UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS EXTENSÃO – PIBIC

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS – CCSA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – DCS

CINE BOBOROMINA: ARTE, DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO

Orientador: Karina Biond

CINE BOBOROMINA: ARTE E EDUCAÇÃO

Bolsista: Wallace Max Correia da Silva

São Luís
2019
 CINE BOBOROMINA: ARTE, DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DO ORIENTADOR

Nome: Karina Biond

Instituição de Ensino: Universidade Estadual do Maranhão

Cargo: Professor do Departamento de Ciências Sociais

Email:ka,biond@gmail.com

CINE BOBOROMINA: ARTE E EDUCAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DO BOLSISTA

Nome: Wallace Max Correia da Silva

Instituição de Ensino: Universidade Estadual do Maranhão

Curso: Ciências Sociais –Licenciatura

Período: 7º

Turno: Matutino.
Ano de Ingresso: 2016

Telefone: (98)999886289

Email:wallacemax1985@gmail.com

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Profª. Dr. Karina Biond

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Wallace Max Correia da Silva
RESUMO: Consiste na sistematização de informações e reflexões coletadas na
execução do Plano de Trabalho “Cine Boboromina: arte, diversidade e educação”,
no âmbito do Projeto de Extensão “Cine Boboromina: arte e educação”. Nesse
aspecto, a pesquisa participa como a busca do entendimento do modo como os
acadêmicos estabelecem sua relação com o cinema e que tipos de discursos os
mesmos produzem. No contexto da pesquisa visei refletir sobre a formação e a
relação do grupo alvo como os filmes e documentários repassados em cada sessão
e como os mesmos construíam seus argumentos tomando como bases os aspectos
expostos em cena, além de tomar como reflexão também, os discursos dos
professores convidados para debater sobre os temas. O projeto foi criado em
parceria com a Universidade Estadual do Maranhão, sob as orientações e
coordenação do professor Greilson José de Lima. A escolha dos autores para
construção do relatório, surge da necessidade de aprofundar as reflexões acerca da
relação do cinema com a educação e para tanto se faz necessário, pesquisar
artigos, monografias, dissertações e teses acerca do tema. Pensando sobre as
técnicas, o trabalho no primeiro momento se constitui das observações e da
sistematização da bibliografia da pesquisa para se compreender o objeto estudado.
A metodologia do trabalho a ser estudado, será empregada a partir de pensamentos
sociológicos reflexivos que entende que a realidade a ser estudada pode resultar de
inúmeras possibilidades de interpretações. O projeto consiste em aproximar o
público alvo, no caso os graduandos, professores, coordenadores e a comunidade
de maneira geral. Têm como objetivo o de aproximar e debater aspectos ou ideias
pertinentes do contexto acadêmico ou social, sempre após o encerramento dos
filmes. Permitiu também a troca de conhecimento desde a escolha do tema,
debatedor e filme até o dia da sessão, sempre na dualidade bolsista e orientador.
Mesmo quando encontrei dificuldades em alguns momentos da extensão, sempre
encontrávamos a solução. Vale ressaltar aqui também a contribuição significativa do
último dia de Cine, que trouxe por meio de todos os documentários, as discussões
que sempre tínhamos nas reuniões e discussões.
 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 5

2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................... 6

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................ 6

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................ 7

4.1. CINEMA ............................................................................................. 7

4.2. AS SESSÕES DO CINE BOBOROMINA .......................................... 8

5. CONSIDERAÇÕES ................................................................................. 9

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 10

AGRADECIMENTO ........................................................................................ 11
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1. INTRODUÇÃO

Este relatório final “2017/2018” consiste na sistematização de informações e

reflexões coletadas na execução do Plano de Trabalho “Cine Boboromina: arte,
diversidade e educação”, no âmbito do Projeto de Extensão “Cine Boboromina: arte
e educação”. O projeto foi criado em parceria com a Universidade Estadual do
Maranhão, sob as orientações e coordenação do professor Greilson José de Lima.
O Cine Boboromina já possui uma trajetória de grande visibilidade dentro da
universidade, sendo que por meio dessa ideia, novos cines clubes foram criados em
parceria com a Bolsa Cultura que viabilizou a inserção de outros projetos dentro da
academia com um caráter mais cultural.
O projeto de extensão na qual estou inserida têm como alvo os graduandos,
professores, coordenadores e a comunidade de maneira geral. A pesquisa tem
como objetivo observar, aproximar, intervir e debater aspectos ou ideias pertinentes
do contexto acadêmico ou social. Em suma, o Cine tem o caráter pedagógico de
debater temas pertinentes dentro da universidade, para assim, aproximar cada vez
mais o público alvo da realidade que fica muitas vezes alheia aos muros, que separa
academia da comunidade.
A extensão me permitiu compreender um pouco mais o cinema como lugar de
experiência de novas interações entre o construtor de significados e os sujeitos que
se apropriam dessas significações, além do mesmo sempre se encontrar dentre do
bojo das exigências sociais e com isso, se aperfeiçoar e evolui com as diversidades
que o permeia. Isso inclui as experiências da tecnologia e as transformações sociais
que estão em constantes mudanças.
Exigindo assim, tanto dos cineastas quantos dos expectadores novos
aprendizados para lidar com os aspectos que a atualidade proporciona.
[...] o cinema constitui-se em uma matriz social singular de percepção,
elaboração e transmissão de saberes e fazeres, possibilitando distintas
formas de apreensão, compreensão e representação do mundo. Nesses
termos, enquanto uma modalidade integrante do conhecimento humano, o
cinema orienta e explica percursos individuais e grupais formados em
ambiências em que a imagem em movimento constitui e possibilita
aprendizados que passam a compor o estoque de experiências da
sociedade (SILVA 2010, p.161-162).
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Nesse processo, o cinema constitui-se como o formador de experiência e

fazeres, permitindo ampliar a transmissão dos significados, contribuindo para a
criação do gosto e dos novos saberes, por meio das mediações simbólicas das
novas conjunturas sócio históricas. Assim, compreendendo que os universos que
perpassam os cenários, seja reais ou fictícios projetam nas telas contextos ou
momentos que retratam valores individuais ou coletivos, estes poderão ser sempre
discutidos e ampliados em debates acadêmicos.
Nesse aspecto, a pesquisa participa como a busca do entendimento do modo
como os acadêmicos estabelecem sua relação com o cinema e que tipos de
discursos os mesmos produzem. No contexto da pesquisa visei refletir sobre a
formação e a relação do grupo alvo como os filmes e documentários repassados em
cada sessão e como os mesmos construíam seus argumentos tomando como bases
os aspectos expostos em cena, além de tomar como reflexão também, os discursos
dos professores convidados para debater sobre os temas.

2. REVISÃO DE LITERATURA

A escolha dos autores para construção do relatório, surge da necessidade de

aprofundar as reflexões acerca da relação do cinema com a educação e para tanto
se faz necessário, pesquisar artigos, monografias, dissertações e teses acerca do
tema.
A primeira parte com base em autores como, Kellner (2001), Benjamin (1985),
Freitag (1987) e outros, discuto a função do cinema enquanto entretenimento e
como indústria cultural.
A segunda parte discuto a função político pedagógica e estratégica na
universidade e na sociedade por meio do Cine Boboromina, citando as sessões.
A Terceira parte das discussões é sobre as contribuições da 11ª Mostra de
Cinema e Direitos Humanos.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Pensando sobre as técnicas, o trabalho no primeiro momento se constitui das

observações e da sistematização da bibliografia da pesquisa para se compreender o
objeto estudado.
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A metodologia do trabalho a ser estudado, será empregada a partir de

pensamentos sociológicos reflexivos que entende que a realidade a ser estudada
pode resultar de inúmeras possibilidades de interpretações.
Para Bourdieu (1989), é preciso construir o objeto, ter um insight sociológico
que tire da realidade mais que as aparências, fazendo assim um contraponto
importante ao mito da neutralidade científica ou mesmo ao ideário de pesquisador-
passivo-nulo que Durkheim defendeu em As Regras do Método Sociológico.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. O CINEMA

O projeto consiste em aproximar o público alvo, no caso os graduandos,

professores, coordenadores e a comunidade de maneira geral. Têm como objetivo o
de aproximar e debater aspectos ou ideias pertinentes do contexto acadêmico ou
social, sempre após o encerramento dos filmes. Em suma, o Cine tem o caráter
pedagógico de debater temas pertinentes dentro da universidade, para assim,
aproximar cada vez mais o público alvo da realidade que fica muitas vezes alheia
aos muros, que separa academia da comunidade.
No primeiro momento como já citei anteriormente foi necessário uma
pesquisa para até entender mais sobre o cinema. Essa foi umas das primeiras
dificuldades que encontrei até para estruturar o trabalho e colocá-lo em prática, mas
com um pouco de paciência fui encontrando teóricos que balizaram o trabalho.
Uma segunda dificuldade foi compreender como se daria todo esse processo,
mas com as orientações do professor fui me adequando aos desafios que a cada
sessão era realizada.
Vale ressaltar aqui como o cinema perpassa, até para se compreender as
especificidades do trabalho como um todo.
Para Kenski (2007, p.15), a tecnologia está presente na vida humana desde
os primórdios, ou seja, a tecnologia é uma invenção do ser humano, na qual o
indivíduo utiliza seus conhecimentos prévios, construídos ao longo de sua vida, e os
coloca em prática.
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No que diz respeito ao cinema, com base em Kellner (2001) e Benjamin

(1985), acreditamos que ele possui uma dimensão político-pedagógica que
proporciona o acesso à construção do conhecimento de forma significativa.
De acordo com as ideias de Setton (2004), o indivíduo sempre correu em
busca de aliviar os estresses e cansaços do seu dia-a-dia. E, nessa busca, sempre
inventou meios de se distrair e relaxar, alternando entre está longe do mundo e
dentro do mundo.
Para Silva (2005), o cinema, como um instrumento de mídia, não poderia
estar de fora dessa função de entretenimento. É quando as artes cinematográficas,
as brincadeiras com imagens e as diversas encenações e personagens entram em
cena, o cinema torna-se algo atraente e diferente, que faz rir e chorar, que encanta e
ao mesmo tempo desencanta.
Analisando esse contexto, não podemos deixar de mencionar o conceito de
Indústria Cultural, o qual pode ser entendido como sendo uma padronização e uma
produção em série.
Freitag (1987, p. 56) aborda o conceito de Indústria Cultural como sendo “uma
cultura que, graças à revolução tecnológica, faz com que qualquer conteúdo artístico
ou cultural entre na lógica da produção para um mercado passando, portanto, a ser
mercadoria”.
E nesse sentindo, autores como Adorno e Horkheimer, vêm criticar o cinema,
pois na visão dos mesmos o cinema deixa de ser considerado uma arte e passa a
ser considerado uma técnica de manipulação com uma racionalidade de dominação
e manipulação da sociedade.
Já para Benjamin (1985), não haveria destruição, mas sim uma transformação
da educação e da cultura, em sua forma e em seus conteúdos. Para o autor, essas
condições tecnológicas permitiriam escolas em massas onde não existiriam
excluídos, pois todos são considerados consumidores de bens culturais.

4.2. AS SESSÕES DO CINE BOBOROMINA

A primeira sessão do cine tinha como tema “ O golpe de 2016 “ onde exibimos
o documentário o processo que analisa o processo de impeachment da presidente
Dilma Rousseff trazendo um olha sobre os atores que protagonizaram esse capítulo
da historia nacional, além dos interesses que estavam por traz desse processo.
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Tivemos como debatedor durante a sessão a Prª Drª Rosirene Martins Lima que deu
suas contribuições para o andamento das discussões e assim produzir
conhecimento sobre esses capitulo recente da historia brasileira.
Na segunda sessão do cine teve como tema” intelectuais negos “ onde
trouxemos o documentário lumiere noires que faz uma abordagem do encontro dos
intelectuais negro em Sorbonne. O filme mostra como foi a articulação entre
intelectuais negros do mundo todo para fazerem-se visíveis dentro da comunidade
acadêmica mundial e de como fatores histórico e políticos influenciaram o encontro
que foi sediado na França na universidade de Sorbonne, Tivemos como debatedora
a Prª Me Marina Pereira que trouxe sua experiência como militante do movimento
negro e professora de antropologia afro-brasileira para discorrermos sobre esse
importante encontro da comunidade negra acadêmica e seus desbobramentos
dentro do cenário mundial.

5. CONSIDERAÇÕES

Assim o presente trabalho me proporcionou compreender um pouco mais o

cinema como lugar de experiência de novas interações entre o construtor de
significados e os sujeitos que se apropriam dessas significações, além do mesmo
sempre se encontrar dentre do bojo das exigências sociais e com isso, se
aperfeiçoar e evolui com as diversidades que o permeia. Isso inclui as experiências
da tecnologia e as transformações sociais que estão em constantes mudanças.
Permitiu também a troca de conhecimento desde a escolha do tema, debatedor e
filme até o dia da sessão, sempre na dualidade bolsista e orientador. Mesmo quando
encontrei dificuldades em alguns momentos da extensão, sempre encontrávamos a
solução.

REFERÊNCIAS

ADORNO, Theodor. HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos

filosóficos. Disponível em: http://antivalor.vilabol.uol.com.br. Acesso em: 18/ Abr/2014.
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BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Obras
escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1985.

FREITAG, Bárbara. Política educacional e indústria cultural. São Paulo. Cortez.

Autores Associados. 1987.

KELLNER, Douglas. A cultura da mídia: estudos culturais, identidade e política entre o

moderno e o pós-moderno. São Paulo. EDUSC, 2001.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologia: o novo ritmo da informação. 8 ed. São
Paulo: Papirus, 2007.

SILVA, Bertino. No mundo fantástico do cinema. Recife: Massangana, 2005.

SILVA, Veruska Anaricema Santos da. Memória e cultura: cinema e aprendizado de

cineclubistas baianos dos anos 1950. Vitória da Conquista:
UESB,2010.Disponívelem:<http://www.uesb.br/ppgmemorials/dissertacoes/Silva_VA
S.pdf > acesso 01de março de 2018.

SETTON, Maria da Graça Jacintho. Cinema: instrumento reflexivo e pedagógico. In:

SETTON, Maria da Graça Jacintho (Org.). A cultura da mídia na escola: ensaios sobre
cinema e educação. São Paulo: Annablume: USP, 2004.

VOLPI. Mário. Cincos desafios para a infância em 2015. In: Nocchi. Andréa Saint
Pastous; Fava. Marcos Neve; Correia. Lelio Bentes (Orgs.). Criança e trabalho: da
exploração à educação. São Paulo, 2015.

BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Tradução: Fernando Tomaz. Rio de

Janeiro: Editora Bertrand Brasil S.A, 1989.
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AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar agradeço à Deus pela benção de ter participado dessa

pesquisa;
Agradeço também a minha família que nunca desistiu de me inspirar a
buscar meus sonhos;
Agradeço também ao minha orientadora pela paciência e pelos
ensinamentos;
Agradeço ao Pibex por meio da Uema pela oportunidade concedida.