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OLIVEIRA, Antônio José Xavier. Linhas gerais acerca dos honorários advo-
catícios: generalidade, natureza alimentar, espécies e o novo Código Civil.
Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1288, 10 jan. 2007. Disponível em:
<http://jus.com.br/revista /texto/9378>. Acesso em: 29 mar. 2016.
64 Ensaios Jurídicos
A ARTE DA REPRESENTAÇÃO: AUTORES, ATORES E A
PLATEIA SEM DISTINÇÃO
Carlos Weinman*
Resumo
Abstract
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*
Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria; Professor da Universidade do
Oeste de Santa Catarina de São Miguel do Oeste; carlos.weinman@unoesc.edu.br
1 INTRODUÇÃO
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3 RAZÃO E REPRESENTAÇÃO
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Visto que a razão é uma faculdade que nos possibilita deduzir regras
gerais ou teoremas, é necessário estabelecer as regras condizentes à vida
social para poder estabelecer com segurança a Ciência Política e Moral. Em
um Estado desprovido de lei, o homem vive na insegurança e no conflito. É
o uso da razão que determina os elementos necessários para superar esse
estado. Os meios eficientes para possibilitar um ambiente seguro são deter-
minados por um correto raciocínio, o qual é definido por sua particularidade
em determinar enunciados verdadeiros. Mas o que são esses enunciados
verdadeiros? Eles dizem respeito aos enunciados que levam à preservação
da vida e dos meios necessários para conservá-la. Esse ato racional é con-
vertido por Hobbes em lei natural. Como afirma o filósofo: “Uma lei natural é
um preceito ou regra geral, mediante a qual se prive o homem fazer tudo o
que possa destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preser-
vá-la.” (HOBBES, 1979b, p. 78).
A lei natural não diz respeito a um acordo entre homens, mas a um
ato puramente racional, concebido por um correto raciocínio. É justamente
a razão que leva à dedução das leis naturais. Não podemos afirmar essas
leis como positivas. Elas dizem respeito às regras de prudência humana, às
quais levam inevitavelmente a um ambiente seguro capaz de preservar a
integridade física e mental dos indivíduos (BOBBIO, 1989, p. 38).
Sabemos que o homem, no estado de natureza, era ameaçado
constantemente pela guerra generalizada. Nesse ambiente, a vida humana
é “[...] solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta.” (HOBBES, 1979b, p.
76). Perante essa circunstância, a razão humana percebe que a guerra é
uma ameaça à vida. Para contrapor o estado de guerra, necessitamos de
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4 A VONTADE E O ESTADO
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5 CONCLUSÃO
Notas explicativas
“Seguindo, portanto, esse método, ponho em primeiro lugar como um princípio conhecido de
todos por experiência, não havendo ninguém que o negue, a saber, que os homens são por
natureza de tal feitio que, se não forem coagidos por medo de algum poder comum, viverão
sempre desconfiados uns dos outros, temendo-se reciprocamente; terão decerto o Direito de
prevenir-se cada qual com as próprias forças, mas terão também necessariamente a vontade
para isso.” (HOBBES, 1993, p. 10).
2
“E ao homem é impossível viver quando seus desejos chegam ao fim, tal como quando seus
sentidos e imaginação ficam paralisados.” (HOBBES, 1979b, p. 60).
3
“Portanto as ações voluntárias e as inclinações dos homens não tendem apenas para
conseguir, mas também para garantir uma vida satisfeita, e diferem apenas quanto ao modo
como surgem, em parte da diversidade das paixões em pessoas diversas, e em parte das
diferenças no conhecimento e opinião que cada um tem das causas que produzem os efeitos
desejados” (HOBBES, 1979b, p. 60).
4
Segundo Hobbes, quando no espírito humano surgem apetites e aversões, esperanças e
medos, e “[...] quando passam sucessivamente pelo pensamento as diversas conseqüências
boas ou más de uma ação, ou de evitar uma ação; de modo tal que às vezes se sente um
apetite” ou, então, uma aversão, medo, esperança em relação à ação, por fim, todo o conjunto
de desejos, aversões, esperanças e medos suscitados até que a ação seja praticada ou
considerada impossível, “[...] leva o nome de deliberação” (1979a, p. 37).
5
Hobbes, no Capítulo VI do Leviatã, desenvolve o tema sobre a origem interna dos movimentos
voluntários. Em primeiro lugar, ele faz a distinção entre duas espécies de movimentos: o vital,
que começa com a geração e segue durante a vida do indivíduo (por exemplo: circulação
do sangue, o pulso, a respiração, a digestão, etc.), e os movimentos animais, chamados
movimentos voluntários (andar, falar, mover), que são imaginados com antecedência por nossa
mente. Os movimentos voluntários (como andar e falar) necessitam sempre de um pensamento
anterior de como, onde e o quê. A imaginação é considerada como a “[...] primeira origem
interna de todos os movimentos voluntários.” Hobbes ainda menciona pequenos inícios de
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movimento, que surgem no interior do corpo do homem, precedendo as ações, os quais são
denominados esforço. Este, quando direcionado a algo que o causa chamamos de apetite
ou desejo, quando se encaminha a evitar alguma coisa denominamos de aversão. O desejo
e o amor correspondem à mesma coisa, a única diferença está em que no primeiro, temos a
significação de ausência do objeto, enquanto quando falamos em amor, temos a significação da
presença do objeto. O mesmo equivale para os termos aversão e ódio. Os apetites e aversões
podem ser qualificados dentro de dois grupos: o daqueles que nascem com o homem (como
apetite pela comida, o apetite de excreção e exoneração) e o dos que correspondem a coisas
particulares e derivam da experiência e comprovação dos seus efeitos sobre si mesmos ou
sobre outros homens. Dos objetos do apetite ou desejo ou de aversão procedem aos termos
bom e mau, os quais são sempre usados pelos indivíduos para designar o que lhes traz prazer
ou desprazer (HOBBES, 1979b, p. 31-32).
6
“A lei de natureza primeira e fundamental é buscar a paz quando for possível alcançá-la;
quando não for possível preparar os meios auxiliares da guerra.” (HOBBES, 1993, p. 39).
7
“Esta é a primeira porque as outras derivam dela. As leis derivadas nos ensinam os modos de
adquirir a paz ou preparar-se para a guerra.” (HOBBES, 1993, p. 59).
8
“[...] o objetivo de todos os atos voluntários dos homens é algum bem para si mesmos.”
(HOBBES, 1979b, p. 80).
9
Para Hobbes (1979b. p. 75), a discórdia é motivada por três causas principais: a) pela
competição, que se refere à busca do lucro, da posse de bens, pessoas, etc; b) A desconfiança,
que não é nada menos do que a tentativa de preservar os bens conquistados; c) a busca da
honra, que se refere à reputação, a qual leva os indivíduos à guerra por simples ninharias.
REFERÊNCIAS
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A DEFESA ADMINISTRATIVA DOS DIREITOS DO
CONSUMIDOR COMO FORMA DE ACESSO EFETIVO À
JUSTIÇA NO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL DO OESTE
Karine Ludwig*
Lucíola Fabrete Nerillo**
Resumo
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Graduada no Curso de Direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina; karylud@gmail.
com
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Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina; luciola.nerilo@unoesc.edu.br