PROFESSORA: Ademilson de Souza Soares ALUNO: Rodolfo Luiz de Medeiros Braz
Organização da Escola
Na organização da escola em todas as suas demandas, é necessário que se façam
planejamentos e projetos. A escola é um espaço que tem como finalidade o ensino, esse por sua vez é um direito assegurado pela Constituição e por Leis que normatizam e apontam critérios de organização, estruturação e funcionamento das instituições de ensino, sejam elas públicas ou privadas.
No caso da educação pública, a escola tem por finalidade oferecer o direito a
educação de quem se fizer interessado ou necessitado do acesso educação, cabe ressaltar que no caso de pessoas de estão nas idades entre 4 a 17 anos, essa participação se da de forma imperativa, pois a Lei diz que a matrícula é obrigatória e responsabiliza a família e o estado dessa obrigação.
A escola é um espaço onde a diversidade é um elemento indispensável para que
ela atinja o seu objetivo. Os diversos participantes geram na escola a necessidade de se pensar variadas maneiras de se ensinar um mesmo conteúdo, ou conteúdo diverso conforme o interesse e também aquilo que é necessário para que as bases que subsidiarão novas construções sejam ofertadas a todos, sem distinção. Vale lembrar que embora a escola também prepare para etapas vindouras do educando, ela tem o objetivo de propiciar conhecimentos e ferramentas que são necessárias no presente de seus educandos, atendendo às necessidades que vão também além de conteúdos estabelecidos para cada idade e fase escolar. Para que a escola funcione um documento importante é o projeto pedagógico na escola, que embora devesse ser um projeto construído também fora dos muros da escola, em muitos casos fica a cargo de poucos interessados, não sendo uma construção democrática e coletiva. Daí surge a necessidade de se de refletir sobre tais construções e também nas falhas desse processo.
O projeto pedagógico é um documento de interesse de toda a comunidade
escolar: alunos e familiares, professores, coordenadores, gestores, trabalhadores de diversas áreas da escola e da comunidade onde ela se estabelece. O estado também um grande interessado e deve ser chamado a cumprir sua responsabilidade na participação do mesmo.
Como sabido, a escola é constituída por diversidade, mas nas construções de
projetos que buscam aperfeiçoar a organização e funcionamento da mesma, alguns interessados estão constantemente menos presentes que outros. Quem são esses distantes? Poderia ser qualquer um, se não estivesse presente na identificação desse grupo um elemento que os caracteriza pela pobreza e condição de vulnerabilidade econômica e social que ocupam. Sim, são as famílias das camadas populares, onde os responsáveis têm baixa formação e pouco conhecimento de seus direitos, sobre tudo o direito a educação de qualidade e da participação na construção de parâmetros mínimos de qualidade da oferta do mesmo.
Para SOARES (2017) apud NOGUEIRA, (2011), pais que se distanciam da
escola, geralmente vivem em situação de maior vulnerabilidade econômica e esse distanciamento pode ser uma autodefesa da própria identidade. Questões como desconhecimento de seus direitos, da importância da educação para o presente e futuro, e da necessidade de participação de todos os atores envolvidos nas relações de ensino aprendizagem podem contribuir para esse distanciamento. Outro elemento é o desconhecimento da escola de quem seriam esses alunos, como vivem e como são essas famílias, como se estruturam e como atendê-las?
Construir uma escola pública de qualidade, segundo SOARES (2011), é um
desfio de toda comunidade escolar. E para que essa construção se dê de fato é necessária a noção de que a escola pública de qualidade esteja presente e bem explicita em uma relação democrática com a comunidade atendida, sem distinção dos atores envolvidos no que diz respeito ao acesso e à qualidade, mas considerando sim uma necessidade de ofertar também de acordo com os distintos grupos e componentes dessa relação.
Em nossa atividade de estudo de caso escolhemos a cidade de Belo Horizonte
para estruturarmos uma escola para esse município. Para pensar essa escola conhecemos inicialmente a LDB de 96 e a Constituição de 88 que regulamenta as instituições escolares. A escola hipotética de Belo Horizonte tem como vantagem um sistema de ensino estruturado, que já aponta a forma em que essas terão e como desvantagem padroniza também, limitando progressos mesmo de uma escola que destoasse do positivamente desse padrão. Embora tivéssemos a liberdade de inovar, o modelo de escola tradicional é o que está impregnado em nossas mentes e por isso mesmo que os recursos fossem inesgotáveis, ficamos presos ao modelo que conhecemos não ousamos e investimos em nossa escola hipotética muito além dos parâmetros mínimos que a Lei estabelece.
Referências
NOGUEIRA, M. A. Trajetórias escolares, estratégias culturais e classes sociais.
In: LOPES, E. M. T.; PEREIRA, M. R. (Orgs.). Conhecimento e inclusão social: 40 anos de pesquisa em educação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.
SOARES, A. S. Relação com as famílias e com as comunidades. In:
Organização do Ensino Fundamental. FAE-UFMG, 2017.
TESE - Encenar Ensinando-Ensinar Encenando - A Relação Entre Encenação e Pedagogia A Partir Da Analise de Processos de Criação Do Theatre Du Soleil - Eduardo Vaccari