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Decreto 16208 2016 de Belo Horizonte MG https://leismunicipais.com.br/a/mg/b/belo-horizonte/decreto/2016/1621/...

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DECRETO Nº 16.208, DE 20 DE JANEIRO DE 2016

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que lhe confere
o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e considerando o disposto na Lei nº 7.166, de
27 de agosto de 1996, DECRETA:

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1ºO exame e a aprovação de parcelamento do solo observarão o disposto na Lei nº 7.166, de
27 de agosto de 1996 bem como neste regulamento.

§ 1º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:

I - modalidades de parcelamento do solo: loteamento e desmembramento, conforme as disposições


da Lei nº 7.166/96;

II - categorias de parcelamento do solo: modificação de parcelamento, reparcelamento,


parcelamento vinculado e parcelamento para condomínios, conforme as disposições da Lei nº
7.166/96 e deste regulamento.

§ 2º Para efeito da caracterização da modalidade de parcelamento do solo urbano, são


consideradas vias públicas aquelas oficializadas, abertas ou man das pelo Poder Público.

§ 3º No caso de gleba a ngida por via pública comprovadamente implantada ou man da pelo
Poder Público, o parcelamento será enquadrado como desmembramento.

§ 4º A aprovação de projeto de parcelamento do solo em Zonas de Especial Interesse Social - ZEIS -


fica condicionada à emissão de parecer favorável pela Companhia Urbanizadora e de Habitação de

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Belo Horizonte - Urbel.

Para a aprovação do parcelamento do solo, é indispensável a apresentação dos tulos de


Art. 2º
domínio perante o Município, des nados exclusivamente a iden ficar a gleba a ser parcelada.

§ 1º O exame da regularidade dominial ou possessória não compete ao Execu vo, cabendo-lhe


apenas o exame da regularidade técnica e urbanís ca do projeto de parcelamento do solo.

§ 2º Compete ao Execu vo, no exame da regularidade técnica e urbanís ca do projeto de


parcelamento do solo, zelar pela manutenção das áreas públicas, do logradouro público e de lotes
regularmente aprovados em planta de parcelamento.

§ 3º A responsabilidade pela elucidação do documento cartorial quanto à localização, ao formato,


às dimensões ou à área do imóvel é exclusiva do Responsável Técnico pelo projeto urbanís co.

§ 4º Nos casos em que o documento cartorial não apresentar elementos necessários para
localização do imóvel a ser parcelado, após esgotadas todas as possibilidades de sua elucidação, o
documento deverá ser re ficado, nos termos da Lei Federal nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973.

Art. 3º A aprovação de lote deve observar as condições previstas na legislação vigente e os


seguintes critérios:

I - forma e dimensões que permitam a implantação de edificação, nos termos da Lei nº 7.166/96;

II - relação entre a profundidade e sua testada não superior a 5 (cinco), exceto quando se tratar de
lotes des nados a Espaços Livre de Uso Público - Elups.

§ 1º Considera-se profundidade, para os fins do disposto no inciso II do caput deste ar go, o maior
segmento de reta, interno ou externo ao terreno, que ligue um dos pontos da testada ao ponto
mais extremo do lote.

§ 2º No parcelamento de gleba ou porção de gleba com declividade superior a 30% (trinta por
cento), os lotes deverão ter área mínima correspondente a 4 (quatro) vezes a área mínima
permi da para o zoneamento, ressalvadas maiores exigências da lei.

§ 3º As previsões con das nos incisos I e II do caput e nos §§ 1º e 2º deste ar go não se aplicam
quando a gleba ou porção de gleba es verem situadas na ZP-1 ou ZPAM.

§ 4º Poderão ser aceitas testadas com menos de 5 (cinco) metros quando inseridas em lotes com
mais de uma testada, desde que, dentre elas, uma possua a dimensão mínima de 5 (cinco) metros e
o lote seja edificável, nos termos da lei.

Art. 4º As glebas de até 3.000 m² (três mil metros quadrados) poderão ser parceladas de modo

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fracionado, mediante manifestação dos órgãos de interesse e da Comissão de Diretrizes de


Parcelamento do Solo.

Parágrafo único. No caso de glebas parceladas conforme o caput deste ar go, a área a ser
transferida ao Município deve ser calculada com base na área efe vamente parcelada.

Art. 5º As glebas com área superior a 3.000 m² (três mil metros quadrados) não poderão ser
parceladas de forma fracionada caso a área efe vamente a ser parcelada seja inferior a 3.000 m²
(três mil metros quadrados).

Art. 6º As glebas com área inferior a 800 m² (oitocentos metros quadrados) estão isentas de
transferência de área ao Município, em consonância com o disposto no§ 1º do art. 29 da Lei nº
7.166/96.

Art. 7ºA possibilidade da conversão em espécie da transferência de áreas ao Município para glebas
com até 3.000 m² (três mil metros quadrados), prevista no § 1º do art. 30 da Lei 7.166/96, será
analisada com base na área total da gleba.

Art. 8º O parcelamento de lotes con guos, de mesmo proprietário, originários de glebas


matriculadas de formas dis ntas, deverá ser analisado em conjunto.

Art. 9º No parcelamento de glebas a ngidas por logradouro oficial, deverá ser considerada, para
fins de cálculo da transferência de área ao Município, a área efe vamente parcelada, descontada a
área do logradouro oficial.

Art. 10 As áreas a serem transferidas ao Município deverão estar registradas na matrícula do


imóvel a ser parcelado, em nome do proprietário da área objeto do parcelamento.

Parágrafo único. As áreas transferidas ao Município, des nadas a Elup`s e à instalação de


equipamentos urbanos e comunitários, deverão se cons tuir em lotes aprovados.

Art. 11 As áreas transferidas ao Município poderão ser des nadas para implantação de programas
habitacionais de interesse social, além da des nação para instalação de Elup`s e equipamentos
urbanos e comunitários, mencionada no parágrafo único do art. 10 deste Decreto.

Art. 12A alteração do uso no parcelamento vinculado aprovado que não implique alteração no
sistema viário está condicionada à análise do impacto urbanís co ou ambiental em relação ao novo
uso proposto e atendimento de contrapar das, conforme o caso, e será realizada mediante
anotação em planta.

Parágrafo único. A alteração de des nação de Elup`s depende de prévia manifestação favorável do
órgão municipal de meio ambiente.

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Capítulo II
DA MODIFICAÇÃO DE PARCELAMENTO

Art. 13 Modificação de parcelamento é a divisão ou a alteração de dimensões de lotes


pertencentes a parcelamento aprovado e devidamente registrado no O cio de Registro de Imóveis,
que não implica:

I - a modificação do sistema viário;

II - a alteração da localização ou da área total dos lotes des nados a Elup`s ou à instalação de
equipamentos urbanos e comunitários previstos no parcelamento original.

§ 1º Havendo parâmetros definidos em decreto específico, a modificação de parcelamento de lotes


inseridos em ZEIS deverá observá-los.

§ 2º A regularização da parte resultante de lote a ngido por via pública será tratado como
modificação de parcelamento.

§ 3º Áreas já parceladas iden ficadas posteriormente como Unidades de Preservação - UP`s -


poderão sofrer modificação de parcelamento, havendo manifestação favorável do(s) órgão(s)
competente(s) pela análise.

§ 4º Será considerada modificação de parcelamento a alteração da dimensão do lote decorrente da


anexação, a lotes aprovados, de áreas remanescentes.

Art. 14 Para Baixas de Construção concedidas regularmente pelo Município em partes de lotes,
estas serão consideradas lotes aprovados, tomando como parâmetro as dimensões constantes na
planta de situação, respeitados os limites dos lotes constantes do Cadastro de Planta.

Parágrafo único. Os lotes regularizados nos termos do caput deste ar go serão iden ficados por
numeração acrescida da letra "R".

Art. 15 Os lotes resultantes da modificação de parcelamento devem atender aos requisitos


previstos na legislação vigente, especialmente os definidos no art. 17 da Lei nº 7.166/96,
ressalvados os casos previstos no art. 38 da mesma lei.

Art. 16 É vedada a modificação de parcelamento do solo que implique redução de área dos lotes
incluídos nas áreas reservadas para as Operações Urbanas Consorciadas até que sejam promulgadas
as leis que regulamentem o parcelamento, a ocupação e o uso dessas áreas, conforme previsto na
Seção III do Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996.

Parágrafo único. A vedação do caput não se aplica aos imóveis públicos e de comprovado interesse
público.

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Art. 17A modificação de parcelamento do solo que envolva lote com edificação tombada deverá
ser subme da à prévia análise do órgão responsável pelo patrimônio histórico.

Art. 18 Em projeto de modificação de parcelamento que tenha qualquer edificação implantada no


todo ou em qualquer parte dos lotes envolvidos, a análise de parcelamento será conjunta com a da
edificação existente, sendo obrigatória a regularização da situação de todas as edificações sobre os
lotes originados.

§ 1º A regularização da divisão de lote aprovado, comprovadamente ocorrida em data anterior a 18


de janeiro de 2005, será analisada nos termos da Lei nº 9.074, de 18 de janeiro de 2005,
concomitantemente com a edificação existente no local.

§ 2º No caso do § 1º deste ar go, caso a análise da edificação existente, em relação à nova divisa do
terreno, resulte em desconformidade com os parâmetros urbanís cos previstos na lei de
parcelamento, ocupação e uso do solo e no Plano Diretor vigentes, aplicar-se-á, no que couber, a Lei
nº 9.074/2005.

§ 3º A modificação de parcelamento ocorrida em data posterior a 18 de janeiro de 2005 fica


condicionada à adequação, em relação à(s) nova(s) divisa(s), da edificação existente aos parâmetros
urbanís cos previstos na lei de parcelamento, ocupação e uso do solo e no Plano Diretor vigentes.

§ 4º Constatada irregularidade da edificação, será exigida documentação necessária para abertura


de processo de regularização de edificação, sob pena de indeferimento do processo de modificação
do parcelamento do solo.

§ 5º Na hipótese de lote com Alvará de Construção válido, deverá ser protocolada a modificação do
projeto de edificação, contemplando as eventuais alterações resultantes da modificação de
parcelamento do solo aprovado.

§ 6º Havendo Baixa de Construção para a edificação existente e, se esta não sofreu nenhuma
alteração de área construída, deverá ser exigida nova planta de situação da edificação quando da
aprovação da modificação de parcelamento, com indicação de todos os elementos exigidos para fim
de emissão de nova Cer dão de Baixa de Construção, constando a alteração da numeração do lote,
para averbação em O cio de Registro de Imóveis.

Art. 19 O projeto de modificação de parcelamento do solo aprovado pelo Município deverá ser
registrado no O cio de Registro de Imóveis.

Capítulo III
DO REPARCELAMENTO

Art. 20 Reparcelamento é a alteração de parte ou de todo o parcelamento que implique

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modificação do sistema de circulação ou alteração da localização ou da área total dos lotes


des nados a Elup`s ou à instalação de equipamentos urbanos e comunitários previstos no
parcelamento original.

§ 1º O projeto de reparcelamento deverá obedecer às diretrizes para parcelamento, que serão


fornecidas pelo Município, em conjunto com o órgão estadual competente, quando for o caso.

§ 2º No reparcelamento deve ser garan da a manutenção do percentual de áreas des nadas a


equipamentos urbanos e comunitários e a Elup`s transferidos ao Município no parcelamento
original, se a lei de desafetação específica assim tratar.

§ 3º A compensação da área pública na mesma planta de parcelamento do solo desobriga a


desafetação prevista no § 1º do art. 40 da Lei nº 7.166/96.

Aplicam-se ao reparcelamento, no que couber, as regras previstas para loteamento, sempre


Art. 21
que houver necessidade de obras de urbanização.

Parágrafo único. No caso de reparcelamento, ainda que enquadrado como loteamento, a


per nência do processo de licenciamento ambiental fica condicionada à avaliação do órgão
municipal de meio ambiente.

Art. 22O reparcelamento somente será admi do em parcelamentos devidamente registrados no


O cio de Registro de Imóveis.

Art. 23 O reparcelamento deverá ser analisado previamente à realização da desafetação das áreas
transferidas ao Município, quando esta se fizer necessária, salvo legislação específica.

§ 1º Para a aprovação do reparcelamento é necessária a desafetação de bem de domínio público,


realizada mediante autorização legisla va.

§ 2º A alteração do sistema viário não pode ocorrer sem exigência de compensação de área pública,
salvo disposição legal específica.

Art. 24 É obrigatória a manutenção, pelo loteador, do percentual de áreas transferidas ao


Município no parcelamento original, a não ser que este percentual transferido seja inferior ao
percentual previsto na legislação em vigor, a qual deve ser sempre respeitada.

§ 1º Será admi da a manutenção do percentual a que se refere o caput deste ar go pelo


pagamento em dinheiro, desde que expressamente prevista na lei que autorizar a desafetação.

§ 2º As áreas a serem transferidas ao Município serão previamente escolhidas pelo Execu vo,
resguardado o atendimento ao interesse público.

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Capítulo IV
DISPOSIÇÕES FINAIS

Ficam revogados os ar gos 8º, 9º, 20, 33, 34, 37, 39 e 40 do Decreto nº 9.065, de 26 de
Art. 25
dezembro de 1996.

Art. 26 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 20 de janeiro de 2016

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 21/01/2016

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