifra com sua
chave privada correspondente à chave pública [9]. Desta forma, se houver alguma
interceptação da mensagem, a pessoa que a interceptou saberá da chave pública mas não
saberá da chave necessária para decifrá-la a chave privada.
Na rede 802.11 existem dois tipos de criptografia, WEP (Wired Equivalent
Privacy) e WPA (WI-FI Protected Access) [4].
• WEP (Wired Equivalent Privacy)
Utiliza algoritmo de chave simétrica. Neste protocolo utiliza-se chaves de
64 ou 128 bits, quanto maior a chave maior a segurança na criptografia,
porém, quanto maior a chave mais tempo leva-se para transmitir um pacote
[4].
Os componentes da rede têm que compartilhar a mesma chave estática o
que causa um grande problema quando se tem que alterar a chave, pois para
a alteração deve-se acessar equipamento por equipamento para efetuação da
troca. Devido a alguns problemas de vulnerabilidade e gerenciamento das
chaves foi criado um outro protocolo, o WPA (Wireless Application
Protocol) [4].
• WPA (WI-FI Protected Access)
Utiliza algoritmo de chave simétrica. Neste protocolo utiliza-se chaves de
128 bits ou superior. Para acesso cada usuário tem uma chave exclusiva que
deve ser digitada no momento de ativação do WPA. A chave é alterada
periodicamente e de forma automática durante a sessão, desta forma
garante-se uma segurança maior pela chave não ser estática e sim dinâmica
[4].
Além deste benefício em relação ao WEP, temos outros dois recursos que
provêm um aumento na segurança deste protocolo:
TKIP (Temporal Key Integrity Protocol)
Este recurso altera a chave única para todo pacote transmitido, desta
forma com chaves dinâmicas sendo criadas a todo tempo de
transmissão torna-se mais difícil um ataque a esta rede.
802.1x
Este recurso verifica a autenticidade do usuário ao entrar na rede,
portanto uma segurança a mais pois somente terão acesso usuários
previamente autorizados.
Na implementação do projeto será utilizado o protocolo WPA pois é mais
robusto e dispõe de recursos que garantem uma melhor segurança.
6. Estudo de caso
Na UNIPAC - campus Magnus onde será implementado o hotspot possui três prédios
(blocos1, 2 e 3) e cada bloco possui três andares cada. O link da internet chega através
de fibra ótica a uma antena localizada a aproximadamente 100m do bloco 1. A
comunicação entre a antena e o bloco 1 é feita utilizando um access point (AP link).
Ao AP link é ligado um roteador e este roteador tem como principal função o
endereçamento dos pacotes aos usuários conectados a rede. Em cada bloco há um
switch para interligação dos equipamentos internos ao bloco, sendo essa ligação feita
através de cabo UTP. A conexão entre os blocos é feita através de dutos subterrâneos
utilizando fibra ótica, com o uso da fibra ótica interligando os switch’s dos 3 blocos há
um isolamento eletrostático, evitando que uma descarga em um bloco afete os outros
blocos (Figura 8).
Figura 8. Conexão entre os blocos.
Para que haja uma ampla área coberta pelo hotspot serão instalados seis AP’s, sendo
dois em cada bloco. Cada AP cobre uma área de 100m indoor (utilização em um espaço
fechado, área interna), segundo informações do fabricante, podendo variar devido a
fatores ambientais. A conexão de um usuário na rede se dará utilizando um login e
senha, portanto haverá um servidor Radius responsável pelo gerenciamento de usuários
ligado ao switch. A utilização de um servidor central fazendo a gestão de usuários
permite que usuários em um mesmo local mudem de célula sem que precisem logar
novamente pois o login é feito no servidor e não no AP e a escolha do Radius Server se
dá por ser um software gratuito voltado para fins acadêmicos. A seguir a distribuição
dos equipamentos no local:
• AP link – bloco 1 – almoxarifado;
• Roteador – bloco 1 – almoxarifado;
• AP 1 – bloco 1 – sala 1203;
• AP 2 – bloco 1 – laboratório nutrição experimental;
• AP 3 – bloco 2 – sala 2202;
• AP 4 – bloco 2 – laboratório programação I;
• AP 5 – bloco 3 – sala 3204;
• AP 6 – bloco 3 – sala 3209;
• Servidor Radius – bloco 2 – centro de publicações;
• Switch 1 – bloco 1 – laboratório anatomia;
• Switch 2 – bloco 2 – centro de publicações;
• Switch 3 – bloco 3 – clínica escola fisioterapia.
A seguir são definidos fisicamente os pontos locais onde estarão dispostos os
equipamentos seguindo as métricas do Campus e as restrições de cada equipamento. O
cabeamento segue um padrão interno o qual é baseado no cabeamento estruturado,
assim consegue-se garantir alguns benefícios como facilidade de manutenção,
flexibilidade em caso de alteração do layout da rede, expansibilidade e meio físico
padronizado.
Cada bloco possui em seu comprimento aproximadamente 95m, um AP que tem
um alcance indoor de 100m, é limitado pelas paredes que têm no local e outros fatores
adversos que diminuem o alcance do sinal, portanto em cada bloco são colocados dois
AP’s. Os locais definidos são, na métrica dos blocos, pontos médios levando em
consideração a extensão de todo o bloco de forma a evitar que haja pontos cegos. A
localização dos switch’s facilita a conexão entre os AP’s e a passagem de fibra ótica
entre os prédios de forma a customizar o uso de cabos. A seguir as plantas baixas dos 3
blocos e a disposição dos equipamentos, Figuras 9,10 e 11.
Figura 9. Disposição dos equipamentos no bloco 1.

Figura 10. Disposição dos equipamentos no bloco 2.


Figura 11. Disposição dos equipamentos no bloco 3.
O custo estimado para implementação será de R$12.000,00 sendo que a parte de
aterramento do duto para passagem da fibra ótica fica sendo de responsabilidade da
Universidade. Está incluso no custo todo o equipamento descrito nesta proposta assim
como a passagem dos cabos e configuração dos equipamentos.
6.1 Metodologia do projeto
Para a implementação do hotspot na Universidade foram levantadas informações
conceituais sobre o tema em questão através de livros, artigos e acessos à internet. A
partir da conceituação foram feitos estudos sobre equipamentos que seriam viáveis à
implementação do projeto assim como o funcionamento de um hotspot. Através de
estudos sobre os equipamentos e suas limitações, como raio de abrangência de sinal de
um AP, foi feita uma configuração, distribuição dos equipamentos no local de forma a
customizar o uso de equipamentos e abranger uma área maior de cobertura.
6.2 Equipamentos
Para implementação do projeto serão necessários alguns equipamentos de hardware que
serão detalhados nesta seção.
• Servidor - Será responsável pela autenticação do usuário na rede, tornando
disponível o uso da internet ao usuário cadastrado. Para se fazer esta
autenticação é necessário que haja o sistema operacional Linux - Fedora v.6
instalado e o servidor Radius para autenticação. O sistema operacional
Fedora v.6 mantém uma boa performance e segurança à aplicação. A
configuração do equipamento se baseia na capacidade de processamento e
carregamento do kernel do sistema operacional assim como o
armazenamento necessário para a aplicação. Segue abaixo a configuração
mínima do equipamento:
Pentium 3
256 Mb – memória RAM
40 Gb – HD
Placa de rede
Teclado
Monitor
• Switch - Funciona como um nó central da rede, os equipamentos são ligados
ao switch e este funciona filtrando e encaminhando pacotes entre segmentos
de redes locais. Os switch’s mapeiam todos os nós da rede, desta forma
guardam uma tabela de endereçamento, a partir daí encaminham o pacote
somente ao destinatário e não a todo o segmento de rede [10].
Para o projeto serão necessários 3 switch’s.
• Roteador - Assim como o switch o roteador filtra e encaminha pacotes para
os nós da rede, a diferença está na otimização do envio onde o roteador lê em
um pacote a informação de endereçamento de rede e o envia por rotas mais
rápidas, essas rotas podem ser definidas de duas formas, estática ou
dinâmica. De forma estática o administrador da rede insere comandos para
determinar as rotas. Na dinâmica as rotas são criadas através de protocolos
de roteamento, baseados em algoritmos para escolherem a melhor rota [11].
Para o projeto será necessário um roteador para interligar a rede local à
internet.
• Access point - Tem a funcionalidade de ponte, ligação, entre equipamentos
sem fio a uma rede cabeada.
Serão necessários 6 access point com suporte a Radius server para interligar
os equipamentos wi-fi à rede cabeada e permitir autenticação do usuário no
servidor.
6.3 Configurações
Os equipamentos da rede têm que estar adequadamente configurados de forma a
garantirem a conexão dos equipamentos portáteis, e garantir também a segurança
no acesso e transmissão das informações.
6.3.1 Servidor
O sistema operacional a ser instalado no servidor será a versão do Linux - Fedora v.6. A
escolha desta versão se dá por motivos de confiabilidade e segurança. É um sistema
robusto, garantindo uma boa performance, administração e gerenciamento de sistemas.
Em visita feita à Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ, mais
especificamente a área de TI, foi verificado que o servidor que há anos roda com este
sistema não tem problema algum, tem uma boa estabilidade e garante total
funcionamento da internet.
Será instalado o Radius Server para autenticação e gestão de usuários.
6.3.2 Switch
O switch não requer nenhuma configuração específica por se tratar neste caso em
específico de um switch não gerenciável.
6.3.3 Roteador
Configurações default de acesso ao roteador devem ser alteradas para garantir a
segurança evitando acesso não autorizado ao equipamento.
É definido no roteador um gateway para acesso das máquinas da rede à internet.
Neste caso o roteador funciona como dispositivo intermediário traduzindo os endereços
da rede interna para um endereço definido no protocolo NAT do gateway.
É definido no roteador a criptografia WPA por garantir melhor a integridade dos dados
da rede.
6.3.4 Access Point
• Configurações default de acesso ao AP devem ser alteradas para garantir a
segurança evitando acesso não autorizado ao equipamento.
• A priori defini-se o nome da rede (SSID), a opção broadcast deverá estar
habilitada para que todos reconheçam a rede através de sinais enviados pelo
AP.
• O canal deve ser selecionado no intervalo de 1 a 11 desde que um AP
próximo ao outro não esteja em um mesmo canal, ou estejam em canais que
não causem interferência em outro AP.
• Para que o AP converse com o servidor Radius devemos inserir no AP as
informações a seguir:
Número do ip do servidor Radius;
Porta do servidor Radius;
Secret para que o servidor reconheça que aquele AP faz parte da rede.
• É definido no Access Point a criptografia WPA por garantir melhor a
integridade dos dados da rede.
7. Considerações finais
Foram abordados neste artigo temas relacionados à implementação de um hotspot de
forma clara e objetiva. Não houveram testes de interferência, segurança e alcance pois
para que se efetuassem os testes seriam necessários equipamentos, portanto estes só
foram conceituados. Ficando estes testes para um estudo futuro.
Foram utilizados 2 AP’s em cada bloco de forma a evitar pontos cegos. Com um
estudo de caso utilizando-se de equipamentos para teste seria possível verificar a
abrangência do sinal de cada AP de forma a reduzir o número de AP’s por bloco, ao
invés de utilizar dois poderia se utilizar um, apenas fazendo um remanejamento do
equipamento, se acaso no teste não houvessem pontos cegos.
Para trabalhos futuros é interessante que se façam os testes de interferência e
segurança para garantia de que não haja nenhum ponto do campos sem abrangência do
sinal devido à interferências e que a rede tenha uma garantia de segurança, não
proposta, mas baseada em testes que garantam a integridade dos dados e o acesso a eles.
O hotspot é um recurso que beneficia a todos que possuem um dispositivo móvel
compatível com a tecnologia e reduz o custo para se implementar uma rede que dê
acesso a todos aqueles que precisam de seus serviços.
Bibliografia
[1] OPTINFO. Redes cabeadas. Disponível em http://www.optinfo.com.br/servicos-
rede-cabeadas.php. Acesso em 08 de set. 2007.
[2] NOTEBOOKS SITE. Redes wi-fi. Disponível em http://www.notebooks-
site.com/dicas/wifi-hotspot.html. Acesso em 09 de set. 2007.
[3] DIÁRIO DO COMÉRCIO. WI-FI e WIMAX: quebrando paradigmas. Disponível
em http://www.dcomercio.com.br/especiais/telecomunicacoes/06_wi-fi_wi-
max.htm. Acesso em 08 de set. 2007.
[4] TELECO. Informações em Telecomunicações. Disponível em
http://www.teleco.com.br. Acesso em 09 de set. 2007.
[5] PROJETO DE REDES. Redes móveis Ad-hoc. Disponível em
http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_redes_moveis_ad_hoc.php Acesso
em 08 de set. 2007.
[6] WIRELESS BRASIL. Redes 802.11. Disponível em
http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/colaboradores/drangel/drangel_02.html.
Acesso em 06 de out. 2007.
[7] Redes 802.11. Redes locais sem fio IEEE 802.11. Disponível em
http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/portal.html. Acesso em 15 de out. 2007.
[8] ANATEL. Agência Nacional de Telecomunicação. Disponível em
http://www.anatel.gov.br/Radiofrequencia/qaff.pdf. Acesso em 07 de out. 2007.
[9] AGUIAR, Paulo Américo Freire. Segurança em Redes Wi-fi. Disponível em
http://www.ccet.unimontes.br/arquivos/monografias/73.pdf. Acesso em 13 de out.
2007.
[10] PROJETO DE REDES. Switches em redes locais de computadores. Disponível em
http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_switches_em_redes_locais.php.
Acesso em 22 de set. 2007.
[11] PROJETO DE REDES. Por falar em roteadores... Disponível em
http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_por_falar_em_roteadores.php.
Acesso em 22 de set. 2007.
[12] TANENBAUM, Andrew S., “Redes de Computadores”, Tradução [da 3º ed.
Original] Insight Serviços de Informática, Rio de Janeiro: Campus, 1997.
[13] SOARES, Luiz Fernando Gomes, Redes de Computadores: das LANs, MANs e
WANs às Redes ATM, G. Lemos e S. Colcher, Editora Campus, 1995.

Você também pode gostar