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Especial de Capa

Transtornos Alimentares
e seus Aspectos Psicológicos
Alicia Weisz Cobelo, Ana Paula Gonzaga e Manoela Nicoletti

Introdução

Os transtornos alimentares constituem patologias graves lutos que se impõem ao jovem no que diz respeito à per-
e complexas, quer pela própria configuração do quadro da do corpo infantil, à perda dos pais da infância, à perda
clínico e suas conseqüências, quer pela incidência preva- da identidade infantil e à perda de um funcionamento
lente na adolescência, que pode comprometer o desen- da sexualidade próprio da infância. A maneira como cada
volvimento biopsicosocial do indivíduo. adolescente experimentará esses lutos irá configurar
saídas próprias a essa crise evolutiva e será expressivo na
A adolescência compreende um dos momentos mais im- construção de sua identidade.
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portantes e significativos no processo evolutivo. Promove


na vida do jovem que a vive uma verdadeira crise, descri- Por outro lado, os pais de adolescentes também vivem
ta por Knobel e Aberastury (1992) como uma ”síndrome lutos em relação ao crescimento de seus filhos. Se o
da adolescência normal”. Esses autores caracterizam adolescer é traumático para o jovem, para seus pais não é
essencialmente essa crise como a difícil tarefa de superar diferente, há também um estranhamento por parte deles

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em relação àquela criança que não terão um desenlace mais ou menos
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está mais ali. Como bem assinalam conflituoso.


Corso e Corso (1997), “o desencon-
tro no interior da família, a solidão De todas as transformações impostas
desse período da vida são oriundos ao adolescente, as corporais são as
da vivência dessa estranheza. Trata- que maior implicação e expres-
se de algo que é familiar tomado são têm no mundo emocional de
como exterior, como estranho, pacientes com transtornos alimen-
estrangeiro, totalmente alheio. E tares. Se levarmos em consideração
isso vale para ambas as partes envol- que a prevalência desses distúrbios
vidas”. A esse campo que se instala é nove vezes maior em adolescentes
em todas as famílias que vivem a do sexo feminino, abriremos uma
adolescência de seus filhos, soma-se outra frente importante de discus-
o transtorno alimentar, que mais são. Consideremos o que acontece
turbulência promoverá. com uma menina quando entra
na puberdade. Como descrevem
Assim, o campo emocional que se Gonzaga e Weinberg (2003), ainda
encena no mundo relacional dos bastante infantil, vê seu corpo se
pacientes com transtornos alimen- modificar e se assusta frente não só
tares e seus familiares serão objeto às novas sensações que esse corpo
de nossa discussão neste artigo, con- lhe propicia, mas também ante o
siderando algumas características que o seu corpo possa vir a desper-
psicológicas próprias à anorexia e à tar no outro. Ainda segundo essas
bulimia nervosa, no que diz respeito autoras, o ser visto desperta sensa-
aos pacientes e suas famílias. ções insuportáveis de constrangi-
mento, pelo próprio corpo que está
A adolescência e as se diferenciando, e de invasão. Há
transformações corporais um estranhamento que suplanta o
aceitável pelos adolescentes de uma
A adolescência marca justamente maneira geral.
um período que tem por tarefa
a assimilação das transformações Uma das possibilidades que temos
corporais, sociais, psicológicas, para compreender esse processo
comportamentais, entre outras, que que desencadeia os transtornos
envolve não só o jovem, mas todo alimentares é tomá-lo como uma
seu entorno: pais, amigos e escola. A defesa diante da angústia des-
criança que até há pouco era peque- pertada por esse mal-estar com o
na e dependente vai se apresentan- novo corpo que se impõe, resul-
do com mais autonomia, seu corpo tando em uma tentativa de frear
se transforma, os relacionamentos esse crescimento, que parece não
amorosos começam a se insinuar acompanhar a capacidade de me-
e tudo isso trás apreensões para o tabolizar psicologicamente o que
próprio adolescente, como tam- está acontecendo. Nesse sentido
bém para seus pais e educadores. é comum ouvirmos de pacientes
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O trabalho de processar toda essa seus temores e anseios diante


mudança gera por si turbulências da irrupção dessas modificações
mais ou menos intensas. Ou, dito de corporais (menarca, caracteres
uma maneira, os lutos vividos pelas sexuais secundários, formas mais
perdas sofridas por filhos e pais arredondadas).

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Mas não é só isso, o crescimento, presente no comportamento de

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a mudança de status, o novo papel pacientes com transtornos alimen-
que ocupará na sociedade e na tares, que é a busca por um corpo
família despertam ansiedades que perfeito. E, podemos mais uma
também se farão presentes nos con- vez, compreender essa obsessão
flitos apresentados por esses pacien- como uma defesa aos lutos, pois as
tes. Toda a construção da identidade perdas sofridas promovem feridas
se faz presente como pano de fundo narcísicas importantes – “não sou
nos transtornos alimentares. mais a princesinha da casa”, “não
Como o adolescente promove sua param mais para me ouvir como
identidade? antes”, “não me olham como
antes” - ou seja, não se é mais o
Sabemos que nesse período o outro foco do olhar do outro. Esse olhar
é a referência mais significativa. agora recai sobre o corpo, que
Construir uma identidade, como o como apontamos, gera constrangi-
próprio conceito sugere, implica, mentos e aflições, e que encontra
em um primeiro momento, identi- na sintomatologia alimentar a
ficar-se com, para posteriormente transposição defensiva para o ideal
consolidar o que lhe é próprio. Aí estético que encobre o ideal narcí-
vislumbramos a importância que os sico ferido.
modelos de referência têm na vida
dos jovens. Infelizmente temos aqui a contri-
buição da sociedade enaltecendo
Voltemos às meninas, já que como o corpo descarnado das modelos
enfatizamos anteriormente, elas e atrizes, criando uma cultura
predominam nessas patologias. do corpo magro, em detrimento
Um dos aspectos emocionais mais do corpo saudável. O glamour
importantes, também discutido por do mundo fantástico da TV e da
Gonzaga e Weinberg (op. cit.), é moda parece determinar um papel
que “o temor dessas novas relações importante como possibilidade de
faz com que essa menina, já cres- restituição ao narcisismo dessas
cida, se aproxime da mãe de uma pacientes. O ideal faz sempre
forma ambivalente. Em um pedido parte do discurso: ser magra não
de socorro, busca aquela mãe nutriz é suficiente, o que está em jogo
e protetora dos momentos precoces é um corpo imaginário perfeito.
de sua infância”, revivendo com ela E o que observamos é que tudo
um vínculo próprio a etapas preco- na vida dessas meninas e mulhe-
ces do desenvolvimento. res sempre está atravessado pelo
perfeito, pelo ideal; diante de um
E nesse momento esse vínculo é olhar que flagra uma imperfeição
perigoso, justamente por precisar di- - “você está gordinha!” - vale tudo
ferenciar-se e separar-se de sua mãe. para alcançar o objetivo de um
Ela quer e não quer identificar-se corpo supostamente perfeito.
com esse modelo. Surgem aqui con-
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flitos muito expressivos no relaciona- Assim, a tarefa de viver e superar


mento dessas meninas e suas mães, a crise da adolescência normal é
que discutiremos mais à frente. complicada por esses ideais estéti-
cos que encobrem as dores narcísi-
Vale ainda ressaltar outra atitude cas vividas nos lutos da infância.

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Funcionamento mental da anoréxica
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e da bulímica

A tradução mais fiel do perfil de uma paciente ano-


réxica pode ser descrita como a “filha perfeita”. A
tendência ao perfeccionismo e a vontade de adaptar-
se aos desejos e expectativas dos outros ocupa o pa-
pel central na vida destas jovens e em suas relações
que passam a considerar a opinião do outro como
referência para sua vida.

Segundo Bruch (1973), por meio de sua inteligên-


cia, vivacidade, obediência, obstinação e disciplina,
a jovem com transtorno alimentar desenvolve uma
aparente harmonia, que na verdade esconde um forte
sentimento de ineficácia diante do mundo. As anoré-
xicas sentem-se como objetos nas mãos dos outros e
não fazem nada pelo próprio desejo. Como forma de
defenderem-se desse sentimento, de dóceis e obedien-
tes passam a ser rígidas e exigentes com a alimentação
e com o corpo, que precisam ser perfeitos e ideais em
detrimento de sua própria personalidade em forma-
ção.

Como a autora coloca, a queixa principal é a de


controle do peso e o desejo de dominar o próprio
corpo, queixa esta que esconde o verdadeiro conflito
subjacente, que é a busca de controle em geral, de um
sentimento de identidade pessoal e autonomia.

As adolescentes anoréxicas são sempre vistas como


bem comportadas, competitivas e com tendências a
marcar metas muito altas a serem cumpridas. Como
Lask (2000) aponta, há uma dificuldade muito grande
por parte destas meninas de comunicar sentimentos
de raiva e tristeza, uma vez que estas seriam formas de
expressar algum tipo de fraqueza ou imperfeição.

Em contrapartida, as pacientes com bulimia apresen-


tam um funcionamento mais caótico e baseado no
“tudo ou nada”. Segundo Lawrence (2003), pacientes
bulímicas idealmente querem exercer o controle,
assim como as anoréxicas, mas não têm tanto sucesso
e acabam frustradas ao não resistirem à comida. De
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modo geral, apresentam um comportamento mais


impulsivo e desorganizado.

Em comum notamos que tanto anoréxicas quanto


bulímicas experimentam um profundo sentimento

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de abandono, desamparo, incapa- progenitores em busca do pró-

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cidade de enfrentar as exigências prio caminho, ou quando devem
da própria vida e de modelar o abandonar uma postura de vida
próprio destino. Como aponta até então confortável. Contudo, no
Ramalho (2001), a angústia do caso destas patologias, a sensação
abandono é central nestes casos, de vazio e solidão assume um ca-
nos quais a perda do objeto remete ráter devastador. Lawrence (2003,
a um estado de desamparo e, por- p. 175) coloca que “é como se o
tanto, a separação é vivida como sentimento sobre a possibilidade
um abandono. de relação com o objeto tenha se
perdido”, ou seja, o risco da perda
Se voltarmos à questão da constru- do objeto tende a ser sentido como
ção da identidade na adolescência a perda de si mesmo, o que impli-
como pano de fundo para a pro- ca na própria dissolução. Nesse
blemática dos transtornos alimen- sentido, a busca de sensações como
tares, essa angústia começa a fazer estar cheio ou vazio pode substi-
sentido. O processo de construção tuir os sentimentos intoleráveis de
da identidade e de crescimen- perda e funcionarem como último
to presume algumas perdas em recurso para fugir da dependên-
direção a uma maior autonomia cia e aniquilamento do objeto. O
do objeto. Todos os indivíduos comportamento alimentar é usado
sentem-se desamparados quando se como um recurso para dominar
faz necessário o desligamento dos esta relação com o objeto.
Diante deste panorama Scazufca quando uma mãe condiciona a funções corporais levaria as pacientes
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(2002) resume a anorexia como alimentação de seu filho exclusi- com transtornos alimentares a um
uma forma de defesa contra tudo vamente como um agrado a ela, sentimento de perplexidade frente às
que é humano como sofrer, sentir o filho muito provavelmente não demandas do desenvolvimento. Estas
dor, perder, amar e odiar, sendo o aprenderá que se alimentar é pacientes pareceriam não poder re-
corpo vazio, oco, purificado de seus importante para o seu crescimen- conhecer nem sua sensação de fome,
pecados. Por outro lado, a bulími- to, sua saúde etc. Assim, se o filho nem seus sentimentos, sentindo-se
ca carrega a marca do pecado e a estiver bravo ou triste com ela, ele incompletas para poderem se fazer
vergonha por tê-lo cometido diante não comerá. Ao contrário, quando autônomas e independentes dos pais.
de sua impulsividade. quiser agradá-la fará todas as refei-
ções. É sob esse ponto de vista que Nos estudos sobre a dinâmica fami-
Assim, há um grande prejuízo a maior parte dos investigadores no liar Minuchin e col. (1978) observam
nas relações interpessoais dessas campo dos transtornos alimenta- que o transtorno alimentar reflete
pacientes que por esses temores, res concorda que a psicodinâmica a disfunção do sistema familiar, ou
pelos ideais, pela fragilidade da familiar é um elemento central na seja, seria um sintoma de seu funcio-
auto-estima se vêem tão pouco à determinação, desenvolvimento e/ namento problemático, destacando
vontade com seus desejos. ou manutenção destes transtornos. que a anorexia nervosa desempenha
um papel central no mecanismo de
As famílias No que diz respeito aos fatores evitar problemas e na tentativa de
etiológicos, alguns autores enfati- manter o equilíbrio familiar, descre-
Os pais têm papel fundamental zam principalmente os distúrbios vendo essas famílias configuradas por
no desenvolvimento dos hábitos primários na relação mãe-filha. algumas características como perfec-
alimentares de seus filhos: o tipo de Esses distúrbios ocorreriam em fases cionismo, superproteção, aglutinação
comida que oferecem, os mode- muito precoces do desenvolvimen- e preocupação com o peso e com
los de alimentação que mostram to, quando a filha ainda é um bebê dieta. Especialmente nas famílias das
e os conceitos alimentares que e gerariam perturbações na elabora- pacientes bulímicas evidencia-se uma
transmitem resultam no que a ção de fases primitivas do desenvol- excessiva preocupação pela gordura
criança aprende sobre o comer e vimento psíquico da criança. e dieta. Alguém na família faz regime
a alimentação. Nesse sentido, não e há um temor de engordar presente
constitui surpresa que as condutas Bruch (1978) afirma que a mãe predominantemente no casal de pais,
familiares possam, muitas vezes, vir a da paciente com anorexia nervosa o que poderia funcionar como um
ser condutas de risco para o desen- é uma pessoa que não consegue fator de identificação para a filha.
volvimento de transtornos alimen- perceber intuitivamente as neces- (Cobelo, 1998)
tares. Como pode ser o caso de pais sidades do bebê, pois reage a elas
obesos, pais superprotetores, ou pais segundo seu próprio desejo, dificul- Além dessas características, existem
e/ou outros familiares com transtor- tando qualquer expressão individual outras que parecem ser mais especí-
nos alimentares como anorexia ou da criança. Ademais, sua resposta ficas das famílias das pacientes bulí-
bulimia nervosa (Cobelo, 2004). é oferecer comida a qualquer tipo micas. A primeira delas é uma maior
de pedido, o que dificultaria para o freqüência de dinâmicas do tipo
É fundamental frisar, ainda, que bebê o processo de diferenciação de caótico, ou seja, com poucas regras
embora a forma como a família suas necessidades. de funcionamento estabelecidas, em
organiza sua dieta - qual tipo, quan- que cada membro tem seu próprio
tidade e qualidade dos alimentos A ausência de respostas da mãe, que ritmo e horário, e com muitas difi-
- constitua, certamente, um fator sejam apropriadas e ocorram de culdades de planificação. Também é
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de risco para o desenvolvimento de forma regular e consistente, prejudi- freqüente encontrar problemas de
transtornos alimentares, a relação caria o desenvolvimento da identi- comunicação, dificuldades para mos-
que ela estabelece com a alimen- dade corporal do bebê. A falta de trar afetos, impor limites e normas.
tação tem um papel central nesses uma conscientização adequada das Outra característica, que tem sido
distúrbios. Assim, por exemplo, percepções e concepções acerca de observada em muitos casos, são pais

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com antecedentes psicopatológicos

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(algum distúrbio ou transtorno
psiquiátrico) ou de alcoolismo.

Importante ressaltar que tais carac-


terísticas podem estar presentes em
maior ou menor grau, em famí-
lias nas quais não há pessoas com
transtorno alimentar, da mesma
forma que famílias de pacientes
com transtornos alimentares não
precisam apresentá-las obrigatoria-
mente. (Cobelo, 1998)

Conclusão

Da mesma forma que a patologia


engloba e compromete diferentes Currículo
aspectos da vida do adolescen-
Alicia Weisz Cobelo é psicóloga e psicanalista. Coordenadora da Psicologia
te, também faz-se necessário no do Projeto Interdiscilplinar de Tratamento, Ensino e Pesquisa em Transtornos
tratamento modalidades que lidem Alimentares na Infância e Adolescência (PROTAD) do Instituto de Psiquiatria do
com estes aspectos em diferentes Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-
HCFMUSP). Membro da Academy for Eating Disorders.
frentes, isto é, faz-se necessário a
Ana Paula Gonzaga é psicóloga e psicanalista. Terapeuta de grupo de adolescentes
participação de diferentes profis-
do PROTAD do IPq-HCFMUSP. Coordenadora da Clínica de Estudos e Pesquisas em
sionais especialistas em transtornos Psicanálise da Anorexia e Bulimia (CEPPAN).
alimentares como psicólogo, psi- Manoela Nicoletti é psicóloga e terapeuta de grupo de adolescentes
quiatra, endocrinologista, terapeu- do PROTAD do IPq-HCFMUSP.
ta familiar e nutricionista. Nenhu-
ma modalidade de tratamento Referências Bibliográficas
pode ser indicada como única ou
Aberastury, A., Knobel, M. Adolescência Gonzaga, A. P., Weinberg, C. Transtornos
isoladamente melhor. Bryan Lask normal: um enfoque psicanalítico. 10ª ed. Alimentares: uma questão cultural?. Rev
enfatiza que o sucesso de um pro- Porto Alegre: Artes Médicas, 1992; Latinoam Psicopat Fund. 2005; VIII, 1, V-VI;
grama de atendimento integrado e Bruch, H. Eating Disorders – Obesity, Ano- Lask, B. & Bryant- Waugh, R.- Anorexia
completo depende de uma equipe rexia Nervosa and the Person Within. New Nervosa and Related Eating Disorders in
York: Basic Books, Harper Torchbooks, 1973; Childhood and Adolescence. Psychology
multiprofissional e do emprego
Press, 2nd edition, London, UK, 2000;
simultâneo de várias estratégias Bruch, H. The Golden Cage: the enigma of
anorexia nervosa. Boston: Harvard Universi- Lawrence, M. Amando-os até a morte: a
(Lask e Bryant-Waugh, 2000). ty Press, 1978; anoréxica e seus objetos. Livro Anual de
Psicanálise. 2003, XVII, 175-186;
Cobelo, A. O papel da família no comporta-
Assim, levando-se em conta que mento alimentar e nos transtornos alimen- Minuchin, S., Rosman, B., Baker, L. Psycho-
os transtornos alimentares consti- tares. In: Alvarenga, M., Philippi, S. Transtor- somatic families: anorexia nervosa in
tuem patologias graves, complexas, nos alimentares: uma visão nutricional. São context. Boston: Harvard University Press,
Paulo: Editora Manole, 2004. p. 119-129; 1978;
sobretudo na adolescência, quando
Cobelo, A. A família na Anorexia Nervosa e Ramalho, R. Uma melancolia tipicamente
freqüentemente iniciam e afetam na Bulimia Nervosa In: Cordas,T. A., Cobelo feminina. In: A clínica da melancolia e as
o desenvolvimento do indivíduo A. W., Fleitlich, B., Guimaraes, D., Schomer, depressões. Rev da Assoc.Psicanalítica de
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e suas relações, podemos conside- E. Z. Anorexia e bulimia - o que são? Como Porto Alegre. 2001, junho, nº20, 37-56;
ajudar? Porto Alegre: Artes Médicas, 1998;
rar que o tratamento padrão deve Scazufca, A. C. M., Berlinck, M. T. Sobre o
ser multidisciplinar, pois só desta Corso, M., Corso, D. L. Game over – o ado- tratamento psicoterapêutico da anorexia e
lescente enquanto unheimlich para os pais. da bulimia. Psicologia Clínica Pós-Gradua-
forma é possível abarcar a comple- In: Adolescência. Entre o passado e o futuro. ção e Pesquisa (PUC-RJ), Rio de Janeiro, v.
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