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LIVRO MANUAL DE ARBITRAGEM - MEDIAÇÃO E

CONCILIAÇÃO

 “SOLUÇÃO ALTERNATIVA DE CONFLITOS”


 MANUAL DE ARBTRAGEM
 MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
 “LAUDO ARBITRAL”
 “SEGUNDO GRAU DE JURISDIÇÃO”
 CÓDIGO DE ÉTICA DA ADVOCACIA
 CÓDIGO CIVIL (ARTS. 840 A 842)
 LEI Nº 11.441/2007 (QUE INCLUI O ART. Nº 1.124-A AO CPC)
 LEI Nº 8.078/1990 (ARTS. 2º E 3º)
 LEI DE CONSUMO (ART. 2º)
 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUNIDOR
 “A KOMPETENZ – KOMPETENZ (COMPETÊNCIA-COMPETÊNCIA)
 LEI Nº 9.703/996 (QUE CENCURA ATOS DE PROTEÇÃO OU
AFASTAMENTO DO RITO ARBITRAL)
 OBS.: A INVALIDADE DA CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM devem ser,
inicialmente, resolvidas pelo ÁRBITRO ou pelo TRIBUNAL ARBITRAL e
só depois, eventualmente, pelo PODER JUDICIÁRIO (AÇÃO
ANULATÓRIA DA SENTENÇA ARBITRAL)
 O PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA PODE SER VERIFICADO NO CÓDIGO
DE DEFESA DO CONSUMIDOR
 “LIMITAÇÃO DE DIREITO DO CONSUMIDOR”
 “CONTRATO DE ADESÃO” (É aquele em que não há qualquer escolha, ou
seja, o consumidor não pode optar por outro fornecedor, devendo aceitar o
contrato caso deseje o produto ou serviço, ocorre, atualmente, por exemplo,
com o fornecimento de água. Já o “CONTRATO POR ADESÃO” existe
escolha. Com efeito, apesar de o contrato ter sido redigido pelo fornecedor
com apresentação de cláusulas prontas, o consumidor poderá optar por outro
fornecedor, caso não concorde com o negócio imposto pelo fornecedor)
 LEI Nº 8.078/1990 (CONTRATO DE ADESÃO)
 “INTERPRETAÇÃO CONTRA PROFERENTEM, OU ATÉ A NULIDADE DA
CLÁUSULA OBSCURA
 CLÁUSULA IMPOSITIVA DE OBRIGAÇÕES
 OBS.: Com o efeito, a Lei nº 9.307/1996 determina que, nos contratos de
adesão, a Arbitragem somente é admitida se:
a) Tratar-se de compromisso arbitral (aquela convenção de arbitragem
que surge depois de instaurado o conflito entre as partes);
b) Tratando-se de cláusula arbitral (contemporânea ao contrato ou em ato
posterior, mas anterior à existência de qualquer conflito entre as
partes, mediante a qual se obrigam a submeter futuros conflitos à
solução arbitral), se:
b.1) não se tratar de contrato de consumo – vez que neste, em regra, é
nula, como visto, a cláusula arbitral;
b.2) for por escrito, mesmo que por correspondência digital no bojo do
contrato ou em documento apartado (aditivo contratual);
b.3) a cláusula esteja em destaque, referindo-se à Lei nº 9.307/1996, em
negrito;
b.4) haja assinatura específica para a cláusula arbitral no bojo do contrato
ou em documento anexo.
Posta assim a questão, eis a redação do § 2º do art. 4º da Lei nº
9.307/1996: “Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá
eficácia se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou
concordar, expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito
em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto
especialmente para essa cláusula”.
 OBS.: Em resumo, podemos afirmar que:
a) Nos contratos de adesão, seja em relação de consumo ou não, é
permitido o compromisso arbitral, ou seja, a convenção mediante a
qual as partes se comprometem a submeter seus conflitos à
arbitragem depois que o conflito já existe;
b) Nos contratos que configurem a denominada relação de consumo, em
razão da vedação do art. 51, VII, do CDC (Lei nº 8.078/1990), em regra –
lembrando que admitimos exceções, não estiver presente a imposição
pelo fornecedor ou a vulnerabilidade do consumidor – não é possível,
em regra, a cláusula arbitral. Assim, a cláusula arbitral é admitida
livremente nos demais contratos de adesão que não configurem
relação de consumo (compra e venda de matéria-prima entre
indústrias, por exemplo), e, nesses contratos, a Lei de Arbitragem (Lei
nº 9.307/1996) exige forma escrita, cláusula no bojo do contrato ou em
documento anexo, destaque (negrito) e visto ou assinatura específica.
 OBS.: Por fim, a esse respeito, são irretocáveis as razões transcritas:
“Direito Processual Civil e Consumidor. Contrato de Adesão. Convenção
de Arbitragem. Limites e Exceções. Arbitragem em contratos de
financiamento imobiliário. Cabimento. Limites. 1) Com a promulgação da
Lei de Arbitragem, passaram a conviver, em harmonia, três regramentos
de diferentes graus de especificidade: (I) a regra geral, que obriga a
observância da arbitragem quando pactuada pelas partes, com
derrogação da jurisdição estatal; (II) a regra específica, contida no art.
4º, § 2º, da Lei nº 9.307/1996 e aplicável a contratos de adesão genéricos,
que restringe a eficácia da cláusula compromissória; (III) a regra ainda
mais específica, contida no art. 51, VII do CDC, incidente sobre contratos
derivados de relação de consumo, sejam eles de adesão ou não,
impondo a nulidade de cláusula que determine a utilização compulsória
da arbitragem, ainda que satisfeitos os requisitos do art. 4º, § 2º, da Lei
nº 9.307/96. 2) O art. 51, VII, do CDC se limita a vedar a adoção prévia e
compulsória da arbitragem, no momento da celebração do contrato, mas
não impede que, posteriormente, diante de eventual litígio, havendo
consenso entre as partes (em especial a aquiescência do consumidor),
seja instaurado o procedimento arbitral. 3) As regras dos arts. 51, VIII,
do CDC e 34 da Lei nº 9.514/1997 não são incompatíveis. Primeiro
porque o art. 34 não se refere exclusivamente a financiamentos
imobiliários sujeitos ao CDC e segundo porque, havendo relação de
consumo, o dispositivo legal não fixa o momento em que deverá ser
definida a efetiva utilização da arbitragem. 4) Recurso especial a que se
nega provimento”.
 OBS.: “A convenção de Arbitragem em contratos de adesão envolvendo
relação de consumo. Exceções à regra geral: Constatado o fato de que a
controvérsia em questão se submete aos ditames do CDC, não se pode
ignorar os termos do seu art. 51, VII, que estabelece serem nulas de
pleno direito as cláusulas contratuais que determinem a utilização
compulsória da Arbitragem”.
 OBS.: “Dessa forma, a questão se resume em verificar se há
incompatibilidade entre o art. 51, VII, do CDC e os dispositivos da Lei de
Arbitragem, notadamente o seu art. 4º, § 2º”. “Nesse sentido, ao mesmo
tempo em que estabeleceu como regra geral a obrigatoriedade de se
respeitar a convenção arbitral, a Lei nº 9.307/96 criou mecanismos para
proteger o aderente que, ao firmar contrato de adesão, se vê
impossibilitado de discutir as cláusulas contratuais, que lhe são
impostas unilateralmente pelo proponente”. “Para tanto o art. 4º, § 2º, da
Lei nº 9.307/96 dispõe que a cláusula compromissória só terá eficácia
nos contratos de adesão “se o aderente tomar a iniciativa de instituir a
arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua instituição, desde
que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a assinatura
ou visto especialmente para essa cláusula””.
 “Na realidade, com a promulgação da Lei de Arbitragem, passaram a
conviver, em harmonia, três regramentos de diferentes graus de
especificidade:
(I) A regra geral, que obriga a observância da arbitragem quando pactuada
pelas partes;
(II) A regra específica, aplicável a contratos de adesão genéricos, que
restringe a eficácia da cláusula compromissória;
(III) A regra ainda mais específica, incidente sobre contratos sujeitos ao CDC,
sejam eles de adesão ou não, impondo a nulidade de cláusula que
determine a utilização compulsória da arbitragem, ainda que satisfeitos os
requisitos do art. 4º, § 2º, da Lei nº 9.307/96”.
 “O CDC veda apenas a utilização compulsória da arbitragem, o que não obsta
o consumidor de eleger o procedimento arbitral como via adequada para
resolver eventuais conflitos surgidos frente ao fornecedor”.
 A discussão baseou-se na permissão de dirimir conflitos mediante arbitragem
contidas na Lei nº 9.514/1997, que dispõe acerca da alienação fiduciária de
bem imóvel. O art. 34 da referida Lei prevê que “os contratos relativos ao
financiamento imobiliário em geral poderão estipular que litígios ou
controvérsias entre as partes sejam dirimidos mediante a arbitragem”.
 Código de Defesa do Consumidor & A Lei da Alienação Fiduciária de Bem
Imóvel.
 A possibilidade da aplicação da solução arbitral aos conflitos
decorrentes de relações jurídicas trabalhistas, será necessário
separar as questões referentes aos conflitos individuais e coletivos.
Nos conflitos coletivos nada obstra que haja solução pela via
arbitral, mormente em razão do que dispõe o art. 114, § 1º, da CF,
segundo o qual, “frustrada a negociação coletiva, as partes
poderão eleger árbitros” . Assim é possível que a arbitragem nos
conflitos trabalhistas decorrentes de greves (arts. 3º e 7º da Lei
nº 7.783/1989) e participação nos lucros (art. 4º da Lei
10.101/2000).
 Consolidação das Leis do Trabalho
 OBS.: Arbitragem e Conflitos Individuais de Trabalho: “A
arbitragem é, por excelência, o meio de solução de conflitos
humanos, precedendo no tempo ao próprio Poder Judiciário”. “A
solução de conflitos por um terceiro isento, escolhido pelas
partes, sempre foi o caminho histórico de pacificação de
litígios, porque, gozando da confiança dos que lhe pedem
justiça, concilia a rigidez da norma com a flexibilização
natural da equidade”. “Somente na fase imperial de Roma é que
e adotou a solução exclusivamente estatal de controvérsias.
Antes, no período das legis actiones e no período per formula, a
atuação do pretor se limitava a dar a ação, compor o litígio e
fixar o thema decidendum. A partir daqui, entregava o julgamento
a um árbitro, que podia ser qualquer cidadão romano”. “Esta
situação predominou durante a Idade Média, em que não havia
tribunais exclusivamente patrocinados pelo Estado, pois,
pertencendo o cidadão a reinos e condados, comandados por nobres
e senhores feudais, a justiça era feita de comum acordo, por
tribunais comunitários, de natureza mais compositiva do que
decisória”. “Somente a partir do século XVIII, com a criação
do Estado Constitucional, é que houve o monopólio pelo Estado da
prestação jurisdicional. Esta nova potura, entretanto, nunca
exclui o julgamento fora do Estado, por terceiros escolhidos
pelas partes, pois não é, nem nunca foi possível ao Estado
decidir sozinho as controvérsias humanas, principalmente na
sociedade moderna, em que se multiplicam os conflitos e acirram-
se as divergências, não só dos cidadãos entre si, mas deles
contra o Estado e do Estado contra seus jurisdicionados”. “O
próprio Estado brasileiro, através da Lei nº 9.307/2006, deu um
passo decissivo neste aspecto (...). Desta forma, conciliou-se o
monopólio da jurisdição, naquilo que o Estado considera fundante
e inalienável para construir a ordem pública e o interesse
social com direitos em que predominam os interesses individuais
ou coletivos, centrados em pessoas ou grupos”. “Os conflitos
trabalhistas não se excluem do âmbito genérico do art. 1º da
Lei nº 9.307/2006 porque seus autores são pessoas capazes de
controlar a detêm a titularidade de direitos patrimoniais
disponíveis”. “A indisponibilidade de direitos trabalhistas é
conceito válido e internacionalmente reconhecido porque se trata
de núcleos mínimos de proteção jurídica, com que o trabalhador é
dotado para compensar a desigualdade econômica gerada por sua
posição histórica na sociedade capitalista. Destes conteúdos
mínimos não têm as partes disponibilidade, porque afetaria a
busca do equilíbrio ideal que o legislador sempre tentou
estabelecer entre o empregado e o empregador”. “Porém,
indisponibilidade não se confunde com transação, quando há
dúvida sobre os efeitos patrimoniais de direitos trabalhistas em
situações concretas. Indisponibilidade não se há de confundir
com efeitos ou consequências patrimoniais. Neste caso, a
negociação é plenamente possível e seu impedimento, pela lei ou
pela doutrina, reduziria o empregado à incapacidade jurídica, o
que é inadmissível, porque tutela e proteção não se confundem
com privação da capacidade negocial como atributo jurídico
elementar de todo cidadão”. “A arbitragem, tradicionalmente
prevista no direito coletivo, pode e deve também estender-se ao
direito individual, porque nele a patrimonialidade e a
disponibilidade de seus efeitos e é o que mais se trata nas
varas trabalhistas, importando na solução, por este meio, de 50%
dos conflitos em âmbito nacional. Basta que se cerque de
cuidados e se mantenha isenta de vícios a declaração do
empregado pela opção da arbitragem, que poderá ser manifestada,
por exemplo, com a assistência de seu sindicato, pelo Ministério
Público do Trabalho ou por cláusula e condições constantes de
negociação coletiva”. “Em vez da proibição, a proteção deve
circinscrever-se à garantia da vontade idependente e livre do
empregado para resolver seus conflitos. Se opta soberanamente
pela solução arbitral, através de árbitro livremente escolhido,
não se há de impedir esta escolha, principalmente quando se sabe
que a solução judicial pode demorar anos, quando o processo
percorre todas as instâncias, submetendo o crédito do emprego a
evidentes desgastes, pois são notórias as insuficiências
corretivas dos mecanismos legais”. “A arbitragem em conflitos
individuais já é prevista na Lei de Greve – Lei nº 7.783/1989,
art. 7º, Lei de Participação nos Lucros – Lei nº 10.101/2000,
na Convenção sobre o Reconhecimento e a Execução de Sentenças
Arbitrais Estrangeiras, ratificada pelo Decreto nº 4.311/2002.
Trata-se, portanto, de instituição já inserida no direito
brasileiro, que não pode mais ser renegada pela doutrina ou pela
jurisprudência, sob pena de atraso e desconhecimento dos
caminhos por onde se distende hoje o moderno direito do
trabalho”. “Já é tempo de confiar na idependência e maturidade
do trabalhador brasileiro, mesmo nos mais humildes,
principalmente quando sua vontade tem o reforço da atividade
sindical, da negociação coletiva, do Ministério Público, que
inclusive pode ser árbitro nos dissídios de competência da
Justiça do Trabalho – art. 83, XI, da LC 75/1993”. “A
relutância em admitir a arbitragem em conflitos individuais de
trabalho é uma prevenção injustificada que merece urgente
revisão. Não se pode impedir que o empregado, através de
manifestação de vontade isenta de vício ou coação, opte por meio
mais céleres, rápidos e eficientes de solução do conflito do que
a jurisdição do Estado”. “De qualquer forma, conclui que a
execução, ainda que seja de mera transação, não encontra óbice
na Constituição Federal, cujo art. 114 ampliou a competência da
Justiça do Trabalho: “Consiliação firmada perante Câmara
Arbitral. Natureza de título executivo. Execução na Justiça do
Trabalho. A Emenda Constitucional nº 45/2004, ao alterar o art.
114 da CF, ampliou a competência material da Justiça obreira,
possibilitando o ajuizamento de ação executiva de títulos
extrajudiciais além daqueles expressamente previstos no art. 876
da CLT. Não há mais que se falar que o art. 876 celetista
apresenta rol taxativo (numerus clausus). Quanto a este tema,
prevalece a aplicação subsidiária do CPC, que dispõe que a
sentença arbitral constitui título executivo (arts. 475-N,
inciso IV, e 585, inciso VIII). Se o exequente não questiona a
validade da avença realizada perante a Câmara Arbitral nem
suscita qualquer vício de consentimento, tem direito legítimo de
pretender a execução deste título executivo na Justiça do
Trabalho, seara competente para processar e julgar matéria
pertinente à relação de emprego (art. 877-A da CLT)”.
 Questiona-se se é possível a arbitragem para resolver um
despejo, uma pretensão renovatória ou revisional de contratos de
locação.
 À obrigatoriedade de suas disposições a Lei do Inquilinato (Lei
nº8.245/1991) determina: “Art. 45. São nulas de pleno direito
as cláusulas do contrato de locação que visem a elidir os
objetivos da presente Lei, notadamente as que proíbam a
porrogação prevista no art. 47, ou que afastem o direito à
renovação, na hipótese do art. 51, ou que imponham obrigações
pecuniárias para tanto.
 A pura solução arbitral não visa elidir os objetivos cogentes da
Lei do Inquilinato, a aplicação, da Lei nº 9.307/1996 é
absolutamente possível, seja através da cláusula ou do
compromisso arbitral, com a aplicação da própria Lei nº
8.245/1991, no seu aspecto de direito material para solução dos
conflitos.
 Organização Lage (“Caso Lage”).
 Lições de Carnelutti.
 É cedido que o juízo arbitral não subtrai a garantia
constitucional do juiz natural, ao contrário, implica realizá-
la, porquanto somente cabível por mútua concessão entre as
partes, inaplicável, por isso, de forma coercitiva, tendo em
vista que ambas as partes assumem o “risco” de serem
derrotadas na arbitragem.
 Lei nº8.987 de 13 de fevereiro de 1995.
 Lei nº8.666/1993.
 Lei nº10.303/2001 redação alterada pela Lei nº6.404/1976 das
Sociedades Anônimas.
 Lei das Sociedades Anônimas.
 Projeto de Lei do Senado (PLS) 406/2013.
 Lei nº11.101/2005  Lei de Falências.
 Câmaras de Arbitragens.
 Tribunal Arbitral.
 “A Recupaeração Judicial, tem por objetivo viabilizar a
superação da situação de crise econômico-financeira do devedor,
a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego
dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo,
assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo
à atividade econômica”.
 Plano de Recuperação.
 Lei de Recuperação de Empresas.
 “Convenção de Condomínio”.
 Cartório de Registro de Imóveis.
 “Tribunal de Alçada”.
 Lei nº6.0151973  Lei de Registros Públicos.
 “Ação Ordinária de Nulidade”.
 Clausula Arbitral ou Compromisso Arbitral.
 Lei de Introdução ao Código Civil.
 Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
 “LEX MERCATÓRIA”.
 Arbitragem de Direito: Neste caso não afrontam a ordem pública
(norma cogente que regule a matéria que se pretende submeter à
arbitragem), as partes podem escolher a norma que querem ver
aplicada pelo árbitro para solução do seu conflito decorrente de
direito patrimonial e disponível. Caso não escolham, o árbitro
decidirá com fundamento na lei nacional.
 Arbitragem de Equidade: Neste caso as partes convencionem a
hipótese expressamente e desde que não haja, igualmente, a
afronta à ordem pública nacional. Ao aplicar a equidade o
árbitro se coloca na posição de legislador e aplica a solução
que lhe parecer razoável, ainda que haja lei disciplinado a
matéria, desde que não se trate de norma cogente.
 “Princípio da Autonomia da Vontade”.
 “Jus publicum privatorum pactis derrogare non potest”.
 Lei nº4.886/1965.
 Arbitragem Institucional ou Administrada: Na qual existe uma
instituição especializada que administrará a arbitragem, com
regras procedimentais de acordo com a Lei de Arbitragem (Lei
nº9.307/1996) acerca dos prazos, forma da prática dos atos,
maneira de escolha dos árbitros, custos para a realização da
arbitragem, forma de produção de provas, entre outras regras
indispensáveis ao procedimento.
 Câmara de Comércio Brasil-Canadá.
 Arbitragem Avulsa: Também conhecida como Arbitragem Ad Hoc, que
se realiza sem a participação de uma entidade especializada.
 Arbitragem e Constitucionalidade do Instituto: É que o princípio
da inafastibilidade da tutela jurisdiconal pelo Poder Judiciário
(art. 5º, XXXV, da CF), significa que o parecer óbvio a partir
do dispositivo constitucional que “a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direitos”, ou
seja nenhuma lei pode impor a aplicação compulsória da
Arbitragem.
 A solução arbitral somente pode ser adotada em razão da vontade
das partes, somente se houver um acordo de vontades.
 Sendo assim, em razão do contrato, que é um acordo de vontades,
surgem duas obrigações, ou seja, a obrigação de não fazer, que
implica em não ingressar com pedido junto ao Poder Judiciário e,
consequentemente, a obrigação de fazer, que consiste em levar o
conflito à solução arbitral.
 A Arbitragem não é obrigatória vez que ninguém pode ser
compelido a se submeter à arbitragem.
 A Autonomia da Vontade significa que as partes são livres para
criar suas obrigações, desde que respeitadas as normas de ordem
pública, assim, podem criar a obrigação de submeter seus
conflitos à arbitragem e, se assim procederem, tornar-se-á
evidente a vinculação ao que contrataram.
 A Convenção de Arbitragem é gênero do qual são espécies a Cláusula
Arbitral (ou Cláusula Compromissória) e o Compromisso Arbitral.
 Cláusula Arbitral: Espécie de convenção de arbitragem mediante a
qual os contratantes se obrigam a submeter seus futuros e
eventuais conflitos que possam surgir do contrato à solução
arbitral.
 A Cláusula Arbitral Cheia: É aquela que contém os requisitos
mínimos para que possa ser instaurado o procedimento arbitral
(as condições mínimas que o art. 10 da Lei de Arbitragem impõe
para o compromisso arbitral), como por exemplo a formação de
indicação dos árbitros, o local etc., tornando prescindível o
compromisso arbitral. Sendo assim, ao surgir o conflito, as
partes não precisam firmar compromisso arbitral e qualquer delas
pode dar início ao procedimento arbitral.
 As duas formas de Cláusula Arbitral Cheia:
a) Cláusula arbitral cheia mediante a qual as partes pactuam
todas as condições para a instauração da arbitragem (do art.10
da Lei nº 9.307/1996);
b) Cláusula arbitral cheia que se refere às regras de uma entidade
especializada que já contém as condições formais para
instituição da arbitragem.
 A Cláusula Arbitral Vaziza (ou em Branco):É aquela em que as
partes simplesmente se obrigam a submeter seus conflitos à
arbitragem, sem estabelecer, contudo, as regras mínimas para
desenvolvimento da solução arbitral e, tampouco, indicar as
regras de uma entidade especializada.
 Juizados Especiais Cíveis.
 O Compromisso Arbitral: Nada mais é que a convenção de arbitragem
mediante o qual as partes pactuam que o conflito já existente
entre elas será dirimido através da solução arbitral e pode
ser:
a) Judicial, na medida em que as partes decidem colocar termo no
procedimento judicial em andamento e submeter o conflito à
arbitragem;
b) Extrajudicial, firmado depois do conflito, mas antes da
propositura de ação judicial.
 “O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes
submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo
ser judicial ou extrajudicial. §1º O compromisso arbitral
judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o juízo ou
tribunal, onde tem curso a demanda. §2º O compromisso arbitral
extrajudicial será celebrado por escrito particular, assinado
por duas testemunhas, ou por instrumento públicos”.
 Requer-se portanto na forma escrita:
a) Por termo nos autos no compromisso arbitral judicial,
elaborado no curso do processo, mediante o qual as partes se
obrigam a encerrar o litígio judicial e resolver a demanda
através da arbitragem;
a.1) Por documento particular, com duas testemunhas, no
compromisso arbitral extrajudicial;
a.2) Por documento público, sem a necessidade de testemunhas,
ainda no compromisso arbitral extrajudicial.
 Superior Tribunal de Justiça.
 Art. 9º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
 Lei-Modelo da Comissão das Nações Unidas para o Direito
Comercial Internacional (CNUDCI).
 Câmara do Comércio Internacional (CCI).
 Resolução de Diferendos Relativos a Investimentos entre Estados
e Nacionais de Outros Estados (CIRDI).
 Novo Código de Processo Civil (NCPC).
 Lei de Arbitragem Voluntária – LAV.
 Princípio da Autonomia do Juízo Arbitral.
 Princípio da Segurança Jurídica.
 Periculum in mora e o Fumus boni iuris.
 “A kompetenz-kompetenz (competência-competência) é um dos
princípios basilares da arbitragem, que confere ao árbitro o
poder de decidir sobre a sua própria competência, sendo
condenável qualquer tentativa, das partes ou do juiz estatal, no
sentido de alterar essa realidade. Em outras palavras, no embate
com as autoridades judiciais, deterá o árbitro preferência na
análise da questão, sendo dele o benefício da dúvida”.
 Constituição Federal (Princípio da Inafastabilidade da Tutela
Jurisdicional).
 Lei Brasileira de Arbitragem.
 Câmara de Arbitragem Empresarial Brasil (CAMARB)
 “Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança
das partes”.
 Nos termos do art.18 da Lei de Arbitragem, o árbitro é juiz de
fato e de direito, prolatada sentença que não está sujeita a
recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário, constituindo
título executivo judicial.
 O juiz togado não pode ser árbitro por vedação expressa da Lei
(Lei Complementar 35/1979 – Lei Orgânica da Magistratura Nacional
– LOMAN, art. 26, II, a).
 Deveres dos Árbitros: Nos termos do art. 13, §6º, da Lei nº
9.307/1996, são deveres dos árbitros no desempenho de suas
funções: a) IMPARCIALIDADE : Ou seja, o árbitro não deve estar
envolvido com os contendores, o que não se confunde com
neutralidade, vez que neutro é aquele que nã toma partido de
qualquer dos litigantes numa discurssão. É evidente que o árbitro
tomará partido na sentença arbitral, mas, se isso ocorrer, será
ele impedido; b) INDEPENDÊNCIA : Os árbitros devem estar distantes
das partes, ainda que gozem, como de fato gozam, de sua confiança
e por elas tenham sido indicados; c) COMPETÊNCIA : Os árbitros
devem conhecer a matéria que lhes é submetida, além de ostentarem
experiência, de acordo com os critérios estabelecidos pelas
partes para indicação do árbitro. Assim, por exemplo, devem
dominar o idioma em que a arbitragem se desenvolverá nos termos
da convenção de arbitragem. De outro lado, devem contar com as
características exigidas pelas partes na convenção de arbitragem,
como, por exemplo, ser engenheiro mecânico com dez anos de
experiência; d) DILIGÊNCIA : O que significa que o árbitro deve
agir com cuidado, zelo e aplicação na busca da solução arbitral
do conflito; e) DISCRIÇÃO : Tendo em vista este dever, imposto por
lei, o árbitro deve manter sigilo daquilo que tem conhecimento em
razão da arbitragem, de tal sorte que as pates podem incluir na
cláusula ou no compromisso arbitral, sem descartar as regras da
entidade especializada, a obrigação de não fazer, ou seja, de não
divulgar aquilo que o árbitro tem conhecimento em razão do seu
mister. Descumprida a obrigação, responderá por perdas e danos
(arts. 189 e 389 do CC). Tal assertiva empresta supedâneo
inclusive, ao sigilo que envolve a arbitragem, apontando,
normalmente, como uma de suas vantagens em relação à solução
judicial.
 Ao Presidente do Tribunal Arbitral incumbe: a) Receber a
notificação para prolação da sentença, caso escoe o prazo legal
ou convencional para tanto, sob pena de extinção da arbitragem
(art.12, III, da Lei de Arbitragem); b) Receber exceção de
suspeição ou impedimento (art. 15 da Lei de Arbitragem); c)
Requerer ao juiz togado a condução coercitiva de testemunha
renitente (art. 22, §2º, da Lei de Arbitragem); d) Proferir
Voto de Minerva na hipótese de dissenso entre os árbitros, como,
por exemplo, havendo três árbitros que condenam, todos, um dos
contendores, mas divergem quanto ao valor da condenação. Neste
caso prevalece o voto do presidente (art. 24, §1º, da Lei de
Aritragem); e) Certificar a recusa de um dos árbitros em assinar
a sentença que, mesmo assim, será válida (art. 26, parágrafo
único, da Lei de Arbitragem); f) Enviar cópia da sentença às
partes (art. 29 da Lei de Arbitragem).
 OBS.:Circunstânceas que impedem o Juiz de atuar no Processo de
Arbitragem como Dispõe o art. 14 da Lei de Arbitragem: “Estão
impedidos de funcionar como árbitros as pessoas que tenham, como as
partes ou com o litígio que lhes for submetido, algumas das relações
que caracterizam os casos de impedimento ou suspeição de juízes,
aplicando-se-lhes, no que couber, os mesmos deveres e
responsabilidades, conforme previsto no Código de Processo Civil
§1º. As pessoas indicadas para funcionar como árbitro têm o dever de
revelar, antes da aceitação da função, qualquer fato que denote dúvida
justificada quanto à sua imparcialidade e independência”.
 OBS.: Os motivos de Impedimentos e Suspeição que se aplicam aos
Árbitros são os seguintes: Impedimentos: a) O árbitro é parte. Ora,
incabível que alguém seja juiz em causa própria, o que inclui,
conforme pensamos de acordo com a mens legis , a impossibilidade de o
árbitro ser, igualmente, sócio ou acionista de uma das partes, ainda
que a pessoa jurídica disponha de personalidade jurídica distinta
daquela atribuída aos seus membros; b) Postula, como advogado da
parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em
linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau. Assim, não é
possível, a princípio, que funcione como árbitro alguém que tenha com
advogado de uma das partes parentesco em linha reta (pai, filho, avô e
etc.) ou colateral (irmão). Neste caso, se a outra parte, de má-fé,
consegue, no curso do procedimento, que advogado com tais
características ingresse no processo a fim de gerar o impedimento do
árbitro, tal atitude será inócua, vez que o advogado não poderá
postular. Portanto, só existe impedimento quando o advogado está na
peculiar posição no início do procedimento; c) Quando o árbitro for
cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das partes, em linha
reta ou, na colateral, até o terceiro grau; d) Quando o árbitro
integrar a administração de pessoa jurídica, parte na causa.
Suspeição de que o Árbitro é Parcial : a) Quando for amigo íntimo ou
inimigo capital de qualquer das partes; b) Quando alguma das partes
for credora ou devedora do árbitro, de seu cônjuge ou de parentes
deles, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau. Não pode
qualquer das partes ser devedora ou credora do árbitro ou de seus
parentes em linha

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