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Tração em Cordas

Por meio deste trabalho objetiva-se efetuar a leitura das forças de tração
nos dinamômetros, obter estas forças por meio de cálculos e, por fim, compará-
las, levando em consideração os erros propagados do experimento. Assim,
esta prática dá início aos trabalhos com erros propagados.

Referencial teórico
Forças de tração são assim denominadas quando forças são exercidas
nos corpos por meio de fios. Geralmente consideram-se as cordas e os fios
como ideais.

Quando puxamos um objeto através de uma corda, estamos na verdade


transmitindo força ao longo dessa corda até a extremidade oposta. Podemos
dizer que cada pedaço dessa corda sofre uma tração, que pode ser
representado por um par de forças iguais e contrárias que atuam no sentido do
alongar da corda. Denominamos de tração na corda o módulo dessas forças,
que formam um par.

Há duas possibilidades básicas de sistemas formados por corda e


objeto: ou aceleração é zero e o sistema está em equilíbrio, ou existe
aceleração e, portanto, há uma força resultante. Note que em ambos os casos
a massa da corda será assumida como desprezível.

Sistema em equilíbrio

O sistema está em equilíbrio quando a soma de todas as forças é igual a


zero.

Para exemplo, considere um sistema formado por um objeto sendo


suspendido por uma corda sujeita a tensão (T), em velocidade constante ou em
repouso. Pelo fato da velocidade ser constante ou nula, não há aceleração, e
por isso o sistema está em equilíbrio. Nesse caso a tensão na corda, que puxa
o objeto para cima, é igual (em módulo) à força peso (mg), que atrai o objeto
para baixo.

Sistema sob força resultante


Um sistema terá uma força resultante quando a soma de todas as forças é
diferente de zero. Aceleração e força resultante são coexistentes.

Considere agora o mesmo sistema mencionado acima, exceto por sua


velocidade estar aumentando durante o tempo. Nesse caso haverá diferença
de velocidade, e consequentemente, aceleração positiva, o que provocará uma
força resultante apontada para cima, indicando |mg| < |T|.

Em outro exemplo, suponha que dois corpos 1 e 2 possuindo massas m1


e m2, respectivamente, conectadas umas às outras por uma corda inextensível
sobre uma polia sem atrito. Haverá duas forças atuando sobre o corpo 1: seu
peso (P1 = m1.g) o atraindo para baixo, e a tensão T na corda, puxando-o para
cima. Se a massa do corpo 1 for maior que a do corpo 2 (m1 > m2), haverá
força resultante F1, sendo P1 - T, e então m1.a = m1.g - T.

Dinamômetro

O dinamômetro é um aparelho para medir força. Este instrumento de


aferição possui o conceito de funcionamento muito mais simples do que
podemos imaginar. Basicamente ele compara a força exercida por um objeto
no espaço em relação a um ponto fixo de partida.

Ele consiste em uma mola calibrada (em acordo com a função


escolhida), sendo que uma das extremidades é fixa e a outra móvel, a fim de
comparar com o auxílio de uma escala graduada os valores obtidos. No caso
da balança, o resultado pode ser obtido em gramas (quando de precisão),
libras ou quilogramas.

Este dispositivo é dotado de:

• Estrutura

• Mola

• Gancho em uma das extremidades da mola

• Graduação na estrutura

Em uma das extremidades da mola encontra-se presa a estrutura


graduada e em outra extremidade, o gancho, que se localiza fora da estrutura.

O princípio de funcionamento consiste na deformação que a mola sofre


em razão da ação de uma força que é proporcional a esta força aplicada, sua
intensidade é indicada na graduação existente na estrutura (dinamômetro
ideal).

Material Utilizado
- 03 massas aferidas com gancho, cuja soma é 150,65 g

- 02 tripés tipo estrela com manípulo

- 02 fixadores metálicos com manípulo

- 01 carretel de linha

- 02 dinamômetros 02 N

- 01 haste fêmea 405 mm

- 01 haste macho 405 mm

- 01 transferidor de plástico 180º

- 02 manípulos com cabeça de plástico

Procedimento Experimental
Procedimento Experimental 1
- 01. Ajustou-se cada dinamômetro para que indicasse zero quando colocado
na posição do experimento;

- 02. Montou-se o equipamento conforme a figura abaixo, utilizando-se de um


conjunto de massas equivalente a 150,65 g;
- 03. Observou-se as leituras dos dinamômetros;

- 04. Mediu-se os ângulos formados entre os fios (ligados aos dinamômetros) e


a horizontal, traçando um eixo x na altura da junção dos fios;

- 05. A partir da condição de equilíbrio (força resultante igual a zero), peso total
e ângulos medidos, calculou-se os valores da tração nos dinamômetros;

- 06. Comparou-se as medidas dos dinamômetros com os valores encontrados


nos cálculos realizados;

- 07. Fez-se uma análise entre os valores medidos e os calculados;

Procedimento experimental 2
- 01. Montou-se o equipamento conforme a figura abaixo, utilizando-se de um
conjunto de massas equivalente a 150,65

- 02. Observou-se as leituras dos dinamômetros;

- 03. Mediu-se os ângulos entre os fios e a horizontal, traçando um eixo x na


altura da junção dos fios;

- 04. Representou-se as forças em um sistema de eixos ortogonais y e x;


- 05. A partir da condição de equilíbrio (força resultante igual a zero), calculou-
se os valores da tração nos dinamômetros;

- 06. Fez-se uma análise entre os valores medidos e os calculados;

Resultados e Discussões
Devido às condições do experimento, considerou-se o erro do ângulo
como menor medida (1º) e não a metade da menor medida conforme a regra.

Tabela de Valores do Experimento 1


Ângulos (°) Tensões Observadas(N) Tensões Calculadas(N)
TA (66 ± 1) (0,87 ± 0,02) (0,912 ± 0,051)
TB (60 ± 1) (0,74 ± 0,02) (0,75 ± 0,10)

Tabela de Valores do Experimento 2


Ângulos (°) Tensões Observadas(N) Tensões Calculadas(N)
TA (52 ± 1) (1,84 ± 0,02) (1,9 ± 0,1)
TB (0 ± 1) (1,10 ± 0,02) (1,2 ± 0,1)

É possível observar através da analise das tabelas Tabela de Valores


do Experimento 1 e Tabela de Valores do Experimento 2 que os valores dos
erros obtidos experimentalmente e através de cálculos são aceitáveis, uma vez
que os valores condizem com as faixas de erro. Portanto, é possível encontrar
um valor comum entre as tensões medidas nos dinamômetros e calculadas.
Bibliografia

TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros. Rio de


Janeiro: LTC, 2009. 759 p.

<http://www.brasilescola.com/fisica/a-forca-tracao.htm> Acessado em
18/12/2012 às 20h15min.

< http://pt.wikipedia.org/wiki/Tens%C3%A3o_(f%C3%ADsica)> Acessado em


18/12/2012 às 20h18min.

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