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RESPOSTAS ÀS QUESTÕES FORMULADAS:

1) Após a citação, a executada terá um prazo de 5 dias para pagar a dívida no valor de R$
200.000,00 (Duzentos mil reais), acrescida de juros, multa moratória e demais encargos
indicados na Certidão de Dívida Ativa (CDA), ou garantir a execução, nos moldes do art.
8º, da LEF.

Agora se a pretensão da empresa é a de não pagar o tributo, representado pelas sete


CDA’S, seja porque o valor cobrado é indevido, ilegítimo, ou seja, porque ela não tem
responsabilidade sobre o pagamento, caberá nesta hipótese, a oposição de embargos à
execução, sendo necessário a embargante garantir o juízo, conforme determina o art.
16, § 1º, Lei 6.830/80.

Sendo que a garantia do juízo poderá ser feita por depósito judicial, carta de fiança ou
penhora e todas essas modalidades são aceitas para garantir o juízo e, portanto,
produzirão os mesmos efeitos, art. 9º, §3º, LEF).

O prazo para a oposição dos embargos à execução é de 30 dias, a contar do momento


que houve a garantia do Juízo, portanto: i) 30 dias da data do depósito; ii) 30 dias
contados da data da intimação da penhora; iii) 30 dias contados da data da juntada da
carta de fiança.

E por fim, poderá ser pedido a concessão do efeito suspensivo à execução, se


preenchidos os requisitos do art. 739-A, § 1º, CPC.

Desse modo, o pedido específico nos embargos é para extinguir a execução fiscal,
desconstituindo o título executivo. Ao final, pode ser pedido o levantamento da garantia
dada em juízo.

2) A priori, a locadora deverá notificar o proprietário (locador) sobre os vícios existentes,


inclusive com fotografias, vídeos, informando que desconhecia tais aspectos negativos
do imóvel, e que tal aspecto configura quebra de contrato e infração à lei do inquilinato,
por parte dele, locador, afinal, são deveres do locador segundo o art. 22, da Lei
8.245/91:
a) Entregar ao locatário imóvel alugado em estado de servir ao uso a que se destina;
ele não entregou.
b) Garantir durante o tempo de locação, o uso pacífico do imóvel locado; ele não
garantiu o uso pacífico, pois não há paz com goteiras e teto desabando; e
c) Responder pelos vícios ou defeitos anteriores à locação;

De modo que, pode ser exigido o pagamento da multa contratual em, no máximo, 30
dias corridos. Além disso, se o locador ou a administradora (imobiliária) não
responderem a Notificação no prazo de 72 horas, poderá ser ajuizada uma ação de
rescisão contratual por más condições do imóvel, consubstanciada nos motivos
retromencionados, pedindo que sejam pagas as multas pelo locador, que rescinda o
contrato de locação “sub judice”, que seja deferido que a autora (inquilina), faça a
entrega das chaves em Cartório e desocupe imediatamente o imóvel. E por último que
o locador seja condenado ao pagamento de custas e despesas processuais, além dos
honorários advocatícios despendidos pela autora à sua patrona constituída.

b) Peça: Ação de Rescisão de Contrato de Locação por más condições do imóvel locado.
Anexei ao final.

3) Poderá opor Embargos de declaração, com pedido infringente, para fins de


prequestionamento da matéria, informando da ausência de citação da ré, tendo em
vista que a embargante não recebeu a citação em seu endereço, e requerendo
nulidade processual de todos os atos decisórios, sobretudo ao Acórdão e a
Sentença, afim de assegurar a ampla defesa e o contraditório, que não foram
observados nestes autos, prequestionando-os, para oportunamente, no que afronta
esses princípios, protocolar um Recurso Extraordinário (Rext), e, no que viola o
CPC, caberá um Recurso Especial (Resp).

Ademais, a ré só tomou conhecimento neste momento através de um sistema de


rastreio de publicação, é que foi possível a ré tomar conhecimento do seu nome no v.
acórdão. O que se verifica claramente uma nulidade processual, cujo ato citatório se deu
em face de pessoa diversa da ré, sendo inclusive Sumulado pelo STJ a matéria em
análise, senão vejamos:
Súmula 429: “A citação postal, quando autorizado por lei, exige o
aviso de recebimento.”

É cabível a oposição de embargos de declaração quando houver, no acórdão,


obscuridade, contradição ou omissão, ou, ainda, para corrigir erro material, de
acordo com o art. 1.022, I, II e III, do Código de Processo Civil. Além de que, é
assente, na doutrina e na jurisprudência, que os embargos declaratórios,
excepcionalmente, podem ter efeitos infringentes.

4) Check-list (auditoria para fins de propor execuções de título extrajudicial de


débitos em abertos dos clientes), documento em anexo.

5) O cumprimento de sentença será promovido pela parte exequente que foi


vencedora na ação em face da ré (executada). Com o requerimento da exequente,
a executada será intimada para pagar o débito, no prazo de 15 dias, acrescido de
custas, se houver, de acordo com o art. 523, caput, do CPC.

Contudo, não ocorrendo o pagamento voluntário no prazo de 15 dias, o débito


será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários advocatícios
de 10%.

Com o advento do Novo Código de Processo Civil, Lei Nº 13.105/2015, não é


mais possível fazer o parcelamento do débito na fase de cumprimento de sentença,
isto é o que vem expresso no §7º, do art. 916, CPC, preceituando o sentido
negativo de tal possibilidade.

Há, destarte, a possibilidade de as partes fazerem acordo, o que é o mais


recomendável nesta fase.

Ocorre, porém, que, não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será


expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de
expropriação.
Todavia, transcorrido o prazo de 15 dias, sem a executada efetuar o pagamento,
ser-lhe-á facultado ainda, independentemente de penhora ou nova intimação,
apresentar impugnação, nos próximos autos do cumprimento de sentença, no
prazo de 15 dias.

Na impugnação poderá ser levantada as seguintes questões pela executada: i) Falta


ou nulidade da citação; ii) inexigibilidade da obrigação; iii) ilegitimidade de parte;
iv) excesso de execução; v) além de outras causas modificativa ou extintiva da
obrigação, como pagamento, transação ou prescrição.

Não obstante a apresentação de impugnação, o que não será óbice para a prática
dos atos executivos, inclusive os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento
da executada e desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósitos
suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, comprovando que a execução é
suscetível de causar à executada grave dano de difícil ou incerta reparação.

Embora atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exequente requerer


o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando, nos próprios autos,
caução suficiente e idônea a ser arbitrada pelo juiz.

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