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Conselho PDF
aprimorando a qualidade da
escola pública - Colegiado/Con-
selho Escolar: aprimorando a
qualidade da escola pública -
Colegiado/Conselho Escolar:
Colegiado/Conselho Escolar:
aprimorandoaa qualidade
aprimorando qualidade da
da
escola- pública
escola pública Colegiado/Con-
selho Escolar: aprimorando a
qualidade da escola pública - ELABORAÇÃO:
Doralice Marques de Araújo Cerqueira 1
Colegiado/Conselho Escolar:
Florisbela Nunes dos Santos 2
Rosemy Soares Marques 3
Zózina Maria Rocha Almeida 4
aprimorando a qualidade da
COLABORAÇÃO:
Denise Abigail Britto Freitas Rocha 5
Maria Augusta da Silva Moura 6
Dra.Katia Siqueira de Freitas 7
REVISÃO:
Denise Abigail Britto Freitas Rocha 5
Introdução 13
Estrutura do Módulo: 14
Objetivo Geral 14
Objetivos Específicos 14
Etapas (estrutura das oficinas) 14
Público-Alvo 15
Fundamentação teórica: 15
Conselho Escolar - conceitos 15
Aspecto legal do Conselho Escolar 15
Composição do Conselho Escolar de acordo a Lei nº 4.940/94 16
Funções do Conselho Escolar 16
Atribuições do Conselho Escolar 17
Orientações para o processo eleitoral do Conselho Escolar 18
Textos de apoio: 20
Conselho Escolar: uma utopia que se torna realidade... 20
Conselho Escolar: concepção e origem 22
A gestão colegiada e a autonomia da escola pública 24
Referências 47
12
Introdução
Para elucidar as relações e práticas que se dão no interior da unidade escolar e explicitar os mecanismos
existentes que facilitam ou entravam a participação concerne hoje, uma grande preocupação em
todos os setores educacionais. Para falar sobre educação, é preciso analisar o que o Estado, a sociedade
e a democracia recebem e repassam, em confronto com as novas formas de comunicação, demandas
e informações.
Nesse contexto, as políticas educacionais brasileiras vêm sendo balizadas por mudanças políticas e
éticas importantes, com destaque nas de ordem institucional.
Nesse sentido, a gestão escolar exige novos modos de fazer e pensar a educação, novos espaços
sociais de diálogo e manifestações de opiniões e reivindicações, a fim de possibilitar uma formação
política que contemple o novo modo de agir da comunidade escolar conforme a Lei de Diretrizes e
Bases - LDB 9394/96 e demais legislações em vigor que surgiram para reforçar as diretrizes instituídas
pela Constituição Federal de 1988.
A Lei 9.424/96, que criou o Fundef, vem complementar esse quadro de participação político-social,
ao instituir os Conselhos em cada esfera administrativa. Esses Conselhos têm o dever de acompanhar
a repartição, as transferências e a aplicação dos recursos advindos do Fundo público em geral. A
participação e a democratização num sistema público de ensino é um meio prático de formação para
a cidadania.
Nesse sentido, a equipe do Programa Gestão Participativa com Liderança em Educação – PGP/
LIDERE - apresenta esta proposta de realização de oficinas com temáticas fundadas na participação,
na interação e no diálogo entre os diversos segmentos das Comunidades Escolar e local mediante
aprofundamento das competências dos Conselhos Escolares, e de sua dinâmica de atuação. As oficinas
ou Workshops propostos permitem que os participantes aprofundem reflexões teóricas e práticas,
vivenciando técnicas de gestão participativa e democrática, técnicas de liderança proativa,
procedimentos para reuniões eficazes, resoluções de problemas, tomadas de decisões coletivas e a
compreensão de um planejamento participativo, que se constrói, e (re)constrói com a parceria das
comunidades escolar e local, educando para o desenvolvimento e a formação para a cidadania ativa.
O Conselho Escolar é o órgão mais importante de uma escola autônoma, base da democratização da
gestão escolar para discutir as necessidades prioritárias da escola.
Estrutura do Módulo
Objetivo
Oferecer subsídios para a estruturação do Conselho Escolar e seu processo eleitoral, visando a
atuação dos diretores, vices-diretores, coordenadores pedagógicos, pais e alunos e Coordena-
dores Regionais de Ensino - CREs, como multiplicadores e mobilizadores de todos os segmen-
tos representativos nos Conselhos Escolares.
Objetivos Específicos
Etapas
Este módulo consta de duas oficinas sobre Conselho Escolar, com o objetivo de vivenciar com
os conselheiros as suas competências e/ou funções e sensibilizá-los sobre a importância dos
seus papéis na vida da escola efetiva. São elas:
Fundamentação Teórica
É um órgão colegiado que tem como objetivo promover a participação da comunidade escolar
nos processos da administração e gestão da escola, visando assegurar a qualidade do trabalho
escolar em termos administrativos, financeiros e pedagógicos, desempenhando, portanto, funções
de natureza normativas deliberativas e fiscalizadoras das ações globais da escola.
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96 Art. 3º Inciso Vlll;
• Lei Municipal n° 4.940/94; art 3º - Eleição dos Representantes dos Conselhos Escolares
das Escolas da Rede Municipal do Salvador.
O Conselho Escolar será composto por 50% (cinqüenta por cento) de representantes de trabalha-
dores em Educação (grupo de magistério e de servidores públicos municipais da área de educação)
e, 50% (cinqüenta por cento) de representantes de alunos, pais e /ou representantes legais, sendo
o Diretor Escolar membro nato.
Será eleito um representante de cada segmento para todos os turnos. O Conselho Escolar elegerá
o seu Coordenador dentre os membros que o compõem, maiores de 18(dezoito) anos.
Consultiva:
Fiscaliza/Verifica:
Ao Secretário compete:
• lavrar a Ata das reuniões e das assembléias;
• proceder a leitura das Atas para efeito de discussão e aprovação;
• receber e encaminhar ao Conselho Municipal e a outras instâncias documentos que se fizer
necessários;
• encaminhar ao Coordenador a freqüência dos membros do Conselho.
Ao Tesoureiro compete:
• assumir a responsabilidade de movimentação financeira (entrada e saída de valores);
• assinar, juntamente com o Coordenador os cheques, recibos e balancetes;
• prestar contas, no mínimo a cada três meses, à mesa da coordenação e anualmente à
comunidade escolar;
• manter os livros contábeis (caixa e tombo) em dia e sem rasuras.
Sobre a mobilização:
• cabe à direção da escola e ao conselho escolar desenvolverem um trabalho de mobilização
por meio de reuniões, seminários, textos, cartazes etc., envolvendo toda a comunidade esco-
lar para participarem da eleição dos membros do conselho.
• deve ser realizado estudo da legislação (Lei e Decreto) que institui e disciplina os Conselhos
Escolares.
Sobre a inscrição:
• as inscrições deverão ser realizadas em fichas específicas conforme modelo anexo, nas
respectivas unidades escolares e entregue juntamente com o formulário que contém informa
ção referente ao resultado das eleições diretamente nos órgãos responsáveis, observando
o Cronograma divulgado na reunião.
Sobre a divulgação:
• os candidatos discutirão com seus pares projetos de trabalho condizentes com o Plano de
desenvolvimento da Escola, Eixo Temático e Proposta Pedagógica;
• a fim de que tenham conhecimento dos seus representantes, deverão ser fixados em local
visível e de fácil acesso os nomes dos candidatos a titulares e suplentes do Conselho Escolar;
• além da divulgação dos candidatos, é importante, fixar a data e horário em que será realizado
o pleito eleitoral.
Sobre a posse:
• os candidatos eleitos serão empossados pelo coordenador do Conselho Escolar vigente na
data instituída pelas Secretarias de Educação em cada unidade de ensino.
Textos de apoio:
As novas demandas educacionais em gestão escolar na sociedade contemporânea nos remete a repensar
a construção da escola numa perspectiva de um trabalho coletivo mediante processos gestados e
gerenciados no interior de cada escola com vistas à melhoria da qualidade do ensino.
Administrar a escola pública não se reduz apenas a aplicação de uma infinidade de métodos e técnicas.
A administração escolar ou gestão escolar é portadora de especificidades que a diferencia da admi-
nistração capitalista que tem, como objetivo principal, o lucro em detrimento da realização
humana implícita no ato educativo. Administrar a escola exige permanente acompanhamento, utili-
zação de procedimentos e recursos adequados para realização do homem, em todas as suas dimen-
sões: afetiva, corporal, psíquica, intelectual etc. Os problemas presentes e constantes na adminis-
tração da unidade escolar poderão ser superados e as possíveis soluções deverão ser buscadas na
própria instância responsável pelo provimento dos serviços de educação à população e dentro de
uma política de universalização do saber produzido historicamente.
Uma das questões principais a ser enfrentada nas condições atuais, que se encontra a escola pública,
parece referir-se precisamente a sua própria função social, ou melhor, a uma função social que se lhe
1
Mestre em Educação, UFBA. Voluntária PGP/LIDERE. E-mail: zozinaalmeida@ig.com.br
Diante do exposto, estudiosos das mais diversas tendências têm consensuado sobre a importância da
participação e democratização num sistema público de ensino como meio político-pedagógico de
formação da cidadania. As dificuldades dos sistemas de ensino de prestar serviços com eficiência e
qualidade sinalizam que suas funções devem ser menos executivas e mais orientadora incentivando
as escolas para que sejam as responsáveis pelos processos, métodos e meios necessários para seu
funcionamento, instituições menores e mais próximas do cidadão.
O Conselho Escolar é um colegiado formado por representantes de todos os segmentos das comuni-
dades escolar (alunos, professores, direção, funcionários) e local (os pais), com objetivo de democra-
tizar as relações de poder no interior das escolas. Por meio dele, todas as pessoas ligadas à escola
podem se fazer representar e decidir sobre aspectos administrativos, pedagógicos e financeiros tor-
nando este coletivo não só o canal de participação, mas também um instrumento da gestão da pró-
pria escola.
O Conselho Escolar é a instância onde a comunidade pode controlar a qualidade do serviço prestado
pelo Sistema, definindo e acompanhado a educação que lhe é oferecida. É o caminho para a construção
de uma escola qualitativa e equânime que integre ao seu projeto as necessidades e anseios da comu-
nidade a qual ela serve.
Ao falar em Conselhos Escolares temos que considerar a sua estrutura e funcionamento. A configu-
ração varia entre os Estados e Município que já o implantaram.As competências, sua composição e
seu funcionamento, dentre outros aspectos, são determinados pelo Estatuto ou Regimento interno
que devem sempre estar em consonância com legislação educacional em vigor. Esta é dada pela
Constituição Federal, Constituições Estaduais e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacio-
nal (LDB), que incluíram em seu texto a gestão democrática.
Acreditamos ser o Conselho o processo que favorece maior perspectiva de mudanças no funciona-
mento da escola, além de fomentar outra dimensão a eleição de diretor, permitindo a divisão social
do trabalho e possibilitando transparência e socialização na destinação dos recursos financeiros.
Embora experiências têm comprovado que escolas dotadas de autonomia e sem as amarras dos
órgãos centrais apresentam melhores condições para responder ao meio em que se encontram e para
assumir publicamente as responsabilidades pelos resultados de suas atividades; é razoável ressaltar
que o funcionamento de coletivos democráticos, eficientes e eficazes, em qualquer nível ou âmbito
das relações sociais, apresenta uma série de dificuldades como descrença, incompreensão, autoritarismo,
burocracia, resistência, entre outras, que serão superadas num processo contínuo de prática e refle-
xão. É necessário que a gestão democrática, vivenciada no dia-a-dia das escolas, seja incorporada ao
cotidiano e se torne tão essencial quanto à presença de professores e alunos.
A implantação do Conselho Escolar é uma ação concreta, no entanto, não é suficiente. Tem que se
criar as condições eficazes para seu exercício e a operacionalização desse processo implica na abertura
de espaço para que a escola possa organizar-se para criar, inovar e melhorar a qualidade do ensino. É
a possibilidade que a escola tem de exercer a democracia na construção de sua identidade institucional,
associado ao êxito educativo. Nessa perspectiva, toda a comunidade passa a envolver-se no processo
decisório da escola, ratificando a emergência da redefinição do currículo, atentando para as
multireferêncialidades existentes no cotidiano escolar. Nesse sentido, ficamos com Caetano Veloso
quando diz: “tudo que nós vividamente imaginamos, ardentemente desejamos, sinceramente
acreditamos e entusiasticamente colocamos ação inevitavelmente tornar-se-á realidade”. A participação
exige aprendizagem e ainda há muito que se fazer.
Nos primórdios de sua arrancada para o processo civilizatório, o homem primitivo, buscando soluções
individuais para os desafios da natureza hostil e percebendo que a própria espécie estaria ameaçada
com tais soluções, superou o “individualismo zoológico” e buscou associar-se com os semelhantes
para construir respostas coletivas aos desafios que se lhe colocavam.
No Brasil, a forma de colonização e o processo histórico elitista e excludente criaram uma verdadeira
cultura personalista. Além do traço patrimonialista de nossa colonização, destaca-se outro, também
prejudicial à criação de uma tradição participativa. Os colonizadores portugueses consideravam-se
de passagem pelo Brasil, dispostos a enriquecer e a voltar para a Europa. Não encaravam as relações
como uma alternativa de nova pátria, como fizeram os colonos da América do Norte, mas, apenas
como uma fonte de enriquecimento rápido.
1
Pedagoga, UCSAL. Voluntária PGP/LIDERE. E-mail: florisbelanunes@bol.com.br
Por força da clássica antecipação das “elites”, as massas populares permaneceram, no período
1930 a 1964, o parceiro-fantasma no jogo político. Foram a grande força que nunca chegou a
participar diretamente dos grandes embates, sempre resolvidos entre os quadros políticos dos
grupos dominantes, alguns dos quais reivindicando para si a interpretação legítima dos interesses
populares.
Em 1958 um grupo de educadores brasileiros que estagiou na França – país pioneiro na criação
e implantação desses coletivos (1945) – trouxe a idéia para o Brasil, experimentando-a no
Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Num outro nível, com uma amplitude maior de atuação e sob as denominações de “comissões”,
“conselhos”, os coletivos surgiram na educação brasileira a partir dos inícios da década de 80,
quando da chamada “transição democrática”, que permitiu a reaproximação da sociedade civil
com o Estado, através da eleição de políticos que estimulavam os sentimentos oposicionistas –
represados por duas décadas – aos governos militares de exceção.
Foi o I Congresso Mineiro de Educação que deu uma dimensão nacional à idéia de que a
implantação da gestão democrática nas escolas passava, obrigatoriamente, pela participação
coletiva dos agentes intra-escolares e dos atores extra-escolares (comunidade) no processo de
planejamento e implementação de suas atividades. Das conclusões da plenária final do Congresso
constou, com destaque, a necessidade de criação e implantação dos “colegiados” em todas as
escolas do Estado. Como os representantes das demais redes de ensino participaram também,
ativamente, das diversas fases do Congresso as escolas municipais iniciaram processo semelhante.
Quando defendemos a participação das camadas populares nos conselhos escolares, um dos
mais importantes instrumentos da gestão democrática da escola pública, apontamos para o
controle popular de uma das agências públicas mais importantes para a guerra de movimento na
luta contra-hegemônica.
Os Conselhos Escolares na Rede Municipal de Salvador surgem com a Lei de n° 4.460/91, mas
fica apenas no papel, sendo modificada em 1994 com a Lei 4.940/94, cujo art. 3° lhe confere
Sua implementação aconteceu segundo o desejo e a necessidade da unidade escolar, após cum-
prir as etapas de preparação que ia desde a apresentação e estudo do projeto, realização de
seminários preparatórios nos turnos em que a escola oferecia seus serviços para todos os seg-
mentos das comunidades escolar e local, onde se argumentava, discutia e discursava sobre as
vantagens e importâncias dos Conselhos Escolares até a realização da eleição.
Olhando para a história das civilizações, constata-se que enquanto a sobrevivência dos povos
se assentava num modelo agrário, a educação era de pouca importância e quase inexistente.
Com a Revolução Industrial, a idéia predominante passou a ser, sobretudo a partir do século
XIX, que o futuro de um país dependia da educação do povo. O Estado passou, então, a inter-
ferir mais diretamente na educação.
Assim, um olhar sobre a estruturação da educação no Brasil, revela que, embora nem sempre
pela legislação, coexistiram redes paralelas de ensino: a propedêutico-acadêmica para as elites
e a técnico-profissionalizante para os trabalhadores. Os primeiros eram preparados para pros-
seguirem os seus estudos e tornarem-se os “pensadores” da sociedade, enquanto que os ou-
tros deviam ser capacitados para o mercado de trabalho.
Democratizar a gestão da educação permite que a sociedade exerça seu direito à informação e à
participação. Deve fazer parte dos objetivos de um governo que se comprometa com a solidificação
da democracia. Democratizar a gestão da educação requer, fundamentalmente, que a sociedade
Momentos especiais de formação dos representantes populares devem fazer parte das atividades
normais dos órgãos.
A gestão colegiada permite que a escola seja um espaço não só democrático, mas também uma
comunidade melhor equipada para se administrar, uma vez que passa a contar com as compe-
tências e talentos de sua comunidade, representada nos colegiados, aumentando o poder de
interlocução da escola junto à comunidade externa e aos órgãos governamentais, aumentando
sua capacidade de captar recursos para o desenvolvimento do projeto pedagógico da escola.
Objetivos:
Pauta:
1. apresentações pessoais – 5’
2. apresentação do Módulo – 5’
3. leitura do objetivo da oficina – 5’
4. atividade de sensibilização : Música: “Sal da Terra” - 5’
5. tempestade de idéias – 15’
6. fundamentação teórica /apresentação de transparências - 30’
7. atividade em equipe: “Construindo com as borboletas” – 30’
8. intervalo – 15’
9. avaliação daas atividades– 5’
11. encerramento – 5’
Duração da Oficina: 2h
Recursos Necessários: folhas de papel ofício; aparelho retroprojetor; cartaz com a pauta de
atividades; transparências ou apostilas; lista de presença; papel metro (flip shart); pincel
atômico; canetas coloridas; canetas esferográficas; etiquetas ou crachás; bloco de notas; cola;
fita adesiva.
Material: cartaz contendo o objetivo da oficina e pauta das atividades que serão desenvolvi-
das pelo grupo.
Processo de Trabalho:
Cumprimentar os presentes. É recomendado a auto-apresentação do facilitador e dos pre-
sentes, sintetizando os motivos para a realização dos trabalhos, introduzindo a apresenta-
ção do Módulo e dos objetivos deste, destacando o tema que vai ser trabalhado na oficina.
“O Sal da Terra”
Beto Guedes e Ronaldo Bastos
Tempestade de Idéias
Realizar uma breve tempestade de idéias com o grupo apresentando as seguintes questões:
Transparência 1
Transparência 2
O Conselho favorece:
Transparência 3
Promove:
Conselho Escolar
Transparência 5
• Constituição Federal/88:
• Art. 205 - colaboração da sociedade;
• Art. 206 (Inciso VI) - gestão democrática do ensino público.
• LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - 9.394/96 Art. 3º;
• Constituição Estadual/89.Art. 249, §1º, §3º;
• Lei Municipal nº 4.940/94. Art. 3º;
• Decreto Municipal nº 10.895.
Transparência 6
Transparência 7
29
Transparência 8
Deliberativa
Transparência 9
Deliberativa
• Criação e/ou regulamentação das instituições parceiras que atuam na unidade escolar;
Transparência 10
Consultiva
Transparência 11
Fiscaliza/ Verifica:
30
Transparência 12
Ao Coordenador compete:
I - representar o Conselho Escolar perante as instituições públicas e privadas;
II - convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar;
III - articular-se com a Direção da Escola ;
IV - abrir e encerrar as reuniões.
Transparência 13
Ao Secretário compete:
Transparência 14
Ao Tesoureiro compete:
31
Transparência 15
Transparência 16
• Reunir pelo menos uma vez por mês em caráter ordinário e quantas vezes forem
necessárias em caráter extraordinário;
• Elaborar calendário de reuniões, divulgar e distribuir às comunidades escolar e local.
Transparência 17
Transparência 18
32
Transparência 19
Procedimento:
Processo de Trabalho:
• em seguida, o facilitador faz a leitura e solicita que algum voluntário comente o texto.
(Se não houver voluntário, o facilitador comenta o texto, fazendo um elo entre a atividade
desenvolvida no início dos trabalhos com alusão ao Conselho Escolar).
Um dia uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou e observou a borboleta
por várias horas. Como ela se esforçava para fazer com que o seu corpo minúsculo passasse
através daquele pequeno buraco!
De repente o homem percebeu que a borboleta parou de fazer qualquer movimento. Não havia
progresso na sua luta. Parecia que já tinha lutado demais e não conseguia vencer o obstáculo.
Então o homem resolveu ajudar a borboleta. Pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.
A borboleta saiu facilmente, mas seu corpo era murcho, e as suas asas ameaçadas. O homem
continuou a observar a borboleta porque ele esperava que a qualquer momento as asas se
abrissem, se esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que com o tempo iria se firmar.
Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo
murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, na sua gentileza e
vontade de ajudar, não compreendia era que o aperto do casulo faz com que a borboleta se
esforce, se fortaleça para passar através da pequenina abertura. Era o modo com que Deus fazia
para que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas de modo que ela ficasse forte,
pronta para voar, livre do casulo.
Se Deus nos permitisse passar pela vida sem qualquer obstáculo, ele nos deixaria aleijados.
Nós não iríamos ser tão fortes como somos nos momentos difíceis. Nunca poderíamos voar!
Solicitar que os participantes escrevam suas avaliações com base nesses tópicos, e colo-
quem em cada envelope correspondente aos itens. Após 10 minutos o facilitador fará a
leitura de algumas avaliações.
Encerramento.
Objetivo:
Orientar os membros do Conselho Escolar sobre as etapas da Eleição Direta para eleger os
Conselheiros.
Pauta:
1. cumprimentos – 5’
2. leitura do objetivo da oficina – 5’
3. atividade de sensibilização – música: “Novo tempo” – 10’
4. fundamentação teórica/ apresentação das transparências 2 – 20’
5. intervalo – 15’
6. atividade em equipe – “Situações-problema” – 40’
7. apresentação das situações – problema – 15’
8. avaliação das atividades – 5’
9. encerramento – 5’
Material: cartaz contendo o objetivo da oficina e pauta das atividades que serão desenvolvi-
das pelo grupo.
Processo de Trabalho:
Cumprimentar os presentes e realizar a auto-apresentação do facilitador e dos presentes,
sintetizando os motivos para a realização dos trabalhos, introduzindo o objetivo da oficina.
“Novo Tempo”
Ivan Lins
Fundamentação Teórica:
Objetivo da atividade:
apresentar de forma sistematizada as orientações para a realização da eleição dos Conselheiros
e a importância da atuação destes, na gestão escolar compartilhada.
Material: aparelho retroprojetor; transparências. Pode ser distribuída apostila individual com
o conteúdo apresentado nas transparências.
36
Transparências da Oficina 2 - O Conselho Escolar em Ação
Transparência 1
Mobilização
Divulgação
Inscrição
Campanha
Realização das eleições:
• Comissão Eleitoral
• Fóruns Democráticos
• Atas
• Boletins de Resultados
Posse:
• Eleição da mesa coordenadora
• Elaboração do Regimento/Estatuto
Transparência 2
Mobilização:
Transparência 3
Inscrição:
• Fichas - modelo
• Formulário
• Cronograma das Eleições
• Candidatos - estar apto
• Aluno - idade/Regularmente matriculados e freqüência regular
• Pais ou Representantes Legais
• Funcionários e Professores: tempo mínimo na U.E.
Transparência 5
Campanha:
Transparência 6
Eleições:
Transparência 7
Posse:
• Quem dá posse
• Prazo máximo
• Data de Reunião para Eleição mesa coordenadora
• Regimento
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Atividade em equipe:
Orientação: Vamos fazer uma simulação de uma reunião do Conselho Escolar. Para isso, apresentamos
problemas que ocorreram e foram resolvidos pelo Conselho Escolar de várias escolas. Por favor,
leiam atentamente e resolvam as questões. Em seguida, o secretário fará a ata da reunião, que
posteriormente será lida em plenária.
(SP 1) A Escola Municipal Raio de Luz iniciou o processo de inscrição para candidatos ao
Conselho Escolar. Ao final do prazo, o coordenador/Presidente do Conselho Escolar percebeu
que não havia representante dos professores inscrito e havia poucos representantes dos pais e
alunos.
Questão: Diante da situação apresentada, de que forma essa escola poderá sensibilizar as
comunidades escolar e local sobre a importância e necessidade da participação de todos os
segmentos no Conselho Escolar?
Registre em ata esta reunião.
(SP 2) Na Escola Municipal Alegria do Saber, o Conselho Escolar é composto por 21 membros:
a diretora, 8 professores, 2 servidores técnico-administrativo, 5 pais e 5 alunos. O processo
eletivo ocorreu pelo voto secreto e com ampla participação da comunidade escolar para um
mandato de 2 anos.
Após seis meses da eleição, três dos cinco alunos representantes do Conselho Escolar, e seus
respectivos suplentes haviam evadido. Para substituí-los, a diretora convidou outros três alu-
nos das mesmas séries.
Questão: Esta forma de substituição está de acordo com a lei que prevê o processo eletivo?
Qual seria o procedimento legal a ser seguido? (Consulte o exemplo de Estatuto/Regimento que está
em anexo, no Título IV – do Processo Eletivo).
Registre em ata esta reunião.
(SP 3) A Escola Municipal ‘Bom é o Saber’ reuniu o Conselho Escolar para apresentar o
calendário de reposição das aulas, elaborado pelos professores após a greve. Os representantes
dos alunos e dos pais não concordaram com o calendário de reposição aos sábados e sugeriram
que a reposição fosse feita com uma aula a mais, diariamente, ao final do horário normal.
Apesar de dizer que valorizava a participação de todos nas decisões do Conselho Escolar, as
suas atitudes contrariam suas colocações.
Questão: Como a pauta deve ser elaborada, e qual seria a forma mais adequada de conduzir
uma reunião do Conselho Escolar? (Consulte material sobre reunião eficaz em anexos, p.)
Registre em ata as decisões tomadas nesta reunião.
(SP 5) Na Escola Municipal Coração Feliz, o Conselho Escolar decidiu que parte da verba do
PDE (Plano de Desenvolvimento da Escola) seria destinada para a aquisição de livros de
histórias infantis (paradidáticos) para enriquecer o acervo da biblioteca.
Entretanto, com a liberação da verba, a direção da escola sugeriu que comprasse uma máquina
filmadora, alegando a necessidade de registrar grande número de eventos pedagógicos e
apresentações dos projetos ali desenvolvidos.
Encerramento.
Músicas:
Anda, quero te dizer nenhum segredo No novo tempo, apesar dos castigos
Falo nesse chão da nossa casa Estamos crescidos, estamos atentos,
Vem que tá na hora de arrumar estamos mais vivos
Tempo, quero viver mais duzentos anos Pra nos socorrer, pra nos socorrer,
Quero não ferir meu semelhante pra nos socorrer
Nem por isso quero me ferir No novo tempo, apesar dos perigos
Vamos precisar de todo mundo Da força mais bruta, da noite que assusta,
Pra banir do mundo a opressão estamos na luta
Para construir a vida nova Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Vamos precisar de muito amor Pra que nossa esperança seja mais
A felicidade mora ao lado que a vingança
E quem não é tolo pode ver Seja sempre um caminho que se
A paz da terra, amor, o pé na terra deixa de herança
A paz na terra, amor, o sal da terra No novo tempo, apesar dos castigos
De toda fadiga, de toda injustiça,
És o mais bonito dos planetas estamos na briga
Tão te maltratando por dinheiro Pra nos socorrer, pra nos socorrer,
Tu que és a nave nossa irmã pra nos socorrer
Canta, leva tua vida em harmonia No novo tempo, apesar dos perigos
E nos alimenta com seus frutos De todos os pecados, de todos enganos,
Tu que és do homem a maçã estamos marcados
Vamos precisar de todo mundo Pra sobreviver, pra sobreviver,
Um mais um é sempre mais que dois pra sobreviver
Pra melhor juntar as nossas forças No novo tempo, apesar dos castigos
É só repartir melhor o pão Estamos em cena, estamos nas ruas,
Recriar o paraíso agora quebrando as algemas
Para merecer quem vem depois Pra nos socorrer, pra nos socorrer,
Deixa nascer o amor, deixa fluir o amor pra nos socorrer
Deixa crescer o amor, deixa viver o amor No novo tempo, apesar dos perigos
O Sal da Terra, amor. A gente se encontra cantando na praça,
fazendo pirraça
Pra sobreviver, pra sobreviver,
pra sobreviver.
Título II – Da Natureza
Art. 4º - O Conselho Escolar terá funções de caráter consultivo e fiscalizador, nas questões
técnico-pedagógicas e administrativo-financeiras da UE, competindo-lhe:
Art. 5º - O Conselho Escolar elegerá o seu presidente dentre os membros que o compõe,
maiores de 18 (dezoito) anos.
O diretor será membro nato do Conselho, tendo como suplente um dos seus vice-diretores.
Parágrafo Único – As eleições dos representantes se realizará por maioria simples de presentes.
Art. 8º - O mandato dos integrantes do Conselho Escolar terá a duração de 2 (dois) anos,
sendo permitido apenas uma recondução.
Art. 9º - A posse do novo Conselho Escolar deverá ocorrer no máximo, 15 (quinze) dias após
a publicação do resultado das eleições no Diário Oficial do Município.
Art. 10º - No caso de vacância de um dos membros e não havendo mais suplência, o conse-
lho, em reunião específica, apresentará um substituto para o término do mandato que deverá
ser aprovado pela maioria dos seus integrantes.
Art. 11º - Uma vez constituído o Conselho Escolar, o diretor da escola convocará e presidirá
Reunião Plenária de todos os seus membros, para a posse dos seus representantes.
Título V – Do Funcionamento
Art. 13º - O Conselho Escolar se constituirá em grupo de trabalho responsável pela divisão
de tarefas entre os seus integrantes, tais como: registros gerais, convocatórias, atas, circula-
ção de informações, entre os seus integrantes, promoções diversas.
Parágrafo Único – Se for necessário, a critério do próprio Conselho, poderão ser estabelecidas
normas regimentais mínimas para seu funcionamento, observando os dispositivos deste estatuto.
I – As reuniões ordinárias são bimensais, convocadas pelo diretor, com 72 (setenta e duas) horas de
antecedência e com pauta definida na convocação;
II – As reuniões extraordinárias realizar-se-ão sempre que necessário:
a) por convocação do diretor da unidade escolar;
b) a pedido da maioria simples dos membros do Conselho, em requerimento dirigido ao diretor
da unidade escolar, especificando motivo da convocação.
Art. 15º - As reuniões serão realizadas em primeira convocação com presença da maioria
simples dos membros do Conselho.
Art. 16º - As decisões do Conselho serão tomadas com pelo menos 2/3 dos membros.
Art. 17º - Vota nas sessões do Conselho: o titular e seu suplente nas ausências e impedimen-
tos do titular.
Modelo de Ata
_________________________ ____________________________
_________________________ ____________________________
_________________________ ____________________________
Escola _________________________________
Aos ________ de ______________ de 2003, realizou-se a posse dos Conselheiros do Conselho Escolar da Escola
______________________, situada à rua _________________________________, eleito pela comunidade
escolar em obediência à lei quatro mil novecentos e quarenta e ao decreto dez mil oitocentos e quarenta e cinco de mil
novecentos e noventa e quatro, com a seguinte constituição: Conselheiros titulares _____________________;
______________________representando os trabalhadores de educação; ________________representando os
pais; ____________________representando os alunos. Na condição de suplente, respectivamente,
___________________________ __________________________. Nada mais tendo a constar foi lavrado o
presente termo de posse, assinado pelo Excelentíssimo(a) Secretário(a) Municipal de Educação e Cultura
professor(a) __________________________________, pelos conselheiros empossados e demais presentes.
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Presidente da Sessão Secretário da Sessão
Escola _______________________________
Aos _____ dias de _________________ de 2003, realizou-se a reunião do Conselho Escolar da Escola
_______________________________________ para a escolha da Mesa Coordenadora. Foi eleita como
Coordenadora_________________________, Vice-Coordenadora ______________________, Secretário
_______________________________ e Tesoureiro _______________________________. Nada mais
tendo a tratar, a diretor(a) agradeceu a presença de todos e declarou encerrada a reunião.
_____________,_____de___________________ de 2003.
____________________________
Coordenador (a) do Conselho Escolar
____________________________
Vice-Coordenador (a) do Conselho Escolar
____________________________
Secretário (a) do Conselho Escolar
____________________________
Tesoureiro(a) do Conselho Escolar
Escola _____________________________
Aos _________ dias do mês de ________________ de 2003, os membros do Conselho Escolar da Escola
_____________________________, reuniram-se para a leitura, apreciação e aprovação do regimento do Conselho
Escolar que foi aprovado por unanimidade. Ao encerrar a reunião lavrei a presente ata que vai ser assinada por mim e
demais membros do Conselho Escolar.
______________,_____de__________________de 2003.
Modelo de ofício
Ofício n.º
O Conselho Escolar da Escola ___________________________________, com sede nesta capital vem por
seu representante infrafirmado, solicitar de V. S ª se digne mandar registrar atas de eleição, termo de posse,
requerimento do Conselho Escolar e a ata da escolha da mesa coordenadora realizada respectivamente nas datas
______, ______, ______ e _______, para arquivar neste cartório conforme Lei 4940/94 e Decreto n.º 10895/
94 que se anexa.
Nestes Termos
Pede Deferimento
___________________________
Coordenador do Conselho Escolar.
Segmento:________________________________ Candidato:__________________________________
Endereço:_______________________________________________________________________
Fone:___________________ RG: ____________________ CPF:_______________________________
Suplente:____________________________________________________________________________
Endereço:_______________________________________________________________________
Fone:___________________ RG: ____________________ CPF:_______________________________
____________________________________ _________________________________________
Assinatura do candidato Assinatura do suplente
DEMO, Pedro. A nova LDB: ranços e avanços. Campinas, SP: Papirus, 1997.
GADOTTI, Moacir. Escola cidadã: uma aula sobre a autonomia da escola. São Paulo:
Cortez, 1990.
PARO, Vitor H. Por dentro da escola pública. 2.ed. São Paulo: Xamã, 1996.