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DIREITO INTERNACIONAL (OUVINTE)

DIA 04/04 É PRIMEIRA PROVA

DIA 06/06 É PRIMEIRA PROVA

Bibliografia:

 Curso de Direito Constitucional Público. Valério Mazzuoli


 Hildebrando Accioly – Atualizado por 2 autores que gerou 2 obras diferentes.
 Francisco Rezek – Direito Internacional Público – Curso elementar
 Malcolm Shaw – Ver Jurisprudências (nisto é o melhor). Pontos negativos: é usado nos
EUA, e portanto, não cita questões brasileiras e etc...

AULA 1 – 07/02/2018

Exige conhecimento de Negócio Jurídico, Teoria do Estado e Teoria da Constituição. O Direito


Internacional vai fazer reflexão sobre outras áreas (Interdisciplinaridade).

O Direito internacional não é Direito estrangeiro. Direito estrangeiro é o direito territorialidade


em cada estado.

Sob certa perspectiva existe relação entre o Direito Brasileiro e estrangeiro; pois todo
ordenamento jurídico precisa de limites para se fechar. Devido a esse fechamento precisa do
Direito estrangeiro para resolver certos problemas. Direito Internacional Privado (Ramo
autônomo do Direito). Envolve a conexão entre o Direito Interno e o estrangeiro.

O Direito Internacional privado determina> 1) quem resolve o problema? 2) Aplicando a Lei de


qual pais?

O Direito Internacional Público diz respeito à relação entre estados numa comunidade
internacional. A sociedade produz uma ficção de atribuir ao estado a organização de sujeito.
Pois na essência o estado é uma forma de organização social. Com o tempo foi se consolidando
o Estado como organização política. Hoje os Estados venceram todas as formas de organização
política da sociedade. Mesmo onde não tem Estado impera o Direito produzido pelos Estados
ex: direito de alto mar, e etc...

Não existe uma entidade que faça as vezes no Estado em âmbito mundial. Ou seja, existe a
comunicação, mas todos os estados territorializados.

A sociedade passou a significar os estados como sujeitos.

Comunidade Internacional = Espaço público de interação entre os Estados. (Não há uma


entidade que organize os Estados enquanto sujeitos. Não há um estado que organize). Daí a
dificuldade de lidar com esta disciplina em que não tem a figura de um estado regulando as
relações entre os Estados.

EXISTE DIREITO SEM ESTADO. POIS, O FUNDAMENTO DO DIREITO É A NECESSIDADE HUMANA


DE CRIAR NORMAS DE CONVÍVIO. A FUNÇÃO DO DIREITO É REGULAR COMPORTAMENTOS E
ESTABELECER REGRAS DE CONDUTA. O DIREITO SEMPRE VAI EXISTIR EM QUALQUER RELAÇÃO
SOCIAL.
CONTUDO, O DIREITO PASSA POR UM PROCESSO EVOLUTIVO, POIS AS CONDIÇÕES
PERCEPÇÃO DO DIREITO E ORGANIZAÇÃO SOCIAL DA ANTIGUIDADE É DIFERENTE DA NOSSA
HOJE.

Porém a sociedade entre estados, embora a forma de organização politica seja o Estado, não
temos interagem apenas Estados X Estados, pois existem Organizações que não se equiparam
aos Estados, mas com estes se relacionam ex: ONU, OIT, UNESCO, etc... Elas são espécies de
infraestrutura das relações entre estados, da mesma forma que os estados são infraestrutura
para as relações sociais. As organizações não impõem ao estados subordinação portanto, a a
relação se dá Heterarquicamente e não Hierarquicamente.

O Estado com base na noção de Soberania é o ente mais poderoso, pelo monopólio do uso da
força.

Olhando de fora do Direito ex: da Economia; o Estado é o ente mais poderoso que existe??
Percebemos na realidade, que do ponto de vista dos meios de comunicação e da economia, o
estado as vezes se submete às grandes corporações e aos meios de comunicação.

Ex: Copa do Mundo. O Brasil criou a Lei da Copa que para nós válida e de ordem soberana. Sob
o enfoque do Direito foi uma decisão soberana. Saindo do âmbito do Direito vemos que na
verdade houve contrato entre Brasil e Fifa no qual a Lei é mero cumprimento deste contrato. E
se o Brasil não cumprisse, uma arbitragem internacional poderia condenar o Brasil.

O Direito Internacional é uma tentativa do Direito de se mundializar.

A Sociedade Mundial (Mais ampla Comunidade Internacional) é multifacetada pois dialoga com
ONGs, Grupo Armados Beligerantes que não se organizam em forma de Estado e com ele as
vezes rivaliza e etc...

Obs: O Estado Islâmico não é um Estado, ele é cultural, portanto, não tem territórios. Como eles
não se adaptam a divisão territorial, ele é excluído (ilícito).

Os Direitos Humanos ser como canal de comunicação da gritaria dos excluídos que desejam se
incluir. Os Direito Fundamentais (Positivados em um território) já são incluídos. Isto para
mostrar o paradoxo, de que a inclusão gera exclusão. Para chegar na questão de que a criação
de regras de migração do Direito Internacional, e pela noção de território, estado e etc... é a
partir disso tudo que surge os imigrantes.

Reflexão: Criticar o Estado. Qual o papel do estado? Não o que ele diz, mas o que eu posso
esperar dele? Qual a função que o Direito opera nesse contexto?

A Idade média se caracterizava por ser Estamental, onde o poder se justificava pelo Poder e Pela
força e nem a religião ao seu favor era subjugado a este poder. Não havia a dimensão da
participação, então se percebe o sujeito (não tem voz, portanto não se comunica com a
sociedade, portanto é excluído).

O auge da idade média – é a igreja com controle total dos reinos. As pessoas passam a ter reação
contra as imposições principalmente tributárias. A principio estas reclamações se davam
distante de onde estava o topo da pirâmide (reis e nobres), mas logo estas reinvindicações
sobem. Assim passam a surgir Direitos Subjetivos. É a recriação do Direito Romano que foi
perdido na Idade Média. Assim surge a Magna Carta Libertatum.

A justiça do Rei era menos violenta que a justiça da igreja, as pessoas passaram a preferir a
justiça terrena (contra a justiça divina). Assim o Reino se fortalece frente à igreja.

Passa a surgir a dimensão do Estado Moderno. Os reinos se fortalecem e vão vencendo o império
e a Igreja. O Direito Internacional surge da necessidade dos estados se posicionarem contra as
pressões vindas de fora, sendo assim emancipatório em relação a igreja. Porém, este mesmo
Direito Internacional é de dominação em relação aos povos colonizados, pois a colonização era
legitimada pelo Direito Internacional.

Hugo Grócio – pensador holandês publicou uma obra sobre a guerra e a paz, no qual falou sobre:
sobre as causas da guerra, e a justiça da guerra (28 mim- parte 2). No segundo livro ele
sistematiza as normas de Direito Internacional reconhecidas pelos estados. Por conta de Grócio
o Direito Internacional passa a ter autonomia. Por esse motivo muitos colocam ele como Pai do
Direito Internacional. Tendo como marco histórico o Tratado de Westfalia em 1648 do qual
Grócio participou das negociações.

Mas antes de Grócio já se falava em Direito Internacional, portanto, ele é o pai. Pois, antes 1648
já havia a colonização e, portanto, o Direito Internacional já havia na mesma dimensão moderna
em que estamos referindo.

O Direito era apenas instrumento da política, pois só existia enquanto emanado do soberano.
Logo, não tinha autonomia. (Período Absolutista). O Direito era simplesmente a vontade de Rei.

O Absolutismo é abalado pelas reclamações (gritarias) do povo. Surge assim o Bill of Rights
(Declaração de Direitos). A Inglaterra ameaçada pela Espanha pede ajuda a burguesia. A
burguesia então condiciona aceitação da limitação dos poderes do Estado. Esse período da
Inglaterra é chamado de Revolução Gloriosa, pois se refere a inclusão de parte do povo que
passa a participar de processos decisórios que condicionam o poder do estado.

O Estado passa a funcionar sob a ideia de “Rule Of Low” => Estado de Direito.

O Estado começa a se limitar pelo Direito o que faz com o que Direito deixe de ser domesticado
pela política. A política só legitima o Direito. O Direito passa a limitar a politica. Essa Simbiose
entre Direito e Política é a configuração do Estado de Direito que evolui para a ideia de
Constituição que surge com as revoluções americanas e francesas.

A Constituição com base no Direito é norma.

A Constituição com base na Politica é limitação de poder.

Tudo que foi dito está ligado à controle do uso da força. O uso da força não é solução no Direito
Internacional, já que visa evitar esse uso e não legitima-lo. No âmbito internacional o uso da
força nunca será usado com punição. A força pode ser usada para restringir novas agressões.

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