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FACULDADE RUY BARBOSA DEVRY


FACULDADE DE PSICOLOGIA
PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

EDER GABRIEL FREITAS DE AGUIAR

DAVI JESUS CARNEIRO SILVA

PAULO MANOEL FRANKLIN ARAUJO BOMFIM

VITÓRIA LIBÓRIO D'EL REI REIS

DIABETES

SALVADOR
2017
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EDER GABRIEL FREITAS DE AGUIAR

DAVI JESUS CARNEIRO SILVA

PAULO MANOEL FRANKLIN ARAUJO BOMFIM

VITÓRIA LIBÓRIO D'EL REI REIS

DIABETES

Trabalho apresentado ao Curso de graduação em


Psicologia, Faculdade Ruy Barbosa – DEVRY
BRASIL, como requisito parcial à obtenção de nota na
disciplina de Psicologia da Saúde do 4ª semestre,
ministrado pela Profª: Aline Peixoto.

SALVADOR
2017
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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO........................................................................................
2 METODO...................................................................................................
3 INTRODUÇÃO..........................................................................................
4 DESENVOLVIMENTO/ RESULTADO .............................................
5 CONCLUSÃO/ CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências...............................................................................................
Apêndice....................................................................................................

1. APRESENTAÇÃO
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O que é o trabalho:

Esse trabalho foi feito por alunos do quarto semestre de psicologia, estudantes da
Devry- Faculdade Ruy Barbosa para a matéria de Psicologia da Saúde, e visa estudar
a diabetes e compreender como é o trabalho de um profissional de psicologia, com
um paciente diabético, a partir de pesquisas e uma entrevista com um profissional.

Objetivo Geral:

Obter um maior embasamento sobre diabetes e o acompanhamento de paciente


portadores.

Objetivos Específicos:

Estudar a diabetes a partir de artigos científicos encontrados no google acadêmico.

Descobrir como é o tratamento de pacientes com diabetes a partir de uma entrevista


com uma profissional de psicologia, atuante na área hospitalar.

Justificativa:

Como graduandos do curso de psicologia, surgiu interesse em ter um maior


embasamento sobre a diabetes e a função do psicólogo com os pacientes.

2. METODO

2.1 Estratégia/ Como foram feitas as perguntas:

Ao encontrar um profissional para ser entrevistados, elaboramos as perguntas, e


então entramos em contato com a entrevistada e fizemos a entrevista via e-mail.

2.2 Questionário:

1. Quais áreas atuou?

2. Qual diferença que percebe entre a área atual e outras?

3. Como é feito o acompanhamento de pessoas com diabetes?

4. Qual a diferença na atuação com as pessoas com diabetes em relação às outras


doenças?

3. INTRODUÇÃO
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A pessoa com a diabetes ela sofre uma repressão social, pelo fato de que
quando se fala que determina pessoa é diabética isso gera uma rotulação, como
se ele fosse esta patologia, com isso pode surgir aspectos psicológicos como a
ansiedade, além de poder gerar um agravamento da doença. Além da
ansiedade, também se pode ter um estresse.
Citação de Roch

O papel do psicólogo com o paciente ao qual é diabético é de extrema


importância para que ele entenda a situação ao qual ele esta para que ele venha
a ter uma aceitação, o paciente deve entender que a alimentação dele ira mudar
drasticamente e saber as consequências da má alimentação, caso venha a
perder algum membro do corpo devido ao mal cuidado, não apenas estes
fatores, mas também questões emocionais, sociais, culturais, religiosas, dentre
outras. “O perfil psicológico e o grau de aceitação do DM1 parecem exercer
influência direta nos níveis glicêmicos do paciente.” ( Maia e Araujo 2004).
Podemos observar que os aspectos psicológicos do paciente influenciam nos
níveis glicêmicos dos pacientes (citar Roch para complementar)

A Diabetes de Melito ou diabetes é uma doença crônica que se caracteriza


devido ao fato de que o corpo não consegue produzir insulina ou não conseguir
usa-la pelo alto nível de açúcar no sangue. Dentro da diabetes existe a Daibetes
tipo 1, a diabetes tipo 2 e a diabetes Autoimune Latente do Adulto (LADA). Na
diabetes tipo 1 as células beta-pancreáticas são destruídas pelo organismo,
fazendo assim a pouca ou a não produção da insulina. Já na diabetes tipo 2 o
organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou ele não
produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia do organismo. No
paciente com diabetes autoimune latente do adulto existe uma mistura dos dois
tipos de diabetes.

Pacientes portadores de Diabetes Mellitus e seus familiares necessitam


implementar, monitorizar e regular um tratamento altamente complexo. O
tratamento do diabetes requer que os pacientes sigam uma dieta alimentar,
pratiquem exercícios físicos, tomem medicamentos (insulina ou agentes
hipoglicemiantes), monitorizem seus níveis de glicemia, identifiquem e
tratem os sintomas relacionados ao diabetes e cuidem especialmente de
seus pés. (Marlebi, 2001)

4. DESENVOLVIMENTO/ RESULTADOS
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Na área Hospitalar na qual lida-se com frequência e mais diretamente com as


patologias, nossa entrevistada nos informou que muitas coisas são semelhantes em
relação as outras áreas como o cuidado com o outro, ética profissional,
responsabilidade, sensibilidade, escuta ativa, planejamento de estratégias de ação,
foco na saúde total (física e psíquica), no ser biopsicossocial, etc. Com relação a
prevenção do diabetes é de estrema importância não ignorar os fatores de risco, pois
quanto mais cedo se tem o diagnóstico, mais rápido poderá agir para continuar
saudável, agora e no futuro. O acompanhamento e atuação de um psicólogo irá
contribuir nessa orientação e progresso para que o paciente saiba lidar com a situação.
Na área hospitalar, (como ressaltado pela nossa psicóloga entrevistada) o foco é
direcionado a questões específicas que envolvem o adoecimento, hospitalização e as
repercussões emocionais desse processo para o paciente, família e equipe, ou seja,
é um processo no qual atinge não só o paciente, mas também o meio social no qual
ele vive. Além disso, não ignorar esses fatores de risco é uma forma de proteger os
outros, caso tenha diabete, existe a chance de seus descendentes desenvolverem a
patologia. Por isso é importante que todos consultem o médico e façam exames.
Para revelar se o paciente tem diabetes, é feito um exame simples com uma gota de
sangue, sendo possível saber se existe alguma alteração na taxa de glicemia. Caso a
alteração seja considerável, será necessária a realização de outros exames, mais
aprofundados, o médico deve solicitar o teste oral de tolerância à glicose, ou Curva
Glicêmica. O exame é feito em diversas etapas, em que são coletadas amostras de
sangue em um tempo determinado, geralmente de 30 em 30 minutos e durante os
intervalos, o paciente deve ingerir um xarope de glicose. Os resultados são dispostos
em um gráfico e permitem o diagnóstico mais preciso.
Alguns pacientes após receber o diagnostico que possuem diabetes acabam ficando
com muitas perguntas, medo e até mesmo ansiedade. A partir disso surge a
necessidade da orientação para que se consiga substituir o medo pela precaução. A
rede de apoio contribui para isso através das relações sociais, a família, os amigos e
a própria instituição onde foi diagnosticado, em conjunto com o psicólogo. O Paciente
compartilhando as suas dúvidas com amigos e parentes de confiança pode revelar
pessoas dispostas a apoiar e ajudar na mudança do estilo de vida, nesse caso o
psicólogo precisa enxergar o paciente para além da sua doença, como ressaltado pela
entrevistada, iniciando o acompanhamento psicológico fazendo uma anamnese para
entender a história de vida, para depois o seu adoecimento, e buscar as estratégias
de enfrentamento e a melhor forma para se aderir aos tratamentos. Nessa percepção
de adesão ao tratamento, a entrevistada também traz a necessidade de que ocorra a
desmistificação de fantasias, que se explique o significado da doença e todos esses
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fatores são trabalhados pelo psicólogo conforme percepção de fatores disfuncionais


que estejam latentes, sempre respeitando a vontade do paciente, que como visto em
sala de aula, é um dos pontos mais importantes. É importante também comunicar a
escola, o plano de saúde e a empresa onde trabalha, pois se houver qualquer tipo
complicação, essas instituições estarão orientadas a ajudar e encaminhar para o
atendimento correto.
Assim como apresentado em sala, nossa entrevistada traz como um dos fatores mais
importantes que essas pessoas com qualquer tipo de patologia, precisam ser vistas
para além do seu adoecimento, trazendo também a relevância de conhecer a sua
história de vida, pois isso pode impactar diretamente no tratamento, como sua crença,
seu meio de convívio etc. Com a aceitação do paciente aos tratamentos, o passo agora
é controlar o nível de glicose no sangue, para evitar demais complicações. A medição
pode ser feita por meio de um monitor de glicemia ou por meio de bombas de insulina.
Os dois tipos de aparelho devem ser adquiridos e usados com orientação da equipe
multidisciplinar. Todas as pessoas com diabetes Tipo 1 e muitas com Tipo 2 precisam
de insulina para controlar a glicose no sangue. Porém muitas vezes as pessoas se
sentem receosas (algumas tem medo de injeção, ou alguma outra complicação)
quando sabem que precisam começar a fazer a terapia com insulina. Por isso é
necessária a orientação dada pela equipe médica e pelo psicólogo, desmistificando
informações falsas a respeito do tratamento, explicando que as formas de aplicação e
as agulhas modernas tornam o uso de insulina muito mais simples e confortável e
praticamente indolor. As agulhas são menores e mais confortáveis, tanto nas seringas
descartáveis quanto, com o uso em canetas de aplicação de insulina, o que torna sua
aplicação muito mais simples, precisa e confortável. Ressaltando que a insulina ajuda
no controle da glicose e pode evitar suas complicações mais severas, pois ela é o
medicamento mais eficaz no controle da glicose no sangue. Ocorre de que no início,
existem algumas dificuldades para realizar esse gerenciamento e medição, que
possam fazer com que o paciente se frustre ou queria desistir de continuar com o
tratamento, porém mais uma vez o acompanhamento de um psicólogo e das próprias
redes de apoio, vem para orientar que essa dificuldade inicial é absolutamente normal
e que com o tempo esse gerenciamento se tornará algo natural e feito com maior
facilidade. Outros dois pontos essenciais para o tratamento, são o planejamento
alimentar (mudando hábitos alimentares para mais saudáveis) e o hábito de fazer
exercícios físicos regulares (caminhadas, dentre outros exercícios aeróbicos), ambos
em parceria com a Insulina contribuem para o controle e diminuição das taxas de
glicemia. Todas essas formas de tratamento, irão depender da aceitação do paciente,
o planejamento alimentar por exemplo, caso o paciente não queira se privar de comer
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uma barra de chocolate, a atuação do psicólogo irá trazer nesse âmbito que se faz
necessário toda uma conscientização acerca das consequências que irão
desencadear essa não adesão ao tratamento.
Trazendo uma outra exemplificação da prática, para os fumantes que possuem o
diabetes, o mais recomendado seria parar de fumar, porém sabendo da dificuldade
causada pela dependência da nicotina, um psicólogo assim como toda equipe de
cuidados paliativos por exemplo, deve respeitar a aceitação ou não do paciente de
deixar de fumar, porém deixando sempre claro os riscos e o quanto isso poderá piorar
o seu caso. A entrevistada traz como exemplo as possibilidades de amputação de
membros, cegueira, mudança de humor, instabilidades clínicas como consequências
de não adesão ao tratamento. Prejudicando também a cicatrização de ferimentos
(casos frequentes com pessoas que tem diabetes), por exemplo, o que pode também
causar um grande impacto emocionais na vida do paciente, onde o psicólogo e
instituição em parceria com os familiares e amigos, e pessoas da vivencia do paciente
possam contribuir de forma positiva na aceitação e adaptação desses riscos, caso
ocorra e/ou seja necessária uma amputação, por exemplo (e o paciente enteja de
acordo), sejam apresentadas maneiras de continuar vivendo da melhor maneira
possível após a amputação ou alguma outra complicação, visando o bem estar do
paciente em primeiro lugar.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a realização do Trabalho de Campo, assumimos o desafio de pesquisar sobre a
Diabetes e a função do psicólogo com os pacientes, tal movimento possibilitou ao grupo
ampliar a compreensão sobre o tema proposto e articular os conhecimentos adquiridos
ao longo do curso aliando teoria e prática. A metodologia utilizada e as referências
foram de extrema importância para a elaboração do resultado da pesquisa.
Para nós, a realização do trabalho motivou a busca do raciocínio crítico e nos incentivou
a compreender melhor a maneira que é desenvolvida a Diabetes no âmbito hospitalar e
a ação do psicólogo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GROSS, Jorge L. Diabetes Melito: Diagnóstico, Classificação e Avaliação do


Controle Glicêmico. Arq Bras Endocrinol Metab vol 46 nº 1 Fevereiro 2002

CARDOSO, Claudia Lins. Psicoterapia de grupo com pacientes diabéticos e


hipertensos em centros de saúde pública. Rev. Estudos de Psicologia, PUC-
Campinas, v. 16, n. 2, p. 5-15, maio/agosto 1999

CALSOLARI, Maria Regina. Diabetes Auto-Imune Latente do Adulto ou Diabetes


Melito Tipo 2 Magro?. Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/2

http://www.diabetes.org.br/publico/ (ver como usar)

DOS SANTOS, Manoel Antônio. Percepção de Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 1 Sobre o
Transplante de Células-tronco Hematopoéticas. Psicologia: Teoria e Pesquisa Out-Dez 2012, Vol. 28
n. 4, pp. 425-433

COELHO, Camila Ribeiro. Análise de contingências de um portador de diabetes mellitus tipo 2: estudo
de caso. Psico-USF, v. 13, n. 2, p. 243-251, jul./dez. 2008

Malerbi, F. E. K. (2001). Estratégias para aumentar a adesão em pacientes com diabetes. Em H. J.


Guilhardi, B. P. Madi, P. P. Queiroz, M. C. Scoz (Org.). Sobre comportamento e cognição: explorando
a variabilidade (pp. 127-131). Santo André: ESETtec. (rever)

FERREIRA, Bruno Eduardo Silva. Aspectos da amizade de adolescentes portadores de diabetes e câncer.
Estudos de Psicologia I Campinas I 25(2) I 293-301 I abril - junho 2008
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APENDICE

Entrevista com psicólogo

Nome: Mariana Bertino Santana

Anos de Atuação: Cinco anos

1ª) Quais áreas atuou?

Atuei na área clínica (Ambulatório de saúde mental e consultório), na área hospitalar


(Hospital Santa Izabel e Clínica senhor do Bonfim), na área forense (presídio de
Valença) e na área assistencial (NAFS e CAPS da cidade de Conceição de Almeida).

2ª) Quais as diferenças que percebe entre a área atual e as outras?

Minha área atual é a hospitalar, como mencionada acima, passei por várias áreas da
psicologia, acredito que muitas coisas são semelhantes nas áreas: cuidado com o
outro, ética profissional, responsabilidade, sensibilidade, escuta ativa, planejamento
de estratégias de ação, foco na saúde total (física e psíquica) e no ser biopsicossocial,
etc. No que tange as diferenças na área atual com as anteriores, acredito que a
principal delas é que na área hospitalar o foco é direcionado a questões específicas
que envolvem o adoecimento, hospitalização e as repercussões emocionais desse
processo para o paciente, família e equipe.
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3ª) Como é feito o acompanhamento das pessoas com diabetes?

No hospital recebemos vários pacientes que internam com complicações do diabetes.


Iniciamos o acompanhamento psicológico com esses pacientes fazendo uma
anamnese para entender a história de vida, adoecimento, busca de estratégias de
enfrentamento, percepção de adesão ao tratamento, desmistificação de fantasias, o
significado da doença e todos esses fatores são trabalhados conforme percepção de
fatores disfuncionais que estejam latentes.

4ª) Qual a diferença na atuação com as pessoas com diabetes em relação às


outras patologias?

As pessoas portadoras de alguma doença de modo geral primeiramente precisam ser


vistas para além do adoecimento. É importante conhecer a história de vida, história
de adoecimento, impactos emocionais, estratégias de enfrentamento e trabalhar com
essas questões. O diabetes em específico se faz necessário toda uma
conscientização acerca das consequências de uma á adesão ao tratamento, pois as
principais delas costumam trazer impactos emocionais na vida do sujeito l:
possibilidade de amputação de membros, cegueira, mudança de humor, instabilidades
clínicas.

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