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Moloque é o primeiro dos demônios a se pronunciar, afirmando que eles devem atacar o
trono de Deus com todas as forças, pois, não há punição maior do que a que já lhes são
atribuídas. Belial o contraria afirmando que a guerra aberta sera inútil tendo em vista que
Deus é onisciente e onipotente e, portanto, os demônios seriam facilmente repelidos.
Belial, após refutar todos os argumentos de Moloque, anuncia que não importa o curso, e
que Deus inevitavelmente os descobrião, sugere então que os demônios se contenham e
não façam nada, na esperança de que Deus amenize a sua punição.
Mammom, o próximo orador, diz que crê que Deus de fato não possa ser derrotado e que,
mesmo se o perdão for possível, todos eles permancerão escravos da vontade do Empíreo
e humilhados no reino do Céu. Por fim, Mammom propõe permanecer no inferno e forjar
um novo império. Mammom, após proposição é saudado com aplausos, pois os demônios
admiraram-se com a ideia de construir um reino para rivalizar com Deus. Visto que os
demônios estavam temerosos de novo conflito com os Céus e temiam as dores sofridas
pela derrota, felicitaram-se com as propostas de paz e com a esperança da construção de
um reino opósito ao Céu.
2 - Quem irá / Em busca do novel mundo, quem cremos / Capaz? Quem tentará com pés
de viagem / O escuro abismo intérmino sem chão, / Entre o obscuro palpável, a topar /
Com incerto carril, ou a arma voo / Guiando aos céus com asa sem fadiga / Por sobre o
abrupto amplo, antes de dar / Com a ilha feliz? Que força, que arte / Bastará, que
evasão o salvará / De atalaias e postos apertados / De anjos em patrulha? Carece ele /
De toda a preocupação, e nós de igual / Senso na votação, pois quem irá / Leva o peso
que sobra da esperança ? Livro II, v - 402 - 416.