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Apostila 2015pdf Rio
Apostila 2015pdf Rio
Haverá uma mensalidade para o mês de janeiro 2016, pois incluiremos duas aulas
antecipadas, que corresponderão a este mês.
Este valor será mantido até o dia 10 de cada mês. Após será acrescido o valor de 5 reais e
a
mensalidade passará para 90 reais.
2- 80% de presença é o mínimo para aprovação;
3- É necessário que o aluno ingresso no curso seja membro ativo de uma igreja evangéli
ca, de
preferência há pelo menos 1 ano.
CRONOGRAMA RIO DE JANEIRO
FEVEREIRO/2015
9 - Apresentação do curso / O que é um cativeiro espiritual? (Alcione Emerich)
23 – Propósitos e perigos na batalha espiritual (Alcione Emerich)
MARÇO/2015
9 – Libertação infantil 1 (Eber)
23 – O caráter do ministrador (Alcione Emerich)
ABRIL/2015
13 – Libertação infantil 2 (Eber)
27 – Iniquidades familiares (Alcione Emerich) /
MAIO/2015
11 – Autoridade espiritual (Tania Tereza)
18– Alianças espirituais (Alcione Emerich)
25- Ministração prática (Shirley)
JUNHO/2015
8 – Físico, psicológico ou espiritual? (Alcione)
22 – Mormonismo (Tiago)
JULHO/2015
6- Implantando o ministério de libertação I (Alcione)
7
13- Implantando o ministério de libertação II (Alcione)
AGOSTO/2015
10- O que é cura interior I (Alcione Emerich)
24 – Vício Sexual (Carlos Henrique)
SETEMBRO/2015
14- Homossexualidade infantil (Eber)
28- O que é cura interior II (Alcione Emerich)
OUTUBRO/2015
05- Família psicossomática I (Ilma Cunha)
19- Procedimentos em cura interior I
26- Família psicossomática II (Ilma Cunha)
NOVEMBRO/2015
9- Procedimentos em cura interior II (Alcione Emerich)
16- Paternidade (Tania Tereza)
23 – Coty (tema em aberto)
DEZEMBRO/2015
7 - Procedimentos em cura interior III (Alcione Emerich)
8
PROFESSORES
Alcione Emerich – fundador e presidente do SECRAI - Serviço Cristão de Aconselhamento
integral,
onde atua no treinamento de equipes e lideranças. Desde 1992 ele se dedica a estud
ar os ministérios de
libertação e aconselhamento cristão. Cerca de quatrocentas igrejas já foram alcançadas por
seus
seminários no Brasil e exterior e mais de três mil alunos já foram treinados por ele n
os núcleos. É
bacharel em Teologia, Filosofia e Psicologia (em curso) pela Universidade Federa
l do Espírito Santo. É
membro titular da Associação de terapia familiar do Espírito Santo (ABRATEF/ATEFES). É a
utor dos
livros “Contaminação espiritual” (Editora Hagnos) e também dos livros "Família doente, filho
ferido",
"Heranças do Passado”, “Saindo do Cativeiro”, "Físico, psicológico ou espiritual", “Reconstru
ndo o
caráter ferido”, todos publicados pela Editora Jocum. Vive na cidade de Serra, no Es
pírito Santo, com
sua esposa Virginia, que é médica veterinária e seu filho Matheus
Marcos Borges (Coty) – é pastor, escritor, conferencista e engenheiro. Atualmente co
ordena uma base
missionária da JOCUM em Almirante Tamandaré (PR). É autor de livros como “O avivamento d
o odre
novo”, “Raízes de depressão”, “Pastoreamento inteligente”, dentre outros
Ilma Luci Cunha - Psicanalista,Terapeuta Familiar, Consultora e Instrutora de Tr
einamentos na área
comportamental em empresas públicas,privadas e empresas familiares. Pós graduada em
Recursos
Humanos, Família e Terapia Familiar Sistêmica; Practitioner em Programação neuro-linguísti
ca, Bacharel
em Teologia; Professora na área de Administração, Negócios, Psicologia e Aconselhamento
Clínico na
FCUniversity- Orlando-USA, Mestrado e Doutorado(FCU).
Eber Mendes – Diretor do Crescer. Doutorando em História pela UFES. Tem um forte min
istério na área
de aconselhamento e libertação infantil. Ele é autor do livro “Proteção espiritual para a cr
iança” (Editora
Ágape)
Tania Tereza – Juíza federal aposentada e preletora na EIFOL-Curitiba
Carlos Henrique – Psicólogo e estudioso na área de “vício sexual”
Shirley Pereira – Ministradora da Equipe Secrai
9
TERMO DE COMPROMISSO
Como aluno deste curso, comprometo-me a dar o máximo de mim, freqüentar as aulas com
assiduidade,
ser pontual, fazer os trabalhos requisitados, sujeitar-me às autoridades aqui cons
tituídas, bem como
respeitar meus orientadores, professores, secretários, enfim, todos os que estiver
em envolvidos na
condução deste ministério.
Me empenharei em honrar esta instituição, mantendo com assiduidade minhas mensalidad
es pagas,
sabendo que meu compromisso honrará o Senhor e contribuirá para a manutenção desta organ
ização
cristã.
Envidarei esforços para que, no que depender de mim, chegar ao final deste curso e
m vitória, trazendo os
feixes da minha gloriosa semeadura e colheita.
Comprometo-me também a usar este curso no ministério onde Deus tem me chamado (inter
cessão,
aconselhamento, louvor, libertação, etc.), pois meu objetivo não será apenas encher minh
a cabeça de
conceitos e teorias, mas sobretudo, a partir do que Deus fizer em minha vida, es
tarei também levando este
chamado adiante.
Finalmente, comprometo-me a fazer este curso de coração aberto, com um espírito quebra
ntado, como
discípulo de Jesus, que sabe que Deus sempre tem algo novo a nos ensinar, não import
ando quem Ele use
para ministrar.
“ O homem menos inteligente acha desairoso mudar de
idéias e aferra-se fanaticamente a opiniões uma vez
professadas e proclamadas como certas infalíveis. As
idéias fixas impedem-no de ter pensamentos novos. (...) O
sábio sabe que nada sabe. O ignorante ignora que nada
sabe. Conhecer a própria ignorância já é a porta aberta
para a sabedoria. Ignorar a própria ignorância é fechar as
portas a todo progresso” Huberto Rohdem (biógrafo de
agostinho)
“Deus não dá toda revelação a uma pessoa apenas, mas a
todo Corpo, onde podemos aprender uns com os outros”.
“Começar algo é para todos. Terminar, só para os
perseverantes”
Consciente disso, empenho abaixo minha assinatura,
____________________________________________________
10
O QUE É UM CATIVEIRO ESPIRITUAL?
Lucas 13:10-21
Alcione Emerich
Experiência de Pablo Botari (conferências de Carlos Anacondia)
Ez 34:1-5; Mt 9:35-38 – A visão do pastoreio e o resultado do “não-pastoreio”
1 . JESUS ESTAVA PREGANDO NUMA SINAGOGA
2 . ENTRA UMA SENHORA
Tinha espírito de enfermidade
Há um bom tempo (18 anos)
Encurvada
Não podia endireitar-se
3 . PERFIL DA OVELHA CATIVA
Membro da sinagoga (judia) – “...havia já dezoito anos” (v. 11) – Shedd e Champlin
Coração quebrantado (v. 12)
Isaías 61:1 – evangelho aos quebrantados (dureza em Nazaré)
Coração grato a Deus (v. 13)
Filha de Abraão (v. 16) – (título no N. T dado aos salvos – conforme Lc 19)
Herdeira das Promessas (judia) – estava na linha de Abraão
4 . PERFIL DO LÍDER CATIVO
Machucado
Dominador
Teologia contaminada
Endurecido
5 . O QUE É UM CATIVEIRO ESPIRITUAL? (V. 16)
Houve uma legalidade (Ef 4:27)
Impossibilidade de sair (v. 11) – Neil Anderson fala do “ciclo do cativeiro”
Trevas interiores (falta luz) – Sl 18:28; Sl 39:23-24
Ocultismo evangélico (não falamos a respeito)
O dilema do crente “caixa preta”
Monitoramento (“demônios guardiões”)
Pode ser invisível (alguém sabia naquela igreja?)
11
Precisaremos da ajuda de alguém (dificilmente alguém sai sozinho de um cativeiro)
Deus assim quebra o nosso orgulho
Isaías 61 – “enviou-me”
Avalie seu grau de libertação e cura: Quanto mais superficiais e distantes formos em
nossos relacionamentos, maior o indicativo de prisões e doenças em nossa alma
12
PROPÓSITOS E PERIGOS NA BATALHA ESPIRITUAL
2 Timóteo 4:7
Alcione Emerich
Muitos começam bem, mas nem sempre terminam da mesma forma. O mais importante é que
possamos
perseverar e terminar bem a carreira que Deus colocou diante de nós. Como em qualq
uer ministério,
existem propósitos e perigos que precisaremos observar.
Terminologias:
Libertação: Está mais associado ao aconselhamento (contato direto com pessoas)
Batalha espiritual: Está mais associado à intercessão (contato indireto com pessoas)
1 . PROPÓSITOS
1 . Batalha espiritual é vital na Evangelização. Não há evangelismo eficaz sem guerra espi
ritual. (II Co
4:3,4; Mt 4:1-11). Observação: A batalha espiritual precede a evangelização, enquanto qu
e a libertação
vem após a evangelização.
Ex: Igreja batista em Adrogue (Argentina) – 70 anos (70 crentes) / 1974-1987 – 200 /
1992 – 2 mil
2 . A libertação (como a cura) é um processo que ajudará na santificação do cristão. Este tip
de
ministério se propõe a auxiliar aqueles que tiveram no passado, profundos envolvimen
tos com o
ocultismo, com a área sexual e com as diversas áreas de pecado que precisam ser conf
essadas e tratadas
especificamente. Este ministério atuará aprofundando a libertação daquele que se achegou
a Cristo,
conduzindo-o a apropriar-se dos benefícios da cruz. É fundamental que cada igreja po
ssua uma equipe de
libertação treinada e vocacionada para esta tarefa.
Observação: Libertação não é para quem ainda não teve seu encontro com Jesus (ex: banho em
porco). Vide Mt 12:43-45.
Os textos: II Cor 7:1 e I Tess 5:23 falam da santificação no corpo, alma e espírito.
2 . PERIGOS
1 . Fazer da libertação e/ou guerra espiritual um fim em si mesmos. (II Cor 4:3 e 4;
Mc. 16:15-18).
Objetivos: salvação e libertação de vidas.
2 . Fanatismo (excesso de misticismo). Alguns vêm o diabo em tudo, outros em nada.
Lloyd Jones
afirma: “O diabo é o pai de todo extremo”.
Naturalizar o sobrenatural (líderes que vêm de uma formação teológica mais racional tem
maiores dificuldades em compreender o sobrenatural)
Espiritualizar o natural (“Alguns tornam-se tão, mas tão espirituais, que Deus terá um t
rabalho
maior ainda para transformar essa pessoa tão ‘espiritual’ em alguém ´normal´” Coty)
Não discernir problemas que são do emocional ou mesmo do organismo adoecido. Acham q
ue
tudo é “espiritual”
3. Ver o invisível, mas não consegue enxergar o visível. Muitas coisas requerem decisões
práticas sem
qualquer necessidade de revelação ou visão. Estão patentes aos nossos olhos.
4. Maniqueísmo – “ver o Diabo muito grande”. Na visão de alguns o Diabo está em pé de igualda
e
com Deus. Entretanto, ele é apenas uma criatura que ainda atua por um propósito divi
no.
13
5 . Não ache que possui “toda revelação” - Deus não dá toda revelação para uma pessoa, mas a
um
de nós, ele concede um pouquinho do seu conhecimento e estratégias. Juntos, como cor
po de Cristo,
podemos crescer e amadurecer, respeitando os dons e a forma como Deus pode usar
a cada um de nós.
6. Doutrinas baseadas em experiências de libertação. Nunca uma experiência pode estabele
cer uma
verdade absoluta.
7 . Expulsar demônios não é garantia de santidade. Mt 7:15-23.
8 . O orgulho e vaidade (Lc 10:17-20). De algum modo, após o pecado no Éden, o orgul
ho transferiu-se
para toda a raça humana (A serpente disse: “...sereis semelhantes ao altíssimo”). Alguma
s formas em que
o orgulho se manifesta:
O Orgulho é Sutil – quando mudamos naturalmente e não percebemos. Mas as pessoas de fo
ra
percebem que o orgulho subiu à nossa cabeça. Quando alguém reclamar do seu orgulho, não
resista
com explicações. Vá para os joelhos, ore e peça perdão.
Quando temos grandes realizações – Você sabe perseverar no triunfo ou apenas na fraqueza
? (Fl
3:12,13). No momento em que somos usados por Deus de modo poderoso, nossa nature
za decaída
tende a querer a glória para si. Ainda mais que o povo sempre gosta de trazer glória
aos homens,
piorando ainda mais o problema do orgulho. Veja as atitudes de Jesus em Mc 6:46
e Jo 6:1-14.
Quando temos experiências sobrenaturais com Deus – Paulo foi ao terceiro céu, viu cois
as
inefáveis e seu coração pendeu ao orgulho. O que Deus precisou fazer? Colocar nele um
espinho da
carne (II Co 12:7). Quando Deus lhe dá uma experiência sobrenatural, você acha-se melh
or que os
demais? Sabe respeitar quem pensa diferente de você? Acha que o pastor não é tão espirit
ual quanto
devia (ou quanto você)? Cuidado: O orgulho pode estar batendo à sua porta. Exemplo d
e Pedro (Mt
16:16,17, 21-23).
Confiar mais na técnica do que no Espírito Santo – Cada caso é um caso e Deus dará experiênc
ias
novas a cada dia.
“Você é melhor e mais ungido que o fulano” – é uma estratégia sutil de incutir orgulho no seu
coração. A idolatria não provém de Deus, é obra da carne.
9 . Não ter um mentor ou relacionamentos profundos – Uma verdadeira amizade constitu
i-se num
verdadeiro “confessionário”. Dra. Gláucia Medeiros afirma: “De dez pessoas que buscam minh
a clínica
psicológica, cinco não necessitariam, se tivessem amizades profundas”.
10 . Descuidar da família – Antes da igreja, Deus criou a família, este foi o projeto
original do criador.
Cuidar da igreja ou de qualquer outra coisa, sacrificando sua família é andar na con
tramão da vontade de
Deus. Reveja sua agenda e prioridades. “Nenhum sucesso na vida ou no ministério, com
pensa o fracasso
no lar”.
14
INIQUIDADES FAMILIARES (MALDIÇÕES)
Daniel 9:1-23
Alcione Emerich
“Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para não obedecer à tua voz;
por isso, a maldição
e imprecações que estão escritas na lei do Moisés servo de Deus, se derramaram sobre nós;
porque
temos pecado contra ele (...) Ó Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparta-se a
tua ira e o teu furor
da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte; porquanto por causa dos nossos pec
ados e por causa
das iniqüidades de nossos pais, se tornaram Jerusalém e o teu povo opróbrio para todos
os que estão em
redor de nós” (Dn 9:16).
“O protestantismo evangélico tende centrar sua teologia na obra de Deus para salvação do
ser humano.
Particularmente em suas formas mais populares, menos refletidas, o evangelho é his
toricamente
proclamado em termos da salvação individual, o chamamento do pecador a Cristo. Por c
ausa desta ênfase
na salvação individual, os evangélicos tendem a abordar o mal como individual. Se o tr
abalho redentor de
Cristo é suficiente para cobrir todo o pecado, e se a salvação é entendida como sendo in
dividual, então o
pecado que a salvação cobre também tem que ser individual. Caso contrário, a morte de Cr
isto seria
insuficiente para cobrir nossos pecados. Porque ela é suficiente e porque a salvação é v
ista como a
redenção do indivíduo, o pregador evangélico é forçado ao exame do pecado que é individual. O
perigo
de tal abordagem é que aqueles que acentuam exclusivamente as dimensões individuais
da salvação não
podem entender a abrangência total do mal e nem apreciar o trabalho total da salvação
de Cristo”
(Robert C. Linthicum, pg. 51).
1 . A HERANÇA DE NOSSOS PAIS
I Pd 1:18 – “Legaram” significa: Transmitir, doar, herança, deixar por testamento
Biológica (genética)
Psicológica
Espiritual
2 . ANÁLISE EXEGÉTICA: BÊNÇÃO E MALDIÇÃO
Sentido da palavra “BÊNÇÃO”
Do hebraico Barak e do grego Eulogetos.
Barak vem de “berek” (ajoelhar) dando a entender que a bênção está ligada ao ato de ajoelhar
ou de se
submeter.
DITVT – “Abençoar quer dizer ‘conceder poder para alcançar sucesso, prosperidade, fecundid
ade,
longevidade, etc’”.
DITNT – “Abençoar originalmente significava uma força benéfica que uma pessoa podia transm
itir a
outra e que ficava em contraste com o poder destrutivo do amaldiçoar”.
A bênção é transmitida do maior para o menor: a) Pai em relação ao filho (Gn 49); b) Irmãos e
relação a
irmão (Gn 24:60); c) Rei em relação aos subordinados (I Rs 8:14). Sua função é produzir vida
abundante
e produtiva a algo (Gn 2:3; I Sm 9:13; Is 66:3).
15
Sentido da palavra “MALDIÇÃO”
ALAH (heb.) – 35 vezes (Dt 29:12 e 14 a 21).
Usado para expressar um tipo de maldição que vem sobre alguém que quebra um juramento.
QALAL (heb.) – 130 vezes
Significa: insignificância, rebaixar, desprezar, ridicularizar, zombar, fórmula
Golias amaldiçoou Davi (I Sm 17:43)
Balaão chamado para amaldiçoar Israel (Nm 22:6)
Hagar desprezava Sara (Gn 16:4 e 5)
Ebal – “Para amaldiçoar...”
ARAR (heb.) – 63 vezes
Com base no acadiano arãru, “capturar, prender”, e no substantivo irritu, “armadilha, fu
nda”, Brichto
interpreta “Arar significa prender (por encantamento), cercar com obstáculos, deixar
sem forças para
resistir”.
Alah e Qalal representam estados descritivos do que pode acontecer, quando por e
xemplo, uma palavra
maldita é proferida ou quando rompemos nossa aliança com Deus através de um pecado. Ar
ar é usado
para descrever a concretização destas maldições. Arar representa o estado de amaldiçoado c
om todas as
suas implicações. É a situação a que se chegou quando uma qalal ou alah foram movimentadas
contra
alguém.
Gn 3:14 e 17 – “Maldito és mais do que todos os animais...”
Gn 4:11 – “Maldito por sobre a terra...”
Dt 27:15 a 26 – “Maldito...”
Gn 12:3 – “os que tem amaldiçoarem (qalal – “proferir fórmula), eu os amaldiçoarei (arar)”
ANÁTEMA (gr.)
Significa: Algo separado para a destruição.
Rm 9:3; I Co 12:3; 16:22; Gl 1:8 e 9
KATARAOMAI (gr.)
“Até o dia presente, conforme se entende no oriente, seu alvo é destruir o objeto da m
aldição, sendo que o
entrega à operação destrutiva dos poderes sobrenaturais ou os levanta para operarem co
ntra ele”
(DITNT).
Mc 11:21 – “Mestre a figueira que amaldiçoaste secou”.
Rm 12:14 – “Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis [kataraste]”.
Lc 6:28 – “Bendizei aos que vos amaldiçoam [kataromenus]” .
KAKOLOGEO (gr)
Mc 9:39 – “Ninguém que faça milagres em meu nome, pode falar mal de mim”
At 19:9 – “Falam mal do caminho”
Kakologeo tem sentido diferente de Kataraomai
RHAKA (gr.)
Mt 5:22 – “cabeça oca, tolo”
16
3 . CONTEXTO DA BÊNÇÃO E MALDIÇÃO
Dt 11:26-32.
Tanto a bênção como a maldição devem ser entendidas no contexto da ‘aliança’. Em Dt 27 e 28,
s
está fazendo uma aliança com o seu povo. A Bíblia num todo, mostra-nos que a forma de
Deus
relacionar-se conosco sempre foi através de alianças.
O que é uma ALIANÇA? “Uma promessa solene feita ligando duas ou mais pessoas, grupos,
famílias,
entidades, organizações, através de um juramento. Este juramento pode ser feito de uma
forma verbal ou
através de um ato simbólico. Esta forma de juramento tem que ser reconhecida por amb
as as partes
como ato formal que liga os envolvidos a cumprirem a sua promessa”.
Consequentemente, a causa básica das maldições é a DESOBEDIÊNCIA.
4 . O QUE CARACTERIZA A MALDIÇÃO?
Dt 28:45 e 46 – “Todas estas maldições [qalal] virão sobre ti ... Serão no vosso meio por si
nal [marca,
insígnia] e por maravilha (estupefação, perplexidade, susto), como também entre a tua de
scendência para
sempre”.
Êx 20:5 – “Visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração”.
Dt 28:45 e 46 – SEIS CARACTERÍSTICAS:
Persistência do sintoma
Causa destruição
Revela que a lei de Deus foi quebrada
Sinal
Perplexidade
Alcança a descendência
SINAIS DA MALDIÇÃO:
1. Capacidades mediúnicas herdadas
2. Enfermidades repetitivas, especialmente sem diagnóstico médico claro
3. Insuficiência econômica contínua
4. Situações crônicas de perdas repentinas, acidentes e cirurgias.
5. Abortos e homicídios
6. Violência
7. Insanidade e colapsos mentais crônicos
8. Transferência de vícios e comportamentos (alcoolismo, desejo sexual desordenado,
jogatina)
9. Quadro crônico de mortes prematuras
“O ponto importante é que uma vez enviada tanto a maldição como a bênção, tendem a continuar
través
dos tempos até serem revogadas e canceladas. Isto significa que pode haver forças qu
e estejam operando,
17
forças essas que foram movimentadas nas gerações prévias. Consequentemente podemos estar
lidando
com algo nas nossas vidas, que não aconteceram nas nossas vidas, durante a nossa v
ida, mas tem uma
origem longínqua, até centenas de anos atrás”.
5 . TIPOS DE MALDIÇÕES
Maldição na linhagem – Êx 20:5; 34:7; Nm 14:18; Jr 32:17 e 18
“Até a terceira e quarta geração” – é uma frase tipicamente semita que indica continuidade e
deve ser tomada em sentido aritmético.
Temos que entender que não somos os culpados pelos pecados dos nossos pais, mas po
demos
sofrer as conseqüências.
“Espíritos Familiares” são certos demônios que penetram, geralmente, nas raízes das famílias
,
com o passar do tempo, trazem presos a si vários membros desta família ao tipo de ma
ldade que
aquele demônio expressa. Ele é transmitido de geração a geração, e o que faz torna-se caract
erística
da própria família, em todas as gerações”.
Maldições de Terceiros – Pv 18:21; Tg 3:6-10
Nossas palavras movimentam o mundo espiritual. As palavras são sementes que podem
germinar
vida ou morte. Como temos usado nossas palavras?
A língua pode “contaminar o corpo inteiro” e “colocar em chamas toda carreira da existênci
a
humana” (Tg 3:6-10).
Derek Prince disse que “Deus ordenou a sociedade humana, numa maneira que haja
relacionamentos entre pessoas onde uma em virtude do relacionamento, tenha autor
idade sobre a
outra. Assim como o marido tem autoridade sobre a esposa, pais têm autoridade sobr
e os filhos,
professores têm autoridade sobre os alunos, o pastor tem autoridade sobre sua cong
regação”.
Nomes podem revelar maldições. Walter Kaiser, PhD, diz que a palavra ‘nome’ (do hebraico
shem), com origem no árabe, que dizer Assinalar, marcar com ferro quente. “O nome es
colhido
para uma criança freqüentemente expressava os desejos e expectativas que os pais tin
ham por ela
quando viesse amadurecer. Isso fica evidente no processo de mudar o nome, por ex
emplo, quando
Jacó se torna Israel (Gn 35:10)”.
Abaixo temos uma série de expressões que devem ser banidas do nosso vocabulário, pois
as
mesmas podem vir carregadas de morte espiritual e opressão sobre quem as lançarmos:
Imbecil, canalha, vadio, burro, jumento, desgraçado, o diabo te carregue, vai pro
inferno, isso é mal
de família, esse menino é igualzinho ao pai, estou com as macacas (quer dizer, estar
possesso por um
demônio), doida varrida, moleque (é uma variação de Moloque)1, danado (quer dizer, imund
o, nas
trevas), hoje é meu dia de azar, pobre nasceu pra sofrer, estou com uma fome do in
ferno, um dia
você me paga, você vai se casar e seu marido vai fazer a mesma coisa com você, seus fi
lhos um dia
farão o mesmo com você, você vai passar fome, que você se dane etc.
1
O termo é associado a crianças porque Moloque era um deus pagão que recebia sacrifícios
de crianças.
18
Maldição Auto-Imposta – Sl 109:17
É quando alguém profere palavras ou frases que têm um sentido pernicioso e destruidor
contra si
mesmo. A auto-maldição reflete uma crise de identidade cristã e a falta de conheciment
o acerca de
quem somos em Cristo.
Eis alguns exemplos de auto-maldições:
Sou uma pessoa tão burra que fiz...
Como sou desastrada...
Eu sou um imbecil...
Para mim nunca dá certo...
Pobre nasceu é pra sofrer...
Não sou capaz de nada...
Eu não dou pra nada...
Vou morrer na miséria...
Como sou idiota...
É terrível ser desastrado como eu...
Meu corpo é horrível...
6 . ARGUMENTOS CONTRA
Ez 18:1-32.
"Porque não leva o filho a iniquidade do pai? Porque o filho fez o que era reto e
justo, e guardou todos
os meus estatutos e os praticou, e por isto certamente viverá".
"A alma que pecar, essa morrerá: o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai a i
niquidade do filho;
a justiça do justo ficará com ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este". Ver
sículos 19 e 20.
De acordo com Dr. Plumtree esta passagem foi escrita pelo profeta para evitar o
abuso dos Israelitas que
jogavam a responsabilidade do seu sofrimento à desobediência dos seus antepassados,
sem tomarem uma
posição de arrependimento e mudança de atitudes. Por outro lado, o Dr. Brewnlee diz qu
e o profeta estava
tentando convencer o povo de Deus ao arrependimento, pois, ele estava tendo uma
atitude fatalista,
dizendo que nada poderia ser feito, pois ele estava condenado pelos pecados dos
pais, ou seja, dos
antepassados.
O livro de Ezequiel foi escrito durante o cativeiro babilônico, este é o contexto hi
stórico. No capítulo 18,
O profeta Ezequiel está tratando com a responsabilidade pessoal para com o pecado.
Não reconhecendo
seu pecado o povo adotou uma posição “fatalista” (ref. Lm 5:7), alegando que o motivo de
seu castigo
foram as iniquidades de Manassés e de outros reis que levaram a nação à idolatria. A cul
pa é pessoal. A
Escritura diz que o salário do pecado é a morte (Rm 6:23), e o interessante é que a ênfa
se de Ezequiel
quanto a consequência do pecado é a morte (v.4,13,17,18,21,23,24,26,28,31). A morte é
consequência
individual do pecado. Meu filho não leva o meu pecado nem irá morrer por ele, e nem
eu irei morrer
pelos seus pecados. A responsabilidade é pessoal. Cada um vai dar conta de si a De
us. Estamos
considerando a maldição, os efeitos do pecado, as consequências do pecado e não a culpa
do pecado. Da
mesma forma, como a culpa do pecado deve ser apropriada pessoalmente a consequênci
a ou o julgamento
do pecado (tais como: opressão, enfermidade, hábitos, vícios, etc.) que já foi resolvida
na cruz do
19
calvário, deve ser apropriada pela fé. Para concluir, entendemos então, que Ezequiel 1
8 trata da culpa
individual, enquanto que textos como Êxodo 20:5, tratam da consequência dos pecados
nas gerações.
7 . PROPÓSITO DAS MALDIÇÕES (GERAL)
1 Lugar – A maldição é a denúncia contra o pecado (Dt 27:15-26).
2 Lugar – A maldição é o julgamento de Deus contra o pecado (Is 24:5-6).
3 Lugar – Mostrar a conseqüência do pecado, ou seja, da quebra de nossa aliança com Deus
(Dt 28:1568).
4 Lugar – Demonstrar que o uso indevido e inconseqüente da língua pode trazer sérios prej
uízos
espirituais, sobretudo se estas palavras são proferidas por pessoas que são autorida
des sobre outras (Tg
3:6-10).
8 . INSTRUMENTOS DA MALDIÇÃO
Homem e Mulher: São os portadores da autoridade de Deus na terra. II Co 5:20; Tg 3
:10; Js 6:26; Mt
18:18.
Pessoas com autoridade de parentesco: Pais, avós, tios, irmãos. Gn 31:32; Ef 6:2-4;
5:22-25.
Autoridades civis, políticas, eclesiásticas em geral: Ef 6:5-9; Hb 13:17; Êx 18:13-27;
Mt 8:1-13; At
23:5; Rm 13:1-7.
Médiuns e espíritas: Dt 18:10.
9 . AS CAUSAS DAS MALDIÇÕES
Dt 27 e 28 nos fala acerca de maldições e bênçãos. Quando as maldições foram proclamadas, tod
s os
homens, mulheres, crianças, avôs e avós as ouviram e responderam "Amém, assim seja". Deu
s queria que
soubessem que o pecado traz uma maldição. Estava procurando ser severo com respeito
ao pecado, mas
desejava no fundo ser bondosos para com eles, para que não atraíssem maldições sobre sua
s vidas.
Na verdade, todas as maldições têm raízes na desobediência. No ministério de libertação, temo
aprendido a ser específicos com o pecado; por isso, baseados principalmente no tex
to de Deuteronômio
27 e em outros, especificaremos tipos de pecados que trazem maldições.
1 Causa: Idolatria e Ocultismo (Dt 2:15; Êx 20:1-5). Não é surpresa o fato de serem, os
primeiros da
lista, pois as maldições mais fortes vêm destes pecados.
2 Causa: Desonrar os pais (Dt 2: 16) - Filhos que desprezam e se rebelam contra o
s pais, estão sob
maldição. Derek Prince diz que "nunca soube de alguém com atitudes erradas para com os
pais que veio
sobre ele completa bênção de Deus".
3 Causa: Toda forma de injustiça (Dt 27:17-19, 24, 25) - Injustiças como: Roubo de te
rra (v. 17);
oprimir e desrespeitar o cego (v. 18); o órfão, a viúva e o estrangeiro (v. 19); e peq
uenos em geral;
homicídio (vv. 24-25); aborto; etc.
4 Causa: Sexo desnatural (Dt 27:20-23) - Adultério, incesto (v. 22), bestialidade (
v. 21), fornicação,
práticas homossexuais, etc. Marylin Hickey considera o pecado sexual como o pior.
5 Causa: O homem que confia no homem (Jr 17:5-6) - Deixar de confiar em Deus para
confiar no
próprio braço.
6 Causa: Roubo do dízimo e da oferta (Ml 3:8-10).
20
7 Causa: Fazer a obra do Senhor com relaxo (Jr 48:10).
8 Causa: Maldições proferidas por pessoas investidas de autoridade (Gn 31:22-32; Rm 1
3:1-7; Ef 6:1-4).
9 Causa: Maldição auto-imposta (Mt 15:11; Pv 18:21).
10 Causa: Maldições proferidas por representantes de satanás: médiuns, feiticeiros etc. (
Nm 23:23; Dt
18:10-12).
11 Causa: Aliança com ímpios (II Co 6:14-16) - Estar em aliança com pessoas que estão uni
das com
forças malignas.
12 Causa: Maldição de oração personificada (Tg 3:14-15; 4:3) - Prince diz que "pessoas po
dem falar e
até orar contra outro. Assim fazendo, se não estão na direção do Espírito, mas na direção da
a, elas
oram por más ou ruins emoções, e as conseqüências de sua oração é uma maldição".
13 Causa: Desobediência generalizada (Dt 27:26) - As maldições vem quando desobedecemos
a Deus.
Esta é a causa principal.
10 . MALDIÇÃO SEM CAUSA
"Como o pássaro que foge, como a andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa não se c
umpre".
(Pv 26:2).
Esse versículo expõe um princípio bíblico que é respeitado no mundo espiritual: toda maldição
só se
estabelece quando há uma causa. Grave isto: Por trás de cada maldição há um pecado não trata
do ou
inconfesso.
A causa das maldições na família é o pecado. Pecado de quem? Dos pais.
Qual é a causa da auto-maldição? O pecado de se auto-amaldiçoar. A ordem de Deus é que não
amaldiçoemos, mas que abençoemos tanto aos outros como a nós mesmos. As nossas palavra
s tanto
liberam a ação divina como a ação satânica.
A maldição de terceiros também só terá êxito se houver causa. Normalmente as maldições são
lançadas devido aos conflitos, discórdias e contendas. Uma pessoa que se sinta ofend
ida pode lançar
maldições sobre outra. Mas as palavras não alcançarão seu destino, se houve justiça e integr
idade por
parte de quem as recebe (Nm. 23:8).
11. ROMPENDO AS MALDIÇÕES
Gl 3:13 – “Cristo nos resgatou (gr. exegorasen - comprou para fora de) da maldição da le
i, fazendo-se ele
próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendur
ado em
madeiro”
Se Cristo nos resgatou da maldição, por que há sinais evidentes de maldições sobre muitos
cristãos?
Ef 1:3 – “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com
toda sorte de
bênção espiritual nas regiões celestes em Cristo”
Mt 18:18 – “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra, terá sido ligado no
céu, e tudo o que
desligardes na terra, terá sido desligado no céu”
O verbo da expressão “terá sido ligado no céu” e “terá sido desligado no céu” está no particí
ito
passivo (WILLIAMS); então, a referência é às coisas num estado de já realizadas, isto é, já l
gadas ou
desligadas no céu. Isto nos ensina que qualquer coisa que seja ligada ou desligada
pelo crente é feita na
base de que essa mesma coisa já está feita “nos céus”, quer dizer, pelo próprio Senhor Jesus
. “Isso indica
21
a necessidade de sincronização entre o céu e a terra. A sequência é: o céu toma a iniciativa
; e, na terra, os
crentes obedecem” (Peter Wagner)
Dois Pontos Importantes:
Apropriar-se da obra de Cristo realizada na Cruz
João Calvino – “Já salientei que Cristo não deixou inacabada nenhuma parte da obra da noss
a salvação;
mas, não devemos inferir disto que já possuímos todos os benefícios obtidos por Ele para
nós, pois Paulo
diz com verdade, ‘...em esperança somos salvos’, ‘ainda não se manifestou o que havemos de
ser’ (I Jo
3:3). (...) Nesta vida atual desfrutamos de Cristo à medida que o abraçamos por meio
das suas
promessas” (Institutas – Resumo, pg.167,168)
Augustus Nicodemus – “...A igreja vai encontrar tremenda oposição desses principados e p
otestades,
das forças espirituais do mal, que vão ataca-la continuamente, tentando evitar que o
s cristãos desfrutem
dos seus privilégios em Cristo, e fazendo com que se desviem da sua direção e propósito” (
Guerra
Espiritual, pg.15)
Seja um cumpridor da Aliança
João Calvino – Neste santo matrimônio importa que haja mútua fidelidade.
Dt 30:19 – “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti que te propus a vida
e a morte, a bênção
e a maldição: escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”.
12 . LIDANDO COM AS MALDIÇÕES NA LINHAGEM
1 . Faça um diagnóstico acerca de sinais de maldições que tem estado presentes na sua vi
da e na de
seus familiares (incluindo todos os parentes). Anote os ‘sinais’ mais repetitivos. (
cf. Dt 28:45-46; Dn
9:11-15). Ex: prostituição, divórcio, enfermidades específicas, violência, mortes estranha
s etc.
2 . Reconheça humildemente que sua vida e família podem estar sob o jugo de uma mald
ição. Daniel
reconheceu tal realidade, “...a maldição e imprecações que estão escritas na lei de Moisés, s
rvo de
Deus, se derramaram sobre nós; porque temos pecado contra ele” (9:11).
3 . Confessar se identificando com os pecados do toda a sua família, incluindo anc
estrais. Como já
falamos Daniel (Dn 9:1-19), Neemias (Ne 1:4-11), Esdras (Ed 9:1-15), assim como
todo o Israel (Ne
9:1-3), confessaram não só seus pecados, mas também os de seu povo e também dos seus
antepassados. Primeiramente, anote todos os padrões pecaminosos da família (caso não s
aiba use a
lista de Dt 27) e então, confesse todos os pecados ao Senhor. Será necessário tempo pa
ra que faça
isso. Em Ne 9:3, vemos o povo de Israel passando uma quarta parte do dia só confes
sando pecados.
Isso nos ensina, que não podemos lidar com o pecado de qualquer forma.
4 . Tome posse e declare conforme Gl 3:13, que Cristo já levou todas as suas maldições
para a cruz.
5 . Em último lugar, comande aos espíritos familiares que saiam da sua vida e linhag
em familiar. Use
a sua autoridade para ligar e desligar (Mt 16:19; Lc 10:19). De acordo com a nat
ureza dos ‘sintomas
familiares’ (veja no item 1), comande aos demônios que se retirem, em nome de Jesus.
Ex: Se na sua
família há muita violência, confronte o espírito de violência. Assim faça com os outros sina
is de
maldição.
22
13 . LIDANDO COM AS MALDIÇÕES DE TERCEIROS E AUTO-IMPOSTAS
1 . Anote todas as palavras ou frases negativas que foram proferidas contra você.
Rememore,
sobretudo as palavras proferidas por aqueles que são autoridades sobre sua vida. A
note também
palavras de maldição que citou contra si mesmo.
2 . Reconheça mais uma vez que pode estar sob o efeito de alguma destas palavras a
maldiçoadoras
que foram proferidas contra você ou por você mesmo.
3 . Faça uma lista daqueles que te amaldiçoaram e perdoe-os individualmente.
4 . Reconheça e agradeça ao Senhor por Ele ter levado cada uma das suas maldições para a
cruz,
conforme Gl 3:13.
5 . Cite cada palavra ou frase de maldição e quebre o seu poder espiritual, em nome
de Jesus.
6 . Comande aos demônios que concretizaram estas palavras sobre a sua vida, que sa
iam em nome de
Jesus
23
ALIANÇAS DO PASSADO
Josué 9:1-6; 14-16
Alcione Emerich
1 . ALIANÇAS NOS TEMPOS BÍBLICOS
Deus e Noé
Deus e Abraão
Deus e Davi, etc
Jesus e os Discípulos – “...o sangue da nova aliança” – Mt 26:28
O que quer dizer uma aliança? Relação Comprometida.
No mundo antigo: seriedade de uma aliança.
2 . EXISTEM ALIANÇAS PERIGOSAS
Quando Israel entrasse em Canaã, deveria tomar cuidado com alianças erradas e engano
sas.
3 . ISRAEL ENTRA EM CANAÃ
Derrotaram Jericó; então, ... surgem os Gibeonitas com uma proposta – “fazer uma aliança”.
Israel não consulta a Deus.
Josué 24 – Mensagem de despedida e Renovação da aliança (versos 14 a 25).
Pergunta: Na medida em que o povo renova seu pacto com Deus, o pacto antigo com
os Gibeonitas foi
automaticamente cancelado? Sim ou não? Qual é a sua opinião?
Leia 2 Sm 21
4 . ALIANÇAS QUE PRECISAM SER RENUNCIADAS
Alianças com Deuses ou Demônios
Ex 23:31-33 –Laço, armadilha
Salmo 115:1-8 - Despersonalização
I Co 10:19-20 – Koinonia
Caso 1 – “Mas isto foi a 13 anos!?”
Caso 2 – Atração pelo mar
Caso 3 – Idolatria pelos cabelos
Caso 4 – Compulsão para se comer doces
Alianças Através do Sexo
I Co 6:15-18; Eclesiastes 7:26
24
Como se dá um casamento nos dias de hoje? Etapas...
Willian Coleman – Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos: “Sabemos que era a prática do a
to sexual
que selava o casamento. Apos a cerimônia e a troca de presentes, a relação sexual era
o que determinava
que eles se encontravam realmente casados” (Pg. 109)
Paulo (como judeu-cristão) afirma: é o ato sexual que faz de duas pessoas UMA SÓ CARNE
(dentro ou
fora do casamento). Veja as implicações disto!
Sexo: físico, psicológico e espiritual (derramamento de sangue)
Ilustração das Folhas
Caso 1 – Presa ao ex-marido
Caso 2 – “É como se ele me acompanhasse”
Caso 3 – Sonhos com o primeiro namorado
Caso 4 – “Não gosto dele, mas ele me domina” (seminarista)
Alianças Através de Relacionamentos Inescrupulosos
Modos de fazer aliança:
Promessas e juramentos (Gn 21:23; 26:29; Josué 9)
Dar e trocar presentes (Jos 9; Gn 21:27; 1 Sm 18:1-5)
Objeto memorial (Gn 31:45-46)
Comer juntos (Gn 31:46; 26:30)
Caso 1: “Eu entreguei minha alma para ele”
Caso 2: “Um espírito transferiu-se para mim”
Caso 3: Dor na perna insuportável
4 . ORAÇÃO DE DESLIGAMENTO DOS PARCEIROS SEXUAIS
“Pai celestial, quero neste momento confessar todos os meus pecados sexuais e toda
s as vezes que
entreguei ilicitamente o meu corpo aos espíritos de prostituição (confesse dando nomes
aos pecados).
Quero nesta hora, também, renunciar e me desligar, no mundo espiritual, de cada pa
rceiro (a) com quem
me envolvi no passado (cite nome por nome – é importante que se comece da primeira e
xperiência).
Declaro que o meu corpo, minha alma e meu espírito estão separados destas pessoas. E
u tomo a espada
do espírito e corto todas estas ligações. Eu ponho a mão em meu coração e entrego todas as p
artes desta
pessoa que estão em mim e devolvo tudo o que é dela e que ainda permanece em mim. E,
finalmente,
coloco o sangue de Jesus entre mim e cada parceiro (a) sexual do passado, em nom
e de Jesus”.
25
5 . RENÚNCIA DE ALIANÇAS ATRAVÉS DE RELACIONAMENTOS INESCRUPULOSOS
“Pai celestial, neste momento quero te pedir perdão por ter me envolvido com esta pe
ssoa (cite o nome)
pois este relacionamento foi de grande prejuízo para mim. Quero, em nome de Jesus,
renunciar a toda
aliança que estabeleci e, também, declarar o desligamento de minha vida desta pessoa
. Renuncio os
juramentos (cite cada um), os presentes dados e recebidos (cite cada um), os obj
etos que estipulamos
como memoriais de nosso relacionamento (cite cada um) e assim, também, renuncio a
todas as vezes que
fortalecemos nosso vínculo fazendo as refeições juntos. Cancelo e expulso todos os demôn
ios que se
transferiram para minha vida, assim como mando embora aquelas entidades que esti
veram ligando
minha alma à alma desta pessoa (cite o nome). Te agradeço pela minha libertação, em nome
de Jesus”
6 . IMPLICAÇÕES HISTÓRICAS
O que se entende por oração de renúncia? No primeiro século, era costume fazer a seguint
e pergunta aos
adultos que iriam passar pelo batismo: “Você renuncia ao diabo e a todas as suas obr
as?”; e, o batizando
respondia: “Eu renuncio ao diabo e a todas as suas obras”. Depois disso, ele era bat
izado. Na língua
latina, esta oração era chamada de “abrenuntiatia diabole”. Kelly diz ainda que Justino
descreve como os
pagãos renunciavam a ídolos e se voltavam a Jesus Cristo. Esta tradição de renunciar a S
atanás, antes do
batismo, remonta ao terceiro século na África e a tradição apostólica, de acordo com os re
latos de
Hipólito.
Neil T. Anderson, no seu livro, Quebrando Correntes, confirma o que falamos ante
riormente, dizendo
que “a igreja primitiva incluía isto em sua declaração pública de fé: “Eu te renuncio Satanás
a todas as
tuas obras e estratagemas”. A igreja católica, a igreja ortodoxa oriental e muitas o
utras igrejas adeptas
de rituais litúrgicos ainda requerem esta renúncia como parte da confirmação. Por alguma
razão, essa
renúncia desapareceu da maioria das igrejas evangélicas. Você não só deve acatar a verdade
, mas
também renunciar a satanás e suas mentiras”.
Ainda hoje, no ritual da Igreja Anglicana e na Igreja Metodista, ainda encontram
os uma declaração de
renúncia e de abjuração de Satanás, na hora do batismo ou quando a pessoa vai se tornar
membro da
Igreja. Uma fraqueza neste tipo de ritual é que isto pode tornar-se apenas uma tra
dição morta, e a pessoa
poderá repeti-la sem nenhuma consciência. Mas o fato de se ter este tipo de abjuração de
Satanás e às
suas obras no ritual da Igreja Anglicana é muito significativo. Isto mostra quanto
os pais da Igreja
estavam conscientes quanto a realidade do mundo dos espíritos e quanto eles sabiam
da importância da
abjuração da antiga lealdade aos deuses deste século, por parte dos que queriam tornar
-se seguidores de
Jesus Cristo.
Após trabalhar algum tempo com este ministério, comecei a pesquisar, na história da ig
reja, como os
cristãos antigos procediam na libertação de oprimidos. Descobri que existem abundantes
provas históricas
de que a Igreja antiga praticava com freqüência a oração de renúncia. No livro “Vozes do Cri
stianismo
Primitivo”, da autoria de Paulo Siepierski e E. Glen Hinson, verificamos que estes
autores fizeram uma
pesquisa sobre a prática do batismo da Igreja Primitiva nos anos 100 e 200 AD. Seg
undo eles, o contexto
da Igreja Primitiva era tão feiticeiro quanto o nosso. A igreja primitiva concebeu
e praticou o batismo em
meio a uma sociedade que temia espíritos, e, sobretudo, a idéia principal do batismo
na igreja primitiva,
era a de participação no triunfo de Cristo sobre Satanás e suas hostes através do dom do
Espírito Santo.
E. Glenn Hinson e Paulo Siepierski fazem o seguinte comentário: “Um estudo dos sermões
e tratados
sobre batismo na época dos Pais da igreja, confirma a impressão criada pelas observânc
ias batismais
enunciadas, ou seja, que todo o processo de iniciação almejava preparar o novo conve
rtido para sua
batalha contra os espíritos. Por trás desse objetivo estava o seguinte raciocínio: ant
es de se tornar
cristão, acreditava-se, o convertido era súdito de Satanás, sendo, literalmente, e não a
penas na teoria,
mantido cativo. Isso era verdade em relação a todos os cidadãos do “mundo”, a esfera domin
ada por
Satanás. O caráter e os hábitos destes cidadãos tinham sido moldados por poderes demoníaco
s; estavam
26
servindo Satanás em suas vocações e ocupações. Algumas vocações, particularmente, representav
m os
interesses de Satanás - feitiçaria, confecção de ídolos, corrida de cavalos, luta em comba
tes de
gladiadores, prostituição, alcovitamento, ensino em escolas pagãs etc.
Quando uma pessoa se tornava cristã, deveria quebrar o jugo dos espíritos e não deixar
nenhum vestígio
do controle deles, para que ela pudesse se submeter totalmente a Cristo e partic
ipar em seu reino. O jugo
de Satanás era tão firme sobre os mágicos, por exemplo, que no terceiro século, o cismátic
o bispo
Hipólito, de Roma, não permitia sequer que eles recebessem instruções preliminares. No g
eral,
entretanto, a igreja aceitava todos que quisessem mudar seus hábitos e ocupações, cert
a que Cristo
poderia verdadeiramente transformar a vida deles.
Mas, uma vez que a igreja aceitava um dos escravos de Satanás, investia com toda f
orça para libertá-lo
dos espíritos. A renúncia a “Satanás, sua pompa e seu serviço”, olhando para o ocidente, ver
balizava o
rompimento; o reconhecimento de Cristo, olhando para o oriente, completava a dem
onstração de uma
total troca de fidelidade. Teatro, corrida de cavalos, caça, oração em templos de ídolos
, adoração de
ídolos, adivinhação, leitura de vôos dos pássaros, uso de amuletos e todas as outras coisa
s que
pertenciam à “pompa” e “serviço” de Satanás tinham que acabar. Tais coisas, conforme explica
iceta
de Ramesiana,“são as correntes da serpente, as quais são algemadas na alma das pessoas
e as levam
para a prisão do inferno”. Quando uma pessoa renuncia a Satanás, arremete as correntes
para trás de
suas costas, na face do inimigo ”
7 . IMPLICAÇÕES TEOLÓGICAS
O que é uma Aliança?
“Uma promessa solene feita, ligando através de juramento, que pode ser uma fórmula ver
bal ou através
de uma ação simbólica. Tal ação ou fórmula é reconhecida por ambas as partes como um ato form
l que
liga o ator a cumprir a sua promessa” (Interpreter’s Dictionary of the Bible).
“Aliança (berit) – tratado, aliança de amizade, entre indivíduos, acordo ou trato; em uma
obrigação
entre um monarca e seus subordinados: Uma constituição; entre Deus e o homem: uma al
iança
acompanhada de sinais, sacrifícios e um juramento solene que selava o pacto com pr
omessas de bênção
para quem guardasse a aliança e de maldição para quem o quebrasse.
A etimologia da palavra é incerta. Pode estar relacionada com a palavra acadiana b
urru, que significa
‘estabelecer uma situação legal por meio de um testemunho acompanhado de juramento’; alg
uns, porém,
relacionam o termo com a palavra acadiana birtu, ‘grilhão’, que é um derivado da palavra
que tem o
sentido de ‘entre’ (preposição). L. Kohler sustenta que a palavra está relacionada com a r
aiz brt, que tem
relação com a comida e a porção envolvida na refeição da aliança. A raiz não é usada, em nenh
arte,
como verbo no AT, como também nenhum derivado desta raiz; todavia, a ação que envolve
o
estabelecimento de uma aliança emprega a expressão ‘cortar (fazer-ARA) uma aliança’ (Gn 15
:18); isto é,
fazer um sacrifício de sangue como parte do ritual da aliança. Kohler teria assim o
animal comido na
refeição da aliança.
A aliança, como tratado ou acordo entre nações ou indivíduos, deve ser entendida com bas
e no fato de as
partes serem equivalentes ou ser uma delas superior à outra. Em Gn 14:13, Abraão e o
s amorreus eram
partes equivalentes em um tratado, mas não é o caso de Israel (sob o comando de Josué)
e dos gibeonitas
(Js 9). Aqui o aspecto do juramento da aliança se mostra de suma importância. Apesar
de os vassalos
gibeonitas estarem sujeitos a uma maldição por haverem mentido (9:22 e 23), Josué e Is
rael ainda
estavam obrigados a prover proteção para eles. Muito depois, quando Saul fracassou e
m cumprir estas
obrigações dos juramentos da aliança, sua família sofreu punição (II Sm 21).
Era prática comum levantar uma coluna de pedra em sinal de que um tratado tinha si
do estabelecido entre
duas casas ou nações (Gn 31:44 a 47). Em ambos os lados é feito um apelo à divindade com
o testemunha,
27
demonstrando que a aliança é inalterável. Além disso, como no caso do Sinai, Jacó e Labão of
ereceram
um sacrifício na montanha e tomaram, juntos, uma refeição (Gn 31:54,55). Eram usados o
utros sinais que
selavam tal acordo, tal como um casamento entre duas casas reais (I Rs 9:16). To
davia, a melhor maneira
de estabelecer uma aliança veio a ser através de um documento escrito, em que as pal
avras da aliança,
seus termos, na forma de promessas e condições, eram lidas, testemunhadas, assinadas
e seladas. Tais
documentos existem em grande quantidade. Behm conclui: “Não há garantia mais firme de
segurança
legal, paz ou lealdade pessoal, do que a aliança”. (Dicionário Internacional de Teolog
ia do Antigo
Testamento)
Como podemos perceber, as alianças, do ponto de vista bíblico, não são meros acordos ou
comprometimentos sem quaisquer implicações no mundo espiritual. Uma aliança torna as p
essoas
envolvidas a cumprirem o que prometeram um ao outro. Se alguém faz um determinado
pacto ou acordo
com o Diabo, terá como obrigação cumpri-lo. Se este indivíduo algum dia voltar-se para C
risto, é
importante que quebre verbalmente cada pacto estabelecido. Não basta apenas fazer
uma aliança com
Cristo, é preciso também romper com os antigos deuses. Nos textos abaixo, veremos qu
e Deus ordenou
que não fizéssemos alianças com os outros deuses, pois isso nos serviria de laço (confor
me Ex 23:32-33).
As pessoas que vieram do baixo espiritismo, do satanismo e de outros envolviment
os aprofundados com
as trevas, podem testemunhar o quão doloroso foi para se livrarem dos espíritos mali
gnos e, igualmente,
quebrarem os pactos passados. Há casos em que se levam meses de ministrações, em que a
pessoa é
levada a rever todo o seu passado, tomar nota de cada aliança feita, em especial,
com os demônios,
pedindo perdão a Deus e rompendo verbalmente com cada pacto.
Alianças podem ser feitas com:
Deus (Gn 9:16; 15:18)
Entre homens (Gn 21:27; 31:44)
Entre nações – política (Ex 34:12; I Rs 5:12)
Entre homem e mulher – casamento (Gn 2:24; I Co 6:16,17)
Com os deuses – demônios (Ex 23:31-33; 34:12-16; Dt 7:2-9)
8 . COMO DEVE SER FEITA A RENÚNCIA DOS VÍNCULOS
Implicações Práticas:
Deve ser feita com muita consciência. A oração de renúncia não pode se tornar um mero ritu
al
mecânico e morto. O indivíduo precisa ter total consciência do que está fazendo, do que
está
renunciando e da seriedade deste ato no mundo espiritual.
A renúncia não é uma oração a Deus, mas uma declaração ao diabo. É uma renúncia do passado
dos antigos deuses. A renúncia precisa ser ousada e destemida.
Deve ser feita em voz audível, não importado a tonalidade, pois o diabo não é onisciente
. Quando
a pessoa não tem idéia de como proceder, geralmente, pede-se que repita a oração de libe
rtação
juntamente com o conselheiro ou ministrante. Quando a opressão é mínima, a pessoa faci
lmente
poderá repeti-la. Outras vezes, a pessoa terá grande dificuldade em dizê-la, pelo grau
de opressão a
que está submetida.
Os que foram envolvidos com o espiritismo é de máxima importância que façam imediatament
e a
oração de renúncia para anular todas as ligações.
28
A Oração de Confissão:
Temos aprendido também acerca da importância de confessarmos os nossos pecados indiv
idualmente
diante do Senhor. Isto em libertação é fundamental. Hoje há um mau costume no meio evangél
ico que
tenho denominado “confissão por atacado”. Você já escutou orações do tipo, “Senhor, perdoe a
tidão
dos meus pecados...”, “Senhor, me perdoe por qualquer coisa ... etc”. Um pedido de per
dão geral, quase
sempre gera um perdão igualmente geral, pois é isso que vemos nas relações interpessoais
. A Bíblia é
clara quando ensina-nos que o pecado tem nome. Leia em Dt 27 e a lista que Paulo
faz em Gl 5:19 a 21, e
perceba como Deus se preocupa em dar nome aos nossos erros. Aprendamos então esta
lição: Meu
pecado tem nome, por isso devo confessá-lo nomeando-o e sendo específico.
Outra coisa que aprendemos com Deus é que o tempo não apaga os nossos pecados. Quand
o o povo de
Israel estava no cativeiro, os líderes da nação entenderam que foram principalmente os
pecados dos seus
pais (e também os seus) que estavam trazendo conseqüência de maldição sobre o povo. (confo
rme Dn 9 e
Nm 1,9:1-2. O tempo não apaga pecado, assim como também não apaga as nossas feridas da
alma. Mas
há algo que pode exterminar com os nossos pecados: O sangue de Jesus. “E, sem derram
amento de
sangue, não há remissão” (Hb 9:22).
Quando o grande evangelista Charles Finney (séc.19) falou sobre o avivamento e a f
orma de prepararmonos para recebê-lo, uma das coisas que ele nos ensina é acerca da
confissão específica de nossos pecados.
“Passemos em revista a história do nosso passado. Tomemos, um a um, os nossos próprios
pecados e
examinemo-los. Não quero dizer que devemos dar um simples relance à vida passada, ve
rificando que foi
repleta de pecados, para então ir a Deus fazendo-lhe uma espécie de confissão geral e
pedindo o seu
perdão. Não é assim. Temos que toma-los um a um. Seria aconselhável tomas nota de cada u
m à medida
que nos lembrarmos. Devemos revê-los com o mesmo cuidado que um comerciante revisa
os seus livros,
e todas as vezes que nos vier à memória um pecado, acrescentemo-lo à lista. Confissões g
erais de
pecados não servem. Nossos pecados foram cometidos um a um, e até onde nos for possíve
l apura-los,
devemos nos arrepender de um por um”.
A Confissão de Fé de Westminster, escrita no ano de 1643 por 121 teólogos na Inglaterr
a, também
expressa o mesmo princípio quanto ao modo, como devemos lidar com os nossos pecado
s, “Os homens
não devem se contentar com um arrependimento geral, mas é dever de todos procurar ar
repender-se
particularmente de cada um de seus pecados” (pg.80).
O Desligamento dos Parceiros Sexuais:
A Palavra de Deus ensina-nos que o ato sexual tem sérias implicações para aqueles que
estão envolvidos.
Paulo nos diz aos Coríntios, “ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um
só corpo com
ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne” (I Co 6:17; Gn 2:24). Quem se un
e sexualmente
com uma pessoa, está formando um só corpo com ela. Em outras palavras, a partir de e
ntão passam a
estar unidos espiritualmente um ao outro. Por isso, no entender de Paulo, o sexo
envolve muito mais do
que corpo e alma, mas também tem o poder de ligar um homem e uma mulher no mundo e
spiritual.
Devido à seriedade do ato em si, Deus ordenou que o mesmo fosse praticado no casam
ento e tão somente
nele.
Mas o que acontece com aquelas pessoas que vão praticando o sexo fora do padrão esta
belecido por
Deus, que é o casamento? Além de contaminarem-se com o pecado, passam a estabelecer
no mundo
espiritual uma série de alianças com os parceiros. Também os demônios que atuam em um se
vêem livres
para atuar no outro. De fato, os relatórios de pessoas que mesmo após longos anos di
stantes fisicamente
de algum antigo parceiro (e muitas destas já se encontram casadas), e ainda assim,
são assediadas com
sonhos, impressões, pensamentos fixos, vozes, sentimentos obsessivos etc, são os mai
s diversos e servem
para ratificar este princípio bíblico.
29
Posso me lembrar de uma senhora com mais ou menos 50 anos, casada, instrutora de
um seminário
teológico, que me procurou relatando os seus sonhos noturnos semanais com um antig
o noivo (quando
ainda tinha 19 anos), dos quais não conseguia livrar-se. Já era casada há quase 30 ano
s e apesar do grande
espaço de tempo e de não possuir qualquer sentimento pelo antigo parceiro, não consegu
ia livrar-se destes
sonhos. Somente após renunciar os envolvimentos lascivos e toda aliança estabelecida
no reino espiritual
entre ela e o noivo, foi que então se viu livre em Cristo e sem mais estes ‘pesadelo
s noturnos’.
9 . O QUE SE DEVE RENUNCIAR
Primeiramente, deve-se fazer uma lista completa de todos os compromissos, rituai
s e práticas do
ocultismo, espiritismo, umbanda, entidades recebidas e homenageadas, banhos, pas
ses, cantigas de
invocação, marcas no corpo, trabalhos espirituais realizados, etc. Deve também assinal
ar ligações com
catolicismo e todas as seitas em geral.
Em segundo lugar, aliste o envolvimento com outros pecados como drogas, bebedeir
a, músicas profanas,
abortos, homicídios e outros pecados de natureza moral.
Em último lugar, faça um levantamento de todo envolvimento com o sexo pervertido. É ne
cessário que se
confesse e renuncie os envolvimentos sexuais e também que se desligue a pessoa de
cada antigo parceiro,
citando o seu nome. Coloque o sangue de Jesus entre ela e cada um. Neuza Itioka
tem aconselhado
também a pessoa a orar tomando de volta tudo aquilo que ficou com o antigo parceir
o (parte da alma) e
devolver tudo que é dele espiritualmente falando, em nome de Jesus.
10 . RESULTADOS DA RENÚNCIA
O reino espiritual age baseado na lei da legalidade. Por isso, os demônios perdem
o direito de
posse e de permanência. As ataduras são cortadas e a pessoa tem liberdade para camin
har
espiritualmente com êxito.
A pessoa liberta passa a experimentar de forma mais ampla a provisão da cruz de Cr
isto.
As compulsões são desfeitas e a pessoa tem liberdade para ser ela mesma.
Muitas enfermidades são curadas.
Cortadas as ligações, os espíritos podem se manifestar.
É bastante palpável a diferença que se verifica na pessoa que confessou seus pecados e
renunciou
a satanás e suas obras. O peso, a ansiedade, a angústia, a depressão e as prisões que ac
ompanhavam a
pessoa desaparecem
11 . EXEMPLO DE ORAÇÃO DE RENÚNCIA E CONFISSÃO
“Em nome de Jesus Cristo, eu confesso este pecado (cite o pecado) e peço perdão a Deus
. Eu renuncio
(cite cada vínculo, prática ou aliança) e comando para que todos os demônios, que vieram
em
decorrências destas práticas, sejam amarrados e saiam da minha vida e não voltem mais,
no nome de
Jesus Cristo”
30
O FÍSICO, O PSICOLÓGICO E O ESPIRITUAL
I tessalonicenses 5:23
Alcione Emerich
O homem é um ser tridimensional, sendo a sua natureza tríplice (I Tes. 5:23). As dim
ensões do homem
são as seguintes:
a) ESPÍRITO HUMANO = A dimensão do homem que lida com âmbito espiritual. A parte do
homem que conhece a Deus e percebe as coisas espirituais.
b) ALMA = A dimensão do homem que lida com o âmbito mental. Podemos dividi-la em cin
co
partes: intelecto (raciocínio), emoções (sentimento), vontade (desejo), consciência (jui
z interior) e
livre-arbítrio (poder de decisão)
c) CORPO = A dimensão do homem que lida com o âmbito físico. A casa em que habitamos
“Que se passa comigo?” pergunta alguém. Está é uma esfera na qual as atividades do diabo são
particularmente frequência e por demais perniciosas. Somos criaturas complexas, fe
itas de corpo, alma e
espírito; esses são interligados e regem uns aos outros. Muitos dos nossos problemas
na vida se devem a
esse fato e em nossa incapacidade de compreender o lugar, a função e o âmbito de cada
uma dessas
esferas. Naturalmente, o diabo tira vantagem disto. De fato, muitos cristãos estão n
a mais completa
ignorância nesta área em que os limites fronteiriços do físico, do psicológico e do espiri
tual se encontram.
Essa ignorância tem trazido grandes danos.
CONSIDERE O FÍSICO COM O ESPIRITUAL
Há cristãos que às vezes ficam em grande dificuldade porque confundem uma condição,
simplesmente física com uma condição espiritual. Exemplos:
I – ENFERMIDADES: Jesus ensinou a diferenciação das esferas: Mc 16:17-18; Mc 7:32-35;
9: 25
(existem enfermidades orgânicas e existem enfermidades espirituais)
Paulo: I Tm 5:23 e Gl 4:13 – O que podemos aprender?
I Tm 5:23
1- Um crente fiel pode passar pela enfermidade
2- Não é motivo de vergonha (Prov 31:4-7)
3- Deus usa a medicina
Gálatas 4:12-14
1- Soberania de Deus (“A sua maior dor será o seu maior ministério”)
2- Não houve associação com pecado ou falta de fé
31
II- ALTERAÇÕES HORMONAIS - A produção de hormônios tem de fato, um profundo efeito no esta
do
de espírito, no temperamento e na eficiência mental. As situações de hiper ou hiposecreção (
acima ou
abaixo do normal) das glândulas podem causar distúrbios emocionais e mentais que aba
lam a saúde e a
paz de espírito
- A hipersecreção da tiroxina, pela tireoide, por exemplo, torna a pessoa nervosa e
irritadiça
(hipertireoidismo). A baixa produção deixará a pessoa prostrada e depressiva (hipotire
oidismo).
- As mulheres demonstram acentuado otimismo e maior autoconfiança no período de ovul
ação,
quando o estrogênio e a progesterona alcançam elevado índice de produção, mas se tornam
extremamente ansiosas ou hostis quando os níveis desses hormônios caem, durante os p
eríodos
pré-menstrual e menstrual.
- Depressão pós-parto: “O pós-parto é um período de deficiência hormonal. Durante a gestação,
organismo da mulher esteve submetido a altas doses de hormônios e tanto o estrógeno
quanto a
progesterona agem no sistema nervoso central, mexendo com os neurotransmissores
que
estabelecem a ligação entre os neurônios. De repente, em algumas horas depois do parto
, o nível
desses hormônios cai vertiginosamente, o que pode ser um fator importante no desen
cadeamento
dos transtornos pós-parto”
III – ALTERAÇÕES NOS NEUROTRANSMISSORES
- Os neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, as células ne
rvosas com a
função de biossinalização. Por meio delas, podem enviar informações a outras células. Podem t
mbém
estimular a continuidade de um impulso ou efetuar a reação final no órgão ou músculo alvo.
Os
neurotransmissores agem nas sinapses, que são o ponto de junção do neurônio com outra célu
la.
- Psicotrópicos são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que são capazes de modific
ar de vários
modos a atividade mental, excitando, deprimindo ou provocando uma ação perturbadora
no psiquismo.
- Antidepressivo: é uma substância considerada eficaz na remissão de sintomas caracterís
ticos
da síndrome depressiva, em pelo menos um grupo de pacientes com transtorno depress
ivo. Hipóteses: a)
Redução da quantidade de neurotransmissores (serotonina e noradrenalina); b) Anormal
idade nos
receptores (up-regulation) – muito receptor, mas pouca serotonina (Os anti-depress
ivos inibem a
receptação desses neurotransmissores)
- Ansiolítico é nome que se dá aos medicamentos capazes de reduzir a ansiedade e exerc
er um efeito
calmante, com pouco ou nenhum efeito sobre as funções motoras ou mentais. O termo se
dativo é
sinônimo de calmante ou sedante.
- Antipsicóticos: na esquizofrenia tem-se excesso de dopamina (os antipsicóticos blo
queiam receptores
D2 pós-sinapticos)
IV- ANEMIA: A anemia também consta na lista dos problemas originados do físico que p
odem ser
confundidos com o espiritual. Vejamos quais são suas causas: dieta alimentar defic
iente, dificuldade do
organismo em absorver determinadas vitaminas, sangramento excessivo (hemorragias
, período menstrual
prolongado), dentre tantos outros. Agora, alguém que está anêmico apresentará quais sint
omas? Veja
alguns deles: dificuldades na respiração, fraqueza, cansaço, dificuldade de concentração,
perda de
energia, vigor e disposição para fazer as coisas.
32
V – ESTRESSE:
I Tm 4:16 – “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque,
fazendo assim,
salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes”
1- Minha história de estresse (eletroencefalograma e revelação)
2- O que é o stress? Pecado contra o templo do Espírito
3- A ordem é: cuide de você primeiro, depois você terá condições de cuidar dos outros
4- Reveja suas prioridades:
a. Paul Yong Cho quase se divorcia (Deus – Eu – Cônjuge – Filhos – Igreja)
B – Caso de Lana Hodem – “Não havia uma noite livre...”
“Somos tentados a ver a pilha de correspondência em nossa mesa e a agenda cheia de
compromissos como indicadores da nossa importância e popularidade. Na verdade, ele
são
sinais é de que temos medo de ser insignificantes e de que não sabemos estabelecer l
imites,
dando prioridade ao que de fato importa” (Gary Olliver – pg. 43)
* Abaixo de Deus, o que a sua família pensa sobre você deve significar mais do que a
opinião de qualquer outra pessoa na face desta terra (eles conhecem o seu caráter e
os
outros normalmente apenas a sua reputação)
Dificuldades relatadas por pessoas que se encontravam em cada fase do stress
Marilda Lipp
Fase de Alerta:
SONO: Dificuldade em dormir muito acentuada devido à adrenalina.
SEXO: Libido (vontade de ter sexo) alta. Muita energia. O sexo ajuda a relaxar.
TRABALHO: Grande produtividade e criatividade. Pode varar a noite sem dificuldad
e.
CORPO: Tenso. Músculos retesados. No inicio da fase, aparece a taquicardia (coração di
sparado).
Sudorese. Sem fome e sem sono. Mandíbula tensa. Respiração mais ofegante do que o norm
al. No todo, o
organismo reage em uma perfeita união entre mente e corpo. A tensão do corpo encontr
a correspondência
na mente.
HUMOR: Eufórico. Pode ter grande irritabilidade devido à tensão física e mental experime
ntada.
Fase de Resistência:
SONO: Normalizado.
SEXO: Libido (vontade de ter sexo) começa a baixar. Pouca energia. O sexo não aprese
nta interesse.
TRABALHO: A produtividade e a criatividade voltam ao usual, mas às vezes não consegu
e ter novas
r quê.
CORPO: Cansado, mesmo tendo dormido bem. O esforço de resistir ao stress se manife
sta em uma certa
sensação de cansaço. A memória começa a falhar. Mesmo não estando com alguma doença, o organi
mo
se sente “doente”.
HUMOR: Cansado. Só se preocupa com a fonte de seu stress. Repete o mesmo assunto e
se torna tedioso.
33
Fase de Quase-exaustão:
SONO: Insônia. Acorda muito cedo e não consegue voltar a dormir.
SEXO: Libido (vontade de ter sexo) quase desaparece. A energia para o sexo está se
ndo usada na luta
contra o stress e a pessoa perde o interesse.
TRABALHO: A produtividade e a criatividade caem dramaticamente. Consegue somente
dar conta da
rotina, mas não cria e nem tem r quê originais.
CORPO: Cansado. Uma sensação de desgaste aparece. A memória é muito afetada e a pessoa e
squece
fatos corriqueiros, até mesmo seu próprio telefone. Doenças começam a surgir. As mulhere
s apresentam
dificuldades na área ginecológica. Todo o organismo se sente mal. Ansiedade passa a
ser sentida quase
que todo dia.
HUMOR: A vida começa a perder o brilho. Não acha graça nas coisas. Não quer socializar.
Não sente
vontade de aceitar convites ou de convidar. Considera tudo muito sem graça e as pe
ssoas tediosas.
Fase de Exaustão:
SONO: Dorme pouco. Acorda cedíssimo e não se sente revigorado pelo sono.
SEXO: Libido (vontade de ter sexo) desaparece quase que completamente.
TRABALHO: Não consegue mais trabalhar como normalmente. Não produz. Não consegue se co
ncentrar
e nem decidir.O trabalho perde o interesse.
CORPO: Desgastado e cansado. Doenças graves podem ocorrer, como depressão, úlceras, pr
essão alta,
diabetes, enfarte, psoríase etc. Não há mais como resistir ao stress. A batalha foi pe
rdida. A pessoa
necessita de ajuda médica e psicológica para se recuperar. Em casos mais graves, pod
e ocorrer a morte.
HUMOR: Não socializa. Foge dos amigos. Não vai a festas. Perde o senso de humor. Fic
a apático. Muitas
pessoas têm vontade de morrer.
Como controlar o stress?
Marilda Lipp
Sugerimos atenção para quatro áreas da vida: alimentação, exercício físico, relaxamento e asp
ctos
emocionais.
Alimentação anti-stress: Deve ser rica em legumes, verduras e frutas. Evite gordura,
chocolate,café, refrigerantes e sal.
Exercício físico: Consulte o seu médico antes de começar a se exercitar. Sugerimos camin
hadas
de 30 minutos pelo menos 3 vezes por semana
Estabilidade emocional: Tente pensar de modo positivo, vendo o lado bom das cois
as. Se algo o
incomoda, tente falar sobre o assunto. Se alguém o magoar, converse com a pessoa d
e modo
calmo sobre seus sentimentos. Se enfocar o que você sente e não o que ela fez de err
ado, ela não
terá como magoá-lo ainda mais.
34
Ser competitivo demais, querer fazer tudo muito rápido e várias coisas ao mesmo temp
o cria stress. Tente
vivenciar a vida um pouco mais devagar, sentindo o prazer de cada atividade enqu
anto está envolvido
nela.
VI- VELHICE: Se analisarmos alguns casos ou estivermos vivendo a terceira idade,
verificaremos que
algumas mudanças naturais acontecerão: a concentração pode ficar mais debilitada, lapsos
de memória
ocorrem com maior frequência, o vigor físico tende a diminuir, declínio na coordenação mus
cular, menor
capacidade para enfrentar tensões emocionais, bem como mudanças na aparência física. Tod
os estes
processos são normais e fazem parte do ciclo de nossas vidas.
VII- CARNE (Natureza Humana): Até aqui falamos do corpo (gr. Soma). Qual é a carne q
ue deve morrer,
segundo as Escrituras? É a nossa natureza humana decaída desde o Éden. Esta natureza não
é material e
sim, interior ao homem. Como nós mesmos sabemos, ela é comumente chamada na Bíblia de
carne, que
em grego, é sarx. Sobre ela, o apóstolo nos diz, “Porque eu sei que em mim, isto é, na m
inha carne (sarx),
não habita bem nenhum: pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo” (Rm 7:18).
Escrevendo aos Gálatas, Paulo também nos ensinou que, “a carne (sarx) milita contra o
Espírito, e o
Espírito contra a carne (sarx), porque são opostos entre si: para que não faças o que po
rventura do
vosso querer” (Gl 5:17). Em outras palavras: nossa carne é inimiga de Deus e a mesma
precisa morrer, se
é que queremos viver na presença de Deus.
Indiferença; Hostilidade;
Distanciamento / independência;
Super envolvimento emocional;
Exagero nas respostas emocionais;
Padrões rígidos de comportamento;
Desordens psicossomáticas.
Toda dor não transformada em palavras comparece no corpo como sintoma.
Quando a família não dá conta de lidar com todas as questões de suas disputas internas,
além das pressões do
mundo moderno, só resta muitas vezes o adoecimento como possibilidade de união e afe
tividade.
Sinalizadores de famílias disfuncionais:
Um ou ambos os pais são depressivos ou frustrados com a vida.
Pais compulsivos com o trabalho, com a raiva, consumismo, apetites descontrolado
s, etc.
Pais imaturos – em especial, aqueles que se apóiam nas crianças para obter suprimento,
ajuda ou para se
vangloriar.
Pais que usam os filhos para atingir o cônjuge. Chantagens emocionais.
Pais que estão em uma relação desconfortável consigo mesmos e com Deus; religiosos, mas
radicalmente
ligados ao comportamento.
Pais que se divorciam, separam, brigam viciosamente ou tem um relacionamento ama
rgurado, hostil um
com o outro.
Filhos participando de brigas dos pais. Pais que brigam o tempo todo, numa verda
deira guerra familiar.
Filhos confidentes de pais insatisfeitos no relacionamento conjugal
83
Pais que ficam dependentes dos filhos e fazem tudo para os segurar, mesmo já adult
os, provocando
inclusive conflitos com os cônjuges dos filhos.
O grau de empobrecimento da relação e da comunicação é muito alto na família disfuncional. T
odo mundo se
queixa de tudo para não expressar a sua verdadeira queixa. E quando falam é com agre
ssividade, omitindo a
verdadeira queixa. O adoecimento fornece a oportunidade de uma queixa real e visív
el.
Há poucas pesquisas validadas sobre o papel da família nas doenças psicossomáticas e mui
ta coisa é compreendida
apenas intuitivamente através de leituras e do trabalho clínico, mas podemos concord
ar com Freud quando diz que
“a história pessoal e a biografia familiar determinam, na maioria das pessoas, a for
ma e a ocasião de adoecer”.
Fica, porém, bem claro para nós, que para trabalhar com família, precisamos compreende
r como se processa a
dinâmica familiar, em que tipo de contexto familiar o indivíduo está inserido, para, a
partir daí, estruturarmos uma
linha de trabalho como mediadores das mudanças que se apresentam necessárias no proc
esso de construção de
novas relações familiares.
É através de um efetivo processo de elaboração que o sujeito pode reescrever a sua históri
a, e retomar a maestria da
sua vida que estava na mão das figuras significativas de sua história familiar.
“Edificarão os lugares antigamente assolados, restaurarão os de antes destruídos e renov
arão as cidades
arruinadas, destruídas de geração em geração. A sua posteridade será conhecida entre as naçõe
os seus
descendentes, no meio dos povos; todos quantos os virem os reconhecerão como família
bendita do Senhor”. Is
61.4,9
84
MORMONISMO
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Prof. Tiago de Melo Cursino Rocha.
tigmc@hotmail.com
1. História.
Segundo os registros da Igreja mórmon, na primavera de 1820 o jovem Joseph Smith,
aos 14 anos de idade,
em um bosque perto de sua casa, recebeu a visita de dois seres celestiais. Um de
les apontava para o outro e
dizia: “Este é meu Filho Amado, Ouve-O!”. Joseph certo de que seria o Senhor, então perg
untou: “Qual das
igrejas devo me filiar?”. O Senhor então respondeu para que ele não se unisse a nenhum
a delas, porque todas
estavam erradas; que todos os seus credos eram uma abominação à Sua vista; tinham reli
giosidade aparente,
mas negavam o Seu poder. (Joseph Smith 2:19 ).
Segundo os registros, no dia 22 de Setembro de 1823, um ser celestial chamou Jos
eph pelo nome e lhe
disse que era um mensageiro enviado da presença de Deus e que se chamava Morôni. Est
e lhe disse que haveria
um trabalho a ser feito e que seu nome seria conhecido por bem ou por mal entre
todas as nações, famílias e
línguas, ou que seria citado por bom ou por mau entre todos os povos. (Joseph Smit
h 2:33). “O anjo ainda disse
que havia um livro depositado, escrito sobre placas de ouro, dando conta dos ant
igos habitantes do continente
Americano, assim como a origem de sua procedência. Disse também que nele (Joseph Smi
th) se encerrava a
plenitude do Evangelho eterno, como foi entregue pelo Salvador aos antigos habit
antes.” (Joseph Smith 2:34).
Quatro anos depois o anjo Morôni teria entregado as placas de ouro para Joseph Smi
th e lhe ordenado a
tradução. Além das placas de Ouro, havia também o Urim, o Tumim e o peitoral, que servir
iam para a tradução.
Segundo explicação no Livro de Mórmon, as placas estavam escondidas desde o ano de 412
d.C. por Morôni
ainda vivo, que seria o último dos profetas-historiadores Nefitas.
Segundo os Registros, no dia 15 de Maio de 1829, um mensageiro celestial aparece
u a Joseph Smith e
Oliver Cowdery e se apresentou como João Batista do Novo Testamento. Este lhes impôs
a mão sobre a cabeça
e disse: “A vós, meus conservos, em nome do Messias, eu confiro o Sacerdócio de Aarão, q
ue possui as chaves
do ministério de anjos e do evangelho do arrependimento e do batismo por imersão par
a remissão dos pecados;
e ele nunca mais será tirado da terra, até que os filhos de Levi tornem a fazer, em
retidão, uma oferta ao
Senhor.” (Doutrinas e Convênios 13:1). Neste mesmo dia, Pedro, Tiago e João teriam apa
recido a Joseph e
Oliver e conferiram-lhe o Sacerdócio de Melquisedeque e as chaves do Reino de Deus
.
A Igreja Mórmon foi fundada no dia 6 de Abril de 1830. Neste encontro Joseph teria
recebido uma revelação
da parte de Deus sobre ele mesmo e pregou aos presentes: “Portanto vós, ou seja, a i
greja, dareis ouvidos a todas
as palavras e mandamentos que ele ( Joseph ) vos transmitir à medida que ele ( Jos
eph ) os receber, andando em
toda santidade diante de mim ( Deus ). Pois suas palavras (Joseph) recebereis co
mo de minha própria boca (
Deus ) como toda a paciência e fé. Porque, assim fazendo, as portas do inferno não pre
valecerão contra vós;
sim, e o Senhor Deus afastará de vós os poderes das trevas e fará tremerem os céus para
o vosso bem e para a
glória de seu nome.”
Segundo os registros, em Abril de 1836, após a consagração do primeiro Templo Mórmon em
Kirtland,
Estado de Ohio, Moisés e Elias teriam aparecido a Joseph e Oliver em uma sala rese
rvada. Moisés teria
conferido-lhes as chaves para coligar Israel das quatro partes da Terra e trazer
as dez tribos da terra do norte.
Elias teria conferido-lhes a Dispensação do Evangelho de Abraão, que suas sementes em
todas as gerações
depois deles seriam abençoadas. Elias também havia dito: “Eis que é chegado plenamente o
tempo proferido
pela boca de Malaquias - testificando que ele ( Elias, o profeta ) seria enviado
antes que viesse o grande e
terrível dia do Senhor para voltar o coração dos pais para os filhos e os filhos para
os pais, a fim de que a terra
toda não seja ferida com uma maldição. Portanto as chaves desta dispensação são confiadas a
vossas mãos; e
assim sabereis que o grande e terrível dia do Senhor está perto, sim, às portas.” (Doutr
inas e Convênios 110: 1316).
2. Escrituras Mórmons.
2.1.
Livro de Mórmon.
Segundo os Mórmons, o Livro de Mórmon (Alicerce da religião mórmon) é um registro de comun
icação de
Deus com antigos habitantes das Américas, contendo a plenitude do Evangelho Eterno
. Segundo eles, o livro foi
escrito por muitos profetas antigos em placas de ouro e citadas e resumidas por
um profeta historiador chamado
mórmon.
O Livro relata duas grandes civilizações: uma teria vindo de Jerusalém no ano de 600 a
.C. e posteriormente
de dividiu em duas nações (Nefitas e Lamanitas); a outra teria vindo para as Américas
logo após o Senhor
85
confundir as línguas na torres de babel (Jareditas). Segundo o livro, os Nefitas e
Jareditas foram completamente
destruídos, sobrando apenas os Lamanitas, que são os principais antepassados dos índio
s americanos.
O livro chega a seu clímax no registro do ministério pessoal do Senhor Jesus Cristo
entre os nefitas, que
segundo o livro, Jesus teria vindo entre esse povo logo após a sua ressurreição.
Segundo a história, após terminar seus escritos, Mórmon entregou os registros a seu fi
lho Morôni, que acrescentou
algumas palavras e escondeu as placas no Monte Cumora (por volta de 461 d.C.). E
ste então ressurreto e
glorificado, apareceu a Joseph Smith e o ordenou que traduzisse os relatos das p
lacas para o inglês.
Segundo explicação dentro do próprio livro de Mórmon, existiriam quatro tipos de placas
de metal:
Placas de Néfi – Placas Menores: Assuntos Espirituais e ao ministério e ensinamentos d
os profetas (1
Néfi; 2 Néfi; Jacó; Enos; Jarom e Ômoni). Placas Maiores: História Secular dos povos em que
stão (Mosias;
Alma; 3 Néfi; 4 Néfi; Mórmon – Até o capítulo 7).
Placas de Mórmon – Resumo das Placas Maiores de Néfi, feito por Mórmon com diversos come
ntários.
Também contém a continuação da história escrita por Mórmon e acréscimos de seu filho Morôni.
Placas de Éter – Contém a história dos Jareditas. Foi resumido por Morôni com comentários p
rios e o
intitulou como Livro de Éter.
Placas de Latão – Trazidas de Jerusalém pelo povo de Leí em 600 a.C.. Continham os cinco
livros de
Moisés, a criação do mundo e Adão e Eva; e registros dos judeus desde o princípio até o começ
do reinado
de Zedequias, rei de Judá. Também se encontra citações de Isaías e Jeremias e de outros pr
ofetas bíblicos e
não bíblicos.
No final do último livro, chamado Moroni, o autor convida a todos os leitores a fa
zer uma oração para que
Deus o revele que o livro em questão é verdadeiro:
“Eis que desejo exortar-vos, quando lerdes estas coisas, caso Deus julgue prudente
que as leiais, a
vos lembrardes de quão misericordioso tem sido o Senhor para com os filhos dos hom
ens, desde a
criação de Adão até a hora em que receberdes estas coisas, e a meditardes sobre isto em
vosso
coração.
E quando receberdes estas coisas, eu vos exorto a perguntardes a Deus, o Pai Ete
rno, em nome de
Cristo, se estas coisas não são verdadeiras; e se perguntardes com um coração sincero e
com real
intenção, tendo fé em Cristo, ele vos manifestará a verdade delas pelo poder do Espírito S
anto. E
pelo poder do Espírito Santo podeis saber a verdade de todas as coisas.” (Morôni 10: 3
-5).
2.2.
Pérolas de Grande Valor.
Para os mórmons, o livro Pérolas de Grande Valor são traduções de algumas partes da Bíblia,
incluindo o
livro de Moisés e Abraão. Contém também as 13 regras de fé da Igreja:
Seleções do Livro de Moisés – Extrato do livro de Genesis da tradução bíblica feita por Jos
Smith,
iniciado em Junho de 1830.
Livro de Abraão – Segundo a Igreja mórmon, são as traduções de alguns papiros egípcios que
garam às
mãos de Joseph em 1835, contendo papiros escritos à mão pelo Patriarca.
Livro de Mateus – Tradução de parte do livro de Mateus entregue a Joseph, segundo ele
mandado por
Deus. O trecho seria Mateus 23:39 e o capítulo 24.
História – Trechos do testemunho e da história oficial de Joseph, preparados em 1838.
Regras de Fé – Declaração de Joseph publicada em 1 de Março de 1842. São estas 13:
1.Cremos em Deus, o Pai Eterno, e em Seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito Santo.
2.Cremos que os homens serão punidos por seus próprios pecados e não pela transgressão d
e Adão.
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3.Cremos que, por meio da Expiação de Cristo, toda a humanidade Pode ser salva por o
bediência às leis e
ordenanças do Evangelho.
4.Cremos que os primeiros princípios e ordenanças do Evangelho são: primeiro: Fé no Senh
or Jesus Cristo;
segundo: Arrependimento; terceiro: Batismo por imersão para remissão de pecados; qua
rto: Imposição de
mãos para o dom do Espírito Santo.
5.Cremos que um homem deve ser chamado por Deus, por profecia e pela imposição de mãos
, por quem
possua autoridade, para pregar o Evangelho e administrar suas ordenanças.
6.Cremos na mesma organização que existia na igreja primitiva, isto é, apóstolos, profet
as, mestres,
evangelistas, etc.
7.Cremos no dom de línguas, profecia, revelação, visões, cura, interpretação de línguas, etc.
8.Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, desde que esteja traduzida corretamente;
também cremos ser o
Livro de Mórmon a palavra de Deus.
9.Cremos em tudo o que Deus revelou, em tudo o que Ele revela agora e cremos que
Ele ainda revelará
muitas coisas grandiosas e importantes relativas ao Reino de Deus.
10.
Cremos na coligação literal de Israel e na restauração das Dez Tribos; que Sião (A Nova Je
rusalém)
será construída no Continente Americano; que Cristo reinará pessoalmente na Terra; e q
ue a Terra será
renovada e receberá sua Glória paradisíaca.
11.
Pretendemos o privilégio de adorar a Deus Todo-Poderoso de acordo com os ditames d
e nossa
própria consciência; e concedemos a todos os homens o mesmo privilégio, deixando-os ad
orar como, onde
ou o que desejarem.
12.
Cremos na submissão a reis, presidentes, governantes e magistrados; na obediência, h
onra e
manutenção da lei.
13.
Cremos em ser honestos, verdadeiros, castos, benevolentes, virtuosos e em fazer
o bem a todos os
homens; na realidade, podemos dizer que seguimos a admoestação de Paulo: Cremos em t
odas as coisas,
confiamos em todas as coisas, suportamos muitas coisas e esperamos ter a capacid
ade de tudo suportar. Se
houver qualquer coisa virtuosa, amável, de boa fama ou louvável, nós a procuraremos.
2.3.
Doutrinas e Convênios.
Para os mórmons, o Livro de Doutrinas e Convênios são “revelações divinas” e declarações insp
s para
o estabelecimento e regulamentação do Reino de Deus na terra nos últimos dias; sendo e
stes escritos dirigidos tanto
para os membros da igreja como mensagens, advertências e exortações para toda a humani
dade.
A Maior parte deste livro foi escrita pelo primeiro presidente da Igreja Joseph
Smith, salvo as seções 135:
Elder Jonh Taylor relatando a morte de Joseph Smith e Hyrum Smith; 136: Instruções d
e Brigham Young sobre a
viagem que fariam; e 138: por Joseph F. Smith, em Salt Lake, relatando na 89 Conf
erência Semestral da Igreja
algumas revelações antigas.
Para a igreja mórmon, Doutrinas e Convênios é uma das obras-padrão da Igreja, ao lado da
Bíblia Sagrada,
do Livro de Mórmon e da Pérola de Grande Valor. Entretanto, para a igreja Mórmon, o es
te livro é uma obra
singular, por ter origem moderna, ouvindo nas revelações a voz terna e firme do Senh
or Jesus Cristo falando de
novo na dispensação da plenitude dos tempos, sendo a obra uma preparação para a segunda
vinda, cumprindo as
palavras de todos os santos profetas desde o princípio do mundo e de acordo com el
as.
2.4.
Periódicos.
2.4.1. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja ( Desde Joseph Smith até hoje foram
16
presidentes:
87
1. Joseph Smith Jr.
2. Brigham Young.
3. John Taylor.
4. Wilford Woodruff.
5. Lorenzo Snow.
6. Joseph F. Smith.
7. Heber J. Grant.
8. George Albert Smith;
9. David O. McKay.
10. Joseph Fielding Smith.
11. Harold B. Lee.
12. Spencer W. Kimball.
13. Ezra Taft Benson.
14. Howard W. Hunter.
15. Gordon B Hinckley.
16 - Thomas S. Monson.
2.4.2. A Liahona (Revista Mensal)
2.4.3. A Família: Proclamação ao Mundo.
2.4.4. O Cristo Vivo – Testemunhos dos Apóstolos.
2.4.5. New Era.
2.4.6. A Verdade Restaurada.
2.4.7. Guia de Estudos das Escrituras.
2.4.8. Para o Vigor da Juventude.
3. Sistema de missões.
O Sistema de missões da Igreja Mórmon é um dos melhores existentes na atualidade. Cada
jovem é educado
desde o berço a fazer dois anos de missões em um lugar desconhecido para ele. Isso é o
brigatório a todos os do
sexo masculino. Para o sexo feminino fica opcional.
Para o adolescente já se torna uma expectativa por fazer missões, pois nas regras im
posta pela igreja, uma
jovem moça só pode ser casar com um jovem mórmon que já se tornou Elder ( titulo dados a
os missionários).
Durante esses dois anos, o jovem fica proibido de ter qualquer tipo de contato c
om a família, exceto por cartas
e um telefonema no Natal. Sempre andam em duplas, moram em um apartamento ou cas
a com outros missionários
e com o líder da missão daquela área.
O custo de manutenção dos missionários não fica muito caro para a igreja, pois todos os
dias da semana os
missionários fazem escalas para fazer as refeições nas casas dos membros. Para um memb
ro da igreja é sempre um
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privilégio receber e alimentar os missionários da igreja. Estes são tratados com total
respeito por todos os membros.
Cada capela é responsável por um grupo de missionários que abrange determinada área do b
airro, cidade e estado.
Depois da missão, o jovem retorna ao seu lar e igreja e já se envolve nos programas
sociais da igreja, como
banco de emprego, faculdade e até bailes para conhecer jovens com o intuito de nam
oro. As jovens ficam ansiosas
pelo retorno dos élderes para o lar, pois sabem que é a hora certa para começar o namo
ro com o intuito de
casamento.
Até o ano de 2007 havia em torno de 2.745 estacas ao redor do mundo, somando um to
tal em torno de
12.868,600 membros; um crescimento de 10,4% comparado ao de 2006. Em 2009 chegav
a em torno de 13.824,854
membros, 28,424 congregações e 51.736 missionários espalhados pelo mundo.
No Brasil, nos últimos 6 anos, houve um crescimento de 460%, totalizando em torno
de 1.100,000 de Membros,
239 estacas, 49 distritos e 7 templos.
4. Templo Mórmon.
No Brasil, atualmente, existem sete templos: Manaus, Campinas, Recife, São Paulo,
Campinas e Porto Alegre.
As igrejas que vemos na cidade são chamadas de capelas, onde são realizadas as reuniõe
s dominicais e
reuniões sociais durante a semana.
Os templos mórmons são específicos para certas Ordenanças exclusivamente dos membros da
igreja com mais
de um ano de conversão e freqüência na igreja. É preciso fazer um curso de preparação para o
Templo, ser
considerável apto para tal e ter autorização do bispo responsável pela capela onde o ind
ivíduo é membro.
Assim como os muçulmanos, pelo menos uma vez na vida todo membro mórmon é obrigado a t
er ao templo
realizar as ordenanças.
A primeira ordenança é feita com jovens casados, que segundo os ensinamentos da igre
ja, são selados
eternamente perante Deus por uma autoridade mórmon com a finalidade de se reconhec
erem no céu durante a
eternidade. Também é feito o selamento com a família e com filhos que já morreram, etc.
A Segunda ordenança que é feita exclusivamente no templo é o Batismo de Mortos. A Igre
ja Mórmon possui o
maior e mais completo banco de dados de arvore genealógica do mundo. Eles acredita
m que os mortos estão em
um lugar tipo um purgatório, esperando que alguém se batize no lugar dele para poder
entrar no Reino de Deus.
Segundo a Igreja, esta autoridade foi passada ao profeta Joseph Smith e repassad
a por imposição de mãos aos
membros durante os anos.
A terceira ordenança feita no Templo é feita na Sala Celestial, onde a pessoa fica f
rente a frente com o Pai
Eterno e ali é revelado todos os convênios para a sua vida aqui na terra. Após este ri
tual as pessoas recebem uma
roupa chamada garments, que será usada pelo resto da vida por baixo das roupas nor
mais da pessoa, ficando sob
pena de esquecimento caso não a use.
5. Idolatria aos Profetas.
Segundo a Igreja Mórmon, sempre em sua história, começando por Joseph Smith, há um profe
ta vivo na terra
que recebe as revelações diretamente do Pai Celestial, e este por sua vez, repassa e
ssas revelações para a Igreja.
O que muitos não conseguem enxergar é a idolatria que se faz em torno do profeta, e
como as pessoas se
distanciam cada vez mais da verdadeira Escritura Sagrada, a Bíblia:
“E tudo que falarem, quando sob inspiração do Espírito Santo, SERÁ ESCRITURA, será a vontade
do
Senhor, será a mente do Senhor, será a palavra do Senhor, será a voz do Senhor e o pod
er de Deus para a
salvação. Eis que é esta a promessa do Senhor a vós ó Meus servos.” (Doutrina e Convênios, 68
4).
"Eu digo agora que quando eles são copiados (discursos) e aprovado por mim, eles são
tão válidos quanto
as Escrituras desta Bíblia, e se você quiser ler revelações, leia as palavras dele, que
conhece a mente de
Deus...". Brigham Young, Journal of Discourses, v. 13, p. 261, October 6, 1870.
Distanciam-se também do verdadeiro foco relatado em toda a Bíblia: Jesus Cristo. E a
inda conferindo poderes
a um simples ser humano. Veja este comentário:
"Todo aquele que confessa que Joseph Smith foi enviado por Deus para revelar o s
anto Evangelho aos
filhos dos homens, e lançar as bases para a reunião de Israel, e construir o Reino d
e Deus na Terra, este
espírito é de Deus, e todo espírito que não confessa que Deus enviou Joseph Smith, e rev
elou o
evangelho eterno, para e através dele, é do Anticristo." Brigham Young, Journal of D
iscourses, v. 8, p.
176, September 9, 1860.
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Este poder não foi dado somente ao primeiro presidente profeta da igreja, mas sim
a todos que se ocuparem
deste cargo:
"Meu filho, você deve sempre manter seus olhos no Presidente da Igreja, e se ele l
he disser para fazer
algo de errado, e você assim o fizer, o Senhor te abençoará por isso."
Heber J. Grant, as quoted by Marion G. Romney in “The Covenant of the Priesthood,” E
nsign, July
1972, p. 98.
6. Hinologia Mórmon.
A Igreja mórmon é muito rica em Música, arte e cultura. Prova disso é o Coro do Tabernácul
o, composto de
360 vozes de membros entre 25 e 60 anos. Este é um dos mais conceituados corais do
mundo. Sempre
apresentando com uma orquestra completa e um dos maiores e mais completo órgão de tu
bos do mundo, contendo
11.623 tubos.
Existe um hinário específico para Crianças, um para as jovens e musicais para serem ap
resentados com união
de corais de várias estacas, tais como Para o Vigor da Juventude e Quando o Profet
a fala.
O Hinário oficial contém mais de 200 hinos, muitos deles usando melodias de hinos tr
adicionais, tais como
Vencendo vem Jesus, Careço de Jesus, Castelo forte e alguns de Natal. O que chama
atenção no hinário são as
seções de hinos que falam sobre a doutrina:
Com Braço forte, Deus de Nossos Pais, Rege os grandes mundos Celestiais.
E os conserva em Evolução. Quão poderosa é a Sua mão. Hino 31, 1 Estrofe.
Existe uma seção de hinos sobre os profetas da Igreja:
Graças damos, ó Deus, por um profeta que nos guia nos tempos atuais.
Por mandar-nos a luz do Evangelho nossas almas livrando do mal.
E graças por todas as bênçãos, que pro manam de ti sobre nós.
Queremos contentes servistes e fiéis atender sua voz. Hino 09. 1 Estrofe.
7. Mórmons X Maçonaria.
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Maio de 1818. Pai de Joseph se torna Mestre Marçon.
06 de Abril de 1840: Através de James Adams, a Igreja se filia à Maçonaria.
Fevereiro de 1841: Joseph Smith inicia seus estudos na Cabala com Alexander Naib
aur.
15 de Março de 1842: Joseph Smith é iniciado na loja maçonica de Nauvoo.
17 de Junho de 1842: 200 Mórmons iniciados na Maçonaria.
Agosto de 1842: Loja Maçônica de Nauvoo fechada pela loja de Illinois.
24 de Junho de 1844: Joseph e comitiva presos em Carthage .
7 de Junho de 1844: Emboscada e morte de Joseph Smith, possivelmente pelos marçons
.
8. Mormonismo e Libertação.
Considerando que o Pai de Joseph Smith se tornou mestre marçon; o próprio Smith e se
us irmãos se tornariam
marçons, obviamente já percebemos o grau de maldições que fora imposta sobre esta família.
Será que realmente
foi o próprio Deus encarnado que apareceu para Joseph dizendo que todas as igrejas
estavam erradas? É importante
lembrar que já haviam se passado 303 anos da Reforma Protestante e que mesmo antes
da reforma sempre houve o
Remanescente fiel, assim como descreveu a Bíblia.
Diz a história da igreja que Joseph constantemente recebia a vista de seres celest
iais. Sendo Joseph já iniciado
na Maçonaria e depois na Calaba Judaica (Bruxaria Judaica), será que realmente estes
seres seriam celestiais? O
apóstolo Paulo nos diz que se um anjo de luz aparecesse e pregasse uma doutrina di
ferente daquela que ele estava
pregando, que seria considerável Anátema.
Olhando para a história, os mórmons afirmam que Joseph recebeu as chaves do Sarcedócio
Araônico e de
Melquisedeque das mãos de João Batista, e as chaves dos Reinos dos Céus diretamente da
s mãos de Elias.
Devemos considerar que a Plenitude dos Tempos já havia se encerrado em Cristo, se
fomos pensar que um dia eles
teriam que voltar em espírito para passar às mãos de alguma pessoa aqui na terra as ch
aves do céu é pensar que o
Canon da Bíblia nunca deveria ter sido fechado, pois estaria faltando alguns fatos
na história.
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Se analisarmos as traduções segundo Joseph Smith, verificaremos que ele traduziu par
te da Bíblia sem usar os
Autógrafos (Papiros antigos que são a primeira cópia dos papiros originais), usando ap
enas o conselho dos seres
celestiais e do urim e purim. Hoje os mórmons afirmam categoricamente que a Bíblia f
oi alterada, e que só
acreditam nas traduções do Joseph.
Considerando que estes “seres celestiais” mentiram para o Joseph sobre a situação da igr
eja e posteriormente
lhe passaram 3 chaves do sarcedócio, e a partir daí, durante todas as gerações, todos os
batismos e investiduras do
sacerdócio são palavras repetidas lembrando que a tal investidura veio de Joseph, es
tamos diante de um quadro de
maldição que está sendo passado durante gerações e se espalhado pelo mundo todo. Sendo ass
im, toda pessoa que é
batizada e automaticamente recebe a investidura do Sacerdócio Araônico através da ceri
mônia de recebimento do
espírito santo por imposição de mãos, está recebendo a maldições destes espíritos que enganar
Joseph em 1820.
Se aprofundarmos estudos sobre a origem desses “seres celestiais” e considerando a i
nfluência maçônica e da
cabala judaica na vida de Joseph, vamos encontrar um quadro de opressão de demônios
que já eram conhecidos no
Antigo Testamento, tais como Baal (Belzebu, Astaroth, Asmodeus e Leviatã), Balains
, demônios do Egito como
Set, Osíris, Isis e Hórus (terceiro olho na maçonaria). Sobre influencia desses espírito
s, também vamos ter a Lilith e
Samael e Súcubos (demônios em forma feminina), Mammon (finanças), Moloque, Losferatos,
etc.. Todos os
demônios envolvidos provêm da Maçonaria e da Calaba Jucaica. Este legado podemos compr
ovar em seus
Templos, principalmente o de Salt Lake, onde figuras maçônicas ( Olho de Hórus, aperto
de mão maçônico),
cósmicas (constelação de Jupter) e de deuses (figuras de deus Sol do Egito) estão presen
tes em sua arquitetura.
Devemos chamar atenção ao principado que atua diretamente nas pessoas que fizeram os
rituais no
mormonismo chamado Belial, o demônio da loucura. Na prática de libertação os ex-mórmons qu
e estão sendo
restaurados podem ser atacados diretamente na mente, gerando muito desconforto n
a cabeça, dores intensas e
prolongadas na cabeça. Essas pessoas também podem ter muitos pesadelos com figuras e
xtremamente góticas
(demônios invadindo os sonhos) e até mesmo sonhos eróticos onde a pessoa não tem control
e sobre o sonho e o seu
corpo absorve o sonho (sintomas físicos resultante dos sonhos). Insônia, Enxaqueca,
dores de cabeça, tonteira,
desmaios, sensação de desligamento do corpo (síncope) e síndrome do pânico também podem acom
panhar os
sintomas desenvolvidos no indivíduo.
9. Considerações Finais.
Segundo os mórmons, uma vez mórmon: Mórmon para sempre. Eles sempre diziam que era mui
to raro um
mórmon se desligar da igreja; muitas pessoas diziam que jamais conheciam um ex-mórmo
n.
Hoje, pela infinita Graça e Misericórdia de Deus, posso afirmar que eu sou um ex-mórmo
n completamente
Restaurado pelo nosso único e verdadeiro Deus. Meu processo de restauração aconteceu 4
anos após o meu
desligamento da seita.
Após o meu desligamento sofri um período de muitas perseguições, mas não eram pessoas me p
rocurando: Em
todos os lugares eu ficava com medo de encontrar algum mórmon, o que acontecia fre
qüentemente, me levando a
freqüentar lugares mais reservados. O problema não era as pessoas, mas sim a confusão
que minha mente ficava
depois, meio neurótica, desconfiada e sempre a sensação de estar sendo seguido por alg
um mórmon.
Após um ano do meu afastamento, comecei com vários sintomas relacionados à mente como
desmaios,
síncopes, dores de cabeça, insônia, enxaqueca e problemas no coração devido a “problemas psi
cológicos”, pois
todos os exames que eu fazia não detectavam nada, sobrando apenas esta hipótese.
Vivi nestas condições por mais de 3 anos com vários exercícios para tentar não desmaiar (só
alguns davam
certo), experimentando remédio após remédio para ver se minha pressão não caísse de uma vez,
desencadeando os
desmaios. Nesta fase precisei-me tonar um pouco mais cauteloso e reservado, pois
havia uma série de fatores
(emocional, físico, temperatura) que me levavam a ter as crises. Isso sem contar a
s fortes dores de cabeça,
enxaqueca e insônia. O que também chamada atenção é que não exista semana em todo esse períod
que eu não
tivesse algum problema de saúde, minha imunidade era muito fraca, qualquer coisinh
a me derrubava.
Nesses 3 anos caminhei com a Graça de Deus, mesmo com esses problemas, Deus me deu
uma esposa, e no
tempo certo, em Janeiro de 2009 Ele me conduziu a um lugar onde eu fui restaurad
o, curado e Ele mesmo, em
sonho, me consolou por cada dia que sofri e me preparou para ser um guerreiro pa
ra enfrentar e desmascarar esta
seita, vista por muitos como neutra.
Entrar em contato com minha antiga dor e transformá-la em ministério tem sido o melh
or processo de cura em
minha vida. Toda a Glória seja dada a Deus por todos os benefícios que Ele tem feito
em minha vida.
91
VÍCIO SEXUAL
Carlos Henrique Reis
Foi bom pra você como foi bom pra mim?
Abordar a sexualidade nunca foi tarefa fácil em nenhuma época. Apesar de se falar e
de
se viver uma “liberdade’’ sexual, o dialogo a respeito do sexo e a sexualidade nunca f
oi bem
visto ou aceito em nenhuma época.
O que é muito patente é o discurso cômico ou irônico acerca da sexualidade,
popularmente chamada de: sacanagem. Esta sim, todos comentam, contam piadas, fal
am de
suas intimidades, é divulgado na mídia, mas sempre com caráter pejorativo, apenas o na
rrar
dos fatos na sua perspectivas, sem levar em conta os sentimentos e opiniões alheia
s.
O que podemos afirmar é que falar de sacanagem é muito fácil, falar de sexo, é outra
estória.
Por que estudarmos o vício Sexual?
92
Fazendo-se uma projeção
sobre a população dos
Estados Unidos,
teríamos cerca de
200.000 casos de
viciados
somente
naquele país.
Estimativa de dependentes de sexo virtual no EUA
Patrick Means, em seu livro Mens Secret
Wars (As Guerras Secretas dos Homens),
destaca um fato preocupante. Numa pesquisa
confidencial de
pastores evangélicos
e
líderes leigos de várias igrejas evangélicas, 64%
desses homens confirmaram que eles têm
problemas com vício sexual, inclusive
pornografia e outras atividades sexuais secretas.
93
Definindo Vício Sexual
O termo Hipererosia já nos leva à idéia de que pode ser um comportamento desejado e
positivo, apenas um excesso de erotismo de uma determinada pessoa, portanto, nor
malmente
está relacionado ao Transtorno de Sexo Compulsivo.
O desejo de se fazer sexo tem várias formas de expressão. Existem pessoas que tem
diminuição ou abolição dos desejos sexuais. Existem pessoas com desejo hipertrofiado.
Existem pessoas com desejos diferentes da maioria das pessoas... E existem pesso
as que
fazem sexo com finalidades outras que não apenas sexuais.
Vamos pensar numa dessas maneiras: a hipererosia ou comportamento sexual
compulsivo.
Primeiramente, vamos definir o que se tem chamado de hipererosia ou
comportamento sexual compulsivo. A expressão feminina deste fenômeno já recebeu nomes
do tipo ninfomania (para lembrar das ninfas dos bosques greco-romanos que estari
am sempre
disponíveis ao sexo) ou messalina (para lembrar da imperatriz romana de quem se di
zia que
saia às noites disfarçada para orgias nas tavernas, além de manter escravos sexuais em
casas
para satisfazer suas necessidades sexuais...).”
As pessoas que sentem uma necessidade sexual maior podem estar incluídas nesta
denominação, ou seja, podem ser portadoras do Transtorno de Sexo Compulsivo, mas nem
sempre, pois o Transtorno de Sexo Compulsivo pressupõe características de personalid
ade
específicas.
As portadoras do Transtorno de Sexo Compulsivo são pessoas que:
- tem pensamentos ou atos compulsivos recorrentes;
- tem pensamentos obsessivos - idéias, imagens ou impulsos que entram na mente do
indivíduo repetidamente de uma forma estereotipada, são angustiantes (violentos, rep
ugnantes
ou obscenos), sem sentido e a pessoa não consegue resistir a eles. São reconhecidos
como
próprios e pessoais.
- tem atos ou rituais - comportamentos estereotipados, que se repetem muitas vez
es, não são
agradáveis e são vistos como preventivos de algo improvável.
- estas manifestações ocorrem em conjunto com ansiedade e depressão.
94
Compreendendo a taxonomia
Por não ser oficialmente um quadro patológico dentro dos critérios do DSM-IV e do CID
10, tem-se inúmeras terminologias que definem o vício sexual, a saber:
Hipererosia
Compulsão sexual
Obsessão sexual
Transtorno do sexo compulsivo
Hipersexualidade
Sexo compulsivo
Sexolatria
Sexo patológico
Adicção Sexual
Alguns especialistas afirmam existir diferenças entre um e outro termo, no entanto
o que
é perceptível pela maioria é que todas as terminologias se referem ao mesmo processo
patológico.
Os transtornos sexuais são divididos em 4 blocos distintos mas correlacionados a s
aber:
Desejo, excitação, orgasmo e dor. Ao nos depararmos com essas possibilidades,
intuitivamente deduzimos que a compulsão ou vicio sexual pudesse ser enquadrada no
transtorno do desejo, afinal o sujeito acometido desta condição tem o seu desejo alt
erado, no
entanto no transtorno do desejo são listadas as seguintes classificações:
Em homens e Mulheres
Transtorno do desejo sexual hipoativo (pouco ou nenhum desejo de praticar sexo)
Transtorno de aversão sexual (aversão e evitação do sexo)
É interessante notar que no DSM-IV não contempla um tópico especifico para a
exacerbação do desejo sexual, no entanto como veremos a frente as parafilias apresen
tam
uma definição muito próxima no que tange a descrição de um quadro compulsivo, apesar de
oficialmente não serem classificadas como tal, neste sentido vale ressaltar que pe
squisas
demonstram que grande parte dos indivíduos com quadro de compulsão apresentam
concomitantemente um quadro parafílico, demonstrando assim a relevância da abordagem
do
tema.
A inclusão da dependência sexual com item especifico ainda é um ponto muito
controverso (atualmente o DSM-IV o dependente sexual é incluído em outros transtorno
s
sexuais não classificado em outro item ) pois alguns o consideram como quadro comp
ulsivo
propriamente dito, levando assim a ser classificado com um tipo de transtorno ob
sessivo
compulsivo, fato este discutível e não muito aceito por alguns especialistas devido
as
características que definem um TOC serem diferentes de uma hipersexualidade.
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Transtornos Sexuais
1. Transtorno do Desejo sexual
2. Transtorno da excitação sexual
3. Transtorno do Orgasmo
4. Transtorno Sexuais Dolorosos
5. Parafilias
6. Transtorno da Identidade de Gênero
7. Transtorno Sexual sem Outra especificação
Parafilias
... Consistem em fantasias, anseios sexuais ou comportamentos recorrentes, inten
sos e
sexualmente excitantes, em geral envolvendo :
Objetos não humanos
Sofrimento ou humilhação próprios ou do parceiro
Crianças ou outras pessoas sem o seu consentimento
Tipos de Parafilias
Feitichismo
Os aspectos-chave do feitichismo são necessidades sexuais imperiosas intensas,
fantasias sexualmente excitantes ou comportamentos que envolvem o emprego de obj
etos não
animados, com a exclusão freqüente de outros estímulos.
Feitichismo Travéstico
O feitichismo travestico, também conhecido como travestismo, ou vestir-se como pes
soa
de outro sexo, é uma necessidade ou um desejo recorrente de a pessoa se vestir com
roupas
do outro sexo a fim de atingir a excitação sexual.
Exibicionismo
O individuo com exibicionismo tem necessidades imperiosas recorrentes de expor o
s
órgãos genitais a outra pessoa, quase sempre de outro sexo, ou fantasias sexualmente
excitantes de que estão fazendo isso.
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Voyeurismo
A pessoa envolvida com voyeurismo tem ânsias recorrentes e intensas de observar
outras pessoas, em segredo e de modo insuspeito, enquanto elas se despem, ou esp
ionar um
casal que estão tendo relações sexuais.
Frotteurismo
As pessoas que desenvolvem o frotteurismo têm ânsias sexuais repetidas e intensas de
tocar outras ou de se esfregarem contra elas sem seu consentimento, ou tem fanta
sias
sexualmente excitantes de que estão fazendo isso. Normalmente o ato é cometido em um
local
cheio, como ônibus, metrô, ou até mesmo calçadas lotadas.
Pedofilia
A pessoa com pedofilia , literalmente “amor as crianças”, obtém gratificação sexual
observando, tocando, envolvendo-se em atos sexuais com crianças pré-pulberes, em ger
al de
13 anos ou menos. Algumas pessoas com esse transtorno satisfaz-se com pornografi
a infantil
ou com material aparentemente inocente, como anúncios de roupas intimas infantis;
outras são
impelidas a realmente observar, passar a mão em crianças ou envolver-se em atos sexu
ais
com elas. Alguns pedófilos são atraídos somente por crianças; outros são atraídos também por
adultos.
Masoquismo Sexual
A pessoa com masoquismo sexual fica intensamente excitada pelo ato ou pelo
pensamento de ser humilhada, espancada, atada ou ser posta a sofrer de outra man
eira.
Muitas pessoas têm fantasias de estão sendo forçadas ao ato sexual contra a própria vont
ade,
mas só as que estão muito angustiadas ou prejudicadas pelas fantasias recebem esse
diagnóstico.
Sadismo Sexual
A pessoa com sadismo sexual, geralmente um homem, fica intensamente excitado
sexualmente ao pensar ou ver o ato de infligir sofrimento físico ou psicológico a ou
tra
dominando, coibindo, vendando, cortando, estrangulando, mutilando ou até mesmo mat
ando a
vítima
As pessoas que fazem fantasia sobre sadismo geralmente imaginam ter controle tot
al
sobre a vítima sexual que fica amedrontada com o ato sádico.
97
Etiologia
Denomina-se etiologia o estudo das causas das doenças, e grosso modo a causa das
doenças. Dentro do processo etiológico da compulsão sexual, não se acredita em um fator
mono causal, mas sim, em um conjunto de processo que forma e desencadeia a doença.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), conceitua-se saúde como perfeito bem
estar, físico, mental e social, ou seja, qualquer desequilíbrio em um desses eixos p
romove a
doença no sujeito.
Portanto compreende-se a etiologia da compulsão em três vertentes cientificas, a sab
er:
fatores psicológicos, fatores biológicos e fatores sociais. No entanto, enquanto cri
stãos,
acreditamos que o homem não é apenas um ser biológico ou apenas social, pensamos que o
ser humano é um ser biopsicosocioespiritual, onde sua natureza espiritual não esta
desvencilhada destes gatilhos disparadores de doença, portanto acrescentamos neste
bojo de
discussão como fator causal da compulsão sexual a questão espiritual.
Fatores Psicológicos
Inúmeras questões podem gerar um comportamento compulsivo ou dependente.
Apesar disso, os teóricos nesta área concordam que alguns pontos são precipitadores ne
ste
ponto, são eles:
Carência afetiva
Baixa Auto-estima
Conflito com situação de impotência
Abuso sexual na infância
É obvio que a presença de um destes quesitos irá compor um dependente, no
entanto, percebeu-se que o perfil das pessoas portadoras de vicio sexual
apresentava uma descrição e um histórico muito próximos e coincidentes.
Fatores Biológicos
7
Ficamos viciados em uma substância ou atividade pela mesma razão que nos fez
experimentá-la: porque gostamos do modo como ela nos faz sentir. E embora muitas p
essoas
possam experimentar uma droga, tomar uma bebida ou comer um biscoito e nunca fic
arem
dependentes, praticamente todos nós temos a capacidade de ficar viciados. Os usuário
s
cruzam uma barreira e passam por uma transição até chegarem ao vício.
7
Texto retirado na integra di site: http://saude.hsw.uol.com.br/vicio4.htm
98
A pesquisa fez brilhar uma luz nas mudanças que ocorrem no cérebro após essa
transição, desenvolvendo o modelo de "doença cerebral" do vício. Atualmente, é o ponto de
vista mais defendido do vício entre a comunidade científica.
A forma como aprendemos a sobreviver baseia-se em um sistema de recompensa.
Quando fazemos algo que auxilia nossa sobrevivência, como comer ou nos exercitar,
o sistema
límbico de nosso cérebro nos recompensa por esse comportamento liberando a dopamina,
uma substância química que nos faz sentir bem. E quando gostamos de como nos sentimo
s,
aprendemos a repetir esse comportamento.
Substâncias diferentes aproximam-se do sistema límbico - o centro de recompensa - em
nosso cérebro de diferentes maneiras, mas todas as substâncias de abuso fazem o cérebr
o
liberar altos níveis de dopamina. Essa liberação pode ser de duas a dez vezes maior do
que a
quantidade que nosso cérebro libera normalmente, dando ao usuário a sensação de "barato"
ou "animação".
Devido a essa liberação e seu impacto no centro de liberação do cérebro, os usuários
aprendem rapidamente a usar uma substância ou empenhar-se em uma atividade. Eles
aprendem isso do mesmo modo como aprendem a comer ou fazer exercícios, mas com mai
s
rapidez e intensidade, já que a liberação da dopamina não é muito grande. Como a quantidad
e
de dopamina liberada é anormal, o cérebro esforça-se para recuperar seu equilíbrio químico
normal após uma substância diminuir. Isso produz uma ressaca, ou desabituação de uma
substância, que pode manifestar-se em dor física, depressão e comportamento perigoso.
Ao longo do tempo, o uso prolongado de uma substância pode fazer o cérebro parar de
produzir a quantidade de dopamina que naturalmente produz. Isso cria mais desabi
tuação,
levando a uma dependência física - o viciado precisa usar ainda mais a substância para
se
sentir normal, criando um círculo vicioso que pode ser difícil de quebrar.
Devido a esse processo de aprendizado e à conseqüente dependência física de uma
substância, o usuário torna-se um dependente dela. Como resultado, o dependente perd
e o
controle sobre o ato de usar uma substância ou de envolver-se em uma atividade. Is
so levou à
idéia de que, para curar um vício, a abstinência - suspensão total do uso da substância ou
do
comportamento - se faz necessária.
Sob o modelo de doença do vício, o centro motivacional do cérebro reorganiza-se. As
prioridades são desviadas, para que a descoberta e o uso da substância (ou de outra
substância que produzirá efeitos semelhantes) sejam prioridade máxima do cérebro. Nesse
sentido, a droga essencialmente tomou conta do cérebro, e o viciado não consegue mai
s
controlar seu comportamento. Um alcoólatra, por exemplo, não terá problema em decidir
se vai
ou não dirigir até uma loja para comprar mais bebida - o desejo será irresistível.
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Mas o fato de simplesmente ir a uma loja para comprar álcool não é sinal de alcoolismo
.
Então, como você diferencia usar uma substância de estar viciado nela? Na próxima seção,
aprenderemos sobre os sintomas do vício.
O comportamento compulsivo, como o sexo ou o vício do jogo, está relacionado apenas
a sintomas comportamentais. Mas o abuso de substâncias pode incluir os dois tipos:
Físico: em um viciado, a tolerância por uma substância aumentará (o que significa que
ele precisará de mais substância para ficar "extasiado"), ou diminuirá (significando q
ue
será necessário uma quantidade menor da substância). A pessoa também apresentará
sintomas de desabituação quando deixar de usar a substância. Esses sintomas incluem
transpiração, tremores das mãos, problemas para dormir, náusea, agitação física,
ansiedade, alucinações e ataques. Ou o viciado usará uma quantidade maior da
substância (ou outra substância) para diminuir ou eliminar esses sintomas;